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RESUMO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (LEI N° 8.078/90) COLEÇÃO LEIS ESPECIAIS PARA CONCURSOS TÍTULO I Dos Direitos do Consumidor Capítulo I Disposições Gerais Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social , nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII , 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias . As normas do CDC são de ordem pública e interesse social, prevalecendo sobre a vontade das partes. O juiz poderá, nas relações de consumo, apreciar qualquer matéria de ofício. Ex: poderá inverter o ônus da prova de ofício (art. 6, VIII); desconsiderar a personalidade jurídica de ofício (art. 28); declarar a nulidade de cláusula abusiva de ofício (art. 51). IMPORTANTE : O STJ não vem aceitando a decretação de ofício das cláusulas abusivas nos contratos bancários, sob o argumento de ofensa ao princípio “tantum devolutum quantum appelattum” , privilegiando assim o direito processual em detrimento do direito material. Súmula 381 do STJ: Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas. Direito do consumidor na Constituição Federal: Art. 5º, XXXII. A “defesa do consumidor” como direito e garantia fundamental. O STJ proferiu decisão no sentido de que o prazo de carência do plano médico hospitalar ficará suspenso, caso a pessoa tenha que fazer uma cirurgia de emergência devido ao surgimento de doença grave. No caso em comento, a associada contratou plano de saúde, cujo prazo de carência para a realização de cirurgia era de 3 anos. 1

RESUMO - CDC - Coleção Leis Especiais Para Concursos

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Codigo de Defesa do Consumidor resumido para concursos.

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RESUMOCDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (LEI N 8.078/90)COLEO LES ESPECAS PARA CONCURSOSTTULO IDos Direitos do ConsumidorCaptulo IDisposies GeraisArt. 1Opresentecdigoestabelecenormasdeproteoedefesadoconsumidor, deordempblica e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXX, 170, inciso V, daConstituio Federal e art. 48 de suas Disposies Transitrias.As normas do CDC so de ordem pblica e interesse social, prevalecendo sobre a vontadedas partes.O juiz poder, nas relaes de consumo, apreciar qualquer matria de ofcio. Ex: poderinverter o nus da prova de ofcio (art. 6, V); desconsiderar a personalidade jurdica deofcio (art. 28); declarar a nulidade de clusula abusiva de ofcio (art. 51).IMPORTANT!O STJ no vem aceitando a decretao de ofcio das clusulas abusivasnoscontratosbancrios, soboargumentodeofensaaoprincpio"tantumdevolutumquantumappelattum, privilegiandoassimodireitoprocessual emdetrimentododireitomaterial."#mula $%& do "T': Nos contratos bancrios, vedado ao julgador conhecer,de ofcio, da abusividade das clusulas.Direito do consumidor na Constituio Federal: Art. 5, XXX. A "defesa do consumidor como direito e garantia fundamental.O STJ proferiu deciso no sentido de que o prazo de carncia do plano mdico hospitalarficar suspenso, caso a pessoa tenha que fazer uma cirurgia de emergncia devido aosurgimento de doena grave. No caso em comento, a associada contratou plano de sade,cujoprazodecarnciaparaarealizaodecirurgiaerade3anos. Faltando, porm,alguns meses para a expirao do prazo, a contratante descobriu que era portadora detumor medular e foiobrigada a arcar com todas as despesas. De acordo com o STJ, aclusula de carncia do plano de sade no pode ser aplicada de forma abusiva, e nem secontrapor ao fim maior de um contrato de assistncia mdica que o de amarar a vida e asade. Em suma, ldima a clusula de carncia estabelecida em contratovoluntariamente aceito por aquele que ingressa no plano de sade, merecendotemperamento, porm, a sua aplicao quando se revela circunstncia excepcional."#mula(in)ulanten* +,"T-: ilcitaaprisocivil dedepositrioinfiel,qualquer que seja a modalidade do depsito."#mula .&/ do "T': Descabe priso civil de depositrio infiel.1 Art. 170, V, CF: A "defesa do consumidor como princpio da atividade econmica. OCDC procura compatibilizar a defesa do consumidor com a livre iniciativa. Art. 48, ADCT: previso constitucional para a elaborao do CDC "O CongressoNacional, dentro de 120 dias da promulgao da CF, elaborar CDC.ODireito do Consumidor est inserido na 3 "gerao ou "dimenso dos direitosfundamentais.O CDC um microssistema jurdico. Por fora do carter interdisciplincar, o CDC outorgoututelas especficas ao consumidor nos campos civil (arts. 8 a 54), administrativo (Arts. 55a 60 e 105/106), penal (art. 61 a 80) e jurisdicional (Art. 81 a 104)."T- e "T': No incidem os dispositivos do CDC nos contratos celebrados antes de suavigncia.IMPORTANT! Nos )ontratos de e0e)u1o di2erida e pra3o indeterminado, celebradosanteriormente vigncia do CDC, vem sendo admitida a incidncia da norma consumeristapelo STJ, uma vez que o contrato renovado a cada pagamento efetuado. Ou seja, noscontratos de prazo indeterminado, o consumidor poder discutir a validade das clusulascontratuais ou requerer a sua reviso durante o perodo de vigncia do CDC, mesmo paraos contratos celebrados anteriormente ao CDC.Art. 2 Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou serviocomo destinatrio final. Pargrafo nico.Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,ainda queindeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo.CON"UMIDOR. Prestar anteo nos elementos constantes nas definies: Consumidor pessoa FSCA ou JURDCA. A COLETVDADE DE PESSOAS, ainda que indeterminveis, que haja intervindonas relaes de consumo, equipara-se a consumidor. Adquire produtos ou servios como DESTNATRO FNAL.Nadoutrina, duascorrentesseformaramarespeitodoconceitodeconsumidor paraexplicarem o que seja "destinatrio final. So denominadas de finalistas e maximalistas.-inalista: A doutrina finalista (ou subjetiva), partindo do conceito econmico deconsumidor, prope que a interpretao da expresso destinatrio final seja restrita,fundamentando-se no fato de que somente o consumidor, parte mais vulnervel na relaocontratual, merece a especial tutela. Assim, consumidor seria o no profissional, ou seja,aquele que adquire ou utiliza um produto para uso prprio ou de sua famlia. Em outraspalavras, o destinatrio final o que retira o bem do mercado ao adquirir ou simplesmenteutiliz-lo(destinatriofinal ftico), aquelequecolocaumfimnacadeiadeproduo(destinatrio finaleconmico), e no aquele que utiliza o bem para continuar a produzir,pois ele no consumidor final, j que est transformando e utilizando o bem para oferec-lo, por sua vez, ao cliente, consumidor do produto ou servio.Ma0imalista: Para a teoria maximalista, com base no conceito jurdico de consumidor, odestinatriofinal seriasomente odestinatrioftico, poucoimportando adestinao2econmica que deva sofrer o bem. Assim, para os maximalistas, a definao deconsumidor puramente objetiva, no importando a finalidade da aquisio ou do uso doproduto ou servio, podendo at mesmo haver inteno de lucro.O STJ superou a discusso acerca do alcance da expresso "destinatrio final constantedo art 2 do CDC, consolidando a teoria finalista como aquela que indica a melhor diretrizpara a interpretao do conceito de consumidor. IMPORTANT!OSTJ admite, porm, certo abrandamento (mitigao) dessa teoriaquandoseverificar umavulnerabilidadenocasoconcreto: anliseda4ulnera5ilidadet6)ni)a7 8urdi)a ou e)on9mi)a: Chamamos esta aplicao (anlise da vulnerabilidade docaso concreto) de teoria 2inalista miti;ada (ou teoria finalista aprofundada), uma vez queconforme o prprio nome indica, h um abrandamento da teoria finalsita para admitir quealgum que pela teoria, a princpio, no seria consumidor, se torna consumidor.A jurisprudncia do STJ, ao mesmo tempo em que consagra o conceito finalista, reconhecea necessidade de mitigao do crdito para atender situaes em que a vulnarab lidade seencontra demosntrada no caso concreto. Porque essencia do Cdigo o reconhecimentodavulnerabilidadedoconsumidornomercado, princpio-motordapolticanacional dasrelaes de consumo (art. 4, ). Cumpre consignar a existncia de certo abrandamento nainterpretao da teoria finalista, na medida em que se admite, excepcionalmente e desdeque demonstrada in concreto a vulnerabilidade tcnica, jurdica ou econmica, a aplicaodas normas do CDC a determinados consumidores profissionais, como pequenasempresas e profissionais liberais.A vulnerabilidade do consumidor pessoa fsica presumida pela lei, enquanto que a dapessoa jurdica deve ser demonstrada no caso concreto.NoBrasil,aspessoasjurdicasdedireitopblicopodemserconsumidoras. Desdequevulnerveis na relao jurdica, pode-se perfeitamente considerar um determinadomunicpio, estado ou at mesmo a Unio como consumidora.Em relao ao consumidor, temos:3-INALI"TA MACI" D -ORNCDORArt:%C7 D#ni)o Fabricante prestar informaes em produto industrialArt: &+ Responsabilidade do fabricante, produtor, construtor e importadorArt: &$ Responsabilidade do comercianteArt: &.7 D.C Responsabilidade dos profissionais liberaisArt: &%7 D,C Fornecedor imediato = comerciante produtos in naturaArt: &/7 D+C Fornecedor imediato= comerciante pesagemde produtos ebalana no aferida segundo os padres oficiaisArt: +,7 D+C Fabricante, construtor e importador e quem realizou a incorporao dano em funo de pela ou componente incorporado ao produtoArt: $+ Fabricantes e importadores pelas de reposioArt: $$ Fabricante nome na embalagem na oferta ou venda por telefonePrestar ateno nos elementos constantes da definio: Fornecedor toda pessoa FSCA ou JURDCA. Produto qualquer bem, MVEL ou MVEL, MATERAL ou MATERAL.4 Servio somente enquadrado numa relao de consumo quando prestadomediante REMUNERAO.Achave paraseencontrar afiguradofornecedor estnaexpresso"desenvolvematividade. Ou seja, somente ser fornecedor o agente que pratica determinada atividadecom habitualidade.O STJ j decidiu que agncia de viagem, quando vende veculo prprio, no atua comofornecedor, j que compra e venda de veculos no faz parte da atividade comercialdaempresa.PRODUTO: Oartigo delimita para fins de definio tanto de consumidor, como defornecedor, o que produto e servio. Produto definido de modo bem amplo pela lei,sendo qualquer bem, mvel ou imvel, material ou imaterial (1)."R(IEO: qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, medianteremunerao (2). Somente os servios puramente gratuitosesto excludos do mbitode incidncia do CDC. Logo, sendo caso de servio apenas aparentemente gratuito (deremunerao indireta), configura-se a relao de consumo (STJ).O STJ vem entendendo que no h incidncia das normas do CDC prestao do serviopblico de sade, uma vez que no h nenhuma espcie de remunerao.Os Bancos e nstituies financeiras se sujeitam a Cdigo de Defesa do Consumidor."#mula +/F "T': O CDC aplicvel s instituies financeiras.Os "entes despersonali3ados esto abrangidos pelo artigo de forma a evitar que a faltadepersonalidadejurdicavenhaaser empecilhonahoradetutelar osconsumidores,evitando prejuzos a estes. Afamlia, por exemplo, praticando atividades tpicas defornecimento de produtos e servios, segundo o art 3, seria considerada fornecedor paraos efeitos legais.As relaes havidas entre patro (empresa ou no) e empregado esto, por fora da lei,excludas da apreciao do CDC, havendo legislao especfica (CLT) para o caso. APLICAEGO DO CDC PLO "T'! Relao jurdica existente entre entidade de previdncia privada e seusparticipantes (Smula 321); Operadora de servios de assistncia sade que presta servios remunerados populao; Ao contrato de financiamento celebrado entre a CEF e o taxista para aquisio deveculo; O relacionamento entre o canal de televiso e o seu pblico; Responsabilidade civil do transportador areo internacional pelo extravio decarga; Relao entre o agente financeiro do SFH, que concede emprstimo paraaquisio de casa prpria, e o muturio;5 Sociedadeseassociaessemfinslucrativosquandofornecemprodutosouprestam servios remunerados; Relao entre condomnio e concessionrio de servio pblico. Doao de sangue pode estabelecer relao de consumo; Aplica-se o CDC aos contratos de plano de sade (Smula 469 STJ); consumidor a microempresa que celebra contrato de seguro com escopo deproteodopatrimnio prprio contra rouboefurto,ocupando, assim,posiojurdica de destinatria final do servio; A cooperativa de crdito integra o sistema financeiro nacional, estando sujeita snormas do CDC. NGO APLICAEGO DO CDC PLO "T'! Crdito educativo, por no ser servio bancrio, mas sim programagovernamental custeado pela Unio; Contrato de prestao de servio firmado, aps procedimento licitatrio, com aECT para construo de duas agncias dos Correios, pois se trata se relao deDireito Administrativo; Relaes decorrentes de condomnio (condmino x condomnio); Relaes decorrentes de contratos de locao predial urbana; Atividade notarial (cartrios) no regida pelo CDC; Contrato de franquia relao entre franqueador e franqueado; Execuo fiscal; Beneficirios da Previdncia Social no se enquadram como consumidores; No se considera relao de consumo, mas atividade de consumo intermediria,a aquisio de bens ou a utilizao de servios por pessoa fsica ou jurdica paraimplemento ou incremento de sua atividade comercial. Relao entre o contador e o condmino; Relao tributria; A relao jurdica que se estabelece entre o representante comercial autnomo easociedaderepresentadareguladapor disciplinajurdicaprpria, noseaplicando as regras do CDC. APLICAEGO DI(RGNT!H divergncia jurisprudencial no STJ quanto aplicao do CDC aos serviosadvocatcios. A 3 Turma entende que se aplica o CDC aos servios advocatcios. J a 4Turma, diferentemente, vem decidindo que as relaes contratuais estabelecidas entre oadvogado e o cliente so regidas pelo Estatuto da OAB.6CAPTULO IIDa Polti)a Na)ional de Relaes de ConsumoArt.4 A Poltica NacionaldasRelaes deConsumotem por objetivooatendimento dasnecessidades dos consumidores, o respeito sua dignidade,sade e segurana, a proteo deseus interesses econmicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparncia eharmonia das relaes de consumo, atendidos os seguintes princpios: - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; - ao governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:a) por iniciativa direta;b) por incentivos criao e desenvolvimento de associaes representativas;c) pela presena do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e servios com padres adequados de qualidade, segurana,durabilidade e desempenho. - harmonizao dos interesses dos participantes das relaes de consumo ecompatibilizao da proteo do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econmico etecnolgico, de modo a viabilizar os princpios nos quais se funda a ordem econmica (art. 170, daConstituio Federal), sempre com base na boa-f e equilbrio nas relaes entre consumidores efornecedores; V-educaoeinformaodefornecedoreseconsumidores, quantoaosseusdireitosedeveres, com vistas melhoria do mercado de consumo; V-incentivocriaopelosfornecedoresdemeioseficientesdecontroledequalidadeesegurana de produtos e servios, assim como de mecanismos alternativos de soluo de conflitosde consumo;V - coibio e represso eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo,inclusive a concorrncia desleal e utilizao indevida de inventos e criaes industriais das marcase nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuzos aos consumidores;V - racionalizao e melhoria dos servios pblicos;V - estudo constante das modificaes do mercado de consumo.(ULNRA=ILIDAD: Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado deconsumo.mportante destacar a diferena efetuada pela doutrina no tocante aos termos"vulnerabilidadee"hipossuficincia,sendoaprimeira umfennomededireitomaterialcompresuno absoluta (art 4, ), enquanto a segunda, umfenmeno de ndoleprocessual quedeverpaseranalisadocasuisticamente(art 6, V ahipossuficinciadever ser averiguada pelo juiz segundo as regras ordinrias de experincia).O STJ tem se valido da anlise da vulnerabilidade no caso concreto (tcnica, jurdica eeconmica) para delimitar a figura do consumidor (Teoria Finalista Mitigada).=OAH-> O='TI(A: Neste artigo est expressa a presena do princpio da boa-f objetivae o princpio do equilbrio nas relaes de consumo.A boa-f objetiva estabelece um dever de conduta entre fornecedores e consumidores nosentido de agiremcomlegaldade e confiana na busca do fimcomum, que oadimplemento do contrato, protegendo, assim, as expectativas de ambas as partes. Emoutras palavras, a boa-f objetiva constitui um conjunto de padres ticos decomportamento, aferveis objetivamente, que devem ser seguidos pelas partes7contratantes em todas sas fases da existncia da relao contratual, desde a sua criao,durante o perodo de cumprimento e, at mesmo, aps a sua extino.Dois pilares que sustentam a boa-f objetiva: lealdade + confiana.-UNEI" DA =OAH-> O='TI(ATLOLJGICA OU INTRPRTATI(AKart &&$ CCLA funo interpretativa da boa-f, a maisutilizada pela jurisprudncia, serve deorientao para o juiz, devendo estesempreprestigiar,diantedeconvenese contratos, a teoria da confiana,segundo a qual as partes agemcomlealdade na busca do adimplementocontratual.Exemplo na jurisprudncia: "Asexpresses assistncia integral ecobertura total, so manifestaes quetm significado unvoco na compreensocomume, nopodemserreferidasnumcontrato de seguro de saude, esvaziadasdeseucontedoprprio, semqueissoafronteoprincpiodaboa-fnaavena(TAPR, A 0174580-2, de 2011).CONTROL OU LIMITADORA DDIRITO" Kart &%F CCLA funo de controle da boa-f visa evitaro abuso do direito subjetivo, limitandocondutas e prticas comerciais abusivas,reduzindo, decertaforma, aautonomiados contratantes.Exemplo na jurisprudncia:"ndependentemente de expressapreviso legal, posterior ao contrato, aclusula que nega cobertura ao seguradoemcasodeprorrogaodainternao,fora do seu controle, abusiva, pois nopodeaestipulaocontratual ofender oprincpio da razoabilidade, anotando-seque a regra protetiva do CDCveda acontrataodeobrigaesincompatveiscomaboa-feaequidade (TAMG, de2000).INTGRATI(A OU CRIADORA DD(R" LATRAI" Kart .++ CCLA funo integrativa insere novos deveresparaas partes diantedas relaes deconsumo, pois almda verificao daobrigao principal, surgem novascondutasaseremtambmobservadas.So os assim denominados "deveresanexosou "deveres laterais peladoutrina e jurisprudncia. Aviolao aqualquer dos deveres anexos implica eminadimplementocontratual. Exemplosdedeveres anexos: proteo, informao,cooperao, cuidado etc.Exemplonajurisprudncia: "Odever deinformao e, por conseguinte, o de exibiradocumentaodequeacontenha, obrigao decorrente de lei, de integraocontratual compulsria. No pode serobjeto de recusa nem de condicionantes,emfacedoprincpiodaboa-fobjetiva(STJ, de 2002).De4er ane0o de in2orma1o: Com base no princpio da informao, verifica-se na searamdica o princpio do consentimento esclarecido. De acordo com esse princpio, deverhaver dilogoentrepacienteemdico, emqueambasaspartestrocamperguntaseinformaes, culminandocomoacordoexpressodopaciente(emdocumetnofirmado)para uma interveno cirrgica ou para um determinado tratamento. Por fora do Cdigode tica Mdica e do CDC, deve o paciente ser clara e ostensivamente informado de todosos procedimentos que ir suportar e as possveis consequncias. Para o STJ, "age comcautelaeconformeosditamesdaboa-fobjetiva, omdico quecolheaassinatura dopaciente em"termo de consentimento informado, de maneira a alert-lo acerca deeventuais problemas que possam surgir durante o ps-operatrio.8Aviolaodessesdeveresanexos(oulaterais) chamadapeladoutrinade"violaopositiva do contrato ou tambm de "adimplemento ruim.Teoria do dutyto mitigatethe loss:Ao versar sobreo dever anexodecooperao elealdade, adoutrinamoderna, inspiradanodogmadaeticidadequedevereinar nasrelaesjurdicas, acentuaa existncia do dever anexo de o credor mitigar asprpriasperdas em virtude do inadimplemento do devedor.Recentemente, o STJ reconheceu a aplicao do duty to mitigate the loss: "os contratantesdevem tomar as medidas necessrias e possveis para que o dano no seja agravado. Aparteaqueaperdaaproveitanopodepermanecerdeliberadamenteinertediantedodano. Agravamento do prejuzo, em razo da inrcia do credor. nfringncia aos deveres decooperao e lealdade.DUCAEGOIN-ORMAEGO D -ORNCDOR"CON"UMIDOR",quanto aosseus direitos e deveres, com vistas melhoria do mercado de consumo. Nesse esprito,vale ressaltar a Lei 12.291/2010 que tornou obrigatria a manuteno de exemplar do CDCnos estabelecimentos comerciais e de prestao de servios.Art.5 Para a execuoda Poltica Nacionaldas Relaes de Consumo,contar o poderpblico com os seguintes instrumentos, entre outros: - manuteno de assistncia jurdica, integral e gratuita para o consumidor carente; - instituio de Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor, no mbito do MinistrioPblico; - criao de delegacias de polcia especializadas no atendimento de consumidores vtimasde infraes penais de consumo; V- criaodeJuizadosEspeciaisdePequenasCausaseVarasEspecializadasparaasoluo de litgios de consumo; V- concessodeestmuloscriaoedesenvolvimentodas AssociaesdeDefesadoConsumidor.CAPTULO IIIDos Direitos =Msi)os do ConsumidorArt. 6 So direitos bsicos do consumidor: - aproteodavida, sadeeseguranacontraosriscosprovocadospor prticasnofornecimento de produtos e servios considerados perigosos ou nocivos; - a educao e divulgao sobre o consumo adequado dos produtos e servios,asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contrataes; - a informao adequada e clara sobre os diferentes produtos e servios, com especificaocorreta de quantidade, caractersticas, composio, qualidade e preo, bem como sobre os riscosque apresentem; V - a proteo contra a publicidade enganosa e abusiva, mtodos comerciais coercitivos oudesleais, bem como contra prticas e clusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtose servios;V - a modificao das clusulas contratuais que estabeleam prestaes desproporcionais ousua reviso em razo de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;V - a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos edifusos;9V - o acesso aos rgos judicirios e administrativos com vistas preveno ou reparaode danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteo Jurdica,administrativa e tcnica aos necessitados; V - a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso do nus da prova, aseu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, for verossmil a alegao ou quando for elehipossuficiente, segundo as regras ordinrias de experincias;X - (Vetado);X - a adequada e eficaz prestao dos servios pblicos em geral. INCI"O (L"GO: "Amodificaodas clusulas contratuais que estabeleam prestaesdesproporcionais...A leso gera a "modi2i)a1o. verificada em decorrncia da quebra do sinalagma gentico da relao contratual, poisse afere um desequilbrio desde a formao do contrato. Para se aplicar tal instituto, bastaprovar a quebra da comutatividade, no sendo necessria a demonstrao da necessidadeouinexperinciadoconsumidor (porqueoconsumidor jvulnervel). stoporqueoinstituto da leso foi tambm comtemplado no CC em seu art. 157, segundo o qual "ocorrea leso, quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperincia, se obriga aprestao manifestamente desproporcional ao valor da prestao oposta.ONRO"IDAD