Resenha Descritiva: Candido, Antônio. A literatura e a formação do homem

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 Resenha Descritiva: Candido, Antnio. A literatura e a formao do homem.

    1/2

    Resenha Descritiva: Candido, Antnio. A literatura e a formao do homem.

    Resenhado por Herick M. Schaiblich (G/!G"

    #rientadora: Dr$ %arsilla Co&to (D/!G"

    RESUMO

    Co' base na tese de &e a literat&ra rea)ir'a a condi*+o h&'aniadora do ho'e',

    Antonio C-ndido discorre sobre a i'port-ncia de se pensar na di'ens+o histrica da

    literat&ra, di'ens+o esta 'arinaliada e' s&a 0poca e' )avor so'ente de &' vi0s

    estr&t&ral, &e dei1ava de lado a &est+o elevada pelo a&tor no te1to: a )&n*+o social da

    literat&ra. 2ara corroborar co' s&a id0ia principal, C-ndido ainda destaca dois

    ele'entos contidos na literat&ra &e clara'ente co'prova' a s&a eterna rela*+o

    interca'biante co' o ho'e' 3 ao lado das necessidades 'ais b4sicas, e' toda

    civilia*+o h&'ana se'pre prod&i&5se )ic*+o e )antasia co'o )or'a de e1press+o das&a psicoloia, e e' todas as co'&nidades, essa )antasia servi& a &'a deter'inada

    )or'a*+o (alienante o& n+o" do prprio ho'e'.

    RESENHA

    A palestra de Antonio Candido, 6A literat&ra e a )or'a*+o do ho'e'7, transcrita

    no )or'ato de &' artio, 0 dividida e' tr8s partes. 9elas, o a&tor apresenta a s&a

    proposta co' rela*+o )&n*+o h&'aniado da literat&ra, &e na realidade se re)ere

    capacidade &e a literat&ra te' de rea)ir'ar a prpria h&'anidade do ho'e'; e'

    se&ida apresenta5a co'o e1press+o &niversal do ser h&'ano e co'o )ator decisivo paras&a prpria )or'a*+o pessoal; por es acerca da

    nossa prpria identidade e destino. Se' contar &e a no*+o de estr&t&ra s se )a

    verdadeira'ente pertinente por o)erecer a co'preens+o de co'o o te1to se )or'a a

    partir do dado conte1to.

    Discorrida a parte sobre a necessidade de se relacionar a perspectiva estr&t&ral ehistrica na an4lise das obras liter4rias, Candido )ocalia s&a aten*+o no papel &e a

  • 7/25/2019 Resenha Descritiva: Candido, Antnio. A literatura e a formao do homem.

    2/2

    literat&ra dese'penha na )or'a*+o do ho'e'. S&re, pri'eira'ente, a id0ia de &'a

    )&n*+o psicolica, no sentido de &e a prpria prod&*+o da literat&ra re)lete &'a

    necessidade &niversal &e o ser h&'ano te' de )ic*+o e )antasia. ssa )antasia, no

    entanto, est4 e' constante rela*+o co' a e1peri8ncia sensorial do ser h&'ano co' a

    nat&rea, se&s senti'entos e h4bitos. Bsso o leva a discernir &'a bi)&rca*+o na

    capacidade 'ental do ho'e', &e 0 co'posta de &' lado espec&lativo (cient@)ico" e

    o&tro i'ainativo ()antasioso". tiliando5se de &'a leit&ra de achelard sobre o

    s&ri'ento das re)le1>es h&'anas, o a&tor concl&i, por )i', &e e1iste &' la*o entre a

    i'aina*+o liter4ria e a realidade concreta do '&ndo.

    De o&tro lado, tanto &anto a literat&ra 0 &'a pro=e*+o do pensa'ento h&'ano,

    ela at&a constante'ente de 'aneira consciente e inconsciente na nossa )or'a*+o, de

    )or'a &e a nossa personalidade pode so)rer &'a pro)&nda in)l&encia do &e le'os.

    Mas di)erente de &'a )or'a*+o ed&cativa no sentido pedaico da palavra 3 &e presa

    por &'a instr&*+o 'oral e c@vica per)eita'ente ade&ada s nor'as vientes 3, aliterat&ra, co'o di Candido, 6ae co' o i'pacto indiscri'inado da prpria vida7 (p.

    E"; n+o corro'pe ne' edi)ica propria'ente dito, 'as h&'ania no sentido 'ais

    pro)&ndo do ter'o.

    , por )i', prop>e5se a literat&ra co'o a representa*+o de &'a realidade social e

    h&'ana espec@)ica, e &e possibilita rela*+o de inteliibilidade co' esta realidade 3 por

    isso, a literat&ra en&anto )or'a de conheci'ento do '&ndo e do ser. 2ara co'provar

    essa id0ia, Candido co'e*a a citar al&ns e1e'plos concretos de 'ovi'entos dentro da

    histria liter4ria &e )ae' =&s a &'a literat&ra &e represente &'a dada realidade e &e

    ao 'es'o te'po proporcione conheci'ento sobre ela. # Reionalis'o, para ele, 0 oe1e'plo 'elhor e 'ais palp4vel 3 ao estabelecer &'a tens+o entre te'a e lin&ae',

    tenta5se representar personaens res ?opes 9eto, para de'onstrar o &e ele concebe co'o h&'aniador e alienador.

    # pri'eiro, aderindo &ase &e literal'ente reprod&*+o dos sota&es acent&ados nas

    )alas dos se&s personaens inc&ltos, escreve di4loos rotescos e ainda cria &'a

    d&alidade estil@stica, ao &tiliar, na vo no narrador e' terceira pessoa, os padr>es

    linF@sticos consarados pela elite, o &e s cria &' distancia'ento entre o leitor

    6c&lto7 e a criat&ra e1tica a ser apresentada. # se&ndo a&tor, no entanto, =4 &sando

    estrateica'ente a pri'eira pessoa para narrar e apenas dando escrita &' po&co do

    car4ter pec&liar da lin&ae' reional a ser representada, ao inv0s de distanciar ainda

    'ais o leitor c&lto dos personaens, &ase &e o dissolve nas viv8ncias dos ho'ens

    r