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Ressonância Paramagnética Eletrônica RPE Prof. Claudio José Magon

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Ressonância Paramagnética Eletrônica

RPE

Prof. Claudio José Magon

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Condutividade ac

Ressonância Magnética

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= Susceptibilidade Magnética = ’ - i ” = Fator de Preenchimento da bobinaL0 = Indutância da bobina vazia

Potência dissipada no resistor equivalente: 1

''2 HP

No futuro veremos que se H1 é pequeno, basta medir ”, pois:

 ’ e ” estão relacionados entre si pelas “Relações de Kramers-Kronig”

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Como medir ” ?

Entretanto, a prática diz que esta técnica é muito pouco sensível, 

principalmente porque: L0 L, R

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Uma modificação interessante

acrescentar um capacitor tal que

Quando isto acontece, o capacitor mata o indutor

o circuito fica assim:

L , R : mesma ordem de grandeza

02

0

11L

CouCL

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E daí, é só isso? Infelizmente não!

A prática diz que o experimento fica interessante quando:

/ 2 109 Hz = 1 GHz

Problema 

Em altas frequências os “fios” do circuito não se comportam mais como fios.

Fios se comportam como “linhas de transmissão”. 

Isto acontece porque o comprimento de onda associado a :

fcc

2

se torna comparável ao comprimento dos fios, por exemplo:

cmHz

segcm

f

c3

10x10

/10x39

10

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Os fios se tornam cabos coaxiais com impedância característica Zo

 Para que não haja reflexões nas terminações, é necessário

“casar” as impedâncias

Uma forma prática de fazer istoé a seguinte:

Z"

C1

Zo

Z"

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E daí, é só isso? Infelizmente não!

Como se constroi um circuito ressonante para 10 GHz ?CL0

1

• Diminuir Lo Diminuir número de espiras• Diminuir C Afastar as placas

E ainda não é suficiente ! ! !

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Este é o desenho práticode uma

“Cavidade de Microondas”(uma caixinha condutora com um furinho)

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A cavidade de microondas

Banda Frequência (GHz) H0 (para g = 2)

X 9.5 3.2 cm 3400 Gauss

Q 35 8.5 mm 12500 G

K 23 1.3 cm 8200 G

L 1 - 2 15 cm 540 G

S 2 – 4 10 cm 1070 G

W 95 0.32 cm 33940 G

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Da mesma forma, os fios se tornam “guias de onda”

O desenho esquemático de uma ponte de microondas é o seguinte:

Os circuladores, acopladores direcionais, etc,fazem a mágica de direcionar a microondasatravés dos diferentes componentes.

As pontes verdadeiras, modernas, utilizam este mesmo princípio,mas são mais completas e mais complexas.

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Espectrômetro de RPE

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Espectrômetro RPE cwVarian

adquirido em 1980

Espectrômetro RPE pulsadoBruker

adquirido em 2000

IFSC – Grupo de Biofísica

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O gerador de microondas:

Reflex klystron

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Um conceito importante: a teoria da “Resposta Linear”

A magnetização da amostra é a resposta ao campo de excitação

)()()( 1 HM

Parte imaginária ” Absorção (ou componente em quadratura) 

Parte real ’ Dispersão (ou componente em fase)

"' i

tiettHtM

tHtHse

)sen()()cos()()(

)cos()(:

"'1

11

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Um exemplo conhecido: o oscilador harmônico

)()()()(2

2

tFtxMtxdtd

Mtxdtd

M o

ii o

o

o

22

22'

22" )()(

Mk

ondei o

o

222

1)(

'(t)

Tempo

"(t)

0

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0

"()

'(

TF

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O elétron é simplesmente um dipolo magnético ! ! !O elétron é simplesmente um dipolo magnético ! ! !

Energia clássica de um dipolo em um campo magnético

O atores principais desta aula são os ELÉTRONS que se ligam formando osátomos, moléculas, … e a matéria

Em muitas situações, podemos assumir simplesmente que:

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O efeito Zeeman normal

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A dependência da energia das transições eletrônicas com um campo magnético aplicado revela a existência do

SPIN ELETRÔNICO

também denominado de momento angular intrínsico do elétron.

O efeito Zeeman anômalo

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Uma visão quântica simples – spin S = 1/2

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O spin em um campo magnético: visão clássicaO spin em um campo magnético: visão clássica

g = 2B = 0.927 10-20 erg Gauss-1

h = 6.63 10-27 erg seg o = 8.4 GHz

Bo = 3000 Gauss

oB

o Hg

Larmordeprecessão

:

Sg B

S

= Momento Angular

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Um pequeno excesso de spins se orientam no sentido oposto ao campo

aplicado

Termalização dos spins no banho térmico

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Somente se manifesta na presença de um campo externo.

Somente é observado em átomos, moléculas com spins desemparelhados.

A orientação de cada momento é perturbada pelo efeito térmico.

Alinhamento parcial é induzido pelo campo aplicado.

Paramagnetismo ideal é caracterizado por uma susceptibilidade de Curie.

Paramagnetismoooo HM

M : momento magnético / unidade de volumeHo : intensidade do campo macroscópico aplicadoo : susceptibilidade por unidade de volume

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Na maioria dos experimentos de ressonância magnéticaum campo magnético estático é aplicado

(em adição ao campo de radiação eletromagnética),a fim de promover o alinhamento dos spins e desdobrar os níveis de energia,

possibilitando assim a absorção e emissão de um quantum da radiação eletromagnética:

um fenômeno conhecido por “RESSONÂNCIA do spin eletrônico”.

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Por isso, quando falarmos“Sistema” ou “Amostra”

queremos dizer:

Amostra+

Cavidade+

Campo Magnético Estático

Este é o experimento “que dá certo”.

Pois, a amostra somente absorve a radiação na presença de um campo magnético aplicado.

Condições Básicas para o EPR:

1. Campo magnético

2. Radiação monocromática

3. Amostra com spins desemparelhados

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Técnica de Onda Contínua : CW

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Técnica Pulsada

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E daí, é só isso? Infelizmente não!

Os engenheiros dizem que:

Variar a frequência da microoonda,mantendo a mesma sensibilidade, com a cavidade sintonizada e acoplada:

NEM PENSAR ! ! !

Solução:

Fazer o que? Nesta parte são os engenheiros que dão as ordens.

O único jeito é “dar um jeito”.

Se é para o bem de todos: manteremos a frequência fixa, mas,

VAMOS VARIAR O CAMPO MAGNÉTICO (lentamente)

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CW utiliza amplificação sensível à fase do sinal:

Amplificador Lock-in

E daí, é só isso? Infelizmente não!

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Devido às baixas energias envolvidas:

1. Diferença entre as populações (N+-N-) é muito pequena.

2. Radiações não são ionizantes.

3. Os spins nucleares ou eletrônicos podem ser usados como probes que não perturbam a amostra.

Energias envolvidas

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Parâmetros característicos do espectro de RPE

• fator-g

• acoplamentos hiperfinos

• formas de linha

• Intensidades

• Tempos de relaxação

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Outro tipo de Magnetismo: Diamagnetismo

M : momento magnético / unidade de volumeB : intensidade do campo macroscópico aplicado : susceptibilidade por unidade de volume

Somente se manifesta na presença de um campo externo.

Diamagnetismo é comum a quase todos os materiais mas é normalmente pequeno comparado com outros tipos de magnetismo.

Sua origem é orbital (blindagem): NÃO PRECISA DO SPIN DO ELÉTRON!

É caracterizado por uma susceptibilidade magnética negativa e independente da temperatura.

ooo HM

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Alguns tipos de magnetismo

Ferromagnetismo

Antiferromagnetismo

Apresentam magnetização espontânea(M existe mesmo na ausência de Ho)

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• Os elétrons interagem não somente com o núcleo mas também entre si,

e consigo mesmo (interação spin-órbita)

É difícil calcular a função de onda.

• Configuração eletrônica: Como os elétrons preenchem as camadas?

Como encontrar o estado fundamental?

O átomo tem muitos elétrons

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Interação Spin-Órbita

Interação entre o spin do elétron e o momento magnético de sua órbita.

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• O princípio de exclusão de Pauli requer que somente um elétron

possa estar em um dado estado, (n,l,ml,ms).

• Este princípio se aplica para fermions (próximo slide).

• No estado fundamental dos átomos, elétrons ocupam os estados de mais baixa energia, disponíveis e consistentes com o princípio de exclusão.

O princípio de exclusão de Pauli

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)]1()2()2()1([2

1babaA

)]1()2()2()1([2

1babaS

Partículas com spin semi-inteiro são chamadas de

“Partículas de Fermi” ou “Fermions” (protons, elétrons e neutrons)

Suas funções de onda são antissimétricas com relação à troca pares de partículas:

Partículas com spin inteiro (ou nulo) são chamadas de

“Partículas de Bose” ou “Bosons”(fotons, partícula α, atomos de Hélio).

Suas funções de onda são simétricas com relação à troca pares de partículas:

Fermions e Bosons

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Configuração eletrônica

• Duas regras básicas determinam a estrutura eletrônica de um átomo de muitos elétrons.

– O sistema de partículas é estável se a energia total é mínima.– Somente um elétron pode existir em qualquer estado quântico.

• Camadas atômicas com números quânticos principais, n, são denotados por letras maiúsculas:

n=1 (K), n=2 (L), n=3 (M), n=4 (N), n=5 (O),

• Cada sub-camada é identificada pelo seu número quântico principal, n, seguido da letra correspondente ao número quântico orbital, l, denotado por s, p, d, f, g, h …

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• Cada camada pode conter, no máximo, 2(2l+1) elétrons, s(2), p(6), d(10)…

• O índice acima da letra, à direita, indica o número de elétrons em cada sub-camada. Por exemplo, a configuração do sódio é expressa por: 1s22s22p63s1.

• O número máximo de elétrons em uma camada é igual ao número de elétrons em todas suas sub-camadas fechadas. Por exemplo, na camada n é igual a 2n2:

n=1 (2), n=2(8), n=3(18)…• Para uma dada configuração: Como se determinam os estados atômicos e o estado fundamental?

O estado do átomo

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• Cada elétron no átomo tem um certo momento angular orbital L

e um certo momento angular de spin S.

Ambos contribuem para o momento angular total J do átomo.

Como?

• Em termos da soma de momentos angulares existe diversas maneiras

de se obter o momento angular total.

As duas principais são: “Acoplamento LS” e “Acoplamento JJ”.

O momento angular total

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Acoplamento LS

• Quando o acoplamento spin-órbita em um elétron individual é

menor do que as interações eletrostáticas elétron-eletron,

o acoplamento LS se aplica.

• O momento angular orbital individual, Li dos diversos elétrons

se acoplam em um único resultante L. Assim também acontece com

os momentos Si em um resultante S.

Quando a interação spin-orbita atua, L e S interagem magneticamente

para formar o momento angular total:

SLJSSLL ii JS L12

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Por examplo, 2P3/2 S = 1/2, L = 1, J = 3/2.

JS L12

O estado do átomo, sob acoplamento LS

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• Quando as interações spin-órbita individuais são mais fortes do que

as interações eletrostáticas mútuas o acoplamento J se aplica.

• Cada elétron tem um momento angular Ji resultante da soma vetorial

de Li e Si. Daí, os Ji se combinam para formar o momento angular

total do átomo, J.

Acoplamento JJ

iiii JJSLJ Jji JJ ),(

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• Problema: Encontrar os valores possíveis do momento angular

total, sob acoplamento LS, de dois elétrons cujos números quânticos

orbitais são l1=1 and l2=2.

• Solução: Existem três maneiras de se combinar L1 e L2 em um

único vetor L: L = 3, 2, 1.

Da mesma maneira, existem duas maneiras de se combinar S1 e S2,

S = 1, 0.

Como mostra a tabela, os 5 valores possíveis de J são:

J = 0, 1, 2, 3, 4.

Exemplo

S L 3 2 1

1 4,3,2 3,2,1 2,1,0

0 3 2 1

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As regras de Hund determinam o estado fundamental do átomo:

Para uma dada configuração eletrônica, o estado com maiormultiplicidade (2S+1) tem a energia mais baixa.

Para uma dada multiplicidade, (S), o estado commaior valor de L tem energia mais baixa.

Para elétrons equivalentes, os estados com menor valor de Jtem a energia mais baixa em multipletos “normais”,(valendo a reversa). “Normal” significa que as sub-camadasestão menos que a metade cheias.

As regras de Hund

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Problem: A configuração de um átomo é 1s22s22p3.

Solução:

L1 = 1, L2 = 1 L = 2, 1, 0.

S1 = 1/2, S2 = 1/2 S = 1, 0.

3D3, 3D2, 3D1, 1D2, 3P2, 3P1, 3P0, 1P1, 3S1, 1S0

Princípio de exclusão proíbe D 3P2, 3P1, 3P0, 1P1, 3S1, 1S0

Maior multiplicidade 3P, 3S

Maior L 3P

Camada menos da metade cheia 3P0

Exemplo

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Estado fundamental dos íons dn

•Os valores de L e S são os mesmos para dn e dn-10.•Os estados excitados, normalmente, não estão populados.•A degenerescência do estado fundamental é removida pelo campo elétrico dos ligantes.

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Eletrons d1

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yzxy

xy

z

yx

ddU

dU

dU

dU

,31

52

32

52

32

53

32

53

5,4

3

2

1

2

22

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Hamiltoniano de spin

Para o caso do acoplamento LS, a teoria preve que o estado fundamental do íon,na presença do campo cristalino

e do campo externo, B, pode ser descrita por um Hamiltoniano efetivo:

SDSSgBH e

....

2 egg“matriz g”caracterizada porgx , gy , gz

Gn Gn

iiij EE

GLnnLG

2D “matriz de campo nulo”caracterizada por Dx , Dy , Dz

G : estado fundamental de energia EG

n : estados excitados de energia En

O primeiro termo de H é a interação Zeeman efetiva.O segundo termo de H é chamado de “termo de campo nulo”

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O parâmetro de campo cristalino

Aplicando-se a teoria do hamiltoniano de spin para o caso do íon d1 emum campo octaédrico, obtem-se:

/6

2

eyx

zez

ggg

gg

Portanto, a medida experimental do tensor g permite o cálculo de e .

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Simetria: tetraedro comprimido

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Ni2+ no cristal cúbico MgO

O Ni2+ é um íon 3d8. O campo magnético desdobra o estado fundamental 3A1g (S=1)

nos níveis de spin mS = 1, 0 ,-1. A linha larga do espectro se deve à superposição das

transições |-1 |0 e |0 |+1. A linha fina é devida a transição |-1 |+1efetuada pela absorção simultânea de dois quanta (double quantum transitions) em

potência de microonda alta.

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Simetria axial (gx = gy)

Simetria rômbica (gx gy gz)

Espectro de pó

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A interação hiperfina

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Spins nucleares

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Um caso comum: fator-g anisotrópico + interação hiperfina

1 – Interação Zeeman eletrônica2 – Termo de campo zero do elétron3 – Interação Zeeman nuclear4 – Interação hiperfina elétron-núcleo

n

nnnne IASIBSDSSgBH

.......

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Anisotropia da interação hiperfina A

Anisotropia de A vem da interação dipolar magnética entre S e I

tensor A é caracterizado por 3 valores principais: Axx, Ayy, Azz

Simetria axial: Axx = Ayy Axx ( A// e A

)

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Campbell & Dwek, Biological Spectroscopy

Exemplos de espectros hiperfinos I - espectro de três linhas resultante da

interação de um eletron desemparelhado

com o spin nuclear 14N (I = 1). Se

observam também os pequenos satelites

causados pelo 13C (I = ½, abundância

1.1%) dos grupos CH3 adjacentes ao NO

II - espectro de seis linhas resultantes do

spin nuclear I = 5/2 do 55Mn

III - espectro do radical benzoquinone. O

eletron delocalizado interage com 4

protons equivalentes, dando as 5 linhas.

IV – o espectro de 4 linhas, intensidades

1 : 3 : 3 : 1 resulta da interação dos três

protons equivalentes (n = 3) do CH3. O

desdobramento do grupo OH não é

observado

Page 65: Ressonância Paramagnética Eletrônica RPE Prof. Claudio José Magon

2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400 3600

Campo

Cu(II) solução

2500 3000 3500 4000

Campo

Lectina Mn(II)

3300 3350

Campo Magnético (Gauss)

SL em DPPC/DLPC

Espectros de RPE:

Assinatura dos radicais

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Movimento: escala de Tempo em RPEMovimento: escala de Tempo em RPE

Um marcador de spin é um radical que

interage com um biopolímero. O seu

espectro reflete as propriedades

dinâmicas

do biopolímero. Marcadores de spin de

nitróxido (estáveis até 80 oC e pH de

3 a 10) tem sido utilizados para estudar

a dinâmica de membranas biológicas e de

cadeias poliméricas. O marcador pode ser

ligado um grupo funcional específico da

macromolécula

Page 67: Ressonância Paramagnética Eletrônica RPE Prof. Claudio José Magon

Drago, Physical Methods for Chemists

O zero field splitting produz tres

estados de spin duplamente

degenerados, mS = 5/2, 3/2 e

½ Cada um deles desdobra em

dois singletos pela aplicação do

campo magnético, produzindo seis

níveis. Como resultado, esperam-se

cinco transições: -5/2 -3/2, -3/2 -

1/2 … As linhas são desdobradas

ainda pela interação hiperfina do 55Mn

EPR MgV2O6 dopado com Mn2+

Page 68: Ressonância Paramagnética Eletrônica RPE Prof. Claudio José Magon

Drago, Physical Methods for Chemists

Espectros hiperfinos: 63Cu2+ em bis-salicylaldimine

Um espectro com 4 grupos de linhas

resulta da interaçào do spin

eletrônico com o spin nuclear do 63Cu (I = 3/2). A estrutura hiperfina

em cada grupo consiste de 11 linhas

de intensidades relativas

1:2:3:4:5:6:5:4:3:2:1. Estas linhas

resultam do desdobramento por dois

nitrogênio e dois hidrogênios, dando

um total de:

(2nnIN+1)(2nHIH+1) = 15 linhas

A superposição de algumas destas

linhas explica porque se observam

11 no lugar de 15 linhas no espectro

Page 69: Ressonância Paramagnética Eletrônica RPE Prof. Claudio José Magon

Exemplos de espectros hiperfinos: Mn2+ em Na : -alumina

O espectro mostra 6 linhas, separadas 83 G, centradas em g = 2.0 A estrutura hiperfina

resulta da interaçào do spin eletrônico com o spin nuclear do 55Mn (I = 5/2). As seis linhas

correspondem as transições permitidas de acordo as regras de seleção MS = 1 e MI

= 0. Os dubletes fracos entre as linhas resultam das transições proibidas MI = 1.

O estudo de RPE mostrou que quando o Mn2+ é introduzido durante o crescimento do

cristal, ele fica confinado no bloco spinel da estrutura (MnAl2O4) de forma que a simetria

do sítio ocupado pelo íon Mn2+ é tetraédrica.

Espectro obtido a T

ambiente, banda X, e com

o eixo c do cristal orientado

com o campo magnético

externo.

Ref: Barklie & O’Donnel J.

Physics C 10, 4127, 1977

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Seidel & Wolf in Physics of Color Centers (Ed: Fowler)

RPE em centros de cor

Espectro de EPR de um centro U2 em KCl. O centro

consiste em hidrogênio num sítio interticial da rede.

O espectro mostra dois grupos de linhas separadas por

500 G, cada grupo desdobrado em 13 linhas separadas

por = 8.9 G. Com B0 na direção [110] o desdobramento

é de 19 linhas com separação (2/3), e com B0 em [111]

aparecem 16 linhas com separação (4/5)

O espectro foi medido a 77 K,

banda X (9.38 MHz) com a

direção [100] do cristal

orientado na direção do campo

externo B0

Page 71: Ressonância Paramagnética Eletrônica RPE Prof. Claudio José Magon

Seidel & Wolf in Physics of Color Centers

Ed: Fowler

Desdobramento hiperfino: = 8.9 G em KCl, = 47.5 em KBr = 15.9 em NaCl

A estrutura superhipefina

resulta da interação com 4

núcleos (I = 3/2) dos íon

halogenos 1os vizinhos, os

quais formam um tetraedro

regular. A interação HFS

dos íons K é menor que as

dos Cl vizinhos, mas a

segunda camada de

núcleos K mostra uma HDS

maior.