Resenha Sobre Imagem Máquina

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    Resenha Sobre Imagem Mquina

    Por Tania Regina Martins Machado Publicado 27/09/2008 Resum os e Rese nhas Sem nota

    IMAGEM MQUINA, Andr Parente

    Introduo

    Este livro, IMAGEM MQUINA a era das tecnologias dos virtuais,

    organizado por Andr Parente. Ele rene em quatro captulos otrabalho de vinte e trs autores que tratam sobre a relao das

    novas tecnologias com a arte.

    PARENTE (1999, p. 7) introduz o leitor ao assunto principal do seu trabalho logo no

    primeiro pargrafo, quando escreve que:

    "Esta coletnea no uma somatria. Ela quer registrar a emergncia de questes e

    pensamentos sobre as novas tecnologias da imagem que pontuam nossa atualidade,

    no nvel dos saberes artsticos e cientficos."

    O Captulo I leva o ttulo Novas Imagens, Novos Modelos. Este composto por cincotextos de diferentes autores. E em sua essncia busca tratar sobre a mudana que

    ocorreu com as imagens e o que acarretou a partir deste fato, alm no novo

    posicionamento que a sociedade deve tomar com a presena dos novos modelos

    tecnolgicos que surgem.

    O Captulo II intitulado O Virtual e a Quarta Dimenso da Imagem. Nele tambm so

    apresentados cinco textos de outros escritores. Ele trata da realidade virtual, em que

    o operador passa a participar ativamente de um mundo virtual, a ao tem incio com

    o homem e trmino com a mquina. A imagem funcional.

    O Captulo III trata da Mdia / Ps-Mdia. Ele traz outros cinco textos, que abordam aproblemtica do desenvolvimento desenfreado da mdia e as suas conseqncias,

    alm de procurar definir como o homem reage a isso e a sua posio diante da ps-

    mdia.

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    O Captulo IV A Arte e as Tecnologias do Virtual. Esta diviso um pouco mais

    extensa que as anteriores e traz sete textos. O seu contedo abrange desde o

    surgimento do vdeo ao surgimento do cinema e algumas diferenas bsicas entre os

    diferentes tipos de imagens utilizados em cada um deles.

    O ltimo autor colaborador deste trabalho escreve o Posfcio em forma de uma carta

    endereada ao organizador deste. ERIC ALLIEZ cumpre a tarefa de retomar e

    comentar com suas palavras todos os textos que compem este livro.

    A seguir so apresentadas as colaboraes deixadas por cada um dos autores na

    composio deste livro, entretanto, esto organizadas em seus respectivos captulos.

    Sobre o Captulo I - Novas Imagens, Novos Modelos.

    EDMOND COUCHOT trata da evoluo das tcnicas e das artes da figurao, da

    passagem da automatizao da imagem, da analgica numrica em Da

    Representao Simulao: Evoluo das Tcnicas e das Artes da Figurao.

    O desenvolvimento da automatizao da imagem comeou na pintura, mas devido aosgrandes avanos se estendeu tambm s matemticas, fsicas e mecnica e

    indstria. No sculo XIX essa automatizao foi retomada, principalmente pelos

    fotgrafos.

    Depois do registro da imagem pela fotografia e pelo cinema, as investigaes sobre o

    assunto progrediram muito, com o trabalho de engenheiros e tcnicos, surgiu a

    televiso.

    Desta forma, foram desenvolvidas tcnicas de figurao numrica, que podem

    controlar as imagens automticas (fotografia, cinema, televiso), as quais so

    transmutadas em nmeros para serem tratadas, conservadas, manipuladas. Para oautor, os artistas devem se utilizar das novas tecnologias, para que estas trabalhem a

    seu favor.

    ROGRIO LUZ aborda a temtica das Novas Imagens: Efeitos e Modelos. Ele afirma

    que as novas tecnologias tero cada vez mais influncia sobre os modos de

    inteleco, sobre a gesto do espao e do tempo e sobre a relao do sujeito consigo

    mesmo e com os outros.

    LUZ (1996, p. 50) acredita que o surgimento de uma nova tecnologia acarreta o

    surgimento de uma nova linguagem, como, por exemplo, o cinema: "inveno

    cientfica e diverso de parque, tornou-se uma fbrica de contar estrias e uma

    indstria de produo de consenso".

    Segundo LOTMAN (1978, apud LUZ, 1999, p. 53), haveria trs grandes tipos de

    modelizao do mundo atravs de linguagens: o modelo cientfico, o ldico e o

    esttico. Ou seja, trs simulaes de mundo em que a imagem cumpre funes

    diferentes. "A cincia elaboraria modelos como "as coisas"; o jogo, "como a ao

    prtica"; a arte, "como a vida"".

    DERRICK DE KERCKHOVE aborda a problemtica de O senso comum, antigo e novo.

    O autor comea seu trabalho se referindo capacidade de captao cerebral daquiloque lemos. Para ele, o "senso comum" o ancestral da digitalizao contempornea,

    ou seja, antigamente se armazenava na memria as informaes importantes, hoje

    estas so digitalizadas.

    No texto de KERCKHOVE se percebe a preocupao em se posicionar

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    conscientemente frente s mudanas tecnolgicas e a crena de que os artistas so

    os que melhor convivem com tais mudanas, sendo eles, os possveis elos de ligao

    do sujeito comum com este novo mundo.

    O autor deixa clara a necessidade de reatar os laos entre arte e cincia, tarefa em

    que a cultura anterior fracassou.

    GIANFRANCO BETTETINI trabalha com a Semitica, Computao Grfica e

    Textualidade. Ele prope uma reflexo sobre as relaes entre semitica ecomputao grfica, que seria a relao de alguns ncleos conceituais (como signos,

    texto e contexto) com a produo de imagens sintticas no computador.

    Tratando-se basicamente do texto, o operador do computador se utiliza da leitura e

    da construo da imagem para constru-lo em forma de imagem, e este fica disponvel

    s mudanas do usurio.

    Assim, se d a interao homem-mquina, em que o texto pode ser modificado pelo

    usurio, o qual participa ativamente da construo de sentido do mesmo.

    As Imagens de Terceira Gerao, Tecno-Potica so tratadas por JULIO PLAZA. Ele

    recorda que a imagem, alm de registrar o imaginrio, de significar e de dar sentido

    ao mundo, tem sido usada como meio de registrar o conhecimento.

    Esta difundida no sculo XV com a gravura e com o surgimento da imprensa. Com a

    fotografia se tem um avano do conhecimento cientfico. Hoje este avano

    registrado atravs de sistemas eletrnicos, assim surgem as imagens de Terceira

    Gerao. As Imagens de Sntese, Numricas ou Hologrficas vem aps as imagens

    pictricas, das pr-fotogrficas e das fotoqumicas.

    Estas Imagens de Terceira Gerao so criadas com a colaborao da informtica e

    se chama infografia ou computer graphics. Atravs da infografia se tem tambm ainterao entre usurio e mquina, o instantneo feedback, este sistema de

    comunicao bidirecional chamado de infografia interativa.

    Surge ento com essas imagens-linguagens um novo modelo sistemtico de

    comunicao, o usurio do computador pode ser ao mesmo tempo emissor e receptor

    da mensagem. A imagem se desloca atravs das interfaces e permite criar novos

    contatos entre emissor e receptor.

    Sobre o Captulo II O Virtual e a Quarta Dimenso da Imagem.

    FILIPE QUAU, autor de O Tempo do Virtual, trata da caracterstica principal da

    imagem, que ser linguagem. Antes a imagem era desprezada por ser apenas cpia

    do real ou um sonho irreal, agora se torna uma arma econmica ou guerreira, meio

    de escrita funcional e heurstica.

    O autor destaca que se os programas de sntese da imagem so capazes de produzir

    imagens muito realistas, as quais se tornam impossveis de distinguir das fotografias

    ou das tomadas reais. Isto ocorre, por exemplo, no filme o Exterminador do Futuro II

    em que, segundo QUAU (1999, p. 93), aparece em "cena o primeiro ator sinttico

    capaz de rivalizar, pela sua animao e pelo seu realismo, com as estrelas de

    cinema".

    QUAU cita ainda uma das conseqncias da numerizao e da virtualizao da

    imagem que a sua eminente propenso a circular em redes interativas, assim com a

    televirtualidade podem surgir novas formas de telepresena e de teletrabalho.

    Ele ressalta ainda que o perigo que contm nisso, mais do que levar a srio o virtual,

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    considerar o real como uma extenso do mundo virtual.

    ARLINDO MACHADO trabalha a temticaAnamorfoses Cronotpicas ou a Quarta

    Dimenso da Imagem. O termo anamorfose utilizado desde o sculo XVII, o que

    seria, basicamente, uma duplicidade de pontos de vista na construo de uma

    imagem. Com a generalizao do termo, o conceito passa a tratar de toda e qualquer

    distoro do modelo "realista" de representao figurativa.

    O autor trata, no entanto, da anamorfose cronotpica, que se refere s"deformaes" resultantes de uma inscrio do tempo na imagem. O cinema, por

    exemplo, cria o seu efeito de continuidade sobre uma seqncia de imagens

    descontnuas, o dispositivo cinematogrfico se baseia em uma espcie de iluso de

    tica, da a crtica ao cinema, de trabalhar com um movimento falso, pois coloca

    imagens fixas muito prximas umas das outras.

    A Quarta Dimenso diz respeito imagem eletrnica, os efeitos cronofotogrficos

    produziram, a partir de efeitos diversos, o vdeo e a televiso. Entretanto as cmeras

    eletrnicas so diferentes das fotogrficas e das cinematogrficas por sua imagem

    ser constituda de linhas sobrepostas e sucessivas, como se fosse um mosaico de

    cores. Tecnicamente, a imagem eletrnica um feixe de luz que percorre a tela,enquanto variam sua intensidade e seus valores cromticos.

    JEAN-LOUIS WEISSBERG escreve sobre Virtual e Real, ele recorda que o "fazer

    parecer real o que no " foi utilizado desde na escultura grega, quanto na

    perspectiva da pintura, at o apogeu do movimento barroco.

    Com a tecnologia atual, a imagem no mais representao, tambm funcional. O

    virtual , na verdade, uma dimenso do real, no existe exatamente para substitu-lo.

    Programas de computador permitem a participao ativa do usurio, a partir das

    interfaces ou de telas sensveis, o homem toca-a e aciona um dispositivo do sistema.H uma continuidade da ao do homem na ao da mquina.

    A NASA, por exemplo, desenvolve um programa de "realidade artificial" em que o

    operador projetado em um universo virtual de imagens, onde o virtual ganha

    consistncia indita, mas o importante recordar que quem cria este universo virtual

    o homem (no virtual).

    PAULO VIRILIO trata sobreA Imagem Virtual Mental e Instrumental. Neste texto

    aparece a "videnica" em que a imagem seria percebida por uma cmera de vdeo e

    enviada ao computador para analis-la, no sendo mais um ser humano a identific-

    la, como a tecnologia utilizada na produo industrial, na administrao de estoques

    ou ainda na robtica militar.

    Surge ento o problema das imagens virtuais instrumentais da cincia e o seu carter

    paradoxal.

    Hoje, tem-se a alta definio, a alta resoluo, que no tanto a imagem (fotogrfica

    ou televisiva), mas a prpria realidade. Ao mesmo tempo que algo est ocorrendo,

    isto est sendo transmitido aos telespectadores. Alm disso, com os aparelhos de

    "apreenso de imagens" e de sons, tambm se tem acesso ao tele-espetculo, tele-

    ao, ao tele-comando e s tele-compras a domiclio.

    Entretanto, a imagem publicitria faz com que a fotografia abandone aquela

    caracterstica de guardar a memria do passado, para envolver o futuro. Segundo

    VIRILIO, a imagem ftica audivisual, a imagem publicitria torna-se uma vontade, e

    talvez no futuro as "mquinas de viso" sero capazes de perceber, de ver no lugar

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    nas pessoas.

    O Virtual nas Cincias abordado por SERGE DENTIN, ele relata que o termo virtual

    est na moda e utilizado nos terrenos da criao artstica que utilizam tecnologias

    da simulao digital, como imagens, sons sintticos, etc. Onde este termo se torna

    palavra de ordem em uma nova esttica, acompanhada de certa ideologia da

    comunicao.

    Segundo DENTIN, no h nada mais virtual em uma imagem digital do que em

    qualquer outra imagem. E isto visvel desde o ponto de vista tanto da arte como da

    cincia, com os seus mecanismos fsicos-qumicos.

    Assim, a cincia tem um ponto em comum com a arte, que o ato de inventar, de criar

    novas representaes e no de tom-las como um quadro preestabelecido.

    Sobre o Captulo III Mdia / Ps-Mdia.

    A respeito do assunto, JEAN BRAUDILLARD escreve a Televiso / Revoluo: O caso

    Romnia. Diante do caso da Romnia e da Guerra do Golfo a informao passa a ser

    escandalizada. Aqui o cinema pode ser definido como a encenao da fico como

    realidade, onde aquela ainda o imaginrio, o campo virtual.

    As imagens da foto e a do cinema possuem um negativo, mas a imagem transmitida

    ao vivo, televisiva, no possui um negativo. Esta virtual, o que faz com que perca a

    referncia da histria, dos acontecimentos.

    Segundo BRAUDILLARD (1999, p. 151), os americanos desacreditaram a Guerra do

    Golfo pelo seu excesso de representao, pela exibio desmesurada de seu controle

    e de seu poder de informao.

    O autor ainda afirma que na Romnia, os recursos televisivos to utilizados pelos

    americanos foram tambm utilizados pelos romenos, que no lugar do acontecimentohistrico, transmitiram o acontecimento com publicitrio, diretamente na tela da

    televiso, tirando proveito de recursos muitas vezes empregados por seus inimigos.

    Ainda sobre a Televiso e a Guerra do Golfo escreve LAYMERT GARCIA DOS

    SANTOS. Para o autor, esta guerra mostrou o poder da mdia no mundo

    contemporneo, esta guerra foi o limite do poder da imagem.

    De acordo com CHOMSKY (1991, apud LAYMERT, 1999, p. 156) os Estados Unidos

    deseja vencer a Guerra do Golfo pela fora e no pela diplomacia, porque esta ser a

    caracterstica da nova ordem mundial imposta por este pas, est ser a nova ordem

    internacional.

    LAYMERT destaca que a partir do momento em que se percebe o poder da

    transmisso das imagens de guerra, passa-se a disputar o poder de controle da

    televiso que opera em guerra.

    Na Guerra das Malvinas os jornalistas eram mantidos distncia e as imagens de

    guerra eram inacessveis, sendo a Guerra do Golfo a primeira guerra totalmente

    eletrnica.

    Max Headroom: O ltimo jornalista escr ito por STELLA SENRA. Max Headroom a

    primeira criatura televisual a ser entrevistadora de TV. Este seria um filme criado em

    homenagem a um clone criado por Peter Wagg. Com este novo fato a imagem no

    est mais no lugar de alguma coisa, ela a informao.

    Assim, com a transmisso de imagens de alta tecnologia atravs da televiso, as

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    pessoas deixam de sair s ruas e praticar outras atividades, que no a de assistir aos

    programas de TV, permanecendo nas ruas somente os excludos desta tecnologia,

    um novo tipo de marginais sociais.

    Da mesma forma que LAYMERT, SENRA entende que quem detm a tecnologia,

    detm tambm o poder.

    No filme, as redes televisivas so detentoras da tecnologia, e, portanto, possuem o

    poder de controlar o espao, de criar ou de extinguir mercados, e por conseqncia,

    de atuar sobre as populaes.

    Sobre a Infinitude da Comunicao / Finitudo do Desejo escreve ANTONIO NEGRI. O

    autor inicia seu trabalho destacando que na relao mdia-espectador, a primeira

    alvo de muitas injustias, sendo comumente acusada de aniquilar ao espectador,

    quem no passaria de vtima do sistema.

    Ele destaca que a esquerda se utiliza de argumentos como este para propor a

    conspirao de manipulao. O autor no descarta os efeitos da mdia sobre o

    telespectador. Entretanto, considera que aps a tomada de conscincia da atuao

    da mdia, o ser humano se torna capaz de reconhecer as possibilidades do saber ede transformao que possui. Ele capaz de assegurar para si a liberdade,

    sobretudo a do pensamento.

    NEGRI ressalta que os novos tempos so de ps-mdia, em que com a tomada de

    conscincia se deve desmistificar a perspectiva de escravido poltica. Assim, torna-

    se necessrio construir um sistema de comunicao pblica que seja baseado na

    interrelao ativa e cooperativa dos indivduos de uma mesma sociedade.

    O ltimo texto deste captulo de autoria de FLIX GUATTARI e intitulado Da

    produo de Subjetividade.

    GUATTARI levanta a questo de o ser humano ser capaz de escapar dependncia

    da mquina, questionando se em seu dia-a-dia no sente a necessidade da

    "assistncia por computador"?

    De acordo com o pensamento de NEGRI, GUATTARI acredita que as mquinas no

    so potncias diablicas que estariam ameaando dominar ao homem.

    Antes o homem era governado por uma subjetividade inconsciente, hoje a mquina o

    . Claro que no de uma subjetividade humana, mas maqunica. Hoje as mdias e

    telecomunicaes tendem a duplicar as antigas relaes orais e escritas, as matrias-

    primas naturais vo dando espao novos materiais, com a velocidade dasmquinas, milhares de dados podem ser tratados em pouqussimo tempo e a

    engenharia biolgica busca novas modelaes de formas vivas...

    Com todas estas mudanas o homem se encontra perdido. As figuras inconscientes

    de poder e do saber so universais e estas controlam a subjetividade. Entretanto,

    num amanh, outras modalidades de produo subjetiva podem se tornar a razo de

    viver da espcie humana.

    Sobre o Captulo IV A Arte e as Tecnologias do Virtual.

    O primeiro texto deste ltimo captulo tem o ttulo de Fractais: uma Forma de Arte abem da Cincia e tem como autor BENOIT MANDELBROT.

    A arte Fractais se trata de um trabalho que ao princpio buscava uma funcionalidade,

    mas que por sua beleza considerado obra artstica.

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    A geometria fractal foi desenvolvida em 1970, um corpo de pensamentos, frmulas e

    figuras que podem ser chamadas de uma nova linguagem geomtrica.

    A utilizao desta arte em auxlio cincia no pode ser dissociado do computador e

    no teria sido possvel sem o desenvolvimento do hardware e do software.

    Assim, frmulas matemticas podem dar origem a uma quantidade de estruturas

    grficas. E com o fractal muitas pessoas podem ser criadoras de obras-de-arte,

    atravs da utilizao da informtica.

    FRANK POPPER, de 1967 a 1987, escreve sobre As Imagens Artsticas e a

    Tendncia. O autor trata sobre uma das questes mais interessantes dos ltimos

    vinte anos, que a criao de imagens seja atravs de mtodos cientficos ou atravs

    de experimentos tecnolgicos.

    Entretanto, ele evidencia que nos anos 80 houve uma ruptura das pesquisas que

    vinham sendo desenvolvidas. Com o computador, o audiovisual e as

    telecomunicaes no cotidiano, ocorre uma verdadeira revoluo tecnolgica.

    Nesta nova realidade, os artistas buscam desenvolver propostas visuais que sejam

    significativas para as experincias humanas com relao s novas tcnicas.

    Essas mudanas radicais da cultura dizem respeito ao mesmo tempo criao da

    imagem, sua percepo e sua socializao. O novo estatuto do artista, da obra e do

    espectador se define a partir da situao scio-cultural do hoje. Nesta nova era, o

    pensamento tcnico e o pensamento simblico se encontram e com as novas

    tecnologias toda a esfera cultural modificada.

    A Dupla Hlice, de RAYMOND BELLOUR.

    Neste trabalho o autor afirma que se sabe cada vez menos o que imagem, pois hoje

    em dia se torna difcil de definir a palavra, com as muitas mudanas e inovaes quetm surgido.

    Ele aplica a teoria da dupla hlice tanto fotografia quanto ao cinema. Na primeira o

    tempo, a qualidade de presena ou a falha do tempo visado. J no cinema, que

    mais vasto, possui um acesso mais direto e complexo e ainda, mas geral do

    movimento e do tempo. H vrias modalidades, alm da fotografia, com as quais o

    movimento levado para o cinema. Entretanto, mesmo com a rapidez do vdeo

    sabido sobre a presena de um intervalo entre uma imagem e outra a ser transmitida.

    JEAN-PAUL FARGIER, escreve sobre a Poeira nos Olhos.

    O autor recorda da necessidade da realidade para que se crie qualquer coisa, como

    a escrita, por exemplo. A realidade anterior a escrita, e da mesma forma, ao vdeo e

    ao cinema.

    Esta realidade apresentada de distintas formas pelo vdeo e pelo cinema. At que

    uma imagem aparea no vdeo ela sofre muitas transformaes, ento esta imagem

    ser muito diversa da realidade.

    No s a imagem transformada, mas o espao e o tempo tambm, da o efeito de

    poeira nos olhos, apresentado pelo autor logo no ttulo do texto. O espectador j no

    tem acesso imagem real, mas sim a uma imagem produzida para ser apresentada.

    Por fim, o autor ainda recorda que entre as novas tecnologias h opo entre o vdeo

    digital e vdeo analgico.

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    NELSON BRISSAC PEIXOTO o autor de Passagens da Imagem: Pintura, Fotografia,

    Cinema, Arquitetura.

    A passagem de todos os tipos de imagens, como os citados no ttulo confunde o

    imaginrio das pessoas, que se encontram em um grande cruzamento de imagens na

    contemporaneidade.

    Estas pessoas esto entre o real e o imaginrio, o figurativo e o abstrato, o

    movimento e o repouso, seja no filme ou na arquitetura, na pintura ou na TV.

    A imagem contempornea agrupada no vdeo, atravs da hibridizao de imagens,

    da assimilao das outras imagens surge o vdeo, a imagem eletrnica. O vdeo o

    ponto de interseco entre duas partes, o suporte destas experincias de

    decomposio e recomposio.

    A ltima Imagem o ttulo do texto de KATIA MACIEL. Nele a autora trata do cinema.

    Para ela, o cinema a expresso da imaginao e est ligado representao da

    iluso.

    A imagem do cinema compreendida como sonho, como espelho, como fantasia...

    MACIEL define como a grande mudana deste tipo de imagem a interao/tempo real.

    Com a velocidade dos computadores a distncia que separava a imagem do

    observador foi suprimida.

    Hoje alguns filmes so frutos de programas de computador. A cinematografia

    sucumbiu influncia da era computadorizada. Na opinio da autora, filmes como

    Tron: uma odissia eletrnica ou O Exterminador do Futuro II, no fazem cinema, mas

    efeitos especiais.

    Ela apresenta ainda a idia de CLEMENTE ROSSET, quem acredita que as pessoas,

    por ser iludidas diante da era da no-imagem, e por isso incurveis, no sequestionaro sobre o futuro do cinema.

    JEAN-FRANOUS LYOTARD escreve o texto Algo assim como: "Comunicao... sem

    Comunicao".

    Para o autor a partir do termo comunicao se deduz que a obra, ou tudo o que tido

    como arte, induz a um sentimento.

    Entretanto, introduzida outra concepo de comunicao ao se conceber que a

    comunicabilidade est intimamente ligada ao sentimento esttico singular, que por

    sua vez imediato. O autor questiona o que ocorre com o sentimento esttico quandoso propostas situaes calculadas como estticas?

    O sentimento a recepo imediata daquilo que se d. Toda obra, necessariamente,

    leva clculos em sua criao, toda e qualquer reproduo industrial est

    profundamente conectada ao sentimento esttico.

    ERIC ALLIEZ escreve o Posfcio deste trabalho e o intitula como Carta a Andr

    Parente: Entre Imagem e Pensamento. O autor ganha do organizador deste trabalho

    a tarefa de concluir e de comentar todo o contedo do mesmo. quando ALLIEZ

    (1999, p. 267) cumpre sua tarefa atravs das palavras:

    "No toda a imagem "clssica" do pensamento que se v invertida, quando o

    prprio registro da imagem escapa objetivamente, isto , tecnicamente lgica da

    representao que na forma interior de sua historicidade bimilenar ela havia

    contribudo para fundar?"

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    Concluso

    Para concluir esta resenha possvel se utilizar ainda das palavras de LYOTARDE

    (1999), quando resume a funo desta coletnea organizada por PARENTE ao

    escrever que:

    "A questo colocada pelas novas teconologias aqui, quanto sua relao com a arte,

    a do aqui e agora. O que o "aqui" indica quando usamos o telefone, a televiso, o

    receptor do telescpio eletrnico? E o "agora"? Ser que o componente "tele-" noir, necessariamente, misturar a presena, o "aqui-agora" das formas e de sua

    recepo "carnal"?"

    O autor define o sentimento e a percepo, sua e dos autores que tratam das novas

    funes da imagem e dos meio eletrnicos, e, alm disso, apresenta a insegurana e

    as incertezas das pessoas neste ambiente novo, envolvido pelo mundo do virtual.

    Isto o que se depreende da leitura desta coletnea, em que autores esclarecem o

    sentido da imagem, a sua evoluo na histria, e o seu carter altamente mutvel que

    possui hoje. Desta forma, se verificam algumas possveis reaes do homem e do

    artista diante destas mudanas.

    Ao usar este artigo, mantenha os links e faa referncia ao autor:

    Resenha Sobre Imagem Mquina publicado 27/09/2008 porTania Regina

    Martins Machado em http://www.webartigos.com

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    TANIA REGINA MARTINS MACHADO

    Licenciada em Letras Espanhol pela UFSM em maro de 2007, cursando

    Letras Portugus e Mestrado em Estudos Lingusticos (UFSM)

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