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AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE
DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL
NOTA: 8,0
RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE NA ESCOLA
Indiamara Ribeiro da Silva
Orientadora: Profª. Ma. Marina Silveira Lopes
GUARANTÃ DO NORTE/2014
AJES – FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE
DO JURUENA
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL
RESPONSABILIDADE SOCIAL E MEIO AMBIENTE NA ESCOLA
"Trabalho apresentado como exigência
parcial para a obtenção do título de
especialização em Educação e Gestão
Ambiental."
GUARANTÃ DO NORTE/2013-ok?
AGRADECIMENTO
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou
o meu caminho durante esta caminhada.
Agradeço também ao meu esposo Genilson
Ribeiro da Silva que de forma especial e
carinhosa me deu força e coragem, me apoiando
nos momentos de dificuldades.
Aos meus familiares por me apoiar e
compreender a minha ausência nos fins de
semana, também aos meus colegas de sala que
me aturou, dividiram seus fins de semana
comigo.
À minha querida amiga Dayane Araújo Pereira,
com sua paciência e dedicação revisou meus
textos apontando meus erros e oferendo
sugestões às quais foram muito bem aceitas.
Não conseguiria transmitir em palavras o quanto
foi importante seu apoio nas horas que tive mais
dificuldades.
DEDICATÓRIA
Dedico esta, bem como todas as minhas
demais conquistas, aos meus amados pais
Thadeu Smozinski e Irma Smozinski os quais
sempre me apoiaram nessa longa jornada em
todos os momentos.
Dedico também ao meu esposo Genilson
Ribeiro da Silva, que sempre me incentivou á
não desistir nos momentos difíceis que passei.
EPíGRAFE
“Tudo posso naquele que me fortalece”.
Filipenses 4-13
RESUMO
Diante de tantos acontecimentos negativos referentes a degradação do meio ambiente, se faz necessário buscar medidas que diminuam os impactos que a atividade humana vem causando a natureza, nesse sentido, deve-se buscar não apenas modificar as atividades desempenhadas pelo homem, mas sim deve-se buscar mudar as próprias atitudes e postura do homem, ou seja deve-se buscar modificar a visão do ser humano em relação ao meio ambiente e os recursos naturais, dessa forma o presente trabalho foi desenvolvido a fim de buscar entender a abordagem da responsabilidade social e assuntos ambientais a serem desenvolvidos no âmbito escolar, e ainda verificar a forma de abordagem e promoção da educação ambiental. Sendo assim, esse é o principal objetivo da presente pesquisa, apurar no meio escolar qual a importância dada a assuntos inerentes ao meio ambiente, se há um comprometimento ou não por parte dos professores, e se há manifesto interesse por parte dos alunos, e por meio dos estudos bibliográficos e mediante a realização do projeto referente a paisagismo escolar, foi possível verificar que há interesse por parte do corpo docente em desenvolver projetos e campanhas a fim de propagar a preservação do meio ambiente, o que se observa é a falta de incentivo e apoio, por exemplo, dos governantes que não buscam de nenhuma maneira incentivar causas que visão a proteção ambiental e ampliação de uso de técnicas sustentáveis, como foi possível verificar no projeto desenvolvido. Mesmo diante das dificuldades referentes a apoio didático os educadores buscam dentro de suas possibilidades oferecerem aos alunos princípios básicos inerentes a educação ambiental, visando passar a eles conceitos importantes referentes à responsabilização social no que diz respeito à proteção ambiental. Sendo assim, os objetivos do presente estudo foram alcançados de maneira satisfatória, pois foi possível, visualizar de maneira clara o quão importante é a abordagem da educação ambiental e responsabilidade social no âmbito escolar. Palavras-chave: Educação Ambiental, Meio Ambiente, Escola, comprometimento.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................08
1 RESPONSABILIDADE SOCIAL INERENTE AO MEIO AMBIENTE.....................10
2EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE.......13
3 RESPONSABILIDADE SOCIAL REFERENTE AO MEIO AMBIENTE EM SALA
DE AULA....................................................................................................................16
4 METODOLOGIA.....................................................................................................19
4.1 Escolha do método de pesquisa.......................................................................19
4.1.1 Unidade de análise..........................................................................................19
4.1.2 Coleta de dados...............................................................................................20
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS...................................................................21
5.1 Coleta e análise de dados..................................................................................21
CONCLUSÃO............................................................................................................24
REFERÊNCIAS..........................................................................................................25
ANEXOS....................................................................................................................27
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Fachada da escola antes do projeto...................................................21
Figura 02 – Fachada da escola depois do projeto................................................22
Figura 03 – Escola antes do projeto .....................................................................22
Figura 04 – Escola depois do projeto.....................................................................22
INTRODUÇÃO
Atualmente uma das funções da educação é lutar pela preservação do meio
ambiente, para que todas as espécies sobrevivam, pois as pessoas tem a
capacidade de modificar o meio ambiente, por isso mesmo tem a responsabilidade
de zelar pelo mesmo. Embora o ser humano tenha alcançado um alto nível
tecnológico e científico, ainda não conseguiu diminuir as diferenças entre os povos.
Mesmo tal tema possuindo suma importância, ainda hoje há professores que
abordam essa matéria de maneira secundária, ou seja, não se empenham em
aplicar aos alunos a educação ambiental como qualquer outra matéria curricular,
tendo em vista que a questão ambiental vem sendo considerada como cada vez
mais urgente e importante para a sociedade.
Essa pesquisa foi desenvolvida por meio de pesquisas em fontes literárias
que ofereceram informações pertinentes a matéria, e ainda foi realizada uma
pesquisa de campo no ano de 2013 no campo escolar no período letivo, com o foco
de averiguar a responsabilidade social e do meio ambiente no âmbito escolar da
Escola Estadual André A. Maggi, objetivando analisar se os professores possuem
preparação para trabalhar o assunto com os alunos e ainda confirmar se o assunto
referente a preservação e conservação do meio ambiente esta sendo aplicado no
cotidiano escolar juntamente com recursos didáticos e pedagógicos disponíveis.
A fim de facilitar a compreensão da matéria, o trabalho foi desenvolvido em
tópicos, sendo abordado inicialmente a questão da responsabilidade social referente
ao meio ambiente, em seguida foi tratada a importância da educação ambiental e a
forma de abordagem desse assunto em sala de aula. Por fim, foram apresentados a
metodologia adotada para o desenvolvimento do estudo, as considerações finais
demonstrando os resultados obtidos, as referências utilizadas e os anexos.
Dessa maneira considerando a importância desta temática, o presente
trabalho buscou apurar a importância de se tratar a matéria de preservação e
conservação do meio ambiente no âmbito escolar, pois é na escola que eles estão
construindo suas posturas éticas, suas atitudes e seus valores, é na instituição de
ensino que ele compreenderá as atrocidades que o meio ambiente vem sofrendo há
tempos, e diante desta situação que ele desenvolverá valores e atitudes de respeito
ao meio ambiente, a importância de sua preservação e conservação para a
sobrevivência humana do presente e do futuro.
CAPITULO I
RESPONSABILIDADE SOCIAL EM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE
VIEIRA (2004) trata de responsabilidade social de maneira que tal
responsabilidade é a nova moda do século, pois está em grande destaque tanto no
âmbito acadêmico profissional quanto no empresarial, portanto todas as empresas
necessitam ter sua responsabilidade social para o seu pleno funcionamento para
uma sociedade mais justa, ela deve ser um fator decisivo para o desenvolvimento e
o crescimento das empresas, é uma forma de cumprir com os deveres e com as
obrigações tanto das pessoas quanto das empresas com a sociedade de modo
geral.
Nesse mesmo sentido MAKRAY (2000) entende que a responsabilidade
social é uma atitude que deve partir de todos, incluindo a sociedade e organizações
de uma forma geral, que não basta serem apenas organizações sociais, mas
também ter participação de cada indivíduo no exercício de seus mais diferentes
papéis. Sabemos que temos a responsabilidade de respeitar e garantir uma vida
com dignidade para as futuras gerações, portanto nossas ações devem ser
conscientes, buscar práticas de melhorar nosso modo de agir no mundo.
A responsabilidade social quando não cumprida em campos como
empresarial, civil e penal, serão passíveis de punição. No que tange à
responsabilidade civil por dano ao meio ambiente, destaca-se em nosso
ordenamento jurídico a Lei 6.938/81, que no parágrafo primeiro do seu artigo 14,
temos:
Art 14 [...]
§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o
poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar
os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade.
Ainda de maneira oportuna se faz importante salientar as palavras de Carlos
Roberto Gonçalves:
A responsabilidade civil independe, pois, da existência de culpa e se funda na ideia de que a pessoa que cria o risco deve reparar os danos advindos de seu empreendimento. Basta, portanto, a prova da ação ou da omissão do réu, do dano e da relação de causalidade.
Já a responsabilidade criminal está prevista na Constituição Federal de 1988,
em seu art. 225 e parágrafo 3:
Art. 225 [...] [...] § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Nesse mesmo sentido a Lei nº 9.605/98, estabelece que:
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la. Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
A responsabilidade social, é a responsabilidade que cada indivíduo possui
frente à coletividade, dessa maneira, a responsabilidade social pode ser vista em
pequenas ações que podem fazer uma diferença enorme a natureza, pois esses
pequenos atos que podem partir de dentro de nossas próprias casas e levados a
comunidade que aos poucos envolverá a participação de toda a sociedade podem
proporcionar grandes benefícios a sociedade e ao meio ambiente.
Dessa maneira é necessário que todos tenham a consciência da importância
desta temática, pois caso não cumpram seu papel social, poderão ser
responsabilizados tanto na esfera cível como na criminal. Sendo assim a ideia de
responsabilidade social devem ser desenvolvidas desde as séries inicias para que
nossas crianças cresçam sabendo que faz muita diferença se tornar cidadãos
responsáveis acerca dos problemas ambientais.
É de grande relevância estudar a responsabilidade social a qual o sujeito que
agride o meio ambiente está sujeito, pois dessa forma demonstra a seriedade em se
buscar manter o meio ambiente, equilibrado sadio e conservado. .
1.1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Atualmente é necessária uma grande demanda na exploração dos recursos
naturais para atender as necessidades dos seres humanos. Mas infelizmente estes
recursos que a natureza nos fornece estão cada vez mais escassos, são grandes
avanços tecnológicos, porém, os danos que estes vêm causando no meio ambiente
podem ser irreversíveis. A exploração desses recursos passou a ser feita de forma
incontrolável, o que acabou colocando em risco todos estes bens (BELLEN, 2005).
A exploração dos recursos naturais se intensificou muito e adquiriu outras
características, a partir das revoluções industriais e do desenvolvimento de diversas
novas tecnologias, e os grandes avanços tecnológicos viabilizaram formas de
produção de bens com consequências indesejáveis que se agravam com rapidez. A
exploração dos recursos naturais, por exemplo, passou a ser feita de forma
demasiadamente intensa, prejudicando sua renovabilidade (BELLEN, 2005).
Mas demonstrar interesse a este assunto que nos dia atuais é tão comentado
e ao mesmo tempo criticado, que passa a desenvolver no indivíduo certa revolta, até
mesmo uma acomodação, somos sabedores que a preservação do meio ambiente é
fruto de uma educação patriarcal ate certo ponto, pois no momento em que deve se
haver mudanças é dali o ponto de partida os novos conflitos emergens nos pontos
de sutura existentes entre os domínios de reprodução cultural, integração social e
busca de identidades de um lado, e os domínios de reprodução material e
administração da sociedade de outro (HABERMAS, 1989).
Segundo Sorrentino et ali ( 2005, p.112) a educação ambiental nasce como
um processo educativo que conduz a um saber ambiental materializado nos valores
éticos e nas regras políticas de convívio social e de mercado, que implica a questão
distributiva entre benefícios e prejuízos da apropriação e do uso da natureza. Ela
deve, portanto, ser direcionada para a cidadania ativa considerando seu sentido de
pertencimento e responsabilidade que, por meio da ação coletiva e organizada,
busca a compreensão e a superação das causas estruturais e conjunturais dos
problemas ambientais.
A Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA–lei 9795/99) entende a
Educação Ambiental como:
Processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos e habilidades, atitudes e competências voltadas para conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética
sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar
seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida pelos seres
humanos. Ao praticarmos a Educação Ambiental, primeiramente devemos
considerar que em todo processo de educação há uma esperança.
FREIRE (1983, p.79) afirma que “Não há educação sem amor e sem
esperança”, portanto na educação ambiental além de uma visão critica da realidade
em relação ao futuro do planeta, o educador deve manter a esperança, tornando
assim a educação sempre inovadora e transformadora.
Atualmente, o mundo luta por um meio ambiente equilibrado, sabemos que a
poluição além de prejudicar o ecossistema como um todo, põe em risco
principalmente a saúde dos seres humanos. São diversos tipos de complicações,
que vão de simples ruídos causando stress aumentando os batimentos cardíacos, as
mais graves doenças respiratórias que podem levar a morte dos indivíduos.
São muitos os fatores que vem sofrendo alterações devido ao alto nível de
poluição atualmente, nossas águas e o ar que respiramos são os que estão
passando por maiores mudanças, como: fortes secas, grandes inundações, diversos
tipos de doenças infecciosas e por incrível que se parece à tendência é aumentar a
cada dia. E o principal causador de todos estes transtornos na natureza é o homem,
porem é o que mais se prejudica. Para evitar e impedir que prejuízos ambientais
aconteçam devemos agir todos com o mesmo objetivo de despoluir a natureza, pois
é uma ação que depende de todos nós, agindo localmente para que nossas atitudes
positivas reflitam globalmente (GUIMARAES, 1995).
Sabemos que a maior luta que estamos enfrentando hoje é para despoluir o
meio ambiente. A poluição ambiental prejudica e interfere muito o funcionamento dos
ecossistemas, chegando a matar muitas espécies de animais e vegetais. Tudo o que
cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável á sua sustentação constitui o
meio ambiente. Estas condições incluem o solo. O clima, os recursos hídricos, o ar,
os nutrientes e os outros organismos (REIGOTA, 1992).
Nossas águas, nosso ar e nosso solo estão todos sofrendo grandes
mudanças por consequência da poluição. As queimadas são um dos mais graves
problemas enfrentados pelas florestas, pois além da diminuição da vegetação,
causam enorme aumento da emissão de material particulado, ocasionando com a
ampliação da poluição atmosférica e contribuindo com o aquecimento global, fortes
secas, grandes inundações, doenças infecciosas e diversos tipos de poluição vêm
sendo visto todos os dias (ANTUNES, 2004).
A responsabilidade pelo dano ambiental é objetiva, independendo de quem
seja o culpado, que punem o responsável pela degradação e que este arca com
todos os custos para a reparação, preservação e repressão aos danos causados ao
meio ambiente, pois a forma de se agir e pensar não devem ser separados
alcançando assim ações planetárias entre individuo e natureza (GUIMARÃES,
1995).
Ter conhecimento sobre a existência da responsabilidade civil é de suma
importância, pois se faz necessário ressaltar sempre que sempre que houver
qualquer desrespeito ao meio ambiente o sujeito estará sujeito a sanções. No
capítulo seguinte, será tratada a forma de abordagem da responsabilidade social
sobre o meio ambiente em sala de aula.
CAPITULO II
RESPONSABILIDADE SOCIAL REFERENTE AO MEIO AMBIENTE EM SALA DE
AULA
Sabemos que toda escola tem como objetivo contribuir na formação de
cidadãos com opiniões critica e inovadoras, oferecendo aprendizado para que
possam construir uma vida profissional digna e uma sociedade melhor. E o papel do
educador é fundamental para o desenvolvimento deste processo (FREIRE, 1983).
O mundo esta crescendo e com tanto desenvolvimento esta passando por
constantes transformações, as quais nos despertam interesses, curiosidades e
preocupações. Portanto, nossa responsabilidade em relação com o meio ambiente
se torna cada vez mais importante, pois é da natureza que tiramos nosso sustento, é
devido aos recursos disponíveis que ela nos fornece, que sobrevivemos, por isso é
fundamental um maior entendimento no que se diz respeito ao meio ambiente, é
fazer com que os alunos passam a ter pensamentos e opiniões críticas, que eles
passam a conhecer todas as qualidades que existe na natureza (LEMOS, 1991).
É importante que nas escolas desenvolvam projetos voltados ao meio
ambiente, para que os alunos possam compreender o porquê é necessário a sua
preservação e conservação, que aprendam a fazer um bom uso dos recursos
naturais, saber usa-los com consciência garantindo um meio ambiente sábio para as
futuras gerações.
Vivemos em um mundo rodeado de transformações, as quais nos despartam
interesses e curiosidades. Contudo a nossa relação com o meio ambiente torna-se
mais importante ainda, porque é da natureza que dependemos para sobreviver. Com
relação a isso, para o desenvolvimento de projetos e sensibilizações com o tema
meio ambiente é necessário que os alunos passem a conhecer as características e
as qualidades da natureza, o porquê é necessário sua preservação e conservação,
como fazer um bom uso dos recursos naturais, usar com consciência para podermos
construir e assegurar estes recursos para as próximas gerações (HABERMAS,
1989).
É uma educação ambiental que deve começar desde o primário até o
magistério, trabalhar com atitudes e com formações de valores, fazer com que cada
indivíduo explore seu senso crítico e exponham suas opiniões, levando em
consideração todos os problemas ambientais existentes, como por exemplo: o uso
descontrolado da água, os animais que estão em extinção e os que ainda correm o
risco de entrar, o grande acúmulo de lixos causando diversos tipos de poluição do
ar, o alto nível de áreas desmatadas o que acaba ocasionando uma grande perda de
biodiversidade, enfim é real a necessidade de trabalhar projetos que sensibilizam os
estudantes que os tragam para a realidade que encontramos no nosso planeta hoje.
É necessário desenvolver novas praticas e habilidades na educação principalmente
quando são direcionadas as crianças e aos jovens, buscar novas formas de ensino
onde possam ser trabalhadas questões éticas e sociais, através de diálogos e fazer
com que desperte a curiosidade e o comprometimento de cada individuo, tornando
possível um melhor entendimento com as questões socioambientais (CORREA,
2001).
Conforme a Secretaria do Meio Ambiente (2003), a melhor coisa que se pode
dizer sobre as condições do meio ambiente mundial é que as pessoas estão
começando a preocupar-se com esse problema. Problema este, que devem a vir
soluções também de nossos governantes, pois os mesmos tem seu papel importante
onde deve definir e impor as leis e fiscalizar se as mesmas estão sendo cumpridas,
contribuindo assim com o melhoramento do meio em que vivemos.
FRACALANZA (2004) relata que muitas vezes, no interior das escolas, as
propostas de Educação Ambiental, praticadas pelos professores, parecem-nos muito
semelhantes entre si. Além das usuais práticas e conteúdos sugeridos pelos livros
didáticos os professores realizam algumas excursões visitando o entorno da escola
ou áreas protegidas buscando recreação ou atividades de coleta de resíduos sólidos
e de destinação dos resíduos coletados para reciclagem e comemoram datas
festivas, relacionadas ao meio ambiente.
A atuação do professor é fundamental, pois proporciona aos alunos ações
fundamentais no comportamento para que se tornem cidadãos conscientes das suas
atitudes em relação à preservação da natureza. Na opinião de Correa (2001, p. 54.):
Procura-se desenvolver atitudes e ações de conservação e preservação do ambiente natural, na comunidade, demonstrando que a utilização de práticas de proteção ao meio ambiente resulta no proveito próprio e comunitário, ajudando a desenvolver uma postura social e política preocupada e comprometida com a questão da vida na Terra.
Nesse sentido, a responsabilidade da escola e do professor promoverem o
questionamento, o debate, a investigação, visando o entendimento da ciência como
construção histórica e como saber prático, superando as limitações do ensino
passivo, fundado na memorização de definições e de classificação sem qualquer
sentido para o aluno.
A prevenção e a preservação da natureza devem ser concretizadas por meio
de uma consciência reciclada e ecológica, a qual deve ser desenvolvida através de
uma politica de educação ambiental. A atuação do professor é essencial, pois
proporciona aos alunos ações fundamentais no comportamento para que se tornem
cidadãos conscientes das suas atitudes em relação à preservação da natureza
(FIORILLO, 2006).
Tendo em vista a necessidade de informar e gerar conhecimentos a cerca
não somente de problemas ambientais, mas de toda a relação socioambiental,
tornou-se necessário inserir a temática na escola, uma vez que os educandos
possuem amplo potencial enquanto multiplicadores de conhecimento, pois
apresentam empatia cognitiva com as novas tecnologias e criam novas
possibilitadas que levam a formas e maneiras de perceberem e mostrarem os fatos,
sendo então capazes de repassarem as informações apreendidas no contexto
escolar para toda a sociedade da qual fazem parte (PCN, 2001).
Além disso, a identificação do papel dos educandos enquanto membros de
uma sociedade, diante da crise ambiental que atinge todo o planeta, é uma maneira
eficaz de fazer surgir o sentimento de responsabilidade sobre os problemas que
atingem o meio ambiente, do qual eles também fazem parte. É essencial que
percebam que não só a fauna e a flora sofrem com o desequilíbrio que se configura
no ambiente, pois eles também fazem parte da natureza (PCN, 2001).
A escola, mais que uma instituição social, é um corpo vivo que interage e
interfere em seu contexto causando inúmeros impactos resultantes na modificação
do seu entorno social. Neste sentido, desenvolver e apoiar ações dentro do contexto
escolar que visem reduzir o descompasso entre escola e modernidade é sempre
uma tarefa que deve ser incentivada. O professor tem sido apontado como um dos
elos indispensáveis para garantir a qualidade da educação, reconhecer a
importância do professor não significa passar a ele toda a responsabilidade pelo
sucesso ou pelo fracasso de nossos sistemas educacionais, mas reconhecer a
necessidade de valorizá-lo.
CAPÍTULO III
METODOLOGIA
Neste capítulo encontra-se detalhado a escolha do método de pesquisa, a
justificativa para tal escolha e as etapas metodológicas a ser seguidas no presente
trabalho.
4.1 ESCOLHA DO MÉTODO DE PESQUISA
Esta pesquisa foi considerada um estudo qualitativo, foi escolhido pelo
proposito de observar, comparar e descrever os resultados obtidos, realizada na
Escola Estadual de Educação Básica André Antônio Maggi, na cidade de Novo
Mundo – MT, no ano de 2013 durante os primeiros semestres do período letivo.
Onde foi acompanhado o desenvolvimento das atividades relacionadas ao meio
ambiente com a presença das turmas dos 03 períodos: matutino, vespertino e
noturno.
4.1.1 COLETA DE DADOS
Para o desenvolvimento da pesquisa deste trabalho foi necessária
observação da implementação do “Projeto Paisagismo Ecológico” desenvolvido
pelos professores e alunos do 3° ano do Ensino Médio da Escola de Ensino Básico
André Antonio Maggi no município de Novo Mundo-MTqual . Tal projeto se dividiu
em diversas etapas, um total de nove, com um tempo de 11 meses, com inicio em
fevereiro de 2013 a dezembro deste mesmo ano. Nestas etapas utilizaram-se
diversos materiais, como: pneus de vários tamanhos que não seriam mais utilizados
em seus respectivos veículos doados pela população, diversas variedades de
plantas de jardim e árvores para sombra trazidas pelos próprios alunos envolvidos
no projeto, obtiveram 200 mudas de cerca viva, 20 pés de coqueiros, além de flores
perenes para compor 17 floreiras. Adubos e terras apropriadas para o plantio e
cultivo das plantas trazidas pela prefeitura, três (3) bancos para hall de entrada da
escola e dois (2) bancos para jardim confeccionados por artesãos do próprio
município de Novo Mundo com madeira de reflorestamento, tinta de variadas cores
para as pinturas dos pneus.
A proponente do projeto juntamente com os professores e os demais
funcionários realizou um pequeno seminário aos alunos da escola explicando a
importância do projeto à escola e ao meio ambiente, tornando um ambiente mais
agradável, adquirindo conhecimentos sobre reciclagem, despertar no aluno o senso
de cuidado e a sensibilidade para a preservação ambiental.
Com base nas explicações dos responsáveis para a realização do projeto
chegou a hora de coloca-las em prática, foi um momento muito importante, pois os
alunos se interagiram completamente com o desenvolvimento do mesmo, passaram
a cuidar mais da aparência da escola.
Para o cultivo foi orientado que se fizesse a regagem das plantas todas as
tardes no período da estiagem que vai nessa região de maio a outubro, esta tarefa
ficou sob a responsabilidade dos alunos das outras séries sob a orientação e
supervisão dos 28 alunos monitores do 3° ano
O objetivo deste projeto foi a melhoria do aspecto visual da escola e através
deste pode-se observar o desenvolvimento do interesse dos alunos quando os
mesmos participam ativamente do processo, colaborando assim para uma
aprendizagem significativa e ao mesmo tempo desenvolve neles a consciência
ecológica.
Sendo assim pode verificar que as atividades que envolvem a prática
conseguem atrair os alunos e com isso despertar nestes o sentimento consciente da
preservação do meio ambiente que acontece concomitante a aprendizagem.
De posse destes levantamentos a pesquisa necessita da análise dos dados
agrupados afim de apontar as informações relevantes a este trabalho ora exposto o
que se segue são apontamentos de informações relevantes oriundas das análises
de tais dados coletados.
CAPÍTULO IV
ANALISANDO E DISCUNTIDO OS DADOSLEVANTADOS
Este capítulo aborda o levantamento e análise dos dados, de forma clara e
precisa, objetivando a solução da problemática e o alcance dos objetivos
estabelecidos.
5.1 COLETA E ANÁLISE DE DADOS
Nos dados relativos a observação da fachada da escola (Anexo 01),
visivelmente se observa que tornou-se um ambiente mais atrativo e alegre, porque
se antes de realiza-lo a escola era uma referência para o município, depois de
desenvolvido o “Projeto Paisagismo Ecológico” se tornou um ponto maior na
identidade escolar, pois ao entrar nos deparamos com diversas plantas, um colorido
que acaba nos trazendo um ar acolhedor e bem zelado pela comunidade escolar.
Vide figura 01 e 02.
Figura 01 - fachada da escola antes
Fonte: Silva, I.R. da, 2013.
Figura 02: fachada da escola depois do projeto
Fonte: Silva, I.R.da 2013.
Nas figuras 03 e 04 a seguir demonstram de maneira clara a diferença no
jardim da escola, antes e depois.
Figura 03: Escola antes do projeto
Fonte: Silva, I.R.da, 2013.
Figura 04: Escola depois do projeto
Fonte: Silva, I.R.da, 2013
Dessa forma, por meio dessas imagens é possível verificar a validade do
emprego de tal projeto, pois por meio da reciclagem de matérias como pneus velhos
foi possível embelezar o jardim da escola, proporcionando certa diferença na
fachada da escola.
Todavia o mais importante sobre as questões colocadas neste trabalho foi a
possibilidade de verificar através da observação o alcance de um projeto e o seu
desenvolvimento, no tocante ao objeto, e no que diz respeito à pesquisa foi uma
oportunidade de levantar e investigar elementos que são possíveis de se
concretizarem com o objetivo de apontar soluções para as questões ambientais,
verificando o próprio meio em que se vive. Quando iniciativas como esta apontada
nesta pesquisa, são factíveis e que a responsabilidade social perpassa também as
demandas ambientais é tão possível quanto necessário que a escola esteja na
vanguarda, essa é razão de ser da escola e a razão de ser da ciência e
principalmente essa é a razão deste trabalho.
CONCLUSÃO
Para o desenvolvimento desta pesquisa foi realizada todas as etapas
programadas, desde a criação até o decorrer de seu desenvolvimento, e por meio
dela foi possível perceber a diferença que o emprego desse projeto fez a escola, até
mesmo para os alunos, pois, houve um maior interesse no aprendizado em sala de
aula com relação as matérias ligadas a preservação e conservação do meio
ambiente.
A fim de buscar verificar a importância da educação ambiental nas escolas e
ainda por meios práticos verificar o interesses dos educadores em se dedicar a se
aprofundar aos ensinamentos referentes a preservação ambiental, foram
desenvolvidas nesse trabalho, pesquisas bibliográficas e ainda foi realizado um
projeto prático junto a Escola Estadual de Educação básica André Antonio Maggi, no
município de Novo Mundo/MT.
Dessa forma, por meio das pesquisas desempenhadas e o desenvolvimento
prático do “Projeto Paisagismo Ecológico foi possível apurar a intenção dos
professores de querer promover a educação ambiental, pois os mesmo se
empenharam de maneira árdua para o desenvolvimento do trabalho, e dessa
maneira foi possível verificar a importância de projetos que incentivem a educação
ambiental, porque houve manifestação de grande interesse por parte dos alunos,
que se mostraram interessados em mudar suas práticas a fim de contribuir para a
conservação e preservação do meio ambiente.
De maneira geral, esta pesquisa sem dúvida foi um desafio, pois exigiu muito
esforço para seu desenvolvimento, porém, com a sua realização possibilitou a todos
se depararem com um novo paisagismo no ambiente escolar, onde os alunos irão
dar a continuidade nos próximos anos.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 7ª ed. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2004. 612 p.
BELLEN, Hans Michael. Educadores de sustentabilidade. Uma análise comparativa. Rio de Janeiro: FGV, 2005. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): Temas Transversais. Brasília: a secretaria, 2001. BRASIL. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. CDCE, Regimento Escolar. Escola Estadual de Educação Básica André A. Maggi, Novo Mundo: MT, 2010. CORREA, Saionara Escobar de Oliveira. O conhecimento da problemática ambiental do lixo na visão dos alunos. Educação Uruguaiana. Itiquira, 2001.
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
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