7/25/2019 Resumo Capitaes de Areia

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O romance, que retrata o cotidiano de um grupo de meninos de rua, procura mostrar noapenas os assaltos e as atitudes violentas de sua vida bestializada, mas tambm asaspiraes e os pensamentos ingnuos, comuns a qualquer criana.

- Leia a anlise de apites da !reia

Resumo

"o in#cio da obra $ uma srie de reportagens %ict#cias que e&plicam a e&istncia de umgrupo de menores abandonados e marginalizados que aterrorizam a cidade de 'alvadore con$ecido por apites da !reia. !p(s esta introduo, inicia-se a narrativa que giraem torno das peripcias desse grupo que sobrevive basicamente de %urtos. )orm, apesarde certa linearidade, a $ist(ria contada em %uno dos destinos de cada integrante dogrupo de %orma a montar um quebra-cabea maior.

O c$e%e do grupo apites da !reia um *ovem c$amado )edro +ala, um menino loiro

e %il$o de um grevista morto no cais. in$a ido parar na rua por volta dos cinco anos deidade e desde *ovem * se mostrava cora*oso e o mais capacitado a se tornar o l#der dascrianas. O grupo ocupava um trapic$e abandonado na praia e era %ormado por mais decinquenta crianas, sendo que algumas vo sendo apresentadas aos poucos durante anarrativa.

ma delas era o )ro%essor, que sabia ler e passava as noites lendo livros luz de vela.!lgumas vezes ele lia as $ist(rias para os outros do grupo ou ento criava as suas

pr(prias narrativas a partir do que lera. Outra personagem que compe o grupo /ato,con$ecido assim por ser tido como um dos mais bonitos ali. 0uando entrou no grupoum dos meninos tentou se relacionar com ele, mas /ato no quis. 'endo muito vaidoso,tentava andar arrumado na medida do poss#vel e de acordo com sua realidade de meninode rua. /ato se apai&ona por uma prostituta c$amada 1alva, que ir ter um romancecom o *ovem ap(s ser abandonada por seu amante.

Outra personagem que merece destaque 'em )ernas, um menino que uma vez %orapego pela pol#cia e por isso passou a ser um *ovem amargo e que odiava a tudo. )or sermanco, s vezes era usado nos assaltos a casas2 ele batia nas portas das casas dizendoque era um (r%o alei*ado e pedia a*uda. /an$ando con%iana dos moradores, eledescobria o que tin$a de valor na casa e depois relatava aos apites da !reia.

)or %im, outras personagens so2 3olta 'eca, que se dizia a%il$ado de Lampio eson$ava integrar o bando desse4 )irulito, um menino de %orte convico religiosa e queir abandonar o roubo4 +oa 3ida, *ovem esperto e que se contenta com pouco4 e o negro5oo /rande, que tin$a o respeito dos demais do grupo por sua coragem e taman$o. !olado dessas personagens centrais que %ormam o grupo, encontra-se ainda o )adre 5os)edro, que era amigo dos meninos e procurava cuidar deles da %orma que consideravamais correta, e a me-de-santo 1. !nin$a.

6m certo momento da narrativa, a var#ola passa a assustar os moradores da cidade. mdos meninos do grupo contrai a doena e internado. "essa altura, surge 1ora e 78uin$a, cu*a me tambm morreu por causa da var#ola, e eles passam a integrar o bando.

"o in#cio alguns *ovens tentaram se relacionar com 1ora, mas so impedidos por )edro+ala, )ro%essor e 5oo /rande. )orm, 1ora e )edro +ala passam a ter certo

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envolvimento amoroso.

erto dia alguns dos meninos %oram pegos em um assalto, mas %oram protegidos por)edro +ala e somente ele e 1ora %oram levados presos. 6la %oi levada para um or%anato,enquanto )edro +ala %oi torturado pela pol#cia e mantido preso em uma solitria por oito

dias. !lgum tempo depois, os meninos conseguem a*udar )edro a se livrar dore%ormat(rio e partem para libertar 1ora tambm. )orm, encontram-na muito doente eela passa apenas mais alguns dias com os meninos antes de morrer.

!p(s a morte de 1ora o grupo vai so%rendo algumas alteraes. )irulito parte com o)adre 5os )edro para trabal$ar com ele na igre*a, 'em )ernas acaba morrendo em uma%uga da pol#cia e /ato vai para 9l$us com 1alva, de quem ca%eto. 5 )ro%essorconseguiu entrar em contato com um $omem que l$e o%erecera a*uda e tornou-se pintorno :io de 5aneiro retratando as crianas baianas. )or %im, 3olta 'eca conseguiu setornar um cangaceiro de seu ;padrin$o< Lampio. !p(s cometer muitas mortes ecrimes, a pol#cia prende 3olta 'eca e ele condenado.

ada vez mais %ascinado com as $ist(rias de seu pai sindicalista que morrera em umagreve, )edro +ala passa a se envolver em greves e lutas a %avor do povo. !ssim, movido

por ideais comunistas e revolucionrios, )edro +ala passa o comando do bando paraoutro menino e parte para se tornar um militante proletrio.

Narrador

O romance narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente =que sabe tudo oque ocorre>. 6ssa caracter#stica narrativa possibilita que se*a cumprida uma tare%a%acilmente notada pelo leitor2 mostrar o outro lado dos apites da !reia. O narrador, ao

penetrar na mente dos garotos, apresenta no apenas as atitudes que a vida bestializadaos obriga a tomar, mas tambm as aspiraes, os pensamentos ingnuos e puros,comuns a qualquer criana. O narrador no se es%ora por ser imparcial4 participa comseus comentrios, muitas vezes sutis, mas sempre %avorveis aos apites da !reia.

Personagens

! obra no possui um personagem principal. )ara indicar um protagonista, o maisapropriado seria apontar o con*unto do bando, ou se*a, os apites da !reia comogrupo. 9sso porque as aes no giram em torno de um ou de outro personagem, mas aoredor de todos. )edro +ala, o l#der do bando, no mais importante para o enredo doque o 'em-)ernas ou o /ato. )ode-se dizer que ele o l#der do bando, mas no lidera o

ei&o do romance. 1a# a idia de que o protagonista o elemento coletivo, e cadamembro do grupo %unciona como uma parte da personalidade, uma %aceta desseorganismo maior que %orma os apites da !reia.

Pedro Bala:l#der dos apites da !reia, tem o cabelo loiro e uma cicatriz de naval$ano rosto, %ruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando. 'eu pai,con$ecido como Loiro, era estivador e liderara uma greve no porto, onde %oiassassinado por policiais.

Sem-pernas:de%iciente %#sico, possui uma perna co&a. )reso e $umil$ado por policiaisbbados, que o obrigaram a correr em volta de uma mesa na delegacia at cair

e&tenuado, 'em-)ernas conserva as marcas psicol(gicas desse epis(dio, que provocounele um (dio irre%revel contra tudo e todos, incluindo os pr(prios integrantes do bando.

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Gato: o gal dos apites da !reia. +em-vestido, domina a arte da *ogatina,trapaceando, com seu baral$o marcado, todos os que se aventuram numa partida contraele. !lm dos %urtos e do *ogo, /ato consegue din$eiro como ca%eto de uma prostituta

c$amada 1alva.

Professor:intelectual do grupo, deu in#cio s leituras depois de um assalto em queroubara alguns livros. !lm de entreter os garotos, narrando as aventuras que l, o)ro%essor a*uda decisivamente )edro +ala, aconsel$ando- o no plane*amento dosassaltos.

Pirulito:era o mais cruel do bando, at que, tocado pelos ensinamentos do padre 5os)edro, converte-se religio. 6&ecuta, com os demais, os roubos necessrios sobrevivncia, sem *amais dei&ar de praticar a orao e sua % em 1eus.

Boa-vida:o apelido traduz seu carter indolente e sossegado. ontenta-se compequenos %urtos, o su%iciente para contribuir para o bem-estar do grupo, e com algumasmul$eres que no interessam mais ao /ato.

Joo Grande: respeitado pelo grupo em virtude de sua coragem e da grande estatura.!*uda e protege os novatos do bando contra atos tiranos praticados pelos mais vel$os.3olta 'eca2 admirador do cangaceiro Lampio, a quem c$ama de padrin$o, son$a umdia participar de seu bando.

Dora: seus pais morreram, v#timas da var#ola, quando tin$a apenas ?@ anos. Aencontrada com seu irmo mais novo, 7 8uin$a, pelo )ro%essor e por 5oo /rande. !oc$egar ao trapic$e abandonado, onde os garotos dormem, 1ora quase violentada, mas,tendo sido protegida por 5oo /rande, o grupo a aceita, primeiro como a me de quetodos careciam, depois como a valente mul$er de )edro +ala.

Padre Jos Pedro:padre de origem $umilde, s( conseguiu entrar para o seminrio porter sido apadrin$ado pelo dono do estabelecimento onde era operrio. 1iscriminado porno possuir a cultura nem a erudio dos colegas, demonstra uma crena religiosasincera. )or isso, assume a misso de levar con%orto espiritual s crianas abandonadasda cidade, das quais os apites da !reia so o grande e&poente.

Querido-de-Deus:grande capoeirista da +a$ia, respeita o grupo liderado por )edro+ala e respeitado por ele. 6nsina sua arte para alguns deles e e&erce grande in%lunciasobre os garotos.

Sobre Jorge mado

5orge !mado nasceu em 9tabuna =+!>, em ?B de agosto de ?C?D, e passou a in%Encia em9l$us. !os ?C anos surpreendeu a cr#tica e o pFblico com o lanamento do romance GO)a#s do arnavalG. 1esenvolveu uma literatura politicamente enga*ada e, nos anosseguintes, publicou GacauG =?C@@>, G'uorG =?C@H>, 5ubiabG =?C@I> e Gapites da!reiaG =?C@J>.

8ez os estudos universitrios no :io de 5aneiro, %ormando-se bac$arel em cincias*ur#dicas e sociais. 6m ?CHI %oi eleito deputado %ederal pelo )artido omunista

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+rasileiro =)+>, tendo participado da !ssemblia onstituinte de ?CHK e da primeiraEmara 8ederal ap(s o 6stado "ovo. )erdeu o mandato em ?CH, depois que o )+ %oicolocado na ilegalidade. 1ei&ou o +rasil e viveu cinco anos na 6uropa e na Msia.

om /abriela, ravo e anela =?CI> iniciou nova %ase literria, marcada por um estilo

picaresco, de personagens malandros e bu%es. Norreu em K de agosto de DBB?, em'alvador. A o romancista brasileiro mais traduzido e con$ecido em todo o mundo.

'uas principais obras so2 GO pa#s do carnavalG =?C@B>, G'uorG =?C@H>, GNar NortoG=?C@K>, Gapites da areiaG =?C@J>, G/abriela, cravo e canelaG =?CI>, G! morte e amorte de 0uincas +erro dMguaG =?CK?>, G1ona 8lor e seus dois maridosG =?CKK>,Gieta do agresteG =?CJJ>, G8arda, %ardo, camisola de dormirG =?CJC> e muitas outras.