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Resoluções das Atividades VOLUME 2 | BIOLOGIA 2 Pré-Universitário | 1 Sumário 1 Aula 8 – Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas ........................................................................... 01 A A seleção corresponde a uma diferença consistente e não aleatória nas taxas reprodutivas de entidades bio- lógicas fenotipicamente (e genotipicamente) distintas. Assim, a seleção promove o aumento do potencial reprodutivo dos organismos mais adaptados a deter- minada condição ecológica, diminuindo a frequência daqueles desvantajosos para essa mesma condição. Esse conceito matemático evita os adjetivos “natural” e “artificial”. Podemos estabelecer, todavia, uma dife- rença quanto ao agente seletivo. A seleção natural apre- Aula 8 Atividades para Sala Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas sentaria como agente a natureza, e a seleção artificial teria como agente o homem. A referência na questão abordada no texto diz respeito às mudanças na pigmen- tação dos periquitos australianos criados em cativeiro, mais precisamente o periquito de exposição. Como a ocorrência do fenômeno derivou da domesticação e da criação em cativeiro pelo homem, podemos concluir que as variações foram caracterizadas por uma seleção artificial. 02 B A seleção artificial, conduzida pelo ser humano, é a adaptação e/ou seleção dos seres vivos, animais e plan- tas que mais lhe interessam com o objetivo de realçar determinadas características dos organismos. Com isso, ocorre o risco do criador escolher indivíduos portadores de características como: ausência de algumas enzimas e problemas visuais, em detrimento das características que lhes seriam adaptativas em ambiente natural. 01 A A seleção estabilizadora ou seleção purificante é um tipo de seleção natural em que a diversidade genética diminui quando a população estabiliza em um valor de determi- nada característica em particular. Ou seja, valores extre- mos da característica são selecionados negativamente. Os 03 E Em genética populacional, a seleção direcional ocorre quando a seleção natural favorece um único fenótipo e, por isso, a frequência alélica muda continuamente na mesma direção. Sob seleção direcional, o alelo vantajoso vai aumentar em frequência independentemente da sua dominância em relação aos outros alelos (isto é, mesmo que o alelo vantajoso seja recessivo, eventualmente ficará fixado na população). A seleção direcional age sobre os fenótipos extremos (homozigotos) de uma população ao longo das gerações. Dessa forma, podemos concluir que os exemplos mencionados no trecho do livro Evolução, ciência e sociedade, abordado na questão, demonstra tipos de seleções direcionais. 04 B A análise gráfica permite-nos observar os dados coletados da aplicação do inseticida DDT em uma população de mos- quitos durante vários meses. Verificamos que logo após a 1 a aplicação (ocorrida com 2 meses) houve um declínio significativo na população dos insetos, caracterizado pela seleção negativa dos indivíduos sensíveis ao DDT. Durante a curva II, houve a seleção positiva dos insetos resistentes, fato observado pelo retorno do crescimento da população de insetos a partir do 3 o mês de observação e coleta dos dados. Assim, podemos concluir que o DDT tem ação sele- tiva sobre populações de insetos. Atividades Propostas

Resoluções das Atividades - Educacional · vai aumentar em frequência independentemente da sua ... A capacidade de crescimento de uma população é o seu potencial biótico, que

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Resoluções das Atividades

VOLUME 2 | BIOLOGIA 2

Pré-Universitário | 1

Sumário1Aula 8 – Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre

populações humanas ...........................................................................

01 A

A seleção corresponde a uma diferença consistente e não aleatória nas taxas reprodutivas de entidades bio-lógicas fenotipicamente (e genotipicamente) distintas. Assim, a seleção promove o aumento do potencial reprodutivo dos organismos mais adaptados a deter-minada condição ecológica, diminuindo a frequência daqueles desvantajosos para essa mesma condição. Esse conceito matemático evita os adjetivos “natural” e “artificial”. Podemos estabelecer, todavia, uma dife-rença quanto ao agente seletivo. A seleção natural apre-

Aula 8

Atividades para Sala

Seleção artificial e seu impacto sobre ambientes naturais e sobre populações humanas

sentaria como agente a natureza, e a seleção artificial teria como agente o homem. A referência na questão abordada no texto diz respeito às mudanças na pigmen-tação dos periquitos australianos criados em cativeiro, mais precisamente o periquito de exposição. Como a ocorrência do fenômeno derivou da domesticação e da criação em cativeiro pelo homem, podemos concluir que as variações foram caracterizadas por uma seleção artificial.

02 B

A seleção artificial, conduzida pelo ser humano, é a adaptação e/ou seleção dos seres vivos, animais e plan-tas que mais lhe interessam com o objetivo de realçar determinadas características dos organismos. Com isso, ocorre o risco do criador escolher indivíduos portadores de características como: ausência de algumas enzimas e problemas visuais, em detrimento das características que lhes seriam adaptativas em ambiente natural.

01 A

A seleção estabilizadora ou seleção purificante é um tipo de seleção natural em que a diversidade genética diminui quando a população estabiliza em um valor de determi-nada característica em particular. Ou seja, valores extre-mos da característica são selecionados negativamente. Os

03 E

Em genética populacional, a seleção direcional ocorre quando a seleção natural favorece um único fenótipo e, por isso, a frequência alélica muda continuamente na mesma direção. Sob seleção direcional, o alelo vantajoso vai aumentar em frequência independentemente da sua dominância em relação aos outros alelos (isto é, mesmo que o alelo vantajoso seja recessivo, eventualmente ficará fixado na população). A seleção direcional age sobre os fenótipos extremos (homozigotos) de uma população ao longo das gerações. Dessa forma, podemos concluir que os exemplos mencionados no trecho do livro Evolução, ciência e sociedade, abordado na questão, demonstra tipos de seleções direcionais.

04 B

A análise gráfica permite-nos observar os dados coletados da aplicação do inseticida DDT em uma população de mos-quitos durante vários meses. Verificamos que logo após a 1a aplicação (ocorrida com 2 meses) houve um declínio significativo na população dos insetos, caracterizado pela seleção negativa dos indivíduos sensíveis ao DDT. Durante a curva II, houve a seleção positiva dos insetos resistentes, fato observado pelo retorno do crescimento da população de insetos a partir do 3o mês de observação e coleta dos dados. Assim, podemos concluir que o DDT tem ação sele-tiva sobre populações de insetos.

Atividades Propostas

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VOLUME 2 | BIOLOGIA 2

dados apresentados no gráfico permitem-nos observar a distribuição em porcentagem da população por peso, e verificamos uma distribuição elevada de indivíduos feno-tipicamente e genotipicamente portadores de aspectos intermediários, o que caracteriza a seleção estabilizadora. Observamos maior mortalidade nos indivíduos com peso fora da faixa média. As diferenças genéticas estabelecidas para a ocorrência da seleção decorrem de mutações e recombinações gênicas.

02 B

O quadro pandemiológico da AIDS no mundo favoreceu um amplo avanço da indústria de antirretrovirais. Hoje, já são mais de 20 medicamentos disponíveis no mercado. Contudo, esse tratamento terapêutico traz um problema para as futuras gerações: o alto poder mutante do vírus HIV somado à ação seletiva da aplicação contínua de uma variedade dessas drogas nos pacientes têm permitido o surgimento de cepas virais multirresistentes aos medica-mentos disponíveis no mercado.

03 C

A capacidade de crescimento de uma população é o seu potencial biótico, que é medido por meio de fatores como: capacidade de reprodução da espécie, mecanismos de defesa contra predadores, resistência a doenças, capa-cidade de migração, de adaptação a mudanças ambien-tais etc. Assim, uma espécie não cresce indefinidamente, pois existem fatores que impedem que isso ocorra, como competição, predatismo, escassez de recursos do meio. Isso é importante para que a população não ultrapasse o limite determinado que o ambiente seja capaz de sus-tentar. Assim, todas as populações crescem formando curvas sigmoides, pois apresentam um ponto de estabili-zação determinado pela resistência do meio. A população humana é a única que cresce em uma curva J (jota), ou seja, cresce indefinidamente sem praticamente nenhum controle. Os fatores destacados no texto representam uma diminuição da resistência do meio. O ruim desse tipo de crescimento é que a tendência é que essa curva cresça muito até chegar a um limite em que os recursos do meio se esgotem e haja uma queda brusca dessa população.

04 A

Indivíduos doentes que, sem o uso dos remédios citados, poderiam morrer antes de atingir a idade reprodutiva, na atualidade, sobrevivem, conseguindo transmitir seus genes aos descendentes. Isso diminui o efeito da seleção natural sobre as populações humanas.

05 E

O uso indiscriminado de antibióticos na população favo-receu, ao longo de décadas sem uma devida fiscalização dos órgãos de controle da saúde nacional, a seleção de linhagens de bactérias mutantes, resistentes aos antibió-ticos, trazendo um quadro preocupante para a saúde da população como um todo.

06 A

Os progressos da Medicina condicionaram a sobrevi-vência de um número cada vez maior de indivíduos com constituições genéticas que só permitem o bem-estar quando seus efeitos são devidamente controlados por meio de drogas ou procedimentos terapêuticos. São exemplos os diabéticos e os hemofílicos, que só sobre-vivem e levam vida relativamente normal ao receberem suplementação de insulina ou do fator VIII da coagulação sanguínea. Assim, podemos concluir que o avanço da Medicina permitirá um aumento da frequência de genó-tipos que não promovem uma significativa adaptação em um ambiente natural. Dessa forma, a previsão é que as gerações futuras passem a depender cada vez mais de efeitos de bem-estar controlados por drogas ou procedi-mentos terapêuticos.

07 B

A terapia de diagnóstico e o tratamento de indivíduos por-tadores de hemofilia permitem o aumento da expectativa de vida dos portadores do alelo recessivo e promovem um aumento de sua frequência na população. Assim, pode-mos concluir que tal atividade terapêutica permite alte-rar a distribuição na frequência de fenótipos/genótipos que, em um ambiente natural, poderiam não apresentar a mesma distribuição verificada.

08 B

A observação dos gráficos mostra, no caso A, que as curvas das populações de moscas e de vespas são praticamente “paralelas” e oscilam juntas. No caso B, ao contrário, a manutenção de moscas adultas resistentes na caixa per-mitiu que essa característica adaptativa fosse transmitida à descendência, fixando-se na população, que se tornou cada vez mais adaptada. Isso explica o fato de a curva que designa a população de vespas ser “deprimida”, por falta de alimento, já que ocorre uma seleção das larvas resisten-tes ao parasitismo das vespas.

A hipótese III, por sua vez, representa uma explicação lamarckista do processo de evolução, que não é aceita na atualidade.

09 B

Como podemos observar na figura, o fenótipo resistente sur-giu antes da aplicação do antibiótico ampicilina, mostrando ter sido um evento resultante de mutações espontâneo-alea-tórias que apenas é selecionado pelo uso do antibiótico.

10 A

A administração de leite durante os períodos lactentes dos mamíferos, como observado entre povos pastoris da Tanzânia, do Quênia e do Sudão, além de outros lugares, favoreceu a seleção de genes mutantes (surgidos de forma aleatória e distinta entre os povos) que se fixaram na popu-lação ao longo do tempo, revelando um fenômeno curioso de convergência evolutiva.