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1 Produção Científica sobre Inovação e Teoria Institucional em Bases Internacionais – 1977/2012: Uma análise sob a Ótica das Redes Sociais Autoria: Terezinha Vicenti, Marcelo da Silva M. Dockhorn, Gislaine Mascarello, Denise Del Prá Netto Machado, Eda Castro Lucas de Souza RESUMO Este trabalho teve como objetivo identificar as redes sociais formadas a partir da produção científica sobre processos de inovação e sua relação com a Teoria Institucional em Bases de Dados Internacionais. Pela bibliometria e sociometria verificaram-se os contornos sociais dos 48 artigos selecionados nas bases PROQUEST, SIENCE DIRECT, SCOPUS. A pesquisa descritiva realizada por meio de análise de conteúdo, com abordagem qualitativa e quantitativa complementou as análises. Aproximadamente 107 autores com 4.421 citações foram estratificados dos 48 artigos entre 1977 a 2012. A teoria institucional esta permeando as pesquisas como teoria de base em muitos estudos não está explicita. Palavras Chave: Inovações. Teoria Institucional. Habitualização. Objetificação. Sedimentação. INTRODUÇÃO Há décadas a inovação vem sendo pesquisada como um evento inerente à prática organizacional. Nesta dimensão, a inovação é apontada, por diversos autores, necessária à dinâmica das organizações como mecanismo para evitar a obsolescência e a entropia garantindo assim sua continuidade e perpetuação (UTTERBACK 1994; DAMANPOUR, 1996; VAN DE VEN et al., 1999; JONASH e SOMMERLATTE; 2001 CHRISTENSEN 2003). Além disso, “para as organizações, a inovação não é apenas a oportunidade de crescer e sobreviver, mas, também, de influenciar decisivamente os rumos da indústria em que se insere.” (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007, p. 21). Fatores institucionais advindos do ambiente externo influenciam as inovações organizacionais e devem provocar articulações internas para sustentar e consolidar as iniciativas inovadoras das organizações. Entre essas articulações destacam-se: a) dimensões internas que congregam as relações contextuais das unidades envolvidas com processos de inovação, ideias inovadoras, pessoas, transações e contexto ambiental; b) dimensões externas da inovação pertencentes ao ambiente transacional e global (incerteza ambiental condicionada pelas mudanças nos fatores externos) da unidade de inovação e são avaliadas separadamente das dimensões internas, porque pertencem a diferentes níveis de análise; c) efetividade percebida da inovação é usada como último critério de validação das dimensões internas e externas; d) fatores situacionais e contingenciais (novidade, escopo, tamanho e estágio) da inovação (VAN DE VEN; ANGLE e POOLE, 2000). A decorrência de fatores influenciadores das inovações perpassa pela percepção dos atores organizacionais que determinam sua efetivação. Neste sentido, as inovações percebidas como possuindo uma relativa vantagem sendo compatíveis com as necessidades dos consumidores, viabilizando sua experimentação, possuindo visibilidade e sendo menos complexas, tendem a ser adotadas com maior rapidez (ROGERS ,1976). Para que as inovações tenham sucesso, em ambientes complexos como os organizacionais, devem ser institucionalizadas. Uma vez institucionalizadas, poderão ampliar a vantagem competitiva por meio dos produtos ou serviços gerados, com sustentabilidade e legitimidade perante os beneficiários, diluindo mais rapidamente os altos investimentos que cercam qualquer atividade de desenvolvimento destes produtos ou serviços (QUINELLO; NASCIMENTO, 2009). A institucionalização pauta-se na legitimação dos aspectos da realidade organizacional considerada pelos grupos sociais como eficaz e necessária (MACHADO-DA-SILVA E GONÇALVES 1999). A abordagem institucional trata de um campo social formado por

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Produção Científica sobre Inovação e Teoria Institucional em Bases Internacionais – 1977/2012: Uma análise sob a Ótica das Redes Sociais

Autoria: Terezinha Vicenti, Marcelo da Silva M. Dockhorn, Gislaine Mascarello, Denise Del Prá Netto Machado, Eda Castro Lucas de Souza

RESUMO Este trabalho teve como objetivo identificar as redes sociais formadas a partir da produção científica sobre processos de inovação e sua relação com a Teoria Institucional em Bases de Dados Internacionais. Pela bibliometria e sociometria verificaram-se os contornos sociais dos 48 artigos selecionados nas bases PROQUEST, SIENCE DIRECT, SCOPUS. A pesquisa descritiva realizada por meio de análise de conteúdo, com abordagem qualitativa e quantitativa complementou as análises. Aproximadamente 107 autores com 4.421 citações foram estratificados dos 48 artigos entre 1977 a 2012. A teoria institucional esta permeando as pesquisas como teoria de base em muitos estudos não está explicita.  

Palavras Chave: Inovações. Teoria Institucional. Habitualização. Objetificação. Sedimentação.

INTRODUÇÃO Há décadas a inovação vem sendo pesquisada como um evento inerente à prática

organizacional. Nesta dimensão, a inovação é apontada, por diversos autores, necessária à dinâmica das organizações como mecanismo para evitar a obsolescência e a entropia garantindo assim sua continuidade e perpetuação (UTTERBACK 1994; DAMANPOUR, 1996; VAN DE VEN et al., 1999; JONASH e SOMMERLATTE; 2001  CHRISTENSEN 2003). Além disso, “para as organizações, a inovação não é apenas a oportunidade de crescer e sobreviver, mas, também, de influenciar decisivamente os rumos da indústria em que se insere.” (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007, p. 21).

Fatores institucionais advindos do ambiente externo influenciam as inovações organizacionais e devem provocar articulações internas para sustentar e consolidar as iniciativas inovadoras das organizações. Entre essas articulações destacam-se: a) dimensões internas que congregam as relações contextuais das unidades envolvidas com processos de inovação, ideias inovadoras, pessoas, transações e contexto ambiental; b) dimensões externas da inovação pertencentes ao ambiente transacional e global (incerteza ambiental condicionada pelas mudanças nos fatores externos) da unidade de inovação e são avaliadas separadamente das dimensões internas, porque pertencem a diferentes níveis de análise; c) efetividade percebida da inovação é usada como último critério de validação das dimensões internas e externas; d) fatores situacionais e contingenciais (novidade, escopo, tamanho e estágio) da inovação (VAN DE VEN; ANGLE e POOLE, 2000).

A decorrência de fatores influenciadores das inovações perpassa pela percepção dos atores organizacionais que determinam sua efetivação. Neste sentido, as inovações percebidas como possuindo uma relativa vantagem sendo compatíveis com as necessidades dos consumidores, viabilizando sua experimentação, possuindo visibilidade e sendo menos complexas, tendem a ser adotadas com maior rapidez (ROGERS ,1976).

Para que as inovações tenham sucesso, em ambientes complexos como os organizacionais, devem ser institucionalizadas. Uma vez institucionalizadas, poderão ampliar a vantagem competitiva por meio dos produtos ou serviços gerados, com sustentabilidade e legitimidade perante os beneficiários, diluindo mais rapidamente os altos investimentos que cercam qualquer atividade de desenvolvimento destes produtos ou serviços (QUINELLO; NASCIMENTO, 2009).

A institucionalização pauta-se na legitimação dos aspectos da realidade organizacional considerada pelos grupos sociais como eficaz e necessária (MACHADO-DA-SILVA E GONÇALVES 1999). A abordagem institucional trata de um campo social formado por

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organizações que disputam clientes ofertando produtos e serviços semelhantes, sendo o ambiente delimitado por regras que levam a conformidade das mesmas. As organizações, por sua vez, se submetem a esta conformação na busca da legitimidade e sobrevivência (MOTTA E VANCONCELOS, 2005). Nessa abordagem a “estrutura organizacional é, portanto, moldada em função da reação às características e compromissos dos indivíduos, assim como pelas influências reguladoras do ambiente externo” (THOMPSON; MENDES; THOMPSON, 2011, p.8).

Os elementos da estrutura formal são altamente institucionalizados e são comparados em sua funcionalidade como mitos, entre estes se destacam as profissões, programas e tecnologias. Das profissões obtêm-se conhecimentos pré-concebidos de suas formações e experiências. Os programas são as ideologias que convertem em práticas as funções que formam a estrutura das empresas em termos de áreas específicas tais como vendas, produção, marketing entre outras. As tecnologias são institucionalizadas e se tornam obrigatórias para o funcionamento adequado dos programas, trazendo eficiência e eficácia à organização (MEYER e ROWAN, 1977).

As organizações são representações de uma ordem ou padrão social que tenham atingido certo estado ou certa propriedade. A institucionalização seria então o processo pelo qual este estado ou propriedade teriam sido atingidos. Por ordem ou padrão, entende-se “uma sequência de interações padronizadas”. Assim, a persistência das instituições não dependeria de mobilizações recorrentes, sendo sustentadas e suportadas por procedimentos de rotina. (JEPPERSON, 1991 apud ARMÊNIO NETO E MACHADO-DA-SILVA, 2009, p.3).

Frente ao debate da institucionalização e da busca da legitimação, insere-se a temática das inovações como uma preocupação crescente das organizações de permanecerem competitivas no mercado. Nesta perspectiva, este estudo se enquadra no campo de pesquisas que visa conhecer as redes sociais no contexto da produção científica na área da institucionalização das inovações. Estudo sob a abordagem de formação de redes sociais na produção científica de inovação foi desenvolvido por Scarpin, Gomes e Machado (2011) no período de 2006-2010 nos periódicos Qualis CAPES de alto impacto (A1, A2, B1 e B2) do Brasil. No entanto não se encontrou na literatura levantamento feito que abordasse a busca de institucionalização de inovações e, principalmente a interação entre a Teoria Institucional e a temática de inovação no contexto internacional. Assim surge a pergunta norteadora deste estudo: Quais as redes sociais formadas a partir da produção científica sobre processos de inovação e sua relação com a Teoria Institucional em Bases de Dados Internacionais?

Para responder a questão proposta, delineou-se como objetivo identificar as redes sociais formadas a partir da produção científica sobre processos de inovação e sua relação com a Teoria Institucional em Bases de Dados Internacionais. Este estudo justifica-se na medida em que a institucionalização pode oferecer uma estrutura ou um caminho para implementar inovações organizacionais minimizando os impactos negativos e reduzindo a resistência, podendo maximizar, desta forma, a difusão de inovações de modo sistêmico. A literatura apresenta pesquisas que demonstram o interesse de autores em abordar inovações à luz da teoria institucional. Entre os estudos destacam-se: reorganização institucional (SALLES-FILHO, MELLO E BONACELLI,1998); implementação bem-sucedida de uma metodologia de programação de orçamento (GUERREIRO ET AL.,2005); o processo de inovação em gestão de facilidades - GF, sob a ótica institucionalista (QUINELLO; NASCIMENTO, 2009); implantação do sistema de total quality management (QMC) (SHARMA; LAWRENCE; LOWE, 2010); sistemas inovações setoriais e sistemas sócio-técnicos (GEELS, 2004); inovação incremental em serviços financeiros (VERMEULEN; BOSCH; VOLBERDA, 2007). Apesar de se observar a literatura sobre a relação existente entre inovações à luz da teoria institucional, não se encontrou estudos que analisassem as redes formadas por esta interação, fato motivador desta pesquisa.

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Este estudo está organizado em cinco seções iniciando com a introdução, seguindo para a fundamentação teórica que aborda a contextualização do tema sobre inovações e teoria institucional, bibliometria e redes sociais. Na terceira seção apresenta-se a metodologia, na sequência a análise de dados e por fim a conclusão e referências.

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INOVAÇÃO

Os estudos clássicos Schumpeterianos, em 1911, destacaram a inovação como mola propulsora do desenvolvimento econômico. Sharma, Lawrence e Lowe (2010) observam nos trabalhos de Schumpeter, os argumentos de que o empreendedor é um inovador, não se prende a rotinas. Os empreendedores destroem os arranjos institucionalizados, introduzindo inovações em forma de novos arranjos emergindo uma nova forma institucional. No campo organizacional, a inovação é amplamente discutida pela sua importância na competitividade das organizações, como instrumento estratégico de sobrevivência. (DAMANPOUR, 1996; VAN DE VEM et al., 1999; JONASH e SOMMERLATTE, 2001). Zahra, (1994) destaca que a implementação de inovações necessita de organizações e estruturas flexíveis; fluxos de comunicação frequentes; estilos de liderança fundamentados em equipes; suporte e envolvimento da hierarquia superior da organização; interface com os clientes; e uso efetivo de monitoramento. Salienta ainda, que os aspectos unicamente técnicos satisfeitos não são garantia de sucesso na inovação, havendo necessidade que o ‘conjunto organizacional’ seja implementado, ou seja, a combinação sistêmica de aspectos técnicos e sociais deve ser estimulada.

Infere-se que os diversos autores citados argumentam que as inovações passam por etapas processuais inerentes, originando-se nas provocações causadas pelas mudanças contextuais externas às organizações. Necessariamente, a inovação é inserida nas rotinas organizacionais (habitualização) que demanda monitoramento e teorização para sua difusão (objetificação), mas ainda pode enfrentar resistência e havendo necessidade de esforço cultural para a sua sedimentação e passa a integrar historicamente a vida da organização. 2.2 TEROIA INSTITUCIONAL E INSTITUCIONALIZAÇÃO

A teoria institucional tem instigado a investigação de diversos fenômenos organizacionais desde a publicação do clássico artigo seminal de Meyer e Rowan em 1977, destacando estudos relativos a recursos humanos, redefinição da missão e estruturas organizacionais, além da formulação de políticas nacionais e internacionais. (TOLBERT; ZUCKER,1999). Os autores concluem que as organizações são levadas a incorporar as práticas e procedimentos prevalecentes e institucionalizados na sociedade, aumentando sua legitimidade e sobrevivência ao longo do tempo por meio destas práticas.

Com base nos trabalhos de Scott (1995), Machado-da-Silva e Gonçalves (1999) observam que os níveis de institucionalização estruturam-se em três grandes pilares, predominantes entre os estudos apresentados pelos pesquisadores institucionalistas: regulativo, normativo e cognitivo, como mecanismos analíticos que oferecem melhor compreensão dos diferentes aspectos do mesmo fenômeno. Os trabalhos de Berger e Luckmann de 1967 introduzem a institucionalização como processo de criação e perpetuação de grupos sociais duradouros, no qual uma instituição é considerada um resultado ou estágio final e definida como uma “tipificação de ações tornadas habituais por tipos específicos de atores” (TOLBERT; ZUCKER, 1999, p. 204). A tipificação consiste no desenvolvimento de significações reciprocamente compartilhadas que estão vinculadas aos comportamentos tornados habituais. Na medida em que as tipificações são classificadas e categorizadas com base nos atores das ações e tornadas habituais, os significados a elas atribuídos passam à generalização, independente a quem se atribui a ação. Esse processo é categorizado, nos trabalhos de Zucker de 1977, como objetificação sendo um elemento chave no processo de

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institucionalização; habitualização como mecanismo fundamental para a transposição de ações a contextos além de seu ponto de origem, ou seja, por meio dos hábitos institucionalizados. As ações empreendidas pelos atores passam pela reciprocidade compartilhada rumo à sedimentação que consiste na continuidade histórica das tipificações (TOLBERT; ZUCKER, 1999).

Em seus estudos Zucker 1997 identificou que um elevado grau de objetificação e exterioridade ou sedimentação de uma ação, aumenta também o grau de institucionalização caracterizada pela conformidade de comportamentos. Nesta perspectiva, eleva-se também a transmissão da ação bem como a sua manutenção por mais tempo resultando em forte resistência à mudança (TOLBERT; ZUCKER, 1999). Berger e Luckmann (1967) citados por Tolbert; Zucker, (1999) dedicaram-se especificamente a análise da institucionalização entre indivíduos, Tolbert; Zucker, (1999) ampliaram o foco de análise para as organizações, considerando as forças ambientais que impactam nesse processo, conforme visualizado na Figura 1.

Figura 1 – Processos de institucionalização

Fonte: Tolbert; Zucker, (1999, p. 207) Observando-se as etapas esboçadas nota-se que o processo de inovação pode ser

iniciado por vários fatores, como: legislação, mudanças tecnológicas e forças do mercado. “A formalização de tais arranjos em políticas e procedimentos de uma dada organização ou conjunto de organizações” (TOLBERT e ZUCKER, 1999, p. 206), sendo considerado assim, como o processo de habitualização ou estágio de pré-institucionalização.

A objetificação consiste no processo mais duradouro e disseminado que acompanha a difusão da estrutura. Nesta etapa, pode ocorrer “um consenso entre os decisores a respeito do valor da estrutura e a adoção pelas organizações com base nesse consenso” (TOLBERT e ZUCKER, 1999, p.207). Esse consenso pode surgir pautado em dois mecanismos: pela busca de informação em fontes diversificadas com o objetivo de avaliar os riscos envolvidos na adoção da nova estrutura. A objetificação da estrutura é, em parte, resultante do monitoramento do ambiente competitivo e no esforço de melhorar a competitividade da própria organização (TOLBERT e ZUCKER, 1999).

As estruturas consideradas em estágio de semi-institucionalização encontram-se objetificadas e amplamente disseminadas. No estágio da objetificação os adotantes são altamente heterogêneos, gerando um contexto relativamente limitado de predição, ou seja, aquelas características organizacionais identificadas com a adoção exercem pouca ou nenhuma influência nas decisões. A difusão deixa de ser simples imitação e assume contornos normativos, refletindo a teorização implícita e explícita das estruturas. Conforme a teorização

INOVAÇÃO 

HABITUALIZAÇAO OBJETIFICAÇÃO SEDIMENTAÇÃO 

LEGISLAÇÃO FORÇAS DO MERCADO

MUDANÇASTECNOLÓGICAS

MONITORAMENTO INTERORGANIZACIONAL

TEORIZAÇÃO IMPACTOS POSITIVO

RESISTÊNCIA DE GRUPO

DEFESA DE GRUPOS DE  INTERESSES

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se desenvolve e se explicita, a diversificação das formas estruturais diminui (TOLBERT e ZUCKER, 1999).

A etapa definitiva do processo de institucionalização refere-se à sedimentação explicada pela continuidade histórica da estrutura ao longo das várias gerações de membros organizacionais. A sedimentação caracteriza-se pela propagação de suas estruturas aos teorizados como adotantes adequados e pela perpetuação das estruturas por um longo período de tempo, implicando na bidimensionalidade (“largura” e “profundidade”) das estruturas, Eisenhardt (1988).

Tolbert e Zucker, 1999, aduzem que a total institucionalização está sujeita a efeitos conjuntos de impactos positivos. Tais impactos são dimensionados pela correlação positiva entre os resultados desejados, uma baixa resistência dos opositores e apoio cultural continuado dos defensores. Assim, uma visão positiva da organização pode atenuar a tendência entrópica, assegurando a perpetuação ao longo do tempo.

Resumindo, esse conjunto de processos sequenciais de habitualização, objetificação e sedimentação apresentam certa variabilidade no grau da institucionalização implicando de certo modo na avaliação crítica, mudança ou desaparecimentos de certos padrões comportamentais. Esses padrões podem variar dependendo do quanto estão imbricados no sistema social, variando, portanto, do seu poder determinante. 2.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DE BIBLIOMETRIA E REDES SOCIAIS

A informação e o conhecimento estão em todas as áreas e esferas, são considerados essenciais tanto do ponto de vista acadêmico quanto profissional. A bibliometria é uma das formas que existem de avaliar o conhecimento científico e mensurar fluxos de informação (FRANCISCO, 2011).

Inicialmente ela foi voltada para a medição de livros, como: quantidade de edições e exemplares, quantidade de palavras contidas nos livros, espaço ocupado pelos livros nas bibliotecas, estatísticas relativas à indústria do livro. Em seguida, gradativamente foi se voltando para o estudo de outros formatos de produção bibliográfica, como artigos de periódicos e outros tipos de documentos, para depois ocupar-se, também, da produtividade de autores e do estudo de citações (ARAÚJO, 2006).

A análise de citação, como ferramenta da bibliometria mede o impacto e a visibilidade de determinados autores de uma comunidade científica (VANZ, CAREGNATO, 2003). Os resultados dos estudos bibliométricos quantificam a literatura publicada por meio das citações, além do mapeamento de redes de relações entre os autores. Neste aspecto, a análise Indegree e Outdegree permite verificar as citações atribuídas aos autores participantes de uma rede. O “Indegree refere-se ao número de vezes que um autor é citado e o Outdegree é o número de vezes que o autor citado cita autores da base analisada”. (HESFORD ET AL. 2007, p. 17). As redes sociais configuram-se em estratégias usadas pela sociedade para compartilhar informação e conhecimento entre os atores beneficiando a comunidade acadêmica e a sociedade de um modo geral. (TOMAÉL, 2005; BULGACOV, VERDU, 2001). A configuração das redes sociais representa o agrupamento de atores autônomos unindo ideias e recursos, motivados por interesses em comum (MARTELETO, 2001, RECUERO, 2009; AGUIAR 2007

Conceitos específicos são atribuídos às redes sociais caracterizando os eventos que produzem. Neste sentido, os ‘atores’ são os seres sociais que estruturam as redes, denominados de ‘nós’ e representados por instituições ou pessoas Para formar a rede são necessárias relações entre os ‘nós’ que formam as ligações ou laços. Neste sentido, as ligações entre dois atores são denominadas de díades, as tríades caracterizam os possíveis laços estabelecidos entre três atores. Já os grupos definem os laços mensuráveis formados por um conjunto finito de atores definidos por critérios conceituais, teóricos ou empíricos

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(WASERMAN E FAUST 1994). Entre as propriedades das redes encontram-se a centralidade e a densidade

(WASSERMAN E FAUST, 1994). Citando Hanneman; Riddle, (2005) Rossoni, Hocayen-da-Silva e Ferreira Junior (2008) explicam que o grau de centralidade de uma rede permite avaliar os laços que um ator mantém com os demais atores na rede de cooperação. Os laços também podem ser denominados laços fortes, os quais correspondem a uma rede social formada por uma densa malha de relacionamentos, ou laços fracos, que são aqueles feitos fora de um círculo coeso de relacionamento (WASERMAN E FAUST, 1994). Neste aspecto Granovetter (1973) define como laços fortes as ligações diretas estabelecidas pelos atores na rede de cooperação.

3 METODOLOGIA

Em resposta a questão de pesquisa formulada, quais as redes sociais formadas a partir da produção científica sobre processos de inovação e sua relação com a Teoria Institucional em Bases de Dados Internacionais? Procedeu-se a verificação por meio de estudo bibliométrico e sociométrico. A bibliometria é uma das formas que existem de avaliar o conhecimento científico e mensurar fluxos de informação (FRANCISCO, 2011). O estudo sociométrico consiste no estudo de um conjunto finito de atores e as relações que ocorrem entre eles (WASSERMAN & FAUST, 1994). A pesquisa caracteriza-se como descritiva realizada por meio de análise de conteúdo, com abordagem qualitativa e quantitativa. De acordo com Hair Jr. et al. (2005, p. 85) pesquisa descritiva “[...] tem seus planos estruturados e especificamente criados para medir as características descritas em uma questão de pesquisa”. Para a seleção dos periódicos internacionais optou-se pelas bases de dados da ScienceDirect Proquest e Scopus.

Na definição dos campos e dos termos para a seleção dos artigos, optou-se por selecionar as palavras “innovation” e “Institutional Theory”. A expressão innovation foi informada no campo de busca “Title” e Institutional Theory no abstract, title, keywords. Foram identificados 60 artigos em periódicos nas bases de dados consultadas. Destes, 12 artigos foram descartados por constar apenas o resumo, não se tendo acesso aos mesmos na íntegra, assim resultou um total de 48 artigos.

Finalizada a identificação destes 48 artigos, partiu-se para a leitura e tabulação dos mesmos, destacando os seguintes itens: Quantidade de artigos publicados por periódico e ano; autores; abordagem de relação entre inovação e teoria institucional; quantidade de autores por artigo. Para análise dos dados adotou-se abordagem quantitativa da bibliometria e sociometria e qualitativa na verificação da relação entre teoria institucional e inovação (RICHARDSON, 1999). Quanto às redes sociais, optou-se pela análise de autores e universidades, utilizando-se o software UNICET®. As principais limitações desta pesquisa relacionam-se com as bases de dados consultadas, visto que outras bases podem conter artigos com o tema pesquisado. Além disso, as redes e as citações e autocitações identificadas, cuja análise se restringiu aos artigos considerados nesta pesquisa. 4 ANÁLISE DOS DADOS 4.1 ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA E SOCIOMÉTRICA

O universo pesquisado, neste estudo, refere-se aos artigos publicados na base de dados ScienceDirect, Scopus e Proquest que apresentam no título a palavra “inovação” e no resumo, título e palavras chave “teoria institucional”. No total 48 artigos foram selecionados para as análises nos quais se destacaram cerca de 107 autores. Inicia-se a análise com as características bibliométricas e sociométricas dos periódicos, autores, e universidades. A Tabela 1 apresenta os periódicos e quantidades de artigos publicados nas bases pesquisadas.

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Tabela 1 – Periódicos dos artigos selecionados nas bases de dados selecionadas Periódicos Artigos Periódicos ArtigoAccting., Mgmt. & Info. Tech. 1 Journal of Business Venturing 2Agricultural Economics 1 Journal of Financial Intermediation 1Agricultural Systems 1 Journal of Health Politics, Policy and Law 1American Journal of Community 1 Journal of Management 1Canadian Journal of Learning 1 Journal of Strategic Information System 1Communist and Post-Communist Studies 1 Management Accounting Research 1Ecological Economics 1 Organization Science 1Energy Policy 3 Organization Studies 3Futures 1 Revista de Administração de Empresas 1Information and Organization 1 Research Policy 5Int. J. Foresight and Innovation Policy 1 Review of Radical Political Economics 1Intern. J. of Research in Marketing 1 Sociedade e Estado 1International Journal of Hospitality 1 Sociologie du Travail 1International Journal of Public Sector 1 Technological Forecasting & Social 1Management 1 Technology in Society 1International Public Management Journal 1 Technovation 1Journal compilation 1 The Journal of Socio-Economics 1Journal of Banking & Finance 1 World Development 4

Fonte: Dados da Pesquisa Evidencia-se que os 48 artigos selecionados foram publicados em 35 periódicos

internacionais e 01 periódico nacional entre os anos de 1977 a 2012. A Reserach Policy apresenta a maior concentração das publicações com 5 artigos; a World Development com 4; os periódicos Organization Studies e Energy Policy, cada um com 3 publicações e o Journal Business com 2. Outros 31 periódicos publicaram 1 artigo cada.

A Teoria Institucional e Inovação são temas que têm despertado interesse dos pesquisadores e outros atores (MISOCZKY, 2005). Por exemplo, fazendo a busca no Proquest da palavra innovation aparecem 1.751.987 e Institutional Theory 321.133 artigos. Contudo, percebe-se pela Tabela 1 que há poucas publicações investigando a institucionalização das inovações.

Verificou-se, na análise, a autoria e coautorias dos artigos selecionados. A Tabela 2 reúne a quantidade de autores por artigo publicados nas bases pesquisadas.

Tabela 2 – Quantidades de Autores por artigo

Autores Artigos % 1 Autor 16 33,33% 2 Autores 12 25,00% 3 Autores 15 31,25% 4 Autores 3 6,25% 5 Autores 2 4,17% Total 48 100,00%

Fonte: dados da pesquisa Nota-se que entre os 48 artigos identificados, 33,33% concentram-se em artigos com

apenas um autor. Entretanto, observa-se que um percentual de 31,25% de autores apresenta tendência à formação de coautorias entre três autores e 25% escreveram em duplas. As parcerias entre 4 e 5 autores apresentam uma baixa frequência com cinco artigos no total. Em adição aos resultados apresentados na Tabela 2, apresenta-se a rede de cooperação entre os autores.

Ilustram-se na Tabela 3 os autores com o maior número de laços e os mais prolíficos da área. Para melhor visualização, optou por apresentar os autores com 3 laços ou mais. Além dos autores relacionados, há 45 autores com 2 laços; 24 com 1 laço e 16 isolados. No total 107 autores publicaram artigos, sendo que destes, 91 se associaram formando redes de cooperação.

Tabela 3 – Autores com maior número de laços

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Autores Laços % Artigos Autores Laços % ArtigosDIJK, Stephan 4 3,67 1 3 2,75 1BERENDS, Hans 4 3,67 1 ANDREASSI, Tales 3 2,75 1JELINEK, Mariann 4 3,67 1 VASCONCELOS, Flávio 3 2,75 1 ROMME, Georges 4 3,67 1 LEHOUX, Pascale 3 2,75 1 WEGGEMAN, 4 3,67 1 DENIS, Jean-Louis 3 2,75 1SIVAMOHAN, 4 3,67 1 TAILLI, Stéphanie 3 2,75 1CLARK, Norman 4 3,67 1 HIVON, Myriam 3 2,75 1HALL Andrew 4 3,67 1 KLAAS, Brian S. 3 2,75 1BOCKETT, 4 3,67 1 KLIMCHAK, Malayka 3 2,75 1TAYLOR, Sarah 4 3,67 1 SEMADENI,Matthew 3 2,75 1BARBIERI, José 3 2,75 1 HOLMES, Jeanne 3 2,75 1

Fonte: dados da pesquisa Complementando as informações da Tabela 3 apresenta-se na Figura 2 a rede de

cooperação entre os autores. Os resultados constantes na Tabela 3 e Figura 2 indicam que o maior número de laços,

foi empreendido por três autores resultando em 45 ligações. As ligações representadas por um laço relacional apresentam um conjunto de 24 autores. As publicações isoladas foram realizadas por 16 autores. Embora constatada a baixa densidade da rede, de apenas 0,96% e 109 ligações das 11.342 possíveis, cinco grupos de autores sinalizam a tendência a formação de laços entre 4 ou 5 autores entre diversas universidades. Por exemplo, o autor Jelineck, M. vinculado a uma Instituição dos Estados Unidos escreveu com mais 4 autores de duas Universidades da Holanda; Semadeni, M. da Indiana University (USA) realizou laços com mais 3 autores da University of South Carolina (USA).

Figura 2 – Rede social de cooperação entre autores

Fonte: dados da pesquisa Nesta rede ressaltam-se as ligações fortes definidas por Granovetter (1973) como as

ligações diretas entre autores em uma rede. As redes também podem apresentar lacunas estruturais ocasionadas por gaps no fluxo de informações (BURT, 2004). A configuração de lacunas estruturais, na rede analisada, consiste dos 16 autores que escreveram isoladamente, que não estão conectadas no conjunto na rede. Diversos autores asseveram que as redes são usadas como formas ou meios para compartilhar informação e conhecimento, construídos

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socialmente entre os atores (BULGACOV, VERDU, 2001; TOMAÉL, 2005; KLEINBERG et al.,2008).

A análise de citações ilustrada na Tabela 4 com a utilização das escalas indegree e outdegree evidencia que dos 4.421 autores citados nos artigos selecionados para a pesquisa, 30 deles receberam entre 10 e 24 citações (indegree) e os demais foram citados menos de 10 vezes. Destes 30 autores somente quatro citaram autores da rede analisada (outdegree).

Tabela 4 – Autores mais citados

Nº Autores Indegree Outdegree Nº Autores Indegree Outdegree1 Biggs, S. D 24 7 16 Rogers, E 13 NC2 Freeman, C 24 NC 17 Hug, S 13 NC3 Nelson, R 22 4 18 Dosi, G 12 NC4 Garud, R 19 NC 19 Greenwood, R 12 NC5 DiMaggio, P 18 NC 20 Hinings, C R 12 NC6 Ruttan, V 17 NC 21 Taylor, S 12 NC7 Clark, N 16 31 22 Tushman, M. 12 NC8 Hall, A. 16 27 23 Meyer, J 11 NC9 North, D.C 16 NC 24 Winter, S 11 4

10 Powell, W 15 NC 25 Hoskisson, R 10 NC11 Scott, W 15 NC 26 Hughes, T 10 NC12 Boyer, R 14 NC 27 Lundvall, B. 10 NC13 Ajzen, I. 13 NC 28 Merton, R 10 NC14 Latour, B 13 NC 29 Perez, C 10 NC15 OECD* 13 NC 30 Teece, D 10 NC

Fonte: Dados da pesquisa * Organization for Economic Co-operation and Development (OECD) A análise de indegree destaca que os autores mais citados (Biggs, S.D e Freemann,C)

receberam 24 de citações outros autores da base analisada. Nota-se que os autores tradicionais da Teoria Institucional, DiMaggio e Meyer, figuram no indegree, entretanto, a quantidade de citações é relativamente baixa ao considerar 48 artigos analisados.

Na análise outdegree percebe-se que os autores mais citados (indegree), citaram relativamente pouco outros autores da base analisada. Biggs, S.D; Nelson, R.; Clark, N; Hall, A e Winter, S citaram estudos dos outros autores da base analisada. Clark, N foi o autor que fez 31 citações, sendo o autor que fez o maior numero de citações.

A análise de citações dos artigos selecionados pode estar demonstrando que a teoria institucional não é tomada explicitamente nas pesquisas sobre a institucionalização das inovações, mas figurando apenas como teoria de base que fundamenta a pesquisa, em estudos que abordam a questão, como se pode observar na maior parte dos artigos analisados.

Na sequência, na Tabela 5 destacam-se as instituições com maior número de laços. Nesta ilustração, optou-se por evidenciar as universidades que apresentam até 4 laços ou que publicaram até 2 artigos.

Tabela – 5 Rede de Universidades mais profícuas Instituição País Laços ArtigosCase Western Reserve University Estados Unidos (USA) 6 2 Tilburg University Holanda 6 2 International Food Policy Research Institute Etiópia;Costa Rica e USA 4 2 Eindhoven University Holanda 5 2 University of Alberta Canadá 5 2 Yale University USA 3 2 College of India Índia 5 1 Natural Resort Institute Reino Unido 5 1 University of Strathclyde Reino Unido 5 1 Delft University of Technology Holanda 5 1 College of William & Mary USA 5 1 University of Montreal Canadá 4 1 University of South Carolina USA 4 1

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Indiana University USA 4 1 Fonte: Dados da pesquisa

As universidades Case Western Reserve University dos Estados Unidos e Tilburg University da Holanda, evidenciam o maior número de laços e concentram a publicação de 2 artigos cada uma. Sete universidades apresentam 5 laços e 1 ou 2 artigos publicados e três delas com 4 laços e 1 artigo. Em adição aos resultados da Tabela 4, ilustra-se na Figura 3 a rede de cooperação entre as universidades.

Figura 3 – Rede social de cooperação entre universidades

LEGENDA: ESTADOS UNIDOS (USA) (CWM) College of William & Mary,(GMU)George Mason University, (HBS) The Harvard Business School, (IFPRI) International Food Policy Research Institute, (IU)Indiana University,(RU) Case Western Reserve University, (UC) University at Carbondale, (UCLA) Anderson School of Management, (ULS) Louisiana State University,(UM) University of Maryland, (UMCP) University of Maryland at College Park, (UMS) Southeastern Massachusetts University, (UMT) University of Minnesota, (USA) University of South Alabama, (USB) University San Bernardino, (USC) University of South Carolina. REINO UNIDO (UK) (AEU) University of East Anglia, , CEPR,(UO) University of Oxford, (US)University of Strathclyde, (LBS)London Business School, (NRI)Natural Resort Institute. HOLANDA: (EU) Eindhoven University of Technology, (DUT) Delft University of Technology, (ISNAR) International Service for National Agricultural Research, (ISTP) Institute of Strategy, Technology and Policy, Research, (RSM)RSM Erasmus University, (UTG) Tilburg University, (UTU)Utrecht University,(VGP)Van de Geijn Partners bv. INDIA: (CI) College of India, NOVA ZELANDIA: (UW) University of Waikato, FRANÇA: (CREI) University Paris, (EPDTIE) United Nations Environment Programme,Division of Technology,Industry and Economics (UNT) Université de Nantes, (UTL) University of London, (UVS)Université de Versailles Saint-Quentin. CANADÁ: (AE) Alberta Environment, (UBOA)University of Alberta, (UOM) University of Montreal. ALEMANHA: (EBS) EBS Business School, (ISS) Max Planck Institute for the Study of Societies, (UAS)Hamburg University of Applied Sciences. ETIOPIA: (APC) African Climate Policy Centre,Food Security and Sustainable Development Division, (IFPRI)International Food Policy Research Institute. COSTA RICA: (IFPRI) International Food Policy Research Institute. AZERBAIJÃO: (ASDAPS) Agency for Support to the Development of the Agricultural Private Sector. TAIWAN: (NKUT) Nan Kai University of Technology, (TU) Tajen University. SUIÇA: (UZ) Universitat Zurich. SUÉCIA: (UL) Linkoping University. COREIA DO SUL: (EWU)Ewha Womans University. ITALIA: (DEIM)Politecnico di Milano, (UB) University of Bologna, (DEIM)Politecnico di Milano, (UBTI)University of Bologna and Theseus Institute. AUSTRÁLIA: (UM) Macquarie University, (UOT) University of Technology. NORUEGA: (UFO) University of Oslo. GRÉCIA: (UOA) University of the Aegean, (UOT)Democritus University of Thrace. CINGAPURA: (NTU) Nanyang

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Technological University,(SMU) Singapore Management University. BRASIL: (FEI) Centro Universitário da FEI, (FGV) Fundação Getulio Vargas, (USP) Universidade de São Paulo.

Fonte: Dados da Pesquisa Além das instituições descritas na Tabela 4, 16 delas apresentaram entre 3 e 1 laço

direto que segundo Granovetter (1973) e Waserman e Faust (1994) são laços fortes. Outras 28 universidades publicaram isoladamente não formando conexões com os demais atores da rede. A rede de cooperação entre as universidades apresenta a formação total de 71 ‘nòs’ (universidades) e 58 laços dos 4.970 possíveis, apresentando densidade de 1,17%. Nota-se 51,72% das instituições formaram algum tipo de conexão, demonstrando a possibilidade de compartilhamento de informação e conhecimento (GRANOVETTER, 1973; WASERMAN E FAUST, 1994; BULGACOV, VERDU, 2001; TOMAÉL, 2005; KLEINBERG ET AL.,2008).

4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS PELAS ETAPAS DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO

A seguir apresenta-se a análise dos artigos quanto à classificação de acordo com as etapas do processo de institucionalização. Na Tabela 6 ilustram-se as etapas do processo de institucionalização e quantidade dos artigos selecionados.

Tabela 6 – Etapas do processo de institucionalização e artigos selecionados Etapa do Processo Artigos % Inovação 34 70,8% Habitualização 06 12,5% Objetificação 07 14,6% Sedimentação 01 2,1%

Fonte: Dados da pesquisa A etapa de inovação no processo de institucionalização que apresentou o maior

número de artigos refere-se aos estudos relacionados aos fatores que estimulam as inovações. Tolbert e Zucker (1999) indicam esta etapa como a propulsora das inovações, na qual as forças do mercado competitivo, a legislação e as mudanças tecnológicas estimulam às inovações organizacionais.

Os artigos selecionados discutem questões relacionadas às inovações do sistema tecnológico como, por exemplo, não ter foco apenas em produzir tecnologia, mas igualar esforços em distribuição e uso desta tecnologia. Com essa premissa surgem contingências relativas à integração (inter-relacionamento) dos grupos sociais participantes como empresas, órgãos reguladores, força de trabalho. Destacam que uma inovação em um sistema tecnológico se conecta aos antigos sistemas em um processo add-on e gradualmente se tornam dominantes. Outro aspecto, amplamente pesquisado, explora bases teóricas e padrões institucionais emergentes na pesquisa agrícola quanto ao universo do desenvolvimento tecnológico nesse campo. Estudos destacam que a tecnologia da informação, não é apenas uma inovação tecnológica, mas um importante ator de mudanças sistêmicas.

Na área financeira, a inovação é discutida no contexto de oferecer um arcabouço institucional legal por meio das políticas de estado. Discutem a ótica da governança corporativa no sistema de inovações no mercado financeiro.

Outros temas merecem destaques nas abordagens das inovações impulsionadas pelos fatores ambientais externos como propõe a primeira etapa do processo de institucionalização (da inovação) (Figura-1).

Na perspectiva da etapa de inovação no processo de institucionalização, as universidades dos Estados Unidos apresentam a maior concentração dos estudos. Na Case Western Reserve Universit, destacam-se os autores Leonard H. Lynn; N. Mohan Reddy; John D. Aram; Youngjin Yoo; Kalle Lyytinen e na Yale University, Richard R. Nelson; Sidney G. Winter; Gamy D. Brewer.

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Artigos relativos à etapa da habitualização correspondem a 12,5%. O processo de habitualização envolve a geração de novos arranjos estruturais em resposta a problemas organizacionais, além da formalização desses arranjos em políticas e procedimentos. Nesta etapa, destacam-se o monitoramento organizacional e a teorização.

Em recursos humanos, observaram-se vários estudos direcionados ao comportamento dos agentes organizacionais como viabilizadores das inovações estimulando práticas de intraempreendedorismo, programas motivacionais e modelos para explicar e prever tal comportamento. Outros procedimentos organizacionais caracterizando o monitoramento como, por exemplo, a utilização da concentração de ações como forma de controle de tomada de decisão.

Nesta etapa a universidade Université de Versailles Saint-Quentin da França pode ser citada com os autores S. Faucheux I. Nicolaï. Além desta, a University of South Alabama dos Estados Unidos, com o autor John E. Gamble 

A objetificação ressalta um cenário organizacional mais permanente e disseminado, com tendência a difusão das inovações além de conferir um determinado grau de consenso dos atores organizacionais sobre a importância das inovações. Neste aspecto, os artigos identificados à luz da objetificação apresentam estudos vinculados à aceitação da inovação. Algo que pode ou não tornar-se sedimentado, ressaltando que há diferentes graus de aceitação. A aceitação está vinculada aos impactos positivos ou de resistência assimilados pelos atores organizacionais que pode ou não sofrer a influência de grupos defensores com seu apoio cultural.

Exemplificando esta etapa, um dos estudos destaca o processo de implentação do programa de qualidade total, a necessidade da adoção de ações específicas para vencer a resistência nos vários níveis hierárquicos organizacionais. Verificou-se, ainda, entre os estudos, o impacto das pequenas e médias empresas na inovação de capital intelectual. Além disso, discute a rápida adoção de inovações em energia solar. Outro aspecto abordado refere-se à governança corporativa, ressaltando que ela existe para regular a relação entre os atores. Nesta ótica, cada parte do grupo defende seus interesses, assim pode-se entender que existe objeticação, mas a defesa dos próprios interesses representam as barreiras para entrada na sedimentação.

Na etapa de objetificação figuram diversas universidades entre elas a University of South Carolina dos Estados Unidos com destaque para os autores Brian S. Klaas; Malayka Klimchak; Matthew Semadeni; Jeanne Johnson Holmes. Os demais estudos que compreendem esta etapa são de autores pertencentes a universidades de países como Itália, Holanda, Singapura, Nova Zelândia e Canadá.

Na sedimentação observou-se apenas um artigo com a pesquisa sobre dinâmicas de criação de mercado em um setor maduro da economia. Em um mercado estabilizado existe um isomorfismo de difícil alteração o que caracteriza a etapa de sedimentação. A sedimentação é a institucionalização total, ou seja, é a perpetuação da inovação. A partir deste estágio, tem-se a inovação como algo inerente a vida organizacional, abandonando, portanto o caráter de novo, passando a ser aceita por toda estrutura contextual organização interna e externamente.

O artigo que foi classificado nesta etapa está vinculado a três universidades de diferentes países. A Tilburg University da Holanda com o autor Patrick Vermeulen; a segunda universidade, também da Holanda, a Van de Geijn Partners pelo autor Rutger Büch e University of Alberta do Canadá com autoria de Royston Greenwood.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Este estudo teve como objetivo identificar as redes sociais formadas a partir da produção científica sobre processos de inovação e sua relação com a Teoria Institucional em Bases de Dados Internacionais. A bibliometria e sociometria foram aplicadas para verificar os contornos sociais dos 48 artigos selecionados nas bases PROQUEST, SIENCE DIRECT, SCOPUS. Em adição, a pesquisa descritiva realizada por meio de análise de conteúdo, com abordagem qualitativa e quantitativa complementou as análises.

Cerca de 107 autores com 4.421 citações foram estratificados em Tabelas e Redes Sociais, verificando-se que os 48 artigos selecionados nas bases de dados pesquisadas foram publicados em 35 periódicos internacionais e 01 periódico nacional (RAE), no período entre 1977 a 2012.

Quanto às autorias dos artigos concentraram-se em 33,33% com apenas um autor por artigo e 66,67% entre dois e cinco autores. As redes de cooperação entre os autores demonstram que há 21 autores que realizaram mais de 3 laços, 45 com 2 laços; 24 com 1 laço e 16 escreveram de forma isolada, não realizando laços. Desta forma, a densidade da rede é de 0,96% e 109 ligações das 11.342 possíveis, mostrando-se pouco densa.

A análise de citações evidencia que dos 4.421 autores citados nos artigos selecionados para a pesquisa, 30 deles receberam entre 10 e 24 citações (indegree) e os demais foram citados menos de 10 vezes. Destes 30 autores, somente quatro citaram autores da rede analisada (outdegree), destacando-se os autores Biggs, S.D no indegree e Clark, N no outdegree.

Na conectividade entre as universidades observou-se a formação de 71 ‘nòs’ (universidades) e 58 laços dos 4.970 possíveis, apresentando densidade de 1,17%. Comparando com a cooperação entre os autores, as universidades tiveram mais interatividade, contudo, 48,28% delas não realizaram nenhum laço. Vale destacar que os laços entre as universidades ocorrem geralmente entre diferentes países, a exemplo de uma ligação tríade onde uma universidade dos Estados Unidos cooperou com duas da Holanda e laços díades como universidades da França e Etiópia.

Na análise de conteúdo os artigos foram classificados de acordo com as etapas do processo de institucionalização. A etapa da inovação apresentou 70,8% dos artigos que se referem aos estudos relacionados aos fatores que estimulam as inovações. Nesta etapa as universidades dos Estados Unidos originaram o maior número de artigos com autoria de diferentes autores e/ou coautores com uma obra cada. A habitualização apresentou 12,5% dos casos que trata da geração de novos arranjos estruturais em resposta a problemas organizacionais, além da formalização desses arranjos em políticas e procedimentos. Duas universidades destacaram-se, uma da França e outra dos Estados Unidos com artigos relacionados a esta etapa. Na objetificação classificaram-se 14,6% consistindo em um cenário organizacional mais permanente e disseminado, com tendência a difusão das inovações além de conferir um determinado grau de consenso dos atores organizacionais sobre a importância das inovações. Diversas universidades figuram com artigos nesta etapa, entre elas Estados Unidos. Os demais estudos que compreendem esta etapa são de autores pertencentes a universidades de países como Itália, Holanda, Singapura, Nova Zelândia e Canadá. Por fim, na etapa de sedimentação que trata da institucionalização total, ou seja, é a perpetuação da inovação, foram encontrados 2,1% dos estudos, correspondendo a apenas um artigo. Três universidades de diferentes países originaram os autores do artigo. Sendo duas da Holanda e a terceira universidade do Canadá,  

Na etapa da inovação os artigos discutem questões relacionadas às inovações do sistema tecnológico, exploram bases teóricas e padrões institucionais emergentes na pesquisa agrícola, políticas de estado e governança corporativa. Na habitualização vários estudos direcionados ao comportamento dos agentes organizacionais, como viabilizadores, das

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inovações estimulando práticas de intraempreendedorismo, programas motivacionais e modelos para explicar e prever tal comportamento.

Na terceira etapa, a objetificação, a aceitação está vinculada aos impactos positivos ou de resistência assimilados pelos atores organizacionais que podem ou não sofrer a influência de grupos defensores com seu apoio cultural. Exemplificando um dos estudos destaca o processo de implementação do programa de qualidade total, da necessidade da adoção de ações específicas para vencer a resistência organizacional.

Na sedimentação o estudo discute as dinâmicas de criação de mercado em um setor maduro da economia. A partir deste estágio, tem-se a inovação como algo inerente a vida organizacional, abandonando, portanto o caráter de novo e passa a ser aceita por toda estrutura contextual organizacional interna e externamente.

Conclui-se que o sucesso das inovações dentro das organizações depende do seu estágio de institucionalização. A teoria institucional, por sua vez, está suportando uma linha de pesquisas em inovação, como teoria de base e, em muitos estudos, não é evidenciada de forma explícita, mas as pesquisas adotam a expressão ‘institucionalização da inovação’ ou de ‘novas práticas’, remetendo, portanto ao processo de institucionalização.

As limitações deste estudo podem ser consideradas em termos de bases pesquisadas para seleção dos artigos, as quais se restringiram a três bases constantes do portal da CAPES, que podem não conter todas as publicações sobre o foco da pesquisa. Desta forma, sugere-se continuidade da pesquisa com ampliação das bases inserindo a base SPELL agora com periódicos nacionais.  

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