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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL AA ANO LX - 054 - SEXTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2005 - BRASILIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

AA

ANO LX - Nº 054 - SEXTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2005 - BRASILIA-DF

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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2005/2006)

PRESIDENTE SEVERINO CAVALCANTI – PP – PE

1º VICE-PRESIDENTE JOSÉ THOMAZ NONÔ – PFL – AL

2º VICE-PRESIDENTE CIRO NOGUEIRA – PP – PI

1º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PMDB – PE

2º SECRETÁRIO NILTON CAPIXABA – PTB – RO

3º SECRETÁRIO EDUARDO GOMES – PSDB – TO

4º SECRETÁRIO JOÃO CALDAS – PL – AL

1º SUPLENTE GIVALDO CARIMBÃO – PSB – AL

2º SUPLENTE JORGE ALBERTO – PMDB – SE

3º SUPLENTE GERALDO RESENDE – PPS – MS

4º SUPLENTE MÁRIO HERINGER – PDT - MG

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

SEÇÃO I

SUMÁRIO

1 – ATA DA 62ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, SOLENE, MATUTINA, DA 3ª SES-SÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 52ª LEGIS-LATURA, EM 14 DE ABRIL DE 2005

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expediente

OFÍCIOS

Nº 304/05 – Do Senhor Deputado Ary Rigo 1º Secretário da Assembléia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul, encaminhando Moção de Protesto do Deputado Waldir Neves. ..................... 12403

Nº 1/05 – Do Senhor Vereador José Claudinei Messias, Presidente da Câmara Municipal de Ou-rinhos, Estado de São Paulo, encaminhando cópia da Moção nº 116/05. .............................................. 12403

Nº 27/05 – Do Senhor Vereador Ademilson Pereira de Moura, Presidente da Câmara Munici-pal de Deodápolis, Estado do Mato Grosso do Sul, encaminhando cópia do Requerimento nº 32/05 aprovado pela referida Câmara. ............................ 12416

Nº 31/05 – Do Senhor Vereador Sérgio Viei-ra, Presidente da Câmara Municipal de Carmópo-lis, Estado de Sergipe, encaminhando Moção de Congratulação ao Presidente Severino Cavalcanti pela vitória à eleição de Mesa. .............................. 12417

Nº 48/05 – Do Senhor Vereador Winfried Mos-singer, Presidente da Câmara Municipal de Toledo, Estado do Paraná, encaminhando cópia do Reque-rimento nº 09/05. ................................................... 12419

Nº 50/05 – Do Senhor Vereador Jorge Dil-mar Raycik, Presidente da Câmara Municipal de Sidrolândia, Estado do Mato Grosso do Sul, enca-minhando cópia da Moção de Repúdio nº 01/05, aprovado pela referida Câmara. ............................ 12420

Nº 55/05 – Do Senhor Vereador Valmir Rosa, Presidente da Câmara Municipal de Serana, Estado de São Paulo, encaminhando cópia da Moção de Repúdio nº 03/05, aprovado pela referida Câmara. 12421

Nº 76/05 – Do Senhor Vereador Valdir Dias Olanda, Presidente da Câmara Municipal de Miran-da, Estado do Mato Grosso do Sul, encaminhando cópia da Moção de Repúdio nº 01/05, aprovado pela referida Câmara. ............................................ 12421

Nº 189/05 – Do Senhor Vereador Rosvaldo Cid Cury, Presidente da Câmara Municipal de Su-zano, Estado do São Paulo , encaminhando cópia do Requerimento nº 340/05. .................................. 12422

Nº 231/05 – Da Senhora Vereadora Maria Oni-ra Betioli Contel, Presidenta da Câmara Municipal da Estância Balneária de Peruíbe, Estado de São Paulo, encaminhando cópia da Moção de Apoio nº 30/05, aprovado pela referida Câmara. ................. 12423

Nº 345/05 – Do Senhor Vereador Marquinhos, Presidente da Câmara Municipal de Diadema, Esta-do de São Paulo, encaminhando os Requerimentos nºs 130, 137 e 138 de 2005, aprovados pela referida Câmara. ................................................................. 12424

Nº 392/05 – Do Senhor Vereador Cicero Go-mes da Silva, Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo e outro, enca-minhando o Requerimento nº 1.383/05, aprovado pela referida Câmara. ............................................ 12426

Nº 830/05 – Do Senhor Vereador Raimundo Castro, Presidente da Câmara Municipal de Belém, Estado do Pará, encaminhando o Requerimento nº 171/05, aprovado pela referida Câmara. ............... 12427

Nº 9/05 – Do Senhor Luiz Carlos Prestes Fi-lho, Superintendente da Economia da Cultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Es-tado do Rio de Janeiro, manifestando-se contra o Anteprojeto que cria a ANCINAV e o PL do Senado nº 532/03. .............................................................. 12428

Nº 160/05 – Do Senhor Fernando Castanhei-ro Neto, Superintendente Executivo do Fórum Na-cional das Atividades de Base Florestal e outros, solicitando urgência ao PL nº 4.776/05. ................ 12439

Nº 326/05 – Do Senhor Deputado Alberto Gol-dman, Líder do PSDB, indicando os Deputados do referido Partido que integrarão a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 07/03. ........ 12439

Nº 294/05 – Do Senhor Deputado Aracely de Paula, Vice-Líder do Bloco PL/PSL, indicando os Deputados Welinton Fagundes e Miguel de Souza para integrarem a Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul ........................................................... 12439

Nº 80/05 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Biscaia, Presidente da Comissão de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando

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12396 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

os Projetos de Decreto Legislativo que especifica, apreciados pela referida Comissão. ...................... 12439

CARTA

– Da Senhora Vereadora Sandra Regina Be-zerra Gomes, Presidente da Câmara Municipal da Serra, Estado do Espirito Santo e outros, contra a MP nº 232/04. ........................................................ 12440

PROJETO DE LEI

Nº 5.030/2005 – do Poder Executivo – Institui a Vantagem Pecuniária Especial – VPE, devida aos militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, alte-ra a distribuição de Quadros, Postos e Graduações destas Corporações, dispõe sobre a remuneração das Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal, e dá outras providências. ............................................... 12442

MEDIDA PROVISÓRIA

Nº 227-B/2004 – Do Poder Executivo – Emen-das do Senado Federal ao Projeto de Lei de Conver-são Nº 2, De 2005 ( Medida Provisoria Nº 227-A/04) que “dispõe sobre o Registro Especial, na Secre-taria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, de produtor ou importador de biodiesel de sobre a incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre as receitas decorrentes da venda desse produto, altera a Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, e dá outras providências”( Emendas de nºs 1 a 8). Pendente de parecer. ........................... 12451

RECURSO

Nº 168/2005 – Do Sr. Fernando Coruja – Re-corre contra a decisão da Presidência em Questão de Ordem (nº 519/05) acerca da preferência para apreciação da Medida Provisória nº 232/04 sobre a Medida Provisória 231/04. .................................. 12455

REQUERIMENTOS

Nº 2.684/05 – Da Comissão de Relações Ex-teriores e de Defesa Nacional, requerendo a apre-ciação de manifestação de louvor ao embaixador do Brasil na Jamaica, Cezar Augusto de Souza Lima Amaral pelos motivos que especifica. ................... 12456

Nº 2.752/05 – Do Senhor Deputado Luiz An-tonio Fleury, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, requerendo a revisão do despacho ao PL nº 7.137/02. ...................................................... 12457

Nº 2.721/05 – Do Senhor Deputado Dr. Bene-dito Dias, Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, requerendo a desapensação do PL nº 1.603/03 do PL nº 156/03. ........................... 12460

SESSÃO SOLENE DE 14-4-2005IV – HomenagemTranscurso do Dia Nacional de Luta pela Re-

forma Agrária. ........................................................ 12460

PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Com-posição da Mesa Diretora dos trabalhos. Preocu-pação do Papa João Paulo II com a situação social brasileira, especialmente com os conflitos no campo, por ocasião de sua última visita ao País. Transcurso do Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. .... 12460

Oradores: WASNY DE ROURE (PT – DF), ADÃO PRETTO (PT – RS). .................................. 12461

SELMA SCHONS (PT – PR – Pela ordem) – Desestruturação, pela Polícia Federal em conjunto com a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná, de milícia armada acusada de violação dos direitos humanos, prática de tortura e assassi-nato de trabalhadores rurais sem terra. Destinação, para fins de reforma agrária, de área da EMBRAPA localizada no Município de Ponta Grossa, Estado do Paraná. ............................................................. 12465

Oradores: PEDRO CHAVES (PMDB – GO), ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PSDB – SP. Discurso retirado pelo orador para revisão.), MAR-CONDES GADELHA (PTB – PB), FERNANDO FERRO (PT – PE – Pela ordem). ......................... 12465

Usou da palavra D. TOMÁS BALDUÍNO, Bispo Emérito de Goiás e Presidente da Comissão Pas-toral da Terra – CPT. .............................................. 12468

Oradores: COLBERT MARTINS (PPS – BA), WELINTON FAGUNDES (Bloco/PL – MT), GONZA-GA PATRIOTA (PSB – PE). ................................... 12469

PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Saudação aos convidados presentes. Regozijo com a home-nagem prestada pela Casa aos participantes em movimentos pela reforma agrária. ......................... 12472

V – Encerramento2 – ATA DA 63ª SESSÃO DA CÂMARA DOS

DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 3ª SESSÃO LE-GISLATIVA ORDINÁRIA, DA 52ª LEGISLATURA, EM 14 DE ABRIL DE 2005

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expedienteSESSÃO ORDINÁRIA DE 14-4-2005IV – Pequeno ExpedienteGONZAGA PATRIOTA (PSB – PE) – Pedido de

abertura do painel eletrônico às 9h nas sessões de quintas-feiras. Homenagem póstuma ao ex-Prefeito Geraldo Pedrosa Lins, do Município de Trindade, Estado de Pernambuco. ........................................ 12477

MARCO MAIA (PT – RS) – Apoio à manifes-tação de aposentados e pensionistas pelo reajuste de seus proventos, em Brasília, Distrito Federal. .. 12477

SIMÃO SESSIM (PP – RJ) – Votos de suces-so à nova Diretoria da Associação de Imprensa da Baixada Fluminense. Criação da COOMUNICA, pri-meira cooperativa de profissionais da comunicação do Estado do Rio de Janeiro. ................................. 12478

CARLOS NADER (Bloco/PL – RJ) – Acerto de lei sobre alteração da cobrança de taxa de esta-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12397

cionamento em shopping centers e hipermercados em vigência no Estado do Rio de Janeiro. ............ 12479

HAMILTON CASARA (Bloco/PL – RO) – Re-alização de audiências públicas em Porto Velho, Estado de Rondônia, sobre os conflitos agrários e a situação da rede pública de saúde na região amazô-nica. Resultados positivos do Programa Plataformas Tecnológicas e dos seus Arranjos Produtivos Locais, implantado em Rondônia pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Pedido de aprovação, pela Pasta, do Programa Rondoniense de Tecnologias Apropriadas – PROTA II e de inserção do Estado no Programa de Inclusão Digital. Morte de crianças indígenas por desnutrição nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Necessidade de assistência gover-namental às comunidades indígenas do País. ...... 12479

GERALDO RESENDE (PPS – MS) – Rompi-mento pelo Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, de acordo firmado com a União e a Prefeitura Municipal para o funcionamento da Santa Casa de Campo Grande. Morosidade na conclusão das obras dos hospitais dos Municípios de Coxim, Glória de Dourados, Nova Andradina e Nova Alvorada do Sul. Sonegação, pelo Governo Estadual, de recursos da área da saúde. .............. 12481

SEBASTIÃO MADEIRA (PSDB – MA – Pela ordem) – Presença no plenário da ex-Vereadora de Imperatriz Maria da Conceição Medeiros Formiga; da Vereadora de Açailândia, Maria de Fátima Silva Camelo, e da Presidenta da Associação de Verea-dores do Sul do Maranhão, Terezinha Machado. .. 12481

DRA. CLAIR (PT – PR) – Repúdio às Medidas Provisórias de nºs 245 e 246, de 2005, no tocante à extinção da Rede Ferroviária Federal S/A. ......... 12482

PAULO BAUER (PFL – SC) – Contrariedade à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 369, de 2005, sobre a reforma sindical. Descum-primento, pelo Governo Federal, de compromisso de reformulação da legislação trabalhista. ............ 12482

ANA ALENCAR (PSDB – TO) – Resultado de pesquisa realizada pelo IBGE em conjunto com o Ministério da Saúde sobre a obesidade entre a po-pulação brasileira. Adoção de medidas de preven-ção à obesidade infantil e de política de alimentação saudável no âmbito das escolas brasileiras. ......... 12483

OLIVEIRA FILHO (Bloco/PL – PR) – Preo-cupação com o aumento da criminalidade no País. Aplausos ao Presidente Severino Cavalcanti pela criação de Comissão Especial destinada à apre-sentação de medidas para combate à violência. ... 12484

DR. HELENO (PMDB – RJ) – Afastamento de D. Mauro Morelli da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti, Estado do Rio de Janeiro. Votos de êxito ao seu sucessor, D. José Francisco Resende. Exigência de apuração e condenação dos responsáveis por chacina ocorrida na Baixada Fluminense. Apresentação de projeto de lei sobre escolha da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

como local oficial para recebimento e julgamento de propostas de licitação de blocos destinados a exploração e produção de petróleo e gás natural. . 12485

FÁTIMA BEZERRA (PT – RN) – Resultados positivos da audiência pública realizada pela Comis-são de Legislação Participativa para levantamento de demandas da sociedade brasileira. .................. 12486

CHICO ALENCAR (PT – RJ) – Outorga da Medalha Tiradentes ao Frei Henri des Roziers e à Sra. Maria Joel Dias da Costa, Presidenta do Sindi-cato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará. Perfil da atuação social dos homenageados. ........ 12487

WILSON CIGNACHI (PMDB – RS) – Expe-diente do Secretário da Saúde do Governo do Rio Grande do Sul, Osmar Gasparini Terra, sobre a re-dução no repasse de recursos federais para a rede pública de saúde do Estado. .................................. 12488

ALMERINDA DE CARVALHO (PMDB – RJ) – Urgente criação, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Fundo de Manutenção e Desenvolvi-mento da Educação Básica – FUNDEB. ............... 12504

VANDERLEI ASSIS (PP – SP) – Transcurso do 41º aniversário de criação do Conselho Federal de Odontologia. ..................................................... 12504

ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PSDB – SP. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Retrospectiva de medidas propostas pelo Gover-no Federal, contrárias aos interesses da sociedade brasileira. Contrariedade à aprovação da Medida Provisória nº 242, de 2005, sobre alteração nos cri-térios de concessão do auxílio doença, do salário maternidade e da aposentadoria por invalidez. Es-cassez de medicamentos para portadores de AIDS. Responsabilidade do Governo Federal pela morte de crianças indígenas no Estado de Mato Grosso. 12505

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP – Pela ordem) – Justeza da reivindicação da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas – COBAP de extensão à categoria, pelo Governo Federal, de mesmo índice de reajuste concedido ao salário mí-nimo. Correspondência da Fênix – Movimento de Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de São Paulo sobre o assunto. .......................................... 12505

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP – Pela ordem) – Ocupação do prédio do Ministério da Fazenda por trabalhadores sem-teto. Preocupa-ção com o desrespeito à autoridade constituída. .. 12505

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Expecta-tiva de tomada de providências pelo Governo para a manutenção da ordem. ....................................... 12506

JORGE GOMES (PSB – PE) – Elevado índice de majoração na tarifa de energia elétrica pelo Go-verno do Estado de Pernambuco. Transcurso do 85º aniversário de fundação da Associação Comercial e Industrial de Caruaru. Realização do 1º Encontro dos Prefeitos dos Municípios Integrantes da Bacia do Ipojuca. ............................................................. 12506

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LINCOLN PORTELA (Bloco/PL – MG) – Omis-são do Governo Federal com relação a invasões arbitrárias de terras praticadas pelo MST. Contrarie-dade a dispositivo constante da proposta de reforma política sobre financiamento público de campanha. Barbárie praticada por policiais militares no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Agravamento da situação da área de segurança pública no País. ... 12507

NILTON CAPIXABA (PTB – RO) – Urgente liberação de recursos, pelo Ministério dos Transpor-tes, para as obras de construção e recuperação da malha federal no Estado de Rondônia, particular-mente para as BRs 364, 429 e 421. Votos de sucesso ao Engenheiro Júlio Miranda à frente da Unidade de Infra-Estrutura Terrestre – UNIT do Estado. ..... 12508

PASTOR FRANKEMBERGEN (PTB – RR) – Elogio à ELETRONORTE pela iniciativa da reali-zação em Boa Vista, Estado de Roraima, de evento sobre o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. ............................................................ 12509

EDUARDO SCIARRA (PFL – PR) – Cria-ção da Confederação Brasileira dos Convention & Visitors Bureaux, no Município de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná. Condescendência do Governo Federal com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Conclusões da CPI da Reforma Agrária instituída pela Assembléia Legislativa do Estado do Paraná. .................................................................. 12510

JOÃO GRANDÃO (PT – MS) – Contestação a pronunciamento de Deputado sobre as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Estado do Paraná. Repúdio à prática de racismo pelo atleta argentino Leandro Desábato. .............. 12511

RAFAEL GUERRA (PSDB – MG) – Contra-riedade ao projeto de lei sobre remanejamento de recursos do setor de saúde pública para o Progra-ma Bolsa-Família. Regozijo com o sancionamento, pelo Presidente da República, de projeto de lei so-bre consórcios públicos. Nota do Conselho Nacio-nal de Secretários de Saúde sobre a intervenção federal no setor de saúde do Município do Rio de Janeiro. .................................................................. 12511

LUIZ CARREIRA (PFL – BA) – Comentários ao Projeto de Lei nº 4.776, de 2005, sobre a gestão de florestas públicas. ............................................. 12512

EDINHO BEZ (PMDB – SC) – Alteração pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário dos critérios para cálculo da produtividade de propriedades ru-rais. ........................................................................ 12514

MAURO BENEVIDES (PMDB – CE) – Necro-lógio do Vice-Prefeito Antonio Joaquim de Oliveira Neto, do Município de Aracoiaba, Estado do Cea-rá. ........................................................................... 12514

ÁTILA LINS (PPS – AM) – Apoio à propos-ta de interiorização da Zona Franca de Manaus. Apresentação do Projeto de Lei nº 5.466, de 2001, sobre ampliação da área de abrangência do Pólo Industrial manauara. .............................................. 12514

MAURO PASSOS (PT – SC) – Réplica a ten-tativas de imputação ao Governo Federal da respon-sabilidade pela ocupação do Ministério da Fazenda por integrantes do MST. Precariedade do setor de saúde pública do Município de Rio de Janeiro. Na-tureza ofensiva e preconceituosa da manifestação do Presidente da Casa, Deputado Severino Caval-canti, sobre a questão do nepotismo. .................... 12515

GUSTAVO FRUET (PSDB – PR – Pela or-dem) – Redução no repasse de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública para o Estado do Paraná. .................................................................. 12516

B. SÁ (PPS – PI) – Crescimento acentuado do número de funcionários públicos nos pequenos Municípios. Necessidade de estímulo à produção e à geração de empregos nas cidades de pequeno porte. ..................................................................... 12516

GILMAR MACHADO (PT – MG) – Repúdio ao ato de racismo praticado por jogador argentino durante partida de futebol realizada no Brasil. Pre-visão de sanções no Estatuto do Desporto contra manifestações racistas. Protesto contra a discrimi-nação racial no País. ............................................. 12516

ADÃO PRETTO (PT – RS) – Expectativa de apuração, pela CPMI da Reforma Agrária, de denúncias de formação de milícias armadas para combate ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Estado do Paraná. ........................... 12517

ZELINDA NOVAES (PFL – BA) – Conclusões do documento Análise da Seguridade Social 2004, elaborado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social. Conveniência de prio-ridade na área social pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ......................................................... 12518

LUIZ COUTO (PT – PB) – Ameaças de morte contra cidadãos de Brejo Santo, por parte do Vere-ador Ubelardo Santos e do ex-Prefeito Hellosman Sampaio de Lacerda, do Município de Milagres, Estado do Ceará. ................................................... 12519

CORONEL ALVES (Bloco/PL – AP) – Repúdio ao tratamento dispensado pelo Governo Luiz Iná-cio Lula da Silva aos servidores públicos do Distrito Federal e dos ex-Territórios Federais do Amapá, de Rondônia, de Roraima e do Acre. ......................... 12520

WALDEMIR MOKA (PMDB – MS) – Anúncio pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, de elevação do índice de produtividade de propriedades rurais para fins de reforma agrária. 12520

DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS) – Mobili-zação da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas pela correção de benefícios previ-denciários, em Brasília, Distrito Federal. Posiciona-mento do PMDB contrário à Medida Provisória nº 242, de 2005, sobre aumento do prazo de carência para recebimento do auxílio-doença. Associação ao pronunciamento do Deputado Waldemir Moka quanto à alteração do índice de produtividade das propriedades rurais para fins de reforma agrária. . 12520

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12399

JÚLIO CESAR (PFL – PI – Pela ordem) – Anúncio do encaminhamento ao Ministério da Jus-tiça de representação contra arbitrariedade pratica-da por delegado de polícia do Município de Barras, Estado do Piauí, por determinação de prisão de advogado no exercício legal de sua profissão. ...... 12521

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Solici-tação aos Srs. Deputados de brevidade no uso da palavra. .................................................................. 12521

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP) – Disposição dos partidos oposicionistas para votação das matérias constantes na pauta. Indignação com a falta de medicamentos contra o vírus HIV na rede pública de saúde, por atraso do pagamento aos laboratórios. ................................. 12521

ILDEU ARAÚJO (PP – SP) – Transcurso do 150º aniversário de emancipação político-adminis-trativa do Município de Caçapava, Estado de São Paulo. ..................................................................... 12521

JAIR DE OLIVEIRA (PMDB – ES) – Apelo ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Nelson Jobim, para emissão de parecer favorável à ação declaratória de inconstitucionalidade contra a redução do número de Vereadores, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Solicitação ao Governo Federal de desenvolvimento de novas políticas de saúde e maior fiscalização da aplicação dos recur-sos destinados ao Sistema Único de Saúde para garantia de acesso universal e igualitário a suas ações e serviços. ................................................... 12521

COSTA FERREIRA (PSC – MA) – Efeitos da política de manutenção de elevados superávits primários e de elevada taxa de juros na desativa-ção dos investimentos públicos e na paralisação da economia nacional. ................................................ 12523

ADÃO PRETTO (PT – RS – Pela ordem) – Necessidade de atualização do índice de produ-tividade de propriedades rurais para fins de reforma agrária. .................................................................. 12524

NELSON BORNIER (PMDB – RJ) – Empo-brecimento da população brasileira. Preocupação com a alta do índice de inadimplência, conforme pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC. Satisfação do orador com o anúncio da instalação de fábrica de pneus do grupo francês Michelin no Estado do Rio de Janeiro. ...................................... 12525

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PMDB – PE) – Re-portagem sobre a expansão do ensino superior no interior pernambucano, de Tarcísio Ferraz, publicada pelo jornal Diário de Pernambuco. Oportunidade da discussão dos Projetos de Lei nºs 5.646 e 5.647, de 2001, sobre a criação da Universidade Federal do Sertão e da Universidade Federal do Agreste. . 12526

FRANCISCO DORNELLES (PP – RJ) – Apoio à candidatura do empresário Olavo Monteiro de Carvalho ao cargo de Presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Artigo No Olho do

Furacão, de Míriam Leitão, publicado pelo jornal O Globo. ................................................................... 12526

JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS (Blo-co/PL – MG) – Prejuízos ao crescimento socio-econômico brasileiro decorrentes de exigências ambientais para execução de projetos de desen-volvimento sustentável. Sugestão à Comissão de Minas e Energia de realização de audiência pública destinada ao debate do tema, com a presença de autoridades governamentais, empresários e am-bientalistas. Necessidade de desburocratização da administração pública no Brasil. ............................ 12529

TAKAYAMA (PMDB – PR) – Transcurso do Dia Mundial do Câncer. Sugestões às autoridades do setor de saúde pública de procedimentos para coibição da presença de neoplasias. ..................... 12535

NELSON MARQUEZELLI (PTB – SP) – Aumento da participação do Estado de São Paulo na pauta de exportações do País. Efeitos da elevada carga tributária e da precária estrutura portuária em prejuízos para a balança comercial brasileira. ......................................... 12535

LUIZ BITTENCOURT (PMDB – GO) – Pales-tra proferida pelo ambientalista Washington Novaes sobre os cerrados, por ocasião do Fórum de Ciência e Tecnologia realizado em Goiânia. Anúncio de cria-ção da Fundação de Apoio à Pesquisa no Estado de Goiás. ............................................................... 12536

LUIZ SÉRGIO (PT – RJ) – Importância da construção da Usina Nuclear de Angra III para a continuidade do Programa Nuclear Brasileiro e para o desenvolvimento nacional. Perplexidade ante o posicionamento do Governo argentino contrário à admissão do Brasil como membro permanente no Conselho de Segurança da Organização das Na-ções Unidas. .......................................................... 12537

SANDES JÚNIOR (PP – GO) – Urgência na aprovação do projeto de regulamentação do insti-tuto da medida provisória. ..................................... 12537

GORETE PEREIRA (PMDB – CE) – Causas do desaparecimento de crianças e adolescentes no País. Atuação da Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desapa-recidos. Necessidade de ação rigorosa do Poder Público no combate ao tráfico de crianças. ........... 12538

V – Grande ExpedienteMAURO BENEVIDES (PMDB – CE – Pela

ordem) – Conveniência de aprovação do Projeto de Lei nº 4.115, de 2001, sobre obrigatoriedade de realização de prévias eleitorais para a escolha de candidatos a cargo majoritário. .............................. 12539

HUMBERTO MICHILES (Bloco/PL – AM) – Crise da área de segurança pública em Manaus, ca-pital do Estado do Amazonas. Artigos publicados por órgãos da imprensa sobre o tema. Urgente neces-sidade de qualificação das polícias amazonenses. 12540

PRESIDENTE (Rogério Teófilo) – Presença no plenário do Prefeito Gustavo Gastão, do Muni-cípio de Prados, Estado de Minas Gerais. ............. 12544

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12400 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

MARCELO ORTIZ (PV – SP – Como Líder) – Protesto contra atribuição à base de sustentação do Governo na Casa, pelos Deputados Rodrigo Maia e Antonio Carlos Pannunzio, da responsabi-lidade pela não-apreciação da pauta das sessões deliberativas do dia 14 e da em curso. .................. 12544

LINCOLN PORTELA (Bloco/PL – MG – Pela ordem) – Perspectiva de agravamento de infecções com o vírus HIV no continente africano até o ano de 2025. Urgente destinação de maiores recursos e sua utilização com eficiência para o combate à epidemia. ............................................................... 12544

ANTENOR NASPOLINI (PSDB – CE) – Ur-gente envio à Casa, pelo Poder Executivo, de pro-posta de emenda à Constituição sobre a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB. Pedido de apoio para a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. ..................................... 12545

DR. ROSINHA (PT – PR – Pela ordem) Re-alização em Londrina, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa e pelo Conselho Es-tadual de Direitos Humanos do Estado do Paraná, de debate sobre a violência contra a criança e o adolescente. .......................................................... 12549

Apresentação de proposições: DR. HELE-NO, COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO, MENDES RIBEIRO FILHO, PAULO ROCHA, JAIR BOLSONARO, CARLOS NADER, LUCI CHOINA-CKI, ALMIR MOURA, RENATO CASAGRANDE, ANTONIO CARLOS MENDES THAME, CHICO ALENCAR, RODRIGO MAIA, JOÃO MAGALHÃES, ALBERTO GOLDMAN, JOSÉ CARLOS ALELUIA, HAMILTON CASARA, GORETE PEREIRA, JOSIAS QUINTAL. ............................................................... 12550

VI – Ordem do DiaPRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – Dis-

cussão, em turno único, das Emendas do Senado Federal ao Projeto de Lei de Conversão nº 2, de 2005 (Medida Provisória nº 227-A, de 2004), que dispõe sobre o Registro Especial, na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, de produtor ou importador de biodiesel e sobre a in-cidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre as receitas decorrentes da venda desse produto, altera a Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, e dá outras providências. ........................ 12556

Concessão da palavra ao Sr. Deputado IVAN RANZOLIN (PP – SC), para emissão de parecer às Emendas do Senado Federal. .......................... 12557

IVAN RANZOLIN (PP – SC) – Solicitação à Presidência de concessão do prazo de uma sessão para emissão do parecer. ...................................... 12557

PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – Defe-rimento do pleito do Relator. .................................. 12557

Encerramento da Ordem do Dia. ................. 12557JOÃO PAULO CUNHA (PT – SP – Pela or-

dem) – Repúdio a ato de racismo praticado por joga-

dor de futebol argentino durante certame realizado em São Paulo. Acerto da conduta da Polícia paulis-ta. Defesa de punição do atleta conforme previsto na legislação brasileira. ......................................... 12557

PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – As-sociação da Presidência ao pronunciamento do Deputado João Paulo Cunha. ................................ 12558

ALBERTO GOLDMAN (PSDB – SP – Como Líder) – Solidariedade ao Deputado João Paulo Cunha pelo discurso contra a prática de racismo. Inexistência de razões práticas para a viagem do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a países afri-canos. .................................................................... 12558

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Associa-ção da Presidência ao pronunciamento do Deputado João Paulo Cunha. ................................................ 12559

TARCISIO ZIMMERMANN (PT – RS – Pela ordem) – Associação ao pronunciamento do Depu-tado João Paulo Cunha. Empenho do Governo Fe-deral na manutenção de direitos dos trabalhadores. Conveniência de rejeição do Projeto de Lei nº 4.330, de 2004, sobre contrato de prestação de serviço a terceiros e relações de trabalho dele decorrentes. 12559

ROGÉRIO TEÓFILO (PPS – AL – Pela or-dem) – Possibilidade de instalação de crise diplo-mática entre o Brasil e Cuba diante do impedimento da atuação de médicos daquele país no Estado do Tocantins. Conveniência de ação do Congresso Nacional a favor de médicos brasileiros formados em Cuba. ............................................................... 12561

NELSON PROENÇA (PPS – RS – Pela or-dem) – Importância do Programa Fale com o Depu-tado, implantado pela Casa. .................................. 12562

JOÃO MAGNO (PT – MG – Pela ordem) – Apoio à decisão do Congresso Nacional de cria-ção de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada à apuração de crimes contra brasileiros no exterior. ............................................................. 12562

PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Informação ao Plenário sobre a ordem de inscrição para uso da palavra. ............................................................. 12562

JOSÉ CARLOS ALELUIA (PFL – BA – Como Líder) – Repúdio à Medida Provisória nº 242, de 2005, sobre alterações nas regras de concessão do auxílio-doença pelo Instituto Nacional do Seguro Social. .................................................................... 12562

VII – Comunicações ParlamentaresMÁRCIO REINALDO MOREIRA (PP – MG)

– Reivindicação de Parlamentares ao Ministério das Relações Exteriores de apoio oficial ao ingresso de Taiwan como país observador na Organização Mundial de Saúde. Viagem do orador a Portugal na condição de acompanhante de grupo de professo-res universitários participantes de intercâmbio cul-tural. ....................................................................... 12563

VICENTINHO (PT – SP – Pela ordem) – Conveniência da aprovação do Projeto de Lei nº

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12401

1.821, de 2003, sobre a veiculação obrigatória pe-las emissoras de televisão de desenhos animados produzidos no País. Destaque ao projeto Aventuras Brasileiras, narrativo da história do Brasil por meio de filmes de animação. .......................................... 12565

COLBERT MARTINS (PPS – BA) – Apreensão com o envio, pela Organização Mundial de Saúde, de amostras de vírus letal de gripe a laboratórios do País. Apresentação de requerimento ao Ministro da Saúde, Humberto Costa, de avaliação do risco representado pelas amostras enviadas. ................ 12566

PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Sugestão ao Deputado Colbert Martins de encaminhamento do pedido à Comissão de Seguridade Social e Famí-lia. .......................................................................... 12567

MANATO (PDT – ES – Pela ordem) – Aumento da disponibilidade de recursos orçamentários para investimentos em infra-estrutura resultante de ajuste em acordo com o Fundo Monetário Internacional. Conveniência da aprovação de proposição sobre parcerias público-privadas no âmbito da adminis-tração pública. ....................................................... 12567

CARLOS ABICALIL (PT – MT) – Associação a pronunciamento do Deputado Antenor Naspolini sobre a ampliação da garantia do direito ao ensi-no fundamental. Defesa da instituição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Edu-cação, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério. Contestação a críticas de Parlamentares da Oposição ao desempenho do Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Melhoria dos in-dicadores socioeconômicos do País. ..................... 12567

ANDRÉ LUIZ (Sem Partido – RJ – Pela or-dem) – Contraditório ao Processo nº 001, de 2004, instaurado contra o orador na Câmara dos Depu-tados. ..................................................................... 12569

JURANDIR BOIA (PDT – AL – Pela ordem) – Insensibilidade do Governo Federal com os ser-vidores públicos, no tocante ao reajuste salarial e à valorização de suas carreiras. ............................ 12571

VIEIRA REIS (PMDB – RJ – Pela ordem) – Associação a pronunciamento do Deputado João Paulo Cunha sobre flagrante de discriminação racial contra jogador de futebol. Manifestação de pesar pelo falecimento do Deputado Estadual fluminense Márcio Corrêa. Necessidade de cautelosa investi-gação da chacina ocorrida nos Municípios de Nova Iguaçu e Queimados, Estado do Rio de Janeiro. Con-veniência da aprovação do Projeto de Lei nº 4.795, de 2005, sobre procedimentos para preservação do local do crime em ocorrências com vítimas fatais protagonizadas por policiais civis e/ou militares. ... 12572

ARNON BEZERRA (PTB – CE – Pela or-dem) – Congratulações ao Prefeito Agenor Neto, do Município de Iguatu, no Estado do Ceará, pela instalação da Defensoria Pública Municipal. ......... 12573

ZÉ GERALDO (PT – PA – Pela ordem) – De-núncia de ameaça de morte contra a Vereadora petista Maria de Jesus, do Município de Jacundá, Estado do Pará. ..................................................... 12573

GORETE PEREIRA (PMDB – CE – Pela or-dem) – Paralisação de servidores públicos no Estado do Ceará, reivindicativa de reajuste salarial. Apre-sentação de proposição. Conveniência da rejeição das Medidas Provisórias nºs 245 e 246, de 2005, respectivamente sobre a abertura de crédito extra-ordinário à Presidência da República e aos Ministé-rios dos Transportes, da Cultura e do Planejamento, Orçamento e Gestão, e sobre a reestruturação do setor ferroviário e o término do processo de liqui-dação da Rede Ferroviária Federal S/A. ............... 12573

JOÃO MENDES DE JESUS (Bloco/PSL – RJ – Pela ordem) – Aprovação, pela Câmara de Vere-adores do Município do Rio de Janeiro, de projeto de lei proibitivo da cobrança duplicada de pedágio ao longo da Linha Amarela. ................................... 12574

JORGE ALBERTO (PMDB – SE – Pela or-dem) – Preocupação com proposta do Ministério do Desenvolvimento Agrário sobre aumento do índice de produtividade de propriedades rurais para fins de reforma agrária. ................................................ 12574

FERNANDO FERRO (PT – PE) – Caráter excessivo dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica às tarifas cobradas pelas distribuidoras de energia elétrica. Urgente necessidade de revisão do modelo de concessão da exploração e distribuição de energia elétrica vi-gente no País. ........................................................ 12575

ZÉ GERALDO (PT – PA – Pela ordem) – Omis-são do Governador do Estado do Pará, Simão Ja-tene, na divulgação dos recursos federais enviados ao Estado pelo Governo Federal. .......................... 12576

LUIZ COUTO (PT – PB – Pela ordem) – Des-baratamento, pela Polícia Federal, de quadrilha de aliciamento de mulheres à prostituição internacio-nal, atuante na Região Centro-Oeste. ................... 12576

RAUL JUNGMANN (PPS – PE) – Protesto contra a invasão das instalações do Ministério da Fazenda por integrantes do Movimento dos Traba-lhadores Rurais Sem Terra. Pedido ao Ministério da Integração Regional de construção de ramal do Rio São Francisco para atendimento ao Município de Pajeú, Estado de Pernambuco. Empenho na reativa-ção do perímetro irrigado de Custódia, no Estado. 12577

ISAÍAS SILVESTRE (PSB – MG – Pela ordem) – Preocupação com o impedimento, pela Justiça Federal, da atuação de médicos cubanos no Es-tado do Tocantins. Possibilidade de represália do governo de Cuba contra estudantes de medicina brasileiros naquele país. Apoio à Polícia Militar e à Justiça do Estado de São Paulo pela ação contra jogador de futebol argentino por prática de racismo. Indignação com atos de discriminação racial. ....... 12578

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12402 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

PAULO LIMA (PMDB – SP – Pela ordem) – Congratulação ao Prefeito Nelson Celestino Teixeira pela anunciada instalação de usina do Grupo Ibéria no Município de Borá, Estado de São Paulo. ........ 12578

FRANCISCO RODRIGUES (PFL – RR – Pela ordem) – Afirmação do caráter democrático e da independência da Câmara dos Deputados na ges-tão do Presidente Severino Cavalcanti. ................. 12579

BENJAMIN MARANHÃO (PMDB – PB – Pela ordem) – Crise do sistema público de saúde da Para-íba. Reivindicação ao Ministro da Saúde, Humberto Costa, de fiscalização do repasse de recursos ao Estado. ................................................................... 12579

PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Escla-recimento ao Plenário sobre a designação do Relator da Medida Provisória nº 242, de 2005, acerca de alteração das normas de concessão do benefício de auxílio-doença. ................................................. 12580

SÉRGIO CAIADO (PP – GO – Pela ordem) – Recepção, pelo orador, de comissão de suplen-tes de Vereador, reivindicativa da breve apreciação, pelo Supremo Tribunal Federal, de pleito sobre a redefinição da composição de Câmaras Municipais. Espírito democrático do Presidente Severino Caval-canti. ...................................................................... 12580

FRANCISCO RODRIGUES (PFL – RR – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de indicação do nome do orador para Relator da Medida Provi-sória nº 244, de 2004, sobre abertura de créditos extraordinários ao Ministério da Defesa. Apoio à decisão da Presidência a respeito da relatoria da Medida Provisória nº 242, de 2004, sobre alteração

das normas de concessão de auxílio-doença pelo INSS. ..................................................................... 12581

PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Res-posta ao Deputado Francisco Rodrigues. .............. 12582

VIII – Encerramento3 – PARECERES – Projetos de Decreto Le-

gislativo nºs 1.417-A/04, 1.465-A/04, 1.482-A/04, 1.488-A/04, 1.496-A/04, 1.502-A/04, 1.504-A/04, 1.511-A/04, 1.518-A/04, 1.522-A/04, 1.542-A/04. . 12597

SEÇÃO II

4 – ATOS DO PRESIDENTE a) Tornar sem Efeito Nomeação: Fulvio Ale-

xander Ferreira Cavalcanti, Manoel Gomes Este-ves. ........................................................................ 12608

b) Exonerar: Glaydson Montargil Azevedo, Guilherme Caetano Brigagão, Herilene Andrade de Oliveira Ricardo, Ivete Jurema Esteves Lacer-da, Maria Aparecida Jorge, Pedro Corradi da Silva, Sidnei da Rocha Lemes, Valeria Rebelo de Melo. . 12608

c) Nomear: Afonso Valter Parente Pinto , Ananias José Santos Neto, Daniela Sabrina Brito Silva, Flavia Roberta Rosalen, Ivete Jurema Este-ves Lacerda, Julia Ribeiro Gonçalves, Maria Roze-vânia de Moura França Lima, Marinês Santana de Andrade. ................................................................ 12609

5 – PORTARIAS – nºs 046 e 047, de 2005, da Primeira Secretaria, referentes a credenciamento de entidades de classe. ......................................... 12610

6 – MESA7 – LÍDERES E VICE-LÍDERES 7 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO8 – COMISSÕES

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12403

Ata da 62ª Sessão, Solene, Matutina, em 14 de abril de 2005

Presidência dos Srs. Severino Cavalcanti, Presidente; Marcondes Gadelha, Wasny de Roure, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

I – ABERTURA DA SESSÃO (Às 10 horas e 28 minutos)

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – De-claro aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão an-terior.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Pas-sa-se à leitura do expediente.

O SR. MARCONDES GADELHA, servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE

Of. S/304/05

Campo Grande, 10 de março de 2005

Exmº Sr.Deputado Severino CavalcantiDD. Presidente da Câmara FederalCâmara Federal – Ed. PrincipalBrasília – DF

Senhor Presidente.Envio a Vossa Excelência, Moção de Protesto,

apresentada pelo Deputado Waldir Neves e, subscrita pelo Deputado Paulo Corrêa – prot. nº 211/05, aprova-da cm sessão ordinária do dia 10 de março de 2005, nos seguintes termos:

“Os membros da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul, interpretan-do os sentimentos do povo que representam, vêm à sua presença para protestarem contra o aumento da carga tributária previsto na Me-dida Provisória nº 232, por entenderam que tal expediente, ao corrigir em 10% a tabela do

Imposto de Renda da Pessoa Física, refletindo diretamente nos prestadores de serviços, não corresponde aos anseios e necessidades da classe trabalhadora brasileira”.

Atenciosamente, – Deputado Ary Rigo, Primei-ro-Secretário.

Encaminhe-se, por cópia, às Lideranças Partidárias. Publique-se. Oficie-se.

Em, 14-4-2005. – Severino Cavalcanti, Presidente.

Ofício nº 1/8/2005

Ourinhos, 15 de março de 2005

Ao Excelentíssimo SenhorSeverino CavalcantiPresidente da Câmara dos DeputadosCâmara dos DeputadosBrasília – DF70160-900

Senhor Presidente:Formulamos o presente com a finalidade de

levar ao conhecimento de Vossa Excelência, que esta Edilidade houve por bem aprovar a Moção nº 116/2005, em Sessão Ordinária ontem realizada, de autoria do nobre Vereador José Claudinei Messias e subscrita pelos Vereadores: Hélio Migliari Filho, Terezinha Paixão Bueno, Salim Mattar, José Ro-berto Nunes, Silvonei Rodrigues, Frednês Corrêa Leite, Edvaldo Lúcio Abel e Osvaldo Barbosa, cuja proposição estamos encaminhando através de có-pia reprográfica.

Valemo-nos da oportunidade para apresentar a Vossa Excelência protestos de elevada estima e dis-tinta consideração.

Atenciosamente, José Claudinei Messias, Pre-sidente.

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12412 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

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Ofício GAB/nº 27/2005

Deodápolis – MS, 15 de março de 2005

AoExmº SenhorPresidente da Câmara dos DeputadosBrasília- DF

Tem o presente a finalidade especial de passar às mãos de Vossa Excelência, o Requerimento nº 32/05, da lavra do nobre Vereador Deodato Leonardo da Silva, devidamente apresentado e aprovado por unanimidade pelo Plenário desta Casa de Leis.

Sem outro particular para o momento, reiteramos protestos de estima e alta consideração.

Atenciosamente, – Ademilson Pereira de Mou-ra, Presidente.

REQUERIMENTO Nº 32, 2005 DE 11 DE MARÇO DE 2005

O Vereador Deodato Leonardo da Silva, no uso de suas atribuições legais, apresenta à Mesa, para

que seja submetido à apreciação do Colendo Plená-rio, o seguinte:

REQUERIMENTO

Requeiro à Mesa, após deliberação do Colendo Plenário, que seja enviado expediente ao Excelentís-simo Senhor Presidente do Senado Federal e ao Pre-sidente do Câmara dos Deputados, solicitando dos mesmos que apresentem uma emenda na legislação eleitoral do País, obrigando a realização de segundo turno em todas as cidades onde o índice de votação não alcançar 50% mais um dos votos válidos, como é atualmente nas cidades de grande porte.

Sala das Sessões da Câmara, aos 11 dias do mês de março de 2005. – Vereador Deodato Leonar-do da Silva.

À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Oficie-se. Publique-se.

Em, 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Presidente.

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Ofício nº 31/2005

Carmópolis – SE, 3 de março de 2005

Ref. CMC – GPExmo SrºDep. Fed. Severino CavalcanteMD. Presidente da Câmara dos DeputadosBrasília – DF

Assunto: Encaminhar Moção (faz)

Senhor Presidente,Honra-nos encaminhar a Vossa Excelência, mo-

ção de congratulação de autoria do Vereador José Carlos Fontes Barros – PP/Carmópolis (SE), aprovado por unanimidade em sessão ordinária realizada no dia

24-2-2005, parabenizando-o pela conquista honrosa da Presidência da Câmara dos Deputados.

Enquanto membros irmanados do Poder Legis-lativo, nos congratulamos com o seu posicionamento, e, esperamos que tenha uma administração profícua e de sucesso, voltada aos interesses sociais e em de-fesa das causas legislativas.

Sendo o que se apresenta para o momento, na oportunidade aproveito para estreitar laços de estima e elevada consideração, ao tempo em que nos coloca-mos ao inteiro dispor de Vossa Excelência, no exercício de nossas atribuições regimentais.

Atenciosamente, – Sergio Vieira, Presidente.

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12418 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12419

Oficio nº 48/CM

1º de março de 2005

A Sua Excelência o SenhorDeputado Severino CavalcantiPresidente da Câmara dos DeputadosCâmara dos Deputados, Praça dos Três PoderesBrasilia – Distrito Federal

Assunto: Inclusão na pauta de votação do texto do novo Código Florestal,

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados.

Considerando a aprovação, por unanimidade do Plenário, na sessão ordinária realizada ontem, do requerimento nº 009/2005 (fotocópia anexa), do lavra dos Vereadores Luís Fritzen, Adelar Holsbach, Eudes Dallagnol, Expedito Ferreira, Manoel Rosa de Lima, Renato Reimann e do que adiante subscreve o presen-te, esta Câmara Municipal solicita a Vossa Excelência a inclusão, com urgência, na pauta de votação dessa Casa, do novo texto do Código Florestal.

Respeitosamente, Winfried Mossinger, Presi-dente da Câmara Municipal.

REQUERIMENTO Nº 9, DE 2005

Solicitação da inclusão, com urgên-cia, na pauta de votação do novo Código Florestal Brasileiro.

Senhor Presidente,Os Vereadores que este subscrevem, nos termos

regimentais: considerando que o Código Florestal Brasileiro,

instituído pela Lei nº 4.771, sucessivamente alterado pelas Leis nº 5.106, 5.868, 5.870, 6.535, 7.511, 7.803, 7.875, 8.629, 9.393 e 9.985 e pelas Medidas Provisórias nº 1.736-31, 2.166-66 e 2.166-67, esta última em con-versão na Câmara dos Deputados, que institui o novo Código Florestal Brasileiro, atualmente pelas inúmeras leis não se tem uma definição clara sobre prazos nem o zoneamento adequado com a atual realidade;

considerando que cada Estado brasileiro foi subsi-diariamente legislando de acordo com sua realidade:

considerando que o Estado do Paraná, pelo De-creto nº 387, de 2 de março de 1999, implantou o Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Florestal Legal, estabelecendo o prazo final de 31 de dezembro de 2018 para averbação da Re-serva Legal junto ao Registro de Imóveis;

considerando que o Estado do Paraná, ora sob a administração de outro Governador, expediu o Decreto nº 3.320, de 12 de julho de 2004, que no art. 2º deter-mina que o Instituto Ambiental do Paraná só vai emitir licenças, anuências, autorizações, certidões e outros instrumentos mediante a comprovação de regularização

da Reserva Legal dos imóveis rurais e requisita, ain-da, no art. 12, dos Registros de Imóveis as matriculas com a averbação da Reserva Legal, além de, no art. 13, instituir penalidades e, no art. 14, incluir qualquer imóvel, inclusive a pequena propriedade familiar;

considerando que, ao falar em Registro de Imó-veis, fala-se da Lei nº 6.015, que trata dos registros pú-blicos, regulada pelas Corregedorias-Gerais da Justiça dos respectivos Estados para que todos os Cartórios sigam o mesmo procedimento;

considerando que a Corregedoria-Geral da Jus-tiça do Paraná, com o advento da nova legislação, editou o Provimento nº 60, proibindo os Cartórios dos Registros de Imóveis do Paraná, em registrar qualquer documento, até mesmo de penhor agrícola, em imó-veis rurais que ainda não tenham averbado a Reserva Legal no Registro;

considerando que o Código de Normas, baixado pelo provimento nº 60/2005. no tem 16.7.6.1 diz que “não poderá haver qualquer alteração na descrição do imóvel, na sua natureza, outorga de garantia real nem transmissão, a qualquer titulo, de direito real, sem a prévia averbação da reserva legal, bem como a neces-sidade de adequá-lo á finalidade social da atividade produtiva (em anexo o Oficio-Circular nº 25/05);

considerando que o Decreto nº 3.320/04 é uma ameaça real à agropecuária. pois resultará na redução da área de plantio e de renda, além de inviabilizar a permanência de pequenos produtores e suinocultores no campo;

considerando que a conversão da Medida Provi-sória nº 2.166-67, estabelece um novo ordenamento ambiental para todo o Pais, isentando da Reserva Legal, inclusive na Região Sul, a pequena propriedade fami-liar de até 30 hectares, para que o pequeno produtor possa continuar a produzir e não plantar mato;

REQUEREM a Vossa Excelência, ouvido o dou-to Plenário, sejam enviados ofícios, com cópia deste, ao Presidente da Câmara dos deputados, Deputado Severino Cavalcanti. e aos Deputados Federais Dil-ceu Sperafico e Moacir Micheletto, solicitando-lhes a inclusão, com urgência, na pauta de votação, o novo Código Florestal Brasileiro.

Sala das Sessões, 23 de fevereiro de 2005. – Luis Fritzen – Adelar Holsbach – Eudes Dallagnol – Expedito Ferreira – Manoel Rosa de Lima – Re-nato Reimann - Winfried Mossinger.

Encaminhe-se, por cópia, às Lideranças Partidárias da Casa. Oficie-se. Publique-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Presidente.

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12420 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Ofício/GP CMS nº 50/05

Sidrolândia - MS, 15 de março de 2005

Exmº SenhorSeverino José C. FerreiraPresidente da Câmara FederalBrasília – DF

Excelentíssimo Senhor,

Sirvo-me do presente para encaminhar a Vossa

Excelência, cópia da Moção de repúdio nº 1/05, apro-

vada na sessão ordinária realizada dia 14-3-2005.

Sendo só para o momento, reiteramos os nosso

protestos de estima e apreço.

Atenciosamente, – Jorge Dilmar Raycik, Pre-

sidinte.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12421

Ofício Nº 55/2005

Serrana, 16 de Março de 2005

Excelentíssimo SenhorSeverino CavalcantiDD. Presidente da Câmara FederalBrasília-DF.

Senhor Presidente,Servimo-nos do presente para encaminhar a vos-

sa excelência a Moção de Repudio nº 3/2005, apro-vada por unanimidade por esta Egrégia Casa de Leis em sessão ordinária realizada em 15 do corrente mês e ano, referente “Ao aumento de impostos do Gover-no Federal”, a fim de evitar que profissionais liberais e prestadores de serviços paguem por esta política tributaria praticada pelo Governo Federal.

Solicito ao digníssimo Presidente da Câmara Federal conclame os Senhores Deputados Federais a votarem contra a Medida Provisória 232.

Esperamos poder contar com o apoio dos Nobres Deputados Federais na rejeição da Medida Provisória.

Sem mais para o momento apresentamos nossas considerações e aproveitamos o ensejo para reiterar nossas distintas considerações.

Atenciosamente, – Valmir Rosa, Vereador/Pre-sidente.

MOÇÃO DE REPÚDIO Nº 3/2005 AO AUMENTO DE IMPOSTOS DO GOVERNO

FEDERAL

Senhor Presidente,Senhores Vereadores,Apresentamos a presente Moção de Repudio ao

aumento de Impostos do Governo Federal.Nos últimos dois anos (2003-2004), uma política

de aumento de tarifas e impostos foram aplicados pelo Governo Federal e a população brasileira foi a principal penalizada por essa política.

Tal desconforto leva membros de entidades de classe, representantes de federações e associações profissionais a denunciarem, por exemplo, que o valor dos impostos embutidos na produção e serviços, que no Brasil ultrapassa 40%.

Recentemente, o Governo Federal apresentou uma medida provisória que encontra respaldo na sua política tributária: A Medida Provisória nº 232 de dezembro de 2004. Segundo esta medida, o Executivo altera a Legis-lação Tributaria Federal, aumentando todos os impostos e contribuições sobre o lucro presumido de prestadores de serviços e profissionais liberais, de 32% para 40%.

A medida acima mencionada, foi anunciada, após comemorarmos a redução de cobrança de impostos para pessoa física. Acontece que a Medida Provisória

nº 232 acabou de demonstrar que tal expectativa era ilusória, tendo em vista que o Governo apenas mudou o foco de cobrança de impostos.

Assim sendo, nos solidarizamos, com a popula-ção brasileira que é sempre penalizada com aumen-tos na carga tributaria federal, uma vez que este tipo de política está ao avesso do que seria o esperado, da mesma forma, da realidade em que encontramos nosso Estado. O Governo do Estado de São Paulo, nos últimos anos trabalha com a idéia de que a diminuição da carga tributária aumenta a produção, o número de empregos, e, por conseqüência, a arrecadação.

Pelo exposto, Apresentamos à Mesa, ouvido o Dou-to Plenário, e dispensadas as formalidades regimentais, a presente Moção, em caráter de urgência – urgentíssima. Dando-se ciência dessa deliberação ao Presidente da Câmara Federal, solicitando aos Excelentíssimos Se-nhores Deputados Federais que votem contra a Medida Provisória nº 232, a fim de evitar que profissionais libe-rais e prestadores de serviços paguem por esta política tributària praticada pelo Governo Federal, ficando este registrada nos anais deste Poder Legislativo.

Sala das Sessões, 14 de março de 2005. – Val-mir Rosa, Vereador/Presidente.

Encaminhe-se, por cópia, aos Senhores Lideres Partidários. Oficie-se. Publique-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

Ofício nº 76/2005

Miranda – MS, 16 de março de 2005

Exmo Sr.Severino CavalcantiDD. Presidente da Câmara dos Deputados FederaisBrasília – DF

Excelentíssimo Senhor Presidente,Sirvo-me do presente para encaminhar a Vossa

Excelência cópia da Moção de Repúdio nº 001/2005 de minha autoria, apresentada, discutida e aprovada por unanimidade do Plenário desta Casa de Leis, em Sessão Ordinária realizada no dia 14 de março do corrente ano.

Sendo o que se apresenta para o momento, re-novamos nossos protestos de elevada estima e con-sideração.

Atenciosamente, Ver. Valdir Dias Olanda, Pre-sidente.

A Câmara Municipal de Miranda, através do Vere-ador Valdir Dias Olanda – MD. Presidente desta Casa de Leis envia Voto de Repúdio à Medida Provisória 232 de 30-12-2004 que aumenta a carga tributária dos prestadores de serviços, pequenos agricultores e em-

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12422 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

presários a ser encaminhada ao Exmo Sr. Luiz Inácio Lula Da Silva – DD. Presidência da República, ao Exmo Sr. Antonio Palocci Filho – DD. Ministro de Estado de Fazenda, ao Exmo Sr. Roberto Rodrigues -DD. Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao Exmo Sr. Severino Cavalcanti – DD. Presidente da Câmara dos Deputados Federais e ao Exmo Sr. Renan Calheiros – DD. Presidente do Senado Federal.

Sala das Sessões da Câmara Municipal de Miran-da- MS, 14 de Março de 2005. – Valdir Dias Olanda, Vereador Proponente.

Encaminhe-se, por cópia, às Lideranças Partidárias (MPV 232/04). Oficie-se. Publique-se. Arquive-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

Ofício nº 189-05/06

Suzano, 18 de março de 2005

Ao Exmº Sr.Severino José Cavalcanti FerreiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosPraça dos Três PoderesBrasília – DFCEP: 70160-900

Prezado SenhorPelo presente, estamos encaminhando a V. Exª

cópia do Requerimento acolhido por esta Casa de Leis na Sessão Legislativa Ordinária realizada no dia 16 de março de 2005, a saber:

Autor do Requerimento: Israel Sampaio de La-cerda Filho

Nº do Requerimento: 340-O5/06Sem mais para o momento, aproveitamos o en-

sejo para renovar protestos da mais alta estima e dis-tinta consideração.

Atenciosamente, – Rosvaldo Cid Cury, Presi-dente.

REQUERIMENTO Nº 340-05/06

Ementa: (Visa manifestas voto de lou-vor a OAB “Ordem dos Advogados do Bra-sil” bem como as demais entidades brasi-

leiras que estão empenhadas na luta para limitar o poder do Presidente da Repúbli-ca quando se trata de edição de Medidas Provisórias).

Senhor Presidente.Nobres Vereadores,Considerando, que o Art. 62 da Constituição Fe-

deral quando foi criado tinha somente a intenção de garantir o efeito de Lei Provisória, exclusivarnente para tratar de eventuais matérias de relevância nacional, as quais não caberiam ás submissões dos tramites regimentais do Congresso Nacional, visto que a apre-sentação e leitura do projeto, bem como a análise das Comissões, discussão e votação, tomaria muito tempo e por se tratar de urgência máxima a matéria poderia perder o seu efeito.

Considerando, que e atualmente as Medidas Pro-visórias estão perdendo o seu sentido e vem servindo apenas como uma arma ameaçadora contra o sagrado processo da democracia, visto que o Presidente da Re-pública não está respeitando os limites do poder que lhe confere o Artigo Constitucional mencionado.

Considerando, as inúmeras ações diretas de inconstitucionalidade contra as Medidas Provisórias, especialmente a 232 que trata diretamente de assun-tos de ordem tributária, apresentadas por diversas

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12423

entidades, entre elas destaca-se a OAB “Ordem dos Advogados do Brasil” e partidos políticos.

Considerando a proposta da OAB, enviada recen-temente ao Exmº Sr. Severino Cavalcanti DD. Presidente da Câmara dos Deputados, que sugere a composição de um projeto de lei que possa alterar o texto atual do Art. 62 da C.F., organizando-o de maneira que o Poder Executivo não possa usá-lo para editar medidas que tratam de assuntos de ordem tributária, ficando esta atribuição exposta para ampla discussão entre os po-deres da República, é que;

Requeiro à Mesa, ouvido o Douto Plenário, e re-verenciando as formalidades regimentais, meu Voto de louvor á OAB, aos partidos políticos e ás entidades que estão empenhadas nesta luta contra o excesso de uso das Medidas Provisórias.

Que seja oficiado aos Nobres Edis das demais Edilidades brasileiras, visando solicitar apoio a esta iniciativa, ao Exmº Sr. Renan Calheiros DD. Presidente do Senado Federal, ao Exmº Sr. Severino Cavalcanti DD. Presidente da Câmara dos Deputados e à Presi-dência da OAB.

Plenário, – Francisco Marques Figueira, 16 de março de 2005.

Encaminhe-se, por cópia, às Lideranças Partidárias. Publique-se. Oficie-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

Oficio nº 231/2005

Peruibe, 3 de março de 2005.

DD. Presidente da Câmara dos Deputados.Severino José Cavalcanti Ferreira (PP)Praça dos Três Poderes – Gabinete da Presidência – 70165-900 – Brasília – DF.

Excelentíssimo SenhorVenho pelo presente encaminhar para conheci-

mento de Vossa Exciª., cópia da Moção de Apoio nº

30/2005, de autoria do Vereador José Ernesto Lessa Maragni Júnior, subscrita pelos Vereadores Alex Perei-ra de Matos, Manoel Reis Guedes, I-Hertes de França, José Pedro Gomes de Oliveira, Antônio Francisco Ri-cardo, Antônio Carlos Bianchi da Silva, Mário Omuro, Nelson Gonçalves Pinto, e pela Vereadora Maria Onira Betioli Contei, aprovada por unanimidade em Sessão Ordinária realizada em 2 de março de 2005.

Sendo o que se apresenta, reiteramos os protes-tos de elevada estima e consideração.

Atenciosamente, – Maria Onira Betioli Contel, Presidenta.

MOCÃO Nº 30, DE 2005

DE APOIO

Apresentamos à Mesa, ouvido o Plenário e ob-servadas as formalidades regimentais, MOÇÃO DE APOIO ao Projeto “1 MILHÃO PELA VIDA”, na pessoa do querido Padre Jonas Abib, representante do grupo Canção Nova da Comunidade Católica.

Justificação

Somos sabedores de que diversos Projetos estão sendo desenvolvidos pela Ciência no mundo. A Ciência vem estudando a origem do Homem e buscando soluções para que a medicina sofra um processo de aperfeiçoamento na cura de diversas moléstias, e com isso, aumentar o tempo de vida do ser humano.

No entanto, alguns avanços da Ciência - recente-mente um dos mais polêmicos foi o estudo da possível clonagem humana - vêm sendo bastante preocupantes para a comunidade católica.

Hoje, este Vereador, cristão envolvido direta-mente com os anseios e preocupações que norteiam a comunidade católica, firma a presente MOÇÃO DE APOIO ao Projeto “1 Milhão pela Vida – grupo Canção Nova”, liderado por Padre Jonas Abib, que consiste num manifesto popular católico em defesa do direito à vida, repudiando a legalização das práticas de uso e destruição de embriões humanos e contra alterações do artigo 124 – “Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem isto provoque “, do Código Penal brasileiro. O manifesto contendo 1 milhão de assinaturas será conduzido à Brasília e entregue em mãos pelo Padre Jonas Abib, ao Presidente do Con-gresso e Senado Nacional.

Através desta Moção, fica externado o apoio deste Vereador ao tão importante Projeto, pois pre-servar a vida é preservar o maior presente que Deus nos concedeu e, que somente Ele pode ces-sar, quando julgar que nossa missão aqui na terra chegou ao final.

Que se encaminhe cópia dessa Moção de Apoio ao Padre lonas Abib, Líder do Grupo Canção Nova, Excelentíssimo Senhor Severino José Cavalcanti Fer-reira (PP) – Presidente da Câmara dos Deputados; ao Deputado Federal Salvador Zimbaldi (PTB); ao Exmo. Sr. Renan Calheiros (PMDB), Presidente do Senado Nacional; ao Reverendíssimo Senhor Cardeal Geraldo Majella Agnelo – DD. Presidente da CNBB - Confedera-ção Nacional dos Bispos do Brasil; ao Reverendíssimo Bispo Dom Jacyr Francisco Braido – DD. Bispo Dio-cesano de Santos; ao Reverendíssimo Padre João Gonçalo Domingos – DD. Pároco da Paróquia São

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12424 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

João Batista de Peruibe, para que tenham ciência do reconhecimento da importância deste Projeto, por esta Casa de Leis.

Sala das Sessões “Monsenhor Francisco Lino dos Passos”, 2 de março de 2005. – José Ernesto Lessa Maragni Júnior, Vereador.

A Comissão de Seguridade Social e Família.

Oficie-se. Publique-se.Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-

sidente

Ofício P nº 345

Diadema, 14 de março de 2005

Exmº Sr.Severino CavalcantiM.D. Presidente da Câmara Federal Brasília – DF

Assunto: Encaminha Requerimentos nºs: 130, 137 e 138/05.

Excelentíssimo Senhor:Venho à presença de V. Exª para encaminhar os

requerimentos abaixo relacionados, que foram apro-vados pelo plenário na Sessão Ordinária realizada no dia 10-3-05:Autora Nº dos RequerimentosCida Ferreira 130/05.Regina Gonçalves 137 e 138/05.

Sendo apenas o que se apresenta para o momen-to, reitero a V. Exª os protestos de estima e apreço.

Atenciosamente. – Vereador Marquinhos, Pre-sidente.

REQUERIMENTO Nº 130, DE 2005 Processo nº 145/05

Requeiro a douta Mesa, de conformidade com os termos regimentais, que seja registrado na ata da presente Sessão e nos anais desta Casa Legislativa, um voto de congratulações à Câmara Federal Pela aprovação do Projeto de Lei nº 2.401/03, de autoria do Poder Executivo, “que institui a lei de biossegurança requeiro, ainda, que cópia da presente propositura seja enviada ao Exmº Sr. Deputado Severino Cavalcanti, DD. Presidente da Câmara Federal (extensivo a todos os Nobres Deputados).

Justificação

Depois de intensa negociação e muita pressão de cientistas e portadores de necessidades especiais, a Câmara dos Deputados enfim aprovou o Projeto que institui a Lei de Biossegurança. Com 352 votos a favor, 60 contra e uma abstenção, os Deputados Fe-derais confirmaram na noite de quarta-feira (2/03) o texto que autoriza pesquisas com células-troncos de

embriões congelados há três anos, já votado anteri-ormente pelo Senado.

A aprovação deve ser saudada como uma de-monstração de maturidade dos congressistas, e como um marco para a ciência brasileira. A partir dela, tem-se a esperança de o País dominar técnicas avançadas de terapia genética para o combate a graves doenças do coração, diabetes, o mal de Alzheimer e outras dis-funções cerebrais hoje incuráveis.

A lista de oportunidades de aplicação terapêutica dessa técnica cresce a cada dia. Tanto que uma cor-rente de médicos e cientistas entende que a pesqui-sa com células-tronco está para a medicina moderna assim como a descoberta do antibiótico esteve para a ciência no século passado.

Além desses avanços científicos, há de ressaltar o valor social embutido na Lei. Isto porque o domínio da nova tecnologia cria um ambiente favorável para a democratização do acesso a ela.

Se fosse ao contrário, a nova terapêutica só po-deria ser usada por pacientes que tivessem condições econômicas de importar o tratamento de outros paí-ses. Aos menos abastados, restaria a opção de ficar à espera de um milagre.

Trata-se, pois, de uma vitória de toda a socieda-de. De tramitação acidentada, o projeto dessa lei es-barrava em conceitos arraigados de cunho religioso e ideológico, por também tratar de pesquisa, plantio e comercialização de alimentos transgênicos.

Mas, no final, pesou a sensibilidade dos Depu-tados e Senadores. Ao aprovarem a Lei de Biossegu-rança, os parlamentares ajudaram a resgatar o ver-dadeiro papel do Poder Legislativo: aperfeiçoar regras que melhorem a vida da população.

Sala das Sessões, 10 de março de 2005. – Ve-readora Cida Ferreira.

REQUERIMENTO Nº 137, DE 2005 Processo nº 152/05

Requeiro à Douta Presidência desta Casa de Leis, em conformidade com os termos regimentais, que seja registrado na ata da presente sessão um Voto de Protesto contra a Medida Provisória nº 232, que se encontra em tramitação na Câmara Federal.

Requeiro, ainda, que cópias da presente propo-situra sejam enviadas às seguintes autoridades e enti-dades: aos Presidentes da Câmara e Senado Federal, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Diadema Jornal, Diário do Grande ABC, Asso-ciação Comercial e Empresarial de Diadema, Centro das Indústrias do Estado de São Paulo em Diadema e Prefeitura Municipal de Diadema.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12425

Justificação

MEDIDA PROVISÓRIO Nº 232 – POR TRÁS DA JUSTIÇA FISCAL

O prazo para votação da MP nº 232 encerra-se dia 13-3-2005, domingo próximo, na Câmara Federal. A medida foi determinada num texto editado no dia 30 de dezembro de 2004, mas veio circular no Diário Ofi-cial da União (edição extra), somente em 3 de janeiro de 2005. É por isso que entre os tributaristas a MP nº 232 passou a ser conhecida como a “Medida Provisó-ria do dia 32 de dezembro”.

Há muito, uma medida provisória não suscitava uma mobilização por parte da sociedade, que se vê agredida por uma ação política de compensação, em nome de uma justiça fiscal, ferindo os dispositivos constitucionais da isonomia – igualdade de todos pe-rante a lei – e da ampla defesa nos procedimentos administrativos.

Os pontos relevantes da discussão referem-se a parcela do faturamento das empresas de prestação de serviços, que serve de base para calcular a cobran-ça do IRPJ e da CSLL, que será ampliada de 32 para 40% sobre o lucro presumido.

A nova base de cálculos dos 90% do CSLL (sobre 40% do faturamento) entra em vigor no mês de abril, sendo que, a nova base de cálculos dos 15% do IRPJ (sobre 40% do faturamento) entra em vigorem janeiro de 2006. A MP nº 232 amplia para as pessoas jurídi-cas a lista de serviços sujeitos a retenção na fonte de CSLL, confins, PIS/Pasep nos pagamentos que efe-tuarem a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis de direito privado, aumentando o percentual que as empresas têm que reter nas notas fiscais emitidas para cobrança pelos serviços prestados, significando na prática, uma espécie de coleta antecipada de im-postos pelo governo.

Desta forma, cabe-nos dissecar sobre o aspecto político, legal e estruturalista da medida, o que nos propicia uma visão governista perante os fatores so-ciais delineados, não de forma arbitrária, mas impon-do a apenas um setor da sociedade uma elevação da carga tributária. A medida, se levada a efeito nos termos propostos, traz subentendido uma mudança na microfísica do poder, como sugere Michel Foucalt, intelectual específico, que demonstrou de uma forma explícita, que todo saber é político, e isso, não porque cai nas malhas do Estado, mas, porque é apropriado por ele, servindo como instrumento de dominação, des-caracterizando seu núcleo essencial. Foucalt sugere o poder não como uma coisa, tal qual é a propriedade e a linguagem na concepção positivista contista, mas uma relação de transferência, onde os instrumentos

jurídicos servem para compor uma maquina visando a reestruturação da sociedade, mediante o desejo de perpetuação da sua transitoriedade.

Assim, tendo por norte esta significação do po-der, vamos tentar entender a concepção governista do que significa justiça fiscal. A justiça fiscal refere-se à tentativa do governo de nivelar os parâmetros con-tribuintes da pessoa física, hoje situada em 22,5% do seu produto final, com os 17,5% das pessoas jurídicas prestadoras de serviços e profissionais liberais. Essa margem de 5% é o que os “ensaiados marionetes go-vernamentais” chamam de justiça fiscal.

No entanto, a pessoa jurídica ou o homem-empre-sa não possuem as prerrogativas da pessoa física, pois ao assumir o risco do negócio, o homem-empresa não goza de direitos tais como: FGTS, férias remuneradas, abono de férias, 13º salário, salário família, participa-ção nos lucros ou resultados, piso salarial da categoria, horas-extras com adicional de 50%, descanso semanal remunerado, folgas em feriados, jornada de trabalho fixada em lei, seguro desemprego, multa de 50% so-bre FGTS, seguro acidente de trabalho, valetransporte, estabilidade por doença ou gravidez, etc, justificando os 5% da contribuição se postas conjuntamente para fazer o balanço da “justiça fiscal”.

Solucionado o aspecto político, veremos o surto social desencadeado pela medida, pois com a ante-cipação do imposto cobrado direto da nota fiscal, a tendência será o aumento da informalidade, ressusci-tando uma praga que havia sido eliminada do mundo dos serviços, aqueles que têm um preço com nota e outro sem nota. Outra questão social relevante é essa opção pelo lucro presumido, que se dá por uma questão estrutural, pois empreendedores pequenos, sujeitos alvo da medida, não têm a seu serviço, por falta de dinheiro, equipes de tributarista a orientá-los nos complexos caminhos fiscais.

No aspecto legal, a MP nº 232 é, segundo ex-pressão cunhada pela OAB: “ um verdadeiro ato de ditadura fiscal”, pois a MP cerceia o direito a ampla defesa, conjugado com o duplo grau de jurisdição dos contribuintes, pois somente poderá recorrer a uma se-gunda instância se o auto de infração for superior a R$50 mil reais. Ora, essa medida padece do vício da inconstitucionalidade, pois fere o princípio isonômico ao tratar de forma diferenciada e arbitrária os contribuintes. Outro problema apontado pelo tributarista Ives Gandra Martins refere-se ao aumento do imposto (IRPJ no caso) para 2006: “Como é que o governo justifica a urgência constitucional de uma Medida Provisória aplicando um aumento de imposto a coletar em 2006?”

Assim, demonstrado o temerário conteúdo da MP nº 232, cabe reportarmo-nos ao pensamento de

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12426 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Foucalt em relação ao poder, com transferências das relações das quais atualmente, não são determinados pelo condicionamento econômico, mas sim, a reves-timentos que forma a malha estatal. Como falar em justiça fiscal, aplicando um aumento tributário a apenas um setor? Qual o interesse por trás dessa transferência do poder? O CIESP anunciou que irá divulgar a votação dos parlamentares diante da MP nº 232. Cabe a nós, representantes da sociedade, alertar aos cidadãos e ao homem-empresa, as conseqüências deletérias da Medida Provisória, desvendando assim o “olhar invi-sível de Panoticon de Bertham”, do qual permite ver tudo permanentemente sem ser visto, impregnando de quem é vigiado (no nosso caso, administrados), de tal modo que este adquira de si mesmo a visão de quem olha.

Sala das Sessões, 10 de março de 2005. – Ve-readora Regina Gonçalves, Vereadora Irene dos Santos – Vereador Isaías (Pastor Isaias) – Vereador Batista da Silva (Pastor Jair) – Vereador João Pe-dro Merenda – Vereador José Dourado – Vereador José Queiroz Neto (Zé do Norte) Vereador Laercio Soares – Vereador Lauro Michels – Vereador Marco Antonio Ernandez (Marquinhos) – Vereadora Cida Ferreira – Vereadora Regina Gonçalves – Vereador Maninho – Vereadora Marion de Oliveira – Vereador Milton Capel – Vereador Dr. Ricardo Yoshio – Vere-ador Vaguinho.

REOUERIMENTO Nº 138, DE 2005 Processo nº 153/05

Requeiro à Douta Presidência desta Casa de Leis, em conformidade com os termos regimentais, que seja registrado na ata da presente sessão uma Moção de Apoio à Câmara Federal, pela aprovação do Projeto de Lei, versando sobre estudos das células-tronco;

Requeiro, ainda, que cópias da presente proposi-tura sejam enviadas ao Exmo. Sr. Severino Cavalcanti, Presidente da Câmara dos Deputados; Exmº. Sr. Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal; e reitores da PUC–RS (Pontifícia Universidade Católica) e USP (Universidade de São Paulo).

Justificação

A terapia com a célula-tronco destina-se àquelas pessoas que tiveram perda de algum segmento do nervo, muitas vezes sofridos em acidentes de trânsito. Entre as perspectivas da pesquisa, encontra-se o atendimento de uma grande parcela da população, pois o nervo em estudo, transmite o estímulo necessário para o múscu-lo. Considerando que essas pessoas não conseguem assistência médica imediata, o músculo se retrai, cau-sando perda de movimentos e de sensibilidade.

Desta forma, perante os conseqüentes satisfa-tórios da microcirurgia reconstrutiva, levando-se em conta a idade do paciente, tipo de trauma e a gravida-de da lesão, aliados com a terapia das células-tronco, aspira-se uma melhora considerável nos resultados funcionais.

O Projeto de Lei permite a pesquisa em células-tronco de embriões obtidos pela fertilização in vitro e congeladas durante 3 (três) anos. No entanto, o es-tudo só poderá ser feito com a autorização expressa dos pais. A medida justifica-se, pois prevê a utilização desses embriões, que ao completarem 4 (quatro) anos de congelamento são descartados e, ao contrário da medúla e do cordão umbilical, as células em questão, mostram-se mais eficazes para a formação de qual-quer tecido do corpo humano.

A aprovação do projeto abre um vasto campo de estudos, há tempos reclamados pelos cientistas, tra-zendo esperança para muitas pessoas, que por algum infortúnio, vêem reduzidas suas capacidades físicas funcionais, de recuperarem sua condição originária, proporcionando uma maior interação na vida social, agregando mais dignidade e cidadania aos beneficiados pela pesquisa, aprovada e regulamentada em lei.

Sala das Sessões, 10 de Março de 2005. – Ve-readora Regina Gonçalves.

Encaminhe-se, por cópia, aos Senhores Líderes de Partidos e Blocos. Oficie-se e, após, publique-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

Of nº 392/2005 – D

Ribeirão Preto, 14 de março de 2005

Histórico: Requerimento nº 1.383Sessão de: 10 de março de 2005Promovente(s): Silvana ResendeExmº Sr. Severino José Cavalcanti FerreiraDD. Presidente da Câmara Federal

Senhor Comandante, Valemo-nos do ensejo, para, mui respeitosamen-

te, encaminhar à Vossa Senhoria, cópia de proposi-ção do(a) Vereador (a) Silvana Resende, aprovado na sessão realizada no dia 10 de março de 2005, re-querimento nº 1.383, que mereceu deliberação deste Poder Legislativo.

Aproveitamos a oportunidade para reiterar-lhe os protestos de elevado apreço, colocando-nos ao seu inteiro dispor.

Atenciosamente, – Cicero Gomes da Silva, Pre-sinte – Bertinho Scandiuzzi, 1º Secretário.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12427

Of. nº 830– 2005 DL.

Em 15-3-2005

AoExmº Senhor Severino CavalcantiPresidente da Câmara dos Deputados FederaisCâmara dos Deputados – Praça dos Três PoderesCEP. 70160-900 – Brasília/DF.

Senhor Presidente,Em atenção ao Requerimento nº 171/2005, de

autoria do Exmo Senhor Vereador Alfredo Costa, PT, apresentado e deferido em Sessão Plenária neste Par-lamento, encaminhamos ao conhecimento de V. Exª o documento anexo.

Respeitosamente, – Vereador Raimundo Castro – PTB, Presidente da Câmara Municipal de Belém.

REQUERIMENTO Nº 171/2005

Requeiro em caráter de urgência e prioridade, na forma regimental, que esta Casa de Leis manifeste votos de congratulações ao Deputado Federal Paulo Rocha, Presidente Regional do Partido dos Trabalhadores, pela sua eleição como Líder da bancada petista na Câmara dos Deputados, ocorrida em Brasília, na última terça-feira, dia 23 de fevereiro. O pleito tem mais significado devido ter ocorrido de forma unânime pela maior bancada de Depu-tados do Congresso Nacional e constitui-se em mais um instrumento político de aproximação e de interlocução entre os interesses do Estado do Pará e o Governo Federal.

Requeiro ainda, que desta decisão sejam comunica-dos os parlamentares do Pará com assento na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e a todos os parlamentares com assento na Assembléia Legislativa do Estado.

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12428 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Salão Plenário Lameira Bittencourt.Palácio Augusto Meira FilhoBelém, 28 de fevereiro de 2005. – Professor Alfredo

Costa, Vereador.

Justificação

O deputado Paulo Rocha, novo líder do PT na Câ-mara, exerce seu quarto mandato de deputado federal. Foi o terceiro mais votado no Pará. Trabalhador gráfico destacou-se no sindicalismo quando assumiu a presidên-cia do Sindicato dos Gráficos do Pará, em 1970. Um dos fundadores do PT no Estado foi o primeiro-tesoureiro do partido (1981-1983) e presidente em 1997, sendo nova-mente reeleito no período de 1999 a 2001 e, na eleição direta do PT, para o período de 2002 a 2004.

Paulo Rocha foi considerado durante quatro anos consecutivos pelo Departamento Intersindical de Assesso-ria Parlamentar (DIAP) e pelo jornal Folha de São Paulo um dos parlamentares mais atuantes e incluído entre os melhores articuladores do Congresso Nacional.

E autor da Lei nº 9.777/98, que tipifica como cri-me o trabalho escravo, e da Lei nº 8.632/96, que anistia todos os dirigentes sindicais demitidos e punidos pelos

governos Collor e Sarney. Rocha recebeu no ano passa-do a comenda João Canuto, concedida pelo Movimento Humanos Direitos (MHD), por sua luta pela erradicação do trabalho escravo no Brasil. Ele também é autor da proposta de emenda constitucional (PEC nº 432/01) que prevê o confisco de imóveis rurais ou urbanos onde seja constatada a prática de trabalho escravo. A PEC tramita no Congresso Nacional.

Ex-presidente da Comissão de Trabalho da Câma-ra, Paulo Rocha esteve em 1998 à frente da Comissão da Amazônia e Desenvolvimento Regional. Em 1994, foi presidente da subcomissão do Trabalho Escravo, Saúde do Trabalhador e Acidentes de Trabalho. No período de 2000 a 2002, ocupou o cargo de terceiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara.

Salão Plenário Lameira BittencourtPalácio Augusto Meira FilhoBelém, 28 de fevereiro de 2005. – Professor Al-

fredo Costa, Vereador.

Ciente. Oficie-se. Publique-se. Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-

sidente.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12439

Of n° 160/05

Brasília, 30 de março de 2005

Ao Exmº SenhorSeverino José Cavalcanti FerreiraPresidente da Mesa Diretora da Câmara dos DeputadosBrasília – Distrito Federal

Excelentíssimo Senhor Presidente,Tramita nesta casa o Projeto de Lei nº 4.776/2005,

que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para produção sustentável, institui, na estrutura do Minis-tério do Meio Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro – SFB, cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – FNDF, e da outras providências, que por determinação do Presidente da República tramita em regime de urgência constitucional.

Este PL se reveste de especial importância para o setor de base florestal da Amazônia pela necessidade urgente de ordenamento da atividade que atravessa nos últimos anos uma crise com graves conseqüências sobre a economia e a sociedade da região e do país.

No cenário nacional a Amazônia se destaca como a mais importante região para se estabelecer uma estratégia de desenvolvimento florestal, baseado nos conceitos modernos de economia e empreendedoris-mo florestal, levando-se em conta as características especiais da região, tendo em vista que a atividade florestal já ocupa grande expressão no seu cenário sócio-econômico, destacando-se como o principal pro-duto da pauta de exportações e ser grande gerador de emprego e tributos na região, estima-se que nos seus nove estados, haja cerca de 2.600 empresas florestais com 360 mil trabalhadores diretamente empregados, onde a exportação de produtos florestais da ordem de US$1 bilhão em 2004, com aumento crescente na agregação de valor a esses produtos.

Só a área de florestas da Amazônia é capaz, em regime de manejo sustentável, de ampliar a participa-ção do setor florestal dos atuais 4,5% do PIB para mais de 7%, o que pode gerar uma receita anual superior a US$43 bilhões.

A partir dessas considerações vimos a Vossa Se-nhoria solicitar especial empenho na manutenção do regime de urgência que hora vigora sobre o referido PL, tendo em vista sua importância estratégica para a manutenção e o ordenamento da atividade de base florestal na região Amazônica. Reiteramos nesta opor-tunidade nossos protestos de estima e consideração.

Atenciosamente, – Fernando Castanheira Neto, Superintendente Executivo, Associação das Industrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará – AIMEX, Federação das Indústrias do Estado do Pará – FIEPA.

Encaminhe-se, por cópia, às Lideranças Partidárias da Casa. Publique-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

OF. PSDB Nº 326/

Brasília, 14 de abril de 2005.

A sua Excelência o SenhorDeputado Severino CavalcantiPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência os Deputados Sebas-

tião Madeira, Rafael Guerra e João Almeida, como membros titulares, e o Deputado Eduardo Barbosa, como membro suplente, para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição nº 7/03, que altera o Inciso II do art. 37 da Constituição Federal, permitindo a

contratação pela Administração Pública de Agen-tes Comunitários de Saúde através do processo se-letivo público.

Respeitosamente, – Deputado Alberto Goldman, Líder do PSDB.

Publique-se.Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-

sidente.

Of n° 294/05 – LBP

Brasília, 13 de abril 2005.

Exmo Sr.Deputado Severino CavalcantiDD. Presidente da Câmara dos Deputados Nesta

Senhor Presidente:Tenho a honra de comunicar a V. Exa que o Bloco

PL/PSL indica o Deputado Welinton Fagundes (PL/MT) para a titularidade e o Deputado Miguel de Souza (PL/RO) para a suplência da Comissão Parlamentar Con-junta do Mercosul.

Sendo o que se apresenta para o momento, rei-tero ao ilustre Presidente meus protestos de elevado apreço e distinta consideração. – Deputado Aracely de Paula, Vice-Líder do Bloco PL/PSL.

Publique-se.Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-

sidente.

OF. Nº 80–PP/2005 – CCJC

Brasília, 6 de abril de 2005.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Severino CavalcantiDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, para as provi-

dências regimentais cabíveis, os Projetos de Decreto Legislativo apreciados por este Órgão Técnico, em 5 de

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12440 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

abril do corrente, a seguir relacionados: 1.417, 1.465, 1.482, 1.488, 1.496, 1.502, 1.504, 1.511, 1.518, 1.522 e 1.542, de 2004.

Aproveito o ensejo para reiterar a Vossa Excelên-cia protestos de elevada estima e distinta consideração. – Deputado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

Publique-se. Em 14-4-04. – Severino Cavalcanti, Pre-

sidente.

CARTA DA SERRA

Serra – ES, 22 de Março de 2005

Ao: Presidente da Câmara dos Deputados FederaisExmº Senhor Severino Cavalcanti (PP – PE)

Após Audiência Pública realizada na Câmara Mu-nicipal da Serra, Espírito Santo aos 22 (vinte e dois) dias do mês de março do corrente ano, solicitada pela Vereadora Sandra Gomes (PPS), tendo sido aprovada por unanimidade pelos demais pares, contando com participação de grande parte da população serrana e seus respectivos líderes. A referida audiência públi-ca teve como palestrante o Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Espírito Santo, Sr. Níder Barbosa e o Dr. Ricardo Gomes representando o Sin-dicato das Empresas de Prestação de Serviço do Es-pírito Santo.

Passamos a ter conhecimento a fundo do teor da Medida Provisória nº 232, editada e reeditada mais duas vezes pelo Presidente da República. Um grande susto foi tomado por todos, seguido de pavor e por fim de grande indignação. Ficou bem claro para todos que a MP 232 é danosa à nossa sociedade, que atualmen-te apresenta característica industrial, contudo, tem a maior parte de seu território formado de pequenas pro-priedades de produtores rurais. Assim sendo, estamos experimentando um grande crescimento econômico no setor de prestação de serviço. Ademais, temos uma formação sociológica que nos obriga constantemente gerarmos emprego.

Ficou bem claro para todos nós que a MP 232 aumenta assustadoramente a arrecadação de impostos federais em desfavor dos pequenos agricultores que

atualmente são isentos, além do setor de serviços, podendo chegar num total de dez bilhões de reais.

Destarte, a MP 232 acarretará no aumento do exército de desesperados que compõem os desem-pregados em nossa região.

Com grande indignação e respeito aos membros dessa Augusta Casa de Leis solicitamos e imploramos a reprovação na íntegra da MP 232.

Segue em anexo o relatório da Audiência Pública.

Solicitamos dar conhecimento a todos os mem-bros desta Augusta Casa de Leis.

O povo Serrano agradece desde já.Sendo que interessa no momento, os Vereadores

da Câmara Municipal da Serra, Espírito Santo, subs-crevem com votos de profícua atuação parlamentar no Congresso Nacional, valendo-nos ainda da presente para externar protestos de elevada estima e distinta consideração.

Atenciosamente, – Sandra Regina Bezerra Go-mes, Vereadora – PPS – Raul César Nunes, Vereador – PDT – João de Deus Corrêa, Vereador – PRTB.

Carta da Serra MP 232Como conclusão final da presente Audiência Pú-

blica, realizada hoje – 22-3-05, no Plenário da Egrégia Câmara Municipal por iniciativa da Vereadora Sandra Gomes, como participantes e interessados, de modo unânime consideramos:

1º) Reflexos do Aumento de Tributos Sobre o Setor de Serviços:

Ao editar a indesejada Medida Provisória nº 232, de 30 de dezembro de 2004 (a mesma que reajustou a tabela do imposto de renda das pessoas físicas), verifica-se que o referido Ato Normativo aumentou a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o lucro (CSLL) de 32% (trinta e dois por cento) para 40% (quarenta por cento), para as prestadoras de serviços optantes pelo lucro presumido.

Estas mudanças serão a partir de 1º de Abril próximo para a Contribuição Social sobre o Lucro e, a partir de 1º de Janeiro de 2006, para o Imposto de Renda. Representam, juntas, um acréscimo de carga destes dois tributos o percentual estimado entre 25% (vinte e cinco por cento) e 35,42% (trinta e cinco vir-gula quarenta e dois por cento).

2º) Empresas com Adicional do Imposto de Renda Pessoa Jurídica:

A legislação do IPRJ estabelece que sobre a par-cela do lucro que exceder a R$20.000,00 incidirá um adicional de 10%. Portanto, para as empresas que têm faturamento mensal acima de R$50.000,00 terão tam-bém acréscimo do adicional do Imposto de Renda.

3º) Aumento da Carga Tributária das Prestadoras de Serviço no Governo:

As prestadoras de serviços já tiveram majorada a base de cálculo da Contribuição Social, a partir de setembro de 2003, a qual passou de 12% para 32% (167% de aumento). Assim, o atual Governo Federal promoveu um aumento de 63% no Imposto de Renda e Contribuição Social das empresas prestadoras de

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12441

serviços (passando de 5,88% de tributação sobre o faturamento para 9,60% = 3,72% de aumento).

4º) Custo Tributário das Empresas X Custo Tribu-tário dos Empregados:

Ao contrário do que afirma o Governo, o custo tributário das empresas prestadoras de serviços op-tantes pelo lucro presumido é maior do que o custo tributário assumido pelos empregados. Além disso, a empresa tem custos com aluguel, equipamentos, serviços, etc.

É necessário lembrar que além do IRPJ e CSLL as prestadoras de serviços optantes pelo Lucro Presumido pagam PIS (0,65% sobre a receita), Cofins (3% sobre a receita), ISS (de até 5% sobre a receita, conforme a legislação de seu município); tributos sobre a folha de salários (INSS, FGTS, contribuição para terceiros = 44% s/ a folha), mais taxas, IPTU, IPVA, IOF, CPMF, etc, podendo atingir mais de 30% do faturamento. A carga tributária média sobre o faturamento passará para 25,25% em 2006, contra cerca de 20,08% no início do Governo Federal.

5º) Empresas de Serviços e o Simples:A maior parte das empresas prestadoras de servi-

ços são impedidas de optar pelo Simples, mesmo que tenham um pequeno faturamento. As poucas prestado-ras de serviços que podem optar pelo sistema simplifi-cado de pagamento de tributos tiveram aumentadas as suas alíquotas em 50%, a partir de janeiro de 2004.

6°) Reflexos da Mudança do Lucro Presumido para o Lucro Real:

As prestadoras de serviços foram atingidas com a mudança na sistemática de apuração do PIS e da Cofins (regime não-cumulativo), pois têm poucos cré-ditos destes tributos a utilizar para reduzir o montan-te a recolher. Na prática, quando a empresa mudar a sistemática do lucro presumido para o lucro real terá que modificar também a sistemática de cálculo e re-colhimento do PIS e Cofins, e por conseqüência terão um aumento próximo de 100% nas alíquotas efetivas destas contribuições.

7°) Reflexos do Aumento da Base de Cálculo Inclusive para as Empresas que Apuram pelo Lucro Real:

A majoração na base de cálculo do IRPJ e CSLL também traz reflexos para as empresas que utilizam a sistemática do Lucro Real e recolhem estes tributos por estimativa. Desta forma, a MP n° 232/2004 atinge 95% das empresas prestadoras de serviços.

8°) Empregabilidade do Setor de Serviços:Segundo as Contas Nacionais do IBGE, da ex-

pansão de empregos na economia brasileira entre 1990 e 2003, o setor de serviços foi responsável pela

geração de 7,7 milhões de novos postos de trabalho (65% do total).

9°) Empresas Atingidas pelas Mudanças da MP n° 232/2004:

A MP n° 232/2004, ao estabelecer majoração na base de cálculo do IRPJ e CSLL e criar novas an-tecipações e retenções, provocam reflexos em cerca de 500.000 (quinhentos mil) empresas prestadoras de serviços. Outras 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) serão atingidas, direta ou indiretamente com o aumento dos custos e burocracia.

10) Aumento da Arrecadação:Com estas famigeradas e ilegítimas medidas, o

Governo pretender arrecadar valor estimado na ordem de R$2 bilhões a mais por ano. No presente ano-2005, a arrecadação a maior CSLL está estimada em cerca de R$500 milhões.

11) Reflexo no Preço Final de Mercadorias e Serviços:

Portanto, como haverá o repasse ao mesmo tem-po do custo tributário da MP n° 232/2004, a previsão que a indústria terá um impacto financeiro estimado de 5% (cinco por cento) sobre seus custos; o comér-cio terá um impacto de 3% (três por cento) sobre seus custos, podendo prever um reflexo no preço final de mercadorias e serviços da ordem de 3,5%.

ConclusãoAs atividades seguintes, segundo na Legislação

serão atingidas pelos efeitos da Medida Provisória n° 232/2004:

1. Prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada:

advogado, aeronauta, aeroviário, arquivista e téc-nico de arquivo, artista de espetáculo público, assis-tente social, atuário, bibliotecário, biólogo e biomédico, contador e guarda-livros, corretor de imóveis, corretor de seguros, corretor de valores, dentista, despachante aduaneiro, economista, economista doméstico, educa-ção física, enfermagem, engenheiro, arquiteto e enge-nheiro agrônomo, engenheiro, arquiteto em segurança do trabalho, estatístico, farmacêutico, fisioterapeuta, fo-noaudiólogo, futebolista, geógrafo, geólogo, guardador e lavador autônomo de veículos automotores, guia de turismo, jornalista, leiloeiro, leiloeiro rural, mãe social, massagista, médico-residente, médico veterinário, me-teorologista, museólogo, músico, nutricionista, orienta-dor educacional, propagandista e vendedor de produtos farmacêuticos, psicólogo, publicitário e agenciador de propaganda, químico, radialista, redator, noticiarista, repórter de setor, rádio-repórter, arquivistapesquisador, revisor, ilustrador, repórter fotográfico, repórter cinema-tográfico, relações-públicas, secretário, servidor público,

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12442 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

sociólogo, técnico agrícola e técnico industrial, técnico de segurança do trabalho, técnico em administração, técnico em prótese dentária, técnico em radiologia, terapeuta, tradutor público e intérprete, treinador pro-fissional de futebol, vigilante e zootecnista.

2. Intermediação de negócios/representação co-mercial/corretor de seguros ou de imóveis; instituições de ensino; propaganda; organização de eventos; es-tacionamentos; oficinas mecânicas e retífica de mo-tores; manutenção e conservação de bens e equipa-mentos; academias de esportes; serviços voltados ao comércio; empresas de telemarketing e serviços de informática.

3. Administração, locação ou cessão de bens imóveis e direitos de qualquer natureza.

4. Construção por administração ou por emprei-tada unicamente de mão-de-obra.

5. Prestação de qualquer outra espécie de ser-viço não mencionada acima.

6. Serra (ES), 22 de Março de 2005. – Sandra Regina Bezerra Gomes, Presidente da Audiência Pública. – Adir Paiva da Silva, Presidente da Câma-ra Municipal.

Publique-se e encaminhe-se, por có-pia, aos Senhores Líderes Partidos ou Blo-cos. Oficie-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

PROJETO DE LEI Nº 5.030, DE 2005 (Do Poder Executivo)

MENSAGEM Nº 195/05 AVISO Nº 339/05 – C. CIVIL

Institui A Vantagem Pecuniária Espe-cial – Vpe, Devida Aos Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Al-tera A Distribuição de Quadros, Postos e Graduações Destas Corporações, Dispõe Sobre A Remuneração das Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e De Polícia Civil do Distrito Federal, e Dá Outras Providências.

Despacho: Às Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado Fi-nanças e Tributação (Art. 54 RICD) Constituição E Justiça E De Cidadania (Art. 54 RICD).

Apreciação: Proposição Sujeita À Aprecia-ção Conclusiva Pelas Comissões – Art. 24 II.

Publicação Inicial Art. 137, caput – RICD

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica instituída a Vantagem Pecuniária Es-

pecial –VPE, devida mensal e regularmente, privativa-mente, aos militares do Distrito Federal – Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, nos valores estabeleci-dos na forma do Anexo I desta Lei.

Art. 2º O efetivo da Polícia Militar do Distrito Fe-deral é de dezessete mil, setecentos e trinta e seis Policiais Militares distribuídos pelos Quadros, Postos e Graduações na forma do Anexo II desta Lei.

Art. 3º Para acesso ao posto de Major previsto nos quadros de que tratam as alíneas “d”, “e” e “f” do Anexo II desta Lei, será exigido como requisito, além daqueles previstos em leis e regulamentos, o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais de Administração, de Especialistas e de Músicos, a ser ministrado no âmbito do Distrito Federal.

Parágrafo único. Para o acesso a que se refere o caput deste artigo, será aplicada a legislação que dispõe sobre as promoções da Polícia Militar do Dis-trito Federal.

Art. 4o São extintas a Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Motoristas (QPMP-8), remanejan-do-se seus efetivos para o Quadro de Praças Policiais-Militares Combatentes (QPPMC), e o Grupamento Pa-dioleiro, da Qualificação Auxiliar de Saúde (QPMP-6), remanejando-se seus efetivos para o Grupamento de Especialistas em Saúde, da Qualificação Auxiliar de Saúde (QPMP-6).

Art. 5o Fica declarada em extinção a Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Artífices (QPMP-9).

§1o Aos integrantes da Qualificação de que trata este artigo é assegurada a promoção na res-pectiva Qualificação, de acordo com o previsto na presente Lei, mediante o preenchimento das con-dições básicas de acesso constantes da legislação que dispõe sobre as promoções da Polícia Militar do Distrito Federal.

§ 2o Os claros decorrentes das promoções na Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Ar-tífices (QPMP-9), previstas na alínea “h” do Anexo II, serão remanejados para o Quadro de Praças Poli-ciais-Militares Combatentes, previsto na alínea “g” do Anexo II desta Lei.

Art. 6o Os policiais militares, pertencentes às qua-lificações de que tratam os arts. 4º e 5º, poderão, no prazo de noventa dias, a contar da data da publicação desta Lei, requerer ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal sua transferência para outra especialidade ou para o Quadro de Praças Policiais-Militares Combatentes.

§ 1o Caberá ao Comandante-Geral da Polícia Mi-litar do Distrito Federal fixar os critérios e estabelecer

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os requisitos a serem exigidos para cada especialida-de, em consonância com a disponibilidade de vagas e as necessidades da Corporação.

§ 2o O remanejamento de que trata este artigo será feito procedendo-se às necessárias classificações dos policiais militares nas especialidades.

Art. 7o Para a primeira promoção aos postos de 1º Tenente e Capitão e às graduações de 2º e 1º Sar-gentos e Subtenentes, realizada após a publicação desta Lei, excepcionalmente, não serão aplicados os limites quantitativos de antiguidade previstos nas respectivas legislações que regulamentam a promo-ção de oficiais e praças da Polícia Militar do Distrito Federal.

Art. 8o As alíneas “b” e “c” do inciso I do art. 92 da Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984, passam a vigorar com a seguinte redação:

“b) para o Quadro de Oficiais Policiais-Militares Capelães:

POSTOS IDADESCapitão PM 59 anosPrimeiro-Tenente PM 56 anosc) ara os Quadros de Oficiais Policiais-

Militares de Administração e de Oficiais Poli-ciais-Militares Especialistas:

POSTOS IDADESMajor PM 58 anosCapitão PM 56 anosPrimeiro-Tenente 54 anosSegundo-Tenente 52 anos.” (NR)

Art. 9o O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é de seis mil e seiscentos Bombeiros Militares distribuídos pelos Quadros, Postos e Gradu-ações constantes do Anexo III desta Lei.

Art. 10. Para acesso ao posto de Major previsto nos Quadros de Oficiais Bombeiros Militares de Ad-ministração e de Bombeiros Militares Músicos, de que tratam as alíneas “d” e “e” do Anexo III desta Lei, será exigido como requisito para ingresso nos Quadros de Acesso, o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais de Administração e Músicos, a ser ministrado no âmbito do Distrito Federal.

Art. 11. Para a primeira promoção após a publi-cação desta Lei, excepcionalmente, os limites quan-titativos de antiguidade para os Sargentos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal serão os se-guintes:

I – quando no efetivo fixado na Qualificação de Bombeiro Militar Particular – QBMP, houver até cinco Sargentos, concorrerá o total do efetivo;

II – quando no efetivo fixado na Qualificação de Bombeiro Militar Particular – QBMP, houver mais de

cinco Sargentos, concorrerão os cinco primeiros mais antigos e mais cinqüenta por cento do que exceder a este número;

III – sempre que as divisões dos incisos I e II deste artigo resultarem em quociente fracionário, este será arredondado para o número inteiro superior.

Art.12. Aplicam-se aos militares do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal o inciso III do art. 50, o art. 61 e os incisos XI e XII do art. 92 da Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984.

Art. 13. As alíneas “a” e “b” do inciso I e o inciso IV do art. 93 do Estatuto dos Bombeiros-Militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, aprovado pela Lei no 7.479, de 2 de junho de 1986, passam a vigorar com a seguinte redação:

“a) para o Quadro de Oficiais Comba-tentes:

POSTOS IDADESCoronel BM 60 anosTenente-Coronel BM 56 anosMajor BM 54 anosOficial Intermediário e Subalterno 50

anosb) para os demais Quadros:

POSTOS IDADESTenente-Coronel 60 anosMajor BM 59 anosIntermediário e Subalterno 56 anos.”

(NR)“IV – ultrapassar o Tenente-Coronel, o

Major e o Capitão, 6 (seis) anos de perma-nência no posto, quando este for o último de seu Quadro, desde que conte 30 (trinta) anos ou mais de serviço.” (NR)

Art. 14. O § 3o do art. 27, o § 1o do art. 29, o ca-put do art. 32, o art. 33 e o art. 34 da Lei no 10.486, de 4 de julho de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 27. § 3o A soma mensal dos descontos autorizados

de cada militar não poderá exceder ao valor equivalente a trinta por cento da soma da remuneração, proventos, direitos pecuniários previstos no art. 2o desta Lei, com os adicionais de caráter individual e demais vantagens, relativas à natureza ou ao local de trabalho e a vanta-gem pessoal nominalmente identificada, ou outra paga sob o mesmo fundamento, sendo excluídas:

a) diárias;b) ajuda de custo;c) indenização da despesa do transporte;d) salário-família;e) adicional natalino;

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f) auxílio-natalidade;g) auxílio-funeral;h) dicional de férias, correspondente a um terço

sobre a remuneração; ei) auxílio-fardamento.” (NR)

“Art. 29. § 1o Não serão permitidos descontos

autorizados até o limite de trinta por cento, quando a soma destes com a dos descontos obrigatórios excederem a setenta por cento da remuneração do militar.” (NR)

“Art. 32. A assistência médico-hospitalar, médico-domiciliar, odontológica, psicológica e social ao militar e seus dependentes, será prestada através de organizações do servi-ço de saúde da respectiva Corporação, com recursos consignados em seu orçamento, conforme dispuser em regulamento próprio a ser baixado pelo Governo do Distrito Fe-deral.” (NR)

“Art. 33. Os recursos para assistência médico-hospitalar, médico-domiciliar, odon-tológica, psicológica e social ao militar e seus dependentes, também poderão provir de outras contribuições e indenizações, nos termos dos incisos II e III do art. 28 desta Lei.

§ 2o A contribuição de que trata o § 1o poderá ser acrescida de até cem por cento de seu valor, para cada dependente participante do Fundo de Saúde, conforme regulamentação do Comandante-Geral de cada corporação.

” (NR)“Art. 34. Para os efeitos de assistência

médico-hospitalar, médico-domiciliar, odon-tológica e social, tratada neste Capítulo, são considerados dependentes do militar:

” (NR)

Art. 15. Aos militares do Distrito Federal, benefi-ciados pelo art. 63 da Lei no 10.486, de 4 de julho de 2002 e pelos arts. 50 e 98 da Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984, e pelos arts. 51 e 99 do Estatuto aprovado pela da Lei no 7.479, de 2 de junho de 1986, quando da passagem para a reserva remunerada ou reforma, ficam assegurados os proventos calculados sobre o soldo correspondente ao posto ou gradua-ção, acrescidos dos adicionais, auxílios e gratifica-ções incidentes sobre a nova parcela básica obtida pela aplicação dos dispositivos legais mencionados neste artigo.

Art. 16. Fica assegurado aos militares do Distri-to Federal a percepção da ajuda de custo prevista no inciso XI do art. 3o da Lei no 10.486, de 4 de julho de

2002, nas situações descritas nas alíneas “a” a “e” da Tabela I, do Anexo IV, da referida Lei.

Art. 17. As Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal, de que trata a Lei no 9.264, de 7 de fevereiro de 1996, ficam reorganizadas de acordo com os Anexos IV e V desta Lei.

Art. 18. O vencimento básico dos cargos inte-grantes da Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal e da Carreira de Polícia Civil do Distrito Fede-ral é o constante do Anexo VI e VII, respectivamente, desta Lei.

Art. 19. O art. 5o da Lei no 9.264, de 7 de fe-vereiro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5o O ingresso nos cargos das carreiras de que trata esta Lei dar-se-á sempre na terceira classe, mediante concurso público, exigido curso superior completo, observados os requisitos previstos na le-gislação pertinente.

§ 1o Será exigido para o ingresso na Carreira de Delegado de Polícia do Distrito Federal o diploma de Bacharel em Direito.

§ 2o O Poder Executivo disporá, em regulamento, quanto aos requisitos e condições de progressão nos cargos das Carreiras.” (NR)

Art. 20. Fica incorporada ao vencimento básico das Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Fe-deral e de Polícia Civil do Distrito Federal a parcela complementar de que trata o Anexo III da Lei no 9.264, de 1996, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.184-23, de 24 de agosto de 2001.

Art. 21. Fica vedada a cessão do servidor das car-reiras de que trata a Lei no 9.264, de 1996, enquanto perdurar o estágio probatório, exceto para o exercício de cargo de Natureza Especial no âmbito do Distrito Federal ou cargo equivalente âmbito dos Poderes da União, Estados e Municípios.

Art. 22. O Governador do Distrito Federal, no que couber, expedirá as normas necessárias para o fiel cumprimento do disposto nesta Lei.

Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros retroativos a 1o de fevereiro de 2005.

Art. 24. Revogam-se os §§ 1o e 2o do art. 93 do Estatuto aprovado pela Lei no 7.479, de 2 de junho de 1986.

Brasília,

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12451

EM nº 00070/2005/MP

Brasília, 1 de abril de 2005.

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 1. Submeto à superior deliberação de Vossa Ex-

celência a proposta de encaminhamento do Projeto de Lei anexo, que institui a Vantagem Pecuniária Especial – VPE, devida aos militares da Polícia Militar do Dis-trito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Dis-trito Federal, altera a distribuição de Quadros, Postos e Graduações destas Corporações e dispõe sobre a remuneração das Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal.

2. A proposta originou-se de solicitação feita pelo Governador do Distrito Federal de edição de ato de acordo com minuta por ele encaminhada, que altera a remuneração dos servidores da área de segurança do Distrito Federal.

3. O formato escolhido para o reajuste a ser con-cedido aos militares do Distrito Federal – Polícia Mili-tar e Corpo de Bombeiros Militar – foi o da instituição da Vantagem Pecuniária Especial – VPE, a ser paga mensal e regularmente, em caráter privativo, aos mi-litares do Distrito Federal.

4. A medida contempla, ainda, uma recomposição do efetivo das duas corporações militares, o que, se-gundo o expediente de encaminhamento da proposta, permitiria melhor adequação do efetivo às necessida-des institucionais.

5. Quanto às Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal, de que trata a Lei nº 9.264, de 7 de fevereiro de 1996, o que se propõe é que sejam reestruturadas com a criação da terceira classe em cada um dos cargos que a integram, e que sejam reajustados os seus venci-mentos básicos.

6. Sobre o assunto, cabe destacar que a Lei nº 10.633, de 27 de dezembro de 2002, instituiu o Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF, com a finali-dade de, entre outras, prover os recursos necessários à organização e manutenção da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil do Distrito Fe-deral. Portanto, procedida a análise com base nos as-pectos de legalidade e disponibilidade orçamentária, a proposta é encaminhada com fundamento no inciso XIV do art. 21 da Carta Magna.

7. Assim, quanto ao disposto nos arts.16 e 17 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, pode ser conside-rado plenamente atendido, uma vez que os recursos financeiros para fazer frente às despesas relativas a 2005, da ordem de R$ 180,31 milhões, estão con-

signados no orçamento do Fundo Constitucional do Distrito Federal.

8. Nos exercícios de 2006 e 2007, quando estará anualizada a despesa, o impacto adicional será de R$ 273,37 milhões, o que reduzirá a margem líquida de ex-pansão para despesas de caráter continuado daqueles exercícios, no entanto o montante apurado se mostra compatível com o aumento de receita decorrente do crescimento real da economia previsto, conforme de-monstra a série histórica relativa à ampliação da base de arrecadação nos últimos anos.

9. São estas, Senhor Presidente, as razões que me levam a propor a Vossa Excelência o encaminha-mento do Projeto de Lei em questão.

Respeitosamente,

MEDIDA PROVISÓRIA N° 227–B, DE 2004 (Do Poder Executivo)

MENSAGEM N° 811/2004 AVISO N° 1.453/2004-C.Civil

Emendas do Senado Federal ao Pro-jeto de Lei de Conversão n° 2, de 2005 (me-dida provisória n° 227–A/04), que “dispõe sobre o Registro Especial, na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, de produtor ou importador de biodiesel e sobre a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas de-correntes da venda desse produto, altera a Lei n° 10.451, de 10 de maio de 2002, e dá outras providências” (Emendas de nos 1 a 8). Pendente de parecer.

Despacho: Publique-se. Submeta-se ao plenário.

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação do Plenário.

Dispõe sobre o Registro Especial, na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, de produtor ou importador de biodiesel e sobre a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas decorrentes da venda desse produto, altera a Lei n° 10.451, de 10 de maio de 2002, e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:

CAPÍTULO I Do Registro Especial de Produtor

ou Importador de Biodiesel

Art. 1º As atividades de importação ou produção de biodiesel deverão ser exercidas, exclusivamente, por pessoas jurídicas constituídas na forma de sociedade

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sob as leis brasileiras, com sede e administração no País, beneficiárias de autorização da Agência Nacional de Petróleo – ANP, em conformidade com o inciso XVI do art. 8° da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997, e que mantenham Registro Especial na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda.

§ 1º É vedada a comercialização e a importação do biodiesel sem a concessão do Registro Especial.

§ 2º A Secretaria da Receita Federal expedirá normas complementares relativas ao Registro Especial e ao cumprimento das exigências a que estão sujeitas as pessoas jurídicas, podendo, ainda, estabelecer:

I – obrigatoriedade de instalação de medidor de vazão do volume de biodiesel produzido;

II – valor mínimo de capital integralizado; eIII – condições quanto à idoneidade fiscal e fi-

nanceira das mesmas empresas e de seus sócios ou diretores.

Art. 2º O Registro Especial poderá ser cancela-do, a qualquer tempo, pela Secretaria da Receita Fe-deral se, após a sua concessão, ocorrer qualquer dos seguintes fatos:

I – desatendimento dos requisitos que condiciona-ram a sua concessão;

II – cancelamento da autorização instituída pelo inciso XVI do art. 8° da Lei n° 9.478, de 6 de agosto de 1997, expedida pela ANP;

III – não cumprimento de obrigação tributária principal ou acessória, relativa a tributo ou contribuição administrados pela Secretaria da Receita Federal;

IV – utilização indevida do coeficiente de redu-ção diferenciado de que trata o § 1° do art. 5° desta lei; ou

V – prática de conluio ou fraude, como defini-dos na Lei n° 4.502, de 30 de novembro de 1964, ou de crime contra a ordem tributária, previsto na Lei n°

8.137, de 27 de dezembro de 1990, ou de qualquer outra infração cuja tipificação decorra do descumpri-mento de normas reguladoras da produção, impor-tação e comercialização de biodiesel, após decisão transitada em julgado.

§ 10º Para os fins do disposto no inciso III do caput deste artigo, a Secretaria da Receita Federal poderá estabelecer a periodicidade e a forma de com-provação do pagamento dos tributos e contribuições devidos, inclusive mediante a instituição de obrigação acessória destinada ao controle da produção ou im-portação, da circulação dos produtos e da apuração da base de cálculo.

§ 2º Cancelado o Registro Especial, o estoque de matérias-primas, de produtos em elaboração e de produtos acabados, existente no estabelecimento da pessoa jurídica, será apreendido, podendo ser libera-

do se, no prazo de 90 (noventa) dias, contado da data do cancelamento, for sanada a irregularidade que deu causa à medida.

§ 3º Do ato que cancelar o Registro Especial ca-berá recurso ao Ministro de Estado da Fazenda.

CAPÍTULO II Das Alíquotas das Contribuições

Art. 3º A Contribuição pari o PIS/Pasep e a Con-tribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS incidirão, uma única vez, sobre a re-ceita bruta auferida, pelo produtor ou importador, com a venda de biodiesel, às alíquotas do 6,15% (seis in-teiros e quinze centésimos por cento) e 28,32% (vinte e oito inteiros e trinta e dois centésimos por cento), respectivamente.

Art. 4º o importador ou produtor de biodiesel po-derá optar por regime especial de apuração e paga-mento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no qual os valores das contribuições são fixados, res-pectivamente, em R$120,14 (cento e vinte reais e qua-torze centavos) e R$553,19 (quinhentos e cinqüenta e três reais e dezenove centavos) por metro cúbico.

§ 1º A opção prevista neste artigo será exerci-da, segundo termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, até o último dia útil do mês de novembro de cada ano-calendário, produzindo efeitos, de forma irretratável, durante todo o ano-ca-lendário subseqüente ao da opção.

§ 2º Excepcionalmente, a opção poderá ser exerci-da a qualquer tempo, produzindo efeitos, de forma ir-retratável, para o ano de 2005, a partir do 1° (primeiro) dia do mês em que se fizer a opção.

§ 3º Sem prejuízo do disposto no § 2° deste artigo, o importador ou o produtor de biodiesel poderá adotar antecipadamente o regime especial de que trata este artigo, a partir de 1° de janeiro de 2005, não se lhes aplicado as disposições do art. 16 desta lei.

§ 4º A pessoa jurídica que iniciar suas atividades no transcorrer do ano poderá efetuar a opção de que trata o caput deste artigo no mês em que começar a fabricar ou importar biodiesel, produzindo efeitos, de forma irretratável, a partir do 10 (primeiro) dia desse mês.

§ 5º A opção a que se refere este artigo será automaticamente prorrogada para o ano-calendário seguinte, salvo se a pessoa jurídica dela desistir, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal, até o último dia útil do mês de novem-bro do ano-calendário, hipótese em que a produção de efeitos se dará a partir do dia 10 de janeiro do ano-calendário subseqüente.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12453

§ 6º Na apuração das contribuições a serem pa-gas na forma deste artigo, não será incluído o volume de produção de biodiesel utilizado para o consumo próprio do produtor.

Art. 5º Fica o Poder Executivo autorizado a fixar coeficiente para redução das alíquotas previstas no art. 4° desta lei, o qual poderá ser alterado, a qualquer tempo, para mais ou para menos.

§ 1° As alíquotas poderão ter coeficientes de re-dução diferenciados em função:

I – da matéria-prima utilizada na produção do biodiesel, segundo a espécie;

II – do produtor-vendedor;III – da região de produção da matéria-prima;IV – da combinação dos fatores constantes dos

incisos I a III deste artigo.§ 2º A utilização dos coeficientes de redução

diferenciados de que trata o § 1° deste artigo deve observar as normas regulamentares, os termos e as condições expedidos pelo Poder Executivo.

§ 3º O produtor-vendedor, para os fins de deter-minação do coeficiente de redução de alíquota, será o agricultor familiar, ou sua cooperativa agropecuária, assim definidos no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.

§ 4º Na hipótese de uso de matérias-primas que impliquem alíquotas diferenciadas para receitas decorrentes de venda de biodiesel, de acordo com o disposto no § 1° deste artigo, as alíquotas devem ser aplicadas proporcionalmente ao custo de aquisição das matérias-primas utilizadas no período.

§ 5º Para os efeitos do § 4° deste artigo, no caso de produção própria de matéria–prima, esta deve ser valorada ao preço médio de aquisição de matéria-pri-ma de terceiros no período de apuração.

§ 6º O disposto no § 1° deste artigo não se apli-ca às receitas decorrentes da venda de biodiesel im-portado.

§ 7º A fixação e a alteração, pelo Poder Executi-vo, dos coeficientes de que trata este artigo não po-dem resultar em alíquotas efetivas superiores àquelas previstas no caput do art. 4º desta lei.

Art. 6º Aplicam-se à produção e comercialização de biodiesel as disposições relativas ao § 1º do art. 2º das Leis nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e nº

10.833, de 29 de dezembro de 2003.Art. 7º A Contribuição para o PIS/Pasep impor-

tação e a Cofins – Importação, instituídas pelo art. 10 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, incidirão às alíquotas previstas no caput do art. 4º desta lei, in-dependentemente de o importador haver optado pelo regime especial de apuração ali referido, observado o disposto no caput do art. 5º desta lei.

Art. 8º As pessoas jurídicas sujeitas à apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins , nos termos dos arts 2º e 3º das Leis n

os 10.637, de 30 de

dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, poderão, para fins de determinação dessas con-tribuições, descontar crédito em relação aos pagamen-tos efetuados nas importações de biodiesel.

Parágrafo único. O crédito será calculado mediante:

I – a aplicação dos percentuais de 1,65% (um in-teiro e sessenta e cinco centésimos por cento) para a Contribuição para o PIS/Pasep e de 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento) para a Cofins sobre a base de cálculo de que trata o art. 7º da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, no caso de importação de biodiesel para ser utilizado como insumo; ou

II – a multiplicação do volume importado pelas alíquotas referidas no art. 4º desta lei, com a redução prevista no art. 5º desta lei, no caso de biodiesel des-tinado à revenda.

CAPÍTULO III Das Penalidades

Art. 9º A utilização de coeficiente de redução dife-renciado na forma do § 1º do art. 5º desta lei, incompa-tível com a matéria-prima utilizada na produção do biodiesel ou o descumprimento do disposto em seu § 4º acarretará, além do cancelamento do Registro Es-pecial, a obrigatoriedade do recolhimento da diferença da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins com base no caput do citado art. 5º, com os acréscimos legais cabíveis.

Art. 1º. Será aplicada, ainda, multa correspon-dente ao valor comercial da mercadoria na hipótese de pessoa jurídica que:

I – fabricar ou importar biodiesel sem o registro de que trata o art. 1º desta lei; e

II – adquirir biodiesel nas condições do inciso I do caput deste artigo.

CAPÍTULO IV Disposições Gerais

Art. 11. ANP estabelecerá os termos e condições de marcação do biodiesel, para sua identificação.

Art. 12. Na hipótese de inoperância do medidor de vazão de que trata o inciso I do § 2º do art. 1º desta lei, a produção por ele controlada será imediatamente interrompida.

§ 1º O contribuinte deverá comunicar à unidade da Secretaria da Receita Federal com jurisdição sobre seu domicílio fiscal, no prazo de 24h (vinte e quatro horas) , a interrupção da produção de que trata o ca-put deste artigo.

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12454 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

§ 2º O descumprimento das disposições deste artigo ensejará a aplicação de multa:

I – correspondente a 100% (cem por cento) do valor comercial da mercadoria produzida no período de inoperância, não inferior a R$5.000,00 (cinco mil reais) , sem prejuízo da aplicação das demais sanções fiscais e penais cabíveis, no caso do disposto no ca-put deste artigo; e

II – no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), sem prejuízo do disposto no inciso I deste parágrafo, no caso de falta da comunicação da inoperância do medidor na forma de § 1º deste artigo.

Art. 13. A redução da emissão de Gases Gera-dores de Efeito Estufa – GEE, mediante a adição de biodiesel ao óleo diesel de origem fóssil em veículos automotivos e em motores de unidades estacionárias, será efetuada a partir de projetos do tipo “Mecanismos de Desenvolvimento Limpo – MDL”, no âmbito do Pro-tocolo de Quioto à Convenção-Quadro das Nações Uni-das sobre Mudança do Clima, ratificado, no Brasil, pelo Decreto Legislativo nº 144, de 20 de junho de 2002.

Art. 14. O art. 8º, o inciso II do art. 10 e os arts. 12 e 13 da Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, pas-sam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 8º É concedida isenção do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados incidentes na importação de equipamentos e materiais destinados, exclu-sivamente, ao treinamento de atletas e às competições desportivas relacionados com a preparação das equipes brasileiras para jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan-americanos e mundiais.

§1º A isenção aplica-se a equipamento ou material esportivo, sem similar nacional, homologado pela entidade desportiva inter-nacional da respectiva modalidade esportiva, para as competições a que se refere o caput deste artigo.

§ 2º A isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados estende-se aos equipamentos e materiais fabricados no Brasil.” (NR)

“Art. 10. ................................................. II – a manifestação do Ministério do Es-

porte sobre: ..............................................................“Art. 12. Os benefícios fiscais previstos

nos arts. 8° a 11 desta lei aplicam-se a impor-tações e aquisições no mercado interno cujos fatos geradores ocorram até 31 de dezembro de 2007.” (NR)

“Art. 13. A Secretaria da Receita Federal e o Ministério do Esporte expedirão, em suas respectivas áreas de competência, as normas necessárias ao cumprimento do disposto nos arts. 8° a 12 desta lei.” (NR)

Art. 15. O saldo credor da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apurado na forma do art. 3° das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e do art. 15 da Lei n° 10.865, de 30 de abril de 2004, acumulado ao final de cada trimestre do ano-calendário em virtude do disposto no art. 17 da Lei n° 11.033, de 21 de de-zembro de 2004, poderá ser objeto de:

I – compensação com débitos próprios, venci-dos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a legislação especifica aplicável à maté-ria; ou

II – pedido de ressarcimento em dinheiro, obser-vada a legislação específica aplicável à matéria.

Parágrafo único. Relativamente ao saldo credor acumulado a partir de 9 de agosto de 2004 até o último trimestre-calendário anterior ao de publicação desta lei, a compensação ou pedido de ressarcimento poderá ser efetuado a partir da promulgação desta lei.

Art. 16. O disposto no art. 3° desta lei produz efeitos a partir de 1° de abril de 2005.

Art. 17. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Câmara dos Deputados, 1º de março de 2005.

Oficio nº 99 (CN)

Brasília, 13 de abril de 2005.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Severino CavalcantiPresidente da Câmara dos Deputados

Assunto: Emendas do Senado a Projeto de Lei de Conversão.

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Senado Fe-

deral aprovou, em revisão e com emendas, o Projeto de Lei de Conversão n° 2, de 2005 (Medida Provisória n° 227, de 2004), que “dispõe sobre o Registro Especial, na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fa-zenda, de produtor ou importador de biodiesel e sobre a incidência da Contribuição para o PI S/Pasep e da Cofins sobre as receitas decorrentes da venda desse

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12455

produto, altera a Lei n° 10.451, de 10 de maio de 2002, e dá outras providências.”

Restituo, nos termos do § 6° do art. 7° da Reso-lução n° 1, de 2002-CN, o processado da matéria com as referidas emendas.

Atenciosamente, – Senador Renan Calheiros, Presidente.

Emendas do Senado ao Projeto de Lei de Conversão nº 2, de 2005 (Medida Provi-sória nº 227, de 2004 ), que “dispõe sobre o Registro Especial, na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, de produtor ou importador de biodiesel e sobre a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins sobre as receitas decorrentes da venda desse produto, altera a Lei n° 10.451, de 10 de maio de 2002. e dá outras providências.

EMENDA Nº 1 (Corresponde à Emenda n° 44 – Relator-revisor)

Substitua-se no art. 1° do Projeto a expressão “Agên-cia Nacional de Petróleo – ANP” por Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP”.

EMENDA Nº 2 (Corresponde à Emenda n° 45 – Relator-revisor)

Inclua-se no art. 1° do Projeto o seguinte § 3°:

“§ 3° Excepcionalmente, tratando-se de produtor de pequeno porte, poderá ser concedi-do registro provisório por período não-superior a 6 (seis) meses, sem prejuízo do disposto no art. 5° desta lei”.

EMENDA Nº 3 (Corresponde à Emenda n° 48 – Relator-revisor)

Suprima-se o § 2° do art. 2° do Projeto.

EMENDA Nº 4 (Corresponde à Emenda n° 51 – Relator-revisor)

Dê-se ao § 7° do art. 5° do Projeto a seguinte redação:

“§ 7° A fixação e a alteração, pelo Poder Executivo, dos coeficientes de que trata este artigo, não pode resultar em alíquotas efetivas superiores:

I – às alíquotas efetivas da Contribuição ao PIS/Pasep e à Cofins, adicionadas da alíquota efetiva da Contribuição de Intervenção do Domí-nio Econômico de que trata a Lei n° 10.336, de 19 de dezembro de 2001, previstas para incidência sobre o óleo diesel de origem mineral; nem

II – às alíquotas previstas no caput do art. 4°.”

EMENDA Nº 5 (Corresponde à Emenda n° 49 – Relator-revisor)

Inclua-se no art. 5° do Projeto o seguinte § 8º:

“§ 8° A elevação de alíquotas nos termos deste artigo somente produzirá efeitos após o dia primeiro de janeiro do sexto ano a partir da publicação do ato em relação aos contribuintes que estejam em gozo da redução.”

EMENDA Nº 6 (Corresponde à Emenda n° 46 – Relator-revisor)

Inclua-se no art. 12 do Projeto o seguinte § 3º

“§ 3° Tratando-se de produtor de pequeno porte, as normas de que trata o § 2° do art. 1° poderão prever a continuidade da produção, por período limitado, com registro em meio de con-trole alternativo, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso I do § 2° deste artigo.”

EMENDA Nº 7 (Corresponde à Emenda n° 47 – Relator-revisor)

Inclua-se ao Projeto o seguinte artigo:

“Art. O financiamento agrícola no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF será adequado às peculiaridades do pequeno produtor, inclusi-ve quanto a garantia de empréstimos destina-dos a safras sucessivas no mesmo ano”.

EMENDA Nº 8 (Corresponde à Emenda n° 50 – Relator-revisor)

Inclua-se ao Projeto o seguinte artigo:Art. O art. 2° da Lei n° 11.097, de 13 de janeiro de

2005, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4°:

Art. 2° ...................................................§ 4° O biodiesel necessário ao atendi-

mento dos percentuais mencionados no caput deste artigo terá que ser processado, preferen-cialmente, a partir de matérias-primas produ-zidas por agricultor familiar, inclusive as resul-tantes de atividade extrativista.’ (NR)”

Senado Federal, de abril de 2005. – Senador Re-nan Calheiros, Presidente do Senado Federal.

RECURSO Nº 168, DE 2005 (Do Sr. Fernando Coruja)

Recorre contra a decisão da Presi-dência em Questão de Ordem (nº 519/05) acerca da preferência para apreciação da Medida Provisória nº 232/04 sobre a Medida Provisória 231/04.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, nos termos do art. 95, § 8º, do Regimento Interno. Publique-se.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário.

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12456 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O SR. FERNANDO CORUJA – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Tem V.Exa a palavra.

O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Ques-tão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-te, ontem, estávamos votando a Medida Provisória nº 232 e, hoje, a Ordem do Dia na pauta se inicia com a Medida provisória nº 231. As duas trancam a pauta, mas nosso Regimento Interno prevê, no seu art. 86, § 10, que cada grupo de projetos, referidos no § 1º do art. 159 –grupos de urgência, ordinários –, será inicia-do pelas proposições em votação e, entre as matérias de cada um, tem preferência na colocação as emen-das do Senado e as proposições da Câmara, segui-das pelas proposições desta em turno único, primeiro turno, segundo turno e apresentação preliminar. Ora, o dispositivo diz que, quando elas estão no mesmo grupo, tem preferência a matéria em votação. Então, a questão de ordem que faço a V. Exa é a seguinte: por que a Mesa, ao elaborar a pauta, colocou a Medida provisória nº 231 antes da Medida Provisória nº 232? Porque as duas trancam a pauta hoje, estão no mesmo grupo e a de nº 232 já está em votação.

O Sr. Presidente (Severino Cavalcanti) – A Mesa observou a seqüência de entrada. Portanto, ontem, já foi liberada aqui na Casa.

VI – Ordem do DiaO SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – A

lista de presença registra o comparecimento de 366 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Passa-se à Ordem do Dia.

O SR. FERNANDO CORUJA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Tem V.Exa a palavra.

O SR. FERNANDO CORUJA – Sr. Presidente, vou recorrer à Comissão de Constituição,Justiça e de Cidadania contra a decisão de V.Exa sobre a questão de ordem há pouco formulada, porque o problema não é de publicação. Elas foram publicadas no mesmo Di-ário Oficial. A questão, segundo nosso entendimento, é diferente: é o Regimento Interno que prevê qual é a primeira votação. Então, quero recorrer, respeitosa-mente, da sua decisão à Comissão de Constituição, Justiça e de Redação.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti – Será encaminhado à Comissão, Constituição, Justiça e de Cidadania.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – So-bre a mesa Requerimento que solicita preferência para a apreciação da Medida Provisória nº 232, de 2004.

Sr. Presidente, requeiro a V.Exa, nos termos do art. 160, c/c inciso XVI do art. 117 do Regimento Interno, preferência para a apreciação da Medida Provisória nº

232, de 2004, que altera a legislação tributária federal e dá outras providências sobre a Medida Provisória nº 231, de 2004, que cria na Carreira da Seguridade Social e do Trabalho, para lotação no Ministério da Saúde, os cargos que menciona, institui a Gratifica-ção de Incentivo à Atividade Intensiva de Assistência à Saúde – GIAAS, e dá outras providências. Sala das Sessões, 31 de março de 2005. – Alberto Goldman, Líder do PSDB.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Para encaminhar a favor, concedo a palavra ao nobre Depu-tado Alberto Goldman.

O SR. ALBERTO GOLDMAN (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, diante das infor-mações divulgadas pela imprensa – filósofo Ministro Alda Rebelo confiamos desconfiando –, imagino que será editada medida provisória que deve manter a correção da tabela do Imposto de Renda, conforme nossa proposta, e vai rejeitar o restante da MP nº 232. Sr. Presidente, não vejo necessidade de retomarmos imediatamente a votação da Medida Provisória nº 232. Portanto abro mão do requerimento.

O Sr. Presidente (Severino Cavalcanti) – Acatado o pedido de V.Exa. Está retirado o requerimento.

O Sr. Presidente (Severino Cavalcanti) – Passa-se à apreciação da matéria que está sobre a mesa e constante da Ordem do Dia. Item 1.

Discussão, em turno único, da Medida Provisó-ria nº 231, de 2004, que cria, na Carreira da Seguri-dade Social e do Trabalho, para lotação no Ministério da Saúde.

REQUERIMENTO Nº 2.684/05 (Da Comissão de Relações Exteriores

e de Defesa Nacional)

Requer a apreciação de manifestação de louvor ao embaixador do Brasil na Jamai-ca, Senhor Cezar Augusto de Souza Lima Amaral, pelos motivos que especifíca.

Exmo Sr. Presidente da Câmara dos Depu-tados:

Nos termos regimentais, requeiro que esta Casa aprove manifestação de louvor ao embaixador Cezar Augusto de Souza Lima Amaral, representante do Brasil na Jamaica.

Justificação

O embaixador Cezar Augusto de Souza Lima Amaral assume o posto de representante de nosso país

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12457

em Kingston no momento em que a política externa brasileira prioriza as relações continentais.

Com a Jamaica, especificamente, essa relação tem tido um reduzido nível político. A recente visita de delegação de parlamentares brasileiros, da Confedera-ção Parlamentar das Américas, àquele país nos permitiu perceber a baixa densidade de nosso contato com a Caricom, exceção feita ao Suriname e a Guiana.

A competência do embaixador, permitiu-nos cum-prir uma agenda de contatos fundamental para nos-sos objetivos e de interesse à política externa nacio-nal com encontros no Parlamento e na Chancelaria jamaicanos.

Tanto no Parlamento, quanto na Chancelaria ma-nifestaram-nos o interesse de incrementar o relacio-namento com o Brasil e a América do Sul e indicaram o desejo de receber o Presidente Lula. Abordamos a conveniência de maior intercâmbio entre os parlamen-tos, até mesmo em função do quadro de negociações para a conformação da ALCA, vistos os desequilíbrios entre as capacidades negociadoras e as pressões existentes no cenário interamericano.

A atuação do embaixador demonstra o quanto tem se dedicado ao incremento de relações entre a Jamaica e nosso país e, posso garantir, tem se desin-cumbido da função com todo o mérito.

Nesse sentido é que encaminho a sugestão de manifestação de louvor por seu trabalho.

Deputado Aroldo Cedraz, Presidente da Comis-são de Relações Exteriores e de Defesa Nacional

Submeta-se ao Plenário (RICD, art. 117, inciso XIX). Oficie-se à Comissão requerente e, após, publique-se.

Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

REQUERIMENTO Nº 2.752/2005 (Da Comissão de Defesa do Consumidor)

Requer a revisão do despacho ao PL nº 7.137/02

A Sua Excelência o SenhorDeputado Severino CavalcantiDD Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Sr. Presidente,Em razão da aprovação por esta Comissão do

Requerimento nº 362/05, do Deputado Ricardo Izar, em anexo, requeiro a Vossa Excelência a redistribuição deste Projeto no sentido de que, anteriormente à mani-festação deste órgão técnico, a Comissão de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio se pronuncie. – Deputado Luiz Antonio Fleuy, Presidente.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

5ª Legislatura – 3ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 5ª Reunião (Ordinária), realizada em 6 de abril de 2005.

Aos seis dias do mês de abril do ano de dois mil e cinco, às dez horas e quarenta e seis minutos, no plenário oito do Anexo II da Câmara dos Deputados, reuniu-se, ordinariamente, sob a presidência do Depu-tado Luiz Antonio Fleury, Presidente, a Comissão de Defesa do Consumidor, para apreciação das proposi-ções constantes da pauta. Compareceram os Depu-tados Luiz Antonio Fleury – Presidente e Eduardo Seabra – Vice-Presidente; Ana Guerra, Selma Schons, Simplício Mário, Luiz Bittencourt, Paulo Lima, José Carlos Araújo, Marcelo Guimarães Filho, Celso Rus-somanno, Jonival Lucas Júnior e Renato Cozzolino – Titulares; Maria do Carmo Lara, Leandro Vilela, Julio Lopes, Neuton Lima, Ricardo Izar e Remi Trinta – Su-plentes. Deixaram de comparecer os Deputados Wla-dimir Costa, Carlos Sampaio, Paulo Kobayashi, Pedro Corrêa, Almeida de Jesus e Givaldo Carimbão. A Depu-tada Selma Schons encaminhou expediente justifican-do sua ausência à reunião do dia 30 de março do ano em curso. Compareceu, ainda, o Deputado Alex Can-ziani, não membro da Comissão. Abertos os trabalhos, foi aprovada, sem restrição, a Ata da quarta reunião, cuja leitura foi dispensada, por terem sido distribuídas cópias. O Presidente comunicou aos Deputados que, dada a impossibilidade de comparecimento do Presi-dente da Nova Dutra Concessionária à reunião de au-diência pública marcada para o dia seis de abril, às quatorze horas, adiara a referida reunião para o dia vinte e sete de abril e deu conhecimento aos membros da Comissão do seguinte expediente: correspondência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, comunicando a realização, no dia treze de abril, das oito horas e trinta minutos às dezessete horas, de au-diência pública sobre “Fracionamento de Medicamen-tos”. Em seguida, informou aos Deputados que parti-cipara, na semana anterior, de reunião com o Senhor Sérgio Darcy, Diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil, opor-tunidade em que ficou acordada a elaboração, por parte daquele Órgão em conjunto com esta Comissão, de cartilha sobre os procedimentos a serem adotados no relacionamento das instituições financeira com os consumidores. Prosseguindo, solicitou aos membros da Comissão que desejassem participar da reunião que seria oportunamente agendada com aquele Dire-tor e técnicos do Banco Central entrassem em conta-to com a Presidência ou com a Secretaria da Comissão. Após manifestação do Deputado Luiz Bittencourt sobre

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12458 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

esse assunto, o Presidente esclareceu que dava con-tinuidade à iniciativa originada na Sessão Legislativa anterior e comunicou que seria formado grupo de tra-balho composto por membros da Comissão para dis-cutir com representantes do Banco Central medidas que visem adequar o disposto no Código de Defesa do Consumidor às ações praticadas nas instituições bancárias, que alegam submeterem-se às normas do Banco Central, prevalecentes ao referido Código. Pas-sou-se à Ordem Do Dia. O Presidente submeteu à Comissão, para integrar a equipe de servidores deste Órgão Técnico, a indicação de Maria Aparecida Sarai-va para o cargo de Assessor Técnico Adjunto C – CNE–12, em substituição a Dario dos Santos Melo. Em vo-tação, foi a indicação aprovada, por unanimidade. O Presidente comunicou a retirada da pauta, de ofício, dos itens seis, Projeto de Lei nº 1 .359/91; oito, Proje-to de Lei nº 6.960/02; e nove, Projeto de Lei nº 57/03, e deu início à apreciação das demais matérias: 1) Re-querimento nº 356/05 – do Sr. Eduardo Seabra – que “solicita seja realizada reunião de audiência pública, para obtenção de esclarecimentos sobre procedimen-tos de inclusão e exclusão do nome dos consumidores no cadastro de inadimplência da Serasa”. Encaminhou a votação da matéria o Deputado Eduardo Seabra, autor. Em votação, foi o Requerimento aprovado, por unanimidade. Em atenção à solicitação do Deputado Jonival Lucas Júnior, o Presidente determinou à Se-cretaria que encaminhasse aos membros da Comissão relação das audiências públicas aprovadas e das já agendadas e, em seguida, comunicou aos presentes que, na semana subseqüente, seria realizada reunião de audiência pública sobre a Resolução nº 157/2004, aprovada pelo Contran, que dispõe sobre a substitui-ção dos atuais extintores de incêndio pelos do tipo ABC, com demonstração prática do uso e eficácia des-ses equipamentos. A pedido do Deputado Luiz Bitten-court, o Presidente determinou à Secretaria que co-lhesse informações sobre os procedimentos da Sera-sa, as quais serviriam de subsídios à audiência públi-ca proposta pelo requerimento aprovado. Por força do disposto no art. 43 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o Deputado Eduardo Seabra, 1º Vice-Presidente, assumiu a presidência dos trabalhos. 2) Requerimento nº 360/05 – do Sr. Luiz Antonio Fleury – que “solicita seja realizada reunião de audiência pú-blica conjunta, para obtenção de subsídios técnicos a projetos de lei referentes à questão do corte no forne-cimento de energia aos consumidores inadimplentes”. Encaminhou a votação da matéria o autor, Deputado Luiz Antonio Fleury. Em votação, foi o Requerimento aprovado, por unanimidade; 3) Requerimento nº 361/05 – do Sr. Luiz Antonio Fleury – que “solicita a realização

de Audiência Pública para esclarecer os prejuízos cau-sados aos consumidores por problemas operacionais da empresa Claro”. Encaminharam a votação da ma-téria os Deputados Luis Antonio Fleury – autor, José Carlos Araújo, Jonival Lucas Júnior, Simplício Mano e Ricardo lzar. Em votação, foi o Requerimento aprova-do, por unanimidade, com a alteração proposta pelo Deputado Simplício Mário de inclusão das demais operadoras de telefonia celular. Decidiu-se, ainda, a realização de audiências públicas quinzenais em quin-ze dias, com a presença de um representante de en-tidade de defesa do consumidor, do Presidente da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel e de representantes de duas operadoras de telefonia celu-lar, por evento, sendo a Claro e a Vivo as convidadas para a primeira reunião. Em razão da manifestação do Deputado Ricardo Izar, que considerara a obtenção de informações acerca do cumprimento das metas a serem cumpridas pelas concessionárias telefônicas, consoante contrato firmado com o governo quando da privatização das empresas de telefonia, o Presidente esclareceu que encaminhara oficio à Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel solicitando informações sobre essa questão. À propósito da sugestão de Depu-tado Jonival Lucas Júnior, que ponderara a discussão da qualidade dos serviços de atendimento ao consu-midor por parte das companhias telefônicas, o Presi-dente sugeriu ao Parlamentar apresentasse requeri-mento solicitando a realização de audiência pública conjunta com a Comissão de Trabalho desta Casa, para debate desses serviços. O Deputado Luiz Antonio Fleury reassumiu a presidência da reunião e designou o Deputado Eduardo Seabra para representar a Co-missão em evento realizado na Presidência da Câma-ra dos Deputados. Em que representante de entidade de defesa do consumidor fez a entrega de relação de apoio à aprovação do Projeto de Lei nº 5.476/01, que extingue a cobrança de assinatura básica da telefonia fixa comutada, com mais de duzentos mil signatários. Deu-se prosseguimento à apreciação das proposições da pauta: 4)Requerimento nº 362/05 – do Sr. Ricardo Izar – que “na qualidade de Relator do Projeto de Lei nº 7.137, de 2002, que altera a Lei nº 8.245, de 1991, requeiro a Vossa Excelência, ouvido o Plenário desta Comissão, nos termos do caput do art. 17 e do art. 107, inciso II, letra c, do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados, que seja encaminhado Requeri-mento ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados no sentido de que, anteriormente à manifestação des-te órgão técnico, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio se manifeste, nos termos do ant. 139, inciso II, letra c, sobre o referido Projeto”. Encaminhou a votação da matéria o Deputado

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12459

Ricardo Izar. Em votação, foi o Requerimento aprova-do, por unanimidade. Assumiu a direção dos trabalhos o Deputado Eduardo Seabra, 1º Vice-Presidente. 5) Projeto de Lei nº 1.052/03 – do Sr. André Luiz – que “estabelece penalidades ao fornecedor pela infração dos dispositivos que menciona da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consu-midor”. Relator: Deputado Renato Cozzolino. Parecer: pela aprovação, com substitutivo. Vista conjunta aos Deputados Celso Russomanno, Luiz Bassuma e Max Rosenmann em oito de dezembro de dois mil e quatro. O Deputado Celso Russomanno apresentou voto em separado em trinta e um de março de dois mil e cinco. Discutiram a matéria os Deputados Celso Russoman-no e Luiz Antonio Fleury. O Deputado Celso Russo-manno retirou o voto em separado. Em votação, foi o Parecer do Relator rejeitado, por unanimidade. Em votação, foi aprovado o Parecer Vencedor contrário ao Projeto de Lei, do Deputado Celso Russomanno, de-signado Relator-Substituto, contra o Voto em Separa-do do Deputado Renato Cozzolino, Relator original. Reassumiu a Presidência da reunião o Deputado Luiz Antonio Fleury. 6) Projeto de Lei nº 1.359/91 – do Sr. Francisco Silva – que “acrescenta dispositivos ao ar-tigo 83, da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor, e ao artigo 275 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Código de Processo Civil”. Apensado o Projeto de Lei nº 3.407/92. Relator: Deputado Luiz Bittencourt. Parecer: pela apro-vação deste e pela rejeição do Projeto de Lei nº 3.407/92, apensado. Vista, em nove de março de dois mil e cinco, ao Deputado Simplício Mário, que apre-sentou voto em separado em trinta de março de dois mil e cinco. Retirado de pauta de ofício; 7) Projeto de Lei nº 3.487/00 – do Sr. Lincoln Portela – que “dispõe sobre medidas que amenizem o desconforto da espe-ra, no atendimento ao público, nos estabelecimentos que especifica”. Apensados os Projetos de Lei nºs. 2.846/03 – a este os Projetos de Lei nos 3.772/04, 3.755/04 e 3.483/04. Relator: Deputado Julio Lopes. Parecer: pela aprovação deste e dos Projetos de Lei nº 2.846/03, 3.483/04, 3.755/04 e 3.772/04, apensa-dos, com substitutivo, e pela rejeição das emendas nos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 apresentadas ao substitutivo. Procedeu à leitura do Parecer do Relator o Deputado Jonival Lucas Júnior. Discutiram a matéria os Depu-tados Jonival Lucas Júnior e Simplicio Mário. Foi con-cedida vista ao Deputado Simplício Mário; 8) Projeto de Lei nº 6.960/02 – do Sr. Ricardo Fiuza – que “dá nova redação aos artigos 2º, 11, 12, 43, 66, 151, 224, 243, 244,246, 262, 273, 281, 283, 286, 294, 299, 300, 302, 306, 309, 328, 338, 369, 421, 422, 423, 425, 429, 450, 456, 471, 472, 473, 474, 475, 478, 479, 480, 482,

496, 502, 506, 533, 549, 557, 558, 559, 563, 574, 576, 596, 599, 602, 603, 607, 623, 624, 625, 633, 637, 642, 655, 765, 788, 790, 872, 927, 928, 931, 944, 947, 949, 950, 953, 954, 966, 977, 999, 1.053, 1.060, 1.086, 1.094, 1.099, 1.158, 1.160, 1.163, 1.165, 1.166, 1.168, 1.196, 1.197, 1.204, 1.210, 1.228, 1.273, 1.274, 1.276, 1.316, 1.341, 1.347, 1.352, 1.354, 1.361, 1.362, 1.365, 1.369, 1.371, 1.374, 1.378, 1.379, 1.434, 1.436, 1.456, 1.457, 1.473, 1.479, 1.481, 1.512, 1.515, 1.516, 1.521, 1.526, 1.561, 1.563, 1.573, 1.574, 1.575, 1.576, 1.581, 1.583, 1.586, 1.589, 1.597, 1.601, 1.605, 1.606, 1.609, 1.614, 1.615, 1.618, 1.623, 1.625, 1.626, 1.628, 1.629, 1.641, 1.642, 1.660, 1.665, 1.668, 1.694, 1.700, 1.701, 1.707, 1.709, 1.717, 1.719, 1.721, 1.722, 1.723, 1.725, 1.726, 1.727, 1.729, 1.731, 1.736, 1.768, 1.788, 1.790, 1.800, 1.801, 1.815, 1.829, 1.831, 1.834, 1.835, 1.848, 1.859, 1.860, 1.864, 1.881, 1.909, 1.963, 1.965, 2.002, 2.038 e 2.045 da Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002, que “Institui o Código Civil”, acrescenta disposi-tivos e dá outras providências”. Relator: Deputado Paulo Lima. Parecer: pela aprovação da proposta de alteração do § 1º do art. 1.361 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), na forma do Projeto de Lei nº 6.960, de 2002. Vista conjunta aos Deputados Alex Canziani, Celso Russomanno e Dr. Rosinha em nove de junho de dois mil e quatro. Retirado de pauta de ofício; 9) Projeto de Lei nº 57/03 – do Sr. Wilson Santos – que “altera a redação do inciso II do § 3º do art. 6º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, para considerar como descontinuidade do serviço a inter-rupção do fornecimento de água, energia elétrica e telefonia”. Relator: Deputado Celso Russomanno. Pa-recer: pela aprovação, com substitutivo. Vista ao Depu-tado Jonival Lucas Júnior em dezesseis de março de dois mil e cinco. Retirado de pauta de ofício; 10) Pro-jeto de Lei nº 2.790/03 – do Sr. Elimar Máximo Damas-ceno – que “altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que “dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, e dá outras providências””. Relator: Deputado Luiz Bittencourt. Parecer: pela apro-vação. Vista conjunta aos Deputados Eduardo Seabra e Jonival Lucas Junior em nove de março de dois mil e cinco. Procedeu a leitura do Parecer do Relator a Deputada Ana Guerra. Discutiram a matéria os Depu-tados Jonival Lucas e Eduardo Seabra. Em votação, foi o Parecer do Relator aprovado, por unanimidade, com complementação de voto; 11) Projeto de Lei nº 3.929/04 – do Sr. Clóvis Fecury – que “dispõe sobre atendimento diferenciado nos guichês de caixa das instituições financeiras”. Relator: Deputado Max Ro-senmann. Parecer: pela rejeição. Procedeu à leitura do Parecer do Relator o Deputado Simplício Mário. Foi concedida vista ao Deputado Celso Russomanno. Du-

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12460 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

rante os trabalhos, o Deputado Simplício Mário colo-cou-se à disposição da Presidência da Comissão para integrar o grupo de trabalho encarregado de elaborar, juntamente com técnicos do Banco Central do Brasil, a cartilha de relacionamento das instituições bancárias com os consumidores. E o Presidente, em atenção á indagação do Deputado Paulo Lima, informou ao Par-lamentar que o Projeto de Lei nº 6.960/02 retornaria à pauta oportunamente, o que, dada a importância da matéria, seria comunicado aos Deputados com ante-cedência de trinta dias. Nada mais havendo a tratar, às doze horas e trinta e cinco minutos, o Presidente encerrou os trabalhos, antes convocando reunião or-dinária para quarta-feira, dia treze, às dez horas, no plenário oito. O inteiro teor da reunião foi gravado, pas-sando o arquivo de áudio a integrar o seu acervo do-cumental. E, para constar, eu, Lílian de Cássia Albuquerque Santos, Secretária, lavrei a presente Ata, que, lida e aprovada, será assinada pelo Presidente,.. Deputado Luiz Antonio Fleury, e encami-nhada à publicação Diário da Câmara dos Depu-tados.

Defiro a redistribuição não só para incluir a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC, que deverá se manifestar após a Comissão de Defesa do Consumidor – CDC, como também para incluir a Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania – CCJC como competente quanto ao mérito. Novo Despacho: CDC, CDEIC e CCJC (Art. 24, II, do RICD).

Oficie-se. Publique-se.Em 14-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-

sidente.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

REQUERIMENTO Nº 2.721/2005

Solicita a desapensação do Proje-to de Lei nº 1.603/03 do Projeto de Lei no 156/03.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, na forma análoga

aos arts. 139, inciso I e 142 do Regimento Interno des-ta Casa, rever o despacho aposto ao Projeto de Lei nº

1.603/03, do Sr. Mário Heringer, que “Altera a Lei nº

9.656, de 3 de junho de 1998, que “dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde” e dá outras providências”, para determinar sua desapen-sação do Projeto de Lei nº 156/03, de autoria do Sr. Inocêncio de Oliveira, que “Acrescenta dispositivo à Lei

nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que “dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde”.

Justificação

Esclareço a Vossa Excelência que ao analisar a matéria concluí que há divergência de objetivos nos dois projetos, não restando comprovada correlação específica. O Projeto de Lei nº 156/03 dispõe sobre a possibilidade de escolha, pelo beneficiário, do profis-sional de sua preferência, desde que legalmente ha-bilitado e que aceite atender pelo valor dos honorários pagos pelo plano contratado. Por sua vez, o Projeto de Lei nº 1.603/03 dispõe expressamente sobre:

– Critérios para o descredenciamento e substitui-ção de e – Direito de credenciamento ao profissional médico ou odontológico devidamente habilitado;

– Garantia de que as operadoras não poderão impor contratos de exclusividade ou de restrição à ati-vidade profissional;

– Garantia aos prestadores de serviço de resposta imediata, autorizando ou negando, as solicitações de procedimentos médicos;

– Padronização de formulários por parte das ope-radoras. – Deputado Dr. Benedito Dias, Relator.

Defiro. Desapense-se o Projeto de Lei nº

1.03/03 do Projeto de Lei nº 156/03. Oficie-se e, após, publique-se.

Em 1-4-05. – Severino Cavalcanti, Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Fin-da a leitura do expediente, passa-se à

IV – HOMENAGEMO SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Esta

sessão é em homenagem ao Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Autor: Deputado Wasny de Roure.

Convido para tomarem assento à Mesa D. Tomás Balduíno, Bispo Emérito de Goiás e Presidente da Co-missão Pastoral da Terra – CNBB (palmas); Manoel José dos Santos, Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG (palmas); Viviane Moreira da Silva, da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (palmas pro-longadas); Mário Benedito, Diretor de Reforma Agrária da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Dis-trito Federal e Entorno. (Palmas prolongadas.)

Convido todos a ouvirem, de pé, o Hino Nacio-nal.

(É executado o Hino Nacional.)O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Sras.

e Srs. Deputados, acabo de retornar do Vaticano, onde assisti ao funeral do Papa João Paulo II, e, ao presidir

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12461

esta sessão em homenagem ao Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, quero recordar outro momento importante relacionado com Sua Santidade. Refiro-me à última visita feita ao Brasil, em 1997.

Naquela ocasião, João Paulo II manifestou pre-ocupação com os nossos problemas sociais, espe-cialmente os conflitos no campo, e deixou-nos clara mensagem de fraternidade e harmonia como caminho a ser seguido para resolvê-Ios. Lembro-me de ter dito, então, neste plenário, que a palavra do Sumo Pontífi-ce ecoaria por muito tempo como paradigma para mi-lhões de brasileiros dos mais distantes rincões. Oito anos depois, estou certo de que a orientação do Papa permanece atual.

Precisamos desarmar os espíritos, tomar a trilha de amor e conciliação indicada por João Paulo II, pois só assim realizaremos em paz as profundas e efica-zes mudanças de que o País necessita. Mesmo sem a força espiritual das palavras do Santo Padre, é para isso que aponta também nossa Constituição.

Um capítulo inteiro da Lei Maior trata da ques-tão agrária, de modo que defender a reforma é pedir o cumprimento de um preceito constitucional. Mas é também a Constituição que garante o direito à proprie-dade e se propõe a regular uma sociedade fraterna, fundada na harmonia e comprometida com a solução pacífica das controvérsias.

Portanto, o rumo parece muito claro. Os problemas relacionados ao uso e à distribui-

ção da terra no Brasil remontam aos tempos coloniais e já deveriam ter sido resolvidos. Recuperar o tempo perdido é obrigação de todos nós, porém isso deve ser feito em comum acordo, com a certeza de que acirrar conflitos não traz soluções, mas, ao contrário, aumen-ta as dificuldades.

Suporte técnico e financeiro aos assentamentos, apoio à agricultura familiar e estímulo ao cooperati-vismo são algumas medidas importantes para que a reforma agrária tenha sucesso. Espírito de concórdia, disposição para o diálogo e respeito ao próximo e à lei são condições indispensáveis.

Muito obrigado a todos que aqui vieram partici-par desta homenagem ao Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Wasny de Roure, autor do requerimento.

O SR. WASNY DE ROURE (PT-DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Severino Caval-canti; Sras. e Srs. Deputados; D. Tomás Balduíno, Bispo Emérito de Goiás e Presidente da Comissão Pastoral da Terra – CNBB; Sr. Manoel José dos Santos, Presi-dente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na

Agricultura – CONTAG; Sra. Viviane Moreira da Silva, representante da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST; Sr. Mário Benedito, Diretor de Reforma Agrária da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do DF e Entorno.

É com tristeza que lembramos o dia 17 de abril de 1996, que nos traz à memória uma dor que não passa, uma dor que nada é capaz de acalentar, uma dor perpétua pelo massacre de Eldorado dos Carajás, desfecho trágico de uma marcha pacífica, a Caminha-da pela Reforma Agrária, iniciada no dia 10 de abril por 1.500 famílias de trabalhadores rurais sem terra. Para 19 homens, aquela foi a caminhada para a morte. Portanto, a escolha do dia 17 de abril como o Dia Na-cional de Luta pela Reforma Agrária busca manter viva a lembrança dos que tombaram lutando não apenas por um pedaço de chão ou pelo acesso à terra, mas também pela esperança de dias melhores. Por isso, estamos aqui nesta data memorável.

Como dizia, esses homens lutavam por um pe-daço de terra. Mas como viabilizar o acesso à terra em um país que prima pela concentração fundiária desde os primeiros tempos do seu descobrimento? Sozinho, o trabalhador não é ouvido em seus clamores. Se in-siste, sofre as penas e as dores de uma repressão policial sempre violenta.

Para se contrapor a esse processo desumano de descaso, algumas lideranças surgiram do seio dos excluídos, se organizaram, se agruparam e se forta-leceram, definindo formas de ação política. Mobilizam a sociedade, cobram ações dos poderes constituídos, exigem a execução da reforma agrária. Falo de gen-te como vocês: líderes, voz dos trabalhadores rurais sem terra.

Entre essas lideranças destacou-se também a conhecida, famosa internacionalmente, Irmã Doro-thy Stang. Por isso, hoje, quero rememorar a trágica morte, também em terras paraenses, daquela que foi a missionária da esperança, da perseverança, da fé, cuja história de luta pelo direito à cidadania plena, por meio da convivência pacífica e respeitosa com a terra, custou-lhe a própria vida, ceifada de maneira trágica e desumana, no dia 12 de fevereiro de 2005.

Mas a missionária norte-americana naturaliza-da brasileira deixou uma semente fecundada naquela região: os Projetos de Desenvolvimento Sustentável, PDSs, implementados pelo Governo Federal, por inter-médio do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. E, por isso mesmo, por tentar e de fato proteger aqueles que faziam parte dos PDSs, Dorothy Stang foi assassinada. Nesse mesmo dia, o Governo Federal anunciava investimento de R$14 milhões para beneficiar 4 mil famílias de uma reserva

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12462 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

extrativista daquela área. Irmã Dorothy não chegou a tomar conhecimento do anúncio.

Além disso, foi implantada outra reserva, nos úl-timos meses, no Município de Riozinho Anfrísio, tam-bém no sul do Pará, em área de bastante conflito. Isso mostra a determinação do Governo Lula no trato das questões agrárias, ainda sob tantas adversidades. É a prova de que este Governo luta para garantir a so-berania das terras amazônicas, das nossas florestas. Porém, não é suficiente, diante do clamor e da neces-sidade dos trabalhadores rurais sem terra.

Muitas são as regiões de conflitos, muitos são os crimes, como aqueles cometidos no ano passado contra os sem-terra em Minas Gerais e contra os po-vos indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol. Por uma questão de simbolismo, pelas trágicas mortes lá ocorridas, vou centrar-me um pouco mais na região do Pará.

É difícil, mas não impossível, reverter situação tão grave naquele Estado, depois de mais de 3 décadas de ocupações ilegais de terras públicas. É bom lembrar que no início da década de 70, com a construção da Transamazônica, iniciou-se ocupação desenfreada das terras amazônicas, e, por que não dizer, muitas vezes irresponsáveis, devido ao equívoco no loteamento de terras públicas.

A partir daqueles anos, deflagrou-se uma con-fusão geral quanto à posse de terras naquela região. Sabe-se que a maioria das terras que lá se reivindicam como propriedade privada são, na verdade, patrimônio público. Muitas dessas glebas, como tantas outras por todo o Brasil, são improdutivas.

Não se admite, hoje, diante de tanta fome, de tanto desemprego, de tanta exclusão social, a manutenção de propriedades improdutivas. São tantos os que pa-decem de fome e sofrem com a falta de perspectivas! A propriedade improdutiva é uma grave violação do direito coletivo, isto é, do direito de todos os homens, em qualquer parte do planeta.

Por isso, considero socialmente justa a ocupação de áreas que não produzem, que agridem o meio am-biente e que, pior, reduzem trabalhadores à condição análoga a de escravos. Ocupar tais propriedades não é mais grave do que descumprir a função social. Por que, então, tanta grita?

Por acaso, assassinar centenas e centenas de trabalhadores rurais, escravizá-los, colocá-los à mar-gem da sociedade, em condições de absoluta misera-bilidade não constitui violência? Numa época em que tanto se ouve falar de direitos humanos, pergunto-me se os trabalhadores rurais, os povos indígenas, as co-munidades quilombolas e ribeirinhas que há anos lutam

pela demarcação de suas terras coletivas conhecem, de fato esses, direitos.

Do lado do Congresso, acredito ser necessária, fundamental, a aprovação urgente de proposições que confiscam terras em que se pratica trabalho escravo e em que são mantidos trabalhadores e trabalhadoras em situação de escravidão, assim como a aprovação de políticas públicas gratuitas de saúde, educação e assistência social e previdenciária para a população rural.

Na condição de Parlamentar, digo, com proprie-dade, que, nesta Casa, a luta pelas conquistas sociais da classe marginalizada não é menos árdua do que a da gente sem-terra, angustiante mesmo, face à cor-relação de forças, sempre favorável aos setores mais conservadores, o que leva os movimentos sociais, cansados de esperar por leis mais justas, a utilizar o único instrumento que lhes resta: a ocupação de pro-priedades improdutivas, forma socialmente justa de pressionar, de exigir dos Poderes Executivo, Legislati-vo e Judiciário a adoção das providências pertinentes para aceleração da reforma agrária.

Como resposta ao anseio da sociedade, o Go-verno Lula já assentou mais de 100 mil famílias, pouco mais de 36 mil em 2003 e cerca de 70 mil até novem-bro de 2004 – mas ainda é insuficiente, diante do que era previsto. Além disso, as novas famílias assenta-das, que antes recebiam no máximo R$7,7 mil teve o crédito ampliado para até R$16 mil, incluindo crédito e valores a fundo perdido.

E, para garantir a venda da produção dessas fa-mílias, o Governo realiza o que se chama de cadeia produtiva, que compreende assistências em todos os estágios de produção e venda com o intuito de garan-tir o sustento das famílias de trabalhadores. Trata-se de uma política de comercialização, que visa fazer os produtos dos agricultores chegarem ao consumidor. Para isso, os trabalhadores contam com o Programa de Compra Direta da Companhia Nacional de Abas-tecimento – CONAB.

Em 2003 e 2004, o Governo comprou 39 mil to-neladas de alimentos por esse sistema, o que bene-ficiou mais de 15 mil famílias. Sei que ainda não é o ideal, mas este Governo seguirá a todo vapor com as condições necessárias para oferecer dignidade para o trabalhador rural, pois o Presidente Lula sempre foi um ferrenho defensor da organização social dos tra-balhadores rurais, dos sem-terra.

Este Governo é incansável e irá honrar a memória de Chico Mendes, da irmã Dorothy e dos 19 trabalha-dores rurais barbaramente assassinados em Eldorado dos Carajás, que são o principal motivo desta solenida-de. São eles: Altamiro, Antônio Costa, Raimundo, Leo-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12463

nardo, Graciano, José Ribamar, Oziel, Manoel Gomes, Lourival, Antônio Alves, Abílio, João Carneiro, Antônio – conhecido por “Irmão” —, José Alves, Robson, Amân-cio, Valdemir, Joaquim e João Rodrigues.

Dedico esta homenagem a eles e, também, a todos os que, em qualquer época de nossa história, sonharam e lutaram por um país mais justo, humano e solidário e morreram por não se calarem diante da injustiça.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero aqui registrar a iniciativa do Núcleo Agrário do PT de realizar um café da manhã com o objetivo de promo-ver um debate sobre a conjuntura agrária e informar sobre a Marcha pela Reforma Agrária, que se iniciará na cidade de Goiânia e chegará a Brasília em meados do mês de maio.

Muito obrigado. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Wasny de Rou-re, o Sr. Severino Cavalcanti, Presidente, dei-xa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Marcondes Gadelha, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Marcondes Gadelha) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Adão Pretto, pelo PT. (Palmas.)

O SR. ADÃO PRETTO (PT-RS. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, prezados companheiros e companheiras de luta pela terra, esta sessão solene tem grande importância, uma vez que tratamos hoje de assunto dos mais sé-rios do País.

A luta do MST e a de outros movimentos é mui-to perseguida, e não há motivos para isso. Este País, que anteriormente era dos índios, foi invadido pelos portugueses e espanhóis e foi tomado pelos grandes latifundiários que, apesar do sangue dos trabalhadores, se adonaram de enormes áreas de terra.

Hoje, esses movimentos retomam a luta pelo di-reito à terra, que é justa, e não há como não debater esse tema. O exemplo que apresento de dignidade, respeito e amor à terra está no Município de Hulha Ne-gra, mais antigo que a cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul. A chegada dos assentamentos àquela região transformou aquela vila em cidade. O mesmo aconte-ceu com a cidade de Pontão, mais antiga que Passo Fundo, lugar de pousada dos tropeiros, quando sur-giu uma vila. Com a chegada do trem, Passo Fundo se desenvolveu e Pontão estacionou. A chegada dos agricultores à Fazenda Anone transformou aquela vila em cidade. E elegeram um assentado para prefeito por duas vezes. Agora há outro assentado administrando a cidade.

Nos 20 anos de luta pela terra do MST, 400 mil famílias foram assentadas. Somadas às famílias dos outros movimentos passam de 700 mil. E, por pior que esteja o assentamento, nas famílias assentadas não há nenhuma criança passando fome nem fora de sala de aula, todas vivem com dignidade.

Outro exemplo. Foi feito estudo no Rio Grande do Sul sobre 10 Municípios de maior latifúndio na fronteira do Estado, dentre eles, Bagé, Dom Pedrito, Santana do Livramento e outros. Juntos, somam terri-tório maior que a Suíça. Porém, a produtividade deles é menor do que no Município de Farroupilha, um dos menores do Estado, mas não tem latifúndios e a terra é bem distribuída.

É por essas razões que não dá para combater a reforma agrária dizendo que não dá certo. Todos a defendem, desde que ela não aconteça.

Na semana passada, em audiência na CPMI da Terra, de que fazemos parte, foram quebrados o sigilo bancário da CONTAG e de outras entidades ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Na votação desse requerimento havia mais de 20 Parla-mentares presentes. Até chamei atenção para esse fato, porque depois dessa votação interrogamos um cidadão do Estado do Pará, condenado por 4 homicídios. Só em processos por questões trabalhista ele responde a 508 e a centenas por desrespeito à natureza e ao meio ambiente. Ele mesmo confessou que possuía 112 mil hectares de terra. Na hora de interrogar esse cidadão, éramos 4 Parlamentares. Quando julgaram a entidade do MST, havia mais de 20; depois, para julgar um ban-dido, havia apenas 4, e os 4 de Esquerda.

Sr. Presidente, com sua permissão, concedo aparte ao meu companheiro João Grandão, um gran-de lutador pela reforma agrária.

O SR. PRESIDENTE (Marcondes Gadelha) – Peço que o aparte seja breve porque temos uma lista de oradores e uma pauta regimental a cumprir.

O Sr. João Grandão – Parabenizo o Deputado Wasny de Roure pela iniciativa e, em nome de S.Exa., também o Deputado Adão Pretto, que tem uma luta – todo muito conhece a sua história – pela reforma agrária. Solidarizo-me também com os companheiros dos movimentos ligados à terra, dos movimentos que querem realmente promover a solidariedade para que as pessoas, efetivamente, tenham renda, dignidade e, acima de tudo, possam, de fato, exercer seus direitos de cidadãos. A reforma agrária proporciona cidadania; proporciona a paz; proporciona, acima de tudo, a felici-dade. É exatamente isso que queremos, dar felicidade para esse povo que, infelizmente, é tratado como pes-soas que não têm contribuição dentro de um processo de construção da cidadania. E esse povo constrói a

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cidadania, esse povo dá dignidade, e é exatamente o que queremos. Por isso, defendemos a reforma agrária. Parabenizo o Deputado Wasny de Roure pela iniciativa porque, para nós, este dia tem significado muito impor-tante na construção de um Brasil melhor para todos. Obrigado, Deputado Adão Pretto. (Palmas.)

O SR. ADÃO PRETTO – Obrigado, companheiro João Grandão.

Concedo um aparte à minha companheira Luci Choinacki, que também é fundadora do MST.

A Sra. Luci Choinacki – Agradeço a V.Exa. a oportunidade do aparte. Este momento é tão especial que nós, Parlamentares, que somos da luta pela ter-ra, pela reforma agrária, nos emocionamos. Não há como não virmos falar, nem pedir um aparte, e dizer ao companheiro Wasny de Roure obrigada por essa iniciativa e às companheiras e aos companheiros que estão aqui que, se não fosse a organização deles, do Movimento dos Sem Terra, não iria existir nem o mapa do Brasil. Ele só existe porque os pobres decidiram se organizar. E os ricos não gostam de povo e muito menos de povo organizado. Esse é o problema deles. (Palmas prolongadas.) O povo, quando se organiza, tem consciência do seu direito e sabe que este Brasil tem muita terra – não é, D. Tomás Balduíno? – e terra boa, bonita. Onde o povo ocupa a terra não o faz para criar uma vaca, em cada hectare de terra produz arroz, feijão, galinha, leite. Aquilo que se come na cidade vem dos assentamentos da reforma agrária, da agricultura familiar, não do agronegócio, que só faz propaganda, come o dinheiro público e alimenta as vacas dos es-trangeiros. Aliás, eles nem estão querendo mais soja, porque eles plantaram, têm comida suficiente. O Mo-vimento dos Sem Terra é uma luta de “desaforados”, que teimam, insistem em que este País pertence ao povo brasileiro, aos homens e às mulheres. Deputado Adão Pretto, estamos de parabéns por termos sempre a coragem de ocupar esta tribuna para defender esse movimento mais bonito que surgiu na história do Bra-sil; por fazermos com que homens e mulheres pobres tenham dignidade e coragem de levantar a cabeça, levantar a bandeira do Brasil e do Movimento dos Sem Terra. Este País nos pertence. Muito obrigada. (Palmas prolongadas.)

O SR. ADÃO PRETTO – Sr. Presidente, permi-te-me conceder um aparte à minha colega Deputada Selma Schons?

O SR. PRESIDENTE (Marcondes Gadelha) – No-bre Deputado, o tempo de V.Exa. está esgotado. A Mesa aceitará os apartes, mas pede apenas brevidade, não aceitará apartes extensos, porque estamos invadindo o direito e o tempo dos outros Parlamentares inscritos.

O SR. ADÃO PRETTO – Sr. Presidente, nós co-nhecemos o Regimento e também sabemos que quan-do se tem força política, se consegue mais tempo.

Peço a V.Exa., pela importância do assunto, que conceda um aparte à Deputada.

O SR. PRESIDENTE (Marcondes Gadelha) – Eu vou conceder, Deputado. Apenas peço que respeitem o direito dos outros oradores inscritos para falar em seguida.

A Sra. Selma Schons – Sr. Presidente, cumpri-mento V.Exa.; D. Balduíno; a Mesa; todos os importan-tes dirigentes; o Deputado Wasny de Roure por esta feliz idéia; o Deputado Adão Pretto, que é um lutador antigo dessa causa. Gostaríamos que o Brasil, na sua história, não tivesse perdido o trem, ou seja, que ti-vesse feito a sua reforma agrária. Esses conflitos não são bons nem para o pequeno nem para o médio nem para o grande produtor. Felizmente, a Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Militar, em Ponta Grossa, minha cidade, no Paraná, em uma investigação de 2 anos, desbaratou, semana passada, uma quadrilha, a milícia, paga pelo Governo, que fazia segurança nas fazendas. Portanto, crime institucionalizado de policiais. Foi preso o Capitão Neves, que também era grileiro de mais de uma centena de hectares de área da própria EMBRAPA, de área pública. Temos lá uma ocupação, e estavam sendo molestados. Esse capitão levava a violência pelo Paraná afora. Felizmente, tam-bém registramos bons trabalhos realizados pela Polí-cia Federal e pela Polícia Militar. Precisamos realizar uma investigação séria, tirar os infiltrados nos nossos movimentos e colocá-los na cadeia. Neste momento, estão sendo ouvidos os agricultores que faziam um consórcio para pagar essas milícias. É bom deixar isso registrado. Estamos dando um passo à frente. Conto com a participação de todos e agradeço a resistência de vocês. Assim, o Brasil construirá a paz no campo. Muito obrigada. (Palmas.)

O SR. ADÃO PRETTO – Ouço, com prazer, a nossa companheira Fátima Bezerra.

O SR. PRESIDENTE (Marcondes Gadelha) – A Mesa concederá só este aparte. Como há mais ora-dores inscritos, peço aos Deputados que desejarem se manifestar que o façam com o próximo orador e dividam com ele o tempo.

Deputada Fátima Bezerra, peço a V.Exa. que seja bastante breve em sua intervenção.

A Sra. Fátima Bezerra – Sr. Presidente, senhores componentes da Mesa, Deputado Adão Pretto, trago aos companheiros e companheiras o abraço do Par-tido dos Trabalhadores do Rio Grande do Norte. Mais do que nunca, associamo-nos à importante luta histó-rica pela reforma agrária em nosso País. Com certeza

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o MST, a CONTAG, enfim, todas as organizações de defesa da reforma agrária continuam dando lições de luta e de esperança. A marcha de vocês, a marcha da esperança, a marcha da vida, está vindo. Mais uma vez, caminharão pelas estradas deste País levando o sentimento de esperança, de luta e de resistência. Parabéns! Contem conosco. Um abraço do PT do Rio Grande do Norte.

O SR. ADÃO PRETTO – Sr. Presidente, ao en-cerrar, agradeço a oportunidade de me manifestar e ao companheiro Wasny de Roure pela iniciativa do requerimento de realização desta sessão solene, que deverá ficar na história.

Domingo, comemoraremos, com tristeza, o ani-versário do massacre de Eldorado dos Carajás. A co-ragem daqueles companheiros está encarnada em cada um dos lutadores.

O companheiro Zaqueu foi um deles. Quando a polícia cercou os agricultores – muitos eram pistolei-ros, vestidos com a farda da polícia —, ele foi atingido na cabeça com a coronha de uma arma e disseram-lhe: ”Grita agora: reforma agrária!” E ele gritou: “Re-forma agrária!” Deram um tiro nele e disseram: “Grita de novo: reforma agrária!” Ele, já com a voz mais fra-ca, ainda gritou: “Reforma agrária!” Deram nele outro tiro e disseram: “Grita de novo.” Ele, já sem voz, ainda gesticulava com o braço como se dissesse: “Reforma agrária! Reforma agrária!”

Viva a reforma agrária, companheiros! (Palmas prolongadas.)

O SR. PRESIDENTE (Marcondes Gadelha) – Concedo a palavra, pela ordem, à Sra. Deputada Sel-ma Schons.

A SRA. SELMA SCHONS (PT-PR. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, é possível que todos já tenham conhecimento da ação conjunta, levada a cabo pela Polícia Federal e a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Paraná, que resultou no desbaratamento de milícia armada que, segundo nota da própria Polícia Federal, atuava na região de Ponta Grossa.

A operação aconteceu depois de investigação, que começou há mais de 2 anos, batizada de “Operação Março Branco”. Os integrantes do grupo tiveram sua prisão preventiva decretada sob acusação de formação de quadrilha, tráfico internacional de armas, exercício arbitrário da função e violação de direitos humanos. A Polícia Federal também declarou que a milícia fazia segurança privada e desocupações ilegais de áreas.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, o agora tenente-coronel Valdir Copetti Neves, líder do grupo preso, já coordenou várias ações violentas na região noroeste do Paraná, entre os anos de 1997 e 2001,

quando comandou o policiamento do interior no Go-verno Jaime Lerner.

Teria sido pelas mãos do então Capitão Neves, por exemplo, que trabalhadores rurais foram torturados e ameaçados em Campo Bonito, em março de 1993, numa ação que levou ao assassinato do líder sem-terra Diniz Bento da Silva, o Teixeirinha.

O caso, de repercussão internacional, levou o Governo brasileiro a ser condenado pela Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.

Outra ação violenta atribuída ao coronel Neves foi o despejo da Fazenda Figueira, no Município de Guairaçá, em fevereiro de 2000, quando mil policiais fortemente armados realizaram o despejo de 150 famí-lias. A desastrosa ação revelou as táticas assustadoras usadas por ele contra os sem-terra, e chocou a socie-dade paranaense com cenas de crianças e mulheres feridas. A Fazenda Figueira, classificada pelo INCRA como improdutiva, abrigou os pistoleiros que executa-ram o sem-terra Sebastião Camargo Filho em despejo realizado no Município de Marilena, em 1998.

Preocupadas que estamos com o acirramento dos conflitos na região, fizemos contato com o repre-sentante do INCRA no Estado e vamos nos reunir, ainda nesta semana, com dirigentes da EMBRAPA, aqui em Brasília, para solicitar agilidade no processo de destinação, para fins de reforma agrária, de uma área da estatal que se encontra ocupada em Ponta Grossa. No último sábado, visitamos o assentamento Emiliano Zapata, na região, manifestando nossa soli-dariedade aos agricultores.

Sr. Presidente, senhoras e senhores, o desman-telamento da quadrilha é uma vitória da sociedade, e deve ser aplaudido pela gravidade da situação que as milícias privadas têm gerado no campo, com reiterados episódios de violência contra os trabalhadores.

O Estado democrático não pode admitir que seus servidores sejam promotores de violência, corrupção ou qualquer outra ação contrária à vida dos cidadãos. Os Governos Federal e Estadual precisam continuar vigilantes para não permitir que grupos como esse, desbaratado no Paraná, continuem a atuar no País, levando o terror a comunidades inteiras.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Marcondes Gadelha) – Con-

vido o Deputado Wasny de Roure para assumir a Pre-sidência, na qualidade de autor do requerimento.

Concedo a palavra ao Deputado Pedro Chaves, que falará pelo PMDB.

O SR. PEDRO CHAVES (PMDB-GO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, autoridades que compõem a Mesa, D. Tomás Balduíno, Sr. Manoel dos Santos,

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Sra. Viviane Moreira da Silva, Sr. Mário Benedito, cole-gas Deputados e Deputadas presentes, convidados do MST e da Contag, não há dúvida de que a questão da reforma agrária será parte integrante da agenda nacio-nal por muitos anos. O problema é complexo, envolve interesses diversos e não tem fácil solução.

Devemos, então, ter lucidez para encontrar um caminho que afaste a violência, promova negociações equilibradas e, sobretudo, conduza a sociedade bra-sileira na direção do desenvolvimento sustentável, da cidadania plena e da justiça social.

As disputas em torno da posse da terra fazem parte da história de muitas nações do mundo. E a transformação dos conflitos de luta aberta para nego-ciações no terreno da Justiça tem sido prova da pos-sibilidade de reorganização social em bases estáveis e duradouras.

Não há dúvida de que a distribuição da terra pode e deve ser melhorada no Brasil. Os números são eloqüentes quando falam da concentração e da baixa utilização das propriedades. Mas na busca de uma boa solução para o problema há que se considerar dois pontos de vista antagônicos, mas complementares: um se preocupa com a questão social e outro com o desenvolvimento econômico.

Do ponto de vista social, a melhor solução é aque-la que procura dar ênfase nas desapropriações e na distribuição das terras para os trabalhadores rurais.

Do ponto de vista da produtividade e dos ganhos obtidos com o agronegócio, o que importa é aumen-tar a produção, reduzir custos e conquistar espaço no mercado internacional altamente competitivo e que sofre com os subsídios que os países ricos oferecem a seus produtores.

Os defensores do primeiro ponto de vista afirmam que a busca cega de lucros está promovendo o caos social porque reduz o emprego no campo e força a mi-gração dos trabalhadores rurais para cidades inchadas e violentas. De nada adianta obter ganhos de produti-vidade se a população não se beneficiar deles.

Os defensores do segundo ponto de vista afirmam que o Brasil não pode fechar os olhos à realidade que o circunda, pois isso implicaria um retrocesso tecno-lógico e econômico, que conduziria ao isolamento do País no comércio internacional. Isso, sim, causaria uma instabilidade social que ninguém deseja.

Os dois pontos de vista parecem ter fundamento.Ouço, com prazer, o nobre Deputado Chico

Alencar.O Sr. Chico Alencar – Obrigado, Deputado Pe-

dro Chaves. A homenagem ao Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, este 14 de abril, em boa hora proposta pelo nosso companheiro Deputado Wasny de

Roure, se soma ao 19 de abril, na próxima terça-feira, que se convencionou chamar de Dia do Índio, mas que deve ser também o Dia Nacional de Luta pela Digni-dade Indígena no Brasil, tão ameaçada. Mesmo com nosso Governo comprometido com essas políticas públicas, elas não avançam. Desejo apenas reforçar minha solidariedade com o camponês, o trabalhador rural brasileiro e sua luta pela reforma agrária, com as populações nativas e as suas diferentes culturas, hoje vivendo um processo de extermínio. Convido todos os presentes para a sessão do dia 19 de abril, quando fa-remos, se possível, uma Comissão Geral, mais do que uma sessão solene, para que os sofredores, aqueles que sentem na carne a destruição, possam também aqui falar. Na Câmara dos Deputados existe ainda a limitação de apenas Parlamentar poder manifestar-se em sessão solene. Por isso, estamos tentando, não é certo ainda, transformar a sessão solene em Comissão Geral. De qualquer forma, seja o que for, estão todos convidados, em especial nosso companheiro Deputado Wasny de Roure, um dos Parlamentares que têm mais sensibilidade na luta dos pequenos, dos anônimos, da-queles que na verdade constroem a Nação. Vamos à luta, companheirada, sempre firmes. (Palmas.)

O SR. PEDRO CHAVES – Agradeço ao nobre Deputado Chico Alencar o aparte.

Continuando, nós, do PMDB, acreditamos que é preciso ao mesmo tempo distribuir terras ociosas aos trabalhadores rurais e investir no desenvolvimento tec-nológico da agricultura nacional.

A recente experiência tem mostrado que a sim-ples distribuição da terra é insuficiente se não for acom-panhada de apoio em termos de infra-estrutura para produzir, armazenar e comercializar os nossos pro-dutos. E, por outro lado, a realidade social não deixa dúvidas de que emprego e renda devem ser objetivos prioritários para qualquer Governo comprometido com o futuro do País.

Nesse sentido, acreditamos que a reforma agrária é necessária e deve fazer parte de amplo programa de desenvolvimento nacional, que contemple a inclusão social, por um lado, e o fortalecimento da agricultura, por outro.

Nenhum país do mundo alcançou a maturidade social e política sem enfrentar a questão da terra. O Brasil precisa dar esse salto. E deve fazê-lo observando as peculiaridades de sua própria estrutura.

Temos certeza de que o novo ambiente político criado com a eleição do Presidente Lula reúne ótimas condições para que a sociedade brasileira encontre o caminho do desenvolvimento sustentado, o que inclui especial atenção aos trabalhadores rurais que não

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possuem a terra de onde extrair o sustento de suas famílias.

Portanto, precisamos continuar lutando para que a reforma agrária alcance seu grande objetivo. O PMDB faz parte dessa luta.

Sr. Presidente, antes de encerrar, desejo para-benizar D. Tomás Balduíno, referência nacional e mo-tivo de orgulho para nós, goianos, seus conterrâneos, pelo grandioso trabalho que desenvolve em prol da reforma agrária.

Obrigado a todos e boa sorte nesta grande luta. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Pedro Chaves, o Sr. Marcondes Gadelha, § 2º do art. 18 do Re-gimento Interno, deixa a cadeira da presidên-cia, que é ocupada pelo Sr. Wasny de Roure, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, que falará pelo PSDB.

DISCURSO DO SR. DEPUTADO ANTO-NIO CARLOS MENDES THAME QUE, EN-TREGUE À REVISÃO DO ORADOR, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Con-vido para fazer uso da palavra o Deputado Marcondes Gadelha, que falará pelo PTB.

O SR. MARCONDES GADELHA (PTB-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Wasny de Roure, Sras. e Srs. Deputados, D. Tomás Balduíno, trabalhadores rurais com assento à Mesa, minhas se-nhoras, meus senhores, esta sessão em celebração ao Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que se comemora no dia 17 de abril, é mais uma oportunida-de para refletirmos sobre a questão agrária brasilei-ra, cujas origens remotas permitem compreender por que, afinal, aquilo que é sabidamente uma urgência social tem encontrado tantas resistências e gerado tantos conflitos.

De início, é importante lembrar o próprio proces-so de colonização do Brasil, que espoliou e dizimou os primeiros habitantes deste território, e é também imprescindível lembrar o regime de sesmarias aqui implantado, que se sustentou na escravidão negra, essa mácula nacional.

O fim da escravidão, em 1888, agravou a escas-sez de mão-de-obra, mas isso logo se resolveu com os subsídios estatais à vinda de imigrantes. Ambas, escravidão e imigração, tiveram propósitos parecidos: a concentração da terra e das riquezas dela advindas nas mãos de poucos.

A concentração fundiária, aliada à abundância de mão-de-obra e à garantia de preços, foram condições elementares para manter o café como principal pro-duto da economia nacional na pauta de exportações da primeira metade do século XX. Com isso, o debate sobre a questão da terra foi aplacado, até porque as grandes forças políticas nacionais apoiavam-se nas oligarquias rurais.

No entanto, algumas vozes de intelectuais e po-líticos começaram a alertar para as grandes massas rurais exploradas e miseráveis. Aos poucos, em torno dessa discussão, foi-se constituindo um movimento social expressivo que desencadeou muitos conflitos rurais.

As injustiças no campo e a ciência delas foram ampliando a demanda pela reforma agrária. Os movi-mentos camponeses adquiriram grande força política a partir da metade do século, e essa era uma das re-formas de base propostas pelo Governo João Goulart, abortada pelo Golpe de 1964.

Na realidade, havia, como ainda há, diferenças substanciais nas propostas em pauta. De um lado, a grande massa rural, liderada pelos movimentos cam-poneses, que lutavam por justiça e pela redistribuição da terra. De outro, os segmentos industriais e as oligar-quias rurais, que propugnavam pela modernização da agricultura, sem alteração na estrutura fundiária.

O Estatuto da Terra, aprovado em dezembro de 1964, foi encaminhado ao Congresso com a observa-ção de que se tratava de “uma lei de desenvolvimen-to rural”, mais do que uma “lei de reforma agrária”. A história comprovou que prevaleceu de fato o primeiro propósito do Estatuto.

No início da Nova República, o Estado absorveu o tema, reacendendo as esperanças de uma reforma agrária ampla, massiva e imediata. O Plano Nacional de Reforma Agrária, em 1985, e a Carta Magna, em 1988, pareciam dar conta da questão, mas isso não ocorreu.

As divergências foram-se avolumando, o que fez com que as forças sociais opostas se aglutinassem em movimentos organizados e a questão ganhasse matizes ideológico-partidárias pouco producentes. Em meio a esse embate, que se explicita em inúmeros e desastrosos conflitos, o Estado vem promovendo, em ritmo moderado, a reforma agrária.

Na última década, foram assentadas quase 650 mil famílias. Mas as políticas de assentamento não têm conseguido promover a melhoria de vida dos as-sentados. Isso denota que não basta dar ao homem a terra, mas é preciso garantir-lhe efetivas condições de produção e de comercialização de seus produtos.

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12468 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O Governo Lula, que em sua gestão pretende assentar 530 mil famílias, concretizou, nos seus dois primeiros anos, o assentamento de 117 mil famílias. Mas a disposição é cumprir a meta. Para isso, a dota-ção orçamentária para 2005 é de R$2,5 bilhões, quase três vezes o valor gasto em 2003.

Além disso, há clareza de que os projetos de refor-ma agrária e de assentamentos devem levar em conta novos conceitos de integração regional, o novo cenário nacional e internacional, para que o homem do campo possa de fato fazer parte da cadeia produtiva.

Faço essas reflexões, Sr. Presidente, buscando trazer maior justeza ao conceito de reforma agrária. Faço-os, sobretudo, para que não percamos de vis-ta que a luta pela reforma agrária no Brasil é apenas uma das facetas do padrão de desenvolvimento con-centrador de riquezas que caracterizou a formação da sociedade brasileira.

Não podemos esquecer que este Governo tem um compromisso histórico com a justiça social, que no Brasil engloba necessariamente a reforma agrá-ria em sua primeira acepção, que é a mais lógica e mais justa.

Cumprimento, em nome do Partido Trabalhista Brasileiro, todos que se dedicam a esta causa, que é an-tiga, mas não anacrônica, idealista sem ser utópica.

Saúdo, neste Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, todos os homens e mulheres de boa vontade que, por este País afora, lutam para que essa causa avance com efetividade e racionalidade, contribuem, de uma forma ou de outra, para reduzir conflitos e mi-nimizar tensões e se empenham para que a questão agrária no Brasil supere aquela visão simplista e ater-radora que aqui tem se limitado: espada de fogo sobre pasto ensangüentado.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco.

O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em primeiro lugar, parabenizo o autor da iniciativa de realização desta sessão solene e cumprimento as figuras tão hon-radas que integram a Mesa, em nome de quem saúdo os que, neste momento, em diversas partes do Brasil, estão acampados, lutando pela terra e enfrentando, no calor mais duro da luta, essa grande proposta, que é fundamental para que o nosso País venha a ser uma democracia.

Não vivemos uma democracia. Isso tem de ser reconhecido. Avançamos na conquista de espaços de-mocráticos, mas enquanto não se fizer reforma agrária não haverá democracia no Brasil. Há 2 grandes lati-

fúndios intocáveis: o da terra e o da comunicação, um ligado ao outro. Os grandes meios de comunicação, em geral, tratam de criminalizar a luta pela terra, essa exigência da consolidação de cidadania neste País. Por-tanto, temos de saudar todos os que participam dessa caminhada e dizer que não temos como não avançar no rumo deste País, onde a terra é tão dividida.

Somos uma das últimas nações que não fize-ram reforma agrária. Isso é uma vergonha para a his-tória do Brasil. É por isso que devemos parabenizar os lutadores da terra que estão em todos os espaços, neste plenário, na luta cotidiana dos advogados, dos religiosos, principalmente dos militantes que travam a luta pela reforma agrária.

Somos um país que gera tanto alimento; não o distribui corretamente, mas venceu a fome, teorica-mente, porque produz mais alimentos do que consome. Então, falta a ação política para distribuir essa riqueza gerada no País. A agricultura familiar, desqualificada e responsável por quase 40% do PIB, deve ser en-tendida como uma necessidade fundamental para a democracia e a construção da dignidade humana em nosso País.

Continuemos nessa luta sem baixar nossas ban-deiras e afirmando cada vez mais a necessidade ur-gente da reforma agrária no Brasil, para que possamos ser chamados de nação democrática de fato.

Parabéns a todos vocês! (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Em

primeiro lugar, gostaria de registrar a presença não apenas expressiva e alegre dos companheiros do Mo-vimento dos Sem Terra, mas também dos companhei-ros que militam pela reforma agrária e se aglutinam na CONTAG e no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Todos são bem-vindos a essa luta, todos fazem parte deste projeto. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Nesta oportunidade, peço a compreensão de todos, sobre-tudo da Casa. Não é tradição regimental, mas ouvi-remos as palavras de D. Tomás Balduíno, que falará por todas as entidades que lutam pela reforma agrária neste momento histórico em que a Casa promove esta sessão solene.

Com a palavra, por até cinco minutos, o Bispo D. Tomás Balduíno. (Palmas.)

O SR. TOMÁS BALDUÍNO – Sr. Presidente, de-mais membros da Mesa, Sras. e Srs. Deputados, caros amigos e irmãos, é um grande privilégio ocupar esta tribuna. Sinto muita emoção de estar nesta Casa.

Há pessoas rezando para que minha palavra seja a voz daqueles que não têm voz nem vez, de vocês todos, dos sem-terra, dos índios, dos quilombolas de

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todas as partes do Brasil, que lutam pela terra e pelas águas. Quero ser a voz de todos.

Rapidamente, lembro que essa voz veio na for-ma do sangue derramado daqueles 19 que caíram em Eldorado do Carajás, dos que caíram no conflito de Salisburgo, da irmã Dorothy, que morreu no dia 2 de fevereiro, e da irmã Adelaide, que deu sua vida há 20 anos. Falo em nome de todos os mártires.

Aproximadamente 82% da população brasilei-ra cobram uma resposta sobre a reforma agrária, a exemplo do que fizeram no Governo Fernando Henri-que Cardoso, que culminou no massacre de Carajás. Aquilo que veio no Governo Fernando Henrique Car-doso, e agora vem neste Governo, não deve ser moti-vo de loas, de muita louvação, mas de ato penitencial, porque a reforma agrária não caminhou no Governo Fernando Henrique Cardoso, nem caminha neste Go-verno, como reclamaram os sem-voz e os sem-vez deste País. (Palmas.)

Mas aqui se abriu um horizonte para o social, na Constituição de 1988, quando se estabeleceu a função social da propriedade da terra. Honra seja feita a esta Casa, porque fez mudar o conceito de propriedade da terra. Mas é preciso que haja coerência com esse princípio. Infelizmente, isso não tem ocorrido, e tem havido grande retrocesso nesta Casa. Ultimamente foi o esquecimento do projeto de emenda constitucio-nal que pretendia implantar, em nome de inúmeros cidadãos brasileiros, o limite da propriedade da terra em nosso País, para que, finalmente, acontecesse a reforma agrária.

Vejo que meu tempo está esgotado, Sr. Presiden-te, mas vou deixar um pedido a V.Exas., em nome dos mártires desta terra e em nome de 82% da população que cobra reforma agrária, tendo em vista que lei ordi-nária já foi apresentada e será encaminhada na forma regimental a esta Casa.

O pedido é o seguinte: que seja votada uma lei ordinária nesta Casa permitindo ao Incra a posse do imóvel desapropriado imediatamente após o depósito dos TDAs. Resolve-se em processo separado, com in-denização em dinheiro, qualquer reclamação da desa-propriação. Nesse caso, a terra não volta mais para o proprietário, ela é desapropriada. Todas as pendências são discutidas à parte.

Caso o Incra tenha cometido algum erro, paga-ria em dinheiro, como se fosse uma compra, além da multa. Mas a terra pode ser ocupada imediatamente depois da emissão da posse.

Era essa minha proposta.Mais uma vez, agradeço o espaço concedido.Viva a reforma agrária! Reforma agrária já! (Pal-

mas.)

VOZES EM PLENÁRIO – Reforma agrária já!O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Agra-

deço as palavras ao Bispo D. Tomás Balduíno, que, nesta oportunidade, lança o movimento da marcha pela reforma agrária, que sairá de Goiânia em direção a Brasília.

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Conce-do a palavra ao Deputado Colbert Martins, do Estado da Bahia, que falará pelo PPS.

O SR. COLBERT MARTINS (PPS-BA. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Wasny de Roure, Sras. e Srs. Deputados, funcionários da Casa, demais membros do movimento de luta pela reforma agrária, ilustres membros da Mesa, D. Tomás Balduí-no, Sr. Manoel José dos Santos, Srta. Viviane Morei-ra, Sr. Márcio Benedito e todos os presentes unidos nessa luta.

No já distante ano de 1963, o economista Alberto Passos Guimarães dava a público uma obra que se iria fazer famosa e de suma importância para nossos estudos econômicos e, em especial, para a questão agrária nacional: Quatro Séculos de Latifúndio, traba-lho que segue sendo citado por todos os que se inte-ressam pelo assunto.

Ali se examinava a formação histórica de nossos problemas na área rural e, mais que isso, se definia não a solução imediata ou definitiva para a questão, mas, sim, se forneciam indicações bastantes a seu equacionamento.

Eram, aqueles idos de 1963, dias conturbados. Sob o Governo Jango, o movimento sindical, no campo e nas cidades, se mobilizava em defesa das chamadas Reformas de Base, as mesmas que, para os que se valiam mais da paixão do que da razão, teriam de ser feitas “na lei ou na marra”.

Já se vão mais de 40 anos. Reformas têm sido apenas tentadas, como, por exemplo, a previdenciária e a tributária, mas tudo de forma incompleta e, portan-to, sem resultados práticos visíveis.

A reforma política caminha ao sabor dos humo-res deste ou daquele ocupante do Planalto e, por isso mesmo, marca passo, quando não atola. Traz-se ao Congresso a reforma sindical, que antecede a da CLT. Mas e a reforma agrária, aquela por que se batem, agora, os que buscam substituir e, ao mesmo tempo herdar seu espírito de luta, os que, anos a fio, se ba-teram pela necessidade de retirar o campo brasileiro do atraso e da estagnação?

Desde Sarney até os dias de agora, cada novo Presidente promete mundos e fundos, mas nem se distribui a terra nem existem recursos explicitados para que se possa passar da posse à exploração das glebas acaso distribuídas em dezenas e dezenas de

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12470 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

assentamentos que, por isso mesmo, acabam por se transformar em imensas favelas rurais.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Tarcisio Zimmermann.

O Sr. Tarcisio Zimmermann – Deputado Colbert Martins, cumprimento V.Exa., ilustre representante do Partido Popular Socialista, os membros que compõem a Mesa, em especial D. Tomás Balduíno, os membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e os representantes da Contag. Lembro que a luta pela reforma agrária talvez seja a mais expressiva das lutas democráticas em nosso País. Talvez seja também a que tenha produzido o maior grau de consciência social, de consciência cidadã, de consciência política no País. Mas também é a luta que enfrenta as maiores dificuldades. V.Exa. relembra o que eu chamaria não de sucessivos fracassos, mas da incapacidade de o Estado brasileiro implantar a reforma agrária. Isso certamente tem a ver, de um lado, com a importância do tema e, de outro, com as resistências poderosas que se armam contra a possibilidade da reforma agrária. É bom lembrar que não apenas os líderes dos sem-terra têm sido assas-sinados. Temos convivido com situações como essa. Como exemplo, o recente massacre ocorrido em Felis-burgo, Minas Gerais. A polícia conseguiu identificar o mandante, que também participou do massacre. Teve prisão preventiva decretada, mas conseguiu habeas corpus. Destaco que essa luta exige de fato o engaja-mento de todos nós. Ou seja, que parte da sociedade brasileira e do poder político cessem com as perse-guições ao Movimento dos Sem Terra, recentemente criminalizado, pois ainda se buscam formas, inclusive nesta Casa, para inviabilizar politicamente a luta pela reforma agrária. Quero, portanto, cumprimentar o Depu-tado Adão Pretto e o Movimento dos Sem Terra, e dizer que, com a realização desta sessão solene, pudemos destacar o esforço de sustentar politicamente a luta da reforma agrária. Viva a reforma agrária, seja com a lei, seja na marra! (Palmas.)

O SR. COLBERT MARTINS – Agradeço a V.Exa. o aparte e o incorporo ao meu pronunciamento.

Ao final de cada período presidencial se fazem contas, cada um querendo dizer que fez mais do que o outro. Mas fizeram exatamente o quê? A tensão no campo persiste, as invasões se sucedem, mostrando que os trabalhadores sem-terra não podem mais con-ter a impaciência, quase o desespero dos que vivem à margem da economia, comendo o pão que o diabo amassou e ainda recebendo nada mais, nada menos que olhares complacentes ou medrosos dos que tran-sitam por nossas rodovias, vendo barracos à beira de terras que nada produzem, senão a especulação e a grilagem.

Enquanto isso os proprietários de terras, sejam elas produtivas ou ociosas, montam suas milícias, con-tratam policiais militares para comandá-las, ameaçam no campo ou organizam grupos de pressão.

Chega-se a um impasse. E como resolvê-lo? Não pode o Governo assistir a tudo de braços cruzados como se os titulares de segundo ou terceiro escalão já não tivessem orientação política e legal para agir. Os trabalhadores do campo vêm à cidade pedir justiça. Ontem, em Salvador, ocuparam a avenida principal que leva ao aeroporto. Ocupam órgãos públicos. O prédio do Incra, também em Salvador, está ocupado por cerca de 2.600 pessoas. São chamados e tratados como vân-dalos, embora, aqui e ali, recebidos pelas autoridades ditas responsáveis. Retornam a seus assentamentos e, poucos dias depois, descobrem que retornaram à mesma miséria, ao mesmo desespero.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a história das lutas populares brasileiras, pelo menos as mais recentes, as que podem ser compreendidas em um século, está cheia de páginas de sacrifícios e massa-cres, massacres, diga-se a bem da verdade, em que somente são dizimados os trabalhadores, o que, an-tes que nos indigitem como insufladores da desordem, pode indicar, já na primeira análise, uma espécie de conluio entre os grandes fazendeiros e o Governo no sentido de impedir se rompa esse impasse e se man-tenha a tensão.

Em benefício de quem, pode-se perguntar? A favor de que solução racional, lógica e sobretudo hu-manitária? É a resposta que gostaríamos de receber de nossas autoridades, principalmente porque temos, agora, no Governo, as mesmas forças que, desde aqueles distantes idos de 1963, já desfilavam, pelas estradas e pelas ruas, seu desespero e sua esperança por melhores dias de vida.

O tempo não pára nem enfraquece aqueles que lutam por seus direitos.

Vale, portanto, lembrar aos que esperam uma solução mágica as palavras do antigo Governador de Minas, Sr. Antônio Carlos, ditas a Getúlio Vargas, antes de estourar o Movimento de 30: “Vamos fazer a revolução antes que o povo a faça”. O que, nos dias de hoje, poderíamos assim traduzir: Faça-se a reforma agrária na lei, porque, caso contrário, o povo a fará de qualquer forma. E isto, temos que admitir, seria uma agressão à democracia.

A Europa fez sua reforma agrária no século XIII, os Estados Unidos a fizeram no século XIV, o Brasil está muito atrasado.

Nós, do PPS, queremos a reforma agrária já.Muito obrigado. (Palmas.)

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12471

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Antes de conceder a palavra ao próximo orador, convido todos para, tão logo seja encerrada esta sessão, assistirem à apresentação teatral do MST, no Salão Negro.

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Con-cedo a palavra ao Deputado Welinton Fagundes, pelo PL.

O SR. WELINTON FAGUNDES (Bloco/PL-MT. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, integrantes dos movimentos aqui repre-sentados, para nós do PL é uma grande satisfação estarmos aqui homenageando o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Esse é um tema que merece avaliação cuida-dosa, porque envolve a qualidade de vida de milhões de brasileiros.

Por entender que a resolução dos problemas de disputas pela terra são fundamentais para o desenvol-vimento do País, o PL assume sua posição. O partido é a favor de uma nova estrutura fundiária que seja so-cialmente justa e economicamente viável.

Trata-se de um problema arraigado nos primór-dios da história brasileira. De 1850 para cá, pouco se mexeu na estrutura de terra do País, apesar do fim do tráfico dos escravos, da abolição da escravatura, da proclamação da República, da Revolução de 30, do golpe de 64 e da Nova República. A história cami-nhou no Brasil, no entanto, grosso modo, em termos de propriedade rural; o Brasil continuou a ser o País do latifúndio.

A questão fundiária atinge os interesses de um quarto da população brasileira que tira seu sustento do campo, entre grandes e pequenos agricultores, pe-cuaristas, trabalhadores rurais e os sem-terra. Até a década passada, quase metade da terra cultivável ain-da estava nas mãos de 1% dos fazendeiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertencia a pouco mais de 3 milhões de produtores rurais no País.

No final do século, enfim, havia 80 milhões de hectares de terra ociosos no Brasil sem cumprirem nenhuma missão social. Exemplos não faltam em todo o Brasil: a questão agrária do Bico do Papagaio, os assentamentos do sudeste do Pará, os problemas do Entorno do DF, os conflitos do sertão no Ceará e a zona canavieira do Nordeste, entre muitos outros, são ainda problemas que o País precisa resolver.

O resultado de tantas terras nas mãos de poucas pessoas e a existência de vastas extensões improduti-vas é a criação de um cenário de guerra no campo. E o saldo desse conflito, infelizmente, é muito triste.

Entre os anos de 1985 e 1989, as mortes no campo envolvendo conflitos agrários chegaram a 640. De 1996 até 2003, o saldo foi muito menor, mas ainda

estarrecedor: 200 pessoas mortas. O preço da demora na distribuição justa de terras no Brasil está aí: a cri-minalidade em larga escala, a urbanização selvagem e a degradação das grandes cidades são fatos cons-tatados diariamente.

É preciso ressaltar, entretanto, que a reforma agrária no Brasil não é tarefa fácil, nem tão barata. Estudos mostram que cada família assentada custa em torno de 23 mil reais. Mas, claro, é importante di-zer que uma família numa periferia, sem as mínimas condições, também custa socialmente muito mais para o País. Seria errado, no entanto, Sr. Presidente, em nome da impossibilidade de fazer o máximo, recusar-se a fazer o mínimo.

Mais do que distribuir terras, é necessário incenti-var a vocação para a agricultura do homem no campo. Com isso, podemos diminuir o grande fluxo migratório que leva ao processo da criação das favelas nas gran-des cidades. E por esse motivo é que o Partido Liberal considera a reforma agrária uma questão de prioridade na agenda social brasileira. Nosso programa consi-dera o direito à propriedade como natural, inalienável e anterior à lei positiva, que não pode transformá-lo em arma ou pretexto para o exercício do egoísmo e da opressão.

O Estado tem o dever de impedir o abuso do direito à propriedade quando ele se torna instrumen-to de dominação ou de fonte de injustiças. Mas não só isso. A legislação tributária deve desestimular e penalizar o latifúndio improdutivo e a concentração de imóveis urbanos ociosos. A reforma agrária deve propiciar aos pequenos proprietários os benefícios do equipamento rural, da educação, do financiamento, da assistência técnica e facilitar sua organização de forma cooperativa.

O estímulo ao cooperativismo propicia melho-res condições para a produção, podendo auxiliar o produtor a libertar-se da ação de intermediários e es-peculadores.

Não abrimos mão desses princípios político-partidários. Não cabe discutir se a reforma é apenas social ou se tem conseqüência econômica – é ambas as coisas. E mais: é, sim, redistribuição de renda, ou seja, tudo por que o PL sempre tem lutado para que possamos, realmente, fomentar uma reforma agrária justa, com oportunidade para todos.

Sr. Presidente, coube a mim, representando o PL, relatar o orçamento, este ano, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Ministé-rio de Desenvolvimento Agrário. Tudo aquilo que os dois Ministros pediram, principalmente o Ministro do Desenvolvimento Agrário, no sentido de alocar mais recursos para o orçamento, vem representando uma

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12472 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

limitação muito grande por parte do Relator setorial, e lá estivemos atendendo.

Espero que os recursos inseridos no orçamento para propiciar maior apoio aos pequenos produtores rurais, aos assentamentos, sejam descontingenciados pela equipe econômica.

Essa luta desempenhada pelo Ministro do De-senvolvimento Agrário, no sentido de brigar junto à equipe econômica, até mostrando seu desânimo em certo momento, acredito que tem sido uma força mui-to grande. E, neste momento, é importante que os movimentos dêem o seu apoio; o Ministro precisa do apoio, ele quer fazer, mas, às vezes, as dificuldades econômicas são grandes.

Por isso, é importante que o Congresso Nacional e todas as lideranças políticas apóiem principalmente o Ministro do Desenvolvimento Agrário, a fim de ob-termos os recursos necessários para implementar a verdadeira reforma agrária com que todos sonhamos. Não há como fazer a reforma agrária sem a disponi-bilização dos recursos.

É dessa forma que nosso partido gostaria de contribuir, demonstrando publicamente seu apoio a essa causa. Essa é, na verdade, uma luta do nosso partido. Inclusive, o Vice-Presidente da República, Sr. José Alencar, teve oportunidade de dizer, corajosa-mente, poucos dias atrás, que o discurso de campa-nha ainda não foi colocado em prática, principalmente na área social. E ele quer fazer com que o Governo, mais do que nunca, também invista no social. Dimi-nuir a dívida social para com a população brasileira foi grande promessa de campanha do Presidente Lula e de nosso partido.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Con-

cedo a palavra ao Deputado Gonzaga Patriota, pelo PSB.

O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente; Sr. Manoel Santos, Presidente da CONTAG; senhoras e senhores repre-sentantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, hoje, tanto o Deputado Gonzaga Mota, do Ceará, quanto o PSDB e outros partidos, todos deve-mos dar as mãos.

Em nome do PSB, partido de Miguel Arraes e Eduardo Campos, externo nossa solidariedade às mulheres e aos homens do campo que não têm ter-ra, reconhecendo o trabalho com que têm ajudado os Governos, principalmente nos últimos anos.

Homens e mulheres, trabalhadores rurais, com muita coragem e determinação, ocupam proprieda-des, que, às vezes, não têm nenhuma função social, servem apenas para especular. Eles as ocupam, re-

sistem, estabelecem-se e depois começam a produzir, Deus sabe como!

Tenho acompanhado os passos dos senhores, principalmente na região do submédio São Francis-co, saindo de Petrolina, Santa Maria e Lagoa Grande. Há homens, mulheres e crianças dormindo ao relento, passando fome. Depois, conquistam alguma coisa, o reconhecimento do Incra, um dinheirinho para fazer uma casa ou começar a produzir.

Mas o Governo tem que saber o quanto esse movimento, que considero o maior movimento social organizado do mundo, o tem ajudado.

Quando o Governo repassa algum dinheiro, pensa que é muito. Sou da Comissão de Orçamento e penso que é muito pouco. Muito é o trabalhador rural estar na periferia; muito é o trabalhador rural, que não conhece a rua, pedir esmolas nas ruas. Pouco é o Governo as-sentar com dignidade, dar escola, dar os meios e as condições para que os homens produzam.

Temos aqui uma bancada ruralista. Acreditamos que produzimos muito no País porque aquela produção é controlada no computador, exportada e contabilizada. Produção é a dos senhores; produção é a do trabalha-dor que está na roça do sequeiro, que não vem pedir esmolas na ruas nem se prostituir e marginalizar.

Por isso, senhoras e senhores trabalhadores, con-tinuem ocupando, resistindo, pressionando. Mandem para esta Casa Parlamentares sérios para apoiá-los. Juntem-se às igrejas, porque, com certeza, amanhã o Governo do Presidente Lula e de muitos outros agra-decerão a este grande movimento social que é o MST, por tirar o trabalhador rural da periferia, das ruas, e produzir para que possamos comer.

Deus ilumine as crianças, as mulheres e todos os trabalhadores rurais sem-terra. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Re-gistro a presença do Sr. Vicente Eduardo, da Direção Nacional do MST; do Sr. Heitor Reis, da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária – ABRAÇO; do Sr. Gilberto Portes de Oliveira, Secretário-Executi-vo do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo; da Sra. Rosângela Cordeiro, da Direção Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas; da Sra. Silvia Nascimento Viana, geógrafa do Incra; do Sr. João Paulo Rodrigues, da Direção Nacional do MST; do Sr. João Ribeiro dos Santos Filho, Presidente da Federação dos Trabalhadores no Distrito Federal e Entorno, companheiro de muitas lutas; da Sra. Esteni-sa Fernandes da Costa, Coordenadora de Mulheres da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do DF e Entorno; do Sr. José Vaz Parente e do Sr. Hugo Herédia, da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do INCRA/CNASI; do Sr. Isidoro Re-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12473

nes, da Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra.

O Deputado Chico Alencar convida todos para, no próximo dia 19 de abril, às 10h, comemorarmos em sessão solene o Dia do Índio.

Convido todos para assistirmos ao teatro do Gru-po Gabriela Monteiro, no Salão Negro.

Também registro, com muita alegria, a presença de Vereadores da Cidade Ocidental, que são muito bem-vindos a esta Casa.

É com imensa satisfação, em nome do Presi-dente desta Casa, Deputado Severino Cavalcanti, que homenageamos todos os companheiros de luta, de jornada, na caminhada pela reforma agrária, seja pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, seja pela Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, seja pelos movimentos que ocorrem no Brasil, de Norte a Sul.

É fundamental recordarmos o motivo da escolha do dia 17 de abril, quando tombaram aqueles 19 com-

panheiros, que deram seu sangue, sua vida e suas histórias, na chacina em Eldorado dos Carajás. Hoje esta data representa milhões de homens e mulheres que tombaram anônimos, as Margaridas, as Marias que deram sua vida na luta pela reforma agrária.

Não nos cansaremos de lutar enquanto o sangue correr em nossas veias.

Muito obrigado a todos pela presença. (Pal-mas.)

V – ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.

O SR. PRESIDENTE (Wasny de Roure) – Decla-ro encerrada esta histórica sessão pela luta em prol da reforma agrária.

(Encerra-se a sessão às 12 horas e 11 minutos.)

Ata da 63ª Sessão, em 14 de abril de 2005Presidência dos Srs. Severino Cavalcanti, Presidente. José Thomaz Nonô,1º Vice-

Presidente. Inocêncio Oliveira, 1º Secretário. Jorge Alberto, 2º Suplente de Secretário. Ro-gério Teófilo, Zé Geraldo, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno.

ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Severino CavalcantiJosé Thomaz NonôCiro NogueiraInocêncio OliveiraNilton CapixabaEduardo GomesJoão CaldasJorge AlbertoGeraldo ResendeMário Heringer

RORAIMA

ALCESTE ALMEIDA PMDBLUCIANO CASTRO PL PL/PSLMARIA HELENA PPSPASTOR FRANKEMBERGEN PTBSUELY CAMPOS PPTotal de Roraima: 5

AMAPÁ

CORONEL ALVES PL PL/PSLDR. BENEDITO DIAS PP

GERVÁSIO OLIVEIRA PMDBJANETE CAPIBERIBE PSBTotal de Amapá: 4

PARÁ

BABÁ S.PART.JOSUÉ BENGTSON PTBPAULO ROCHA PTRAIMUNDO SANTOS PL PL/PSLZÉ GERALDO PTZENALDO COUTINHO PSDBTotal de Pará: 6

AMAZONAS

ÁTILA LINS PPSCARLOS SOUZA PPFRANCISCO GARCIA PPPAUDERNEY AVELINO PFLTotal de Amazonas: 4

RONDÔNIA

AGNALDO MUNIZ PPHAMILTON CASARA PL PL/PSLMARINHA RAUPP PMDBTotal de Rondonia: 3

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ACRE

JOÃO CORREIA PMDBTotal de Acre: 1

TOCANTINS

ANA ALENCAR PSDBDARCI COELHO PPKÁTIA ABREU PFLOSVALDO REIS PMDBTotal de Tocantins: 4

MARANHÃO

CÉSAR BANDEIRA PFLCOSTA FERREIRA PSCGASTÃO VIEIRA PMDBNICE LOBÃO PFLPAULO MARINHO PL PL/PSLPEDRO FERNANDES PTBPEDRO NOVAIS PMDBSEBASTIÃO MADEIRA PSDBTEREZINHA FERNANDES PTTotal de Maranhão: 9

CEARÁ

ALMEIDA DE JESUS PL PL/PSLANDRÉ FIGUEIREDO PDTANÍBAL GOMES PMDBANTENOR NASPOLINI PSDBANTONIO CAMBRAIA PSDBARIOSTO HOLANDA PSDBARNON BEZERRA PTBBISMARCK MAIA PSDBJOSÉ LINHARES PPJOSÉ PIMENTEL PTLÉO ALCÂNTARA PSDBMANOEL SALVIANO PSDBMAURO BENEVIDES PMDBMORONI TORGAN PFLPASTOR PEDRO RIBEIRO PMDBVICENTE ARRUDA PSDBZÉ GERARDO PMDBTotal de Ceará: 17

PIAUÍ

ÁTILA LIRA PSDBB. SÁ PPSJÚLIO CESAR PFLMARCELO CASTRO PMDBMUSSA DEMES PFLNAZARENO FONTELES PTTotal de Piauí: 6

RIO GRANDE DO NORTE

FÁTIMA BEZERRA PTIBERÊ FERREIRA PTB

NÉLIO DIAS PPTotal de Rio Grande do Norte: 3

PARAÍBA

CARLOS DUNGA PTBDOMICIANO CABRAL PSDBENIVALDO RIBEIRO PPINALDO LEITÃO PL PL/PSLLUIZ COUTO PTMARCONDES GADELHA PTBTotal de Paraíba: 6

PERNAMBUCO

ANDRÉ DE PAULA PFLFERNANDO FERRO PTGONZAGA PATRIOTA PSBJOAQUIM FRANCISCO PTBJORGE GOMES PSBJOSÉ MÚCIO MONTEIRO PTBOSVALDO COELHO PFLPASTOR FRANCISCO OLÍMPIO PSBPEDRO CORRÊA PPRAUL JUNGMANN PPSROBERTO FREIRE PPSROBERTO MAGALHÃES PFLTotal de Pernambuco: 12

ALAGOAS

BENEDITO DE LIRA PPHELENILDO RIBEIRO PSDBROGÉRIO TEÓFILO PPSTotal de Alagoas: 3

SERGIPE

BOSCO COSTA PSDBCLEONÂNCIO FONSECA PPIVAN PAIXÃO PPSJOÃO FONTES PDTTotal de Sergipe: 4

BAHIA

ALICE PORTUGAL PCdoBAROLDO CEDRAZ PFLCLAUDIO CAJADO PFLCOLBERT MARTINS PPSCORIOLANO SALES PFLDANIEL ALMEIDA PCdoBEDSON DUARTE PVFÁBIO SOUTO PFLFÉLIX MENDONÇA PFLGUILHERME MENEZES PTJOÃO ALMEIDA PSDBJOÃO LEÃO PL PL/PSLJONIVAL LUCAS JUNIOR PTB

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12475

JOSÉ CARLOS ARAÚJO PFLJUTAHY JUNIOR PSDBLUIZ ALBERTO PTLUIZ BASSUMA PTLUIZ CARREIRA PFLMARCELO GUIMARÃES FILHO PFLMÁRIO NEGROMONTE PPMILTON BARBOSA PFLNELSON PELLEGRINO PTSEVERIANO ALVES PDTWALTER PINHEIRO PTZELINDA NOVAES PFLTotal de Bahia: 25

MINAS GERAIS

ADEMIR CAMILO PL PL/PSLARACELY DE PAULA PL PL/PSLCÉSAR MEDEIROS PTCLEUBER CARNEIRO PTBCUSTÓDIO MATTOS PSDBDR. FRANCISCO GONÇALVES PTBEDMAR MOREIRA PL PL/PSLEDUARDO BARBOSA PSDBELISEU RESENDE PFLGERALDO THADEU PPSGILMAR MACHADO PTIBRAHIM ABI-ACKEL PPISAÍAS SILVESTRE PSBIVO JOSÉ PTJOÃO MAGALHÃES PMDBJOÃO MAGNO PTJOÃO PAULO GOMES DA SILVA PL PL/PSLJOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS PL PL/PSLJÚLIO DELGADO PPSLEONARDO MATTOS PVLEONARDO MONTEIRO PTLINCOLN PORTELA PL PL/PSLMÁRCIO REINALDO MOREIRA PPMAURO LOPES PMDBOSMÂNIO PEREIRA PTBPAULO DELGADO PTRAFAEL GUERRA PSDBREGINALDO LOPES PTROBERTO BRANT PFLROMEL ANIZIO PPROMEU QUEIROZ PTBSARAIVA FELIPE PMDBSILAS BRASILEIRO PMDBVIRGÍLIO GUIMARÃES PTVITTORIO MEDIOLI PSDBTotal de Minas Gerais: 35

ESPÍRITO SANTO

JAIR DE OLIVEIRA PMDBMANATO PDTMARCELINO FRAGA PMDBMARCUS VICENTE PTBNEUCIMAR FRAGA PL PL/PSLNILTON BAIANO PPRENATO CASAGRANDE PSBTotal de Espírito Santo: 7

RIO DE JANEIRO

ALDIR CABRAL PFLALEXANDRE CARDOSO PSBALMERINDA DE CARVALHO PMDBALMIR MOURA S.PART.ANDRÉ COSTA PTANTONIO CARLOS BISCAIA PTCARLOS NADER PL PL/PSLCARLOS RODRIGUES PL PL/PSLCARLOS SANTANA PTCHICO ALENCAR PTEDUARDO CUNHA PMDBEDUARDO PAES PSDBFERNANDO GABEIRA PVFERNANDO LOPES PMDBFRANCISCO DORNELLES PPITAMAR SERPA PSDBJAIR BOLSONARO PFLJANDIRA FEGHALI PCdoBJOÃO MENDES DE JESUS PSL PL/PSLJORGE BITTAR PTJOSÉ DIVINO PMDBJOSIAS QUINTAL PMDBJUÍZA DENISE FROSSARD PPSJULIO LOPES PPLAURA CARNEIRO PFLMOREIRA FRANCO PMDBNELSON BORNIER PMDBPAULO BALTAZAR PSBPAULO FEIJÓ PSDBRENATO COZZOLINO S.PART.RODRIGO MAIA PFLSIMÃO SESSIM PPTotal de Rio de Janeiro: 32

SÃO PAULO

ALBERTO GOLDMAN PSDBAMAURI GASQUES PL PL/PSLANGELA GUADAGNIN PTANTONIO CARLOS MENDES THAME PSDBANTONIO CARLOS PANNUNZIO PSDBARLINDO CHINAGLIA PTARNALDO FARIA DE SÁ PTB

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12476 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

ARY KARA PTBCARLOS SAMPAIO PSDBCLÁUDIO MAGRÃO PPSCORAUCI SOBRINHO PFLDEVANIR RIBEIRO PTDIMAS RAMALHO PPSDURVAL ORLATO PTEDNA MACEDO PTBELIMAR MÁXIMO DAMASCENO PRONAENÉAS PRONAGILBERTO NASCIMENTO PMDBILDEU ARAUJO PPJAMIL MURAD PCdoBJOÃO PAULO CUNHA PTLUCIANO ZICA PTLUIZ ANTONIO FLEURY PTBLUIZ EDUARDO GREENHALGH PTMARCELO BARBIERI PMDBMARCELO ORTIZ PVMARIÂNGELA DUARTE PTMEDEIROS PL PL/PSLNELSON MARQUEZELLI PTBPAULO LIMA PMDBPROFESSOR IRAPUAN TEIXEIRA PPRICARDO IZAR PTBROBERTO GOUVEIA PTRUBINELLI PTSALVADOR ZIMBALDI PTBVALDEMAR COSTA NETO PL PL/PSLVANDERLEI ASSIS PPWALTER BARELLI PSDBXICO GRAZIANO PSDBZARATTINI PTZULAIÊ COBRA PSDBTotal de São Paulo: 41

MATO GROSSO

CARLOS ABICALIL PTCELCITA PINHEIRO PFLPEDRO HENRY PPTHELMA DE OLIVEIRA PSDBWELINTON FAGUNDES PL PL/PSLTotal de Mato Grosso: 5

DISTRITO FEDERAL

JORGE PINHEIRO PL PL/PSLWASNY DE ROURE PTTotal de Distrito Federal: 2

GOIÁS

CAPITÃO WAYNE PSDBJOÃO CAMPOS PSDBJOVAIR ARANTES PTBLUIZ BITTENCOURT PMDB

PEDRO CHAVES PMDBRONALDO CAIADO PFLSANDES JÚNIOR PPSÉRGIO CAIADO PPTotal de Goiás: 8

MATO GROSSO DO SUL

ANTÔNIO CARLOS BIFFI PTANTONIO CRUZ PTBJOÃO GRANDÃO PTNELSON TRAD PMDBWALDEMIR MOKA PMDBTotal de Mato Grosso do Sul: 5

PARANÁ

AFFONSO CAMARGO PSDBASSIS MIGUEL DO COUTO PTCHICO DA PRINCESA PL PL/PSLCOLOMBO PTDR. ROSINHA PTDRA. CLAIR PTEDUARDO SCIARRA PFLGUSTAVO FRUET PSDBJOSÉ BORBA PMDBMOACIR MICHELETTO PMDBNELSON MEURER PPODÍLIO BALBINOTTI PMDBOSMAR SERRAGLIO PMDBSELMA SCHONS PTTAKAYAMA PMDBVITORASSI PTTotal de Paraná: 16

SANTA CATARINA

ADELOR VIEIRA PMDBEDINHO BEZ PMDBEDISON ANDRINO PMDBFERNANDO CORUJA PPSGERVÁSIO SILVA PFLLEODEGAR TISCOSKI PPLUCI CHOINACKI PTMAURO PASSOS PTPAULO AFONSO PMDBPAULO BAUER PFLVIGNATTI PTZONTA PPTotal de Santa Catarina: 12

RIO GRANDE DO SUL

ADÃO PRETTO PTALCEU COLLARES PDTAUGUSTO NARDES PPBETO ALBUQUERQUE PSBDARCÍSIO PERONDI PMDB

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12477

ENIO BACCI PDTÉRICO RIBEIRO PPFRANCISCO APPIO PPFRANCISCO TURRA PPHENRIQUE FONTANA PTJÚLIO REDECKER PSDBLUCIANA GENRO S.PART.LUIS CARLOS HEINZE PPMENDES RIBEIRO FILHO PMDBMILTON CARDIAS PTBNELSON PROENÇA PPSONYX LORENZONI PFLORLANDO DESCONSI PTPAULO PIMENTA PTPOMPEO DE MATTOS PDTTARCÍSIO ZIMMERMANN PTWILSON CIGNACHI PMDBTotal de Rio Grande do Sul: 22

I – ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A lista

de presença registra na Casa o comparecimento de 307 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATAO SR. GERALDO RESENDE, 3º Suplente de

Secretário, servindo como 2° Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-sa-se à leitura do expediente.

III – EXPEDIENTENão há expediente a ser lido.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-

sa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTEConcedo a palavra ao Sr. Deputado Gonzaga

Patriota.O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, antes de tratar do tema principal do meu discurso, quero fazer um pedido a V.Exa., que já presidiu esta Casa e tem tido um respeito muito grande com os Parlamentares.

É tradição desta Casa, às quintas-feiras, a aber-tura do painel às 9h, porque, quando não há Ordem do Dia, alguns Deputados precisam se deslocar para os

respectivos Estados. Lamentavelmente, o baixo clero está de luto, e ficamos aqui até está hora sem registrar a presença no painel. Peço a V.Exa., Sr. Presidente, que faça cumprir a tradição desta Casa.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna desta Casa para fazer o registro do falecimen-to de uma grande figura da política pernambucana. Trata-se do empresário e ex-Prefeito do Município de Trindade, Geraldo Pedrosa Lins, que nos deixou no início do mês de passado.

Geraldo Lins, como era popularmente conhecido, foi por duas vezes Prefeito do Município de Trindade, eleito pelo voto popular. Nas duas gestões, ele impri-miu uma marca de apoio às camadas mais sofridas da população, e sempre se pautou pela transparência e honestidade no trato da coisa pública.

No entanto, Sr. Presidente, a contribuição de Geraldo Lins ao desenvolvimento do interior pernam-bucano não se restringe à política. No Município de Ipubi está instalada a Mineradora Alto Bonito, de sua propriedade, que gera emprego e renda para essa população.

Na localidade próxima de Vila de Serra Branca, existe o Poço de Geraldo Lins, que fornece indiscrimi-nadamente água potável de excelente qualidade para toda a população da localidade.

Geraldo Pedrosa Lins, nasceu no dia 16 de agos-to de 1927, na cidade de Ouricuri, filho de Júlio Lins e D. Izabel Torres Pedrosa. Era casado por quase 60 anos com a Sra. Albertina Figueiredo Lins e tiveram oito filhos: Laércio, Lairton, Lesse, Lair, Izabel, Laide-te, Laíde e Laércia.

Esse bravo homem público e empresário deixa-rá saudades em todos que aprenderam a admirar sua postura e coragem diante da vida. Essa é a singela homenagem que faço ao grande pernambucano Ge-raldo Pedrosa Lins.

Muito obrigado.O SR. MARCO MAIA (PT – RS. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho a este plenário, em primeiro lugar, saudar os trabalhadores aposentados e pensionistas que estão, nesta quarta-feira, em Brasília, na Capital Federal, apresentando pauta de reivindicações em busca da garantia de direitos e benefícios dignos.

A luta dos aposentados e pensionistas já con-quistou o Estatuto do Idoso, aprovado pelo Governo Lula. Essa lei foi uma construção coletiva, de todos os idosos que, organizada ou individualmente, se mani-festaram no Congresso Nacional e tiveram na figura do Senador Paulo Paim seu grande defensor.

Agora, na condição de Deputado na Câmara Fe-deral, quero me colocar também como porta-voz dos

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aposentados e pensionistas e de suas conhecidas di-ficuldades, não apenas financeiras, mas de reconhe-cimento e respeito pela nossa sociedade. Este é um movimento que luta pela dignidade não só dos atuais aposentados e pensionistas, mas que se preocupa com a Previdência futura, de toda uma geração atual de trabalhadores e trabalhadoras.

Boa parte desse movimento, que chega hoje à Capital Federal, iniciou-se a partir de uma proposta da Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensio-nistas de Canoas, junto à Federação do Rio Grande do Sul. Dessa idéia nasceu a Comissão de Reivindicações e Lutas, a Corel, criada em outubro de 2003.

Deixo aqui uma saudação especial ao Sr. Adão José Murowaniecki, Coordenador da Corel. Orgulho-me muito por esse movimento, hoje nacional, ter sido articulado por meus conterrâneos canoenses.

Se. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, saúdo o Sr. Paulo Campos, Presidente da Associação dos Tra-balhadores Aposentados e Pensionistas de Canoas, e todos os representantes das associações presentes; saúdo igualmente o Sr. Iol Alves Medeiros, Presidente da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pen-sionistas do Estado do Rio Grande do Sul; o Sr. João Lima, Presidente da Confederação Brasileira de Apo-sentados e Pensionistas; enfim, todos os aposentados e pensionistas do Brasil.

Deste movimento, quero destacar hoje, nesta Casa, principalmente, a luta desses homens e dessas mulheres pela manutenção de um benefício digno e justo, ou seja, que as pensões e aposentadorias não sejam corroídas ao longo do tempo. Sou parceiro na construção de mecanismos legais, que garantam mais tranqüilidade, nessa etapa da vida, a esses trabalha-dores que tanto contribuíram para o País.

Essa garantia está assegurada na Constituição Federal, no art. 194, que fala da irredutibilidade do va-lor dos benefícios.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero destacar outra reivindicação histórica dos aposenta-dos e pensionistas: a de que haja uma auditoria nas contas da Previdência Social pelo Tribunal de Contas da União. O objetivo é, primeiro, fazer um levantamen-to dos recursos utilizados do Fundo da Previdência pelos Governos anteriores para outros fins, e, depois, trazer esse dinheiro de volta ao Fundo da Previdência, semelhante ao que foi previsto pelo então Decreto nº 77.077, de 1976, referente à dívida da União com a Previdência Social.

Diante disso, gostaria de afirmar ao movimento dos aposentados e pensionistas de que têm na Câ-mara Federal um parceiro nessa importantíssima luta para esta e as próximas gerações.

Sr. Presidente, solicito que meu pronunciamen-to seja divulgado pelos órgãos de comunicação da Casa

Muito obrigado.O SR. SIMÃO SESSIM (PP-RJ. Pronuncia o se-

guinte discurso:) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, aproveito a oportunidade para registrar a recente eleição da nova diretoria da Associação de Imprensa da Baixada Fluminense, a AIB, que tem sede na cidade de Nilópolis, no Estado do Rio de Janeiro.

Minha saudação a toda a diretoria, em particu-lar ao jornalista Marcos Manso, que merecidamente foi elevado ao cargo de presidente da entidade, que congrega no seu bojo profissionais do mais alto con-ceito social na região.

Entendo, Sr. Presidente, o jornalismo como uma profissão que tem uma ampla responsabilidade social. Alguém já disse que o profissional da imprensa deve contribuir para que a comunidade tenha acesso a uma de suas necessidades básicas: a informação.

O trabalho do jornalista, sem dúvida alguma, requer uma compreensão ampla da dinâmica social e de suas propriedades. Por isso mesmo, o respeito pela comunidade, o sentimento de serviço da ativida-de jornalística devem estar sempre presentes para o profissional.

Entendemos, por fim, que, diante da complexida-de das relações sociais nesta virada do século, o papel social do jornalista se reveste de importância ímpar.

Por isso, Sr. Presidente, renovo os meus votos de sucesso a toda a diretoria da Associação de Im-prensa da Baixada Fluminense, pedindo a Deus que ilumine seus membros, a fim de que exerçam suas atividades sempre em defesa da verdade e da digni-dade humana.

Passo agora, Sr. Presidente, a tratar de outro as-sunto. Trata-se de um rápido registro sobre a criação e posse, dia 7 deste mês, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, da primeira cooperativa de profissionais do Estado do Rio de Janeiro, a Coomunica.

Foi uma cerimônia muito concorrida, na sede do Centro Social São Vicente, da qual também participa-mos com muita honra. Trata-se da uma instituição pio-neira na região fluminense, que congrega assessores de imprensa, radialistas, fotógrafos, webdesigneres, designers gráficos, arte-finalistas, organizadores de eventos, locutores, repórteres, publicitários, especia-listas em marketing político, redatores e profissionais que trabalham com TV digital e relações públicas. To-dos, Sr. Presidente, indistintamente, profissionais ex-perientes e atuantes no mercado.

Na verdade, Sr. Presidente, essa cooperativa surge na Baixada Fluminense, uma das regiões que

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12479

mais crescem no Estado do Rio de Janeiro. Talvez, pelo preconceito e estereótipos que a Baixada enfrenta, os empresários vão buscar na Capital fluminense serviços de comunicação. Mas a Coomunica reúne profissionais que optaram por trabalhar na Baixada e se propõem a oferecer serviços de qualidade, não só à região, mas a todo o Estado do Rio de Janeiro.

Resta-nos parabenizar a diretoria da Coomunica, na figura de sua presidenta, a jornalista Bernadete Tra-vassos, torcendo para que mais essa iniciativa possa alavancar outros projetos capazes de elevar ao mais alto nível a força e a potencialidade dos profissionais que atuam na Baixada Fluminense.

Por último, Sr. Presidente, solicito seja dado di-vulgado nos órgãos de comunicação da Casa meu pronunciamento.

O SR. CARLOS NADER (Bloco/PL-RJ. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, está em vigor no Estado do Rio de Janei-ro a lei que alterou a cobrança de taxa de estaciona-mento em shopping centers e hipermercados. Pela lei, qualquer consumidor que adquirir, nesses estabeleci-mentos, produtos cujos valores somados signifiquem 10 vezes o valor do estacionamento, apresentando a nota fiscal, estão isentos da cobrança.

A lei provocou reações da Associação Brasileira de Shopping Centers, que nesta semana tentou sua suspensão, sem sucesso, no Tribunal de Justiça do Es-tado do Rio de Janeiro. A medida, no entanto, é mais do que salutar. O consumidor, quando estaciona seu veículo num shopping e vai às compras, está justifican-do o uso do estacionamento. Quem vai ao shopping para passear, não estará isento da cobrança. Portanto, trata-se de iniciativa que merece todos os elogios.

Além do mais, no momento em que estabelece o uso da nota fiscal como confirmação do direito à isenção, a lei contribui também em outros 2 aspectos: primeiro, dará a sua contribuição para o combate à sonegação; segundo, criará no consumidor o hábito de requerer a nota fiscal, uma garantia a seu favor em caso de alguma reclamação a posteriori.

Existe no Brasil a convicção de alguns setores de que o consumidor tem de ser sugado de todas as formas. Pagar para comprar me parece exagero. O diferencial da lei em vigor no Estado do Rio está no fato de que ela justifica a isenção, quando determina patamar de compras para dar ao consumidor o bene-fício do estacionamento gratuito.

Os comerciantes gostaram da idéia e prevêem aumento de 3% a 5% no movimento dos shoppings por conta da nova lei. Por outro lado, temem que os donos de shopping transfiram para o valor da locação das lojas o custo deste benefício. Se isso ocorrer, será

um erro. O consumidor, aquele que vai a qualquer es-tabelecimento disposto a gastar, garantindo renda e circulação de dinheiro, deveria ser recebido com ta-pete vermelho e não com um tíquete, dando conta de que, a partir daquele momento, ele já está pagando. Até para ver.

Muito obrigado.O SR. HAMILTON CASARA (Bloco/PL-RO. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira, inicialmente ofereço a V.Exa. o grande abraço enviado pelo povo de Rondônia e registro a realização de duas importantes audiências públicas na cidade de Porto Velho, Capital daquele Estado. Numa delas, realizada hoje, serão discutidos os conflitos agrários; na outra, marcada para a próxima segunda-feira, será debatido o atual quadro da saúde pública na região.

Tão logo se concluam os debates sobre esses temas, vamos definir as medidas a serem tomadas em relação à segurança pública no Estado de Rondônia.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, compare-ço à tribuna da Câmara dos Deputados para tratar de tema de grande importância para o desenvolvimento científico e tecnológico, inovador para o Estado de Rondônia e indispensável no combate às desigualda-de regionais do Brasil e às injustiças com a população rondoniense e amazônida.

Quero destacar e aplaudir a iniciativa do Minis-tério da Ciência e Tecnologia, na pessoa do Ministro Eduardo Campos, pela implementação do Programa Plataformas Tecnológicas com seus Arranjos Produtivos Locais – APL da Fruticultura, Piscicultura, Cafeicultu-ra e Madeira e Móveis, em desenvolvimento no meu Estado, cujos resultados são positivos e animadores para as empresas de base tecnológica lá implanta-das, bem como para o desenvolvimento de políticas públicas de geração de novos postos de trabalho e de inclusão social.

Motivado pelos resultados exitosos, quero reite-rar a minha solicitação de recursos financeiros para a continuidade desses Arranjos, reforçando e apoiando os seus estudos complementares, bem como de dis-ponibilização de recursos para a implementação das Plataformas Tecnológicas da Pecuária (Arranjos Pro-dutivos Locais de Ovinocultura, Bovinocultura e Manejo de Pastagens); das Confecções (Arranjos Produtivos Locais do Tecido da Floresta e Polo Vestuário); da Mine-ração (Arranjos Produtivos Locais de Cerâmica, Gemas e Pedras Ornamentais); e do Turismo (Arranjos Produ-tivos Locais do Ecoturismo e do Turismo Rural).

Essas Plataformas, Sr. Presidente, podem contri-buir decisivamente para o combate às desigualdades sociais do Brasil, criando infra-estrutura básica e ne-cessária às ações de desenvolvimentos regional.

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Quero reiterar ainda o pedido de aprovação do Programa Rondoniense de Tecnologias Apropriadas – PROTA II, que se encontra tramitando no Ministério da Ciência e Tecnologia há 2 anos, assim como de contemplação do Estado de Rondônia no Programa de Inclusão Digital, de disponibilização da Internet rápida, e do Projeto de Gestão Documental Digital.

Sr. Presidente, aproveito esta oportunidade para fazer outro registro.

Nas aldeias dos índios suruís, no Estado de Rondônia, as estórias tradicionais, conhecidas por quase todos os nativos, não são escritas, mas narra-das entre eles. Entre elas, conta-se que os gamapei plantaram um roça imensa, carregadinha de amen-doim. Quando chegou a época da colheita, as crian-ças dos grupos vizinhos entraram na roça e comeram até se fartar. Os gamapei não gostaram do que viram e pegaram os indiozinhos, amarraram-lhes a boca e os prenderam junto às árvores, para que não pudes-sem comer os amendoins. Ao anoitecer, eles viraram cigarras. No dia seguinte, os adultos viram que, em vez de crianças, havia cigarras agarradas às árvores. Eles se assustaram e ficaram com remorso pelo que fizeram às crianças.

Os índios suruís, de Rondônia, não imaginavam que aquela estória, fruto do imaginário, funcionaria como premonição. Pois hoje, como na estória, os in-diozinhos morrem por desnutrição.

É muito triste e lamentável o fato de até hoje as crianças indígenas morrerem porque não se alimen-tam adequadamente. Mais do que triste e lamentável, é inaceitável que, como na estória dos índios suruís, essas crianças sejam ainda vítimas da insensatez dos homens.

As manchetes dos jornais informam que, a des-peito de todos os avanços tecnológicos da moderna sociedade do século XXI, no Estado de Mato Grosso do Sul, só neste ano, 8 crianças guarani-caiuás morre-ram em conseqüência de problemas de saúde agrava-dos pela desnutrição. Destas, 6 estavam desnutridas. Em 2004, no mesmo Estado de Mato Grosso do Sul, morreram 291 crianças indígenas. Destas, 17 tinham sintomas de desnutrição.

As estatísticas demostram terrível faceta das reais condições de vida de muitas comunidades indígenas. Em 2004, por exemplo, a Funasa registrou a morte de 370 crianças indígenas. Segundo reportagem do jor-nal O Estado de S.Paulo, os dados consolidados de 2004 mostram que a taxa de óbitos de índios atingiu 50,4 para cada mil nascidos vivos. Entre as crianças não-indígenas, o dado mais recente, de 2003, é de 24 mortos para cada mil nascidos. Entre os índios xa-vantes, que têm boa parte do seu território em Mato

Grosso, o índice de mortalidade foi de 113,9 no ano passado, e corresponde a mais de 5 vezes o índice de mortalidade de não-índios.

No entanto, a variação nos índices é alta de um ano para outro. Em Parintins, por exemplo, a taxa de mortalidade em 2004 foi de 168,3 por mil, enquanto em 2003 foi de 19,6. Dos 34 Distritos Sanitários Indí-genas, 13 registraram aumento na taxa de mortalidade infantil entre 2003 e 2004.

Sr. Presidente, as recentes notícias sobre a morte de crianças indígenas no Estado de Mato Grosso do Sul revelam que as ações emergenciais anunciadas pelos órgãos competentes não foram suficientes para debelar as doenças e modificar as péssimas condições de vida da maioria das comunidades indígenas do País.

No Estado de Rondônia, como em todas as ou-tras regiões brasileiras, as comunidades indígenas deparam-se com toda a sorte de problemas, o que nos leva a crer que as ocorrências em Mato Grosso do Sul são, na realidade, apenas uma amostragem de ampla realidade.

É necessário, pois, que a sociedade brasileira e esta Casa, de modo especial, investiguem as causas que estão levando as populações indígenas a esse processo cruel de empobrecimento e exaustão.

Sr. Presidente, queremos registrar, neste plená-rio, as nossas preocupações e o nosso interesse em procurar novos caminhos para solucionar os graves problemas que afligem as comunidades indígenas.

Em Rondônia, as populações indígenas sofreram, e ainda sofrem, o assédio de não-índios ambiciosos. Os recentes fatos ocorridos na Reserva Roosevelt, habita-da pelos índios cintas-largas, demonstram a fragilidade dessas populações frente às investidas de garimpeiros, comerciantes e outras pessoas interessadas apenas na extração e na comercialização de diamantes.

Preocupam-nos igualmente a degradação do meio ambiente; a exploração desordenada dos re-cursos naturais, da flora e da fauna; e, em especial, a exploração florestal não autorizada; assim como a comercialização ilegal de madeiras.

Sr. Presidente, é importante realçar que, no Es-tado de Rondônia, como em todas as demais regi-ões do País, as comunidades indígenas precisam da assistência e do apoio das entidades públicas. Não apenas da Funai, mas também de todos os órgãos da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal, que, de alguma forma, estejam vinculados às ações estruturantes, tanto nas áreas de saneamento básico, assistência à saúde e educação quanto nas atividades extrativistas de recursos florestais e agropastoris de cunho familiar.

Era o que tinha a dizer.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12481

Muito obrigado.O SR. GERALDO RESENDE (PPS-MS. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, um tradicional político do Mato Grosso do Sul leciona que a sustentação de uma vida pública está no apego inexorável ao cumprimento dos com-promissos assumidos.

Já o Governador Zeca do PT, por não aprender a lição, rompeu o pacto firmado entre Estado, União e Prefeitura de Campo Grande para o funcionamento da quarta maior Santa Casa do País, do maior Hospital do Centro-Oeste, referência nacional em neurocirurgia e ortopedia, e de outras clínicas.

O rompimento, que é a suspensão dos repas-ses de recursos estaduais, foi escudado pelo fato de a Justiça ter impedido a junta administrativa tripartite – Estado, União e Município –, gestora do processo de requisição de bens e serviços do hospital, de usar o CNPJ de titularidade da mantenedora, afastada por má gestão.

Ocorre que está em jogo a saúde da população, a vida dos que estão ali internados ou que buscam atendimento. O Governo não pode usar a saúde pú-blica como instrumento de pressão ou chantagem do Poder Judiciário. Há meios institucionais para reverter a decisão sem a quebra de palavra, se bem que isso já se tornou lugar-comum para o Governador.

Vimos na cena patrocinada pelo staff da saúde do Estado, quando do anúncio da quebra unilateral do pacto, o já conhecido descompromisso do Governo de Mato Grosso do Sul para com a saúde pública, o que fez, já na sua primeira gestão em 2002, com que nos afastássemos da administração estadual, onde ocupávamos a Secretaria de Estado de Saúde. Não aceitamos ver o Governador prometer e não cumprir a conclusão de obras estratégicas para a regionalização da saúde que implantamos. É lamentável que ainda hoje não funcionem plenamente o Hospital de Coxim, o Hospital de Glória de Dourados, o Hospital de Nova Andradina, o Hospital de Nova Alvorada do Sul, entre outras unidades lançadas que estão sendo construídas, mas até agora não tiveram seu desfecho.

Abandonar a Santa Casa por picuinha entre po-deres é a confirmação de um desdém que chega ao nível de substituir técnicos qualificados em cargos es-tratégicos da saúde por toda sorte de apadrinhados políticos, como tapeceiros e vendedores de cosméticos, num loteamento espúrio de cargos pela partidarização dos espaços públicos.

Essa nova injúria à saúde significa que 330 mil reais por mês e 2,3 milhões de reais por ano serão sonegados à saúde sul-mato-grossense por destem-perança do Governador. Ocorre que a sonegação de

recursos à saúde é marca de sua gestão, o que tam-bém colaborou para nossa dissidência. São quase 200 milhões de reais que deixaram de ser aplicados em saúde pública desde 2001, ano em que o Executi-vo Estadual fez aprovar a fatídica “Lei do Rateio”, que permite a apropriação de recursos vinculados à área da saúde para serem aplicados em despesas como “material de consumo” de secretarias-meio, como a própria Casa Civil.

Essa arbitrariedade revestida de legalidade está contaminada pela inconstitucionalidade, que espera-mos em breve ser desvelada pelo Supremo Tribunal Federal, onde o Ministro Celso de Mello está relatan-do a ADIN nº 3.320, de 2004, impetrada pelo próprio Procurador-Geral da República, Cláudio Fonteles. As atitudes truculentas do Governador contra a saúde pú-blica aumentam a responsabilidade do Ministro Celso Mello com a população do Estado e pedem celerida-de na decisão.

Sendo o resultado da perfídia do Governador o fim do pacto, faz-se necessária também a saída da Prefeitura Municipal, para que o Governo Federal possa repetir em Mato Grosso do Sul a intervenção que impôs à caótica saúde pública na cidade do Rio de Janeiro. Atitude diferente não pode ter o Ministério da Saúde, agora que a saúde pública em nosso Es-tado também é atirada ao abismo. Aliás, o Ministro da Saúde tem visita agendada para Mato Grosso do Sul para a próxima segunda feira, 18 de abril, sendo essa a oportunidade para anunciar a intervenção federal na Santa Casa de Campo Grande.

Em Mato Grosso do Sul, o Governador afirma que não vai “colocar dinheiro bom em buraco ruim”. Como “buraco ruim” ele classifica a saúde pública. Como “buraco ruim” ele nomeia um dos maiores e mais bem equipados hospitais brasileiros, que funciona desde 1928 e é referência em emergência, cirurgia cardíaca, neurocirurgia, queimados e em transplantes de cora-ção, rim e córnea. Bom para ele é o buraco negro da “Lei do Rateio”, que considera ações de saúde, “ser-viços de consultoria” do Fundo de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades Fazendárias.

Ao não cumprir seus compromissos, o político José Orcírio entra no crepúsculo de sua vida pública.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. SEBASTIÃO MADEIRA – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. SEBASTIÃO MADEIRA (PSDB-MA. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro a presença neste plenário da ex-Vereadora de Imperatriz Maria da Conceição

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12482 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Medeiros Formiga; da ex-Vereadora de Amarante do Maranhão e Presidenta da Associação de Vereadores do sul do Estado, Terezinha Costa Machado Telles; e da Vereadora de Açailândia, Maria de Fátima Silva Camelo, que participarão amanhã e depois de evento promovido pelo Secretariado Nacional do PSDB-Mulher.

Dou as boas-vindas a essas líderes do futuro Estado do Maranhão do Sul, onde realizam destaca-do trabalho.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra à nobre Deputada Dra. Clair.

A SRA. DRA. CLAIR (PT-PR. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de, neste momento, registrar minha indigna-ção em relação à edição das Medidas Provisórias nºs 245 e 246, de 2005, no tocante à extinção da Rede Ferroviária Federal.

Informo aos Srs. Deputados e aos Srs. Senadores que há um movimento de resistência a essas medidas provisórias. Entendemos que a Rede Ferroviária Federal desempenhou e desempenha papel importante na re-vitalização do setor ferroviário e que deve ser preser-vada. A empresa, que possui patrimônio de 40 bilhões de reais, know-how no setor ferroviário, além de corpo técnico eficiente, poderia se constituir em empresa de fomento e revitalização do setor ferroviário. Por isso, somos contrários a essas medidas provisória.

Já falamos com o Presidente da Câmara dos Deputados e também estivemos em audiência com o Vice-Presidente da República, pedindo que essas me-didas provisórias sejam retiradas de pauta e que haja um período de conversação com o Governo, para que possamos discutir um plano nacional de transporte para o País que inclua a Rede Ferroviária Federal.

A Medida Provisória nº 246, de 2005, entrega o setor ferroviário a uma diretoria do DNIT, o que não corresponde às necessidades do nosso País. Deve-ríamos revitalizar e não estagnar o setor ferroviário, de fundamental importância para o desenvolvimento econômico-social do nosso País.

Salientamos a grande preocupação que temos com os trabalhadores que estão na ativa e também com os aposentados da Rede Ferroviária Federal, que chegam ao total de 140 mil, cuja política salarial, da forma como está tratada na Medida Provisória nº 246, acabará indo para uma Secretaria de Governo, onde não haverá parâmetro para os reajustes salariais, o que, com certeza, vai prejudicá-los futuramente, por-que terão seus salários congelados.

Os trabalhadores da ativa estão sendo desloca-dos para o GEIPOT, empresa também em extinção. Sob esse aspecto também discordamos da medida, pois esses trabalhadores deveriam ser aproveitados

para revitalização do setor ferroviário pelos seus co-nhecimentos técnicos e científicos.

Por último, somos contrários a um dispositivo da MP 246 segundo o qual os bens não operacionais da Rede Ferroviária Federal serão leiloados, e o dinheiro encaminhado ao pagamento da amortização da dívida pública brasileira. Isso é a continuidade do modelo an-terior, segundo o qual vendemos o patrimônio público para pagar juros da dívida pública interna. Portanto, fica registrada minha insatisfação.

Sr. Presidente, anuncio que haverá manifestação dos rodoviários em todos os Estados. Já está marcada para o próximo dia 26 grande manifestação no Rio de Janeiro, em frente à Central do Brasil, às 12h, para a qual convidamos a sociedade e Deputados e Sena-dores que também sejam contra a extinção da Rede Ferroviária Federal para manifestarem sua insatisfação e pedir a revogação dessas Medidas Provisórias.

Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PAULO BAUER (PFL-SC. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nobres colegas Parlamentares, compare-ço à tribuna para cientificar a Casa e a sociedade de que temos recebido diariamente em nosso gabinete e também no Estado de Santa Catarina diversas ma-nifestações de lideranças dos setores produtivo e em-presarial, bem como de trabalhadores, por meio dos seus sindicatos, solicitando providências imediatas para que seja transformada em realidade a PEC nº 369, de 2005, a denominada reforma sindical.

Sabemos que o Presidente da República, o PT e os partidos que o apoiaram na eleição presidencial de 2002 prometeram ao País uma grande reforma trabalhista. Sabemos que se faz necessária a refor-ma trabalhista, ou seja, a modernização das relações de trabalho. Não se concebe mais, num país como o nosso, o emprego informal, a humilhação de traba-lhadores sem registro e sem direito aos benefícios da legislação trabalhista.

Muitos trabalhadores são obrigados a cumprir períodos de experiência, quando não optam por em-pregos sazonais ou até eventuais, enfrentando cons-trangimentos, em razão do alto custo que a legislação vigente impõe sobre o emprego. Multas, exigências e regras variadas encarecem as despesas do emprega-dor com o empregado.

Imaginávamos que a reforma ou a revisão das legislações trabalhista e sindical seria, obviamente, merecedoras do aplauso da sociedade e da aprovação do Congresso Nacional. Infelizmente, depois de 2 lon-gos anos de debates, seminários e fóruns, o Governo apresentou a esta Casa proposta de emenda exclusi-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12483

vamente relacionada à reforma sindical, ou seja, não abrangeu a legislação trabalhista.

O que o Governo quer? Acabar com a contribui-ção sindical? Pode até ser esta uma medida justificável. Entretanto, quando pretende que Centrais Sindicais – hoje existentes na forma de ONGs, entidades ainda não legalizadas mas necessárias – transformem-se em entidades legalizadas, também envolve a estrutu-ra sindical, permitindo a criação de vários sindicatos numa mesma cidade ou região, de um mesmo setor, e ainda a representação de sindicato em cada empresa que ainda não o tenha efetivamente instalado.

Enfim, Sr. Presidente, nobres Sras. e Srs. Depu-tados, o assunto tem merecido muitas críticas, muita contestação, muita interrogação, não apenas daqueles que são da Oposição ao Governo, mas também da sua base de sustentação política, contrários à PEC, que solicitam profundas alterações.

Tenho certeza de que a Casa analisará com cuidado a matéria. Mas é preciso que a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania agilize o seu trabalho; que o Relator, Deputado Maurício Rands, apresente o seu parecer; que a Presidência da Casa instale Comissão Mista para que, no prazo de 40 ses-sões, ofereçamos emendas e estabeleçamos o debate, a fim de melhorar o projeto.

Uma vez que a medida provisória não contem-pla a reforma trabalhista como um todo, mas apenas a sindical, vamos tentar fazer com que atenda aos interesses dos trabalhadores e da classe produtiva, com geração de empregos e desenvolvimento da eco-nomia do País.

Muito obrigado, Sr. Presidente.A SRA. ANA ALENCAR (PSDB – TO. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, recentemente vieram a público os resultados de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em conjunto com o Ministério da Saúde, que alertou para problema de saúde emergente na população brasileira: a obesidade.

O estudo confirma a tendência mundial de au-mento da prevalência da obesidade, ao mostrar que tem crescido a proporção de pessoas com excesso de peso em nosso meio. A Organização Mundial da Saúde – OMS considera a obesidade a epidemia do século XXI e alerta sobre os riscos para a saúde ad-vindos do excesso de peso, resultado de mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares das socie-dades modernas.

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) re-alizada nacionalmente pelo IBGE, no período de 2002 a 2003, mostrou que cerca de 38,6 milhões de brasi-leiros estão com peso acima do recomendado, o que

equivale a 40,6% da população adulta. Desse total, 10,5 milhões são obesos.

A pesquisa surpreendeu e gerou polêmica ao afirmar que o problema da obesidade não está restrito às pessoas da classe alta, mas atinge brasileiros de classes sociais empobrecidas. Os dados apresentados mostraram que entre os 20% mais pobres do País 27% dos homens estão com peso acima do recomendado, enquanto 9,5% estão com peso abaixo do adequado. Entre as mulheres de baixa renda, constatou-se que 38,2% estão com excesso de peso e que 6,6% têm peso inferior ao recomendado.

Os bolsões de pobreza persistem em nosso País e justificam os programas de combate à fome, mas o problema alimentar não é mais apenas o da fome. O excesso de peso deve ser combatido, pois revela-se mal que já assume contornos de problema de saúde pública.

Os novos hábitos alimentares introduzidos com a crescente urbanização são responsáveis por dieta inadequada na qual há grande consumo de alimentos ricos em gorduras e pela diminuição do consumo de ali-mentos chamados reguladores, como frutas, legumes e hortaliças. Esses novos hábitos culturais e alimentares, que introduziram os chamados fast food, não são os únicos fatores a conduzir a uma dieta desequilibrada. O custo dos alimentos também estimula o consumo não equilibrado dos alimentos, com o predomínio dos mais calóricos na dieta. Alguns estudos mostram que alimen-tos como pães, massas e gorduras são mais baratos do que os do grupo dos reguladores. Assim, a população com menos recursos financeiros é levada a consumir em maior grau aquele tipo de alimento mais calórico e mais barato. Além da dieta inadequada, os hábitos de vida atuais levam ao sedentarismo e contribuem para uma situação de desequilíbrio entre consumo e gasto energético, favorecendo o excesso de peso.

Estamos diante de problema que tem múltiplas determinações, que envolve desde questões culturais, comportamentais e educacionais até econômicas.

As crianças estão cada vez mais sujeitas à obe-sidade, o que é motivo de preocupação por parte de especialistas. Eles têm relatado o aumento de crianças com colesterol elevado, com maior risco de problemas cardíacos, bem como o aumento de diabetes na in-fância, em decorrência do sobrepeso. Fica evidente, portanto, que o trabalho de prevenção da obesidade passa pelo acompanhamento alimentar rigoroso na infância.

O desmame precoce e o preparo de alimentos artificiais para lactentes é um dos fatores responsáveis pelo sobrepeso na infância e, portanto, é extremamen-te importante estimular a lactação materna durante o

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maior tempo possível e controlar rigorosamente a pro-paganda dos alimentos infantis, como forma de não induzir ao desmame precoce.

É preciso também controlar a propaganda de ali-mentos, pela mídia, voltada para o público de crianças e adolescentes, pois está aí o início da incorporação de hábitos alimentares incorretos. Alguns estudiosos do assunto apontam diversos aspectos negativos des-sa propaganda, como a quantidade excessiva de co-merciais de alimentos gordurosos e pouco nutritivos, com exposição maciça das crianças a ela, o que re-presenta intenso estímulo ao consumo de alimentos na frente da televisão. A situação é ainda mais grave se considerarmos o longo tempo de permanência das crianças na frente da televisão ou do computador. To-dos esses fatores contribuem significativamente para os crescentes casos de sobrepeso na população de crianças e de adolescentes.

Assim, parte importante do trabalho de prevenção da obesidade infantil deve contemplar o controle da propaganda sobre alimentos e a mudança de hábitos de vida. Considerando que a educação e a cultura são fatores relevantes na determinação da obesidade, é absolutamente imprescindível incluir o espaço esco-lar no trabalho da prevenção da obesidade. A escola pode e deve desempenhar papel importante na reedu-cação alimentar e na promoção de hábitos saudáveis. Um mecanismo essencial na educação nutricional das crianças é a merenda escolar.

O Governo Federal desenvolve o Programa Na-cional de Alimentação Escolar, mais conhecido como Merenda Escolar, gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do MEC. Esse programa transfere, em caráter suplementar, recursos financeiros aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para suprir parte das necessidades nutricionais dos alunos. Com isso, busca-se contribuir para a melhoria do de-sempenho escolar e formar hábitos alimentares saudá-veis. É preciso estimular as escolas a desenvolverem política alimentar adequada, que, além de oferecer os alimentos indispensáveis ao desenvolvimento da crian-ça, com segurança e qualidade, englobe a educação nutricional dos alunos e das famílias.

A incorporação de produtos orgânicos e de pro-dução local na merenda escolar é outra medida que, além de estimular o consumo de alimentos saudáveis, contribui para o fomento da cultura e do desenvolvi-mento regionais.

Além da merenda escolar, é preciso criar políticas voltadas para as cantinas das escolas, pois elas são fonte de aquisição de guloseimas e outros alimentos inadequados por parte de crianças e adolescentes. A regulamentação da atividade comercial das cantinas

escolares é urgente, com a criação de normas e cri-térios de comercialização de alimentos que protejam a saúde da população escolar e estejam adequados e compatíveis com os hábitos alimentares saudáveis que se pretende disseminar.

Cremos que o momento atual, em que o Governo desperta para a necessidade de adotar medidas vol-tadas para o problema da obesidade e está prestes a regulamentar a propaganda de alimentos voltados para o público infantil, é adequado para se incluir a regulamentação da alimentação escolar, que envolve a merenda e as cantinas escolares.

Não podemos nos esquecer desse espaço que é a escola, cujo papel é preponderante na formação de valores e de condutas por meio da disseminação do conhecimento. Como agente transmissor do conhe-cimento e geradora de transformação, a escola deve contribuir para a incorporação de hábitos alimentares saudáveis. Para tanto, deve ofertar merenda escolar adequada e segura, que garanta o suprimento dos nutrientes necessários para o desenvolvimento da criança e que contribua para a reeducação alimentar. As cantinas escolares não devem ser meros agentes de comércio, mas devem estar inseridas e em conso-nância com a política da alimentação escolar que tem por objetivo precípuo a saúde do aluno.

Este era o nosso objetivo, ao fazer o presente pronunciamento: chamar a atenção dos Parlamenta-res para a necessidade de se adotarem medidas vol-tadas para a regulamentação da oferta de alimentos nas escolas, como meio de contribuir para o desen-volvimento de hábitos alimentares saudáveis e para a diminuição da obesidade entre crianças e adolescen-tes em nosso País.

O SR. OLIVEIRA FILHO (Bloco/PL – PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, perdemos nossa liberdade para os bandidos. A violência cresce e o Governo corta verbas da segu-rança. Isso é inadmissível. A criação de uma Comis-são Especial, na Câmara dos Deputados, destinada a apresentar medidas para combater a violência, poderá contribuir para mudar esse quadro.

Nunca é demais falar sobre segurança e a esca-lada da violência. Hoje, quero usar meus minutos para tratar desse assunto. Já não é mais possível fecharmos os olhos para o aumento nos índices de violência em Curitiba e no Paraná como um todo. Ouço e vejo todos os dias um novo caso, uma nova experiência triste, que me são contados por amigos, companheiros de partido, pessoas ligadas a minha igreja, enfim. Então, como é possível que o Governo Federal tenha segurado mais da metade dos recursos do Fundo Nacional de Segu-rança Pública? Francamente, não entendo.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12485

Apenas reclamar não adianta. Portanto, apóio a iniciativa do Presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, em criar uma comissão contra a violência. Escanda-lizado, depois de saber do corte de recursos, S.Exa. decidiu formar um grupo que terá a missão de discutir a questão da violência e apresentar sugestões políti-cas e legislativas contra a insegurança que dominou nosso País. Acredito essa ação poderá reverter em atitudes práticas para conter o problema.

Segurança não é uma questão simples ou que possa ficar em segundo plano. O combate à violência tem que ser prioridade. Tem que ser o primeiro tópico da lista de mãos dadas com educação, saúde e emprego. É nesse sentido que o Governo precisa colocar forças e não apenas buscar agradar investidores.

É necessário e urgente que os cidadãos de bem e o Governo mostrem quem manda, quem tem direito. Agora nós, que cumprimos a lei, é que ficamos presos. Presos em nossas casas, presos em nossa insegu-rança quando vemos nossos filhos saírem de casa à noite. Nós estamos pagando pelo corte de verbas do Governo. E os bandidos estão aproveitando, é claro. Isso não pode continuar. Essa inversão de valores não pode continuar.

Só para citar alguns números encaminhados aos Deputados, a cada 13 minutos uma pessoa é as-sassinada no Brasil. Em algumas cidades, as mortes de jovens de 15 a 24 anos chegam à marca de 100 vítimas para cada 100 mil habitantes (um aumento de 60% nos últimos 10 anos). Em 2000 houve cerca de 46 mil homicídios no Brasil – praticamente o mesmo número de vítimas norte-americanas durante toda a guerra do Vietnã.

Verbas. O mínimo a ser destinado para o setor seria de R$1,2 bilhão, previsto pelo Ministério da Jus-tiça para a área em 2005.

O Orçamento deste ano previa R$412 milhões para as secretarias estaduais, municipais e portos, mas o valor ficou restrito a R$170 milhões.

Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a divulgação de meu pronunciamento pelos órgãos de comunicação da Casa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – V.Exa.

será atendido, nobre Deputado Pastor Oliveira Filho.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao Sr. Deputado Dr. Heleno.O SR. DR. HELENO (PMDB-RJ. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, inicialmente informo que en-caminhei à Mesa Diretora da Casa projeto de lei que institui que toda licitação de blocos para exploração e produção de petróleo e gás natural tenha a Bolsa de

Valores do Estado do Rio de Janeiro como local oficial de recebimento e julgamento das propostas.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, lamenta-mos a decisão tomada por D. Mauro Morelli, Bispo da Diocese de Duque de Caxias e de São João de Meriti, de encaminhar pedido de afastamento de suas funções ao Vaticano, que o aceitou no último domingo.

O nosso lamento é compreensível porque conhe-cemos bem a figura carismática desse religioso que sempre teve como característica a defesa dos pobres e oprimidos, principalmente das crianças abandonadas que sequer têm o leite para o seu sustento.

À frente da Igreja, D. Mauro sempre foi um líder desse socorro e, segundo suas palavras, jamais deixará de lutar. Sua prioridade, na condição de ser humano, foi sempre incomodar, perturbar e propor alternativas àqueles que governam.

D. Mauro chega aos 69 anos de idade, depois de atuar por 23 anos em igrejas da Baixada Fluminense. O Bispo foi ameaçado de morte em 1989 por denunciar grupos de extermínio e, segundo ele, “foi vencido pela falta de ânimo, desejo e tempo para tarefas episcopais”. Seu sucessor será D. José Francisco Resende, Bispo auxiliar de Pouso Alegre, a quem enviamos votos de muito sucesso à frente da Diocese.

Sobre D. Mauro é valido citar que, em 1981, as-sumiu a Igreja Católica de Duque de Caxias e de São João de Meriti, sendo o fundador e primeiro Bispo da recém-criada Diocese. Antes, havia sido Bispo Auxiliar em São Paulo, ao lado do Cardeal D. Evaristo Arns. Quando chegou a Caxias, encontrou 28 sacerdotes distribuídos por 6 paróquias. Hoje são 43 padres.

Incontáveis foram os benefícios prestados por esse religioso ao Município de Duque de Caxias. Um deles foi o Projeto das Creches, criadas sob a sua orientação, ficando conhecido como Portal do Cresci-mento. Patrocinado pela Prefeitura, com o apoio des-te Deputado, acolhe crianças de 0 a 6 anos de idade, sendo obra digna de aplausos.

Na creche, a criança recebe alimentação e apoio de professores e psicólogos. Para o seu desenvolvi-mento, o pequeno ser permanece junto à sua família, numa preocupação em semear as bases do núcleo familiar. Trata-se de projeto cuja adoção já sugerimos ao Governo Federal. Isso porque, plagiando D. Mau-ro, observamos que “enquanto temos um sofisticado sistema de controle do rebanho bovino (o pai, a nutri-ção, as vacinas), não temos o mesmo controle sobre as crianças brasileiras”.

Sr. Presidente, passo agora a tratar de outro assunto.

O País ficou perplexo e encontra-se revoltado com os acontecimentos da noite do último dia 31 de

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12486 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

março, quando um grupo de extermínio matou covar-demente 30 pessoas humildes, sem qualquer ligação com os esquemas de polícia. O prazer no ato de ma-tar, se é que podemos chamar isso de prazer, ocorreu em 2 Municípios da Baixada Fluminense: Nova Iguaçu e Queimados.

O fato torna-se mais grave pelo fato de que as investigações levam à suspeita de envolvimento de policiais militares que, insatisfeitos pela disciplina de-terminada pelo comandante da corporação, resolve-ram praticar esse ato contra os inocentes moradores da região.

A ação foi de uma brutalidade sem limites, e não encontramos justificativas nem defesa para ação tão hedionda. Os assassinatos foram praticados por poli-ciais que recebem para defender a sociedade e que, de repente, voltaram-se contra ela, praticando o terror no sentido mais amplo da palavra.

É um desafio para o Governo do Estado ter de cortar na carne o lado doente da segurança, expurgan-do totalmente esses bandidos travestidos de policiais. O Estado não pode vacilar neste momento: profunda e radical intervenção no aparelho policial deve ocorrer.

Acreditamos no sucesso das medidas adotadas pela Governadora, Sra. Rosinha Matheus. Sabemos que S.Exa., cristã e mãe sensível, está muito abalada com o triste acontecimento. Suas ações, muitas vezes, enfrentam obstáculos na Justiça e no corporativismo, mas no momento o clamor de uma sociedade inteira tem prioridade.

Não se podem protelar providências. Trata-se de batalha sem tréguas e sem reticências. A Sra. Gover-nadora, bem como os homens de bem da Polícia, têm o apoio de todos. Não podemos aceitar que a bandi-dagem continue infiltrada nos aparelhos do Estado, disfarçada de defensora da lei.

A população do meu Estado, principalmente a mais pobre, foi vítima desse quadro horrível que man-chou o nome do nosso País. Espera-se, contudo, uma resposta. E ela só será dada com a prisão e a con-denação desses monstros que um dia desfilaram de policiais pela Baixada Fluminense.

Esperamos que a Justiça exerça o seu papel, condenando esse ato trágico de banditismo praticado contra tantos inocentes.

Era o que tinha a dizer.Obrigado.A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Sem revisão

da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamen-tares, inicio meu discurso com a citação do filósofo e escritor francês, Voltaire: “O ouvido é o caminho do coração”.

Ontem, em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa, tivemos a satisfação de re-ceber 35 entidades da sociedade civil organizada. Na ocasião, ouvimos seus anseios, sugestões e expecta-tivas em relação a nossa Comissão.

É, portanto, com muita alegria que comunico a V.Exa. e aos Srs. e às Sras. Parlamentares que, na verdade, ao propor essa audiência pública, nós acer-tamos, exatamente porque estamos começando a reverter a lógica de que a Comissão de Legislação Participativa, comissão mais jovem da Casa, seja tão-somente receptora de sugestões e proposições de iniciativa legislativa.

Desde que assumi a Presidência, no início dos trabalhos legislativos, temos reafirmado o compromisso de transformar a Comissão de Legislação Participativa em espaço permanente de diálogo entre a Câmara dos Deputados e a sociedade civil e organizada.

Aliás, é a razão de ser da própria Comissão de Legislação Participativa.

Percebi desde o início que não cabia no contexto inovador de sua gênese uma relação meramente es-tática, desprovida da dinâmica necessária para levar avante os propósitos tão bem delineados no seu ato de criação.

Por isso, uma de minhas primeiras decisões foi apresentar um requerimento de audiência pública com vistas a levantar demandas e elaborar uma agenda de trabalho para a Comissão, juntamente com a socieda-de civil organizada.

É gratificante percebermos o desejo e a vontade de tantas entidades participarem desse fórum, que, na essência, é delas mesmas. Durante a reunião, todos os convidados tiveram a liberdade de se manifestar, trazendo-nos significativas propostas que, por certo, serão de grande valia para os trabalhos da Comissão ao longo deste ano.

Não querendo incorrer em injustiça, pois entendo que cada uma das intervenções dos participantes foi de igual valor, gostaria de destacar 3 considerações que demonstram a confiança depositada pelas entidades em nosso trabalho.

A primeira, a do Padre José Ernani Pinheiro, da CNBB, afirmando que a nossa Comissão poderá dar grande contribuição para a nova cultura política brasi-leira; a segunda, do Sr. Jeferson Barbosa da Silva, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Esta-belecimentos de Educação e Cultura, exercendo seu direito de reivindicação, apresentou-nos sugestão de projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos da Portaria nº 172, de 2005, do Ministro do Trabalho; a ter-ceira, da Sra. Rosiana Queiroz, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, propondo a discussão da futura

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12487

lei que irá regulamentar a criação das Ouvidorias de Justiça, previstas na reforma do Judiciário.

Vê-se, portanto, Sr. Presidente, a magnitude de nossa responsabilidade. Tenho convicção de que, com a ajuda de meus colegas Parlamentares, membros da Comissão, não decepcionaremos os cidadãos brasilei-ros, que enorme confiança depositam em todos nós.

Espero que ao final deste ano possamos come-morar o resplandecer de nossas conquistas com es-ses nossos parceiros, pois, dessa forma, estaremos demonstrando de forma inequívoca que esse percur-so deve ser feito em conjunto e em perfeita harmonia – lado a lado – com todos quanto sonham com uma sociedade mais democrática e mais participativa, na qual todos possam exercer seus deveres e direitos de forma justa e plena.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Deputada Almerinda de Carvalho, que faz parte da Comissão, ressalto nossa alegria, pois, das 60 entidades convi-dadas, compareceram mais de 35 na ocasião em que apresentamos os integrantes da Comissão de Legisla-ção Participativa, quando discorremos sobre seu funcio-namento, e ela existe para encurtar a distância entre a sociedade civil organizada e a atividade legislativa.

À frente da sua Presidência, juntamente com os demais pares que compõe a Comissão de Participação Legislativa, não mediremos esforços para fazer com que esse grande fórum de debate da Casa acolha a sociedade civil e façamos dele um espaço de educação política e de exercício da defesa da cidadania, aperfei-çoando o processo democrático e consolidando cada vez mais a conquista da cidadania.

É o registro que faço na tarde de hoje.O SR. CHICO ALENCAR (PT-RJ. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa em geral tem destacado os nomes notó-rios do Ministro da Previdência Social, Romero Jucá, e do Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que têm explicações a dar à sociedade, inclusive para continuarem em suas altas funções.

Mas quero registrar aqui o nome de duas outras pessoas, num outro plano, totalmente diferente, mas igualmente com altas responsabilidades públicas, so-bre as quais pesa, não a perda de uma função, mas a perda da própria vida. São elas: Frei Henri des Roziers, francês radicado no Pará há muitos anos, dominicano, e Maria de Joel, D. Joelma, cujo marido foi assassinado quando presidia o sindicato dos trabalhadores rurais de Rondon do Pará. E ela, intimorata, segue à frente dessa luta, com seus 4 filhos, e é presidente desse sindicato, também ameaçada. Que essas forças de vida, ao contrário de outras tão polêmicas, possam ser preservadas na nossa República.

Pois bem. Essas duas pessoas do bem estão com a cabeça a prêmio! Elas estiveram recentemen-te no Rio de Janeiro, onde receberam a Medalha Ti-radentes, maior comenda do Estado, por iniciativa do operoso Deputado Estadual Alessandro Molon, meu companheiro do Partido dos Trabalhadores.

Frei Henri des Roziers, dominicano, 75 anos, nasceu em Paris. De família católica, que participou da resistência contra o nazismo, formou-se em Letras na Sorbonne e em Direito Comparado na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Fez doutorado na Univer-sidade de Paris, ordenou-se padre em 1964. Chegou ao Brasil em 1978 e semanas depois já estava em Conceição do Araguaia.

Homem franzino, já arqueado pelo pesado fardo que ajuda a carregar, travando um combate implacável contra os “donos de terras” e os “podres poderes” que, ainda nos dias de hoje, no sul do Pará, bem como em outras regiões deste nosso Brasil, perseguem, amea-çam e executam, de maneira torpe, aqueles que “atra-vessam seu caminho”. Frei Henri é mais um daqueles cidadãos que, junto com as populações mais pobres, se organizam para conquistar um pedaço de terra e nela produzir seu próprio sustento, sua independência.

O velho frade e advogado francês vem há 15 anos militando à frente da Comissão Pastoral da Terra – CPT, junto com centenas de outros companheiros sem-terra, sindicalistas, seringueiros e pequenos lavra-dores, pela regularização de assentamentos e contra a exploração de mão-de-obra escrava.

Desde sua chegada ao sul do Pará, em 1991, vem, sistematicamente, sofrendo sérias ameaças de morte. Foi assim em 1994 e em 2000, quando esta-va para ocorrer um julgamento importante em Belém. Agora, no final de 2004, as intimidações retornaram e, desta vez, de modo mais direto.

“ Agora basta! Você incita invasão de terras. Bas-ta! Agora está certo que você vai ser morto. Vamos te matar!”, prenunciava uma voz ao telefone.

Mas o frei não se intimidava e dizia que, “por ser estrangeiro, religioso, idoso, advogado e por contar com o apoio e a atenção das autoridades federais, não tinha nenhuma preocupação”.

Como “presente de aniversário” Frei Henri rece-beu, através de um jornal local, a notícia de que sua “cabeça estava a prêmio” por 100 mil reais. É o preço que vale a vida de um padre com intensa atuação na-quela região. Qual será o valor da vida de um sem-terra ou de um sem-teto? Mata-se naquela região da mes-ma forma que se desmata, tendo na impunidade uma certeza. Arranca-se a vida, assassina-se a natureza.

Com a covarde e brutal “eliminação” de irmã Dorothy, em março deste ano, Frei Henri, mesmo a

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12488 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

contragosto, está sendo escoltado por 2 policiais mi-litares, cedidos pelo Governo do Estado. Todavia, o frade, na sua crença teimosa, frisa: “mais importante que me proteger é ir atrás da causa mais profunda do problema”.

Frei Henri sabe da urgência na implantação da reforma agrária, que não deslancha, seja por causa do contingenciamento impetrado pela equipe econô-mica, seja pela morosidade dos órgãos incumbidos de executá-la. Ele ressalta que, apesar das promes-sas do Governo Federal e da paciência dos trabalha-dores rurais, durante os 2 últimos anos os conflitos ainda continuam.

Nesse embate, que se arrasta sem que se possa vislumbrar solução em curto prazo, o que se pode com-provar é a certeza da impunidade. Pistoleiros e fazen-deiros promovem verdadeiras chacinas. Muitas delas só vêm à tona quando existe entre os assassinados alguém que tenha alguma visibilidade. Isso quando os governos e a imprensa local resolvem “interferir e in-vestigar”. Do contrário, as autoridades registram o fato e a matança segue. Quando se consegue a captura e a condenação dos acusados por homicídios, grilagem de terras e outros crimes, cometidos ou encomendados pela “elite” local, o que se constata é descaso, corpo-rativismo e mais impunidade.

“Com extrema dificuldade, e todos os obstáculos possíveis, conseguimos algumas condenações exem-plares. Mas todos fugiram”, lamenta Frei Henri.

O que se sabe por toda aquela região “conflagra-da” do sul do Pará é que Bida, o mandante da morte de irmã Dorothy, não é um grande fazendeiro. Ele, como muitos outros pequenos “donos de terra”, são uma espécie de intermediários. Fazem o “trabalho sujo”. Servem como “escudo” para os poderosos.

Maria Joel Dias da Costa, a dona Joelma, 42 anos, é Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rondon do Pará – STR, no sudeste paraense, 40 mil habitantes, a 532 quilômetros de Belém.

Mulher, mãe, viúva e militante ativa, foi casada por 19 anos com José Dutra da Costa, o Dezinho, que foi presidente do STR por duas vezes. Liderança lo-cal do Partido dos Trabalhadores, foi assassinado na porta de casa em novembro de 2002. Até hoje o caso não foi resolvido. O próprio Dezinho, antes de morrer, se atracou com o homicida e, nesse intervalo, o amigo Magno veio socorrê-lo e conseguiu prender Wellington Jesus Silva, que confessou o crime. Logo depois Mag-no Fernandes do Nascimento, a testemunha ocular do crime, seria assassinado. Queima de arquivo?

Joelma assumiu a linha de frente no Sindicato 2 anos depois da morte de Dezinho. “Para continuar a luta dele!”, vaticinou.

Foi Joelma que abriu a porta para Wellington, o assassino. “Parecia mesmo um trabalhador precisado. Ele queria falar urgente com Dezinho sobre um pro-blema da aposentadoria da avó dele, no Sindicato”, relembra saudosa e indignada a sindicalista. Os 2 se encontraram na rua e deu-se a desgraça.

Hoje, a mãe de 4 filhos e testemunha da lentidão da Justiça é uma das 35 pessoas na lista dos “mar-cados para morrer”, segundo a CPT de Marabá. Ela é acompanhada por PMs 24 horas por dia. Como ela, 2 outros diretores do Sindicato, Cordiolino José de Andra-de, o Ziu, e Geraldo Soares Fernandes, também estão jurados de morte. Estes, sem proteção policial!

Telefonemas anônimos, veículos com vidros escu-ros rondando sua casa e conversas ouvidas aqui e ali são algumas das formas de intimidação por que passa Joelma. Mais ou menos da mesma forma que acon-tece com Frei Henri. E ela dispara na mesma direção: “são os crimes do latifúndio, as ameaças freqüentes dos que se dizem donos da terra. Com Dezinho e Ri-bamar” – Ribamar Francisco dos Santos, morto em 8 de fevereiro de 2005 – “também foi assim”.

Pelo fato de estar à frente do Sindicato, enfrentar grileiros, apontar os assassinos de seus companhei-ros de luta e, principalmente, denunciar o fazendeiro e empresário madeireiro, José Décio Barroso Nunes, o Delsão, mandante da morte de Dezinho, é que Joelma teme por sua vida. Ela e nós todos esperamos provi-dências do Governo Federal, já que, segundo relato dos sindicalistas, os poderes locais constituídos não merecem total confiança.

“Vou dizer ao Lula que as providências têm que ser tomadas agora, enquanto estamos vivos, e não depois que matarem a Joelma e outros companheiros! Se as coisas não mudarem, e já, vocês ainda vão voltar aqui para fazer a reportagem sobre a minha morte”.

Agradeço a todos a atenção, Sr. Presidente.O SR. WILSON CIGNACHI (PMDB-RS. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, recebi expediente do Secretário da Saúde do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, em que informa ter o Ministério da Saúde acu-mulado débitos com o Estado por causa de repasses a menor feitos àquela rede estadual de atendimento médico-hospitalar.

O Secretário registra que o Estado do Rio Gran-de do Sul vem sacando recursos do já combalido Te-souro Estadual para tapar o furo mensal nos repasses federais e que esse déficit assume agora proporção insuportável. Segundo Osmar Terra, já são de 6,7 mi-lhões de reais por mês o montante de recursos que o Estado têm de disponibilizar, o que seria obrigação do Governo Federal, para “tapar esse furo” nos repasses do

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SUS para o Rio Grande. O Secretário da Saúde alerta ainda para o fato de que, se não houver modificação dos valores do teto estadual repassados pelo Minis-tério da Saúde, já a partir de maio os recursos para a rede pública hospitalar e laboratorial serão menores, com prejuízo da qualidade dos serviços prestados à população gaúcha.

Osmar Terra também informa que o Estado do Rio Grande do Sul assumiu a gestão plena da saú-de em outubro de 2003, com a promessa de que os valores do repasse seriam reavaliados pelo Minis-tério, no máximo até março de 2004. É importante salientar que os repasses do Ministério da Saúde são obrigatórios, feitos fundo a fundo, desde quan-do o Sistema Único de Saúde foi criado, na década de 90, e devem cobrir todo o atendimento médico, hospitalar, ambulatorial e laboratorial em cada Es-tado brasileiro.

Pela relevância do assunto, encaminho anexa, para constar dos Anais da Casa, cópia do expediente enviado no dia 17 de março de 2005 pelo Secretário da Saúde do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com o levantamento dos repasses feitos pelo Mi-nistério da Saúde à rede de atendimento médico-hos-pitalar do Estado.

O meu Estado do Rio Grande do Sul, que tem o maior PIB per capita em exportação da Nação, tendo à frente o Governador Germano Rigotto, vem buscando a contrapartida da Lei Kandir, que desonerou produtos para exportação. Só em 2003, a compensação de 1,013 bilhão é devida pelo Tesouro Nacional ao meu Estado. Isso vem penalizando a população gaúcha, que espera pelos investimentos em infra-estrutura pública e pela prestação dos serviços próprios do Estado.

Agora, depois da ocorrência de uma das maiores secas da história do Rio Grande do Sul, a população sofre a ameaça da precarização dos serviços de saú-de por causa de repasses a menor ao SUS Estadual pelo Ministério da Saúde.

Manifesto a minha preocupação quanto à gravi-dade da situação relatada pelo Secretário da Saúde do meu Estado e espero que o Ministro Humberto Costa, com a sua equipe, reavalie os valores dos repasses feitos para a rede de atendimento médico-hospitalar do Rio Grande do Sul.

O povo gaúcho não pode ser penalizado naquilo que lhe é essencial: o atendimento à saúde.

Muito obrigado.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR:

Of. Gab. nº 217/05

Porto Alegre, 17 de março de 2005

Exmº SenhorWilson CignachiDD. Deputado FederalBrasília – DF

Senhor Deputado,O texto anexo é um levantamento feito pela Se-

cretaria Estadual de Saúde dos repasses feitos pelo Ministério da Saúde ao atendimento médico-hospitalar do Rio grande do Sul.

Importante frisar que esses repasses são obri-gatórios, feitos fundo a fundo, desde o momento em que o SUS foi criado, na década de 90, e devem cobrir todo o atendimento médico, hospitalar, ambulatorial do SUS em cada estado brasileiro.

No caso do Rio Grande do Sul já acontecia um déficit nos repasses feitos pelo Ministério da Saúde na gestão anterior, déficit esse que agora se agravou.

Desde que o estado assumiu a gestão plena, em outubro de 2003, recebemos a promessa de que os valores do repasse seriam reavaliados, no máximo até março de 2004.

Apesar de várias vezes solicitada ao Ministro e à Secretaria responsável do Ministério essa reavalia-ção não aconteceu e hoje, na prática, estamos tirando recursos do já combalido tesouro estadual para tapar furo mensal dos repasses federais. Este déficit assu-me agora uma proporção insuportável para os cofres estaduais. Já são R$6.657.610,05 por mês (explicado em detalhe no ofício e planilhas anexas) que o esta-do tem que disponibilizar, e que seriam obrigação do Governo Federal, para “tapar esse furo” nos repasses do SUS para o Rio Grande. Fizemos esse sacrifício, até agora, retirando recursos de outros programas estaduais, em respeito à extensa e competente rede de prestadores de serviços existentes no Rio Grande na área da saúde.

Porém tal situação chegou ao limite da nossa capacidade. Não temos mais condição de continuar cobrindo esse déficit dos recursos federais. Caso não haja uma modificação dos valores do teto estadual, repassado pelo Ministério, nos próximos 30 dias, já a partir de maio os recursos para a rede hospitalar e laboratorial serão menores, o que certamente preju-dicará os serviços prestados.

Contamos com o vosso apoio e com o apoio de toda a sociedade gaúcha para resolver essa questão de forma satisfatória, junto ao Ministério da Saúde e ao Governo Federal.

Atenciosamente, – Osmar Gasparini Terra, Se-cretário de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.

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A SRA. ALMERINDA DE CARVALHO (PMDB-RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, antes de minha atividade parlamentar, sempre estive envolvida com a causa da educação, em especial das crianças carentes nos primeiros anos de vida.

Assim, sempre que tenho oportunidade, ocupo esta tribuna para defender e lutar pela melhoria das condições do ensino em todos os níveis.

Tive a oportunidade de manifestar-me de forma elogiosa ao Presidente Fernando Henrique Cardoso pela destinação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental – FUN-DEF em virtude da necessidade de se criar um fundo que amparasse não só o ensino fundamental, como também o infantil.

Consciente da dificuldade do nosso povo e do preço elevado das mensalidades escolares na infância, discute-se no Governo Federal a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB, visando amparar e cumprir a previsão constitucional da educação como direito de todos e dever do Estado e da família.

Em que pese tratar-se de um direito constitucio-nalmente previsto, as divergências dentro do próprio Governo vêm criando obstáculo para a criação e a efetiva aplicação do fundo.

Nesse particular, destaco trecho da matéria veicu-lada no jornal O Globo do dia 1º de abril de 2005, página 2, sob o título A Briga do Fundeb, que comenta:

“A queda-de-braço entre o Ministério da Educação e da Fazenda em torno da cria-ção do FUNDEB está longe de terminar. Em algum momento, terá que ser arbitrada pelo próprio Presidente Lula. Serão necessários R$4 bilhões, nos próximos quatro anos, para capitalizar o fundo destinado a financiar o en-sino infantil, a melhora da qualidade no ensino fundamental e a expansão do segundo grau. Sem isso, entende o Ministro Tarso Genro, não haverá salto algum na educação brasileira a médio prazo. Crianças que só chegam à escola aos 7 anos, vencida a idade essencial para a socialização e a introdução ao conhecimento, não irão longe.

Menos ainda se a escola básica continuar ruim. E há o gargalo do segundo grau, gerado pela recente expansão do ensino fundamen-tal. Mas tanto dinheiro a área econômica não está disposta a ceder, havendo o compromisso com o superávit elevado, mesmo sem acordo com o FMI”.

Diante dessa situação, quero aqui fazer um apelo a S.Exa., o Presidente da República Luiz Inácio Lula

da Silva, para que adote medidas imediatas no sentido de levar a termo a criação do FUNDEB, pois a edu-cação infantil, em especial daquelas crianças cujos pais não podem pagar uma escola particular, além da previsão constitucional, foi sempre uma preocupação de S.Exa.

Muito obrigada.O SR. VANDERLEI ASSIS (PP-SP. Pronuncia

o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, uma das mais importantes categorias li-gadas à saúde em nosso País comemora, neste mês de abril, os 41 anos de criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Odontologia. A data será assinalada em solenidade no Rio de Janeiro, durante a qual seis cirurgiões-dentistas receberão a Medalha de Honra ao Mérito Odontológico Nacional.

Já tive ensejo de dizer aqui que o indicador mais preciso da exclusão social é a precariedade da saúde bucal da população e que o Brasil não tem motivos para se orgulhar nessa área.

É inegável, entretanto, que os 195 mil cirurgiões-dentistas e 50 mil técnicos e auxiliares registrados no País têm realizado um esforço para reverter tal situação, inclusive doando parte de seu tempo para um serviço público da maior expressão, a Semana Nacional de Saúde Bucal. Realizado anualmente em torno de 25 de outubro, quando se comemora o Dia do Cirurgião Dentista, esse evento abrange atividades em todos os Estados e no ano passado foi destacado, nesta Casa, durante sessão solene por mim requerida.

Percebe-se, pela Semana de Saúde Bucal e por outras iniciativas relevantes, que o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Odontologia vão além de suas finalidades de supervisão da ética odontológica e defesa profissional, estimulando o trabalho comunitário e preocupando-se efetivamente com o bem-estar dos brasileiros. Por isso registro com júbilo o aniversário de criação dessas entidades, que se deu por meio da Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964.

Meus cumprimentos ao Presidente do Conselho Federal, Miguel Álvaro Santiago Nobre, a seus com-panheiros de diretoria, aos dirigentes dos Conselhos Regionais e a todos os odontólogos brasileiros.

Também desejo parabenizar os cirurgiões-den-tistas João Baptista Gonçalves, Orlando Limongi, Ra-phael Baldacci Filho, Roberto Paulo Correia de Araújo, Roberto Schirmer Wilhelm e Sílvio Nascimento Gual-berto, que durante a festa de aniversário dos Conse-lhos, marcada para o dia 15, serão homenageados com medalhas por relevantes serviços prestados no campo da saúde bucal. Certamente, um dos melhores momentos na vida de qualquer profissional é aquele em

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que recebe o reconhecimento sincero de seus pares, como ocorre agora com esses agraciados.

Para concluir, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, manifesto minha expectativa de que a preocu-pação demonstrada pelos profissionais da Odontologia com a melhora da saúde bucal dos brasileiros se espa-lhe por toda a sociedade, de tal forma que possamos combater e superar, em poucos anos, esse grande infortúnio nacional.

Sr. Presidente, gostaria de aproveitar para dizer que a saúde bucal é o indicador mais preciso de exclu-são social do nosso País. Daí a importância que temos que dar aos profissionais da Odontologia.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao Sr. Deputado Antonio Carlos Men-des Thame.

DISCURSO DO SR. DEPUTADO ANTO-NIO CARLOS MENDES THAME QUE, EN-TREGUE À REVISÃO DO ORADOR, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, que-ro lembrar que hoje representantes da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas – COBAP esteve com o Ministro da Previdência Social, Romero Jucá, para pedir que o reajuste dos aposentados seja igual ao do salário mínimo. Estiveram também com o Presidente da República em exercício, José Alencar, e com o Presidente desta Casa, Deputado Severino Cavalcanti, para demonstrar sua insatisfação.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para pedir a transcrição de uma carta da Fênix – Movimento de Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de São Paulo, que reclama que o reajuste para aposentados e pensionistas seja igual ao do salário mínimo, com base em projeto de lei que apresentamos a esta Casa.

Obrigado, Sr. Presidente.

CARTA A QUE SE REFERE O ORA-DOR:

São Paulo, 13 de abril de 2005

AoExcelentíssimo Deputado FederalDr. Arnaldo Faria de SáBrasília / DF

Prezado Senhor:A Fênix – Movimento de Trabalhadores Aposenta-

dos e Pensionistas de São Paulo, representando 17.126 associados, tomou conhecimento do Projeto de Lei nº

4.770 de 2005, elaborado por Vossa Excelência, que diz respeito ao reajustamento dos benefícios a partir de maio de 2005, com valor igual ao índice aplicado no Salário Mínimo, ou seja, 15,38%.

Entrando em vigor este Projeto, será feita justiça aos aposentados e pensionistas que há muitos anos estão esperando por esse acerto, para que possam ter um padrão de vida melhor, condizente as contribuições que fizeram ao INSS.

Com o projeto de vossa Excelência, os aposen-tados e pensionistas não precisarão entrar nesta triste jogada de empréstimo bancário para pagamento de dívidas, que no final das contas, servirá somente para afundar aqueles que já estão no fundo do poço. Esse empréstimo é mais um engodo.

Está na hora de justiça; está na hora de uma ava-liação por parte do Governo e de pagar o que devem para nossa categoria, o que está em torno de aproxi-madamente 50%

Parabéns Dr. Arnaldo Faria de Sá por sua inicia-tiva a favor dos aposentados e pensionistas; nossa Associação sente-se orgulhosa de ter um Deputado Federal por São Paulo, que em momento algum, nos deixou de lado.

Sendo o que tínhamos para o momento, agrade-cemos mais uma vez pela luta firmando-nos.

Atenciosamente, – Mercedes Lopes Mendes, Presidente. – Walter Vicentini, Tesoureiro.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem, para denunciar um fato gravíssimo que está se sucedendo agora.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-te, não apenas recebi informação por telefone sobre o que vou relatar, como também passei em frente ao local, o Ministério da Fazenda, que se encontra total-mente ocupado por uma facção dos chamados traba-lhadores sem-teto.

Os 5 andares do Ministério estão ocupados. Os trabalhadores controlam a entrada e a saída do prédio e intimaram, já que o Ministro não está em Brasília, o Secretário-Geral do Ministério para que agora, às 14h30min, compareça a uma reunião com eles, na qual irão deliberar que caminho seguir.

A nossa geração, mais velha, teve a oportuni-dade de assistir, na história do Brasil, à baderna, ao desrespeito à lei e à autoridade constituída, o que não levou à lugar nenhum. Chamo a atenção para o fato de que quem está denunciando essa agressão é um Deputado de oposição. Não vi nenhum Deputado da base do Governo ou do Partido dos Trabalhadores

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preocupados com a situação que ora se desenrola no Ministério da Fazenda.

O desrespeito à autoridade constituída jamais levou, na história deste País, à nenhuma solução de controvérsias ou problemas. É preciso que o Presidente da República reaja, de acordo com o que consta na lei, para restabelecer a ordem e o controle em propriedade do Estado e do povo brasileiro.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Depu-tado Antonio Carlos Pannunzio, a denúncia de V.Exa. é grave. Tenho certeza de que o Governo tomará as providências necessárias para a manutenção da ordem, sobretudo em um órgão como o Ministério da Fazenda. Em qualquer outro órgão tem que haver a preservação da ordem para que o direito de ir e vir, de participação, seja assegurado a todo o povo brasileiro.

Esta denúncia é grave, repito, e precisa ser ime-diatamente, dentro da lei, coibida pelas autoridades constituídas do País.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Jorge Gomes.

O SR. JORGE GOMES (PSB-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, a população pernambucana está visivelmente preocupada e se sentido incapaz de arcar com o au-mento das tarifas da energia elétrica que se aproxima. O comércio e as indústrias já assinalam o repasse dos custos para os seus consumidores e usuários, enquanto as pessoas físicas se sentem ameaçadas com o retor-no do apagão, desta feita por conta da impossibilidade financeira de assumir tal despesa.

Hoje estava marcada uma audiência pública, no Recife, convocada pela Aneel para definir o tamanho do índice de reajuste aos quais serão ainda acrescen-tados os impostos. Essa audiência, após seu início, foi suspensa em virtude dos protestos e tumultos genera-lizados, sobretudo por conta da dificuldade de acesso à palavra, de representantes de comunidades.

A situação de Pernambuco é a imagem do alto grau de penalização à qual estão submetidos os per-nambucanos, reféns de uma política de privatização perversa do patrimônio do Estado. No caso específico, a Companhia Energética de Pernambuco – Celpe.

A desenfreada e mal formulada política de privati-zação do Governo FHC, prontamente encampada pelo Governador Jarbas Vasconcelos, previa a obrigatorie-dade da construção de uma termelétrica cuja energia deveria ser adquirida pela Celpe. O absurdo da questão é o que; quem comprou a Celpe – o grupo espanhol Iberdrola, o mesmo que construiu a termelétrica.

O que se configurou, então, foi um grande negó-cio para os espanhóis que têm um risco zero à custa, é claro, dos consumidores. Vale lembrar que, desde maio

de 2004, a Celpe compra da Termopernambuco 1 MW/h a R$137,83 enquanto a Chesf vende a R$60,00. É uma prova inconteste da contradição assumida pelos Governos Fernando Henrique e Jarbas Vasconcelos com o modelo neoliberal que defende o mercado livre com seus riscos inerentes.

Não dá para aceitar a constatação de que, em nenhum momento, a Celpe/Termopernambuco, a Aneel e o Governo incluíram na discussão a possibilidade de rever as margens de lucro. Mais uma vez, contradito-riamente, propõem a quebra do contrato que não se coaduna com a lógica de mercado.

Essa situação, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, deve servir de alerta às futuras contratações via par-ceria público-privada.

Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Não é sempre que uma entidade civil atravessa as décadas. E mais raro ainda é atravessá-las no pleno exercício das suas atividades. Este é o caso da Asso-ciação Comercial e Industrial de Caruaru – ACIC, que, fundada em 4 de abril de 1920, chega aos 85 anos de vida com a vitalidade própria da juventude.

Cumprindo fielmente os seus objetivos estatutá-rios, a ACIC vem unindo os segmentos empresariais de Caruaru na busca do desenvolvimento local e re-gional, além de preocupar-se com o aprimoramento profissional, não só dos empresários, mas também dos seus empregados. Se Caruaru é hoje uma das mais promissoras cidades do interior do Nordeste, muito se deve à atuação marcante da Acic ao longo de todo esse tempo.

Nos últimos anos, em sintonia com as novas exi-gências colocadas pelo progresso tecnológico geren-cial, a ACIC renovou a sua diretoria, hoje composta por jovens empresários com visão do futuro. Nesse sentido, a mudança na estrutura física da entidade, que passou por uma completa reforma, apenas foi um elemento simbólico do dinamismo impresso nas suas ações. Sua portentosa dimensão pode ser avaliada pelo maior vo-lume de serviços aos seus associados, que somam 600 membros, e pela reunião de setores como comércio, indústria, serviços e profissionais liberais.

Na oportunidade em que comemora os seus 85 anos, a Acic junta uma festa a outra, ao fazer uma justa homenagem ao empresário Douglas Cintra, conceden-do-lhe o título de Sócio Benemérito. Douglas é formado em administração de empresas e pós-graduado pela Universidade de São Paulo; foi Secretário de Desen-volvimento, Produção e Abastecimento de Caruaru, na gestão do Prefeito José Queiroz; foi também Presi-dente do Núcleo Especial do Jovem Executivo – NEJE, em Caruaru, Vice-Presidente da Acic e Presidente da

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Federação das Associações Comerciais do Estado de Pernambuco – FACEPE, em duas gestões.

A entidade aniversariante e o empresário home-nageado merecem toda a consideração dos carua-ruenses e dos pernambucanos, pela folha de serviços prestados ao desenvolvimento regional e pela capaci-dade de trabalho que ambos conseguem demonstrar cada dia mais.

A eles, estendo as minhas mais sinceras con-gratulações.

Finalmente, Sr. Presidente, o Comitê da Bacia do Ipojuca, que congrega 20 Municípios de Pernambuco e reúne mais de 120 representantes do Poder Públi-co e da sociedade civil, realizou segunda-feira pas-sada, dia 12 de abril, o 1º Encontro dos Prefeitos dos Municípios Integrantes da Bacia. Esse encontro teve como objetivo tratar do desenvolvimento de ações de interesse comum como a cobrança pelo uso da água, projetos e programas para a bacia e o fortalecimento do próprio Comitê.

Um fato que quero registrar é a participação ex-pressiva dos Prefeitos naquele Encontro, o que deve, com certeza, fazer da ocasião um marco na trajetória do Comitê pelo compromisso assumido de fortalecer ações integradas para a revitalização da Bacia do Rio Ipojuca. Quero lembrar que, no último 22 de março, Dia Mundial da Água, apresentei nesta tribuna as dificul-dades enfrentadas por aquele Comitê para fazer valer a sua voz e as suas justas reivindicações na busca da preservação do rio e do seu entorno.

Como convidado do 1º Encontro, fato que muito me gratifica, assumi, durante a reunião, o compro-misso de atuar no Ministério do Meio Ambiente e na Secretaria Nacional de Recursos Hídricos no sentido de reativar projetos federais atualmente engavetados e solicitar dos Srs. Deputados e das Sras. Deputadas, o que faço nesta oportunidade, a colaboração e o empenho necessários para fortalecer e reconhecer o trabalho meritório do Comitê pela revitalização do Rio Ipojuca.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que autorize a di-vulgação do meu pronunciamento nos meios de co-municação da Casa.

Muito obrigado.O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PL-MG. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, sou da base do Governo, mas não compartilho da preocupação do Deputado Pannunzio. Não há pro-blema algum, nobre Deputado Pannunzio. O pessoal está lá no Ministério da Agricultura porque se sente em casa. A casa do MST é a minha casa, a sua casa, a empresa, esta Casa. Hoje, eles receberam um fôle-

go tremendo aqui e foram para lá. Amanhã, vão para o Palácio do Planalto, e nada é feito.

Minha casa também pode ser invadida pelo MST, porque fazendas, fábricas, empresas, Ministérios e pré-dios são invadidos e nada acontece. Vamos ficar des-preocupados, porque eles estão em casa; o Brasil é a casa deles. Do jeito que a coisa anda, eles podem fazer o que quiserem e da forma que desejarem. Infelizmen-te, tenho que dizer isso, já que nenhuma providência é tomada. O que está acontecendo é brincadeira.

Desculpe-me ironizar, Deputado Antonio Carlos Pannunzio.

O Sr. Antonio Carlos Pannunzio – Sr. Deputado, talvez seja porque é o Ministério da Fazenda.

(O Sr. Presidente faz soar as campainhas.)O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Os

únicos momentos da sessão em que não pode haver apartes é no Pequeno Expediente e nas Comunica-ções Parlamentares.

O SR. LINCOLN PORTELA – Sr. Presidente, obrigado.

Obrigado a V.Exa., Deputado Antonio Carlos Pannunzio. Isso é brincadeira.

É preciso que providências sejam tomadas. As coisas devem ter limites, não podem ser assim. Preci-samos promover uma reforma agrária de maneira sé-ria. O Governo está tentando promover essa reforma agrária de maneira séria, mas providências precisam ser tomadas. Não podemos permitir que essa bagun-ça continue instalada da maneira como está. Há limite para tudo.

Sr. Presidente, continuo muito preocupado com a questão da reforma política. Debates estão aconte-cendo, graças a Deus, fora desta Casa. Até então, os debates ocorriam apenas no Congresso. Minha preocu-pação é com o chamado financiamento público de cam-panhas. Por quê? Porque no financiamento público de campanhas vamos gastar do Erário, aproximadamente, 850 milhões de reais numa eleição. Vejam bem, Sras. e Srs. Deputados, são 850 milhões mais aproximada-mente 130 milhões de reais por ano de fundo partidário. Isso, ao fim de 4 anos, se houver apenas uma eleição – o que não acontece, porque não há coincidência de eleições —, vai resultar aproximadamente em 1 bilhão, 400 milhões de reais ou 1 bilhão, 350 milhões de reais a cada eleição. Há limite para isso!

De onde virá esse dinheiro? Não pode ser tirado dos cofres públicos sem que haja uma compensação. O Governo não vai simplesmente desembolsar mais 820 milhões de reais, em média, de 2 em 2 anos, por-que esse dinheiro não se destina apenas à eleição de Deputados Federais, Senadores, Governadores e Presidentes, mas também à eleição de Vereadores e

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Prefeitos. Então, esses 820 milhões de reais dobram para 1 bilhão, 640 milhões de reais. Esse 1 bilhão, 640 milhões mais os mais de 400 milhões resultam, em média, em 2 bilhões, 100 milhões ou 2 bilhões, 200 milhões de reais. De onde sairá esse dinheiro? E neste momento estamos falando muito sobre carga tributária e impostos pesados no Brasil.

Diz-se por aí que o financiamento público de campanha vai moralizar a campanha política brasilei-ra. Isso é brincadeira, é história de carochinha, é dizer que Papai Noel existe. Isso não vai moralizar nunca. Por quê? De acordo com a reforma política, por 3 anos e meio, tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem contribuir com os partidos, repito, pessoas físicas e pessoas jurídicas podem contribuir por 3 anos e meio. Só não podem contribuir 6 meses antes, porque esse é o tempo da moralização. Por 6 meses, nem pessoa física nem pessoa jurídica vão poder contribuir com os partidos, a não ser os filiados, que já contribuem. Que falsa moralização!

É preciso rever isso. Todas as pesquisas mostram, de maneira clara, contundente e insofismável, que a Na-ção é contra o financiamento público de campanha.

Talvez alguém diga: você está pregando contra si próprio. Estou. Mas como se está propondo o finan-ciamento público de campanha não vai moralizar; o caixa 2, o caixa 3 e o caixa 4 vão continuar da mesma maneira. São 4 anos de contribuição, fundo partidário, mais financiamento público de campanha.

Precisamos repensar a questão da reforma po-lítica. É necessário que ela aconteça, mas com muito juízo e competência.

Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Os disparos ocorridos a esmo que deixaram um saldo de 30 mortos no Rio de Ja-neiro, entre os quais crianças inocentes e donas de casa, mostra-nos com evidência a situação crítica a que chegou a segurança pública no Brasil.

Tal barbárie, como já comprovado pelas investi-gações, foi praticada por policiais militares insatisfeitos com algumas investigações internas, determinadas por superiores.

Tamanha brutalidade nos dá as dimensões a que chegou o envolvimento de alguns setores da polícia com o crime. E a reação à ameaça de que possam vir responder por seus atos os faz reagir de forma ater-rorizante, deixando a opinião pública brasileira e inter-nacional horrorizada e perplexa. Parece que honrar a farda e cumprir fielmente os preceitos definidos pelas instituições faz parte do passado.

O agravamento do quadro da segurança pública brasileira tem causado ao País transtornos e descré-dito total nas suas instituições de defesa.

Muitas tentativas têm sido realizadas na busca de novos caminhos e soluções. Mesmo seriamente envolvidas nessa guerra incansável contra bandos de narcotraficantes e assassinos perversos e organizados, as instituições policiais não têm sido capazes de evitar o contágio de muitos de seus representantes.

Trata-se de uma situação inquietante, um verda-deiro atentado terrorista. Vidas não são mais poupadas e qualquer um pode ser o próximo alvo.

Sr. Presidente, a segurança pública brasileira está desfalecida e é preciso a realização de uma grande obra para que venha realmente proporcionar segu-rança. Medidas corajosas, coordenadas e planejadas precisam ser efetivadas. Não bastam apenas recursos financeiros, mas verdadeiras ações de cunho social.

Muito obrigado.O SR. NILTON CAPIXABA (PTB-RO. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Estado de Rondônia, com uma extensão territorial de 238.512 quilômetros quadrados, possui uma malha viária total de 5.668 quilômetros, entre es-tradas federais e estaduais. As estradas pavimentadas alcançam 1.922 quilômetros e as com revestimento primário somam 3.712 quilômetros.

Apesar de a “espinha dorsal” do sistema viário de Rondônia, a BR-364, ser uma estrada federal asfalta-da em todo o percurso desde Vilhena a Porto Velho, transformou-se em um perigoso trecho a ser vencido. Com o início do transporte da soja da região produto-ra do Estado de Mato Grosso (Sapezal) em carretas que transportam até 30 toneladas os danos causados são enormes.

É importante destacar que a BR-364 tem uma grande importância no caráter de regionalidade. É ela que permite a chegada de todos os gêneros ao Estado do Acre, desde alimentos, medicamentos, materiais de construção e outros. Permite a interligação (via fluvial) com o Estado do Amazonas até Manaus e dali, via ro-doviária, até o Estado de Roraima.

Com a intensidade do período chuvoso que co-meça entre setembro e outubro até os meses de março e abril, é fácil imaginar a destruição que as torrenciais chuvas causaram principalmente nas estradas com re-vestimento primário, que representam 65% do total, e também no precário asfalto da BR-364.

A BR-429, por exemplo, que interliga o Municí-pio de Presidente Médici a Costa Marques, tem uma extensão de 346 quilômetros e constitui-se em uma verdadeira armadilha. A BR-429 tem um contrato de conservação com o Governo do Estado de Rondônia. Ela dá conectividade aos Municípios de Presidente Mé-dici–Alvorada do Oeste (53 quilômetros), Alvorada–São Miguel do Guaporé (69 quilômetros), São Miguel–Serin-

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gueiras (39 quilômetros), Seringueiras–São Francisco (59 quilômetros) e São Francisco–Costa Marques (126 quilômetros). Apenas os 18 quilômetros iniciais, saindo de Presidente Médici, tem o piso asfaltado. Todos os outros trechos são em estrada de piso sem revestimen-to. É freqüente a falta de condições para o transporte de mercadorias, cargas perecíveis e medicamentos; para o escoamento da produção agrícola e também para o transporte de pessoas. A Rodovia BR-429 é, sem dúvida, a pior coleção de trechos intransponíveis, de sofrimento, de custos e prejuízos.

Uma outra estrada, a BR-421, também federal, como a BR-429, promove a interligação de Ariquemes a Monte Negro, com um trecho de 20 quilômetros as-faltados. A penetração Monte Negro–Buritis e seu re-torno sem asfalto conduz a Campo Novo de Rondônia, com um trecho asfaltado de 15 quilômetros. De Campo Novo a Jacinópolis e dali até Nova Mamoré, vizinha a Guajará-Mirim, é um verdadeiro “caminho de serviço”, numa extensão total de 390 quilômetros.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há um mês, o engenheiro Júlio Miranda assumiu, em Rondô-nia, a chefia da Unidade de Infra-Estrutura Terrestre – UNIT, que é vinculada ao Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, do Ministé-rio dos Transportes. As informações que compõem a minha breve comunicação foram fornecidas pelo Sr. Alexandre Figueiras, da UNIT, que alertou que dada a recente posse do engenheiro Júlio Miranda, ele ain-da não está em condições de adiantar quais serão as suas propostas e prioridades para promover uma rá-pida melhoria da malha viária de meu Estado.

Solicito um empenho especial do Exmo. Sr. Mi-nistro dos Transportes, Alfredo Nascimento, no senti-do de que autorize a liberação dos recursos para as obras de construção e recuperação da malha federal em Rondônia no início do período de estiagem, para possibilitar a execução dos trabalhos. O Ministro Alfre-do Nascimento, como um homem da Amazônia, bem sabe que o ano de trabalho rodoviário na região tem apenas 6 meses, o período da estiagem.

Aproveito a oportunidade para expressar meus votos de uma feliz e bem-sucedida administração da UNIT, agora comandada pelo engenheiro Júlio Miranda; que a unidade venha a favorecer os produtores rurais, os comerciantes e a sociedade de Rondônia.

Muito obrigado.O SR. PASTOR FRANKEMBERGEN (PTB-RR.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, foi com imensa alegria que, no dia 1º de abril, participei de um evento ímpar ocorrido em Boa Vista, a Capital de meu Estado, Roraima.

O evento, um workshop realizado pela nossa fi-lial da ELETRONORTE, financiado e incentivado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, enfo-cou o tema Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação com o intuito de fomentar projetos de pes-quisa no norte do País.

Há muito a ELETRONORTE vem promovendo ações as mais dignas, realmente merecedoras de nosso aplauso e reconhecimento. Com a realização desse workshop, essa empresa nos provou, mais uma vez, a capacidade em interagir sociedade, Estados e instituições na busca de um bem comum: o desenvol-vimento regional.

O programa de pesquisa pretende incentivar instituições de ensino e centros de pesquisa para que desenvolvam e invistam em projetos de pesquisa que visam melhorar a capacidade produtiva, a alocação de energia, a operação e manutenção do sistema elétrico, além de apresentar soluções e melhorias para equi-pamentos, produtos e serviços e discutir inovações tecnológicas. Desenvolvendo projetos as instituições poderão participar do 5º Ciclo do Programa de Pes-quisa e Desenvolvimento – P&D, do Ministério de Mi-nas e Energia.

A Eletronorte já possui 2 programas que são de suma importância para o desenvolvimento da Região Norte: Programa Eletronorte de Pesquisa, Desenvolvi-mento Tecnológico e Inovação – PEPD e o Programa Eletronorte de Propriedade Intelectual – PEPI que pro-cura disseminar a cultura da propriedade intelectual, pouco difundida no Brasil.

O PEPD, vale ressaltar, investe na pesquisa e no desenvolvimento tecnológico na região amazôni-ca; otimiza os investimentos dos recursos existentes no mercado; fomenta as parcerias e, principalmente, preza pelo compartilhamento de conhecimentos entre os Estados da região amazônica.

Por essas ações e pela dedicação da Eletronor-te, o Ciclo de Programa de Pesquisa já vem colhendo bons frutos na região amazônica.

Para citar apenas um bom exemplo do sucesso desse empreendimento, lembro a parceria criada entre os Estados do Pará, Amazonas e Acre para a produção do biodiesel de óleo de buriti em larga escala, que irá, a princípio, abastecer a frota de ônibus do Acre.

Logo que foi implementado, poucos foram os Esta-dos e as instituições da Amazônia que participaram do ciclo e apresentaram projetos de pesquisa, desenvol-vimento e inovação tecnológica. Entretanto, o ciclo foi sendo difundido e, no ano passado, houve um aumento considerável de projetos entregues pelas instituições de ensino e pesquisa dos Estados amazônicos.

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A estimativa para este ano é que haja um au-mento de mais 25% nesse número. Tudo isso graças ao trabalho sistemático de apoio da ELETRONORTE, que procura disseminar as etapas e os propósitos do ciclo e auxiliar na formatação de projetos.

Essa é uma realidade atual e, sem dúvida ne-nhuma, novos talentos serão reconhecidos e novos projetos serão aprovados e executados, com vistas a garantir o desenvolvimento tecnológico da Região Norte e do Brasil.

A Eletronorte abraçou, como mais uma de suas missões, divulgar esse Ciclo de Pesquisa, Desenvol-vimento e Inovação, pois luta e acredita no progresso científico e tecnológico da Região Norte.

Para o atual ciclo estão sendo disponibilizados R$35 milhões para pesquisa, o que significa que vá-rios projetos poderão ser executados se aprovados pela Aneel.

Sempre preocupada com o bem-estar da popula-ção da Região Norte, a ELETRONORTE estabeleceu uma nova regra para beneficiar os Estados da Ama-zônia: todos os projetos aprovados que não forem de autoria de instituições da região deverão ser desenvol-vidos em parceria com as instituições locais.

Deixo registrado palavras de reconhecimento a um órgão que, efetivamente, contribui para o engran-decimento de toda a região amazônica, em especial para o engrandecimento da sociedade roraimense; a um órgão verdadeiramente útil à comunidade e que se preocupa em aperfeiçoar-se e melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços que presta aos seus clientes. Excelente a iniciativa de promover esse workshop, que, sem dúvida, muito beneficiará a região.

Parabéns à Eletronorte. Parabéns também ao Ministério de Minas e Energia e à Aneel, pela mara-vilhosa iniciativa do Ciclo de Pesquisas, Desenvolvi-mento e Inovação.

Era o que tinha a dizer.Obrigado.O SR. EDUARDO SCIARRA (PFL – PR. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro, com alegria, que no último dia 8 de abril, em Foz do Iguaçu, foi criada a Confederação Brasileira dos Convention & Visitors Bureaux, formada pelas entidades representadas pela Federação Brasileira de Convention & Visitors Bureau, além das Federações dos Estados de Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná.

Gostaria, Sr. Presidente, de manifestar-me a respeito do que foi dito pelo nobre Deputado Antonio Carlos Pannunzio sobre a afronta às leis que tem sido praticada em nosso País pelo movimento dos sem-terra, com seguidas manifestações de desrespeito à legislação e ao Estado de Direito.

A invasão do Ministério da Fazenda, como foi relatado pelo Deputado Pannunzio, é apenas um dos muito casos em que o MST está envolvido. Hoje pela manhã tivemos uma sessão solene em homenagem à reforma agrária, com a presença de membros do MST. Aliás, acho que eles aproveitaram a mobilização na nossa Casa para promoverem essa invasão.

Já que o tema é este, registro, mais uma vez e com muita preocupação, a ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra com relação aos sem-terra. Foi feito um edital pela Superintendência Regional do Incra no Paraná, meu Estado, para a aqui-sição de lonas pretas. Sabemos que muitas das ces-tas básicas são adquiridas com recursos do Governo Federal, que são repassados para as ONGs. Algumas dessas organizações já estão com seus sigilos ban-cários quebrados pela CPMI da Terra no Congresso Nacional, pois muitos desses recursos são utilizados para a aquisição de cestas básicas que vão para os acampamentos.

Temos o dever de nos preocupar com a aplica-ção dos recursos públicos, pois a aquisição de lonas pretas pode ter a mesma finalidade: atender a pessoas que vivem em acampamentos à margem da lei. Aliás, o MST é um movimento que vive à margem da lei, não tem personalidade jurídica.

Tenho de reconhecer que tanto este Governo quanto o anterior têm sido condescendentes com o movimento dos sem-terra. Precisamos dar um basta nesta situação, até porque, no Brasil, a experiência de assentamento tem mostrado que existe verdadeira in-dústria por trás disso e o MST tem utilizado recursos públicos para promover a desordem no País.

Tivemos oportunidade de receber, esta semana, em Brasília, os Deputados Estaduais do Paraná – Dele-gado Bradock e Élio Rusch, respectivamente Relator e Presidente da CPI da Reforma Agrária na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná –, que vieram entre-gar o relatório final da CPI a autoridades, Ministros, Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, e expor aquilo que concluíram dos trabalhos, duran-te os quais os assuntos foram discutidos com grande profundidade. E, com certeza, no caso do Paraná, chegaram à conclusão de que não havia terras impro-dutivas para se fazer reforma agrária. Além disso, há necessidade de se emancipar aqueles já assentados, desligando-os do movimento, porque eles são utilizados como massa de manobra em novas invasões. Se os assentados pudessem ser emancipados por meio de um título das terras, não seriam obrigados a passar de invasão em invasão e engrossar esse movimento que, muitas vezes, utiliza-se dessas pessoas para continuar o processo de invasão de terras no País.

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Chegou-se também à conclusão de que é ne-cessária a figura do arrendatário de terras , para evi-tar o que tenho presenciado com muita freqüência no Paraná e que ocorre também no País inteiro: muitos assentados, sem vocação para trabalhar com a terra, acabam deixando sua terra, vendendo seus direitos e partindo para outra atividade.

Enfim, está na hora de dar um basta a esta bagun-ça que é o MST, que não tem personalidade jurídica e se esconde por detrás de um movimento social. Sabe-mos o que esse movimento tem feito ao País, como é o caso da invasão hoje no Ministério da Fazenda.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. JOÃO GRANDÃO (PT – MS. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, antes de abordar o tema do meu pronunciamento, quero lembrar ao Deputado que me antecedeu que, no Paraná, a Polícia prendeu pessoas envolvidas com milícias armadas e que tra-tavam trabalhadores como bandidos. Ao falar do MST e dos movimentos ligados à terra, deveria S.Exa. lem-brar-se de que, no Paraná, foram presas pessoas que cometeram vários ilícitos.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Depu-tados, é com tristeza que ocupo a tribuna desta Casa para falar sobre fato lamentável. Milhões de brasileiros assistiram ontem a uma das mais graves agressões contra o cidadão: a agressão racista, prática que a le-gislação brasileira tipifica como crime.

Na condição de integrante do Núcleo dos Par-lamentares Negros, Sr. Presidente, não poderia me furtar a falar sobre o episódio.

É comum em disputas esportivas em que existe o contato físico os atletas reagirem, algumas vezes, até de forma exacerbada, mas nada justifica atitudes racistas como aquela a que, pasmos, assistimos.

Ontem, como forma de provocação, o jogador argentino Leandro Desábato deu mostras de como não se deve agir, principalmente no âmbito esportivo, onde se espera que a disputa fique apenas no campo esportivo, jamais extrapolando para campo ideológico ou de racismo. Ele agrediu não só seu adversário, mas toda a comunidade negra brasileira.

A reação do jogador brasileiro Grafite, que acabou sendo alijado da partida, é plenamente justificável, em-bora não seja a mais correta. Mas quem de nós ficaria impassível diante de uma agressão moral?

Senhoras e senhores, também quero ressaltar a atitude da autoridade policial no cumprimento da lei: deteve o atleta argentino e o encaminhou à delegacia policial, onde foi registrado o crime e onde ficou detido o agressor. Leandro Desábato foi incurso no § 3º do art. 140 do Código Penal (injúria qualificada), cuja pena é

de um a três anos de detenção, com possibilidade de pagamento de fiança.

Quero parabenizar o atleta Grafite por ter manti-do a acusação, não aceitando que atitudes como a do jogador argentino se perpetuem, e à Justiça brasileira, que cumpriu à risca o seu papel.

Peço a V.Exa., Sr. Presidente, que determine a divulgação deste pronunciamento nos órgãos de co-municação da Casa.

Muito obrigado.O SR. RAFAEL GUERRA (PSDB-MG. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na qualidade de Presidente da Frente Parlamentar da Saúde, venho à tribuna, mais uma vez, preocupado com as questões relativas à saúde do Brasil.

Antes, no entanto, quero me associar às preocu-pações do Deputado Antonio Carlos Pannunzio e de outros oradores que me antecederam com a desordem e o desrespeito à lei, o que não pode ser aceito. Nós, Deputados de Oposição, queremos que o Governo faça cumprir a lei e mostre a que veio a sua autoridade e o seu papel no País.

Tenho procurado sempre manter o equilíbrio e, inclusive, contribuir com o Governo para que a saúde do nosso País melhore. Ainda nesta semana, a Frente Parlamentar da Saúde esteve com o Procurador-Geral da República, Dr. Claudio Fonteles, para solicitar-lhe que recomende ao Governo, mais uma vez, como fez em 2003, que cumpra a Constituição, porque esta-mos, novamente, vendo enorme prejuízo para o setor da saúde.

No ano passado, recebemos notificação do Tri-bunal de Contas da União, que aprovou as contas de 2003 com uma ressalva à saúde, informando ao Go-verno que faltavam 949 milhões de reais. Até hoje o Governo não se manifestou. Neste ano, para o Orça-mento de 2005, pelo próprio cálculo feito na propos-ta orçamentária, foi subestimada a avaliação do PIB e ficaram faltando mais 442 milhões. Ainda temos Restos a Pagar de 1 bilhão e 900 milhões de reais. E agora chegou ao Congresso projeto de lei que rema-neja 1 bilhão e 200 milhões de reais da saúde para o Bolsa-Família. Ora, a perda chega a quase 4 bilhões e 900 milhões de reais.

Pedimos ao Sr. Procurador e ao Tribunal de Con-tas que se manifestem. Vamos trabalhar na Comissão de Orçamento e em todos os setores para que a saúde não tenha esse prejuízo.

Em outra demonstração de que estamos contri-buindo com o País e fazendo oposição responsável, pelo bem do Brasil, foi a satisfação de ver o primeiro projeto – sobre consórcios públicos – de um Deputado de oposição ser sancionado pelo Presidente Lula.

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Trata-se de uma proposta de reforma de Estado para agilizar a administração pública em todos os níveis: União, Estados e Municípios. É uma proposta que in-depende de governo e de partido e que vai, sem dú-vida nenhuma, contribuir para aumentar a eficiência da administração pública.

Mas, infelizmente, também temos que às vezes denunciar atitudes incorretas sobretudo no nosso se-tor da saúde. Durante o período em que o Ministro da Saúde esteve em várias listas como um dos candidatos a ser demitido ou substituído, nada fizemos para defen-dê-lo nem para ajudar na sua demissão. Não cabe à Frente Parlamentar da Saúde esse papel. Não cabe a um Deputado de oposição como eu forçar nomeações ou demissões. Tivemos o máximo de equilíbrio.

Assistimos à intervenção no Rio de Janeiro. Não me manifestei por se tratar, no meu modo de ver, de questão que tem vários envolvimentos políticos. O partido do Ministro, do Governador, do Prefeito e do Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, que é o meu, estava envolvido nesse processo. A Frente Parlamentar evitou se posicionar, mas vários fatos que vêm ocorrendo não vão solucionar o problema do Estado.

Sr. Presidente, trago um documento que reputo da maior importância, que é uma nota oficial do Con-selho Nacional de Secretários de Saúde. Portanto, um órgão apartidário, que tem Secretários de Saúde dos Estados de todos os partidos.

Passo a ler nota oficial do Conass sobre a inter-venção no Rio de Janeiro:

“Os Secretários Estaduais de Saúde, reunidos em Assembléia Geral do Conselho Nacional de Secretá-rios de Saúde – CONASS – decidiram tornar pública sua opinião diante dos desdobramentos da crise na saúde no Município do Rio de Janeiro.

Em primeiro lugar, consideram que o mais im-portante é garantir um atendimento melhor para toda a população carioca.

Apesar de respeitarem a decisão, manifestam sua preocupação com a publicação do decreto pre-sidencial desabilitando o município da condição de ‘Gestão Plena do Sistema Municipal’, antes de serem esgotadas as possibilidades previstas nos ritos defi-nidos em instrumentos normativos do Sistema Único de Saúde – SUS.

Expressam sua preocupação quanto ao risco de que as medidas tomadas no Município do Rio de Ja-neiro passem a idéia de que o Ministério da Saúde e o SUS possuem recursos ilimitados para resolver esta emergência, enquanto faltam para suprir as necessi-dades mínimas da atenção à saúde da população nos demais municípios e nos estados.

Tal solução pode criar a falsa impressão de que centralizar decisões é melhor que descentralizar, quan-do sabemos que os avanços mais importantes da saúde pública do Brasil foram conquistados pela descentra-lização e a negociação entre os gestores municipais, estaduais e federal.

Finalmente o Conass reafirma sua posição de perseguir o fortalecimento das instâncias intergestoras de pactuação e construção de consensos, bem como as de controle social”.

Essa nota representa uma opinião apartidária, expressa a preocupação – que endosso – de que essa intervenção no Rio de Janeiro passe a impressão de-magógica à população de que se está resolvendo o problema.

Não podemos aceitar, por exemplo, que se queira dizer à população que hospitais de campanha, de lona vão solucionar os entraves da saúde brasileira.

É preciso que o Sr. Ministro da Saúde esteja do nosso lado na busca de recursos para a saúde e não tomando medidas emergenciais que, na verdade, não vão solucionar os problemas.

O SR. LUIZ CARREIRA (PFL-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, mesmo antes de chegar ao Congresso Nacio-nal, a proposta que estabelece regras para a gestão de florestas públicas, objeto do PL nº 4.776, de 2005, vem gerando uma enorme polêmica. Elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente para enfrentar o velho problema da exploração madeireira predatória na Ama-zônia, concentrada em áreas públicas, suscita dúvidas a respeito da capacidade de controle do Governo.

Criado pelo Governo FHC, o Plano Nacional de Florestas – PNF previa a exploração econômica de 25 milhões de hectares de florestas públicas na Amazônia pelo setor privado e comunidades locais por meio de concessões. Porém, não saiu do papel.

Entretanto, em maio do ano passado, foi anun-ciado, ao que parece por um dirigente do PNF, que a primeira experiência de concessão florestal seria divul-gada em poucas semanas. Como causou indignação da sociedade civil, já que a proposta do Governo an-terior não havia sido suficientemente discutida e dava ênfase às empresas madeireiras, colocando as popu-lações locais em desvantagem, o Ministério do Meio Ambiente respondeu que seria formada, em outubro passado, uma comissão coordenadora do PNF com ampla participação do setor público, setor produtivo e sociedade civil para revisar o plano, assim como o projeto de lei do Governo anterior, sobre o assunto, seria aperfeiçoado.

Na mesma época, o Ministério Público questionou planos de manejo autorizados no Pará, que respondem

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por 40% da produção madeireira da Amazônia, com documentação duvidosa ou insuficiente a respeito da posse da terra explorada. Como resposta, o Ibama re-forçou as ações de fiscalização na região, o que gerou diversas manifestações contrárias de madeireiros da região, como o fechamento de estradas e cárcere pri-vado de funcionários do Ibama, do Exército e da Policia Federal em Medicilândia, no Pará. Como desdobramen-to, o Governo anunciou a elaboração do projeto de lei sobre gestão e concessão de uso de florestas públicas, uma tentativa de garantir a soberania do Estado em relação a esse velho e conhecido problema.

Inicialmente, a idéia era regular as concessões para permitir exploração nas florestas nacionais por empresas privadas – categoria de Unidade de Conser-vação (UC) que tem como objetivo justamente o uso múltiplo dos recursos naturais –, federais, estaduais e municipais.

A proposta foi ampliada e atualmente trata não apenas das nacionais, mas de todas as florestas loca-lizadas em áreas públicas, com exceção, obviamente, das UCs de proteção integral, reservas extrativistas, reservas de desenvolvimento sustentável, terras in-dígenas e áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade brasileira, entre as quais as destinadas para a criação de UCs.

O projeto de lei, assim, se insere no âmbito do Pacote Verde, conjunto de propostas encaminhadas pelo Executivo no início do ano legislativo com o ob-jetivo de reformar o atual Código Florestal Brasileiro, em vigor desde 1965. O ponto mais polêmico do PL é a definição de critérios para a gestão sustentável de florestas públicas, que também modifica a estrutura do IBAMA, ao criar o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal.

Na verdade, o PL nº 4.776, de 2005, prevê, agora, a concessão de até 13 milhões de hectares de flores-tas, nos próximos 10 anos, para empresas brasileiras de grande porte, assentamentos da reforma agrária ou manejadores comunitários. A exploração deverá ser feita de forma sustentável por meio da criação de reservas extrativistas, projetos de assentamento florestal ou de projeto de desenvolvimento sustentável.

Assim, se por um lado o Governo ampliou a perspectiva de concessão para outras áreas públicas florestais que não apenas as Flonas, por outro esta-beleceu como princípio o “respeito aos direitos das comunidades locais, em especial às culturas tradicio-nais, ao acesso e aos benefícios derivados do uso e da conservação das florestas públicas”.

De acordo com o projeto, antes de definir as áre-as que serão colocadas em licitação para concessão, o Governo precisa identificar quais são as ocupadas

ou utilizadas por comunidades locais e destiná-las à criação de UCs de uso sustentável, como as reservas extrativistas ou de desenvolvimento sustentável, ou à concessão de uso por meio de projetos de assenta-mentos florestais ou de desenvolvimento sustentável e agroextrativistas, que podem ser exploradas por até 60 anos.

Além disso, o PL prevê também a possibilidade de o Poder Público reconhecer as posses de populações tradicionais em extensão limitada a 300 hectares por família, impedindo, portanto, as concessões dessas áreas. No entanto, não fica claro se o reconhecimen-to da posse será individual ou, como foi recomendado pelas ONGs e pelos movimentos sociais consultados, coletivo.

Se por um lado muitos pesquisadores e am-bientalistas acham que a concessão de áreas para o manejo florestal é uma alternativa importante para desenvolver algumas regiões da Amazônia de forma sustentável, freando tanto a exploração predatória quanto a grilagem de terras, por outro, a capacidade de controle do Estado sobre essas áreas é motivo de desconfiança.

Infelizmente, os últimos governos demonstraram que o Estado não foi eficiente em garantir algo muito mais simples: as reservas legais, parte de uma proprie-dade rural que deve obrigatoriamente ser destinada à conservação dos recursos naturais, previstas no Có-digo Florestal. E o atual não tem demonstrado eficácia na implementação do Plano de Combate ao Desmata-mento na Amazônia, lançado em março de 2004. Ne-nhum relatório oficial sobre o andamento do plano foi lançado até o momento, e os boatos, infelizmente, são de que o desmatamento entre março de 2004 e 2005 na região foi tão alto quanto o ano anterior.

O próprio Governo reconhece que uma premissa básica para o sucesso da iniciativa é a fiscalização da exploração ilegal de madeira, uma vez que a existência de madeira ilegal no mercado desestabiliza os preços e inviabiliza a exploração sustentável. Sem o controle público, a concorrência com aqueles que trabalham com madeira oriunda de desmatamento ilegal é desleal. A concorrência desleal também se estende às madei-reiras que trabalham com desmatamento “legalizado”, derivado dos 20% que podem ser objeto de corte raso em propriedades privadas da Amazônia e que, portanto, têm um custo muito mais baixo de extração.

Em suma, Sr. Presidente, acreditamos que, ainda que mereça muitos ajustes, pois só eu já apresentei 19 emendas, o PL 4.776, de 2005, é factível e viável. Para alguns, a “privatização” da floresta já existe à margem da lei, com o avanço da grilagem sobre as terras públi-cas, e a perspectiva de se estabelecer uma legislação

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que se contraponha aos estímulos já existentes para a conversão florestal, que aprimore o monitoramento e o ordenamento fundiário e institua uma política co-erente, um marco regulatório, para o fomento às ativi-dades sustentáveis, como o uso múltiplo das florestas e a exploração do turismo pelo setor florestal sempre é positivo e benéfico ao País.

Muito obrigado.O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ma-téria divulgada hoje pela Radiobrás relata o aumento do índice para o cálculo de terras improdutivas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

As novas fórmulas foram apresentadas no dia 13 de abril de 2005. Para serem colocadas em prática, contudo, precisam ainda da aprovação do Ministério da Agricultura.

De acordo com os novos cálculos, os agricultores e pecuaristas precisarão produzir mais. Foram atuali-zados os dados, defasados há mais de 30 anos, des-de 1975. A atualização dos índices é uma das ações propostas pelo Plano Nacional de Reforma Agrária, apresentado em 2003. Os estudos que resultaram nessa proposta foram feitos em 2004.

Na pecuária, pela forma atual, o Brasil é dividido em 5 Zonas de Pecuária –ZP, de acordo com o índice de produtividade das terras. No novo modelo seriam 8 zonas. Atualmente, as ZPs mais fracas precisam ter 0,13 animais por hectare para serem consideradas produtivas. Cada 450 quilos correspondem a uma ca-beça. As ZPs mais fortes, hoje, precisam atingir 1,20 no Grau de Eficiência da Produção –GEP, equação utilizada para o cálculo. Se o novo modelo for aprova-do, as mais fracas terão que apresentar 0,29 animais e as mais produtivas 1,32.

Já na agricultura, os números variam para cada alimento. Hoje são exigidas 120 toneladas de abacaxi por hectare, por exemplo, para uma terra ser consi-derada produtiva. Na nova fórmula, serão 230 tone-ladas. O algodão, por exemplo, passa de 0,20 para 0,43 toneladas.

Houve a garantia de que essas mudanças não vão prejudicar os produtores. Independentemente da mudança na fórmula de cálculo, os produtores do Sul do País também não serão prejudicados. As vistorias realizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA levarão em conta a seca na região.

Para pecuaristas, o cálculo de produtividade será feito pela média de 5 anos, de 1999 a 2003, e as per-das causadas pela estiagem não serão calculadas. Na agricultura, devem ser feitos cálculos dos últimos 12 ou 24 meses.

Tendo em vista a importância da matéria é que trago essa discussão para esta Casa, objetivando levá-la ao conhecimento de todos os Parlamentares, dando assim oportunidade a todos de debatermos melhor este assunto.

Era o que tinha a dizer.O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faleceu recentemente em nosso Estado o Vice-Prefeito de Aracoiaba, Antonio Joaquim de Olivei-ra Neto, que exercia uma liderança política das mais prestigiosas que lhe permitia desfrutar do respeito e reconhecimento dos seus conterrâneos.

Nos Municípios adjacentes, como os do Maciço de Baturité, bem assim Ocara, Redenção, Acarape e Barreira, sua atuação o projetava como um líder de virtudes incomparáveis, entre as quais se inseria sua identificação com os mais legítimos interesses de sua região.

Na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em sua terra natal, a Missa de 7º Dia, celebrada no último dia 9, valeu como testemunho de saudade de uma das figuras que mais granjearam a estima e admiração dos que privavam de sua convivência.

Em campanhas majoritária memoráveis S.Exa. não esteve indiferente, colaborando, independentemen-te de siglas partidárias, para que o meu nome obtivesse maior transe entre todos os segmentos sociais.

Por isso, sinto-me no dever de registrar o infausto acontecimento, levando à família de Antonio Joaquim nossa manifestação de pesar, que se estende ao povo daquela cidade.

O nome do extinto será sempre lembrado pelos que nele viam um líder de atributos excepcionais, en-tre os quais a lealdade e o desejo de servir aos seus semelhantes.

É a homenagem que presto ao grande líder po-lítico de Aracoiaba, Dr. Antonio Joaquim.

O SR. ÁTILA LINS (PPS – AM. Pronuncia o se-guinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, ocupo hoje esta tribuna para manifestar meu total apoio à proposta em discussão em Manaus de se promover a interiorização da Zona Franca, já que sou autor de projeto de lei neste sentido que tramita nesta Casa.

Procura-se um meio, um caminho para direcionar parte do faturamento e dos lucros de empresas do Pólo Industrial para ser investido no interior do Amazonas. Seria um grande estímulo para desenvolver a econo-mia dos seus Municípios.

Uma legislação neste sentido, de iniciativa do então Governador José Lindoso, já vigorou na década de 70 mas foi revogada posteriormente.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12515

Perdeu-se, com a revogação da legislação, uma grande oportunidade de as cidades amazonenses se-rem beneficiadas com as ações de interiorização da Zona Franca.

O Pólo Industrial de Manaus (PIM) faturou, no ano passado, 13 bilhões de dólares. Nada mais justo do que parte – mínimo que fosse – desse volume espetacular de recursos pudesse ter sido gerado no interior, o que teria contribuído para estancar o crescente processo migratório para Manaus e, ao mesmo tempo, evitado o esvaziamento do interior.

O modelo da Zona Franca de Manaus existe há 38 anos. São inquestionáveis os seus efeitos positivos para a economia do Brasil, principalmente a descen-tralização que provocou no segmento industrial de alta tecnologia e especialização da mão-de-obra.

Chegou o momento de repensar a Zona Franca de Manaus no sentido de que seu crescimento seja estendido também para regiões interioranas do Estado, tão carentes, tão necessitadas de investimentos.

Dentro desta filosofia, apresentei, em 2001, o Pro-jeto de Lei nº 5.466, que tem por objetivo a criação de distritos industriais em uma faixa de até 100 quilôme-tros, a partir das fronteiras de Manaus. Com o projeto, são criadas condições para que se interiorize os bons resultados obtidos na Capital amazonense.

Uma das cidades beneficiadas será a de Mana-capuru, que fica à margem do Rio Solimões e possui cerca de 80 mil habitantes. As atividades econômi-cas locais incluem a agricultura, a pecuária, a pesca, o extrativismo e a indústria, com ênfase nos setores madeireiro e têxtil.

O surgimento de novos pólos industriais vincu-lados à Zona Franca de Manaus permitirá o desen-volvimento da atividade industrial de forma ordenada e controlada, ao mesmo tempo em que vai contribuir para aliviar a aglomeração populacional que hoje so-brecarrega a malha urbana de Manaus, deteriorando as condições de vida de parte de sua população.

Só assim, para melhorar a qualidade de vida das populações do interior amazonense, é que nos propu-semos a criar vários distritos que vão gerar empregos e a conseqüente elevação da renda.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.O SR. MAURO PASSOS (PT – SC. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer uma obser-vação sobre o que disseram os 2 Parlamentares que me antecederam.

O primeiro Deputado referiu-se a um certo des-conforto em relação ao fato ocorrido no Ministério da Fazenda, mas tentando imputar ao Governo essa si-tuação.

S.Exa. deve ter-se esquecido de que a própria fazenda do Sr. Fernando Henrique Cardoso, quando Presidente, foi invadida por esse movimento. Fica essa constatação.

A Oposição não tem o que dizer e vem à tribuna confundir.

A segunda observação é sobre a caótica situa-ção da saúde no Rio de Janeiro, fato reconhecido por todos. Quatorze mil pessoas aguardam um procedi-mento de cirurgia simples. Não houve intervenção, um ato fora de propósito, mas uma atenção à população do Rio de Janeiro, que estava totalmente descuidada em relação à saúde.

Por último, não gostaria de deixar passar desper-cebida as declarações do Presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, à imprensa sobre o emprego de seus familiares no serviço público, sob a alegação de que são filhos de família bem constituída, merecem, de nossa parte, a mais profunda indignação. Infelizmente S.Exa. não se encontra aqui.

Além de ter sido infeliz, imprópria e preconcei-tuosa, a manifestação do Presidente fica ainda mais ofensiva quando se justifica afirmando que “os defen-sores do fim do nepotismo são fracassados que não souberam criar seus filhos”.

Temos de fazer uma reflexão sobre o que disse S.Exa. De certa maneira, todos nós, que constituímos nossa família, de uma forma ou de outra, fomos atin-gidos por essas declarações. Ontem, por exemplo, a CCJC desta Casa, por unanimidade, pôs fim ao nepo-tismo. Será que todos os Parlamentares que compõem a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e que tomaram essa decisão são fracassados como pai de família, que não conseguiram dar aos seus filhos as condições que o Presidente Severino Cavalcanti deu para poder indicar os seus?

Portanto, fica registrada a minha reflexão. Acho muito sério o que foi dito, porque atinge a família dos Parlamentares e a de milhões de brasileiros que não tiveram condições de colocar seus filhos na univer-sidade, muito menos indicá-los para qualquer cargo público.

O Presidente da Câmara extrapola seus limites ao querer defender o indefensável. Ofende, com a sua visão atrasada e patrimonialista do Estado, a grande parte de seus colegas Deputados e a imensa maioria das famílias brasileiras que nunca aceitaram este mal: o nepotismo.

A Câmara dos Deputados é instituição da Repú-blica que deve ser referência de valores democráticos para a sociedade. Deve zelar por procedimentos que mereçam a confiança dos cidadãos.

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12516 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O Brasil tem hoje uma Constituição e uma legis-lação que regem o serviço público. A sociedade não tolera mais o nepotismo, a malversação dos recursos públicos e muito menos o deboche no trato da gestão pública.

O SR. GUSTAVO FRUET – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. GUSTAVO FRUET (PSDB-PR. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tam-bém sou a favor da reflexão e da crítica a respeito do corte no Fundo Nacional de Segurança Pública. Além do impacto em âmbito nacional, mais uma vez reitero a preocupação com o Estado do Paraná.

Em 2002 o Estado recebeu da União em torno de 24 milhões; em 2003, o recurso caiu para 6,8 milhões; em 2004, caiu para 4,3 milhões; e em 2005, quando havia promessa de 10 milhões, com o corte anuncia-do, talvez não chegue a 3,5 milhões.

Trata-se de descaso com a segurança e com o Paraná.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Com a palavra o nobre Deputado B. Sá.

O SR. B. SÁ (PPS-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a imprensa de um modo geral traz hoje, em amplo espaço, matéria sobre a qual gostaria de tecer rápidos comentários. São dados do IBGE informando que, entre 1999 e 2002, houve crescimento de pouco mais de 18% do número de funcionários públicos nos Municípios brasileiros. Em números absolutos, nesses 4 anos, isso equivale a um pouco mais de 640 mil funcionários públicos.

Os motivos para que isso tenha acontecido são os mais diversos, desde o crescimento do número de Municípios – o que aconteceu de fato em muitos pontos do País – até as questões ligadas diretamente à Lei de Responsabilidade Fiscal, à necessidade de contratar funcionários e não poder ultrapassar os limites da lei ou até mesmo à dificuldade que aqui, ali e acolá esse ou aquele Município tenha com relação à formatação e à realização de concurso público.

Entretanto, a pesquisa chama a atenção para um dado também muito importante a destacar. Esse crescimento de número de funcionários públicos acon-teceu com muito mais intensidade nos pequenos Muni-cípios País afora, aqueles que não têm mais do que 5 mil habitantes. A pesquisa do IBGE chegou a apontar que, se não fosse o emprego público oferecido pela Prefeitura, muitas pessoas estariam passando fome em muitos desses Municípios pequenos, porque es-tes vivem, única e exclusivamente, dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios.

E ainda acrescento que o que estimula e aquece um pouco a economia são os recursos pagos mensal-mente por meio do INSS aos aposentados e pensio-nistas da União.

É preciso observar um dado fundamental, o que me tem levado a ocupar por muitas vezes a tribuna desta Casa: se a partir desses pequenos Municípios não forem feitos um diagnóstico socioeconômico e um levantamento de potenciais naturais e humanos, além de um trabalho desenvolvido em comum acordo entre a sociedade e a administração municipal, para que haja cada vez mais estímulo à produção e a par-tir daí o aumento da renda e conseqüentemente do emprego, esta situação ficará cada vez mais grave. Tal situação acarretará o abandono da população do interior, não só do campo, mas das cidades de peque-na dimensão, que não têm como abrigar as pessoas que almejam um espaço no mercado de trabalho, em direção às cidades maiores, já angustiadas com seus graves problemas sociais.

Muito obrigado. O SR. GILMAR MACHADO (PT-MG. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna para comentar um fato que eu imagi-nava que nós não iríamos viver neste País.

Ontem, assisti ao jogo do São Paulo com o Quil-mes, da Argentina, e fui surpreendido por um ato de racismo praticado por um jogador argentino, que cor-retamente está preso, porque no Brasil, a partir da Lei nº 7.716/89, a Lei Caó, crime de racismo é inafiançá-vel. Esse jogador está preso em São Paulo. Tão logo terminou o jogo, um delegado já estava lá, dando-lhe voz de prisão.

Não só como militante do Movimento Negro, não só como negro, não posso aceitar essas ações e esses gestos de racismo praticados por algumas pessoas que se consideram superiores a outras.

Sr. Presidente, eu sou Relator do Estatuto do Desporto, em tramitação nesta Casa. Nele introduzi o art. 181, que determina que o time em que o jogador cometer um crime de racismo – como esse – perderá o mando de jogo durante, no mínimo, 6 meses. Essa é uma forma de demonstrar que não vamos aceitar em nosso País o que hoje vemos na Europa, inclusive para que não se repitam cenas lamentáveis como tivemos no início do século passado, com o nazismo e o fas-cismo. Não podemos tolerar, em hipótese nenhuma, essas manifestações racistas que, lamentavelmente, ainda acontecem no Brasil.

Os argentinos não têm culpa de ter um atleta que comete esse tipo de crime, mas esse jogador está preso, responderá a processo e vai entender que no

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12517

Brasil há normas e leis nas quais todas as pessoas são tratadas da mesma forma.

Sr. Presidente, para demonstrar que o racismo continua ainda impregnado nas pessoas, cito artigo do jornalista Demétrio Magnoli publicado no jornal Folha de S.Paulo e que se refere a classificação racial. Al-gumas pessoas ainda não conseguem entender que nós vivemos outra fase no Brasil. Continuam desqua-lificando o trabalho que hoje se faz neste País para que possamos garantir, de fato, tratamento igual. Ele começa com uma brincadeira, mas que é uma espécie de verdade, porque agora o Ministério está fazendo a classificação, como em todo lugar. Diz que a filha de 9 anos seria amarelinha. Uma desqualificação com os orientais, que são tidos como raça amarela. E conclui dizendo que a menina dele é branca e que ele não quer esse tipo de classificação.

Não quer porque continua impregnado de ra-cismo. Infelizmente, ainda temos uma elite e alguns jornalistas que continuam defendendo o preconceito contra a comunidade negra. Nós continuaremos repu-diando as atitudes e os artigos dessas pessoas que não entenderam que neste País não vamos aceitar a discriminação, pois queremos igual tratamento para todas as pessoas.

Muito obrigado. O SR. ADÃO PRETTO (PT – RS. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, através dos últimos acontecimentos, compro-vou-se o que já vinha sendo denunciado amplamente: a utilização de milícias armadas pelos fazendeiros e latifundiários contra os movimentos sociais, em espe-cial o MST.

Inúmeros trabalhadores rurais sem terra foram assassinados ao longo dos anos na luta contra o lati-fúndio e pela reforma agrária no Brasil. No entanto, os mandantes e assassinos continuam impunes.

Somente no Estado do Paraná, de 1998 a 2004, foram 7 trabalhadores rurais assassinados por ação dessas milícias.

Finalmente, em ação da Polícia Federal, no dia 5 de abril deste ano, foram presos alguns dos que sempre atuaram contra os trabalhadores ao invés de protegê-los. O tenente-coronel da PM Waldir Copetti Neves e mais 4 oficiais da PM reformados, além de outras pes-soas envolvidas em crimes no Estado do Paraná.

Nas casas dos acusados foram apreendidas 16 armas de fogo, inclusive armamento de uso restrito, 5 escopetas calibre 12, 2 carabinas e munição fabrica-da fora do País.

Nunca houve nenhuma investigação, apesar das denúncias contra a UDR pela contratação de pistolei-ros, pois, além das armas apreendidas, a PF encon-

trou recibos de cotas mensais pagas por fazendeiros ao grupo de Neves, com valores de R$700 e R$800, denúncia de contrabando de armas e assassinatos de trabalhadores sem terra. O Paraná ficou conhecido mundialmente pela violência contra os trabalhadores do campo.

Confirma-se que no Brasil inteiro existe a forma-ção de consórcios entre os fazendeiros com o intuito de impedir as ocupações de terra, assassinar traba-lhadores rurais e impedir a vistoria de terras pelos ór-gãos governamentais competentes, para que a não se realize a reforma agrária.

A CPMI da Terra estará na próxima segunda-feira, 18 de abril, no Paraná, para ouvir o depoimento de algumas pessoas, dando continuidade ao trabalho já realizado em outros Estado do Brasil, pois é neces-sário responder a algumas perguntas que ficam para a sociedade a respeito desses crimes.

Por exemplo: quem é responsável pela articu-lação dessas ações? Quem compra e fornece as ar-mas para executar os crimes? Quem intermedeia a contratação dos pistoleiros? De onde vem o dinheiro utilizado para isso?

Para concluir, o que a sociedade brasileira espera é que se dê continuidade às investigações, que ocor-ra a punição dos criminosos e que se faça a reforma agraria, para o progresso do Brasil.

Solicito a V.Exa., Sr. Presidente, que autorize a divulgação do meu pronunciamento em A Voz do Brasil.

Muito obrigado.A SRA. ZELINDA NOVAES (PFL – BA. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, foi divulgado no site da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social – ANFIP e publicado por alguns dos grandes órgãos da imprensa escrita, o relatório Análise da Segurida-de Social 2004, produzido por aquela cinqüentenária e respeitável entidade.

O documento, elaborado neste mês, confirma al-gumas revelações trazidas ao conhecimento da socie-dade quando do episódio da reforma previdenciária.

A primeira é que apesar de existir realmente um déficit previdenciário, este tem sido oficialmente mui-to mal divulgado. Primeiro no que diz respeito aos va-lores. A conta apresentada em 2004 seria menor 6,9 bilhões de reais se fosse considerada a parcela cor-respondente da receita da CPMF vinculada ao custeio da Previdência Social.

A segunda é o crescimento da arrecadação des-de o ano 2000, só caindo a trajetória de evolução do superávit em 2003 – ano da reforma previdenciária e primeiro ano de gestão do Governo Lula.

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12518 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

A terceira revelação é sobre os dados da Pre-vidência, incluindo ao Regime Geral de Previdência Social a previdência dos servidores públicos federais e dos militares, lembrando que os servidores públicos foram considerados os grandes “vilões da previdência”. Quanto a esse ponto o relatório da ANFIP mostra que, mesmo somando-se a suposta “gastança” dos servi-dores públicos aposentados, o balanço previdenciário obteve um superávit de 14,5 bilhões de reais.

O documento ainda nos mostra que há uma gran-de diferença entre o que é arrecadado e o que é gasto com previdência no meio rural, mas justifica – e nós concordamos – tanto do ponto de vista social como do ponto de vista financeiro, afinal, há recursos para isso, que na verdade não seria um simples gasto, mas um relevante investimento para essa classe da sociedade.

A mais grave revelação constante no documento é de que “os repasses constitucionais das fontes ex-clusivas de recursos que deveriam ser alocados nos programas fins de saúde, previdência e assistência so-cial, são, na execução, realocados para cobertura de gastos fiscais e obtenção de superávit primário”.

Ainda segundo o documento “somente no período de 2000 a 2004 foram utilizados recursos da Segurida-de Social da ordem de R$165 bilhões para contribuir no superávit primário da União”.

Outro fato grave que não sabemos afirmar se decorre dessa preferência fiscal foi divulgado pelo jor-nal Correio Braziliense do dia 11 de abril de 2005 em matéria que mostra o aumento de 18 para 31 dias no tempo médio de espera para obtenção da aposenta-doria no atual Governo em relação ao anterior. Já são quase 600 mil pedidos de benefícios represados.

Ora, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o Governo Federal vem agindo com dureza sobre a área social para que as metas dos superávits sejam alcançadas. E aí quem perde? Perdem a saúde, a as-sistência social e a previdência. E não é só questão de competência para administrar parcos recursos que está em tela, como quer o Governo ao propor interven-ções e devassas. Está a falta de vontade política com o enfermo, com o pobre, com os aposentados e com os idosos desta Nação. Isso graças a uma execução orçamentária que contraria o conceito constitucional de seguridade social.

Peço, pois, ao Governo que, ao se preocupar com a economia e divulgar, com altos gastos publicitários, que os indicadores econômicos vão bem, não se dei-xe enlevar pelas cifras e mostre mais sensibilidade e dedicação ao povo sofrido que o elegeu, respeitando as regras e dedicando-se mais à área social.

Muito obrigada.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, pas-so a ler denúncia de um fato ocorrido no Estado do Ceará:

“No dia 6 de abril do corrente ano, por volta das 23:00 horas, na Rua 7 de Setembro. A Senhora Thâ-mara, Senhor Iagny e seu filho de 4 (quatro) anos de idade (J.P.S.) estavam saindo da residência da mãe do Sr. Iagny quando foram surpreendidos pelo Verea-dor Ubelardo Santos juntamente com um indivíduo de nome Cristiano, no qual ambos dentro do automóvel Fiat Uno sacaram armas de fogo disparando em direção às pessoas supracitadas, mas não conseguiram atingi-los por circunstâncias alheias às suas vontades. (...)

No dia seguinte ao fato, as vítimas se dirigiram até a Delegacia Regional de Brejo Santo para noticiarem o crime, requerendo por parte da Autoridade Policial providências urgentes.

A Sra. Thâmara, e sua genitora, a Sra. Neide Alves de Morais, o menor impúbere (J.P.S.), filho da Sra. Thâmara, estavam em frente ao comércio do Sr. Iagny, quando por volta das 11:30 da manhã do dia 8 de abril, sexta-feira, o ex-Prefeito de Milagres-CE, Hellosman Sampaio de Lacerda inconformado com a atitude do Sr. Iagny e a Sra. Thâmara de procurarem a Delegacia de Polícia Civil, movido por fúria, parou seu veículo em frente ao comércio de gás onde es-tavam as pessoas supracitadas e sacou uma pistola direcionando-a a todos que ali estavam no intuito de ameaçá-las de morte caso quisessem afrontá-lo ou a seu Vereador Ubelardo. Logo após as ameaças ele saiu dirigindo o seu veículo como se fosse em direção a sua residência, contudo fez o retorno e novamente passou em frente ao comércio, desta vez apontando a arma, mas não parou, fatos que foram presenciados por todos que estavam naquele local.

Tal ato ameaçador praticado por Hellosman Sam-paio de Lacerda fez com que as famílias das vítimas se preocupassem, por tais motivos, vítimas e testemu-nhas se dirigiram na mesma tarde da sexta-feira até a Delegacia Regional de Brejo Santo para noticiarem os fatos e, acima de tudo, pedir medidas legais concretas, devido todos estarem correndo risco de vida. (...)”

Sr. Presidente, vou encaminhar esta denúncia ao Ministério da Justiça, à Secretaria Especial de Direi-tos Humanos, ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e à Comissão de Direitos Humanos da Casa, solicitando providências. Não é possível que esse ex-Prefeito continue ameaçando a população.

Solicito a transcrição nos Anais da Casa do in-teiro teor da denúncia.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR:

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12520 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O SR. CORONEL ALVES (Bloco/PL – AP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, uso mais uma vez este espaço para cobrar do Governo Federal que encaminhe à Câmara dos Deputados propostas con-cretas para resolver a situação dos servidores dos ex-Territórios Federais do Amapá, Rondônia, Rorai-ma e Acre e do Distrito Federal. Não aceitamos mais ser ludibriados. Há mais de 2 anos esperamos uma resposta. Militares, professores, médicos, agentes ad-ministrativos, agrônomos, engenheiros florestais etc., todos servidores públicos, civis e militares, aguardam, ávida e impacientemente, que seja encaminhada a esta Casa ao menos uma proposta, que pode ser, por exemplo, salarial.

Nos últimos anos, o funcionalismo público vem recebendo 1% de reajuste salarial por ano. O índice de correção previsto para este ano é ainda menor, de 0,1%. Os funcionários dos ex-Territórios estão até achando graça, porque para eles não há sequer pre-visão de reajuste, nem de 0,1%. Assim não dá!

A conduta do Presidente Lula, do Deputado Pau-lo Bernardo e do Ministro Antonio Palocci está me levando a acreditar que esses senhores não querem cumprir a Constituição. Nossa Carta diz que esses servidores são grupos em extinção, mas parece que o Governo Federal quer é exterminá-los, e isso é cri-me, Sr. Presidente.

Fica registrado nosso repúdio veemente ao tra-tamento que o Governo Federal vem dando a essas pessoas.

O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB – MS. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho externar, em nome do PMDB, nossa preocupação com o anúncio do Ministro Miguel Rossetto, alardeado em grande estilo por representantes do núcleo agrário do PT, pelo Senador Eduardo Suplicy e pelo grande líder do MST João Pedro Stédile, de que este ano se discutirá o aumento do índice de produtividade.

Essa declaração me deixa preocupado, Sr. Pre-sidente. Não bastou a polêmica em torno da Medida Provisória nº 232, de 2004. Parece que os problemas não acabam. Os produtos agrícolas estão sem preço, o custo da produção está altíssimo, o sul do País está sofrendo um longo período de estiagem e o Governo ainda quer discutir índice de produtividade?

Nos últimos 5 anos, nossa produção agrícola sal-tou de 70 mil toneladas para 130 mil toneladas. Não está havendo problema de produtividade, e sim um pro-blema orçamentário. Não há recursos para a reforma agrária, mas para que criar instabilidade no campo? Será possível que não vão tratar a questão com bom senso? É uma crise em cima da outra! Quando con-

seguimos resolver um problema, o Governo logo nos arranja outro. Isso não vai acabar?

Se o Governo quer discutir produtividade, deve-ria consultar sua base de sustentação. O PMDB não foi consultado – não sei quanto aos outros partidos aliados. O problema é polêmico e deveria ser tratado conjuntamente.

Sr. Presidente, fica, portanto, registrado o meu protesto. O Governo enfrentará aqui uma grande re-sistência, porque vamos defender aquele que produz, o responsável pelo superávit da balança comercial deste País.

Era o que eu tinha a dizer.O SR. DARCÍSIO PERONDI (PMDB – RS. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, hoje se realizou em Brasília uma mobilização de mais de 3 mil aposen-tados, do Brasil inteiro, promovida pela Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas.

Inicialmente houve certa dificuldade para que o Ministro Romero Jucá recebesse os 17 líderes que representavam os 3 mil manifestantes, mas por fim conseguiu-se resolvê-la. Acompanhei a reunião junto com os Deputados Arnaldo Faria de Sá e Henrique Fontana. Os aposentados querem receber 15,4% de reajuste, mesmo índice concedido ao salário mínimo, e reivindicam também a correção da defasagem dos últimos 15 anos, que soma quase 48%.

Sr. Presidente, durante a mobilização, um aposen-tado até chorou, porque se aposentou com 6 salários mínimos e está recebendo 1 salário mínimo e meio.

Tive oportunidade de ir lá, em nome do PMDB, para dizer que nosso partido apóia os aposentados do Brasil.

Deputado Waldemir Moka, o PMDB, que não foi consultado também sobre essa questão, repudia a Medida Provisória nº 242, que aumenta a carência para o auxílio-doença. Coitado do empregado que demorou 2 ou 3 anos para conseguir o emprego e pegar uma hepatite, quebrar uma perna ou for vítima de outro problema que não seja considerado acidente de trabalho. Ele não terá direito ao auxílio-doença se não tiver cumprido a carência de 12 meses.

Sr. Presidente, legitimado pela Convenção Nacio-nal, o PMDB rejeita a Medida Provisória nº 242.

Reforço o que disse o Deputado Waldemir Moka: Presidente Lula, não brinque com a população. Presi-dente Lula, não brinque com os produtores agrícolas, que elevaram nossa produção para 130 milhões de grãos, que é o que segura a economia brasileira.

Muito obrigado.O SR. JÚLIO CESAR – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12521

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. JÚLIO CESAR (PFL-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, registro fato la-mentável que ocorreu ontem no Município de Barras, no Estado do Piauí, com um dos melhores advogados da cidade.

O advogado foi até a delegacia de polícia com procuração à mão para defender uma pessoa, e o delegado de polícia era uma pessoa desqualificada: um sargento.

Enquanto na polícia do Piauí há vários bacharéis de Direito investidos por concurso, na cidade de Bar-ras, quinto maior Município do interior do Estado, ainda existe um delegado de polícia que é terceiro-sargen-to, praticando arbitrariedades contra um advogado de renome. O advogado foi algemado e preso, criando a maior instabilidade política no Município.

Esse delegado, com certeza, está a serviço de alguém.

Sr. Presidente, vamos comunicar o fato ao Mi-nistro da Justiça e ao Governador do Estado, porque não podemos aceitar mais este tipo de comportamen-to, que é um delegado de polícia investido de função judiciária prender um advogado que, no exercício de sua profissão, foi defender um constituinte que estava com problemas na delegacia.

Faço, portanto, esse registro e informo que vou encaminhar ao Ministro da Justiça representação con-tra o ato de arbitrariedade desse delegado desqualifi-cado, que está a serviço da Secretaria de Segurança do Piauí e de grupos políticos ligados ao Prefeito da-quele Município.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A Pre-sidência pede a cooperação dos Srs. Deputados para darmos início ao Grande Expediente e à Ordem do Dia. O Relator da MP nº 227 vai pedir prazo regimen-tal para dar seu parecer, visto que recebeu há pouco tempo essa MP para relatar. Trata-se de emendas do Senado que precisam ser examinadas do ponto de vista de sua constitucionalidade, de sua juridicidade e de seu mérito.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao Sr. Deputado Antonio Carlos Pan-nunzio.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, até em resposta ao apelo de V.Exa., quero informar que as oposições estão aqui para votar. Quem não vem votar é a base do Governo.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, decor-ridos talvez 2 meses da minha última fala a respeito

do assunto, volto a falar com muita tristeza da falta de medicamentos contra a Aids.

Em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde teve de racionar a distribuição do Tenofovir, remédio usado pelos portadores do HIV. E ele está faltando simplesmente porque o Governo Federal não pagou os laboratórios.

Os portadores do HIV, além da apreensão com a doença e da permanente preocupação com manu-tenção da vida – e V.Exa., Sr. Presidente, que é médi-co, conhece essa angústia –, têm agora uma angústia adicional, já que estão recebendo apenas a metade da quantidade de remédio que deveriam receber.

Até quando vamos ter de carregar essa incompe-tência, ainda mais se sabendo que foi encontrado nos almoxarifados do Ministério da Saúde remédio contra a AIDS com prazo vencido?

Isso é um descalabro total.Mais uma vez, Sr. Presidente, a incompetência

mata. O SR. ILDEU ARAÚJO (PP-SP. Pronuncia o se-

guinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, no exercício do meu corrente mandato, tenho, sempre que possível, visitado os Municípios que com-põem o Estado de São Paulo, que orgulhosamente represento nesta magna Casa de Leis.

Com muita satisfação, estive presente no ultimo dia 4 de abril no Município de Caçapava, localizado no Vale do Paraíba paulista, convidado pelo Exmo. Pre-feito Municipal Carlos Antônio Vilela. Em retribuição ao carinho que me foi destinado por todos os servido-res dessa frondosa cidade paulista, conhecida como Cidade Simpatia, venho à tribuna registrar data muito importante para os caçapavenses e para todos nós, cidadãos paulistas: hoje a histórica cidade de Caça-pava completa 150 anos de elevação a vila.

Falarei um pouco da história desse grande Mu-nicípio paulista como forma de reverenciar a memória dos seus fundadores.

A fundação de 2 núcleos populacionais, distan-tes cerca de 5 quilômetros um do outro, deu origem ao Município de Caçapava.

O primeiro núcleo foi fundado em 1705, no lugar onde hoje se encontra localizada a Caçapava-Velha, por Jorge Dias Velho e sua esposa, Sebastiana de Unhate, que ergueram uma capela majestosa nas ter-ras de sua fazenda, e que existe até hoje, com o nome de Nossa Senhora da Ajuda de Caçapava.

O povoado que se formou ao redor foi elevado a freguesia em 18 de março de 1813, com o nome de Nossa Senhora da Ajuda, pertencente ao Município de Taubaté. A freguesia foi passagem forçada das bandeiras que se dirigiam às Minas Gerais e, conse-

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12522 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

qüentemente, das tropas que retornavam. Segundo o historiador Benedito Alípio Bastos, foi a cellula mater da organização social, política e religiosa daquela parte do território paulista. De Caçapava partiam inúmeros sertanistas para Minas Gerais e Goiás em busca de novas terras. Nesse tempo, escrevia-se Cassapaba, Caassapaba e Cassapava, e somente em 1865 foi definida a grafia atual.

O segundo núcleo surgiu em conseqüência de inúmeras lutas políticas que obrigaram a população a transferir-se para a fazenda do coronel João Dias da Cruz Guimarães, onde desde 1842 já existia uma ca-pela em louvor a São João Batista, iniciando-se ali o novo núcleo. Progrediu tão rápido, que em pouco tem-po seus fundadores conseguiram obter a transferência da sede da freguesia e do distrito de Caçapava para o novo povoado, passando a Capela de São João Ba-tista a ser a matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda. Os fatores de desenvolvimento do novo núcleo populacional foram de ordem econômica e de ordem geográfica, por estar localizado nas proximidades do Rio Paraíba.

Em 3 de maio de 1850, o nome foi alterado para Nossa Senhora da Ajuda de Caçapava e passou a vila em 14 de abril de 1855. Somente 20 anos mais tarde, em 8 de abril de 1875, recebeu os foros de cidade. Nessa época, Caçapava encontrava-se no apogeu da fase áurea do café. O declínio da economia cafeeira fez a cidade passar por um período de estagnação eco-nômica. A recuperação ocorreu já neste século, com o cultivo do arroz e a introdução da pecuária de leite, mas esteve mais acelerada na década de 70 com a expansão das atividades industriais.

Caçapava significa em tupi–guarani clareira ou picada na mata: caa, “mato”, açapaba, “clareira”, “pi-cada”.

Nos últimos anos, porém, Caçapava sofreu du-ros golpes relativamente à gestão pública municipal. Os gestores públicos que por ali passaram deixaram um histórico desprezível no trato da coisa pública. Bri-lhantemente, nas eleições do ultimo dia 3 de outubro, a população caçapavense resolveu dar um basta no descaso com o dinheiro público e elegeu o Prefeito Carlos Antônio Vilela, notável quadro do PFL do Es-tado de São Paulo.

Pelas melhorias introduzidas pelo Poder Público já no inicio de sua gestão, o Prefeito Vilela, que hoje aqui está, promete uma administração zelosa e ordei-ra, que resultará em melhores índices de qualidade de vida ao povo de Caçapava.

Aproveito a oportunidade para registrar também a competência, seriedade e simpatia da Sra. Maria Ve-rônica Risério Mattos, que, no exercício do cargo de

Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Caçapa-va, vem contribuindo em muito para o desenvolvimento do Município e para obtenção de melhores índices de qualidade de vida para o povo caçapavense.

Neste momento, enfoco igualmente o compromis-so da gestão Carlos Vilela com a cultura. Tive a opor-tunidade de abrir a primeira Mostra de Cinema Brasi-leiro em Caçapava, evento que levou mais de 10 mil pessoas em seus 10 dias de programação a prestigiar o cinema brasileiro, orgulho para nossa cultura.

A programação cultural do Município vem surpre-endendo não só os caçapavenses, mas a todos da re-gião, devido ao ecletismo das atividades propostas e a sintonia perfeita entre a Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer e os anseios do povo de Caçapava.

Mais uma vez coloco-me, na condição de Depu-tado representante do Estado de São Paulo nesta Casa de Leis, à disposição do Prefeito Carlos Vilela e do povo caçapavense para juntos elevarmos o Município de Caçapava ao patamar esperado por todos.

Parabéns, Caçapava!Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. JAIR DE OLIVEIRA (PMDB-ES. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tramita no Supremo Tribunal Federal uma ação declaratória de inconstitucionalidade contra a redução do número de Vereadores feita por meio de decisão do Tribunal Superior Eleitoral que já está va-lendo desde as eleições passadas.

Iniciou-se uma mobilização de todos os Vereado-res suplentes eleitos, que formaram comissões para reivindicar junto ao Presidente do STF, Ministro Nelson Jobim, o parecer favorável à essa ação impetrada por alguns partidos.

Segundo avaliação das partes interessadas, a resolução do TSE fere a Constituição em 3 artigos: o art. 2º, que estabelece o princípio da harmonia e in-dependência dos Poderes; o art. 16º, que define prazo para eficácia de lei que altere o processo eleitoral, no caso, 1 ano após a publicação da nova lei (na decisão de redução do número dos Vereadores, o prazo foi de apenas 6 meses antes das eleições); e o art. 29, caput e inciso IV, que define a autonomia dos Municípios que serão regidos por Lei Orgânica e determina o número de Vereadores proporcional à sua população.

A decisão do TSE vai de encontro à Constituição de forma muito clara.

Por isso, ocupo esta tribuna em defesa destes mais de 8 mil Vereadores, que, a bem da verdade, tive-ram seus mandatos cassados, considerando que foram eleitos por um processo legítimo de voto popular.

Segundo o Movimento em Defesa da Constituição e pela Volta do Número Legal de Vereadores – MO-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12523

DEVE, não procede o argumento de que a redução do número de vagas nas Câmaras Municipais seria apenas para economizar recursos, já que não houve cortes nas despesas.

Esse Movimento de Vereadores conta com o apoio de diversos Parlamentares desta Casa. No entanto, é preciso que nós, como representantes dos Municípios brasileiros nesta Casa de leis, façamos valer os princí-pios constitucionais fazendo gestão junto ao Ministro Jobim para que acolha essa ação de inconstituciona-lidade, legitimando, assim, o mandato desses Verea-dores de todo o Brasil.

Gostaria de abordar outro assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. A crise no sistema de saúde pública do Rio de Janeiro causou e continua causando perplexidade na população brasileira. Todavia, o quadro de calamidade, intensamente propalado pela mídia, infelizmente não é exclusivo daquele Município.

A maioria dos Municípios brasileiros padece dos mesmos problemas. Há falta de insumos hospitalares e medicamentos, os equipamentos médicos usados para tratamento e diagnóstico são obsoletos e vivem quebrados, os poucos profissionais que se dedicam à saúde pública desenvolvem suas funções desmotiva-dos em face das precárias condições de trabalho. Vale lembrar, ainda, as sérias deficiências nos atendimentos de urgências e emergências médicas.

Por ser uma nação de dimensões continentais, existem acentuadas diferenças entre as regiões do Bra-sil, inclusive no que tange à saúde pública. Além dos citados problemas, nosso País convive com um quadro de desigualdade, entre as diferentes regiões do Brasil, na distribuição dos recursos vinculados à saúde, como profissionais de saúde – médicos, enfermeiros, auxi-liares e especialistas —, hospitais, centros de saúde, laboratórios, entre outros. Esses recursos estão mais concentrados nas Regiões Sul e Sudeste, ficando o Norte e o Nordeste em situação desfavorável.

Tal desigualdade nos permite prever a possibili-dade de a saúde pública estar em situação mais grave em outros Municípios, quando comparados ao Rio de Janeiro. Se neste Município, que possui diversos hos-pitais, muitos profissionais e maior disponibilidade de recursos, a situação está caótica, podemos concluir que em locais em que tais recursos sejam mais escassos ainda a crise deve estar bem mais calamitosa.

Nobres pares, nesse contexto de caos e desi-gualdades, torna-se necessário o desenvolvimento de uma política pública mais ostensiva para a saúde que viabilize um conjunto de instrumentos de gestão no âmbito de programas e ações, objetivando atacar diretamente as deficiências detectadas e evitar proce-dimentos interventivos.

Cumpre ressaltar que o Estado mereceu da Cons-tituição da República o dever de cuidar da saúde de seu povo. Um dos fundamentos sobre o qual se assenta a República Federativa do Brasil é a dignidade da pes-soa humana, insculpida no inciso III do art. 1º da Carta Magna, que também estabeleceu a promoção do bem de todos como um dos seus objetivos primordiais (art. 3º, IV). Ambos possuem, como consectário lógico, o adequado cuidado com a saúde da população, pois sem saúde não há dignidade da pessoa humana nem o bem de todos.

Assim, o País precisa desenvolver políticas que permitam o cumprimento desse nobre dever consti-tucional e a garantia de acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde. Ademais, a atuação do Estado deve focalizar as camadas sociais mais exclu-ídas, mais desprotegidas, no sentido de minorar tais diferenças e desigualdades.

Nesse sentido, Sras. e Srs. Deputados, merece destaque especial a fiscalização da aplicação dos re-cursos destinados ao Sistema Único de Saúde – SUS. A União transfere grande volume de dinheiro para Es-tados e Municípios para a execução dos programas de saúde. O gestor federal desse sistema, o Ministério da Saúde, tem a obrigação de aferir a regularidade de sua aplicação.

Quanto maior a atuação fiscalizadora, de cunho eminentemente técnico, maiores as chances de se detectarem desvios. Uma fiscalização atuante, além de revelar irregularidades, tem a propriedade de inibir eventuais desvios pelos ordenadores de despesas, já que haverá maiores probabilidades de que o dano seja descoberto.

Assim, a fiscalização deve se fazer mais presente, mais rotineira, mediante verificações in loco, de forma a evitar que medidas drásticas, como a intervenção nos sistemas de saúde, tenham que ser adotadas. Se a presença da fiscalização federal fosse mais presen-te, talvez a situação da saúde no Rio de Janeiro não tivesse chegado ao caos atualmente vivenciado.

Diante dessas considerações, impende salientar que o desenvolvimento de novas políticas de saúde vol-tadas para atacar as deficiências e as desigualdades e o incremento dos procedimentos fiscalizatórios são elementos indispensáveis para a melhoria do Sistema Único de Saúde – SUS.

O SR. COSTA FERREIRA (PSC-MA. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vimos a esta tribuna abordar tema que con-sideramos crucial para sociedade brasileira. Trata-se da recorrente elevação das taxas de juros no País por parte das autoridades monetárias, sob o argumento do combate à inflação futura.

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12524 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

É desnecessário comentar, Sr. Presidente, que o sacrifício em termos de crescimento econômico e de investimentos sociais e em infra-estrutura são uma realidade por demais conhecida da população. A ne-cessidade de se manter elevados superávits primários, bem como as elevadas taxas reais de juros decorren-tes de uma política monetária excessivamente austera se traduzem em virtual desativação dos investimentos públicos e em paralisia da economia nacional.

Não pretendemos ser incoerentes com o que sempre defendemos e que consideramos uma grande conquista da sociedade brasileira: a luta cerrada e in-cansável contra o vírus da inflação. Não esquecemos os males que a postura leniente com o déficit público, a irresponsabilidade fiscal e a indisciplina monetária, que marcaram décadas de nossa história econômica, causaram à Nação.

Queremos crer que sejam elas sombras de um passado sem volta, para o bem de toda a sociedade brasileira, em particular dos mais desassistidos.

Por esta razão, Srs. Deputados, sabemos reco-nhecer o esforço que vem sendo feito pela atual equipe econômica para superar a instabilidade que se instalou na economia brasileira.

De fato, a adoção de um receituário ortodoxo tem servido, entre outras coisas, para sinalizar o en-quadramento do Governo nas regras bem aceitas pelo mercado, procedimento este, enfatize-se, muito bem sucedido.

Entretanto, há que se reconhecer, igualmente, que estamos aprisionados a um modelo de política econômica que restringe nosso potencial de cres-cimento. Ainda que se possa aceitar que a ação do Banco Central busque, de fato, o controle inflacionário, parece-nos que tais procedimentos decorrem funda-mentalmente de uma clara inação da atual adminis-tração no sentido de fazer uso de outros instrumentos de política econômica.

Não mais podemos nos dar ao luxo de perder outra década de crescimento pela nossa insegurança de identificar os caminhos corretos a seguir. Urge que adotemos postura mais objetiva no sentido de reverter esse quadro dramático.

Não podemos nos deixar enganar pela recupe-ração vivenciada no último ano, uma vez que a eco-nomia mundial cresceu mais do que nas últimas 3 décadas e nosso crescimento se mostrou inferior à média mundial.

Já se notam sinais de reversão, ou ao menos de suavização, dessa tendência, o que aponta para a ne-cessidade de ações objetivas do Governo no sentido de atenuar os efeitos negativos do recrudescimento das restrições monetárias.

As restrições de crédito se espalham entre con-sumidores, pequenos negócios e médias empresas, comprometendo suas atuações e prejudicando a ex-pansão do emprego formal.

Zelar pelo crescimento econômico é tarefa do Governo. O momento internacional favorável deve ser utilizado para dar consecução às reformas estrutu-rais e à implementação das políticas ativas em prol do crescimento e da redução de nossas ineficiências microeconômicas, de forma a criar um ambiente favo-rável ao investimento produtivo.

Permanecer no círculo vicioso decorrente da lógica monetária sempre nos levará a surtos de cres-cimento que esbarram na rigidez da capacidade ins-talada de produção nacional.

O crescimento continuado exige novos investimen-tos, mas a ineficiência de nosso mercado de crédito eleva os custos desse processo, pressionando preços e levando a nova reação das autoridades monetárias na direção de juros maiores, que refreiam o potencial de crescimento da economia.

Sair dessa armadilha exige ganhos de produtivi-dade e de eficiência que só virão a partir da eliminação de gargalos estruturais, tarefa que deve ser promovida pelo Governo e não pelo COPOM.

Muito obrigado.O SR. ADÃO PRETTO – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. ADÃO PRETTO (PT-RS. Pela ordem. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero tranqüilizar os Deputados Waldemir Moka e Darcísio Perondi, que se manifestaram sobre o índice de produtividade agrí-cola no Brasil.

Disseram S.Exas. que defendem o agricultor que produz, que trabalha, que não se deve brincar com essa gente. Afirmo que o produtor não será atingido, mas sim aquele que tem a terra e não trabalha nela.

Sr. Presidente, o agronegócio brasileiro exalta que nossa agricultura se modernizou. No entanto, o índice de produtividade que temos ainda é dos anos 70. Aqui, a propriedade que tem um boi em cada 4 hectares de terra é considerada produtiva. Se ela produz 15 sacos de milho por hectare, também é considerada produtiva. Entretanto, já existem regiões no País em que se pro-duzem mais de 100 sacos de milho por hectare. Por-tanto, não é possível considerar produtiva uma terra que produz apenas 15 sacos de milho por hectare.

Quero tranqüilizá-los, dizendo que o produtor não será atingido.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Com a palavra o Sr. Deputado Nelson Bornier.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12525

O SR. NELSON BORNIER (PMDB-RJ. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os índices de inflação calculados no final do ano passado confirmam o dramático empobrecimento da população brasileira. Sem correção salarial, o povo assiste, impotente, ao emagrecimento de sua renda e fica perplexo diante do panorama.

Sem dúvida, a situação só está boa para os ban-queiros e para os donos de empresas privatizadas, que aumentam suas tarifas muito acima da inflação. Mas para quem vive de salário, as perspectivas são desesperadoras.

Diante deste estado de coisas, Sr. Presidente, temos um dado que de muito nos preocupa. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, o índice de inadimplência apresentou alta de 5,2% no último mês de março, em relação ao mesmo período do ano passado.

Só no Distrito Federal, no mês de março, foram mais de 139 mil os nomes incluídos no SPC. Essas dívidas são reflexo do mês de dezembro de 2004, no período do Natal e das férias, mas só agora estão sen-do incluídas no SPC.

Ora, Sr. Presidente, quando se tem queda de renda, aumento do desemprego e estagnação da eco-nomia, a população é condenada a empobrecimento contra o qual nada pode fazer. Quando só os bens su-pérfluos se tornam mais caros, ainda é possível reduzir seu consumo sem maiores conseqüências; mas se par-cela crescente da renda é destinada a coisas básicas, acaba faltando recursos para itens essenciais.

É curioso o fato de que o aumento dos juros é anunciado pelo Governo como grande vitória, pois, com isso, estaria sendo evitada a tão indesejável queda da economia do País. Ora, Sr. Presidente, o aumento dos juros não é conseqüência, mas, sim, causa da inflação. Se o Governo deseja evitá-la, então deve impedir o reajuste abusivo das tarifas e controlar os preços dos monopólios que dominam amplos setores do merca-do nacional.

Em vez disso, porém, o Governo permite reajus-tes de preços e desestimula a correção dos salários, em nome de uma suposta eficiência do mercado. Se essa eficiência existe, trabalha para engordar os lucros do sistema financeiro e para aumentar a concentração da riqueza nacional.

Mas os aumentos não param, Sr. Presidente. Cito um exemplo clássico: em 1996, 15% do orçamento fa-miliar tinha como destino o pagamento de contas de água, luz e transporte. Hoje são necessários 41,5% desse mesmo orçamento para pagar tais serviços. Esta é nossa triste verdade. Só quem não vive de sa-lário consegue evitar a inadimplência. Os homens do

Governo devem abrir os olhos para o óbvio e pular da fantasia para o realismo, como o momento exige.

Dito isso, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com satisfação registro a instalação de fábrica do grupo francês Michelin, um dos maiores do mundo no setor de pneus, no Rio de Janeiro.

O Brasil venceu a disputa desse investimento en-tre outros 3 países concorrentes – Canadá, México e Tailândia. A Michelin construirá aqui uma nova fábrica para produzir grandes pneus, de 200 a 1.440 quilos, usados por tratores e caminhões que transportam até 100 toneladas. Trata-se de investimento da ordem de 200 milhões de dólares, e começará a produzir no se-gundo semestre de 2007.

Uma vez implantada a fábrica, Sr. Presidente, sairá do papel um grande projeto que impulsionará o nosso mercado de trabalho. A operacionalidade da fá-brica terá como ponto alto a geração de 450 empregos diretos e 2.220 indiretos.

Sem dúvida alguma, esse é um grande passo para o desenvolvimento da economia do Rio de Ja-neiro, em cujo meio proliferará a formação de mão-de-obra especializada.

Ninguém pode deixar de reconhecer que essa iniciativa erradicará problemas muito comuns nas co-munidades do Brasil no contexto geral: o despreparo, sobretudo dos jovens, e a falta de conhecimento para ingresso no mercado de trabalho.

Em boa hora e com muita luta, chega esse pro-jeto altamente meritório pelo alto significado social de que se reveste: resgatar a cidadania de quem aparece no cômputo geral da população carioca apenas para efeito estatístico.

Esta fábrica vem preencher uma lacuna há muito reclamada pela população, principalmente agora, com os constantes aumentos dos índices de desemprego. Desta tribuna, apóio a implantação da fábrica, até por-que oriundo que sou do Rio de Janeiro, sei o quanto isso vai representar para a melhoria das condições de vida do povo da região.

Ao fazer este registro, Sr. Presidente, desejo me congratular com o povo carioca, que verá, dentro em breve, concretizado um sonho alimentado há bastan-te tempo.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. Nelson Bornier, o Sr. Inocêncio Oliveira, 1º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Rogério Teófilo, § 2º do art. 18 do Regi-mento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Rogério Teófilo) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Inocêncio Oliveira.

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12526 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PMDB-PE. Pro-nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, recente reportagem do jornal Diário de Pernambuco, assinada pelo jornalista Tarcísio Ferraz, mostra que o ensino superior em Pernambuco, público e privado, deixa de ser privilégio da Capital do Estado, Recife, para expandir-se pelo interior, reduzindo a mi-gração dos estudantes. O anúncio da implantação de novas unidades das Universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco e da Universidade Estadual em Caruaru e Garanhuns, além da chegada da Universi-dade Federal do Vale do São Francisco criam novos estímulos nos meios universitários. Espera-se que, até o fim do ano, cerca de 900 vagas sejam abertas aos estudantes.

Isso decorre de forte pressão da demanda pe-los cursos universitários. Estatísticas da Secretaria de Educação estadual indicam que 98.026 estudantes terminaram o ensino médio em Pernambuco em 2003, enquanto as vagas nas 3 Universidades públicas cen-tralizadas no Recife não atingiram 8.500.

Os campi avançados das universidades estão assim distribuídos:

A Universidade Federal do Vale do São Francisco atuará em Juazeiro, Bahia e São Raimundo Nonato, no Piauí – esta universidade foi inaugurada em fins de 2004, com 11 cursos e 530 alunos;

Pelo menos 200 vagas serão criadas nos campi da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Serão cursos de Agronomia, Zootecnia, Veterinária e Normal Superior (antigo magistério). A intenção é que as aulas comecem no início de 2006;

O campus avançado da UFPE vai oferecer, ini-cialmente, 500 vagas nos cursos de Pedagogia, De-senho Industrial, Engenharia Civil, Economia e Admi-nistração.

Como sabem V.Exas., em 2001, apresentei os Projetos de Lei nºs 5.646 e 5.647, que criam a Uni-versidade Federal do Sertão e a Universidade Federal do Agreste, em Pernambuco – a primeira com sede em Arcoverde e campi avançados em Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, São José do Egito, Salgueiro, Ouricuri e Araripina; a segunda, com sede em Caru-aru e campi avançados em Belo Jardim, Pesqueira, Bezerros e Garanhuns.

Creio que este é o momento de trazer ao plenário os referidos projetos, que já demoram nas Comissões, e associá-los aos novos programas do Ministério da Educação e do Governo do Estado antes descritos.

Essas iniciativas devem se inserir numa estratégia de ensino universitário público no Brasil que passe a privilegiar os núcleos populacionais e cidades-pólos do interior do País, em lugar de concentrar investimentos

e pessoal docente nas Capitais e nas megalópoles. A interiorização da universidade é uma dessas utopias concretas, que, como político, venho defendendo, na busca de um horizonte mobilizador para o futuro da educação no País.

Seriam essas universidades “sociologicamente orientadas”, como disse Gilberto Freyre ao prefaciar o livro do ex-Reitor da Universidade Nacional de Brasília José Carlos Azevedo, intitulado Missão da Universidade e Outros Ensaios (Rio de Janeiro, Artenova, 1978). Essa universidade teve início com Anísio Teixeira, o grande educador brasileiro nascido na Bahia e, mais tarde, o concurso de Darci Ribeiro e de Agostinho da Silva. Para esse novo tipo de universidade, que dá ênfase à valorização das regiões e dos seus recursos naturais, é que se deveria orientar as duas universidades cuja criação estou propondo nesta Casa: a Universidade do Agreste e a Universidade do Sertão, com cursos de Agronomia, Veterinária, Biologia, Medicina, História (Social e Política do Brasil), Engenharia Hidráulica, An-tropologia Cultural e Sociologia Rural, além de discipli-nas orientadas para a valorização da água, métodos e práticas de convívio com as secas, estudo das pragas e doenças tropicais, climatologia e hidrologia.

Nessas áreas de conhecimento humano estamos a necessitar de mais profissionais competentes, gente dedicada que tenha origem no meio rural, que conheça as populações e as suas necessidades, profissionais com aquilo que Camões chamava de “o saber de ex-periência feito”. E os profissionais a serem treinados por outros mais experientes e práticos terão de ser recrutados no interior, não nos meios urbanos ou no asfalto das grandes cidades.

Nos anos 70, o então Reitor José Carlos Aze-vedo chamava a atenção para a burocratização das universidades brasileiras, que não conseguiam arre-gimentar, senão pouquíssimos profissionais de boa qualificação.

A universidade é núcleo formador e continua-dor de cultura e não apenas – como bem lembrava José Carlos Azevedo, naquele ensaio admirável – “um simples amontoado de professores, alunos, prédios e equipamentos”, uma “fábrica de diplomas” ou uma “central de títulos acadêmicos” para garantia de um emprego público.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. FRANCISCO DORNELLES (PP-RJ. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, fundada em 1834, a Associação Co-mercial do Rio de Janeiro recebeu essa denominação em dezembro de 1867, tendo sido reconhecida pelo Governo Federal como órgão técnico e consultivo em 1940.

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Durante toda a sua existência, a Associação Co-mercial do Rio de Janeiro esteve presente em todos os importantes acontecimentos da vida brasileira: a defe-sa do livre comércio alfandegário na velha república; a oposição à lei de sindicalização do 1º Governo Vargas; a 1ª Conferência Nacional das Classes Produtoras em 1945, conhecida como Conferência de Teresópolis, que se posicionou contra a intervenção do Estado na economia; o manifesto Mensagem ao Povo Brasileiro, lançado em março de 1964, na defesa da constituição do País; o posicionamento contra o intervencionismo exagerado do Plano Cruzado em 1986; a participação no processo de redemocratização do País em 1985. Esses são alguns marcos da atuação da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Homens de tradição e competência – como João Daudt d’oliveira; Carlos Brandão; Ruy Gomes de Al-meida; João Velloso; Ruy Barreto; Amauri Temporal; Paulo Protásio; Humberto Motta; Artur Sendas; Mar-cílio Marques Moreira – honraram a presidência da instituição.

Com o apoio de grande números de beneméri-tos, o empresário Olavo Monteiro de Carvalho teve sua candidatura apresentada à presidência da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Olavo Monteiro de Carvalho é um dos empre-sários mais respeitados do Rio de Janeiro e do País, Presidente do Grupo Monteiro Aranha, Membro do Conselho de Administração de várias empresas, entre as quais menciono a Klabin e a Ultrapar. Reúne ele todas as condições para desenvolver um importante trabalho à frente da Associação Comercial.

O Grupo Monteiro Aranha, do qual Olavo é pre-sidente, teve participação ativa no desenvolvimento econômico do país.

O seu primeiro investimento industrial aconte-ceu em 1917, quando adquiriu uma pequena firma de vasilhames de vidro e a transformou em uma moder-na indústria de fabricação mecanizada de garrafas, origem da Companhia Industrial de São Paulo e Rio – CISPER, que hoje participa de 45% do mercado na-cional, sendo produtora líder de embalagens de vidro, que atendem, principalmente, aos mercados de bebi-das e alimentos. Sua fábrica em São Paulo é a maior da América Latina.

Em 1953, impulsionou a indústria automobilísti-ca nacional, trazendo para o Brasil a gigante Volkswa-gen.

Em 1992, o Grupo trouxe a Peugeot para o Bra-sil. A Montadora instalou sua fábrica em Porto Real, confirmando a tradição de Monteiro Aranha de man-ter a prioridade dos seus investimentos no Estado do Rio de Janeiro.

Associou-se a Águas de Portugal em 1998 para a participação conjunta no controle da Prolagos, em-presa responsável pelos serviços de água e esgoto em cinco Municípios da região dos Lagos.

Na área social, desejo mencionar a atuação de Olavo Monteiro de Carvalho através do Instituto Mar-quês de Salamanca, que atua no Rio de Janeiro e na cidade de Três Rios.

Olavo Monteiro de Carvalho presidiu a Seção Brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Argentina, foi Presidente da Associação de Membros da Legião de Honra, do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, do Grupo Empresarial Brasil-Japão.

Como Deputado Federal pelo Estado do Rio de Janeiro, desejo congratular-me com os beneméritos da Associação Comercial que apresentaram a candidatu-ra de Olavo Monteiro de Carvalho para a presidência da Entidade. Estou certo de que reúne ele todas as condições para presidir com sucesso a Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para abordar outro assunto.

Miriam Leitão é uma das jornalistas de econo-mia mais competentes da imprensa brasileira. Alia ao seu profundo conhecimento dos assuntos econômicos uma capacidade de síntese e de exposição que faz que cada artigo seu seja uma aula que consegue, em aproximadamente 100 linhas, abordar, com o maior ri-gor técnico e em linguagem acessível a todos, temas extremamente complexos.

No dia 5 de abril último, Miriam Leitão publicou no jornal O Globo o artigo No Olho do Furacão, cuja cópia peço a transcrição nos Anais da Câmara. Nele, analisou a atuação do Banco Central nos dias que se-guiram a mudança da política cambial em 1999, quando algumas instituições financeiras tomaram decisões na área cambial acreditando na política até então desen-volvida pelo Governo.

Miriam Leitão afirma, com razão, que os então dirigentes do Banco Central estavam e estão conven-cidos de que havia risco de uma crise sistêmica. Acha-vam também que caso dois bancos não honrassem seus contratos na BM&F, ela não teria como cobrir o prejuízo e isso poderia levar a uma onda de quebras de diversas instituições.

A onda de quebras das instituições financeiras não ocorreu, mas os dirigentes do Banco Central que conseguiram evitá-la foram recentemente punidos por uma juíza ilustre, mas que mostrou não ter uma visão abrangente dos problemas de natureza financeira e das funções de um Banco Central.

Desejo, neste momento, apresentar minha so-lidariedade aos então dirigentes do Banco Central,

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12528 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

principalmente ao Ilustre economista Demosthenes Madureira de Pinho Neto, cuja competência, dignidade e honrabilidade desejo ressaltar.

Estou certo de que o Tribunal Federal do Rio de Janeiro vai examinar o caso com o cuidado que o ca-racteriza e que faz dele um Tribunal respeitado e de grande credibilidade.

Tomo também a liberdade de sugerir aos ex-di-rigentes do Banco Central que não deixem de utilizar, no recurso que vão impetrar, o artigo da Ilustre jorna-lista Miriam Leitão, que, com 100 linhas, poderá pro-mover a mudança de uma decisão judicial que contém 5.000 páginas.

Muito obrigado.

ARTIGO A QUE SE REFERE O ORA-DOR:

NO OLHO DO FURACÃO

Miriam Leitão

No dia 13 de janeiro de 1999, o Brasil mudou a política cambial. Era um momento de profunda tensão e incerteza. Tailândia, Coréia, Rússta haviam quebrado uma após a outra quando mudaram a política cambial. O governo achou que podia sair devagar e tentou a banda diagonal endógena, experimento que durou 48 horas. Foram terríveis aquelas 48 horas. Neste ambiente de nervosismo que dois bancos, Marka e Fonte Cin-dam, foram apanhados no contrapé. Tinham aposta-do que o câmbio não mudaria e ele mudou. Ao Fonte Cindam, o Banco Central vendeu dólares futuros no teto da banda, o que e rigorosamente o que um BC faz no regime de banda.

Na banda cambial, o Banco Central se comprome-te a vender quando a cotação bate no teto e a comprar quando está no piso. Se ele quiser vender acima disso, ou se recusar a vender no teto, está anunciando que a banda não existe mais. O Banco Central, em vez de vender as reservas, vendeu câmbio futuro. Ao Fonte Cindam, o BC vendeu exatamente no teto da banda R$ 1,32. Ao Marka, vendeu um pouco mais baixo. Olhan-do com olhos do que se passou depois, pode-se dizer que o Banco Central fez um péssimo negócio, porque no dia 15 de janeiro não foi possível mais segurar a cotação. E o câmbio flutuou. Mas, no momento da ope-ração, os responsáveis pelo Banco acreditavam que seria possível manter a cotação.

O que foi o prejuízo do Banco Central? Foi o que aconteceu depois, porque, na flutuação, o dólar dispa-rou. Mas, naquele momento, o governo estava tentan-do manter a banda diagonal. Mesmo assim, é preciso entender um detalhe da operação.

– Fala-se desse prejuízo como se houvesse num balanço apenas o lado do passivo. O Banco Central vendeu câmbio futuro se comprometendo a pagar a diferença de cotação, mas ficou com as reservas. No dia da operação, as reservas tinham se valorizado na mesma dimensão da perda. Portanto, no caso do Fonte Cindam, não houve prejuízo – diz o ex-ministro Mailson da Nóbrega.

No caso do Marka, foi um pouco diferente, porque a venda do câmbio foi no meio da banda. Precisamente a R$1.285. Este era o ponto que zerava o patrimônio do banco e não deixava haver inadimplência na BM&F. A condição para fazer a operação foi que o banqueiro Salvatore Cacciola sairia do mercado e o banco dei-xaria de existir.

Em vários momentos de tensão e de especula-ção, um Banco Central toma decisões para evitar o que ele supõe ser o risco maior. Em 2002, por exemplo, havia muita especulação no mercado sobre o que se-ria o governo Lula. O BC vendeu título corrigido pelo dólar para tranqüilizar quem temia que o novo governo pudesse, por exemplo, centralizar o câmbio, que era uma antiga proposta do PT. Num primeiro momento, foi um mau negócio porque o dólar continuou subindo e bateu quase em R$ 4,00. Atravessada a incerteza, a cotação voltou ao normal.

No caso da crise de 99, que alternativã tinha o Banco Central? Os ex-dirigentes do BC estão conven-cidos até hoje de que havia o risco de crise sistêmica. Acham que, se os dois bancos não honrassem seus contratos na BM&F, ela não teria como cobrir o pre-juízo e isso poderia levar a uma onda de quebras de diversas instituições. Vários ex-dirigentes do Banco Central daquele e de outros governos testemunharam que havia, sim, risco de que se desencadeasse uma onda de quebras de bancos e corretoras. A juíza que está cuidando do caso admite que talvez houvesse esse risco. Diz, sobre Francisco Lopes, que “muito embora sua atuação em relação ao Banco Marka pu-desse iniciatmente ser justificada para a evitação de risco sistêmico, a forma imoral de intervenção bem de-monstra sua concepção distorcida das relações entre o Estado e a iniciativa privada”. E deu a todos penas perto do teto.

O decorrer do processo poderá ajudar a Justiça a conhecer melhor todos os pontos e separar o que e atuação normal de um Banco Central em momento de crise e o que é irregularidade. Por enquanto, as coisas parecem misturadas. No caso de Luiz Antonio Gonçal-ves, do Banco Fonte Cindam, por exemplo, a juíza cita o seguinte: “Quanto às circunstâncias e conseqüências do crime, considero merecedora de especial reprova-bitidade a irresponsabilidade de continuar apostando

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12529

alto na BM&F no delicadíssimo contexto de 99, mesmo quando os indicadores apcitavam para o perigo des-sas apostas.” E disse que ele merecia a pena porque estava agindo assim por “cobiça sem limite”.

No contexto, o que o Fonte Cindam estava fa-zendo era apostar que o governo estava certo e que conseguiria manter o câmbio sem alteração. A maioria apostava contra o governo. A maioria ganhou; os dois bancos perderam. As autoridades todas da República sustentavam que o câmbio não mudaria, davam de-clarações garantindo que a política seria mantida, o FMI tinha dado um empréstimo garantindo que não haveria mudança na política cambial. E, até a decisão de mudar o câmbio, o que o BC tem que fazer é man-ter a política, usando os instrumentos de que dispõe, como o de venda de garantias cambiais. Foi um erro de avaliação achar que o governo manteria sua posi-ção, mas não uma “irresponsabilidade merecedora de especial reprovabitidade”.

O ideal será que, ao longo do processo, entenda-se exatamente o que houve de errado e de absoluta-mente normal naquela operação. Uma pessoa sobre a qual realmente pairam dúvidas razoáveis, por uma série de irregularidades detectadas depois, fugiu do país. As outras aqui permanecem.

Durante o discurso do Sr. Francisco Dor-nelles, o Sr. Rogério Teófilo, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oli-veira, 1º Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Com a palavra o Sr. Deputado José Santana de Vascon-cellos.

O SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS (Bloco/PL-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, diziam os antigos romanos, com a sabedoria que nos legaram e que até hoje perdura: “in medio stat virtus” – ou seja, a virtude está no meio. A máxima parece-nos especialmente atual quando os chamados “ambientalistas” se opõem, por princípio e sem ressalvas, a projetos de desenvol-vimento sustentado sob o pretexto de que, em qual-quer circunstância, esses programas vão prejudicar o equilíbrio ecológico.

O fato é que, ao invés de radicalizar, esses defen-sores do meio ambiente deveriam buscar a conciliação dos interesses legítimos para que o bem-estar material dos cidadãos não fosse afetado por preocupações eco-lógicas excessivas e muitas vezes infundadas.

Na verdade, o Movimento Verde freqüentemente adquire em nosso País uma conotação quase fascista, sobretudo quando se fala em projetos de desenvolvi-

mento para a região amazônica. Organizações estran-geiras tais como o Green Peace e o World Wildlife Fund – WWF movimentam-se ativamente contra a ocupação racional do território, alegando que a Amazônia é o pul-mão do mundo e que deve permanecer intocada.

Ora, sabemos que existe uma boa dose de super-ficialidade e mesmo farisaísmo nessa tese. Em primei-ro lugar, está cientificamente provado que as riquezas da região podem ser racionalmente exploradas, sem prejuízo para o equilíbrio ambiental. Seria exatamen-te o caso de colocar em prática a teoria de que “in medio stat virtus”, com a demarcação descontinuada das terras, alternando reservas ecológicas com áreas para a exploração agropecuária e mineral. Em segun-do lugar, registre-se que o capital predominantemente norte-americano que financia essas organizações ado-ta aquele ditado: “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”; em sua própria terra, no território do Alaska – que, mal comparando, é uma espécie de Amazônia boreal –, os Estados Unidos desenvolvem projetos de desenvolvimento como, por exemplo, a exploração petrolífera, preservando a natureza com a criação de parques nacionais e santuários ecológicos.

Infelizmente, a atuação “ecoxiita” dessas entida-des não se concentra só na Amazônia, alvo principal e objetivo inconfesso de um projeto de internacionali-zação. Infiltram-se elas por todo o Brasil, e, por incrível que pareça, contam, por ação ou por omissão, com o aval de determinados setores do Poder Público. Con-figura-se da parte de alguns órgãos governamentais uma mistura de ideologia com burocracia que acaba por afetar também outros projetos sem conotação am-biental. Por outro lado, a omissão oficial faz-se patente na falta de controle sobre a mineração e na questão da biopirataria; basta lembrarmos os casos de roubo de plantas cujo nome depois é patenteado no estrangei-ro, tal como o cupuaçu, hoje objeto de disputa jurídica internacional. Fatos como esse nos levam a pensar e a refletir sobre até que ponto tais movimentos ecoxiitas não constituem uma ferramenta útil para interesses externos escusos, um exército disfarçado sob graciosa bandeira para vilipendiar nossas riquezas e manter-nos no status quo de País subdesenvolvido.

Queremos registrar nos Anais da Casa que as exigências exageradas bloqueiam bons projetos em-presariais e emperram o crescimento do País. É esse o motivo que nos traz hoje à tribuna.

Não faz muito tempo, uma revista de circulação nacional ocupou-se detalhadamente da matéria. Dela extraímos alguns exemplos de extremismo ecológico que nos permitimos aqui citar, juntamente com outras ocorrências que chegam ao nosso conhecimento:

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12530 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

“As obras da Barragem de Estreito, no Rio To-cantins, a cargo da Construtora Camargo Corrêa, com projeto finalizado desde 2001, até hoje nem sequer co-meçaram devido a uma verdadeira comédia de equívo-cos. Com investimentos previstos da ordem de R$3,6 bilhões e geração de 30 mil empregos, entre diretos e indiretos, a Empresa até agora nada pôde fazer, mas já despendeu cerca de R$15 milhões com estudos de impacto ambiental e gastos preliminares. O que ocor-re é que o Ibama detectou, na área a ser inundada, a existência de duas lagoas – daquelas que se formam na cheia mas secam no estio – e embargou a conces-são de licença para a obra. Esclarecido o fato de que as lagoas constituem um ecossistema temporário (a flora e a fauna desaparecem na estiagem), a licença deveria ter saído em 2003. Mas vieram as eleições presidenciais, tudo parou, e o processo foi reiniciado com o novo Governo, com a visita de novos técnicos do Ibama. Acontece que a visita foi feita na época da cheia, e os técnicos argüíram o mesmo problema para não conceder a licença. É, realmente, um tipo de sur-realismo administrativo que custa caríssimo ao País. Outros projetos hidroelétricos encontram-se na mesma situação em diferentes Estados brasileiros, sob ame-aça de futuro apagão, bastando apenas que o Brasil volte a crescer a níveis de 5%.

Existem hoje no País 31 projetos em andamento, dos quais nada menos que 17 têm pendências com o IBAMA. Por exemplo, o projeto da Barragem de Belo Monte, no Pará, aguarda há 9 anos a concessão de licença ambiental para ser implementado. Analisemos, também, a questão da duplicação da Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba. O traçado da estrada chegou a ser modificado nada menos que 11 vezes, para atender a exigências ambientais. Ain-da assim, a obra está parada porque – considerando um trajeto que já havia sido descartado – ajuizou-se embargo por parte do Ministério Público.

A Via Expressa Sul, em Florianópolis – em fase de conclusão e faltando para tal apenas uma extensão de 400 metros – foi paralisada porque estaria ameaçando a sobrevivência de um molusco chamado “berbigão”. Deve, ser, seguramente, o molusco mais valioso da face da Terra...!

Outro exemplo curioso é o do terminal de soja construído pela multinacional Cargill no Porto de San-tarém, Pará. A obra só foi construída com base em liminar concedida pela Justiça, já que as autoridades faziam contra ela fogo cerrado, sob o argumento de que seria pretensamente construída sobre um sítio arqueológico indígena. Depois dessa, a Cargill – du-rante solenidade em que recebeu o título de “Empresa

do Ano” – anunciou a suspensão temporária de seus investimentos na região.

A produção brasileira de soja – orgulho da agricul-tura nacional e alvo da inveja de produtores estrangeiros – também é vítima dos desmandos ecológicos. Não faz muito, o Grupo Amaggi teve sustado um empréstimo do Banco Mundial, no valor de US$30 milhões, para desenvolver projeto de soja na região amazônica. Por trás da sustação, está o “capítulo amazônico” da or-ganização internacional “Amigos da Terra”.

Caso significativo é o da usina de gás natural no Amazonas. A obra tem contra si a férrea oposição de cerca de 30 organizações não-governamentais, bem como do Ministério Público. No entanto, são investi-mentos da ordem de R$500 milhões, destinados a suprir uma das maiores “criticidades” do Brasil, que é o setor energético. Sabedor do impasse, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o local da reserva de gás, e deu sinal verde para começar a obra. Sabe-se, no entanto, que grupos contrários já se mobilizam para embargar os trabalhos. Esperamos, sinceramente, que não seja necessária nova visita do Presidente para desamarrar o nó.

Para a construção de gasodutos nas Regiões Sudeste e Nordeste – com investimentos de R$30 bilhões e geração de 40 mil empregos – a Petrobras aguarda, há dois anos, a manifestação do IBAMA. O órgão alega que as obras vão atingir parques nacio-nais e regiões habitadas, mas se esquece de que, nas áreas, já existem outros gasodutos, e o que se cogita é de uma duplicação. Enquanto isso, a Petrobras gasta, por mês, cerca de US$1 milhão para armazenagem dos canos já comprados para a construção.

Nem São Paulo, o carro-chefe da Federação, escapa do fundamentalismo ecológico: as obras de recuperação da calha do Rio Tietê estão paradas, porquanto o Ministério Público entrou com embargo, alegando que a Lagoa de Carapicuíba estaria sendo contaminada com a descarga de areia proveniente do desassoreamento. Por mais absurdo que pareça, o Mi-nistério Público apoiou-se em laudo emitido por organi-zação que – ficou constatado – nem sequer existe!

A campanha que algumas ONGs fazem hoje em Estados como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia contra o plantio de eucalipto, menos por desconheci-mento técnico e mais por preconceito, também é sig-nificativa: tais movimentos dispõem de financiamentos externos, em grande parte, e contam inclusive com a participação de elementos dos governos de outros países, os quais, coincidentemente, são produtores industriais afetados com a maior competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. Assim agindo, essas ONGs nos prestam um péssimo servi-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12531

ço, ao prejudicar a produção nacional de ferro-gusa, ferro-liga, papel, celulose e aglomerado. E, no entanto, a área com florestas plantadas, no Brasil, não chega a 1% do território brasileiro”.

São esses, Sr. Presidente e Srs. Deputados, al-guns exemplos que escolhemos aleatoriamente para demonstrar nossa tese. Entretanto, a burocracia e a visão comprometida estendem-se a outros setores, como, por exemplo, ao BNDES, cuja direção, aliás, vinha sendo grandemente questionada pelos critérios que adotava; enquanto o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende e convida o capital estrangeiro a investir no Brasil, o BNDES o tratava com menosprezo. Caso típico é o da empresa paulista Air Safety, fabricante de máscaras respiratórias, que tentou repetidamente obter do Banco um financiamento para expansão e o empréstimo foi reiteradamente negado. A empresa acabou por instalar fábrica nos Estados Unidos, onde o Governo americano financiou o projeto desde o nascedouro, em condições extremamente atraentes. Assim é que a Air Safety lá paga juros de 5% ao ano, com prazo de 30 anos, e deu como garantia a própria construção financiada. Se fosse no Brasil, pagaria ju-ros de 16% anuais, com prazo de 5 anos, e deveria oferecer como garantia um patrimônio equivalente a 5 vezes o valor do crédito.

Por tudo isso, confirma-se aquilo que já afirmou um analista de negócios: o Brasil é um país que ofe-rece muitas oportunidades, mas estrangula o empre-endedor.

Outro setor que recentemente foi alvo de decla-rações preconceituosas foi o da siderurgia. Felizmen-te, o Governo posicionou-se contrariamente ao rumo tomado por burocratas. Aliás, a burocracia, em seu sentido amplo e nocivo, é um dos maiores desafios com que nos defrontamos no Brasil de hoje. O chama-do “burocrassauro” incrustado no Governo e mesmo em setores civis, ou a “fera burocrática”, como dizem alguns, atingiu tais dimensões e tal influência que se transformou num dos principais obstáculos ao desen-volvimento socioeconômico. Recente estudo do Banco Mundial, comparando 145 países, só colocou em po-sição pior do que a do Brasil o modestíssimo Chade, nação africana situada ao sul do Sahara. No mais, dizem os técnicos da entidade, é difícil encontrar um ambiente de negócios pior do que o brasileiro, devido à burocracia.

Com efeito, chegou-se à conclusão de que nosso País, entre outros aspectos, possui uma das legisla-ções trabalhistas mais rígidas que existe. O custo para uma empresa demitir um funcionário é o quarto mais elevado do mundo, equivalente a aproximadamente 41 salários. Somos os piores ao calcular o tempo ne-

cessário para encerrar um negócio que não deu certo. A Justiça brasileira – não é novidade – é famosa pela lentidão, e uma simples disputa comercial leva por volta de 600 dias para ser dirimida, enquanto na Holanda são necessários apenas 48 dias. Registrar uma pro-priedade envolve 14 etapas burocráticas. Recuperar dinheiro emprestado e não pago é quase impossível, pois os direitos dos credores, entre nós, são dos mais desprotegidos; de fato, em caso de falência de uma empresa, o credor recebe geralmente menos de 1% do dinheiro devido, contra 90% na Finlândia. Levamos 152 dias para abrir um novo negócio, contra apenas 2 dias na Austrália. Para encerrar uma empresa, levamos em média 10 anos, enquanto na Irlanda leva-se somente meio ano. Enfim, é uma série de tristes exemplos que nos colocam em lamentável posição quando falamos na competitividade dos negócios.

Entretanto, o “burocrassauro” não é imbatível, e países como a Colômbia e a Eslováquia já conseguiram derrotá-lo. Aqui mesmo, dentro do Brasil, há exemplos positivos disso: em Salvador leva-se apenas 37 dias para registrar uma empresa, contra 152 dias em São Paulo. E se vencêssemos essa batalha em âmbito na-cional, conseguiríamos liquidar com uma das pragas da economia brasileira, que é a informalidade.

A economia informal realmente representa um dos maiores entraves ao nosso desenvolvimento, e os empreendedores informais alegam que a burocra-cia é uma das principais razões para a sua existência. As empresas de pequeno porte têm poucos recursos e não conseguem cumprir todos os requisitos legais. Voltando à legislação trabalhista, por exemplo, a lei exige que se mantenha um prontuário atualizado de cada trabalhador, organizado em pastas acessíveis à fiscalização. Cadastros de cargos e salários, em cada exercício fiscal, têm que ser apresentados a 3 dife-rentes órgãos do Governo em 3 ocasiões distintas. A empresa – e isso até parece brincadeira – tem de acompanhar inclusive o programa de vacinação dos filhos de seus empregados. Se trabalha com presta-ção de serviços, tem que recolher o ISS na cidade em que está prestando o serviço, e não na cidade em que é estabelecida. Com isso, teoricamente, tem de estar familiarizada com a legislação tributária de cerca de 5 mil Municípios brasileiros!

Outro aspecto brutal da burocracia é a constante alteração das regras. Em matéria tributária, somente no ano passado ocorreram cerca de 40 mil alterações nos procedimentos legais. Como acompanhar tudo isso é impossível para os pequenos empresários, não inte-ressa a eles crescer e sair da informalidade.

Ainda há um outro fator que representa um de-sestímulo à saída dessas empresas da informalidade,

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12532 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

qual seja, a ausência de uma política pública de finan-ciamento com vistas ao fomento do setor produtivo. A existência dessa política traria um forte incentivo à formalização, que seria necessária para se pleitearem tais recursos.

Quanto aos grandes, da economia formal, esses ficam marcando passo, porque competem com aque-les que não pagam impostos, e ainda sofrem com a inexistência dessa política pública de financiamento. O custo do dinheiro no Brasil hoje só incentiva a especu-lação, cuja característica, conhecida de todos nós, é a volatilidade do capital empregado, diferentemente dos investimentos na produção, seja no agronegócio, seja no setor industrial. A política de juros elevados vem trazendo como efeito a diminuição cada vez maior do acesso ao crédito.

Não faz muito, tivemos um exemplo dos malefí-cios da burocracia com o caso do portentoso Grupo Algar, de Uberlândia. O Grupo decidiu aderir ao Pro-grama Primeiro Emprego, e o então Ministro do Traba-lho chegou a assinar a carteira de um dos 900 novos funcionários que seriam admitidos. Só que, quando saíram as regras do programa, o Grupo Algar desistiu de continuar apoiando-o, já que os incentivos fiscais não compensariam a burocracia. Afinal, como disse um executivo do Algar, o Grupo já mantém 40 advoga-dos e mais cerca de 200 funcionários administrativos apenas para lidar com a burocracia. A CLT, lembrou o executivo, tem mais de 800 páginas, sendo que há mais de 1.400 dispositivos sobre segurança, higiene e medicina do trabalho. Com tudo isso, como seria possí-vel, no Programa Primeiro Emprego, controlar ainda a freqüência escolar dos novos empregados e comprovar rotatividade inferior à média da região? Seria, como se diz vulgarmente, procurar sarna para se coçar.

Outro exemplo digno de nota é o do grupo argen-tino Bunge, com grandes investimentos no Brasil no terreno da agroindústria. Há 2 anos o Bunge resolveu investir US$9 milhões na reforma de silos no Porto do Recife, mas esbarrou na burocracia. Na Administra-ção do Porto e na Municipalidade recifense, argüíram a possibilidade de os silos serem parte do patrimônio histórico, e o assunto estendeu-se às esferas estaduais e federais, num jogo de empurra-empurra. Resultado: o Bunge desistiu da empreitada, da mesma forma como está quase desistindo de empreendimento semelhan-te em São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Ali, onde pretende investir US$30 milhões, o Bunge es-barra na exigência de uma licitação cujo edital já se espera há 4 anos!

No fundo, o problema burocrático diz respeito ao papel do Estado na economia. Como pretender que o Estado penetre em tudo e tudo controle, se não con-

segue desincumbir-se de funções muito mais nobres, como fazer cumprir a lei? É pacífico entre os econo-mistas o entendimento de que o sucesso econômico depende da manutenção da lei. Particularmente, os direitos de propriedade claramente definidos represen-tam estímulo ao investimento econômico. Não é por outra razão que alguns economistas chegam a sugerir que os países em desenvolvimento distribuam títulos de propriedade aos cidadãos pobres para que eles se incorporem ao sistema econômico.

Voltemos à questão ecológica, que se antepõe ao desenvolvimento econômico. Em termos globais, estima-se que o bloqueio fomentado pelo Movimento Verde esteja impedindo no País cerca de 50 bilhões em novos investimentos e a criação de 400 mil novos postos de trabalho. O Brasil tem um dos mais baixos índices de concessão de licenças ambientais no mun-do, e só no ano passado esse número reduziu-se em 25%. O tempo médio para se conseguir uma licença entre nós é de 2 anos, havendo casos em que tais situações perduram por mais tempo ainda. Enquanto isso, nos Estados Unidos – país dos mais rigorosos em termos de exigências ecológicas – leva-se cerca de 1 ano, e em países como a Holanda e a Argentina o prazo médio é de 6 meses.

Além do prazo, temos taxas e emolumentos cada vez maiores. A recém-editada Lei de Compensação Ambiental não somente constitui um exemplo de bu-rocracia como acarreta um aumento de 0,5% a 0,6% no custo de um projeto. Além disso, vale citar a forma pouco técnica de atuação dos órgãos ambientais, que se norteiam pelo seguinte princípio: primeiro barrar para depois analisar. Só que da análise muitas vezes resultam decisões preconceituosas e desprovidas de embasamento científico.

Consta que o Palácio do Planalto já acordou para a gravidade do problema, mas consta também que há no Governo duas correntes que se digladiam em torno da questão. De um lado estão os desenvolvimentistas equilibrados, com o Ministério da Fazenda à frente; do outro, determinados setores do Ministério do Meio Am-biente e do Ministério Público, os quais simplesmente confundem a proteção da natureza com a proibição de usufruir racionalmente dela. Em outras palavras, identificam a defesa do meio ambiente – uma causa justa – com o fundamentalismo ecológico impregnado de ideologia radical.

A verdade é que nossa legislação ambiental tem maior rigidez que as das principais potências do mun-do, e a isso se junta a burocracia e a ineficiência dos nossos órgãos ambientais, com as honrosas exceções de alguns funcionários. É uma situação incompatível com o nosso PIB de país em desenvolvimento, que

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necessita desesperadamente buscar o desenvolvimen-to sustentável. Bom exemplo está no ordenamento le-gal que disciplina as atividades do IBAMA: o órgão foi implantado para defender o meio ambiente no ano de 1989; 8 anos depois passou também a conceder licen-ças ambientais. Acontece que são duas tarefas distin-tas e às vezes opostas. Para bem fazer seu trabalho, o IBAMA deveria buscar o consenso entre os defen-sores da natureza e os empreendedores; na prática, porém, com mais freqüência pende para o lado dos ecologistas. Para complicar, o atual Governo colocou representantes de organizações não governamentais em postos-chave dos Ministérios. É evidente que está comprometida, nesses funcionários, aquela isenção indispensável à boa administração.

O Conama é outro órgão do Governo Federal criado para dar apoio ao Executivo e ao Legislativo na proposta de resoluções e normas, mas hoje atua inde-pendente e soberanamente, acima do Congresso. São 108 Conselheiros, sendo que apenas 8 representam o setor produtivo. Desnecessário dizer que as normas e resoluções do Conama precisam passar pelo crivo do Congresso Nacional, o que não vem acontecendo.

Postura similar é a de muitos representantes do Ministério Público. A entidade conta hoje com 120 pro-curadores federais atuando na área ambiental, e sua Câmara de Proteção ao Meio Ambiente analisa por ano cerca de mil processos. Vale a pena, para dar uma idéia de como muitos trabalham, citar o caso do projeto do Rio Tietê, já referido, no qual os procuradores funda-mentaram seu embargo em um laudo falso. É a prática de atirar primeiro e perguntar depois, tendo sempre o empreendedor como vilão preconcebido.

Poderão pensar aqueles que nos ouvem que somos contrários à proteção da natureza e à bandei-ra dos ecologistas. Nada disso. Reconhecemos que o Movimento Verde já registrou grandes feitos para a melhor utilização dos nossos recursos naturais. Um bom exemplo disso é o controle adotado por alguns países para manter a qualidade do ar, para não jogar lixo radioativo nos mares, para não fabricar brinquedos com aditivos tóxicos. No Brasil, especificamente, temos 2 bons exemplos dessa atuação: para a duplicação da Rodovia dos Imigrantes desmatou-se uma extensão equivalente a apenas 1/4 do trecho inicial, enquanto será preservada uma reserva florestal igual à do ter-reno desmatado; o mesmo critério é adotado pelas in-dústrias de celulose, que para cada árvore derrubada plantam uma nova árvore. À ação preventiva do Movi-mento soma-se a saneadora, como quando agiu efi-cientemente para reparar o prejuízo ambiental causado por derramamento de óleo no Alaska. Mas, repetimos sempre, a virtude está no meio, e a natureza está aí a

serviço do homem, não para ser colocada na vitrine e admirada de longe pela humanidade carente.

Quanto ao Ministério Público, seria no mínimo leviano desmerecer o importantíssimo trabalho que desenvolvem, mas recomendaríamos a alguns de seus membros que adotassem uma visão mais am-pla ao analisar os processos. Deveriam ter sempre em mente o fato de que a proteção da natureza pode e deve conviver com sua exploração racional, e o pro-cesso do desenvolvimento socioeconômico não pode parar. Como bem disse o ilustre jurista Miguel Reale, o Poder Público deve entender que a salvaguarda do meio ambiente não pode prevalecer sobre o valor da pessoa humana. Não se preserva o meio ambiente com a miséria.

Enquanto isso, países como a China e a Índia cresceram à razão de 7% a 8%. No terreno dos inves-timentos, só na Hidrelétrica das Três Gargantas a Chi-na está investindo R$30 bilhões, um megaprojeto que provocará o reassentamento de 3 milhões de pessoas. Já aqui, os investimentos na indústria de base caíram pela metade em 2003, passando de US$14 bilhões para US$6,6 bilhões. No dizer do insuspeito Jornal do Brasil, ao comentar nossa queda no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, o Brasil parou. Pois, acrescentamos nós, uma das razões dessa inércia é a dificuldade que têm os grandes projetos para superar as resistências ecológicas.

Convenhamos, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que não nos podemos dar ao luxo de estagnar, pre-judicando 170 milhões de brasileiros para satisfazer teorias e interesses pouco transparentes! Voltando ao jurista Miguel Reale, vamos transcrever aqui um trecho de um ensaio de sua autoria que sintetiza ma-gistralmente o que estamos dizendo: “Continua-se ide-alizando o meio ambiente como se fosse sempre uma fonte perene de benesses, na qual o homem estaria passivamente inserido, quando, na realidade, muitas vezes é ele que, como agente criador de civilização e de melhores qualidades de vida, vê-se na contingên-cia de interferir no que é natural e espontâneo para estancar seus efeitos nocivos”.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, aqui pedimos licença para, juntos, refletirmos, tendo como referen-cial nossa Carta Magna. Temos os princípios consti-tucionais que, como todos sabem, são marcos que os cidadãos brasileiros escolheram para orientar os ru-mos da Pátria. Algo de muito bonito nesses princípios é o fato de que eles não apontam necessariamente para o mesmo norte, para um rumo que oriente todas as situações; ao contrário, os vetores nem sempre se alinham, caracterizando um aparente conflito dos princípios constitucionais. Mas é cediça a maneira de

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se resolver tais conflitos aparentes. Ensinam-nos os grandes constitucionalistas que se chega à solução mediante a comparação das duas alternativas e a verificação de uma e outra no caso concreto, até se concluir qual delas deve prevalecer.

Ora, se não existe hierarquia entre princípios cons-titucionais, então como se dá essa comparação?

A principal função do Estado é propiciar o bem-estar social, o bem-estar do homem. Assim é em todo o mundo civilizado, e assim é no Brasil. O Título I da Constituição Federal tem conteúdo e alcance muito ricos, ao tratar dos princípios fundamentais desta Na-ção. O Parlamentar que ora ocupa esta tribuna teve a honra de se inserir entre os legisladores constituintes originários, e naquela ocasião fizemos incluir no art. 1º os princípios fundamentais – repetimos: princípios fundamentais – que a Carta Magna elege para o nos-so País, princípios esses que tudo têm a ver com a matéria que estamos discutindo.

A soberania nacional, objeto do inciso I do art. 1º, vem sendo a todo momento violada com a atuação dos grupos estrangeiros na Amazônia, como tivemos oportunidade de citar anteriormente. A cidadania e a dignidade da pessoa humana, consagradas nos inci-sos II e III do mesmo artigo, são conceitos que, para serem postos em prática, dependem também do que está definido no inciso IV, ou seja, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

Ainda inseridos no Título I, entre os objetivos fun-damentais da República, estabelecemos no art. 3º, em particular no inciso II, a garantia do desenvolvimento nacional, e no inciso III do mesmo artigo a erradica-ção da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais.

Portanto, na análise de qualquer conflito aparen-te de princípios constitucionais, não há dúvida de que prevalecerão aqueles que, no caso concreto, melhor contribuírem para o alcance desses fundamentos e desses objetivos.

Não há dúvida de que a tutela do meio ambiente também é de natureza constitucional. Entretanto, nos exemplos citados e na realidade nacional que hoje vi-gora, tal princípio vem sendo aplicado de forma errô-nea e exagerada. A tutela do meio ambiente definida na Carta Magna tem como principal personagem o homem, o de hoje e o das futuras gerações. É para-doxal, portanto, que o molusco berbigão valha mais do que uma criança com fome, na medida em que o molusco impede o investimento que geraria aquela ca-deia de riquezas capaz de alimentar a criança. E aqui no Brasil, infelizmente, temos milhares de crianças com fome, fome de alimento, fome de saúde, fome de educação, fome de dignidade. É o uso às avessas de

um princípio constitucional que visa o bem-estar do homem, para prejudicar esse mesmo homem. Faz-se mister ser mais coerente, e há que se interpretar sis-tematicamente nosso ordenamento jurídico, sobretudo nossos princípios fundamentais.

A Constituição da República, em seu art. 225, consagra o princípio de que o homem é o agente por excelência das transformações introduzidas no meio ambiente, para alcançar formas de vida ecologicamen-te equilibradas. Será, portanto, inconstitucional essa ação extremada e extremista que pretende transfor-mar o cidadão em agente passivo da natureza, dela não usufruindo e abdicando de seu direito à dignida-de material.

É preciso entender que o desenvolvimento sus-tentado é uma combinação, uma cumulação de diver-sos comandos constitucionais, que vão desde a livre atividade econômica, a proteção do meio ambiente, o cumprimento da função social da propriedade e mui-tos outros, tudo com o objetivo primordial de acatar os princípios fundamentais citados. Não há sentido em manter um Estado no qual o homem não venha em primeiro lugar. E nosso povo clama por emprego, por desenvolvimento, por pão na mesa, por inserção, por dignidade.

É passada a hora de nos darmos conta dos ex-cessos contrários, corrigindo-os; não abandonando as políticas tutelares do meio ambiente, mas equilibran-do-as dentro da legalidade, e sempre em benefício do homem. Nossos votos são de que se conscientizem disso o Ibama, o Ministério Público, o Ministério do Meio Ambiente e todas essas ONGs que hoje pen-sam o contrário.

Não podemos, porém, deixar de ter em vista nossa responsabilidade como representantes do povo brasileiro no Congresso Nacional. A função precípua desta Casa é ser a caixa de ressonância da socieda-de, e por isso considero ser o nosso papel debater essas questões, conhecendo a fundo as opiniões de todos os setores envolvidos. Assim sendo, pretendo sugerir à Comissão de Minas e Energia que promova uma grande reunião para ouvir em audiência pública técnicos do Governo, ambientalistas e empresários, sobre os seguintes temas: a verdade sobre o prejuízo ao meio ambiente causado por projetos; o fato de que muitos projetos são bons para o País e causam um impacto ambiental limitado; a necessidade de meca-nismos ágeis para analisar os prós e os contras de um projeto e propiciar uma rápida decisão; o excesso de preciosismo na legislação ambiental; a incapacidade dos órgãos ambientais de trabalhar na velocidade e no ritmo dos negócios do Século XXI.

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Acredito que esse passo, ainda que incipiente, haverá de pavimentar o caminho no rumo do entendi-mento e do efetivo combate contra tantos fatores que ainda impedem o desenvolvimento pleno de nossa Nação.

Muito obrigado!O SR. TAKAYAMA (PMDB-PR. Pronuncia o se-

guinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, para os especialistas, diferentes tipos de câncer podem aparecer no organismo humano por diversos motivos, tanto internos quanto externos. Os primeiros estão diretamente relacionados às questões hereditá-rias apresentadas pela genética, as pessoas nascem com predisposição cancerígena. Os segundos são de causas ambientais, principalmente, pelos seguintes fatores: tabagismo, hábitos alimentares, alcoolismo, práticas sexuais, uso de medicamentos, fatores ocu-pacionais e radiação solar.

É de suma importância prevenir e diagnosticar o mais cedo possível os casos de câncer, pois 30% deles podem ser evitados, principalmente os que mais matam, como o de pulmão, pele e estômago, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Para prevenir-se do câncer de pulmão deve-se ficar longe do tabaco; para o de pele, deve-se evitar a exposição excessiva às ra-diações solares, e, para o de estômago é necessário ter uma alimentação saudável, com frutas, legumes, verduras, pão integral e cereais.

É lamentável assinalar que o Brasil registrará neste ano 229 mil novos casos entre homens e 237 mil entre as mulheres; ao todo, serão 466 mil pessoas diagnosticadas com algum tipo de câncer. Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer de pele será o top da listagem com 113 mil casos, seguido dos tumores de mama feminina (49 mil), próstata (46 mil), cólon e reto (26 mil), pulmão (26 mil), estômago (23 mil), colo do útero (21 mil) e outros (162 mil).

Às vezes as pessoas ficam preocupadas diante da escolha: se tomar sol, terá possibilidade de ter cân-cer de pele; se não tomar sol, tende a ter osteoporose. Na verdade, são necessários apenas 15 minutos de sol bem cedo, 3 vezes por semana para a síntese da vitamina D, a incorporação de cálcio aos ossos e ao seu fortalecimento. Além disso, essa vitamina pode ser obtida por via oral, com ingestão de alimentos como peixes, frutos do mar e algumas frutas.

Embora existam inúmeros tratamentos do câncer exitosos – cirurgia, radioterapia, quimioterapia, trans-plante de medula óssea etc. —, a melhor opção ainda continua sendo a atenção e prioridade à prevenção.

Enumero algumas regras básicas que recolhi ao longo dos últimos meses em diálogos freqüentes com médicos do Paraná: parar de fumar, adotar dieta

alimentar pobre em alimentos gordurosos, limitar o consumo de bebidas destiladas, inserir exercícios físi-cos à rotina diária, evitar exposição prolongada ao sol e usar filtro solar. Tanto para os homens quanto para as mulheres, é imprescindível a consulta a um espe-cialista habilitado pelo menos uma vez por ano para exames preventivos.

Abordo o assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, porque a data de 8 de abril foi reconheci-da como Dia Mundial do Câncer.

Ressalto a importância dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 5.563 Municí-pios brasileiros trabalharem de forma conjunta, perfei-tamente integrados, ora disponibilizado informações úteis para a prevenção de doenças cancerosas, ora adotando medidas de controle e de combate sistemá-tico a todos os tipos de câncer.

Apresento à consideração das autoridades pú-blicas algumas sugestões para resguardar a saúde dos brasileiros, principalmente para evitar a presença maléfica das neoplasias:

1 – Implantar um projeto anticâncer, por meio de palestras nas escolas públicas e particulares;

2 – Incentivar o auto-exame tanto dos homens quanto das mulheres;

3 – Estimular, por intermédio da mídia, campa-nhas de combate aos diversos tipos de câncer;

4 – Estimular as pessoas a irem regularmente a consultórios médicos e a clínicas odontológicas;

5 – Difundir os benefícios de uma alimentação rica em vitaminas, sais minerais, proteínas e sem ali-mentos gordurosos;

6 – Criar ambientes desportivos nos Municípios para prática regular de exercícios físicos, e

7 – Aumentar o número de mamógrafos na rede pública de saúde.

Para concluir, Sr. Presidente, solicito a V.Exa. seja este pronunciamento divulgado pelos órgãos de comunicação desta Casa Legislativa.

Muito obrigado.O SR. NELSON MARQUEZELLI (PTB-SP. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ao assumir esta tribuna, quero enal-tecer o excepcional trabalho desenvolvido pelo Estado de São Paulo no tocante ao seu parque industrial e a sua estupenda participação na pauta das exporta-ções do País.

Os números demonstram a capacidade e a pu-jança dos paulistas, que atingiram R$32,5 bilhões, ba-tendo um recorde histórico, nos embarques efetuados ao exterior, com um aumento de 38,6%. No mesmo período, o total das exportações brasileiras atingiu US$100 bilhões, com um crescimento de 33,8%, in-

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ferior ao crescimento das vendas paulistas, um terço das vendas brasileiras ao mercado externo.

O Estado de São Paulo aumentou em 41,4% as suas exportações, comparando-se os dados de feve-reiro de 2004 aos de fevereiro de 2005, com um dado adicional importante: cerca de 80% das exportações paulistas são de produtos manufaturados, principalmen-te aviões, da nossa Embraer, máquinas e equipamen-tos e produtos alimentícios industrializados.

As exportações do agronegócio paulista aumen-taram 29,3% no primeiro mês de 2005, em relação ao mesmo período do ano passado. O Instituto de Econo-mia Agrícola – IEA, órgão da Secretaria de Agricultu-ra e Abastecimento, constatou que os embarques do agronegócio em janeiro deste ano somaram US$750 milhões e, como as importações atingiram US$290 milhões (acréscimo de 3,6%), o saldo foi de US$460 bilhões, o que representou crescimento de cerca de 53% sobre o primeiro mês de 2004.

De acordo com o IEA, se comparados o comércio exterior do agronegócio paulista com o do agronegócio brasileiro, as exportações de São Paulo representa-ram 27,5%, cerca de 3,9 pontos percentuais a mais do que em mesmo período de 2004. As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 11% em relação ao primeiro mês de 2004, atingindo US$2,73 bilhões (36,7% do total). Já as importações do setor subiram 2,6%, somando US$780 milhões (14,8% do total). O superávit do agronegócio nacional foi de US$1,95 bi-lhão, 14,7% superior ao de janeiro do ano anterior.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior acaba de divulgar o quadro compa-rativo de exportações em 2004, e mais uma vez São Paulo mostrou a sua capacidade, tendo exportado US$31,039 bilhões, com um aumento de 34,5% em relação ao ano anterior. No mesmo período, importou US$27,094 bilhões, com um saldo de US$3,945 bilhões na balança comercial. Na comparação, o Brasil exportou US$96,475 bilhões, com um aumento de 32%.

Essa é a grande contribuição de São Paulo ao Brasil. Teríamos melhores números se a carga tribu-tária não prejudicasse tanto os nossos empresários, que amargam custos altíssimos de logística, aliados a dificuldades na estrutura portuária brasileira.

Temos a obrigação de reverter esse quadro, e já formalizamos a criação na Câmara dos Deputados, com o apoio da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, de um grupo de trabalho para radiografar os gargalos no transporte marítimo brasileiro e apresentar soluções para reduzir o Custo Brasil.

Vamos trabalhar com o apoio dos empresários paulistas, do Dr. Paulo Skaf – Presidente da FIESP; do Dr. Fábio Meireles – Presidente da FAESP; do Sr.

Márcio Lopes de Freitas – Presidente da OCB, que es-tão realizando uma verdadeira revolução nos rumos da indústria e do agronegócio paulista, além dos setores como a indústria de cerâmica de revestimento, jóias e gemas e empresas portuárias.

O Brasil tem muito que crescer, e São Paulo será a máquina desse crescimento, que trará empregos e rendas para o País.

Muito obrigado. O SR. LUIZ BITTENCOURT (PMDB-GO. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez volto a falar sobre o nosso cerrado, agora para fazer referência especial ao Fórum de Ciência e Tecnologia, promovido em Goiânia pela Sociedade de Ciência e Tecnologia. Anunciou-se nes-se encontro que o Estado de Goiás pretende criar, em breve, a Fundação de Apoio à Pesquisa, com dotação orçamentária própria e repasses mensais de verbas, e cuja finalidade principal é a de se dedicar a pesqui-sas sobre temas importantes para a região, sobretudo aqueles relacionados ao bioma do cerrado.

Recentemente, nesta tribuna, tive a oportunidade de falar sobre o assunto, reportando-me especifica-mente a estudo do ambientalista Washington Novaes, que muito se tem ocupado de programas relativos ao meio ambiente. Agora, esse mesmo defensor de nossa ecologia renova sua denúncia sobre a situação crítica do cerrado, já ameaçado de extinção, segundo o re-latório da Conservação Internacional, dado a lume há poucos meses. E afirma que restam pouco mais de 20% da vegetação do bioma, considerados todos os fragmentos, e menos de 5% se considerados apenas os que têm mais de 2 mil hectares contínuos, capazes de permitir a preservação de todas as cadeias da bio-diversidade, na avaliação da Embrapa Monitoramento por Satélites.

O ambientalista Washington Novaes louva a ini-ciativa da criação da Fundação de Apoio à Pesquisa, reivindicação antiga da comunidade científica de Goi-ás, e diz esperar que ela siga os passos semelhan-tes da paulista, fundada há quase meio século e de longe a mais bem estruturada do País. Conforme sua exposição, os recursos e as pesquisas que permitam conservar, conhecer e explorar de forma sustentável a rica biodiversidade do cerrado – um terço da brasileira e cerca de 5% da planetária – são caminhos seguros para o amanhã, seja na área de medicamentos, seja na de novos alimentos, seja na de novos materiais e de energias renováveis, como as da biomassa.

Na palestra que fez para os participantes do Fó-rum de Ciência e Tecnologia do Cerrado, o ambienta-lista Washington Novaes afirmou que algumas poucas espécies da Amazônia têm mostrado a importância

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econômica, social e científica da biodiversidade. Citou, particularmente, a pupunha, que já responde por 10% do mercado brasileiro de palmito, o guaraná, o açaí e o cupuaçu. Mas disse que nossa participação na criação de patentes é insignificante, como têm demonstrado os relatórios da Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Cerca de 75% dos medicamentos comer-ciais realizados no mundo hoje, algumas centenas de bilhões de dólares anuais, provêm dessa biodiversidade. Entretanto, em 2003, fomos responsáveis por apenas 0,2% das patentes registradas. Os Estados Unidos registraram 41 mil; a Alemanha, 13,9 mil; a China, 1,2 mil; a Índia, 611; a África do Sul, 376; e Cingapura, 313. Das patentes brasileiras, apenas 7 foram fruto de pesquisas em universidades.

Propõe o ambientalista a abertura de caminhos que levem também à ampliação das áreas de conser-vação do cerrado nos fragmentos maiores que exis-tem em Goiás, principalmente no Vale do Araguaia, no nordeste, no extremo sudoeste e nas imediações do Parque das Emas, ao lado de algumas – Pirenópolis, Caldas Novas, Serra Dourada, Parque Altamiro Moura Pacheco, em Goiânia, entre outras – que permitirão pesquisar e conhecer a biodiversidade do cerrado goiano. Espera-se, assim, que a Fundação de Apoio à Pesquisa, que deverá ser criada pelo Governo do Estado muito brevemente, venha popularizar essa te-mática e aproximá-la da sociedade, conscientizando-a da necessidade de cada vez mais proteger o nosso cerrado, que caminha para a extinção.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado.O SR. LUIZ SÉRGIO (PT – RJ. Pronuncia o se-

guinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, volto a ocupar esta tribuna para defender o Programa Nuclear Brasileiro. E o faço de peito aberto, convicto de que estou defendendo o melhor para o meu País.

A questão que nos é posta não pode ser analisada meramente através da frieza simplificada dos números imediatos. Construir a Usina Nuclear Angra III é uma decisão estratégica importante a médio e longo pra-zos e tem como objetivo principal a continuidade e o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro.

Estamos colocando em jogo nossa posição no cenário mundial dentro de algumas décadas, e esteja-mos certos, Sr. Presidente, de que nenhuma nação que tenha abdicado de desenvolver a tecnologia nuclear será capaz de alcançar o pleno desenvolvimento num futuro próximo. Não sou eu quem o diz, Sr. Presidente. Qualquer especialista, qualquer cientista responsável sabe que a decadência dos combustíveis fósseis e as limitações naturais das fontes hidroelétricas levarão, na-

turalmente, ao fortalecimento da matriz nuclear que tem se mostrado eficiente e segura ao longo dos anos.

Que fique claro que estamos falando apenas e tão somente do uso pacífico da tecnologia nuclear. Quere-mos dominar a tecnologia da vida. A nós, brasileiros, pacíficos por natureza, não nos interessa a tecnologia da morte. Angra III é fundamental para o desenvolvi-mento do Brasil. O País precisa acordar para decisões urgentes como esta que podem influenciar de forma decisiva o nosso futuro.

Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Fi-quei surpreso ao ver as notícias que mostram a posição contrária do Governo argentino à legítima ambição do Brasil de ocupar um lugar permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Essa história de rivalidade entre povos irmãos não faz o menor sentido. Quando muito deve ser alvo de sadias brincadeiras envolvendo amenidades como futebol ou música popular. No campo político era de se esperar união como a que vem sendo defendida e trabalhada entre o Governo do Brasil e da Venezuela, por exemplo.

Nós queremos um continente forte. Esta é a nos-sa única saída. Divididos, somos fracos demais para fazer frente às necessidades e, principalmente, aos desafios do comércio global. Fico triste com a posição manifestada ontem pelo Vice-Ministro das Relações Exteriores da Argentina. O Brasil tem trabalhado pela integração sul-americana, e o fato de o nosso conti-nente ter um representante no Conselho de Seguran-ça é positivo para todos, ou pelo menos assim deveria ser encarado.

São estas as minhas palavras, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. SANDES JÚNIOR (PP – GO. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, embora seguramente este não seja um assunto de interesse do Governo, que tem usado sua força para protelar esse debate, venho a esta tribuna defender a urgente aprovação do projeto que disciplina a edição das medidas provisórias.

Não há dúvidas, Sr. Presidente, de que as MPs são verdadeiras camisas de força na relação do Con-gresso Nacional com o Executivo. Esta Casa não pode continuar sendo alvo da sanha do Governo por esse uso indiscriminado. Além de prejudicar sensivelmente o debate interno, as MPs travam a votação da pauta de projetos. E o travamento da pauta é extremamen-te prejudicial para uma Casa onde os grandes temas nacionais devem ser discutidos.

Esta Casa começa a analisar o relatório do ilus-tre Deputado Sigmaringa Seixas. O nobre Parlamentar sugere um prazo de 45 dias para a tramitação das MPs

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12538 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

na Câmara, dividido da seguinte maneira: 10 dias para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania decidir se a medida é urgente e relevante; 20 dias para uma Comissão Temática votar a proposta, e mais 15 dias para o Plenário aprovar ou rejeitar a medida. Só depois desse prazo a MP passaria a trancar a pauta. Trata-se de uma discussão, eu diria, preliminar, por-que esta Casa precisa discutir o assunto com a maior profundidade possível.

O nobre Deputado sugere ainda que o prazo comece a contar do zero assim que a MP chegar ao Senado, o que acabaria com a reclamação dos Sena-dores de que não têm tempo para discutir as medidas antes de elas trancarem a pauta. Admite, ainda, a pos-sibilidade de alternância na tramitação das MPs entre a Câmara e o Senado, mas a urgência e a relevância da medida só seriam julgadas em uma das Casas. Ou seja, se mantivermos o critério atual, de que a medida provisória tem sua tramitação iniciada na Câmara e em seguida vai ao Senado, o juízo de admissibilidade seria apenas da CCJ da Câmara. Se for aprovado o critério da alternância, seria da Comissão de Cons-tituição e Justiça da Casa em que ela iniciasse sua tramitação, explica.

Agora, Sr. Presidente, está claro que é preciso fixar um limite para o número de MPs em tramitação, ao mesmo tempo, de modo a não sufocar o Poder Le-gislativo com esse tipo de medida que, a meu ver, só deveria ser usada em casos excepcionais.

Sr. Presidente, agradeço a atenção a mim dis-pensada.

A SRA. GORETE PEREIRA (PMDB – CE. Pro-nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero abordar hoje um dos grandes problemas que pode afligir uma família: o desapareci-mento de crianças e adolescentes. Em muitos casos, o sumiço pode ser resolvido rapidamente, mas em outros podem-se levar anos de busca, espera e angústia.

No Ceará, dados da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente – DCECA revelam que, nos últimos 2 anos, ocorreram 151 casos de desaparecimento de crianças e adolescentes. Em 2005, foram registrados 3 casos. É preciso alertar para a inexatidão desses números, que podem ser maiores, pois não se tem conhecimento de trabalho de unificação das ocorrências realizadas em todo o Estado.

Na quase totalidade, as famílias conseguem re-encontrar as crianças em curto espaço de tempo. Ge-ralmente, os motivos do sumiço de um adolescente estão relacionados à dificuldade de subsistência, a conflitos familiares, a maus-tratos e a abuso sexual. No caso de meninas, aponta-se também a fuga para acompanhar o namorado. Já no caso de crianças, o

desaparecimento pode ser motivado por seqüestros, raptos ou conflito de guarda entre pais separados.

Em 2002, a Secretaria Especial dos Direitos Hu-manos criou a Rede Nacional de Identificação e Lo-calização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, órgão que tem a missão de prevenir o desaparecimento e colaborar no reencontro dos desaparecidos. De acor-do com números da Rede, 40 mil crianças e adoles-centes desaparecem anualmente no País. Desse total, 90% retornam aos lares por vontade própria ou pelo sucesso do trabalho das autoridades de investigação. Os 10% restantes são considerados “muito graves”. No Brasil, existem hoje 3 mil casos não solucionados, número elevado, que nos causa apreensão.

Para facilitar o trabalho da Rede na localização de crianças e adolescentes desaparecidos, gostaria de acrescentar que o órgão está empenhado na imple-mentação de medidas como o envelhecimento digital de imagens, além de estudar a implantação de um banco nacional de DNA.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a situação é preocupante. É preciso alertar a família para que, tão logo perceba a ausência da criança, comunique-a imediatamente à polícia, ao SOS Criança e à Delega-cia de Proteção ao Menor e ao Adolescente. Não há necessidade de prazo de 24 horas para o registro da ocorrência, e a rapidez nessa providência contribui para facilitar a busca e a localização, evitando-se que a criança seja conduzida a local mais distante.

Neste momento, também devemos salientar a questão do tráfico internacional, pois sabemos que muitas crianças desaparecem para serem vendidas, tanto para adoção como para comercialização de ór-gãos. Segundo reportagem do jornal O Povo, de 6 de março de 2005, uma criança na Europa pode custar 25 mil dólares.

No Ceará, famílias de menor poder aquisitivo e de pouco acesso à informação têm vivido o drama dos desaparecimentos. Ainda de acordo com a matéria do jornal, em Pacajus, Município distante 49 quilômetros de Fortaleza, desapareceu, em 14 de novembro de 2004, a menina Francinara Ferreira da Costa, de 11 anos. A criança trabalhava com a irmã numa barraca de bijuterias no mercado de Pacajus. Foi à barraca da mãe, dona Rita, pedir dinheiro para lanchar e depois disso não foi mais vista. A família não perde as espe-ranças e investe os poucos recursos para averiguar pistas que levem ao paradeiro de Nara.

Esse é apenas um caso que me serve de exem-plo por ser no meu Estado, o Ceará, mas que reflete o desespero das famílias brasileiras que vivem esse problema, principalmente aquelas menos assistidas e sem poder de mobilização. Sirvo-me dele para di-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12539

zer que se torna indispensável uma ação rigorosa do Poder Público, pois a sociedade anseia por medidas enérgicas para o combate, investigação e punição de crimes que envolvam o tráfico e o desaparecimento de crianças.

Ao manifestar às famílias vítimas desse sofrimen-to meu apoio e irrestrita solidariedade, quero finalizar reconhecendo a contribuição e o trabalho humanitário de grupos sociais e entidades não-governamentais que se organizam para que essas famílias possam reen-contrar suas crianças.

Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-

sa-se ao

V – GRANDE EXPEDIENTEO SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pela or-

dem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na sessão legislativa passada, submeti à apreciação desta Casa projeto de lei que estabelece a obrigatoriedade de realização de prévias eleitorais para a escolha de candidatos a Presidente da República, Governador de Estado e Prefeito Municipal, numa forma de democratizar o processo de seleção dos que aspiram postular os aludidos cargos.

Há poucos dias, em declarações à imprensa, o Senador Eduardo Suplicy, referindo-se especificamen-te à questão relacionada a São Paulo, defende tal sis-temática, considerando-a necessária para identificar a tendência preferencial de seus correligionários na próxima disputa para o Palácio Bandeirante.

Segundo há sido noticiado, além do Senador, pretendem concorrer à sucessão de Geraldo Alckmin, na legenda do Partido dos Trabalhadores, a ex-Prefeita Marta Suplicy, o Senador Aloizio Mercadante e o De-putado João Paulo Cunha, num contexto de confronto interno, que seria resolvido mediante manifestação dos que se acham filiados à agremiação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mencione-se, por oportuno, que a proposição de minha lavra foi relatada, na época, pelo então Deputado José Roberto Batochio, que a considerou perfeitamente constitucional, em consonância com a legislação par-tidária em pleno vigor entre nós.

Como a temática da reformulação de nossa sis-temática eleitoral e partidária não prosperou naquela ocasião, agora o impasse político em São Paulo aponta, inexoravelmente, para aquela alternativa, que abrange-ria as demais siglas existentes em nosso País.

Nada mais oportuno, portanto, do que acelerar a discussão e a votação de minha iniciativa, que voltou a tramitar, desde o ano passado, dentro das mesmas concepções originalmente sugeridas ao exame do Congresso Nacional.

Mesmo a latere do Projeto Ronaldo Caiado, bem que o intento de se estabelecerem prévias poderia vir a constituir item compulsório dos debates aqui inseridos, com as quais se poria fim às disputas internas, que desgastam a legenda e os eventuais concorrentes.

Em 2001, o projeto aludido, de número 4.115, foi amplamente justificado, como se infere do texto abaixo transcrito:

Justificação

Já se cogita, entre algumas agremiações parti-dárias, da realização de prévias eleitorais, objetivando promover a indicação, à respectiva Convenção Nacio-nal, do candidato que deverá disputar o voto popular para a Presidência da República, no pleito de outubro de 2002.

A iniciativa valoriza, significativamente, a mani-festação das bases de cada facção, dando-lhes, assim, expressiva e justa participação no processo de escolha daquele que, pelo período de quatro anos, pretende dirigir os destinos do País.

Com a finalidade de tornar obrigatória esta salutar providência, de conotação eminentemente democráti-ca, é imprescindível que lei específica disponha sobre tal exigência, em caráter formal e compulsório, como forma de vitalizar o correto funcionamento de nossas estruturas partidárias.

É indiscutível que o lineamento consubstanciado no projeto reflete um sentimento latente que há pre-dominado entre a militância de numerosas legendas, transferindo-se das cúpulas para as bases tão rele-vante deliberação.

Sobre o assunto, o professor Dalmo de Abreu Dallari afirma, lapidarmente em artigo publicado na Folha de S. Paulo:

‘O partido que optar pela realização de prévias partidárias ganhará o respeito do eleitorado brasileiro e certamente seu candidato terá grande possibilidade de receber o apoio de eleitores e de entidades que de-testam as imposições das cúpulas políticas e anseiam por transparência e autenticidade na vida pública’.

Sendo assim, confio em que a presente proposi-ção haverá de merecer indiscrepante acolhida por par-te de todas as bancadas com assento no Congresso Nacional, bem como repercutirá favoravelmente junto à opinião pública brasileira.

Sr. Presidente, a renovação deste assunto, de im-portância vital para a democratização na escolha dos

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candidatos majoritários de cada facção, decorreu de entrevista do Senador Eduardo Suplicy, que se inclui, juntamente com a ex-Prefeita Marta, o Senador Mer-cadante e o Deputado João Paulo, como pretendente à sucessão de Alckmin à frente da maior unidade fe-derada do País.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao primeiro orador inscrito, nobre Depu-tado Humberto Michiles. S.Exa. dispõe de 25 minutos na tribuna.

O SR. HUMBERTO MICHILES (Bloco/PL-AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira; companheiros Srs. Deputados e Sras. Deputadas, inicio este pronunciamento relatando uma trágica história de violência ocorrida em Manaus. Contarei esse episódio não para expressar minha dor e angústia pessoal, mas porque, por meio dele, será possível retratar o caos vivido em nossa capital na área de segurança. Veremos a deficiência da polícia, a falta de recursos científicos e tecnológicos primor-diais, o desperdício de recursos do Estado e o nível de crueldade que o ser humano pode atingir, sobretudo quando tem a certeza da impunidade.

José Maria Braule Pinto, na juventude um dos mais destacados desportistas do Estado do Amazonas, hoje com cinqüenta e poucos anos, profissional liberal, casado com Aldizangela Martins de Lima, com quem tem uma filha de 4 anos, vive um drama. Sua esposa e filha, ao final da tarde, saíam de shopping em Ma-naus quando foram rendidas por um bandido armado com revólver que lhe pediu dinheiro. Informado pela vítima de que dispunha de apenas cento e poucos re-ais, obrigou-as a retornar ao shopping, onde realizou várias compras.

A câmera interna registrou a cena do bandido desfilando de mãos dadas com a criança. Termina-das as compras, já no início da noite, após circularem pela cidade, o bandido, que dirigia o carro da vítima, pára em um bairro de classe média alta e friamente pergunta-lhe se ela queria morrer. Mesmo depois de Aldizangela suplicar pela própria vida, ele retruca di-zendo que ela iria morrer assim mesmo e dispara um tiro à queima roupa que lhe atinge a cabeça.

A criança começa a chorar e a gritar, e o bandido dispara um segundo tiro, também à queima roupa, que atinge a nuca da menina. Mesmo gravemente ferida, Aldizangela conseguiu ligar o carro e, deslocando-se lentamente pela contramão, chamou a atenção de 2 médicos cirurgiões que coincidentemente passavam pelo local e imediatamente lhes prestaram socorro. A crueldade e a luta de mãe e filha pela vida chocaram a todos em Manaus.

Vou ler agora algumas manchetes que retratam o caos da segurança pública em meu Estado.

Jornal A Crítica: Polícias só resolvem crimes na base do olhômetro; Polícia do Estado está na Idade da Pedra.

Vou ler pequeno trecho da matéria:“De acordo com promotores e juízes que atuam

nas Varas Criminais e no Júri Popular, há muito tempo que os inquéritos estão chegando à Justiça apenas munidos de provas testemunhais ou, no máximo, com laudo de exame de necropsia, que não são suficientes para provar se uma pessoa é culpada ou inocente”.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, foi preso um cidadão que já se confirmou não ser o assassino, e agora surge investigação paralela – de um Deputado Estadual, autorizado pelo Governador – que aponta ex-presidiário já assassinado e enterrado sem ter tido sua verdadeira identidade esclarecida.

Outra manchete: Polícia lança operação para re-duzir criminalidade. Está estampada no jornal uma foto com cavalo, viatura, helicóptero, e há o anúncio de uma data em que a polícia vai realizar megaoperação.

É preciso ser não um bandido, mas uma besta para ser apanhado numa operação dessas, anun-ciada em manchete de jornal, com data e local para acontecer.

Outros jornais: Barreiras para pegar matadores. São manchetes que demonstram ações pirotécnicas, mas de pouco resultado efetivo.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Costa Fer-reira.

O Sr. Costa Ferreira – Nobre Deputado Humberto Michiles, parabenizo V.Exa. pelo tema que traz a este Plenário, inclusive para servir de subsídio a um debate mais aprofundado no que concerne ao combate à vio-lência, que está grassando cada vez mais em todos os recantos do nosso País. V.Exa., em boa hora, aborda este assunto que preocupa toda a Casa. A violência e a intranqüilidade que assolam os lares brasileiros têm de ter um basta. A sociedade precisa ter conhecimento e envolver-se nessa causa, e o Poder Público precisa tomar as necessárias e adequadas medidas para aca-bar com a violência, que se amplia com o narcotráfico e a prostituição infantil. Parabenizo V.Exa. pelo trabalho e pela preocupação que demonstra com a violência em nosso País. Muito obrigado.

O SR. HUMBERTO MICHILES – Ouço, com pra-zer, o Deputado Alberto Fraga.

O Sr. Alberto Fraga – Deputado Humberto Mi-chiles, parabenizo V.Exa. por abordar assunto salutar, polêmico. Percebe-se que para a polícia falta metodo-logia científica e de trabalho. Mas veja V.Exa. como ela pode fazer. Criaram o melhor instrumento dos últimos

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tempos para combater a criminalidade no Brasil, o Fundo Nacional de Segurança Pública, que custou na faixa de 1 bilhão, 1,5 bilhão de reais. Hoje, o Governo Lula mantém esse fundo contingenciado e, quando consegue executá-lo, utiliza apenas 20% da previsão orçamentária. Por isso, as polícias vivem nesse esta-do de penúria, de miséria. V.Exa. faz uma afirmação com a qual todos nós concordamos: a polícia precisa de equipamentos. Além do mais, ela – isto é vergonho-so, e o Governo Lula deveria tomar vergonha, dar um jeito nisso – elucida apenas 2,8% dos crimes pratica-dos no Brasil. A Polícia Judiciária, ou seja, a Polícia Civil, esclarece apenas 2,8% de todos os crimes que acontecem no País. Precisa fechar as portas para fa-zer alguma coisa que preste. Parabenizo V.Exa. pela coragem e pelo grande teor do discurso. Espero que esta Casa acorde para o problema da segurança pú-blica. Muito obrigado.

O SR. HUMBERTO MICHILES – Deputado Al-berto Fraga, agradeço a V.Exa., Parlamentar da área, o aparte. Os dados apresentados por V.Exa. são es-tarrecedores e falam por si mesmos. Por isso, a Casa tem que se posicionar. Hoje, o Jornal da Câmara in-forma que o Presidente Severino Cavalcanti definiu a segurança pública como prioridade. Mas é preciso que também haja gerenciamento, que não se desper-dicem recursos em ações que têm efeito pirotécnico e nenhuma eficácia.

Vou dar um exemplo. Há algum tempo, no Esta-do do Amazonas, instalou-se um sistema de acompa-nhamento de viaturas via satélite. Pela foto, a sede do sistema parece até uma sala da Nasa. Nesse sistema, que era importado, foram gastos quase 20 milhões de reais. Sabem como ele está atualmente? Desativado.

Falta recursos, mas não é a causa principal do problema. Talvez a causa principal seja a falta de uma definição mais adequada sobre gestão, prioridades e investimentos.

Quanto à polícia, não dá mais trabalhar na base do olhômetro. Tem que haver investimento em recursos humanos e tecnológicos.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Mauro Be-nevides.

O Sr. Mauro Benevides – Deputado Humberto Michiles, o pronunciamento de V.Exa. na tarde de hoje marca presença firme e determinada na abordagem de uma temática marcadamente palpitante, que cer-tamente inspirou Severino Cavalcanti quando, ontem, investido da autoridade da cadeira presidencial desta Casa, fez candente pronunciamento à Nação sobre o combate à violência. Portanto, o pronunciamento de V.Exa. oferece um lastro, com um fato concreto, da ab-soluta justeza com que se posicionou o Presidente da

Casa quando praticamente conclamou as autoridades e o povo brasileiro para uma grande cruzada contra a violência no País.

O SR. HUMBERTO MICHILES – Nobre Depu-tado, agradeço a V.Exa. o aparte.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Neucimar Fraga.

O Sr. Neucimar Fraga – Nobre Deputado Hum-berto Michiles, queremos parabenizá-lo por tocar em assunto que, com certeza, tem chamado a atenção da sociedade brasileira, que já não suporta mais con-viver com índices tão grandes de violência. Quando é cobrada uma ação do comandante da polícia, ele diz que a causa do problema é a falta de políticas públicas e sociais das Prefeituras e dos Governos de Estado; quando cobramos das Prefeituras, o Prefeito diz que estão investindo no social, mas que falta policiamento ostensivo para que se faça uma segurança preventiva; quando cobramos dos comandantes e delegados que fazem as prisões, eles dizem que têm feito trabalhos de investigação, que estão prendendo, mas que a Justiça é frouxa; quando cobramos do Judiciário, ele diz que o Código Penal tem que ser mudado, mas que não é o Judiciário que faz as leis, mas Legislativo, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal; quando o assun-to chega à Casa, muitos dizem que é difícil fazer as votações necessárias, porque, no momento das vota-ções, aparecem as comissões de direitos humanos, os lobbies de advogados e de policiais, tentando deixar brechas nas leis para facilitar suas defesas. Jogamos a culpa no Poder Executivo. O Executivo, por sua vez, diz que é um problema antigo e que não tem como re-solver dentro de 4 anos. Com isso, passa-se o tempo e continuamos convivendo com alto índice de violência, as famílias sofrendo, perdendo seus entes queridos, seus filhos. Portanto, parabenizo V.Exa., Deputado Fe-deral pelo Estado do Amazonas, e também o Estado do Amazonas, por conduzir a esta Casa um Deputado com compromisso como o que V.Exa. tem, não só com o Estado do Amazonas, mas também com todo o povo brasileiro. Parabéns pelo pronunciamento.

O SR. HUMBERTO MICHILES – Nobre Depu-tado, V.Exa. é do Espírito Santo e tem uma atuação destacada nesta Casa, sobretudo nessa área. Meus agradecimentos.

Vou dar seqüência ao meu pronunciamento, Sr. Presidente, Srs. Deputados, relatando apenas esse episódio. Poderia relatar outros tantos crimes, assassi-natos bárbaros, brutais, em que não foi dada a menor satisfação à sociedade. Lembro de um assassinato ocorrido em meu Município de Maués, em que uma pessoa foi espancada, na frente da delegacia, até a morte, e até hoje não se deu uma satisfação à opi-

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nião pública. Trata-se de um verdadeiro desrespeito à cidadania.

Prossigo. A prisão do suposto assassino foi feita apenas com base no depoimento de testemunhas e no possível reconhecimento feito pela vítima, dopa-da e em estado grave. Não haviam sido coletadas as impressões digitais, nem feito o exame residual de pólvora das mãos do suposto assassino. Segundo os investigadores da polícia, não há sequer fita plástica para preservar o local do crime. Não há recursos cien-tíficos e tecnológicos para saber se o sangue encon-trado numa faca é de animal ou de ser humano. Para completar esse quadro caótico, ainda são comuns denúncias de que nas delegacias policiais se recorre ao método de prender para investigar, ao invés de in-vestigar para prender, como bem lembrou hoje o Pro-motor Cândido Honório.

Essa lista poderia estender-se ainda mais. Não há laudos de exames periciais e de fotografias dos locais dos crimes. Não se realizam exames de balística, de impressões digitais dos suspeitos ou acusados e lau-dos residuográficos. Essas são provas essenciais em qualquer investigação, capazes de identificar e colocar criminosos na cadeia. Esse inacreditável despreparo gera números estarrecedores. Noventa por cento dos inquéritos policiais chegam às varas criminais sem ele-mentos suficientes para se iniciar o processo.

De cada 10 crimes, apenas 1 é punido. Esses dados revelam de forma clara e dramática o grau da impunidade. E pior, pela falta de recursos técnicos, é possível que muitos inocentes estejam pagando injus-tamente por crimes que nunca cometeram.

E o que tem sido feito? Para transmitir à popula-ção a impressão de que ações têm sido desenvolvidas, a opção tem sido por ações espetaculares, pirotécni-cas, como, por exemplo, desfile de viaturas, aluguel de helicóptero, exposição de equipamentos no sam-bódromo da cidade. Já disse que se gastaram quase 20 milhões para implantar um sistema de rastreamento das viaturas policiais que hoje está desativado. Não culpo o atual Governo por tê-lo desativado. Não es-tou convencido da sua importância, da necessidade de implantá-lo. Enquanto isso, necessidades básicas, mínimas, essenciais para uma segurança decente são negligenciadas.

O que é preciso ser feito? Tomo as palavras do ilustre Promotor de Justiça Dr. Valber Luís do Nasci-mento: “Não basta comprar armas, viaturas, construir novas delegacias. É preciso investir na polícia científi-ca”. Segundo ele, não há polícia científica no Estado do Amazonas. Os institutos de criminalística e o Insti-tuto Médico Legal só têm o prédio e funcionários, não cumprem seus objetivos, ou seja, não produzem provas

científicas para colaborar com as investigações. “Como polícia científica não aparece, não dá mídia, não há interesse em equipá-la”, conclui o promotor.

Vejamos o que diz ainda o Juiz Aristóteles Lima Touri: “Sem as provas científicas no processo, o pro-motor não tem como denunciar o réu”. Nesses casos, o Ministério Público devolve o inquérito para a delegacia realizar novas diligências. O delegado fica à espera de que fatos novos ocorram para dar prosseguimento às investigações. Com o passar do tempo, o Ministério Público acaba pedindo o arquivamento. O que passa a acontecer é o que disse a Deputada Juíza Denise Frossard, nome de respeito nessa área, que se deparou com muitos assassinatos sem assassinos. Na hora em que é pedido o arquivamento, temos um assassinato sem assassino. Essa prática gera impunidade. Por isso, a violência aumenta a cada ano.

É preciso ressaltar que as polícias do Amazonas dispõem de recurso humano qualificado e competente. Posso citar o Diretor-Geral da Polícia Civil, Dr. Frederico Mendes. O Estado dispõe também de recursos finan-ceiros para promover uma transformação, porque a receita estadual tem crescido todo ano. Falta vontade e locação eficiente dos recursos.

Deputado Átila Lins, na semana passada, conver-sei com 3 tenentes-coronéis da ativa da Polícia Militar. Perguntei como estava a corporação. A resposta foi que faltava até papel para as necessidades básicas.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Átila Lins.O Sr. Átila Lins – Ilustre Deputado Humberto

Michiles, Deputado do Amazonas, seu colega, reco-nheço que V.Exa. traz a esta Casa a indignação do povo de Manaus e do povo amazonense com esse fato ocorrido na semana passada. Aliás, é indignação da sociedade organizada e dos seus dirigentes, do Governador Eduardo Braga, que, em medida de certa dureza, substituiu o Comandante da Polícia Militar de-pois desse seqüestro relâmpago, pois observou que a corporação não estava dando a devida atenção ao fato, sem paralelo no Estado, tal o grau de seriedade com que S.Exa. encara a questão de segurança pública. V.Exa. há de convir que o Governador melhorou bas-tante a segurança pública do Amazonas. O problema é que essa questão foge dos umbrais do Estado por se tratar de crise nacional. Se fizer rápida retrospectiva, verá que a violência urbana atinge o Brasil de ponta a ponta. E o Governo Federal nem assim se sensibi-lizou. Tanto que este ano 50% do Fundo Nacional de Segurança Pública estão contingenciados, deixando o Governo sem condições de ajudar os Estados a me-lhorar esse serviço prestado à população até mesmo para comprar os equipamentos, que V.Exa. reclama com muita propriedade, de alta tecnologia, para dotar

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a policia de um sistema capaz de atuar não apenas pelo olhômetro, mas com tecnologia ampla. É preciso apoio do Governo Federal. Mas o Governo Estadual, volto a reafirmar, tem dado atenção especial, mesmo a despeito de entender que o problema da segurança pública não é apenas do Amazonas, mas nacional. Realmente, o Governador Eduardo Braga e sua equi-pe têm feito o melhor de seus esforços. Solidarizo-me com V.Exa., pois traz a esta Casa tema que merece reflexão de todos nós e apoio para que os órgãos en-carregados tenham os meios necessários para comba-ter a criminalidade e a violência. Com isso ajudaremos a sociedade, que está completamente desprotegida. Parabenizo V.Exa. pela preocupação, ao trazer tema palpitante e polêmico para o debate.

O SR. HUMBERTO MICHILES – Deputado Átila Lins, agradeço a V.Exa. o aparte.

Antes de ouvir o Deputado Marcos de Jesus, enfatizo que o pronunciamento que faço não é contra o Governador Eduardo Braga. Aliás, não é contra A ou B, é a favor de uma polícia qualificada, que tenha condições para realizar com eficácia seu trabalho, a fim de inibir a certeza da impunidade.

Tenho certeza, Deputado Átila Lins, de que os recursos disponíveis, que talvez não sejam muitos, podem e devem ser mais bem aplicados, em ações que têm menor visibilidade, mas maior resultado. Que tratemos isso não como questão partidária.

Ontem, foi a esposa de um cidadão de família conhecida, como V.Exa. sabe, Braule Pinto. Amanhã, pode ser a minha, a sua esposa, a esposa de qualquer um de nós. Como disse o parente de uma vítima no Rio de Janeiro, citado aqui no pronunciamento da Deputado Juíza Denise Frossard: ser vítima da violência no Rio de Janeiro é questão de tempo. Temos que trabalhar para resolver a situação antes que a violência chegue a um nível ainda pior e se torne irreversível.

Ouço, por concessão da Mesa, o nobre Deputado Marcos de Jesus.

O Sr. Marcos de Jesus – Deputado Humberto Michiles, parabenizo V.Exa. pelo brilhante pronuncia-mento. Manifesto de público minha admiração pela brilhante atuação que tem na Casa. V.Exa. não tem só lutado pela segurança pública do Estado e do Brasil, mas tem trabalhado para levar recursos para que a se-gurança, a educação e a saúde estejam em patamar elevado no Amazonas. Parabenizo V.Exa. por isso. Te-nho certeza de que a Polícia do Amazonas, se tivesse condições favoráveis, faria o melhor. No meu Estado, policiais militares e civis têm doado a própria vida para que nós, sociedade civil, continuemos com vida. Mais uma vez, reitero sua brilhante atuação. Parabéns por ter tocado em tema tão importante, que aflige tanto os

brasileiros. O Amazonas e o Brasil estão de parabéns por terem nesta Casa um Deputado que atua não só em favor da área de segurança, mas das de saúde, de educação, de transportes – aliás, nossas estradas não estão boas. Parabéns, nobre Deputado Humberto Michiles, pelo seu pronunciamento.

O SR. HUMBERTO MICHILES – Agradeço as palavras generosas ao nobre Deputado Marcos de Je-sus. Na verdade, o assunto que ia trazer a esta tribuna não era este. Trouxe-o apenas pela situação, que se agravou muito em Manaus.

Sr. Presidente, disse o Promotor Francisco Cruz, de quem tomo emprestado as palavras:

“O gigante fosso que se formou entre o apare-lhamento do Estado e a criminalidade é o verdadeiro motor do desenfreado crescimento da violência urba-na. A cada dez crimes cometidos, apenas um recebe punição. Nada mais preocupante. A grande verdade, não nos iludamos, é que enquanto não houver maciço investimento do Estado em recursos tecnológicos, en-volvimento das ciências afins, qualificação e reciclagem dos agentes públicos responsáveis pela prevenção e repressão do crime, a violência, especialmente a urba-na, ainda enlutará milhares de lares em Manaus” – e outras cidades do Amazonas. “O que inibe a criminali-dade é a certeza da punição. E como punir o malfeitor se a investigação criminal é conduzida de forma ab-solutamente artesanal e amadora onde a intuição se sobrepõe ao conhecimento científico? Alguma coisa está faltando, e as autoridades da área de segurança precisam nos dizer o que é e, sobretudo, solucionar o problema”.

O jovem Governador Eduardo Braga, que foi, pela sua inteligência, depositário das esperanças do povo amazonense, precisa chamar para si a responsabilida-de e oferecer segurança e tranqüilidade à população, liderando ações para dotar a polícia de condições e meios para bem cumprir sua missão.

Que chame o Legislativo, que integre o Judiciário, que busque a colaboração imprescindível do Ministé-rio Público, que constitua um grupo com o objetivo de planejar e implementar, sob sua supervisão, um plano capaz de diminuir a números civilizados os crimes im-punes que afrontam a população do Amazonas.

O Governo tem obrigação de dar uma resposta à população, não espasmódica e episódica, para acal-mar momentaneamente a indignação de uma socie-dade assustada com esse nível de violência, mas que transmita a todos que no Amazonas se constrói uma polícia competente, capaz, qualificada e com recursos tecnológicos e científicos necessários para garantir o retorno da tranqüilidade à população.

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12544 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Como bem divulga o editorial intitulado A Agonia da Cidade, do jornal Diário do Amazonas, “além do desejo de ver os responsáveis por tamanha violência punidos, os habitantes de Manaus querem de volta a certeza de que podem ir e vir; querem de volta o di-reito de andar pela cidade, de sair para o trabalho, ao passeio, as compras e saber que não estão sozinhos, que há um sistema eficaz zelando por eles. A cidade, diante do drama de muitos e da explosão da violência, está doente. O tratamento exige uma outra receita”.

Sr. Presidente, gostaria de ler mais uma manchete que comoveu a cidade: Viva, Laura, Viva. A menina fe-rida com um tiro em seqüestro relâmpago acorda cha-mando pela mãe. Laurinha acordou ontem de manhã demonstrando incrível poder de recuperação. De acordo com o último boletim médico, divulgado pelo Hospital João Lúcio, onde a menina está internada, ela man-tém respiração espontânea e se alimenta por via oral. Laura responde com gestos aos comandos da equipe médica em virtude da sua dificuldade para falar.

Sr. Presidente, essa criança, após levar um tiro na nuca à queima roupa, recuperou-se. Que a sua força, que a força da sua mãe, que a sua garra, a sua luta pela vida nos sirva de exemplo no combate à vio-lência. Com a graça de Deus e com o esforço de to-dos, tenho absoluta convicção de que nós, cidadãos amazonenses, também sairemos vitoriosos em nossa luta pela vida.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Rogério Teófilo) – Agrade-

ço ao nobre Deputado Humberto Michiles.Aproveito para comunicar a presença em ple-

nário do Prefeito de Prados, Minas Gerais, Gustavo Gastão, ao lado do seu correligionário Deputado Re-ginaldo Lopes.

Durante o discurso do Sr. Humberto Mi-chiles, o Sr. Inocêncio Oliveira, 1º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupa-da pelo Sr. Rogério Teófilo, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Rogério Teófilo) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Marcelo Ortiz, para uma Comunicação de Liderança, pelo PV.

O SR. MARCELO ORTIZ (PV-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, pela primeira vez ocupo a tribuna para la-mentar fatos ocorridos nesta Casa e que não coadu-nam com quem não os merece.

Ontem, pouco antes de terminar a sessão, houve uma votação simbólica. Terminado o processo – que não satisfez o Líder Deputado Rodrigo Maia —, S.Exa.

solicitou que ficasse consignado que a base havia votado contra.

Embora presente na ocasião, Sr. Presidente, não me foi possível fazer uma observação, porque não houve tempo, mas faço-a agora.

Antes de o Deputado Rodrigo Maia acusar a base e dizer que ela não queria continuar os traba-lhos, S.Exa. deveria ter pedido – como lhe faculta o Regimento – verificação de votação. Se assim fizes-se, saberia quem era a favor ou contra a prorrogação da sessão de ontem. O meu partido, o Partido Verde, que pertence à base, queria a prorrogação dos traba-lhos. E era interessante que isso tivesse acontecido, porque teríamos tido a oportunidade de eliminar obs-táculos da pauta.

Logo no início desta sessão, ouvi o Deputado Antonio Carlos Pannunzio – por quem tenho grande respeito – dizer que hoje não haveria votação, porque a base não está presente.

Sou Deputado do Partido Verde, que faz parte da base, e manifesto-me neste instante para dizer a S.Exa. que não haverá continuidade dos trabalhos porque o Relator da MP nº 227 vai pedir prazo para a apresentação do seu parecer.

Nesta Casa, há certos fatos que temos de trazer a público para que a verdade seja conhecida. Partici-pamos da reunião de Líderes e nela ficamos sabendo o que ocorrerá ou não durante a sessão.

Fica registrado o meu protesto pelo posiciona-mento desses 2 Deputados. Antes de qualquer tipo de manifestação, deveriam ter verificado, por exemplo, que ontem, na qualidade de Líder do Partido Verde, não levantei a mão para opor-me à continuidade dos trabalhos.

Sr. Presidente, muito obrigado pela oportunida-de.

O SR. LINCOLN PORTELA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Rogério Teófilo) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PL-MG. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presiden-te, Sras. e Srs. Deputados, hoje, venho à tribuna desta Casa falar dos nossos irmãos africanos, e infelizmente as notícias não são boas.

Relatório elaborado por especialistas do Progra-ma das Nações Unidas contra a AIDS prevê que cerca de 90 milhões de africanos podem ser infectados com o vírus HIV até 2025, caso não sejam implementadas novas e urgentes medidas. Atualmente, estima-se que 25 milhões de africanos estejam infectados com o ví-rus da AIDS. Caso não recebam tratamento terapêu-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12545

tico adequado, número bem significativo de pessoas pode desenvolver a doença.

A região africana é a mais afetada pela doença, desde seu surgimento há 20 anos. Com a evolução da epidemia, os países da região podem ficar cada vez mais marginalizados do processo de globalização e registrar queda de investimentos e de ajuda exterior. O continente espera poder aplicar medidas mais rigo-rosas, apesar dos recursos limitados, evitando assim 24 milhões de novos casos nos próximos 20

A diretoria do Programa considera os resulta-dos hipotéticos, mas adverte que milhões de novas infecções podem ser evitadas se a África e o resto do mundo decidirem abordar a crise como algo excepcio-nal que detém um poder devastador para sociedades e economias inteiras.

Alerta também para o fato de que existe um abis-mo entre a necessidade e a disponibilidade de recursos para a luta contra a Aids. Em 2003, o total destinado aos países em desenvolvimento para esse objetivo chegou a US$4,7 bilhões, metade do que seria necessário para realizar um combate adequado da epidemia.

O texto entende que não somente dinheiro é fator essencial para a melhoria dos resultados da situação atual, mas também a utilização desses recursos com eficiência e o financiamento de outros objetivos em favor do próprio desenvolvimento.

Sr. Presidente, a ONU conclui que há cerca de 40 milhões de pessoas infectadas com o vírus da AIDS em todo o mundo, das quais a maior parte se concentra nas regiões mais pobres da África. E esses doentes sentem falta de atendimentos mais eficazes.

Espero que o mundo inteiro se volte novamente para essa questão. Logo quando surgiu, a AIDS foi fa-lada, discutida e considerada por todo o planeta como um mal sem volta. Hoje, parece adormecida, parece que as guerras estão superando as questões humani-tárias e sociais. Investir em pesados armamentos não protege nossas nações. O HIV é transparente, não tem cor nem barreiras.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Rogério Teófilo) – Concedo

a palavra ao nobre Deputado Antenor Naspolini.O SR. ANTENOR NASPOLINI (PSDB-CE. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, saúdo todos os que estão sintonizados com a TV Câmara, neste momento, especialmente os Esta-dos do Ceará e Santa Catarina.

Sr. Presidente, tendo dedicado toda a minha vida profissional à causa da educação, com ênfase na educação básica, sinto-me honrado pela oportuni-dade de assomar à tribuna para conclamar os nobres colegas a se engajarem em um compromisso que, de

algum tempo, vem-se firmando no seio da sociedade brasileira e que neste momento precisa do concurso imprescindível de todas as Sras. e os Srs. Deputados que, com o melhor senso do dever, animam e qualifi-cam os trabalhos desta Casa.

Refiro-me à preciosa oportunidade de nos ali-nharmos ao lado de milhares de homens e mulheres de boa vontade, de visão ampla, que trabalham na construção do primeiro pacto para a refundação do Brasil: o pacto pelo nosso futuro, que é o que pode-mos fazer pelos nossos filhos; o pacto pelas crianças brasileiras, pelo seu direito à vida e à oportunidade do pleno desenvolvimento de suas potencialidades; pela sua saúde e pelo desabrochar de suas inteligências; pelo seu direito de crescer como cidadãos conscientes de seus deveres, respeitadores dos direitos alheios, amigos da paz.

A este pacto não faltam os argumentos capazes de nos unir e de nos mover. O investimento que faz uma sociedade no pleno desenvolvimento de suas crianças é imperativo e antes de tudo em respeito aos seus direitos de cidadania. Mas é também, fator de en-riquecimento material e de melhoria da produtividade, política presente e futura de redistribuição de renda e vacina de efeito gradativo, mas de comprovada eficácia, contra as diferenças sociais, culturais, étnicas e reli-giosas. Diferenças estas que, somente num ambiente de aprendizagem, de igualdade e de solidariedade, transformam-se de cordões de isolamento em laços de amizade e de crescimento mútuo.

O aprendizado do respeito e do tolerância é a base para a formação de indivíduos defensores da ordem democrática e zelosos da coisa pública.

E não digo isso apenas porque tais argumentos sejam convenientes às minhas convicções pessoais, fortemente comprometidas com a justiça social e o Estado Democrático de Direito. Falo com base nas fartas evidências que as investigações realizadas no domínio das neurociências nos vêm proporcionando nas últimas décadas.

Já em 1972, o psicólogo Fitzhugh Dodson pu-blicava, na França, o livro Tout se joue avant six ans, que numa tradução livre poderíamos intitular Tudo se decide antes dos 6 anos. Naquela década, dava-se ênfase aos aspectos de crescimento físico do cérebro e se afirmava que aos 6 anos de idade o cérebro de uma criança já tinha aproximadamente 80% do peso que teria como adulto.

Tais constatações contribuíram para gerar a se-gunda mais forte onda de expansão do atendimento pré-escolar no mundo, tendo a primeira se verificado no período imediatamente posterior à 2ª Guerra Mun-dial, para atender os órfãos do conflito.

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12546 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Hoje sabemos ainda mais; entendemos que o cérebro de uma criança não é uma lousa em branco à espera de que se escreva nela uma história de vida, nem um circuito eletrônico planejado e controlado pela genética implacável. A peculiaridade do cérebro humano reside não apenas em suas dimensões e em sua com-plexidade, mas também nas propriedades que o tornam extraordinariamente interativo com experiências.

Cada toque, cada movimento, cada emoção tra-duzem-se em atividades elétricas e químicas que es-timulam o impulso genético, influenciando de maneira quase imperceptível a formação do cérebro de uma criança.

Interações positivas com outros seres humanos são tão importantes para o desenvolvimento das cone-xões cerebrais quanto ter alimentos para comer, sons para ouvir e luz para enxergar.

Embora nunca seja tarde para intervir em favor da qualidade de vida de uma criança, quanto mais cedo essas intervenções ocorrerem, mais significativos serão os efeitos sobre seu desenvolvimento e seu aprendi-zado. O desenvolvimento infantil pode ser intensificado por meio de programas adequados, oportunos e de qualidade, que ofereçam experiências positivas para as crianças e apoio para os pais.

A maior parte do desenvolvimento do cérebro acontece antes que a criança atinja os 3 anos de ida-de. Geralmente, sem que os adultos sequer percebam o que está acontecendo, as células cerebrais de um bebê recém-nascido proliferam e os padrões de uma vida inteira são estabelecidos. Em um curto período de 36 meses, crianças desenvolvem suas habilidades de pensar e falar, aprender e raciocinar, e lançam os alicerces para seus valores e comportamentos sociais quando adultos.

Uma vez que esses primeiros anos são um pe-ríodo de mudanças tão grandes e exercem uma influ-ência tão duradoura, os direitos da criança devem ser garantidos desde seus primeiros momentos de vida.

Nenhuma iniciativa que vise a favorecer o desen-volvimento humano pode esperar, passivamente, que se passem os anos da infância para se tomar medidas de proteção aos direitos da criança.

Precisamos, inteligentemente, aproveitar o perío-do mais oportuno para intervir na vida de uma criança – a fase desde o nascimento até os 6 anos de idade, com atenção especial para os 3 primeiros anos de vida.

Nós que tivemos a felicidade de criar filhos ga-rantindo-lhes saúde, nutrição, estimulação e afeto, elementos fundamentais para a sobrevivência e o de-senvolvimento das crianças, certamente podemos nos

recordar de nossas próprias experiências e confirmar a verdade do que estou afirmando.

As mudanças necessárias para a transformação da sociedade, no que diz respeito ao tratamento dado às suas crianças, são de cunho eminentemente cultu-ral. A cultura dá uma dimensão maior ao ser humano: contribui para agregar valores, estabelecer modo de vida e formas de expressão. É através da interação com os processos educativos, particularmente com a educação pública, que se viabiliza a construção da cidadania.

Em palestra proferida recentemente aqui em Bra-sília, o poeta Affonso Romano de Sant’Anna referiu-se à cultura como “aquilo que está inscrito no DNA de uma comunidade”, entendendo que não existe nada que esteja fora da cultura. Ela abarca tudo, configu-rando assim o próprio ambiente no qual a educação acontece. É neste ambiente, onde educação e cultura se mesclam e se confundem, que é preciso investir de maneira intensa e permanente.

Assim é que reitero: os primeiros anos da infância devem merecer – e com a máxima prioridade – aten-ção dos Governos responsáveis no momento em que tomam decisões sobre leis, políticas, programas e re-cursos financeiros.

Com muita alegria, concedo um aparte ao Depu-tado Ivan Ranzolin.

O Sr. Ivan Ranzolin – Deputado Antenor Nas-polini, lembrando o período em que V.Exa. trabalhou em Santa Catarina, num olhar retrospectivo, me vem à memória os grandes projetos que V.Exa. lançou naquele Estado, quando a esposa de Esperidião Amin, Ângela Amin, era Presidenta da Ladesc e eu tive o privilégio de ser Secretário do Desenvolvimento Social. V.Exa. idealizou um projeto, reconhecido pelo Unicef como um dos mais importantes do Brasil, em que as crianças de 0 a 6 anos eram atendidas em creche domiciliar. Era um projeto maravilhoso, que tinha a participação do Estado e das comunidades. Havia também o pro-jeto dos Cebens, que atendia crianças de 7 a 14 anos. Depois, no Governo Esperidião Amin, em seu primeiro mandato, houve os centros comunitários. Quero dizer a V.Exa. que Santa Catarina lhe deve muito. O que V.Exa. fala em seu pronunciamento é o que executou em nosso Estado. Por isso, quando V.Exa. foi para o Estado do Ceará, eu disse para alguns Deputados: o Ceará vai ganhar muito com a presença do Deputado Antenor Naspolini, pelo que ele representa e pela ca-beça privilegiada que tem para trabalhar nesse campo. Venho cumprimentá-lo e dizer-lhe que Santa Catarina está com saudades de V.Exa.

O SR. ANTENOR NASPOLINI – Obrigado, Depu-tado. Agradeço-lhe as referências elogiosas. V.Exa.

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também foi participante do Pró-Criança, em Santa Ca-tarina. Foi em função da avaliação desse programa pelo Unicef que fui ao Ceará. Digo “fui ao Ceará”, porque, na ocasião, o contrato com o Unicef era por 2 anos. Depois, permaneci 6 anos no Unicef, e 7 como Secre-tário de Educação do Governo Tasso Jereissati.

Muito obrigado pela referência, nobre Depu-tado.

Se tudo se decide antes dos 6 anos, que decisões tomaremos em defesa das crianças brasileiras, do seu e do nosso futuro? Se lançarmos olhar para a situação do atendimento da criança brasileira, constataremos o quanto ainda há por fazer. A taxa de mortalidade infantil brasileira é a terceira mais alta da América do Sul.

No tocante ao atendimento à educação infan-til, conforme relatório do IBGE para 2002, há apenas 11,7% das crianças de 0 a 3 anos, e 67% de 4 a 6 anos, atendidas em creches e pré-escolas.

Registre-se que o Plano Nacional de Educação, de janeiro de 2001, propõe que ampliemos a oferta de creche para 30% da população de 0 a 3 anos até 2005 e para 50% até 2010. Com relação à população de 0 a 6 anos, a proposta é de elevação da oferta para 50% até 2005 e 80% até 2010.

A média de atendimento de 0 a 6 anos, ainda baixa, é de 36,5%. Ressalte-se, porém, Sr. Presiden-te, que este atendimento é de apenas 26,8% entre os mais pobres e de 52,4%, o dobro, entre os mais rico da população. Portanto, as crianças mais pobres são as que têm menos acesso à educação infantil. E, quan-do têm acesso, freqüentam precisamente as creches pobres, muitas delas mantidas pelo trabalho voluntário de mães e agentes comunitários; outras tantas mais parecem depósitos do que instituições de educação de crianças.

Estas crianças são vítimas dos 5 aspectos que compõem o conceito multidimensional da pobreza: pobreza de renda, alta mortalidade infantil, falta de acesso à água potável, falta de serviços de sanea-mento básico, falta de acesso à educação e má qua-lidade do ensino.

Aqui, portanto, já se pode perceber os traços de uma desigualdade social que, se não for corrigida neste que é o momento certo, apenas aumentará com o passar do tempo.

Da mesma forma, cumpre mencionar que já são minoria aqueles países que definem os 7 anos como idade inicial de escolarização obrigatória. Os países industrializados, na sua quase totalidade, iniciam sua escolarização obrigatória aos 6 ou 5 anos.

Na América Latina, nossos vizinhos do MERCO-SUL já se encontram bastante adiantados neste aspec-to. No Chile, a escolarização é obrigatória a partir dos

6 anos, na Argentina e Uruguai, a partir dos 5 anos. No Paraguai, onde já é de 6, se caminha para ampliar a obrigatoriedade para os 5 anos.

Precisamos decidir, e rápido, o futuro da infância brasileira, pelo bem do Brasil e das nossas crianças. Toda a comunidade educacional brasileira – profes-sores, gestores, militantes sociais, pais e entidades profissionais – espera para breve o envio a esta Casa, pelo Poder Executivo, de proposta de emenda à Cons-tituição que cria o Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.

A exemplo do que aconteceu quando da criação do Fundef, há 8 anos, são imensas as nossas expec-tativas. O Fundef, numa escala muito superior a qual-quer mecanismo anterior, gerou na educação pública brasileira eqüidade e transparência; garantiu a univer-salização da oferta de ensino fundamental; acelerou o processo de habilitação dos professores leigos, e, num primeiro momento, elevou significativamente seus rendimentos médios.

Concedo um aparte ao nobre Deputado Zé Ge-raldo.

O Sr. Zé Geraldo – Deputado Antenor Naspolini, o FUNDEB pode revolucionar a educação brasileira. Acredito que tivemos um avanço com o Fundef, mas infelizmente, pelo Brasil afora, muitas Prefeituras ainda não aplicam corretamente os recursos. Ainda há muito desvio no País. Mas temos de considerar que os re-cursos não são suficientes para alcançar o que V.Exa. deseja, até porque o Fundef não contempla o ensino infantil. O Fundeb, sim, contemplará desde o ensino infantil até o ensino médio. Portanto, acredito que esta Casa está na expectativa de uma proposta realmente revolucionária para o ensino básico brasileiro, que é a proposta do Fundeb. Com certeza, aumentaremos os recursos para a educação e poderemos contemplar o ensino infantil neste País.

O SR. ANTENOR NASPOLINI – Obrigado pelo aparte, Deputado Zé Geraldo. A seguir vou entrar nes-se aspecto que V.Exa. lembrou.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Rogério Teófilo.

O Sr. Rogério Teófilo – Deputado Antenor Nas-polini, este Deputado, na época em que era Secretário de Educação em Alagoas, inspirou-se muito no trabalho sério e digno que V.Exa. realizou no Ceará. V.Exa. traz à Câmara dos Deputados e à Comissão de Educação e Cultura a contribuição do seu conhecimento científi-co e educacional. Quero parabenizá-lo pelo excelente pronunciamento, que, tenho certeza, terá repercussão não apenas nesta Casa, mas na imprensa nacional. Muito obrigado.

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12548 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O SR. ANTENOR NASPOLINI – Muito obriga-do, Deputado, o que estou abordando aqui é fruto do aprendizado que tivemos coletivamente na nossa ex-periência como Secretários de Educação, V.Exa. do Estado de Alagoas e eu do Estado Ceará.

É natural que desejemos o Fundeb, esperando que o mesmo estenda ao ensino médio e à educação infantil os efeitos benéficos verificados com a criação do Fundef para o ensino fundamental.

É preciso contudo estar atentos para que não se frustrem nossas esperanças. A menos que a União se mostre efetivamente comprometida com seu dever legal de exercer ação supletiva, colaborando com Estados e Municípios no financiamento da educação básica, corre-se o risco de ver o Fundeb tornar-se palco de um conflito federativo entre Estados e Municípios, em detrimento destes últimos e de sua imensa tarefa de prover atendimento para a faixa de 0 a 6 anos.

Precisamos garantir uma proposta de Fundeb capaz de solucionar a até aqui incontornável dificul-dade que enfrentam os Estados no financiamento da universalização do ensino médio, e aquela ainda maior que impede os Municípios brasileiros, com sua mingua-da participação na partilha das receitas tributárias do País, de prover às crianças e às famílias brasileiras a oferta de educação infantil na qualidade e quantidade de que essas necessitam.

Para garantir a viabilidade de todas as políticas públicas necessárias ao desenvolvimento da infância brasileira, precisamos ir além do Fundeb. Necessita-mos de um fundo que agregue ao Fundeb, em cada Município – para o bem da infância brasileira – recur-sos, os quais podem e devem ser aportados pelos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Cultura, das Comunicações, das Cidades e também por cada um dos órgãos correlatos a esses Ministérios, existentes em âmbito estadual e municipal.

Mais do que um fundo, precisamos, como men-cionei antes, de um pacto pela criança brasileira. Um pacto que integre fóruns de decisão, recursos financei-ros, estratégias de articulação de parcerias e de circu-lação de informações, esclarecimento, sensibilização e mobilização de toda a sociedade brasileira no pro-pósito de oferecer às nossas crianças a oportunidade de serem protagonistas de um Brasil mais rico, mais bonito e mais justo.

Nessa perspectiva, merece destaque especial a iniciativa de mobilização do Pacto Nacional – Um Mundo para a Criança e o Adolescente do Semi-Árido, através do qual se expande para todo o semi-árido brasileiro a experiência exitosa do Ceará, intitulada Selo Unicef – Município Aprovado, que reconhece os esforços dos

Municípios em garantir às crianças os seus direitos. O Pacto Nacional e o Selo Unicef – Município Aprovado foram recentemente lançados em Petrolina e Juazeiro, com o compromisso dos Governos Federal e Estadu-ais de integrar recursos, programas e estratégias para alcançar resultados e metas concretas nos próximos 2 anos nos Municípios do semi-árido.

Nesse pacto proposto, não podemos descuidar da fundamental importância que tem a família que, nas suas variadas formas, é a primeira e mais importante instituição responsável pela educação e pelo cuidado das crianças pequenas. Mediante ações cotidianas de afeto, de formação de hábitos, de valores e pelas atitudes éticas e morais, ela influencia profundamente no presente e no futuro dos seus filhos. Com relação à educação e ao cuidado com as crianças pequenas, tudo o que se inventou no mundo para substituir a fa-mília foi mais caro e menos eficiente.

Também é de domínio universal que a mãe exerce papel fundamental. O desempenho escolar das crian-ças está diretamente relacionado com o nível escolar da mãe. A mortalidade infantil decresce na medida em que a mãe ascende na pirâmide educacional. A renda auferida pela mãe se converte mais em benefício da criança do que a renda auferida pelo pai. No entanto, a figura paterna não pode ser apenas a de um visi-tante ocasional, sem compromisso com a proteção e educação das crianças. O afeto precisa ser o elo que une a família, banindo a violência que muitas vezes predomina na relação entre pais e filhos. Bater numa criança é covardia, seja qual for o motivo. O peso da mão do adulto que bate na criança é inversamente proporcional a sua capacidade de reflexão e diálogo. É importante educar pela paz; educar pela violência significa educar para a violência.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Coriolano Sales.

O Sr. Coriolano Sales – Nobre Deputado Antenor Naspolini, todos nós estamos acompanhando o belíssi-mo pronunciamento que V.Exa. está fazendo em defesa da educação das crianças do nosso País. Certamente, essa deveria ser a primeira obrigação não apenas dos Governos, mas da sociedade. Sem dúvida alguma, esse é um passivo social que precisa ser resgatado, para que o Brasil possa alçar-se à condição de grande Nação. Somos o 5º maior País do mundo em território, em po-pulação e uma potência econômica atualmente ocupan-do o 12º lugar. Mas se não investirmos em educação, se não se tivermos consciência de que o investimento em educação, sobretudo das crianças, dos adolescen-tes e dos jovens, é um investimento e não uma despe-sa, o País não chegará à condição de grande Nação. Enquanto não se cortar o nó da corda, que reproduz o

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12549

atraso e a ignorância, este País realmente não dará o salto de qualidade que V.Exa. expõe em seu discurso. Por isso, parabenizo-o pelo belíssimos pronunciamento. Parabéns, Deputado Antenor Naspolini!

O SR. ANTENOR NASPOLINI – Deputado Co-riolano Sales, agradeço a V.Exa. o aparte.

Embora historicamente, e em todas as culturas, a família sempre tenha sabido como educar seus filhos, é preciso considerar que, especialmente em ambientes de extrema pobreza, constata-se a perda de identidade da família e, conseqüentemente, é muito baixo o nível de informação existente sobre o mundo das crianças. É preciso resgatar e/ou desenvolver competências fa-miliares na atenção à criança, entendidas como os co-nhecimentos, as práticas e as habilidades das famílias que facilitam e promovem a sobrevivência, o desenvol-vimento, a proteção e a participação das crianças. E o Poder Público precisa garantir as condições básicas para a família poder exercer suas competências.

Os Municípios são as unidades mais capilares da administração pública e, como tal, estão mais perto da população. É no Município que as crianças moram, vivem, têm endereço e são reconhecidas. É o Municí-pio o ente público que, pela sua própria natureza, deve reunir as condições de ajudar as famílias a ajudarem suas crianças. Ou seja, o Município precisa desenvol-ver algumas competências, atividades e/ou serviços que tornem concretos os direitos das crianças e que garantam às famílias condições necessárias para o ple-no exercício de suas competências em relação a seus filhos. O Município é um aliado importante na demo-cratização das informações sobre o que acontece na vida das crianças nos primeiros anos de vida. É tam-bém um aliado estratégico para oferecer os serviços básicos de saúde, educação e proteção das crianças e para garantir às famílias o acesso e uso dos serviços públicos. Mas precisa ser, evidentemente, apoiado com recursos financeiros para cumprir essa missão.

Finalizo, pois, minhas considerações conclaman-do os nobres colegas a prestarem o máximo de atenção à proposta de Fundeb, que deveremos votar, cuidando para que, finalmente, sejam atendidas as necessidades de financiamento, junto aos Municípios, de uma verda-deira política nacional de educação infantil; e, junto aos Estados, a garantia financeira para a universalização do ensino médio, qualificando a educação básica em todas as suas etapas e modalidades.

Peço o apoio de V.Exas. para desencadearmos ações em favor do Pacto pelas Crianças Brasileiras, apoiando a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, para que tenha atuação efetiva em todos os Estados e Municípios. Peço as as-sinaturas de V.Exas. para apresentação de proposta de

emenda constitucional que torne obrigatória a oferta de educação pelo Poder Público para as crianças de 6 anos de idade a partir de 2006, ampliando a dura-ção do ensino fundamental de 8 para 9 anos a todas as crianças brasileiras.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados.

Durante o discurso do Sr. Antenor Nas-polini, o Sr. Rogério Teófilo, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oli-veira, 1º Secretário.

O SR. DR. ROSINHA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. DR. ROSINHA (PT-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, amanhã, às 14h, na Câmara Municipal de Londrina, a Comissão de Di-reitos Humanos da Câmara dos Deputados vai se reu-nir com o Conselho Estadual de Direitos Humanos do Paraná, ocasião em que estará em pauta a violência contra a criança e o adolescente.

Segundo dados da Polícia Civil referentes ao ano de 2004, houve 24 homicídios de crianças e adolescen-tes no Município de Londrina. Em 2005, ainda de acordo com as Polícias Militar e Civil, 14 crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio. Ora, estamos na metade do mês de abril e se já 14 crianças e adolescentes foram assassinados, não são alentadoras as perspectivas.

Em razão disso, a Comissão de Direitos Humanos promoverá esse debate sobre a violência no Municí-pio e também no Estado, uma vez que observamos em educandários do Paraná – educandários que cor-respondem à Febem – a ocorrência de homicídios de crianças e adolescentes.

Portanto, chamo a atenção da sociedade para o fato de que a violência não está só nas grandes Ca-pitais, mas também em cidades como Londrina, onde muitas crianças e adolescentes foram assassinados em 2004 e muitas mais deverão sê-lo em 2005.

É o registro que faço, Sr. Presidente.

O Sr. Inocêncio Oliveira, 1º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupa-da pelo Sr. José Thomaz Nonô, 1º Vice-Pre-sidente.

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – Apre-sentação de proposições.

Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar queiram fazê-lo.

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12550 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12551

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12552 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12553

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12554 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

VI – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:

RORAIMA

Alceste Almeida PMDB Dr. Rodolfo Pereira PDT Pastor Frankembergen PTB Suely Campos PP Total de Roraima 4

AMAPÁ

Coronel Alves PL PL/PSLGervásio Oliveira PMDB Janete Capiberibe PSB Total de Amapá 3

PARÁ

Babá S.Part. Zé Geraldo PT Total de Pará 2

AMAZONAS

Átila Lins PPS Humberto Michiles PL PL/PSLPauderney Avelino PFL Total de Amazonas 3

RONDÔNIA

Agnaldo Muniz PP Hamilton Casara PL PL/PSLNilton Capixaba PTB Total de Rondônia 3

ACRE

João Correia PMDB João Tota PL PL/PSLTotal de Acre 2

TOCANTINS

Ana Alencar PSDB Darci Coelho PP Eduardo Gomes PSDB Osvaldo Reis PMDB Pastor Amarildo PMDB Total de Tocantins 5

MARANHÃO

Clóvis Fecury PFL Costa Ferreira PSC Gastão Vieira PMDB Pedro Fernandes PTB Wagner Lago PP Total de Maranhão 5

CEARÁ

Antenor Naspolini PSDB Ariosto Holanda PSDB Bismarck Maia PSDB Gonzaga Mota PSDB Gorete Pereira PMDB José Linhares PP José Pimentel PT Léo Alcântara PSDB Mauro Benevides PMDB Moroni Torgan PFL Pastor Pedro Ribeiro PMDB Total de Ceará 11

PIAUÍ

B. Sá PPS Júlio Cesar PFL Moraes Souza PMDB Mussa Demes PFL Total de Piauí 4

RIO GRANDE DO NORTE

Fátima Bezerra PT Iberê Ferreira PTB Nélio Dias PP Total de Rio Grande do Norte 3

PARAÍBA

Luiz Couto PT Wilson Santiago PMDB Total de Paraíba 2

PERNAMBUCO

André de Paula PFL Carlos Eduardo Cadoca PMDB Gonzaga Patriota PSB Inocêncio Oliveira PMDB Jorge Gomes PSB Marcos de Jesus PL PL/PSLPastor Francisco Olímpio PSB Total de Pernambuco 7

ALAGOAS

José Thomaz Nonô PFL Jurandir Boia PDT Olavo Calheiros PMDB Rogério Teófilo PPS Total de Alagoas 4

SERGIPE

Bosco Costa PSDB Ivan Paixão PPS João Fontes PDT Jorge Alberto PMDB José Carlos Machado PFL Total de Sergipe 5

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12555

BAHIA

Antonio Carlos Magalhães Neto PFL Colbert Martins PPS Coriolano Sales PFL Guilherme Menezes PT João Almeida PSDB Jonival Lucas Junior PTB José Carlos Aleluia PFL Jutahy Junior PSDB Luiz Carreira PFL Milton Barbosa PFL Walter Pinheiro PT Zelinda Novaes PFL Total de Bahia 12

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PL PL/PSLAna Guerra PT Aracely de Paula PL PL/PSLCésar Medeiros PT Cleuber Carneiro PTB Custódio Mattos PSDB Edmar Moreira PL PL/PSLEduardo Barbosa PSDB Eliseu Resende PFL Gilmar Machado PT Ibrahim Abi-Ackel PP Isaías Silvestre PSB Ivo José PT João Magalhães PMDB João Paulo Gomes da Silva PL PL/PSLJosé Militão PTB José Santana de Vasconcellos PL PL/PSLJúlio Delgado PPS Lincoln Portela PL PL/PSLMárcio Reinaldo Moreira PP Mário Heringer PDT Mauro Lopes PMDB Osmânio Pereira PTB Paulo Delgado PT Rafael Guerra PSDB Reginaldo Lopes PT Roberto Brant PFL Romel Anizio PP Romeu Queiroz PTB Saraiva Felipe PMDB Sérgio Miranda PCdoB Virgílio Guimarães PT Total de Minas Gerais 32

ESPÍRITO SANTO

Jair de Oliveira PMDB Marcelino Fraga PMDB

Neucimar Fraga PL PL/PSLNilton Baiano PP Total de Espírito Santo 4

RIO DE JANEIRO

Aldir Cabral PFL Alexandre Cardoso PSB Almerinda de Carvalho PMDB Almir Moura S.Part. Antonio Carlos Biscaia PT Carlos Nader PL PL/PSLChico Alencar PT Dr. Heleno PMDB Edson Ezequiel PMDB Eduardo Cunha PMDB Eduardo Paes PSDB Elaine Costa PTB Fernando Gabeira PV Francisco Dornelles PP Jair Bolsonaro PFL Jorge Bittar PT José Divino PMDB Julio Lopes PP Laura Carneiro PFL Leonardo Picciani PMDB Luiz Sérgio PT Miro Teixeira PT Nelson Bornier PMDB Renato Cozzolino S.Part. Simão Sessim PP Vieira Reis PMDB Total de Rio de Janeiro 26

SÃO PAULO

Alberto Goldman PSDB Angela Guadagnin PT Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Arnaldo Faria de Sá PTB Ary Kara PTB Carlos Sampaio PSDB Celso Russomanno PP Cláudio Magrão PPS Corauci Sobrinho PFL Durval Orlato PT Edna Macedo PTB Elimar Máximo Damasceno PRONA Enéas PRONA Gilberto Nascimento PMDB Ildeu Araujo PP João Batista PFL João Paulo Cunha PT Luciano Zica PT

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12556 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Luiz Antonio Fleury PTB Luiz Carlos Santos PFL Luiz Eduardo Greenhalgh PT Luiza Erundina PSB Marcelo Ortiz PV Milton Monti PL PL/PSLNelson Marquezelli PTB Ricardo Izar PTB Rubinelli PT Salvador Zimbaldi PTB Valdemar Costa Neto PL PL/PSLVanderlei Assis PP Walter Barelli PSDB Xico Graziano PSDB Zarattini PT Total de São Paulo 34

MATO GROSSO

Celcita Pinheiro PFL Thaís Barbosa PMDB Welinton Fagundes PL PL/PSLTotal de Mato Grosso 3

DISTRITO FEDERAL

Alberto Fraga S.Part. Jorge Pinheiro PL PL/PSLJosé Roberto Arruda PFL Tatico PL PL/PSLTotal de Distrito Federal 4

GOIÁS

Capitão Wayne PSDB Carlos Alberto Leréia PSDB João Campos PSDB Luiz Bittencourt PMDB Pedro Chaves PMDB Ronaldo Caiado PFL Sandes Júnior PP Sergio Caiado PP Total de Goiás 8

MATO GROSSO DO SUL

Antonio Cruz PTB Geraldo Resende PPS João Grandão PT Nelson Trad PMDB Vander Loubet PT Waldemir Moka PMDB Total de Mato Grosso do Sul 6

PARANÁ

Affonso Camargo PSDB Assis Miguel do Couto PT Cezar Silvestri PPS

Chico da Princesa PL PL/PSLDr. Rosinha PT Dra. Clair PT Eduardo Sciarra PFL Giacobo PL PL/PSLGustavo Fruet PSDB Hermes Parcianello PMDB Oliveira Filho PL PL/PSLOsmar Serraglio PMDB Takayama PMDB Vitorassi PT Total de Paraná 14

SANTA CATARINA

Carlito Merss PT Edinho Bez PMDB Edison Andrino PMDB Fernando Coruja PPS Ivan Ranzolin PP Leodegar Tiscoski PP Luci Choinacki PT Mauro Passos PT Paulo Afonso PMDB Paulo Bauer PFL Vignatti PT Zonta PP Total de Santa Catarina 12

RIO GRANDE DO SUL

Adão Pretto PT Alceu Collares PDT Darcísio Perondi PMDB Enio Bacci PDT Henrique Fontana PT Luis Carlos Heinze PP Marco Maia PT Mendes Ribeiro Filho PMDB Osvaldo Biolchi PMDB Paulo Pimenta PT Tarcísio Zimmermann PT Total de Rio Grande do Sul 11

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – A lista de presença registra o comparecimento de 229 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – Pas-sa-se à apreciação da matéria que está sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia.

Item 1.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 227-B, DE 2004 (Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, das Emen-das do Senado Federal ao Projeto de Lei de Conversão nº 2, de 2005 (Medida Provisó-ria nº 227-A, de 2004), que dispõe sobre o Registro Especial, na Secretaria da Receita

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12557

Federal do Ministério da Fazenda, de produ-tor ou importador de biodiesel e sobre a in-cidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre as receitas decorren-tes da venda desse produto, altera a Lei nº 10.451, de 10 de maio de 2002, e dá outras providências. Pendente de parecer.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 20-12-04PRAZO NA CÂMARA: 18-2-05SOBRESTA A PAUTA EM: 8-3-05 (46º

DIA)

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – Con-cedo a palavra, para oferecer parecer às emendas do Senado Federal ao Projeto de Lei de Conversão nº 2, de 2005, ao Sr. Deputado Ivan Ranzolin.

O SR. IVAN RANZOLIN (PP-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Medida Provisória nº 227, muito debatida nesta Casa há poucos dias – e aprovada com base em parecer de nossa autoria –, foi enviada ao Senado Federal, onde recebeu 8 emendas.

A matéria retornou à Casa, e, hoje, por volta das 11h, recebi o processo. Após estudo preliminar, che-guei à conclusão de que não poderia emitir parecer e apresentá-lo à deliberação da Casa.

Pedindo vênia a V.Exa., com base no art. 6º, § 2º, da Resolução nº 1-CN, de 2002, requeiro o prazo de uma sessão para emitir parecer.

Anteriormente, Sr. Presidente, houve grande dis-cussão na sessão em que pedimos prazo. Na ocasião, na Casa estavam cerca de 3 mil Prefeitos aguardando a votação da PEC da reforma tributária. Até hoje, po-rém, não conseguimos votar o pleito dos Srs. Prefei-tos, isto é, o aumento de 1% nos recursos do Fundo de Participação dos Municípios.

Apesar de o número de Deputados presentes na Casa ser reduzido e tendo, mesmo assim, V.Exa. aberto a Ordem do Dia, requeiro o prazo de uma ses-são, para que, na próxima terça-feira, possa proferir o parecer.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) –

Deputado Ivan Ranzolin, a Casa tem conhecimento do cuidado que V.Exa. dedica ao exame das matérias.

O pedido de V.Exa. é absolutamente regimental e a Presidência o acolhe.

Com absoluta certeza, teremos sessão deliberati-va na próxima terça-feira para apreciação de matérias constantes da pauta, ocasião em que V.Exa. poderá expender seu abalizado parecer.

Gostaria ainda de dizer que a questão a que V.Exa. alude, a da reforma tributária, no que diz res-peito ao aumento de 1% do Fundo de Participação dos Municípios, de interesse dos Prefeitos, tenho certeza

de que o Presidente Severino Cavalcanti se compro-meteu – e também toda a Mesa – a colocar a matéria em votação tão logo consigamos desobstruir a pauta, o que até agora, pelo acúmulo reiterado de medidas provisórias, não foi possível.

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – En-cerrada a Ordem do Dia.

O SR. JOÃO PAULO CUNHA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. JOÃO PAULO CUNHA (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não vi nenhu-ma manifestação esta tarde no plenário a respeito do assunto, mas gostaria, com a permissão de V.Exa., de expressar minha opinião – opinião que, acredito, seja a da maioria desta Casa.

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encontra-se hoje em território africano. E, ao visi-tar um dos países do seu roteiro, pediu perdão ao povo africano pelos séculos em que vigorou a escravidão em nosso País. E também pediu perdão por atos de racismo que recorrentemente sucedem no Brasil.

Trago à tona a atitude do Presidente Lula para lembrar fato ocorrido ontem à noite no Estádio do Mo-rumbi, que deveria ser palco de mais um jogo de fute-bol, esporte que atrai e apaixona milhões de pessoas em todo o mundo.

O jogo transcorria normalmente – o time do São Paulo ganhava – quando um jogador argentino agrediu verbalmente, porém de forma reincidente, o jogador brasileiro Grafite, que é negro. O jogador brasileiro, então, movido por um sentimento de indignação, re-vidou fisicamente a agressão do jogador argentino, o que não se justifica, e foi expulso.

Em seguida, o jogador brasileiro teve a coragem de procurar a Polícia e denunciar que, mais uma vez, havia sido vítima de racismo; que o jogador argentino o teria chamado de negro, de macaco, tendo ainda lhe mandado enfiar uma banana... – o delegado recusou-se a dizer o local.

Sr. Presidente, sob a luz da legislação brasileira, esse comportamento constitui crime. Assim que o fato foi denunciado, o Delegado foi ao Estádio do Morumbi e prendeu o jogador argentino.

Peço a V.Exa., Sr. Presidente, e aos Deputados desta Casa que, primeiro, manifestem apoio à Polícia paulista, porque o que ela fez foi cumprir a lei – e a lei deve ser observada por todos os que estão no território brasileiro; segundo, expressem solidariedade ao joga-dor Grafite, que teve a coragem de denunciar tal fato; terceiro, comuniquem ao Itamaraty nosso entendimento de que aquele Ministério não deve considerar o caso

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12558 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

como uma crise diplomática, mas como desrespeito às leis vigentes em nosso País.

Todos estamos acompanhando, em vários países pelo mundo afora – Espanha, Portugal, Alemanha –, jogadores brasileiros serem vítimas de atos de racismo. Temos de fazer uma grande aliança contra o racismo, no Brasil e no mundo. E a Câmara dos Deputados, do meu ponto de vista, não pode ficar fora desse movi-mento.

Com a oportunidade que V.Exa. me proporciona, Sr. Presidente, deixo registradas a correção da Polí-cia paulista, a coragem do jogador e, acima de tudo, a disposição do nosso Pais, por meio do seu corpo diplomático, de não considerar o episódio como uma crise diplomática, longe disso, mas pedir respeito à legislação brasileira.

O jogador argentino deve pagar de forma exem-plar pela prática do crime de racismo.

Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) –

Deputado João Paulo Cunha, a Mesa Diretora, por este Presidente, associa-se às manifestações de V.Exa.

Evidentemente, o jogador argentino do Quilmes, em território brasileiro, está sujeito às leis nacionais, e por isso foi preso.

A Casa solidariza-se com o jogador Grafite por ter prestado queixa, e com a Polícia paulista, por ter cumprido seu dever. Mas nossa solidariedade maior é com o cumprimento da lei. Sociedade democrática, o Brasil nada mais faz do que exigir o cumprimento da lei. E isso ocorreu ontem, em toda a plenitude.

Quanto ao Itamaraty, evidentemente a questão não traz em si nenhuma crise, além da habitual e la-tente rivalidade estritamente futebolística entre Brasil e Argentina. Penso que o Ministério das Relações Ex-teriores tratará a matéria como um incidente policial. Nada mais do que isso.

De qualquer forma, a Presidência parabeniza V.Exa. pelo registro de um fato que eu classificaria não de lamentável, mas de exemplar. Com absoluta cer-teza, à vista da dimensão que os eventos esportivos têm hoje, a notícia correrá o mundo e, sem sombra de dúvida, será um fato positivo na coerção de atos de racismo.

É o entendimento que a Mesa tem a respeito do oportuno pronunciamento de V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (José Thomaz Nonô) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Alberto Goldman, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB.

O SR. ALBERTO GOLDMAN (PSDB-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, também queremos aproveitar este momento para nos solidarizar com o Deputado João

Paulo Cunha pelo pronunciamento de repúdio à ação de um cidadão argentino que veio ao Brasil para uma atividade esportiva e que, infelizmente, provocou esse problema.

Para nós, brasileiros, atos de racismo são inacei-táveis, porque temos plena compreensão da igualdade racial de todo e qualquer cidadão deste País e de todo e qualquer ser humano.

Dito isto, Sr. Presidente, nosso pronunciamento de hoje é exatamente sobre a viagem do Presidente Lula aos países africanos: Camarões, Nigéria, Gana, Guiné-Bissau e Senegal.

Temos de confessar a V.Exa., Sr. Presidente, que não compreendemos a razão dessa viagem. Aliás, não apenas nós não a compreendemos. O Ministro do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sr. Luiz Fernando Furlan, deixou a comitiva presidencial e foi cumprir outra agenda, certamente mais proveitosa para o País, imagina-se. Aliás, S.Exa. se declarou de-cepcionado com o baixo número de empresários que integram a delegação presidencial, classificando as negociações de blablablá.

Sr. Presidente, não é aceitável que, em 4 dias, o Presidente passe por 5 países para dizer – imaginem! – que para alguém fazer uma colheita é preciso uma ação anterior, ou seja, é preciso arar, adubar a terra e semear. Certamente não é desta forma que vamos colher resultados no plano das relações econômicas. Inclusive, não fica absolutamente claro – ou, se fica claro, o resultado é nulo – as relações comerciais do Brasil com a Nigéria. Apesar de a previsão do nosso déficit comercial com aquele país ser de 5 bilhões de reais em 2005, não temos conhecimento de que ne-nhum acordo tenha sido assinado, de que nenhuma relação de troca tenha sido estabelecida. Para que a viagem, então?

Ainda agora, nos telejornais, vimos o Presiden-te Lula, ao lado do Presidente de Senegal, em carro aberto, passar pelas avenidas da Capital senegalesa acenando para o povo. A cena me fez lembrar que assisti, nos meus tempos de garoto, a Getúlio Vargas fazer o mesmo em nosso País. Trata-se de velho popu-lismo que não serve para resolver problema algum. Não queremos líderes desse tipo no País, mas líderes que, a cada momento, conduzam negociações sérias que tragam benefícios para o País e para a humanidade.

Não podemos imaginar o que o Presidente Lula foi, de fato, fazer naquele país. Com graves problema de crescimento econômico, temos de trabalhar inten-samente, porque, apesar das afirmações dos Ministros deste Governo e do próprio Presidente Lula, que canta em prosa e verso o nosso desenvolvimento econômi-co, o Brasil – segundo estudos que o FMI acaba de

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12559

divulgar – deve ter, no ano de 2005, um crescimento de 3,7% do PIB, enquanto os países da África, confor-me também revela esse estudo, terão um crescimen-to médio de 5% e a própria economia mundial deverá crescer acima de 4%.

Nós estamos abaixo do crescimento médio do mundo, abaixo do crescimento médio dos países emer-gentes, abaixo do crescimento médio dos países sub-desenvolvidos!

Não há nenhuma razão, portanto, para cantar vitória. Não há nenhuma razão para grandes entu-siasmos. Não há nenhuma razão para o Ministro José Dirceu gabar-se de que o Brasil está crescendo muito em razão da competência do PT no poder.

A competência do PT no poder é tão grande que acabei de ler a notícia de que o Governo mandou para o Congresso Nacional a MP nº 242 – mais uma me-dida provisória –, que estabelece restrições ao auxí-lio-doença, como forma resolver o problema do brutal déficit da Previdência e de combater fraudes na con-cessão desse benefício. Na realidade, essa MP é uma agressão ao trabalhador brasileiro. É uma indignidade o Presidente da República assinar medida provisória dessa natureza!

Em debate hoje na reunião da Mesa Diretora, sob a presidência do Deputado Severino Cavalcan-ti, próceres do PT diziam que o Presidente Lula nem deve conhecer todas as MPs que assinava. E isso porque os Ministros se acostumaram, na hora em que têm um problema qualquer, a levar uma MP para o Presidente assinar, sem considerar as limitações constitucionais.

O Presidente Lula precisa pôr os pés no chão, literalmente, Sr. Presidente! Ele está voando demais. Quando digo voando demais não é voando somente no seu avião. Ele está voando porque desligado da realidade brasileira.

Esse homem que nasceu em berço humilde, foi líder sindical e político e, em sua luta para se eleger Presidente da República, criou uma enorme esperança no povo brasileiro, esse homem, sem dúvida nenhu-ma, como diriam as pessoas simples, é uma desilusão. Deixa o governo do País a cargo de seus Ministros, um mais incompetente que o outro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Durante o discurso do Sr. Alberto Gold-man, o Sr. José Thomaz Nonô, 1º Vice-Pre-sidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, 1º Se-cretário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Acom-panhando nosso 1º Vice-Presidente, o Deputado José

Thomaz Nonô, quero congratular-me com o ilustre Deputado João Paulo Cunha, ex-Presidente desta Casa, por ter trazido ao debate tema tão importante.

Aproveito para fazer um adendo à declaração do ilustre Deputado José Thomaz Nonô. Solicito à Casa que, por intermédio de seu Presidente, envie ofício ao Ministério das Relações Exteriores manifestando nos-so apoio incondicional à campanha contra o racismo no Brasil e transmita à Diretoria do São Paulo Futebol Clube nossa total solidariedade ao jogador Grafite, parabenizando-o pela decisão. Que fatos dessa na-tureza sejam uma constante no País. Quem comete atos de racismo deve sempre ser denunciado. Temos leis para coibir esses abusos, que não podem preva-lecer no Brasil.

O SR. TARCISIO ZIMMERMANN – Sr. Presiden-te, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. TARCISIO ZIMMERMANN (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tam-bém me congratulo com o Deputado João Paulo Cunha. O episódio ocorrido ontem no final daquela partida de futebol vai estimular o debate contra o racismo no Brasil.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero, neste pronunciamento, fazer um alerta a todas as or-ganizações sindicais, a todos os militantes dos direitos trabalhistas, para a necessidade de mobilização perma-nente em defesa dos direitos dos trabalhadores ame-açados por projetos que tramitam nesta Casa. Quero alertar, particularmente, para a ameaça representada pelo PL nº 4.330, de 2004, de autoria de Parlamen-tar desta Casa, que tramita em regime de urgência e que repete, de forma ainda mais lesiva, parte do PL nº 4.302, de que falaremos adiante.

A defesa dos direitos trabalhistas e sociais da classe trabalhadora e a recusa às políticas de desmonte de direitos praticada ao longo dos Governos Collor e FHC constituem parte importante dos compromissos do Governo Lula.

Ao longo dos 2 primeiros anos do Governo Lula contabilizamos dados muito positivos no campo dos direitos trabalhistas. Podemos afirmar em alto e bom som que nenhuma medida de flexibilização ou de restrição aos direitos trabalhistas foi aprovada nesse período. Ao contrário, 2 projetos de grande prejuízo à classe trabalhadora enviados a esta Casa ao longo do Governo do PSDB, PFL e Fernando Henrique Car-doso, e que já se encontravam em estágio avançado de tramitação, foram retirados através de mensagens encaminhadas pelo Presidente Lula.

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12560 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Uma dessas propostas lesivas à classe era o Projeto de Lei nº 5.483, de 2001, que alterava o art. 618 da CLT estabelecendo que cláusulas ou dispositi-vos trabalhistas negociados poderiam se sobrepor ao estabelecido em lei. Todos sabemos que o acesso às conquistas trabalhistas inscritas na Constituição está regulado e materializado na legislação infraconstitu-cional. É, por exemplo, o caso do direito às férias. A Constituição assegura o direito, mas não diz que estas devam ser de, no mínimo, 30 dias. Isso está estabeleci-do na CLT. Portanto, esse projeto poderia ensejar uma redução brutal nesse e em tantos outros direitos atra-vés de acordos coletivos, uma vez que, nas condições de desemprego do nosso País, o trabalhador sempre está em situação de fragilidade para negociar.

O PL 5.483 já havia sido aprovado pela Câmara e tramitava no Senado, onde foi arquivado a partir da mensagem do Presidente Lula. É menos uma ameaça contra os trabalhadores, que, graças ao Governo Lula, têm garantidos os direitos previstos em lei.

Outro projeto lesivo aos trabalhadores é o PL nº 4.302/98, que ampliava em muito as possibilidades de utilização do contrato temporário e dos serviços de terceiros pelas empresas. Ora, o contrato de trabalho é um dos fundamentos do direito do trabalho. Flexibi-lizá-lo, tornando-o menos efetivo através da utilização indiscriminada do contrato por tempo determinado ou da terceirização é, com certeza, uma estratégia para enfraquecer o trabalhador na sua relação com as empresas. O trabalhador temporário já sabe que não permanecerá na empresa; já sobre o trabalhador terceirizado pesa a permanente insegurança quanto a essa continuidade. Essa condição desorganiza a relação dos trabalhadores com seu sindicato, já que são “transitórios”; enfraquece sua capacidade de luta, já que sabem que o direito conquistado poderá ser perdido a qualquer momento pela perda do emprego; e, acima de tudo, enfraquece os vínculos de solidarie-dade entre os trabalhadores, fundamentais para que, unidos, possam lutar por novas conquistas.

O Presidente Lula, sensível aos prejuízos que esse projeto causaria à classe trabalhadora, enviou, em 19 de agosto de 2003, a Mensagem nº 389, reque-rendo ao Congresso Nacional a retirada da matéria. Infelizmente, até esta data esse requerimento não foi votado. Assim, o PL nº 4.302/98 – parte do lixo anti-trabalhista e anti-sindical de FHC – continua a pesar como uma espada sobre os direitos dos trabalhadores. Desgraçadamente, esse projeto já foi votado e aprovado tanto na Câmara quanto no Senado e está tramitando novamente nesta Casa, porque o Senado o modificou, tornando-o ainda mas prejudicial aos trabalhadores.

Eliminamos parte das ameaças, repito, graças à vontade política do Governo Lula. No entanto, quero alertar para o risco que representa o PL nº 4.330, de 2004, que, destaco, tramita nesta Casa em regime de urgência, podendo ser votado pelo Plenário a qual-quer momento, sem qualquer discussão prévia nas Comissões.

Esse projeto, conforme análise feita pela Asses-soria da bancada do PT, “aproveita a parte do PL 4.302 que trata da prestação de serviços a terceiros, excluindo os dispositivos que tratavam do trabalho temporário. O PL define empresa prestadora de serviços como aquela que presta serviços determinados e específicos para a empresa contratante (art. 2º). A prestadora é responsável pela contratação, remuneração e direção do trabalho de seus empregados, podendo até mesmo subcontratar outras empresas para realizar os serviços contratados (art. 2º, § 1º): ou seja, o Projeto prevê até mesmo a possibilidade da quarteirização, aviltando assim ainda mais os trabalhadores que efetivamente prestarão os serviços”.

O projeto assegura ainda uma série de “proteções” às empresas tomadoras da mão-de-obra, asseguran-do que “não se configura vínculo empregatício entre” a empresa contratante e os trabalhadores ou sócios das empresas prestadores de serviços, seja qualquer que seja o seu ramo (§ 2º do art. 2º). Assim, a se a empresa prestadora simplesmente “desaparecer ou sumir do mapa”, como tem ocorrido até aqui na Câma-ra dos Deputados, os trabalhadores ficam totalmente desamparados e sem qualquer possibilidade de cobrar imediatamente seus direitos da empresa para a qual efetivamente prestavam serviços. Aliás, o projeto pa-rece querer estimular essa situação, quando reduz o capital social das empresas prestadoras de serviços para 10 a 100 mil reais, dependendo do número de trabalhadores contratados.

Mais adiante, o projeto garante que, se aprova-do, poderemos ter empresas sem nenhum trabalhador próprio, ao permitir a terceirização e, até mesmo, a quarteirização da atividade-fim da empresa. Isso está expresso no § 2º do art. 4º, quando diz que o objeto da contratação poderá ser amplo, versando sobre “ati-vidades inerentes, acessórias ou complementares à atividade econômica da contratante”.

Para finalizar as “maldades” contra os trabalhado-res, o projeto, em seu art. 17, § 2º, garante anistia das “penalidades não compatíveis com esta lei, impostas com base na legislação anterior”. É a forma de lega-lizar as ilegalidades, de premiar os fraudadores e de mais uma vez provar, agora na forma da lei, que nes-te país o crime, quando praticado por poderosos, não

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12561

apenas deixa de ser punido, como ocorre hoje, mas poderá até deixar de ser crime.

O mais dramático é que iniciativas como essa, que agridem os direitos dos trabalhadores e o avanço civilizatório do nosso País, são revestidas de discursos enganadores e apresentadas como medidas “moder-nizadoras” voltadas à criação de oportunidades. Os sucessivos fracassos de países como a Argentina, que adotaram por inteiro o receituário neoliberal, parecem ser insuficientes para provar a falácia dessas propostas que não produzem oportunidades e sim mais miséria, dor e desalento.

Temos, no Governo Lula, uma trajetória positiva de luta contra o desmonte de direitos, e estaremos atentos denunciando as ameaças contra os trabalha-dores que constróem as riquezas e o progresso do nosso País.

Obrigado a todos pela atenção. O SR. ROGÉRIO TEÓFILO – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. ROGÉRIO TEÓFILO (PPS-AL. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Cuba de Fidel Castro criou avanços in-contestáveis em algumas áreas. Talvez a principal es-teja representada no campo da medicina. Assim, os cursos de medicina em Cuba figuram entre os mais respeitados e reconhecidos em todo o mundo. Não só isso: dada a formação humanista, solidária e vol-tada primordialmente para regiões socialmente mais desassistidas, os médicos cubanos estão, em geral, bastante preparados para lidar com a realidade social existente no Brasil.

Por outro lado, o número de formados no Brasil, como é sabido, está bastante aquém do necessário para o atendimento eficiente de toda a população brasilei-ra. Ainda assim, o Estado brasileiro insiste em barrar o exercício dos formados em Cuba por enquadrá-los como ilegais.

Esses são preparados, em sua maioria, para tra-balhar como médicos de família e em programas como o Projeto Rondon. Em outras palavras, é a população mais pobre do Brasil a maior beneficiada pelos traba-lhos regulares desses profissionais.

Pode parecer, aos olhos do Governo cubano, que mantém essas universidades de excelência, que o Brasil desdenha e não precisa desses serviços, ali-ás, preciosos.

O sistema atual de validação de diplomas de mé-dicos estrangeiros, e os de Cuba, em particular, prevê que os formados se submetam a uma prova aplicada por universidades federais credenciadas. Na prática,

na maior parte das vezes, são obrigados a refazer diversas disciplinas do curso de medicina para que, enfim, sejam aptos a exercer a profissão no Brasil. De outro modo, isso significa, na realidade, a feitura de novo curso, tornando praticamente nulos os estudos efetuados nas universidades cubanas.

Nessa linha, a Justiça do Tocantins decidiu proibir o trabalho de 96 médicos cubanos no Estado, confor-me noticiado no telejornal das 13h. É uma decisão, no mínimo, absurda. Afinal, esses médicos participavam do programa Saúde na Família. A questão foi susci-tada pelo Conselho Regional de Medicina, sendo que o juiz federal Marcelo Albernaz, em sua decisão, che-gou a comparar o trabalho dos médicos cubanos ao de “curandeiros” e “piratas”, sem capacidade técnica, portanto.

O assunto, como não poderia deixar de ser, criou perigosa crise diplomática com o Governo cubano. Tanto que Havana enviou avião especialmente para levar de volta à terra natal os médicos que atendiam a famílias pobres em 42 cidades do Estado do Tocantins. Eles não são curandeiros, mas profissionais altamente qua-lificados e primordiais para o atendimento ao público daquele Estado e de todo o Brasil.

Esperamos que essa decisão judicial não preju-dique as relações historicamente cordiais, amistosas e bastante caras com Cuba. Além disso, nossos ci-dadãos, tenho certeza, desejam que esses médicos exerçam suas atividades para o bem da saúde públi-ca no Brasil.

Sr. Presidente, já tínhamos solicitado audiência pública na Comissão de Educação desta Casa para ouvir o Secretário de Ensino Superior do MEC, Dr. Nelson Maculan, o Presidente do Conselho Nacional de Educação e o Secretário-Executivo do Ministério da Educação sobre a revalidação dos diplomas de mais de 500 brasileiros formados em Cuba. O que aconte-cerá agora, se a Justiça diz que os médicos cubanos não estão habilitados a trabalhar no Brasil?

O momento é de reflexão. O Ministério da Educa-ção precisa intervir nesse processo, porque estamos diante de um hiato jurídico. Os médicos cubanos não estão ocupando vagas que deveriam ser de brasilei-ros.

Como ficará a situação dos 570 brasileiros que se formaram em Cuba e estão trabalhando no Brasil?

Já conversamos com o Presidente da Comissão de Educação, o Deputado Paulo Delgado. Em breve convocaremos reunião para discutir esse caso, inclu-sive a decisão do Presidente de Cuba de buscar os 96 médicos demitidos. É importante que o Congresso fique atento para impedir que o fato prejudique os 570

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brasileiros formados em Cuba. Mais do que nunca é preciso nos posicionarmos a respeito.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.Muito obrigado.O SR. NELSON PROENÇA – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. NELSON PROENÇA (PPS-RS. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, uso este microfone para elogiar um programa que está sendo implementado pela direção da Câmara dos Deputados.

Imagino que todos os Parlamentares tenham se deparado com um problema de acúmulo de e-mails em suas caixas postais. O acesso do cidadão e da cidadã ao seu Deputado e ao Parlamento está prejudicado pela limitação física dos meios de informática da Casa.

Para resolver a deficiência, a direção da Câma-ra dos Deputados implantou no último dia 21 de mar-ço o Programa Fale com o Deputado, ampliando a base de dados da Câmara, para que os e-mails a nós endereçados não sejam mais rejeitados e as caixas postais dos Deputados tenham maior capacidade de armazenamento.

Um grupo-tarefa de funcionários da Casa percor-re os gabinetes desde o dia 11 de abril para explicar o funcionamento do novo sistema. Destaco com sa-tisfação que nesse grupo há muitos voluntários, entre eles pessoas da Taquigrafia, que estão orientando os Parlamentares no uso da nova ferramenta.

Neste mundo novo da eletrônica, da Internet, das telecomunicações de massa, a porta de acesso dos ci-dadãos e das cidadãs ao Parlamento é o site da Casa, portanto, aumentar a disponibilidade dos nossos meios eletrônicos significa facilitar essa comunicação.

Parabéns à direção da Câmara dos Deputados por atender prontamente à aspiração dos cidadãos e das cidadãs e assim também facilitar a vida dos Par-lamentares.

Muito obrigado.

O Sr. Inocêncio Oliveira, 1º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocu-pada pelo Sr. Jorge Alberto, 2º Suplente de Secretário.

O SR. JOÃO MAGNO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. JOÃO MAGNO (PT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero anunciar a importante decisão tomada hoje pelos Presidentes da

Câmara dos Deputados, Deputado Severino Cavalcanti, e do Senado, Senador Renan Calheiros, no sentido de agilizar a realização de sessão do Congresso Nacional para proceder à leitura de requerimento determinando a constituição de Comissão Parlamentar Mista de In-quérito para apurar crimes cometidos contra brasileiros que migram para o exterior, como também para ave-riguar a questão da transferência de dinheiro dessas pessoas para nosso País. Só em 2004, Sr. Presidente, foi enviado montante de 5,8 bilhões de dólares, segun-do dados do Banco Central do Brasil.

Essa CPMI deve ser instalada imediatamente, uma vez que está havendo matança de brasileiros na fronteira do México com os Estados Unidos. Na sema-na passada, enterramos 2 pessoas de minha região, o Vale do Aço.

Portanto, registro essa decisão do Congresso Nacional.

Somente este Parlamento tem força, como ocor-reu no ano passado, para repatriar mil pessoas de uma só vez negociando diretamente com o Departamento de Estado americano, em função de ser assunto intri-gante para aquele governo e, evidentemente, para a população brasileira.

Muito obrigado. O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA – Sr. Presidente,

peço a palavra para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Antes de conceder a palavra ao Deputado José Carlos Aleluia para falar pela Liderança da Minoria, quero combinar com o Plenário o seguinte: finda a Ordem do Dia, deverí-amos passar para as Comunicações Parlamentares.

O Presidente Inocêncio Oliveira concedeu a pa-lavra a alguns Deputados para breves comunicações e deixou assegurada a palavra aos Deputados Colbert Martins, Luiz Couto e Jurandir Boia.

Concederei a palavra ao Deputado José Carlos Aleluia para falar como Líder da Minoria. Em seguida, darei a palavra aos 3 Parlamentares inscritos para breves comunicações e passarei às Comunicações Parlamentares.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Concedo a palavra ao nobre Deputado José Carlos Aleluia, para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria. S.Exa. dispõe de 7 minutos.

O SR. JOSÉ CARLOS ALELUIA (PFL-BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, sou Líder da Minoria, mas hoje estou na tribuna para falar sobretudo para a Maioria. Espero que ela preste atenção ao que vou dizer.

Sou daqueles que entendem que o atual Gover-no tem problemas com as contas públicas. As contas

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da Previdência estão fora de controle porque o Gover-no indicou mal as pessoas que a estão gerindo. Por isso, não consegue impedir as fraudes nem manter a arrecadação.

O Governo tem problema com suas contas por-que não consegue administrar corretamente seus programas sociais e não tem controle sequer sobre a reforma agrária. Hoje, um aliado de primeira hora do Presidente Lula comandou a invasão do Ministério da Fazenda.

Portanto, não há Governo, não há autoridade.O Governo está com as contas fora de controle

porque perdeu o controle do tamanho da máquina pú-blica. Portanto, precisa trabalhar no sentido de ajustar as contas públicas. Mas não pode, nem deve fazer isso através de malvadeza contra o pobre trabalhador do Regime Geral da Previdência.

No que se refere à edição da MP 242, Deputados do PT, do PPS, do PMDB, do PL, prestem atenção no que estão para votar a pedido do Presidente Lula, e que afeta conquistas caras ao trabalhador. S.Exa. não se incomoda em fazê-lo. Aliás, alguns companheiros do PT dizem que não leu o texto. Até acredito nisso, pois não é razoável admitir que um homem eleito com os votos do povo ataque os benefícios mais gratos ao trabalhador, como o auxílio-doença, o salário-mater-nidade e a aposentadoria por invalidez.

O que faz essa medida provisória? Quero dar um exemplo para facilitar o entendimento. Vamos su-por que o Sr. Manoel da Silva, contribuinte da Previ-dência Social, tinha salário de 1.500 reais em 1998. Com as dificuldades enfrentadas inclusive neste Go-verno, o salário foi tendo redução progressiva e hoje é de 600 reais.

O Sr. Manoel da Silva, como qualquer cidadão, pode ser acometido de uma doença e ter necessida-de de buscar o auxílio-doença ou, se Deus não for tão generoso, até o auxílio-invalidez. Esse cidadão, pelas regras vigentes, teria direito a receber auxílio de 1.775 reais. Na mudança proposta pelo Presidente Lula para aprovação do PT, esses 1.775 reais ficarão reduzidos a algo entre 1.150 e os pobres 600 reais que ele re-cebe agora.

Sr. Presidente, isso vai atingir o trabalhador no pior momento da sua vida.

Vou mandar cópias da Medida Provisória nº 242 para os gabinetes dos integrantes da Maioria porque, na eleição, S.Exas. usaram e abusaram da idéia de que alguns Deputados retiraram direitos dos trabalhadores. Nada retira mais direitos do trabalhador que essa me-dida provisória. Ela é pior que a MP 232, que o atingia de maneira mais suave. A MP é profundamente perver-

sa. Ela não só massacra o trabalhador, mas também desampara a grávida desempregada.

Sr. Presidente, o Governo parte do pressupos-to de que o trabalhador é sempre um fraudador. Ele sabe que está havendo é perícia indevida, mal remu-nerada, a imperícia feita por terceiros. Há fraude, sim. No entanto, não é o trabalhador que a comete. Ela é praticada por quem faz a perícia, por quem administra mal a Previdência.

Nós, da Oposição, tínhamos a relatoria dessa MP. Espero que seja mantida. Ela seria relatada pelo Depu-tado Pauderney Avelino, do PFL, que certamente daria parecer contrário. Entretanto, tomei conhecimento de que o Líder do PP, partido da base do Governo, pediu ao Presidente Severino Cavalcanti a troca do Relator por outro capaz de dar parecer favorável à matéria. Soube também que o PP, ao receber a batata quente, já a passou para as mãos do PT.

Sr. Presidente, essa será a próxima derrota de Lula. Os Deputados não votarão essa medida provisória. Não há santo que os faça aprová-la. Os Deputados do PP não a aprovarão porque terão de enfrentar o povo nas ruas. Os do PMDB e do PP, porque não têm cora-gem de massacrar o trabalhador, como quer Lula.

Até acredito que o Presidente da República não tenha lido o teor da matéria, o que é pior. O Presidente da República, como todo homem público, tem de saber o que assina. Não pode dizer que assinou porque o Ministro pediu. O Ministro foi nomeado por S.Exa.

Sr. Presidente, o povo brasileiro não elegeu o Ministro. O povo brasileiro elegeu Lula, hoje o grande malvado contra os velhinhos, os trabalhadores doentes e as mulheres grávidas desempregadas.

Vou fornecer a V.Exa. uma cópia dessa MP. Terei o cuidado de enviar cópias para todos os Deputados da Maioria, porque a Oposição já é contra a medida.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Vai-se passar ao horário de

VII – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES

Tem a palavra o Sr. Deputado Márcio Reinaldo Moreira, pelo PP. S.Exa. dispõe de até 10 minutos.

O SR. MÁRCIO REINALDO MOREIRA (PP-MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço alusão a documento a que há exa-tamente um ano, no dia 14 de abril de 2004, demos entrada no Ministério das Relações Exteriores, ende-reçado ao Sr. Ministro Celso Luiz Nunes Amorim, com 68 assinaturas de Srs. Deputados. Esse documento é referente à reivindicação de ingresso de Taiwan na Organização Mundial de Saúde na condição de país observador e, assim, participar da 57ª Assembléia

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Mundial de Saúde, que aconteceu em maio daquele ano, na Suíça.

Na época, Taiwan justificava as razões para tal aspiração: sistema universal de seguro e saúde pública dos mais modernos do mundo, alto nível de expectativa de vida, erradicação de doenças infecciosas. E, na-turalmente, queria ter o reconhecimento desse direito concreto para os 23 milhões de taiwaneses, universo maior que a população de três quartos dos países membros da OMS tomados de per si.

Despachamos com o Sr. Secretário-Executivo do Ministério das Relações Exteriores. Para nossa surpresa, observamos que o Itamaraty se mostrava um pouco temeroso em apoiar ou endossar essa pre-tensão, talvez pelas pressões que a China Continental lhe impunha ao reivindicar a ilha como sua.

Passado exatamente um ano, recebemos carta do Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil, solicitando a mesma coisa e dizendo, ao final, que nos últimos anos nosso País tem se posicionado contra a inclusão de Taiwan como observador na Organiza-ção Mundial de Saúde. E solicita nossa simpatia para influenciar o Governo brasileiro no sentido de apoiar esse pleito, para que aquele país possa participar da Assembléia Mundial de Saúde em maio próximo, ou que, pelo menos, não se oponha à proposta, assumindo posição neutra. Excluir Taiwan da OMS, por qualquer motivo, é um ato de apartheid e profissionalmente in-justificável.

Sr. Presidente, na condição de Parlamentar e de mineiro, que muito respeita o relacionamento Bra-sil–Taiwan, principalmente porque o Estado de Minas Gerais recebe muitos empreendimentos daquele país, solidarizo-me com essa reivindicação e manifesto meu inconformismo com essa posição covarde do Itamaraty.

Registro o fato nos Anais da Casa e solicito aos colegas que tomem consciência do problema, uma vez que nada menos que 68 Parlamentares assina-ram essa manifestação. Do mesmo modo, peço ao Presidente Severino Cavalcanti, que se declarou um amigo daquele povo em duas reuniões de que partici-pamos com S.Exa., que também tome conhecimento da situação.

Aproveito para solicitar ao Itamaraty mais inde-pendência e soberania, até para prever que talvez um país como a China, que hoje parece muito positivo para o Brasil, brevemente seja nosso grande concorrente.

Taiwan tem mostrado e provado, principalmen-te no sul de Minas Gerais, com indústrias de chips e outras de alto nível, que está investindo nessa área e chegando ao Brasil para somar.

Sr. Presidente, faço também, nesta oportunida-de, relatório da viagem que fiz, no período de 17 a 25 de março de 2005, acompanhando professores e dirigentes de universidades públicas, em intercâmbio cultural com Portugal.

Solicitei à Presidência da Casa minha liberação, conforme determina o Regimento, e fui oficialmente comunicado pelo Presidente Severino Cavalcanti de que viajaríamos sem ônus para a Câmara, em missão oficial, representando a Casa.

Destaco o avançado movimento entre as univer-sidades de Portugal e as de Montes Claros, em Minas Gerais, acreditando que estamos evoluindo positiva-mente nesse campo.

Recebemos tratamento muito especial da famí-lia portuguesa. E são vários os alunos brasileiros que estudam naquele país, com muito bom tratamento, o que pudemos presenciar.

Passo, portanto à leitura do relatório que dá con-ta da confiança que o Presidente Severino Cavalcanti em nós depositou:

“RELATÓRIO DE VIAGEM

Período: 17/03/05 a 25/03/05Local: Trás-os-Montes e Alto Douro – Utad, Portugal.

Estivemos em Portugal no período acima citado, a convite das Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE) e da Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro-UTAD, uma distinção do Magnífico Reitor da UTAD, Prof. Armando Mascarenhas Ferreira, e do Prof. Rui Muniz da Funorte, Montes Claros.

Tínhamos uma expectativa de conhecer uma Universidade com cerca de 19 anos de fundação, a sua evolução num período próspero de investimentos em todos os setores de infra-estrutura em Portugal e o desenvolvimento da educação aliado à ciência e tecnologia ou investigação. Ademais, quais as pers-pectivas de parcerias com este segmento buscando melhor qualificar o jovem brasileiro.

Confesso que as minhas sensações foram as melhores possíveis:

1º) Por já encontrar instalado em protocolo na área de educação física e desportos com aquela universida-de transmontana, onde cerca de 20 jovens brasileiros (alunos e professores, com os quais nos reunimos) estavam bem instalados, com boa presença naquele contexto e bem integrados na vida da cidade de Vila Real, que conta com cerca de 50.000 habitantes;

2º) Por tratar-se de uma cidade antiga, mas que se moderniza a cada dia e tem sua economia e vida em torno da Utad, que conta com aproximadamente

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37 licenciaturas e 40 Cursos de Mestrado, Pós-Gra-duação e Doutoramento.

As instalações físicas do Município se renovam, modernizam-se e, acima de tudo, se inserem no mais desenvolvido cenário possível, em antigo Convento se transformou num moderníssimo e bem equipado Con-servatório de Música. A Utad começa a integrar várias faculdades espalhadas na cidade num moderno cam-pus universitário. A qualidade de vida na região, que se integra à do Douro (local da produção de erva que dá origem ao Vinho do Porto) é das melhores do país.

3º) Nas reuniões estabelecidas com os diretores de Departamento da Utad com o Reitor da Funorte, Rui Muniz, a Profa. Raquel Muniz, o Prof. Leonardo Andrade e a minha pessoa, ficou ajustado a evolução de estudos para a celebração de mais protocolos en-tre a Universidade portuguesa Utad e a Funorte, de Montes claros, nas áreas de Ciências Humanas, como Economia, Gestão e Turismo.

Quero frisar a fidalguia e o tratamento especial que recebemos de todo o corpo docente daquela Uni-versidade na pessoa do Reitor, Prof. Armando Masca-renhas Ferreira, e sua família e do Prof. Miguel Videi-ra, Diretor do Departamento de Ensino de Educação Física e Desporto, e família.

Perspectivas e Similitudes com o Brasil.A Universidade da UTAD nasceu na década de

80, após a Reforma do Ensino Veiga Simão, iniciada na década de 70, quando se criou no continente português as condições para alterar o programa de insuficiência do ensino superior português que não alcançava mais do que nos escassos 10% de freqüência dos jovens colocados no escalão dos 18 a 24 anos, quando os países europeus se colocavam nos 35%, 40%.

O Prof. Amando, no seu pronunciamento, res-saltou:

‘A Utad, ninguém dúvida, é hoje uma das cha-ves imprescindíveis para abrir as portas do futuro de Trás-os-Montes e Alto Douro, um dos cadinhos em que fermentam as condições de desenvolvimento próspero, justo e solidário de uma das comunidades portuguesas mais desprotegidas e um dos poucos garrotes com que se pode travar a hemorragia demo-gráfica que tem lançado o interior de Portugal numa lenta agonia, pondo em causa a nossa coesão como Estado e como Nação’.

Quanta similaridade com as condições do Interior do nosso Brasil e muito especialmente com o Interior de Minas Gerais!

Considerando que o setor público universitário brasileiro não atende às condições prementes da nos-sa sociedade, principalmente do interior, é importante que entidades privadas como a FUNORTE possam se

desenvolver e buscar alternativas para a justa e soli-dária do povo brasileiro!

Após a visita à Vila Real e à cidade de Chaves, no Vale Douro, nós nos dirigimos à Universidade de Coimbra, iniciada em 1290, onde fomos recebidos pela Diretora do Centro de Educação Física e Desportos, daí partindo para uma visita a toda a universidade. O Brasil mantém longos e valorosos Termos de Protocolo com esta universidade que, igualmente à Utad, busca modernizar-se.

Em Lisboa, fomos recebidos pela direção da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, também pública, totalmente nova ou modernizada, na área do diagnóstico e da terapêutica em todos os serviços de saúde.

Trata-se, sem dúvida, de uma escola que muito poderá se somar aos desafios que a saúde do nosso Brasil enfrenta, da mesma forma que o Brasil também poderá lhes apoiar em áreas onde a nossa evolução tecnológica é inquestionável”.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. VICENTINHO – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa.

a palavra.O SR. VICENTINHO (PT-SP. Pela ordem. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de tecer algumas considerações sobre o projeto Aventuras Brasileiras, que vem somar-se ao Projeto de Lei nº 1.821, de 2003, de minha autoria, que dispõe sobre a veiculação obrigatória nas emis-soras de televisão, de desenhos animados produzidos nacionalmente e outras providências.

Trata-se de um projeto de largo alcance social e cultural, dado que seu principal objetivo é transformar o conhecimento sobre nosso País, de um modo inédi-to, em história animada e didática, em que os fatos e os personagens, nessa narrativa, são mostrados em sua essência, livres de preconceitos e deturpações, fortalecendo o traço do desenho brasileiro além de dar um rosto a nossa animação.

Além da carga educativa que o projeto contém: são 4 módulos com 26 filmes cada, contando a histó-ria do Brasil, desenvolvendo temas, como os desco-brimentos, as conquistas, as colonizações e as inde-pendências, estaremos criando e formando equipes de desenhistas, animadores, diretores de arte, cenaristas, coloristas, enfim, uma gama de artistas e técnicos que terão a oportunidade de se manter ativos em nosso mercado de trabalho, sem que necessitem partir e buscar alternativas no exterior.

Sendo um projeto infanto-juvenil, o projeto será capaz de formar uma nova mentalidade em nossas

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crianças, com relação ao seu País e à formação de nossa sociedade.

Está previsto para ser exibido na Secretaria de Educação a Distância, beneficiando, anualmente, 30 milhões de crianças somente nas escolas públicas.

Aventuras Brasileiras vem para ocupar nas telas um espaço hoje assoberbado de programas de pro-duções estrangeiras, deixando muito a desejar sobre nossa história.

O conceito de cultura, aqui utilizado no sentido antropológico, abrange todas as criações humanas, inclusive as próprias formas de organização política e social. Assim, os filmes possibilitarão aos alunos perceber nos contextos de época toda uma gama de relações que se estabeleciam e que caracterizavam determinados momentos de nossa história, o que os auxiliará no entendimento do processo de formação, organização e transformação da vida em sociedade.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Conce-do a palavra ao nobre Deputado Colbert Martins, pelo PPS.

O SR. COLBERT MARTINS (PPS-BA. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, trago à tribuna reportagem da BBC do Brasil, com o título: OMS manda destruir vírus mortal enviado por engano ao Brasil.

A Organização Mundial da Saúde enviou a mais de 3.700 laboratórios de 18 países, inclusive o nosso, orientação para destruir amostras de um vírus causador de gripe mortal que lhes foram enviadas por engano por uma instituição americana. É impressionante esse engano, que já começou no Iraque, quando distribuiu material para bioterrorismo.

Trata-se do vírus que causou a gripe asiática e que matou 4 milhões de pessoas em 1957 e que de-sapareceu por volta de 1968.

A Organização Mundial da Saúde informou que as amostras contaminadas foram enviadas para alguns laboratórios no Brasil, que já foram notificados para que sejam destruídas.

A Organização Mundial da Saúde também afirmou ter enviado uma carta ao Ministério da Saúde, pedindo para acompanhar a destruição das amostras.

Sr. Presidente, estamos preocupados. Estou fa-zendo um requerimento ao Ministro Humberto Costa para ter uma idéia do que aconteceu, que laboratórios receberam esse tipo de amostra e que ações foram tomadas. Esse risco é extremamente grande. Não se trata de bioterrorismo, como foi dito no passado, quan-do cartas contaminadas foram enviadas para os Esta-dos Unidos, dando a impressão de que se tratava de bioterrorismo praticado por Bin Laden. Na realidade,

enganos como esse podem estar comprometendo a saúde da humanidade.

As amostras fazem parte de kits usados em testes distribuídos por uma empresa americana da iniciativa privada a pedido do Colégio Americano de Patologis-tas, que auxilia laboratórios a realizar experiências nessa área.

No dia 8 de abril, o Governo americano pediu ao órgão que escrevesse aos laboratórios que recebe-ram essas amostras e que os orientasse a destruí-las – a maioria desses órgãos se encontram nos Estados Unidos.

Por medo de que o vírus – cujo nome técnico, atenção senhores, H2N2, não quer dizer nada, mas pode matar muitos – pudesse ser usado em um ataque terrorista de armas biológicas, as cartas foram envia-das antes que esse erro viesse a público.

Segundo a OMS, é pequeno o risco de alguns funcionários desses laboratórios serem infectados pelo vírus. Mas se isso acontecer, sua disseminação pode ser muito rápida.

Espero que, a essa altura, já tenha sido destruído. É preciso que o Ministério nos informe quem recebeu essas amostras, qual a quantidade e a forma utilizada para a destruição dessa arma mortal.

Se o vírus escapar, pode facilmente ocorrer uma epidemia, informou o especialista em gripe da OMS, Sr. Klaus Stohr.

Sr. Presidente, reitero ao Ministro Humberto Costa a necessidade de sabermos como esse material chega ao Brasil. Certamente, por meio de empresas particu-lares, porque se trata de testes. Esses testes precisam ter controle público, uma vez que são amostras com potencial de provocar uma epidemia. Nossa preocu-pação é porque, no passado, em 1957, já aconteceu uma forte gripe, a chamada Gripe Asiática, que causou a morte de mais de 4 milhões de pessoas.

De qualquer maneira, nosso cuidado é maior até porque são experiências realizadas por empresas pri-vadas, e não podemos admitir erros desse tipo. Não há erro desse tipo. O que há, no mínimo, é falta de responsabilidade, tanto de quem recebeu, quanto de quem enviou.

É importante também que o Itamaraty procure informações, nos Estados Unidos, das empresas que estão trabalhando com esse tipo de vírus, ou com ou-tros, porque elas podem estar, neste momento, envian-do-os para experiências em nosso País.

Queremos ter conhecimento de como isso acon-tece. Essa informação não pode vir por uma simples cartinha e, muito menos, somente por intermédio da Organização Mundial de Saúde, quando a responsa-bilidade é dos laboratórios americanos, que devem

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ter muito mais cuidado com situações desse tipo, que, espero, não se repitam.

Existem várias experiências em andamento no mundo, algumas delas comportam riscos, que têm de ser controlados, calculados e limitados. Por isso espera-mos que o Ministro Humberto Costa nos informe como aconteceu, como elas foram destruídas e que medidas vamos tomar para que não se repitam no Brasil.

Todas as iniciativas privadas são respeitáveis, menos quando ultrapassam limites da responsabilida-de, como esse que dou conhecimento à Casa neste momento.

Sr. Presidente, agradeço a atenção a V.Exa. e a todos que nos acompanham neste momento.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Agrade-ço ao Deputado Colbert Martins o alerta e ressalto a importância de seu pronunciamento na tarde de hoje. Sugiro a V.Exa. que dê entrada ao requerimento na Comissão de Seguridade Social e Família, para que tenhamos oportunidade de saber do Ministério da Saúde, por meio do Ministro Humberto Costa, que providências foram adotadas para proteger a popula-ção brasileira da possibilidade de uma epidemia como a gripe asiática.

Parabenizo V.Exa. pelo pronunciamento.O SR. MANATO – Sr. Presidente, peço a palavra

pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa.

a palavra.O SR. MANATO (PDT-ES. Pela ordem. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos sabem que os investimentos em infra-estrutura sempre foram contabilizados como despesas, defini-ção da qual discordo, uma vez que essa conta deveria constar no rol dos investimentos.

Nossa malha rodoviária e nossos portos estão subutilizados, pois o processo de sucateamento já dura anos, o que prejudica diretamente nosso crescimento econômico, desde a geração de empregos até a arre-cadação de tributos para os cofres públicos.

Não é preciso ser nenhum técnico ou especialista para saber do que falo. Basta enfrentar as perigosís-simas estradas brasileiras para termos a certeza de que não há como trafegar de forma segura, cumprindo prazos de entrega de mercadorias, devido ao crítico estado em que se encontra nossa malha rodoviária.

Contudo, no último acerto do Governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), ficou aprovado novo mecanismo pelo qual o Brasil terá autonomia para investir até US$1 bilhão por ano em infra-estrutura até 2007, sem que esse dispêndio contribua para reduzir o superávit das contas públicas.

Em outras palavras, Sr. Presidente, o novo me-canismo proporciona um relaxamento orçamentário para o Governo Federal, permitindo investimentos adicionais nesse montante. Já em 2005, 92% dessa folga orçamentária será destinada para o Ministério dos Transportes.

A lista em que constam os projetos a serem in-cluídos no novo mecanismo prevê verbas adicionais de R$2,53 bilhões para nossas rodovias. Desse total, R$874 milhões serão usados exclusivamente para restauração de estradas.

É inadmissível Sr. Presidente, que um país que sonha com o desenvolvimento não tenha condições sequer de fazer com que suas mercadorias circulem de forma segura pelas estradas, bem como no caso dos portos, onde a quantidade de contêineres descarrega-dos por dia é ínfima se comparada à de países bem menores que o Brasil, mas que conseguem, com inves-timentos e organização, otimizar seus resultados.

Com a aprovação no Congresso Nacional do sistema de Parcerias Público-Privadas, penso que fi-cará mais viável a captação de investimentos diretos para a infra-estrutura brasileira, pois diferentemente do sistema de concessões ou privatizações, as PPPs proporcionarão a ação conjunta do Governo com a iniciativa privada.

Fico contente em ver que a mentalidade dos nossos governantes está mudando, bem como a real necessidade de investir cada vez mais no nosso País e nas nossas potencialidades, como é o caso das nos-sas estradas e portos, que servem de entrada para os produtos externos, que acarretarão empregos e receitas.

Sr. Presidente, solicito a divulgação deste pronun-ciamento pelos meios de comunicação da Casa.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Concedo

a palavra ao Sr. Deputado Carlos Abicalil, pelo PT.O SR. CARLOS ABICALIL (PT-MT. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, quero mencionar duas atividades da Casa, particularmente da Comissão de Educação e Cultura, referentes a tema abordado hoje no Grande Expediente pelo Deputado Antenor Naspolini.

Trata-se da ampliação da garantia do direito à educação fundamental para 9 anos. Haverá obrigato-riedade de matrícula e garantia por parte do Estado brasileiro do acesso das crianças de 6 anos de idade numa etapa a ser adicionada ao atual Ensino Funda-mental, de 8 anos. Isso significa que 70% das crianças com 6 anos de idade que ainda não estão matriculadas

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na rede de ensino fundamental terão prosseguimento dos seus estudos no Ensino Fundamental.

A proposta que o Deputado Antenor Naspolini, ex-Secretário de Educação Básica do Ceará, apresen-ta já faz parte do programa de governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. S.Exa., que tem grande ex-periência de gestor de educação no Estado do Ceará e na Capital, Fortaleza, ao longo de mais de 13 anos de militância e, anteriormente, no Estado de Santa Catarina, sugere a validação da proposta encabeçada pela Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, por intermédio do Secretário Francisco das Chagas Fernandes e do Ministro Tarso Genro.

Consolida-se na bancada de oposição da Câmara dos Deputados a idéia de dar tratamento diferente ao tema, de modo a nos confrontarmos de maneira séria, para fazer cumprir uma lei votada na Casa, em dezem-bro do ano de 2000. Refiro-me ao Plano Nacional de Educação, cuja segunda meta do item Educação Bá-sica é exatamente a expansão do ensino fundamental para 9 anos de duração.

Corresponde a esse esforço outra iniciativa do Governo Lula que faz parte do programa apresentado à população brasileira no ano de 2002. Trata-se da ins-tituição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica com aporte adicional de recursos da ordem de 4,5 bilhões de reais do Governo Federal, transferíveis aos Estados e Municípios, para dar supor-te exatamente a duas ausências sentidas no modelo de financiamento instituído, em 1998, pelo FUNDEF. São essas ausências a exclusão da educação infantil e do ensino médio, áreas que enfrentam demandas absolutamente imprescindíveis e forte compressão dos orçamentos dos Estados e Municípios.

Portanto, o apelo feito pelo Deputado Antenor Naspolini tem, da nossa parte, não apenas absoluta solidariedade, como, com certeza, a ação do Governo visando a perspectivas de superação.

Por isso, caro Presidente, não consigo entender as manifestações feitas neste plenário por alguns Lí-deres da Oposição, que se dizem decepcionados e se desiludidos com o Presidente Lula.

Quero dizer que essa desilusão é própria de quem evidentemente apostava em outro Governo e que o Presidente Lula não teria condição de implementar as políticas com as quais se comprometeu diante do povo brasileiro. A mim, portanto, não surpreende que a Liderança da Oposição mencione sua desilusão. Talvez estivesse iludida com a perspectiva de que o atual Governo terminasse em abril de 2003, tamanho atoleiro herdou da administração passada.

Posturas como aquelas, que apontam posições concretas sobre programas governamentais e estra-

tégias de cidadania para a população, como acabou de mencionar um Deputado da Oposição, contribuem para que a Casa seja conduzida a uma decisão res-ponsável, em nome do povo brasileiro, absolutamente solidária e respeitosa nas diferenças, que são legítimas no nosso trabalho.

Visitar a África significa reconquistar importan-te espaço comercial que a ditadura militar teve e que perdemos ao longo dos últimos 20 anos. E essa recon-quista não se dá apenas pela relação comercial, mas pela relação humana, pelo pedido de perdão, como fez corajosamente ontem o Presidente Lula. S.Exa. pediu perdão pela exploração de negros africanos que para cá vieram escravizados e que ainda hoje têm seus descendentes apartados das condições de cidadania plena no Estado brasileiro.

A propósito, associo-me à solidariedade manifes-tada neste plenário ao jogador Grafite, ofendido ontem em pleno campo de futebol.

Essa aproximação com países africanos é impor-tante, assim como a relação com os países de língua portuguesa que estão do outro lado do Atlântico – e não necessariamente no Hemisfério Norte. Igualmente importante é a consolidação da reunião de cúpula da América do Sul e da África, para discussão das rela-ções Sul/Sul, com vistas a enfrentar concorrência na qual o Norte desenvolvido efetivamente tem sempre, histórica e secularmente, levado vantagens.

Dito isso, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito o tempo restante para fazer referência a dados da evolução econômica de 2004. Esses dados dizem respeito a repartição de renda, ampliação do empre-go, recuperação de salários e desconcentração do desenvolvimento, e efetivamente podem ter desiludido alguns setores da sociedade brasileira, mas encontram grande lastro não apenas no plano de Governo, mas na aspiração da maioria do nosso povo.

A taxa de investimentos no País em 2004 alcan-çou 19,6% do PIB, o melhor resultado desde 1998. A poupança interna chegou a 23% do PIB, o maior índice desde 1991. Os resultados, conforme divulgou o Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística na quinta-feira passada, 31 de março, refletem o cenário favorável da economia brasileira e a perspectiva de crescimento para os próximos anos, já antecipada por analistas.

Também no ano passado, a capacidade de finan-ciamento do Brasil chegou a R$35,6 bilhões, contra R$11,2 bilhões em 2003, por causa dos excelentes resultados das exportações. Essa diferença permitiu o pagamento de 35% das dívidas do Governo e do setor privado.

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Em 2004, houve grande capacidade de financia-mento, e o País a gerou fundamentalmente em função do ajuste externo, com o saldo de bens e serviços.

Também no ano passado, o PIB alcançou R$1,8 trilhão, quase R$200 bilhões a mais do que em 2003, o melhor resultado desde 1994, quando teve início o Plano Real. A renda per capita ficou em R$9.743,00, o que significa um aumento real de 3,7% em relação ao ano anterior.

O Brasil melhorou no ranking mundial das maio-res economias entre 2003 e 2004, passando da 15ª para a 12ª posição, de acordo com levantamento da consultoria GRC Visão.

À frente do Brasil estão Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, China, Espa-nha, Canadá, México e Austrália. Em 2003, o Brasil aparecia atrás de todos esses países e também da Índia, Coréia do Sul e Holanda.

Por isso, Sr. Presidente, faço questão de elogiar a política econômica do Governo Lula e destacar o fato de que tais dados sinalizam que o Brasil está al-cançando o crescimento sustentável, com aumento da capacidade produtiva e, portanto, da possibilidade de aumentar a oferta de bens de serviço e oportunidades de emprego no País.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. ANDRÉ LUIZ – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa.

a palavra.O SR. ANDRÉ LUIZ (Sem Partido-RJ. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meu pronun-ciamento é de repúdio à carta emitida pelo Deputado Ricardo Izar, atual Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.

Não tive direito ao instituto da ampla defesa do contraditório, pois no dia seguinte à denúncia dos fa-tos pela revista Veja sofri grande acidente e fiquei até 23 de dezembro internado no Hospital Santa Lúcia, acompanhado de médicos da Casa. Os integrantes da Comissão de Ética queriam que uma ambulância me trouxesse até aqui para depor.

É o seguinte:“Cabem os esclarecimentos seguintes quanto à

nota recentemente divulgada à imprensa pelo Exmo. Deputado Ricardo Izar, Presidente do Conselho de Éti-ca e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados: consta nos autos do referido processo farta documen-tação, inclusive com atestados abonados por médicos da Câmara dos Deputados, que justificam a ausência às notificações, não podendo ser classificadas como ‘sucessivas esquivas do Deputado André Luiz’. Con-

forme foi informado nos autos, o Deputado André Luiz, após as publicações da revista Veja, sofreu acidente automobilístico em São Paulo, eis que o assédio da imprensa o impedia de dirigir-se ao aeroporto para via-jar e cumprir seus compromissos. O diagnóstico, em decorrência do acidente, acusou ‘fratura linear alinha-da na porção escamosa do osso temporal esquerdo’, conforme consta na tomografia computadorizada do crânio, afetando-lhe a memória, razão pela qual neces-sitou de tempo para a sua recuperação, objetivando preparar a sua defesa.

Além do mais, nos momentos oportunizados a defesa técnica respondeu todas as notificações em defesa do Deputado, cujos requerimentos foram inde-feridos, conforme ocorreu com o pedido de acareação entre o Deputado André Luiz e o Deputado Calazans, que, embora fundamentado, foi negado pelo Relator do processo. Da decisão, a defesa técnica impetrou mandado de segurança, que ainda tramita no Supre-mo Tribunal Federal, tombado sob o nº 25.280, que se encontra com vistas ao Procurador-Geral da República desde 12/04/2005. Portanto, não foi improcedente este recurso, conforme consta na nota à imprensa, eis que pendente de julgamento.

Ocorre que havia divergências sobre pontos es-senciais da causa, mas o Conselho optou pelo inde-ferimento das acareações, em franco desrespeito ao princípio da ampla defesa do contraditório. As aca-reações serviriam para confrontar os depoimentos, principalmente quando se alegou que as testemunhas Alexandre Chaves e Jairo Martins estiveram gravando conversas na casa do Deputado André Luiz no dia 16 de setembro de 2004 e em seu gabinete gravando no dia 6 de outubro de 2004, fatos esses negados pelo Deputado André Luiz, que se encontrava viajando no dia 16 de setembro e no plenário no dia 6 de outubro. Seria de fundamental importância, eis que, segundo consta na gravação, havia o crime de extorsão.

O Deputado André Luiz repudia, como tem repu-diado, as denúncias publicadas pela revista Veja, eis que não expressaram a verdade, bem como serviram tão-somente para imputar-lhe o crime de corrupção passiva, numa tentativa sórdida de macular o nome do Parlamentar, que pautou a sua vida no trabalho sé-rio e honrado em prol do seu Estado e dos cidadãos que lhe confiaram os votos que o conduziram para a Câmara Federal, sufragado nas urnas, nas eleições proporcionais de 2002, com mais de 91.000 (noventa e um mil) votos.

Trata-se de denúncia leviana a fim de desesta-bilizar a sua atuação no cenário político, induzindo a opinião pública, julgando-o sem o devido processo

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legal, condenando-o por atos que jamais teve a cora-gem de praticar.

O que se põe em discussão é a credibilidade que a revista Veja depositou no contraventor Carlos Cacho-eira, que forneceu as informações gravadas através de meio digital (que podem ser facilmente alteradas), tendo como conseqüência a publicação imediata para causar um sensacionalismo no meio político. Ocorre que tal publicação feriu de morte a honra do Deputado André Luiz, que precisa ter o seu nome sem mácula, eis que necessita do voto dos eleitores para dar continuidade ao trabalho sério que desenvolve na Casa de Leis.

Não bastasse a revista Veja ter publicado as notícias caluniosas, houve a repercussão em outros meios de comunicação, que estenderam as notícias para todo o País. Jornais das principais Capitais repu-blicaram as notícias, a televisão, através de programas de altas audiências, apresentados em horários nobres, tais como Jornal Nacional, Jornal do Sbt, Fantástico etc. O noticiário das rádios AM e FM também repetiram a reportagem da revista Veja, tudo isto com o intuito de provocar um escândalo nas Casas Legislativas da Capital Federal e no Legislativo do Estado do Rio de Janeiro.

Houve, sim, o ânimo em provocar um escândalo em nível nacional. Porém, as pessoas de bom senso, os Parlamentares, os eleitores, enfim, o povo em geral, não permitiram que tal fato ocorresse, porque todos sabem que não se pode prejulgar, julgar ou condenar sem a devida apuração, que é obrigatória, através do devido processo legal, assegurado ao representado o direito da ampla defesa e do contraditório. No caso em tela, houve uma antecipada e sumária condenação da opinião pública, que irá prejudicar o Deputado André Luiz nas próximas eleições, expondo-o à execração pública, ao linchamento político.

No ano passado, o contraventor Carlos Cachoei-ra, que tem envolvimento com Waldomiro Diniz, ousou atingir a imagem do Chefe da Casa Civil, quase provo-cando a instauração de uma CPI na Câmara Federal para apurar favorecimento a políticos em época de eleição. Através de uma manobra política, a CPI não foi à frente, e como havia envolvimento com a Loterj (Estado do Rio de Janeiro), a Assembléia do Estado do Rio de Janeiro aprovou o requerimento de instau-ração da CPI. Logo, Carlos Cachoeira não é pessoa idônea que possa associar-se a uma revista de grande circulação para fornecer informações por meio duvi-doso e clandestino, que acarretaram notícias inverídi-cas. Um contraventor não pode insurgir-se contra um Parlamentar eleito pela vontade do povo, na tentativa de descredenciar um mandato legítimo, seja de qual-quer membro desta Casa. E se houver outra tentativa

de pessoa inidônea em atingir um parlamentar? Quem será o próximo?

A liberdade de expressão não dispensa o controle ético do conteúdo da matéria, por estar em jogo não a mera transmissão de fatos ou idéias, mas a formação de opiniões em grande escala, que decorre do abso-luto poder das empresas de comunicação de massa. O espaço da comunicação é um espaço público des-tinado à defesa das liberdades individuais e como tal deve ser partilhado, orientado e controlado de forma democrática.

Entende o Deputado André Luiz que a matéria veiculada pela revista Veja não foi simplesmente infor-mação de interesse público. Mesmo que não tivesse a intenção de atingir quem quer que seja, da maneira como colocada, obviamente atingiu não só o homem público, como a própria instituição que este representa – o Congresso Nacional –, causando-lhe danos, em face da repercussão que essas notícias surtem no meio funcional, doméstico e pessoal, além do público em geral, eis que se trata de um Parlamentar eleito com votos do povo do Estado do Rio de Janeiro.

A ousadia sem fim de Carlos Cachoeira, associa-do à revista Veja, teve a pretensão de envolver o alto escalão da República, na medida em que, em repor-tagem, citou o nome de Rogério Buratti, ex-secretário do ex-Prefeito Antonio Palocci, atual Ministro da Fa-zenda, acusado de pedir propina a uma multinacional para intermediar um contrato com a Caixa Econômica Federal. Sendo certo que o ex-secretário chegou a ser convocado para depor na CPI instaurada na Assem-bléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, mas não apareceu e nenhuma providência foi tomada a fim de conduzi-lo.

Ocorre que todos os atos inquisitivos unilaterais praticados pela referida Comissão de Sindicância e pelo Conselho de Ética estavam eivados de vícios e em desacordo com as normas que possibilitam a ampla defesa e o contraditório, eis que o Deputado não foi ouvido, apenas instado a manifestar-se sobre a reportagem, a perícia foi realizada com os quesitos apresentados somente pela Comissão de Sindicância, ausentes os quesitos do sindicado e sem assistente técnico, houve a oitiva da testemunha, Deputado Fe-deral Carlos Rodrigues, o ex-bispo Rodrigues, nos autos de sindicância, sem a devida intimação do ad-vogado do Deputado, sendo nulos de pleno direito os atos praticados pela Comissão de Sindicância desde a sua instalação.

Acrescente-se ainda que, após a entrega do laudo (chamado de consulta por telefone pelo próprio perito), posteriormente contratado pela Comissão de Sindicância, o Deputado André Luiz não foi intimado

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para manifestar-se, sendo certo que a Comissão con-cluiu os seus trabalhos e remeteu com injustificada ur-gência os autos, com o relatório, à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, pugnando pela cassação do mandato do Deputado André Luiz, conforme ampla-mente divulgado pela imprensa.

A Constituição Federal, no art. 5º, LV, assegura aos acusados e aos litigantes em geral, em processo judicial ou administrativo, o direito à ampla defesa e ao contraditório, com todos os recursos a ela ineren-tes. Apesar da clareza do texto constitucional e da sua auto-aplicabilidade, norma de eficácia plena, al-guns administradores ainda insistem em não lhe dar cumprimento.

Na sindicância acusatória, ao negar-se o direito do sindicado de acompanhar o processo e exercer a ampla defesa e o contraditório, a autoridade adminis-trativa violou os direitos e as garantias previstas na Constituição Federal. A adoção desse procedimento autoriza o acusado a buscar a proteção jurisdicional, em atendimento ao disciplinado no art. 5º, inciso XXXV, do texto constitucional.

Portanto, evidenciada a manobra articulada por um contraventor associado a uma revista sensacionalis-ta, que encomendou um laudo, pelo telefone, ao perito Ricardo Molina (conforme o próprio afirmou nos autos do processo) para punir o Deputado André Luiz.

Houve a tramitação sumária de um processo, a fim de tentar dar uma justificativa à sociedade, com a inobservância dos princípios básicos do devido pro-cesso legal. Quantos processos tramitam no Conse-lho de Ética e Decoro Parlamentar que não tiveram a mesma velocidade em sua tramitação? É só a im-prensa verificar.

Era o que se tinha a esclarecer”.O SR. JURANDIR BOIA – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa.

a palavra.O SR. JURANDIR BOIA (PDT-AL. Pela ordem.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna em defesa dos nossos servidores públicos. Essa classe trabalhista é uma das grandes molas propulsoras da sociedade e muito tem sofrido com o descaso das autoridades. Atualmente, temos no País cerca de 1,9 milhão de ser-vidores públicos, submetidos, há vários anos, à falta de sensibilidade do Governo e à não-valorização de suas carreiras.

De acordo com informações do Ministério do Planejamento, no ano passado o Governo gastou 89,4 bilhões de reais com a folha de pagamento do funcionalismo público. A média mensal das despesas

governamentais com os servidores públicos é de 7,4 bilhões – número muito inferior ao superávit acumula-do nos primeiros meses deste ano, que já ultrapassa a casa dos 15 bilhões de reais. Além disso, as perdas salariais dos servidores públicos brasileiros, de 1995 até os dias de hoje, já somam 144%, segundo dados do Dieese.

Cálculos daquele departamento revelam ain-da que a inflação acumulada de janeiro de 1995 até dezembro de 2004 alcança 155,89%. O Sindicato dos Servidores Públicos dos Distrito Federal – SIN-DSEP-DF aponta que devemos partir desse número, descontando os reajustes obtidos pela categoria no período, para chegarmos ao índice de recomposição das perdas salariais.

Segundo o Sindsep, a política de reajustes di-ferenciados – os chamados planos de carreira –, na grande maioria dos casos, apresenta algum tipo de distorção. Assim, trata-se não de planos de carreira, mas de remendos, que acabam por conceder “gratifi-cações de desempenho” que dependem da chefia. E, para um servidor ganhar o maior percentual possível dessa gratificação, outro tem de receber menos. Isso sem falar na quebra da paridade entre ativos e apo-sentados e pensionistas.

Dessa forma, muitas vezes, somente essas grati-ficações significaram algum ganho. Mas, se esses au-mentos forem bem analisados, perceberemos que se trata de acréscimo frágil. Ele não é levado para a apo-sentadoria e a qualquer momento pode ser retirado.

A diferenciação ocorre não apenas entre um e outro setor do serviço público. Até dentro da mesma carreira verifica-se que, na maior parte dos casos, os níveis finais, justamente onde está o maior número de servidores, foram mais arrochados que os iniciais.

Na condição de servidor público aposentado e de Parlamentar eleito para defender os interesses da po-pulação brasileira, solicito ao Governo que dê atenção especial àquela categoria, que presta grandes servi-ços ao nosso País. Não é possível, depois de tantas perdas daquele segmento, que se fale em um reajus-te irrisório de 0,1%. O Governo precisa repensar suas contas e encontrar uma fonte de recursos adequada para valorizar esses trabalhadores que mantêm a má-quina em funcionamento.

Temos de pensar que, com a classe dos servido-res públicos fortalecida e motivada, poderemos contar com serviços de mais qualidade e, conseqüentemente, com um setor público mais eficiente e menos suscetível à corrupção. Quem vai ganhar com isso não serão ape-nas os servidores, mas toda a sociedade brasileira.

Era o que tinha a dizer.

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O SR. VIEIRA REIS – Sr. Presidente, peço a pa-lavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. VIEIRA REIS (PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, antes de abordar o assunto que me traz à tribuna, desejo congratular-me com o ex-Presidente João Paulo Cunha pelo discurso que fez, de elogio à atitude do jogador Grafite: procurou a polícia para re-gistrar queixa contra a discriminação racial por ele sofri-da. Imediatamente a polícia entrou em ação e prendeu em flagrante o agressor. O fato faz-nos acreditar mais na lei. Ele serve para mostrar à população brasileira que a lei não está esquecida e deve ser observada. Também já houve muitos casos de brasileiros que agrediram discriminatoriamente seus patrícios. Dessa vez o ato foi praticado por um argentino. Pode haver a suspeita de que a lei tenha sido cumprida devido a suposta existência de rivalidade entre os 2 países, em relação ao futebol.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com muito pesar no coração, presto solidariedade ao meu amigo Alair Corrêa, ex-Prefeito de Cabo Frio, pela morte de seu filho. Solidarizo-me também com seus familiares.

Na manhã de quarta-feira, dia 6 de abril, a vida de Márcio Corrêa foi ceifada de forma violenta na Rodovia RJ-140, que liga São Pedro da Aldeia a Cabo Frio – a cidade já foi considerada a mais limpa do Brasil, com suas inúmeras praias e áreas turísticas. O Deputado Estadual, do PSB do Rio de Janeiro, chocou-se fron-talmente com um caminhão.

No ano de 2003, o Deputado foi autor de indica-ção legislativa solicitando ao Executivo obras nessa mesma rodovia. Em sua justificativa, lembrava o alto índice de acidentes no local.

O Deputado Márcio Corrêa era médico, tinha 38 anos e estava em seu primeiro mandato. Iniciou sua carreira política aos 31 anos. Na época, foi o Verea-dor mais votado do Município. Reeleito em 2001, no ano seguinte foi eleito para a Alerj, com 44.121 votos. Pouco antes de assumir o mandato, porém, sofreu um acidente de carro na Estrada do Guriri, que liga Cabo Frio a Búzios. Passou por várias cirurgias e ainda não estava completamente recuperado.

Acredito que todos os cabo-frienses estejam enlutados. Nós perdemos um grande companheiro. Registro, portanto – apesar do atraso, devido a com-promissos –, minhas condolências à família do ex-Pre-feito Alair Corrêa.

Passo a abordar outro assunto.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, cobro do

Chefe de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro,

Delegado Álvaro Lins, e do titular da Delegacia de Ho-micídios, Dr. Carlos Henrique Machado, muita cautela nas investigações que estão sendo feitas na Baixada Fluminense.

Apesar da cobrança, por parte de toda a po-pulação brasileira, de esclarecimento e punição dos verdadeiros culpados da chacina ocorrida na Baixada Fluminense, não se deve ter pressa para encontrar os culpados e dar uma resposta rápida à sociedade. Se não houver respaldo técnico com qualidade pericial, o Ministério Público não conseguirá a condenação dos réus.

Temos como exemplo a chacina de Vigário Ge-ral, em 1993, em que as autoridades correram contra o tempo para encontrar os culpados e se esqueceram de detalhes importantes da investigação. Na época, os projéteis só foram retirados dos corpos na exumação, 3 anos depois do massacre.

Sr. Presidente, sou autor de duas proposições, que considero da maior importância e que atendem ao clamor de justiça da população brasileira: o Projeto de Lei nº 4.795, de 2005, que dispõe sobre os procedimen-tos para preservação do local do crime em ocorrências criminais com vítimas fatais envolvendo policiais civis e militares; e o Projeto de Lei nº 4.793, de 2005, que altera a Lei nº 9.807, de 1999, e estabelece normas para a organização e a manutenção de programas es-peciais de proteção a vítimas e a testemunhas ame-açadas; institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas; e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham, voluntariamente, prestado efetiva colaboração à inves-tigação policial e ao processo criminal.

Sr. Presidente, a necessidade da aprovação des-ses projetos de lei deve-se ao fato de que as histórias de chacinas, torturas, assassinatos por encomenda, mutilações, ameaças e perseguições a vítimas – na sua maioria, jovens pobres, políticos, sindicalistas, militantes dos movimentos defensores dos direitos humanos e trabalhadores rurais – são fruto da omissão, conivência e prevaricação das instituições oficiais, porque quem sabe não denuncia, com medo de represálias.

Não é de hoje que o tema “grupos de extermí-nio” chama a atenção de órgãos internacionais. No ano passado, a relatora especial da ONU para casos de execuções sumárias visitou o Brasil e produziu um texto em que se diz espantada com a quantidade de informações sobre violações de direitos humanos perpetradas por forças de segurança, em particular a Polícia Militar.

Temos, sim, Sr. Presidente, de cuidar dessas testemunhas da Baixada Fluminense e preservá-las. Elas estão sendo ameaçadas de morte e intimidadas,

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12573

por meio de recados transmitidos pelo telefone e pes-soalmente.

Essas mesmas testemunhas que viram o crime afirmam que os assassinos são policiais. Por isso, não querem ser protegidas pela polícia e procuram ajuda da Fundação para a Infância e Adolescência.

Os moradores do bairro estão apavorados, com medo dos policiais do batalhão da área. As crianças não querem nem ir à escola, com medo de tiroteio. À noite, as ruas estão desertas.

Temos de fiscalizar cada passo tomado nas in-vestigações desse crime que chocou o País e, mais uma vez, repercutiu no mundo. Precisamos também agilizar a aprovação de projetos que tramitam nesta Casa, para vê-los transformados em leis, com o obje-tivo de defender todos os que se sentem reféns dessa violência desenfreada.

Sr. Presidente, peço que este pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil e no Jor-nal da Câmara.

O SR. ARNON BEZERRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNON BEZERRA (PTB-CE. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna para cumprimentar o jovem Prefeito no Município de Iguatu, Estado do Ceará, Dr. Agenor Neto, por ter criado a Defensoria Pública Municipal.

Quando Deputado Estadual, S.Exa. levantou a bandeira da justiça para todos e anunciou sua vontade de levar à população mais carente o direito à defensoria pública. Agora, na condição de Prefeito, o Dr. Agenor Neto desenvolve grande trabalho nas áreas de educa-ção, saúde, enfim, em todo o serviço público.

Portanto, com a instalação da Defensoria Pública Municipal, o Dr. Agenor Neto torna realidade a ban-deira que levantou na Assembléia Legislativa como Deputado Estadual.

Parabéns ao povo do Município cearense de Iguatu.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. ZÉ GERALDO – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa.

a palavra.O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Pela ordem. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no mês passado, neste plenário, denunciei a crescente violência que se estabelece na cidade de Jacundá, no sudeste do Pará.

Naquela época alertei as autoridades para o alto índice de homicídios, assaltos, seqüestros, roubos e atos de violência contra crianças e adolescentes, numa cidade relativamente pequena, com cerca de 50 mil habitantes. Disse que, das 233 mortes registradas no Município, no ano passado, 30 foram por homicídios.

No mesmo caminho, a Câmara de Vereadores de Jacundá realizou, na manhã desta quinta-feira, dia 14 de abril, sessão especial para discutir a questão da segurança pública no Município, em face do alto índi-ce de violência motivada pela luta pela posse da terra. Cerca de 400 pessoas, além de autoridades municipais e Parlamentares Estaduais, participaram da sessão es-pecial realizada na Loja Maçônica Acácia de Jacundá, na Avenida JK, nº 197, no centro da cidade.

Agora há pouco recebi de participantes da reunião uma nova denúncia – dessa vez, sobre as ameaças de morte sofridas pela Vereadora Maria de Jesus, do PT, que já foi Vice-Prefeita de Jacundá, por seu trabalho em prol da reforma agrária.

Maria de Jesus propôs a realização da sessão especial. “Tudo isso está acontecendo e não há pro-vidências das autoridades estaduais; o que vemos é a comunidade entristecida e os familiares enlutados, chorando seus mortos e pedindo justiça”, lamentou. Ela pediu providências para que “o esquadrão da morte não continue instalado em Jacundá”.

O Governo Federal enviou o Exército para o local, este ano, e liberou um total de 12 milhões de reais para a área de segurança pública no Pará, no ano passado. Mas as respostas dadas pelo Governo Estadual não têm sido satisfatórias até agora. Assiste a tudo como se o problema fosse de outro Estado e não do Pará.

Uma pessoa que prefere ficar anônima, por medo também de ameaças, alertou a Vereadora Maria de Jesus para uma conversa que ouviu de um fazendeiro que estaria “empreitando” a morte dela por 15 mil reais. O motivo da ameaça seria que um grupo de trabalha-dores rurais sem terra pretendia invadir a propriedade do fazendeiro, muito embora ela afirme que não tem nenhuma relação com o caso.

A SRA. GORETE PEREIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa. a palavra.

A SRA. GORETE PEREIRA (PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras e Srs. Deputados, há vários dias, no Ceará, está havendo a paralisação de servidores públicos pela complementação salarial discutida pelos Ministérios da Saúde e do Planejamento. Alguns Parlamentares representam esses funcionários. Essa luta é antiga. A

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12574 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

ação foi ganha na Justiça, e talvez o pagamento seja consumado totalmente.

Sr. Presidente, apresento à Mesa projeto de lei que altera o prazo estabelecido na Medida Provisória nº 2.217-3, de 2001, que modifica a lei que rege os salários dos funcionários da CBTU, no Ceará. Eles só têm garantia de salário até 31 de dezembro de 2005, ou então com a primeira e a segunda etapa do Metro-for. Com a falta de recursos, a continuidade das obras do metrô fica prejudicada. Os funcionários estão en-trando em pânico, porque, quando chegar o mês de dezembro, vão passar a receber pelo Estado. Então, apresentamos projeto de lei que altera por mais 5 anos a data limite, para que a CBTU continue a fazer o pa-gamento dessas pessoas.

Por fim, Sr. Presidente, registro nosso repúdio às Medidas Provisórias nº 245 e 246, que vão chegar a esta Casa. Estivemos, pela manhã, com o Presidente da República em exercício, juntamente com represen-tantes da Rede Ferroviária Federal, e manifestamos nosso repúdio a elas.

Esperamos contar com a sensibilidade dos nos-sos pares para que ocorra com essas MPs o mesmo que ocorreu com a Medida Provisória nº 232 – ou seja, que sejam retiradas, porque trazem enormes prejuízos para a Rede Ferroviária, para os aposentados e para mais de 140 mil pessoas.

O Governo não ouviu os representantes da Rede Ferroviária que tentam negociar as alterações. O Vi-ce-Presidente da República demonstrou sensibilidade em relação à nossa causa.

Muito obrigada.O SR. JOÃO MENDES DE JESUS – Sr. Presi-

dente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa.

a palavra. O SR. JOÃO MENDES DE JESUS (Bloco/PSL-

RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, a Câmara de Vereadores do Município do Rio de Janeiro aprovou projeto de lei que proíbe a dupla cobrança de pedágio ao longo da Linha Amarela. Os autores do projeto são as Vereadoras Verônica Costa e Lucinha, juntamente com o Prof. Uoston, ex-Vereador.

Quero juntar-me às Vereadoras do Rio de Janeiro, Verônica Costa e Lucinha. Nós, na Câmara Federal, estamos dando nossa contribuição para que esse pro-jeto seja aprovado.

Atualmente o cidadão carioca paga o pedágio duas vezes. Os motoristas pagam pedágio nos 2 sen-tidos da via pública. Por isso, sentem-se ludibriados pela empresa concessionária e também pelo Poder Público.

O projeto dos Vereadores segue agora para a aprovação ou o veto do Prefeito Cesar Maia. Espero que nosso Executivo Municipal aprove o projeto de lei, porque a população carioca não agüenta mais pagar tantos impostos, taxas e pedágios.

É importante dizer que o projeto desses Verea-dores prima pela cidadania e resgata o direito de ir e vir dos cidadãos cariocas.

Parabenizo as Vereadoras Verônica Costa e Lu-cinha e solicito ao Prefeito César Maia que sancione esse projeto para que se transforme em lei, pois será muito bom para o povo do Rio de Janeiro.

Muito obrigado.

O Sr. Jorge Alberto, 2º Suplente de Se-cretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Zé Geraldo, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. JORGE ALBERTO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Zé Geraldo) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. JORGE ALBERTO (PMDB-SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a preocupa-ção que trago no início da noite de hoje diz respeito à possibilidade de o Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio e o próprio Governo do Presidente Lula proporem um aumento de 128% do índice de produtividade das terras do Nordeste. Isso preocupa-me bastante. Quero deixar registrada aqui essa preocupação, e dirijo-me ao Ministro Miguel Rossetto: quem possui um hecta-re de terra na região do semi-árido nordestino sabe o que significa isso; o Ministro precisa possuir terras ali para que daqui a 2 anos possa avaliar concretamente o significado de uma proposta de aumento do índice de produtividade nessa região.

Essa proposta preocupa-me, repito, porque cau-sará ainda maior instabilidade no campo. Se lá já existe uma grande instabilidade, uma ação desse tipo fará com que ela aumente ainda mais, sobretudo na Re-gião Nordeste.

Portanto, como Deputado da base de sustentação do Governo, trago minha preocupação, manifestando minha posição contrária a essa atitude, e defenderei no partido que isso seja discutido com muito cuidado com as autoridades representativas dos vários setores e sobretudo com os integrantes da base governista. Enfim, registro minha preocupação como político que representa nesta Casa a Região Nordeste, sobretudo o povo sergipano.

Uma atitude dessas precisa ser mais discutida. Não pode ser tomada sem que sejam ouvidos aqueles que fazem parte da base de sustentação.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12575

É a manifestação que eu tinha a fazer na tarde de hoje.

O SR. PRESIDENTE (Zé Geraldo) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Fernando Ferro, pelo PT.

O SR. FERNANDO FERRO (PT – PE. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parla-mentares, demais senhoras e senhores participantes desta sessão, quero trazer minha preocupação com a política em curso de reajuste tarifário do setor elétrico. O consumidor brasileiro precisa saber que os aumen-tos que estão vindo por aí terão sérias conseqüências sobre seu poder aquisitivo e a economia brasileira.

A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANE-EL autoriza reajustes e revisões tarifárias a partir de contratos e da lei vigente. Empresas como a do meu Estado, a Celpe, ligada ao grupo espanhol Iberdrola, comunicam, em anúncios de página inteira de jornal, que o principal responsável pela tarifa seria a carga tributária, o que não é verdade. Os tributos compõem parte da tarifa.

Atualmente, na área de distribuição, vivemos sob um sistema elétrico 80% privatizado. Essa área privati-zada foi constituída a partir de uma série de acordos e contratos, que levaram a que empresas distribuidoras também se constituíssem como empresas geradoras. Essas empresas geradoras do próprio grupo pode-riam, por esses contratos, vender sua energia para elas próprias revenderem. É o chamado self-dealing, a autocontratação.

Em Pernambuco, estamos vivendo a seguinte si-tuação: a empresa Celpe tem uma empresa térmica, a Termopernambuco S.A., que produz energia elétrica a partir de combustível fóssil, de diesel, o que eleva a tarifa para quase 3 vezes a cobrada pela energia pro-duzida pela Chesf em hidrelétricas.

Essa composição de custos de tarifas, em que a empresa tem, por contrato, a opção de vender para ela mesma uma energia que custa 3 vezes mais e repassá-la para o consumidor é que provoca a explo-são tarifária.

A mesma prática está presente em vários locais do País, conseqüência da política de privatização e dos contratos feitos à época do chamado Programa Prioritário de Termoelétrica. Essa é mais uma das he-ranças que a população brasileira recebeu da política de privatização do setor elétrico, do tempo do apagão e da proposta que introduziu as termelétricas no nosso sistema elétrico com essas regras.

No caso de Pernambuco, o aumento previsto das tarifas correspondia a cerca de 50%. Com a intervenção da ANEEL, a tarifa média subirá 34%: para o consu-midor residencial, 30%; para o consumidor industrial, 42%. Se não houvesse essa autocontratação, a tari-

fa de energia seria cerca de 12% menos. E isso está sendo feito em vários Estados.

A política de autocontratação está provocando essa distorção, que considero um ataque. Não quero dizer um roubo, porque se trata de contrato firmado no Governo passado, mas as empresas estão se apro-veitando da situação.

Para esclarecer todos esses fatos, convocamos uma audiência pública na Comissão de Minas e Ener-gia. Queremos que a população brasileira participe desse processo e que haja transparência, para que se sabia o quanto os impostos pesam na tarifa e o quanto essas manobras contratuais e contábeis, de endividamento das empresas e de remessa de lucro para as suas matrizes, repercutem no preço do servi-ço por elas prestado.

Sr. Presidente, com o objetivo de esclarecer e de desmistificar essa ação, temos de promover essa audiência pública, que permitirá que o consumidor, em última análise, saiba que está sendo lesado em seus direitos e que vai arcar com a principal parte desse aumento tarifário. Trata-se de leis e de contratos que nós, infelizmente, não podemos romper, caso contrá-rio, as empresas poderiam recorrer à Justiça – e co-bertas de razão.

É uma imposição moral a rediscussão desse problema apresentado ao consumidor de energia elé-trica no Brasil. Não podemos aceitar que isso aconte-ça. A propósito, registro que ontem houve uma audi-ência pública no meu Estado, com a participação da população, que cobrou explicações sobre o que está acontecendo.

Com a legislação que aprovamos no Governo Lula, não mais será permitido esse tipo de autocon-tratação, que aumenta excessivamente as tarifas. Por meio da Medida Provisória nº 144, que transformamos na Lei nº 10.484 – Lei de Reestruturação do Setor Elétrico –, vamos impedir novamente esses aumen-tos tarifários.

Temos de tentar estabelecer uma negociação, para, de alguma maneira, repor o poder aquisitivo da população brasileira e impedir esse verdadeiro assalto – eu diria – que está acontecendo com o consumidor de energia elétrica do País. E isso, repito, não aconte-ce apenas em Pernambuco.

Chamo a atenção dos demais Parlamentares para o fato de que eles serão convidados por seus Estados para ajudar a coibir essa prática das empre-sas de energia elétrica, que, de alguma maneira, es-tão jogando nas costas do consumidor esse aumento tarifário, que pode e deve ser repactuado por meio de um compromisso social.

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12576 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

É claro que temos de considerar que as empre-sas têm gastos e custos e que precisam reajustar as tarifas para remunerar financeiramente seus traba-lhadores e prestar o seu serviço. O que não pode é o consumidor arcar com essa carga tarifária, uma das mais altas do mundo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Zé Geraldo, § 2º do art. 18 do Re-gimento Interno, deixa a cadeira da presidên-cia, que é ocupada pelo Sr. Jorge Alberto, 2º Suplente de Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Zé Geraldo.

O SR. ZÉ GERALDO (PT-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, o Governador do Estado do Pará, Simão Jatene, do PSDB, talvez por dispor de meio de comunicação favorável a suas ações, já que possui bom investimento no setor, tem dito que o Pará leva muito prejuízo nas exportações e que os recursos federais não têm che-gado ao Estado.

Na verdade, este ano, o Pará recebeu, só do Fundo de Exportação, 93 milhões de reais e, da CIDE, 23 milhões. Portanto, uma quantia significativa, que ultrapassa 100 milhões de reais.

O mais interessante é que os recursos enviados pelo Governo Federal, seja do convênio para a segu-rança pública, seja para a educação, dificilmente apa-recem na propaganda oficial.

Quero dizer ao povo paraense que o Governo Lula já destinou ao Estado quase 200 milhões oriun-dos do Fundo de Exportação, da CIDE, do convênio com a segurança pública e com a saúde. Infelizmente, em vários Municípios, a Polícia Militar não tem sequer um carro para trabalhar. Quando tem, é velho e não garante o trabalho dos policiais.

Faço esse registro porque não é justo que o Go-verno Federal contribua com o Governo do Estado e não seja sequer citado nos meios de comunicação. Às vezes, a obra é toda do Governo Federal, mas na placa só se vê o Governo do Estado.

Na condição de Deputado Federal, que tem lutado para que os recursos cheguem ao nosso Estado, estou fazendo levantamento para mostrar ao povo paraen-se quantos milhões já foram repassados ao Governo Estadual para melhorar a segurança pública, o que, contudo, não ocorreu. O setor vive o caos, assim como a saúde pública no interior é uma calamidade pública. Por isso, faço esse registro.

Muito obrigado.O SR. LUIZ COUTO – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, registro mais uma ação da Polícia Federal: des-baratou uma quadrilha de cafetinas e cafetões que aliciavam mulheres da Região Centro-Oeste e, claro, do País, para levá-las a Portugal e à Espanha. Foi a chamada Operação Castanhola.

A Polícia Federal conseguiu desbaratar a qua-drilha, prender sua chefe e identificar os demais seg-mentos, graças a uma ação articulada com a Interpol e as polícias de Portugal e da Espanha, com o objeti-vo de desvencilhar a outra ponta da quadrilha, que se encontra na Europa.

As mulheres viajam para Portugal e depois para a Espanha, onde são exploradas como escravas, porque os proprietários das boates retêm seus passaportes. Além disso, uma empresa de turismo, que também foi fechada pela Polícia Federal, superfaturava as passa-gens das mulheres que iam à Europa com a promessa de que seriam bem tratadas, conseguiriam emprego e, inclusive, trabalhariam como modelo. Mas, chegando naquele país, elas eram transformadas em escravas. Outro dado que chama a atenção é que a quadrilha também exportava homens para a prática da prosti-tuição na Europa.

Parabenizo a Polícia Federal por mais essa ação.

Este Poder tem de contribuir para que a nossa Polícia Federal disponha de condições salariais, de lo-gística e continue desenvolvendo excelente trabalho, no sentido de desbaratar quadrilhas de sonegação, de corrupção, de crime organizado, de tráfico de drogas e de armas, de exploração sexual de mulheres, crian-ças e adolescentes.

Fico contente ao ver a Polícia Federal trabalhando efetivamente no combate ao crime, a fim de eliminar quadrilhas que agem para transformar mulheres e ho-mens em escravos para exploração sexual.

A Polícia Federal engrandece o Brasil. O Governo Federal tem de olhar sempre, com muita dedicação, para ela, a fim de que possa continuar trabalhando no combate à sonegação, às fraudes, ao crime orga-nizado.

Parabéns, Polícia Federal, pelo trabalho que vem realizando! É assim que se combate o crime organi-zado.

Tenho certeza de que haverá muitas outras ações, tais como a que vimos: a Polícia Federal prendeu um argentino que tem vinculações com crimes de sone-gação e fraude no INSS.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12577

Tudo isso é sinal de que Polícia Federal está procurando transformar o Brasil num país diferente, levando para a cadeia os responsáveis pelo crime organizado.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Concedo

a palavra ao nobre Deputado Raul Jungmann, pelo PPS.

O SR. RAUL JUNGMANN (PPS-PE. Sem revi-são do orador.) – Ilustre Presidente Jorge Alberto, é um prazer falar uma vez mais nesta Casa sob a pre-sidência de V.Exa.

Sras. e Srs. Deputados, há pouco eu conversava com os competentes assessores da Mesa Diretora, os quais aproveito para saudar de público, reconhecendo a competência e o compromisso que essas senhoras e esses senhores têm com esta Casa. Comentáva-mos o fato de que neste instante a sede do Ministério da Fazenda está sendo invadida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Esse fato obviamente será notícia em todos os jornais e telejornais nacionais e internacionais.

Não posso deixar de dizer que já vivi idêntica situação, e disse, na época, que aquilo transcendia todo e qualquer limite de uma justa, correta e demo-crática luta dos movimentos sociais em prol da reforma agrária. O poder do Ministro Antonio Palocci é, como era o meu à época, derivado do poder delegado por todos os brasileiros ao Presidente da República, que por sua vez o delega ao Ministro. Então, não podemos concordar em momento algum que se desrespeite, que se fira, que se atente contra um poder popular e democrático.

Minha posição à época é a mesma de hoje: pro-testo veementemente contra o desrespeito que se de-monstra hoje à sede do Ministério da Fazenda. Não é com uma atitude como essa que vamos levar adiante o Programa Nacional de Reforma Agrária. Se a causa é justa, os métodos são sem sombra de dúvida incor-retos. Nenhuma causa, por mais justa que seja, em favor dos pobres e dos excluídos, dos sem-terra, pode justificar o desafio maior, o desrespeito maior de ferir a lei, a autonomia de um órgão, o respeito à institui-ção e à figura do Ministro – que, em última instância, é alcançada por um fato como esse.

Portanto, deixo registrado meu repúdio como ex-Ministro do Governo Fernando Henrique, como mem-bro da Oposição, como alguém que até sofreu muitas vezes ataques partidários, tanto no atual Governo quanto no anterior – mas isso não muda convicções, não nos move do nosso propósito, Sr. Presidente. É inaceitável, anti-republicana, antidemocrática essa

ação, e por esse rumo não caminhamos; efetivamente, só damos marcha a ré.

Passo agora a falar sobre o tema que me traz à tribuna.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, temos hoje a realidade da transposição de águas do Rio São Francisco, e, nesse processo, meu Estado de Pernam-buco é doador e receptor.

Embora eu seja favorável à transposição de águas do Rio São Francisco, hoje venho falar de uma região do sertão pernambucano, uma entre tantas do nosso Nordeste: a região do Pajeú, mais especificamente da cidade de Custódia, no interior do meu Estado.

A obra de transposição deverá atravessar esse Município, cujo problema de abastecimento d’água é gravíssimo.

Existe ali também um projeto de cultura irrigada que hoje se encontra abandonado. Nessa área, 200 hectares de terra, 52 lotes e 800 empregos estão di-reta ou indiretamente relacionados a esse perímetro irrigado, que se encontra desativado porque o açude do DNOCS, que deveria abastecer a cidade e ao mesmo tempo possibilitar exatamente o funcionamento desse projeto, não tem capacidade para tanto. Então, o que me traz hoje à tribuna é exatamente o propósito de solicitar ao Ministro da Integração Regional e ao atual Governo que providenciem a passagem de um ramal dentro do Município, partindo do local em que vai ocor-rer a transposição, que dista apenas 4 quilômetros da ponta sudeste desse perímetro irrigado, para que seja possível o acesso à água, e, conseqüentemente, para que se gerem empregos e se resolva a baixo custo não só o problema de abastecimento, mas também o da produção de alimentos no Sertão do Pajeú.

Concluo, Sr. Presidente, desde já agradecendo a V.Exa. a generosidade de estender o meu tempo, comunicando que amanhã, sexta-feira, teremos no Sertão do Pajeú um grande encontro com técnicos do Governo do Estado e do Ministério, com a participa-ção de Vereadores, do Dr. Gilberto e de muitas outras autoridades.

Quero desde já hipotecar minha total solidarieda-de ao povo daquela região e dizer que não apenas es-tarei aqui, neste plenário, lutando para que o perímetro irrigado de Custódia possa voltar a produzir, como tam-bém estarei na Esplanada dos Ministérios, ao lado do Governo do meu Estado, trabalhando para que aquele sonho do povo de Custódia se torne realidade.

Mais uma vez, reitero que é uma honra falar sob a sua Presidência. Agradeço-lhe a atenção e genero-sidade. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Agradeço ao Deputado Raul Jungmann as palavras. V.Exa., que

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12578 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

foi Ministro do Desenvolvimento Agrário no Governo anterior, engrandece os trabalhos desta Casa com a experiência e o conhecimento de causa que tem.

O SR. ISAÍAS SILVESTRE – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ISAÍAS SILVESTRE (PSB-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais presentes, é com indignação que venho a esta tribuna falar sobre fato ocorrido no Estado de Tocantins, citado pela mídia esta tarde.

Há cerca de 8 anos, o Governo estadual firmou um acordo de cooperação com o Governo de Cuba para trazer profissionais da área médica a fim de suprirem a carência de profissionais brasileiros, que na época, segundo informações divulgadas pela Rede Globo, não estavam interessados em trabalhar no interior do Brasil, no Projeto Saúde da Família.

Está prevista para a madrugada de amanhã a partida de 96 médicos cubanos, que retornarão ao seu país de origem em um avião enviado por Fidel Castro especialmente para esse fim.

A sentença foi dada pelo Juiz Federal Marcelo Albernaz, que em sua sentença comparou o trabalho dos médicos cubanos com curandeirismo.

Ora, a capacidade técnica desses profissionais deveria ter sido avaliada quando de sua vinda ao Brasil e não agora, 8 anos depois!

Não podemos aceitar essa decisão, porque o Brasil é carente de médicos e temos em Cuba mais de quinhentos brasileiros estudando porque aqui não tiveram oportunidade.

O que vamos fazer com nossos brasileiros que estão em Cuba? Vamos trazê-los de volta, assim como fará Fidel Castro com os cubanos?

A situação é muito delicada, representa desa-feição a um país que faz parte da nossa América La-tina.

Este é, sem sombra de dúvidas, um incidente diplomático sério, que tende a denegrir a imagem de nosso País no cenário internacional, especialmente no que tange às nossas relações com Cuba.

É importante lembrar que estudantes brasileiros, sem possibilidades financeiras para arcar com seus estudos no Brasil, estão em Cuba estudando medicina. Um país elogiado e reconhecido por possuir médicos de ótima capacidade técnica, ainda que sem acesso a tecnologias de ponta.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, para tratar de outro assunto.

Ontem, no Estádio do Morumbi, em São Paulo, um jogador argentino, por falta de educação e elegân-cia, pregou o incentivo ao racismo.

Corroboro as palavras já ditas pelo Deputado João Paulo Cunha, bem como as sugestões já enca-minhadas.

Srs. Parlamentares, causa-nos repugnância a ati-tude desse jogador de futebol, que protagonizou uma cena de incentivo ao racismo num país onde há lei tal prática. Fatos como esses devem ser banidos de vez de todos os setores da sociedade.

Quero aqui me solidarizar não só com o jogador que foi vítima do ato praticado pelo atleta argentino, como também com todas aquelas pessoas que sofre-ram ou sofrem este tipo de discriminação. Sou contra todo tipo de discriminação.

Aproveito a oportunidade para parabenizar o Mi-nistro Agnelo Queiroz pelo incentivo para acabar com a ociosidade das crianças, jovens e adolescentes em áreas de abandono, com a promoção do Programa Segundo Tempo. S.Exa. tem se empenhado na inclu-são social através do esporte. O Programa Segundo Tempo, criado em parceria com escolas, fundações e associações, dá oportunidade aos meninos e adoles-centes que não tiveram a oportunidade de freqüentar uma escola em tempo integral de se integrarem so-cialmente.

Sessenta por cento da população do País tem ori-gem africana. Ontem foi dada uma lição, em São Paulo, aos nossos jovens e crianças que assistiram à falta de educação praticada: a prisão do jogador argentino.

Trabalhamos em várias outras frentes para ba-nir de vez do nosso País todos os tipos de discrimi-nação.

Queremos parabenizar as Polícias Militar e Civil de São Paulo que, com eficácia, evitaram que o fato ti-vesse uma conotação de desrespeito ao nosso País.

Não podemos aceitar que esse fato fique impune, passe despercebido. A Justiça deverá agir com todo o rigor, como o fez a Polícia Militar.

Registro minha indignação e a do PSB contra esse ato de racismo, para que essa forma de discri-minar não seja praticada nas escolas, tampouco em qualquer segmento da sociedade.

Não podemos aceitar que venha um estrangeiro, sem educação, sem informação, sem conhecimento das origens do nosso País, praticar ação tão nefasta no nosso meio.

Registro aqui o meu protesto.Muito obrigado.O SR. PAULO LIMA – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12579

O SR. PRESIDENTE (Jorge Alberto) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. PAULO LIMA (PMDB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, parabenizo o Prefeito de Borá, a menor cidade do Estado de São Paulo e do Brasil, com 818 habitantes.

Nelson Celestino Teixeira, o conhecido Nelsão, Prefeito de Borá, está implantando na cidade uma usi-na do Grupo Ibéria. Um total de 1.700 trabalhadores para lá estão sendo levados. Será triplicado o número de habitantes daquele Município.

O Prefeito é um homem trabalhador, humilde, competente, sério no trato da coisa pública, principal-mente com os moradores. É uma pessoa muito querida, tanto que está no quarto mandato de Prefeito.

S.Exa. é um exemplo de Prefeito que se dedica, que quer o progresso e o desenvolvimento, com justi-ça social para o seu Município. Isso só é possível com trabalho, diálogo, buscando empresas que querem descentralizar suas indústrias, seus comércios.

Vários comerciantes de São Paulo e de alguns Municípios estão se transferindo para a cidade de Borá, próxima a Presidente Prudente, minha cidade, no oeste paulista.

Parabenizo, mais uma vez, o Prefeito Nelson Ce-lestino Teixeira e também os diretores da Usina Ibéria, tendo à frente o empresário Marcelo Accioli Toledo, jovem de 42 anos que divide a administração dessa usina com os primos Gustavo e Antônio Toledo.

Coloco-me à disposição do Município e das em-presas. Dessa forma, estaremos contribuindo para a geração de emprego e renda na região, fatores impor-tantes para a qualidade de vida da sua população.

Está prevista, para este ano, a moagem de 650 to-neladas de cana para a produção de álcool e de açúcar, com capacidade total de 1,4 milhão de toneladas, que será alcançada no quarto ano de trabalho da usina.

Sr. Presidente, Deputado Severino Cavalcanti, Deputado Benjamim, nosso companheiro da Paraíba, Deputado Roberto Rodrigues, essa é uma demons-tração de que temos de seguir exemplos como o do Prefeito de Borá, Nelson Celestino Teixeira, o Nelsão, para desenvolver o nosso País.

Parabéns à cidade de Borá! Parabéns, Prefeito!Muito obrigado.

Durante o discurso do Sr. Paulo Lima, o Sr. Jorge Alberto, 2º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Severino Cavalcanti, Presidente.

O SR. FRANCISCO RODRIGUES – Sr. Presi-dente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. FRANCISCO RODRIGUES (PFL-RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na democracia é necessário que te-nhamos, acima de tudo, compromisso.

Estamos acompanhando, de forma clara e silen-ciosa, as manifestações que têm sido praticadas nesta Casa em atitudes extremamente admiráveis porque demonstram o poder do Parlamento brasileiro. Mais que isso: consolidam a posição da Câmara dos Depu-tados no cenário nacional como instituição que merece respeito de toda a nossa sociedade. Isso, obviamente, tem fortalecido a posição desta Casa.

V.Exa., nobre Presidente Severino Cavalcanti, tem assumido posições claras – muitas vezes até incom-preendidas –, com muita coragem, no sentido de de-fender os interesses da Câmara dos Deputados, razão maior de todos nós e, por que não dizer, da sociedade brasileira, que todos aqui representamos.

V.Exa. tem dito que as posições que assume são em defesa deste Parlamento, razão pela qual é admi-rado por seus pares. As notícias veiculadas na impren-sa acerca das medidas provisórias têm demonstrado o compromisso de V.Exa. e o acerto das ações, até mesmo quando retrocede nas posições defendidas, independente de qualquer compromisso assumido anteriormente, para que não haja nenhuma ruptura, nenhum choque com os partidos, tanto os da base do Governo quanto os da oposição.

Eu, Deputado do PFL, da Oposição, compreendo que o compromisso que V.Exa. tinha assumido tenha hoje ficado visível, claro, apesar de não ser Relator da medida provisória o nobre Deputado Pauderney Avelino, porque V.Exa. não tinha detalhadamente – dentro do compromis-so e da ocupação das relatorias – a informação precisa e devida de que caberia ao Partido Progressista a relatoria dessa importante medida provisória. V.Exa. demonstra que tem cumprido e muitas vezes retrocedido, de forma que temos de aplaudir, porque isso encoraja as atitudes praticadas por todos os Parlamentares.

Sr. Presidente, Deputado Severino Cavalcanti, elogio V.Exa. pela firmeza e, acima de tudo, pela hu-mildade. Ao retroceder de uma posição, assume de público, neste plenário, aquilo que na verdade V.Exa. tem como máxima, como balizamento da sua vida pú-blica: o compromisso.

Parabéns a V.Exa!O SR. BENJAMIN MARANHÃO – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Tem

V.Exa. a palavra.

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12580 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O SR. BENJAMIN MARANHÃO (PMDB-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho hoje à tribuna manifestar a minha inquietação no que diz respeito à situação da assistência pública à saúde no Brasil, mais especifi-camente no meu Estado da Paraíba.

A população paraibana vive momento muito di-fícil. Esta semana foi marcada por atos lastimáveis e de grandes conseqüências devido à incompetência e à inoperância do gestor estadual de saúde em relação ao funcionamento dos hospitais estaduais, notadamen-te no Município de Patos. O serviço de hemodiálise foi totalmente suspenso, depois de mais de 4 meses de atraso no pagamento a profissionais e fornecedo-res. Também foi fechada, pelo Conselho Regional de Medicina, a UTI do Hospital Regional de Guarabira, o que causou prejuízos à população de mais de 100 mil habitantes daquele Município e de seu entorno.

Essa triste realidade se repete, Sr. Presidente, nos Hospitais Regionais de Monteiro, Patos, Cajazeiras, en-fim, em todos os núcleos de saúde do nosso Estado.

Situação também lamentável vive o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, que diminuiu o número de atendimentos prestados à população. Não bastasse isso, registra queda na qualidade dos serviços hospitalares desde que o atual Governo se instalou.

Estamos muito preocupados, Sr. Presidente. Hoje mesmo recebi ligação telefônica do Prefeito de Sou-sa, que estava a ponto de pedir a intervenção federal no hospital da cidade. Apesar de ter gestão plena em saúde, o Município não comanda a unidade hospitalar, que pertence ao Governo do Estado. A situação está totalmente insustentável e não pode perdurar.

O Governo Federal tomou medidas duras em re-lação ao Rio de Janeiro; promoveu a intervenção nos hospitais da cidade para que a população voltasse a ser plenamente atendida. Ocorre que as deficiências do se-tor público de saúde não se restringem àquele Estado. A Paraíba, que não tem os mesmos recursos financeiros que o Rio de Janeiro tem, também precisa da fiscaliza-ção, pelo Governo Federal, da aplicação dos vultosos recursos repassados ao Estado mês a mês. Verificam-se problemas na prestação de assistência médica e hospitalar e no fornecimento de medicamentos excep-cionais ou de uso contínuo, que faltam constantemen-te, pondo em risco a saúde de quem sofre de doenças gravíssimas como a hepatite C e o Mal de Alzheimer ou é transplantado renal, por exemplo. Esses pacientes não têm recebido a devida atenção da Secretaria de Saúde do Governo do Estado da Paraíba.

Cobramos do Ministro Humberto Costa fiscalização mais efetiva da destinação dos recursos repassados ao Es-

tado. Esse é o clamor da população paraibana. Os nossos Prefeitos também estão engajados nessa luta, lamentando que hospitais regionais e centros de diagnóstico sofram com tamanho abandono e degradação. A maior vítima desse descaso é a população carente do Estado.

Espero que o Sr. Ministro da Saúde nos ouça.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Sras.

e Srs. Deputados, esta Presidência gostaria de prestar um esclarecimento ao Plenário a respeito da Medida Provisória nº 242, de 2005, que prevê mudanças nas regras de concessão de auxílio-doença pelo INSS.

Inicialmente, havia sido designado o Deputado Pauderney Avelino para relatar a matéria em plenário, mas, ao fazer um balanço das relatorias já concedidas, verificamos que a vez seria do PP.

Num acordo de Líderes, o Líder do PP, Deputado José Janene, cedeu a relatoria ao PT. Expus o proble-ma ao Líder do PFL e ao próprio Deputado Pauderney Avelino, que compreenderam a situação e colaboraram com a Presidência.

O Presidente agradece pela compreensão ao Sr. Líder do PFL e ao Deputado Pauderney Avelino e ressalta que atitudes dessa natureza é que engrande-cem o Parlamento.

A Presidência já havia feito a comunicação ao nobre Deputado Rodrigo Maia, que compreendeu a situação e não hesitou em falar com o Deputado Pau-derney Avelino.

A matéria é vencida.O SR. SERGIO CAIADO – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. SERGIO CAIADO (PP-GO. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, recebi hoje em meu gabinete uma comis-são de suplentes de Vereador de todo o Brasil, que peregrinam hoje pela Capital da República. A comis-são esteve também com o Presidente do Senado, Renan Calheiros, a quem apresentou um pleito dos mais justos.

Ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou emenda à Constituição, que estabeleceu, de forma equânime e justa, o número de Vereadores nos Muni-cípios brasileiros. Mas a matéria foi substancialmente alterada no Senado, e ficou deformada a intenção da Câmara e distorcida a realidade brasileira.

É um descalabro, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que um Município de 150 mil habitantes como Planaltina de Goiás, vizinho da Capital da Repú-blica, tenha apenas 9 Vereadores, mesmo número de

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12581

edis de Água Fria, outro Município goiano, mas com população de apenas 3 mil habitantes.

A mesma desproporção se repete por este Brasil afora: populações de cidades grandes têm o mesmo número de representantes na Câmara Legislativa que populações de cidades pequenas, já quase desapa-recidas em número de habitantes.

Se Deus quiser, semana que vem o grande Presiden-te da Câmara dos Deputados, Deputado Severino Caval-canti, concederá audiência aos representantes de suplentes de Vereador, que aqui virão em grande número.

O Presidente Severino Cavalcanti tem recebido diversas entidades da sociedade. Já é quase um de-safogo visitar o Presidente da Câmara dos Deputados e poder transmitir-lhe os diversos pleitos da popula-ção brasileira, para que S.Exa. submeta ao Plenário da Casa a votação de matérias que contemplem as maiorias e as minorias.

Este Parlamento tem vivido dias extraordinários. A população do Brasil reconhece que o Presidente Severino Cavalcanti dá a todos os segmentos da so-ciedade a oportunidade de serem ouvidos e aqui ma-nifestar seus anseios.

Sr. Presidente, os suplentes de Vereador virão a Brasília acompanhar o julgamento de sua ação no Supremo Tribunal Federal. Aproveito para pedir àque-las cabeças magníficas que dêem prioridade a essa demanda, reivindicação das mais justas.

Nós, Deputados, que somos representantes da sociedade, estamos ao lado dos Vereadores de todo o País, dos Vereadores que estão sendo substituídos nas suas cidades por assessores.

É bom dizer que o duodécimo não mudou. Ele permanece o mesmo. A despesa é a mesma. O que mudou foi a representatividade política, que foi retirada dos Vereadores e passada aos assessores, que não foram eleitos pelo povo.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos preocupados com a situação geopolítica deste País e com a questão do Parlamento, que tem sido fortale-cido com a Presidência do nosso querido Deputado Severino Cavalcanti.

Este Parlamento, que hoje se estende a todo o País pela ação dos Deputados e dos Vereadores em todos os Municípios, tem que ser respeitado. Temos que legislar, e o Poder Judiciário tem que contemplar a lei, dando condições aos Vereadores e aos suplentes de Vereadores, que só no Estado de Goiás somam 208.

Eles devem ser ungidos como representantes do povo para que possam fazer jus aos votos recebidos, para que o País possa estar plenamente representado nas Câmaras Municipais.

Faço, portanto, aos Ministros do Supremo Tribu-nal Federal apelo para que julguem logo o justo pleito dos Vereadores.

Muito obrigado.O SR. FRANCISCO RODRIGUES – Sr. Presi-

dente, peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. FRANCISCO RODRIGUES (PFL-RR. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, dentro do critério de escolha dos Relatores para as medidas provisórias, vimos solicitar a V.Exa., apesar de enten-dermos que há necessidade de passar pela Comissão Mista de Orçamento, nossa indicação para relatar a Medida Provisória nº 244, que trata da abertura de crédito extraordinário no valor de 20 milhões e 327 mil reais para o Ministério da Defesa.

Bem sabe V.Exa. da necessidade daquele Minis-tério de obter maior aporte de recursos para atender à demanda dos projetos das 3 Forças: Exército, Ma-rinha e Aeronáutica. Logicamente, por sermos mem-bro também da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e compreendendo a necessidade dessa demanda reprimida no Ministério da Defesa, V.Exa. haverá de, com a concordância por parte do Presidente da Comissão Mista de Orçamento, conce-der-nos essa relatoria.

Sr. Presidente, acabamos de ouvir a decisão de V.Exa. sobre a relatoria da Medida Provisória nº 242, que prevê mudanças nas regras de concessão de auxílio-doença pelo INSS.

É uma matéria polêmica. No entanto, entendemos que os acordos têm que ser cumpridos.

Houve a designação de um Deputado do PP para relatar a Medida Provisória nº 242. O Partido Popular cedeu essa relatoria por uma questão de conveniên-cia ou de acordo político. Esta é a Casa dos acordos. V.Exa. retrocedeu na indicação do membro do meu partido, o Deputado Pauderney Avelino, com a con-cordância do Líder com a sugestão apresentada por V.Exa. Diríamos que esta Casa tem que ser uma jane-la sem vidro, tem que ser clara, embora muitas vezes seja até incompreendida. No entanto, aqui se respira o oxigênio da democracia.

Sr. Presidente, mais uma vez queremos dizer que V.Exa. fez um esclarecimento muito oportuno para todos os membros desta Casa e principalmente para aqueles que não a conhecem tão bem, aqueles que assistem à TV Câmara. A grande imprensa conhece os acordos e acertos feitos nesta Casa. V.Exa., de uma forma muito legítima e responsável, fez esse registro, que aplaudimos.

Muito obrigado.

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12582 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – Deputado Francisco Rodrigues, sua solicitação é para relatar medida provisória sobre crédito extraordinário em favor do Ministério da Defesa. Essa solicitação tem que vir da Comissão que V.Exa., com tanta dignidade, representa, que é a Comissão Mista de Orçamento. Se dependesse do Deputado Severino Cavalcanti, a indicação seria imediata.

VIII – ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) –

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) -

COMPARECEM MAIS OS SRS.:

RORAIMA

Francisco Rodrigues PFL Luciano Castro PL PL/PSLMaria Helena PPS Total de Roraima 3

AMAPÁ

Badu Picanço PL PL/PSLEduardo Seabra PTB Hélio Esteves PT Total de Amapá 3

PARÁ

Josué Bengtson PTB Nicias Ribeiro PSDB Vic Pires Franco PFL Total de Pará 3

MARANHÃO

Pedro Novais PMDB Sebastião Madeira PSDB Total de Maranhão 2

CEARÁ

Arnon Bezerra PTB Total de Ceará 1

PIAUÍ

Marcelo Castro PMDB Total de Piauí 1

PARAÍBA

Benjamin Maranhão PMDB Domiciano Cabral PSDB Total de Paraíba 2

PERNAMBUCO

Fernando Ferro PT José Múcio Monteiro PTB

Raul Jungmann PPS Roberto Magalhães PFL Severino Cavalcanti PP Total de Pernambuco 5

ALAGOAS

Helenildo Ribeiro PSDB Total de Alagoas 1

BAHIA

João Carlos Bacelar PFL Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia 2

MINAS GERAIS

Carlos Melles PFL Carlos Mota PL PL/PSLGeraldo Thadeu PPS João Magno PT Total de Minas Gerais 4

ESPÍRITO SANTO

Iriny Lopes PT Manato PDT Total de Espírito Santo 2

RIO DE JANEIRO

André Costa PT André Luiz S.Part. Jandira Feghali PCdoB João Mendes de Jesus PSL PL/PSLTotal de Rio de Janeiro 4

SÃO PAULO

Arlindo Chinaglia PT Jovino Cândido PV Paulo Lima PMDB Vicentinho PT Total de São Paulo 4

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PT Total de Mato Grosso 1

DISTRITO FEDERAL

Osório Adriano PFL Wasny de Roure PT Total de Distrito Federal 2

GOIÁS

Vilmar Rocha PFL Total de Goiás 1

PARANÁ

Selma Schons PT Total de Paraná 1

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12583

RIO GRANDE DO SUL

Augusto Nardes PP Francisco Appio PP Maria do Rosário PT Nelson Proença PPS Pastor Reinaldo PTB Wilson Cignachi PMDB Total de Rio Grande do Sul 6

DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:

RORAIMA

Almir Sá PL PL/PSLTotal de Roraima 1

AMAPÁ

Davi Alcolumbre PFL Dr. Benedito Dias PP Total de Amapá 2

PARÁ

Anivaldo Vale PSDB Ann Pontes PMDB Asdrubal Bentes PMDB Jader Barbalho PMDB José Priante PMDB Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Raimundo Santos PL PL/PSLWladimir Costa PMDB Zé Lima PP Zenaldo Coutinho PSDB Zequinha Marinho PSC Total de Pará 12

AMAZONAS

Carlos Souza PP Francisco Garcia PP Lupércio Ramos PMDB Silas Câmara PTB Vanessa Grazziotin PCdoB Total de Amazonas 5

RONDÔNIA

Anselmo PT Eduardo Valverde PT Marinha Raupp PMDB Miguel de Souza PL PL/PSLNatan Donadon PMDB Total de Rondônia 5

ACRE

Henrique Afonso PT Júnior Betão PL PL/PSL

Nilson Mourão PT Perpétua Almeida PCdoB Ronivon Santiago PP Zico Bronzeado PT Total de Acre 6

TOCANTINS

Homero Barreto PTB Kátia Abreu PFL Ronaldo Dimas PSDB Total de Tocantins 3

MARANHÃO

Antonio Joaquim PTB César Bandeira PFL Dr. Ribamar Alves PSB João Castelo PSDB Luciano Leitoa PSB Neiva Moreira PDT Nice Lobão PFL Paulo Marinho PL PL/PSLRemi Trinta PL PL/PSLSarney Filho PV Terezinha Fernandes PT Total de Maranhão 11

CEARÁ

Almeida de Jesus PL PL/PSLAndré Figueiredo PDT Aníbal Gomes PMDB Antonio Cambraia PSDB Inácio Arruda PCdoB João Alfredo PT Manoel Salviano PSDB Marcelo Teixeira PMDB Vicente Arruda PSDB Zé Gerardo PMDB Total de Ceará 10

PIAUÍ

Átila Lira PSDB Ciro Nogueira PP Nazareno Fonteles PT Paes Landim PTB Simplício Mário PT Total de Piauí 5

RIO GRANDE DO NORTE

Álvaro Dias PDT Betinho Rosado PFL Henrique Eduardo Alves PMDB Ney Lopes PFL Sandra Rosado PMDB Total de Rio Grande do Norte 5

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12584 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

PARAÍBA

Carlos Dunga PTB Enivaldo Ribeiro PP Inaldo Leitão PL PL/PSLLúcia Braga PMDB Marcondes Gadelha PTB Philemon Rodrigues PTB Ricardo Rique PL PL/PSLWellington Roberto PL PL/PSLTotal de Paraíba 8

PERNAMBUCO

Armando Monteiro PTB Joaquim Francisco PTB José Chaves PTB José Mendonça Bezerra PFL Luiz Piauhylino PDT Maurício Rands PT Miguel Arraes PSB Osvaldo Coelho PFL Paulo Rubem Santiago PT Pedro Corrêa PP Renildo Calheiros PCdoB Ricardo Fiuza PP Roberto Freire PPS Total de Pernambuco 13

ALAGOAS

Benedito de Lira PP Givaldo Carimbão PSB João Caldas PL PL/PSLJoão Lyra PTB Total de Alagoas 4

SERGIPE

Cleonâncio Fonseca PP Heleno Silva PL PL/PSLJackson Barreto PTB Total de Sergipe 3

BAHIA

Alice Portugal PCdoB Aroldo Cedraz PFL Claudio Cajado PFL Daniel Almeida PCdoB Edson Duarte PV Fábio Souto PFL Félix Mendonça PFL Fernando de Fabinho PFL Geddel Vieira Lima PMDB Gerson Gabrielli PFL Jairo Carneiro PFL João Leão PL PL/PSLJosé Carlos Araújo PFL

José Rocha PFL Josias Gomes PT Luiz Alberto PT Luiz Bassuma PT Marcelo Guimarães Filho PFL Mário Negromonte PP Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães PFL Pedro Irujo PL PL/PSLReginaldo Germano PP Robério Nunes PFL Severiano Alves PDT Total de Bahia 25

MINAS GERAIS

Bonifácio de Andrada PSDB Cabo Júlio PMDB Carlos Willian PMDB Dr. Francisco Gonçalves PTB Fernando Diniz PMDB Jaime Martins PL PL/PSLLael Varella PFL Leonardo Mattos PV Leonardo Monteiro PT Marcello Siqueira PMDB Maria do Carmo Lara PT Mário Assad Júnior PL PL/PSLNarcio Rodrigues PSDB Odair Cunha PT Silas Brasileiro PMDB Vadinho Baião PT Vittorio Medioli PSDB Total de Minas Gerais 17

ESPÍRITO SANTO

Feu Rosa PP Marcus Vicente PTB Renato Casagrande PSB Rose de Freitas PMDB Total de Espírito Santo 4

RIO DE JANEIRO

Alexandre Santos PMDB Bernardo Ariston PMDB Carlos Rodrigues PL PL/PSLCarlos Santana PT Deley PMDB Fernando Lopes PMDB Itamar Serpa PSDB Josias Quintal PMDB Juíza Denise Frossard PPS Moreira Franco PMDB Paulo Baltazar PSB Paulo Feijó PSDB

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12585

Reinaldo Betão PL PL/PSLRoberto Jefferson PTB Rodrigo Maia PFL Sandro Matos PTB Total de Rio de Janeiro 16

SÃO PAULO

Amauri Gasques PL PL/PSLDelfim Netto PP Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS Edinho Montemor PL PL/PSLIara Bernardi PT Ivan Valente PT Jamil Murad PCdoB Jefferson Campos PMDB João Herrmann Neto PDT José Eduardo Cardozo PT José Mentor PT Julio Semeghini PSDB Lobbe Neto PSDB Marcelo Barbieri PMDB Marcos Abramo PFL Mariângela Duarte PT Medeiros PL PL/PSLMichel Temer PMDB Neuton Lima PTB Orlando Fantazzini PT Paulo Kobayashi PSDB Professor Irapuan Teixeira PP Professor Luizinho PT Roberto Gouveia PT Robson Tuma PFL Silvio Torres PSDB Telma de Souza PT Vadão Gomes PP Vicente Cascione PTB Wanderval Santos PL PL/PSLZulaiê Cobra PSDB Total de São Paulo 32

MATO GROSSO

Pedro Henry PP Ricarte de Freitas PTB Teté Bezerra PMDB Thelma de Oliveira PSDB Total de Mato Grosso 4

DISTRITO FEDERAL

Maninha PT Sigmaringa Seixas PT Total de Distrito Federal 2

GOIÁS

Barbosa Neto PSB Enio Tatico PL PL/PSLJovair Arantes PTB Leandro Vilela PMDB Neyde Aparecida PT Pedro Canedo PP Rubens Otoni PT Sandro Mabel PL PL/PSLTotal de Goiás 8

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Murilo Zauith PFL Total de Mato Grosso do Sul 2

PARANÁ

Abelardo Lupion PFL Airton Roveda PTB Alex Canziani PTB André Zacharow PSB Colombo PT Dilceu Sperafico PP Iris Simões PTB José Borba PMDB José Janene PP Luiz Carlos Hauly PSDB Max Rosenmann PMDB Moacir Micheletto PMDB Nelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB Ricardo Barros PP Total de Paraná 15

SANTA CATARINA

Adelor Vieira PMDB Gervásio Silva PFL João Pizzolatti PP Jorge Boeira PT Total de Santa Catarina 4

RIO GRANDE DO SUL

Beto Albuquerque PSB Cezar Schirmer PMDB Eliseu Padilha PMDB Érico Ribeiro PP Francisco Turra PP Júlio Redecker PSDB Kelly Moraes PTB Luciana Genro S.Part. Milton Cardias PTB

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12586 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Onyx Lorenzoni PFL Orlando Desconsi PT Paulo Gouvêa PL PL/PSLPompeo de Mattos PDT Yeda Crusius PSDB Total de Rio Grande do Sul 14

O SR. PRESIDENTE (Severino Cavalcanti) – En-cerro a sessão, convocando outra, para amanhã, sex-ta-feira, dia 15, às 9h.

AVISOS

PROPOSIÇÃO EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

EMENDAS

1. PROJETOS COM URGÊNCIA (Art. 64, § 1º da Constituição Federal)

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE EMENDAS: 5 Sessões (Ato da Mesa nº 177, de 1989)

PROJETO DE LEI

Nº 4.776/05 (PODER EXECUTIVO) – Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para produção sustentá-vel, institui, na estrutura do Ministério do Meio Ambien-te, o Serviço Florestal Brasileiro – SFB, cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal – FNDF , e dá outras providências. SOBRESTA A PAUTA EM: 30-5-05 (46º dia)DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

RECURSOS

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE CO-MISSÃO – ART. 24, II, DO RI

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: ART. 58, § 3º, com-binado com ART. 132, § 2º, DO RI

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: ART. 58, § 1º, DO RI

1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 132-A/2003 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que reno-va a permissão outorgada à Rádio Diário de Petropólis Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Petropólis, Estado do Rio de Janeiro.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.436-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Educacional de Frei Miguelino a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclu-sividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Frei Miguelino, Estado de Pernambuco.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.437-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Beneficiente Bom Samaritano a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Angelândia, Estado de Minas Gerais.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.484-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural Capimen-se a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Domingos do Capim, Estado do Pará.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.487-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Vale do Ipanema FM de Águas Belas-PE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, ser-viço de radiodifusão comunitária na cidade de Águas Belas, Estado de Pernambuco.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.489-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio FM Nevasca Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüên-cia modulada, na cidade de São Joaquim, Estado de Santa Catarina.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.490-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão e Jornalismo Comunitário Popular de Samambaia a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Samambaia, no Distrito Federal.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.493-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Comunicação e Cultura Pirangiense a executar, sem direito de exclusi-vidade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Pirangi, Estado de São Paulo.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12587

Nº 1.497-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação de Comunicação Comunitária Vida Nova a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Porto Ferreira, Estado de São Paulo.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.500-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação de Radiodifusão Comunitária de Taiúva – ARCT a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comu-nitária na cidade de Taiúva, Estado de São Paulo.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.503-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que ou-torga permissão à Fundação Cultural Romeu Marsico, para executar serviço de radiodifusão sonora em freqü-ência modulada, com fins exclusivamente educativos, na cidade de Taquaritinga, Estado de São Paulo.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 1.083-A/2003 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Jornal do Bra-sil Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-4-05

Nº 1.383-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a concessão outorgada à Rádio República de Morro Agudo Ltda. para explorar serviço de radiodifu-são sonora em onda média, na cidade de Morro Agudo, Estado de São Paulo. DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-4-05

Nº 1.385-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que au-toriza a Associação Comunitária de Comunicação de Cajobi a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Cajobi, Estado de São Paulo.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-4-05

Nº 1.386-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecno-logia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Cultural de Monte Aprazível a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão

comunitária na cidade de Monte Aprazível, Estado de São Paulo.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-4-05

Nº 1.495-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Estereosom de Limeira Ltda., para explorar serviço de radiodifusão so-nora em freqüência modulada, na cidade de Limeira, Estado de São Paulo. DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.505-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação da Rádio Comunitária – ARC a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Imaculada, Estado da Paraíba.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.508-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que auto-riza a Associação Comunitária de Comunicação de Rio Maria a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Rio Maria, Estado do Pará.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.514-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Rádio Comunitária de Manari a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Manari, Estado de Pernambuco.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.519-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão de Alagoa Grande a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Alagoa Grande, Estado da Paraíba.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.520-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Rádio Comunitária Campeche a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclu-sividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina.

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12588 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.521-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecno-logia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que outorga permissão à Rádio Imbituba Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüên-cia modulada, na cidade de Imbituba, Estado de San-ta Catarina. DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.526-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecno-logia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que renova a permissão outorgada à Rádio Pontal FM Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Pontal, Estado de São Paulo.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.531-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Farol do Saber a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclu-sividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Restinga Seca, Estado do Rio Grande do Sul.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.534-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Cultural e Esportiva de Manoel Vitorino a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Manoel Vitorino, Estado da Bahia.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.541-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnolo-gia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária Rádio e Televisão Dom Bonifácio a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São José do Rio Pardo, Es-tado São Paulo.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.543-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autori-za a Associação de Movimento Cultural Pró-Cidadão de Buique a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito

de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Buique, Estado de Pernambuco.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.544-A/2004 (Comissão de Ciência e Tecno-logia, Comunicação e Informática) – Aprova o ato que autoriza a Associação dos Moradores de Nova Rosalândia – TO – (AMNR) a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra-diodifusão comunitária na cidade de Nova Rosalândia, Estado do Tocantins.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

PROJETOS DE LEI

Nº 5.239-B/2001 (LUIZ CARLOS HAULY) – Altera o art. 25 da Lei nº 8313, de 23 de dezembro de 1991, que “Restabelece princípios da Lei nº 7505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura – PRONAC e dá outras providências”, estabelecendo obrigações aos projetos culturais relacionados com a produção cinematográfica e as artes cênicas.ÚLTIMA SESSÃO: 15-4-05

Nº 2.354-C/2000 (PODER EXECUTIVO) – Exclui uma fração da área da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto, localizada nos municípios de Guajará-Mirim e Vila Nova Mamoré, no Estado de Rondônia.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 392-C/2003 (MURILO ZAUITH) – Denomina “Rodo-via Alfeo Almeida Velozo” o trecho da rodovia BR-376 entre o entroncamento com a rodovia BR-163 e a cidade de Fátima do Sul, Estado do Mato Grosso do Sul.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.438-B/2003 (WILSON SANTOS) – Altera a reda-ção do inciso VI do art. 3º da Lei 9.394, de 20 de de-zembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 1.512/2003 (CARLOS SAMPAIO) – Acrescenta o artigo 258-A à Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente)Apensado ao PL 969/03. Ver item 1.2.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 2.485-B/2003 (ÁTILA LIRA) – Dá nova redação ao art.12 do Decreto-Lei no 9.295, de 27 de maio de 1946, que “cria o Conselho Federal de Contabilidade,

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12589

define as atribuições do Contador e do Técnico em Contabilidade, e dá outras providências.”DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 2.674-B/2003 (ÁTILA LIRA) – Altera o art. 1º do Decreto-Lei n.º 1.040, de 21 de outubro de 1969, que “dispõe sobre os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade, regula a eleição de seus membros, e dá outras providências.”DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

Nº 4.183-D/2004 (PODER EXECUTIVO) – Dispõe so-bre a transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná em Universidade Tecnológica Federal do Paraná, e dá outras providências.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

1.2 COM PARECERES, QUANTO AO MÉRITO, CON-TRÁRIOS (Art. 133)

PROJETO DE LEI

Nº 969-A/2003 (CARLOS NADER) – “Modifica dispo-sitivos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e dá outras providências”.Tendo como apensado o PL 1.512/03. Ver item 1.1.DECURSO: 1ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 22-4-05

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART 54, DO RI (SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR,NOS TERMOS DO ART. 144, DO RI)

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: ART. 58, § 1º, DO RI

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: ART 58, § 3º, com-binado com ART. 132, § 2º, DO RI

2.2 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU OR-ÇAMENTÁRIA

PROJETO DE LEI

Nº 3.799/2004 (CELSO RUSSOMANNO) – Acrescen-ta inciso ao art. 1° da Lei nº 10.179, de 6 de fevereiro de 2001.DECURSO: 4ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 18-4-05

4. DEVOLVIDO AO AUTOR, nos termos do artigo 137, § 1º, do RI.Prazo para apresentação de recurso artigo 137, § 2º (05 sessões), as seguintes proposições:

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 1.582/2005 (ALEXANDRE SANTOS) – Convoca plebiscito no Estado do Rio de Janeiro sobre a subdi-visão entre o antigo Estado da Guanabara e o Estado do Rio de Janeiro.DECURSO: 2ª SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 20-4-05ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDEEXPEDIENTE DO MÊS DE ABRIL DE 2005

Dia 15, 6ª-feira

10:00 WASNY DE ROURE (PT – DF)10:25 ANA GUERRA (PT – MG)11:15 NEUTON LIMA (PTB – SP)11:40 LUIZ ALBERTO (PT – BA)12:05 JOVINO CÂNDIDO (PV – SP)12:30 MARCOS DE JESUS (PL – PE)12:55 NELSON MARQUEZELLI (PTB – SP)13:20 PASTOR AMARILDO (PMDB – TO)

Dia 18, 2ª-feira

15:00 FRANCISCO TURRA (PP – RS)15:25 CARLITO MERSS (PT – SC)15:50 CABO JÚLIO (PMDB – MG)16:15 ALBERTO GOLDMAN (PSDB – SP)16:40 HUMBERTO MICHILES (PL – AM)17:05 MAURÍCIO RANDS (PT – PE)17:30 JANDIRA FEGHALI (PCdoB – RJ)17:55 JÚLIO CESAR (PFL – PI)18:20 NILSON PINTO (PSDB – PA)

Dia 19, 3ª-feira

15:00 JOÃO GRANDÃO (PT – MS)15:25 NICIAS RIBEIRO (PSDB – PA)

Dia 20, 4ª-feira

15:00 MANATO (PDT – ES)15:25 OSMÂNIO PEREIRA (PTB – MG)

Dia 22, 6ª-feira

10:00 EDUARDO VALVERDE (PT – RO)10:25 JOÃO CALDAS (PL – AL)10:50 MARCUS VICENTE (PTB – ES)11:15 MARCELO GUIMARÃES FILHO (PFL – BA)11:40 ZÉ GERALDO (PT – PA)12:05 FERNANDO DE FABINHO (PFL – BA)12:30 AGNALDO MUNIZ (PP – RO)12:55 JOÃO ALFREDO (PT – CE)13:20 IRINY LOPES (PT – ES)

Dia 25, 2ª-feira

15:00 JOÃO BATISTA (PFL – SP)15:25 ANTONIO JOAQUIM (PTB – MA)

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12590 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

15:50 VICENTE CASCIONE (PTB – SP)16:15 ZONTA (PP – SC)16:40 RAFAEL GUERRA (PSDB – MG)17:05 JOSÉ MENTOR (PT – SP)17:30 MURILO ZAUITH (PFL – MS)17:55 THAÍS BARBOSA (PMDB – MT)18:20 SIMÃO SESSIM (PP – RJ)

Dia 26, 3ª-feira

15:00 JOÃO LEÃO (PL – BA)15:25 GILBERTO NASCIMENTO (PMDB – SP)

Dia 27, 4ª-feira

15:00 JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA)15:25 ADELOR VIEIRA (PMDB – SC)

Dia 28, 5ª-feira

15:00 MENDES RIBEIRO FILHO (PMDB – RS)15:25 RUBENS OTONI (PT – GO)

Dia 29, 6ª-feira

10:00 TELMA DE SOUZA (PT – SP)10:25 CORIOLANO SALES (PFL – BA)10:50 SIMPLÍCIO MÁRIO (PT – PI)11:15 ALMEIDA DE JESUS (PL – CE)11:40 LEONARDO MONTEIRO (PT – MG)12:05 ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (PFL – BA)12:30 PEDRO CANEDO (PP – GO)12:55 JAIME MARTINS (PL – MG)13:20 OLAVO CALHEIROS (PMDB – AL)

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVI-

MENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 3.399/04 – do Sr. Zarattini – que “”Fixa o valor da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP – como limite para os encargos financeiros inciden-tes nas operações de financiamento celebrada sob o amparo de fontes e programas previstos pela Política Nacional de Crédito Rural””. RELATOR: Deputado ZONTA.

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE DESENVOLVIMENTO

REGIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.434/04 – do Sr. Eduardo Paes – que “autoriza o Poder Executivo a criar através do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social – BN-DES, um Programa de Investimentos Setoriais no Rio de Janeiro – RECUPERA – RIO, para dar apoio finan-ceiro às empresas dos Setores de Tecnologia, inclusive Telecomunicação, Informática, Biotecnologia, Pesqui-sa & Desenvolvimento e para o Mercado Financeiro, inclusive de negociação de Certificados de Carbono, sediadas no Estado do Rio de Janeiro”. RELATORA: Deputada PERPÉTUA ALMEIDA.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 2.801/03 – do Sr. Carlos Nader – que “estabelece que as Instituições de ensino su-perior públicas e privadas possam ser autorizadas a executar serviço de radiodifusão comunitária”. RELATORA: Deputada MARIÂNGELA DUARTE.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12591

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 4.912/05 – do Sr. Lobbe Neto – que “altera o inciso V do art. 54 e acrescenta o § 2º ao art. 65, da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que “Institui o Código Civil””. RELATOR: Deputado RICARDO FIUZA.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 2.668/00 – do Senado Federal – Gerson Camata – (PLS 339/1999) – que “denomina o trecho da BR-262, entre o Bairro de Jardim América e o trevo da Ceasa, no Município de Cariacica, Estado do Espírito Santo, como “Avenida Mário Gurgel””. RELATORA: Deputada IRINY LOPES.

PROJETO DE LEI Nº 4.015/01 – do Poder Executivo – (MSC 29/2001) – que “concede pensão especial aos herdeiros de Frei Tito de Alencar Lima”. RELATOR: Deputado NELSON PELLEGRINO.

PROJETO DE LEI Nº 4.370/01 – do Sr. Ronaldo Vas-concellos – que “cria a obrigatoriedade de prestação de garantia pelos revendedores de veículos”. RELATOR: Deputado VIC PIRES FRANCO.

PROJETO DE LEI Nº 5.139/01 – do Sr. Osmar Serra-glio – que “altera os artigos 12 e 21 da Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992 – Lei de Improbidade Admi-nistrativa”. RELATOR: Deputado NELSON TRAD.

PROJETO DE LEI Nº 5.221/01 – dos Srs. Paulo Rocha e Professor Luizinho – que “altera o § 1º do art. 48 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996”. RELATOR: Deputado WAGNER LAGO.

PROJETO DE LEI Nº 7.331/02 – do Sr. Cabo Júlio – que “dispõe sobre o acesso dos estabelecimentos bancários às contas correntes para a retirada de va-lores”. (Apensado: PL 2267/2003) RELATOR: Deputado JOSÉ PIMENTEL.

PROJETO DE LEI Nº 832/03 – do Sr. Sandes Jú-nior – que “acrescenta dispositivo à Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para assegurar que par-cela dos recursos alocados em ações de qualifica-ção profissional, no âmbito do Programa do Segu-ro – Desemprego, seja destinada à população afro – descendente”. RELATOR: Deputado PAULO MAGALHÃES.

PROJETO DE LEI Nº 1.263/03 – do Sr. Leonardo Mon-teiro – que “acrescenta alínea ao § 3º do art. 18 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, alterado pela Lei nº 9.874, de 23 de novembro de 1999”. RELATOR: Deputado JUTAHY JUNIOR. PROJETO DE LEI Nº 2.390/03 – do Sr. Celso Russo-manno – que “altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que “dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências””. (Apensado: PL 4003/2004) RELATOR: Deputado REGINALDO GERMANO.

PROJETO DE LEI Nº 3.258/04 – da Sra. Perpétua Almeida – que “altera o inciso III do art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993”. RELATOR: Deputado JOSÉ EDUARDO CARDOZO.

PROJETO DE LEI Nº 3.455/04 – do Sr. Inaldo Leitão – que “denomina “ Fórum Desembargador Walter Sar-mento de Sá “ o Fórum da Justiça Federal de Sousa, Estado da Paraíba”. RELATOR: Deputado ZENALDO COUTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 3.782/04 – da Sra. Dra. Clair – que “altera a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, a fim de conceder estabilidade à gestante, tornar obriga-tória a inclusão do doméstico no regime do FGTS e a concessão do benefício do seguro-desemprego, e dá outras providências”. (Apensado: PL 3871/2004) RELATOR: Deputado PROFESSOR LUIZINHO.

PROJETO DE LEI Nº 3.859/04 – do Poder Executivo – (MSC 345/2004) – que “dispõe sobre a transforma-ção da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas – Centro Universitário Federal – EFOA / CEUFE em Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL- MG e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ODAIR CUNHA.

PROJETO DE LEI Nº 3.883/04 – do Sr. Celso Russo-manno – que “acrescenta inciso ao art. 473 da Consoli-dação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para permitir a ausên-cia do trabalhador ao serviço, sem prejuízo do salário, na hipótese de participação em reunião de organismo internacional ao qual o Brasil seja filiado”. RELATOR: Deputado MAURÍCIO RANDS.

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12592 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 2.802/03 – do Sr. Carlos Nader – que “adiciona-se dispositivo à Lei n.º 5.869 de 1973”. RELATOR: Deputado LUIZ COUTO. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 15-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 761/03 – do Sr. Roberto Pessoa – que “dá nova redação ao art. 2º da Lei nº 9.954, de 06 de janeiro de 2000”. RELATOR: Deputado VICENTE ARRUDA.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 18/04/2005)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.373/01 – do Sr. Félix Mendon-ça – que “faculta aos consumidores ou usuários de serviços públicos instalarem medidores para aferir o quantitativo gasto na utilização dos referidos serviços”. (Apensado: PL 867/2003) RELATOR: Deputado CELSO RUSSOMANNO.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.173/04 – do Sr. Chico Alen-car – que “acrescenta o art. 7º-B à Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, dispondo sobre a expe-dição de certidão de adimplência pelas empresas

concessionárias de serviços públicos, e dá outras providências”. RELATORA: Deputada YEDA CRUSIUS.

PROJETO DE LEI Nº 4.678/04 – do Sr. Celso Russo-manno – que “altera o art. 51 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Defesa do Consumidor, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MAX ROSENMANN.

PROJETO DE LEI Nº 4.867/05 – do Sr. Carlos Nader – (PL 4454/1998) – que “”Dispõe sobre a obrigatoriedade dos órgãos de defesa do consu-midor dar publicidade, anualmente, ao cadastro dos fornecedores e prestadores de serviços cujas atuações sejam, comprovadamente, lesivas aos consumidores.”” RELATOR: Deputado NEUTON LIMA.

PROJETO DE LEI Nº 4.890/05 – do Sr. Carlos Mota – que “dispõe sobre o controle metrológico ao qual estão submetidos todos instrumentos, equipamentos e sistemas, utilizados pelas empresas prestadoras de serviço pertencentes ao sistema nacional de tele-fonia, abrangendo toda a técnica de transmissão na prestação de serviço junto ao consumidor, incluindo as áreas de telefonia fixa (comercial, residencial e público), e móvel (celular), e que sejam emprega-dos como aplicativo de transação comercial junto à sociedade”. RELATOR: Deputado LUIZ ANTONIO FLEURY.

PROJETO DE LEI Nº 4.906/05 – do Sr. Jefferson Cam-pos – que “obriga os fornecedores de produtos acon-dicionados em embalagens não-biodegradáveis a in-formarem a natureza das mesmas”. RELATORA: Deputada ANA GUERRA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 15-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.547/91 – VICTOR FACCIONI – que “acrescenta ao Código de Defesa do Consumidor, dispositivo relativo à prescrição de débito”. (Apensados: PL 370/1999, PL 584/1999, PL 664/1999 (Apensado: PL 6719/2002), PL 2551/2000, PL 2760/2000, PL 2986/1997, PL 3056/2000, PL 3216/1997, PL 3240/2000, PL 3241/2000, PL 3443/1997, PL 3646/1997, PL 3919/1997, PL 4401/1998, PL 4457/1998, PL 4892/1999, PL 7004/2002, PL 7245/2002, PL 1363/2003, PL 2008/2003,

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12593

PL 2291/2003, PL 2435/2003 (Apensado: PL 3591/2004), PL 2731/2003, PL 3048/2004 e PL 4866/2005) RELATOR: Deputado CELSO RUSSOMANNO.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 3.456/04 – do Sr. Giacobo – que “acrescenta parágrafos ao artigo 18 da Lei nº 6.729, de 1º de dezembro de 1979, com a redação que lhe deu a Lei nº 8.132, de 1990, que “Dispõe sobre a con-cessão comercial entre produtores e distribuidores de veículos automotores de via terrestre””. RELATOR: Deputado OSÓRIO ADRIANO.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.490/03 – do Sr. Carlos Alberto Rosado – que “dispõe sobre a transformação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró em Universidade Federal do Vale do Apodi e dá outras providências”. (Apensado: PL 4819/2005) RELATORA: Deputada FÁTIMA BEZERRA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 15-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.200/03 – do Sr. Ivan Valente – que “altera os artigos 9º e 45 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996”. RELATOR: Deputado ROGÉRIO TEÓFILO.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 15-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária e do Mérito: PROJETO DE LEI Nº 7.512/03 – do Poder Executivo – (MSC 1201/2002) – que “prorroga a vigência da Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física e aos desti-nados ao transporte escolar”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULY.

PROJETO DE LEI Nº 3.779/04 – do Sr. Tarcisio Zim-mermann – que “dispõe sobre a gratuidade na apre-sentação da Declaração Anual de Isento”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULY.

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 18/04/2005)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.500/04 – do Sr. Carlos Nader – que “”Dispõe sobre o Programa de Conscientização sobre “Consumo Sustentável” e dá outras providên-cias.”” RELATOR: Deputado OLIVEIRA FILHO.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-04-05

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12594 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.960/04 – dos Srs. Enéas e Eli-mar Máximo Damasceno – que “dispõe sobre a substi-tuição, em todo o Território Nacional, de combustíveis derivados de petróleo por outros produzidos a partir da biomassa, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado LEONARDO MONTEIRO.

PROJETO DE LEI Nº 4.076/04 – do Sr. Lobbe Neto – que “proíbe o uso de chumbo e seus derivados em materiais de pesca”. RELATOR: Deputado SANDRO MATOS.

PROJETO DE LEI Nº 4.961/05 – do Sr. Antonio Car-los Mendes Thame – que “altera dispositivos da Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996”. RELATOR: Deputado JORGE PINHEIRO.

PROJETO DE LEI Nº 4.984/05 – do Sr. Luiz Carreira – que “altera o art. 3º da Lei nº 10.200, de 14 de feve-reiro de 2001, que “acresce e altera dispositivos da Lei nº 8.929, de 22 de agosto de 1994, que institui a Cédula de Produto Rural, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PAULO MARINHO.

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.556/01 – do Sr. Antonio Cam-braia – que “cria tarifa especial de energia elétrica para aplicação em atividades de irrigação exercidas por pequenos produtores rurais”. RELATOR: Deputado PAULO FEIJÓ.

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 18/04/2005)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 283/03 – da Sra. Laura Carneiro – que “dispõe sobre caso de concessão de visto per-manente a estrangeiro residente no Brasil”.

RELATOR: Deputado ANDRÉ DE PAULA.

PROJETO DE LEI Nº 4.710/04 – do Sr. Carlos Melles – que “dispõe sobre o comércio exterior brasileiro”. RELATOR: Deputado ANTONIO CARLOS PANNUN-ZIO.

PROJETO DE LEI Nº 4.745/05 – do Poder Executivo – (MSC 23/2005) – que “dispõe sobre o ensino na Ae-ronáutica e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ANDRÉ ZACHAROW.

PROJETO DE LEI Nº 4.746/05 – do Poder Executivo – (MSC 22/2005) – que “institui o Registro Temporário Brasileiro para embarcações de pesca estrangeiras arrendadas ou afretadas, a casco nu, por empresas, armadores de pesca ou cooperativas de pesca brasi-leiras, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ITAMAR SERPA.

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.678/04 – do Sr. Carlos Nader – que “Dispõe sobre a exibição obrigatória, em salas de cinema, de filmes de curta duração que alertem e orientem sobre os problemas decorrentes do consu-mo de drogas.” RELATOR: Deputado JOÃO CAMPOS.

PROJETO DE LEI Nº 4.970/05 – do Sr. Takayama – que “Dispõe sobre o registro das ações dos órgãos policiais no controle de manifestações coletivas.” RELATOR: Deputado CABO JÚLIO.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 18/04/2005)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12595

PROJETO DE LEI Nº 1.761/03 – do Sr. Coronel Alves – que “estabelece a obrigatoriedade das farmácias, drogarias e congêneres a venderem comprimidos e pílulas por unidade e dá outras providências”. (Apen-sados: PL 2073/2003, PL 2728/2003, PL 2935/2004 e PL 3323/2004) RELATORA: Deputada JANDIRA FEGHALI.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 2.977/04 – do Sr. Eduardo Cunha – que “cria a obrigatoriedade de realização de exames médicos trimestrais para os atletas brasileiros a fim de verificar a saúde, e cria a Comissão Esportiva de Pre-venção e Assistência de Acidentes Desportivos – CE-PAAD”. (Apensados: PL 2995/2004 e PL 2996/2004) RELATOR: Deputado AMAURI GASQUES.

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA

(DIA 18/04/2005)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.599/04 – do Sr. Lobbe Neto – que “dispõe sobre a criação da Faculdade de Medicina de São Carlos, na Região Central de São Paulo”. RELATOR: Deputado CARLOS ALBERTO LERÉIA.

PROJETO DE LEI Nº 4.692/04 – TRIBUNAL SUPE-RIOR ELEITORAL – (OF 7630/2004) – que “extingue e cria cargos e funções nos quadros de pessoal do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais”. RELATOR: Deputado MARCELO GUIMARÃES FI-LHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.730/04 – do Poder Executivo – (MSC 871/2004) – que “dá nova redação aos arts. 830 e 895 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943”. RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.731/04 – do Poder Executivo – (MSC 873/2004) – que “dá nova redação aos arts. 880 e 884 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e revoga o seu art. 882”. RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.732/04 – do Poder Executivo – que “dá nova redação ao art. 896 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943”. RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.733/04 – do Poder Executi-vo – (MSC 874/2004) – que “dá nova redação ao art. 894 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e à alínea “b” do inciso III do art. 3º da Lei nº 7.701, de 21 de dezembro de 1988”. RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.735/04 – do Poder Executivo – (MSC 876/2004) – que “dá nova redação ao art. 836 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943”. RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.920/05 – do Sr. Alberto Fraga – que “altera a Lei nº 8.025, de 12 de abril de 1990, que “dispõe sobre a alienação de bens imóveis residenciais de propriedade da União, e dos vinculados ou incorpo-rados ao FRHB, situados no Distrito Federal””. RELATOR: Deputado MARCELO BARBIERI.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.921/03 – do Sr. Wilson San-tos – que “altera o § 1º do art. 843 da Consolidação das Leis do Trabalho para facultar a substituição do empregador na audiência de julgamento apenas por empregado”. RELATOR: Deputado JOVAIR ARANTES.

PROJETO DE LEI Nº 4.331/04 – do Sr. Sandro Mabel – que “acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a fim de coibir a troca de favores entre testemunhas que sejam parte em outro processo com causa de pedir e parte idênticas”. RELATOR: Deputado JOVAIR ARANTES.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 22-04-05

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12596 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.653/94 – do Sr. Paulo Paim – que “dispõe sobre a jornada de trabalho de 40 ho-ras semanais” (Apensados: PL 610/1999, PL 948/1999 (Apensado: PL 5244/2001), PL 1115/1995 (Apensa-dos: PL 2985/1997 e PL 7460/2002), PL 1242/1999, PL 1644/1999, PL 2409/2000 (Apensados: PL 5436/2001 e PL 1567/2003), PL 2658/2000 (Apen-sado: PL 6340/2002), PL 2719/1997 (Apensado: PL 3129/1997), PL 2767/2000 (Apensados: PL 5007/2001 e PL 6938/2002), PL 3128/2000, PL 3244/1997, PL 3249/1997, PL 3260/2000, PL 3510/2000, PL 3641/2000, PL 3812/2000, PL 3948/1997, PL 7477/2002, PL 2334/1996 (Apensado: PL 3783/2004), PL 2183/2003 e PL 342/2003) RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 4.022/04 – do Senado Federal – Maguito Vilela – (PLS 493/2003) – que “autoriza o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Su-doeste Goiano (UFSOG), por desmembramento do Campus Avançado da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Jataí, e dá outras providências”. (Apensa-dos: PL 2611/2003 e PL 4663/2004) RELATOR: Deputado CARLOS ALBERTO LERÉIA. DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 15-04-05

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.436/04 – do Senado Federal – Casildo Maldaner – (PLS 203/2002) – que “acres-centa § 2º ao art. 3º da Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998, que dispõe sobre o contrato de trabalho por prazo determinado, para duplicar os limites estabele-cidos nos incisos I a III do art. 3º, desde que o acrésci-mo decorra de contratação, para o primeiro emprego, de jovens entre 18 (dezoito) e 25 (vinte e cinco) anos de idade”. RELATOR: Deputado TARCÍSIO ZIMMERMANN.

PROJETO DE LEI Nº 4.593/04 – do Sr. Vicentinho – que “institui isenção da Contribuição para o PIS/PASEP para as entidades sindicais de trabalhadores e remite créditos tributários da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS”. RELATOR: Deputado TARCÍSIO ZIMMERMANN.

PROJETO DE LEI Nº 4.747/05 – do Senado Federal – José Sarney – (PLS 347/2003) – que “regulamenta

o exercício da Arquitetura e do Urbanismo, autoriza a criação dos órgãos de fiscalização profissional e fixa as respectivas atribuições”. RELATORA: Deputada DRA. CLAIR.

PROJETO DE LEI Nº 4.788/05 – do Sr. Milton Cardias – que “acresce e revoga dispositivos da Lei nº 10.748, de 22 de outubro de 2003 e altera dispositivo da Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, para estimular a contratação de jovens no Programa Nacional do Pri-meiro Emprego”. RELATOR: Deputado TARCÍSIO ZIMMERMANN.

PROJETO DE LEI Nº 4.957/05 – do Poder Executivo – (MSC 967/2004) – que “dispõe sobre a criação do Plano Especial de Cargos do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT e dá outras providências”. RELATOR: Deputado SANDRO MABEL.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 2.451/03 – do Sr. Rogério Silva – que “dispõe sobre propriedade, orientação intelectual e gerenciamento da produção audiovisual brasileira e dá outras providências”. (Apensado: PL 2808/2003) RELATORA: Deputada VANESSA GRAZZIOTIN. PROJETO DE LEI Nº 3.839/04 – do Sr. Júlio Rede-cker – que “altera o inciso “I” do art. 2° e o caput do art. 3º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para permitir a percepção de seguro-desemprego pelos funcionários de empresas que vierem a ser fechadas, por ordem judicial, em razão de adulteração, imitação ou falsificação”. RELATORA: Deputada VANESSA GRAZZIOTIN.

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 20-04-05

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12597

PROJETO DE LEI Nº 3.848/04 – do Sr. Marcelino Fraga – que “acrescenta inciso ao art. 105 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, de forma a tornar obrigatória a proteção frontal inferior em caminhões, nos termos que especifica”. RELATOR: Deputado HUMBERTO MICHILES.

II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONS-TITUIÇÃO Nº 002-A, DE 2003, QUE “ACRESCEN-TA ARTIGOS 90 E 91 AO ATO DAS DISPOSIÇÕES

CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, POSSIBI-LITANDO QUE OS SERVIDORES PÚBLICOS RE-

QUISITADOS OPTEM PELA ALTERAÇÃO DE SUA LOTAÇÃO FUNCIONAL DO ÓRGÃO CEDENTE

PARA O ÓRGÃO CESSIONÁRIO”.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (10 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 28-04-05

Proposta de Emenda à Constituição (Art. 202, §3º)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 2/03 – do Sr. Gonzaga Patriota – que “acrescenta artigos 90 e 91 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitó-rias, possibilitando que os servidores públicos requi-sitados optem pela alteração de sua lotação funcional do órgão cedente para o órgão cessionário”. RELATOR: Deputado PHILEMON RODRIGUES.

III – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 14/04/2005:

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-nia: RECURSO Nº 168/2005

Comissão de Trabalho, de Administração e Servi-ço Público:

PROJETO DE LEI Nº 5.030/2005

(Encerra-se a sessão às 19 horas e 5 minutos.)

PARECERES

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.417-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 276/2004 MSC Nº 517/2004

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Cultural e Comunitária de Querência do Norte – ACCQN a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusivida-de, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Querência do Norte, Estado do Paraná; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: Dep. Carlos Mota).

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD).

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva (Parecer nº 09/90 – CCJR).

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria no 576, de 05 de novembro de 2003, que autoriza a Associação Cultural e Comunitária de Querência do Norte – ACCQN a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Querência do Norte, Estado do Paraná.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e

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12598 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Decreto Legislativo no 1.417, de 2004.

Sala da Comissão, 14 de dezembro de 2005. – Deputado Carlos Mota, Relator

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislati-vo nº 1.417/2004, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Carlos Mota.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Mentor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Ca-milo, Alceu Collares, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Cezar Schirmer, Darci Co-elho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduardo Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Denise Frossard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Gree-nhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegrino, Nelson Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicen-te Arruda, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pontes, Antônio Carlos Biffi, Badu Picanço, Coriolano Sales, Custódio Mattos, Enio Tatico, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcântara, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.465-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 278/2004 MSC Nº 518/2004

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Comunitária Pratense de Radiodifusão a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão comunitária na cidade de Prata, Estado de Minas Gerais; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juri-dicidade e técnica legislativa (relator: Dep. Rubens Otoni).

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva (Parecer nº 09/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de au-toria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria no 433, de 28 de agosto de 2003, que autoriza a Associação Comunitária Pratense de Radiodifusão a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Prata, Estado de Minas Gerais.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Redação se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12599

lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Decreto Legislativo no 1.465, de 2004.

Sala da Comissão, 16 de março de 2005. – Ru-bens Otoni Deputado Federal – PT/GO, Relator

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislati-vo nº 1.465/2004, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Rubens Otoni.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Mentor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Darci Coe-lho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduar-do Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Denise Fros-sard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegrino, Nel-son Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Ro-cha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pontes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcânta-ra, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.482-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 292/2004 MSC Nº 523/2003

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção de Convivência Artística e Cultural de Janiópolis a executar, pelo prazo de dez

anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Janiópolis, Estado do Paraná; tendo pare-cer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: Dep. Luiz Eduardo Greenhalgh).

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva (Parecer nº 09/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria no 496, de 22 de setembro de 2003, que autoriza a Associação de Convivência Artística e Cultural de Janiópolis a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão comunitária na cidade de Janiópolis, Estado do Paraná.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

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12600 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Decreto Legislativo no 1.482, de 2004.

Sala da Comissão, 31 de marçco de 2005. – Depu-tado Luiz Eduardo Greenhalgh, Relator

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.482/2004, nos termos do Parecer do Relator, Depu-tado Luiz Eduardo Greenhalgh.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Mentor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Darci Coe-lho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduar-do Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Denise Fros-sard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegrino, Nel-son Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Ro-cha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pontes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcânta-ra, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.488-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 305/2004 MSC Nº 556/2004

Aprova o ato que outorga permissão à Portugal Telecomunicações Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Rio Negrinho, Estado de Santa Catarina; tendo

parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: Dep. José Roberto Arruda).

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD).

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva (Parecer nº 09/90 – CCJR).

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria no 270, de 12 de junho de 2003, que outorga permissão à Portugal Telecomunicações Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em fre-qüência modulada, na cidade de Rio Negrinho, Estado de Santa Catarina.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001.

Page 209: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Pesquisa em ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD15ABR2005.pdf · nº 532/03. ... ciação de manifestação de louvor ao embaixador do Brasil

Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12601

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Decreto Legislativo no 1.488, de 2004.

Sala da Comissão, 30 de março de 2005. – Depu-tado José Roberto Arruda, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.488/2004, nos termos do Parecer do Relator, Depu-tado José Roberto Arruda.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Mentor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Darci Coe-lho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduar-do Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Denise Fros-sard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegrino, Nel-son Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Ro-cha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pontes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcânta-ra, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.496-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 46/2003 MSC Nº 681/2003

Aprova o ato que autoriza a Movimen-to Jovem de Assistência Social de São Mi-guel Arcanjo a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Miguel Arcanjo, Estado de São Paulo; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Dep. Alceu Collares)

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação conclusiva (Parecer 09/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de au-toria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunica-ção e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria nº 214, de 12 de junho de 2003, que autoriza a Movimento Jovem Social de São de São Miguel Arcanjo a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclu-sividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de São Miguel Arcanjo, Estado de São Paulo.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas pa-recem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é o sentido da

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12602 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.496, de 2004.

Sala da Comissão, 29 de março de – Deputado Alceu Collares, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº

1.496/2004, nos termos do Parecer do Relator, Depu-tado Alceu Collares.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Men-

tor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Dar-ci Coelho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduardo Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Deni-se Frossard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegri-no, Nelson Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pon-tes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcântara, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.502-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 171/2004 MSC Nº 58/2004

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Rádio Comunitária Atividade de Juquiá a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão comunitária na cidade de Juquiá, Estado de São Paulo; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juri-dicidade e técnica legislativa ( relator: Dep Carlos Mota)

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54, RICD).

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação conclusiva (Parecer nº 9/90 – CCJR).

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria nº 436, de 28 de agosto de 2003, que autoriza a Associação Rádio Comunitária Ativi-dade de Juquiá a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifu-são comunitária na cidade de Juquiá, Estado de São Paulo.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar nº

95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.502 de 2004.

Sala da Comissão, – Deputado Carlos Mota, Relator.

Page 211: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Pesquisa em ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD15ABR2005.pdf · nº 532/03. ... ciação de manifestação de louvor ao embaixador do Brasil

Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12603

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislati-vo nº 1.502/2004, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Carlos Mota.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Men-

tor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Dar-ci Coelho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduardo Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Deni-se Frossard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Mauricio Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegri-no, Nelson Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pon-tes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcântara, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.504-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 188/2004 MSC Nº 74/2004

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Rádio Comunitária de Parapuã a exe-cutar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Parapuã, Estado de São Paulo; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: Paes Landim)

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação conclusiva (Parecer nº 9/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comu-nicação e Informática, que aprova o ato a que se refe-re a Portaria nº 584, de 5 de novembro de 2003, que autoriza a Associação Rádio Comunitária de Parapuã a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Parapuã, Estado de São Paulo.

De competência conclusiva das Comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câmara dos Deputados (art. 32, IV, a), cabe a esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania pronunciar-se acerca da constitucionalidade, juridici-dade e técnica legislativa do projeto em análise.

A proposição em exame atende aos requisitos constitucionais formais, relativos à competência legisla-tiva da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legislati-vo o instrumento adequado, para disciplinar a matéria, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais for-mais constatamos que o projeto em tela não contraria princípios ou regras da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua constitucio-nalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar nº

95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua regular tramitação nesta Casa, nosso voto é pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.504, de 2004.

Sala da Comissão, 28 de março de 2005. – Depu-tado Paes Landin, Relator

Page 212: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Pesquisa em ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD15ABR2005.pdf · nº 532/03. ... ciação de manifestação de louvor ao embaixador do Brasil

12604 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislati-vo nº 1.504/2004, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Paes Landim.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Men-

tor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Dar-ci Coelho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduardo Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Deni-se Frossard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegri-no, Nelson Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pon-tes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcântara, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.511-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 314/2004 MSC Nº 562/2004

Aprova o ato que outorga concessão à Bonito Comunicação Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média na cidade Bonito, Estado Mato Gros-so do Sul; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Zulaiê Cobra)

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva (Parecer nº 09/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, que aprova o ato constante do Decreto de 25 de novembro de 2003, que outorga concessão à Bonito Comunicação Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média na ci-dade de Bonito Estado de Mato Grosso do Sul.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epigrafe.

É o relatório.

II – Voto da Relatora

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32. IV a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor nada havendo pois a objetar no tocante à sua consti-tucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001.

Isto posto nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade. juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.511, de 2004.

Sala da Comissão, 30 de abril de 2005. – Depu-tada Zulaiê Cobra, Relatora

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12605

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.511/2004, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Zulaiê Cobra.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Men-

tor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Dar-ci Coelho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduardo Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Deni-se Frossard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegri-no, Nelson Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pon-tes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcântara, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.518-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 328/2004 MSC Nº 567/2004

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Comunitária de Arapuá a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclu-sividade, serviço de radiodifusão comu-nitária na cidade de Três Lagoas, Estado do Mato Grosso do Sul; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade e ju-ridicidade e técnica legislativa (relator Vic Pires Franco)

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça E de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação conclusiva (Parecer 09/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comu-nicação e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria nº 660, de 09 de dezembro de 2003, que au-toriza a Associação Comunitária de Arapuá a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Três Lagoas, Estado de Mato Grosso do Sul.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32,IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-

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12606 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

gislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.518, de 2004.

Sala da Comissão, 31 de março de 2005. – Depu-tado Vic Pires Franco,Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.518/2004, nos termos do Parecer do Relator, Depu-tado Vic Pires Franco.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Men-

tor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Dar-ci Coelho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduardo Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Deni-se Frossard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortíz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegri-no, Nelson Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Rocha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pon-tes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcântara, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antônio Carlos Biscaia, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.522-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 348/2004 MSC Nº 743/2004

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Comunitária Novo Milênio a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de ex-clusividade, serviço de radiodifusão comu-nitária na cidade de Irecê, Estado da Bahia; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (relator: Dep. Jamil Murad).

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva (Parecer 09/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria no 747, de 19 de dezembro de 2003, que autoriza a Associação Comunitária Novo Milênio a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Irecê, Estado da Bahia.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001.

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12607

da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Decreto Legislativo no 1.522, de 2004.

Sala da Comissão, 28 de março de 2005. – Depu-tado Jamil Murad, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislati-vo nº 1.522/2004, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Jamil Murad.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Mentor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Darci Coe-lho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduar-do Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Denise Fros-sard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegrino, Nel-son Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Ro-cha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pontes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcânta-ra, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.542-A, DE 2004

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 347/2004 MSC Nº 743/2004

Aprova o ato que autoriza a ACCI – As-sociação Comunitária e Cultural Ibititaense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão comunitária na cidade de Ibititá, Estado da Bahia; tendo parecer da Comis-são de Constituição e Justiça e de Cidada-nia, pela constitucionalidade, juridicidade

e técnica legislativa (relator: Dep. José Ro-berto Arruda).

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva (Parecer nº 09/90 – CCJR)

Publicação do Parecer da Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo, de autoria da Comissão de Ciência e Tecnologia, Co-municação e Informática, que aprova o ato a que se refere a Portaria no 716, de 15 de dezembro de 2003, que autoriza a ACCI – Associação Comunitária Cul-tural Ibititaense a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Ibititá, Estado da Bahia.

De competência conclusiva das comissões, o ato normativo, emanado do Poder Executivo, foi apreciado, primeiramente, no mérito, pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que aprovou parecer favorável, apresentando o Projeto de Decreto Legislativo em epígrafe.

É o relatório.

II – Voto do Relator

Conforme determina o Regimento Interno da Câ-mara dos Deputados (art. 32, IV, a), cumpre que esta Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania se pronuncie acerca da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição em análise.

A proposição atende aos requisitos constitucionais formais relativos à competência legislativa da União e às atribuições do Congresso Nacional, nos termos do art. 223 da nossa Lei Maior.

A matéria é de competência exclusiva do Con-gresso Nacional, sendo o Projeto de Decreto Legis-lativo o instrumento adequado, conforme preceitua o art. 109 do Regimento Interno.

Obedecidos os requisitos constitucionais formais, podemos constatar que o projeto em exame não con-traria preceitos ou princípios da Constituição em vigor, nada havendo, pois, a objetar no tocante à sua cons-titucionalidade material.

A técnica legislativa e a redação empregadas parecem adequadas, conformando-se perfeitamente às normas estabelecidas pela Lei Complementar no 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar no 107, de 2001.

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12608 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

Isto posto, nada mais havendo que possa obstar sua tramitação nesta Casa, nosso voto é no sentido da constitucionalidade, juridicidade e boa técnica le-gislativa do Projeto de Decreto Legislativo no 1.542, de 2004.

Sala da Comissão, 30 de março de 2005. – Depu-tado José Roberto Arruda, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.542/2004, nos termos do Parecer do Relator, Depu-tado José Roberto Arruda.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:Antonio Carlos Biscaia – Presidente, José Mentor e Roberto Magalhães – Vice-Presidentes, Ademir Camilo, Antonio Carlos Magalhães Neto, Antonio Cruz, Carlos Mota, Carlos Rodrigues, Cezar Schirmer, Darci Coe-lho, Edmar Moreira, Gonzaga Patriota, Inaldo Leitão, Jamil Murad, João Almeida, José Divino, José Eduar-do Cardozo, José Roberto Arruda, Juíza Denise Fros-sard, Jutahy Junior, Luiz Carlos Santos, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Piauhylino, Marcelo Ortiz, Maurício Rands, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Pellegrino, Nel-son Trad, Odair Cunha, Osmar Serraglio, Paes Landim, Paulo Afonso, Paulo Magalhães, Reginaldo Germano, Robson Tuma, Rubinelli, Sérgio Miranda, Sigmaringa Seixas, Vic Pires Franco, Vicente Arruda, Vilmar Ro-cha, Zulaiê Cobra, André de Paula, Ann Pontes, Badu Picanço, Custódio Mattos, Fernando Coruja, Gilmar Machado, José Pimentel, Júlio Delgado, Léo Alcânta-ra, Mauro Benevides e Neucimar Fraga.

Sala da Comissão, 5 de abril de 2005. – Depu-tado Antonio Carlos Biscaia, Presidente.

SEÇÃO II

ATOS DO PRESIDENTE

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, item I, alínea “a”, do Ato da Mesa n.º 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

TORNAR SEM EFEITO o Ato de 22 de março de 2005, publicado no Diário da Câmara dos Deputados do dia 23 subsequente, que nomeou FULVIO ALE-XANDER FERREIRA CAVALCANTI para exercer, na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal, o cargo em comissão de Assistente Téc-

nico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

TORNAR SEM EFEITO o Ato de 14 de março de 2005, publicado no Diário da Câmara dos Depu-tados do dia 15 subsequente, que nomeou MANOEL GOMES ESTEVES para exercer, na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, item I, alínea “a”, do Ato da Mesa n.º 205, de 28 de junho de 1990, resolve:

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inci-so I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GLAYDSON MONTARGIL AZEVEDO, ponto n.º 117.067, do cargo em comissão de Assistente Téc-nico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, GUI-LHERME CAETANO BRIGAGÃO, ponto n.º 114.621, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabi-nete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Presidente.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, HE-RILENE ANDRADE DE OLIVEIRA RICARDO, pon-to n.º 116.279, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Secretaria-Geral da Mesa.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, IVETE JUREMA ESTEVES LACERDA, ponto n.º 116.031, do cargo em comissão de Assessor Técnico Adjun-to D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIA APARECIDA JORGE, ponto n.º 116.125, do cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Comissão de Desenvolvimento Urbano, da Coordenação de Comissões Permanentes, do Depar-tamento de Comissões.

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Abril de 2005 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 15 12609

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, PEDRO CORRADI DA SILVA, ponto n.º 117.064, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Coordenação de Registro Funcional, do De-partamento de Pessoal.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, SIDNEI DA ROCHA LEMES, ponto n.º 116.042, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Diretoria-Geral.

EXONERAR, de acordo com o artigo 35, inciso I, da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, VALERIA REBELO DE MELO, ponto n.º 114.058, do cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, que exerce na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPU-TADOS, no uso das atribuições que lhe confere o ar-tigo 1º, item I, alínea “a”, do Ato da Mesa n.º 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6º da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, AFONSO VALTER PAREN-TE PINTO para exercer, na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjun-to D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, criado pelo artigo 2º do Ato da Mesa nº 58, de 4 de abril de 1997, combinado com o parágra-fo único do artigo 5º do Ato da Mesa nº 27, de 20 de agosto de 2003.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, ANANIAS JOSÉ SANTOS NETO para exercer, na Secretaria-Geral da Mesa, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Ad-junto C, CNE-13, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, transformado pelo artigo 3º do Ato da Mesa nº 15, de 26 de maio de 1987, combinado com o artigo 1º da Resolução nº 4, de 13 de junho de 1991, e com o artigo 3º do Ato da Mesa nº 47, de 7 de outubro de 1992.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, DANIELA SABRINA BRITO SILVA para exercer, na Diretoria-Geral, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados,

transformado pelo artigo 1º do Ato da Mesa nº 10, de 28 de abril de 1991, combinado com o artigo 3º do Ato da Mesa nº 47, de 7 de outubro de 1992, e com o artigo 1º do Ato da Mesa nº 1, de 24 de fevereiro de 1999.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, FLAVIA ROBERTA ROSALEN para exercer, na Diretoria-Geral, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto B, CNE-11, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, trans-formado pelo artigo 1º do Ato da Mesa nº 10, de 28 de abril de 1991, combinado com o artigo 3º do Ato da Mesa nº 47, de 7 de outubro de 1992, e com o artigo 1º do Ato da Mesa nº 1, de 24 de fevereiro de 1999.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, IVETE JUREMA ESTEVES LACERDA para exercer, no Gabinete do Presidente, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto B, CNE-10, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Depu-tados, de acordo com o quantitativo de cargos fixado pelo Ato da Mesa nº 9, de 1º de abril de 2003.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, JULIA RIBEIRO GONÇALVES para exercer, na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete, CNE-09, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, criado pelo ar-tigo 1º do Ato da Mesa nº 70, de 7 de junho de 2001, combinado com o parágrafo único do artigo 5º do Ato da Mesa nº 27, de 20 de agosto de 2003.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, MARIA ROZEVÂNIA DE MOU-RA FRANÇA LIMA para exercer, na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pesso-al, o cargo em comissão de Assistente Técnico de Gabinete Adjunto D, CNE-15, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, remanejado pelo Ato da Mesa nº 52, de 7 de fevereiro de 2001, e pelo pará-grafo único do artigo 5º do Ato da Mesa nº 27, de 20 de agosto de 2003.

NOMEAR, na forma do artigo 9º, inciso II, da Lei n.º 8.112, de 1990, MARINÊS SANTANA DE AN-DRADE para exercer, na Coordenação de Registro Funcional, do Departamento de Pessoal, o cargo em comissão de Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro de Pessoal da Câmara dos Deputados, criado pelo artigo 1º do Ato da Mesa nº 76, de 7 de junho de 2001, combinado com o parágrafo único do artigo 5º do Ato da Mesa nº 27, de 20 de agosto de 2003.

Câmara dos Deputados, 14 de abril de 2005. – Deputado Severino Cavalcanti, Presidente.

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12610 Sexta-feira 15 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Abril de 2005

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MESA DIRETORAPresidente:SEVERINO CAVALCANTI - PP - PE1º Vice-Presidente:JOSÉ THOMAZ NONÔ - PFL - AL2º Vice-Presidente:CIRO NOGUEIRA - PP - PI1º Secretário:INOCÊNCIO OLIVEIRA - PMDB - PE2º Secretário:NILTON CAPIXABA - PTB - RO3º Secretário:EDUARDO GOMES - PSDB - TO4º Secretário:JOÃO CALDAS - PL - AL1º Suplente de Secretário:GIVALDO CARIMBÃO - PSB - AL2º Suplente de Secretário:JORGE ALBERTO - PMDB - SE3º Suplente de Secretário:GERALDO RESENDE - PPS - MS4º Suplente de Secretário:MÁRIO HERINGER - PDT - MG

LÍDERES E VICE-LÍDERES

PTLíder: PAULO ROCHA

Vice-Líderes:Colombo, Fernando Ferro, Henrique Fontana, Iara Bernardi, JoãoAlfredo, João Grandão, Jorge Bittar, José Eduardo Cardozo,Luciano Zica, Luiz Alberto, Luiz Eduardo Greenhalgh, Luiz Sérgio,Maninha, Miro Teixeira, Neyde Aparecida, Odair Cunha, Telma deSouza, Terezinha Fernandes, Vicentinho, Vignatti, WalterPinheiro, Zezéu Ribeiro e Zico Bronzeado.

PMDBLíder: JOSÉ BORBA

Vice-Líderes:Mendes Ribeiro Filho, Sandra Rosado, Benjamin Maranhão,Asdrubal Bentes, Adelor Vieira, Carlos Eduardo Cadoca, LeandroVilela, Osmar Serraglio, Mauro Benevides, Wilson Santiago, ZéGerardo, Rose de Freitas, Max Rosenmann, Marcelino Fraga,Pedro Novais, José Divino, Wladimir Costa, Moreira Franco,Waldemir Moka, Eliseu Padilha, Eduardo Cunha, Paulo Afonso eJorge Alberto.

PFLLíder: RODRIGO MAIA

Vice-Líderes:Roberto Brant (1º Vice), Murilo Zauith, Kátia Abreu, José RobertoArruda, Luiz Carlos Santos, José Rocha, Antonio CarlosMagalhães Neto, Onyx Lorenzoni, Abelardo Lupion, Paulo Bauer,Pauderney Avelino, Nice Lobão, José Carlos Machado, MoroniTorgan, Corauci Sobrinho, José Carlos Araújo e Júlio Cesar.

PSDBLíder: ALBERTO GOLDMAN

Vice-Líderes:Eduardo Paes (1º Vice), Jutahy Junior, Yeda Crusius, RonaldoDimas, Lobbe Neto, Carlos Alberto Leréia, Antonio CarlosMendes Thame, João Almeida, Antonio Carlos Pannunzio,Eduardo Barbosa, Nilson Pinto, Vicente Arruda e Zulaiê Cobra.

PPLíder: JOSÉ JANENE

Vice-Líderes:Mário Negromonte (1º Vice), José Linhares, Francisco Dornelles,Romel Anizio, Ivan Ranzolin, Francisco Appio, Ricardo Fiuza,

Nélio Dias, Professor Irapuan Teixeira, Reginaldo Germano, JulioLopes, João Pizzolatti e Simão Sessim.

Bloco PL, PSLLíder: SANDRO MABEL

Vice-Líderes:Miguel de Souza (1º Vice), Carlos Rodrigues, Lincoln Portela,Almir Sá, Amauri Gasques, Aracely de Paula, Heleno Silva, InaldoLeitão, João Paulo Gomes da Silva, Neucimar Fraga, PauloMarinho e Welinton Fagundes.

PTBLíder: JOSÉ MÚCIO MONTEIRO

Vice-Líderes:Ricarte de Freitas (1º Vice), Arnaldo Faria de Sá, NelsonMarquezelli, Eduardo Seabra, Josué Bengtson, Ricardo Izar,Pastor Reinaldo, Marcondes Gadelha, Iris Simões, Paes Landim,Jackson Barreto e Elaine Costa.

PPSLíder: DIMAS RAMALHO

Vice-Líderes:Rogério Teófilo, Raul Jungmann, Fernando Coruja, GeraldoThadeu e B. Sá.

PSBLíder: RENATO CASAGRANDE

Vice-Líderes:Dr. Ribamar Alves, Isaías Silvestre, Barbosa Neto e JorgeGomes.

PDTLíder: SEVERIANO ALVES

Vice-Líderes:Álvaro Dias (1º Vice), Manato, Pompeo de Mattos e João Fontes.

PCdoBLíder: RENILDO CALHEIROS

Vice-Líderes:Jamil Murad, Perpétua Almeida e Inácio Arruda.

PVLíder: MARCELO ORTIZ

Vice-Líderes:Leonardo Mattos e Edson Duarte.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PRONARepr.: ENÉAS

PSCRepr.:

Liderança do GovernoLíder: ARLINDO CHINAGLIA

Vice-Líderes:Beto Albuquerque, Sigmaringa Seixas, Vicente Cascione eRenildo Calheiros.

Liderança da MinoriaLíder: JOSÉ CARLOS ALELUIA

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DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

RoraimaAlceste Almeida - PMDBAlmir Sá - PLDr. Rodolfo Pereira - PDTFrancisco Rodrigues - PFLLuciano Castro - PLMaria Helena - PPSPastor Frankembergen - PTBSuely Campos - PP

AmapáBadu Picanço - PLCoronel Alves - PLDavi Alcolumbre - PFLDr. Benedito Dias - PPEduardo Seabra - PTBGervásio Oliveira - PMDBHélio Esteves - PTJanete Capiberibe - PSB

ParáAnivaldo Vale - PSDBAnn Pontes - PMDBAsdrubal Bentes - PMDBBabá - S.PART.Jader Barbalho - PMDBJosé Priante - PMDBJosué Bengtson - PTBNicias Ribeiro - PSDBNilson Pinto - PSDBPaulo Rocha - PTRaimundo Santos - PLVic Pires Franco - PFLWladimir Costa - PMDBZé Geraldo - PTZé Lima - PPZenaldo Coutinho - PSDBZequinha Marinho - PSC

AmazonasÁtila Lins - PPSCarlos Souza - PPFrancisco Garcia - PPHumberto Michiles - PLLupércio Ramos - PMDBPauderney Avelino - PFLSilas Câmara - PTBVanessa Grazziotin - PCdoB

RondôniaAgnaldo Muniz - PPAnselmo - PTEduardo Valverde - PTHamilton Casara - PLMarinha Raupp - PMDBMiguel de Souza - PLNatan Donadon - PMDBNilton Capixaba - PTB

AcreHenrique Afonso - PTJoão Correia - PMDBJoão Tota - PLJúnior Betão - PLNilson Mourão - PTPerpétua Almeida - PCdoBRonivon Santiago - PPZico Bronzeado - PT

TocantinsAna Alencar - PSDBDarci Coelho - PPEduardo Gomes - PSDBHomero Barreto - PTB

Kátia Abreu - PFLOsvaldo Reis - PMDBPastor Amarildo - PMDBRonaldo Dimas - PSDB

MaranhãoAntonio Joaquim - PTBCésar Bandeira - PFLClóvis Fecury - PFLCosta Ferreira - PSCDr. Ribamar Alves - PSBGastão Vieira - PMDBJoão Castelo - PSDBLuciano Leitoa - PSBNeiva Moreira - PDTNice Lobão - PFLPaulo Marinho - PLPedro Fernandes - PTBPedro Novais - PMDBRemi Trinta - PLSarney Filho - PVSebastião Madeira - PSDBTerezinha Fernandes - PTWagner Lago - PP

CearáAlmeida de Jesus - PLAndré Figueiredo - PDTAníbal Gomes - PMDBAntenor Naspolini - PSDBAntonio Cambraia - PSDBAriosto Holanda - PSDBArnon Bezerra - PTBBismarck Maia - PSDBGonzaga Mota - PSDBGorete Pereira - PMDBInácio Arruda - PCdoBJoão Alfredo - PTJosé Linhares - PPJosé Pimentel - PTLéo Alcântara - PSDBManoel Salviano - PSDBMarcelo Teixeira - PMDBMauro Benevides - PMDBMoroni Torgan - PFLPastor Pedro Ribeiro - PMDBVicente Arruda - PSDBZé Gerardo - PMDB

PiauíÁtila Lira - PSDBB. Sá - PPSCiro Nogueira - PPJúlio Cesar - PFLMarcelo Castro - PMDBMoraes Souza - PMDBMussa Demes - PFLNazareno Fonteles - PTPaes Landim - PTBSimplício Mário - PT

Rio Grande do NorteÁlvaro Dias - PDTBetinho Rosado - PFLFátima Bezerra - PTHenrique Eduardo Alves - PMDBIberê Ferreira - PTBNélio Dias - PPNey Lopes - PFLSandra Rosado - PMDB

ParaíbaBenjamin Maranhão - PMDBCarlos Dunga - PTBDomiciano Cabral - PSDB

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Enivaldo Ribeiro - PPInaldo Leitão - PLLúcia Braga - PMDBLuiz Couto - PTMarcondes Gadelha - PTBPhilemon Rodrigues - PTBRicardo Rique - PLWellington Roberto - PLWilson Santiago - PMDB

PernambucoAndré de Paula - PFLArmando Monteiro - PTBCarlos Eduardo Cadoca - PMDBFernando Ferro - PTGonzaga Patriota - PSBInocêncio Oliveira - PMDBJoaquim Francisco - PTBJorge Gomes - PSBJosé Chaves - PTBJosé Mendonça Bezerra - PFLJosé Múcio Monteiro - PTBLuiz Piauhylino - PDTMarcos de Jesus - PLMaurício Rands - PTMiguel Arraes - PSBOsvaldo Coelho - PFLPastor Francisco Olímpio - PSBPaulo Rubem Santiago - PTPedro Corrêa - PPRaul Jungmann - PPSRenildo Calheiros - PCdoBRicardo Fiuza - PPRoberto Freire - PPSRoberto Magalhães - PFLSeverino Cavalcanti - PP

AlagoasBenedito de Lira - PPGivaldo Carimbão - PSBHelenildo Ribeiro - PSDBJoão Caldas - PLJoão Lyra - PTBJosé Thomaz Nonô - PFLJurandir Boia - PDTOlavo Calheiros - PMDBRogério Teófilo - PPS

SergipeBosco Costa - PSDBCleonâncio Fonseca - PPHeleno Silva - PLIvan Paixão - PPSJackson Barreto - PTBJoão Fontes - PDTJorge Alberto - PMDBJosé Carlos Machado - PFL

BahiaAlice Portugal - PCdoBAntonio Carlos Magalhães Neto - PFLAroldo Cedraz - PFLClaudio Cajado - PFLColbert Martins - PPSCoriolano Sales - PFLDaniel Almeida - PCdoBEdson Duarte - PVFábio Souto - PFLFélix Mendonça - PFLFernando de Fabinho - PFLGeddel Vieira Lima - PMDBGerson Gabrielli - PFLGuilherme Menezes - PTJairo Carneiro - PFL

João Almeida - PSDBJoão Carlos Bacelar - PFLJoão Leão - PLJonival Lucas Junior - PTBJosé Carlos Aleluia - PFLJosé Carlos Araújo - PFLJosé Rocha - PFLJosias Gomes - PTJutahy Junior - PSDBLuiz Alberto - PTLuiz Bassuma - PTLuiz Carreira - PFLMarcelo Guimarães Filho - PFLMário Negromonte - PPMilton Barbosa - PFLNelson Pellegrino - PTPaulo Magalhães - PFLPedro Irujo - PLReginaldo Germano - PPRobério Nunes - PFLSeveriano Alves - PDTWalter Pinheiro - PTZelinda Novaes - PFLZezéu Ribeiro - PT

Minas GeraisAdemir Camilo - PLAna Guerra - PTAracely de Paula - PLBonifácio de Andrada - PSDBCabo Júlio - PMDBCarlos Melles - PFLCarlos Mota - PLCarlos Willian - PMDBCésar Medeiros - PTCleuber Carneiro - PTBCustódio Mattos - PSDBDr. Francisco Gonçalves - PTBEdmar Moreira - PLEduardo Barbosa - PSDBEliseu Resende - PFLFernando Diniz - PMDBGeraldo Thadeu - PPSGilmar Machado - PTIbrahim Abi-ackel - PPIsaías Silvestre - PSBIvo José - PTJaime Martins - PLJoão Magalhães - PMDBJoão Magno - PTJoão Paulo Gomes da Silva - PLJosé Militão - PTBJosé Santana de Vasconcellos - PLJúlio Delgado - PPSLael Varella - PFLLeonardo Mattos - PVLeonardo Monteiro - PTLincoln Portela - PLMarcello Siqueira - PMDBMárcio Reinaldo Moreira - PPMaria do Carmo Lara - PTMário Assad Júnior - PLMário Heringer - PDTMauro Lopes - PMDBNarcio Rodrigues - PSDBOdair Cunha - PTOsmânio Pereira - PTBPaulo Delgado - PTRafael Guerra - PSDBReginaldo Lopes - PTRoberto Brant - PFL

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Romel Anizio - PPRomeu Queiroz - PTBSaraiva Felipe - PMDBSérgio Miranda - PCdoBSilas Brasileiro - PMDBVadinho Baião - PTVirgílio Guimarães - PTVittorio Medioli - PSDB

Espírito SantoFeu Rosa - PPIriny Lopes - PTJair de Oliveira - PMDBManato - PDTMarcelino Fraga - PMDBMarcus Vicente - PTBNeucimar Fraga - PLNilton Baiano - PPRenato Casagrande - PSBRose de Freitas - PMDB

Rio de JaneiroAldir Cabral - PFLAlexandre Cardoso - PSBAlexandre Santos - PMDBAlmerinda de Carvalho - PMDBAlmir Moura - S.PART.André Costa - PTAndré Luiz - S.PART.Antonio Carlos Biscaia - PTBernardo Ariston - PMDBCarlos Nader - PLCarlos Rodrigues - PLCarlos Santana - PTChico Alencar - PTDeley - PMDBDr. Heleno - PMDBEdson Ezequiel - PMDBEduardo Cunha - PMDBEduardo Paes - PSDBElaine Costa - PTBFernando Gabeira - PVFernando Lopes - PMDBFrancisco Dornelles - PPItamar Serpa - PSDBJair Bolsonaro - PFLJandira Feghali - PCdoBJoão Mendes de Jesus - PSLJorge Bittar - PTJosé Divino - PMDBJosias Quintal - PMDBJuíza Denise Frossard - PPSJulio Lopes - PPLaura Carneiro - PFLLeonardo Picciani - PMDBLuiz Sérgio - PTMiro Teixeira - PTMoreira Franco - PMDBNelson Bornier - PMDBPaulo Baltazar - PSBPaulo Feijó - PSDBReinaldo Betão - PLRenato Cozzolino - S.PART.Roberto Jefferson - PTBRodrigo Maia - PFLSandro Matos - PTBSimão Sessim - PPVieira Reis - PMDB

São PauloAlberto Goldman - PSDBAmauri Gasques - PLAngela Guadagnin - PT

Antonio Carlos Mendes Thame - PSDBAntonio Carlos Pannunzio - PSDBArlindo Chinaglia - PTArnaldo Faria de Sá - PTBAry Kara - PTBCarlos Sampaio - PSDBCelso Russomanno - PPCláudio Magrão - PPSCorauci Sobrinho - PFLDelfim Netto - PPDevanir Ribeiro - PTDimas Ramalho - PPSDurval Orlato - PTEdinho Montemor - PLEdna Macedo - PTBElimar Máximo Damasceno - PRONAEnéas - PRONAGilberto Nascimento - PMDBIara Bernardi - PTIldeu Araujo - PPIvan Valente - PTJamil Murad - PCdoBJefferson Campos - PMDBJoão Batista - PFLJoão Herrmann Neto - PDTJoão Paulo Cunha - PTJosé Eduardo Cardozo - PTJosé Mentor - PTJovino Cândido - PVJulio Semeghini - PSDBLobbe Neto - PSDBLuciano Zica - PTLuiz Antonio Fleury - PTBLuiz Carlos Santos - PFLLuiz Eduardo Greenhalgh - PTLuiza Erundina - PSBMarcelo Barbieri - PMDBMarcelo Ortiz - PVMarcos Abramo - PFLMariângela Duarte - PTMedeiros - PLMichel Temer - PMDBMilton Monti - PLNelson Marquezelli - PTBNeuton Lima - PTBOrlando Fantazzini - PTPaulo Kobayashi - PSDBPaulo Lima - PMDBProfessor Irapuan Teixeira - PPProfessor Luizinho - PTRicardo Izar - PTBRoberto Gouveia - PTRobson Tuma - PFLRubinelli - PTSalvador Zimbaldi - PTBSilvio Torres - PSDBTelma de Souza - PTVadão Gomes - PPValdemar Costa Neto - PLVanderlei Assis - PPVicente Cascione - PTBVicentinho - PTWalter Barelli - PSDBWanderval Santos - PLXico Graziano - PSDBZarattini - PTZulaiê Cobra - PSDB

Mato GrossoCarlos Abicalil - PTCelcita Pinheiro - PFL

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Pedro Henry - PPRicarte de Freitas - PTBTeté Bezerra - PMDBThaís Barbosa - PMDBThelma de Oliveira - PSDBWelinton Fagundes - PL

Distrito FederalAlberto Fraga - S.PART.Jorge Pinheiro - PLJosé Roberto Arruda - PFLManinha - PTOsório Adriano - PFLSigmaringa Seixas - PTTatico - PLWasny de Roure - PT

GoiásBarbosa Neto - PSBCapitão Wayne - PSDBCarlos Alberto Leréia - PSDBEnio Tatico - PLJoão Campos - PSDBJovair Arantes - PTBLeandro Vilela - PMDBLuiz Bittencourt - PMDBNeyde Aparecida - PTPedro Canedo - PPPedro Chaves - PMDBRonaldo Caiado - PFLRubens Otoni - PTSandes Júnior - PPSandro Mabel - PLSérgio Caiado - PPVilmar Rocha - PFL

Mato Grosso do SulAntônio Carlos Biffi - PTAntonio Cruz - PTBGeraldo Resende - PPSJoão Grandão - PTMurilo Zauith - PFLNelson Trad - PMDBVander Loubet - PTWaldemir Moka - PMDB

ParanáAbelardo Lupion - PFLAffonso Camargo - PSDBAirton Roveda - PTBAlex Canziani - PTBAndré Zacharow - PSBAssis Miguel do Couto - PTCezar Silvestri - PPSChico da Princesa - PLColombo - PTDilceu Sperafico - PPDr. Rosinha - PTDra. Clair - PTEduardo Sciarra - PFLGiacobo - PLGustavo Fruet - PSDBHermes Parcianello - PMDBIris Simões - PTBJosé Borba - PMDBJosé Janene - PPLuiz Carlos Hauly - PSDBMax Rosenmann - PMDBMoacir Micheletto - PMDBNelson Meurer - PPOdílio Balbinotti - PMDBOliveira Filho - PLOsmar Serraglio - PMDBRicardo Barros - PP

Selma Schons - PTTakayama - PMDBVitorassi - PT

Santa CatarinaAdelor Vieira - PMDBCarlito Merss - PTEdinho Bez - PMDBEdison Andrino - PMDBFernando Coruja - PPSGervásio Silva - PFLIvan Ranzolin - PPJoão Pizzolatti - PPJorge Boeira - PTLeodegar Tiscoski - PPLuci Choinacki - PTMauro Passos - PTPaulo Afonso - PMDBPaulo Bauer - PFLVignatti - PTZonta - PP

Rio Grande do SulAdão Pretto - PTAlceu Collares - PDTAugusto Nardes - PPBeto Albuquerque - PSBCezar Schirmer - PMDBDarcísio Perondi - PMDBEliseu Padilha - PMDBEnio Bacci - PDTÉrico Ribeiro - PPFrancisco Appio - PPFrancisco Turra - PPHenrique Fontana - PTJúlio Redecker - PSDBKelly Moraes - PTBLuciana Genro - S.PART.Luis Carlos Heinze - PPMarco Maia - PTMaria do Rosário - PTMendes Ribeiro Filho - PMDBMilton Cardias - PTBNelson Proença - PPSOnyx Lorenzoni - PFLOrlando Desconsi - PTOsvaldo Biolchi - PMDBPastor Reinaldo - PTBPaulo Gouvêa - PLPaulo Pimenta - PTPompeo de Mattos - PDTTarcísio Zimmermann - PTWilson Cignachi - PMDBYeda Crusius - PSDB

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COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Ronaldo Caiado (PFL)1º Vice-Presidente: Luis Carlos Heinze (PP)2º Vice-Presidente: Francisco Turra (PP)3º Vice-Presidente: Assis Miguel do Couto (PT)Titulares Suplentes

PTAdão Pretto Guilherme MenezesAnselmo Luci ChoinackiAssis Miguel do Couto Odair CunhaJoão Grandão Reginaldo LopesJosias Gomes Vadinho BaiãoOrlando Desconsi VignattiVander Loubet Zé Geraldo

PMDBGervásio Oliveira Mauro LopesLeandro Vilela Osvaldo ReisMoacir Micheletto Pedro ChavesOdílio Balbinotti Rose de FreitasSilas Brasileiro Wilson CignachiWaldemir Moka 2 vagasZé Gerardo

Bloco PFL, PRONAAbelardo Lupion Betinho RosadoCarlos Melles Eduardo SciarraEnéas Félix MendonçaJoão Carlos Bacelar vaga do PV Francisco RodriguesKátia Abreu Lael VarellaOsvaldo Coelho vaga do PC do B

Ronaldo CaiadoPSDB

Anivaldo ValeAntonio Carlos Mendes

ThameXico Graziano Carlos Alberto Leréia(Dep. do PL ocupa a vaga) Júlio Redecker(Dep. do PP ocupa a vaga) 1 vaga

PPCleonâncio Fonseca vaga do PL Augusto NardesDilceu Sperafico Benedito de Lira vaga do PL

Francisco Turra Érico RibeiroLuis Carlos Heinze Ivan Ranzolin vaga do PSB

Nélio Dias vaga do S.PART. Nelson MeurerZé Lima vaga do PSDB Sérgio CaiadoZonta

PTBCarlos Dunga Airton RovedaIberê Ferreira Dr. Francisco GonçalvesJoão Lyra Josué Bengtson

Nelson Marquezelli(Dep. do S.PART. ocupa a

vaga)PL

Almir Sá vaga do PSDB João TotaHeleno Silva TaticoWelinton Fagundes (Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PP ocupa a vaga)

PPSCezar Silvestri Geraldo Thadeu

PSBLuciano Leitoa (Dep. do PP ocupa a vaga)

PDTDr. Rodolfo Pereira Pompeo de Mattos

PC do B(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)

1 vaga

PV(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)

Edson Duarte

S.PART.(Dep. do PP ocupa a vaga) Alberto Fraga vaga do PTB

1 vagaSecretário(a): Moizes Lobo da CunhaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 36Telefones: 216-6403/6404/6406FAX: 216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Maria Helena (PPS)1º Vice-Presidente: Átila Lins (PPS)2º Vice-Presidente: Júnior Betão (PL)3º Vice-Presidente: Severiano Alves (PDT)Titulares Suplentes

PTCarlos Abicalil AnselmoHenrique Afonso Nilson MourãoZé Geraldo 2 vagasZico Bronzeado

PMDBAnn Pontes Asdrubal BentesLupércio Ramos Gervásio OliveiraNatan Donadon Marcelo Castro

Bloco PFL, PRONADavi Alcolumbre Marcos Abramo(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) 1 vaga

PSDB(Dep. do PPS ocupa a vaga) Anivaldo Vale1 vaga Zenaldo Coutinho

PPAgnaldo Muniz Suely CamposCarlos Souza 1 vaga

PTBRoberto Jefferson 2 vagas(Dep. do PSC ocupa a vaga)

PLJúnior Betão Coronel AlvesMiguel de Souza Raimundo Santos

PPSÁtila Lins vaga do PSDB 1 vagaMaria Helena

PSB

Janete Capiberibe(Dep. do PCdoB ocupa a

vaga)PDT

Severiano Alves Dr. Rodolfo PereiraPCdoB

Perpétua Almeida vaga do Bloco PFL, PRONA Vanessa Grazziotin vaga do PSB

PSCZequinha Marinho vaga do PTB

Secretário(a): Cristiano Ferri Soares de FariaLocal: Anexo II - Sala T- 59Telefones: 216-6432FAX: 216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA

Presidente: Jader Barbalho (PMDB)1º Vice-Presidente: Pedro Chaves (PMDB)2º Vice-Presidente: Eduardo Sciarra (PFL)3º Vice-Presidente: Silas Câmara (PTB)Titulares Suplentes

PTDurval Orlato Angela GuadagninJorge Bittar César MedeirosMariângela Duarte Fernando FerroMiro Teixeira Henrique AfonsoWalter Pinheiro Vicentinho(Dep. do PL ocupa a vaga) Wasny de Roure

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1 vaga ZarattiniPMDB

Adelor Vieira Gastão VieiraGilberto Nascimento Henrique Eduardo AlvesHermes Parcianello Luiz BittencourtJader Barbalho Marinha RauppMarcelo Barbieri Pastor Pedro RibeiroPedro Chaves Wladimir CostaTakayama 1 vaga

Bloco PFL, PRONACorauci Sobrinho Aldir CabralEduardo Sciarra César BandeiraJoão Batista Davi AlcolumbreJosé Mendonça Bezerra vaga do PTB José Carlos AraújoJosé Rocha Robson TumaJúlio Cesar

PSDBAriosto Holanda João CamposGustavo Fruet João CasteloJulio Semeghini Lobbe NetoNarcio Rodrigues Manoel Salviano

PPPedro Canedo Enivaldo RibeiroRicardo Barros Leodegar TiscoskiSandes Júnior Romel AnizioVanderlei Assis (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PTBIris Simões Antonio CruzSilas Câmara Antonio Joaquim(Dep. do PL ocupa a vaga) Arnon Bezerra(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Pastor Reinaldo

Salvador Zimbaldi vaga do PP

PLBadu Picanço vaga do PT Amauri GasquesCarlos Nader vaga do PTB Carlos RodriguesPedro Irujo Inaldo Leitão

Raimundo SantosJosé Santana de Vasconcellos

vaga do PSL

Wanderval SantosPPS

Nelson Proença Raul JungmannPSB

Jorge Gomes vaga do PC do B André ZacharowLuiza Erundina

PDTJurandir Boia Luiz Piauhylino

PC do B(Dep. do PSB ocupa a vaga) Inácio Arruda

PVJovino Cândido Leonardo Mattos

PSLJoão Mendes de Jesus (Dep. do PL ocupa a vaga)Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de OliveiraLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49Telefones: 216-6452 A 6458FAX: 216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPresidente: Antonio Carlos Biscaia (PT)1º Vice-Presidente: José Mentor (PT)2º Vice-Presidente: Wilson Santiago (PMDB)3º Vice-Presidente: Roberto Magalhães (PFL)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Antônio Carlos BiffiJoão Paulo Cunha Arlindo ChinagliaJosé Eduardo Cardozo ColomboJosé Mentor Dr. RosinhaLuiz Eduardo Greenhalgh Iara Bernardi

Maurício Rands Iriny LopesNelson Pellegrino José PimentelOdair Cunha Luciano ZicaProfessor Luizinho Luiz CoutoRubinelli Miro TeixeiraSigmaringa Seixas Rubens Otoni

PMDBCezar Schirmer Ann PontesJefferson Campos Leonardo PiccianiJosé Borba Mauro BenevidesJosé Divino (Dep. do PPS ocupa a vaga)Mendes Ribeiro Filho 7 vagasMichel TemerNelson TradOsmar SerraglioPaulo AfonsoSandra RosadoWilson Santiago

Bloco PFL, PRONAAntonio Carlos Magalhães Neto André de PaulaJosé Roberto Arruda Coriolano SalesLuiz Carlos Santos EnéasNey Lopes Jair BolsonaroPaulo Magalhães Laura CarneiroRoberto Magalhães Moroni TorganRobson Tuma vaga do PTB Mussa DemesVic Pires Franco Onyx LorenzoniVilmar Rocha

PSDBBosco Costa Antonio Carlos PannunzioJoão Almeida Átila LiraJutahy Junior Bonifácio de AndradaVicente Arruda Custódio MattosZenaldo Coutinho Helenildo RibeiroZulaiê Cobra Léo Alcântara

PPBenedito de Lira Agnaldo MunizDarci Coelho Celso RussomannoIbrahim Abi-ackel Professor Irapuan TeixeiraIvan Ranzolin Ricardo BarrosReginaldo Germano Sandes JúniorRicardo Fiuza Sérgio CaiadoWagner Lago vaga do PTB

PTBAntonio Cruz Ary KaraEdna Macedo Cleuber CarneiroPaes Landim Luiz Antonio FleuryVicente Cascione (Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)

(Dep. do PL ocupa a vaga)

(Dep. do PP ocupa a vaga) 1 vagaPL

Ademir Camilo Almeida de JesusCarlos Mota Badu Picanço vaga do PTB

Carlos Rodrigues Enio TaticoEdmar Moreira Jaime MartinsInaldo Leitão Neucimar Fraga vaga do PTB

Pedro Irujo(Dep. do PSL ocupa a vaga)

PPSJuíza Denise Frossard Colbert MartinsRoberto Freire Fernando Coruja

Júlio Delgado vaga do PMDB

PSBGonzaga Patriota Alexandre Cardoso(Dep. do PC do B ocupa a vaga) Isaías Silvestre

PDTAlceu Collares João FontesLuiz Piauhylino Pompeo de Mattos

PC do B

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Jamil Murad vaga do PSB Alice PortugalSérgio Miranda

PVMarcelo Ortiz Sarney Filho

PSLJoão Mendes de Jesus vaga do

PL

Secretário(a): Rejane Salete MarquesLocal: Anexo II,Térreo, Ala , sala 21Telefones: 216-6494FAX: 216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORPresidente: Luiz Antonio Fleury (PTB)1º Vice-Presidente: Eduardo Seabra (PTB)2º Vice-Presidente: Paulo Kobayashi (PSDB)3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTAna Guerra Luiz BassumaSelma Schons Maria do Carmo LaraSimplício Mário Rubinelli(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

PMDBLuiz Bittencourt José DivinoPaulo Lima Leandro VilelaWladimir Costa vaga do PT Max Rosenmann(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONAJosé Carlos Araújo vaga do PL Fernando de Fabinho vaga do PPS

Marcelo Guimarães Filho Kátia Abreu(Dep. do PTB ocupa a vaga) Zelinda Novaes1 vaga (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDBCarlos Sampaio Yeda CrusiusPaulo Kobayashi 1 vaga

PPCelso Russomanno Julio LopesPedro Corrêa Ricardo Fiuza

PTBEduardo Seabra Alex Canziani vaga do PDT

Jonival Lucas Junior vaga do Bloco PFL,

PRONA Neuton Lima

Luiz Antonio Fleury Ricardo IzarSandro Matos vaga do Bloco PFL, PRONA

PLAlmeida de Jesus Marcos de Jesus(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

Remi Trinta

PPS

1 vaga(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)PSB

Givaldo Carimbão Paulo BaltazarPDT

1 vaga (Dep. do PTB ocupa a vaga)S.PART.

Renato Cozzolino vaga do PMDB

Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152Telefones: 216-6920 A 6922FAX: 216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: Romeu Queiroz (PTB)1º Vice-Presidente: Ildeu Araujo (PP)2º Vice-Presidente: Reginaldo Lopes (PT)3º Vice-Presidente: Fernando de Fabinho (PFL)Titulares Suplentes

PTJorge Boeira Jorge BittarReginaldo Lopes Josias GomesRubens Otoni (Dep. do PL ocupa a vaga)

PMDBBernardo Ariston Lupércio RamosCarlos Eduardo Cadoca Wilson CignachiEdson Ezequiel 1 vaga

Bloco PFL, PRONAFernando de Fabinho Murilo ZauithGerson Gabrielli Osório Adriano vaga do PV

(Dep. do PDT ocupa a vaga)PSDB

Júlio Redecker Gonzaga MotaLéo Alcântara vaga do PV Yeda CrusiusRonaldo Dimas

PPIldeu Araujo Augusto Nardes vaga do PL

Sérgio Caiado Delfim NettoDr. Benedito Dias vaga do S.PART.

Nélio DiasPTB

Joaquim Francisco Armando MonteiroRomeu Queiroz Nelson Marquezelli

PLReinaldo Betão Giacobo vaga do PT

(Dep. do PP ocupa a vaga)PV

(Dep. do PSDB ocupa avaga)

(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

S.PART.Luciana Genro (Dep. do PP ocupa a vaga)

PDTAndré Figueiredo vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33Telefones: 216-6601 A 6609FAX: 216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANOPresidente: Julio Lopes (PP)1º Vice-Presidente: Fábio Souto (PFL)2º Vice-Presidente: Colbert Martins (PPS)3º Vice-Presidente: Jaime Martins (PL)Titulares Suplentes

PTJoão Magno Roberto GouveiaMaria do Carmo Lara Terezinha FernandesZezéu Ribeiro Vitorassi

PMDBAlexandre Santos Zé GerardoMarinha Raupp 2 vagas(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONAElimar Máximo Damasceno Milton BarbosaFábio Souto Nice Lobão

PSDBAna Alencar Domiciano CabralCustódio Mattos Gustavo Fruet

PPAugusto Nardes Darci CoelhoJulio Lopes Mário Negromonte

PTBJackson Barreto José ChavesPedro Fernandes Pastor Frankembergen

Silas Câmara vaga do PL

PLJaime Martins Chico da PrincesaPaulo Gouvêa (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PPS

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Colbert Martins 1 vagaPSB

Barbosa Neto 1 vagaPCdoB

Inácio Arruda vaga do PMDB

Secretário(a): James Lewis Gorman JúniorLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188Telefones: 216-6551/ 6554FAX: 216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIASPresidente: Iriny Lopes (PT)1º Vice-Presidente: Luiz Couto (PT)2º Vice-Presidente: Pompeo de Mattos (PDT)3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTChico Alencar Adão PrettoIriny Lopes Ana Guerra vaga do Bloco PFL, PRONA

Luci Choinacki João Alfredo vaga do PTB

Luiz Alberto vaga do PSDB Luiz Eduardo GreenhalghLuiz Couto vaga do PMDB Maria do RosárioOrlando Fantazzini vaga do PL

PMDB(Dep. do PT ocupa a vaga) Alceste Almeida2 vagas 2 vagas

Bloco PFL, PRONA(Dep. do PDT ocupa a vaga) Jairo Carneiro2 vagas (Dep. do PT ocupa a vaga)

1 vagaPSDB

Sebastião Madeira Eduardo Barbosa(Dep. do PT ocupa a vaga) João Almeida

PP(Dep. do PDT ocupa a vaga) José Linhares1 vaga Nilton Baiano

PTBPastor Reinaldo (Dep. do PPS ocupa a vaga)(Dep. S.PART. ocupa a vaga) (Dep. do PT ocupa a vaga)

PL(Dep. do PT ocupa a vaga) Paulo Gouvêa

PPS1 vaga Geraldo Thadeu vaga do PTB

Roberto FreirePV

Leonardo Mattos Jovino CândidoPDT

Mário Heringer vaga do PP

Pompeo de Mattos vaga do Bloco PFL, PRONA

S.PART.Alberto Fraga vaga do PTB

Secretário(a): Márcio Marques de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185Telefones: 216-6575FAX: 216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAPresidente: Paulo Delgado (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Celcita Pinheiro (PFL)3º Vice-Presidente: João Correia (PMDB)Titulares Suplentes

PTAntônio Carlos Biffi Carlos AbicalilIara Bernardi Chico AlencarIvan Valente vaga do PL Fátima BezerraMaria do Rosário Gilmar MachadoNeyde Aparecida Luiz AlbertoPaulo Delgado Walter PinheiroPaulo Rubem Santiago

PMDBGastão Vieira Dr. HelenoJoão Correia Jefferson CamposJoão Matos (Licenciado) Luiz BittencourtOsvaldo Biolchi Osmar SerraglioPastor Pedro Ribeiro Paulo Lima(Dep. do PPS ocupa a vaga) 1 vaga

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro José Roberto ArrudaCésar Bandeira Osvaldo CoelhoClóvis Fecury vaga do PP Paulo MagalhãesMarcos Abramo Roberto MagalhãesMurilo Zauith vaga do PTB

Nice LobãoOnyx Lorenzoni vaga do PL

PSDBAntenor Naspolini vaga do PL Itamar SerpaÁtila Lira Rafael GuerraBonifácio de Andrada vaga do PP Thelma de OliveiraLobbe NetoNilson Pinto

PPProfessor Irapuan Teixeira José Linhares(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Márcio Reinaldo Moreira(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)

Zé Lima

PTBNeuton Lima Elaine CostaRicardo Izar Jonival Lucas Junior(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)

Kelly Moraes

PL(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Humberto Michiles(Dep. do PT ocupa a vaga) Medeiros(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupaa vaga)

Milton Monti

PPS

Geraldo Resende vaga do PSB (Dep. do PC do B ocupa avaga)

Ivan Paixão vaga do PMDB

Rogério TeófiloPSB

(Dep. do PPS ocupa a vaga) Luciano LeitoaPDT

Álvaro Dias Severiano AlvesPC do B

1 vaga Alice Portugal vaga do PPS

1 vagaSecretário(a): Anamélia Lima Rocha FernandesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170Telefones: 216-6622/6625/6627/6628FAX: 216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOPresidente: Geddel Vieira Lima (PMDB)1º Vice-Presidente: Eduardo Cunha (PMDB)2º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)3º Vice-Presidente: Carlito Merss (PT)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Henrique FontanaJosé Pimentel João Paulo CunhaNazareno Fonteles Jorge BoeiraVignatti Paulo Rubem SantiagoVirgílio Guimarães Tarcísio ZimmermannWasny de Roure 1 vaga

PMDBEduardo Cunha Carlos WillianGeddel Vieira Lima Eliseu PadilhaJoão Magalhães Michel Temer

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José Priante vaga do PTB Nelson BornierMarcelino Fraga Odílio BalbinottiMax Rosenmann 1 vagaMoreira FrancoPedro Novais vaga do PC do B

Bloco PFL, PRONACoriolano Sales vaga do PL Eliseu ResendeFélix Mendonça João BatistaJosé Carlos Machado José Carlos AraújoLuiz Carreira Júlio CesarMussa Demes vaga do PL

Osório AdrianoPauderney Avelino vaga do PDT

Roberto Brant vaga do PP

PSDBGonzaga Mota Antonio CambraiaLuiz Carlos Hauly Custódio MattosSilvio Torres Julio SemeghiniYeda Crusius Walter Barelli

PPDelfim Netto Benedito de LiraEnivaldo Ribeiro vaga do PL Carlos SouzaFrancisco Dornelles Feu Rosa vaga do PL

(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

Zonta

PTBArmando Monteiro 3 vagasJosé Militão(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PL(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

Ademir Camilo

(Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PP ocupa a

vaga)(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

1 vaga

PPSFernando Coruja Nelson Proença

PSB1 vaga Beto Albuquerque

PDT(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

André Figueiredo

PC do B(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Sérgio MirandaSecretário(a): Maria Linda MagalhãesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136Telefones: 216-6654/6655/6652FAX: 216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEPresidente: Alexandre Cardoso (PSB)1º Vice-Presidente: Pastor Francisco Olímpio (PSB)2º Vice-Presidente: Francisco Garcia (PP)3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTColombo Eduardo ValverdeVitorassi José Mentor2 vagas Sigmaringa Seixas

Virgílio GuimarãesPMDB

Aníbal Gomes vaga do PTB Almerinda de CarvalhoAsdrubal Bentes vaga do PL João Correia vaga do PTB

Fernando Lopes João MagalhãesMauro Benevides 1 vagaOlavo Calheiros

Bloco PFL, PRONAAldir Cabral José Carlos MachadoPaulo Bauer Ney Lopes

(Dep. do PP ocupa a vaga) 1 vagaPSDB

Eduardo Paes João AlmeidaManoel Salviano Luiz Carlos Hauly

PPFrancisco Garcia Luis Carlos Heinze

Ronivon Santiago vaga do Bloco PFL, PRONA (Dep. do PL ocupa avaga)

Simão SessimPTB

Elaine Costa Iris Simões

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PL

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Carlos Nader vaga do PP

1 vaga Paulo MarinhoWellington Roberto

PPS1 vaga B. Sá

PSBAlexandre Cardoso Barbosa Neto vaga do PDT

Pastor Francisco Olímpio vaga do PDT Paulo BaltazarPDT

(Dep. do PSB ocupa a vaga)(Dep. do PSB ocupa a

vaga)Secretário(a): Edilson Saraiva AlencarLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161Telefones: 216-6671 A 6675FAX: 216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVAPresidente: Fátima Bezerra (PT)1º Vice-Presidente: Leonardo Monteiro (PT)2º Vice-Presidente: Selma Schons (PT)3º Vice-Presidente: Luiza Erundina (PSB)Titulares Suplentes

PTFátima Bezerra Ana GuerraLeonardo Monteiro João AlfredoSelma Schons Vadinho Baião

PMDBAlmerinda de Carvalho Olavo CalheirosWilson Santiago 2 vagas1 vaga

Bloco PFL, PRONAAndré de Paula Laura CarneiroVilmar Rocha 1 vaga

PSDBAna Alencar 2 vagasAntenor Naspolini

PPEnivaldo Ribeiro 2 vagas1 vaga

PTBPastor Reinaldo 2 vagas1 vaga

PLJaime Martins 2 vagasJoão Leão

PPS1 vaga 1 vaga

PSBLuiza Erundina 1 vagaSecretário(a): Ruy dos Santos SiqueiraLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122Telefones: 216-6692 / 6693FAX: 216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

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Presidente: Luciano Castro (PL)1º Vice-Presidente: Jorge Pinheiro (PL)2º Vice-Presidente: Paulo Baltazar (PSB)3º Vice-Presidente: Kelly Moraes (PTB)Titulares Suplentes

PTCésar Medeiros Dra. ClairJoão Alfredo Luiz SérgioLeonardo Monteiro Mauro PassosLuciano Zica Selma Schons

PMDBCarlos Willian Max RosenmannFernando Diniz Teté Bezerra

(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. S.PART. ocupa a

vaga)Bloco PFL, PRONA

(Dep. do PV ocupa a vaga) Gervásio Silva(Dep. do PL ocupa a vaga) Luiz Carreira

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Affonso Camargo(Dep. do PV ocupa a vaga) Vicente Arruda vaga do PL

Xico GrazianoPP

(Dep. S.PART. ocupa a vaga)(Dep. do PSB ocupa a

vaga)

(Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. do PTB ocupa a

vaga)PTB

Kelly Moraes Joaquim FranciscoSandro Matos Paes Landim

Vicente Cascione vaga do PP

PLJorge Pinheiro Welinton Fagundes

Luciano Castro(Dep. do PSDB ocupa a

vaga)Oliveira Filho vaga do Bloco PFL, PRONA

Paulo Marinho vaga do PP

PPS(Dep. do PSB ocupa a vaga) Cezar Silvestri

PSBPaulo Baltazar vaga do PPS Janete Capiberibe vaga do PP

PVEdson Duarte vaga do Bloco PFL, PRONA

Fernando Gabeira vaga do PSDB

Sarney Filho vaga do PMDB

S.PART.Babá vaga do PP Renato Cozzolino vaga do PMDB

Secretário(a): Aurenilton Araruna de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 150Telefones: 216-6521 A 6526FAX: 216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: Nicias Ribeiro (PSDB)1º Vice-Presidente: Paulo Feijó (PSDB)2º Vice-Presidente: Rose de Freitas (PMDB)3º Vice-Presidente: Nelson Meurer (PP)Titulares Suplentes

PTEduardo Valverde André CostaFernando Ferro Hélio EstevesLuiz Bassuma Ivo JoséLuiz Sérgio João MagnoMauro Passos Vander Loubet

PMDBDr. Heleno Alexandre SantosMarcello Siqueira Deley vaga do PL

Pastor Amarildo Edinho BezRose de Freitas Josias Quintal1 vaga Marinha Raupp

Moreira FrancoBloco PFL, PRONA

Betinho Rosado vaga do PC do B Aroldo CedrazGervásio Silva Gerson GabrielliJosé Carlos Aleluia Luiz Carlos SantosRobério Nunes Pauderney Avelino(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDBHelenildo Ribeiro Capitão WayneNicias Ribeiro João AlmeidaPaulo Feijó Ronaldo Dimas

PPJoão Pizzolatti Dilceu Sperafico vaga do PTB

Nelson Meurer Francisco AppioRomel Anizio vaga do PDT Reginaldo Germano1 vaga Simão Sessim vaga do PTB

Vadão GomesPTB

Airton Roveda vaga do Bloco PFL, PRONA Edna MacedoMarcus Vicente (Dep. do PP ocupa a vaga)Osmânio Pereira (Dep. do PP ocupa a vaga)Salvador Zimbaldi

PLAracely de Paula Edinho Montemor

José Santana de VasconcellosMaurício Rabelo

(Licenciado)

Tatico(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PPS

B. Sá 1 vagaPSB

Renato Casagrande 1 vagaPDT

(Dep. do PP ocupa a vaga) Jurandir BoiaPC do B

(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa avaga)

1 vaga

Secretário(a): Damaci Pires de MirandaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56Telefones: 216-6711 / 6713FAX: 216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESANACIONAL

Presidente: Aroldo Cedraz (PFL)1º Vice-Presidente: Jairo Carneiro (PFL)2º Vice-Presidente: Nilson Mourão (PT)3º Vice-Presidente: João Castelo (PSDB)Titulares Suplentes

PTAndré Costa Ivan ValenteManinha José Eduardo CardozoNilson Mourão Orlando FantazziniTerezinha Fernandes Paulo DelgadoZarattini Zico Bronzeado

PMDBEdison Andrino Marcelino FragaVieira Reis Paulo Afonso(Dep. do PDT ocupa a vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PL ocupa a vaga) 2 vagas1 vaga

Bloco PFL, PRONAAndré de Paula Antonio Carlos Magalhães NetoAroldo Cedraz Carlos MellesFrancisco Rodrigues Jair BolsonaroJairo Carneiro Paulo Bauer vaga do PTB

Robério Nunes vaga do PTB

Vilmar RochaPSDB

Antonio Carlos Pannunzio Antonio Carlos Mendes Thame

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Itamar Serpa Luiz Carlos HaulyJoão Castelo Zulaiê Cobra

PPFeu Rosa Francisco DornellesVadão Gomes Francisco Turra(Dep. do PL ocupa a vaga) Ronivon Santiago

PTBArnon Bezerra Jackson Barreto

Marcondes Gadelha(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa

a vaga)

Pastor Frankembergen(Dep. do Bloco PFL, PRONA ocupa

a vaga)PL

Hamilton Casara Almir SáJoão Paulo Gomes da Silva Júnior BetãoLincoln Portela Miguel de SouzaMarcos de Jesus vaga do PP

Medeiros vaga do PMDB

PPSJúlio Delgado Rogério Teófilo

PSBAndré Zacharow Luiza Erundina

PDTJoão Herrmann Neto vaga do PMDB ManatoNeiva Moreira

PC do BRenildo Calheiros Perpétua Almeida

PVFernando Gabeira vaga do PMDB

Secretário(a): Fernando Luiz Cunha RochaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125Telefones: 216-6739 / 6738 / 6737FAX: 216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AOCRIME ORGANIZADO

Presidente: Enio Bacci (PDT)1º Vice-Presidente: João Campos (PSDB)2º Vice-Presidente: Alberto Fraga (S.PART.)3º Vice-Presidente: Carlos Sampaio (PSDB)Titulares Suplentes

PTPaulo Pimenta Antonio Carlos BiscaiaPaulo Rubem Santiago Luiz Couto(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Nelson Pellegrino

PMDBCabo Júlio (Dep. do PL ocupa a vaga)Gilberto Nascimento 2 vagasJosias Quintal

Bloco PFL, PRONAJair Bolsonaro Laura CarneiroMoroni Torgan Vic Pires Franco

PSDBCapitão Wayne vaga do PT Bosco CostaCarlos Sampaio Zulaiê CobraJoão Campos

PPReginaldo Germano Ricardo Barros1 vaga (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PTBLuiz Antonio Fleury Pastor Reinaldo(Dep. S.PART. ocupa a vaga) (Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

PLCoronel Alves Almir Sá vaga do PMDB

Wanderval Santos Edmar MoreiraNeucimar Fraga

PPSRaul Jungmann Juíza Denise Frossard

PSB(Dep. do PDT ocupa a vaga) Givaldo Carimbão

PDTEnio Bacci vaga do PSB

PCdoBPerpétua Almeida vaga do PTB

S.PART.Alberto Fraga vaga do PTB Luciana Genro vaga do PP

Secretário(a): Kátia da Consolação dos Santos VianaLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-CTelefones: 216-6761 / 6762FAX: 216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIAPresidente: Dr. Benedito Dias (PP)1º Vice-Presidente: Arnaldo Faria de Sá (PTB)2º Vice-Presidente: Guilherme Menezes (PT)3º Vice-Presidente: Almerinda de Carvalho (PMDB)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Assis Miguel do CoutoArlindo Chinaglia Durval OrlatoDr. Rosinha ManinhaGuilherme Menezes Nazareno Fonteles vaga do PL

Henrique Fontana Selma SchonsRoberto Gouveia Telma de Souza

(Dep. do Bloco PFL, PRONAocupa a vaga)

PMDBAlmerinda de Carvalho Lúcia BragaBenjamin Maranhão Sandra RosadoDarcísio Perondi Waldemir MokaJorge Alberto (Dep. do PTB ocupa a vaga)Saraiva Felipe 2 vagasTeté BezerraThaís Barbosa vaga do PV

Bloco PFL, PRONALaura Carneiro Celcita PinheiroMilton Barbosa Elimar Máximo DamascenoZelinda Novaes José Mendonça Bezerra(Dep. do PP ocupa a vaga) Roberto Brant vaga do PT

(Dep. do PPS ocupa a vaga)PSDB

Eduardo Barbosa Ana AlencarRafael Guerra Eduardo PaesThelma de Oliveira Walter Barelli

PPDr. Benedito Dias Pedro CanedoJosé Linhares Vanderlei AssisNilton Baiano vaga do Bloco PFL, PRONA 1 vagaSuely Campos

PTBAntonio Joaquim Homero Barreto vaga do PMDB

Arnaldo Faria de Sá Marcondes GadelhaDr. Francisco Gonçalves Milton Cardias

Osmânio PereiraPL

Amauri Gasques Carlos MotaRemi Trinta Jorge Pinheiro1 vaga (Dep. do PT ocupa a vaga)

PPSGeraldo Thadeu Geraldo Resende vaga do Bloco PFL, PRONA

Ivan PaixãoPSB

Dr. Ribamar Alves Jorge GomesPDT

Manato Mário HeringerPC do B

Jandira Feghali Jamil MuradPV

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Marcelo OrtizSecretário(a): Gardene Aguiar

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Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145Telefones: 216-6787 / 6781 A 6786FAX: 216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Henrique Eduardo Alves (PMDB)1º Vice-Presidente: Osvaldo Reis (PMDB)2º Vice-Presidente: Enio Tatico (PL)3º Vice-Presidente: Marco Maia (PT)Titulares Suplentes

PTDra. Clair Carlos SantanaMarco Maia Leonardo MonteiroPaulo Pimenta Maurício RandsTarcísio Zimmermann Neyde AparecidaVicentinho Professor Luizinho

PMDBHenrique Eduardo Alves Ann PontesLeonardo Picciani Benjamin MaranhãoLúcia Braga Luiz BittencourtMoraes Souza Marcelo BarbieriOsvaldo Reis 1 vaga

Bloco PFL, PRONA(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) Laura Carneiro(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) Marcelo Guimarães Filho1 vaga (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDBCarlos Alberto Leréia Eduardo BarbosaWalter Barelli Narcio Rodrigues1 vaga 1 vaga

PPÉrico Ribeiro Pedro CorrêaPedro Henry 1 vaga

PTBJovair Arantes Arnaldo Faria de SáMilton Cardias Homero Barreto vaga do Bloco PFL, PRONA

Ricarte de FreitasPL

Enio Tatico Sandro MabelRicardo Rique 1 vaga

PPSCláudio Magrão Júlio Delgado

PSBIsaías Silvestre Pastor Francisco Olímpio

PDTJoão Fontes Alceu Collares

PCdoBDaniel Almeida vaga do Bloco PFL, PRONA

Vanessa Grazziotin vaga do Bloco PFL,

PRONA

Secretário(a): Anamélia Ribeiro Correia de AraújoLocal: Anexo II, Sala T 50Telefones: 216-6805 / 6806 / 6807FAX: 216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTOPresidente: Antonio Cambraia (PSDB)1º Vice-Presidente: André Figueiredo (PDT)2º Vice-Presidente: Marcelo Teixeira (PMDB)3º Vice-Presidente: Márcio Reinaldo Moreira (PP)Titulares Suplentes

PTGilmar Machado Mariângela DuarteIvo José Orlando DesconsiVadinho Baião Simplício Mário

PMDBAlceste Almeida Edison Andrino vaga do PPS

Deley Luiz BittencourtMarcelo Teixeira Moraes Souza

(Dep. do PTB ocupa a vaga)Bloco PFL, PRONA

Claudio Cajado Fábio Souto(Dep. do PTB ocupa a vaga) José Rocha

Marcelo Guimarães Filho vaga do

PDT

PSDBAlberto Goldman Jutahy JuniorAntonio Cambraia Silvio TorresBismarck Maia vaga do PPS

PPMárcio Reinaldo Moreira Ildeu Araujo(Dep. do PTB ocupa a vaga) Pedro Henry

PTBAlex Canziani vaga do PP José MilitãoCleuber Carneiro vaga do PL Jovair ArantesJosé Chaves Marcus Vicente vaga do PL

Josué Bengtson Philemon Rodrigues vaga do PMDB

Ricarte de Freitas vaga do Bloco PFL, PRONA

PLEdinho Montemor Hamilton Casara(Dep. do PTB ocupa a vaga) (Dep. do PTB ocupa a vaga)

PPS(Dep. do PSDB ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSB(Dep. do PCdoB ocupa a vaga) Dr. Ribamar Alves

PDT

André Figueiredo(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)PCdoB

Alice Portugal vaga do PSB

Secretário(a): Elizabeth Paes dos SantosLocal: Anexo II, Ala A , Sala 5,TérreoTelefones: 216-6831 / 6832 / 6833

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESPresidente: Mário Assad Júnior (PL)1º Vice-Presidente: Humberto Michiles (PL)2º Vice-Presidente: Homero Barreto (PTB)3º Vice-Presidente: Nelson Bornier (PMDB)Titulares Suplentes

PTCarlos Santana Carlito MerssDevanir Ribeiro Marco MaiaHélio Esteves Paulo PimentaTelma de Souza Zezéu Ribeiro(Dep. do PL ocupa a vaga) 1 vaga

PMDBEdinho Bez Marcello SiqueiraEliseu Padilha Marcelo TeixeiraGorete Pereira vaga do PDT 3 vagasJair de OliveiraMarcelo Castro vaga do PPS

Mauro LopesNelson Bornier

Bloco PFL, PRONAEliseu Resende Claudio CajadoLael Varella 3 vagas(Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. do PL ocupa a vaga)

PSDBAffonso Camargo Nicias RibeiroDomiciano Cabral Paulo FeijóVittorio Medioli Silvio Torres

PPFrancisco Appio (Dep. do PL ocupa a vaga)Leodegar Tiscoski (Dep. do PL ocupa a vaga)Mário Negromonte 1 vaga

PTBAry Kara Carlos Dunga

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Homero Barreto Pedro FernandesPhilemon Rodrigues Romeu Queiroz

PLChico da Princesa vaga do Bloco PFL, PRONA Aracely de PaulaGiacobo João Leão

Humberto Michiles vaga do PT João Paulo Gomes da Silvavaga do PP

Mário Assad Júnior Oliveira Filho vaga do PP

Milton Monti vaga do Bloco PFL, PRONA Reinaldo BetãoWellington Roberto

PPS(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Átila Lins

PSBBeto Albuquerque Gonzaga Patriota

PDT(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Jurandir Boia

PC do B1 vaga Jandira FeghaliSecretário(a): Ruy Omar Prudencio da SilvaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175Telefones: 216-6853 A 6856FAX: 216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A "ACOMPANHAR ASNEGOCIAÇÕES DA ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS

AMÉRICAS".Presidente:1º Vice-Presidente: Edson Ezequiel (PMDB)2º Vice-Presidente: Alberto Goldman (PSDB)3º Vice-Presidente: Francisco Garcia (PP)Relator: Maninha (PT)Titulares Suplentes

PTJosé Pimentel Dra. ClairManinha Henrique FontanaPaulo Delgado Ivan ValenteRubens Otoni Luci ChoinackiTarcísio Zimmermann Paulo Pimenta1 vaga 1 vaga

PFLFábio Souto Robério NunesMarcos Abramo (Dep. do PTB ocupa a vaga)Ney Lopes 3 vagasPauderney AvelinoRonaldo Caiado

PMDBCezar Schirmer Bernardo AristonEdson Ezequiel Moacir MichelettoMax Rosenmann 2 vagasSilas Brasileiro

PSDBAlberto Goldman Aloysio Nunes Ferreira (Licenciado)Antonio Carlos MendesThame

Luiz Carlos Hauly

Antonio Carlos Pannunzio Nilson PintoYeda Crusius 1 vaga

PPFeu Rosa Francisco DornellesFrancisco Garcia Leodegar TiscoskiFrancisco Turra Vadão Gomes

PTBJackson Barreto Arnaldo Faria de SáRoberto Jefferson Arnon Bezerra

Paes Landim vaga do PFL

PLJoão Paulo Gomes da Silva Humberto Michiles1 vaga Paulo Marinho

PSB

Alexandre Cardoso Janete CapiberibeLuiza Erundina Renato Casagrande

PPSNelson Proença 1 vaga

PDTSeveriano Alves Manato

PC do BJamil Murad Inácio Arruda

PRONA1 vaga Elimar Máximo DamascenoSecretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6203 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROPOR DIRETRIZESE NORMAS LEGAIS RELATIVAS AO TRATAMENTO A SERDADO AOS ARQUIVOS GOVERNAMENTAIS DADOS COMO

CONFIDENCIAIS, RESERVADOS E/OU SECRETOS, BEMCOMO PROMOVER A CONSOLIDAÇÃO DAS NORMAS E

LEGISLAÇÃO EXISTENTES SOBRE O MESMO ASSUNTO.Presidente: Mário Heringer (PDT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT)Titulares Suplentes

PTLuiz Eduardo Greenhalgh

PMDBMauro Benevides

PFLVilmar Rocha

PLLincoln Portela

PTBVicente Cascione

PDTMário HeringerSecretário(a): Heloisa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6201/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO DEPROJETOS E AÇÕES COM VISTAS À TRANSPOSIÇÃO E À

INTEGRAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS PARA AREGIÃO DO SEMI-ÁRIDO.

Presidente: José Carlos Machado (PFL)1º Vice-Presidente: Luiz Carreira (PFL)2º Vice-Presidente: Henrique Eduardo Alves (PMDB)3º Vice-Presidente:Relator: Marcondes Gadelha (PTB)Titulares Suplentes

PTFátima Bezerra Zezéu RibeiroFernando Ferro 5 vagasJosé PimentelJosias GomesLuiz CoutoNazareno Fonteles

PFLFernando de Fabinho (Dep. do PDT ocupa a vaga)José Carlos Machado (Dep. do PTB ocupa a vaga)José Rocha 3 vagasLuiz CarreiraOsvaldo Coelho

PMDBBenjamin Maranhão Aníbal GomesHenrique Eduardo Alves Sandra Rosado

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Jorge Alberto 2 vagasMarcelo Castro

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Bosco CostaÁtila Lira Eduardo BarbosaHelenildo Ribeiro Gonzaga MotaManoel Salviano João Castelo

PPBenedito de Lira Mário NegromonteCleonâncio Fonseca Nélio DiasEnivaldo Ribeiro 1 vaga

PTBJackson Barreto Carlos DungaMarcondes Gadelha Paes Landim vaga do PFL

1 vagaPL

Almeida de Jesus 2 vagasHeleno Silva

PSBGonzaga Patriota Isaías SilvestrePastor Francisco Olímpio Luciano Leitoa vaga do PDT

1 vagaPPS

B. Sá 1 vagaPDT

Severiano Alves João Fontes vaga do PFL

(Dep. do PSB ocupa a vaga)PC do B

Daniel Almeida 1 vagaPV

Edson Duarte Sarney FilhoSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6209/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ MENSAGEM N º 183, DE 2004, DO PODER EXECUTIVO,

QUE "SUBMETE À CONSIDERAÇÃO DO CONGRESSONACIONAL O TEXTO DA CONVENÇÃO DAS NAÇÕES

UNIDAS CONTRA A CORRUPÇÃO".Presidente: Antonio Carlos Pannunzio (PSDB)1º Vice-Presidente: Zulaiê Cobra (PSDB)2º Vice-Presidente: Moroni Torgan (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Paulo Rubem Santiago (PT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia 6 vagasOrlando FantazziniPaulo DelgadoPaulo PimentaPaulo Rubem SantiagoSelma Schons

PMDBAnn Pontes 5 vagasCabo Júlio vaga do PSC

Edison AndrinoEliseu PadilhaMarcelino FragaVieira Reis

Bloco PFL, PRONAJosé Carlos Aleluia 4 vagasMoroni TorganOnyx LorenzoniRoberto Brant

PPFeu Rosa Professor Irapuan TeixeiraIvan Ranzolin 2 vagas1 vaga

PSDBAntonio Carlos Pannunzio Bonifácio de AndradaZulaiê Cobra Carlos Sampaio(Dep. do PPS ocupa a vaga) João Campos

PTBJackson Barreto Pastor FrankembergenMarcondes Gadelha 2 vagasMilton Cardias

Bloco PL, PSLCoronel Alves João Paulo Gomes da SilvaEdmar Moreira Wanderval SantosLincoln Portela (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSJuíza Denise Frossard vaga do PSDB Átila Lins(Dep. do PDT ocupa a vaga)

PSBIsaías Silvestre 1 vaga

PDTJoão Herrmann Neto vaga do PPS Severiano Alves1 vaga

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Costa Ferreira

PVLeonardo Mattos Edson Duarte

S.PART.Almir Moura vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6211/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 002-A, DE2003, QUE "ACRESCENTA ARTIGOS 90 E 91 AO ATO DAS

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS,POSSIBILITANDO QUE OS SERVIDORES PÚBLICOSREQUISITADOS OPTEM PELA ALTERAÇÃO DE SUA

LOTAÇÃO FUNCIONAL DO ÓRGÃO CEDENTE PARA OÓRGÃO CESSIONÁRIO".

Presidente: Reinaldo Betão (PL)1º Vice-Presidente: Júnior Betão (PL)2º Vice-Presidente: Laura Carneiro (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Philemon Rodrigues (PTB)Titulares Suplentes

PTWasny de Roure Iara BernardiZé Geraldo João Alfredo4 vagas 4 vagas

PMDBCabo Júlio vaga do PSC Lupércio Ramos vaga do PPS

Marcelo Castro 5 vagasMauro BenevidesOsvaldo ReisSandra RosadoWilson Santiago

Bloco PFL, PRONAGervásio Silva 4 vagasLaura CarneiroMilton BarbosaVilmar Rocha

PPÉrico Ribeiro Leodegar TiscoskiMário Negromonte Vadão GomesPedro Corrêa 1 vaga

PSDBCarlos Alberto Leréia Itamar SerpaNicias Ribeiro João Campos

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Zenaldo Coutinho 1 vagaPTB

Jovair Arantes 3 vagasNelson MarquezelliPhilemon Rodrigues

Bloco PL, PSLJúnior Betão Almeida de JesusReinaldo Betão Luciano Castro1 vaga Medeiros

PPSGeraldo Thadeu (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSBGonzaga Patriota Luciano Leitoa

PDTPompeo de Mattos Alceu Collares

PC do BSérgio Miranda 1 vaga

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

S.PART.Renato Cozzolino vaga do PSC

Secretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6214/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO, Nº 3-A, DE

1999, QUE "ALTERA OS ARTS. 27, 28, 29, 44 E 82 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL, E INTRODUZ DISPOSIÇÕES

TRANSITÓRIAS, DE FORMA A FAZER COINCIDIR OSMANDATOS ELETIVOS QUE MENCIONA E ATRIBUIR-LHES

NOVO PERÍODO DE DURAÇÃO" E APENSADAS.Presidente: Affonso Camargo (PSDB)1º Vice-Presidente: Vicente Arruda (PSDB)2º Vice-Presidente: Rubens Otoni (PT)3º Vice-Presidente: Eliseu Padilha (PMDB)Relator: Eduardo Sciarra (PFL)Titulares Suplentes

PTChico Alencar Luiz CoutoJosé Eduardo Cardozo Maria do Carmo LaraPaulo Delgado 4 vagasPaulo RochaRubens OtoniRubinelli

PFLAndré de Paula Davi Alcolumbre vaga do PDT

Eduardo Sciarra Fernando de FabinhoJairo Carneiro Rodrigo MaiaMendonça Prado (Licenciado) Ronaldo CaiadoNice Lobão (Dep. do PL ocupa a vaga)Roberto Magalhães vaga do PTB 1 vaga

PMDBCezar Schirmer Marcelo CastroEliseu Padilha 3 vagasHenrique Eduardo AlvesJefferson Campos

PSDBAffonso Camargo Antonio Carlos PannunzioAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Bonifácio de AndradaRafael Guerra Bosco CostaVicente Arruda Zenaldo Coutinho

PPEnivaldo Ribeiro Leodegar TiscoskiPedro Corrêa Mário NegromonteRomel Anizio 1 vaga

PTB

Vicente Cascione Arnaldo Faria de Sá(Dep. do PFL ocupa a vaga) Luiz Antonio Fleury

PLJoão Paulo Gomes da Silva Carlos Nader vaga do PFL

Lincoln Portela Oliveira Filho1 vaga

PSBPastor Francisco Olímpio 2 vagas1 vaga

PPSRaul Jungmann Colbert Martins

PDTManato (Dep. do PFL ocupa a vaga)

PC do BRenildo Calheiros 1 vaga

PVJovino Cândido Marcelo OrtizSecretário(a): Ana Lucia R. MarquesLocal: Anexo II Pavimento Superior s/170-ATelefones: 261-6214/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 54-A, DE

1999, QUE "ACRESCENTA ARTIGO AO ATO DASDISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS"

(DISPONDO QUE O PESSOAL EM EXERCÍCIO QUE NÃOTENHA SIDO ADMITIDO POR CONCURSO PÚBLICO,ESTÁVEL OU NÃO, PASSA A INTEGRAR QUADRO

TEMPORÁRIO EM EXTINÇÃO À MEDIDA QUE VAGAREM OSCARGOS OU EMPREGOS RESPECTIVOS).

Presidente: Laura Carneiro (PFL)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB)Relator: Átila Lira (PSDB)Titulares Suplentes

PTCarlos Abicalil 6 vagasFátima BezerraJorge BoeiraOdair CunhaTarcísio Zimmermann1 vaga

PFLJoão Carlos Bacelar Antonio Carlos Magalhães NetoLaura Carneiro José Roberto ArrudaNey Lopes 3 vagas(Dep. do PP ocupa a vaga)1 vaga

PMDBJefferson Campos Adelor VieiraJorge Alberto 3 vagasLeonardo Picciani1 vaga

PSDBÁtila Lira Ariosto HolandaEduardo Barbosa Zenaldo CoutinhoHelenildo Ribeiro 2 vagas(Dep. do PL ocupa a vaga)

PPAgnaldo Muniz vaga do PPS Nilton BaianoFeu Rosa Zé LimaNélio Dias 1 vagaSandes JúniorVanderlei Assis vaga do PFL

PTBEduardo Seabra Philemon Rodrigues1 vaga 1 vaga

PL

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Hamilton Casara vaga do PSDB MedeirosLuciano Castro Welinton FagundesPaulo Marinho

PSBGonzaga Patriota 2 vagasPastor Francisco Olímpio

PPS(Dep. do PP ocupa a vaga) Geraldo Thadeu

PDTAlceu Collares Pompeo de Mattos

PC do BAlice Portugal 1 vaga

PVJovino Cândido Marcelo OrtizSecretário(a): Carla Rodrigues de M. TavaresLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6207 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 58-A, DE

2003, QUE "DISPÕE SOBRE A CONVALIDAÇÃO DEALIENAÇÕES DE TERRAS PROCEDIDAS PELOS ESTADOS

NA FAIXA DE FRONTEIRA".Presidente: João Grandão (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Eduardo Sciarra (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Luis Carlos Heinze (PP)Titulares Suplentes

PTEduardo Valverde Hélio EstevesJoão Grandão Zico BronzeadoJosé Eduardo Cardozo 4 vagasNilson MourãoVignatti1 vaga

PMDBAlceste Almeida Darcísio PerondiGervásio Oliveira vaga do PDT João Matos (Licenciado)Osmar Serraglio Lupércio Ramos vaga do PPS

Teté Bezerra Moacir MichelettoWaldemir Moka Nelson Trad1 vaga 1 vaga

Bloco PFL, PRONAEduardo Sciarra Ronaldo CaiadoFrancisco Rodrigues 3 vagasMurilo ZauithOnyx Lorenzoni

PPCleonâncio Fonseca vaga do PV Ivan RanzolinLuis Carlos Heinze vaga do PSB José JaneneMário Negromonte 1 vagaPedro HenryRonivon SantiagoZonta vaga do PSC

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Helenildo RibeiroJúlio Redecker Manoel SalvianoThelma de Oliveira Nicias Ribeiro

PTBNelson Marquezelli Iris SimõesRicarte de Freitas Silas Câmara1 vaga 1 vaga

Bloco PL, PSLCarlos Mota Edmar Moreira2 vagas João Paulo Gomes da Silva

1 vagaPPS

1 vaga (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PSB(Dep. do PP ocupa a vaga) Barbosa Neto

PDT(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Dr. Rodolfo Pereira

PC do BJamil Murad 1 vaga

PSC(Dep. do PP ocupa a vaga) Zequinha Marinho

PV(Dep. do PP ocupa a vaga) 1 vagaSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II,Pavimento Superior, Sala 170-BTelefones: 216.6215FAX: 216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR EPROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO Nº 92-A, DE 1995, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃOAO ART. 101 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",

DETERMINANDO QUE OS MEMBROS DO STF SERÃOESCOLHIDOS DENTRE OS MEMBROS DOS TRIBUNAIS

SUPERIORES QUE INTEGREM A CARREIRA DAMAGISTRATURA, MENORES DE SESSENTA E CINCO ANOSDE IDADE, INDICADOS EM LISTA TRÍPLICE PELO PRÓPRIO

TRIBUNAL, COM NOMEAÇÃO PELO PRESIDENTE DAREPÚBLICA E APROVAÇÃO DO SENADO FEDERAL.

Presidente: Antonio Carlos Biscaia (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Divino (PMDB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Iriny LopesEduardo Valverde 5 vagasJoão AlfredoJosé Eduardo CardozoMaurício RandsPaulo Delgado

PFL

Coriolano SalesAntonio Carlos Magalhães

NetoJosé Roberto Arruda (Dep. do PTB ocupa a vaga)Luiz Carlos Santos 3 vagasMarcelo Guimarães Filho(Dep. do PP ocupa a vaga)

PMDBCarlos Willian vaga do PSB Ann PontesJosé Divino Osmar SerraglioMarcelino Fraga 2 vagasNelson Trad1 vaga

PSDBCarlos Sampaio Bonifácio de AndradaNicias Ribeiro Helenildo RibeiroVicente Arruda Zenaldo Coutinho(Dep. do PPS ocupa a vaga) 1 vaga

PPCleonâncio Fonseca Ivan RanzolinDarci Coelho vaga do PFL 2 vagasDilceu SperaficoRicardo FiuzaWagner Lago vaga do PDT

PTBLuiz Antonio Fleury Antonio CruzVicente Cascione Paes Landim vaga do PFL

1 vagaPL

Edmar MoreiraJosé Santana de

Vasconcellos

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Mário Assad Júnior Raimundo SantosPSB

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 2 vagas1 vaga

PPSCezar Silvestri Dimas RamalhoJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDT(Dep. do PP ocupa a vaga) Severiano Alves

PC do BJamil Murad 1 vaga

PVSarney Filho Marcelo OrtizSecretário(a): Walbia Vânia de Farias LoraLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6205 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 101-A, DE

2003, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO § 4º DO ART. 57 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL" (AUTORIZANDO A REELEIÇÃO

DOS MEMBROS DAS MESAS DIRETORAS DA CÂMARA DOSDEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL).

Presidente: Arlindo Chinaglia (PT)1º Vice-Presidente: Vic Pires Franco (PFL)2º Vice-Presidente: Jader Barbalho (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Sérgio (PT)Relator: Paes Landim (PTB)Titulares Suplentes

PTArlindo Chinaglia Devanir RibeiroJosé Pimentel Fernando FerroLuiz Sérgio Neyde AparecidaProfessor Luizinho Nilson MourãoRubens Otoni Paulo RochaZarattini 1 vaga

PMDBFernando Diniz Almerinda de CarvalhoGastão Vieira Aníbal GomesJader Barbalho Pastor Pedro RibeiroJosé Borba Wilson SantiagoNelson Trad Zé GerardoPastor Amarildo vaga do PTB

Bloco PFL, PRONALaura Carneiro Ney LopesMoroni Torgan Rodrigo MaiaRobério Nunes 2 vagasVic Pires Franco

PPBenedito de Lira Feu RosaLeodegar Tiscoski Romel AnizioProfessor Irapuan Teixeira 1 vaga

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Bismarck MaiaJutahy Junior Bosco CostaLuiz Carlos Hauly Carlos Alberto Leréia

PTBJosé Múcio Monteiro Iris SimõesPaes Landim Jovair Arantes(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

Bloco PL, PSLLuciano Castro MedeirosSandro Mabel Paulo MarinhoValdemar Costa Neto 1 vaga

PPS(Dep. do PDT ocupa a vaga) Átila Lins

PSBJorge Gomes 1 vaga

PDT

Álvaro Dias Mário HeringerJoão Herrmann Neto vaga do PPS

PC do BDaniel Almeida Jamil Murad

PVSarney Filho Jovino CândidoSecretário(a): Carla Rodrigues de M. TavaresLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6207/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 115-A, DE

1995, DO SR. GERVÁSIO OLIVEIRA, QUE "MODIFICA OPARÁGRAFO 4º DO ART. 225 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,

INCLUINDO O CERRADO NA RELAÇÃO DOS BIOMASCONSIDERADOS PATRIMÔNIO NACIONAL".

Presidente: Ricarte de Freitas (PTB)1º Vice-Presidente: Celcita Pinheiro (PFL)2º Vice-Presidente: Luiz Bittencourt (PMDB)3º Vice-Presidente:Relator: Neyde Aparecida (PT)Titulares Suplentes

PTAntônio Carlos Biffi Zezéu RibeiroJoão Grandão 5 vagasManinhaNeyde AparecidaRubens OtoniWasny de Roure

PFLCelcita Pinheiro Eliseu ResendeJosé Roberto Arruda Lael VarellaVilmar Rocha Ronaldo Caiado2 vagas 2 vagas

PMDBAníbal Gomes 4 vagasFernando DinizLuiz BittencourtMoacir Micheletto

PSDBCarlos Alberto Leréia Átila LiraProfessora Raquel Teixeira(Licenciado)

João Campos

Ronaldo Dimas (Dep. do PL ocupa a vaga)Thelma de Oliveira 1 vaga

PPPedro Canedo Carlos SouzaRomel Anizio Sérgio CaiadoZé Lima 1 vaga

PTBRicarte de Freitas 2 vagasSandro Matos

PLJaime Martins Hamilton Casara vaga do PSDB

Maurício Rabelo (Licenciado) Júnior Betão vaga do PPS

Raimundo Santos1 vaga

PSBJanete Capiberibe 2 vagas1 vaga

PPSRaul Jungmann (Dep. do PL ocupa a vaga)

PDTDr. Rodolfo Pereira Enio Bacci

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PRONA

1 vagaElimar Máximo

Damasceno

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Secretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6209/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 199-A, DE

2003, QUE "ALTERA A REDAÇÃO DA ALÍNEA "B" EACRESCENTA ALÍNEA "C" AO INCISO XXIII DO ART. 21, E

ALTERA A REDAÇÃO DO INCISO V DO ART. 177 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL, PARA EXCLUIR DO MONOPÓLIO

DA UNIÃO A PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO EUTILIZAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS DE MEIA-VIDA CURTA,

PARA USOS MÉDICOS, AGRÍCOLAS E INDUSTRIAIS".Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Assis Miguel do CoutoJoão Grandão César MedeirosJosé Eduardo Cardozo ZarattiniLuciano Zica 3 vagasMauro PassosWalter Pinheiro

PMDBAlmerinda de Carvalho Cabo Júlio vaga do PSC

Darcísio Perondi 5 vagasDr. Heleno vaga do PP

Jefferson CamposJorge AlbertoNelson Trad

Bloco PFL, PRONAJosé Rocha 4 vagasKátia AbreuLaura CarneiroRonaldo Caiado

PPNelson Meurer Reginaldo GermanoSimão Sessim Vanderlei Assis(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

PSDBAriosto Holanda Carlos Alberto LeréiaNilson Pinto Julio SemeghiniWalter Feldman (Licenciado) Narcio Rodrigues

PTBIris Simões 3 vagasRomeu QueirozSalvador Zimbaldi

Bloco PL, PSLLuciano Castro Almir SáMário Assad Júnior Carlos NaderRemi Trinta 1 vaga

PPSDimas Ramalho 1 vaga

PSBIsaías Silvestre Pastor Francisco Olímpio

PDTMário Heringer 1 vaga

PC do BJamil Murad 1 vaga

PSCCosta Ferreira (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PVEdson Duarte Sarney FilhoSecretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 228-A, DE

2004, QUE "ALTERA O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL EDÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Mussa Demes (PFL)1º Vice-Presidente: Gerson Gabrielli (PFL)2º Vice-Presidente: Pedro Novais (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)Relator: Virgílio Guimarães (PT)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Devanir RibeiroJorge Bittar José PimentelJosé Mentor Nilson MourãoPaulo Bernardo (Licenciado) Paulo DelgadoVirgílio Guimarães Paulo PimentaWalter Pinheiro Paulo Rubem SantiagoZezéu Ribeiro Wasny de Roure

PFLAntonio Carlos Magalhães Neto Abelardo LupionGerson Gabrielli Eduardo SciarraJosé Roberto Arruda Eliseu ResendeMussa Demes José Carlos MachadoPauderney Avelino Luiz CarreiraVic Pires Franco Paulo Bauer

PMDBEduardo Cunha Ann PontesHenrique Eduardo Alves Benjamin MaranhãoLupércio Ramos vaga do PPS José PrianteOsmar Serraglio Wilson SantiagoPedro Chaves (Dep. S.PART. ocupa a vaga)Pedro Novais

PSDBAntonio Cambraia Anivaldo ValeJulio Semeghini Antonio Carlos Mendes ThameLuiz Carlos Hauly Gonzaga MotaWalter Feldman (Licenciado) Ronaldo DimasZenaldo Coutinho Yeda Crusius

PPDelfim Netto Enivaldo RibeiroFrancisco Dornelles Feu RosaRomel Anizio Professor Irapuan Teixeira

PTBArmando Monteiro Jackson BarretoJosé Militão Pedro FernandesPhilemon Rodrigues Vicente Cascione

PLMiguel de Souza Carlos RodriguesRaimundo Santos Humberto MichilesSandro Mabel Jaime Martins

PSBBeto Albuquerque Barbosa NetoRenato Casagrande Gonzaga Patriota

PPS(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PDTManato Dr. Rodolfo Pereira

João Herrmann Neto vaga do PPS

PC do BSérgio Miranda Daniel Almeida

PRONAEnéas Elimar Máximo Damasceno

S.PART.André Luiz vaga do PMDB

Secretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6218 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 272-A, DE

2000, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO À ALÍNEA "C" DO INCISO I

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DO ART. 12 DA CONSTITUIÇÃO E ACRESCENTA ARTIGO AOATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS,

ASSEGURANDO O REGISTRO NOS CONSULADOS DEBRASILEIROS NASCIDOS NO ESTRANGEIRO".

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTLeonardo Monteiro André CostaManinha 5 vagasNilson MourãoOrlando FantazziniPaulo DelgadoZarattiniZé Geraldo vaga do PMDB

PMDBFernando Lopes Carlos Willian vaga do PSC

João Correia 5 vagasVieira ReisWilson Santiago(Dep. do PT ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONAFrancisco Rodrigues 4 vagasJoão Carlos BacelarMurilo ZauithVilmar Rocha

PPFeu Rosa Dilceu SperaficoIvan Ranzolin Francisco Dornelles1 vaga Professor Irapuan Teixeira

PSDBBosco Costa Antonio Carlos PannunzioHelenildo Ribeiro Luiz Carlos HaulyJoão Castelo Manoel Salviano

PTBArnon Bezerra 3 vagasJackson Barreto1 vaga

Bloco PL, PSLAlmeida de Jesus Edmar MoreiraCarlos Mota Jaime MartinsJoão Paulo Gomes da Silva 1 vaga

PPS(Dep. do PDT ocupa a vaga) Átila Lins

PSBAlexandre Cardoso 1 vaga

PDTJoão Herrmann Neto vaga do PPS Mário HeringerSeveriano Alves

PC do BJamil Murad 1 vaga

PSCZequinha Marinho (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 347-A, DE1996, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO 2º DOARTIGO 57 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (INCLUINDO ODISPOSITIVO QUE PROÍBE A INTERRUPÇÃO DA SESSÃO

LEGISLATIVA SEM APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO ANUAL).Presidente: Orlando Desconsi (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Isaías Silvestre (PSB)

Titulares SuplentesPT

Antonio Carlos Biscaia Mauro PassosChico Alencar 5 vagasGilmar MachadoOrlando DesconsiSelma SchonsWalter Pinheiro

PFLCorauci Sobrinho Laura CarneiroDr. Pinotti (Licenciado) Marcelo Guimarães FilhoMilton Barbosa 3 vagasVilmar Rocha1 vaga

PMDBAlmerinda de Carvalho Alceste AlmeidaEdson Ezequiel João CorreiaNelson Bornier Lupércio Ramos vaga do PPS

Pedro Chaves 2 vagasPSDB

Alberto Goldman Átila LiraNicias Ribeiro Helenildo RibeiroRonaldo Dimas Paulo Kobayashi

1 vagaProfessora Raquel Teixeira

(Licenciado)PP

Cleonâncio Fonseca 3 vagasMárcio Reinaldo MoreiraRoberto Balestra(Licenciado)

PTB2 vagas Milton Cardias

Pastor ReinaldoPL

Carlos Rodrigues Heleno SilvaWellington Roberto João Paulo Gomes da Silva

PSBAndré Zacharow vaga do PDT 2 vagasIsaías SilvestrePastor Francisco Olímpio

PPS1 vaga (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PDT(Dep. do PSB ocupa avaga)

Mário Heringer

PC do BJamil Murad Daniel Almeida

PRONAElimar Máximo Damasceno 1 vagaSecretário(a): Leila Machado C. de FreitasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6212 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 349-A, DE

2001, DO SR. LUIZ ANTONIO FLEURY, QUE "ALTERA AREDAÇÃO DOS ARTS. 52, 53, 55 E 66 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL PARA ABOLIR O VOTO SECRETO NAS DECISÕESDA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL".

Presidente: Juíza Denise Frossard (PPS)1º Vice-Presidente: Ney Lopes (PFL)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Eduardo Cardozo (PT)Titulares Suplentes

PTChico Alencar 6 vagasJosé Eduardo CardozoNilson Mourão

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Orlando DesconsiRubens OtoniSigmaringa Seixas

PMDBCezar Schirmer 5 vagasEliseu PadilhaPaulo Afonso2 vagas

Bloco PFL, PRONAJosé Roberto Arruda Eduardo SciarraLuiz Carlos Santos Onyx LorenzoniNey Lopes 2 vagasRonaldo Caiado

PPFrancisco Turra Enivaldo RibeiroRomel Anizio Márcio Reinaldo Moreira1 vaga 1 vaga

PSDBBosco Costa Antonio Carlos PannunzioZenaldo Coutinho Átila Lira(Dep. do PPS ocupa a vaga) Bonifácio de Andrada

PTBLuiz Antonio Fleury Jovair Arantes2 vagas 2 vagas

Bloco PL, PSLAlmir Sá João LeãoCarlos Rodrigues Mário Assad JúniorJoão Paulo Gomes da Silva Oliveira Filho

PPSJuíza Denise Frossard vaga do PSDB Dimas Ramalho1 vaga

PSBAlexandre Cardoso Renato Casagrande

PDT1 vaga Enio Bacci

PC do BRenildo Calheiros Jamil Murad

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Sarney FilhoSecretário(a): Mário Dráusio de O. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6203/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 431-A, DE

2001, QUE "ACRESCENTA PARÁGRAFOS PRIMEIRO ESEGUNDO AO ARTIGO 204 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",

DESTINANDO 5% DOS RECURSOS DO ORÇAMENTO DAUNIÃO FEDERAL, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS PARA

CUSTEIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL.Presidente: Jamil Murad (PCdoB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Mário Heringer (PDT)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin 6 vagasJorge BoeiraMaria do RosárioSelma SchonsTarcísio ZimmermannTelma de Souza

PFLAndré de Paula 5 vagasFábio SoutoJairo Carneiro

Laura CarneiroMendonça Prado (Licenciado)

PMDBCezar Schirmer João CorreiaGilberto Nascimento vaga do PSB Osvaldo ReisMarcelo Castro Sandra RosadoMax Rosenmann 1 vagaPaulo Afonso

PSDBAntonio Cambraia Carlos Alberto LeréiaEduardo Barbosa Rafael GuerraThelma de Oliveira Walter Feldman (Licenciado)Yeda Crusius (Dep. do PPS ocupa a vaga)

PPBenedito de Lira ZontaJosé Linhares 2 vagasSuely Campos

PTBKelly Moraes Arnaldo Faria de SáMarcondes Gadelha 1 vaga

PLAlmeida de Jesus Marcos de JesusOliveira Filho Wanderval Santos

PSBLuiza Erundina André Zacharow vaga do PDT

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 2 vagasPPS

1 vaga Geraldo ResendeJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDTMário Heringer (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PC do BJamil Murad Alice Portugal

PRONAElimar Máximo Damasceno 1 vagaSecretário(a): Angélica Maria L. F. AguiarLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6218 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 438-A, DE

2001, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO ART. 243 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL" (ESTABELECENDO A PENA DE

PERDIMENTO DA GLEBA ONDE FOR CONSTADA AEXPLORAÇÃO DE TRABALHO ESCRAVO; REVERTENDO A

ÁREA AO ASSENTAMENTO DOS COLONOS QUE JÁTRABALHAVAM NA RESPECTIVA GLEBA).

Presidente: Isaías Silvestre (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Bernardo Ariston (PMDB)3º Vice-Presidente: Anivaldo Vale (PSDB)Relator: Tarcísio Zimmermann (PT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Chico AlencarDra. Clair Eduardo ValverdeLeonardo Monteiro João Grandão vaga do PSB

Neyde Aparecida Jorge BoeiraPaulo Rocha Orlando FantazziniTarcísio Zimmermann Zé Geraldo

1 vagaPFL

Francisco Rodrigues Abelardo LupionKátia Abreu Fernando de FabinhoMarcos Abramo José Carlos AraújoRonaldo Caiado Milton Barbosa1 vaga (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PMDBAlmerinda de Carvalho Pastor Amarildo vaga do PL

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Asdrubal Bentes Sandra RosadoBernardo Ariston 3 vagasTeté Bezerra

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Bosco CostaAnivaldo Vale João AlmeidaEduardo Barbosa Júlio RedeckerHelenildo Ribeiro Léo Alcântara

PPWagner Lago Cleonâncio FonsecaZé Lima Enivaldo Ribeiro1 vaga Ivan Ranzolin

PTBHomero Barreto Pastor Reinaldo

Josué Bengtson(Dep. S.PART. ocupa a

vaga)PL

Medeiros Luciano Castro

1 vaga(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PSB

Isaías Silvestre (Dep. do PT ocupa a vaga)Luiza Erundina 1 vaga

PPSColbert Martins Geraldo Resende

PDT1 vaga Dr. Rodolfo Pereira

PC do BDaniel Almeida Jamil Murad

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSCZequinha Marinho vaga do PFL

S.PART.Alberto Fraga vaga do PTB

Secretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II, Pavimento Superior s/ 170-ATelefones: 216.6211FAX: 216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PEC 524-A, DE 2002, QUE "ACRESCENTA ARTIGO AO ATO

DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, AFIM DE INSTITUIR O FUNDO PARA A REVITALIZAÇÃO

HIDROAMBIENTAL E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELDA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO".

Presidente: Fernando de Fabinho (PFL)1º Vice-Presidente: Luiz Carreira (PFL)2º Vice-Presidente: Daniel Almeida (PCdoB)3º Vice-Presidente: Jackson Barreto (PTB)Relator: Fernando Ferro (PT)Titulares Suplentes

PTFernando Ferro Josias GomesJosé Pimentel 5 vagasLuiz BassumaVirgílio GuimarãesWalter PinheiroZezéu Ribeiro

PFLFernando de Fabinho José Carlos AraújoJosé Carlos Machado Júlio CesarJosé Rocha 3 vagasLuiz CarreiraOsvaldo Coelho

PMDBJorge Alberto 4 vagasMauro LopesOlavo CalheirosWilson Santiago

PSDBGonzaga Mota Antonio CambraiaHelenildo Ribeiro Narcio RodriguesJoão Almeida Vicente Arruda1 vaga Walter Feldman (Licenciado)

PPCleonâncio Fonseca 3 vagasMárcio Reinaldo MoreiraMário Negromonte

PTBJackson Barreto Jonival Lucas JuniorMarcondes Gadelha 1 vaga

PLHeleno Silva João LeãoJaime Martins 1 vaga

PSBGivaldo Carimbão 2 vagasGonzaga Patriota

PPSRaul Jungmann Colbert Martins

PDTMário Heringer Severiano Alves

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PRONA1 vaga 1 vagaSecretário(a): Angélica Maria L. Fialho AguiarLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6218/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 534-A, DE

2002, QUE "ALTERA O ART. 144 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL, PARA DISPOR SOBRE AS COMPETÊNCIAS DA

GUARDA MUNICIPAL E CRIAÇÃO DA GUARDA NACIONAL".Presidente: Iara Bernardi (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Durval OrlatoDevanir Ribeiro José MentorEduardo Valverde Odair CunhaIara Bernardi Patrus Ananias (Licenciado)Mariângela Duarte 2 vagasPaulo Rubem Santiago

PFLCésar Bandeira Abelardo LupionCoriolano Sales José Carlos AraújoDr. Pinotti (Licenciado) 3 vagasFélix MendonçaPaulo Magalhães

PMDBBenjamin Maranhão Edison AndrinoCezar Schirmer Osmar SerraglioGilberto Nascimento Silas BrasileiroMauro Lopes 1 vaga

PSDBJoão Campos Bosco CostaZenaldo Coutinho Helenildo RibeiroZulaiê Cobra Vicente Arruda(Dep. do PPS ocupa a vaga) 1 vaga

PPFrancisco Garcia Érico RibeiroNelson Meurer Julio Lopes1 vaga Leodegar Tiscoski

PTB

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Arnaldo Faria de Sá Ricardo Izar(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Romeu Queiroz

PLCoronel Alves Humberto MichilesEdmar Moreira Maurício Rabelo (Licenciado)

PSBGivaldo Carimbão 2 vagasGonzaga Patriota

PPSGeraldo Resende Dimas RamalhoJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDTPompeo de Mattos Mário Heringer

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PVJovino Cândido Leonardo Mattos

S.PART.Alberto Fraga vaga do PTB

Secretário(a): Heloísa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6201 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR EPROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA ÀCONSTITUIÇÃO Nº 544-A, DE 2002, QUE "CRIA OS

TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS DA 6ª, 7ª, 8ª E 9ªREGIÕES".

Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)1º Vice-Presidente: Custódio Mattos (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Sciarra (PFL)Titulares Suplentes

PTDra. Clair Orlando FantazziniEduardo Valverde 5 vagasGilmar MachadoGuilherme MenezesIriny LopesJoão Magno

PFLCoriolano Sales Murilo ZauithEduardo Sciarra (Dep. do PP ocupa a vaga)Fábio Souto 3 vagasFernando de Fabinho1 vaga

PMDBCarlos Willian vaga do PSB 4 vagasMauro LopesRose de Freitas vaga do PSDB

Wilson SantiagoZé Gerardo(Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PSDBCustódio Mattos Affonso CamargoGustavo Fruet vaga do PMDB Narcio RodriguesJoão Almeida Sebastião MadeiraLuiz Carlos Hauly 1 vaga(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PPDilceu Sperafico Darci Coelho vaga do PFL

Herculano Anghinetti (Licenciado) Mário Negromonte1 vaga 2 vagas

PTBIris Simões 2 vagasJosé Militão

PLMário Assad Júnior Carlos Mota

Oliveira Filho Chico da PrincesaPSB

André Zacharow vaga do PDT 2 vagasPastor Francisco Olímpio(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PPSGeraldo Thadeu Cezar Silvestri

PDT(Dep. do PSB ocupa a vaga) Mário Heringer

PC do BJamil Murad 1 vaga

PVLeonardo Mattos Sarney FilhoSecretário(a): Leila Machado Campos de FreitasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6212 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1399, DE 2003, QUE "DISPÕE

SOBRE O ESTATUTO DA MULHER E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS".

Presidente: Sandra Rosado (PMDB)1º Vice-Presidente: Marinha Raupp (PMDB)2º Vice-Presidente: Celcita Pinheiro (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Dr. Francisco Gonçalves (PTB)Titulares Suplentes

PTIara Bernardi Iriny LopesLuci Choinacki ManinhaMaria do Rosário 4 vagasMariângela DuarteSelma SchonsTelma de Souza

PFL

Celcita Pinheiro(Dep. S.PART. ocupa a

vaga)Kátia Abreu 4 vagasLaura CarneiroNice LobãoZelinda Novaes

PMDBAlmerinda de Carvalho Benjamin MaranhãoAnn Pontes Lúcia BragaMarinha Raupp Teté BezerraSandra Rosado 1 vaga

PSDBProfessora Raquel Teixeira(Licenciado)

Eduardo Barbosa

Thelma de Oliveira Ronaldo DimasYeda Crusius Sebastião Madeira(Dep. do PPS ocupa a vaga) Zulaiê Cobra

PPBenedito de Lira Celso RussomannoCleonâncio Fonseca 2 vagasSuely Campos

PTBDr. Francisco Gonçalves Kelly MoraesElaine Costa 1 vaga

PLMaurício Rabelo (Licenciado) Carlos MotaOliveira Filho Marcos de Jesus

PSBJanete Capiberibe 2 vagasLuiza Erundina

PPSJuíza Denise Frossard vaga do PSDB Geraldo ThadeuMaria Helena

PDT

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Alceu Collares Álvaro DiasPC do B

Alice Portugal Jandira FeghaliPV

Fernando Gabeira Leonardo MattosS.PART.

Renato Cozzolino vaga do PFL

Secretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6205/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR EPROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 146, DE 2003,

QUE "REGULAMENTA O ART. 37 INCISO XXI DACONSTITUIÇÃO FEDERAL, INSTITUI PRINCÍPIOS E NORMAS

PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente:1º Vice-Presidente: Enio Tatico (PL)2º Vice-Presidente: Eliseu Padilha (PMDB)3º Vice-Presidente: Abelardo Lupion (PFL)Relator: Sérgio Miranda (PCdoB)Titulares Suplentes

PTJoão Grandão 6 vagasJosé PimentelPaulo Bernardo (Licenciado)Paulo Rubem SantiagoVander Loubet1 vaga

PMDBCarlos Willian vaga do PSC 5 vagasEliseu PadilhaMarcelino FragaMax RosenmannNelson TradZé Gerardo

Bloco PFL, PRONAAbelardo Lupion Eduardo SciarraCorauci Sobrinho Pauderney AvelinoMussa Demes Paulo Bauer1 vaga 1 vaga

PPPedro Corrêa 3 vagasRicardo BarrosZonta

PSDBJoão Almeida Julio SemeghiniLéo Alcântara Luiz Carlos Hauly

Paulo KobayashiWalter Feldman

(Licenciado)PTB

Elaine Costa Dr. Francisco Gonçalves(Dep. do Bloco PL, PSL ocupa avaga)

José Chaves

1 vaga 1 vagaBloco PL, PSL

Enio Tatico vaga do PTB Edmar MoreiraJosé Santana de Vasconcellos João LeãoMiguel de Souza 1 vagaMilton Monti

PPSÁtila Lins Geraldo Thadeu

PSBGonzaga Patriota 1 vaga

PDTMário Heringer 1 vaga

PC do BSérgio Miranda Vanessa Grazziotin

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Zequinha Marinho

PVMarcelo Ortiz Edson DuarteSecretário(a): Carla MedeirosLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6207/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1756, DE 2003, QUE "DISPÕESOBRE A LEI NACIONAL DA ADOÇÃO E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS".Presidente: Maria do Rosário (PT)1º Vice-Presidente: Zelinda Novaes (PFL)2º Vice-Presidente: Severiano Alves (PDT)3º Vice-Presidente: Kelly Moraes (PTB)Relator: Teté Bezerra (PMDB)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Luiz CoutoFernando Ferro Neyde AparecidaMaria do Rosário Terezinha FernandesRubens Otoni 3 vagasSelma SchonsTelma de Souza

PFLCorauci Sobrinho Celcita PinheiroLaura Carneiro Kátia AbreuPaulo Bauer Nice LobãoZelinda Novaes 2 vagas(Dep. do PP ocupa avaga)

PMDBJoão Matos (Licenciado) Ann PontesMarcelo Castro Deley vaga do PV

Paulo Afonso Marinha RauppTeté Bezerra 2 vagas

PSDB

Eduardo BarbosaProfessora Raquel Teixeira

(Licenciado)Helenildo Ribeiro Yeda CrusiusJúlio Redecker 2 vagasThelma de Oliveira

PPDarci Coelho vaga do PFL 3 vagasFrancisco GarciaJosé Linhares1 vaga

PTBKelly Moraes Jonival Lucas Junior1 vaga 1 vaga

PLMarcos de Jesus Almeida de Jesus1 vaga Lincoln Portela

PSBLuiza Erundina 2 vagas1 vaga

PPS1 vaga 1 vaga

PDTSeveriano Alves Enio Bacci

PC do BPerpétua Almeida Jamil Murad

PVMarcelo Ortiz (Dep. do PMDB ocupa a vaga)Secretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6205/6232FAX: 216-6225

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COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 2377, DE 2003, QUE "DISPÕE

SOBRE LINHAS DE CRÉDITO FEDERAIS DIRECIONADAS ÀSATIVIDADES TURÍSTICAS QUE MENCIONA E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS".Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTAndré Costa César MedeirosJoão Grandão 5 vagasJosé PimentelManinhaMariângela DuarteRubens Otoni

PMDBAlceste Almeida 5 vagasCarlos Eduardo CadocaJoão Matos (Licenciado)Pedro Chaves1 vaga

Bloco PFL, PRONAFábio Souto 4 vagasMarcelo GuimarãesFilhoNey Lopes1 vaga

PPDr. Benedito Dias Francisco GarciaJoão Pizzolatti 2 vagas1 vaga

PSDBBismarck Maia Eduardo PaesCarlos Alberto Leréia Luiz Carlos HaulyDomiciano Cabral Professora Raquel Teixeira (Licenciado)

PTBAlex Canziani Arnon Bezerra2 vagas 2 vagas

Bloco PL, PSLChico da Princesa João TotaJoão Mendes de Jesus 2 vagasReinaldo Betão

PPSGeraldo Thadeu Nelson Proença

PSBIsaías Silvestre Barbosa Neto

PDTSeveriano Alves Álvaro Dias

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PV1 vaga 1 vagaSecretário(a): Carla Rodrigues de M. Tavares

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3.337, DE 2004, QUE "DISPÕESOBRE A GESTÃO, A ORGANIZAÇÃO E O CONTROLESOCIAL DAS AGÊNCIAS REGULADORAS, ACRESCE E

ALTERA DISPOSITIVOS DAS LEIS Nº 9.472, DE 16 DE JULHODE 1997, Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997, Nº 9.782, DE 26DE JANEIRO DE 1999, Nº 9.961, DE 28 DE JANEIRO DE 2000,

Nº 9.984, DE 17 DE JULHO DE 2000, Nº 9.986, DE 18 DEJULHO DE 2000, E Nº 10.233, DE 5 DE JUNHO DE 2001, DA

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.228-1, DE 6 DE SETEMBRO DE2001, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Henrique Fontana (PT)1º Vice-Presidente: Eliseu Resende (PFL)2º Vice-Presidente: Ricardo Barros (PP)3º Vice-Presidente:Relator: Leonardo Picciani (PMDB)Titulares Suplentes

PTFernando Ferro Devanir RibeiroHenrique Fontana Eduardo ValverdeLuciano Zica José PimentelMauro Passos Telma de SouzaPaulo Bernardo (Licenciado) Zezéu RibeiroTerezinha Fernandes 1 vaga

PMDBEliseu Padilha Almerinda de CarvalhoLeonardo Picciani Cabo Júlio vaga do PSC

Mauro Lopes Darcísio PerondiMoreira Franco Deley vaga do PV

Osmar Serraglio Eduardo CunhaGilberto Nascimento

José PrianteBloco PFL, PRONA

Eduardo Sciarra Aroldo CedrazEliseu Resende José Carlos AraújoJosé Roberto Arruda Rodrigo MaiaVilmar Rocha 1 vaga

PPDr. Benedito Dias Leodegar TiscoskiFrancisco Appio Vadão GomesRicardo Barros 1 vaga

PSDBAlberto Goldman Julio SemeghiniAntonio Carlos MendesThame

Ronaldo Cezar Coelho(Licenciado)

1 vaga Ronaldo DimasPTB

Iris Simões Jovair ArantesJackson Barreto Luiz Antonio FleuryJonival Lucas Junior Nelson Marquezelli

Bloco PL, PSLJosé Santana deVasconcellos

Medeiros

Luciano Castro Paulo MarinhoMário Assad Júnior 1 vaga

PPSFernando Coruja Roberto Freire

PSBRenato Casagrande 1 vaga

PDT1 vaga Severiano Alves

PC do BSérgio Miranda Inácio Arruda

PSC(Dep. S.PART. ocupa a vaga) (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PVSarney Filho (Dep. do PMDB ocupa a vaga)

S.PART.Renato Cozzolino vaga do PSC

Secretário(a): Leila MachadoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6212FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PL Nº 3638, DE 2000, QUE "INSTITUI O ESTATUTO DO

PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS".

Presidente: Leonardo Mattos (PV)

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1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Celso Russomanno (PP)Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Vadinho BaiãoAntônio Carlos Biffi 5 vagasAssis Miguel do CoutoLuci ChoinackiMaria do RosárioNeyde Aparecida

PMDBAlmerinda de Carvalho Deley vaga do PV

Marinha Raupp 5 vagasOsvaldo BiolchiPastor Amarildo vaga do PSC

Rose de Freitas1 vaga

Bloco PFL, PRONALaura Carneiro 4 vagasMilton BarbosaZelinda Novaes1 vaga

PPCelso Russomanno José LinharesIldeu Araujo Suely CamposJulio Lopes 1 vaga

PSDBEduardo Barbosa Rafael GuerraProfessora Raquel Teixeira(Licenciado)

Walter Feldman (Licenciado)

Thelma de Oliveira (Dep. do PPS ocupa a vaga)PTB

Arnaldo Faria de Sá Luiz Antonio FleuryPastor Reinaldo Marcus VicenteRicardo Izar 1 vaga

Bloco PL, PSLLincoln Portela Coronel AlvesMaurício Rabelo (Licenciado) Marcos de JesusPaulo Gouvêa 1 vaga

PPS1 vaga Juíza Denise Frossard vaga do PSDB

1 vagaPSB

Luciano Leitoa 1 vagaPDT

Severiano Alves Enio BacciPC do B

Daniel Almeida 1 vagaPSC

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Costa FerreiraPV

Leonardo Mattos(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)Secretário(a): Mário Dráusio CoutinhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior s/ 170-ATelefones: 216.6203FAX: 216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3884, DE 2004, QUE "INSTITUI

NORMAS GERAIS DE CONTRATOS PARA A CONSTITUIÇÃODE CONSÓRCIOS PÚBLICOS, BEM COMO DE CONTRATOS

DE PROGRAMA PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSPÚBLICOS POR MEIO DE GESTÃO ASSOCIADA E DÁ

OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:

3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTAngela Guadagnin Orlando DesconsiAntonio Carlos Biscaia Reginaldo LopesCarlos Abicalil 4 vagasMaria do Carmo LaraNeyde AparecidaZezéu Ribeiro

PMDBDeley vaga do PV Carlos Willian vaga do PSC

Eliseu Padilha 5 vagasGervásio Oliveira vaga do PDT

João MagalhãesMax RosenmannPastor Amarildo vaga do PSC

Paulo AfonsoZé Gerardo

Bloco PFL, PRONAFábio Souto 4 vagasFernando de FabinhoJosé Carlos AleluiaJosé Rocha

PP3 vagas 3 vagas

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Alberto GoldmanAntonio Carlos Pannunzio Gonzaga MotaBismarck Maia Yeda Crusius

PTBEduardo Seabra Jackson Barreto(Dep. do Bloco PL, PSL ocupa avaga)

2 vagas

1 vagaBloco PL, PSL

Almeida de Jesus 3 vagasAlmir SáEnio Tatico vaga do PTB

(Dep. S.PART. ocupa a vaga)PPS

Geraldo Thadeu 1 vagaPSB

Alexandre Cardoso Luciano LeitoaPDT

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Mário HeringerPC do B

Perpétua Almeida 1 vagaPSC

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a

vaga)PV

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vagaS.PART.

Almir Moura vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4776, DE 2005, DO PODEREXECUTIVO, QUE "DISPÕE SOBRE A GESTÃO DE

FLORESTAS PÚBLICAS PARA PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL,INSTITUI, NA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO DO MEIO

AMBIENTE, O SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO - SFB,CRIA O FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO

FLORESTAL - FNDF , E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Miguel de Souza (PL)1º Vice-Presidente: César Medeiros (PT)2º Vice-Presidente: Luiz Carreira (PFL)3º Vice-Presidente: José Militão (PTB)Relator: Beto Albuquerque (PSB)Titulares Suplentes

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PTCésar Medeiros Zezéu RibeiroHenrique Afonso 5 vagasJoão AlfredoJoão GrandãoLuciano ZicaZé Geraldo

PMDBAnn Pontes Gervásio OliveiraAsdrubal Bentes Luiz BittencourtLupércio Ramos Moacir MichelettoMarcelino Fraga 2 vagasNatan Donadon

Bloco PFL, PRONADavi Alcolumbre Eduardo SciarraGervásio Silva 3 vagasKátia AbreuLuiz Carreira

PSDBAnivaldo Vale Antonio Carlos Mendes ThameNilson Pinto Ronaldo DimasZenaldo Coutinho Xico Graziano

PPCarlos Souza Francisco AppioPedro Henry Nelson MeurerZé Lima 1 vaga

PTBJosé Militão Dr. Francisco GonçalvesPaes Landim Jovair ArantesPastor Frankembergen Pastor Reinaldo

PLHamilton Casara Almir SáJúnior Betão Jaime MartinsMiguel de Souza Welinton Fagundes

PPSCezar Silvestri Átila Lins

PSBBeto Albuquerque Janete Capiberibe

PDTDr. Rodolfo Pereira Severiano Alves

PC do BPerpétua Almeida Vanessa Grazziotin

PVSarney Filho Fernando GabeiraSecretário(a): Fátima MoreiraLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6204/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A OFERECER PARECERÀS EMENDAS DE PLENÁRIO RECEBIDAS PELO PROJETODE LEI Nº 4874, DE 2001, QUE "INSTITUI O ESTATUTO DO

DESPORTO".Presidente: Deley (PMDB)1º Vice-Presidente: Marcelo Guimarães Filho (PFL)2º Vice-Presidente: Bismarck Maia (PSDB)3º Vice-Presidente:Relator: Gilmar Machado (PT)Titulares Suplentes

PTCésar Medeiros Antônio Carlos BiffiDr. Rosinha 5 vagasGilmar MachadoJoão GrandãoJorge BittarMariângela Duarte

PMDBAníbal Gomes Nelson BornierCarlos Willian vaga do PSC Tadeu Filippelli (Licenciado)Darcísio Perondi 3 vagas

Deley vaga do PV

Gastão VieiraPedro ChavesWilson Santiago

Bloco PFL, PRONAJosé Roberto Arruda Claudio CajadoJosé Rocha Corauci SobrinhoMarcelo Guimarães Filho Davi Alcolumbre vaga do PDT

Ronaldo Caiado Onyx LorenzoniRodrigo Maia

PPIvan Ranzolin Pedro CorrêaJulio Lopes 2 vagasRonivon Santiago

PSDBBismarck Maia Lobbe NetoLéo Alcântara Nilson Pinto

Silvio TorresProfessora Raquel Teixeira

(Licenciado)PTB

José Militão Josué BengtsonJovair Arantes Sandro MatosMarcus Vicente 1 vaga

Bloco PL, PSLCarlos Rodrigues João Mendes de JesusJúnior Betão vaga do PPS João TotaPaulo Marinho Maurício Rabelo (Licenciado)Reinaldo Betão

PPS(Dep. do Bloco PL, PSL ocupaa vaga)

Cláudio Magrão

PSBDr. Ribamar Alves Luciano Leitoa

PDT

Pompeo de Mattos(Dep. do Bloco PFL, PRONA

ocupa a vaga)PC do B

Daniel Almeida 1 vagaPSC

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Costa FerreiraPV

(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Leonardo MattosSecretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II - Pavimento Superior s/ 170-ATelefones: 216.6211

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 5403, DE 2001, QUE "DISPÕE

SOBRE O ACESSO A INFORMAÇÕES DA INTERNET, E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Gastão Vieira (PMDB)1º Vice-Presidente: Reginaldo Germano (PP)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTFernando Ferro 6 vagasJorge BittarLuiz Eduardo GreenhalghWalter Pinheiro2 vagas

PMDBGastão Vieira 5 vagasLuiz BittencourtMarcelo BarbieriWilson CignachiWilson Santiago

Bloco PFL, PRONAJoão Batista 4 vagasJosé Carlos Aleluia

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Laura CarneiroMarcos Abramo

PPAugusto Nardes Ricardo BarrosCelso Russomanno 2 vagasReginaldo Germano

PSDBCarlos Alberto Leréia Ariosto HolandaJulio Semeghini Domiciano CabralNilson Pinto Narcio Rodrigues

PTBAlex Canziani Edna MacedoPastor Frankembergen Ricarte de FreitasPhilemon Rodrigues 1 vaga

Bloco PL, PSLMarcos de Jesus Carlos RodriguesPaulo Gouvêa Lincoln PortelaPaulo Marinho Reinaldo Betão

PPSNelson Proença Raul Jungmann

PSBLuciano Leitoa (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PDTAndré Figueiredo João Fontes

Jurandir Boia vaga do PSB

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PVEdson Duarte 1 vagaSecretário(a): Leila Machado C. de FreitasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6212/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 184, DE 2004, QUE

"INSTITUI, NA FORMA DO ART. 43 DA CONSTITUIÇÃO, ASUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL DO CENTRO-OESTE - SUDECO E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Carlos Abicalil (PT)1º Vice-Presidente: Ronaldo Caiado (PFL)2º Vice-Presidente: Professora Raquel Teixeira (PSDB)3º Vice-Presidente:Relator: Sandro Mabel (PL)Titulares Suplentes

PTAntônio Carlos Biffi ManinhaCarlos Abicalil Sigmaringa SeixasJoão Grandão 4 vagasNeyde AparecidaRubens OtoniWasny de Roure

PMDBLuiz Bittencourt Leandro VilelaNelson Trad 4 vagasPastor Amarildo vaga do PSC

Pedro ChavesTeté BezerraWaldemir Moka

Bloco PFL, PRONACelcita Pinheiro José Roberto ArrudaMurilo Zauith Vilmar RochaRonaldo Caiado 2 vagas1 vaga

PPDarci Coelho Pedro CanedoLeonardo Vilela (Licenciado) Pedro Henry

Sérgio Caiado Sandes JúniorPSDB

Carlos Alberto Leréia Ronaldo DimasJoão Campos Vittorio MedioliProfessora Raquel Teixeira(Licenciado)

1 vaga

PTBJovair Arantes 3 vagasRicarte de Freitas(Dep. do Bloco PL, PSL ocupa avaga)

Bloco PL, PSLEnio Tatico vaga do PTB Luciano Castro

Jorge PinheiroMaurício Rabelo

(Licenciado)Lincoln Portela vaga do PV Miguel de SouzaSandro Mabel1 vaga

PPSGeraldo Resende Júlio Delgado

PSBBarbosa Neto 1 vaga

PDTSeveriano Alves Mário Heringer

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Zequinha Marinho

PV(Dep. do Bloco PL, PSL ocupa avaga)

1 vaga

Secretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6206/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 210, DE 2004, QUE

"INSTITUI REGIME TRIBUTÁRIO, PREVIDENCIÁRIO ETRABALHISTA ESPECIAL À MICROEMPRESA COM RECEITA

BRUTA ANUAL DE ATÉ R$ 36.000,00 (TRINTA E SEIS MILREAIS), E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Carlos Melles (PFL)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Luiz Carlos Hauly (PSDB)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Jorge BoeiraJosé Pimentel 5 vagasNazareno FontelesReginaldo LopesSelma SchonsVignatti

PMDBCarlos Eduardo Cadoca Alexandre Santos vaga do PP

Eliseu Padilha 5 vagasLupércio Ramos vaga do PPS

Max RosenmannWilson SantiagoZé Gerardo

Bloco PFL, PRONACarlos Melles Gervásio SilvaEduardo Sciarra José Roberto ArrudaGerson Gabrielli 2 vagasMarcelo Guimarães Filho

PPAugusto Nardes Benedito de LiraFrancisco Dornelles Feu Rosa

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Pedro Corrêa (Dep. do PMDB ocupa a vaga)PSDB

Eduardo Paes Júlio RedeckerLuiz Carlos Hauly Vittorio MedioliRonaldo Dimas Yeda Crusius

PTBArmando Monteiro Joaquim FranciscoArnaldo Faria de Sá 2 vagasJosé Militão

Bloco PL, PSLAdemir Camilo Carlos NaderGiacobo Enio TaticoMiguel de Souza Heleno Silva

PPS(Dep. do PMDB ocupa a vaga) B. Sá

PSBRenato Casagrande Jorge Gomes

PDTEnio Bacci Álvaro Dias

PC do BVanessa Grazziotin 1 vaga

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PVJovino Cândido 1 vagaSecretário(a): Maria Terezinha DontatiLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6215/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 76, DE 2003, QUE

"INSTITUI, NA FORMA DO ART. 43 DA CONSTITUIÇÃO, ASUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO

NORDESTE - SUDENE, ESTABELECE A SUA COMPOSIÇÃO,NATUREZA JURÍDICA, OBJETIVOS, ÁREA DECOMPETÊNCIA E INSTRUMENTOS DE AÇÃO".

Presidente: Marcelino Fraga (PMDB)1º Vice-Presidente: José Pimentel (PT)2º Vice-Presidente: Fábio Souto (PFL)3º Vice-Presidente:Relator: Zezéu Ribeiro (PT)Titulares Suplentes

PTFátima Bezerra João AlfredoJosé Pimentel Josias GomesLeonardo Monteiro Luiz AlbertoLuiz Couto Maurício RandsPaulo Rubem Santiago Terezinha FernandesZezéu Ribeiro 1 vaga

PFLAndré de Paula José Carlos AraújoCésar Bandeira 4 vagasFábio SoutoLuiz Carreira1 vaga

PMDBJorge Alberto Carlos Eduardo CadocaMarcelino Fraga Mauro LopesMauro Benevides Moraes SouzaSandra Rosado Zé Gerardo

PSDBAntonio Cambraia Átila LiraBosco Costa Gonzaga MotaHelenildo Ribeiro João CasteloJoão Almeida 1 vaga

PPBenedito de Lira Enivaldo RibeiroCleonâncio Fonseca Márcio Reinaldo MoreiraRicardo Fiuza Wagner Lago vaga do PDT

Zé LimaPTB

Armando Monteiro 2 vagas1 vaga

PLJaime Martins Sandro Mabel1 vaga 1 vaga

PSB

Isaías SilvestreEduardo Campos

(Licenciado)Maurício Quintella Lessa(Licenciado)

1 vaga

PPSB. Sá 1 vaga

PDTÁlvaro Dias (Dep. do PP ocupa a vaga)

PC do BRenildo Calheiros Inácio Arruda

PRONAElimar Máximo Damasceno 1 vagaSecretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6211 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 91, DE 2003, QUE

"INSTITUI, NA FORMA DO ART. 43 DA CONSTITUIÇÃO, ASUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA

AMAZÔNIA - SUDAM, ESTABELECE A SUA COMPOSIÇÃO,NATUREZA JURÍDICA, OBJETIVOS, ÁREA DECOMPETÊNCIA E INSTRUMENTOS DE AÇÃO".

Presidente: Átila Lins (PPS)1º Vice-Presidente: Marinha Raupp (PMDB)2º Vice-Presidente: Vic Pires Franco (PFL)3º Vice-Presidente: Hamilton Casara (PL)Relator: Paulo Rocha (PT)Titulares Suplentes

PTAnselmo Eduardo ValverdeCarlos Abicalil Nilson MourãoHélio Esteves Zé GeraldoHenrique Afonso Zico BronzeadoPaulo Rocha 2 vagasTerezinha Fernandes

PFLKátia Abreu Clóvis FecuryPauderney Avelino Davi Alcolumbre vaga do PDT

Vic Pires Franco Francisco Rodrigues(Dep. do PP ocupa a vaga) 3 vagas1 vaga

PMDBAlceste Almeida Ann PontesAsdrubal Bentes Deley vaga do PV

Marinha Raupp Wladimir CostaOsvaldo Reis 2 vagas

PSDBNicias Ribeiro Anivaldo ValeNilson Pinto João Castelo(Dep. do PL ocupa a vaga) Zenaldo Coutinho1 vaga 1 vaga

PPDarci Coelho vaga do PFL Zé LimaFrancisco Garcia 2 vagasRonivon SantiagoSuely Campos

PTBPastor Frankembergen Josué BengtsonSilas Câmara 1 vaga

PL

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Hamilton Casara vaga do PSDB Coronel Alves vaga do PSB

Humberto Michiles Luciano CastroRaimundo Santos Maurício Rabelo (Licenciado)

PSBDr. Ribamar Alves (Dep. do PL ocupa a vaga)Janete Capiberibe 1 vaga

PPSÁtila Lins 1 vaga

PDTDr. Rodolfo Pereira (Dep. do PFL ocupa a vaga)

PC do BPerpétua Almeida Vanessa Grazziotin

PVSarney Filho (Dep. do PMDB ocupa a vaga)Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6215 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA A REFORMA PREVIDENCIÁRIA.Presidente: Roberto Brant (PFL)1º Vice-Presidente: Onyx Lorenzoni (PFL)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Pimentel (PT)Titulares Suplentes

PTArlindo Chinaglia Adão PrettoDr. Rosinha Assis Miguel do CoutoEduardo Valverde Durval OrlatoHenrique Fontana Guilherme MenezesIvan Valente Maninha vaga do PSB

José Pimentel Mariângela Duarte vaga do PSB

Nilson Mourão Roberto Gouveia(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

1 vagaPFL

Félix Mendonça vaga do PTB Jair Bolsonaro vaga do PTB

Gervásio Silva Luiz CarreiraMurilo Zauith Vic Pires FrancoOnyx Lorenzoni Vilmar RochaRoberto Brant (Dep. do PTB ocupa a vaga)Robson Tuma (Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PP ocupa a vaga)

PMDBAdelor Vieira Osvaldo BiolchiAlexandre Santos vaga do PSDB 4 vagasDarcísio PerondiJorge AlbertoMendes Ribeiro Filho(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PSDBAlberto Goldman Anivaldo ValeCustódio Mattos Bismarck MaiaEduardo Barbosa João CamposYeda Crusius (Dep. do PP ocupa a vaga)(Dep. do PMDB ocupa a vaga) 1 vaga

PPDarci Coelho vaga do PFL Feu Rosa vaga do PSDB

José Linhares Ivan Ranzolin2 vagas Reginaldo Germano vaga do PFL

Ronivon Santiago1 vaga

PTBArnaldo Faria de Sá Marcondes Gadelha vaga do PFL

Dr. Francisco Gonçalves Ricardo Izar(Dep. do PFL ocupa a vaga) Vicente Cascione

(Dep. do PFL ocupa a vaga)

PLCarlos Mota Humberto MichilesChico da Princesa Maurício Rabelo (Licenciado)Medeiros Paulo Marinho vaga do PFL

Wellington RobertoPSB

Paulo Baltazar (Dep. do PT ocupa a vaga)1 vaga (Dep. do PT ocupa a vaga)

PPS1 vaga Geraldo Thadeu

PDTAlceu Collares (Dep. do PSL ocupa a vaga)

PC do BJandira Feghali Alice Portugal

PRONAEnéas 1 vaga

PSLJoão Mendes de Jesus vaga do PDT

S.PART.Alberto Fraga vaga do PMDB Luciana Genro vaga do PT

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II, Pavimento Superior, sala 170-ATelefones: 216-6215 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA A REFORMA DO JUDICIÁRIO.Presidente: José Eduardo Cardozo (PT)1º Vice-Presidente: João Alfredo (PT)2º Vice-Presidente: Nelson Trad (PMDB)3º Vice-Presidente: João Campos (PSDB)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia Iriny LopesDra. Clair Mariângela DuarteJoão Alfredo 5 vagasJosé Eduardo CardozoJosé MentorMaurício RandsRubinelli

PFLCoriolano Sales Jair Bolsonaro vaga do PTB

Jairo Carneiro José Mendonça BezerraLuiz Carlos Santos Robério NunesMendonça Prado (Licenciado) Vilmar Rocha(Dep. do PP ocupa a vaga) (Dep. do PL ocupa a vaga)(Dep. do PTB ocupa a vaga) 2 vagas

PMDBBernardo Ariston Osmar SerraglioCarlos Willian vaga do PSB Paulo LimaMarcelino Fraga 3 vagasNelson TradWilson Santiago1 vaga

PSDBAloysio Nunes Ferreira(Licenciado)

Bonifácio de Andrada

João Campos Bosco CostaVicente Arruda Nicias Ribeiro(Dep. do PPS ocupa a vaga) Zenaldo Coutinho1 vaga Zulaiê Cobra

PPDarci Coelho vaga do PFL Celso RussomannoFeu Rosa Nélio Dias

Ibrahim Abi-ackelRoberto Balestra

(Licenciado)Ricardo FiuzaWagner Lago vaga do PDT

PTB

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Luiz Antonio Fleury Arnaldo Faria de SáPaes Landim vaga do PFL (Dep. do PFL ocupa a vaga)Vicente Cascione 1 vaga1 vaga

PLCarlos Mota João Paulo Gomes da SilvaInaldo Leitão Paulo Marinho vaga do PFL

José Santana de Vasconcellos Raimundo SantosWellington Roberto

PSBRenato Casagrande 2 vagas(Dep. do PMDB ocupa a vaga)

PPSDimas Ramalho Fernando CorujaJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

PDT(Dep. do PP ocupa a vaga) Pompeo de Mattos

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PRONA1 vaga 1 vagaSecretário(a): Heloisa Pedrosa DinizLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6201 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA A REFORMA POLÍTICA.Presidente: Alexandre Cardoso (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Ronaldo Caiado (PFL)Titulares Suplentes

PTChico Alencar César MedeirosDevanir Ribeiro ColomboFernando Ferro João AlfredoJosé Eduardo Cardozo Luiz SérgioLuiz Couto Maria do Carmo Lara

Paulo Delgado(Dep. do PDT ocupa a

vaga)Rubens Otoni 1 vaga

PFL

André de PaulaAntonio Carlos Magalhães

NetoLuiz Carlos Santos Eduardo SciarraMarcos Abramo José RochaRoberto Magalhães vaga do PTB Marcelo Guimarães FilhoRonaldo Caiado Paulo BauerVic Pires Franco Zelinda Novaes(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PMDBCezar Schirmer Almerinda de CarvalhoJosé Divino Jorge AlbertoMarcelino Fraga Leandro VilelaOsmar Serraglio Mauro BenevidesOsvaldo Biolchi Vieira Reis

PSDBAffonso Camargo Carlos Alberto LeréiaAloysio Nunes Ferreira (Licenciado) Nicias RibeiroBonifácio de Andrada Thelma de OliveiraJoão Almeida Vicente ArrudaProfessora Raquel Teixeira(Licenciado)

1 vaga

PPAgnaldo Muniz vaga do PPS Francisco DornellesLeodegar Tiscoski Nélio DiasMário Negromonte Ricardo Barros

Nilton BaianoPTB

Jackson Barreto Edna MacedoPaes Landim vaga do PFL José Múcio MonteiroPhilemon Rodrigues Neuton Lima(Dep. do PFL ocupa a vaga)

PLCarlos Rodrigues Almeida de JesusJoão Paulo Gomes da Silva Mário Assad JúniorLincoln Portela Oliveira Filho

PSBAlexandre Cardoso 2 vagasLuiza Erundina

PPS(Dep. do PP ocupa a vaga) Átila Lins

PDTSeveriano Alves João Fontes vaga do PT

Mário HeringerPC do B

Renildo Calheiros Inácio ArrudaPV

Jovino Cândido Marcelo OrtizSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6214 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA A REFORMA TRABALHISTA.Presidente: Vicentinho (PT)1º Vice-Presidente: Maurício Rands (PT)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Chaves (PTB)Titulares Suplentes

PTCarlos Santana Antônio Carlos BiffiDra. Clair Antonio Carlos BiscaiaLuiz Alberto Henrique AfonsoMaurício Rands Josias GomesOrlando Desconsi Neyde AparecidaPaulo Rocha Tarcísio ZimmermannVicentinho (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PFLCoriolano Sales Celcita PinheiroJoão Batista Gerson GabrielliPaulo Bauer Onyx LorenzoniRobson Tuma (Dep. do PTB ocupa a vaga)Vilmar Rocha 2 vagas(Dep. do PL ocupa a vaga)

PMDBLeonardo Picciani Jefferson CamposMarcelo Teixeira Leandro VilelaWladimir Costa Pastor Pedro Ribeiro(Dep. do PTB ocupa a vaga) Takayama(Dep. do PPS ocupa a vaga) 1 vaga

PSDBAntonio Carlos Pannunzio Ariosto HolandaCarlos Alberto Leréia Átila LiraEduardo Paes Carlos SampaioRonaldo Dimas 2 vagasZenaldo Coutinho

PPFrancisco Dornelles Leonardo Vilela (Licenciado)Nelson Meurer Luis Carlos HeinzeRoberto Balestra (Licenciado) Vadão Gomes

PTBIris Simões Homero BarretoJoaquim Francisco Paes Landim vaga do PFL

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José Chaves vaga do PMDB Philemon RodriguesJosé Múcio Monteiro 1 vaga

PLMiguel de Souza Heleno SilvaPaulo Marinho vaga do PFL Milton MontiSandro Mabel Raimundo Santos(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PSBDr. Ribamar Alves Luciano Leitoa vaga do PDT

Isaías Silvestre 2 vagasPPS

Cláudio Magrão Raul JungmannMaria Helena vaga do PMDB

PDTPompeo de Mattos (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PC do BDaniel Almeida Jamil Murad

PRONA1 vaga 1 vaga

S.PART.Almir Moura vaga do PL Babá vaga do PT

Secretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, sala 170-ATelefones: 216-6206 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO ÀS MATÉRIAS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, CUJO

TEMA ABRANJA O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL.Presidente: Mussa Demes (PFL)1º Vice-Presidente: Gerson Gabrielli (PFL)2º Vice-Presidente: Carlos Eduardo Cadoca (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)Relator: Virgílio Guimarães (PT)Titulares Suplentes

PTCarlito Merss Paulo PimentaJorge Bittar Reginaldo LopesJosé Mentor Telma de SouzaPaulo Bernardo (Licenciado) VignattiPaulo Rubem Santiago Wasny de RoureVirgílio Guimarães (Dep. do PV ocupa a vaga)Walter Pinheiro 1 vaga

PFLGerson Gabrielli Aroldo CedrazJosé Carlos Machado Eduardo SciarraJosé Roberto Arruda Eliseu ResendeMussa Demes Gervásio SilvaPauderney Avelino Júlio Cesar(Dep. do PSDB ocupa a vaga) Vic Pires Franco

PMDBCarlos Eduardo Cadoca Ann PontesLuiz Bittencourt Jorge AlbertoLupércio Ramos vaga do PPS Paulo AfonsoMarcelo Teixeira Pedro ChavesMax Rosenmann 1 vaga(Dep. do PTB ocupa a vaga)

PSDBAntonio Cambraia Anivaldo ValeEduardo Paes vaga do PFL Antonio Carlos Mendes ThameJulio Semeghini Gonzaga MotaLuiz Carlos Hauly Yeda CrusiusNarcio Rodrigues (Dep. do PTB ocupa a vaga)Walter Feldman (Licenciado)

PPDelfim Netto Augusto NardesFrancisco Dornelles Márcio Reinaldo MoreiraRomel Anizio 1 vaga

PTBArmando Monteiro vaga do PMDB Arnon Bezerra vaga do PSDB

José Militão Pedro FernandesNelson Marquezelli (Dep. do PL ocupa a vaga)1 vaga (Dep. do PSC ocupa a vaga)

PLEdmar Moreira Enio Tatico vaga do PTB

João Leão Jaime MartinsSandro Mabel João Paulo Gomes da Silva

Reinaldo BetãoPSB

André Zacharow vaga do PDT Pastor Francisco OlímpioBeto Albuquerque 1 vagaRenato Casagrande

PPS(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PDT(Dep. do PSB ocupa a vaga) João Herrmann Neto vaga do PPS

1 vagaPC do B

Sérgio Miranda Vanessa GrazziotinPV

Edson Duarte Fernando Gabeira vaga do PT

Leonardo MattosPSC

Zequinha Marinho vaga do PTB

Secretário(a): Angélica Maria Landim Fialho de AguiarLocal: Anexo II, Pavimento Superior, sala 170-ATelefones: 216-6218 / 6232FAX: 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A OUVIR OS DIVERSOSPOSICIONAMENTOS A RESPEITO DO TEMA E PROPOR

MEDIDAS VISANDO A REFORMA UNIVERSITÁRIA.Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PT6 vagas 6 vagas

PMDBGastão Vieira Osmar SerraglioJoão Matos (Licenciado) 4 vagasMarinha RauppOsvaldo Biolchi1 vaga

Bloco PFL, PRONACésar Bandeira 4 vagasClóvis FecuryCorauci SobrinhoMurilo Zauith

PPFeu Rosa Márcio Reinaldo MoreiraProfessor Irapuan Teixeira Ronivon SantiagoSimão Sessim Suely CamposVanderlei Assis Wagner Lago

PSDBÁtila Lira Bonifácio de AndradaNilson Pinto Lobbe NetoProfessora Raquel Teixeira(Licenciado)

Rafael Guerra

PTBEduardo Seabra Alex CanzianiJonival Lucas Junior Elaine Costa(Dep. S.PART. ocupa a vaga) Paes Landim

Bloco PL, PSLCarlos Mota Pedro IrujoMilton Monti (Dep. S.PART. ocupa a vaga)Paulo Marinho 1 vaga

PPSRogério Teófilo Fernando Coruja

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PSBLuciano Leitoa 1 vaga

PDTSeveriano Alves 1 vaga

PC do BAlice Portugal Jamil Murad

PSCCosta Ferreira 1 vaga

PVSarney Filho Marcelo Ortiz

S.PART.Alberto Fraga vaga do PTB Almir Moura vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR ASSOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS

PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMOSOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NARESOLUÇÃO N º 29, DE 1993.

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos Biscaia

PMDBMendes Ribeiro Filho

PFLMoroni TorganSecretário(a): TarcísioLocal: CEDITelefones: 216-5615 / 5625

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A"INVESTIGAR O TRÁFICO DE ANIMAIS E PLANTAS

SILVESTRES BRASILEIROS, A EXPLORAÇÃO E COMÉRCIOILEGAL DE MADEIRA E A BIOPIRATARIA NO PAÍS".

Presidente: Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB)1º Vice-Presidente: Moacir Micheletto (PMDB)2º Vice-Presidente: Josué Bengtson (PTB)3º Vice-Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB)Relator: Sarney Filho (PV)Titulares Suplentes

PTDr. Rosinha João AlfredoHenrique Afonso 3 vagasLeonardo MonteiroNilson Mourão

PMDBGervásio Oliveira vaga do PDT 3 vagasLeandro VilelaLuiz BittencourtMoacir Micheletto

Bloco PFL, PRONAJoão Carlos Bacelar 3 vagasRobson Tuma1 vaga

PPBenedito de Lira Roberto Balestra (Licenciado)Francisco Garcia 1 vaga

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame Nicias RibeiroNilson Pinto Thelma de Oliveira

PTBJosué Bengtson Pastor Reinaldo

1 vaga 1 vagaBloco PL, PSL

Coronel Alves Hamilton CasaraMiguel de Souza 1 vaga

PPSMaria Helena 1 vaga

PSBJanete Capiberibe 1 vaga

PDT(Dep. do PMDB ocupa a vaga) Dr. Rodolfo Pereira

PC do BPerpétua Almeida Vanessa Grazziotin

PVSarney Filho Edson DuarteSecretário(a): Saulo AugustoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 151-BTelefones: 216-6276/6252FAX: 216-6285

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A"INVESTIGAR A AÇÃO CRIMINOSA DAS MILÍCIAS PRIVADAS

E DOS GRUPOS DE EXTERMÍNIO EM TODA A REGIÃONORDESTE".

Presidente: Bosco Costa (PSDB)1º Vice-Presidente: Vicente Arruda (PSDB)2º Vice-Presidente: Luiz Alberto (PT)3º Vice-Presidente: Geraldo Thadeu (PPS)Relator: Luiz Couto (PT)Titulares Suplentes

PTFernando Ferro Guilherme MenezesJoão Alfredo José PimentelLuiz Alberto Maurício RandsLuiz Couto Nelson Pellegrino

PFLJosé Carlos Araújo Davi Alcolumbre vaga do PDT

José Carlos Machado vaga do PRONA Fernando de FabinhoMarcelo Guimarães Filho Rodrigo Maia1 vaga 1 vaga

PMDBJosias Quintal Pastor Pedro RibeiroMarcelo Castro Sandra RosadoMauro Lopes 1 vaga

PSDBBosco Costa Carlos SampaioHelenildo Ribeiro João CamposVicente Arruda 1 vaga

PPEnivaldo Ribeiro Márcio Reinaldo MoreiraMário Negromonte Nélio Dias

PTBJonival Lucas Junior Arnaldo Faria de SáRomeu Queiroz Osmânio Pereira

PLMarcos de Jesus Almeida de Jesus1 vaga Edmar Moreira

PSBDr. Ribamar Alves 1 vaga

PPSGeraldo Thadeu Colbert Martins

PDT1 vaga (Dep. do PFL ocupa a vaga)

PC do BDaniel Almeida 1 vaga

PRONA(Dep. do PFL ocupa a vaga) Elimar Máximo DamascenoSecretário(a): Francisco de Assis DinizLocal: Anexo II, Sala 151-BTelefones: 216-6213 / 6252FAX: 216-6285

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COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA AINVESTIGAR O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO DAS

EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E O PAPELNELE DESEMPENHADO PELO BANCO NACIONAL DE

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL - BNDES.Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PTEduardo Valverde Adão PrettoFernando Ferro Wasny de RoureJorge Boeira 2 vagasMauro Passos

PMDBJosé Priante Josias QuintalMarcello Siqueira 2 vagasPastor Amarildo vaga do PSC

Wladimir CostaBloco PFL, PRONA

Gervásio Silva Corauci SobrinhoJosé Carlos Araújo José Carlos AleluiaLuiz Carlos Santos Pauderney Avelino

PPJoão Pizzolatti Ricardo BarrosMário Negromonte Vadão Gomes

PSDBJoão Almeida Antonio CambraiaSilvio Torres Rafael Guerra

PTBOsmânio Pereira Arnaldo Faria de SáSalvador Zimbaldi Marcus Vicente

Bloco PL, PSLGiacobo Jaime MartinsInaldo Leitão Luciano Castro

PPSB. Sá Colbert Martins

PSBDr. Ribamar Alves (Dep. do PDT ocupa a vaga)

PDTLuiz Piauhylino Álvaro Dias

Jurandir Boia vaga do PSB

PC do BSérgio Miranda Vanessa Grazziotin

PSC(Dep. do PMDB ocupa a vaga) (Dep. S.PART. ocupa a vaga)

S.PART.Renato Cozzolino vaga do PSC

Secretário(a): -

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA AINVESTIGAR AS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS DO TRÁFICO

DE ARMAS.Presidente: Moroni Torgan (PFL)1º Vice-Presidente: Laura Carneiro (PFL)2º Vice-Presidente: Josias Quintal (PMDB)3º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PL)Relator: Paulo Pimenta (PT)Titulares Suplentes

PTLuiz Couto Antonio Carlos BiscaiaOdair Cunha Iriny LopesPaulo Pimenta José Eduardo CardozoRubinelli Zico Bronzeado

PMDBGervásio Oliveira Cabo JúlioJosias Quintal Gilberto NascimentoMauro Lopes 2 vagas

Nelson TradBloco PFL, PRONA

Laura Carneiro Eduardo SciarraMoroni Torgan Onyx LorenzoniRobson Tuma 1 vaga

PSDBCarlos Sampaio Bosco CostaJoão Campos Capitão Wayne

Zulaiê Cobra vaga do PTB

PPNilton Baiano Francisco AppioReginaldo Germano Mário Negromonte

PTBArnaldo Faria de Sá Luiz Antonio Fleury(Dep. S.PART. ocupa a vaga) (Dep. do PSDB ocupa a vaga)

PLCoronel Alves Carlos MotaNeucimar Fraga Medeiros

PPSJuíza Denise Frossard Colbert Martins

PSBPaulo Baltazar Gonzaga Patriota

PDTPompeo de Mattos Enio Bacci

PC do BPerpétua Almeida 1 vaga

PVEdson Duarte Jovino Cândido

S.PART.Alberto Fraga vaga do PTB

Secretário(a): Manoel AlvimLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 151-BTelefones: 216-6210/6252FAX: 216-6285

REQUER A INSTALAÇÃO DE COMISSÃO EXTERNADESTINADA A ACOMPANHAR E TOMAR MEDIDAS CABÍVEIS

NAS DENÚNCIAS DE DESVIO DE VERBAS FEDERAISRELATIVAS À SAÚDE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Titulares SuplentesPT

Chico AlencarPMDB

José DivinoPFL

Laura CarneiroPSB

Alexandre CardosoPC do B

Jandira FeghaliSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES DO ASSASSINATO DOS AUDITORES

FISCAIS E DO MOTORISTA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO,NA REGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS, NA CIDADE DE

UNAÍ.Coordenador: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT)Relator: Carlos Mota (PL)Titulares Suplentes

PTEduardo ValverdeLuiz Eduardo GreenhalghVirgílio Guimarães

PFLJosé Roberto Arruda

PSDBEduardo Barbosa

PL

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Carlos MotaPTB

Arnaldo Faria de SáPPS

Colbert MartinsPCdoB

Sérgio MirandaSecretário(a): Maria de Fátima MoreiraLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6204/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES SOBRE SUCESSIVOS ATAQUES,

SEGUIDOS DE MORTE, PRATICADOS CONTRAMORADORES DE RUA NA CIDADE DE SÃO PAULO.

Coordenador: Orlando Fantazzini (PT)Titulares Suplentes

PTLuiz Eduardo GreenhalghOrlando Fantazzini

PMDBGilberto NascimentoJefferson Campos

Bloco PFL, PRONADr. Pinotti (Licenciado)

PPCelso Russomanno

PSDBZulaiê Cobra

PTBArnaldo Faria de Sá

Bloco PL, PSLWanderval Santos

PPSGeraldo Thadeu

PSBLuiza ErundinaSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A VERIFICAR, "IN LOCO",AS CAUSAS DO INCÊNDIO E BUSCAR CONHECIMENTO

PARA QUE AS POLÍTICAS PÚBLICAS FEDERAIS POSSAMDESENVOLVER O ESTADO DE RORAIMA.

Titulares SuplentesPT

Josias GomesPaulo RochaProfessor LuizinhoZico Bronzeado

PMDBAlceste Almeida

PFLFrancisco Rodrigues

PTBPastor Frankembergen

PPSuely Campos

PDTDr. Rodolfo Pereira

PC do BVanessa GrazziotinSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A REALIZAR VISITAS ÀSINSTALAÇÕES DE ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO

LOCALIZADAS EM RESENDE - RJ, EM CAITITÉ - BA EMOUTROS MUNICÍPIOS, E ELABORAR RELATÓRIODESCRITIVO, CONTENDO ANÁLISE E AVALIAÇÃO

CIRCUNSTANCIAL DOS PROCESSOS E PRECEDIMENTOSOBSERVADOS NO PROJETO NUCLEAR BRASILEIRO.

Titulares SuplentesPT

ManinhaZarattini

PMDBMoreira Franco

PFLCarlos MellesJair BolsonaroMurilo ZauithRobério Nunes

PSDBAntonio Carlos Pannunzio

PPFeu RosaIvan Ranzolin

PLMarcos de Jesus

PDTJoão Herrmann Neto

PVEdson DuarteFernando GabeiraSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR OSTRABALHOS RELACIONADOS À CHACINA OCORRIDA NA

BAIXADA FLUMINENSE, INCLUSIVE A APURAÇÃO QUE VEMSENDO FEITA PELOS ÓRGÃOS POLICIAIS.

Presidente: Nelson Bornier (PMDB)Titulares Suplentes

PTAndré CostaAntonio Carlos Biscaia

PMDBAlmerinda de Carvalho vaga do PP

Nelson BornierBloco PFL, PRONA

Aldir CabralPSDB

1 vagaPP

(Dep. do PMDB ocupa a vaga)PTB

Roberto JeffersonPL

Reinaldo BetãoSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A VISITAR A BAHIA EAVERIGUAR AS RAZÕES DO CONFLITO ENTRE OS

MÉDICOS BAIANOS E OS PLANOS DE SAÚDE.Titulares Suplentes

PTAngela GuadagninGuilherme MenezesNelson Pellegrino

PMDBGeddel Vieira LimaJorge Alberto

Bloco PFL, PRONAJosé Rocha1 vaga

PPNilton BaianoVanderlei Assis

PSDB

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João AlmeidaPTB

Jonival Lucas JuniorBloco PL, PSL

Amauri GasquesPPS

Colbert MartinsPSB

Jorge GomesPC do B

Alice PortugalSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A AVERIGUAR ASITUAÇÃO DE CONFLITO EXISTENTE ENTRE OS

MORADORES E O IBAMA, NO ENTORNO DO PARQUENACIONAL DO IGUAÇU, NO ESTADO DO PARANÁ.

Titulares SuplentesPT

Assis Miguel do CoutoPMDB

Osmar SerraglioPFL

Eduardo SciarraPSDB

Luiz Carlos HaulyPP

Nelson MeurerPTB

Alex CanzianiPV

Fernando GabeiraSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES SOBRE O ENVENENAMENTO DE ANIMAISOCORRIDO NA FUNDAÇÃO ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO.

Coordenador: Marcelo Ortiz (PV)Titulares Suplentes

PTDevanir RibeiroRoberto Gouveia

PMDBAnn Pontes(Dep. do PV ocupa a vaga)

Bloco PFL, PRONARobson Tuma(Dep. do PV ocupa a vaga)

PPIldeu AraujoProfessor Irapuan Teixeira

PSDBAntonio Carlos Mendes Thame

PTBArnaldo Faria de Sá

Bloco PL, PSLAmauri Gasques

PPSGeraldo Thadeu

PSB1 vaga

PVEdson Duarte vaga do PMDB

Marcelo OrtizSarney Filho vaga do Bloco PFL, PRONA

Secretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6209/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO EXTERNA, COM ÔNUS PARA A CÂMARA DOSDEPUTADOS, DESTINADA A AVERIGUAR, "IN LOCO", A

MORTE DE CRIANÇAS INDÍGENAS POR DESNUTRIÇÃO NOMATO GROSSO E NO MATO GROSSO DO SUL.

Coordenador: Geraldo Resende (PPS)Titulares Suplentes

PTJoão Grandão

PMDBTeté BezerraThaís Barbosa

PSDBThelma de Oliveira

PPSGeraldo Resende

PCdoBPerpétua Almeida

PVFernando GabeiraSecretário(a): Ana Clara FonsecaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6235/6232FAX: 215-6225

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES SOBRE OS CONFRONTOS ENTRE OS

GARIMPEIROS E ÍNDIOS CINTA-LARGA PELA EXPLORAÇÃOILEGAL DO GARIMPO DE DIAMANTES NA RESERVA

ROOSEVELT, SITUADA NO SUL DE RONDÔNIA.Coordenador: Alberto Fraga (S.PART.)Relator: Luis Carlos Heinze (PP)Titulares Suplentes

PTCarlos AbicalilEduardo Valverde

PPAgnaldo MunizLuis Carlos Heinze

PLMiguel de Souza

PTBNilton Capixaba

PCdoBPerpétua Almeida

PVEdson Duarte

S.PART.Alberto FragaSecretário(a): Eveline de Carvalho AlmintaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6211/6232FAX: 216-6225

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A VISITAR AS UNIDADESPRISIONAIS DO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO E DESENVOLVER DIÁLOGO COM ASAUTORIDADES DO ESTADO PERTINENTES À ÁREA, COMVISTAS A BUSCAR SOLUÇÃO PARA A GRAVE CRISE DO

SETOR.Coordenador: Mário Heringer (PDT)Titulares Suplentes

PTAntonio Carlos BiscaiaChico Alencar

PMDBGilberto NascimentoJosias Quintal

Bloco PFL, PRONA

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Laura CarneiroPP

Reginaldo GermanoPSDB

(Dep. do PPS ocupa a vaga)Bloco PL, PSL

Wanderval Santos(Dep. S.PART. ocupa a vaga)

PPSGeraldo ThadeuJuíza Denise Frossard vaga do PSDB

PSBAlexandre Cardoso

PDTMário Heringer

S.PART.Almir Moura vaga do Bloco PL, PSL

Secretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA COM A FINALIDADE DE AVERIGUARAS CAUSAS E A EXTENSÃO DOS DANOS CAUSADOS AOMEIO AMBIENTE PELO VAZAMENTO DE UMA BARRAGEM

DE REJEITOS DA INDÚSTRIA CATAGUASES DE PAPELLTDA., ATINGINDO MUNICÍPIOS DOS ESTADOS DE MINAS

GERAIS E DO RIO DE JANEIRO.Coordenador: César Medeiros (PT)Relator: Renato Cozzolino (S.PART.)Titulares Suplentes

PTCésar MedeirosLeonardo Monteiro

PMDBDeleyLuiz BittencourtNelson Bornier

PPJulio Lopes

PTBSandro Matos

PVEdson DuarteFernando GabeiraJovino CândidoLeonardo MattosMarcelo OrtizSarney Filho

S.PART.Renato CozzolinoSecretário(a): .

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A EFETUAR ESTUDOEM RELAÇÃO AOS PROJETOS EM TRAMITAÇÃOREFERENTES AO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE E À REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL EOFERECER INDICATIVO À CASA SOBRE A MATÉRIA.

Presidente: Osmar Serraglio (PMDB)Relator: Vicente Cascione (PTB)Titulares Suplentes

PTDurval OrlatoJorge BoeiraMaria do RosárioTerezinha Fernandes

PFLLaura CarneiroZelinda Novaes(Dep. do PP ocupa a vaga)

PMDBAnn Pontes

Osmar SerraglioRose de Freitas

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado)Eduardo BarbosaThelma de Oliveira

PPDarci Coelho vaga do PFL

Ivan RanzolinRicardo Fiuza

PTBLuiz Antonio FleuryVicente Cascione

PLCarlos Mota

PSBLuiza Erundina

PPSRogério Teófilo

PDTSeveriano AlvesSecretário(a): Saulo Augusto PereiraLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 216-6276/6232FAX: 216-6225

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A, NO PRAZO DE 20DIAS, EXAMINAR E OFERECER UM INDICATIVO AOPLENÁRIO REFERENTE AO PROJETO DE DECRETO

LEGISLATIVO Nº 383, DE 2003, QUE "SUSTA O DECRETO N°3.860, DE 9 DE JULHO DE 2001, QUE DISPÕE SOBRE A

ORGANIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR, A AVALIAÇÃO DECURSOS E INSTITUIÇÕES, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS",INCLUINDO O RECADASTRAMENTO DAS UNIVERSIDADES.Titulares Suplentes

PTIara Bernardi

PMDBGastão Vieira

PFLPaulo Magalhães

PSDBAloysio Nunes Ferreira (Licenciado)Professora Raquel Teixeira (Licenciado)Secretário(a): -

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