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Resenha Energética Brasileira Ministério de Minas e Energia Exercício de 2013 Edição de junho de 2014

Resenha Energética Brasileira - COGEN€¦ · RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 2013 3 - aNÁlISe NaCIONal 3.1. OfeRTa INTeRNa de eNeRgIa A Oferta Interna de Energia

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Resenha Energética Brasileira

Ministério deMinas e Energia

Exercício de 2013Edição de junho de 2014

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

MinistroEdison Lobão

Secretário ExecutivoMárcio Pereira Zimmermann

Secretário de Planejamento e Desenvolvimento EnergéticoAltino Ventura Filho

Secretário Adjunto de Planejamento e Desenvolvimento EnergéticoMoacir Carlos Bertol

Núcleo de Estudos Estratégicos de EnergiaGIlberto Hollauer

Coordenação TécnicaJoão Antonio Moreira Patusco

Equipe Técnica:Daniele de Oliveira BandeiraGilberto Kwitko RibeiroMônica Caroline Manhães MartinsUbyrajara Nery Graça Gomes

Ministério de Minas e EnergiaEsplanada dos Ministérios - bloco U - 5º andar70.065-900 - Brasília - DFTel.: (55 61) 2032-5967 / 2032-5226Fax: (55 61) 2032-5067 / 2032-5185www.mme.gov.bre-mail: [email protected]

Fontes de Dados:Empresa de Pesquisa Energética - EPEAgência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANPAgência Nacional de Energia Elétrica - ANEELCentrais Elétricas Brasileiras S.A - EletrobrasPetróleo Brasileiro S.A - PetrobrasOperador Nacional do Sistema Interligado - ONSCâmara Comercializadora de Energia - CCEESecretarias Específicas do MME - SPG, SEE, SPE e SMMMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA Companhia Nacional de Abastecimento - CONABEntidades de Classe de Setores Industriais

RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 2013

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 052 MANCHETES DE 2012 ............................................................................................................................ 053 ANÁLISE NACIONAL .............................................................................................................................. 06

3.1 OFERTA INTERNA DE ENERgIA .................................................................................................... 063.2 EMISSÕES E DEPENDÊNCIA EXTERNA DE ENERgIA ..................................................................073.3 OFERTA E INSTALAÇÕES DE ENERgIA ELÉTRICA ........................................................................08

3.3.1 OfErtA INtErNA dE ENErGIA ElétrICA - OIEE ..........................................................083.3.2 EXPANSÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ........................................................................ 10

3.3.2.1 POTÊNCIA ELÉTRICA ......................................................................................... 103.3.2.2 POTÊNCIA DE PLANEjAMENTO DO SISTEMA INTERLIgADO ........................113.3.2.3 EXPANSÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ......................................................12

3.4 OFERTA E INSTALAÇÕES DE PETRÓLEO, gÁS E DERIVADOS ......................................................133.4.1 OFERTA DE PETRÓLEO E DERIVADOS ............................................................................. 133.4.2 OFERTA DE gÁS NATURAL ............................................................................................... 143.4.3 EXPANSÃO DE INSTALAÇÕES NAS ÁREAS DE PETRÓLEO E gÁS ...................................14

3.4.3.1 INSTALAÇÕES DE REFINO ................................................................................. 143.4.3.2 INSTALAÇÕES DE gÁS NATURAL ......................................................................143.4.3.3 EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E gÁS NATURAL ................................................143.4.3.4 RESERVAS DE PETRÓLEO E gÁS NATURAL ......................................................15

3.5 OFERTA E DEMANDA DE BIOENERgIA ........................................................................................ 163.6 CONSUMO FINAL DE ENERgIA .................................................................................................... 173.7 PREÇOS E TARIFAS AO CONSUMIDOR ......................................................................................... 17

4 ANÁLISE INTERNACIONAL .................................................................................................................... 184.1 MATRIZ DE OFERTA INTERNA DE ENERgIA ................................................................................ 184.2 MATRIZ DE OFERTA DE ELETRICIDADE ........................................................................................ 194.3 MATRIZ DE CONSUMO FINAL DE ENERgIA ................................................................................ 204.4 COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL ................................................................................................. 214.5 MATRIZ ENERgÉTICA DE TRANSPORTE ...................................................................................... 23

5 TABELAS COMPLEMENTARES ............................................................................................................... 24

TabelaS

TABELA 1 OfErtA INtErNA dE ENErGIA - OIE (tep e %) ....................................................................06TABELA 2 DEPENDÊNCIA EXTERNA DE ENERgIA ................................................................................ 08TABELA 3 OfErtA INtErNA dE ENErGIA ElétrICA - OIEE (GWh e %) ..............................................08

RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 2013

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TABELA 4 CONfIGurAçõES dA OfErtA dE ElEtrICIdAdE POr fONtE (% e tWh) ........................09TABELA 5 GErAçÃO E CONSuMO dE ENErGIA ElétrICA POr SEtOr AutOPrOdutOr (GWh) ...10 TABELA 6 CAPACIDADE INSTALADA DE gERAÇÃO ELÉTRICA .............................................................11TABELA 7 gERAÇÃO E CAPACIDADE INSTALADA DE APE CATIVO ......................................................12TABELA 8 OFERTA DE CAPACIDADE INSTALADA DE gERAÇÃO ELÉTRICA SEgUNDO DIFERENTES CONfIGurAçõES (%) ........................................................................................................... 12TABELA 9 QUANTITATIVOS DE POÇOS E SONDAS ............................................................................... 15TABELA 10 RESERVAS DE PETRÓLEO E gÁS NATURAL .......................................................................... 16TABELA 11 CONSUMO FINAL DE ENERgIA, POR FONTE .......................................................................17TABELA 12 CONSUMO FINAL DE ENERgIA, POR SETOR .......................................................................17TABELA 13 OfErtA INtErNA dE ENErGIA NO BrASIl E MuNdO (% e tep)........................................19TABELA 14 OfErtA INtErNA dE ENErGIA ElétrICA NO BrASIl E MuNdO (% e tWh) ....................19TABELA 15 MAtrIz dE CONSuMO fINAl dE ENErGIA, POr SEtOr (% e tep) ....................................20TABELA 16 CONSuMO SEtOrIAl dE BIOENErGIA (% E tep) ................................................................21TABELA 17 MAtrIz dE CONSuMO INduStrIAl dE ENErGIA, POr fONtE (% E tep) .........................21TABELA 18 MAtrIz ENErGétICA dE trANSPOrtES (% e tep) ............................................................23TABELA 19 SElEçÃO dE INdICAdOrES ENErGétICOS - BrASIl ..........................................................24TABELA 20 PrOduçÃO fíSICA E ExPOrtAçÃO dE PrOdutOS SElECIONAdOS - BrASIl ................25TABELA 21 BAlANçO ENErGétICO CONSOlIdAdO – BrASIl 2012 (mil tep) ......................................26TABELA 22 BAlANçO ENErGétICO CONSOlIdAdO – BrASIl 2013 (mil tep) ......................................27

FIGURAS

FIGURA 1 OfErtA INtErNA dE ENErGIA NO BrASIl - OIE (%) ..........................................................07FIGURA 2 EMISSÕES DE CO2 POr fONtE E POr SEtOr (%) ................................................................07FIGURA 3 OfErtA INtErNA dE ENErGIA ElétrICA - OIEE (%) ..........................................................09FIGURA 4 OfErtA dE POtêNCIA dE GErAçÃO ElétrICA (%) ............................................................11FIGURA 5 ESTRUTURA DA MALHA DE TRANSMISSÃO POR TENSÃO ................................................13FIGURA 6 défICItS E SuPErávItS COMErCIAIS dE dErIvAdOS dE PEtrólEO - % SOBrE A DEMANDA INTERNA ............................................................................................................. 14FIGURA 7 PrEçOS E tArIfAS AO CONSuMIdOr (r$/bep) .................................................................18FIGURA 8 íNdICES dE INtENSIdAdE ENErGétICA dA INdúStrIA - 2005=100 ................................22FIGURA 9 INtENSIdAdE ENErGétICA INduStrIAl (tep/mil u$ PPP) ...............................................22 FIGURA 9 INtENSIdAdE ENErGétICA INduStrIAl (tep/mil u$ PPP) ...............................................23

RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 2013

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Edição de junho de 2014 �

1 - aPReSeNTaÇÃO

Esta resenha Energética tem por objetivo apresentar os principais indicadores de desempenho do setor energético brasileiro de 2013, nas áreas de petróleo, gás, bioenergia, energia elétrica, carvão mineral e setores in-tensivos em energia, além da análise de alguns agregados das cadeias energéticas e comparações internacionais.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em coordenação com o MME e participação dos agentes do setor energético e de outros ministérios (ANP, ANEEl, dNPM, ONS, CCEE, PEtrOBrAS, ElEtrOBrAS E MAPA), concluiu le-vantamento dos dados das cadeias energéticas brasileiras de 2013, o que permite elaborar as análises mencionadas no parágrafo anterior, em complementação com informações dos boletins mensais das Secretarias fins do MME e de outras instituições.

2 - MaNCHeTeS de 2013

Matriz Energética mantém alto conteúdo de renováveis, acima

de 40,0%

Demanda total de energia cresce bem acima do PIB

Consumo de derivados de petróleo cresce 4,6%

Consumo de energia elétrica cresce 3,6%

Demanda total de gás natural cresce 15,9%

Produção de petróleo recua 2,1%

Produção de gás natural cresce 9,4%

Produção de biodiesel cresce 7,4%Produção de etanol cresce 17,6%

Geração hidráulica

recua 5,9%

Geração eólica cresce 30,3%

Reserva total de petróleo cresce 5,7% e a de gás

recua 8,6%Setor sucroalcoolei-ro supre 16 TWh ao

mercadoProdução de aço recua 1%

Produção de cimento cresce 3,6%

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3 - aNÁlISe NaCIONal

3.1. OfeRTa INTeRNa de eNeRgIaA Oferta Interna de Energia – OIE1, em 2013, atingiu o montante de 296,2 milhões de tep - toneladas equiva-

lentes de petróleo, montante 4,5% superior ao de 2012 (4,1% em 2012) e equivalente a 2,1% da energia mundial.

O expressivo aumento da OIE, bem acima do crescimento do PIB (estimado em 2,5%) teve como principais indutores: expansão de 40% nas perdas térmicas devidas à geração termelétrica pública (forte complementação ao baixo desempenho da geração hidráulica), expansão de 5,9% no consumo do transporte rodoviário e expansão média de 6,0% no consumo residencial e comercial de eletricidade.

As perdas térmicas na geração elétrica pública evoluíram de 10.148 mil tep em 2012, para 14.207 mil tep em 2013, o que já explica 1,4 ponto percentual dos 4,5 da expansão da OIE.

A indústria foi o setor discrepante no consumo de energia, com recuo de 0,5% sobre 2012 (exclusive consu-mo do setor energético), embora alguns segmentos indústrias tenham crescido acima de 5%, como celulose, cerâ-mica e “outras indústrias”. O resultado negativo se deve às indústrias intensivas em energia, como aço, ferro-ligas e não ferrosos, que tiveram recuo acima de 3,0% no consumo de energia.

A tabela 1 mostra a composição da Oferta Interna de Energia de 2013 e 2012, na qual se observa um pe-queno decréscimo na participação das fontes renováveis, como resultado, principalmente, da retração da geração hidráulica e do baixo desempenho do consumo de lenha nas residências e na produção de gusa. Os produtos da cana, com desempenho positivo de 9,3%, e “outras renováveis” (eólica, biodiesel, etc), com desempenho de 8,0%, não foram suficientes para manter a participação das renováveis na OIE.

Nas fontes não renováveis, a taxa global de crescimento foi de 6,8%. O gás natural sobressai com 15,9% de expansão, em razão do acentuado aumento do uso na geração de energia elétrica. Em seguida vem o carvão mine-ral, com expansão de 7,8%, taxa também influenciada pelo uso na geração elétrica.

Neste contexto, as fontes renováveis passaram a uma participação de 41,0% na demanda total de energia de 2013, contra os 42,3% verificados em 2012.

Tabela 1: Oferta Interna de Energia - OIE (tep e %)

ESPECIFICAÇÃOmil tep

13/12 %Estrutura %

2012 2013 2012 2013NÃO-RENOVÁVEL 163.586 174.665 6,8 57,7 59,0 Petróleo e Derivados 111.413 116.500 4,6 39,3 39,3 gás Natural 32.598 37.792 15,9 11,5 12,8 Carvão Mineral e Derivados 15.288 16.478 7,8 5,4 5,6 Urânio (U3O8) e Derivados 4.286 3.896 -9,1 1,5 1,3RENOVÁVEL 119.825 121.550 1,4 42,3 41,0 Hidráulica e Eletricidade 39.181 37.054 -5,4 13,8 12,5 Lenha e Carvão Vegetal 25.683 24.580 -4,3 9,1 8,3 Derivados da Cana-de-Açúcar 43.557 47.603 9,3 15,4 16,1 Outras Renováveis 11.405 12.313 8,0 4,0 4,2

TOTAL 283.411 296.215 4,5 100,0 100,0

1 A energia que movimenta a indústria, o transporte, o comércio e demais setores econômicos do país recebe a denominação de Consumo Final no BEN. Essa energia, para chegar ao local de consumo, é transportada por gasodutos, linhas de transmissão, rodovias, ferrovias, etc., processos esses que demandam perdas de energia. Por outro lado, a energia extraída da natureza não se encontra nas formas mais adequadas para os usos finais, necessitando, na maioria dos casos, passar por processos de transformação (refinarias que transformam o petróleo em óleo diesel, gasolina, e outros derivados; usinas hidrelétricas que aproveitam a energia mecânica da água para produção de energia elétrica; carvoarias que transformam a lenha em carvão vegetal e outros). Esses processos também demandam perdas de energia. Segundo práticas internacionais sobre cadeias energéticas, a soma do consumo final de energia, das perdas na distribuição e armazenagem e das perdas nos processos de transformação recebe a denominação de Oferta Interna de Energia – OIE, também, denominada de demanda total de energia. A estrutura da OIE por energético é comumente chamada de Matriz Energética.

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A figura 1 ilustra a estrutura da OIE de 2013. Observa-se, no box da direita do gráfico, as vantagens compa-rativas de 41,0% de fontes renováveis na matriz energética brasileira, contra apenas 9,4% nos países da OCdE2 (a maioria ricos) e de 13,4% na média mundial.

Figura 1: Oferta Interna de Energia no Brasil - OIE (%)

296,2 milhões tep (2,1% da energia mundial)

Hidráulica eEletricidade

12,5%

Gás Natural12,8%

Urânio1,3%

Renováveis:Brasil: 41,0%OECD: 9,4%Mundo: 13,4%

Biomassa:Lenha: 8,3%Produtos da cana: 16,1%Outras: 4,2%

Petróleo e Derivados

39,3%

Biomassa28,5%

CarvãoMineral

5,6%

3.2. eMISSõeS e dePeNdêNCIa exTeRNa de eNeRgIaA expressiva participação da energia hidráulica e o uso representativo de biomassa na matriz energética bra-

sileira proporcionam indicadores de emissões de CO2 bem menores do que a média mundial e dos países desenvolvi-dos. No país, a emissão de 2013 pelo uso de energia ficou em 1,56 tonelada de CO2 por tep da OIE, enquanto que nos países da OCdE esse indicador ficou em 2,33 tCO2/tep de OIE (2011), e no mundo ficou em 2,39 tCO2/tep (2011).

A China e os Estados unidos, com 13.287 milhões t de emissões de CO2, responderam por 42,4% das emis-sões mundiais de 2011 (41,8% em 2010), que somaram 31.342 milhões tCO2.

No Brasil as emissões na geração elétrica passaram de 10,3% a 14,0% nas estruturas setoriais de 2012 e 2013, tendo no gás natural a maior expansão.

Figura 2: Emissões de CO2 por Fonte e por Setor (%)

0

20

40

60

80

Óleo Gás Carvão

70,3

15,2 14,5

68,7

16,8 14,5

2012 2013Milhões tCO22012: 430,02013: 460,7

0

10

20

30

40

GeraçãoElétrica

Transporte Indústria

10,3

46,4

33,3

14,0

44,7

31,7

2012 2013

Outros

9,9 9,6

50

Em 2013, o Brasil elevou um pouco o seu patamar de dependência externa de energia em relação a 2012, resultado, principalmente, de maiores importações de derivados de petróleo. Assim, a dependência externa de energia ficou em um pouco mais de 43 milhões tep (30 milhões de tep em 2012), correspondentes a 14,3% da de-manda total de energia do País. Na área de petróleo e derivados, o País foi deficitário em 13,8% da demanda (8,9% em 2012), com importações líquidas de 339 mil bep/dia (211 mil bep/dia em 2012).

2 São os seguintes os 34 países membros da Organisation de Coopération et de développement économiques (Organização para a Cooperação e o desenvolvimento Econômico): Ale-manha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Coréia do Sul, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Eslovaca, República Tcheca, Suíça, Suécia e Turquia.

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 2013�

Tabela 2: Dependência Externa de Energia

Fonte Unidade 2013

TOTALmil tep 43.151

% 14,3

Petróleomil bep/d 339

% 13,8

Carvão Mineralmil t 19.937

% 71,1

EletricidadeGWh 39.867

% 6,5Nota: valores negativos correpondem a exportação líquida

3.3. OfeRTa e INSTalaÇõeS de eNeRgIa elÉTRICa

3.3.1. Oferta Interna de energia elétrica - OIee

Em 2013, a Oferta Interna de Energia Elétrica chegou a 610,4 tWh, montante 2,9% superior ao de 2012 (593,2 tWh). Por fonte, merece destaque os aumentos de 75,7% na oferta por carvão mineral, de 47,6% na oferta por gás natural, de 36,2% por óleo, e de 30,3% por eólica. A geração por biomassa também foi expressiva, com au-mento de 14,7%.

A supremacia da geração hidráulica ficou menos acentuada em 2013, ficando com 70,7% na estrutura da OIEE, incluindo a importação de Itaipu, contra 76,9% em 2012. Considerando apenas a oferta nacional a participa-ção ficou em 64,1% (70,0% em 2012).

Na biomassa, o destaque fica com o bom desempenho da geração por bagaço de cana, com crescimento de 19,1% em 2013. de fato, o setor sucroalcooleiro gerou 29,9 tWh em 2013, sendo 16 tWh destinados ao mercado e 13,9 tWh destinados ao consumo próprio. Assim, a geração por bagaço de cana representa 74,0% da geração total por biomassa - os 26% restantes foram gerados, principalmente, pela indústria de papel e celulose, com a utilização de lixívia, lenha e resíduos de árvores.

A geração nuclear, em razão de paradas para manutenção, não repetiu o excelente desempenho de 2012, mos-trando recuo de 8,7% na oferta de 2013.

Tabela 3: Oferta Interna de Energia Elétrica - OIEE (GWh e %)

ESPECIFICAÇÃOGWh

13/12 %Estrutura (%)

2012 2013 2012 2013Hidráulica 415.342 390.992 -5,9 70,0 64,1Nuclear 16.038 14.640 -8,7 2,7 2,4gás Natural 46.760 69.003 47,6 7,9 11,3Carvão Mineral 8.422 14.801 75,7 1,4 2,4Derivados de Petróleo 16.214 22.090 36,2 2,7 3,6Biomassa 35.296 40.476 14,7 5,9 6,6gás Industrial 9.376 11.444 22,1 1,6 1,9Eólica 5.050 6.578 30,3 0,9 1,1Importação 40.722 40.334 -1,0 6,9 6,6

TOTAL 593.220 610.359 2,9 100,0 100,0

Notas: (a) inclui 48,8 tWh de autoprodutor cativo em 2013 (que não usa a rede básica); (b) Gás industrial inclui gás de alto forno, gás siderúrgico, gás de coqueria, gás de processo, gás de refinaria, enxofre e alcatrão

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Edição de junho de 2014 �

A figura 3 ilustra a matriz de OIEE. Observa-se, no box da direita as vantagens comparativas de 78,4% de fon-tes renováveis na matriz elétrica brasileira (83,7% em 2012), contra apenas 20,5% nos países da OCDE e de 20,8% na média mundial.

Figura 3: Oferta Interna de Energia Elétrica - OIEE

Hidro64,1%

Gás Natural11,3%

Gás Industrial1,9%

Derivados dePetróleo

3,6%

Eólica1,1%

Biomassa6,6%

NOTA: inclui Autoprodutor Cativo (48,8 TWh)

Nuclear2,4%

Carvão Mineral2,4%

Renováveis:Brasil: 78,4%OECD: 20,5%Mundo: 20,8%

Importação6,6%

A tabela 4 apresenta a participação da geração hidráulica segundo diferentes configurações: no Sistema Interligado (SIN), nos Sistemas Isolados, em Autoprodutor Cativo3 (APE) e na oferta do Brasil. Observa-se que a hidráulica aparece com maior participação no SIN, de 77,5% (84,4% em 2012). No total do Brasil, a participação da hidráulica recua para 70,7%, em razão da maior participação térmica dos Sistemas Isolados e do APE Cativo.

Tabela 4: Configurações da Oferta de Eletricidade por Fonte (% e TWh)

Fonte SIN Isolados APE Cativo Brasil

Hidráulica 77,5 20,4 7,8 70,7 Nacional 70,3 14,4 7,8 64,1 Importada 7,2 6,1 - 6,6Térmica 18,7 79,6 92,2 25,9 Fóssil 15,3 79,3 46,6 19,2 Renovável 3,3 0,3 45,6 6,6Nuclear 2,7 - - 2,4Eólica 1,2 - - 1,1 TOTAL (%) 100,0 100,0 100,0 100,0

TOTAL (TWh) 548,3 13,3 48,8 610,4

% participação 89,8 2,2 8,0 100,0

A tabela 5 mostra a geração total de APE em 2013. Até a segunda metade da década de 90, a autoprodução de energia elétrica era quase que totalmente destinada ao consumo próprio e sem o uso de rede pública. desde então, com o avanço da legislação, o autoprodutor tem podido vender excedentes ao mercado, bem como, tem ad-quirido total ou parcialmente usinas hidrelétricas distantes dos estabelecimentos consumidores e que demandam o uso da rede básica do Sistema Interligado.

Assim, entram nos cálculos da geração APE as participações acionárias em hidrelétricas, parciais ou totais, de empresas como Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Brasileira de Alumínio, dentre outras; além do consumo próprio (sem uso de rede pública) e excedentes das usinas do setor sucroalcooleiro e de outros setores.

3 geração consumida no local, sem uso de rede pública.

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 201310

A tabela apresenta as diferentes modalidades de usos e destinos da energia elétrica gerada por autoprodu-tores, incluindo a divisão por setor econômico.

A geração total de APE em 2013 foi estimada em 86,2 tWh (78,0 tWh em 2012), representando 16,7% do consumo final brasileiro de energia elétrica. do total da geração APE, 56,6% foram destinados ao consumo próprio sem uso da rede pública, 19,2% correspondem a propriedade de usinas hidrelétricas distantes dos locais de consumo e 24,3% foram vendidos ao mercado (excedentes). O setor Sucroalcooleiro é o único com superávit, gerando 110,5% acima do consumo próprio (88,0% em 2012), e com participação de 34,7% na geração total de APE (32,1% em 2012).

Tabela 5: Geração e Consumo de Energia Elétrica por Setor Autoprodutor (GWh)

Setor Uso Cativo Uso da Rede (*)

Sub-total Uso Próprio Vendas Total Consumo

Total% Geração / Consumo

Sucroalcooleiro 13.812 13.812 16.056 29.869 14.192 110,5Mineração 710 2.488 3.198 137 3.335 11.842 -71,8Siderurgia 6.000 3.462 9.462 1.438 10.900 19.671 -44,6Não Ferrosos 3.253 9.303 12.557 273 12.829 36.107 -64,5Petróleo 11.359 11.359 230 11.589 14.925 -22,4Papel e Celulose 9.343 9.343 831 10.174 19.594 -48,1Química 1.539 1.539 574 2.113 22.817 -90,7Agropecuário 332 332 1.189 1.520 24.129 -93,7Outros 2.412 1.244 3.656 174 3.830 353.052 -98,9

TOTAL 48.760 16.498 65.258 20.902 86.160 516.330 -83,3

(*) Os valores representam a geração correspondente à participação dos setores na propriedade de usinas hidrelétricas. Parcelas da geração podem ter sido negociadas no mercado

3.3.2. expansão de Instalações elétricas

3.3.2.1. Potência elétrica em 2013

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a entrada em operação de novas usinas e de novas unidades em usinas em expansão, em 2013, somou o montante de 5.889 MW, sendo 1.431 MW de utE a biomassa; 1.269 MW de uHE; 1.085 MW de utE a carvão mineral; 900 MW de utE a gás natural; 626 MW de utE a óleo; 313 MW de eólica; e 264 MW de pequenas hidro (PCH).

A soma de repotenciações, de revisão de potências, de desativações e de registros de usinas já existentes, resultou em valor negativo de 108 MW. Assim, a capacidade instada brasileira de geração passou a 126,8 GW em 2013, mostrando acréscimo de 4,8% sobre 2012, ou 5.781 MW adicionais. Incluindo 5,9 GW de importação contra-tada, a oferta total de potência passa a 132,6 GW.

O número de usinas em operação e a potência por fonte de energia são mostrados na tabela 6.

As principais usinas que entraram em operação, com potência acima a 200 MW, são: utE Porto Pecém II – CE, com 365 MW a carvão mineral; utE Porto Pecém I – CE, com 360 MW a carvão mineral; utE Porto do Itaqui – MA, com 360 MW a carvão mineral; utE Suape II – PE, com 292 MW a óleo; e uHE Simplício – rJ/MG, com 204 MW.

Cabe destacar as expansões de 502 MW da uHE Santo Antônio e de 75 MW da uHE Jirau.

A figura 3 ilustra a matriz de oferta de potência de energia elétrica. verifica-se a supremacia da potência hidráulica, com 69,3% de participação, incluindo a importação. A participação das fontes renováveis fica próxima de 80%, contrastando significativamente com a média mundial, de 20%.

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Tabela 6: Capacidade Instalada de Geração Elétrica - em 31/12/2013

Fonte Nº Usinas Potência instalada (MW)

Estrutura %

Potência média por usina

Hidrelétrica (*) 1.119 86.019 67,9 77 UHE 195 81.093 64 416 PCH 480 4.656 4 10 CgH 444 270 0 1gás 152 13.854 10,9 91 gás Natural 113 12.170 10 108 gás Industrial 39 1.684 1 43Biomassa 479 11.456 9,0 24 Bagaço de Cana 365 9.344 7 26 Biogás 23 80 0 3 Outras 91 2.032 2 22Petróleo 1.179 7.840 6,2 7Nuclear 2 1.990 1,6 995Carvão Mineral 13 3.389 2,7 261Eólica 108 2.202 1,7 20Solar 45 5 0,004 0,11

TOTAL 3.097 126.755 100,0 41

Importação Contratada 5.850

Disponiblidade Total 132.605

Figura 4: Oferta de Potência de Geração Elétrica (%)

Hidro64,9%

Potência Nacional: 126,8 GWOferta de Potência: 132,6 GWOferta de Renováveis : 79,6%

Biomassa8,6%

Eólicae Solar1,7% Nuclear

1,5%

Gás Industrial1,3%

Gás Natural9,2%

Carvão Mineral2,6%

Óleo5,9%

Importação4,4%

3.3.2.2. Potência de Planejamento do Sistema Interligado, em 2013

A potência de planejamento do Sistema Interligado Nacional corresponde à geração transmitida e distribuí-da por redes públicas, exclusive os sistemas isolados e o consumo próprio de autoprodutores sem o uso da rede.

A partir dos dados levantados pela EPE para o consumo de energia elétrica de APE Cativo, e utilizando-se de observações sobre indicadores de fator de capacidade de setores autoprodutores, foi possível estimar a capacidade instalada por algumas “famílias” de energéticos, cujos dados constam na tabela 7. Cabe destacar que foi adicionada a potência de 2.100 MW referente a usinas não registradas na ANEEl - potência de plataformas de petróleo infor-mada pela Petrobras.

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Tabela 7: Geração e Capacidade Instalada de APE Cativo

Fontes GWhMW com Registro ANEEL

MW sem Registro

ANEEL (*)Total MW Fator de

Capacidade

Hidro 3.809 888 888 0,49Termo 44.947 9.467 2.100 11.567 0,45 Fósseis 22.717 3.240 2.100 5.340 0,52 Biomassa 22.234 6.227 6.227 0,41 Bagaço 13.812 4.750 4.750 0,35 Outras 8.422 1.477 1.477 0,65Eólica 3 2 2 0,17Solar 2 2 2 0,15

TOTAL 48.760 10.358 2.100 12.458 0,47

(*) Inclui plataformas de produção e exploração de petróleo. O fator de capacidade de fósseis não inclui potência de backup a diesel

Com a potência instalada total da tabela 6 e os dados da tabela 7 foi possível construir a tabela 8, discriminando o Sistema Interligado, os Sistemas Isolados e o APE Cativo, este último considerando apenas os registros na ANEEl.

A primeira coluna da tabela 8 refere-se à capacidade instalada de planejamento do SIN, ou seja, cuja ex-pansão da geração e das respectivas linhas de transmissão enseja a programação de leilões. No caso, a potência instalada em 2013 estava em 118,9 GW, sendo 5,7 GW de importação contratada.

A potência térmica do SIN inclui 4,6 GW estimados para os excedentes de usinas a bagaço de cana, cujo montante de 2013 foi de 16,0 tWh.

Tabela 8: Oferta de Capacidade Instalada de Geração Elétrica Segundo Diferentes Configurações (%)

Fonte SIN Isolados APE Cativo Total

Hidráulica 76,0 16,2 8,6 69,3 Nacional 71,3 10,1 8,6 64,9 Importada 4,8 6,0 4,4Térmica 20,4 83,8 91,4 27,6Nuclear 1,7 1,5Eólica 1,8 0,017 1,7Solar 0,003 0,015 0,004TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0

TOTAL (GW) 118,9 3,3 10,4 132,6

A maior participação da hidráulica ocorre no SIN (76,0%). No total Brasil, a potência hidráulica recua para 69,3%, em razão da maior presença de potência térmica nos Sistemas Isolados e em APE Cativo.

3.3.2.3. expansão de linhas de Transmissão

A extensão total do sistema de transmissão de energia elétrica alcançou, em dezembro de 2013, a marca de 116,8 mil km, montante que inclui, além da rede Básica, 550 km relativos aos Sistemas Isolados e 3.224 km do Sistema de Conexão de Itaipu, em 600 kV.

Do total, 50,1 mil km são na tensão de 230 kV, com expansão de 4,1% em 2013 e 39,1 mil km na tensão de 500 kv, com expansão de 9,5% em 2013. Considerando todas as tensões, o aumento foi de 9,5% em relação à malha existente em 2012, correspondendo a 9.929 km.

A figura 5 ilustra a composição da malha de transmissão, por tensão. Nota-se que as malhas em 230 kv e em 500 kV respondem por 76,0% do total.

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Figura 5: Estrutura da Malha de Transmissão por Tensão

Total (mil km): 116,8

230 kV42,7%

440 kV5,7%

345 kV8,8%

500 kV33,3%

750 kV2,6%

600 (CC)6,8%

Entre as linhas de transmissão construídas em 2013, destacam-se: LT 600 kV Coletora Porto Velho / Arara-quara - 2C1, com 2 x 2.375 km (RO / MT / SP); LT 230 kV Anastácio / Corumbá – 2C1 e C2, com 590 km (MS); LT 500 kV Rio Verde Norte / Trindade – C1, com 193 km (gO); LT 230 kV Picos / Tauá II, com 183 km (PI / CE); LT 230 kV Ariquemes / ji Paraná – C2, com 164 km (RO); e LT 230 Samuel / Ariquemes, com 153 km (RO).

Cabe ressaltar que a capacidade instalada de transformação do SEB atingiu, ao final de 2013, o montante de 246.700 MVA, com expansão de 16.700 MVA no ano.

3.4. OfeRTa e INSTalaÇõeS de PeTRÓleO, gÁS e deRIVadOS

3.4.1. Oferta de Petróleo e derivados

Em 2013, a demanda total de derivados de petróleo ficou em 2.370 mil bep/dia, montante 4,6% superior ao de 2012. Já a produção de petróleo, com taxa negativa de 1,9% - incluindo lGN e óleo de xisto – atingiu o montante de 2.119 mil bbl/dia. Neste contexto, houve importações líquidas de petróleo e derivados da ordem de 339 mil bep/dia, em 2013.

A carga em refinarias de 2013 (petróleo virgem, lGN, óleo de xisto e outras cargas) ficou em 2.138 mil bep/dia, montante 7,1% superior ao de 2012, de 1.997 mil bep/dia.

A figura 6 ilustra os déficits e superávits dos derivados de petróleo em relação à demanda total de cada fonte. No caso do óleo combustível houve exportação líquida de um volume 133% superior ao consumo interno. Na gasolina houve déficit de 6,0%, situação melhor do que a verificada em 2012, quando o déficit foi de 11,4%. A maior produção de gasolina e o maior consumo de etanol explicam os indicadores.

diesel, GlP e Nafta continuaram a apresentar déficits representativos, acima de 14%. No geral, os derivados de petróleo ficaram deficitários em um pouco mais de 8,8% da demanda de 2013 (10% em 2012).

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Figura 6: Déficits e Superávits Comerciais de Derivados de Petróleo (% sobre a demanda interna)

Dé�cits

Superávits

100

50

0

-50

-100

-150

Diesel Gasolina GLP Nafta TotalDerivados

14,8

-132,6

6,024,1

55,3

8,8

ÓleoCombustível

3.4.2. Oferta de gás NaturalA demanda de gás natural, em 2013, foi fortemente impulsionada pelo uso na geração de energia elétrica

pública, com acréscimo de 47,6%. Deduzidos os volumes de gás reinjetado e não aproveitado, a disponibilidade de gás para os usos setoriais apresentou crescimento de 15,9% em relação a 2012. Para a oferta de gás contribuíram a expansão de 9,4% na produção e o incremento de 28,7% nas importações.

A tabela 19 apresenta os principais indicadores do gás natural de 2013 e 2012.

3.4.3. expansão de Instalações nas Áreas de Petróleo e gás

3.4.3.1. Instalações de Refino e OleodutosA capacidade instalada de refino estava em 2.203,3 mil bbl/dia ao final de 2013, mostrando acréscimo de

97,5 mil bbl/dia sobre 2012 e fator de capacidade de 98,2%. O acréscimo ocorreu na refinaria rlAM (BA). Os oleodutos de transporte de derivados e “outros” somaram 4.834 km (103 dutos), ao final de 2013, sendo

4.794 km para derivados e 40 km para “outros” (etanol, metanol, etano, dentre outros) . Os oleodutos de transfe-rência contavam com 1.151 km, somando 356 dutos. Não houve expansão em 2013.

Para os oleodutos de transferência de petróleo os números são de 1.985 km de extensão, correspondentes a 32 dutos, e sem expansão sobre 2012.

3.4.3.2. Instalações de gás NaturalAo final de 2013, a malha brasileira de gasodutos de transporte contava com 9.422 km, num total de 47

dutos (sem acréscimo sobre 2012). A malha de transferência estava com 2.274 km, num total de 63 dutos, também sem acréscimo sobre 2012. No exterior, para que o gás importado possa chegar à divisa do Brasil, há 450 km na Argentina (24”); 557 km na Bolívia (32”); e 362 km na Bolívia (18”).

As unidades de processamento de gás natural no Brasil somavam 92,44 milhões m³/dia de capacidade ins-talada ao final de 2013 (a mesma de 2012), sendo 23,6% no rio de Janeiro, 20,0% no Espírito Santo, 17,6% em são Paulo, 14,4% na Bahia, e 24,4% nos estados do Amazonas, Ceará, Rio grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Paraná.

O Brasil conta com três terminais de regaseificação de gás natural, um na Baía de Guanabara – rJ, com 20 milhões m³/dia de capacidade e início de operação em abril de 2009; outro no Porto de Pecém – CE, com capacidade de 7 milhões m³/dia e início de operação em janeiro de 2009 e outro em Salvador – BA, com 14 milhões m³/dia de capacidade e início de operação em janeiro de 2014.

4 A capacidade instalada de uPGN foi reduzida em 4.300 mil m³/dia em 2012, em razão da desmobilização dos polos de lagoa Parda (ES) e Carmópolis (SE) e da reavaliação das ins-talações em Caraguatatuba (SP).

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3.4.3.3. exploração de Petróleo e gás NaturalA evolução do número de poços exploratórios perfurados entre 2012 e 2013, mostra recuo de 12% em terra

e recuo de 36% em mar. Nos poços na fase de desenvolvimento observa-se recuo de 15% nas atividades em terra e aumento de 43% em atividades no mar.

O total de poços perfurados passou de 670 em 2012, para 603 em 2013, mostrando queda de 10% no ano.

No ano de 2013 foi declarada a comercialidade de 13 campos – 4 em terra e 9 no mar -, contra 14 declarados em 2012. Ao final de 2013, estavam em produção 362 campos de petróleo, sendo 95 na BA, 89 no rN, 67 no ES, 46 no Rj, 32 em SE, 14 em AL, 6 no CE, 5 em SP, 5 no AM, 2 no PR e 1 no MA. Em terra operavam 269 poços - 74% do total, mas correspondendo a apenas cerca de 9% da produção.

Tabela 9: Quantitativos de Poços e SondasNúmero de Poços Perfurados

Local2012 2013

Exploratório Desenvolvimento Exploratório Desenvolvimento

Terra 107 399 94 340Mar 83 81 53 116

TOTAL 190 480 147 456

Sondas de Perfuração em Atividade (*)

Local 2012 2013Terrestres 65 58Marítimas 55 76

TOTAL 120 134

Declaração de ComercialidadePoços 9 13

(*) Sondas atuando em perfuração de novos poçosNota: Alguns dados de 2012 foram revistos

da produção de petróleo e óleo de xisto (exclusive lGN), de 117,7 milhões m³ em 2013, 91,5% ocorreu no mar. O rJ ficou com 72,7% da produção, vindo em seguida ES, com 15,3%. A participação individual dos demais estados não passou de 2,5%.

Na produção nacional de gás natural, de 77,2 milhões m³/dia – 73,3% em mar-, em 2013, o estado do rio de Janeiro aparece com a maior participação, de 35,5%. O Espírito Santo é o segundo maior produtor, com 15,7% de participação, suplantando o Amazonas, agora em 3º lugar (14,7%). A Bahia, com 11,3%, vem em seguida, ainda com expressiva participação.

3.4.3.4. Reservas de Petróleo e gás Natural

As reservas provadas nacionais, ao final de 2013, estavam avaliadas em 15,6 bilhões de barris de petróleo e 458,1 bilhões de m³ de gás natural - incremento de 1,7% para o petróleo e recuo de 0,2% para o gás em relação a 2012. Em terra, as maiores reservas provadas de petróleo estavam no rio Grande do Norte - (248,2 milhões de barris e 28,2%), Bahia (245,0 milhões de barris e 27,9%), e Sergipe (230,7 milhões de barris e 26,3%).

Na plataforma continental, também ao final de 2013, as maiores reservas provadas de petróleo estavam no rio de Janeiro (11,7 bilhões de barris e 84,5%), Espírito Santo (1,29 bilhão de barris e 9,3%), e São Paulo (0,61 bilhão de barris e 4,4%).

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 20131�

Tabela 10: Reservas de Petróleo e Gás Natural

Produto Local2012 2013 % 2013/12

Provadas Totais Provadas Totais Provadas Totais

Petróleo (bilhões de

barris)

Terra 0,9 1,5 0,9 1,4 (3,8) (2,0)Mar 14,4 27,1 14,7 28,7 2,1 6,1

TOTAL 15,3 28,6 15,6 30,2 1,7 5,7

gás Natural (bilhões de m3)

Terra 72,4 141,0 69,7 116,6 (3,7) (17,3)Mar 386,8 777,6 388,4 722,9 0,4 (7,0)

TOTAL 459,2 918,6 458,1 839,5 (0,2) (8,6)

Quanto ao gás natural, em terra, o Estado do Amazonas apresenta as maiores reservas provadas, de 50,52 bilhões de m³ e 73,4%; seguido pelo Maranhão (superou a Bahia), com 6,3 bilhões de m³ e 9,2%; e Bahia, com 5,87 bilhões de m³ e 8,5%. Já na plataforma continental, as maiores reservas provadas de gás natural estão localizadas no rio de Janeiro, em São Paulo e no Espírito Santo, com, respectivamente, 237,9 bilhões de m³ (65,1%), 56,4 bilhões de m³ (15,4%) e 42,6 bilhões de m³ (11,7%).

3.5. OfeRTa e deMaNda de bIOeNeRgIa

A oferta total de bioenergia em 2013 foi de 84,5 milhões tep (ou 1.662 mil bep/dia), montante correspon-dente a 28,5% da matriz energética brasileira. Os produtos da cana (bagaço e etanol), com 47,6 milhões tep, respon-deram por 57,3% da biomassa (54,8% em 2012) e por 16,1% da matriz. A lenha, com 24,6 milhões tep, respondeu por 29,6% da biomassa (32,4% em 2012) e por 8,3% da matriz. Outras biomassas (lixívia, resíduos de madeira e da agroindústria e biodiesel), com 11,8 milhões tep, responderam por 14,0% da biomassa (12,8% em 2012) e por 4,0% da matriz.

Na composição da oferta de produtos da cana, aparece o etanol com 12,7 milhões tep (26,6%) e o bagaço de cana com 34,9 milhões tep (73,4%). Na matriz energética brasileira, o bagaço representou 11,8% e o etanol 4,3%.

Em 2013, a produção de etanol ficou em 27,6 milhões m³, mostrando aumento de 17,6% sobre a produção de 2012. O consumo rodoviário, de 22,9 milhões m³, cresceu 19,9% (recuo de 7,7% em 2012), e as exportações líquidas cresceram 8,6%, correspondendo a 3,2 milhões m³.

O licenciamento de veículos leves em 2013 mostrou recuo de 1,4% (inclui nacionais e importados) em re-lação a 2012, mostrando o montante de 3,58 milhões de unidades. desse total, os carros flex-fuel representaram 88,5% (87,0% em 2012). Entre 2003 e 2013, foram comercializados um pouco mais de 21 milhões de veículos flex-fuel e sua participação na frota total de veículos leves, inclusive diesel, é estimada em um pouco mais de 55%.

Cabe destacar, em 2013, o licenciamento de 491 veículos leves elétricos e híbridos.

A frota de veículos leves (automóveis e comerciais leves), ao final de 2013, foi estimada em 37 milhões de unidades, segundo a ANfAvEA, com a distribuição aproximada de 55,4% de flex, 37,0% a gasolina C (gasolina A + etanol anidro), 2,9% a etanol hidratado e 4,7% a diesel.

A frota de motocicletas, ao final de 2013, foi estimada pela união da Indústria de Cana-de-Açúcar (uNICA) em 14,9 milhões de unidades, sendo 80,2% a gasolina e 19,8% flex.

A produção de biodiesel foi de 2.917 mil m³ em 2013, mostrando um crescimento de 7,4% sobre 2012 e correspondendo a uma mistura de 5% ao diesel. O biodiesel representa 0,84% da matriz energética brasileira.

A capacidade instalada das 58 unidades produtoras de biodiesel, existentes em dezembro de 2013, totalizou 7.504 mil m³/ano, sendo 45% na região Centro-Oeste, 35% na região Sul, 12% na Sudeste, 6% na Nordeste, e 3% na Norte. São 45 usinas detentoras do Selo Combustível Social, correspondendo a 88,7% da capacidade instalada.

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3.6. CONSUMO fINal de eNeRgIa O consumo final de energia (CfE) de 2013 ficou em 260,3 milhões de tep, montante 2,9% superior ao de

2012. A taxa do CfE foi inferior à da OIE (de 4,5%) em razão de maiores perdas relativas de energia (perdas térmicas) na geração termelétrica, situação também verificada em 2012. A menor geração hidráulica resultou em forte incre-mento na geração térmica pública, o que proporcionou perdas de 14,2 milhões tep em 2013, contra 10,1 milhões tep em 2012 (este incremento já explica 1,4 ponto percentual na taxa da OIE).

A exceção do carvão mineral, com recuo de 1,5%, os demais agregados energéticos da tabela 11 apresentaram crescimen-to no consumo, em especial, a bioenergia, com 4,3%, em razão da forte expansão do consumo de etanol e do uso do bagaço para a sua produção. Em seguida aparece a eletricidade, com 3,6% de crescimento.

Tabela 11: Consumo Final de Energia, Por Fonte

Fontemil tep

13/12 %2012 2013

Derivados de Petróleo 112.793 115.481 2,4gás Natural 18.247 18.592 1,9Carvão Mineral 13.234 13.034 -1,5Eletricidade 42.861 44.404 3,6Biomassa 65.902 68.738 4,3

TOTAL 253.037 260.249 2,9

Na composição setorial do CfE da tabela 12 observa-se que o setor energético se destacou em 2013, mos-trando incremento de 14,3% no consumo de energia, justificado pelo uso de bagaço na produção de etanol. A indústria e os usos não energéticos ficaram com os piores resultados, com taxas negativas de 0,5% e 3,2%, respec-tivamente.

Tabela 12: Consumo Final de Energia, Por Setor

Setor mil tep

13/12 %2012 2013

Indústria 88.697 88.295 -0,5Transporte 79.027 83.153 5,2Setor Energético 22.868 26.139 14,3Outros Setores 45.572 46.325 1,7uso Não-Energético 16.873 16.338 -3,2

TOTAL 253.037 260.249 2,9

3.7. PReÇOS e TaRIfaS aO CONSUMIdOR

A figura 7 apresenta os preços e tarifas ao consumidor, em r$/bep (barril equivalente de petróleo), dos principais energéticos consumidos nos setores industrial, transporte e residencial.

Em média, os preços praticados no setor residencial são um pouco maiores do que os praticados em trans-portes e estes um pouco maiores do que os praticados na indústria.

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 20131�

Figura 7: Preços e Tarifas ao Consumidor - R$/bep

0

1000

200

400

600

800

GNIND

OCIND

CQPET

EEIND

CMIMP

GAS C A HID GNV OD PETIMP

EERES

GLPRES

GNRES

Indústria Transporte

Residencial2012 2013

Na indústria nota-se que o gás natural (GN INd) perde competitividade perante o óleo combustível (OC INd) de 2012 para 2013. O baixo desempenho da produção industrial de 2013 não acusou reação à nova composição dos preços dos energéticos.

O preço reduzido do coque de petróleo importado (CQ PEt) em relação ao gás e ao óleo combustível explica o seu uso preponderante na indústria de cimento – um pouco mais de 70% da energia total do setor.

As menores tarifas de energia elétrica na indústria (EE INd) em relação às praticadas no setor residencial (EE rES) são justificadas pelo menor custo na distribuição – grandes cargas concentradas versus pequenas cargas dispersas horizontalmente.

No transporte, observa-se que o etanol hidratado (A HId) recupera, também em 2013, parte da competitivi-dade perdida para a gasolina C (gAS C) em 2011. A expansão de 16% no consumo de etanol hidratado, e o recuo de 0,3% no consumo de gasolina A, em 2013, mostram aderência à nova composição de preços.

O Gás Natural veicular (GNv) recuou 3,6% no consumo rodoviário, embora ainda mostrando preços atrati-vos em relação à gasolina e ao etanol, comportamento que se repete há alguns anos.

Merece destaque os recuos de 15,6% na tarifa residencial de energia elétrica, e de 12,9% na tarifa industrial.

4 - aNÁlISe INTeRNaCIONal

4.1. MaTRIZ de OfeRTa INTeRNa de eNeRgIaNos últimos 40 anos as matrizes energéticas do Brasil e do mundo apresentaram significativas alterações

estruturais. No Brasil houve forte aumento na participação da energia hidráulica e do gás natural e nos países da OECD houve forte incremento da energia nuclear, seguida do gás natural.

Chama a atenção na matriz mundial o aumento da participação do carvão mineral e o recuo na participação da biomassa/outras. No caso da biomassa, os países em desenvolvimento tendem a substituir lenha por fontes mais nobres e eficientes, como GlP e gás natural, principalmente na cocção de alimentos. No caso do carvão mineral, a China assume relevância em razão da expansão de termelétricas e do uso na indústria siderúrgica.

A perda de 16,8 pontos percentuais do petróleo e derivados na matriz energética da OCdE, entre 1973 e 2013, reflete o esforço de substituição desses produtos, decorrente, principalmente, dos choques nos preços de petróleo ocorridos em 1973 (de uS$ 3 o barril para uS$ 12); em 1979 (de uS$ 12 para uS$ 40); e a partir de 1998, quando teve início um novo ciclo de aumentos, estando o preço atual próximo de uS$ 100 o barril.

No Brasil, a máxima participação do petróleo e seus derivados na matriz energética ocorreu em 1979, quando atin-giu 50,4%. A redução de 6,3 pontos percentuais entre 1973 e 2013, (tabela 13) evidencia que o país, seguindo a tendência mundial, desenvolveu, também, esforço significativo de substituição desses energéticos fósseis, sendo digno de nota, nes-se caso, o aumento da geração hidráulica e do uso de derivados da cana (etanol carburante e bagaço para fins térmicos).

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Edição de junho de 2014 1�

Tabela 13: Oferta Interna de Energia no Brasil e Mundo (% e tep)

FonteBrasil OECD Mundo

1973 2013 1973 2013 1973 2013Petróleo e Derivados 45,6 39,3 52,6 35,8 46,1 29,3gás Natural 0,4 12,8 18,9 26,6 16,0 21,6Carvão Mineral 3,1 5,6 22,6 18,8 24,6 30,9Urânio 0,0 1,3 1,3 9,4 0,9 4,8Hidráulica e Eletricidade 6,1 12,5 2,1 2,3 1,8 2,3Biomassa / Eólica / Outras 44,8 28,5 2,5 7,1 10,6 11,1

TOTAL (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

TOTAL - milhões tep 82 296 3.740 5.186 6.115 13.482

% do mundo 1,3 2,1 61,2 38,5

Em termos de presença de fontes renováveis na matriz de energia é notável a vantagem do Brasil, registran-do 41,0% de participação em 2013, contra 9,4% na OCdE e 13,4% no mundo.

No Brasil os combustíveis fósseis respondem por 57,7% da atual matriz energética e no mundo por 81,8%.

As matrizes da OCdE mostram uma evolução considerável na participação da “biomassa/outras”, mais que dobrando de participação entre 1973 e 2013, mas ainda insipiente em relação ao Brasil.

Em relação ao mundo, os países da OCDE, com apenas 18% da população, respondem por 52% da economia, em uS$ (PPP de 2013), e por 38,5% da energia, mostrando, assim, maior consumo per capita de energia em relação aos demais países, e menor intensidade energética. A OCdE apresenta PIB per capita 5 vezes maior do que a média dos demais países.

4.2. MaTRIZ de OfeRTa de eleTRICIdadeNos últimos 40 anos as matrizes de oferta interna de energia elétrica do Brasil e do mundo apresentam

as mesmas tendências de redução das participações de petróleo e hidráulica e aumento das participações de gás, urânio e biomassa. No caso do carvão mineral, em 2013 o Brasil reverte a tendência de queda na participação verificada até 2012. de fato, algumas novas termelétricas entraram em operação em 2013, conforme comentado anteriormente.

Tabela 14: Oferta Interna de Energia Elétrica no Brasil e Mundo (% e TWh)

FonteBrasil Mundo

1973 2013 1973 2013Petróleo 7,2 3,6 24,7 4,4gás 0,0 11,3 12,1 21,8Carvão Mineral 1,7 2,4 38,3 43,0Nuclear 0,0 2,4 3,3 10,5Hidráulica 89,4 70,7 21,0 14,8Biomassa / Eólica / Outras 1,7 9,6 0,6 5,6

TOTAL (%) 100,0 100,0 100,0 100,0

TOTAL - TWh 65 610 6.116 23.535

% do mundo 1,1 2,4

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 201320

Comparativamente ao mundo, nota-se que o Brasil apresenta uma significativa diferença na participação da energia hidráulica, de 70,7% em 2013, contra apenas 14,8% no mundo. tal dinâmica contrasta com menores parti-cipações no Brasil da geração a energia nuclear, a gás natural e a carvão mineral.

Enquanto no Brasil os combustíveis fósseis participam com apenas 14,9% na matriz de oferta elétrica de 2013, no mundo a participação é de 69,2%.

4.3. MaTRIZ de CONSUMO fINal de eNeRgIa

de 1973 para 2011, o consumo industrial de energia dos países da OCdE recuou de 958 milhões tep para 836 milhões tep, apesar do consumo final total de energia ter aumentando de 3.076 milhões tep para 3.968 milhões tep. Nos países desenvolvidos, além da natural inovação tecnológica que aumenta a eficiência dos equipamentos consumidores de energia, há forte expansão do uso de sucata (reposição e manutenção superam a expansão), o que reduz significativamente a transformação primária de minerais ferrosos, intensiva em energia. Por outro lado, tem havido alguma transferência da produção destas indústrias para os países em desenvolvimento.

A tabela 15 apresenta as estruturas setoriais do consumo final de energia do Brasil, OCdE e “outros” países do mundo. Nos países da OCdE há acentuada redução da participação da indústria e forte incremento da parti-cipação dos transportes, comportamentos coerentes com o estado de desenvolvimento dos países. Nos “outros países” o agregado “outros setores” perde 10 pontos percentuais no período, como resultado, principalmente, do movimento de urbanização, em que há substituição de lenha e dejetos de animais por gás de cozinha, este 5 a 10 vezes mais eficiente.

As participações do setor energético e dos usos não energéticos tendem a uma estabilização entre 8% e 10%. O agregado “outros setores” tende a ter menor participação nos países tropicais, considerando que nos países frios cerca de 70% da energia de serviços e residencial é para aquecimento ambiental.

O Brasil é um dos países que absorveu parte da indústria “pesada” (intensiva em energia), principalmente na década de 80, quando passou a ser grande exportador de aço, ferro-ligas e alumínio. Atualmente ainda é exporta-dor, mas em menores proporções relativas. A indústria, após uma participação histórica máxima de 38% no CfE em 2007, recuou 4,1 pontos percentuais, em razão de quedas nas exportações dos produtos mencionados.

Tabela 15: Matriz de Consumo Final de Energia, Por Setor (% e tep)

Setor Brasil OECD Outros (*)

1973 2013 1973 2011 1973 2011

Indústria 29,8 33,9 31,1 21,1 29,8 29,8Transporte 25,0 32,0 22,6 29,8 19,4 21,7Setor Energético 3,3 10,0 8,5 8,0 5,2 8,1Outros Setores 38,7 17,8 30,6 32,1 42,3 32,4uso Não-Energético 3,1 6,3 7,2 9,1 3,3 8,0

TOTAL (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

TOTAL - milhões tep 76 260 3.076 3.968 1.883 5.492

% DO TOTAL 1,5 2,6 61,1 40,8 37,4 56,5

(*) Exclusive Brasil e países da OECD

A biomassa sólida tende a decrescer nos países em desenvolvimento, em termos relativos e absolutos. Nos países desenvolvidos já não há mais biomassa sólida a ser substituída e, por outro lado, há expansão da biomassa líquida (etanol e biodiesel). Enquanto na OCDE o consumo total de energia per capita é quase três vezes superior ao indicador dos ÑOCDE, na bioenergia o indicador dos ÑOCDE supera em 33% o indicador dos OCDE.

A tabela 16 mostra as proporções do uso de bioenergia em 2011, nos países OCdE e Ñ-OCdE. A tendência é que a estrutura percentual dos Ñ-OCdE se aproxime dos OCdE, na medida do maior crescimento econômico relativo.

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Edição de junho de 2014 21

Tabela 16: Consumo Setorial de Bioenergia - 2011 (% e tep)

FonteM tep %

OCDE NÃO OCDE OCDE NÃO OCDEPapel e Celulose 44,1 7,6 24,3 0,7Outras Indústrias 28,1 118,2 15,5 10,6Transporte 41,7 16,9 23,0 1,5Residencial 59,6 766,6 32,8 69,0Outros 8,0 202,4 4,4 18,2

TOTAL (%) 181,6 1.111,7 100,0 100,0

% DO TOTAL 14,0 86,0

A maior necessidade de transformação primária de minerais ferrosos nos países em desenvolvimento im-plica na maior utilização do carvão mineral, principal insumo na produção de ferro-gusa. Nos países da OCdE, os combustíveis mais nobres, como eletricidade e gás - de maior uso na indústria “fina”, de maior valor agregado - são os que mais incrementam suas participações, deslocando derivados de petróleo e carvão mineral. Já o uso da ele-tricidade é crescente em todos os estágios de desenvolvimento dos países.

Tabela 17: Matriz de Consumo Industrial de Energia, Por Fonte (% e tep)

FonteBrasil OECD Outros (*)

1973 2013 1973 2011 1973 2011Derivados de Petróleo 39,3 14,5 32,7 13,4 22,6 11,7gás Natural 0,1 11,0 26,1 31,8 19,0 13,9Carvão Mineral 7,0 14,4 19,1 11,8 31,4 37,0Eletricidade 11,1 20,5 16,5 31,5 13,1 24,1Biomassa e Outras Renováveis 42,4 39,6 4,4 8,7 6,7 7,3Calor 0,0 0,0 1,1 2,9 7,3 5,9

TOTAL (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

TOTAL - milhões tep 23 88 958 836 562 1.702

% DO TOTAL 1,5 3,2 62,1 31,8 36,4 64,8

(*) Exclusive Brasil e países da OECD

O aumento da participação da biomassa nos OCdE se deve à indústria de Celulose, que utiliza os resíduos do próprio processo industrial.

4.4. COMPeTITIVIdade INdUSTRIalDados do comércio externo brasileiro indicam que, em 1990, para cada tonelada importada de bens durá-

veis e não duráveis, era necessário exportar 1,9 tonelada para paridade de valor em dólares. Em 2013 essa paridade passou para 3,46 toneladas exportadas (3,23 em 2011). Estes indicadores são preocupantes, na medida em que demonstram perda de valor agregado nas trocas externas de bens.

Ainda na mesma linha de raciocínio, em 1980, a energia agregada aos produtos exportados, como aço, ferro gusa, alumínio, alumina, ferro-ligas, pelotas, açúcar, e celulose, representava 9% do consumo industrial de energia e, em 2013, o percentual ficou próximo de 30%. Note-se que “energia” é também um produto intensivo em capital e em energia.

A figura 8 apresenta, para alguns anos, os índices de intensidade energética industrial (relação entre energia e valor agregado do setor - inclui o consumo de energia no setor energético) do Brasil e outros países. Observa-se que os países da OCdE reduziram quase à metade a intensidade energética, entre 1973 e 2011. No Brasil a intensi-dade quase dobrou no mesmo período.

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 201322

O aumento histórico no indicador de intensidade da Austrália até 2000 se deve à forte expansão do consu-mo próprio da indústria de energia, com foco na exportação de carvão mineral, a preços pouco atrativos. A partir de 2000, há forte recuperação nos preços de commodities em geral, o que inverte a tendência de alta da intensidade. A partir de 2005, os indicadores refletem as variações nos preços internacionais do carvão, baixos em 2009 e 2010 e com alta recuperação em 2011. A Austrália exporta volume de energia equivalente a uma vez e meia a energia que consome, o que coloca o setor energético com grande peso na economia.

No México, a partir de 1980 houve forte expansão da exportação de petróleo, o que explica os aumentos no indicador de intensidade de 1980 a 1990.

Figura 8: Índices de Intensidade Energética da Indústria - 2005=100

0

200

1973

50

100

OCDE EstadosUnidos

ReinoUnido

Japão Austrália México

150

250

Brasil

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2009

2010

2011

A figura 9 apresenta as intensidades efetivas da indústria, verificadas no ano de 2011. A diferença entre as duas barras mostra o “peso” do consumo próprio de energia no setor energético em relação às demais atividades industriais. A Austrália, que em 2010 tinha o maior indicador, em 2011 passa para o 5º lugar, em razão da recupera-ção nos preços das commodities. O México, embora com relativo peso da atividade de petróleo na economia, apre-senta baixa intensidade em razão da forte presença da atividade de montagem de veículos para os Estados unidos, com baixa intensidade em energia e alta intensidade em mão-de-obra.

Figura 9: Intensidade Energética Industrial (tep/mil U$ PPP 2010)

ChinaRússia Mundo0,00

0,16

0,04

0,08

OCDEEstadosUnidos

ReinoUnido

JapãoAustrália México

0,12

0,20

Brasil

0,16

0,11

0,16

0,14

África doSul

0,12

0,15 0,150,14

0,12

0,09

0,13

0,10

0,14

0,090,080,08 0,07

0,11

0,090,08

0,05

0,04

Sem Cons. PróprioCom Cons. Próprio

0,02

0,06

0,10

0,14

0,18

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Edição de junho de 2014 23

A exceção da Austrália e México observa-se que os países em desenvolvimento, como China, Rússia, África do Sul e Brasil, apresentam maiores intensidades energéticas na indústria em relação aos países desenvolvidos – são países ainda com muito por expandir e pouco por repor e manter, além de exportadores de commodities, (a exceção da China). O consumo próprio do setor energético no México eleva em 86% a intensidade energética da indústria e na Austrália eleva em 63%. No Brasil o indicador é de 25%, e no Mundo de 31%.

A figura 10 mostra as variações das intensidades energéticas efetivas do setor industrial entre 1980 e 2011, incluin-do o consumo próprio do setor energético. Observa-se que o Brasil é o único com aumento no indicador, na amostra.

Figura 10: Intensidade Energética Industrial (tep/mil U$ PPP 2010)

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

OCDE EstadosUnidos

ReinoUnido

Japão Austrália México Brasil

0,16

0,22

0,12 0,12

0,17

0,100,09

0,11

0,13

0,08 0,09

0,14

0,08

0,15

1980 2011

4 .5. MaTRIZ eNeRgÉTICa de TRaNSPORTeS

O Brasil é um dos países com maior presença de fontes renováveis de energia na matriz de transporte. Em 2013, a participação da bioenergia (etanol e biodiesel) na matriz ficou em 16,6%. Nos países da OCdE as renováveis participavam com apenas 3,5% (2011), percentual influenciado pelo consumo de etanol dos Estados unidos. Nos demais países a participação é pouco expressiva, de 0,4%. A supremacia é dos derivados de petróleo nestes países, com participações acima de 90%.

Tabela 18: Matriz Energética de Transportes (% e tep)

FonteBrasil OECD Outros (*)

1973 2013 1973 2011 1973 2011Derivados de Petróleo 98,9 81,2 95,7 93,7 91,3 92,4gás Natural 0,0 2,0 2,4 2,0 0,2 5,6Carvão Mineral 0,01 0,0 1,1 0,01 7,0 0,3Eletricidade 0,3 0,2 0,8 0,8 1,4 1,3Bioenergia 0,9 16,6 0,0 3,5 0,02 0,4

TOTAL (%) 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

TOTAL - milhões tep 19 83 695 1.182 366 1.193

% DO TOTAL 1,8 3,2 64,4 48,1 33,8 48,5

(*) Exclusive Brasil e países da OECD

A redução da participação do gás natural na matriz de transporte dos países da OCdE pode ser um sinal da inconveniência de se adotar políticas favoráveis ao seu uso em veículos. de fato, sendo o gás um combustível nobre não renovável e menos poluente, é contraditório promover a sua utilização em veículos com eficiências em torno de 30%, quando o seu uso na indústria chega a eficiências acima de 80%. Mesmo na geração elétrica as eficiências são bem maiores – em processos de cogeração as eficiências podem ultrapassar 70%, como já verificado no Brasil.

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 201324

5 - TabelaS COMPleMeNTaReSTabela 19: Seleção de Indicadores Energéticos - Brasil

Especificação Unidade 2012 2013 13/12 % Estrutura (%) 2012

Estrutura (%) 2013

OFERTA INTERNA DE ENERgIA mil tep 283.411 296.215 4,5 100,0 100,0 PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO E TRANSFORMAÇÃO mil tep 30.374 35.966 18,4 10,7 12,1 CONSUMO FINAL mil tep 253.037 260.249 2,9 89,3 87,9 PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E ÓLEO DE XISTO mil m³ 120.244 117.711 -2,1COMÉRCIO EXTERNO LÍQUIDO DE PETRÓLEO E DERIVADOS (*) mil m³ 6.062 15.252 151,6 PRODUÇÃO DE gÁS NATURAL milhões m³ 25.762 28.174 9,4IMPORTAÇÃO DE gÁS NATURAL milhões m³ 13.184 16.962 28,7PRODUÇÃO DE LÍQUIDOS DE gÁS NATURAL mil m³ 5.109 5.237 2,5 OFERTA TOTAL DE ENERgIA ELÉTRICA GWh 592.753 609.892 2,9 100,0 100,0 gERAÇÃO INTERNA PÚBLICA GWh 474.470 483.863 2,0 80,0 79,3 HIDRÁULICA GWh 394.879 368.939 -6,6 66,6 60,5 TÉRMICA E NUCLEAR GWh 74.540 108.346 45,4 12,6 17,8 EÓLICA GWh 5.050 6.576 30,2 0,9 1,1 SOLAR GWh 0 3 gERAÇÃO INTERNA DE AUTOPRODUTOR GWh 78.028 86.162 10,4 13,2 14,1 HIDRÁULICA GWh 20.463 22.053 7,8 3,5 3,6 TÉRMICA GWh 57.566 64.105 11,4 9,7 10,5 EÓLICA GWh 0 3 SOLAR GWh 0 2 IMPORTAÇÃO GWh 40.254 39.867 -1,0 6,8 6,5 OFERTA TOTAL DE ENERgIA ELÉTRICA GWh 592.753 609.892 2,9 100,0 100,0 PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO GWh 94.367 93.562 -0,9 15,9 15,3 CONSUMO FINAL GWh 498.386 516.330 3,6 84,1 84,7 PRODUÇÃO DE ETANOL mil m³ 23.477 27.608 17,6 100,0 100,0 ANIDRO mil m³ 9.564 12.005 25,5 40,7 43,5 HIDRATADO mil m³ 13.913 15.603 12,1 59,3 56,5EXPORTAÇÃO DE ETANOL (líquida) (*) mil m³ -2.496 -2.808 12,5 10,6 10,2 PRODUÇÃO DE ÓLEOS VEgETAIS mil m³ 2.717 2.917 7,4 CONSUMO FINAL DE ENERgIA mil tep 253.037 260.249 2,9 100,0 100,0 INDUSTRIAL mil tep 88.697 88.295 -0,5 35,1 33,9 TRANSPORTES mil tep 79.027 83.153 5,2 31,2 32,0 RESIDENCIAL mil tep 23.761 23.730 -0,1 9,4 9,1 OUTROS mil tep 61.551 65.072 5,7 24,3 25,0 CONSUMO RODOVIÁRIO - CICLO OTTO mil tep 36.069 37.929 5,2CONSUMO DE DIESEL (inclui geração elétrica e biodiesel) mil m³ 57.598 60.668 5,3 CONSUMO FINAL DE ENERgIA ELÉTRICA GWh 498.386 516.330 3,6 100,0 100,0 INDUSTRIAL GWh 209.622 210.083 0,2 42,1 40,7 RESIDENCIAL GWh 117.646 124.896 6,2 23,6 24,2 COMERCIAL E PÚBLICO GWh 119.615 125.676 5,1 24,0 24,3 OUTROS GWh 51.504 55.675 8,1 10,3 10,8 USOS DO gÁS NATURAL milhões m³ 38.946 45.136 15,9 100,0 100,0 NÃO-APROVEITADO E REINjEÇÃO milhões m³ 4.975 5.187 4,3 12,8 11,5 E&P E rEfINO dE PEtrólEO (Setor Energético) milhões m³ 5.700 6.307 10,6 14,6 14,0 gERAÇÃO ELÉTRICA milhões m³ 10.070 15.592 54,8 25,9 34,5 ABSORVIDO EM UPgN, HIDROgÊNIO E PERDAS milhões m³ 3.442 3.541 2,9 8,8 7,8 INDUSTRIAL milhões m³ 11.192 11.065 -1,1 28,7 24,5 TRANSPORTES milhões m³ 1.942 1.872 -3,6 5,0 4,1 NÃO-ENERg., RESIDENCIAL, SERVIÇOS E AgRO milhões m³ 1.627 1.572 -3,4 4,2 3,5(*) Se negativo representa exportação líquida e vice-versa

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Edição de junho de 2014 2�

Tabela 20: Produção Física e Exportação de Produtos Selecionados - Brasil

Produtos Unidade 2012 2013 13/12 %

PRODUÇÃO FÍSICA AÇO mil t 34.524 34.163 -1,0 OXIgÊNIO mil t 25.962 25.055 -3,5 ELÉTRICO E OUTROS mil t 8.562 9.108 6,4

FERRO-GUSA mil t 32.700 31.436 -3,9 INTEgRADAS mil t 26.900 26.200 -2,6 INDEPENDENTES mil t 5.800 5.236 -9,7

PAPEL E CELULOSE mil t 24.170 25.423 5,2 PAPEL mil t 10.171 10.428 2,5 CELULOSE e PASTA mil t 13.999 14.995 7,1

CIMENTO mil t 68.495 70.960 3,6ALUMÍNIO mil t 1.436 1.304 -9,2FERRO-LIGAS mil t 1.045 1.075 2,8AÇÚCAR mil t 38.504 37.314 -3,1CANA ESMAGADA mil t 593.644 648.082 9,2

EXPORTAÇÃOMINÉRIO DE FERRO mil t 275.399 282.153 2,5PELOTAS mil t 51.130 47.486 -7,1AÇÚCAR mil t 24.343 27.154 11,5

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RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 20132�Ta

bela

21:

Bal

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3O8

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123

00

00

00

00

00

00

00

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123

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72.

915

1.74

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380

1.53

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1.09

86.

522

3.50

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291

3.23

01.

027

035

.707

80.1

73VA

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543

010

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5-1

.047

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010

-60

5722

022

6-8

.923

00

-250

-26

-31

0-7

.583

-7.7

65O

FERT

A TO

TAL

125.

656

37.1

7659

388.

026

6.68

835

.719

25.6

8345

.117

11.4

0530

1.40

78.

561

290

3.92

51.

684

5.43

71.

560

01.

324

-2.4

013.

502

042

3.20

499

60

28.1

2432

9.53

1EX

PORT

AÇÃO

-27.

608

00

00

00

00

-27.

608

-671

-8.7

11-1

16-1

90

-2.2

560

00

-40

0-1

.602

-278

-241

0-1

3.93

4-4

1.54

3N

ÃO A

PRO

VEIT

ADA

0-1

.430

00

00

00

0-1

.430

00

00

00

00

00

00

00

00

-1.4

30RE

INJE

ÇÃO

0-3

.147

00

00

00

0-3

.147

00

00

00

00

00

00

00

00

-3.1

47O

FERT

A IN

TERN

A BR

UTA

98.0

4832

.598

5938

8.02

66.

688

35.7

1925

.683

45.1

1711

.405

269.

221

7.89

0-8

.421

3.80

91.

665

5.43

7-6

960

1.32

4-2

.401

3.46

20

-1.5

602.

926

755

014

.190

283.

411

TOTA

L TR

ANSF

ORM

AÇÃO

-98.

066

-14.

022

-234

1-8

.022

-6.6

88-3

5.71

9-9

.213

-16.

741

-5.4

68-1

96.2

8138

.301

12.4

8320

.685

6.34

61.

856

4.47

71.

471

6.68

12.

401

47.5

154.

722

12.2

038.

523

6.73

121

617

4.61

0-2

1.67

1RE

FIN

ARIA

S DE

PET

RÓLE

O-9

7.67

60

00

00

00

-3.7

71-1

01.4

4738

.915

13.8

4619

.905

5.09

94.

951

4.47

70

00

00

07.

947

6.01

50

101.

155

-291

PLAN

TAS

DE G

ÁS N

ATU

RAL

0-3

.187

00

00

00

918

-2.2

690

014

01.

057

00

00

00

00

088

20

2.07

9-1

90U

SIN

AS D

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FICA

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00

00

00

00

00

00

00

00

00

00

00

00

00

0CO

QU

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S

00

0-8

.022

00

00

0-8

.022

00

00

00

1.73

56.

681

00

00

-835

022

57.

806

-216

CICL

O D

O C

OM

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ÍVEL

N

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00

00

-6.6

880

00

0-6

.688

00

00

00

00

6.58

10

00

00

06.

581

-107

CEN

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S. E

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0-6

.700

-218

00

0-3

3.96

0-4

50

-520

-43.

405

-2.2

61-1

.053

00

00

00

-4.1

8040

.804

00

-53

00

33.2

58-1

0.14

8CE

NTR

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S 0

-2.3

53-1

610

0-1

.760

-258

-4.4

27-2

.613

-11.

573

-391

-293

00

00

-265

00

6.71

00

0-5

760

-95.

176

-6.3

97

CARV

OAR

IAS

0

00

00

0-8

.909

00

-8.9

090

00

00

00

00

04.

722

00

00

4.72

2-4

.187

DEST

ILAR

IAS

00

00

00

0-1

2.31

40

-12.

314

00

00

00

00

00

012

.203

00

012

.203

-111

OU

TRAS

TRA

NSF

ORM

AÇÕ

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90-1

.781

00

00

00

517

-1.6

542.

038

-17

639

190

-3.0

950

00

00

00

2.04

0-1

650

1.63

0-2

4PE

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TRIB

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MAZ

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0-3

36-8

-40

00

00

-348

00

00

00

0-7

0-8

.116

-124

-105

-14

00

-8.3

66-8

.714

CON

SUM

O F

INAL

018

.247

3589

00

016

.470

28.3

765.

936

72.6

1846

.191

3.97

024

.512

8.02

37.

323

3.78

41.

430

7.99

90

42.8

614.

598

10.5

2211

.482

7.50

921

618

0.41

925

3.03

7CO

NSU

MO

FIN

AL N

ÃO

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089

80

00

00

00

898

00

00

7.32

315

00

00

060

640

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509

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7416

.873

CON

SUM

O F

INAL

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16.4

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.720

46.1

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970

24.5

128.

023

03.

769

1.43

07.

999

042

.861

4.59

89.

916

11.0

770

9916

4.44

523

6.16

5SE

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05.

258

00

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00

00

019

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00

3.10

40

07.

102

22.8

68RE

SIDE

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029

60

00

06.

472

00

6.76

80

00

6.39

30

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00

10.1

1847

80

00

016

.993

23.7

61CO

MER

CIAL

0

193

00

00

960

028

99

190

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00

00

06.

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00

07.

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7.70

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450

00

00

00

457

80

256

00

00

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00

00

03.

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3.74

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01.

709

00

00

00

01.

709

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.512

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3.76

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00

162

09.

906

00

077

.319

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27RO

DOVI

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01.

709

00

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00

01.

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00

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1.19

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00

00

00

00

00

00

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00

03.

820

3.82

0HI

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00

00

00

00

035

993

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00

00

00

00

00

00

1.29

71.

297

INDU

STRI

AL -

TOTA

L

0

9.84

935

890

00

7.48

017

.868

5.93

644

.723

1.05

72.

633

092

40

31.

237

7.99

90

18.0

274.

022

07.

973

099

43.9

7488

.697

CIM

ENTO

055

108

00

081

035

660

070

170

90

00

750

660

142

03.

578

00

4.55

15.

151

FERR

O G

USA

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01.

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7

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116

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1.31

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489

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1912

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00

-15

4723

0-1

512

Page 27: Resenha Energética Brasileira - COGEN€¦ · RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Exercício de 2013 3 - aNÁlISe NaCIONal 3.1. OfeRTa INTeRNa de eNeRgIa A Oferta Interna de Energia

RESENHA ENERGÉTICA BRASILEIRA - Edição de junho de 2014 2� T

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296.

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00

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00

00

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00

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00

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00

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04.

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00

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387

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0

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01.

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01.

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.275

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1120

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260

198

018

60

00

00

2.35

60

085

00

3.08

623

.339

TÊXT

IL0

312

00

00

710

038

46

460

310

00

00

635

00

00

071

71.

101

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0

809

124

00

01.

616

255.

815

8.38

813

730

40

600

00

00

1.68

50

00

00

2.18

610

.575

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1.35

439

00

02.

631

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4.08

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125

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30

00

00

380

00

289

00

981

5.06

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01.

890

166

00

090

70

02.

962

188

111

025

70

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00

3.90

513

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80

04.

983

7.94

5CO

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504

620

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00

567

-220

-37

-13

-20

12-7

3-4

10

00

024

-93

-62

0-5

2344

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