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RESUMO: REGIÃO NORTE
Região Norte: a mais extensa do país 45% do território nacional. Apenas 7,6% da população brasileira. Aproximadamente 200 mil indígenas. Presença da floresta Amazônica. Clima equatorial (quente e úmido) Relevo (em geral, baixas altitudes e planaltos residuais) Grande quantidade de rios.
OCUPAÇÃO:
Intensificou-se nos séculos XIX com o Ciclo da Borracha e XX com a implantação de vários projetos econômicos. Tem ocorrido de forma desordenada causando transtornos sócio-ambientais.
A região Norte e a Amazônia
Tipos de vegetação: cerrado, campos, vegetação Litorânea, Amazônia (que ocupa 80% do território da região Norte e ainda ultrapassa as fronteiras brasileiras).Níveis da floresta: Mata de Igapó, Mata de Várzea, Floresta de Terra Firme e Floresta Semi-úmida.
Biodiversidade da Amazônia
Ecossistema com variadas espécies animais e vegetais. A maior biodiversidade do mundo. Muitas espécies ainda desconhecidas.Todos os elementos físicos da Amazônia estão interligados formando um ambiente complexo, veja:
Floresta
Muitas chuvas e pouca variação da temperatura: Baixa amplitude térmica anual. Grande quantidade e variedade de plantas e floresta sempre verde. Evapotranspiração: responsável por 50% da umidade atmosférica. Chuvas de convecção = Evaporação das águas dos rios e lagos + evapotranspiração + diferença de
temperatura, altas temperaturas durante o dia e menores à tarde. O relevo e os rios da Amazônia
Clima (quente e úmido)
Relevo (desgastado e rebaixado, apenas com
Rios (extensos e volumosos)
Solo (serrapilheira)
Lembre-se: Este é apenas
um roteiro para que você saiba o que é
mais importante!
Estude utilizando o
livro, as atividades
feitas por você e os mapas!
Muitas chuvas... Oba!!!
Rios: Vias de transporte – cotidiano da população. Extensos e volumosos – Amazonas é o maior do mundo. A maior parte dos rios corre sobre planícies, alguns em planaltos e depressões.
Os solos amazônicos
Os solos são influenciados pelo relevo, pelas águas e pela floresta.Solos mais férteis: várzeas (inundadas em épocas de cheias pelas águas da Cordilheira dos Andes); algumas áreas dos estados de Rondônia e do Acre.Demais solos amazônicos: pobres em nutrientes, enriquecidos apenas por uma fina camada de matéria orgânica formada a partir da serrapilheira – camada de folhas, excrementos de animais e etc. absorvida pelas próprias plantas.
Uma fronteira agropecuária e industrial
Uma ocupação planejada: Século XIX – Ciclo da Borracha (atraiu muitos migrantes, principalmente nordestinos). Século XX – Década de 60 – Fronteira econômica do Brasil. Por causa da demanda por áreas
agropecuárias e industriais o Governo Federal passou a incentivar a sua ocupação, para isso criou a SUDAM (Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia), órgão federal atualmente extinto que era encarregado de implantar vários projetos.
Construção de rodovias; Abertura de áreas para o desenvolvimento da agropecuária, principalmente ao longo das rodovias; Abertura de áreas para a exploração mineral; Zona Franca de Manaus.
Problemas sócio-ambientais:
Rodovias: Derrubada das florestas, gastos exorbitantes e além do previsto, abandono de obras, solos frágeis e propícios à erosão.Projetos agropecuários: a) Pequenas propriedades familiares: conflito por terras distribuídas pelo governo ao longo das rodovias, baixa produtividade devido aos solos pouco férteis, falta de assistência da SUDAM aos produtores, falta de apoio técnico e financeiro.b) Grandes latifúndios empresariais: Desmatamento para a formação de pastagens, Presença de latifúndios improdutivos, servindo apenas à especulação imobiliária ou à apropriação dos recursos naturais.
O Norte e a produção agropecuária
Agricultura monocultora comercial (nos solos mais férteis: soja no TO, cacau e café em RO, malva e juta no AM e PA, o guaraná no AM e a pimenta-do-reino no PA).
Pecuária extensiva (principalmente gado bovino e bufalino) Agricultura de subsistência (mandioca, feijão, milho e arroz) Agricultura itinerante
A exploração Mineral na região Norte1960 e 1970: Descoberta de jazidas de ferro, cobre, manganês e cassiterita, além de jazidas de ouro.Apoio do governo para exploração e instalação de grandes empresas mineradoras, sobretudo européias, norte-americanas e japonesas – através de:
Benefícios fiscais; Infra-estrutura de transportes, energia elétrica, etc. Implantação de grandes projetos tanto de vocação mineral, quanto agropecuária e florestal: Grande
Carajás, Rondônia, Roraima, Tapajós e Trombetas.As jazidas da região Norte são responsáveis pela maior parte da produção mineral do país.A garimpagem: Atividade extrativa mineral com técnicas rudimentaresConcentram-se no Vale do Rio Tapajós, no vale do Rio Madeira, no norte de Roraima e no Rio Tocantins.Causa sérios problemas como:
Invasão de terras indígenas em busca de ouro; Contaminação dos rios e intoxicação da população e dos próprios garimpeiros pelo mercúrio; Precárias condições de vida dos garimpeiros.
O extrativismo vegetal: (látex, castanha do Pará, piaçava, malva, açaí, etc)Foi substituída em parte por outras atividades como a agropecuária e a indústria, mas ainda hoje emprega uma numerosa mão de obra.
A indústria na região Norte: Apenas 5% do valor da produção industrial do Brasil
Criação em 1960 da Zona Franca de Manaus onde as mercadorias são produzidas e comercializadas sem a cobrança de impostos. Estão situadas nesta área montadoras de aparelhos eletrônicos, de motocicletas e bicicletas e indústrias do setor madeireiro.Centro industrial de Belém do Pará (indústrias alimentícias, têxteis, madeireiras e bebidas)Complexo metalúrgico da Albrás em Barcarena nas proximidades de Belém.
A população da região Norte
Norte: Região menos povoada do Brasil. Densidade demográfica em torno de 3hab/km2
Foi a população que mais cresceu nas últimas quatro décadas Intensa miscigenação (mistura de povos) devido a presença de migrantes de diversas partes do país e
dos indígenas que já habitavam a região.
Crescimento urbano na região Norte
Crescimento da população urbana foi bem maior em relação à população rural, principalmente devido ao fracasso dos projetos agropecuários do governo e da elevada concentração fundiária.
Transformações no espaço geográfico da região: Concentração da população nas capitais, Aumento do número de centros regionais, Centros regionais principalmente ao longo das rodovias. Formação de vilas e povoados nas áreas de expansão da fronteira econômica na região.
A população indígena da Amazônia
A Amazônia concentra a maior parte dos indígenas do Brasil (60%, aproximadamente 200 mil pessoas) Algumas tribos ainda vivem isoladas e preservam suas características culturais, mas vários outros povos
perderam grande parte de sua riqueza cultural devido ao contato com a sociedade não-indígena.A ocupação intensa da região Norte após a década de 1950 tem contribuído para a ocorrência de intensos conflitos envolvendo a população indígena: Invasão de terras indígenas por agropecuaristas, garimpeiros, madeireiros, etc. Terras de vários povos cortadas por rodovias ou inundadas por hidrelétricas. Enfermidades transmitidas por garimpeiros, agricultores e demais habitantes da região: sarampo, gripe,
tuberculose e doenças venéreas. Em certos casos exterminam grupos inteiros. Os direitos dos povos indígenas são assegurados pela constituição e sua luta, divulgada pela imprensa,
vem alcançando a esfera internacional através de Organizações não-governamentais nacionais e estrangeiras, mas muito ainda deve ser conquistado, pois os povos indígenas ainda são seriamente ameaçados pelos interesses econômicos.