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RESUMO DE DIREITO PROCESSUAL COLETIVO

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Processo Coletivo

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RESUMO DE DIREITO processual Coletivo

2012SUMRIO30. O Processo Coletivo330.?. Observaes de Provas3

30. O Processo ColetivoSTJ - Foro da execuo individual pode ser distinto do foro da ao coletivaExecues individuais de sentenas condenatrias em aes coletivas no justificam a preveno do rgo julgador que examinou o mrito da ao coletiva. Esse foi o entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justia (STJ), ao analisar um recurso do Ministrio Pblico Federal (MPF). A relatora a ministra Nancy Andrighi. A preveno a reserva de competncia para um juiz ou rgo julgador, em razo de ter tratado de determinada matria antes dos demais. No caso, a ao coletiva foi proposta pelo MPF contra uma instituio de ensino em Gois. A ao visava impedir que a instituio retivesse documentos necessrios transferncia de alunos para outras instituies at o pagamento da renovao de matrcula. A ao teve xito e a deciso transitou em julgado. Uma das ex-alunas buscou a execuo do ttulo executivo judicial decorrente da ao coletiva. A execuo foi livremente distribuda ao juzo de direito da 3 Vara da Seo Judiciria de Gois, que, no entanto, encaminhou os autos para a 4 Vara, na qual tramitou a ao coletiva. O juzo da 3 Vara alegou que as disposies do Cdigo de Defesa do Consumidor (CDC) que tratam da indenizao de vtimas com indenizao j fixada em sentena no poderiam suspender os efeitos do Cdigo de Processo Civil (CPC), que define que a execuo deve ser examinada pelo juzo que decidiu primeiro sobre a causa. J o juzo da 4 Vara afirmou que a distribuio deveria ocorrer por sorteio, pois no haveria preveno no caso. Por isso, suscitou um conflito de competncia negativo (quando os rgos julgadores consideram no ter competncia para tratar da matria) em relao ao juzo da 3 Vara da mesma seo. O Tribunal Regional Federal da Primeira Regio (TRF1) considerou que os processos deveriam ser julgados pela 4 Vara, que julgou primeiro a matria. Com base no CPC, o tribunal regional afirmou que as execues individuais de aes coletivas deveriam ser propostas no mesmo juzo no qual foi proferida a sentena condenatria. O MPF recorreu. Em seu voto, a ministra Nancy Andrighi considerou que a aplicao dada pelo TRF1 aos artigos do CPC tem um pressuposto razovel. As aes coletivas, contudo, apresentam particularidades que tornam complexa a aplicao das regras do CPC execuo judicial, ponderou a relatora. A ministra apontou que aes coletivas tm alto grau de generalidade e, muitas vezes, no estabelecem os direitos de cada um dos interessados. A execuo, entretanto, deve demonstrar nexo causal (relao de causa e efeito) entre o dano genrico e os prejuzos realmente suportados. No se trata aqui de somente proceder liquidao de uma sentena ilquida, porque o grau de indeterminao muito maior, asseverou. Assim, a ministra concluiu que inexiste interesse que justifique a preveno do juzo que examinou o mrito da ao coletiva. Quanto aos artigos do CDC, a ministra relatora argumentou que a legislao se omitiu quanto execuo individual em aes coletivas, sendo necessria a interpretao sistemtica para sanar a lacuna. Destacou que o artigo 101 da norma permite ao consumidor escolher o foro de seu domiclio para ajuizar a ao. Para a ministra Nancy Andrighi, no faz sentido negar tal direito na ao de execuo. J o artigo 98 do mesmo cdigo tambm admitiria a competncia do foro da liquidao da sentena ou da ao condenatria para a ao individual, ou seja, os dois podem ser diferentes. Qualquer concluso que imponha o deslocamento da competncia para o julgamento da execuo individual ao juzo no qual foi prolatada a sentena condenatria coletiva dificulta o acesso ao Judicirio, concluiu a relatora. Com essas consideraes, a Turma definiu a competncia para a 3 Vara da Seo Judiciria de Gois.CADERNETA DE POUPANA. AO. INDIVIDUAL E COLETIVA. LIQUIDAO.Trata a lide sobre a regularidade da converso de ao individual proposta por poupador de caderneta de poupana na qual se discute o pagamento dos expurgos inflacionrios em liquidao de sentena proferida em processo coletivo sobre a mesma questo, feita pelo acrdo recorrido, que adotou as diretrizes estabelecidas no Edital n. 147/2007 do Conselho da Magistratura do Rio Grande do Sul Comage/TJRS. O recorrente, instituio financeira, alega ofensa ao princpio do juiz natural e, consequentemente, afronta ao art. 87 do CPC. O tribunal aquoembasou seu entendimento na interpretao conjunta da Constituio estadual e da respectiva lei de organizao judiciria, assim, nesse ponto, incide a Sm. n. 280-STF. Ademais, eventual incompatibilidade entre as referidas normas e a Constituio Federal ou mesmo entre elas e o CPC questo de competncia do STF (art. 102, III, c e d, da CF/1988). De todo modo, foi considerada vlida tanto no STJ quanto no STF a convocao de juzes para atuar em regime de mutiro para julgamento de determinadas causas, objetivando o melhor andamento dos processos, a racionalizao dos procedimentos e o atendimento ao princpio da razovel durao do processo. A suspenso do processo individual determinada de ofcio pelo juzo foi considerada regular pela Segunda Seo quando do julgamento do recurso representativo de controvrsia repetitiva (REsp 1.110.549-RS, DJe 14/12/2009). Com efeito, a converso da demanda individual em liquidao seguir o mesmo caminho. O interesse pblico de preservao da efetividade da Justia que se frustra se estrangulada por processos individuais multitudinrios recomenda a iniciativa de ofcio de liquidao coletiva da sentena, resolvendo, de maneira uniforme e simultnea, toda a macrolide. Do exposto, a Seo ao prosseguir o julgamento, entre outras razes, negou provimento ao recurso, observando, contudo, que se mantm a converso das aes individuais em liquidao de sentena, e, aps apurado o valor devido, a respectiva execuo dever aguardar o trnsito em julgado da ao coletiva que deu origem ao processo de liquidao por dois motivos: para que se respeite a suspenso de processo sobre a matria determinada pelo STF e porque a disciplina de execuo dos processos coletivos que disputam direitos individuais homogneos no se identifica com a execuo de aes que tratem de direitos difusos e coletivos em sentido estrito. Precedentes citados do STF: HC 96.821-SP, DJe 24/6/2010; RE 591.797-SP, DJe 29/4/2010; AI 754.745-SP, DJe 21/20/2010; do STJ: REsp 570.755-PR, DJ 18/12/2006; REsp 896.435-PR, DJe 9/11/2009; AgRg no REsp 679.560-SC, DJ 10/4/2006, e AgRg no Ag 624.779-RS, DJe 17/11/2008.REsp 1.189.679-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/11/2010.ACP. INTERESSES PREDOMINANTEMENTE INDIVIDUAIS. ILEGITIMIDADE. MP.In casu, o MP estadual, ora recorrido, ajuizou ao civil pblica (ACP) em desfavor da associao ora recorrente por suposta simulao no negcio jurdico que resultou na venda do imvel onde seria sua sede, razo pela qual pleiteia o MP a nulidade do ato e o consequente retorno associao do ttulo de propriedade do referido imvel. Assim, no REsp, a recorrente, entre outras alegaes, sustenta a ilegitimidade do MP para propor ACP, pois a relao existente com seus associados meramente associativa, no de consumo. Assevera, ainda, no se discutir direito indisponvel, nem sequer h a defesa impessoal da coletividade; o que se verifica to somente a insatisfao de alguns associados. A Turma deu provimento ao recurso sob o entendimento de que o MP no possui legitimidade ativa para propor ACP na qual busca a defesa de um pequeno grupo de pessoas, no caso, dos associados de um clube numa ptica predominantemente individual. Ressaltou-se que aproteo a um grupo isolado de pessoas, ainda que consumidores, no se confunde com a defesa coletiva de seus interesses. Esta, ao contrrio da primeira, sempre impessoal e tem como objetivo beneficiar a sociedade em sentido amplo. Desse modo, no se aplica hiptese o disposto nos arts. 81 e 82, I, do CDC. Registrou-se, ademais, no ser cabvel nem mesmo cogitar de interesses individuais homogneos, isso porque a pleiteada proclamao da nulidade beneficiaria esse pequeno grupo de associados de maneira igual. Alm disso, para a proteo de tais interesses, seria imprescindvel a relevncia social, o que no se configura na espcie. Contudo, entendeu-se que, ante a ausncia de m-f do recorrido no ajuizamento da ACP, no so devidos custas e honorrios advocatcios nos termos do art. 18 da Lei n. 7.347/1985. Precedentes citados: REsp 294.759-RJ, DJe 9/12/2008; AgRg no REsp 710.337-SP, DJe 18/12/2009; REsp 613.493-DF, DJ 20/3/2006; AgRg nos EDcl no REsp 1.120.390-PE, DJe 22/11/2010, e EREsp 895.530-PR, DJe 18/12/2009.REsp 1.109.335-SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomo, julgado em 21/6/2011.

30.?. Observaes de Provas1. TRF1 XII QUESTO 81. O efeito erga omnes da coisa julgada, decorrente da sentena proferida na ACP, inibe a propositura da mesma ao civil pelo autor ou por qualquer outro colegitimado ao ajuizamento das aes coletivas, salvo os particulares em suas relaes interssubbjetivas.2. TRF1 XII QUESTO 81. O pedido de concesso de liminar pode ser cumulado com a ACP de conhecimento, cautelar ou de execuo, sendo desnecessrio o ajuizamento de ao cautelar.3. TRF1 XII QUESTO 81. Quando o dano ocorrer ou puder ocorrer potencialmente no territrio de mais de uma comarca, qualquer delas competente para o processamento e julgamento da ao civil pblica, resolvendo-se a questo da competncias por preveno.4. TRF4 XII QUESTO 67. A ao cautelar a que alude o art. 4 da Lei n 7.357/85, que disciplina a ACP, pode assumir, inclusive, feio satisfativa.5. TRF4 XII QUESTO 67. Consoante a jurisprudncia dominante, especialmente no mbito dos TRFs, no constitui critrio dominante da extenso da eficcia da deciso em sede de ACP a competncia territorial do juzo, mas sim a amplitude e a indivisibilidade do dano que se busque evitar ou afastar.6. TRF4 XII QUESTO 67. Na ao popular, consoante entendimento do STJ, no admitida a reconveno.7. TRF4 XII QUESTO 67. O MP no tem legitimidade para propor ao popular, mas, em caso de inrcia do autor, pode prosseguir no polo ativo.8. TRF4 XII QUESTO 61. O juzo que proferiu a sentena coletiva em ACP, na linha da jurisprudncia do TRF4, fica prevento para as execues individuais da referida sentena.9. TRF4 XII QUESTO 60. Nas aes coletivas, quando julgadas improcedentes, opera-se a coisa julgada secundum eventum probationis.10. TRF5 IX CESPE QUESTO 88. A ao civil pblica por danos causados a interesses difusos, incluindo-se os ambientais, pode ser proposta contra o responsvel direto, contra o responsvel indireto ou contra ambos. Trata-se de responsabilidade objetiva e solidria, ensejadora de litisconsrcio facultativo.11. TRF5 IX CESPE QUESTO 85. Se forem propostas separadamente duas aes civis pblicas em defesa do interesse dos consumidores, com alguns pedidos em comum contra pessoas jurdicas diversas, tais aes devero ser reunidas perante o mesmo juzo prevento, para julgamento conjunto, exigindo-se, para essa reunio, que se trate de competncia relativa e que as causas estejam submetidas a juzos que isoladamente so competentes para o julgamento dos feitos.12. TRF5 IX CESPE QUESTO 84. O Ministrio Pblico obrigatoriamente promover a execuo da sentena condenatria proferida na ao civil pblica, quando se extinguir o prazo fixado em lei e o autor da ao ou os demais co-legitimados deixarem de promover a execuo.13. MPF XXV 2011 QUESTO 84. Nas aes coletivas, a arguio incidental de constitucionalidade s pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ao principal.14. EMAGIS 2012/29 QUESTO 12. Uma sociedade de economia mista exploradora de atividade econmica tem legitimidade para propor ao civil pblica[footnoteRef:1]. [1: A Lei n 7.347/85 confere legitimidade para a propositura de aes civis pblicas no apenas a entidades pblicas, mas tambm a entidades privadas, inclusive no integrantes da Administrao Pblica (associaes). Assim que o art. 5, IV, explicitamente, prev essa legitimidade quanto a empresas estatais (empresas pblicas e sociedades de economia mista), sem qualquer distino]

15. EMAGIS 2012/29 QUESTO 12. A jurisprudncia do STJ no sentido da legitimidade do Ministrio Pblico para promover ao civil pblica para tutelar no apenas direitos difusos ou coletivos de consumidores, mas tambm de seus direitos individuais homogneos, inclusive quando decorrentes da prestao de servios pblicos[footnoteRef:2]. [2: PROCESSUAL CIVIL. AO CIVIL PBLICA. LEGITIMIDADE DO MINISTRIO PBLICO. DIREITO INDIVIDUAL HOMOGNEO. CONSUMIDORES USURIOS DOS SERVIOS DE TELEFONIA. [...]2. O objeto da presente ao civil pblica a defesa dos direitos dos consumidores de terem o servio de telefonia em perfeito funcionamento, ou seja, temos o direito discutido dentro da rbita jurdica de cada indivduo, divisvel, com titulares determinados e decorrente de uma origem comum. So direitos individuais homogneos. 3. A jurisprudncia desta Corte Superior de Justia no sentido da legitimidade do Ministrio Pblico para "promover ao civil pblica ou coletiva para tutelar, no apenas direitos difusos ou coletivos de consumidores, mas tambm de seus direitos individuais homogneos, inclusive quando decorrentes da prestao de servios pblicos. Trata-se de legitimao que decorre, genericamente, dos artigos 127 e 129, III da Constituio da Repblica e, especificamente, do artigo 82, I do Cdigo de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)"(REsp 984005/PE, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 13/09/2011, DJe 26/10/2011). Precedentes.4. Recurso especial provido.(REsp 568734/MT, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/06/2012, DJe 29/06/2012)]

16. EMAGIS 2012/29 QUESTO 12. Reconhecida a continncia, devem ser reunidas na Justia Federal as aes civis pblicas propostas nesta e na Justia estadual[footnoteRef:3]. [3: Smula 489, STJ.]

17. EMAGIS 2012/06 QUESTO 11. Segundo recente precedente do STJ, Comisso de Defesa do Consumidor de Assemblia Legislativa, autorizada pelo Regimento Interno dessa Casa, tem legitimidade para a propositura de ao civil pblica[footnoteRef:4]. [4: (STJ, Segunda Turma, REsp 1075392, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 04/05/2011)]

18. EMAGIS 2012/04 QUESTO 10. Ressalvada a competncia da Justia Federal, competente para a causa a justia local no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de mbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Cdigo de Processo Civil aos casos de competncia concorrente.19. EMAGIS 2012/04 QUESTO 10. Consoante a jurisprudncia pacificada pelo STJ, no cabvel a aplicao da multa prevista no artigo 475-J do CPC na hiptese de no cumprimento espontneo de sentena prolatada no mbito da ao civil coletiva[footnoteRef:5]. [5: DIREITO PROCESSUAL. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVRSIA (ART. 543-C, CPC). DIREITOS METAINDIVIDUAIS. AO CIVIL PBLICA. APADECO X BANESTADO. EXPURGOS INFLACIONRIOS. ALCANCE SUBJETIVO DA SENTENA COLETIVA. LIMITAO AOS ASSOCIADOS. INVIABILIDADE. OFENSA COISA JULGADA. MULTA PREVISTA NO ART. 475-J, CPC. NO INCIDNCIA.1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. A sentena genrica proferida na ao civil coletiva ajuizada pela Apadeco, que condenou o Banestado ao pagamento dos chamados expurgos inflacionrios sobre cadernetas de poupana, disps que seus efeitos alcanariam todos os poupadores da instituio financeira do Estado do Paran. Por isso descabe a alterao do seu alcance em sede de liquidao/execuo individual, sob pena de vulnerao da coisa julgada. Assim, no se aplica ao caso a limitao contida no art. 2-A, caput, da Lei n. 9.494/97.1.2. A sentena genrica prolatada no mbito da ao civil coletiva, por si, no confere ao vencido o atributo de devedor de "quantia certa ou j fixada em liquidao" (art. 475-J do CPC), porquanto, "em caso de procedncia do pedido, a condenao ser genrica", apenas "fixando a responsabilidade do ru pelos danos causados" (art. 95 do CDC). A condenao, pois, no se reveste de liquidez necessria ao cumprimento espontneo do comando sentencial, no sendo aplicvel a reprimenda prevista no art. 475-J do CPC.2. Recurso especial parcialmente provido.(REsp 1247150/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMO, CORTE ESPECIAL, julgado em 19/10/2011, DJe 12/12/2011)]

20. EMAGIS 2012/04 QUESTO 10. No se aplicam em aes coletivas a regra do Cdigo de Processo Civil segundo a qual o juiz no pode prolatar sentena ilquida caso o pedido formulado tenha sido certo.21. EMAGIS 2011/46 QUESTO 12. O STJ j teve oportunidade de decidir que a citao vlida no processo coletivo, ainda que este venha ser julgado extinto sem resoluo do mrito em face da ilegitimidade do Substituto Processual, configura causa interruptiva do prazo prescricional para propositura da ao individual[footnoteRef:6]. [6: ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AO COLETIVA DE COBRANA EM FACE DA ADMINISTRAO PBLICA AJUIZADA PELO SINDICATO DA CATEGORIA. EXTINO SEM JULGAMENTO DE MRITO POR ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. CITAO VLIDA. INTERRUPO DO PRAZO PRESCRICIONAL. OCORRNCIA. PRESCRIO. NO CONFIGURADA. 1. O ordenamento jurdico ptrio, a teor dos arts. 103, 2., e 104, da Lei n. 8.078/90 - Cdigo de Defesa do Consumidor -, impele o Substitudo a permanecer inerte at a concluso do processo coletiva, na medida em que a ele impe o risco de sofrer os efeitos da sentena da improcedncia da ao coletiva - quando nela ingressar como litisconsorte -; e de no se beneficiar da sentena de procedncia - quando demandante individual. 2. Diante desse contexto, a citao vlida no processo coletivo, ainda que este venha ser julgado extinto sem resoluo do mrito em face da ilegitimidade do Substituto Processual, configura causa interruptiva do prazo prescricional para propositura da ao individual. 3. Recurso especial a que se nega provimento (REsp 1055419/AP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 06/09/2011, DJe 21/09/2011).]

22. EMAGIS 2011/43 QUESTO 03. No cabvel ao civil pblica para veicular pretenses que envolvam tributos, contribuies previdencirias, o Fundo de Garantia do Tempo de Servio - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficirios podem ser individualmente determinados[footnoteRef:7]. [7: Art. 1 da Lei 7.347/85.]

23. EMAGIS 2011/43 QUESTO 03. Consoante orientao do plenrio do Supremo Tribunal Federal, o Ministrio Pblico tem legitimidade para questionar, em sede de ao civil pblica, termo de acordo celebrado pelo Governo Estadual com empresas privadas que redunde em benefcios fiscais supostamente ilegais.24. EMAGIS 2011/43 QUESTO 03. Segundo entendimento pacfico do Superior Tribunal de Justia, o Ministrio Pblico tem legitimidade para propor ao civil pblica em defesa do patrimnio pblico[footnoteRef:8]. [8: Smula 329, STJ.]

25. EMAGIS 2011/43 QUESTO 03. O Ministrio Pblico no tem legitimidade para pleitear, em ao civil pblica, a indenizao decorrente do DPVAT em benefcio do segurado[footnoteRef:9]. [9: Smula 470, STJ.]

26. GEMAF 2010/05 QUESTO 09. Segundo o STJ, nas aes coletivas, para efeito de aferio da litispendncia, a identidade das partes dever ser apreciada sob a tica dos beneficirios dos efeitos da sentena, e no apenas pelo simples exame das partes que figuram no polo ativo da demanda.27. GEMAF 2010/03 QUESTO 07. O MP tem legitimao para ACP em tutela de interesses individuais homogneos dotados de alto relevo social, como os de muturios em contratos de financiamento pelo SFH.28. GEMAF 2010/01 QUESTO 06. Em caso de recusa requisio de rgo Ministerial, no caso de dado tcnico indispensvel propositura da ACP, em tese possvel se capitular a conduta no crime previsto no art. 10 da Lei n 7.347/85.29. A regra do art. 16 da Lei n 7.347/85 (a sentena civil far coisa julgada erga omnes, nos limites da competncia territorial do rgo prolator) no se aplica s aes coletivas que versem sobre relao de consumo.