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7/25/2019 RESUMO DIREITO DO TRABALHO - Renato Saraiva.doc
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RESUMO DO LIVRO DIREITO DO TRABALHO – RENATO SARAIVA
CAPÍTULO 1 – DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO – INTRODUÇÃO
1.1NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO TRABALHO: É difícil identificar a que ramo pertence o
direito do trabalho, haja vista que algumas normas impositivas de direito público prevalecem no âmbito do
direito laboral. É o que a doutrina denominou intervencionismo básico do Estado. Mas no se pode negar que odireito do trabalho está permeado de normas de direito privado. E!istem hoje " teorias sobre o assunto#
$ teoria do direito público# prevalece o interesse do Estado no estabelecimento do conteúdo do %ireito do
trabalho.
$ teoria do direito social# o interesse coletivo, da sociedade, prevalece sobre o interesse privado.
$ teoria do direito privado# direito do trabalho surge do direito civil, inspirado na loca&o de servi&os. ' fato de
e!istir um intervencionismo básico do Estado no ( suficiente para deslocar o direito laboral para o direito público. Essa ( a posi&o que prevalece em concursos.
$ teoria do direito misto# o direito do trabalho ( permeado de normas de direito público e de direito privado,
tendo, portanto, característica mista.
1.2FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Fon!" #$!%&$&": as fontes materiais representam o momento pr($jurídico, a presso e!ercida pelos operários
em face do Estado capitalista. E!# greves.
Fon!" 'o%#$&": (!!%)no#$" – forma&o ( materiali)ada por um agente e!terno, um terceiro, em geral o
Estado, sem a participa&o imediata dos destinatários principais das regras jurídicas. E!# *+, leis.
A*)no#$" – cuja forma&o se caracteri)a pela imediata participa&o dos destinatários de
regras produ)idas, sem a interferncia do agente e!terno, do terceiro. E!# conven&o coletiva, acordo coletivo e
o costume.
'-//+01234 5'67M0*4
$ 5ortaria, aviso, instru&o, circular# no so fontes formais, obrigam apenas aos empregados a que se dirigem e
nos limites da obedincia hierárquica.
$ enten&a arbitral# arbitragem ( instrumento de heterocomposi&o do conflito coletivo, uma ve) que ( o árbitro
quem e!ercerá o juí)o arbitral, proferindo senten&a que ponha fim ao litígio. 4 conven&o de arbitragem
engloba a cláusula compromiss8ria e o compromisso arbitral. 4 cláusula compromiss8ria consiste na
estipula&o contratual do compromisso de submeter 9 arbitragem os litígios que possam vir a surgir,
relativamente ao referido contrato. ' compromisso arbitral ( a conven&o pela qual as partes submetem um
litígio 9 arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou e!trajudicial. *onv(m no confundir
media&o com arbitragem. Media&o ( a interven&o reali)ada por terceiro estranho 9 rela&o negocial, sem
poder decis8rio, com o objetivo de apro!imar as partes na busca de uma solu&o conciliat8ria, por meio da
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assinatura do instrumento normativo autocomposto. Mediador somente formula propostas. :a esfera
trabalhista, o campo de atua&o da arbitragem restringe$se aos conflitos coletivos de trabalho, no podendo ser
utili)ada nos conflitos individuais laborais, em fun&o da indisponibilidade dos direitos trabalhistas.
$ 3egulamento empresarial# para a corrente majoritária, regulamento de empresa ( fonte aut;noma formal do
direito.
$ <urisprudncia# o art. => da *6? coloca a jurisprudncia como fonte supletiva, a ser utili)ada pelas
autoridades administrativas e pela <usti&a do ?rabalho em caso de omisso da norma positivada.
$ 5rincípios jurídicos# a corrente doutrinária mais moderna inclui os princípios gerais de direito e os princípios
específicos do direito do trabalho como fonte formal do direito. @ale lembrar que a *6? arrola os princípios
gerais do direito como fonte supletiva do direito do trabalho.
$ %outrina# a doutrina, embora possua inegável importância no universo e prática jurídicos, no pode ser
considerada fonte do direito, uma ve) que no vincula os magistrados e os demais operadores.
$ Equidade# no ( fonte formal do direito. urge como m(todo de interpreta&o e aplica&o da norma jurídica.
Equidade pode ter A significados. 5ode significar cria&o de regra jurídica para o caso concreto, possibilitando a
deciso sem vincula&o 9s disposi&Bes legais, mas de acordo com crit(rios de justi&a, surgindo como fonte
material do direito. ' CAD do *5* estabelece que a deciso por equidade depende de e!pressa autori)a&o do
ordenamento. :os julgamentos nos tribunais a equidade ( utili)ada como forma de motivar a aplica&o de
cláusulas ben(ficas ao trabalhador. Em ambos os casos a equidade aparece como mera fonte material, sendo
citada pelo art. => da *6? como fonte supletiva do direito do ?rabalho.
$ 4nalogia# no tem caráter de fonte do direito, ( m(todo de integra&o jurídica.
$ *láusulas contratuais# no so fontes do direito do trabalho, embora o art. => da *6? fa&a men&o e!pressa a
elas.
H&!%$%+*&$ !n%! $" 'on!" ,*"%$-$(&"$": a pirâmide inspirada por elsen ( fle!ível e variável no tocante ao
direito do trabalho, de modo a eleger no v(rtice dominante a norma mais favorável ao trabalhador. *ontudo,
deve respeitar certos limites, sendo cristalino que no poderá se sobrepor 9s normas proibitivas e imperativasoriundas do Estado.
1./PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO: princípios so as proposi&Bes gen(ricas que servem de
fundamento e inspira&o para o legislador na elabora&o da norma positivada, atuando tamb(m como forma de
integra&o da norma, suprindo as lacunas e omissBes da lei, e!ercendo, ainda, importante fun&o, operando
como bali)a orientadora da interpreta&o de determinado dispositivo pelo operador do direito. 4ssim, possuem
tríplice fun&o# informativa, normativa e interpretativa.
P%&n0&o 3$ %o!45o: Este desmembra$se em in dubio pro operário, da aplica&o da norma mais favorável e
da condi&o mais ben(fica. ' princípio da prote&o confere ao p8lo mais fraco da rela&o laboral F o
empregado F uma superioridade jurídica capa) de lhe garantir mecanismos destinados a tutelar os direitos
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mínimos estampados na legisla&o laboral vigente. ' intervencionismo básico do Estado surge em fun&o do
empregado ser o sujeito hipossuficiente na rela&o de emprego. 4ssim, busca$se diminuir a desigualdade do
pacto de emprego celebrado com o empregador.
P%&n0&o 3o &n 36-&o %o o!%7%&o: indu) o int(rprete, ao analisar um preceito que disponha sobre regra
trabalhista, a optar, dentre duas ou mais interpreta&Bes possíveis, pela mais favorável ao empregado. :o campo
probat8rio o princípio no ( aplicado, pois o direito processual impBe ao autor a prova do fato constitutivo do
direito e ao r(u a prova do fato modificativo, e!tintivo ou impeditivo do direito.
P%&n0&o 3$ $&0$45o 3$ no%#$ #$&" '$8o%78!: aplica$se a norma mais favorável ao trabalhador,
independente de sua posi&o na escala hierárquica. 4tua em trs momentos distintos#
$ aplica$se a norma mais favorável na elabora&o da regra jurídica, na qual as novas disposi&Bes legais devem
estabelecer regras mais favoráveis aos trabalhadores. 3egra implícita no art. D> da *+ G...al(m de outros que
visem a melhoria de sua condi&o socialH. $ emprega$se a norma mais favorável na hierarqui)a&o das regras jurídicas dos dispositivos confrontados, no
sentido de que, havendo vários dispositivos legais numa escala hierárquica, aplica$se o que for mais favorável
ao trabalhador, independente de sua posi&o na escala.
$ aplica$se a norma mais favorável na interpreta&o das regras jurídicas, quando antepostas ao int(rprete duas
ou mais vertentes interpretativas de determinado dispositivo legal.
' art. IAJ revela esse princípio# sendo as condi&Bes estabelecidas em conven&o coletiva mais vantajosas do
que as dispostas no acordo, dúvida no há de que será aplicada a norma mais favorável aos contratos de
trabalho, qual seja a conven&o coletiva de trabalho. E se parte do acordo ( favorável e parte da conven&o
tamb(mK :este caso surgem L teorias#
$ teoria do conglobamento# aplica$se o instrumento jurídico que, no conjunto de normas, ( mais favorável ao
obreiro, sem fracionar os institutos jurídicos.
$ teoria da acumula&o# prev a aplica&o dos dois instrumentos, e!traindo$se de cada norma as cláusulas mais
favoráveis ao trabalhador, aplicando$as, isoladamente, aos contratos de trabalho.
$ teoria do conglobamento mitigado# a norma mais favorável deve ser buscada por meio da compara&o de
diversas regras sobre cada instituto ou mat(ria, respeitando$se o crit(rio da especiali)a&o. 4 lei DJI"/=A, que
dispBe sobre a situa&o de trabalhadores brasileiros contratados ou transferidos para prestar servi&os no e!terior,
acolheu a teoria do conglobamento mitigado no art. L>, 00.
P%&n0&o 3$ 0on3&45o #$&" -!n9'&0$: as condi&Bes mais vantajosas estipuladas no contrato de trabalho do
obreiro, ou mesmo as constantes no regulamento de empresa, prevalecero, independentemente da edi&o de
norma superveniente dispondo sobre a mesma mat(ria, estabelecendo nível protetivo menor. 4plica$se a
condi&o mais ben(fica, independentemente de norma posterior revogando$a. E!emplos so as úmulas C e
A==, ??#
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SUM;1 NORMA RE<ULAMENTAR. VANTA<ENS E OPÇÃO PELO NOVO RE<ULAMENTO.
ART. =>? DA CLT Gincorporada a 'rienta&o <urisprudencial n> CIL da -%0$CH $ 3es. CAN/AJJ, %< AJ, AA e
A.J".AJJ
0 $ 4s cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, s8 atingiro os
trabalhadores admitidos ap8s a revoga&o ou altera&o do regulamento. Ge!$úmula n> C $ 34 "C/CNDL, %<
C".JI.CNDLH
00 $ Oavendo a coe!istncia de dois regulamentos da empresa, a op&o do empregado por um deles tem efeito
jurídico de renúncia 9s regras do sistema do outro. Ge!$'< n> CIL da -%0$C $ inserida em AI.JL.CNNNH
SUM2?? COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA GmantidaH $ 3es.
CAC/AJJL, %< CN, AJ e AC.CC.AJJL
4 complementa&o dos proventos da aposentadoria ( regida pelas normas em vigor na data da admisso do
empregado, observando$se as altera&Bes posteriores desde que mais favoráveis ao beneficiário do direito.
'-///:o plano coletivo, as conven&Bes coletivas, acordos e a senten&a normativa, embora fi!em cláusulas e
normas de cumprimento e aplica&o obrigat8ria aos contratos de trabalho, no se incorporam definitivamente
aos pactos de emprego, conforme demonstra a úmula ADD do ??#
SUM2@@ SENTENÇA NORMATIVA. CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVOS. VI<NCIA.
REPERCUSSÃO NOS CONTRATOS DE TRABALHO Greda&o alterada na sesso do ?ribunal 5leno em
CI.CC.AJJNH $ 3es. CIC/AJJN, %E<? divulgado em AL,A" e A.CC.AJJN
0 $ 4s condi&Bes de trabalho alcan&adas por for&a de senten&a normativa, conven&o ou acordos
coletivos vigoram no pra)o assinado, no integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho.
00 $ 3essalva$se da regra enunciada no item 0 o período compreendido entre AL.CA.CNNA e A=.JD.CNN, em que
vigorou a 6ei n> =."A, revogada pela Medida 5rovis8ria n> C.DJN, convertida na 6ei n> CJ.CNA, de C".JA.AJJC.
P%&n0&o 3$ I%%!n*n0&$-&&3$3! 3! D&%!&o": *onsagrado no art. N> da *6?. o nulos de pleno direitos os
atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplica&o dos preceitos contidos nessa
consolida&o. 4ssim, os direitos dos trabalhadores so irrenunciáveis, indisponíveis e inderrogáveis.
P%&n0&o 3$ 0on&n*&3$3! 3$ %!$45o 3! !#%!o: a regra ( a de que os contratos sejam pactuados por pra)oindeterminado. +oi enfraquecido pelo +1? como regime obrigat8rio, afinal fe) com que a dispensa sem justa
causa fosse ato potestativo do empregador. 4 *+ previu ainda aviso pr(vio para dispensa imotivada,
estabilidade do dirigente sindical, garantia de emprego do cipeiro e gestante, o que valori)a o princípio em
questo.
P%&n0&o 3$ %&#$&$ 3$ %!$&3$3!: a verdade real prevalecerá sobre a verdade formal, predominando a
realidade sobre a forma.
P%&n0&o 3$ &n$!%$-&&3$3! 0on%$*$ !"&8$: o art. "I= da *6? somente permite a altera&o das cláusulas e
condi&Bes fi!adas no contrato de trabalho em caso de mútuo consentimento e desde que no cause, direta ou
indiretamente, prejuí)o ao mesmo, sob pena de nulidade da cláusula infringente dessa garantia. :o se pode
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esquecer que o empregador pode promover, no e!ercício da gesto da empresa, pequenas varia&Bes de maneira
unilateral Gjus variandiH, desde que no cause prejuí)os ao empregado, sob pena de imediata resistncia do
obreiro Gjus resistenciaeH.
P%&n0&o 3$ &n$n&-&&3$3! "$$%&$: salário tem caráter alimentar. 5or esse princípio, o salário do obreiro (
protegido das condutas abusivas do empregador, por meio de regras jurídicas que previnam reten&o, atraso,
sonega&o ou descontos indevidosP dos seus credores, por meio da impenhorabilidade dos saláriosP dos credores
do empregador, por meio do privil(gio do cr(dito trabalhista na falncia Gat( CJ saláriosH.
%esse princípio surge outro, o da &%%!3*&-&&3$3! "$$%&$ que determina, como regra, a impossibilidade de
redu&o dos salários. :o entanto, a *+ fle!ibili)ou esse princípio, por permitir, por meio de acordo ou
conven&o coletiva, a redu&o temporária de salários, passando o princípio da irredutibilidade salarial a ser
relativo e no mais absoluto.
1.= RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPRE<O – DIFERENCIAÇÃO3ela&o de trabalho corresponde a qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa natural e!ecuta obra
ou servi&os para outrem, mediante o pagamento de uma contrapresta&o. 3ela&o de trabalho ( gnero da qual
rela&o de emprego ( esp(cie.
R!$45o 3! %$-$(o $*)no#o – no e!iste dependncia ou subordina&o jurídica entre o prestador de
servi&os e o respectivo tomador. :o trabalho aut;nomo, o prestador de servi&os desenvolve o servi&o ou obra
contratada a uma ou mais pessoas, de forma aut;nomo, com profissionalidade e habitualidade, atuando por
conta pr8pria, assumindo o risco da atividade desenvolvida.
R!$45o 3! %$-$(o $8*"o – trs so os atores sociais envolvidos# o 8rgo gestor de mo de obra, o operador
portuário e o trabalhador avulso portuário. :o e!iste vínculo permanente entre o trabalhador portuário avulso e
o tomador de servi&os, mas apenas uma rela&o de trabalho aut;noma na qual o 8rgo gestor de mo de obra
atua na intermedia&o e escala&o de avulsos devidamente registrados e treinados na carga e descarga dos
navios que chegam aos portos nacionais e que so representados pelos operadores portuários credenciados. '
art. D>, QQQ0@ assegurou igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício e o avulso,
fi!ando a competncia material da justi&a do trabalho para processar e julgar as a&Bes entre os trabalhadores
portuários e operadores portuários ou 8rgo gestor de mo de obra.
R!$45o 3! %$-$(o !8!n*$ – reali)ado em caráter esporádico, temporário, de curta dura&o e, em regra, no
relacionado com a atividade fim da empresa. :o há continuidade na presta&o de servi&os, sendo reali)ado em
caráter precário.
R!$45o 3! %$-$(o &n"&*0&on$ – rela&o estatutária.
E"7&o – a lei CC.D==/AJJ= passou a estabelecer as seguintes regras#
$ estágio ( ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a prepara&o
para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqRentando o ensino regular em institui&Bes de educa&o
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superior, de educa&o profissional de ensino m(dio, de educa&o especial e dos anos finais de ensino
fundamental, na modalidade profissional da educa&o de jovens adultos.
$ estágio no cria vínculo de emprego com a parte concedente desde que atendidos os seguintes requisitos#
matrícula e freqRncia regular ao curso de educa&o, celebra&o do termo de compromisso entre o educando, a
institui&o de ensino e a parte concedente de estágio, compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no
estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.
$ a manuten&o de estagiários em desconformidade com a lei caracteri)a vínculo de emprego do educando com
a parte concedente e a institui&o que reincidir na irregularidade fica impedida de receber estagiários por A
anos.
$ estágio com dura&o igual ou superior a C ano assegura recesso de LJ dias, se aplica a legisla&o relacionada a
seguran&a do trabalho e assegura$se a cota de CJS 9s pessoas portadoras de deficincia.
T%$-$(o 8o*n7%&o – lei NIJ= definiu servi&o voluntário como sendo#
*onsidera$se servi&o voluntário, para fins desta 6ei, a atividade no remunerada, prestada por pessoa física a
entidade pública de qualquer nature)a, ou a institui&o privada de fins no lucrativos, que tenha objetivos
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistncia social, inclusive mutualidade.
:ote que servi&o voluntário ( prestado a título gratuito, de modo que no ( possível o reconhecimento de
vínculo por faltar onerosidade. ' prestador de servi&o voluntário pode ser ressarcido pelas despesas que
comprovadamente reali)ar no desempenho de suas atividades voluntárias.
1.; REUISITOS DA RELAÇÃO DE EMPRE<O
T%$-$(o o% !""o$ '"&0$: obreiro no pode ser pessoa jurídica.
P!""o$&3$3!: o servi&o tem de ser e!ecutado pessoalmente pelo empregado, que no poderá ser substituído por
outrem.
N5o!8!n*$&3$3!: prevalece a teoria dos fins do empreendimento, considerando como trabalho no$eventual
aquele prestado em caráter contínuo, duradouro, permanente, em que o empregado, em regra, se integra aos fins
sociais desenvolvidos pela empresa.
On!%o"&3$3!: a principal obriga&o do empregado ( a presta&o dos servi&os contratados. Em contrapartida,
seu principal direito ( o do recebimento da contrapresta&o dos servi&os prestados.
S*-o%3&n$45o: o empregado ( subordinado ao empregador. 4 subordina&o aqui apontada ( a subordina&o
jurídica, que adv(m da rela&o jurídica estabelecida entre empregado e empregador. Em fun&o do contrato de
trabalho celebrado, passa o obreiro a ser subordinado juridicamente ao patro, devendo o trabalhador acatar as
ordens e determina&Bes emanadas, nascendo para o empregador, inclusive, a possibilidade de aplicar penalidades ao empregado em caso de cometimento de falta ou descumprimento das ordens emitidas.
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A!%&3$3!: determina que os riscos da atividade econ;mica pertencem única e e!clusivamente ao empregador.
6ogo, o empregado no assume os riscos da atividade empresarial desenvolvida.
'-//'s requisitos caracteri)adores da rela&o de emprego no se restringem unicamente aos empregados
regidos pela *6?, mas so aplicáveis tamb(m aos empregados regidos por leis especiais, como o trabalhador
rural, o temporário, o atleta profissional etc.
1.> RELAÇÃO DE TRABALHO E A EMENDA CONSTITUCIONAL =;2GG=
?rou!e amplia&o da competncia da <usti&a do ?rabalho para processar e julgar a&Bes oriundas das rela&Bes de
trabalho. 4ssim#
$ Oavendo rela&o de trabalho, seja de emprego ou no, os seus contornos sero apreciados pelo jui) do
trabalho.
$ os trabalhadores aut;nomos, de um modo geral, bem como os tomadores de servi&o, tero suas controv(rsias
conciliadas e julgadas pela justi&a do trabalho.
$ o representante comercial e o empresário, quando prestam servi&os individualmente para a pessoa física ou
jurídica, sem au!ílio de terceiros, so e!emplos de profissionais julgados pela <usti&a do ?rabalho.
$ 3ela&o de trabalho inclui contratos de emprego, de estágio, de trabalho voluntário, de trabalho temporário,
de atleta no$profissional, de presta&o de servi&o, de empreitada, de dep8sito, de comisso, de agencia e
distribui&o, de corretagem, de media&o, de transporte, de representa&o comercial e outros porventura
e!istentes. $ E as rela&Bes oriundas da rela&o contratual de consumoK ' *%* possibilita que a rela&o de consumo
tamb(m tenha por objeto a presta&o pessoal de servi&os. :essa hip8tese, a rela&o jurídica formada entre o
prestador do servi&o GfornecedorH e o destinatário do mesmo servi&o GconsumidorH apresenta$se sob dois
ângulos distintos. *aso o litígio entre fornecedor e consumidor envolva rela&o de consumo, ou seja, que a
discusso gire em torno da aplica&o do *%*, a <usti&a do ?rabalho no será competente para julgar a
demanda. ?odavia, se o litígio entre prestador de servi&os e o consumidor abranger a rela&o de trabalho
e!istente entre ambos, no há dúvida que a <usti&a do ?rabalho será competente para processar e julgar ademanda.
CAPÍTULO 2 – DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO – CONTRATO INDIVIDUAL DO
TRABALHO
2.1 CONCEITO DE CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO
4 *6? conceitua contrato individual de trabalho no art. ""A ao dispor# contrato individual de trabalho ( o
acordo tácito ou e!presso, correspondente 9 rela&o de emprego.
*ontrato individual de trabalho ( o acordo de vontades, tácito ou e!presso, pelo qual uma pessoa física,
denominada empregado, compromete$se, mediante o pagamento de uma contrapresta&o salarial, a prestar
trabalho no$eventual e subordinado em proveito de outra pessoa, física ou jurídica, denominada empregador.
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Embora o dispositivo fale em contrato de trabalho, o mais correto seria falar em contrato de emprego, onde
estariam presentes os requisitos da rela&o de emprego.
' objeto de contrato de trabalho ( uma obriga&o. Em rela&o ao empregado, nasce a obriga&o de fa)er, de
prestar o servi&o. 5ara o empregador, nasce a obriga&o de dar, de pagar o salário. 6ei CC.I""/J= acrescentou o
art. ""A$4 a *6?, impedindo a e!igncia de comprova&o de e!perincia pr(via por tempo superior a I meses,
para fins de contrata&o.
2.2 NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO DE TRABALHO
T!o%&$ $0on%$*$&"$: contrato de trabalho no ( contrato.
T!o%&$ &n"&*0&on$&"$: a empresa ( vista como uma institui&o, um corpo social que se impBe objetivamente
a certo conjunto de pessoas e cuja permanncia e desenvolvimento no se submetem 9 vontade particular de
seus membros componentes. :o ( aceita em virtude da liberdade contratual que as partes dispBem.
T!o%&$ n!o0on%$*$&"$: nature)a jurídica do contrato de trabalho ( contratual, de direito privado. ' Estado
s8 salvaguarda direitos mínimos dos trabalhadores Gdirigismo estatal básicoH.
2./ SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO
2./.1 EMPRE<ADO
Con0!&o: art. L>, *6?. ?oda pessoa física que prestar servi&os de nature)a no eventual a empregador, sob a
dependncia deste e mediante salário. 'bserva$se, neste conceito, " requisitos caracteri)adores da rela&o de
emprego# pessoa física, no$eventualidade, subordina&o jurídica e onerosidade. 's outros A requisitos soencontrados no conceito de empregador.
T%$-$(o #$n*$ 90n&0o o* &n!!0*$: o parágrafo único do art. L> esclarece que no haverá distin&Bes
relativas 9 esp(cie de emprego e 9 condi&o de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, t(cnico e manual.
?al previso tamb(m se encontra no art. D>, QQQ00, *+. 4ssim, a configura&o do pacto laboral no depende da
qualifica&o profissional do obreiro ou mesmo da nature)a da atividade e!ercida, mas sim da presen&a dos
requisitos caracteri)adores da rela&o de emprego. ?ratamento ison;mico.
'-//E!istem regulamenta&Bes específicas que dispBem sobre determinadas profissBes intelectuais. E!#
advogado, psic8logo, professores.
T%$-$(o !# 3o#&0&o: ( o reali)ado na moradia do empregado. Entende$se domicílio da pessoa natural o
lugar onde ela estabelece sua residncia com o ânimo definitivo. :o se distingue o trabalho reali)ado em
domicílio do reali)ado no estabelecimento do empregador, desde que esteja caracteri)ada a rela&o de emprego
Gart. I>, *6?H. É devido o salário mínimo ao empregado em domicílio Gart. =L, *6?H. E!# costureira que reali)a
ofício em sua residncia, sendo fiscali)ada sobre a produ&o efetuada Go que demonstra subordina&o jurídicaH.
4pesar dos familiares poderem colaborar, o vínculo se forma entre o empregado contratado e o empregador. '
trabalho em domicílio tamb(m pode ser e!ecutado em oficina de família, recebendo o empregado o salário
mínimo, ainda que sua produ&o no alcance tal valor.
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'utro e!emplo ( o teletrabalho, onde o empregado, laborando em sua residncia, utili)a os meios eletr;nicos
para transmitir seu trabalho.
E#%!$3o – o*%$" !"90&!"
E#%!$3o %*%$: ( empregado rural aquele que presta servi&os na atividade da agricultura e pecuária, a
empregador rural, em propriedade rural ou pr(dio rústico. 5r(dio rústico ( o situado geograficamente em )onaurbana, mas dedicado a atividade agropastoril. ' trabalhador rural, de acordo com o caput do art. D>, *+, tem os
mesmos direitos dos trabalhadores urbanos. 4 *6? no se aplica aos trabalhadores rurais, que so regidos pela
lei. ==N/DL e pelo %ecreto DL.IAI/D", mas para caracteri)ar o vínculo, tamb(m se mostram necessários os
requisitos da rela&o de emprego.
' contrato de safra, previsto no art. C" da 6ei ==N/DL e no art. CN do decreto DL.IAI/D", decorrente de
varia&Bes estacionais de atividade agrária, será e!ercido por pra)o determinado, sendo o safrista um trabalhador
rural.' art. L> da 6ei ==N/DL conceitua empregador rural como sendo# a pessoa física ou jurídica, proprietário ou
no, que e!plore atividade agroecon;mica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou atrav(s de
prepostos e com o au!ílio de empregados.
's denominados gatos ou turmeiros no so considerados empregadores, mas sim simples intermediários,
formando$se o vínculo de emprego dos empregados rurais diretamente com a empresa rural.
4tividade agroecon;mica so as relacionadas com as atividades agrícolas, pastoris e pecuárias. ?amb(m se
qualifica como atividade agroecon;mica a e!plora&o industrial em estabelecimento agrário, a chamada
indústria rural. 4tividades# primeiro tratamento dos produtos agrários in natura, sem transformar sua nature)aP
aproveitamento dos subprodutos oriundos das opera&Bes de preparo e modifica&o dos produtos in natura.
:as regiBes em que se adotar a planta&o subsidiária ou intercalar, tamb(m chamada de cultura secundária, a
cargo de empregador rural, quando autori)ada, será objeto de contrato em separado, garantindo$se ao obreiro a
participa&o no resultado anual da colheita, desvinculada da remunera&o recebida no decorrer do ano agrícola.
4 lei CC.DC=/J= acrescentou o art. C"$4 9 lei ==N, criando o contrato de trabalhador rural por pequeno pra)o.
A%. 1=A. ' produtor rural pessoa física poderá reali)ar contrata&o de trabalhador rural por pequeno pra)o para oe!ercício de atividades de nature)a temporária. G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %EAL/I/AJJ= ) T Co 4 contrata&o de trabalhador rural por pequeno pra)o que, dentro do período de C GumH ano, superar A GdoisH mesesfica convertida em contrato de trabalho por pra)o indeterminado, observando$se os termos da legisla&oaplicável. G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )T Ao 4 filia&o e a inscri&o do trabalhador de que trata este artigo na 5revidncia ocial decorrem, automaticamente, dasua incluso pelo empregador na 1uia de 3ecolhimento do +undo de 1arantia do ?empo de ervi&o e 0nforma&Bes 95revidncia ocial F 1+05, cabendo 9 5revidncia ocial instituir mecanismo que permita a sua identifica&o. . G4lterado
pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )T Lo ' contrato de trabalho por pequeno pra)o deverá ser formali)ado mediante a incluso do trabalhador na 1+05, naforma do disposto no T Ao deste artigo, e# . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %EAL/I/AJJ= )
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0 F mediante a anota&o na *arteira de ?rabalho e 5revidncia ocial e em 6ivro ou +icha de 3egistro de EmpregadosPou . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )00 F mediante contrato escrito, em A GduasH vias, uma para cada parte, onde conste, no mínimo# . G4lterado pela 6E0 :>CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= ) aH e!pressa autori)a&o em acordo coletivo ou conven&o coletivaP . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %EAJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= ) bH identifica&o do produtor rural e do im8vel rural onde o trabalho será reali)ado e indica&o da respectiva
matrículaP . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )cH identifica&o do trabalhador, com indica&o do respectivo :úmero de 0nscri&o do ?rabalhador F :0?. . G4lterado pela6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= ) T "o 4 contrata&o de trabalhador rural por pequeno pra)o s8 poderá ser reali)ada por produtor rural pessoa física, proprietário ou no, que e!plore diretamente atividade agroecon;mica. . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O'%E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )T o 4 contribui&o do segurado trabalhador rural contratado para prestar servi&o na forma deste artigo ( de =S Goito por centoH sobre o respectivo salário$de$contribui&o definido no inciso 0 do caput do art. A= da 6ei no =.ACA, de A" de julho deCNNC. . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )
T Io 4 no incluso do trabalhador na 1+05 pressupBe a ine!istncia de contrata&o na forma deste artigo, sem prejuí)ode comprova&o, por qualquer meio admitido em direito, da e!istncia de rela&o jurídica diversa. . G4lterado pela 6E0 :>
CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )T Do *ompete ao empregador fa)er o recolhimento das contribui&Bes previdenciárias nos termos da legisla&o vigente,cabendo 9 5revidncia ocial e 9 3eceita +ederal do -rasil instituir mecanismos que facilitem o acesso do trabalhador eda entidade sindical que o representa 9s informa&Bes sobre as contribui&Bes recolhidas. . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $%E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )T =o o assegurados ao trabalhador rural contratado por pequeno pra)o, al(m de remunera&o equivalente 9 dotrabalhador rural permanente, os demais direitos de nature)a trabalhista. . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O'%E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )T No ?odas as parcelas devidas ao trabalhador de que trata este artigo sero calculadas dia a dia e pagas diretamente a elemediante recibo. . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )T CJ. ' +undo de 1arantia do ?empo de ervi&o F +1? deverá ser recolhido e poderá ser levantado nos termos da 6eino =.JLI, de CC de maio de CNNJ. . G4lterado pela 6E0 :> CC.DC= $ %E AJ <2:O' %E AJJ= F %'2 %E AL/I/AJJ= )
E#%!$3o 3o#9"&0o – ( aquele que presta servi&os de nature)a contínua e de finalidade no$lucrativa 9
pessoa ou 9 família, no âmbito residencial dessas. ' trabalhador dom(stico no e!erce atividade econ;mica,
sendo seus servi&os desenvolvidos 9 pessoa ou a família, sem o intuito de lucro.
's empregados de condomínios descritos na lei ADD/I Gporteiros, fa!ineiros, )eladores...H, desde que a servi&o
da administra&o do edilício e no de cada cond;mino em particular, no so dom(sticos, sendo regidos pela
*6?.
4s agncias especiali)adas na indica&o de empregados dom(sticos so civilmente responsáveis pelos atos
ilícitos cometidos pelos dom(sticos. 4 lei DCN/=" determina que a agncia firmará compromisso com o
empregador, obrigando$se a reparar qualquer dano que venha a ser praticado pelo empregado contratado no
período de C ano.
?ribunais tem sustentado a impossibilidade de negocia&o coletiva ao indicato dos Empregados dom(sticos,
negando$lhes o direito ao ajui)amento de dissídio coletivo, por impossibilidade jurídica, uma ve) que aos
dom(sticos no foi assegurado o reconhecimento de conven&Bes coletivas de trabalho.
4 *+ estende aos dom(sticos alguns direitos dos empregados urbanos e rurais. o eles# salário mínimo,
irredutibilidade de salário, repouso semanal remunerado, f(rias anuais U C/L de f(rias, licen&a 9 gestante e
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estabilidade de meses ap8s o partoP licen&a paternidade, aviso pr(vio proporcional, aposentadoria, integra&o
9 previdncia social.
5ela lei CCLA"/JI, ( vedado ao empregador dom(stico efetuar descontos no salário por fornecimento de
alimenta&o, vestuário, higiene ou moradia, sendo que tais despesas no tem nature)a salarial nem sero
incorporadas 9 remunera&o para quaisquer efeitos. %espesas com moradia podem ser descontadas quando esta
se referir a local diverso da residncia em que ocorre a presta&o do servi&o.
' direito a vale$transporte foi estendido ao trabalhador dom(stico por for&a do decreto NA"D=D.
:o tocante ao +1?, observa$se que a incluso do dom(stico ( uma faculdade do empregador, mas que, uma
ve) iniciado o recolhimento, no poderá mais o empregador dei!ar de efetuá$lo. ' dom(stico incluso no
sistema do +1? fará jus ao seguro desemprego, no valor de C salário mínimo, pelo período má!imo de L
meses, de forma contínua ou alternada, desde que comprove vínculo como dom(stico durante um período de
pelo menos C meses nos últimos A" meses. :o foi assegurada a multa de "JS do +1? pela *+, mas se odom(stico for incluso no sistema do +1?, fará jus 9 multa.
%om(stico v. %iarista# a tendncia ( reconhecer o vínculo de emprego como dom(stico do trabalhador que
e!ecuta servi&os na mesma residncia trs ou mais ve)es na semana. 'bserva&o do requisito continuidade
presente na lei de dom(sticos.
Em caso de morte do empregador dom(stico no há sucesso trabalhista, devendo os herdeiros responder pelas
verbas rescis8rias devidas ao obreiro do lar.
' empregador dom(stico pode se fa)er representar na audincia por qualquer pessoa da família, conforme '<
NN. E no tocante a impenhorabilidade do bem de família, observa$se que esta no se aplica aos empregados
dom(sticos, de modo que a condena&o trabalhista pode incidir sobre o im8vel ou bens m8veis onde reside o
empregador dom(stico.
M5! "o0&$ e!erce seu trabalho nas casas$lares, dedicando$se 9 assistncia de menores abandonados, devendo
residir com os menores que lhe forem confiados na casa$lar a que foi destinada. ' art. > da 6ei DI""/=D
assegurou 9 me social os seguintes direitos# anota&o na *?5, salário mínimo, repouso semanal remunerado,
f(rias, previdncia, gratifica&o de natal e +1?.
O-"!%8$4!":
em princípio, o diretor da sociedade ( 8rgo da entidade e no empregado. ?odavia, pode ser reconhecido o
vínculo de emprego caso presentes os requisitos inerentes ao liame empregatício. 4 prop8sito, a súmula AIN di)
que# %03E?'3 E6E0?'. *VM52?' %' 5E3W'%' *'M' ?EM5' %E E3@0X' GmantidaH $ 3es.
CAC/AJJL, %< CN, AJ e AC.CC.AJJL $ ' empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato
de trabalho suspenso, no se computando o tempo de servi&o desse período, salvo se permanecer asubordina&o jurídica inerente 9 rela&o de emprego.
$ o presidiário que labora na cadeia com o objetivo de diminuir sua pena no ( empregado do Estado.
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$ o padre, pastor, ministro de confisso religiosa no ( empregado da respectiva congrega&o.
$ o filho pode ser empregado do pai desde que presentes os requisitos da rela&o de emprego.
$ o empregado pode ser acionista da empresa. :o entanto, quando o obreiro passa a ter controle acionário, com
participa&o majoritária nas cotas ou a&Bes da empresa, descaracteri)a$se a rela&o de emprego.
2./.2 EMPRE<ADOR
Con0!&o: o art. A> da *6? define empregador como sendo a empresa individual ou coletiva que, assumindo os
riscos da atividade econ;mica, admite, assalaria e dirige a presta&o pessoal de servi&os. ' TC> afirma que
equiparam$se ao empregador, para efeitos de rela&o de emprego, os profissionais liberais, as institui&Bes de
beneficncia, as associa&Bes recreativas ou outras institui&Bes sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores
como empregados.
<%*o !0on)#&0o: TA do art. A> da *6? afirma que# sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica pr8pria, estiverem sob a dire&o, controle, ou administra&o de outra,
constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econ;mica, sero, para os efeitos da
rela&o de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
4 forma&o de grupo econ;mico depende da presen&a de duas empresas, as quais estejam sob dire&o única,
e!istindo uma empresa principal. ?odas as empresas do grupo devero e!ercer atividade econ;mica, mas no
necessariamente a mesma atividade. 4demais, para efeitos trabalhistas, no ( necessário que o grupo
econ;mico se revista das formalidades do direito empresarial.
4 *6? adotou o grupo econ;mico por subordina&o. <á a lei de trabalhador rural normati)ou tanto a
possibilidade de grupo econ;mico de empresas por subordina&o como tamb(m o grupo econ;mico por
coordena&o Ghá coordena&o por uma empresaH.
5revaleceu na doutrina a teoria do empregador único para definir a responsabilidade solidária do grupo de
empresas quanto ao adimplemento das obriga&Bes trabalhistas. :o tocante 9 anota&o e registro da *?5, tal
obriga&o deve ser feita e!clusivamente pelo empregador direto do laborante por se tratar de obriga&o
personalíssima. 3ecusando$se a empresa a fa)$lo, pode a pr8pria secretaria da vara fa)$lo Gart. L, TC>, *6?H.
3estou tamb(m consagrada a responsabilidade ativa solidária das empresas do grupo econ;mico, podendo todas
e!igirem, salvo disposto em contrário, servi&os do obreiro, durante o mesmo horário de trabalho, sem que isso
configure a e!istncia de mais de um pacto de emprego, conforme previsto na úmula CAN do ??.
SUM12 *':?34?' %E ?34-46O'. 1325' E*':VM0*' GmantidaH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN, AJ e AC.CC.AJJL
4 presta&o de servi&os a mais de uma empresa do mesmo grupo econ;mico, durante a mesma jornada de trabalho, no
caracteri)a a coe!istncia de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.
Dono 3! o-%$ – prevalece o entendimento de que o dono da obra, por no e!ercer uma atividade econ;mica,
apenas por estar construindo ou reformando seu im8vel, sem inten&o de lucro, no pode ser considerado
empregador dos obreiros que prestam servi&os ao empreiteiro contratado nestas condi&Bes, no podendo
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assumir, por conseqRncia, qualquer responsabilidade direta, subsidiária ou solidária quanto aos obreiros
contratados pelo empreiteiro contratado por ele.
5or outro lado, se o dono da obra ( uma construtora, uma imobiliária ou uma incorporadora, nasce a
responsabilidade subsidiária pelos contratos firmados entre o empreiteiro contratado e seus empregados, por
haver clara e!plora&o de atividade econ;mica. '< CNC, ??
OJ 11 SDI1 *':?34?' %E EM53E0?4%4. %':' %4 '-34 %E *':?32XY' *0@06.
3E5':4-060%4%E Gnova reda&oH $ 3es. CD/AJCC, %E<? divulgado em AD, LJ e LC.J.AJCC
%iante da ine!istncia de previso legal específica, o contrato de empreitada de constru&o civil entre o dono da obra e o
empreiteiro no enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obriga&Bes trabalhistas contraídas pelo empreiteiro,
salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.
Con%$o" 3! "*-!#%!&$3$ – dispBe o artigo " da *6? que nos contratos de subempreitada, responderá o
subempreiteiro pelas obriga&Bes derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos
empregados, o direito de reclama&o contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obriga&Bes
por parte do primeiro. ' parágrafo único permite direito de regresso na <usti&a comum.
:o recebendo o empregado as verbas trabalhistas do subempreiteiro, poderá o obreiro ajui)ar reclama&o
trabalhista em face do empreiteiro principal, tratando$se, na viso do ??, de responsabilidade "o&37%&$
Gcriticável, pois responsabilidade solidária no se presume, decorrendo de lei ou vontade das partesH.
E#%!$3o% – !"90&!":
Con"%0&o 3! !#%!$3o%!" %*%$&": consiste na unio de produtores rurais, sempre pessoas físicas, com afinalidade de contratar trabalhadores do campo, no havendo pessoas jurídicas na forma&o do cons8rcio. *om
a lei CJAI/AJJC, equiparou$se ao empregador rural pessoa física ou cons8rcio simplificado de produtores
rurais. *om isso, o cons8rcio deve ser matriculado no 0: em nome de um dos produtores rurais a quem tenha
sido outorgado poderes, sendo que todos os produtores integrantes do cons8rcio respondem "o&3$%&$#!n!
tanto pelas obriga&Bes previdenciárias, como tamb(m pelas trabalhistas. 5or outro lado, há tamb(m
responsabilidade solidária ativa, podendo todos os integrantes do grupo utili)ar for&a de trabalho do mesmo
obreiro rural, sem que se configure mais de um vínculo empregatício.
E#%!$3o% %*%$: art. L> da lei ==N. 5essoa física ou jurídica, proprietário ou no, que e!plore atividade
agroecon;mica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou atrav(s de prepostos e com o au!ílio de
empregados.
E#%!$3o% 3o#9"&0o: ( a pessoa ou a família que admite empregado dom(stico para lhe prestar servi&os de
nature)a contínua no âmbito residencial, sem objetivar lucro.
E#%!"$ 3! %$-$(o !#o%7%&o: pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar 9
disposi&o de outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por ela remunerados
e assistidos. Em verdade, a empresa de trabalho temporário ( a empregadora do trabalhador temporário, e atua
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como mera intermediadora de mo$de$obra aos tomadores de servi&os que demandem obreiros com contrato a
pra)o determinado.
2.= ELEMENTOS ESSENCIAIS K VALIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO
' art. CJ" do ** dispBe que a validade do neg8cio jurídico requer agente capa), objeto lícito, possível,
determinado ou determinável e forma prescrita ou no defesa em lei. 4 lei trabalhista no prescreve ao contratode trabalho, em regra, forma especial, podendo, inclusive, ser pactuado de forma verbal, somente por e!ce&o,
sendo imprescindível a forma, como ocorre no contrato de aprendi) e trabalhador temporário.
Zuanto ao agente capa), a *+ proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de C= anos e de
qualquer trabalho aos menores de CI anos, salvo na condi&o de aprendi), a partir dos C" anos. ' menor pode
assinar contrato de trabalho e recibos, por(m, no momento da quita&o, o responsável legal deverá prestar
assistncia. Em rela&o ao objeto lícito, impende diferenciar trabalho proibido de trabalho ilícito.
T%$-$(o %o&-&3o: o trabalho ( lícito, apenas a lei, para salvaguardar o pr8prio trabalhador ou o interesse público, proíbe o trabalho. E!# menor de C" anos. :esse caso, o contrato será e!tinto, com efeitos e! nunc,
fa)endo o menor jus aos direitos de todo o período trabalhado, uma ve) que no se tem como voltar ao status
quo ante. 'utro e!emplo ( o trabalho da mulher que demande emprego de for&a muscular superior a AJ [ilos
para o trabalho contínuo ou A [ilos para o trabalho ocasional.
'utro e!emplo ( a contrata&o pela administra&o direta ou indireta sem concurso público. úmula LIL, ??#
SUM/>/ *':?34?' :26'. E+E0?' Gnova reda&oH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN, AJ e AC.CC.AJJL
4 contrata&o de servidor público, ap8s a *+/CN==, sem pr(via aprova&o em concurso público, encontra 8bice norespectivo art. LD, 00 e T A>, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contrapresta&o pactuada, em rela&o ao
número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos dep8sitos do
+1?.
T%$-$(o &0&o: o objeto do contrato ( ilícito, no produ)indo qualquer efeito, por ser nulo. E!# vínculo de
traficante. E quanto ao jogo do bichoK 4nteriormente, no se reconhecia o vínculo empregatício do chamado
cambista do jogo do bicho com o bicheiro GdonoH, uma ve) que jogo do bicho constitui infra&o do art. J da
6ei de *ontraven&Bes. Ooje vem crescendo uma nova corrente, que ainda no ( dominante Go ?<, por e!emplo, no aceitaH, que aceita o reconhecimento do vínculo, por ser o jogo do bicho tolerado pelo Estado,
pelo fato de que o bicheiro alega ser o jogo ilícito para no pagar as verbas trabalhistas, beneficiando$se de sua
pr8pria torpe)a e por ser prejudicado o trabalhador.
Em rela&o 9 possibilidade de se reconhecer vínculo do policial militar com empresa privada, vide úmula L=I
do ??# SUM/?> 5'60*046 M060?43. 3E*':OE*0ME:?' %E @W:*26' EM53E14?W*0' *'M EM53E4
530@4%4 Gconverso da 'rienta&o <urisprudencial n> CID da -%0$CH $ 3es. CAN/AJJ, %< AJ, AA e A.J".AJJ $
5reenchidos os requisitos do art. L> da *6?, ( legítimo o reconhecimento de rela&o de emprego entre policial militar eempresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do 5olicial
Militar. Ge!$'< n> CID da -%0$C $ inserida em AI.JL.CNNNH.
2.; CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE TRABALHO
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D! 3&%!&o %&8$3o: as partes so livres para estipular as cláusulas do contrato, desde que respeitem a prote&o
mínima do trabalhador inscrita na *+.
In'o%#$: a regra ( a informalidade, podendo o contrato, inclusive, ser celebrado de forma verbal ou tácita.
B&$!%$: gera direitos e obriga&Bes para ambas as partes.
In*&o !%"on$! !# %!$45o $o !#%!$3o
Co#*$&8o: deve e!istir equivalncia entre o servi&o prestado e a contrapresta&o.
S&n$$#7&0o: as partes se obrigam a presta&Bes recíprocas e antag;nicas.
Con"!n"*$: nasce do livre consentimento das partes.
D! %$o "*0!""&8o o* 39-&o !%#$n!n!: direitos e obriga&Bes se renovam a cada período.
On!%o"o: presta&o de trabalho corresponde a uma presta&o de salário.
2.> CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO ART. ==/ CLT
Con%$o 70&o o* !%!""o: no contrato tácito, a reitera&o da presta&o de servi&os pelo obreiro ao
empregador, sem oposi&o do último, caracteri)a um ajuste tácito. <á o contrato e!presso houve um acordo de
forma clara, precisa, sendo todas as cláusulas e condi&Bes do pacto laboral previamente acordadas. 5ode ser
escrito ou verbal.
Con%$o !"0%&o: a simples assinatura da *?5 já caracteri)a um contrato escrito. :o obstante, tamb(m pode
ser firmado um contrato escrito por meio de assinatura, pelas partes, de pacto específico.
Con%$o 8!%-$: em fun&o da informalidade ser característica do contrato de trabalho, admite$se o pacto
verbal, sendo que a falta de assinatura da *?5 gera somente ilícito administrativo. :o entanto, e!istem alguns
contratos que necessariamente devem ser por escrito.
Con%$o o% %$o &n3!!%#&n$3o: a regra ( que os contratos sejam pactuados por pra)o indeterminado,
atendendo$se, assim, ao princípio da continuidade da rela&o de emprego. Oá, inclusive, uma presun&o relativa
de que ele tenha sido pactuado por pra)o indeterminado, cabendo ao empregador a prova em contrário,
conforme entendimento consubstanciado na súmula ACA do ??# SUM212 %E5E%0ME:?'. V:2 %4
53'@4 GmantidaH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN, AJ e AC.CC.AJJL ' ;nus de provar o t(rmino do contrato de trabalho, quando
negados a presta&o de servi&o e o despedimento, ( do empregador, pois o princípio da continuidade da rela&o de
emprego constitui presun&o favorável ao empregado.
Con%$o o% %$o 3!!%#&n$3o: ( tamb(m denominado contrato a termo e ( aquele celebrado por pra)o
certo e determinado, ou com previso apro!imada de t(rmino, como acontece nos contratos de safra.
OBSCon%$o 3! !+*&!: caracteri)a$se pela comunho de interesses indissociáveis, mantendo$se os
obreiros vinculados ao empregador, de forma a constituir uma única rela&o jurídica, como se o empregado
fosse o grupo. 5ara a jurisprudncia pátria, o contrato de equipe ( o conjunto de contratos individuais, embora
possa ser celebrado por meio de instrumento único, em que o empregador contrata a equipe.
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2.@ MODALIDADES DE CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO
' contrato por pra)o determinado somente pode ser fi!ado por e!ce&o.
CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO NA CLT: 4rt. ""L da *6?
4rt. ""L $ ' contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou e!pressamente, verbalmente ou por escrito e por pra)odeterminado ou indeterminado.
T C> $ *onsidera$se como de pra)o determinado o contrato de trabalho cuja vigncia dependa de termo prefi!ado ou da e!ecu&ode servi&os especificados ou ainda da reali)a&o de certo acontecimento suscetível de previso apro!imada.
T A> $ ' contrato por pra)o determinado s8 será válido em se tratando# aH de servi&o cuja nature)a ou transitoriedade justifique a predetermina&o do pra)oP
bH de atividades empresariais de caráter transit8rioPcH de contrato de e!perincia.
3equisitos de validade do contrato por pra)o determinado#
$ servi&o cuja transitoriedade justifique a predetermina&o do pra)o#o que importa ( a nature)a ou
periodicidade do servi&o.
$ atividades empresariais de caráter transit8rio# di)em respeito 9 atividade desempenhada pela empresa e no
ao empregado ou servi&o. 4 empresa funcionaria em certas (pocas do ano, atuando, por e!emplo, na produ&o e
venda de fogos de artifício, ovos de páscoa, panetone de natal etc.
Con%$o 3! !!%&n0&$: modalidade de contrato por pra)o determinado onde os contratantes iro se testar
mutuamente.
5ra)o má!imo de validade do contrato de e!perincia ( de NJ dias G*6?, art. "", parágrafo únicoH, admitindo$
se, dentro do pra)o má!imo de validade, uma única prorroga&o. Embora no e!ista previso e!pressa, muitas
bancas consideram correta a assertiva que afirma que o mesmo deve ser escrito.
R!%$" $&n!n!" $o 0on%$o o% %$o 3!!%#&n$3o 3$ CLT:
PRAZO: o contrato por pra)o determinado no poderá ser estipulado por período superior a dois anos,
lembrando do contrato de e!perincia, má!imo de NJ dias, prorrogáveis uma única ve) dentro do pra)o má!imo
de validade.
PRORRO<AÇÃO: o contrato a termo somente admite uma única prorroga&o, dentro do pra)o má!imo de
validade. %a segunda prorroga&o em diante, o contrato será considerado por pra)o indeterminado.
CONTRATOS SUCESSIVOS: entre o final de um contrato por pra)o determinado e o início de outro, (
necessário que haja decorrido mais de seis meses, sob pena do segundo contrato ser considerado por pra)o
indeterminado, salvo se a e!pira&o deste dependeu da e!ecu&o de servi&os especiali)ados ou da reali)a&o de
certos acontecimentos. E!# safra.
AUSNCIA DE AVISO PRVIO: em regra, no há o que se falar em aviso pr(vio, haja vista que as partes
já sabem, desde o início, quando o contrato vai findar, salvo na hip8tese do art. "=C da *6?.
INDENIZAÇÃO – EMPRE<ADOR UE ROMPE CONTRATO SEM JUSTO MOTIVO ANTES DO
TERMO FINAL: o empregador que romper o contrato por pra)o determinado antes do termo final pagará ao
obreiro metade dos salários que seriam devidos at( o final do contrato, al(m da multa de "JS do +1?.
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INDENIZAÇÃO – EMPRE<ADO UE ROMPE O CONTRATI SEM JUSTO MOTIVO ANTES DO
TERMO FINAL: o empregado, nessas circunstâncias, indeni)ará o empregador pelos prejuí)os causados. '
valor má!imo no e!cederá 9quele que teria direito o obreiro em idnticas situa&Bes.
CLQUSULA ASSECURATRIA DO DIREITO RECÍPROCO DE RESCISÃO: se no contrato e!istir tal
cláusula, em caso de rompimento antecipado do contrato, seja pelo empregado, seja pelo empregador, no se
aplicará o disposto nos arts. "DN e "=J, utili)ando$se apenas as regras atinentes aos contratos por pra)o
indeterminado. E!istindo tal cláusula, rompendo o empregador o contrato sem justo motivo, concederá ao
obreiro o aviso pr(vio e pagará a multa de "J S do +1?. *aso o empregador rompa o contrato, apenas terá
que conceder aviso pr(vio ao empregador.
$ N5o "! $3+*&%! !"$-&&3$3! no 0*%"o 3o 0on%$o o% %$o 3!!%#&n$3o I""o &n0*& $ !"$n!.
CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO DA LEI >G1?
*ondicionou$se a contrata&o por meio desta lei 9 pr(via negocia&o coletiva, com assinatura de conven&o ouacordo coletivo de trabalho. 4ssim, comparando com a contrata&o por pra)o determinado da *6?#
O05\?EE 6E0 NIJC/N= *6?*':?34?4XY' F possibilidade ' obreiro pode ser contratado para
qualquer atividade8 pode ser contratado naship8teses do art. ""L, TA>, *6?
0:%E:0]4XY' :o se aplicam os arts. "DN e "=J,*6?. 4 indeni)a&o devida seráfi!ada na conven&o ou acordo,
bem como a multa de "JS +1?
erá devida indeni)a&o dos arts."DN e "=J da *6? e multa de "JS
53'33'14XY' %entro do pra)o má!imo devalidade admite várias
prorroga&Bes
omente admite uma única prorroga&o.
E?4-060%4%E %entro do pra)o má!imo devalidade admite estabilidade dodirigente sindical, da gestante, docipeiro e do acidentado
:o há estabilidade
3E*'6O0ME:?' +1? %urante anos Gpra)o esgotado emAJJLH previu recolhimento do+1? de AS da remunera&o
3ecolhimento mensal de =S
3E%2XY' %4*':?30-20X^E '*040
%urante anosG pra)o tamb(mesgotadoH previu redu&o dealíquotas de contribui&Bes sociais
:o previu qualquer redu&o
:_ME3' M`Q0M' %EEM53E14%'*':?34?4%'
omente permite admissBes paraacr(scimo do pessoal fi!ando
percentual má!imo de contrata&Besem fun&o do número deempregados da empresa
:o dispBe sobre número má!imode contrata&Bes
*':?34?' 2*E0@' 4plica$se o art. "A da *6? 0dem*6`2264 4E*234?\304%' %03E0?' 3E*W53'*' %E
3E*0Y'
4plica$se o art. "=C da *6? 0dem
CONTRATO DE TRABALHO TEMPORQRIO – LEI >.G1@=
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4quele prestado por pessoa física a uma empresa para atender 9 necessidade transit8ria de substitui&o de seu
pessoal regular e permanente ou a acr(scimo e!traordinário de servi&os. *aracterísticas#
$ identificam$se trs atores sociais# empresa de trabalho temporário, o trabalhador temporário e o tomador de
servi&os ou clienteP
$ somente pode ser utili)ado no meio urbanoP $ a empresa de trabalho temporário atua como intermediadora de mo$de$obra aos tomadores de servi&os, os
quais no podem, diretamente, contratar obreiros como trabalhadores temporáriosP
$ a empresa de trabalho temporário pode ser pessoa física ou jurídica, devendo ser registrada no Minist(rio do
?rabalhoP
$ os trabalhadores temporários so empregados da empresa de trabalho temporário, cabendo 9 <usti&a do
?rabalho dirimir os litígios entre ambosP
$ o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de servi&os deve conter o motivo
justificador da demanda de trabalho temporárioP
$ s8 ( admitida a contrata&o em duas hip8teses# para atender necessidade transit8ria de substitui&o de seu
pessoal regular e permanente ou em caso de acr(scimo e!traordinário de servi&osP
$ qualquer contrata&o fora das hip8teses elencadas constitui fraude a leiP
$ o contrato de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com rela&o a um mesmo empregado, no
poderá e!ceder L meses, salvo autori)a&o do Minist(rio do ?rabalho, sob pena de reconhecimento do vínculo
direto do trabalhador com o tomador de servi&osP
$ o contrato de trabalho entre empresa de trabalho temporário e trabalhador deve ser escrito e constar os
direitos conferidos aos mesmosP
$ o objetivo ( colocar o trabalhador que está desempregado em evidnciaP
$ será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva no pacto celebrado entre a empresa de trabalho
temporário e o tomador de servi&os, proibindo a contrata&o, pelo último, do trabalhador temporário, ao fim do pra)oP
$ direitos# remunera&o equivalente 9 percebida pelos empregados da mesma categoria da empresa tomadora de
servi&osP jornada de = horas diárias e "" semanaisP horas e!tras remuneradas em JS a maisP f(rias
proporcionais acrescidas do ter&o constitucionalP 33P adicional de trabalho noturno de AJSP indeni)a&o por
dispensa sem justa causa correspondente a C/CA do pagamento recebido Gpolmico, parte da doutrina entende
que essa indeni)a&o foi substituída pelo +1?HP seguro contra acidente de trabalho, prote&o previdenciáriaP
$ entende$se que o trabalhador temporário tamb(m tem direito a gratifica&o natalina GCL> salárioH, por essa ter
sido assegurada pela *+/== aos trabalhadores urbanosP
$ anota&o na *?5 dessa condi&oP
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$ considera$se local de trabalho, para efeitos de acidente de trabalho, tanto aquele onde se efetua a presta&o do
trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporárioP
$ em caso de falncia da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora de servi&os será solidariamente
responsável pelas verbas trabalhistas e previdenciárias do período em que o trabalhador temporário esteve 9 sua
disposi&o. :os demais casos, a responsabilidade do tomador de servi&os será subsidiária.
CONTRATO DE TRABALHO POR OBRA CERTA LEI 2.;;>
' contrato de trabalho por ora certa ( um contrato de emprego por pra)o determinado, tendo como
empregador um construtor, que e!er&a a atividade em caráter permanente e, como empregado, um obreiro
encarregado de reali)ar obra ou servi&o certoP
$ submete$se 9s regras gerais do contrato por pra)o determinado previsto na *6?P
$ esgota$se com o final da obra ou servi&o contratadoP
$ mesmo que a obra continue, mas esgotado o servi&o para qual o trabalhador foi contratado, ocorre o fim do
trabalho por obra certaP
$ o art. A prev que# rescindido o contrato de trabalho em face do t(rmino da obra ou servi&o, tendo o
empregado mais de CA meses de servi&o, fica$lhe assegurada indeni)a&o por tempo de trabalho na forma do
art. "D= da *6?, com LJS de redu&o. ?odavia, a doutrina majoritária entende que esse artigo foi substituído
pela legisla&o do +1?. 6ogo, terminada a obra, o trabalhador levantará o saldo do +1?P
$ se houver rompimento antecipado do contrato, de forma imotivada pelo empregador construtor, receberá oobreiro a multa de "JS do +1?, acrescida da multa do art. "DN da *6?.
CAPÍTULO / – DIREITOS DO TRABALHADOR NA CF??
/.1 I<UALDADE DE DIREITOS ENTRE TRABALHADORES URBANOS E RURAIS
' art. D>, caput, garantiu a igualdade de direitos entre os trabalhadores urbanos e rurais.
/.2 D&%!&o" T%$-$(&"$" 3o" o-%!&%o" n$ CF??
I – 3ela&o de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos da lei, que preverá
indeni)a&o compensat8ria.
' inciso 0 enfraqueceu o princípio da continuidade da rela&o de emprego, contudo foi respeitado o direito
adquirido dos trabalhadores. 4t( a 6ei *omplementar regular a indeni)a&o compensat8ria, será pago ao
obreiro a multa de "JS dos dep8sitos efetivados na conta vinculada do trabalhador a título de +1?.
4 6* CCJ instituiu contribui&o social devida pelos empregadores em caso de despedida arbitrária, 9 alíquota deCJS sobre o montante de todos os dep8sitos devidos, referentes ao +1?, sendo isentos desse dep8sitos os
empregadores dom(sticos.
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4 '< L"C da %0$C afirma que cabe ao empregador a responsabilidade pelo pagamento da diferen&a da multa de
"JS sobre o +1?, decorrente da atuali)a&o monetária em face dos e!purgos financeiros. <á a '< L""
estabeleceu que o termo inicial do pra)o prescricional para o empregado pleitear em juí)o das diferen&as da
multa do +1?, decorrentes dos e!purgos inflacionários, deu$se com a edi&o da 6* CCJ, salvo comprovado
trânsito em julgado de a&o anteriormente proposta na <usti&a +ederal que reconhe&a direito 9 atuali)a&o do
saldo da conta vinculada.
II eguro desemprego.
4 *+ enquadrou o seguro desemprego como seguro social, financiado com os recursos da seguridade social. '
programa tem nature)a assistencial, possuindo dupla finalidade#
$ prover assistncia financeira temporária ao trabalhador desempregado e ao trabalhador comprovadamente
resgatado de regime de trabalho for&ado ou da condi&o análoga a de escravoP
$ au!iliar os trabalhadores na busca ou preserva&o do emprego, promovendo, para tanto, a&Bes integradas deorienta&o, recoloca&o e qualifica&o profissional.
' valor do benefício do seguro$desemprego no poderá ser inferior a um salário mínimo. Em rela&o ao
empregado dom(stico, o seguro$desemprego corresponderá a um salário mínimo e será concedido por um
período de trs meses, de forma contínua ou alternada. ' benefício somente será concedido ao dom(stico
inscrito no +1?.
8 será devido nas hip8teses de dispensa imotivada ou resciso indireta, no sendo cabível em caso de pedido
de demisso, justa causa ou culpa recíproca. É direito pessoal e intransferível, podendo ser requerido a partir do
s(timo dia subseqRente 9 resciso.
III +undo de garantia por tempo de servi&o.
4ntes do +1?, os trabalhadores tinham direito a uma indeni)a&o no valor de C ms de remunera&o para
cada ano trabalhado ou fra&o igual ou superior a I meses, sendo que ap8s CJ anos de servi&o, adquiriam
estabilidade. *om a *+, foi e!tinto o sistema de estabilidade, passando o +1? a ser regime obrigat8rio
imposto a todos os obreiros regidos pelo te!to consolidado, respeitando o direito adquirido dos estáveis. 'strabalhadores urbanos e rurais esto sujeitos ao +1?.
IV – alário mínimo
É vedada a vincula&o do salário mínimo para qualquer fim Gver deciso do ?+ que fle!ibili)a a súmula
vinculante "H.
V 5iso salarial
*orresponde ao salário profissional da categoria a que está vinculado o empregado. ' piso salarial ( fi!ado por lei, senten&a normativa, acordo coletivo ou conven&o coletiva de trabalho.
VI 0rredutibilidade do salário
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' art. "I= da *6? proíbe a altera&o contratual que cause prejuí)o ao empregado. *ontudo, em fun&o da
fle!ibili)a&o, o legislador constituinte originário permitiu que, em situa&Bes e!cepcionais, mediante
interven&o sindical por meio de negocia&o coletiva, os salários fossem redu)idos temporariamente F pra)o
má!imo de A anos, em caso de dificuldades da empresa, por interm(dio da assinatura de conven&o ou acordo
coletivo.
VII – alário mínimo garantido 9queles que percebem remunera&o variável.
VIII CL> salário aos urbanos, avulsos, rurais e dom(sticos.
I – remunera&o do trabalho noturno superior ao diurno. ' trabalhador urbano, em fun&o do art. DL da *6?,
terá direito ao adicional noturno de AJS, se laborar entre AAh e h do dia seguinte, considerando hora noturno
de cinqRenta e dois minutos e trinta segundos. ' trabalhador rural, em fun&o do art. D> da 6ei .==N, terá
direito ao adicional noturno de AS, se laborar na lavoura entre AC h e h ou na pecuária, entre AJh e " h, sendo
a hora noturna de IJ min. – 5rote&o do salário na forma da lei, constituindo crime sua reten&o dolosa.
I – 5articipa&o nos lucros# a participa&o nos lucros será objeto de negocia&o entre a empresa e seus
empregados, no integrando a remunera&o.
II – alário$família, pago em ra)o do dependente do trabalhador de bai!a renda, nos termos da lei.
erá devido ao segurado da 5revidncia ocial empregado e ao trabalhador avulso, no sendo devido ao
dom(stico. É devido ao segurado que tiver filho ou equiparado de qualquer condi&o, at( os C" anos de idade,ou inválido de qualquer idade. ' responsável pelo pagamento do salário família ( o empregador, ficando a
previdncia social responsável pelo reembolso das presta&Bes pagas a tal título. 4 cota do salário família no se
incorpora, para qualquer fim, ao salário ou ao benefício. e o empregado receber mais de 3 IDI,AD, no fará
jus ao salário família. úmula A" do ??# alário$família. ?ermo inicial da obriga&o
' termo inicial do direito ao salário$família coincide com a prova da filia&o. e feita em juí)o, corresponde 9
data de ajui)amento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador se recusara a receber a
certido respectiva
III – %ura&o do trabalho no superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensa&o de horários e a redu&o de jornada, mediante acordo coletivo.
úmula = ??# *'M5E:4XY' %E <'3:4%4 Ginserido o item @H $ 3es. CD"/AJCC, %E<? divulgado em
AD, LJ e LC.J.AJCC
0. 4 compensa&o de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou
conven&o coletiva. Ge!$úmula n> = $ primeira parte $ alterada pela 3es. CAC/AJJL, %< AC.CC.AJJLH
00. ' acordo individual para compensa&o de horas ( válido, salvo se houver norma coletiva em sentido
contrário. Ge!$'< n> C=A da -%0$C $ inserida em J=.CC.AJJJH
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000. ' mero no atendimento das e!igncias legais para a compensa&o de jornada, inclusive quando encetada
mediante acordo tácito, no implica a repeti&o do pagamento das horas e!cedentes 9 jornada normal diária, se
no dilatada a jornada má!ima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. Ge!$úmula n> = $
segunda parte $ alterada pela 3es. CAC/AJJL, %< AC.CC.AJJLH
0@. 4 presta&o de horas e!tras habituais descaracteri)a o acordo de compensa&o de jornada. :esta hip8tese, as
horas que ultrapassarem a jornada semanal normal devero ser pagas como horas e!traordinárias e, quanto
9quelas destinadas 9 compensa&o, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho e!traordinário. Ge!$
'< n> AAJ da -%0$C $ inserida em AJ.JI.AJJCH
@. 4s disposi&Bes contidas nesta súmula no se aplicam ao regime compensat8rio na modalidade banco de
horas, que somente pode ser instituído por negocia&o coletiva G0:E30%' AJCCH
' banco de horas, previsto no art. N, TA> da *6?, permite que a compensa&o seja feita no período de C ano e
apenas por meio de negocia&o coletiva.'s empregados que e!ercem atividade e!terna incompatível com a fi!a&o de horário de trabalho e os gerentes
e diretores que e!ercem cargo de confian&a, de mando, comando, gesto dentro da empresa, no estaro sujeitos
ao controle de jornada, conforme previsto no art. IA da *6?, no tendo direito ao pagamento de hora e!tra.
Esse inciso no se aplica aos dom(sticos.
IV – <ornada de seis horas para o trabalho reali)ado em turnos ininterruptos de reve)amento, salvo
negocia&o coletiva.
4 6ei =CC/DA foi a primeira a instituir turnos ininterruptos de reve)amento, nas atividades de e!plora&o,
perfura&o e refina&o do petr8leo, na industriali)a&o do !isto, na indústria petroquímica e no transporte de
petr8leo e seus derivados por meio de dutos. 4 referida lei possibilitou a jornada ininterrupta de = horas em
turnos de reve)amento, que poderiam alcan&ar CA horas.
úmula LNC# 5E?3'6E03'. 6E0 :> .=CC/CNDA. ?23:' 0:0:?E3325?' %E 3E@E]4ME:?'. O'34
EQ?34 E 46?E34XY' %4 <'3:4%4 5434 O'3`30' +0Q' Gconverso das 'rienta&Bes
<urisprudenciais n>s A"J e LLL da -%0$CH $ 3es. CAN/AJJ, %< AJ, AA e A.J".AJJ
0 $ 4 6ei n> .=CC/CNDA foi recepcionada pela *+/== no que se refere 9 dura&o da jornada de trabalho em
regime de reve)amento dos petroleiros. Ge!$'< n> A"J da -%0$C $ inserida em AJ.JI.AJJCH
00 $ 4 previso contida no art. CJ da 6ei n> .=CC/CNDA, possibilitando a mudan&a do regime de reve)amento
para horário fi!o, constitui altera&o lícita, no violando os arts. "I= da *6? e D>, @0, da *+/CN==. Ge!$'< n>
LLL da -%0$C $ %< JN.CA.AJJLH.
' trabalho por turno ( aquele em que grupos de trabalhadores se sucedem, cumprindo horários que permitam o
funcionamento ininterrupto da empresa. :o regime de turno, os trabalhadores so escalados para prestar
servi&os em diferentes períodos de trabalho. 4 úmula LIJ do ?? esclarece que a interrup&o do trabalho
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destinada a repouso e alimenta&o, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, no
descaracteri)a o turno de reve)amento com jornada de I horas.
V 3epouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
urgiu com a lei IJ/"N.
VI – 3emunera&o do servi&o e!traordinário superior, no mínimo, em cinqRenta por cento 9 do normal.
?oda ve) que o empregado prestar servi&os ou permanecer a disposi&o do empregador ap8s esgotar$se a
jornada normal haverá trabalho e!traordinário. ' ??, por meio da úmula ANC, no admite a incorpora&o das
horas e!tras ao salário do obreiro.
2M$ANC O'34 EQ?34. O4-0?2460%4%E. 253EY'. 0:%E:0]4XY' Gno8$ %!3$45o !#
3!0o%%n0&$ 3o ,*$#!no 3o %o0!""o TSTIUJERR 1G@GG=;.2GG@.;.22.G1G1 R!". 1@=2G11 DEJT
3&8*$3o !# 2@ /G ! /1.G;.2G11H
4 supresso total ou parcial, pelo empregador, de servi&o suplementar prestado com habitualidade, durante pelo
menos C GumH ano, assegura ao empregado o direito 9 indeni)a&o correspondente ao valor de C GumH ms das
horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fra&o igual ou superior a seis meses de presta&o de
servi&o acima da jornada normal. ' cálculo observará a m(dia das horas suplementares nos últimos CA Gdo)eH
meses anteriores 9 mudan&a, multiplicada pelo valor da hora e!tra do dia da supresso.
' art. N da *6? limita a duas o número de horas suplementares que podem ser pactuadas. 0mpende destacar
que as horas suplementares laboradas no sero remuneradas quando, nos termos do TA> do art. N, houver acordo de compensa&o de jornadas, tamb(m chamado de banco de horas.
VII – 1o)o de f(rias anuais remuneradas com, pelo menos, C/L a mais do que o salário normal.
3epresentam as f(rias o e!emplo mais comum de interrup&o do contrato de trabalho, pois o empregado no
presta servi&os, mas mant(m seu salário e todos os direitos advindos do liame empregatício. @isa proporcionar
descanso ao trabalhador.
VIII – 6icen&a 9 gestante, com dura&o de CAJ dias.
' salário maternidade ( devido 9 segurada gestante, pelo pra)o de CAJ dias, com início no período entre A= dias
antes do parto e a data da ocorrncia deste, devendo ser pago pela empresa que, posteriormente, efetivará a
devida compensa&o com os recolhimentos das contribui&Bes previdenciárias. Em rela&o 9 trabalhadora
avulsa gestante, 9s aut;nomas e 9s empregadas dom(sticas, o salário maternidade será pago diretamente pela
5revidncia social.
Zuando a me adotiva obt(m a guarda judicial da crian&a, a lei CJ."AC acrescentou o art. LNA$4 estipulando a
licen&a maternidade nos seguintes termos#
$ ado&o ou guarda judicial de crian&a at( C ano de idade# CAJ dias
$ de C ano at( " anos# IJ dias
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$ de " anos a = anos# LJ dias.
@ale frisar que a lei CC.DDJ instituiu o 5rograma empresa$cidad, destinado a prorrogar por IJ dias a dura&o
da licen&a$maternidade prevista na *+/==. 4 prorroga&o será garantida 9 empregada da pessoa jurídica que
aderir ao programa, desde que a empregada a requeira at( o final do primeiro ms ap8s o parto, e concedida
imediatamente ap8s a frui&o de licen&a maternidade prevista na *arta maior.
%urante o período de prorroga&o da licen&a maternidade, a empregada terá direito 9 remunera&o integral, nos
mesmos moldes do período de percep&o do salário maternidade pago pelo regime geral da previdncia social,
no podendo a obreira e!ercer qualquer atividade remunerada nem manter crian&a em creche ou organi)a&o
similar.
4 pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá dedu)ir do imposto devido, em cada período de
apura&o, o total da remunera&o integral da empregada pago nos IJ dias de prorroga&o de sua licen&a
maternidade.I – 6icen&a paternidade, nos termos da lei. egundo o art. CJ, TC> da 4%*?, at( que lei venha disciplinar, o
pra)o de licen&a paternidade ( de dias, no decorrer da primeira semana. 4 licen&a paternidade ( uma licen&a
remunerada, forma de interrup&o do contrato de trabalho, arcando o empregador com tal pagamento.
5rote&o do mercado de trabalho da mulher.
I – 4viso pr(vio proporcional ao tempo de servi&o, sendo no mínimo de LJ diasP
II – 3edu&o dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e seguran&a.III – 4dicional de remunera&o para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei.
5enosidade F ainda no foi regulado pelo *ongresso :acional, sendo norma de eficácia limitada.
0nsalubridade# so consideradas atividades ou opera&Bes insalubres aquelas que, por sua nature)a, condi&Bes ou
m(todos de trabalho, e!ponham seus empregados a agentes nocivos 9 saúde, acima dos limites de tolerância
fi!ados em ra)o da nature)a e da intensidade do agente e do tempo de e!posi&o aos seus efeitos F art. C=N,
*6?.
Era calculado, em fun&o do contido no art. CNA da *6?, 9 ra)o de CJS, AJS e "JS sobre o salário mínimo,
respectivamente, para graus mínimo, m(dio e má!imo. Ooje, a súmula vinculante " do ?+ proíbe a vincula&o
do salário mínimo Gver julgado do ?+ relativi)ando a súmula "H.
' trabalho intermitente, em condi&Bes insalubres, no afasta, por essa circunstância, o pagamento do adicional
de insalubridade Gúmula "D, ??H.
' simples fornecimento do aparelho de prote&o pelo empregador no e!ime o pagamento do adicional de
insalubridade. um. A=N, ??.
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4 verifica&o, por meio de perícia, da presta&o de servi&os em condi&Bes nocivas 9 saúde do empregador,
considerando agente insalubre diverso do apontado na inicial, no prejudica o pedido de adicional de
insalubridade. um. ANL, ??.
:o há direito adquirido 9 percep&o do adicional de insalubridade, sendo que a sumula =J afirma que
0:462-30%4%E GmantidaH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN, AJ e AC.CC.AJJL 4 elimina&o da insalubridade mediante
fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo 8rgo competente do 5oder E!ecutivo e!clui a percep&o
do respectivo adicional.
6ogo, o direito ao empregado ao adicional de insalubridade cessará com a elimina&o do risco 9 sua saúde ou
integridade física.
5ericulosidade F so consideradas atividades ou opera&Bes perigosas as que, por sua nature)a ou m(todos de
trabalho, impliquem em contato permanente com inflamáveis ou e!plosivos, em condi&Bes de risco acentuado.
' adicional de periculosidade consistirá em LJS, calculados sobre o salário$base, sem os acr(scimosresultantes das gratifica&Bes, prmios, etc.
' empregado que e!erce atividade no setor de energia el(trica em condi&Bes de periculosidade tamb(m recebe
adicional de periculosidade, conforme dispBe o art. C> da 6ei. DLIN.
4 periculosidade no importa em fator contínuo de e!posi&o, mas apenas um risco que no age biologicamente
contra seu organismo, mas que, na configura&o do sinistro, pode ceifar a vida do trabalhador ou multilá$lo.
egundo a úmula CNC do ??#
2M$CNC 4%0*0':46. 5E30*26'0%4%E. 0:*0%7:*04 Gnova reda&oH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN, AJ e
AC.CC.AJJL
' adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e no sobre este acrescido de outros
adicionais. Em rela&o aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a
totalidade das parcelas de nature)a salarial.
's empregados que operem bomba de gasolina tem direito ao adicional de periculosidade F súm. LN, ??.
<á a súmula LI", modificada em AJCC, afirma que#
2M$LI" 4%0*0':46 %E 5E30*26'0%4%E. EQ5'0XY' E@E:?246, 5E3M4:E:?E E
0:?E3M0?E:?E G0$n0!$3o o &!# II ! 3$3$ no8$ %!3$45o $o &!# IH $ 3es. CD"/AJCC, %E<? divulgado em
AD, LJ e LC.J.AJCC ?em direito ao adicional de periculosidade o empregado e!posto permanentemente ou que,
de forma intermitente, sujeita$se a condi&Bes de risco. 0ndevido, apenas, quando o contato dá$se de forma
eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá$se por tempo e!tremamente redu)ido. Ge!$
'js da -%0$C n>s J $ inserida em C".JL.CNN" $ e A=J $ %< CC.J=.AJJLH.
E ainda, segundo a '< L", a e!posi&o do empregado a radia&o ioni)ante ou 9 substância radioativa enseja a
percep&o do adicional de periculosidade.
IV – 4posentadoria
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4 *+ assegurou aposentadoria pelo regime geral da previdncia social obedecidas as seguintes condi&Bes#
$ trinta e cinco anos de contribui&o, se homem e sessenta anos de idade, se mulher, redu)ido em cinco anos o
limite para os trabalhadores rurais de ambos os se!os e para os que e!er&am suas atividades em regime de
economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
V – 4ssistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at( cinco anos de idade em creches e pr($escolas.
4 assistncia gratuita no configura na *arta Maior como obriga&o do empregador e sim dos entes públicos,
haja vista que o dever do estado com a educa&o alcan&a o atendimento em creches e pr($escolas 9s crian&as de
J a I anos de idade. :o obstante, o art. LNN da *6? tra) a possibilidade do empregador receber prmio pelo
Minist(rio do ?rabalho caso se destaque na organi)a&o e manuten&o de creches e de institui&Bes de prote&o
aos menores em idade pr($escolar.
VI – 3econhecimento das conven&Bes e acordos coletivos de trabalho
4 *arta maior privilegiou a chamada autocomposi&o dos conflitos coletivos, em que os pr8prios atores sociais
envolvidos negociam e celebram conven&o ou acordo coletivo. :esse conte!to, o art. =, @0, da *+ impBe a
participa&o obrigat8ria dos sindicatos nas negocia&Bes coletivas.
' te!to constitucional tamb(m estimula a negocia&o coletiva, quando dispBe, no arti, CC", TA>, que, se
qualquer das partes se recusar a negocia&o coletiva ou a arbitragem, ( facultado aos respectivos sindicatos, de
comum acordo, ajui)ar dissídio coletivo, podendo a justi&a do trabalho estabelecer normas e condi&Bes,
respeitadas as disposi&Bes convencionais e legais mínimas de prote&o ao trabalho, bem como as
convencionadas anteriormente.
*umpre destacar que aos servidores públicos ocupantes de cargo público no foi assegurado o reconhecimento
das conven&Bes e acordos coletivos celebrados.
VII – 5rote&o em face da automa&o, na forma da lei
VIII – eguro contra acidentes de trabalho, sem e!cluso da indeni)a&o a que está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa.
*aberá ao empregador o pagamento do seguro de acidente de trabalho, sem prejuí)o de eventual a&o de
repara&o de danos materiais e morais a que está sujeito, quando comprovado que o acidente de trabalho
ocorreu em fun&o da conduta dolosa ou culposa do empregador. 4 *f estabeleceu a competncia da <? para
processar e julgar as a&Bes de indeni)a&o por dano moral ou patrimonial, decorrentes da rela&o de trabalho.
*onv(m ressaltar que em rela&o 9s a&Bes acidentárias, ou seja, lides previdenciárias derivadas de acidente de
trabalho ou promovidas pelo trabalhador segurado em face do 0:, a competncia será da <usti&a comum e
no da <usti&a do ?rabalho. Em rela&o 9s a&Bes promovidas pelo empregado em face do empregador na busca
de indeni)a&o pelos danos morais ou patrimoniais decorrentes do acidente de trabalho, o ?+ afirma ser a
competncia da <usti&a do ?rabalho Gúmula vinculante AAH.
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I – 4&o, quanto aos cr(ditos resultantes das rela&Bes de trabalho, com pra)o prescricional de anos para
os trabalhadores urbanos e rurais, at( o limite de A anos ap8s a e!tin&o do contrato de trabalho.
@ale afirmar que a omisso na senten&a sobre a prescri&o pode gerar oposi&o de embargos de declara&o para
provocar o e!ame da questo que deveria ter sido e!aminada de ofício na deciso embargada F
prequestionamento.
– 5roibi&o de diferen&a de salários por motivo de se!o, idade, cor ou estado civilP
I – 5roibi&o de qualquer discrimina&o no tocante a salário e crit(rios de admisso do trabalhador
portador de deficincia.
II – 5roibi&o de distin&o entre o trabalho manual, t(cnico e intelectual ou entre profissionais
respectivos.
III – 5roibi&o do trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de C= anos e de qualquer trabalho a
menores de CI anos, salvo na condi&o de aprendi) a partir dos C" anos.
@erificada, no entanto, presta&o de servi&os nas condi&Bes acima descritas, sero devidos ao obreiro menor
todos os direitos elencados nas normas trabalhistas, haja vista que, embora proibido o trabalho, as partes no
tem mais como voltar ao status quo ante.
IV – 0gualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício e o trabalhador avulso.
?rabalhadores portuários avulsos laboram na área de organi)a&o dos portos nacionais, na carga e descarga do
navio. 4 mo$de$obra avulsa ( administrada pelo \rgo 1estor de Mo de 'bra, que atendendo requisi&o dosoperadores portuários F pessoa jurídica pr($qualificada para a e!ecu&o portuária no porto organi)ado F escala
os trabalhadores portuários avulsos na carga ou descarga de navios. Embora no haja vínculo empregatício dos
trabalhadores portuários avulsos com o '1M' ou mesmo com os operadores portuários, qualquer demanda de
trabalho será submetida 9 <?.
P$%. n&0o – o assegurados aos dom(sticos os seguintes direitos# salário mínimo, irredutibilidade de salário,
repouso semanal remunerado, f(rias anuais U C/L de f(rias, licen&a 9 gestante e estabilidade de meses ap8s o
partoP licen&a paternidade, aviso pr(vio proporcional, aposentadoria, integra&o 9 previdncia social. +1? (
facultativo.
CAPÍTULO = – ALTERAÇÃO INTERRUPÇÃO E SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
=.1 ALTERAÇÃO BILATERAL: RE<RA <ERAL
' art. "I= da *6? privilegia o princípio da inalterabilidade contratual prejudicial ao trabalhador, no admitindo
que a altera&o do liame empregatício importe ao obreiro prejuí)os diretos ou indiretos,mesmo que o
trabalhador tenha concordado com a modifica&o do contrato de emprego. 5ara que a altera&o seja válida, aregra geral ( que#
$ haja mútuo consentimento
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$ ausncia de prejuí)o financeiro ou moral ao obreiro. Mesmo que o empregado concorrde com a altera&o, se
ela lhe for prejudicial, será nula de pleno direito, pois haverá uma presun&o relativa da hipossuficincia do
empregado. ?odavia, quando demonstrado que o empregado possui um interesse desvinculado do contrato de
trabalho, a altera&o bilateral, mesmo que cause um prejuí)o imediato ao obreiro, pode ser considerada válida.
4ltera&Bes subjetivas# referem$se 9 modifica&o dos sujeitos do contrato de emprego, principalmente
relacionada com a sucesso de empregadores.
altera&Bes objetivas# referem$se 9s modifica&Bes ocorridas nas cláusulas do contrato de trabalho. :o tocante 9
altera&o da fun&o#
$ doutrina e jurisprudncia dominante afirmam que o empregado, em regra, no poderá recusar promo&o, caso
e!ista quadro organi)ado de carreira. ?odavia, sem quadro organi)ado e demonstra&o da inaptido do obreiro,
pode haver descarte da promo&o.
$ rebai!amento# vedado no -rasil.
$ aproveitamento# consiste na altera&o de fun&o do trabalhador para outra do mesmo nível F plano hori)ontal,
em caso de e!tin&o de um cargo.
$ reverso ao cargo anterior# ocorre quando o empregado dei!a de ocupar fun&o de confian&a. *ontudo, se
percebia gratifica&o de fun&o por CJ anos ou mais e o empregador, sem justo motivo, retirou$lhe a fun&o,
continuará o empregado a receber a respectiva gratifica&o, pois já se incorporou ao seu patrim;nio. úm. LDA.
$ mudan&a de fun&o obrigat8ria# quando determinada pela legisla&o vigente, objetivando proteger o pr8prioobreiro.
Zuanto 9 jornada de trabalho, nada impede que o empregador redu)a a jornada do obreiro, desde que isso no
resulte diminui&o de salário. +rise$se que uma ve) redu)ida a jornada do obreiro, posteriormente no poderá o
empregador determinar o retorno 9 jornada anterior, constituindo essa atitude altera&o ilícita do contrato de
trabalho, salvo no caso de servidor público F oj LJ=.
4 jurisprudncia tem firmado entendimento no sentido de que pode o empregador, unilateralmente, transferir o
empregado do turno noturno para o diurno, ve) que o trabalho noturno ( mais desgastante para a saúde do
obreiro. Evidentemente, ocorrerá a perda do adicional noturno. ?amb(m ( possível a mudan&a imposta
unilateralmente pelo empregador, convertendo o trabalho do obreiro de turnos ininterruptos de reve)amento
para turno fi!o.
3essalte$se que as altera&Bes do contrato de trabalho podem decorrer de norma jurídica impositiva quando
resultam de lei, conven&o ou acordo coletivo, de senten&a normativa ou de autoridade administrativa,
possuindo observância obrigat8ria para os sujeitos do pacto laboral..
=.2 ALTERAÇÃO UNILATERAL: JUS VARIANDI E JUS RESISTENTIAE
<us variandi F decorrente do poder de dire&o do empregador, consiste em pequenas varia&Bes unilaterais no
contrato de trabalho que no alteram substancialmente seu conteúdo e no importam em prejuí)o ao
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empregado. E!emplos# transferncia do turno noturno para diurno, retirada de cargo de confian&a, transferncia
provis8ria de empregado, diante da real necessidade de servi&o, mediante pagamento de adicional nunca
inferior a AS dos salários.
<us resistentiae F abusando o empregador do e!ercício do jus variand, poderá o empregado opor$se 9s
modifica&Bes implementadas, pleiteando, se for o caso, a resciso indireta do contrato.
=./ SUCESSÃO DE EMPRE<ADORES
Con0!&o: sucesso de empregadores ( a altera&o subjetiva do contrato de trabalho Gp8lo do empregadorH, com
a transferncia da titularidade do neg8cio de um titular GsucedidoH para outro GsucessorH, assumindo o novo
titular do empreendimento todos os direitos e dívidas e!istentes.
' contrato de trabalho, em rela&o ao obreiro, ( intuito personae, infungível. :o entanto, em rela&o ao
empregador, a regra ( que o contrato de trabalho no seja intuito personae, operando$se a vincula&o do pacto
de emprego com o empreendimento empresarial, prevalecendo o princípio da despersonali)a&o doempregador.
+undamento legal# arts. CJ e ""= da *6?. 5or conseqRncia, qualquer altera&o na estrutura jurídica da empresa
como fuso, incorpora&o, transforma&o, ciso, transferncia de cotas etc, nos termos desse artigo, no afetará
os contratos de trabalho dos empregados, permanecendo o liame empregatício intangível com o novo
empregador.
P%&n0&o" %!$0&on$3o": intangibilidade contratual Gmanuten&o das cláusulas do contrato de trabalhoHP
despersonali)a&o do empregadorP continuidade da rela&o de emprego.
R!+*&"&o" $%$ $ 0on'&*%$45o 3$ "*0!""5o: transferncia do neg8cio de um titular para outro e continuidade
na presta&o de servi&os pelo obreiro.
4 doutrina tradicional e!ige que haja a continuidade da presta&o de servi&os pelos empregados para a
configura&o da sucesso trabalhista. Mas isso no ( e!igido se verificado o conluio fraudat8rio orquestrado
pelo alienante e adquirente que demitem todos os empregados num dia e no outro transferem a empresa.
S*0!""5o: $-%$nn0&$ ! !'!&o"
4 sucesso no ( aplicada#
$ empregadores dom(sticos# primeiro, a *6? no se aplica aos dom(sticos Gart. D, aH, o empregador dom(stico
sempre será pessoa ou família, jamais sendo pessoa jurídica e a atividade do trabalhador dom(stico opera$se no
âmbito residencial sem fins lucrativos, no havendo como se falar em transferncia da titularidade do neg8cio.
$ empregador pessoa física# sendo o empregador pessoa física, faculta$se ao empregado a resciso contratual
em caso de morte Gart. "=L, TA>H.
$ venda dos bens da empresa falida Greali)a&o do ativoH# estabelece o art. C"C, 00, da 6ei CCCJC/J que, na
aliena&o, conjunta ou separada, dos ativos da empresa em processo falimentar, o objeto da aliena&o estará
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livre de qualquer ;nus e no haverá sucesso do arrematante nas obriga&Bes do devedor, inclusive as de
nature)a tributária, derivadas da legisla&o do trabalho e as decorrentes de acidente de trabalho.
Efeitos# operada a sucesso trabalhista, passa o sucessor a ser o único e principal responsável pelo
adimplemento e e!ecu&o dos contratos de emprego anteriormente mantidos com a empresa sucedida. *ontudo,
a doutrina e jurisprudncia trabalhista tem admitido a responsabili)a&o subsidiária da empresa sucedida,
integrando o p8lo passivo de eventual reclama&o trabalhista F litiscons8rcio F quando verificado que a
sucesso deu$se com intuito fraudat8rio ou mesmo nos casos em que, embora no configurada má$f(, a empresa
sucessora no possua saúde financeira para arcar com os cr(ditos trabalhistas dos pactos laborais anteriormente
mantidos com a sucedida.
É comum estabelecimento de cláusula de no responsabili)a&o na sucesso. *ontudo, tal cláusula s8 ( válida
entre as partes, para efeitos de a&o regressiva, no produ)indo, por(m, efeitos em rela&o a terceiros, em
especial os empregados.
's tribunais tem se firmado no sentido de no reconhecer sucesso trabalhista quando ocorre a cria&o de um
novo município, em fun&o do desmembramento. :o entanto, a '< NA afirma que#
%EMEM-34ME:?' %E M2:0*W50'. 3E5':4-060%4%E ?34-46O0?4. 0nserida em
LJ.J.CNND Em caso de cria&o de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades
responsabili)a$se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador.
Em rela&o aos contratos de arrendamento, ( possível a sucesso trabalhista, ainda que o arrendamento seja
temporário. *ontinuando a presta&o de servi&os, sob a gerncia da arrendatária GsucessoraH, deve essa arcar com os contratos de trabalho anteriormente mantidos com a empresa sucedida.
=.= TRANSFERNCIA DE EMPRE<ADOS
4rt. "IN $ 4o empregador ( vedado transferir o empregado, sem a sua anuncia, para localidade diversa da que resultar do contrato,no se considerando transferncia a que no acarretar necessariamente a mudan&a do seu domicílio .
T C> $ :o esto compreendidos na proibi&o deste artigo# os empregados que e!er&am cargo de confian&a e aqueles cujoscontratos tenham como condi&o, implícita ou e!plícita, a transferncia, quando esta decorra de real necessidade de servi&o. G3eda&odada pela 6ei n> I.AJL, de CD.".CNDH
T A> $ É licita a transferncia quando ocorrer e!tin&o do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
T L> $ Em caso de necessidade de servi&o o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar docontrato, no obstante as restri&Bes do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior aAS Gvinte e cinco por centoH dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situa&o. G5arágrafoincluído pela 6ei n> I.AJL, de CD.".CNDH
4rt. "DJ $ 4s despesas resultantes da transferncia correro por conta do empregador. G3eda&o dada pela 6ei n> I.AJL, de CD.".CNDH
4 transferncia descrita no art. "IN da *6? ( a ocorrida dentro do territ8rio nacional, constituindo uma
altera&o do local da presta&o de servi&os pelo obreiro. 4 6ei DJI" estabelece as regras de transferncia de
trabalhadores contratados no -rasil ou transferidos por empresas prestadoras de servi&os de engenharia, para
prestar servi&os no e!terior.
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4 regra para a transferncia ( o consentimento do obreiro. *ontudo, os TT C>, A> e L> do "IN estipulam
e!ce&Bes. :a transferncia há mudan&a de domicílio, enquanto na remo&o o empregado ( removido de um
estabelecimento para outro, sem altera&o do seu domicílio, podendo ser feita unilateralmente pelo empregador.
's empregados que e!er&am cargo de confian&a ou que tenham nos seus contratos condi&o implícita de
transferncia ou e!plícita, desde que haja real necessidade de servi&o F súm. "L, podem ser transferidos.
erá lícita a transferncia quando houver e!tin&o do estabelecimento em que trabalhar o empregado. 4
transferncia provis8ria depende da real necessidade do servi&o.
' TL> determina a transferncia provis8ria independentemente da vontade do empregado, sendo apenas e!igida
a comprova&o da necessidade real do servi&o.
' adicional de transferncia F AS dos salários F somente será devido na transferncia provis8ria, sendo
mantido apenas enquanto durar essa situa&o. 5ode ser suprimido quando do t(rmino da transferncia
provis8ria ou quando a transferncia se mantenha definitivamente. ?amb(m ( devido nas transferncias provis8rias dos empregados que ocupam cargo de confian&a, ou mesmo para aqueles em que e!ista previso
contratual de transferncia, conforme entendimento da '< CCL.
?ransferncia do empregado#
%ispositivo legal ?ipo de transferncia 4to Empregados abrangidos *ondi&Bes4rt. "IN, caput, %efinitiva -ilateral Zualquer um 4nuncia do
empregado. ?em quehaver mudan&a dedomicílio
4rt. "IN, TC> %efinitiva 2nilateral Empregados quee!er&am cargo deconfian&a ou quecontratos tenhamcondi&o e!plicita detransferncia
*omprova&o da realnecessidade de servi&o.
:o necessita daanuncia do empregado.
4rt. "IN, TA> %efinitiva 2nilateral ?odos os empregadosdo estabelecimentoe!tinto
%eve haver e!tin&o doestabelecimento. :o háanuncia do empregado.
4rt. "IN, TL> 5rovis8ria 2nilateral Zualquer um 3eal necessidade doservi&o. 0ndepende davontade do obreiro.
5agamento nuncainferior a AS dossalários enquanto durar.
=.; RENNCIA E TRANSAÇÃO
4 renuncia consiste em ato unilateral da parte que abdica do seu direito, sem transferi$lo a quem quer que seja,
constituindo$se em simples abandono livre o voluntário do direito. <á a transa&o constitui ato bilateral pelo
qual as partes acordantes, mediante concessBes recíprocas, estipulam direitos e obriga&Bes envolvendo questBes
onde impera a incerte)a. 4 regra ( a irrenunciabilidade de direitos, de modo que o empregado no poderá
renunciar ou transacionar seus direitos laborais, sendo nulo qualquer ato nesse sentido. E!ce&Bes#
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$ art. C", TA> da lei =JLI# permite que o trabalhador transacione o tempo de servi&o anterior 9 *+, percebendo,
no mínimo, IJS da indeni)a&o previstaP
$ 4rt. JJ, *6?# trabalhador estável renuncie ao emprego, por meio do pedido de demisso, com interven&o
obrigat8ria do sindicatoP
$ úmula C do ??# Oavendo a coe!istncia de dois regulamentos da empresa, a op&o do empregado por umdeles tem efeito jurídico de renúncia 9s regras do sistema do outro.
$ art. "L, TC>, *6?# renúncia tácita 9 garantia de emprego pelo dirigente sindical que solicitar ou livremente
acolher transferncia para fora da base territorialP
$ art. D, @0, Q000 e Q0@, *+# redu&o temporária de salários, amplia&o da jornada diária e semanal.
=.> INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
'corre quando o empregado suspende a reali)a&o dos servi&os, mas permanece recebendo normalmente suaremunera&o, continuando o empregador com todas as obriga&Bes do liame empregatício.
Oip8teses#
$ at( A dias consecutivos em caso de falecimento do c;njuge, ascendente, descendente, irmo ou pessoa que,
declarada em sua *?5, vivia sob sua dependncia econ;mica Gart. "DL, 0, *6?HP
$ at( L dias consecutivos, em virtude de casamento G"DL, 00HP
$ por um dia, em cada dois meses de trabalho, por comprovada doa&o de sangue G"DL, 0@HP
$ at( A dias consecutivos ou no, para o fim de se alistar eleitor Gart. "DL, @HP
$ no período de tempo em que se tiver de cumprir as e!igncias do servi&o militar G"DL, @0HP
$ no dia em que estiver fa)endo prova de vestibular G"DL, @00HP
$ no dia em que se fi)er necessário comparecer a juí)o G"DL @000HP
$ licen&a paternidade de dias F 4%*?, art. CJ, 00, TC>P
$ encargos públicos específicos
$ acidente de trabalho ou doen&a, nos primeiros C diasP
$ repouso semanal remuneradoP
$ feriadosP
$ f(riasP
$ licen&a maternidadeP
$ licen&a remunerada em caso de aborto no criminosoP
$ casos diversos de licen&a remuneradaP
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$ empregado membro da comisso de concilia&o pr(via, quando atuando como conciliadorP
$ pelo tempo que se fi)er necessário, quando na qualidade de representante de entidade sindical estiver
participando de reunio internacional de organismo do qual o -rasil seja membro.
'-//6'*'2?# consiste na paralisa&o da atividade do empregado por iniciativa do empregador, com o
objetivo de frustrar negocia&o ou dificultar o atendimento das reivindica&Bes dos empregados, nos termos doart. CD da lei DD=L. *onfigura hip8tese de interrup&o do contrato de trabalho.
F9%&$": *onstitui direito irrenunciável. *+ concedeu a todos os trabalhadores urbanos e rurais direito a f(rias
remuneradas anuais, com pelo menos C/L a mais que a remunera&o normal. 5ara se ter direito a f(rias, fa)$se
necessário cumprir o chamado período aquisitivo de CA meses de trabalho. 4 *6? disciplina a mat(ria no
tocante 9s f(rias e possibilidade de faltas F art. CLJ#
$ LJ dias de f(rias# at( faltas injustificadasP
$ A" dias de f(rias# de I a C" faltas injustificadasP
$ C= dias de f(rias# C a AL faltas injustificadasP
$ CA dias de f(rias# A" a LA faltas injustificadas.
:a modalidade do regime de tempo parcial F onde o empregado labora no má!imo A horas semanais,
percebendo salário proporcional 9 <ornada de trabalho, o período de f(rias será#
$ C= dias# dura&o do trabalho semanal superior a AA h at( AhP
$ CI dias# dura&o do trabalho semanal superior a AJ h at( AAhP
$ C" dias# dura&o do trabalho semanal superior a C h at( AJhP
$ CA dias# dura&o do trabalho semanal superior a CJ h at( ChP
$ CJ dias# dura&o do trabalho semanal superior a h at( CJ hP
$ = dias# dura&o do trabalho semanal igual ou inferior a horas.
' empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá seu período de f(rias redu)ido 9 metade.
*umprido o período aquisitivo, o empregador deverá conceder f(rias, em um s8 período, nos CA meses
subseqRentes 9 data em que o empregado tiver adquirido o direito. omente em casos e!cepcionais as f(rias
sero concedidas em dois períodos, um dos quais nunca poderá ser inferior a CJ dias F art. CL", TC>. 4
*onven&o CLA da '0? estabelece que, em caso de fracionamento das f(rias, uma das fra&Bes deverá
corresponder a pelo menos A semanas ininterruptas, salvo acordo contrário. 4lguns doutrinadores entendem que
a norma interna foi revogada tacitamente.
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e concedidas fora do pra)o, o empregador pagará em dobro a respectiva remunera&o. ' jui) do trabalho pode
fi!ar multa de at( S do salário mínimo em favor do obreiro, at( que seja cumprida deciso concedendo
período de f(rias.
4os menores de C= anos e aos maiores de J anos as f(rias sero concedidas de uma s8 ve).
' empregado no poderá entrar em go)o das f(rias sem antes tra)er a *?5, para que o empregador procedacom a anota&o do período.
+(rias devem coincidir com o melhor período para o empregador F art. CLI.
' art. CLN da *6? permite que o empregador conceda f(rias coletivas a todos os empregados de um setor da
empresa ou mesmo a todos os empregados da empresa, aos quais podero ser concedidas em dois períodos
anuais, desde que no seja inferior a CJ dias corridos. ' empregador deverá dar ampla publicidade das f(rias
coletivas, comunicando com C dias de antecedncia ao Minist(rio do ?rabalho, ao sindicato profissional e
afi!ando, em igual pra)o, no quadro de avisos da empresa. 's empregados contratados a menos de C ano, emcaso de concesso de f(rias coletivas, go)aro de f(rias proporcionais.
' art. C"L da *6? faculta o empregador converter C/L do período de f(rias a que tiver direto em abono
pecuniário, no valor da remunera&o que lhe seria devida nos dias correspondentes, devendo o abono de f(rias
ser requerido at( C dias antes do t(rmino do período aquisitivo.
' art. C"" versa que o abono de f(rias, desde que no e!ceda a AJ dias de salário, no integrará a remunera&o
do empregado para fins de legisla&o do trabalho. ' pagamento da remunera&o de f(rias e do abono será
efetuado at( A dias antes do início do respectivo período.
*aso o empregado tenha sido dispensado por justa causa, somente terá direito de ser indeni)ado das f(rias
vencidas, simples ou em dobro, acrescidas do ter&o constitucional, no fa)endo jus 9 indeni)a&o relativa 9s
f(rias proporcionais.
:o entanto, se o empregado pedir demisso ou for dispensado sem justa causa, terá direito a indeni)a&o das
f(rias vencidas simples ou em dobro, bem como 9 indeni)a&o relativa 9s f(rias proporcionais, sempre
acrescidas do ter&o constitucional.
' ??, por meio das súmulas CDC e AIC, passou a reconhecer o direito do obreiro 9 indeni)a&o das f(rias
proporcionais em caso de pedido de demisso, mesmo que conte com menos de um ano de empresa. 8 no terá
direito se demitido por justa causa.
' art. C"N estabelece que o pra)o prescricional come&a a correr do t(rmino do período concessivo de f(rias, ou,
se for o caso, da cessa&o do contrato de trabalho. ' art. CLL destaca " hip8teses que, uma ve) ocorridas no
curso do período aquisitivo, fa)em com que o obreiro perca o direito a f(rias, iniciando$se um novo período
aquisitivo#
$ dei!ar o emprego e no for readmitido dentro dos IJ dias subseqRentes 9 sua saídaP
$ permanecer em go)o de licen&a, com percep&o de salários, por mais de LJ diasP
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$ dei!ar de trabalhar, com percep&o de salário, por mais de LJ dias, em virtude de paralisa&o parcial ou total
dos servi&os da empresaP
$ ter percebido da 5revidncia ocial presta&Bes de acidente de trabalho ou de au!ílio doen&a por mais de I
meses, ainda que descontínuos.
:essas hip8teses, mesmo perdendo o obreiro o direito 9s f(rias, receberá o mesmo o ter&o constitucional.=.@ SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: CONCEITO E HIPTESES
Con0!&o – ambos suspendem suas obriga&Bes contratuais. ' obreiro no presta servi&o e o empregador no
paga. Oá paralisa&o provis8ria dos efeitos do contrato. *onforme o estabelecido no art. "DA, TA> da *6?, nos
contratos por pra)o determinado, a suspenso ou a interrup&o no afetam a fluncia do pra)o no contrato a
termo.
H&!"!"
$ acidente de trabalho ou doen&a ap8s o C> dia ( considerado suspenso do contrato de trabalho.
$ presta&o de servi&o militar obrigat8rio. :este caso, assim como no acidente de trabalho, há contagem no
tempo de servi&o, com continuidade do recolhimento do +1?.
$ 1reve. 5ode acontecer acordo, conven&o coletiva ou senten&a normativa em que reste pactuado ou decidido
que os empregadores pagaro pelos dias parados, convertendo$se a suspenso, ento, em interrup&o do
contrato de trabalho.
$ empregado eleito para cargo de dirigente sindical, quando no e!ercício de suas fun&Bes sindicais, permanece
em licen&a no$remunerada, sendo caso de suspenso. Oavendo clausula que determine pagamento por parte do
empregador, converte$se em interrup&o do contrato.
$ empregado eleito diretor de .4. tem seu contrato de emprego suspenso, salvo se permanecer a subordina&o
jurídica inerente 9 rela&o de emprego.
$ qualquer esp(cie de licen&a no$remunerada constitui modalidade de suspenso do contrato de trabalho.
$ afastamento do empregado em caso de priso.
$ aposentadoria por invalide), durante o pra)o para efetiva&o do benefício F anos. 3ecuperando o
empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser$lhe$á assegurado o direito 9 fun&o
que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, por(m, ao empregador o direito de indeni)á$lo por resciso
do contrato. *aso o trabalhador seja estável, a indeni)a&o será paga em dobro. 'utrossim, se o empregador
tiver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir o pacto com o trabalhador substituto sem o
pagamento da multa indeni)at8ria, desde que tenha havido cincia inequívoca da interinidade ao ser celebrado o
contrato.
$ afastamento do obreiro para participar de curso de qualifica&o profissional, pelo período de A a meses, nos
termos do art. "DI$4 consolidado. E!ige$se a assinatura de conven&o ou acordo coletivo, possibilitando a
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suspenso do contrato para a reali)a&o de curso, e a aquiescncia formal do empregado. +rise$se que o
contrato no poderá ser suspenso mais de uma ve) no período de CI meses. ' empregado receberá uma bolsa,
com fundos provenientes do +4?, no recebendo qualquer numerário da empresa, a no ser em hip8tese de
prorroga&o. e, enquanto suspenso o contrato for concedido reajuste salarial, terá direito o empregado a este
em seu retorno 9 empresa. *aso seja dispensado no período de suspenso ou nos trs meses subseqRentes, o
empregador será responsável pelo pagamento, al(m das parcelas indeni)at8rias, da multa fi!ada em conven&o
ou acordo coletivo, com valor mínimo de CJJS sobre o valor da última remunera&o mensal. E se no for
ministrado curso ou o empregador continuar trabalhando, ficará descaracteri)ada a suspenso, sujeitando o
empregador ao pagamento dos salários e encargos do período, afora a penalidade cabível.
$ a suspenso disciplinar prevista no art. "D", em virtude do empregado ter cometido falta, tamb(m ( hip8tese
de suspenso do contrato de emprego. 3essalte$se que a suspenso disciplinar no poderá e!ceder LJ dias, sob
pena de caracteri)ar dispensa imotivada ou resciso injusta do contrato de trabalho.
$ o empregado estável somente poderá ser dispensado se cometer falta grave, previamente, apurada por meio
de inqu(rito para apura&o de falta grave, podendo ser o empregado suspenso de suas fun&Bes durante o trâmite
do inqu(rito.
$ as faltas injustificadas do servi&o configuram hip8tese de suspenso do contrato de trabalho, no fa)endo jus
o obreiro 9 remunera&o do dia da ausncia, como tamb(m perdendo a remunera&o do repouso semanal
remunerado.
$ o afastamento do empregado para e!ercício de encargos públicos no constitui motivo para a resciso docontrato de trabalho pelo empregador, caracteri)ando$se hip8tese de suspenso contratual.
$ quando do retorno do empregado afastado do emprego, sero asseguradas todas as vantagens que, na sua
ausncia, tenham sido atribuídas 9 categoria a que pertencia a empresa F art. "DC *6?.
CAPÍTULO ; – REMUNERAÇÃO E SALQRIO
Con0!&o %!#*n!%$45o – remunera&o consiste no somat8rio da contrapresta&o paga diretamente peloempregador, seja em pecúnia, seja em utilidades, com a quantia recebida pelo obreiro de terceiros, a título de
gorjeta. 4ssim#
3emunera&o salário U gorjeta
<o%,!$ – segundo o T L> do art. "D, gorjeta ( no s8 a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como tamb(m aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a
qualquer título, e destinada 9 distribui&o aos empregados.
' pagamento da gorjeta ( feito, assim, sempre em dinheiro e por um terceiro. 6ogo, no integra o salário do
obreiro, o qual ( pago diretamente pelo empregador, apenas integrando a remunera&o do trabalhador. :o
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pode a remunera&o ser fi!ada e!clusivamente na gorjeta e tamb(m no servirá a gorjeta de base de cálculo
para as parcelas de aviso pr(vio, adicional noturno, horas e!tras e repouso semanal remunerado F . L", ??.
SALQRIO
Con0!&o: salário ( a contrapresta&o paga diretamente pelo empregador, seja em dinheiro, seja em utilidades
ouin natura.
o princípios de prote&o ao salário# irredutibilidade salarialP intangibilidade Grecebimentointegral do salário, salvo hip8teses legais de descontoH.
:ormas de prote&o ao salário#
$ constitui crime sua reten&o dolosa. ' decreto$lei LI=/I= define mora contuma) como o atraso ou sonega&o
de salários devidos aos empregados, por período igual ou superior a trs meses, sem motivo grave e relevante,
e!cluídas as causas pertinentes ao risco do empreendimento. *aso haja distribui&o de dividendos e lucros
pelos diretores, s8cios, gerentes etc, mesmo havendo mora contuma), estaro estes sujeitos 9 pena de deten&o
de C ms a C ano.
defesa do salário em face do empregador#
$ o menor de C= anos poderá firmar recibo de pagamento de salários, por(m na resciso do contrato de
trabalho deverá estar assistido por seus paisP
$ Zualquer que seja a modalidade do trabalho, o pagamento no pode ser estipulado por período superior a um
ms, devendo ser pago at( o > dia útil subseqRente ao ms vencido, salvo quanto 9s comissBes, percentagens
ou gratifica&BesP $ ao empregador ( vedado efetuar qualquer desconto nos salários dos empregados, salvo quando esse resultar
de adiantamentos, de dispositivo de lei ou de contrato coletivoP
$ em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que essa possibilidade tenha sido
acordada, ou na ocorrncia de dolo do empregadoP
$ o salário deve ser pago em moeda do país, entendendo$se como no reali)ado se pago em outra moedaP
$ o pagamento deve ser feito em dia útil e no local de trabalho, dentro do horário de servi&o ou imediatamenteap8s o encerramento deste.
defesa do salário em face dos credores do empregado# art. I"N, 0@ do *5*, que declara que os salários so
impenhoráveis, salvo para pagamento de presta&Bes alimentícias.
defesa do salário em face dos credores do empregador# o principal diploma sobre o assunto ( a 6ei CC.CJC/J.
%e sua análise, conclui$se que#
$ as reclama&Bes trabalhistas, independentemente da decreta&o da falncia da empresa, continuam a ser
processadas e julgadas pela <usti&a do ?rabalho, que informará ao juí)o da falncia, para efeitos de habilita&o,
o cr(dito laboral oriundo da deciso transitada em julgadoP
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$ somente sero considerados cr(ditos privilegiados na falncia os limitados a CJ salários mínimos, por
credor, sendo os saldos que e!cederem este limite enquadrados como cr(ditos quirografáriosP
$ em caso de cesso de cr(dito trabalhista a terceiro, o mesmo será considerado quirografárioP
$ os cr(ditos trabalhistas devidos aos obreiros que continuarem prestando servi&os 9 massa falida ap8s a
decreta&o da quebra da empresa sero considerados e!traconcursais e sero pagos com precedncia a qualquer outro.
C$%$0!%"&0$" 3o "$7%&o
$ *aráter alimentarP
$ comutatividade Gequivalncia simb8lica entre o servi&o prestado e o valor pagoHP
$ sinalagmático Gas partes se obrigam a presta&Bes recíprocas e antag;nicasHP
$ caráter forfetário Guma ve) e!ecutado o trabalho, o salário ( sempre devidoHP
$ dura&o ou continuidade do salário Go contrato de trabalho ( de d(bito permanente ou de trato sucessivoHP
$ p8s$numerário Gsomente ( devido ap8s a presta&o do servi&oHP
$ irredutibilidade salarial Gno ( um princípio absoluto, como vimosHP
$ possibilidade de nature)a composta do salário Gparte em dinheiro, parte em utilidadesHP
$ determina&o heter;noma Gos contratantes so livres para estipular cláusulas contratuais desde que respeitem
as normas de prote&o mínima do trabalhadorHP
Mo3o" 3! $'!%&45o 3o "$7%&o
*rit(rios# $ tempo trabalhado ou 9 disposi&o do empregadorP
$ resultado obtido em fun&o da produ&oP
$ a tarefa reali)ada em determinado tempo.
T&o" 3! "$7%&o
B7"&0o: ( a contrapresta&o paga pelo empregador ao obreiro em fun&o do servi&o prestado, podendo ser
saldada totalmente em dinheiro ou parte em pecúnia e parte em utilidades Gin naturaH. 5or sua ve), o salário (
formado pelo somat8rio do salário básico com as parcelas denominadas sobre$salário.
'bs// o salário no poderá ser pago e!clusivamente em utilidades devendo, pelo menos, LJS ser pago
e!clusivamente em dinheiro. 4rts. =A, T único e "=, TC>, ambos da *6?.
S$7%&o &n n$*%$: para a configura&o da utilidade como parte integrante do salário, so levados em
considera&o dois requisitos# habitualidade e gratuidade.
:o representa salário$utilidade o fornecimento de bebidas alco8licas ou drogas nocivas.
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4 lei CJ.A"L/JC deu nova reda&o ao TA> do art. "= da *6?, no considerando como salário as seguintes
parcelas#
vestuário, equipamentos e outros acess8rios fornecidos aos empregados e utili)ados no local de trabalho, para
a presta&o do servi&oP
educa&o, em estabelecimento de ensino pr8prio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos 9matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didáticoP
transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou no por transporte
públicoP
assistncia m(dica, hospitalar e odontol8gica, prestada diretamente ou mediante seguro$saúdeP
seguro de vidaP
previdncia privada.'-// 4 doutrina estabeleceu um crit(rio para definir se a presta&o fornecida pelo empregador ( salário in
natura ou no#
$ se a utilidade ( fornecida como uma vantagem pela presta&o de servi&os, terá nature)a salarialP
$ ao contrário, se a utilidade for fornecida para a presta&o de servi&os, será descaracteri)ada a nature)a
salarial.
a alimenta&o fornecida de acordo com o programa de alimenta&o do trabalhador F 54? F no se considera
salário utilidadeP
a súmula A"C do ?? estabelece que o vale$refei&o fornecido por for&a do contrato de trabalho tem caráter
salarial, integrando a remunera&o do empregado para todos os efeitos legaisP
o vale$transporte fornecido pelo empregador no tem nature)a salarialP
a cesta básica, em princípio, no tem nature)a salarial. *ontudo, se fornecida espontaneamente, independente
de haver determina&o em norma coletiva, passará a ter nature)a salarialP
habita&o e alimenta&o, fornecidas como salário$utilidade, no podem e!ceder a AS e AJS,
respectivamente, do salário contratual. endo rural, os descontos da presta&o in natura sero calculados apenas
sobre o salário mínimo at( o limite de AJS para a moradia e AS para alimenta&oP
úmula A= 46`30'$2?060%4%E. 5E3*E:?240 Gnova reda&oH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN, AJ e
AC.CC.AJJL $ 's percentuais fi!ados em lei relativos ao salário in natura apenas se referem 9s hip8teses em
que o empregado percebe salário mínimo, apurando$se, nas demais, o real valor da utilidade. Essa súmula deve
ser lida com o T L> do art. "= da *6?P com rela&o ao rural, a cesso pelo empregador de moradia e de infra$estrutura básica, assim como de bens
destinados 9 produ&o para sua subsistncia e de sua família, no integra o salário do trabalhador rural, desde
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que reali)ada em contrato escrito celebrado entre as partes, com testemunhas e notifica&o obrigat8ria ao
respectivo sindicato de trabalhadores ruraisP
tratando$se de habita&o coletiva, o valor do salário$utilidade a ela correspondente será obtido mediante a
diviso do justo valor da habita&o pelo número de co$ocupantes, vedada, em qualquer hip8tese, a utili)a&o da
mesma unidade residencial por mais de uma famíliaP
2M$LID 2?060%4%E 0: :4?234. O4-0?4XY'. E:E3104 E6É?30*4. @EW*26'. *01433'.
:Y' 0:?E134XY' 4' 46`30' Gconverso das 'rienta&Bes <urisprudenciais n>s A", CLC e A"I da -%0$
CH $ 3es. CAN/AJJ, %< AJ, AA e A.J".AJJ
0 $ 4 habita&o, a energia el(trica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis
para a reali)a&o do trabalho, no tm nature)a salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utili)ado pelo
empregado tamb(m em atividades particulares. Ge!$'js da -%0$C n>s CLC $ inserida em AJ.J".CNN= e ratificada
pelo ?ribunal 5leno em JD.CA.AJJJ $ e A"I $ inserida em AJ.JI.AJJCH00 $ ' cigarro no se considera salário utilidade em face de sua nocividade 9 saúde. Ge!$'< n> A" da -%0$C $
inserida em AN.JL.CNNIH
So-%! – "$7%&o: sobre$salário ( a presta&o que, por sua nature)a, integra o comple!o salarial com
complementos do salário básico. E!# comissBes, percentagens, gratifica&Bes ajustadas, diárias para viagem,
abonos, adicional de horas e!tras, noturno, de insalubridade, periculosidade e adicional de tempo de servi&o
Gsúm. AJL, ??H.
'-//4s diárias para viagem somente tem nature)a salarial se e!cederem a JS do salário percebido pelo
empregado mensalmente e desde que no estejam sujeitas 9 presta&o de contas.
'- A// úmula A"D# Z2E-34 %E *40Q4. :4?23E]4 <23W%0*4 GmantidaH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN, AJ e
AC.CC.AJJL 4 parcela paga aos bancários sob a denomina&o quebra de cai!a possui nature)a salarial,
integrando o salário do prestador de servi&os, para todos os efeitos legais.
'-L// Empregados vendedores$viajantes ou pracistas#
$ pagamento das comissBes# será feito mensalmente, e!pedindo a empresa, no fim de cada ms, a conta
respectiva com as c8pias das faturas correspondentes aos neg8cios concluídos. :o poderá e!ceder C semestre.
$ 2ltima&o do neg8cio# a transa&o será considerada aceita se o empregador no a recusar, por escrito, dentro
de CJ dias contados da data da proposta. e a transa&o ( concluída em outro Estado ou no estrangeiro, o pra)o
será de NJ dias, prorrogáveis diante da comunica&o do empregador ao empregadoP
$ vendas a pra)o# o pagamento das comissBes e percentagens será e!igível de acordo com a ordem de
recebimento das mesmas.
$ risco concernente 9s vendas# verificada a insolvncia do comprador, cabe ao empregador o direito de estornar
a comisso que houver pago.
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$ )ona e!clusiva de neg8cio# o empregado vendedor terá direito 9 comisso aven&ada sobre as vendas que
reali)ar. e um empregado viajante for transferido da )ona de trabalho, com redu&o de vantagens, ser$lhe$á
assegurado, como mínimo de remunera&o, um salário correspondente 9 m(dia dos CA últimos meses anteriores
9 transferncia.
"$7%&o 0o#!""&8o: ( o pagamento englobado, sem discrimina&o das verbas quitadas ao empregado. É
condenado pela doutrina e pelo ??. úm. NC# 46`30' *'M56E0@' GmantidaH $ 3es. CAC/AJJL, %< CN,
AJ e AC.CC.AJJL. :ula ( a cláusula contratual que fi!a determinada importância ou percentagem para atender
englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.
EUIPARAÇÃO SALARIAL – $%. =>1 ! 3$ CLT
' requerente da equipara&o judicial chama$se paragonado. ' modelo chama$se paradigma. 3equisitos#
$ 0dentidade de fun&Bes
$ trabalho de igual valor# igual produtividade e mesma perfei&o t(cnica, entre pessoas cuja diferen&a de tempo
de servi&o na fun&o no seja superior a A anos.
$ mesmo empregador# doutrina tem aceito mesmo grupo econ;mico.
$ mesma localidade# mesmo município ou )ona metropolitana
$ simultaneidade na presta&o de servi&os# ' ?? posiciona$se no sentido de ser desnecessário que ao tempo
da reclama&o envolvendo pedido de equipara&o salarial reclamante e paradigma estejam a servi&o do
estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situa&o pret(rita. Oavendo substitui&o temporária deum obreiro pelo outro no desempenho das fun&Bes, o ?? entende que deve haver igualdade de salários entre o
substituto e o substituído, durante o interregno da substitui&o, conforme súmula CN, ??.
2M$CN 2-?0?20XY' %E *43`?E3 :Y' E@E:?246 E @4*:*04 %' *431' Gincorporada a
'rienta&o <urisprudencial n> CCA da -%0$CH $ 3es. CAN/AJJ, %< AJ, AA e A.J".AJJ
0 $ Enquanto perdurar a substitui&o que no tenha caráter meramente eventual, inclusive nas f(rias, o
empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. Ge!$úmula n> CN $ alterada pela 3es.
CAC/AJJL, %< AC.CC.AJJLH
00 $ @ago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá$lo no tem direito a salário igual ao do
antecessor. Ge!$'< n> CCA da -%0$C $ inserida em JC.CJ.CNNDH
$ 0ne!istncia de quadro organi)ado em carreira# o quadro de carreira deve ser homologado pelo Minist(rio do
?rabalho, salvo quando se tratar de quadro de carreira organi)ado por pessoa jurídica de direito público interno,
quando a simples aprova&o do ato administrativo pela autoridade competente já ( suficiente para validar o
quadro. Embora indevida equipara&o salarial, será competente a <? para apreciar reclama&o trabalhista deempregado que tenha por objeto direito fundado no quadro de carreira, sempre que a a&o for baseada em
preteri&o, enquadramento ou reclassifica&o.
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$ o trabalhador readaptado em nova fun&o, por motivo de deficincia mental ou física, atestada pelo 8rgo
competente do 0:, jamais servirá de paradigma para efeitos de equipara&o salarialP
$ o empregado ajui)ará reclama&o trabalhista indicando o paradigma e requerendo a equipara&o salarial,
provando a identidade de fun&Bes F fato constitutivoP
$ ao empregador cabe demonstrar o fato modificativo, e!tintivo ou impeditivo do direito do autor. 4 cesso deempregados no e!clui a equipara&o salarial, embora e!ercida a fun&o em 8rgo governamental estranho 9
cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante.
úmula I do ??#
2M$I EZ205434XY' 4643046. 43?. "IC %4 *6? Greda&o do item @0 alterada na sesso do ?ribunal 5lenoreali)ada em CI.CC.AJCJH 3es. CDA/AJCJ, %E<? divulgado em CN, AA e AL.CC.AJCJ
0 $ 5ara os fins previstos no T A> do art. "IC da *6?, s8 ( válido o quadro de pessoal organi)ado em carreira quandohomologado pelo Minist(rio do ?rabalho, e!cluindo$se, apenas, dessa e!igncia o quadro de carreira das entidades de
direito público da administra&o direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo da autoridadecompetente. Ge!$úmula n> JI F alterada pela 3es. CJ"/AJJJ, %< AJ.CA.AJJJH
00 $ 5ara efeito de equipara&o de salários em caso de trabalho igual, conta$se o tempo de servi&o na fun&o e no noemprego. Ge!$úmula n> CL $ 34 CJA/CN=A, %< CC.CJ.CN=A e %< C.CJ.CN=AH
000 $ 4 equipara&o salarial s8 ( possível se o empregado e o paradigma e!ercerem a mesma fun&o, desempenhando asmesmas tarefas, no importando se os cargos tm, ou no, a mesma denomina&o. Ge!$'< da -%0$C n> LA= $ %<JN.CA.AJJLH0@ $ É desnecessário que, ao tempo da reclama&o sobre equipara&o salarial, reclamante e paradigma estejam a servi&odo estabelecimento, desde que o pedido se relacione com situa&o pret(rita. Ge!$úmula n> AA $ 34 D/CNDJ, %'$1-AD.CC.CNDJH@ $ 4 cesso de empregados no e!clui a equipara&o salarial, embora e!ercida a fun&o em 8rgo governamental
estranho 9 cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante. Ge!$úmula n> CCC $ 34 CJA/CN=J, %<A.JN.CN=JH
@0 $ 5resentes os pressupostos do art. "IC da *6?, ( irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem emdeciso judicial que beneficiou o paradigma, e!ceto se decorrente de vantagem pessoal de tese jurídica superada pela jurisprudncia de *orte uperior ou, na hip8tese de equipara&o salarial em cadeia, se no demonstrada a presen&a dosrequisitos da equipara&o em rela&o ao paradigma que deu origem 9 pretenso, caso arguida a obje&o pelo reclamado.Gitem alterado na sesso do ?ribunal 5leno reali)ada em CI.CC.AJCJH@00 $ %esde que atendidos os requisitos do art. "IC da *6?, ( possível a equipara&o salarial de trabalho intelectual, que pode ser avaliado por sua perfei&o t(cnica, cuja aferi&o terá crit(rios objetivos. Ge!$'< da -%0$C n> AN= $ %<CC.J=.AJJLH@000 $ É do empregador o ;nus da prova do fato impeditivo, modificativo ou e!tintivo da equipara&o salarial. Ge!$úmula
n> I= $ 34 N/CNDD, %< CC.JA.CNDDH0Q $ :a a&o de equipara&o salarial, a prescri&o ( parcial e s8 alcan&a as diferen&as salariais vencidas no período de GcincoH anos que precedeu o ajui)amento. Ge!$úmula n> AD" $ alterada pela 3es. CAC/AJJL, %< AC.CC.AJJLHQ $ ' conceito de mesma localidade de que trata o art. "IC da *6? refere$se, em princípio, ao mesmo município, ou amunicípios distintos que, comprovadamente, perten&am 9 mesma regio metropolitana. Ge!$'< da -%0$C n> AA $inserida em CL.JL.AJJAH
'< LL F ( possível equipara&o salarial envolvendo sociedade de economia mista.
DESCONTOS NO SALQRIO – ART. =>2 DA CLT
4rt. "IA $ 4o empregador ( vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar deadiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. T C> $ Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ouna ocorrncia de dolo do empregado.
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T A> $ É vedado 9 empresa que mantiver arma)(m para venda de mercadorias aos empregados ou servi&os estimados a proporcionar$lhes presta&Bes in natura e!ercer qualquer coa&o ou indu)imento no sentido de que os empregados se utili)em doarma)(m ou dos servi&os. G0ncluído pelo %ecreto$lei n> AAN, de A=.A.CNIDH T L> $ empre que no f;r possível o acesso dos empregados a arma)(ns ou servi&os no mantidos pela Empresa, ( lícito 9autoridade competente determinar a ado&o de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os servi&os
prestados a pre&os ra)oáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício das empregados. G0ncluído pelo %ecreto$lei n> AAN, deA=.A.CNIDH T "> $ 'bservado o disposto neste *apítulo, ( vedado 9s empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados dedisp;r do seu salário
:o obstante, o ??, com a úm. L"A, reconheceu como lícito o desconto efetuado no salário do obreiro,
condicionado 9 autori)a&o pr(via, por escrito e livremente consentida do empregado, para ser integrado em
planos de saúde, de previdncia privada, de entidade recreativa, cultural etc.
E em caso de dano causado pelo empregado, será lícito o desconto, desde que resulte de dolo do empregado, ou
que essa possibilidade tenha sido acordada no contrato de trabalho.
5or sua ve), o art. "IA TA> da *6? condena a utili)a&o do sistema de barraco ou arma)(ns, figura conhecida
como truc[ sstem. Em verdade, o truc[ sstem, consistente no empregador indu)ir, amea&ar ou mesmo coagir os empregados a utili)arem produtos do arma)(m ou barraco da empresa a pre&os e!orbitante, de modo a
consumir todo o seu salário, aliado a outros fatores, acabam a redu)ir o trabalhador 9 condi&o análoga a de
escravo.
0mpende destacar que a 6ei CC.LA" de AJJI adicionou 9 6ei =N o art. A> 4, que estabelece que ( vedado ao
empregador dom(stico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimenta&o, vestuário,
higiene ou moradia, sendo que estas no tem nature)a salarial nem se incorporam 9 remunera&o para quaisquer
efeitos. 5odero ser descontadas as despesas com moradia quando esta se referir a local diverso da residnciaem que ocorre a presta&o do servi&o e desde que essa possibilidade tenha sido previamente acordada entre as
partes.
4 lei CJ=AJ permitiu que o empregado autori)asse, de forma irrevogável e irretratável, o desconto em folha de
pagamento dos valores referentes ao pagamento de empr(stimos, financiamentos e opera&Bes de arrendamento
mercantil concedidos por institui&Bes financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, podendo tamb(m
incidir o referido desconto sobre as verbas rescis8rias devidas ao obreiro pelo empregador, at( o limite de LJS,
desde que previsto no respectivo contrato celebrado com a institui&o financeira.
4 '< CIJ da %0$0 esclarece que ( inválida a presun&o de vício de consentimento resultante do fato de ter o
empregado anuído e!pressamente com descontos salariais na oportunidade da admisso, devendo ser e!igida a
demonstra&o concreta do vício de vontade.
<RATIFICAÇÃO NATALINA
4 gratifica&o compuls8ria de natal, tamb(m conhecida como CL> salário, possui nature)a salarial, tamb(m
sendo devida ao avulso e ao empregado dom(stico. +oi criada com a lei ".JNJ/IA, de modo a ser paga emde)embro de cada ano, correspondente a C/CA da remunera&o devida por ms de servi&o do ano, considerando$
se a fra&o igual ou superior a C dias como ms integral para efeitos de pagamento da gratifica&o. Oavendo
resciso sem justa causa, ainda que pedida pelo obreiro, há o direito a receber a gratifica&o.
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' CL> ( pago at( o dia AJ de de)embro e pode ser dividido em A parcelas, entre fevereiro e novembro, devendo
pagar, de uma s8 ve), metade do salário recebido no ms anterior e a outra metade em de)embro. e o
trabalhador requer o adiantamento em janeiro, este deve ser pago no ms de f(rias do obreiro.
:o caso de empregados que recebem remunera&o variável, o cálculo da gratifica&o natalina será efetuado
considerando a m(dia salarial percebida entre os meses de janeiro e novembro. Esgotado o ano, at( o dia CJ de
janeiro, o cálculo será refeito, levando$se em conta a m(dia salarial dos CA meses e o pagamento de eventuais
diferen&as será reali)ado. ' adiantamento da gratifica&o natalina será calculado tomando$se como base a soma
das importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados at( o anterior 9quele em que se reali)ar o mesmo
adiantamento.
'bserva&Bes sobre CL>#
$ quando o empregado ( dispensado sem justa causa, ou mesmo havendo pedido de demisso do obreiro, o
trabalhador fará jus a gratifica&o natalina proporcional do ano em cursoP $ sendo o obreiro dispensado por justa causa, no terá direito ao CL> salário do ano correnteP
$ em caso de culpa recíproca, o empregado fará jus a JS do d(cimo terceiro salário do ano em curso. úmula
C" do ??.
$ se o trabalhador ficou afastado durante o ano, em go)o de benefício previdenciário, o empregador pagará o
CL> salário do período trabalhado, al(m do referente aos C primeiros dias de afastamento, sendo o restante
pago pela previdncia, sob a forma de abono anualP
$ o +1? incide sobre as duas parcelas da gratifica&o natalinaP
$ quanto ao imposto de renda, incide apenas quando do pagamento da segunda parcela, sendo a tributa&o feita
e!clusivamente na fonteP
$ a contribui&o previdenciária incide sobre a gratifica&o natalina., que integra o salário de contribui&oP
$ ocorrendo a e!tin&o do contrato de trabalho antes do pagamento da gratifica&o natalina F AJ de de)embro F
o empregador poderá compensar o adiantamento já pago com a gratifica&o proporcional eventualmente devida
e, se no bastar, com outro cr(dito de nature)a trabalhista que possua o respectivo empregado.
CAPÍTULO > – JORNADA DE TRABALHO
<ornada de trabalho consiste no lapso temporal diário em que o empregado se coloca 9 disposi&o do
empregador em virtude do respectivo contrato. 5or meio dela pode ser aferido o salário do obreiro, quando sua
remunera&o ( fi!ada levando$se em conta o tempo trabalhado ou 9 disposi&o do empregador. 4 fi!a&o da
jornada ( essencial para a saúde do obreiro, haja vista que um controle leva 9 preven&o de doen&as
profissionais ou acidentes de trabalho.
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4 carta maior fi!ou a jornada em = horas diárias e "" semanais, facultando a compensa&o de horários ou a
redu&o da jornada, mediante acordo ou conven&o coletiva. :o obstante, o ??, em diversos julgados, tem
admitido a escala de reve)amento que fi!a a jornada na modalidade de CA por LI horas, desde que estabelecida
por conven&o ou acordo coletivo. 4 6ei =CC/DA foi a primeira a instituir turnos ininterruptos de reve)amento,
nas atividades de e!plora&o, perfura&o e refina&o do petr8leo, na industriali)a&o do !isto, na indústria
petroquímica e no transporte de petr8leo e seus derivados por meio de dutos. 4 referida lei possibilitou a
jornada ininterrupta de = horas em turnos de reve)amento, que poderiam alcan&ar CA horas.
' trabalho por turno ( aquele em que grupos de trabalhadores se sucedem, cumprindo horários que permitam o
funcionamento ininterrupto da empresa. :o regime de turno, os trabalhadores so escalados para prestar
servi&os em diferentes períodos de trabalho. 4 úmula LIJ do ?? esclarece que a interrup&o do trabalho
destinada a repouso e alimenta&o, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, no
descaracteri)a o turno de reve)amento com jornada de I horas.
' ??, por meio da súmula "AL, firmou posicionamento no sentido de que, estabelecida a jornada superior a
seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negocia&o coletiva, os empregados submetidos a turnos
ininterruptos de reve)amento no tem direito ao pagamento da D e = hora como e!tras.
'< %0C LIJ ?23:' 0:0:?E3325?' %E 3E@E]4ME:?'. %'0 ?23:'. O'3`30' %023:' E
:'?23:'. *434*?E30]4XY'. %< C".JL.AJJ=
+a) jus 9 jornada especial prevista no art. D>, Q0@, da *+/CN== o trabalhador que e!erce suas atividades em sistema de
alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o
noturno, pois submetido 9 alternância de horário prejudicial 9 saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se
desenvolva de forma ininterrupta.
>.2 Fo%#$" 3! %o%%o$45o 3$ ,o%n$3$
$ mediante acordo escrito, individual ou coletivo, em número no e!cedente a A horas, com pagamento da
remunera&o do servi&o e!traordinário superior, no mínimo, em JS a do normal. +i!ada a jornada normal
diária com dura&o inferior 9 jornada má!ima imposta pela *+, por e!emplo, I horas, o labor ap8s a se!ta hora
configuraria hora suplementar.' ??, por meio da súmula ANC,, no admite a incorpora&o das horas e!tras prestadas habitualmente ao salário do obreiro.
0mpende ressaltar que as empresas que possuem mais de CJ empregados so obrigadas a manter controle da
jornada de seus obreiros em registro mecânico, manual ou eletr;nico. *aso o jui) determine a e!ibi&o em juí)o
dos controles de freqRncia e a empresa no os apresente, importará na presun&o relativa da veracidade da
jornada, conforme súmula LL=.
Em rela&o ao trabalho e!traordinário do comissionista, a súmula L"J esclarece que o empregado sujeito a
controle de horário remunerado 9 base de comisso, tem direito ao adicional, no mínimo de JS pelo trabalho
em horas e!tras, calculado sobre o valor$hora das comissBes recebidas no ms, considerando$se como divisor o
número de horas efetivamente trabalhadas.
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$ mediante acordo de compensa&o de jornadas Gbanco de horasH, disciplinado por conven&o ou acordo
coletivo, sendo o e!cesso de horas laborado em um dia compensado pela correspondente diminui&o em outro
dia, de maneira que no e!ceda, no período má!imo de C ano, 9 soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite má!imo de CJ horas diárias, no sendo pago o adicional de JS a
título de horas e!tras.
:a hip8tese de resciso do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensa&o integral da jornada
e!traordinária, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas e!tras no compensadas, calculadas sobre o valor
da remunera&o na data da resciso. 6embrar súmula = do ??#
2M$= *'M5E:4XY' %E <'3:4%4 Ginserido o item @H $ 3es. CD"/AJCC,
0. 4 compensa&o de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou conven&ocoletiva.
00. ' acordo individual para compensa&o de horas ( válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.
000. ' mero no atendimento das e!igncias legais para a compensa&o de jornada, inclusive quando encetada medianteacordo tácito, no implica a repeti&o do pagamento das horas e!cedentes 9 jornada normal diária, se no dilatada a jornada má!ima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
0@. 4 presta&o de horas e!tras habituais descaracteri)a o acordo de compensa&o de jornada. :esta hip8tese, as horas queultrapassarem a jornada semanal normal devero ser pagas como horas e!traordinárias e, quanto 9quelas destinadas 9compensa&o, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho e!traordinário.
@. 4s disposi&Bes contidas nesta súmula no se aplicam ao regime compensat8rio na modalidade banco de horas, quesomente pode ser instituído por negocia&o coletiva.
'-//%om(sticos no tem direito a hora e!tra
' ??, por meio da '< LAL, admite o sistema de compensa&o de horas denominado de semana espanhola,onde o obreiro alterna a presta&o de "= hrs em uma semana e "J em outra.
$ em caso de for&a maior, a prorroga&o será sem limite de horas, ou seja, a jornada será estendida pelo número
de horas necessárias, sempre remunerando o empregador as horas suplementares, com o adicional mínimo de
JS.
$ prorroga&o para atender a reali)a&o ou concluso de servi&os inadiáveis, ou cuja ine!ecu&o possa acarretar
prejuí)o manifesto, at( o limite de CA horas de trabalho, remunerando o empregador as horas suplementares
com adicional de, no mínimo, JS. Essa prorroga&o deve ser comunicada ao Minist(rio do ?rabalho, no pra)o
de CJ dias.
$ mediante prorroga&o em face de causas acidentais ou for&a maior, sempre que em fun&o disso ocorrer a
interrup&o do trabalho em virtude da impossibilidade de sua reali)a&o, podendo a prorroga&o acontecer pelo
tempo necessário, at( o má!imo de A horas, durante o número de dias indispensáveis 9 recupera&o do tempo
perdido, desde que no e!ceda de CJ horas diárias, em período no superior a " dias por ano, sujeita essa
recupera&o 9 pr(via autori)a&o do Minist(rio do ?rabalho, remunerando o empregado as horas e!cedentes
com adicional de, no mínimo, JS.
$ mediante prorroga&o do trabalho do menor, limitada 9s hip8teses do art. "CL, 0 e 00 da *6?, quais sejam#
compensa&o da jornada semanal, sem acr(scimo de salário, dependente de conven&o ou acordo coletivo de
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trabalho e, em caso de for&a maior, at( o má!imo de CA horas, com remunera&o da jornada com adicional de
JS e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento da empresa.
$ mediante prorroga&o em atividade insalubre. 8 podero ocorrer mediante licen&a pr(via das autoridades
competentes em mat(ria de higiene do trabalho.
>./ E#%!$3o" !0*3o" 3o 0on%o! 3! ,o%n$3$.'s empregados que e!ercem atividade e!terna incompatível com a fi!a&o do horário de trabalho e os gerentes
e diretores que e!ercem cargo de confian&a, de mando, comando e gesto, dentro da empresa, so e!cluídos do
controle de jornada.
Em rela&o aos trabalhadores que reali)am atividade e!terna incompatível com a fi!a&o de jornada, tal
situa&o deve ser anotada na *?5 e no livro ou ficha de registro dos empregados. 'bserve que o simples fato
de reali)ar servi&o e!terno no significa di)er que o empregado no possua horário de trabalho. e houver como
controlar os horários de entrada e de saída, mesmo que o empregado reali)e atividade e!terna, estará sujeito 9 jornada normal de trabalho e pagamento de horas e!tras.
>.= In!%8$o" &n!% ! &n%$,o%n$3$
In!%8$o &n!%,o%n$3$: ( a pausa concedida ao obreiro entre o final de uma jornada diária de trabalho e o
início de nova jornada no dia seguinte, para descanso do trabalhador. ' art. II assegura um intervalo
interjornada de CC horas consecutivas para o urbano. 0sso tamb(m vale para o rural.
4 lei NDCN/N= tamb(m assegurou ao trabalhador portuário avulso um intervalo mínimo de CC horas consecutivasentre duas jornadas, salvo situa&Bes e!cepcionais.
4s horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal remunerado, com prejuí)o ao intervalo interjornada de CC
horas consecutivas para descanso, devem ser remuneradas como e!traordinárias, com incidncia do adicional
de, no mínimo, JS $ súmula CCJ do ??. E segundo a '< L, as horas que forem subtraídas do intervalo
interjornada sero pagas como horas e!tras, ou seja, a hora normal acrescida do adicional de JS.
In!%8$o &n%$,o%n$3$: so as pausas que ocorrem dentro da jornada diária de trabalho, objetivando o repouso
e a alimenta&o do trabalhador. 5ode$se citar os seguintes intervalos intrajornada#
$ quando a jornada diária e!ceder I horas, ( obrigat8ria a concesso de um repouso e alimenta&o de, no
mínimo, uma hora, e, salvo acordo ou conven&o coletiva, no poderá e!ceder de A horas, no sendo
computado o intervalo na dura&o da jornada. Esse limite mínimo de C h pode ser diminuído por delibera&o do
Minist(rio do ?rabalho, ap8s pr(via fiscali)a&o da empresa, onde fique comprovado que o estabelecimento
possui refeit8rio de acordo com os padrBes fi!ados em norma específica e que os empregados no estejam
submetidos a jornada suplementar.
$ quando a jornada e!ceder de " horas, mas no ultrapassar I horas, o intervalo intrajornada será de C min,
no sendo computado na dura&o da jornada.
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:o sendo concedidos os intervalos acima mencionados, ficará o empregador obrigado a remunerar o período
correspondente, com um acr(scimo de, no mínimo, JS sobre o valor da remunera&o da hora normal de
trabalho. 4lgumas considera&Bes#
$ em rela&o ao empregado rural, o dec. DL.IAI assegurou um intervalo intrajornada para repouso e
alimenta&o, em rela&o 9s jornadas superiores a I horas de, no mínimo, C hora, observados os usos e costumes
da regio, no sendo computado o intervalo de dura&o da jornadaP
$ nos servi&os permanentes de mecanografia, a cada período de NJ min de trabalho consecutivo corresponderá
um repouso de CJ min, no dedu)idos da dura&o normal do trabalhoP
$ 4 :3CD GergonomiaH, mencionando que nas atividades de processamento de dados, salvo hip8tese de
conven&o ou acordo coletivo, deve haver, na entrada de dados, uma pausa de CJ min para J min trabalhados,
no dedu)idos da dura&o normal de trabalhoP
$ para os empregados que trabalhem no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadoriasdo ambiente quente ou normal para o frio e vice$versa, depois de C h e "J min de trabalho contínuo, será
assegurado um período de AJ min de repouso, computado esse intervalo como de trabalhoP
$ o art. AN= da *6? determina que aqueles que trabalham em minas de subsolo, a cada período de L horas
consecutivas de trabalho, será obrigat8ria uma pausa de C min para repouso, a qual será computada na dura&o
normal de trabalhoP
$ para mulher amamentar o pr8prio filho, at( que este complete I meses de idade, terá direito a A descansos
especiais de LJ min cada um, no dedu)idos da jornada normal de trabalho.
OJ /=2 0:?E3@46' 0:?34<'3:4%4 5434 3E5'2' E 460ME:?4XY'. :Y' *':*EY' '23E%2XY'. 53E@0Y' EM :'3M4 *'6E?0@4. 0:@460%4%E. EQ*EXY' 4' *':%2?'3E %E @EW*26'3'%'@0`30', EM53E14%' EM EM53E4 %E ?34:5'3?E *'6E?0@' 23-4:' Galterada emdecorrncia do julgamento do processo ?? 02<$EE%E%33 CAAI/AJJ$JJ$A"$JJ.CH $ 3es. CN/AJJN, %E<? divulgadoem AL, A" e A.CC.AJJN
0 $ É inválida cláusula de acordo ou conven&o coletiva de trabalho contemplando a supresso ou redu&o do intervalointrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e seguran&a do trabalho, garantido por norma de ordem pública Gart. DC da *6? e art. D>, QQ00, da *+/CN==H, infenso 9 negocia&o coletiva.
00 $ 4nte a nature)a do servi&o e em virtude das condi&Bes especiais de trabalho a que so submetidos estritamente oscondutores e cobradores de veículos rodoviários, empregados em empresas de transporte público coletivo urbano, ( válidacláusula de acordo ou conven&o coletiva de trabalho contemplando a redu&o do intervalo intrajornada, desde quegarantida a redu&o da jornada para, no mínimo, sete horas diárias ou quarenta e duas semanais, no prorrogada, mantidaa mesma remunera&o e concedidos intervalos para descanso menores e fracionados ao final de cada viagem, nodescontados da jornada.
3essalte$se ainda que o ?? editou a '< L", estabelecendo que a parcela fi!ada no art. DC, T"> possui nature)a
salarial, repercutindo, por conseqRncia, no cálculo das outras parcelas salariais.
>.; HORAS IN ITINERE E VARIAÇWES DE HORQRIO
ignifica o tempo correspondente 9 ida e volta da residncia do obreiro ao local de trabalho e vice$versa, em
transporte fornecido pelo empregador. %ois so os requisitos levados em considera&o para que o tempo de
deslocamento integre a jornada diária do obreiro#
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$ o local tem de ser de difícil acesso ou no servido por transporte público regularP
$ o empregador deve fornecer a condu&o.
:o entanto, se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condu&o da empresa, as
horas in itinere remuneradas limitam$se ao trecho no alcan&ado pelo transporte público. 5or sua ve), o fato do
empregador cobrar importância pelo transporte fornecido no afasta o direito 9 percep&o das horas in itineri.Estas tamb(m podem ser estipuladas ou negociadas em norma coletiva, fi!ando$se um valor predeterminado ou
ainda transacionado tal direito.
2M$NJ O'34 0: 0?0:E3E. ?EM5' %E E3@0X'
0 $ ' tempo despendido pelo empregado, em condu&o fornecida pelo empregador, at( o local de trabalho de difícilacesso, ou no servido por transporte público regular, e para o seu retorno ( computável na jornada de trabalho.
00 $ 4 incompatibilidade entre os horários de início e t(rmino da jornada do empregado e os do transporte público regular ( circunstância que tamb(m gera o direito 9s horas in itinere.
000 $ 4 mera insuficincia de transporte público no enseja o pagamento de horas in itinere.0@ $ e houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condu&o da empresa, as horas in itinereremuneradas limitam$se ao trecho no alcan&ado pelo transporte público.
@ $ *onsiderando que as horas in itinere so computáveis na jornada de trabalho, o tempo que e!trapola a jornada legal( considerado como e!traordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo.
2M$LAJ O'34 0: 0?0:E3E. '-3014?'30E%4%E %E *VM52?' :4 <'3:4%4 %E ?34-46O'' fato de o empregador cobrar, parcialmente ou no, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ouno servido por transporte regular, no afasta o direito 9 percep&o das horas in itinere.
Esclarece ainda o art. =, TL> da *6? que podero ser fi!ados para as microempresas e empresas de pequeno
porte, por meio de acordo ou conven&o coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de
difícil acesso ou no servido por transporte público, o tempo m(dio despendido pelo empregado, bem como a
forma e a nature)a da remunera&o.
5or fim, o TC> do art. = da *6? dispBe que no sero descontadas nem computadas como jornada
e!traordinária as varia&Bes de horário no registro de ponto no e!cedentes de min, observado o limite má!imo
de CJ min diários. 4ssim ( a súmula LII, ??.
'<$%0C$LDA M0:2?' Z2E 4:?E*E%EM E 2*E%EM 4 <'3:4%4 %E ?34-46O'. 6E0 :> CJ.A"L, %E CN.JI.AJJC.
:'3M4 *'6E?0@4. +6EQ0-060]4XY'. 0M5'0-060%4%E. 4 partir da vigncia da 6ei n> CJ.A"L, de CN.JI.AJJC, queacrescentou o T C> ao art. = da *6?, no mais prevalece cláusula prevista em conven&o ou acordo coletivo que elastece o limite de minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de apura&o das horas e!tras.
>.> SOBREAVISO PRONTIDÃO E USO DE BIP
4rt. A"". 4s estradas de ferro podero ter empregados e!tranumerários, de sobre$aviso e de prontido, parae!ecutarem servi&os imprevistos ou para substitui&Bes de outros empregados que faltem 9 escala organi)ada.
T C> *onsidera$se e!tranumerário o empregado no efetivo, candidato efetiva&o, que se apresentar normalmente ao servico, embora s8 trabalhe quando for necessário. ' e!tranumerário s8 receberá os dias detrabalho efetivo.
T A> *onsidera$se de sobre$aviso o empregado efetivo, que permanecer em sua pr8pria casa, aguardandoa qualquer momento o chamado para o servi&o. *ada escala de sobre$aviso será, no má!imo, de vinte e quatrohoras, 4s horas de sobre$aviso, para todos os efeitos, sero contadas 9 ra)o de C/L Gum ter&oH do salárionormal.
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T L> *onsidera$se de prontido o empregado que ficar nas dependncias da estrada, aguardando ordens.4 escala de prontido será, no má!imo, de do)e horas. 4s horas de prontido sero, para todos os efeitos,contadas 9 ra)o de A/L Gdois ter&osH do salário$hora normal .
T "> Zuando, no estabelecimento ou dependncia em que se achar o empregado, houver facilidade dealimenta&o, as do)e horas do prontido, a que se refere o parágrafo anterior, podero ser contínuas. Zuandono e!istir essa facilidade, depois de seis horas de prontido, haverá sempre um intervalo de uma hora paracada refei&o, que no será, nesse caso, computada como de servi&o.
'-// 5or analogia, tem se adotado as horas de sobreaviso dos ferroviários a outras categorias, como no caso
dos eletricitários, conforme disposto na súmula AAN, ??.
Em rela&o aos trabalhadores que laboram nas atividades relacionadas a e!plora&o de petr8leo, a 6ei =CC, em
seu art. >, disciplinou o sistema de sobreaviso, o mesmo ocorrendo em rela&o ao aeronauta.
4rt. > empre que for imprescindível 9 continuidade operacional durante as A" Gvinte e quatroH horas do dia, o empregado comresponsabilidade de superviso das opera&Bes previstas no art. C>, ou engajado em trabalhos de geologia de po&o, ou, ainda, emtrabalhos de apoio operacional 9s atividades enumeradas nas alíneas a e b do T C> do art. A>, poderá ser mantido no regime de
sobreaviso. T C> Entende$se por regime de sobreaviso aquele que o empregado permanece 9 disposi&o do empregador por um período deA" Gvinte quatroH horas para prestar assistncia aos trabalhos normais ou atender as necessidades ocasionais de opera&o. T A> Em cada jornada de sobreaviso, o trabalho efetivo no e!cederá de CA Gdo)eH horas.
4rt. I> %urante o período em que permanecer no regime de sobreaviso, sero assegurados ao empregado, al(m dos já previstosnos itens 000 e 0@ do art. L> e 0 do art. ">, os seguintes direitos# 0 $ 3epouso de A" Gvinte quatroH horas consecutivas para cada período de A" Gvinte quatroH horas em que permanecer desobreavisoP 00 $ 3emunera&o adicional correspondente a, no mínimo, AJS Gvinte por centoH do respectivo salário$básico, para compensar aeventualidade de trabalho noturno ou a varia&o de horário para repouso e alimenta&o. 5arágrafo único. *onsidera$se salário$básico a importância fi!a mensal correspondente 9 retribui&o do trabalho prestado peloempregado na jornada normal de trabalho, antes do acr(scimo de vantagens, incentivos ou benefícios, a qualquer título.
3elativamente ao uso de bip ou de celulares pelo obreiro, a doutrina no tem caracteri)ado como horas de
sobreaviso, pois o uso do pager ou do telefone m8vel no impede o deslocamento do trabalhador, o qual pode
desempenhar outras atividades desvinculadas do trabalho enquanto no for acionado pela empresa. :esse
sentido, súmula "A=, ??.
>.@ TRABALHO EM RE<IME DE TEMPO PARCIAL
4rt. = F 4# considera$se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja dura&o no e!ceda A horas
semanais. ' trabalho deve ser pago de maneira proporcional 9 sua jornada. Empregados contratados nessa
modalidade no podero prestar horas e!tras, nem podero converter C/L das f(rias em abono pecuniário. 4s
f(rias sero diferenciadas, conforme dispBe o CLJ$4 da *6?. É lícito pagamento do piso salarial ou do salário
mínimo proporcional ao tempo trabalhado. '< L=.
>.? TRABALHO NOTURNO
É aquele e!ecutado no período da noite. ' art. DL da *6? estabelece como horário noturno, para urbano, aquele
compreendido entre AAh e h, fi!ando o adicional noturno em AJS sobre a hora diurna. Estabelece ainda o
artigo que a hora do trabalho noturno será computada como de A minutos e LJ segundos. É o que a doutrinachama de hora noturna redu)ida.
Zuanto aos rurais, o art. D>, caput e T único fi!am#
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$ adicional noturno de ASP
$ hora noturna do trabalhador rural da lavoura GagriculturaH de AC h 9s h.
$ hora noturna do trabalhador rural da pecuária de AJh 9s "h.
$ hora noturna do trabalhador rural# IJ minutos.
' estatuto da advocacia entende como horário noturno do advogado o compreendido entre AJh e h do dia
seguinte, sendo o adicional noturno estipulado em AS.
' vigia noturno tem direito 9 hora redu)ida de A min e LJ seg F súmula I do ??.
4 hora noturna redu)ida no se aplica aos empregados que laboram nas atividades de e!plora&o, perfura&o,
produ&o e refina&o de petr8leo pois so regidos pela 6ei =CC.
4 súmula IJ do ?? firmou o entendimento de que, cumprida integralmente a jornada no período noturno e
uma ve) prorrogada, devido tamb(m ( o adicional noturno quanto 9s horas prorrogadas no período noturno.
5or fim, o adicional noturno pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os efeitos.
>. REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADOS
' repouso semanal remunerado consiste na interrup&o semanal do contrato de trabalho, com a susta&o pelo
pra)o de A" h da presta&o do servi&o pelo obreiro, sem prejuí)o de sua remunera&o e demais vantagens,
preferencialmente e!ercido aos domingos.
's feriados consistem na interrup&o temporal do contrato de trabalho previstos no calendário anual,objetivando comemorar datas cívicas ou religiosas específicas, ocorrendo a susta&o pelo pra)o de A" h da
presta&o dos servi&os pelo obreiro, sem prejuí)o de sua remunera&o e demais vantagens. 4vulsos e
temporários tem direito ao repouso semanal remunerado.
:o será devida a remunera&o do repouso semanal e dos feriados quando, sem motivo justificado, o
empregado no tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente seu horário de
trabalho.
' empregado que faltou ou chegou atrasado injustificadamente no perde o direito ao repouso semanal e ao
feriado, mas to somente 9 remunera&o do dia respectivo. %eve o repouso semanal remunerado ser
preferencialmente aos domingos. :o entanto, se a empresa funciona no domingo, deverá organi)ar escala de
reve)amento entre os obreiros, de forma a permitir que pelo menos de D em D semanas o 33 coincida com o
domingo.
4 6ei CC.IJL permitiu o trabalho em feriados nas atividades do com(rcio em geral, desde que autori)adas em
conven&o coletiva de trabalho e observada a legisla&o municipal. alvo nos casos em que a e!ecu&o do
servi&o for permitida 9s empresas, em ra)o de e!igncias t(cnicas, ( vedado o trabalho em dias de feriados
civis e religiosos. +eriado ( modalidade de interrup&o do contrato de trabalho. e no for possível a suspenso
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da atividade nos feriados, a remunera&o será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de
folga Gfolga compensat8riaH. úmula C"I ??
E!cepcionalmente, o decreto ADJ"= permite trabalho nos dias de domingo e feriados#
$ em caso de for&a maior, devendo a empresa justificar a ocorrncia 9 %elegacia 3egional do ?rabalho e, CJ
dias, pagando a remunera&o em dobroP $ para atender 9 reali)a&o ou concluso de servi&os inadiáveis ou cuja ine!ecu&o possa acarretar prejuí)o
manifesto, mediante autori)a&o pr(via da %3?, pelo período má!imo de IJ dias, pagando a remunera&o em
dobro.
'bs// :o sero acumuladas as remunera&Bes do repouso semanal e do feriado que recaírem no mesmo dia.
>.1G JORNADAS ESPECIAIS
*abineiros F I horas, vedada prorroga&o.-ancários F I horas, perfa)endo LJ horas semanais, sendo o sábado considerado dia útil no trabalhado. e
e!ercer fun&o de confian&a, dire&o, chefia... e perceber gratifica&o no inferior a C/L do salário efetivo, será
submetido 9 jornada de = hrs. 1erente, em regra, no está sujeito a controle de jornada.
?elefonia, telegrafia marinha e subfluvial F I horas contínuas e LI semanais.
'peradores cinematográficos F I hrs diárias, sendo consecutivas em cabina e um período suplementar, de no
má!imo C hora, para limpe)a e lubrifica&o dos equipamentos de proje&o.
+erroviários F art. A" e A"I
?rabalhadores de minas em subsolo F art. ANL
5rofessores F ar. LC=
Empregados nas atividades de e!plora&o de petr8leo F lei =CC
Músicos F lei. L=D, arts. "C e "A
Me social F leiDI"", art. I>
5rofissionais diplomados em engenharia, química, arquitetura, agronomia e veterinária F art. L>
4eronauta F lei DC=L, art. AC
3adiologistas F lei DLN", art. C"
+isioterapeutas F lei ==I, art. C>
4dvogado F lei =NIJ, art. AJ.
CAPÍTULO @ – AVISO PRVIO E ETINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
@.1 A8&"o %98&o
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Con0!&o: toda ve) que um dos contratantes do pacto de emprego quiser, imotivadamente, romper o liame
empregatício deverá comunicar ao outro, com certa antecedncia mínima, de modo que o avisado disponha de
lapso temporal para se ajustar ao t(rmino do vínculo. 0ncide em contratos a termo, quando no pacto por pra)o
determinado houver a previso da cláusula assecurat8ria do direito recíproco de resciso.
N$*%!$ ,*%3&0$: comunica&o, tempo e pagamento.
É cláusula contratual dos contratos por pra)o indeterminado e dos contratos a termo Gde maneira e!plícitaH,
constituindo ato unilateral, receptício Gsomente produ) efeitos ap8s a comunica&o 9 parte contráriaH e
potestativo.
P%$o 3o $8&"o %98&o: enquanto no regulamentado, este será de LJ dias. 4 contagem fa)$se com a e!cluso
do dia do come&o e incluso do dia do t(rmino. úmula L=J, ??.
'<$%0C$LID 4@0' 53É@0' %E IJ %04. E64?E*0ME:?' 5'3 :'3M4 *'6E?0@4. 53'<EXY'.
3E+6EQ' :4 543*E64 ?34-46O0?4. %E<? divulgado em JL, J" e J.CA.AJJ=' pra)o de aviso pr(vio de IJ dias, concedido por meio de norma coletiva que silencia sobre alcance de seusefeitos jurídicos, computa$se integralmente como tempo de servi&o, nos termos do T C> do art. "=D da *6?,repercutindo nas verbas rescis8rias.
Con"!+Xn0&$" ,*%3&0$" 3$ '$$ 3! $8&"o %98&o: a falta de aviso pr(vio por parte do empregador dá ao
empregado o direito aos salários correspondentes ao pra)o do aviso, garantida sempre a integra&o desse
período no seu tempo de servi&o. 4 súmula LJ afirma que o pagamento relativo ao período de aviso pr(vio,
trabalhado ou no, está sujeito 9 contribui&o para o +1?.
Mesmo que o aviso pr(vio seja indeni)ado, a bai!a da *?5 do empregado deve ser anotada ao t(rmino do
cumprimento do respectivo período de aviso, mesmo que indeni)ado, conforme '< =A.
' reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso pr(vio, beneficia o empregado pr($avisado da
despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período de aviso. E o
tempo de aviso pr(vio,ainda que indeni)ado, ( tamb(m levado em considera&o para efeitos de indeni)a&o
adicional prevista no art. N da lei DAL=. úmula C=A, ??.
5or outro lado, a falta do aviso pr(vio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar ossalários correspondentes ao pra)o respectivo.
R!3*45o 3! (o%7%&o: diante aviso pr(vio, terá o obreiro direito 9 redu&o no horário de trabalho em duas horas
diárias, sem prejuí)o do salário. +aculta$se ao obreiro a op&o por D dias corridos. Em rela&o ao empregado
rural, em caso de aviso pr(vio concedido pelo empregador, terá direito o obreiro do campo a faltar um dia por
semana, sem prejuí)o do salário para buscar um novo emprego.
*aso o empregador no conceda redu&o de horário, considera$se que o aviso pr(vio no foi dado. ' ??
considera ilegal substituir o período que se redu) da jornada de trabalho, no aviso pr(vio, pelo pagamento das
horas correspondentes a título de horas suplementares F sum. ALJ, sendo devido novo aviso pr(vio.
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R!0on"&3!%$45o 3o $8&"o %98&o: a concesso do aviso pr(vio no tem condo de e!tinguir o contrato de
emprego, mas to somente de indicar um pra)o para seu t(rmino. 4 reconsidera&o do aviso pr(vio ( ato
bilateral, já que pr($avisada, ( facultado 9 parte aceitar ou no a reconsidera&o, que pode ser e!pressa ou tácita.
J*"$ 0$*"$ no 0*%"o 3o $8&"o %98&o: a falta grave ocorrida no curso do aviso pr(vio trabalhado transforma a
simples resili&o contratual Gdispensa imotivada do obreiro ou pedido de demissoH em resolu&o contratual
Gdispensa por justa causa ou resciso indiretaH. e o empregador cometer falta grave no curso do aviso estará o
obreiro liberado do cumprimento do restante do aviso pr(vio, ficando o empregador obrigado a pagar a
remunera&o correspondente aos dias remanescentes, sem prejuí)o da indeni)a&o devida ao trabalhador.
4o contrário, se o empregado cometer falta grave no curso do aviso pr(vio, no fará jus o obreiro ao restante do
aviso, al(m de perder o direito 9s verbas rescis8rias de nature)a indeni)at8ria, salvo se a falta grave cometida
for a de abandono de emprego, pois haverá a presun&o de que o trabalhador dei!ou o antigo trabalho por um
novo.
'bs// ( devido o aviso pr(vio na resciso indireta.
En!n3&#!no" ,*%&"%*3!n0&$&" %!!8$n!" "o-%! $8&"o %98&o:
2M$C" *2654 3E*W53'*4 . 3econhecida a culpa recíproca na resciso do contrato de trabalho Gart. "=" da *6?H,
o empregado tem direito a JS GcinqRenta por centoH do valor do aviso pr(vio, do d(cimo terceiro salário e das f(rias
proporcionais.
$ 2M$"" 4@0' 53É@0' . 4 cessa&o da atividade da empresa, com o pagamento da indeni)a&o, simples ou em
dobro, no e!clui, por si s8, o direito do empregado ao aviso pr(vio.
$ 2M$DL %E5E%0%4. <2?4 *424 . 4 ocorrncia de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso
do pra)o do aviso pr(vio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito 9s verbas rescis8rias de nature)a
indeni)at8ria.
$ 2M$CIL 4@0' 53É@0'. *':?34?' %E EQ5E307:*04. *abe aviso pr(vio nas rescisBes antecipadas dos
contratos de e!perincia, na forma do art. "=C da *6?
$ 2M$C=A 4@0' 53É@0'. 0:%E:0]4XY' *'M5E:4?\304. 6E0 :> I.DJ=, %E LJ.CJ.CNDN ' tempo do aviso
pr(vio, mesmo indeni)ado, conta$se para efeito da indeni)a&o adicional prevista no art. N> da 6ei n> I.DJ=, de
LJ.CJ.CNDN.
$ 2M$ALJ 4@0' 53É@0'. 2-?0?20XY' 5E6' 5414ME:?' %4 O'34 3E%2]0%4 %4 <'3:4%4
%E ?34-46O' $ É ilegal substituir o período que se redu) da jornada de trabalho, no aviso pr(vio, pelo pagamento das
horas correspondentes.
$ 2M$ADI 4@0' 53É@0'. 3E:_:*04 5E6' EM53E14%' ' direito ao aviso pr(vio ( irrenunciável pelo
empregado. ' pedido de dispensa de cumprimento no e!ime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo
comprova&o de haver o prestador dos servi&os obtido novo emprego.
$ 2M$LJ +2:%' %E 1434:?04 %' ?EM5' %E E3@0X'. 0:*0%7:*04 '-3E ' 4@0' 53É@0' '
pagamento relativo ao período de aviso pr(vio, trabalhado ou no, está sujeito a contribui&o para o +1?.
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$ 2M$L"= 4@0' 53É@0'. *':*EY' :4 +627:*04 %4 1434:?04 %E EM53E1'. 0:@460%4%E É
inválida a concesso do aviso pr(vio na fluncia da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos.
$ 2M$LIN %0301E:?E 0:%0*46. E?4-060%4%E 53'@0\304
0 $ É indispensável a comunica&o, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do T > do art. "L da *6?. Ge!$'< n>
L" da -%0$C $ inserida em AN.J".CNN"H
00 $ ' art. AA da *6? foi recepcionado pela *onstitui&o +ederal de CN==. +ica limitada, assim, a estabilidade a que alude
o art. "L, T L.>, da *6? a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
000 $ ' empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical s8 go)a de estabilidade se e!ercer na empresa
atividade pertinente 9 categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. Ge!$'< n> C" da -%0$C $
inserida em AD.CC.CNN=H
0@ $ Oavendo e!tin&o da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, no há ra)o para subsistir a
estabilidade. Ge!$'< n> =I da -%0$C $ inserida em A=.J".CNNDH
@ $ ' registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso pr(vio, ainda que
indeni)ado, no lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do T L> do art. "L da *onsolida&o das 6eis do
?rabalho. Ge!$'< n> L da -%0$C $ inserida em C".JL.CNN"H
2M$LDC 4@0' 53É@0' 0:%E:0]4%'. E+E0?'. 25E3@E:07:*04 %E 42QW60'$%'E:X4 :' *23'
%E?E Gconverso das 'rienta&Bes <urisprudenciais n>s "J e CL da -%0$CH $ 3es. CAN/AJJ, %< AJ, AA e A.J".AJJ
4 proje&o do contrato de trabalho para o futuro, pela concesso do aviso pr(vio indeni)ado, tem efeitos limitados 9s
vantagens econ;micas obtidas no período de pr($aviso, ou seja, salários, refle!os e verbas rescis8rias. :o caso de
concesso de au!ílio$doen&a no curso do aviso pr(vio, todavia, s8 se concreti)am os efeitos da dispensa depois de
e!pirado o benefício previdenciário. Ge!$'<s n>s "J e CL da -%0$C F inseridas, respectivamente, em A=.CC.CNN e
AD.CC.CNN=H
$ 2M$L=J 4@0' 53É@0'. 0:W*0' %4 *':?41EM. 43?. CLA %' *\%01' *0@06 %E AJJA
4plica$se a regra prevista no caput do art. CLA do *8digo *ivil de AJJA 9 contagem do pra)o do aviso pr(vio,
e!cluindo$se o dia do come&o e incluindo o do vencimento. Ge!$'< n> CAA da -%0$C $ inserida em AJ.J".CNN=H
$ '<$%0C$C" 4@0' 53É@0' *2M530%' EM *44. @E3-4 3E*0\304. 534]' 5434 5414ME:?'.
Em caso de aviso pr(vio cumprido em casa, o pra)o para pagamento das verbas rescis8rias ( at( o d(cimo dia danotifica&o de despedida.
$ '<$%0C$=A 4@0' 53É@0'. -40Q4 :4 *?5. 4 data de saída a ser anotada na *?5 deve corresponder 9 do
t(rmino do pra)o do aviso pr(vio, ainda que indeni)ado.
$ '<$%0C$=L 4@0' 53É@0'. 0:%E:0]4%'. 53E*30XY'. 4 prescri&o come&a a fluir no final da data do
t(rmino do aviso pr(vio. 4rt. "=D, T C>, *6?.
@.2 T!%#&n$45o 3o 0on%$o 3! %$-$(o
R!"&&45o: 'corre quando uma ou ambas as partes resolvem imotivadamente ou sem justo motivo o pacto de
emprego. 'pera$se de L modos#
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$ dispensa sem justa causa do empregado# obreiro fará jus aos seguintes direitos# aviso pr(vio trabalhado ou
indeni)adoP saldo de salários, indeni)a&o das f(rias integrais no go)adas, simples ou em dobro, acrescidas do
ter&o constitucionalP indeni)a&o das f(rias proporcionais, acrescidas de C/LP gratifica&o natalina proporcional
do ano em cursoP indeni)a&o compensat8ria de "JS do +1?, levantamento do saldo e!istente na conta
vinculada do +1?P guias de seguro desempregoP indeni)a&o adicional no valor de um salário mensal do
obreiro, prevista na lei DAL=/=", quando dispensado nos LJ dias que antecedem a data$base de sua categoria.
$ pedido de demisso do obreiro# o obreiro tem o dever de conceder aviso pr(vio ao empregador e fará jus aos
seguintes direitos# saldo de saláriosP indeni)a&o das f(rias integrais no go)adas, simples ou em dobro,
acrescidas do ter&o constitucionalP indeni)a&o das f(rias proporcionais, acrescidas de C/LP gratifica&o natalina
proporcional do ano em curso.
$ distrato# vontade de ambos. o assegurados todos os direitos ao trabalhador, como se a ruptura contratual
fosse imotivadamente deliberada pelo empregador. E!# 5lano de demisso voluntária.
R!"o*45o: materiali)a$se em ra)o do ato faltoso praticado por um ou at( mesmo por ambas as partes no pacto
laboral. 5ode ser de L formas#
J*"$ 0$*"$: na justa causa há quebra da boa$f(, confian&a, poder de obedincia e diligncia, o que torna
incompatível a continuidade da rela&o de emprego. %epende para a configura&o da justa causa a observância
de alguns requisitos#
gravidade da falta# a falta deve ser grave e a culpa deve ser apreciada in concreto.
proporcionalidade da pena# ( derivada da pr8pria gravidade da falta, em que a pena deve ser proporcional 9
falta cometida.
:on bis in idem# para cada falta somente se admite uma única penalidade.
0naltera&o da puni&o# uma ve) aplicada a penalidade, ela no pode ser substituída por uma de nature)a mais
grave. Ela pode at( ser atenuada, mas nunca majorada.
0mediaticidade# ap8s o conhecimento e a apura&o da falta, o obreiro deve ser imediatamente punido, pois a
falta conhecida e no punida ( tacitamente perdoada.
@incula&o entre a infra&o e a pena# há uma vincula&o entre a infra&o cometida e a penalidade praticada,
no podendo o empregador aproveitar$se da falta cometida recentemente para punir infra&o antes no apenada.
*onduta dolosa ou culposa do obreiro# no será lícita a aplica&o da justa causa se no comprovado que o
empregado agiu com dolo ou culpa.
$ Oip8teses legais de justa causa Gart. "=AH. 3ol ta!ativo#
4 F ato de improbidade# desonestidade, fraude, má$f( do obreiro que provoque risco ou prejuí)o 9 integridade
patrimonial do empregador ou de terceiro, com o objetivo de alcan&ar vantagem para si ou para outrem.
- F incontinncia de conduta# ( o desregramento ligado 9 vida se!ual do indivíduo.
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- F mau procedimento# comportamento incorreto do empregado na prática de atos que atinjam a moral, salvo a
se!ual, levando 9 perturba&o do ambiente de trabalho.
* F negocia&o habitual por conta pr8pria ou alheia sem permisso do empregador e quando constituir ato de
concorrncia 9 empresa para qual trabalha o empregado ou for prejudicial ao servi&o.
% F condena&o criminal do empregado passada em julgado, caso no tenha havido suspenso da e!ecu&o da pena# se condenado, mas no preso, no pode o empregador dispensá$lo por justa causa, pois no estará o
laborante impossibilitado de comparecer ao trabalho.
E F desídia no desempenho das respectivas fun&Bes# a desídia para caracteri)ar justa causa impBe um
comportamento reiterado e contínuo do obreiro, caracteri)ado por repetidas faltas que demonstrem a omisso
do empregado no servi&o.
+ F embriague) habitual ou em servi&o# pode ser por álcool ou por drogas. :o caso de embriague) habitual, a
justa causa s8 pode ser caracteri)ada se esta repercutir no desempenho das atividades laborais. Esse assunto ( polmico, pois a 'M considera o alcoolismo doen&a. <á a embriague) em servi&o pode ser caracteri)ada por
apenas uma falta.
1 F viola&o de segredo da empresa
O F ato de indisciplina ou de insubordina&o# indisciplina consiste no descumprimento de ordens emanadas em
caráter geral, direcionadas a todos os empregados. <á a insubordina&o consiste no descumprimento de ordens
pessoais de servi&os, dadas diretamente pelo empregador ou pelo superior hierárquico do obreiro.
0 F abandono de emprego# devem estar presentes os elementos objetivo e subjetivo. ' elemento objetivo
consiste no real afastamento do empregado ao servi&o, sem qualquer justificativa, por certo lapso temporal. 4
jurisprudncia tem fi!ado, como regra, o pra)o de LJ dias de faltas contínuas Gsúmula LA, ??H. ' empregador
poderá resolver o contrato desde que comprove que o obreiro já ingressou em novo emprego, antes do trintídio.
' que deve fa)er o empregador ( dar cincia inequívoca ao obreiro da sua ausncia injustificada ao emprego,
convocando$o a retornar ao trabalho, sob pena de configura&o de abandono de emprego. 5or sua ve), o
elemento subjetivo materiali)a$se com a inten&o, o desejo, o ânimo do obreiro de abandonar o emprego.
< F ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no servi&o contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas
praticadas contra empregador ou superiores hierárquicos, seja no ambiente de trabalho ou mesmo fora dele.
6 F prática constante de jogos de a)ar
Túnico# atos atentat8rios 9 seguran&a nacional# estes devem estar comprovados em inqu(rito administrativo. :o
entanto, entende$se que esse dispositivo no foi recepcionado pela *+, em ra)o do princípio do devido
processo legal.
'-// a *6? tra) outras infra&Bes que podem ensejar a resolu&o contratual.:o entanto, estas encontram$se
englobadas pelo rol do art. "=A. E!emplos#
$ no observância das normas de seguran&a e medicina do trabalho e no uso de E50s F art. C=, Túnico.
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$ em caso de urgncia ou de acidente na estrada de ferro, o empregado no pode recusar$se a e!ecutar o servi&o
e!traordinário F art. A"JJ, Túnico.
$ greve sem atendimento das disposi&Bes da 6ei DD=L/=N pode ensejar justa causa.
$ declara&o falsa sobre o percurso abrangido pelo vale$transporte ou seu uso indevido constituem falta grave F
decreto NA"D/=D. $ desempenho insuficiente ou inadapta&o do aprendi) ou ausncia injustificada 9 escola, que implique em
perda do ano letivo F art. "LL, 0 e 00.
*onfigurada a justa causa, no terá o empregado direito a # aviso pr(vio, f(rias proporcionais, CL>, levantamento
do +1?, indeni)a&o compensat8ria de "JS, 9s guias do seguro desemprego.
omente terá direito# saldo salário, indeni)a&o das f(rias no go)adas, simples ou em dobro, acrescidas do
ter&o constitucional, conforme o caso.
D!"!3&3$ &n3&%!$: nesta, a falta grave ( cometida pelo empregador e a única maneira do empregado
comprovar a resciso indireta ( com o ajui)amento de reclama&o trabalhista. Oip8teses Gart. "=LH#
4 F forem e!igidos servi&os superiores 9s suas for&as, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios
ao contrato.
- F for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor e!cessivo.
* F correr perigo manifesto de mal considerável.
% F no cumprir o empregador as obriga&Bes do contrato# e!emplo ( a mora contuma) Gatraso sem justo motivo
por período igual ou superior a L mesesH.
E F praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, atos lesivos da honra e boa
fama.
+ F empregador ou seus prepostos ofenderem$no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, pr8pria ou de
outrem.
1 F o empregador redu)ir seu salário, sendo este por pe&a ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a
importância dos salários.
'-//apenas nas hip8teses das alienas d e g do "=L poderá o obreiro pleitear a resciso do contrato de trabalho
judicialmente e verbas indeni)at8rias, permanecendo, ao seu crit(rio, laborando at( o final do processo. :as
demais hip8teses, o obreiro deverá dei!ar o emprego. Entende a doutrina que se o magistrado entender que no
houve falta grave, este ato equivalerá a um pedido de demisso do obreiro.
Túnico do art. "JD# prev outra hip8tese de resciso indireta quando a empresa no tomar as medidas possíveise recomendadas pela autoridade competente para que o obreiro menor mude de fun&o, quando o trabalho
e!ecutado for prejudicial 9 sua saúde, desenvolvimento físico ou moralidade.
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C*$ %!0%o0$: ambas praticam, com certa simultaneidade, justa causa. *ada uma dessas faltas seria apta
para terminar o contrato, contudo, na culpa recíproca, a regra geral ( de que a segunda infra&o cometida, seja
pelo empregador, seja pelo empregado, desponta em cone!o com a primeira falta praticada pela contraparte na
rela&o de emprego. 5ortanto, reconhecida a culpa recíproca num contrato por pra)o indeterminado, o
empregado fará jus, a título de indeni)a&o, a metade dos "JS do montante dos dep8sitos atinentes ao +1?
devidos em fun&o da dispensa imotivada, ou seja, AJS. egundo a súmula C" do ??, na culpa recíproca so
devidos JS do valor do aviso pr(vio, do CL> e das f(rias proporcionais.
R!"0&"5o 0on%$*$: corresponde 9 ruptura contratual decorrente de nulidade. úmula LIL, ??# 4 contrata&o
de servidor público, ap8s a *+/CN==, sem pr(via aprova&o em concurso público, encontra 8bice no respectivo
art. LD, 00 e T A>, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contrapresta&o pactuada, em rela&o ao
número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos
dep8sitos do +1?.
?amb(m pode ocorrer resciso contratual nos casos de contratos cujo objeto envolva atividade ilícita.
@.2.= Fo%#$" $&0$" 3! !&n45o 3o 0on%$o 3! %$-$(o
$ e!tin&o da empresa# como o princípio da alteridade determina que os riscos atinentes 9 atividade econ;mica
perten&am ao empregador, e!tinta a empresa sero devidas aos obreiros todas as verbas atinentes 9 dispensa
imotivada, al(m do respectivo aviso pr(vio. itua&Bes especiais atenuam o encargo patronal, como for&a maior
Gonde a indeni)a&o será paga pela metadeH, falncia do empregador Gem que no incide a multa do "DD, T=>H,
fato do príncipe Gque transfere a responsabilidade do pagamento indeni)at8rio do obreiro 9 administra&o públicaH.
$ morte do empregado# os herdeiros tero direto ao CL> proporcional ao ano em curso, indeni)a&o das f(rias
integrais, simples ou em dobro F conforme o caso, acrescidas do ter&o constitucional, indeni)a&o das f(rias
proporcional, tamb(m acrescidas do ter&o constitucional e saldo de salários. ' esp8lio no terá direito 9
indeni)a&o de "JS do +1?, nem aviso pr(vio, salvo se o falecimento ocorreu em virtude de acidente de
trabalho motivado por dolo ou culpa patronal, quando o esp8lio fará jus 9 indeni)a&o compensat8ria e ao
referido aviso. Zuanto ao saldo do +1? e!istente na conta vinculada, será pago aos dependentes habilitados perante a 5revidncia ocial e, na falta deles, ao esp8lio.
$ morte do empregador pessoa física# podem ocorrer duas hip8teses#
$ morte do empregador pessoa física com o fim do empreendimento# neste caso, aplica$se o art. "=,
tendo o obreiro direito a todas as verbas inerentes 9 dispensa imotivada, inclusive ao aviso pr(vio e 9 multa
indeni)at8ria de "JS do +1?.
$ morte do empregador pessoa física com continua&o do neg8cio pelos herdeiros# nesta hip8tese,ocorrerá a chamada sucesso trabalhista. ' "=L, TA> facultou ao empregado a resilir o contrato de trabalho,
ainda que continue a atividade a funcionar com os herdeiros. :este caso, no terá direito 9 indeni)a&o
compensat8ria de "JS do +1?, apesar de poder sacar o saldo e!istente em sua conta vinculada, fa)endo jus
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tamb(m ao saldo de salário, f(rias integrais, simples ou em dobro, acrescidas do ter&o constitucional, f(rias
proporcionais, acrescidas do ter&o constitucional e gratifica&o natalina proporcional. E tamb(m no terá direito
ao seguro desemprego.
$ +or&a maior# ( todo acontecimento inevitável, em rela&o 9 vontade do empregador, desde que no haja
participa&o patronal direta ou indireta no ocorrido, visto que a imprevidncia do empregador e!clui a ra)o da
for&a maior. É gnero, no direito do trabalho, que designa for&a maior stricto sensu e caso fortuito. 4
indeni)a&o será devida ao obreiro pela metade, nos seguintes termos#
$ se o empregado ( antigo estável decenal no receberá a indeni)a&o dobrada na forma do art. "ND da
*6?, mas sim de forma simples, nos termos do "DD e "D= da *6?P
$ nos contratos por pra)o indeterminado, a indeni)a&o devida ao obreiro será de AJS dos dep8sitos do
+1? Gmetade da indeni)a&o normal de "JSHP
$ nos contratos a termo, a indeni)a&o prevista no art. "DN será igualmente paga pela metade.
$ +alncia da empresa# ap8s a lei CC.CJC/J, as reclama&Bes trabalhistas, independentemente da decreta&o da
falncia da empresa, continuam a ser processadas e julgadas pela <usti&a do ?rabalho, que informará ao juí)o da
falncia para efeitos de habilita&o, o cr(dito laboral oriundo da deciso judicial transitada em julgado. ero
considerados cr(ditos privilegiados na falncia dos limitados a CJ salários mínimos, por credor, sendo os
saldos que e!cederem este limite enquadrados como cr(ditos quirografários. 's cr(ditos trabalhistas devidos
aos obreiros que continuarem prestando servi&os 9 massa falida ap8s a decreta&o de quebra da empresa sero
considerados e!traconcursais e sero pagos com precedncia a qualquer outro. 5or último, impende destacar
que a súmula L== do ?? afirma que a massa falida no se sujeita 9 penalidade do art. "ID da *6?, nem 9 multa
do art. "DD, T=>.
$ +ato do príncipe# comprovado o fato do príncipe, ou seja, que a empresa paralisou suas atividades, temporária
ou definitivamente, em virtude de ato da administra&o pública, de forma a ensejar a ruptura contratual dos
liames empregatícios, será do ente público a responsabilidade pelo pagamento da respectiva indeni)a&o
trabalhista G"=I, *6?H.
$ 4posentadoria espontânea#a lei =ACL/NC disciplinou que no há necessidade de o empregado se desligar da
empresa para requerer a aposentadoria. 4ssim, foi declarada pelo ?+ a inconstitucionalidade dos TTC> e A> do
art. "L da *6?. %essa maneira, a aposentadoria espontânea requerida pelo obreiro no tem o condo de
resultar na termina&o do contrato de trabalho. 4 aposentadoria previdenciária, uma ve) efetivada, envolve
rela&o jurídica entre o segurado do istema 1eral de 5revidncia e o 0:, no afetando a rela&o jurídica
laboral e!istente entre o empregador e o obreiro. *ontinuando o empregado a laborar ap8s a sua aposentadoria
espontânea e, posteriormente, optando o empregador pelo desligamento imotivado do trabalhador, arcará o
empregador com o pagamento das verbas rescis8rias do obreiro, inclusive a indeni)a&o compensat8ria de "JS
sobre o saldo da conta vinculada do +1?, correspondente a todo o período de presta&o de servi&os, em
fun&o da unicidade contratual. 5or isso, foi cancelada a '< CDD do ??. +rise$se que no há necessidade de
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reali)a&o de novo concurso público para a permanncia na atividade do empregado de empresa pública e
sociedade de economia mista ap8s a obten&o da aposentadoria previdenciária. É possível, pois, a acumula&o
do salário e do benefício previdenciário, devendo$se observar, todavia, o limite remunerat8rio do teto dos
ministros do ?+. e o empregador requerer a aposentadoria compuls8ria do obreiro será devida ao mesmo
multa de "JS do +1?, nos casos de contrato por pra)o indeterminado.
$ desempenho de obriga&Bes legais incompatíveis# o art. "=L, TC> faculta ao obreiro suspender ou resilir o pacto
de emprego quando tiver de desempenhar obriga&Bes legais incompatíveis com a continua&o do servi&o, como
no caso de cargo parlamentar. 4 doutrina firma entendimento de que a hip8tese de termina&o do contrato com
base no "=L, TC> equivaleria a um pedido de demisso do obreiro. :este caso, o obreiro ficaria desobrigado a
conceder aviso pr(vio ao empregador e, da mesma forma, restaria o obreiro isento do pagamento da
indeni)a&o prevista no art. "=J consolidado em caso de ruptura do contrato a termo.
E&n45o no%#$ 3o 0on%$o 3! %$-$(o: decorre do cumprimento integral do pacto celebrado por pra)o
determinado. 4o final de um contrato por pra)o determinado, fará jus o obreiro a indeni)a&o das f(rias
integrais, acrescidas do ter&o constitucional F se no go)adas F 9s f(rias proporcionais, acrescidas do ter&o
constitucional e 9 gratifica&o natalina proporcional. :o há necessidade da concesso de aviso pr(vio.
'utrossim, no haverá pagamento da multa de "JS atinente aos dep8sitos fundiários, nem incidirá a
indeni)a&o prevista nos arts. "DN e "=J da *6?, uma ve) que no houve rompimento antecipado imotivado,
mas sim cumprimento integral do liame.
@./ Ho#oo$45o 3$" 8!%-$" %$-$(&"$"
egundo o art. "DD, TC>, o pedido de demisso ou recibo de quita&o da resciso do contrato, firmado por
empregado com mais de C ano de servi&o, s8 será válido quando feito com assistncia do respectivo indicato
ou perante a autoridade do Minist(rio do ?rabalho e Emprego. ' recibo de quita&o deve ter especificada a
nature)a de cada parcela paga ao empregado e discriminado seu valor, sendo válida a quita&o apenas
relativamente 9s mesmas parcelas. úmula LLJ, ??.
É importante destacar que o pagamento feito ao obreiro quita as parcelas, mas no o impede de postular no
<udiciário trabalhista eventuais diferen&as ou mesmo verbas que no foram pagas. Zuando na localidade de presta&o de servi&os no e!istir sindicato profissional ou delegacia regional do trabalho, a assistncia será
prestada pelo representante do M5 ou, onde houver, pelo defensor público e, na falta ou impedimento desses,
pelo jui) de pa).
' pagamento da resciso será feito em esp(cie ou cheque visado, salvo se o empregado for analfabeto, quando
o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro.
4 compensa&o feita no ato da homologa&o das verbas trabalhistas somente pode ser operada entre as parcelas
de nature)a salarial, no podendo e!ceder a um ms de remunera&o do empregado. ' pagamento das parcelas
deve ser efetuado nos seguintes pra)os#
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$ se o aviso pr(vio for trabalhado, ou mesmo tratando$se de contrato por pra)o determinado, at( o C> dia útil
imediato ao t(rmino do contratoP
$ se o aviso pr(vio no for trabalhado, at( o CJ> dia, contado da data da notifica&o da dispensa.
4 inobservância do pra)o importará no pagamento de uma multa em favor do empregado, em valor equivalente
ao seu salário, salvo quando, comprovadamente, o obreiro der causa 9 mora. Embora polmico, tem prevalecidoo entendimento de que no cabe o pagamento da multa do "DD, T=> da *6? em caso de diferen&as de verbas
rescis8rias no pagas, mas to somente quando no ( respeitado o pra)o do "DD, TI>.
5or fim, segundo o "ID da *6?, as verbas incontroversas, ou seja, requeridas pelo obreiro e confessadas como
devidas pelo empregador, devem ser quitadas na primeira audincia, sob pena de serem pagas acrescidas de
JS por for&a de deciso judicial.
CAPÍTULO ? – ESTABILIDADE E F<TS
4nteriormente 9 cria&o do regime do +1?, o trabalhador regido pela *6?, em caso de dispensa sem justa
causa, tinha direito a uma indeni)a&o de C salário por ano trabalhado, ou fra&o igual ou superior a I meses.
4p8s completar CJ anos de servi&os ininterruptos na empresa, tornava$se estável, somente podendo ser
dispensado se cometesse falta grave, devida e previamente apurada em inqu(rito para apura&o de falta grave.
Essa realidade perdurou at( II com a institui&o do +1?. 5ossuía o obreiro A alternativas#
$ optar pelo regime do +1?, passando a fa)er jus ao recolhimento mensal na conta vinculada fundiária do
percentual de =S incidente sobre sua remunera&o, com direito, em caso de dispensa imotivada, ao saque dosdep8sitos efetuados, al(m do pagamento de indeni)a&o compensat8ria de "JS.
$ optar pelo sistema da *6?, tendo direito 9 indeni)a&o em caso de dispensa imotivada nos moldes acima
descritos GC salário por ano trabalhado ou fra&o igual ou superior a I mesesH, alcan&ando a estabilidade decenal
ap8s CJ anos de servi&os ininterruptos na empresa.
*om a *+/==, o regime do +1? passou a ser obrigat8rio, desaparecendo a indeni)a&o acima dita e a
estabilidade decenal, sendo, contudo, assegurado o direito adquirido.
F<TS
's trabalhadores no optantes do +1? at( a promulga&o da *+/==, ao serem eventualmente dispensados, tem
direito a uma indeni)a&o híbrida, ou seja, parte regida pelo antigo modelo e parte regida pelo +1?. *abe
salientar que o empregador e o obreiro tem a faculdade de transacionar o período anterior 9 *+, em que no
houve op&o pelo +1?, percebendo o obreiro o limite má!imo de IJS da indeni)a&o prevista. 5actuado tal
período, caso o obreiro seja posteriormente dispensado de forma imotivada pelo empregador, somente fará jus
ao pagamento da indeni)a&o compensat8ria de "JS do +1? a partir da *+. :o havendo concilia&o, (
facultado ao empregador desobrigar$se da responsabilidade da indeni)a&o relativa ao tempo de servi&o anterior
9 op&o, depositando na conta vinculada do trabalhador, at( o último dia útil do ms previsto em lei para o
pagamento do salário, o valor correspondente a indeni)a&o. ' ?? firmou entendimento de que a conta
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individuali)ada do empregado no optante ( de propriedade e titularidade do empregador, dependendo a op&o
retroativa Gop&o pelo +1? retroativo 9 C de janeiro de ID ou 9 data da admissoH da concordância patronal.
'bs// em rela&o ao trabalhador rural, no há o que se falar em op&o retroativa, uma ve) que somente ap8s a
*+/== o obreiro do campo passou a ter direito ao regime do +1?.
N$*%!$ ,*%3&0$: tem prevalecido o entendimento de que a nature)a jurídica do +1? ( de indeni)a&o aoobreiro dispensado. úmula N=, ??.
2M$N= +1?. 0:%E:0]4XY'. EZ20@467:*04. *'M54?0-060%4%E
0 $ 4 equivalncia entre os regimes do +undo de 1arantia do ?empo de ervi&o e da estabilidade prevista na *6? (meramente jurídica e no econ;mica, sendo indevidos valores a título de reposi&o de diferen&as. Ge!$úmula n> N= $ 34D/CN=J, %< JI.JI.CN=JH
00 $ 4 estabilidade contratual ou a derivada de regulamento de empresa so compatíveis com o regime do +1?.%iversamente ocorre com a estabilidade legal Gdecenal, art. "NA da *6?H, que ( renunciada com a op&o pelo +1?. Ge!$'< n> ANN da -%0$C $ %< CC.J=.AJJLH
<!"5o: determina o art. L> da lei =JLI que o +1? será regido por um conselho curador, com a fun&o deestabelecer as diretri)es e os programas gerais do sistema fundiário. 5ossui composi&o tripartite, com
representantes dos trabalhadores, dos empregadores e dos 8rgos e entidades governamentais, sendo a
presidncia e!ercida pelo representante do Minist(rio do ?rabalho. 's recursos provenientes do +1? devero
ser destinados a investimentos no setor de habita&o, saneamento básico e infraestrutura urbana. 4 *ai!a
Econ;mica assumiu em NC o controle de todas as contas vinculadas do +1?, e!ercendo papel de agente
operador. 's dep8sitos so corrigidos monetariamente, com base nos parâmetros fi!ados para a atuali)a&o dos
saldos dos dep8sitos de poupan&a, mais capitali)a&o de juros de LS ao ano.Con%&-*&n!" ! -!n!'&0&7%&o": ( contribuinte do +1? qualquer empregador, pessoa física ou jurídica, de
%ireito 5úblico ou privado, que admitir trabalhadores regidos pela *6?. 4 empresa rural tamb(m ( contribuinte
obrigat8ria, assim como as empresas de trabalho temporário.
' \rgo 1estor de Mo de 'bra 5ortuária e os operadores portuários so solidariamente responsáveis pelo
recolhimento do +1? dos trabalhadores portuários avulsos.
Em rela&o aos dom(sticos, o recolhimento do +1? ( facultativo, mas sua incluso ( irretratável.
o beneficiários do +1?# trabalhadores regidos pela *6?, avulsos, rurais, temporários, me social e
dom(sticos inclusos. ' empregado aprendi) tamb(m ( beneficiário do +1?, sendo a alíquota dos dep8sitos
mensais redu)ida para AS da remunera&o mensal paga ao menor.
:o so beneficiários do +1?# aut;nomo, eventual, servidor público e militar.
D!"&o" #!n"$&" ! %!"0&"5o: o art. C da lei =JLI fi!ou a obriga&o patronal de depositar na conta vinculada
do empregado, mensalmente, at( o dia D de cada ms, sem ;nus para o obreiro, =S da remunera&o percebida
pelo obreiro, inclusive gratifica&o natalina. @ale destacar que durante o afastamento do obreiro, em virtude de
acidente de trabalho ou presta&o de servi&o militar obrigat8rio, continua a obriga&o patronal em rela&o aos
recolhimentos mensais do +1?. 4s contas vinculadas do +1?, em nome do trabalhador, so impenhoráveis.
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4 indeni)a&o compensat8ria, em caso de dispensa imotivada, at( ser regulamentada por 6*, será de "JS dos
dep8sitos reali)ados na conta vinculada do trabalhador durante a vigncia do liame empregatício. 4 indeni)a&o
no será paga diretamente ao trabalhador, mas sim depositada em sua conta vinculada. ' obreiro receberá as
guias para saque dos valores. Em caso de culpa recíproca, como já foi visto, o valor cai para AJS.
:a resciso antecipada do contrato por pra)o determinado, sem justa causa ou com culpa recíproca, so devidas
as indeni)a&Bes de "JS e AJS, respectivamente, dos dep8sitos efetuados na conta vinculada do obreiro, sem
prejuí)o do disposto no ar. "DN da *6?.
Em AJJC, surge a 6* CCJ, que instituiu contribui&o social devida pelos empregadores em caso de despedida
arbitrária, 9 alíquota de CJS sobre o montante de todos os dep8sitos devidos, referentes ao +1?, sendo isentos
desses dep8sitos os empregadores dom(sticos.
4 '< L"C da %0$C afirma que cabe ao empregador a responsabilidade pelo pagamento da diferen&a da multa de
"JS sobre o +1?, decorrente da atuali)a&o monetária em face dos e!purgos financeiros. <á a '< L""estabeleceu que o termo inicial do pra)o prescricional para o empregado pleitear em juí)o das diferen&as da
multa do +1?, decorrentes dos e!purgos inflacionários, deu$se com a edi&o da 6* CCJ, salvo comprovado
trânsito em julgado de a&o anteriormente proposta na <usti&a +ederal que reconhe&a direito 9 atuali)a&o do
saldo da conta vinculada.
Mo8&#!n$45o: art. AJ, lei =JLI/NJ.
P%!"0%&45o: a prescri&o dos cr(ditos trabalhistas ( regulada pela pr8pria *+, estabelecendo que as a&Bes quanto
aos cr(ditos resultantes das rela&Bes de trabalho prescrevem em anos para os trabalhadores urbanos e rurais,
at( o limite de A anos ap8s a e!tin&o do contrato de trabalho. *om rela&o aos dep8sitos fundiários, o ?+, ?<
e ?? firmaram entendimento de que a prescri&o para reclamar em face do no dep8sito da contribui&o para
o +1? ( trintenária. úmula LIA, ??.
?ema controvertido na doutrina ( o relativo 9 prescri&o a ser aplicada em caso de eventuais diferen&as de
+1? no$recolhidas, discutindo$se se seria a qRinqRenal ou a trintenária. E!# se so horas e!tras o pedido
principal e o pedido acess8rio as diferen&as do +1?, sujeitam$se a prescri&o do pedido principal, sendo a
prescri&o qRinqRenal. *ontudo, se o pedido se relacionar com as diferen&as de dep8sito do +1?, sendo este
pedido acess8rio e no principal, a prescri&o ( qRinqRenal. e principal, ( trintenária.
'<$%0C$LDJ +1?. M26?4 %E "JS. %0+E3E:X4 %' EQ5231' 0:+64*0':`30'.53E*30XY'. 0:?E3325XY' %E*'33E:?E %E 53'?E?' <2%0*040. %E<? JL, J" e J.CA.AJJ=' ajui)amento de protesto judicial dentro do binio posterior 9 6ei *omplementar n> CCJ, de AN.JI.AJJC,interrompe a prescri&o, sendo irrelevante o transcurso de mais de dois anos da propositura de outra medidaacautelat8ria, com o mesmo objetivo, ocorrida antes da vigncia da referida lei, pois ainda no iniciado o pra)o
prescricional, conforme disposto na 'rienta&o <urisprudencial n> L"" da -%0$C.
Co#!n0&$ – a competncia da <usti&a do ?rabalho no caso do +1? limita$se a empregado e empregador. :o ( cabível liminar em M, no procedimento cautelar, nem tutela antecipada, que impliquem saque ou
movimenta&o na conta vinculada do +1?. 0mpende destacar que o ?< editou, em junho de AJJ=, a súmula
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L"N, estabelecendo que compete 9 <usti&a +ederal ou aos juí)es com competncia delegada o julgamento das
e!ecu&Bes fiscais de contribui&Bes devidas pelo empregador ao +1?.
<ARANTIA DE EMPRE<O E ESTABILIDADE: DIFERENCIAÇÃO E HIPTESES
D&'!%!n0&$45o: garantia de emprego inclui todos os atos e normas criados pelos instrumentos jurídicos vigentes
que impe&am ou dificultem a dispensa imotivada ou arbitrária do obreiro. 4 estabilidade ( esp(cie do gnerogarantia de emprego, que se materiali)a quando o empregador está impedido, temporária ou definitivamente, de
dispensar sem justo motivo o laborante.
' sistema de garantia de emprego estatuído na *+ prev indeni)a&o compensat8ria para os casos de dispensa
arbitrária ou sem justa causaP fi!a o aviso pr(vio proporcional ao tempo de servi&o, sendo no mínimo de LJ dias
e institui indeni)a&o compensat8ria em caso de dispensa imotivada do obreiro, no percentual de "JS do
dep8sitos fundiários. ' seguro desemprego e os recolhimentos mensais de +1? tamb(m representam encargos
patronais impostos pela *+. 4 constitui&o ainda estabelece dispositivos que asseguram a estabilidade provis8ria de alguns empregados, como veremos posteriormente.
E!tinguindo$se a empresa, ou mesmo em caso de fechamento de estabelecimento, filial ou agncia ou supresso
necessária de atividade, sem que ocorra for&a maior, ao empregado estável será assegurado direito 9
indeni)a&o, paga em dobro. :o haverá estabilidade no e!ercício dos cargos de diretoria, gerncia ou outros de
confian&a imediata do empregador, ressalvado o c;mputo do tempo de servi&o para todos os efeitos legais. 4o
empregado estável que dei!ar de e!ercer cargo de confian&a, ( assegurada, salvo no caso de falta grave, a
reverso ao cargo efetivo que haja anteriormente ocupado. ' pedido de demisso do empregado estável s8 (válido quando feito com assistncia do respectivo sindicato e, se no o houver, perante a autoridade local
competente do Minist(rio do ?rabalho ou <usti&a do ?rabalho.
E"$-&&3$3! 3!'&n&&8$: direito adquirido dos obreiros que já eram estáveis decenais 9 (poca da promulga&o
da *+ e servidores públicos civis da 2nio, Estados, %+ e Municípios, da administra&o direta, autárquica ou
funda&Bes públicas em e!ercício na data da *+ há pelo menos anos continuados e que no tenham sido
admitidos por concurso, sero considerados estáveis no servi&o Gart. CN 4%*?H.
H&!"!" 3! !"$-&&3$3! %o8&"%&$: lembrar que eventual pleito de reintegra&o no emprego de obreiro
estável somente será atendido se concedido judicialmente dentro do período de estabilidade. úm. LNI,??.
2M$LNI E?4-060%4%E 53'@0\304. 5E%0%' %E 3E0:?E134XY'. *':*EY' %'46`30' 3E64?0@' 4' 5E3W'%' %E E?4-060%4%E <` EQ4230%'. 0:EQ0?7:*04 %E<2614ME:?' EQ?34 5E?0?4 0 F E!aurido o período de estabilidade, so devidos ao empregado apenasos salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, no lhesendo assegurada a reintegra&o no emprego. 00 F :o há nulidade por julgamento e!tra petita da decisoque deferir salário quando o pedido for de reintegra&o, dados os termos do art. "NI da *6?.
$ D&%&!n! "&n3&0$: a *6? conferiu prote&o especial ao emprego do representante sindical, para que este pudesse desempenhar suas fun&Bes com independncia, sem o receio de sofrer represálias do empregador. ' T
do art. "L estabelece que a entidade comunicará por escrito 9 empresa, dentro de A" horas, o dia e a hora do
registro da candidatura do seu empregado e, em igual pra)o, sua elei&o e posse. :esse conte!to, a
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comunica&o do registro da candidatura do dirigente sindical ( formalidade essencial para a aquisi&o da
estabilidade pelo obreiro. ' art. IN, Q da *6? permite ao jui) da @ara do ?rabalho conceder medida liminar
at( deciso final do processo, em reclama&Bes trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical
afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
úmulas importantes#
2M$LIN %0301E:?E 0:%0*46. E?4-060%4%E 53'@0\304 Gnova reda&o dada ao item 00H $ 3es. CD"/AJCC,%E<? divulgado em AD, LJ e LC.J.AJCC
0 $ É indispensável a comunica&o, pela entidade sindical, ao empregador, na forma do T > do art. "L da *6?. Ge!$'< n>L" da -%0$C $ inserida em AN.J".CNN"H
00 $ ' art. AA da *6? foi recepcionado pela *onstitui&o +ederal de CN==. +ica limitada, assim, a estabilidade a que aludeo art. "L, T L.>, da *6? a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes.
000 $ ' empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical s8 go)a de estabilidade se e!ercer na empresaatividade pertinente 9 categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. Ge!$'< n> C" da -%0$C $inserida em AD.CC.CNN=H
0@ $ Oavendo e!tin&o da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, no há ra)o para subsistir aestabilidade. Ge!$'< n> =I da -%0$C $ inserida em A=.J".CNNDH
@ $ ' registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso pr(vio, ainda queindeni)ado, no lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do T L> do art. "L da *onsolida&o das 6eis do?rabalho. Ge!$'< n> L da -%0$C $ inserida em C".JL.CNN"H
2M$LDN %0301E:?E 0:%0*46. %E5E%0%4. +46?4 134@E. 0:Z2É30?' <2%0*046. :E*E0%4%EGconverso da 'rienta&o <urisprudencial n> CC" da -%0$CH $ 3es. CAN/AJJ, %< AJ, AA e A.J".AJJ' dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta grave mediante a apura&o em inqu(rito judicial, intelignciados arts. "N" e "L, TL>, da *6?. Ge!$'< n> CC" da -%0$C $ inserida em AJ.CC.CNNDH
'<$%0C$LI E?4-060%4%E 53'@0\304. MEM-3' %E *':E6O' +0*46 %E 0:%0*4?'.0:EQ0?7:*04. %< AJ, AC e AL.J.AJJ=
Membro de conselho fiscal de sindicato no tem direito 9 estabilidade prevista nos arts. "L, T L>, da *6? e =>, @000, da*+/CN==, porquanto no representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competncia limitada 9fiscali)a&o da gesto financeira do sindicato Gart. AA, T A>, da *6?H.
'<$%0C$LIN E?4-060%4%E 53'@0\304. %E6E14%' 0:%0*46. 0:4560*`@E6. %E<? divulgado em JL,J" e J.CA.AJJ=
' delegado sindical no ( beneficiário da estabilidade provis8ria prevista no art. =>, @000, da *+/CN==, a qual ( dirigida,e!clusivamente, 9queles que e!er&am ou ocupem cargos de dire&o nos sindicatos, submetidos a processo eletivo.
!#%!$3o" !!&o" #!#-%o" 3$ CIPA: ' 4%*?, no art. CJ, 00, a, firmou entendimento que fica dispensada
a dispensa sem justa causa do empregado eleito para cargo de dire&o de comissBes internas de preven&o de
acidentes, desde o registro de sua candidatura at( C ano ap8s o final de seu mandato. ' ?? firmou
entendimento na súmula LLN no sentido de que o empregado eleito suplente da *054 tamb(m go)a de
estabilidade provis8ria no emprego. Esclare&a$se que ocorrendo dispensa do empregado membro da *054 por
ra)Bes de ordem t(cnica, econ;mico$financeira ou disciplinar, em caso de eventual reclama&o trabalhista,
deverá o empregador comprovar o motivo da dispensa, sob pena de ser condenado a reintegrar o obreiro.
!"$n!: art. CJ, 00, b do 4%*?. 4 gestante, desde a confirma&o da gravide), at( meses ap8s o parto, tem
estabilidade no emprego, no podendo sofrer despedida arbitrária, somente sujeita 9 dispensa por motivos de
ordem t(cnica, econ;mico$financeira ou disciplinar Gfalta graveH.
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2tili)a$se a teoria objetiva, bastando apenas a confirma&o da gravide) pela pr8pria gestante, pouco importando
se o empregador tinha ou no conhecimento sobre o estado gravídico da obreira. ' simples fato de estar grávida
confere estabilidade a obreira. %eve esta pleitear sua reintegra&o na <? e no apenas a indeni)a&o dos salários
do período.
2M$A"" 1E?4:?E. E?4-060%4%E 53'@0\304
0 $ ' desconhecimento do estado gravídico pelo empregador no afasta o direito ao pagamento da indeni)a&o decorrente
da estabilidade Gart. CJ, 00, b do 4%*?H.
00 $ 4 garantia de emprego 9 gestante s8 autori)a a reintegra&o se esta se der durante o período de estabilidade. %o
contrário, a garantia restringe$se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
000 $ :o há direito da empregada gestante 9 estabilidade provis8ria na hip8tese de admisso mediante contrato de
e!perincia, visto que a e!tin&o da rela&o de emprego, em face do t(rmino do pra)o, no constitui dispensa arbitrária ou
sem justa causa.
4ssim, provando a empregada que já se encontrava grávida antes da concesso do aviso pr(vio, mesmo tendo sido o aviso
indeni)ado, fará jus a estabilidade.
'bs// dom(stica gestante tamb(m tem direito 9 estabilidade.
$0&3!n$3o: art. CC= da lei =ACL/NC. ' segurado que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo pra)o
mínimo de CA meses, a manuten&o do seu contrato de trabalho na empresa, ap8s a cessa&o do au!ílio$doen&a
acidentário, independentemente da percep&o do au!ílio acidente.
4 única possibilidade de o obreiro ter direito 9 estabilidade sem ter percebido o au!ílio doen&a acidentário (quando restar demonstrado, ap8s a termina&o do pacto de emprego, que o trabalhador era portador de doen&a
profissional adquirida na e!ecu&o do trabalho F súmula LD=, ??, segunda parte. :esta hip8tese, a doen&a
profissional ( considerada uma esp(cie de acidente de trabalho.
:os contratos a termo, dentre eles o de e!perincia, mesmo que o trabalhador sofra acidente de trabalho, no há
direito a estabilidade, pois as partes já tinham conhecimento, desde o início, do termo final do liame
empregatício.
' acidente de trabalho ocorrido no curso do aviso pr(vio no garante a estabilidade ao obreiro acidentado, mas
provoca a suspenso do contrato de trabalho at( o retorno do au!ílio doen&a.
!#%!$3o" #!#-%o" 3o 0on"!(o 0*%$3o% 3o F<TS: os representantes dos obreiros no conselho curador
do +1?, efetivos e suplentes, tem direito a estabilidade, desde que a nomea&o at( um ano ap8s o t(rmino do
mandato de representa&o, somente podendo ser dispensados por motivo de falta grave, devidamente apurada
por meio de processo sindical.
!#%!$3o" #!#-%o" 3o CNPS: os representantes dos laborantes no *onselho :acional de 5revidnciaocial tero direito a estabilidade, desde que a nomea&o at( um ano ap8s o t(rmino do mandato de
representa&o, somente podendo ser dispensados por motivo de falta grave, devidamente apurada por meio de
inqu(rito.
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!#%!$3o" !!&o" 3&%!o%!" 3! "o0&!3$3!" 0oo!%$&8$": go)aro das garantias asseguradas aos dirigentes
sindicais. 4ssim, so estáveis desde o momento do registro de suas candidaturas at( C ano ap8s o final do
mandato, somente podendo ser dispensados se cometerem falta grave, devidamente apurada em inqu(rito para
apura&o de falta grave.
!#%!$3o" !!&o" #!#-%o" 3! 0o#&""5o 3! 0on0&&$45o %98&$: estabilidade at( C ano ap8s o final do
mandato, salvo se cometerem falta grave. 4rt. IA$-, *6?.
REINTE<RAÇÃO E READMISSÃO
3eintegra&o ( o retorno do empregado estável ao emprego na mesma fun&o que e!ercia, em face da dispensa
patronal arbitrária ou sem justa causa. e fará com o ressarcimento e garantia de todas as vantagens e direitos.
Zuando a reintegra&o do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante
do dissídio, especialmente quando for empregador pessoa física, o ?3? poderá converter aquela obriga&o em
indeni)a&o a ser paga em dobro F art. "NI. :a readmisso, o empregado ( dispensado e, posteriormente, de nodo admitido, computando os períodos ainda
que descontínuos, em que tiver trabalhado anteriormente na empresa, salvo nas L hip8teses do art. "L da *6?#
$ dispensa por justa causa
$ cessa&o do contrato de trabalho com pagamento de indeni)a&o
$ aposentadoria espontânea.
úm. CI# da e!tin&o do último contrato ( que come&a a fluir o pra)o prescricional do direito de a&o visandosomar os períodos descontínuos. 5ara a aplica&o dessa súmula, os contratos de trabalho anteriores a
readmisso no podem estar prescritos.
<á a súmula CL= afirma que em caso de readmisso, conta$se a favor do empregado o período de servi&o
encerrado com sua saída espontânea.
P*!& o 0$*o "o-%! D&%!&o P6-&0o n$" %!$4!" 3! T%$-$(o. T$ 0$*o 9 o3o 8&"o !# 3&%!&o
$3#&n&"%$&8o.
CAPÍTULO 1G – NORMAS DE PROTEÇÃO AO TRABALHO
D$ %o!45o $o %$-$(o 3$ #*(!%: a *+, em seu art. D>, QQ, conferiu prote&o específica ao mercado de
trabalho da mulher, ainda assegurando a igualdade de direitos e obriga&Bes entre homens e mulheres, proibindo
a diferen&a de salários, de e!ercício de fun&Bes e de crit(rio de admisso por motivo de se!o, idade, cor ou
estado civil. ' art. LDL$4 da *6? tra) uma s(rie de limita&Bes ao empregador, no sentido de permitir o acesso
da mulher ao mercado de trabalho#
$ ( vedado publicar ou fa)er publicar anúncio de emprego no qual haja referncia ao se!o, idade, cor ou
situa&o familiar, salvo quando a nature)a da fun&o assim e!igirP
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$ ( vedado recusar emprego, promo&o ou motivar a dispensa do trabalho em ra)o de se!o, idade, cor,
situa&o familiar ou estado de gravide)P
$ ( vedado considerar se!o, idade, cor... como variável determinante para fins de remunera&o, forma&o
profissional e oportunidades de ascensoP
$ ( vedado e!igir atestado ou e!ame de comprova&o de esterilidade ou gravide) na admisso ou permannciano empregoP
$ ( vedado impedir o acesso ou adotar crit(rios subjetivos para o deferimento da inscri&o ou aprova&o em
concurso público, em empresas privadas, em ra)o do se!o, cor....
$ ( vedado proceder o empregador ou preposto revistas íntimas nas empregadas e funcionárias.
<á a lei D=/=N revogou diversos artigos discriminat8rios a mulher#
$ revogou os arts. LD=, LDN e L=J da *6?, os quais proibiam o trabalho noturno da mulher e especificavamcertas condi&BesP
$ revogou os arts. LD" e LD da *6? que tratavam da prorroga&o e compensa&o do trabalho da mulherP
$ revogou o art. L=D da *6? que versava sobre a proibi&o do trabalho da mulher em subterrâneos, nas
minera&Bes e subsolos, nas pedreiras e obras da constru&o civil, pública ou partícula e nas atividades perigosas
e insalubres.
4 lei NJAN, por sua ve), proibiu diversas práticas discriminat8rias em rela&o 9 mulher#
$ considerou crime a e!igncia de teste de gravide), perícia, atestado, e!ame ou outro procedimento relativo 9
esterili)a&o ou estado de gravide)P
$ considerou crime ainda a ado&o de quaisquer medidas de iniciativa do empregador que configurem indu&o
ou instiga&o 9 esterili)a&o gen(tica, bem como a promo&o do controle de natalidade.
'-//4 lei NJ" F lei eleitoral F garante, no art. CJ, TL>, que cada partido político ou coliga&o deve reservar,
para candidatos de cada se!o, no mínimo LJ e no má!imo DJS do número de candidaturas que puder registrar.
5rote&o a maternidade#
$ a *+ proíbe a dispensa arbitrária da gestante, desde a confirma&o da gravide), at( meses ap8s o partoP
$ no constitui justo motivo para resciso a mulher estar grávida ou ter contraído matrim;nioP
$ a empregada gestante tem direito a licen&a de CAJ dias, sem prejuí)o do salário e do empregoP
$ a empregada deve, mediante atestado m(dico, notificar seu empregador da data do início do afastamento do
emprego, que poderá ocorrer entre o A=> dia antes do parto e a ocorrncia desteP
$ ( garantida transferncia de fun&o, quando as condi&Bes de saúde da gestante assim e!igirem, assegurada a
retomada da fun&o anteriormente e!ercida logo ap8s o retorno ao trabalho, bem como a dispensa no horário de
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trabalho pelo tempo necessário para a reali)a&o de, no mínimo, I consultas m(dicas e e!ames
complementaresP
$ mediante atestado m(dico, a mulher grávida poderá romper o compromisso resultante de qualquer contrato de
trabalho, desde que prejudicial 9 gesta&oP
$ em caso de aborto no criminoso, a mulher terá direito a um repouso remunerado de A semanas, ficando$lheassegurado o direito de retornar 9 fun&o que ocupava antes do afastamentoP
$ para amamentar o filho, at( que esse complete I meses, a mulher terá direito a A intervalos, de LJ min cada,
podendo ser dilatado a crit(rio da autoridade competenteP
$ os locais destinados 9 guarda dos filhos das operárias, durante o período de amamenta&o, devero possuir, no
mínimo, um ber&ário, uma saleta de amamenta&o, uma co)inha diet(tica e uma instala&o sanitáriaP
$ os estabelecimentos em que trabalhem, pelo menos LJ mulheres, com mais de CI anos de idade, tero local
apropriado onde seja permitido guardar sob vigilância e assistncia seus filhos no período de amamenta&o, o
que poderá ser suprido por meio de creches distritais mantidas diretamente pelo empregador ou convnio.
'bs//me adotiva tem direito a licen&a maternidade, como já foi visto.
4rt. LNJ, *6?# ao empregador ( vedado empregar mulher em servi&o que demande o emprego de for&a
muscular superior a AJ [ilos, para o trabalho contínuo, ou A [ilos, para o trabalho ocasional, salvo na hip8tese
de remo&o de material, feita por impulso ou tra&o de vagonetes sobre trilhos, de carros de mo ou quaisquer
aparelhos mecânicos. P%o!45o 3o %$-$(o 3o #!no%:
a *f proíbe o trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de C= anos e de qualquer trabalho ao menor de
CI, salvo na condi&o de aprendi) aos C".
$ o trabalho do menor no poderá ser reali)ado em locais prejudiciais a sua forma&o, ao desenvolvimento
físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que no permitam a freqRncia escolar.
$ o trabalho e!ercido nas ruas, pra&as e outros logradouros dependerá de pr(via autori)a&o do jui), ao qualcabe verificar se a ocupa&o ( indispensável 9 sua pr8pria subsistncia ou a de seus pais, av8s ou irmos e se
dessa ocupa&o no poderá advir nenhum prejuí)o moral.
$ verificado pela autoridade que o trabalho ( prejudicial ao menor, poderá obrigá$lo a abandonar o servi&o,
devendo a respectiva empresa proporcionar meios para o jovem mudar de fun&o, sob pena de configurar$se
resciso indireta.
$ ao responsável do menor ( facultado pleitear a e!tin&o do contrato, desde que este esteja prejudicando física
e moralmente o menor.
$ a jornada de trabalho do menor será igual a dos demais trabalhadores.
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$ s8 poderá ocorrer prorroga&o de jornada at( mais A horas, independentemente do acr(scimo salarial,
mediante acordo ou conven&o coletiva, desde que o e!cesso de horas em um dia seja compensado pela
diminui&o em outro, de modo a ser observado o limite má!imo de "" hrs semanais ou outro inferior e
e!cepcionalmente, por motivo de for&a maior, at( o má!imo de CA horas, com acr(scimo salarial de pelo menos
JS sobre a hora normal, e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento da empresa.
$ quando o menor de C= anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um
sero totali)adas.
$ ( lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento de salários. :o entanto, tratando$se de resciso do pacto de
emprego, ( vedado ao menor de C= anos, sem assistncia dos pais, dar quita&o ao empregador pelo
recebimento de indeni)a&o que lhe for devida.
$ em face do menor de C= anos no corre nenhum pra)o de prescri&o.
$ ( dever do empregador, na hip8tese do "JD, proporcional ao menor todas as facilidades para mudar de servi&o
$ o empregador tem o dever de conceder tempo para que os empregados menores freqRentem as aulas, sendo
que os estabelecimentos situados em lugar onde a escola estiver a maior distancia de A [m, desde que possuam
mais de LJ menores analfabetos, entre C" e C= anos, sero obrigados a manter local apropriado em que lhes seja
ministrada instru&o primária.
$ aos menores de C= anos as f(rias sero concedidas sempre de uma s8 ve).
$ o empregado estudante, menor de C= anos, terá direito de fa)er coincidir suas f(rias com as escolares. $ em rela&o ao contrato de aprendi)agem, a M5 AC alterou a idade para o trabalhador ser contratado como
aprendi), podendo haver aprendi)agem entre C" e A" anos F antes era entre C" e C= anos. 4 idade má!ima no
se aplica aos aprendi)es com deficincia.
$ contrato de aprendi)agem ( o contrato especial, formulado por escrito e por pra)o determinado em que o
empregador se compromete a assegurar ao maior de C" e menor de A" anos, inscrito no programa de
aprendi)agem, forma&o t(cnico profissional met8dica compatível com seu desenvolvimento físico, moral e
psíquico e o aprendi) a e!ecutar, com )elo e diligncia, as tarefas necessárias a esta forma&o.
$ para a validade do contrato de aprendi)agem ( necessária anota&o na *?5, sua matrícula e freqRncia na
escola, caso no haja concluído o ensino fundamental e inscri&o em programa de aprendi)agem,
$ ao aprendi), salvo condi&o mais favorável, será assegurado salário mínimo/hora, sendo vedado estipular o
contrato de aprendi)agem por período superior a A anosP
$ estabelecimentos de qualquer nature)a so obrigados a empregar e matricular nos cursos dos servi&os
nacionais de aprendi)agem número de aprendi)es equivalentes a S, no mínimo, e CS no má!imo dostrabalhadores e!istentes em cada estabelecimento.
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$ a contrata&o do aprendi) pode ser efetivada pela empresa onde se reali)ará a aprendi)agem ou por entidades
sem fins lucrativos que tenham por objetivo a assistncia ao adolescente e educa&o profissional, registradas no
conselho municipal dos direitos da crian&a e do adolescenteP
$ a dura&o do trabalho do aprendi) no e!cederá I horas, sendo vedada a prorroga&o e compensa&o de
jornadas, salvo se os aprendi)es já tiverem completado o ensino fundamental, quando a dura&o poderá ser de =
horas, desde que nelas sejam computadas as horas destinadas 9 aprendi)agem te8rica.
$ o contrato de aprendi)agem será e!tinto no seu termo ou quando o aprendi) completar A" anos, salvo se o
aprendi) for deficiente, no se aplicando o regramento dos arts "DN e "=J da *6?, que trata da indeni)a&o dos
contratos por pra)o determinadoP
$ poderá ainda o contrato de aprendi)agem ser e!tinto antecipadamente quando houver# desempenho
insuficiente do aprendi), falta disciplinar grave praticada pelo aprendi), ausncia injustificada do menor
aprendi) 9 escolar que implique perda do ano letivoP a pedido do aprendi).DAS NORMAS DE MEDICINA E SE<URANÇA DO TRABALHO
D$ &n"!45o %98&$ ! 3o !#-$%o ! &n!%3&45o
4 *+ assegurou a redu&o dos riscos inerentes ao trabalho por meio das normas de saúde, higiene e seguran&a.
:enhum estabelecimento pode iniciar suas atividades sem pr(via inspe&o e aprova&o pelas autoridades
regionais de seguran&a e medicina do trabalho.
' art. CIC da *6? permite ao delegado regional do trabalho, a vista do laudo t(cnico do servi&o competente quedemonstre grave e iminente risco para o trabalhador, interditar estabelecimento, setor de servi&o, maquina ou
equipamento, ou embargar obra, indicando na deciso, tomada com brevidade que a ocorrncia e!igir, as
providncias que devero ser tomadas para a preven&o de infortúnios de trabalho.
' embargo ( utili)ado para paralisar obras em andamento, a interdi&o ( usada para paralisar o funcionamento
de determinado equipamento ou maquinário e podem ser requeridos pelo servi&o competente da %elegacia
regional e ainda por agente de inspe&o do trabalho ou entidade sindical. *umpridas as e!igncias, o delegado
regional do trabalho poderá levantar a interdi&o ou embargos, sendo assegurado aos obreiros, durante o período de paralisa&o dos servi&os, os salários e todos os direitos como se estivessem em e!ercício.
3$ 0o#&""5o &n!%n$ $%$ %!8!n45o 3! $0&3!n!" – CIPA
' art. CIL da *6? torna obrigat8ria a constitui&o de comisso interna para preven&o de acidentes, a *054.
*ada *054 será composta de representantes da empresa e dos empregados, de acordo com a :3. 's
representantes dos empregados, titulares e suplentes so eleitos em escrutínio secreto.
' mandato dos membros eleitos da *054 será de C ano, permitida uma reelei&o, sendo o presidente da *054
escolhido pelo empregador e o vice$presidente eleito pelos empregados. ' 4%*?, no art. CJ, 00, a vedou a
dispensa arbitrária de empregado eleito para cargo de dire&o da *054, desde o registro da candidatura at( C
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ano ap8s o final do seu mandato. 4 súmula LLN garante aos empregados suplentes da *054 o direito 9
estabilidade constitucional.
Em eventual reclama&o, se no for comprovado pelo empregador os motivos que o levaram 9 dispensa do
trabalhador estável, será o empregado reiterado no emprego.
3o" !+*&$#!no" 3! %o!45o &n3&8&3*$ – EPI4 empresa ( obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamentos de prote&o individual
adequados ao risco e em perfeito estado de conserva&o e funcionamento, sempre que as medidas de ordem
geral no ofere&am completa prote&o contra os riscos de acidentes e danos 9 saúde dos empregados.
*aso o obreiro sofra um acidente de trabalho e fun&o do no fornecimento dos equipamento de prote&o
individual, caberá ao empregador, em ra)o da conduta omissiva culposa, indeni)ar o obreiro pelos danos
sofridos. *onstitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso dos equipamentos de prote&o
individual fornecidos pelo empregador. 6embrar súmula A=N, ??. ' simples fornecimento do aparelho de prote&o pelo empregador no e!ime o pagamento do adicional de insalubridade.
3$" #!3&3$" %!8!n&8$" 3! #!3&0&n$ 3! %$-$(o
' art. CI= determina que será obrigat8rio e!ame m(dico, por conta do empregador, na admisso, demisso e
periodicamente. ' Minist(rio do trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade, o tempo de
e!posi&o e periodicidade dos e!ames m(dicos. E o empregador deverá manter no estabelecimento o material
necessário 9 presta&o dos primeiros socorros m(dicos, de acordo com o risco da atividade.
3$" $&8&3$3!" &n"$*-%!" ! !%&o"$"
D$" $&8&3$3!" &n"$*-%!": so consideradas opera&Bes insalubres aquelas que, por sua nature)a, condi&Bes ou
m(todos de trabalho, e!ponham os empregados a agentes nocivos 9 saúde, acima dos limites de tolerância
fi!ados em ra)o da nature)a e da intensidade do agente e do tempo de e!posi&o aos seus efeitos.
5ortanto, para se configurar a e!istncia do direito ao adicional de insalubridade no basta a perícia constatar
que o meio ambiente do trabalho ( agressivo 9 saúde do empregado, sendo indispensável o enquadramento da
atividade ou opera&o entre as insalubres pelo Minist(rio do ?rabalho, conforme menciona a súmula "IJ do
?+.
4 elimina&o ou neutrali)a&o da insalubridade ocorrerá com a ado&o de medidas que conservem o ambiente
de trabalho dentro dos limites de tolerância e com a utili)a&o de equipamentos de prote&o individual ao
trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
:o há direito adquirido ao recebimento do adicional de insalubridade. *essado o risco 9 saúde, cessa o
pagamento. ' simples fornecimento do aparelho de prote&o individual pelo empregador no o e!ime do
pagamento do adicional de insalubridade, devendo tomar as medidas que condu)am 9 diminui&o ou
elimina&o da nocividade.
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Era calculado 9 ra)o de CJ, AJ e "JS sobre o salário mínimo. ?odavia, a vinculante " estabeleceu que o salário
mínimo no pode ser usado como inde!ador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de
empregado, nem ser substituído por deciso judicial. *om isso, o ?? deu nova reda&o 9 súmula AA=,
afirmando que o adicional de insalubridade deve ser calculado sobre o salário básico, salvo crit(rio mais
vantajoso em instrumento coletivo.
Em julho de AJJ=, 1ilmar Mendes, no ?+, concedeu liminar na medida cautelar em reclama&o ajui)ada pela
*onfedera&o :acional da 0ndustria F *:0 F em face da edi&o da súmula AA= do ??, suspendendo sua
aplica&o na parte que permite a utili)a&o do salário básico para calcular o adicional. @E3 E <` O'2@E
%E*0Y'.
' trabalho e!ecutado em caráter intermitente, em condi&Bes insalubres, no afasta, por essa circunstância, o
pagamento do adicional de insalubridade. ' empregado que postula na <usti&a adicional de insalubridade deve
abrir mo do adicional de periculosidade e vice$versa, no podendo receber os dois cumulativamente.
*aso o empregado seja removido do setor ou passe a laborar em outro estabelecimento, perderá o direito ao
adicional de insalubridade. 4 verifica&o, por meio de perícia a respeito da presta&o de servi&os em condi&Bes
nocivas 9 saúde do empregado, considerando agente insalubre diverso do apontado na inicial, no prejudica o
pedido de adicional de insalubridade.
úmulas CLN
'< ", %0$0
'< CI, %0 F 0
4s empresas ou sindicatos profissionais interessados podem requerer ao Minist(rio do ?rabalho a reali)a&o de
perícia em estabelecimento ou setor da empresa, com objetivo de caracteri)ar e classificar ou delimitar as
atividades insalubres e perigosas. :o obstante, o sindicato profissional ou o pr8prio trabalhador interessado
podem ajui)ar a&o diretamente, postulando a insalubridade ou periculosidade. +rise$se que mesmo que a
empresa no compare&a 9 audincia, ocorrendo revelia, havendo na peti&o inicial pedido relacionado com o
pagamento do adicional de insalubridade ou periculosidade, o magistrado deverá determinar, obrigatoriamente,
a reali)a&o de prova pericial.
D$" $&8&3$3!" !%&o"$"
' art. CNL da *6? considerou como perigosas as atividades que, por sua nature)a ou m(todos de trabalho,
impliquem contato permanente com inflamáveis ou e!plosivos em condi&Bes de risco acentuado. ' adicional de
periculosidade consistirá no percentual de LJS calculados sobre o salário base, sem os acr(scimos resultantes
de gratifica&Bes, prmios, etc.
' empregado que e!erce atividade no setor de energia el(trica em condi&Bes de periculosidade tamb(m recebe
adicional de periculosidade, conforme art. C> da lei DLIN, no percentual de LJS, calculados sobre todas as
parcelas de nature)a salarial. :esse sentido, súmula CNC, ??.
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'< LA", %0$0, ??.
4 periculosidade no importa em fator contínuo de e!posi&o do trabalhador, mas apenas um risco, que no age
biologicamente contra seu organismo, mas que, na configura&o do sinistro, pode ceifar a vida do trabalhador
ou mutilá$lo.
's empregados que operam bomba de gasolina tem direito ao adicional de periculosidade. :o há direito adquirido ao recebimento do adicional de periculosidade. 5ortanto, eliminado o risco 9 saúde ou
integridade física do trabalhador, cessa o pagamento do adicional.
úmula CLA
úmula LIC
úmula LI"
e a e!posi&o for eventual e ocasional, o obreiro no fora jus ao adicional. %estaque$se que, conformeentendimento do ?? na súmula LI", o adicional de periculosidade pode ser fi!ado em percentual inferior ao
legal LJS e proporcional ao tempo de e!posi&o ao risco, desde que pactuado em conven&o coletiva ou acordo
coletivo.
'< L" F ( devido adicional de periculosidade ao empregado e!posto 9 radia&o ioni)ante ou substância
radioativa.
'< L"D F
3$ %!8!n45o 3$ '$3&$
' art. CI= da *6? estabelece que ( de IJ quilogramas o peso má!imo que um empregado pode remover
individualmente, ressalvadas as disposi&Bes especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher, salvo em caso
de remo&o de material feita por impulso ou tra&o de vagonetes sobre trilhos, carros de mo ou quaisquer
outros aparelhos mecânicos.
?amb(m será obrigat8rio que as empresas coloquem assentos que assegurem postura correta ao trabalhador,
capa)es de evitar posi&Bes inc;modas ou for&adas, sempre que a e!ecu&o da tarefa e!igir que o obreiro laboresentado.
*aso o trabalho seja e!ecutado em p(, os empregados devero ter 9 sua disposi&o assentos para serem
utili)ados nas pausas que o servi&o permitir.
CAPÍTULO 11 – DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
É construído a partir de uma rela&o jurídica entre pessoas teoricamente equivalentes, de um lado envolvendo
os empregadores diretamente ou por meio dos respectivos sindicatos patronais e, de outro, os empregados,representados pelos sindicatos da categoria profissional. ?em como objeto de estudo as organi)a&Bes sindicais,
as negocia&Bes coletivas, os instrumentos normativos correlatos, em especial a conven&o coletiva, o acordo
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coletivo de trabalho, a senten&a normativa e a arbitragem, al(m do estudo da greve, loc[out e suas repercussBes
nos vínculos de emprego.
SINDICATO
É a associa&o de pessoas físicas ou jurídicas que e!ercem atividade profissional ou econ;mica, para a defesa
dos direitos e interesses, coletivos ou individuais da categoria, inclusive nas questBes judiciais ouadministrativas.
N$*%!$ ,*%3&0$: associa&o de nature)a privada, aut;noma e coletiva. Em outras palavras, o sindicato (
considerado uma pessoa jurídica de %ireito privado, uma ve) que no há possibilidade de nele haver
interferncia ou interven&o, em fun&o da pr8pria proibi&o imposta pela *arta Magna.
P%&n0&o 3$ &-!%3$3! $""o0&$&8$ ! "&n3&0$: pode ser desdobrado no princípio da liberdade de associa&o e o
da liberdade sindical.
' princípio da liberdade de associa&o assegura a liberdade de reunio e associa&o pacífica de um grupo de
pessoas, agregadas por objetivos comuns, no necessariamente ligadas em fun&o dos interesses econ;micos e
profissionais.
5or sua ve), o princípio da liberdade sindical consiste na faculdade que possuem os empregadores e os obreiros
de organi)arem e constituírem livremente seus sindicatos, sem que sofram qualquer interferncia ou
interven&o do Estado. 4 liberdade sindical materiali)a$se em dois p8los de atua&o, a saber#
$ liberdade sindical individual# faculdade que o empregador e o trabalhador, individual e livremente, possuemde filiar$se, manter$se filiado ou mesmo desfiliar$se do sindicato representativo da categoria.
$ liberdade sindical coletiva# possibilidade, que possuem os empresários e trabalhadores agrupados, unidos por
uma atividade comum, similar ou cone!a, de constituir, livremente, o sindicato representante de seus interesses.
4inda no podemos afirmar que a *+ permitiu a liberdade sindical plena, uma ve) que manteve ainda
resquícios da antiga estrutura corporativista, como unicidade sindical, contribui&o sindical obrigat8ria a todos,
filiados ou no e o poder normativo da <usti&a do ?rabalho.
P%&n0&o 3$ $*ono#&$ "&n3&0$: consiste na faculdade que possuem os empregadores e trabalhadores de
organi)arem internamente seus sindicatos, com poderes de auto$gesto e administra&o, sem a autori)a&o,
interven&o, interferncia ou controle do Estado. %ecorre do princípio da autonomia sindical a liberdade dos
associados encerrarem livremente as atividades do sindicato F autoe!tin&o F e!igindo$se, para a suspenso de
suas atividades por ato e!terno ou dissolu&o compuls8ria, deciso judicial, sendo necessário, em último caso, o
trânsito em julgado.
C%&$45o ! %!&"%o 3o "&n3&0$o: segundo os arts. =, 0 *+ e " do **$JA, a constitui&o do sindicato passa por
A registros#
$ registro no cart8rio de registro civil de pessoas jurídicas, conferindo ao sindicato a chamada personalidade
jurídicaP
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$ registro no Minist(rio do ?rabalho, conferindo ao sindicato a chamada personalidade sindical, por interm(dio
do competente registro sindical.
4 *+ consagrou o princípio da unicidade sindical, ou seja, o estabelecimento de sindicato único representativo
de determinada categoria em base territorial que no poderá ser inferior 9 área de atua&o de um município.
?odavia, a atua&o do Minist(rio do ?rabalho na concesso do registro sindical no será discricionária, mas sim
vinculada, tendo o ?+ firmado entendimento no sentido de que houve recep&o pela *+ da competncia do
Minist(rio do ?rabalho apenas para o registro do sindicato, que ( um ato vinculado, subordinando apenas 9
verifica&o dos pressupostos legais.
' pedido de registro junto ao M? será encaminhado pela entidade ao secretário das rela&Bes de trabalho, que
publicará no %iário oficial tal pretenso, podendo haver impugna&o por outro sindicato no pra)o de LJ dias.
*aso no haja qualquer impugna&o, será conferido o registro 9 entidade sindical. ?odavia, havendo
impugna&o por outro sindicato ao registro da nova entidade, o M? no procederá ao registro, aguardando uma
solu&o conciliat8ria ou mesmo uma deciso judicial.
@ale ressaltar que, em ra)o do art. CC" da *+, as a&Bes envolvendo disputa por base territorial F em fun&o da
unicidade sindical, sero processadas e julgadas pela <usti&a do ?rabalho.
A""o0&$45o %o'&""&on$ ! "&n3&0$o: pela *6?, ( uma fase preliminar obrigat8ria para a investidura sindical.
*ontudo, tal regra perdeu a validade em fun&o da liberdade sindical prevista no art. => da *+, a qual determina
que a investidura sindical independe de pr(via forma&o de associa&o profissional.
C$!o%&$ !0on)#&0$ %o'&""&on$ ! 3&'!%!n0&$3$: a *+, nos arts. D, único e =, 00, 000 e 0@, menciona o sistema
de categorias, o que denota que a organi)a&o sindical brasileira ainda ( feita por categorias, tendo sido
recepcionadas as disposi&Bes da *6? art. DJ atinentes 9s e!pressBes categorias econ;micas e profissionais.
4 categoria econ;mica F tamb(m chamada de categoria patronal F ( formada quando há solidariedade de
interesses econ;micos que empreendem atividades idnticas, similares ou cone!as, constituindo vínculo social
básico entre essas pessoas. 4tividades similares so as desenvolvidas por empresas que e!ploram neg8cios
distintos, mas de ramos parecidos. 4tividades cone!as so as que se complementam, mencionando,
ilustrativamente, as várias atividades e!istentes na constru&o civil.
4 categoria profissional F categoria dos trabalhadores F ( formada pela e!istncia de similitude de vida oriunda
da profisso ou trabalho em comum, em situa&o de emprego na mesma atividade econ;mica ou em atividades
econ;micas similares ou cone!as. 0mpende destacar que se a empresa no tiver uma única atividade, mas
várias, o empregado será enquadrado de acordo com a atividade preponderantemente lá desenvolvida.
' art. CC, TL> define categoria diferenciada, como sendo a que se forma de empregados que e!er&am
profissBes ou fun&Bes diferenciadas por for&a do estatuto profissional especial ou em conseqRncia decondi&Bes de vidas singulares. :a categoria diferenciada, a forma&o do sindicato decorre da unio de
empregados ligados 9 mesma profisso. *om rela&o 9 categoria diferenciada, vale lembrar que para a
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aplica&o plena da norma coletiva, impBe$se que todas as empresas, diretamente ou por meio do respectivo
sindicato patronal, tenham subscrito acordo ou conven&o coletiva.
S&n3&0$o '!3!%$45o 0on'!3!%$45o ! 0!n%$&" "&n3&0$&":
4s federa&Bes so entidades sindicais de grau superior, organi)adas nos Estados. %ispBe o art. L" da *6? que
as federa&Bes podero ser constituídas desde que congreguem número no inferior a sindicatos, representandoa maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissBes idnticas, similares ou cone!as. Zuando as
categorias no forem organi)adas em sindicato, as federa&Bes podero celebrar acordo e conven&Bes coletivas e
at( mesmo instaurar dissídios coletivos.
4s confedera&Bes so entidades sindicais de grau superior, em âmbito nacional, sendo constituídas por no
mínimo L federa&Bes, tendo sede em -rasília. o as confedera&Bes formadas por ramo de atividade, em que
podemos citar a confedera&o nacional da indústria, confedera&o nacional do com(rcio etc. Zuando as
categorias no forem organi)adas em sindicato, as confedera&Bes podero celebrar acordo e conven&Bescoletivas e at( mesmo instaurar dissídios coletivos.
@ale ressaltar que a lei CCI"= reconheceu as centrais sindicais como entidades de representa&o geral dos
trabalhadores, constituídas em âmbito nacional, com as atribui&Bes e prerrogativas de coordenar a representa&o
dos trabalhadores por meio das organi)a&Bes sindicais a ela filiadas e participar de negocia&Bes em f8runs,
colegiados de 8rgos públicos e demais espa&os de diálogo social que possuam composi&o tripartite, nos quais
estejam em discusso assuntos de interesse geral dos trabalhadores.
Un&0&3$3! "&n3&0$ *n&3$3! "&n3&0$ ! *%$&"#o "&n3&0$
Un&0&3$3! "&n3&0$: o art. =, 00 consagrou a unicidade sindical, impossibilitando a cria&o de mais de uma
organi)a&o sindical, em qualquer grau F o que inclui as federa&Bes e confedera&Bes F representativa de
categoria profissional ou econ;mica, na mesma base territorial, que no poderá ser inferior 9 área de um
Município.
Un&3$3! "&n3&0$: tamb(m tem como característica a e!istncia de sindicato único representativo de
determinada categoria econ;mica ou profissional, contudo, na unidade sindical, o sindicato único no ( imposto
pela lei, sendo fruto do amadurecimento político dos integrantes da respectiva categoria que elegem, por
consenso, o sindicato único que melhor representa seus interesses.
P*%$&"#o "&n3&0$: consiste na possibilidade de e!istir mais de um sindicato representante da mesma
categoria, profissional ou econ;mica, em uma s8 base territorial. 4 *onven&o =D, no ratificada pelo -rasil,
embora no imponha o pluralismo sindical, determina que o sistema legal dos países que a ratificaram faculte
aos empregadores e trabalhadores, se desejarem, a constitui&o de outro sindicato da mesma categoria, empresa,
profisso, ofício, na mesma base territorial do já e!istente.S&"!#$ 3! 0*"!&o 3o "&n3&0$o
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$ legal#( a contribui&o sindical mencionada no inciso 0@ do art. => da *+. 4 contribui&o sindical, de nature)a
tributária, corresponde a um dia de trabalho para os empregadosP para os trabalhadores aut;nomos e
profissionais liberais toma$se por base um percentual fi!oP calculada sobre o percentual da empresa, para os
empregadores.
's descontos a título de contribui&o sindical so compuls8rios, independentes da vontade do obreiro ou da
empresa em contribuir, pagando a contribui&o todos aqueles que pertencerem 9 categoria, sindicali)ados ou
no, por se tratar de presta&o compuls8ria de nature)a tributária, que independe da vontade dos contribuintes.
's empregadores so obrigados a descontar, na folha de pagamento dos empregados, relativamente ao ms de
mar&o de cada ano, a contribui&o sindical devida aos sindicatos profissionais, correspondente 9 remunera&o
de um dia de jornada normal de trabalho. ' recolhimento da contribui&o sindica pertencente aos trabalhadores
avulsos será efetuado no ms de abril de cada ano, e o relativo aos agentes e trabalhadores aut;nomos reali)ar$
se$á em fevereiro. 4s empresas devem recolher sua contribui&o sindical no ms de janeiro de cada ano. 4
contribui&o sindical dos trabalhadores rurais corresponde a um dia do salário mínimo.
$ assistencial# está prevista no art. CL da *6? e tamb(m ( chamada de ta!a assistencial ou desconto
assistencial. *onsiste numa contribui&o, em geral fi!ada em cláusula de conven&o ou acordo coletivo ou
mesmo estabelecida em senten&a normativa, feita pelos integrantes associados da categoria econ;mica ou
profissional, em favor do respectivo sindicato, em fun&o dos custos decorrentes do processo de negocia&o. '
?? firmou entendimento de que a ta!a assistencial s8 pode ser cobrada dos associados.
$ confederativo# a contribui&o confederativa tem o objetivo de custear o sistema confederativo, do qual fa)em parte os sindicatos, as federa&Bes e as confedera&Bes, no s8 da categoria profissional, mas tamb(m da categoria
econ;mica. ' ?? tem entendimento de que a contribui&o confederativa s8 ( devida pelos associados,
entendimento este tamb(m presente na súmula III do ?+.
$ voluntário# consiste na mensalidade sindical, a qual ( paga e!clusivamente pelos associados ao sindicato,
sendo prevista pelo estatuto de cada entidade sindical.
C!n%$&" "&n3&0$&": eram consideradas associa&Bes civis de âmbito nacional, sem regulamenta&o formal e, por
conseqRncia, sem personalidade sindical. ?odavia, a recente lei CCI"= reconheceu, formalmente, as centrais
sindicais como entidades de representa&o geral dos trabalhadores, constituídas em âmbito nacional, com as
atribui&Bes e prerrogativas de coordenar a representa&o dos trabalhadores por meio das organi)a&Bes sindicais
a ela filiadas e participar de negocia&Bes em f8runs, colegiados de 8rgos públicos e demais espa&os de diálogo
social que possuam composi&o tripartite, nos quais estejam em discusso assuntos de interesse geral dos
trabalhadores.
5ortanto, foram reconhecidas as centrais sindicais como entidades associativas de direito privado compostas por
organi)a&Bes sindicais de trabalhadores, dotadas doravante de personalidade sindical e participantes, inclusive,
do rateio da contribui&o sindical arrecadada dos trabalhadores, no percentual de CJS.
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P%o!45o $o 3&%&!n! "&n3&0$: fica vedada a dispensa do empregado sindicali)ado ou associado, a partir do
momento do registro de sua candidatura a cargo de dire&o ou representa&o de entidade sindical ou de
associa&o profissional, at( C ano ap8s o final do seu mandato, caso eleito, inclusive como suplente, salvo se
cometer falta grave, devidamente apurada nos termos da *6?.
' dirigente de categoria profissional diferenciada tamb(m tem direito 9 estabilidade provis8ria em comento,
desde que a fun&o e!ercida corresponda 9 da categoria do sindicato em que ( dirigente. *ontudo se o
empregado no e!erce na empresa a atividade da categoria profissional a qual representa, no terá direito a
estabilidade.
4 entidade comunicará por escrito 9 empresa, dentro de A" horas, o dia e a hora do registro da candidatura de
seu empregado, e, em igual pra)o, sua elei&o e posse. 3essalte$se que a estabilidade somente ( assegurada aos
dirigentes de sindicato e no aos dirigentes de simples associa&Bes.
S*-"&*&45o %o0!""*$ !o" S&n3&0$o":'corre substitui&o processual quando a parte, em nome pr8prio, pleiteia direito alheio, desde que autori)ado
por lei. 4 substitui&o processual confere 9 parte, portanto, legitimidade. 4 carta maior no art. =>, 000, previu que
cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questBes
judiciais ou administrativas. ' referido dispositivo gerou ci)ânia doutrinária e jurisprudencial, entendendo
alguns que a *+ havia autori)ado a substitui&o processual ampla e irrestrita aos sindicatos e outros concedendo
uma interpreta&o mais restritiva 9 possibilidade de substitui&o processual pelos entes sindicais.
5ara o ??, que adota uma posi&o mais restritiva, os sindicatos somente poderiam atuar na condi&o de
substitutos processuais quando houvesse autori)a&o legal para tanto, como ocorreria nas a&Bes de
cumprimento de senten&as normativas e/ou conven&o coletiva ou acordo coletivo nas lides que envolviam
delimita&o de insalubridade ou periculosidade, no caso de M coletivo ou mesmo a&Bes abrangendo aumentos
e reajustes em face de aplica&o de lei salarial.
' ?+, no entanto, sempre concedeu uma interpreta&o mais ampliativa no sentido de que aos sindicatos restou
assegurada a substitui&o processual geral e irrestrita, possuindo o mesmo legitima&o e!traordinária para agir
em nome pr8prio na tutela dos interesses dos integrantes da categoria que representam.
*urvando$se ao entendimento do ?+, o ?? cancelou a súmula LCJ, que impedia substitui&o processual
ampla e irrestrita pelos entes sindicais. 0sto revela$se ben(fico pois diminui o número de a&Bes individuais, evita
que a justi&a profira decisBes conflitantes envolvendo o mesmo tema e possibilita que o trabalhador tenha
acesso ao <udiciário. ' ??, por meio da '< CAC, reconheceu que o sindicato tem legitimidade para atuar na
qualidade de substituto processual para pleitear diferen&a de adicional de insalubridade. ' ?? vem admitindo
a substitui&o processual passiva quando o sindicato figura como r(u na rescis8ria proposta em face de deciso
proferida em processo no qual tenha atuado, nessa qualidade, no p8lo ativo da demanda originária, conforme se
depreende da '< CCJ e úmula "JI do ?? Gdescabida a e!igncia de cita&o de todos os empregados
substituídos, porquanto ine!iste litiscons8rcio passivo necessárioH.
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CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO DE TRABALHO
Con0!&o "*,!&o" ! n$*%!$ ,*%3&0$: a única diferen&a entre acordo e conven&o coletiva ( quanto aos
signatários.
4 conven&o coletiva ( o instrumento normativo pactuado entre sindicato da categoria profissional F dos
trabalhadores F e o sindicato da categoria econ;mica F patronal, com o objetivo de fi!ar condi&Bes de trabalhoaplicáveis 9s rela&Bes de trabalho no âmbito das respectivas representa&Bes.
<á o acordo coletivo de trabalho ( o instrumento normativo pactuado entre o sindicato da categoria profissional
e uma ou mais empresas, objetivando estipular condi&Bes de trabalho aplicáveis 9s rela&Bes de trabalho, no
âmbito da empresa acordante.
4ssim#
*':@E:XY' *'6E?0@4 F 2<E0?' F 0:%0*4?' 53'+00':46 E 0:%0*4?' 54?3':46
4*'3%' *'6E?0@' F 2<E0?' F 0:%0*4?' 53'+00':46 E EM53E4G4H
5revaleceu na doutrina a teoria mista, indicando que a conven&o coletiva tem dupla nature)a# contratual e
normativa. É contratual, pois ( fruto de um acordo de vontades entre os celebrantes do instrumento normativo.
É normativa pois tem efeitos erga omnes, gerando direitos e obriga&Bes para todos os integrantes das categorias
profissionais e econ;micas, mesmo aos no$associados.
R!+*&"&o" 3! 8$&3$3! ! 'o%#$&3$3!":
$ a conven&o coletiva deve ser formulada por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem
os sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, al(m de uma destinada a registro.
$ a legitimidade para celebrar conven&o ou acordo coletivo pressupBe a capacidade sindical, adquirida com o
registro sindical no Minist(rio do ?rabalho e emprego.
$ para celebrar conven&o ou acordo coletivo, os sindicatos devero convocar assembl(ia geral e específica,
com quorum de A/L dos associados da entidade F em caso de conven&o coletiva F ou dos interessados F em
caso de acordo coletivo, em primeira convoca&o e, em segunda convoca&o, C/L deles. $ o quorum de comparecimento e vota&o será de C/= dos associados em segunda convoca&o, nas entidades
sindicais que tenham mais de JJJ associados.
$ as conven&Bes coletivas devero, obrigatoriamente, conter# designa&o dos sindicatos convenentes ou
sindicatos e empresas acordantesP pra)o de vigncia, categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos
respectivos dispositivosP condi&Bes ajustadas para reger as rela&Bes individuais de trabalho durante sua
vignciaP normas para a concilia&o das divergncias surgidas entre os convenentes por motivo de aplica&o de
seus dispositivosP disposi&Bes sobre o processo de sua prorroga&o e reviso total ou parcial de seus
dispositivosP direitos e deveres dos empregados e empresas e penalidades para os sindicatos convenentes, os
empregados e empresas, em caso de viola&o de seus dispositivos.
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82
$ dep8sito e registro na %elegacia 3egional do ?rabalho, dentro de = dias da assinatura da conven&o ou
acordo, o dep8sito de uma via do mesmo para fins de registro e arquivo, no %epartamento :acional do
?rabalho em se tratando de instrumento de caráter nacional ou interestadual ou nos \rgos 3egionais do
Minist(rio do ?rabalho.
$ a conven&o e os acordos coletivos entraro em vigor somente L dias ap8s a data da entrega no 8rgo
competente do M?.
$ para efeitos de publicidade, c8pias autnticas das conven&Bes e acordos devero ser afi!adas de modo visível,
pelos sindicatos convenentes, nas respectivas sedes e nos estabelecimentos das empresas compreendidas em seu
campo de atua&o, dentro de dias da data do dep8sito.
$ pra)o de validade# no será permitido estipular acordo ou conven&o coletiva por pra)o superior a A anos
$ 'j LAA, declarando inválida cláusula de termo aditivo que prorrogue a vigncia do instrumento normativo por
pra)o indeterminado.
$ o processo de prorroga&o, reviso, denúncia ou revoga&o total ou parcial de conven&o ou acordo coletivo
ficará subordinado a aprova&o na assembl(ia geral específica, respeitando o quorum do art. ICA, sendo que, em
caso de aprova&o, o referido instrumento será devidamente depositado e registrado no 8rgo competente do
M?, entrando em vigor L dias ap8s sua efetiva&o.
$ o art. ICD da *6? esclarece que os empregados de uma ou mais empresas que decidirem celebrar acordo
coletivo de trabalho com as respectivas empresas daro cincia de sua resolu&o, por escrito, ao sindicato
representativo da categoria profissional, que terá o pra)o de = dias para assumir a dire&o dos entendimentos
entre os interessados, devendo igual procedimento ser observado pelas empresas interessadas com rela&o ao
sindicato da respectiva categoria econ;mica.
$ o mesmo artigo dispBe que e!pirado o pra)o de = dias sem que o sindicato tenha se desincumbido do encargo
recebido, podero os interessados dar conhecimento do fato 9 federa&o a que estiver vinculado o sindicato e,
na falta dessa, 9 correspondente confedera&o, para que, no mesmo pra)o, assuma a dire&o dos entendimentos.
Esgotado esse pra)o, podero os interessados prosseguir diretamente com a negocia&o coletiva, at( o final.
$ havendo conven&o, acordo ou senten&a normativa em vigor, eventual dissídio coletivo deverá ser instaurado
dentro dos IJ dias anteriores ao respectivo termo final, para que o novo termo possa ter vigncia no dia
imediato a esse termo.
$ o art. IJ da *6? determina que quaisquer prorroga&Bes de jornada em atividades insalubres somente podero
ser acordadas mediante pr(via inspe&o da autoridade fiscal do M?.
$ o ??, por meio da súmula L"N, firmou entendimento no sentido de que a validade do acordo ou conven&o
coletiva em atividade insalubre prescinde da inspe&o pr(via da autoridade competente em mat(ria de higiene
do trabalho.
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83
$ nas empresas com mais de AJJ empregados, ( assegurada elei&o de um representante desses, com a
finalidade e!clusiva de promover$lhes o entendimento direto com os empregadores.
In0o%o%$45o 3$" 07*"*$" no%#$&8$" no 0on%$o 3! %$-$(o: prevalece o entendimento de que as
cláusulas normativas fi!adas em conven&o ou acordo coletivo somente vigoram no período de validade do
pr8prio instrumento normativo, no se incorporando definitivamente aos contratos individuais de trabalho. 4
súmula ADD do ?? ( aplicada analogicamente aos acordos e conven&Bes coletivas.
Con8!n45o 0o!&8$ ! $0o%3o 0o!&8o no "!o% 6-&0o: com rela&o aos empregados das empresas públicas e
sociedades de economia mista que e!ploram atividade econ;mica, no há dúvidas de que as cláusulas fi!adas
em conven&o ou acordo coletivo so válidas e aplicáveis aos respectivos empregados públicos.
5or outro lado, em rela&o aos estatutários, tamb(m no há dúvida de que o disposto em conven&o ou acordo
coletivo no os alcan&a, uma ve) que no so regidos pela *6?.
4 celeuma surge e!atamente em rela&o 9 aplica&o ou no da conven&o ou acordo coletivo aos empregados públicos admitidos pela pr8pria administra&o direta. 5ara 3enato araiva, a conven&o ou acordo coletivo no
podem ser aplicados aos empregados públicos da administra&o direta, autárquica e fundacional pelos seguintes
motivos#
$ a mat(ria relativa aos vencimentos dos servidores públicos obedece o princípio da legalidade, impedindo que
haja negocia&o e reivindica&o sindical de conteúdo econ;micoP
$ por outro lado,o TL> do art. LN da *+ no reconheceu as conven&Bes e os acordos coletivos aos servidores
públicosP
$ o art. IC. TC>, 00 da *+ demonstra a impossibilidade da concesso de aumento salarial por negocia&o
coletiva, somente sendo possível mediante lei de iniciativa do 5residenteP
$ o art. CIN prev que a despesa com pessoal ativo e inativo da 2nio, Estados, %+ e Municípios no poderá
e!ceder os limites estabelecidos em 6*, estabelecendo tamb(m a pr(via dota&o or&amentária e autori)a&o
específica na lei de diretri)es or&amentáriasP
$ com rela&o 9 conven&o coletiva, tamb(m no poderia ser aplicada ao ente público, por este no integrar
nenhuma categoria econ;micaP
$ com rela&o ao acordo coletivo, tamb(m a administra&o no poderia subscrever o instrumento normativo em
fun&o do princípio da legalidade.
Con%o89%"&$" ! 0o#!n0&$ 3! ,*$#!no: $%. 11= CF.
M!3&$45o ! $%-&%$!#: media&o ( a interven&o reali)ada por um terceiro estranho 9 rela&o negocial, sem
poder decis8rio, com o objetivo de apro!imar as partes na busca de uma solu&o conciliat8ria, por meio daassinatura do instrumento normativo autocomposto. endo bem sucedida a media&o, seguir$se$á a celebra&o
do acordo ou conven&o coletiva. ' decreto CDA estabeleceu regras para media&o trabalhista. Menciona ele
que o mediador será livremente escolhido pelos interessados, ou as partes podero solicitar ao Minist(rio do
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?rabalho a designa&o do mediador, o qual poderá ser pessoa cadastrada no 8rgo, desde que as partes
concordem quanto ao pagamento de honorários ao referido profissional, ou mesmo servidor do quadro,
indicado pelo delegado regional do trabalho, no impondo ;nus 9s partes.
4 arbitragem ( uma forma de solu&o de conflito coletivo reali)ada por um terceiro estranho 9 rela&o negocial
GárbitroH, livremente escolhido pelos interessados e com poder decis8rio sobre o impasse. 6ei NLJD afirma que
as pessoas capa)es podem valer$se da arbitragem para a solu&o de litígios relativos a direitos disponíveis.
4s partes interessadas podero submeter a solu&o de seus litígios mediante conven&o de arbitragem, assim
entendida como cláusula compromiss8ria e o compromisso arbitral. 4 cláusula compromiss8ria consiste na
estipula&o contratual do compromisso de submeter a arbitragem os litígios que possam vir a surgir,
relativamente ao referido contrato. ' compromisso arbitral ( a conven&o pela qual as partes submetem um
litígio 9 arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou e!trajudicial.
:a esfera trabalhista, o campo de atua&o da arbitragem restringe$se aos conflitos coletivos de trabalho, no podendo ser utili)ada em rela&o aos conflitos individuais laborais, em fun&o da indisponibilidade dos direitos
trabalhistas.
<REVE
Con0!&o: ( a paralisa&o coletiva e temporária do trabalho a fim de obter, pela presso e!ercida em fun&o do
movimento, as reivindica&Bes da categoria, ou mesmo a fi!a&o de melhores condi&Bes de trabalho. 4 lei de
greve F DD=L F define greve como sendo a suspenso coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de
presta&o de servi&os a empregador. ' direito de greve ( assegurado aos trabalhadores, mas deve ser e!ercido
nos termos e limites definidos em lei, sob pena de ser considerada abusiva em eventual dissídio coletivo.
P!0*&$%&3$3!":
frustra&o da negocia&o coletiva# a cessa&o coletiva do trabalho poderá ser reali)ada somente ap8s a
frustra&o da negocia&o coletiva ou impossibilidade de recurso na via arbitral
$ necessidade de reali)a&o de assembl(ia pr(via# caberá ao sindicato da categoria profissional convocar
assembl(ia geral para definir as reivindica&Bes da categoria e a paralisa&o coletiva.
$ aviso pr(vio# o sindicato patronal e a empresa interessada sero avisados da greve com a antecedncia
mínima de "= horas.
$ atividades essenciais# so consideradas atividades essenciais# tratamento e abastecimento de água, produ&o e
distribui&o de energia el(trica, gás e combustível, assistncia m(dica e hospitalar, distribui&o e
comerciali)a&o de medicamentos e alimentos, funerários, transporte coletivo, capta&o e tratamento de esgoto
e li!o, telecomunica&Bes, guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares,
processamento de dados ligados a servi&os essenciais, controle do tráfego a(reo e compensa&o bancária.
$ direito dos grevistas# so assegurados aos grevistas o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou
aliciar os trabalhadores a aderirem 9 greve, 9 arrecada&o de fundos e 9 livre divulga&o do movimento.
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$ frustra&o do movimento# ( vedado 9s empresas adotar meios para constranger o empregado ao
comparecimento ao trabalho, bem como capa)es de frustrar a divulga&o do movimento.
$ livre adeso 9 greve# as manifesta&Bes e os atos de persuaso utili)ados pelos grevistas no podero impedir o
acesso ao trabalho nem causar amea&a ou dano 9 propriedade ou pessoa.
$ presta&o dos servi&os indispensáveis 9 comunidade nos servi&os e atividades essenciais# nestes, sindicatos,empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a presta&o
dos servi&os indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, sendo consideradas
aquelas que, se no atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivncia, a saúde ou seguran&a da
popula&o.
$ comunica&o da greve nos servi&os ou atividades essenciais# na greve em servi&os ou atividades essenciais
ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a deciso aos
empregadores e aos usuários, com antecedncia mínima de DA horas de paralisa&o. $ abuso do direito de greve# constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na lei
DD=L, bem como a manuten&o da paralisa&o ap8s a celebra&o de acordo, conven&o ou deciso da <usti&a do
?rabalho, salvo descumprimento de cláusula de instrumento normativo ou mesmo pela supervenincia de fato
novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a rela&o de trabalho F rebus sic stantibus.
$ suspenso do contrato de trabalho# a greve sempre suspende o contrato de trabalho, devendo as rela&Bes
obrigacionais do período serem regidas por acordo, conven&o, laudo arbitral ou deciso da <usti&a do ?rabalho.
$ responsabilidade pelos atos praticados# a responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos,
no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legisla&o trabalhista, civil ou penal. 0mpende
destacar que o M5? em caso de greve de atividade essencial poderá ajui)ar dissídio coletivo, competindo 9
<usti&a do ?rabalho decidir o conflito.
<%!8! no "!%8&4o 6-&0o: o art. LD, @00 da *+ condicionou o e!ercício do direito de greve do servidor público
estatutário 9 edi&o de lei específica. ' plenário do ?+, diante da ine!istncia de lei específica, declarou, por
unanimidade, a omissa legislativa quanto ao dever constitucional de editar lei que regulamente o e!ercício do
direito de greve no setor público e, por maioria, decidiu aplicar no setor, no que couber, a lei de greve vigente
ao setor privado. 4ssim, o ?+ passou a entender que o art. LD, @00 da *+ encerra uma norma de eficácia
contida, podendo o servidor público e!ercer o direito de greve, aplicando$se, no que couber, a lei DD=L.
Lo0Yo*: art. CD, lei DD=L# fica vedada a paralisa&o das atividades por iniciativa do empregador, com o
objetivo de frustrar negocia&o ou dificultar o atendimento das reivindica&Bes dos respectivos empregados
Gloc[outH.
Túnico# a prática de loc[out assegura aos trabalhadores o direito 9 percep&o dos salários durante o período de paralisa&o.
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' loc[out ( a paralisa&o do trabalho ordenada pelo pr8prio empregador, seja para frustrar ou dificultar o
atendimento das reivindica&Bes dos trabalhadores, seja para e!ercer presso perante as autoridades em busca de
alguma vantagem econ;mica. 4 lei DD=L proíbe o loc[out, garantindo aos obreiros todos os direitos trabalhistas
durante o período de paralisa&o do trabalho por iniciativa do empregador, considerando, portanto, o período de
loc[out como se interrup&o do liame empregatício.