Upload
eliana-melo
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
1/10
Resenha Sobre Imagem Mquina
Por Tania Regina Martins Machado Publicado 27/09/2008 Resum os e Rese nhas Sem nota
IMAGEM MQUINA, Andr Parente
Introduo
Este livro, IMAGEM MQUINA a era das tecnologias dos virtuais,
organizado por Andr Parente. Ele rene em quatro captulos otrabalho de vinte e trs autores que tratam sobre a relao das
novas tecnologias com a arte.
PARENTE (1999, p. 7) introduz o leitor ao assunto principal do seu trabalho logo no
primeiro pargrafo, quando escreve que:
"Esta coletnea no uma somatria. Ela quer registrar a emergncia de questes e
pensamentos sobre as novas tecnologias da imagem que pontuam nossa atualidade,
no nvel dos saberes artsticos e cientficos."
O Captulo I leva o ttulo Novas Imagens, Novos Modelos. Este composto por cincotextos de diferentes autores. E em sua essncia busca tratar sobre a mudana que
ocorreu com as imagens e o que acarretou a partir deste fato, alm no novo
posicionamento que a sociedade deve tomar com a presena dos novos modelos
tecnolgicos que surgem.
O Captulo II intitulado O Virtual e a Quarta Dimenso da Imagem. Nele tambm so
apresentados cinco textos de outros escritores. Ele trata da realidade virtual, em que
o operador passa a participar ativamente de um mundo virtual, a ao tem incio com
o homem e trmino com a mquina. A imagem funcional.
O Captulo III trata da Mdia / Ps-Mdia. Ele traz outros cinco textos, que abordam aproblemtica do desenvolvimento desenfreado da mdia e as suas conseqncias,
alm de procurar definir como o homem reage a isso e a sua posio diante da ps-
mdia.
Categorias
Administrao e Negcios (3363)
Arte e Cincia (1237)
Contos (1114)
Crnicas (2285)
Desenvolvimento Pessoal (1701)
Direito (2913)
Economia (704)
Educao (3600)
Estudos Bblicos (978)
Filosofia (1439)
Geografia (335)
Governo e Poltica (980)Histria (1006)
Lar e Famlia (622)
Literatura (914)
Meio Ambiente (635)
Ver es critores Criar perfil e publicar artigos! Minha Conta (Login)
Cadastre-se como autorpara enviar seus artigos e
trabalhos. grtis!
Inovao TecnolgicaConfira Aqui no Vivoblog as ltimas Inovaes doMundo Mobile !www.Vivoblog.com.br
Como Falar em PblicoAumente sua empregabilidade ! Curso OratriaTcnica Apresentaorepfarma.com
Assessoria Acadmica 24hsTrabalhos com Mestres e Doutores MegaPromoo consulte!www.elitemonografias.com.br
Quer Ser Modelo/Manequim?estamos selecionando cadastre-se caso tenha operfilwww.moddels.com.br
Anncios Google
Mquina Caf
Imagem
Tecnologias
Resumo Resenha
Monitores 3D semculosPara eventos e pontosde venda. Produzidosno Brasil. Conhea!www.lumina3d.com.br
Umbrella AgnciaDigitalCriao de websites noRJ +55 (21) 2221-0662www.agenciaumbrella.com.br
Artigos deComunicaoInformaes enovidades do MundoDigital na Revista MeioDigitalwww.MeioeMensagem.com.br
Outdoor-Busdoor-PainisCompre em todo Brasilcom segurana Ligue
agora: (21) 3979-0337www.brasilpublicidade.com.br
On Ideias InterativasAgncia deComunicao. (31)3318-1330.www.onideiasinterativas.com.br
Capa Sobre Cadastre-se para publicar artigos
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 1/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
2/10
O Captulo IV A Arte e as Tecnologias do Virtual. Esta diviso um pouco mais
extensa que as anteriores e traz sete textos. O seu contedo abrange desde o
surgimento do vdeo ao surgimento do cinema e algumas diferenas bsicas entre os
diferentes tipos de imagens utilizados em cada um deles.
O ltimo autor colaborador deste trabalho escreve o Posfcio em forma de uma carta
endereada ao organizador deste. ERIC ALLIEZ cumpre a tarefa de retomar e
comentar com suas palavras todos os textos que compem este livro.
A seguir so apresentadas as colaboraes deixadas por cada um dos autores na
composio deste livro, entretanto, esto organizadas em seus respectivos captulos.
Sobre o Captulo I - Novas Imagens, Novos Modelos.
EDMOND COUCHOT trata da evoluo das tcnicas e das artes da figurao, da
passagem da automatizao da imagem, da analgica numrica em Da
Representao Simulao: Evoluo das Tcnicas e das Artes da Figurao.
O desenvolvimento da automatizao da imagem comeou na pintura, mas devido aosgrandes avanos se estendeu tambm s matemticas, fsicas e mecnica e
indstria. No sculo XIX essa automatizao foi retomada, principalmente pelos
fotgrafos.
Depois do registro da imagem pela fotografia e pelo cinema, as investigaes sobre o
assunto progrediram muito, com o trabalho de engenheiros e tcnicos, surgiu a
televiso.
Desta forma, foram desenvolvidas tcnicas de figurao numrica, que podem
controlar as imagens automticas (fotografia, cinema, televiso), as quais so
transmutadas em nmeros para serem tratadas, conservadas, manipuladas. Para oautor, os artistas devem se utilizar das novas tecnologias, para que estas trabalhem a
seu favor.
ROGRIO LUZ aborda a temtica das Novas Imagens: Efeitos e Modelos. Ele afirma
que as novas tecnologias tero cada vez mais influncia sobre os modos de
inteleco, sobre a gesto do espao e do tempo e sobre a relao do sujeito consigo
mesmo e com os outros.
LUZ (1996, p. 50) acredita que o surgimento de uma nova tecnologia acarreta o
surgimento de uma nova linguagem, como, por exemplo, o cinema: "inveno
cientfica e diverso de parque, tornou-se uma fbrica de contar estrias e uma
indstria de produo de consenso".
Segundo LOTMAN (1978, apud LUZ, 1999, p. 53), haveria trs grandes tipos de
modelizao do mundo atravs de linguagens: o modelo cientfico, o ldico e o
esttico. Ou seja, trs simulaes de mundo em que a imagem cumpre funes
diferentes. "A cincia elaboraria modelos como "as coisas"; o jogo, "como a ao
prtica"; a arte, "como a vida"".
DERRICK DE KERCKHOVE aborda a problemtica de O senso comum, antigo e novo.
O autor comea seu trabalho se referindo capacidade de captao cerebral daquiloque lemos. Para ele, o "senso comum" o ancestral da digitalizao contempornea,
ou seja, antigamente se armazenava na memria as informaes importantes, hoje
estas so digitalizadas.
No texto de KERCKHOVE se percebe a preocupao em se posicionar
Poemas e Poesias (4509)
Psicologia (705)
Religio (1870)
Resumos e Resenhas (491)
Sade e Beleza (1797)
Sociedade e Cultura (2614)
Tecnologia (999)
Adicione nosso selo em seu site:
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
3/10
conscientemente frente s mudanas tecnolgicas e a crena de que os artistas so
os que melhor convivem com tais mudanas, sendo eles, os possveis elos de ligao
do sujeito comum com este novo mundo.
O autor deixa clara a necessidade de reatar os laos entre arte e cincia, tarefa em
que a cultura anterior fracassou.
GIANFRANCO BETTETINI trabalha com a Semitica, Computao Grfica e
Textualidade. Ele prope uma reflexo sobre as relaes entre semitica ecomputao grfica, que seria a relao de alguns ncleos conceituais (como signos,
texto e contexto) com a produo de imagens sintticas no computador.
Tratando-se basicamente do texto, o operador do computador se utiliza da leitura e
da construo da imagem para constru-lo em forma de imagem, e este fica disponvel
s mudanas do usurio.
Assim, se d a interao homem-mquina, em que o texto pode ser modificado pelo
usurio, o qual participa ativamente da construo de sentido do mesmo.
As Imagens de Terceira Gerao, Tecno-Potica so tratadas por JULIO PLAZA. Ele
recorda que a imagem, alm de registrar o imaginrio, de significar e de dar sentido
ao mundo, tem sido usada como meio de registrar o conhecimento.
Esta difundida no sculo XV com a gravura e com o surgimento da imprensa. Com a
fotografia se tem um avano do conhecimento cientfico. Hoje este avano
registrado atravs de sistemas eletrnicos, assim surgem as imagens de Terceira
Gerao. As Imagens de Sntese, Numricas ou Hologrficas vem aps as imagens
pictricas, das pr-fotogrficas e das fotoqumicas.
Estas Imagens de Terceira Gerao so criadas com a colaborao da informtica e
se chama infografia ou computer graphics. Atravs da infografia se tem tambm ainterao entre usurio e mquina, o instantneo feedback, este sistema de
comunicao bidirecional chamado de infografia interativa.
Surge ento com essas imagens-linguagens um novo modelo sistemtico de
comunicao, o usurio do computador pode ser ao mesmo tempo emissor e receptor
da mensagem. A imagem se desloca atravs das interfaces e permite criar novos
contatos entre emissor e receptor.
Sobre o Captulo II O Virtual e a Quarta Dimenso da Imagem.
FILIPE QUAU, autor de O Tempo do Virtual, trata da caracterstica principal da
imagem, que ser linguagem. Antes a imagem era desprezada por ser apenas cpia
do real ou um sonho irreal, agora se torna uma arma econmica ou guerreira, meio
de escrita funcional e heurstica.
O autor destaca que se os programas de sntese da imagem so capazes de produzir
imagens muito realistas, as quais se tornam impossveis de distinguir das fotografias
ou das tomadas reais. Isto ocorre, por exemplo, no filme o Exterminador do Futuro II
em que, segundo QUAU (1999, p. 93), aparece em "cena o primeiro ator sinttico
capaz de rivalizar, pela sua animao e pelo seu realismo, com as estrelas de
cinema".
QUAU cita ainda uma das conseqncias da numerizao e da virtualizao da
imagem que a sua eminente propenso a circular em redes interativas, assim com a
televirtualidade podem surgir novas formas de telepresena e de teletrabalho.
Ele ressalta ainda que o perigo que contm nisso, mais do que levar a srio o virtual,
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 3/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
4/10
considerar o real como uma extenso do mundo virtual.
ARLINDO MACHADO trabalha a temticaAnamorfoses Cronotpicas ou a Quarta
Dimenso da Imagem. O termo anamorfose utilizado desde o sculo XVII, o que
seria, basicamente, uma duplicidade de pontos de vista na construo de uma
imagem. Com a generalizao do termo, o conceito passa a tratar de toda e qualquer
distoro do modelo "realista" de representao figurativa.
O autor trata, no entanto, da anamorfose cronotpica, que se refere s"deformaes" resultantes de uma inscrio do tempo na imagem. O cinema, por
exemplo, cria o seu efeito de continuidade sobre uma seqncia de imagens
descontnuas, o dispositivo cinematogrfico se baseia em uma espcie de iluso de
tica, da a crtica ao cinema, de trabalhar com um movimento falso, pois coloca
imagens fixas muito prximas umas das outras.
A Quarta Dimenso diz respeito imagem eletrnica, os efeitos cronofotogrficos
produziram, a partir de efeitos diversos, o vdeo e a televiso. Entretanto as cmeras
eletrnicas so diferentes das fotogrficas e das cinematogrficas por sua imagem
ser constituda de linhas sobrepostas e sucessivas, como se fosse um mosaico de
cores. Tecnicamente, a imagem eletrnica um feixe de luz que percorre a tela,enquanto variam sua intensidade e seus valores cromticos.
JEAN-LOUIS WEISSBERG escreve sobre Virtual e Real, ele recorda que o "fazer
parecer real o que no " foi utilizado desde na escultura grega, quanto na
perspectiva da pintura, at o apogeu do movimento barroco.
Com a tecnologia atual, a imagem no mais representao, tambm funcional. O
virtual , na verdade, uma dimenso do real, no existe exatamente para substitu-lo.
Programas de computador permitem a participao ativa do usurio, a partir das
interfaces ou de telas sensveis, o homem toca-a e aciona um dispositivo do sistema.H uma continuidade da ao do homem na ao da mquina.
A NASA, por exemplo, desenvolve um programa de "realidade artificial" em que o
operador projetado em um universo virtual de imagens, onde o virtual ganha
consistncia indita, mas o importante recordar que quem cria este universo virtual
o homem (no virtual).
PAULO VIRILIO trata sobreA Imagem Virtual Mental e Instrumental. Neste texto
aparece a "videnica" em que a imagem seria percebida por uma cmera de vdeo e
enviada ao computador para analis-la, no sendo mais um ser humano a identific-
la, como a tecnologia utilizada na produo industrial, na administrao de estoques
ou ainda na robtica militar.
Surge ento o problema das imagens virtuais instrumentais da cincia e o seu carter
paradoxal.
Hoje, tem-se a alta definio, a alta resoluo, que no tanto a imagem (fotogrfica
ou televisiva), mas a prpria realidade. Ao mesmo tempo que algo est ocorrendo,
isto est sendo transmitido aos telespectadores. Alm disso, com os aparelhos de
"apreenso de imagens" e de sons, tambm se tem acesso ao tele-espetculo, tele-
ao, ao tele-comando e s tele-compras a domiclio.
Entretanto, a imagem publicitria faz com que a fotografia abandone aquela
caracterstica de guardar a memria do passado, para envolver o futuro. Segundo
VIRILIO, a imagem ftica audivisual, a imagem publicitria torna-se uma vontade, e
talvez no futuro as "mquinas de viso" sero capazes de perceber, de ver no lugar
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 4/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
5/10
nas pessoas.
O Virtual nas Cincias abordado por SERGE DENTIN, ele relata que o termo virtual
est na moda e utilizado nos terrenos da criao artstica que utilizam tecnologias
da simulao digital, como imagens, sons sintticos, etc. Onde este termo se torna
palavra de ordem em uma nova esttica, acompanhada de certa ideologia da
comunicao.
Segundo DENTIN, no h nada mais virtual em uma imagem digital do que em
qualquer outra imagem. E isto visvel desde o ponto de vista tanto da arte como da
cincia, com os seus mecanismos fsicos-qumicos.
Assim, a cincia tem um ponto em comum com a arte, que o ato de inventar, de criar
novas representaes e no de tom-las como um quadro preestabelecido.
Sobre o Captulo III Mdia / Ps-Mdia.
A respeito do assunto, JEAN BRAUDILLARD escreve a Televiso / Revoluo: O caso
Romnia. Diante do caso da Romnia e da Guerra do Golfo a informao passa a ser
escandalizada. Aqui o cinema pode ser definido como a encenao da fico como
realidade, onde aquela ainda o imaginrio, o campo virtual.
As imagens da foto e a do cinema possuem um negativo, mas a imagem transmitida
ao vivo, televisiva, no possui um negativo. Esta virtual, o que faz com que perca a
referncia da histria, dos acontecimentos.
Segundo BRAUDILLARD (1999, p. 151), os americanos desacreditaram a Guerra do
Golfo pelo seu excesso de representao, pela exibio desmesurada de seu controle
e de seu poder de informao.
O autor ainda afirma que na Romnia, os recursos televisivos to utilizados pelos
americanos foram tambm utilizados pelos romenos, que no lugar do acontecimentohistrico, transmitiram o acontecimento com publicitrio, diretamente na tela da
televiso, tirando proveito de recursos muitas vezes empregados por seus inimigos.
Ainda sobre a Televiso e a Guerra do Golfo escreve LAYMERT GARCIA DOS
SANTOS. Para o autor, esta guerra mostrou o poder da mdia no mundo
contemporneo, esta guerra foi o limite do poder da imagem.
De acordo com CHOMSKY (1991, apud LAYMERT, 1999, p. 156) os Estados Unidos
deseja vencer a Guerra do Golfo pela fora e no pela diplomacia, porque esta ser a
caracterstica da nova ordem mundial imposta por este pas, est ser a nova ordem
internacional.
LAYMERT destaca que a partir do momento em que se percebe o poder da
transmisso das imagens de guerra, passa-se a disputar o poder de controle da
televiso que opera em guerra.
Na Guerra das Malvinas os jornalistas eram mantidos distncia e as imagens de
guerra eram inacessveis, sendo a Guerra do Golfo a primeira guerra totalmente
eletrnica.
Max Headroom: O ltimo jornalista escr ito por STELLA SENRA. Max Headroom a
primeira criatura televisual a ser entrevistadora de TV. Este seria um filme criado em
homenagem a um clone criado por Peter Wagg. Com este novo fato a imagem no
est mais no lugar de alguma coisa, ela a informao.
Assim, com a transmisso de imagens de alta tecnologia atravs da televiso, as
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 5/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
6/10
pessoas deixam de sair s ruas e praticar outras atividades, que no a de assistir aos
programas de TV, permanecendo nas ruas somente os excludos desta tecnologia,
um novo tipo de marginais sociais.
Da mesma forma que LAYMERT, SENRA entende que quem detm a tecnologia,
detm tambm o poder.
No filme, as redes televisivas so detentoras da tecnologia, e, portanto, possuem o
poder de controlar o espao, de criar ou de extinguir mercados, e por conseqncia,
de atuar sobre as populaes.
Sobre a Infinitude da Comunicao / Finitudo do Desejo escreve ANTONIO NEGRI. O
autor inicia seu trabalho destacando que na relao mdia-espectador, a primeira
alvo de muitas injustias, sendo comumente acusada de aniquilar ao espectador,
quem no passaria de vtima do sistema.
Ele destaca que a esquerda se utiliza de argumentos como este para propor a
conspirao de manipulao. O autor no descarta os efeitos da mdia sobre o
telespectador. Entretanto, considera que aps a tomada de conscincia da atuao
da mdia, o ser humano se torna capaz de reconhecer as possibilidades do saber ede transformao que possui. Ele capaz de assegurar para si a liberdade,
sobretudo a do pensamento.
NEGRI ressalta que os novos tempos so de ps-mdia, em que com a tomada de
conscincia se deve desmistificar a perspectiva de escravido poltica. Assim, torna-
se necessrio construir um sistema de comunicao pblica que seja baseado na
interrelao ativa e cooperativa dos indivduos de uma mesma sociedade.
O ltimo texto deste captulo de autoria de FLIX GUATTARI e intitulado Da
produo de Subjetividade.
GUATTARI levanta a questo de o ser humano ser capaz de escapar dependncia
da mquina, questionando se em seu dia-a-dia no sente a necessidade da
"assistncia por computador"?
De acordo com o pensamento de NEGRI, GUATTARI acredita que as mquinas no
so potncias diablicas que estariam ameaando dominar ao homem.
Antes o homem era governado por uma subjetividade inconsciente, hoje a mquina o
. Claro que no de uma subjetividade humana, mas maqunica. Hoje as mdias e
telecomunicaes tendem a duplicar as antigas relaes orais e escritas, as matrias-
primas naturais vo dando espao novos materiais, com a velocidade dasmquinas, milhares de dados podem ser tratados em pouqussimo tempo e a
engenharia biolgica busca novas modelaes de formas vivas...
Com todas estas mudanas o homem se encontra perdido. As figuras inconscientes
de poder e do saber so universais e estas controlam a subjetividade. Entretanto,
num amanh, outras modalidades de produo subjetiva podem se tornar a razo de
viver da espcie humana.
Sobre o Captulo IV A Arte e as Tecnologias do Virtual.
O primeiro texto deste ltimo captulo tem o ttulo de Fractais: uma Forma de Arte abem da Cincia e tem como autor BENOIT MANDELBROT.
A arte Fractais se trata de um trabalho que ao princpio buscava uma funcionalidade,
mas que por sua beleza considerado obra artstica.
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 6/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
7/10
A geometria fractal foi desenvolvida em 1970, um corpo de pensamentos, frmulas e
figuras que podem ser chamadas de uma nova linguagem geomtrica.
A utilizao desta arte em auxlio cincia no pode ser dissociado do computador e
no teria sido possvel sem o desenvolvimento do hardware e do software.
Assim, frmulas matemticas podem dar origem a uma quantidade de estruturas
grficas. E com o fractal muitas pessoas podem ser criadoras de obras-de-arte,
atravs da utilizao da informtica.
FRANK POPPER, de 1967 a 1987, escreve sobre As Imagens Artsticas e a
Tendncia. O autor trata sobre uma das questes mais interessantes dos ltimos
vinte anos, que a criao de imagens seja atravs de mtodos cientficos ou atravs
de experimentos tecnolgicos.
Entretanto, ele evidencia que nos anos 80 houve uma ruptura das pesquisas que
vinham sendo desenvolvidas. Com o computador, o audiovisual e as
telecomunicaes no cotidiano, ocorre uma verdadeira revoluo tecnolgica.
Nesta nova realidade, os artistas buscam desenvolver propostas visuais que sejam
significativas para as experincias humanas com relao s novas tcnicas.
Essas mudanas radicais da cultura dizem respeito ao mesmo tempo criao da
imagem, sua percepo e sua socializao. O novo estatuto do artista, da obra e do
espectador se define a partir da situao scio-cultural do hoje. Nesta nova era, o
pensamento tcnico e o pensamento simblico se encontram e com as novas
tecnologias toda a esfera cultural modificada.
A Dupla Hlice, de RAYMOND BELLOUR.
Neste trabalho o autor afirma que se sabe cada vez menos o que imagem, pois hoje
em dia se torna difcil de definir a palavra, com as muitas mudanas e inovaes quetm surgido.
Ele aplica a teoria da dupla hlice tanto fotografia quanto ao cinema. Na primeira o
tempo, a qualidade de presena ou a falha do tempo visado. J no cinema, que
mais vasto, possui um acesso mais direto e complexo e ainda, mas geral do
movimento e do tempo. H vrias modalidades, alm da fotografia, com as quais o
movimento levado para o cinema. Entretanto, mesmo com a rapidez do vdeo
sabido sobre a presena de um intervalo entre uma imagem e outra a ser transmitida.
JEAN-PAUL FARGIER, escreve sobre a Poeira nos Olhos.
O autor recorda da necessidade da realidade para que se crie qualquer coisa, como
a escrita, por exemplo. A realidade anterior a escrita, e da mesma forma, ao vdeo e
ao cinema.
Esta realidade apresentada de distintas formas pelo vdeo e pelo cinema. At que
uma imagem aparea no vdeo ela sofre muitas transformaes, ento esta imagem
ser muito diversa da realidade.
No s a imagem transformada, mas o espao e o tempo tambm, da o efeito de
poeira nos olhos, apresentado pelo autor logo no ttulo do texto. O espectador j no
tem acesso imagem real, mas sim a uma imagem produzida para ser apresentada.
Por fim, o autor ainda recorda que entre as novas tecnologias h opo entre o vdeo
digital e vdeo analgico.
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 7/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
8/10
NELSON BRISSAC PEIXOTO o autor de Passagens da Imagem: Pintura, Fotografia,
Cinema, Arquitetura.
A passagem de todos os tipos de imagens, como os citados no ttulo confunde o
imaginrio das pessoas, que se encontram em um grande cruzamento de imagens na
contemporaneidade.
Estas pessoas esto entre o real e o imaginrio, o figurativo e o abstrato, o
movimento e o repouso, seja no filme ou na arquitetura, na pintura ou na TV.
A imagem contempornea agrupada no vdeo, atravs da hibridizao de imagens,
da assimilao das outras imagens surge o vdeo, a imagem eletrnica. O vdeo o
ponto de interseco entre duas partes, o suporte destas experincias de
decomposio e recomposio.
A ltima Imagem o ttulo do texto de KATIA MACIEL. Nele a autora trata do cinema.
Para ela, o cinema a expresso da imaginao e est ligado representao da
iluso.
A imagem do cinema compreendida como sonho, como espelho, como fantasia...
MACIEL define como a grande mudana deste tipo de imagem a interao/tempo real.
Com a velocidade dos computadores a distncia que separava a imagem do
observador foi suprimida.
Hoje alguns filmes so frutos de programas de computador. A cinematografia
sucumbiu influncia da era computadorizada. Na opinio da autora, filmes como
Tron: uma odissia eletrnica ou O Exterminador do Futuro II, no fazem cinema, mas
efeitos especiais.
Ela apresenta ainda a idia de CLEMENTE ROSSET, quem acredita que as pessoas,
por ser iludidas diante da era da no-imagem, e por isso incurveis, no sequestionaro sobre o futuro do cinema.
JEAN-FRANOUS LYOTARD escreve o texto Algo assim como: "Comunicao... sem
Comunicao".
Para o autor a partir do termo comunicao se deduz que a obra, ou tudo o que tido
como arte, induz a um sentimento.
Entretanto, introduzida outra concepo de comunicao ao se conceber que a
comunicabilidade est intimamente ligada ao sentimento esttico singular, que por
sua vez imediato. O autor questiona o que ocorre com o sentimento esttico quandoso propostas situaes calculadas como estticas?
O sentimento a recepo imediata daquilo que se d. Toda obra, necessariamente,
leva clculos em sua criao, toda e qualquer reproduo industrial est
profundamente conectada ao sentimento esttico.
ERIC ALLIEZ escreve o Posfcio deste trabalho e o intitula como Carta a Andr
Parente: Entre Imagem e Pensamento. O autor ganha do organizador deste trabalho
a tarefa de concluir e de comentar todo o contedo do mesmo. quando ALLIEZ
(1999, p. 267) cumpre sua tarefa atravs das palavras:
"No toda a imagem "clssica" do pensamento que se v invertida, quando o
prprio registro da imagem escapa objetivamente, isto , tecnicamente lgica da
representao que na forma interior de sua historicidade bimilenar ela havia
contribudo para fundar?"
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 8/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
9/10
Concluso
Para concluir esta resenha possvel se utilizar ainda das palavras de LYOTARDE
(1999), quando resume a funo desta coletnea organizada por PARENTE ao
escrever que:
"A questo colocada pelas novas teconologias aqui, quanto sua relao com a arte,
a do aqui e agora. O que o "aqui" indica quando usamos o telefone, a televiso, o
receptor do telescpio eletrnico? E o "agora"? Ser que o componente "tele-" noir, necessariamente, misturar a presena, o "aqui-agora" das formas e de sua
recepo "carnal"?"
O autor define o sentimento e a percepo, sua e dos autores que tratam das novas
funes da imagem e dos meio eletrnicos, e, alm disso, apresenta a insegurana e
as incertezas das pessoas neste ambiente novo, envolvido pelo mundo do virtual.
Isto o que se depreende da leitura desta coletnea, em que autores esclarecem o
sentido da imagem, a sua evoluo na histria, e o seu carter altamente mutvel que
possui hoje. Desta forma, se verificam algumas possveis reaes do homem e do
artista diante destas mudanas.
Ao usar este artigo, mantenha os links e faa referncia ao autor:
Resenha Sobre Imagem Mquina publicado 27/09/2008 porTania Regina
Martins Machado em http://www.webartigos.com
Quer publicar um artigo? Clique aqui e crie j o seu perfil!
TANIA REGINA MARTINS MACHADO
Licenciada em Letras Espanhol pela UFSM em maro de 2007, cursando
Letras Portugus e Mestrado em Estudos Lingusticos (UFSM)
Ler outros artigos de Tania Regina Martins Machado
No encontrou o que procurava?
Pesquisar
Comentrios
Assessoria Acadmica 24hsTrabalhos com Mestres e Doutores MegaPromoo consulte!www.elitemonografias.com.br
Memria Para Computador?DDR2 SDR DDR DIMM SDRAM SODIMM Mem.originais Kingston, consulte.www.SoMemorias.com.br
Quer Ser Modelo/Manequim?estamos selecionando cadastre-se caso tenha operfilwww.moddels.com.br
Cmeras digitais - aquiDiversos modelos de cmeras pelos menorespreos. Confira aqui!www.Shopping.UOL.com.br
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
webartigos.com/articles//pagina1.html 9/10
8/6/2019 Resenha Sobre Imagem Mquina
10/10
Avalie este artigo e deixe seu comentrio:
Avaliao: * Pssimo Excelente
Seu Nome *: Seu E-mail *: Site:
Digite os caracteres da imagem no campo ao lado.
Verificao:
Enviar
2006-2010 WebArtigos.com - Site para enviar textos, monografias, poesias, crnicas. Privacidade. Dvidas:
22/07/2010 Resenha Sobre Imagem Mquina
b i / i l / / i 1 h l 10/10