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A Posição do homem no Cosmos Max Scheler Introdução O Homem se tornou homem através da consciência do mundo e de si próprio e através da objetivação de sua natureza psíquica – os traços específicos do espírito- e aprender a ideia de um ser supramundo infinito e absoluto, um dia o homem destacou se do conjunto da natureza e tornou se seu objeto, então a pergunta onde me encontro,qual a minha posição, sou parte do mundo e sou envolvido por ele. “ Segundo a sua essência, a filosofia é uma intelecção rigorosamente evidente, impassível de ser ampliada e de ser aniquilada, valida a priori para tudo o que casualmente existe, das essencialidades e conexões essenciais do ente acessíveis a partir de exemplos em todos nós, e, em verdade, na ordem e no domínio dos níveis nos quais essa intelecção se encontra em relação com o ente absoluto e com a sua essência ” Max Scheler mantém a principio expressamente a relação tradicional da filosofia com o absoluto e com a sua essência, a relação cognitiva com o absoluto e com o ser repousa sobre uma experiência que tem lugar no próprio homem. A mudança e o decisivo passa a ser agora investigar não as essência nelas mesmas, mas ponto de conexão entre a humanidade do homem e o ser dos entes.

Resumo posição homem no cosmos

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Resumo posição homem no cosmos, principais conceitos Max Sheler filosofia

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A Posição do homem no Cosmos

Max Scheler

Introdução

O Homem se tornou homem através da consciência do mundo e de si

próprio e através da objetivação de sua natureza psíquica – os traços

específicos do espírito- e aprender a ideia de um ser supramundo infinito e

absoluto, um dia o homem destacou se do conjunto da natureza e tornou se

seu objeto, então a pergunta onde me encontro,qual a minha posição, sou

parte do mundo e sou envolvido por ele.

“ Segundo a sua essência, a filosofia é uma intelecção rigorosamente

evidente, impassível de ser ampliada e de ser aniquilada, valida a priori para

tudo o que casualmente existe, das essencialidades e conexões essenciais do

ente acessíveis a partir de exemplos em todos nós, e, em verdade, na ordem e

no domínio dos níveis nos quais essa intelecção se encontra em relação com o

ente absoluto e com a sua essência ”

Max Scheler mantém a principio expressamente a relação tradicional da

filosofia com o absoluto e com a sua essência, a relação cognitiva com o

absoluto e com o ser repousa sobre uma experiência que tem lugar no próprio

homem.

A mudança e o decisivo passa a ser agora investigar não as essência

nelas mesmas, mas ponto de conexão entre a humanidade do homem e o ser

dos entes.

O que é o homem? E qual é a sua posição no interior do ser?

A pergunta pelo ser do homem e a investigação de seu lugar próprio em

meio a totalidade perfazem o cerne da obra de Scheler.

As perguntas pelo ser do homem e pelo lugar desse ente no interior do

ser é o principio do pensamento de Scheler como um todo.

Max Scheler em trabalhos anteriores estuda a fenomenologia dos

sentimentos, estuda a relação dos sentimentos com certas possibilidades do

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homem, a relação amorosa do homem em relação ao ser desses objetos, as

possibilidades cognitivas do homem está presente uma atitude moral, diante

dos objetos, determinando o valor desses objetos.

Há valores ligados, sentimentos sensíveis, sentimentos ligados às

necessidades, sentimentos voltados para a vida, sentimentos pessoais,

sentimentos com o sagrado e os respectivos valores associados.

Max Scheler estuda o homem a luz dos resultados alcançados pela

biologia no inicio do século XX, ele pretende mostrar como o homem não pode

ser penado simplesmente a partir desses resultados, que seu todo precisa de

uma experiência diversa a metafísica.

A primeira parte compara o homem e animal mesmo o homem ser o

único ente a possuir razão.

A segunda parte do livro dedica-se ao espaço metafísico no homem e ao

espírito como o elemento que sustenta o seu aparecimento.

“O homem é o ser vivo que por força de seu espírito, pode se comportar

em principio asceticamente (austeridade para com os prazeres mundanos) em

relação com sua vida, subjugando e reprimindo os próprios impulsos

pulsionais, negando alimentar seu instinto animal, diferentemente o homem

pode negar e dominar para domínio de si.”

O homem é o ente espiritual, pois pode tomar a totalidade dos entes

como objeto de conhecimento, o homem pode idear (conceito de Scheler do

espírito) o ente como um todo, e apenas no ato de ideação que ele se

descobre como o ente que é ele é o ente que pode dizer não, ser o asceta da

vida e neste ato projetar para o espaço existencial as sua humanidade, essa

essência espiritual faz com que ele habite o âmbito do sagrado da

transcendência e se veja ligado ao divino, este é o movimento do

conhecimento das relações entre homem, mundo e SER (DEUS).

Há três esferas de ideias sobre o homem:

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Primeira é o pensamento judaico cristão criação

Segunda é o pensamento da antiguidade clássica razão logos

Terceira moderna ciência da natureza, resultado final da natureza, uma

mistura de energias e capacidades que ocorre na natureza sub-humana

Nestes três modos de ver o homem não há unicidade, a proposta de

Scheler busca a essência do homem, o conceito essencial do homem se

sustenta?

Inicia a pesquisa com mundo biopsiquico, uma gradação de forças e

capacidades psíquicas.

A planta não possui nenhuma sensação nem tampouco nenhuma

memória especifica que se lance para alem da dependência de seus estados

vitais em relação conjunto de sua historia anterior e nenhuma capacidade de

aprendizado, a única coisa presente e o impulso para o crescimento e para a

reprodução, o impulso originário para toda a vida.

A s plantas não escolhem o alimento e fecundadas passivamente, não

buscam na tem poder, falta de uma resposta a re-flexio reversão sobre si

mesmas, o “estar desperto”, vigília da sensação, o que falta totalmente as

plantas é funções informativas encontradas em todos os animais, a instauração

de padrões e de repetição, falta em especial um sistema nervoso, que nos

animais cria a independência de suas reações e uma relação a estrutura das

maquinas.

O sistema nervoso vegetativo que regula a distribuição de alimentos,

representa o caráter vegetal ainda presente no homem, a priva cão periódica

de energia no sistema animal que regra as relações externas de poder em

favor do sistema vegetativo é provavelmente a condição fundamental do ritimo

dos estados de sono e vigília, o sonho é o estado relativamente vegetal do

homem.

Page 4: Resumo posição homem no cosmos

Instinto animal

Instinto animal é a segunda forma anímica essencial, como

comportamento do ser vive e possui as seguintes características:

É condizente com o sentido de alimentação e reprodução, e os

movimentos significativos, adquiridos através da associação, exercício e hábito,

esta relação de sentido também estão relacionados com situações também

afastadas no tempo, como preparar algo para o inverno ou desova.

No instinto serve a espécie, inato e hereditário, serve a sua própria

espécie ou alheia com relação vital (Ex: ursos x peixes, pássaros x plantas) a

mínima mudança na estrutura tem como consequência de compensações, esta

rigidez do instinto está em contraposição aos modos e comportamentos

extremamente plásticos que repousam sobre o adestramento e inteligência,

O instinto esta incorporada a morfogênese do ser vivo, ativo nas funções

fisiológicas, as sensações, a memória, o instinto é totalmente inalterável, é a

forma mais primitiva do ser e do acontecer do que as associações.

O que é pleno de sentido no instinto e se mostra rígido e ligado a

espécie,é automático e mecânico na associação e reflexo mecânico livre de

sentidos, na inteligência se faz móvel e individualizado.

A forma anímica fundamental do instinto esta ligada radicalmente a

forma animal,e,em restos atávicos (hereditário), á forma humana de vida, no

qual a inteligência a memória associativa estão desenvolvidas , possuem

instintos fortemente involuídos.

A terceira forma do reflexo é a memória associativa, ela não pertence a

todos os seres vivos, esse comportamento se modifica lenta e constantemente,

em razão do comportamento anterior do mesmo tipo, de uma maneira útil à

vida, pleno de sentido, ela atua até em certo grau em todos os animais, e se

apresenta com a cisão do sistema sensorial do sistema motor.

No homem o principio de associação assume no homem maior

amplitude, a reprodução humana este principio tempo base a expressão de

afetos e dos sinais, aplicado ao comportamento e a pulsão, diante dos modos

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de comportamento e das vivencias próprias, é ativa na memória reprodutiva, na

conexão destas manifestações forma-se a ‘tradição” que anexa herança

biológica uma nova dimensão de determinação do comportamento animal

através do passado da vida dos membros da espécie,pela tradição

estabelecida em função de sinais, fontes, documentos e de todo saber

histórico, esta forma de tradição é própria do homem, significa deslocamento

do individuo orgânico em relação com a espécie em relação à rigidez

inadaptável do instinto, a inteligência pratica em relação ao instinto já é um

instrumento poderoso de libertação, cria uma nova dimensão de possibilidades

que a vida tem para enriquecer-se.

O homem pode ser parecido mais ou menos como o animal, mas nunca

pode ser um animal.

Inteligência Pratica

Inteligência Pratica, na memória associativa há um corretivo para os

riscos, esta correção é inteligência pratica a capacidade de escolha e ação

seletiva, a capacidade de preferir entre bens e estabelecer preferências entre

membros da mesma espécie para reprodução (começo de Eros) capacidade

alem da mera pulsão genérica, seu sentido final é sempre o agir.

A diferença entre a inteligência e a memória associativa esta na

diferença: a situação a ser aprendida não é apenas nova a e atípica no que

concerne à espécie, mas é nova também para o individuo.

A distinção da animalidade dos instintos para inteligência é que nesta

esta a ação para o novo, rompendo os padrões conhecidos.

O que os animais são semelhantes aos homens no que é afetivo,

presentear, mostrar-se solicito, reconciliar-se, mas não possuem a capacidade

de estabelecer preferências entre os valores mesmos, preferir o útil ao

agradável pois lhes falta a meditação.

A diferença essencial entre homem e o animal

Há dois conceitos sobre o homem:

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A primeira reserva para o homem a inteligência e a escolha, que

negando-as ao animal: reconhecem decerto uma diferença hiperquantitativa,

uma diferença essencial.

A segunda os evolucionistas da escola darwiniana e lamarckiana,

rejeitam negam uma diferença derradeira entre o homem e o animal,

justamente porque este já possui também inteligência, afirmam uma doutrina

monista (somente uma realidade).

Max Scheler chama da teoria do “homo faber”.

Negam ao homem, um ser metafísico, nenhuma metafísica do homem, a

saber, nenhuma relação distintiva, que o homem enquanto tal possuiria com o

fundamento do mundo.

Pelo que a mim me toca, rejeito ambas as teorias.

E afirmo: a essência do homem, o que se pode chamar a sua “posição

peculiar”,está muito acima do que se denomina inteligência e aptidão para a

escolha; e não se chegaria lá, mesmo se estas faculdades se representassem

ampliadas seja a que grau for até ao infinito.

O novo princípio está fora de tudo que podemos chamar “vida”, o que

somente do homem faz um “homem” não é um novo estádio da vida em geral –

nem sequer é um estádio da única forma de manifestação desta vida, da

“psique”–, mas é apenas um princípio oposto a toda e a cada vida em geral, e

também à vida no homem: um genuíno e novo facto essencial que, como tal,

não se pode reduzir à “evolução natural da vida”; se a algo se reduz, é apenas

ao fundamento supremo e único das coisas: ao próprio fundamento, de que a

“vida” é apenas uma grande manifestação”.

Os Gregos afirmaram já semelhante princípio e chamaram-lhe “razão”.

Para este X, preferimos utilizar uma palavra mais ampla; engloba ela o conceito

de “razão” e, além do “pensamento por ideias”, abarca também uma espécie

determinada de “intuição” dos protofenómenos (proto=antes de, a priori, antes

da matéria), (protofenomenos é conceito contrario a epifenomeno que

considera o espírito o x como produto da química do cérebro humano, o

conceito que o determinismo físico, nossas ideias e o pensamento são

produtos, ou efeito, da química que processa nosso cérebro a refutação a isso

é que: SE não podemos conhecer a VERDADE, toda teoria cientifica

apresentada é fonte da química pura, ENTÃO outro cientista ao afirmar o

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contrario também esta certo, somente a química do cérebro é diferente) ou dos

conteúdos eidéticos –, e ainda certa classe de atos volitivos e emocionais como

bondade, amor, arrependimento, veneração, admiração espiritual, beatitude e

desespero, a livre decisão: ou seja, a palavra espírito. Mas ao centro de atos,

em que o espírito se manifesta no seio das esferas finitas do ser,

caracterizamo-lo como “pessoa” (Um todo, individualizado, como também

o categorizando como o universal homem, condição essencial e dando-

lhe sua posição peculiar) em contraste incisivo com todos os centros vitais

funcionais que, do ponto de vista interno, se chamam também centros

“psíquicos”.

Essência do espírito

Mas que é este “espírito”, este princípio novo e tão decisivo?

Se situarmos conceito de espírito a sua função particular de saber, o

tipo de saber que só ele pode proporcionar então a determinação fundamental

de um ser “espiritual” é o seu desprendimento existencial do orgânico, a

separabilidade de seu centro existencial, sua liberdade, a possibilidade que ele

– ou o centro da sua existência – tem de se separar do fascínio, da pressão,

da dependência do orgânico, da “vida” e de tudo o que pertence à “vida” – por

conseguinte, também da sua própria “inteligência” pulsional.

Um ser “espiritual” já não se encontra, pois, sujeito ao impulso e ao

meio, mas está “liberto do meio” e, como nos apraz dizer, “aberto ao

mundo”: semelhante ser tem “mundo” pode, em princípio, apreender o

próprio ser-assim (Sosein) desses objetos, sem a limitação que este mundo

dos objetos

O espírito é objetividade, ele é a possibilidade de ser determinado pelo

modo de ser das coisas mesmas, somente um ser vivo capaz de levar a

termo tal pertinência às coisas “tem espírito” ou o X da busca filosófica.

O portador de espírito é aquele ser cujo trato com a realidade

exterior assim como consigo mesmo se inverteu em um sentido

dinamicamente oposto ao do animal com a inclusão de sua inteligência.

Mas o que é inversão?

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No animal toda e qualquer ação, reação, mesmo inteligente, parte da

constituição de um estado fisiológico de seu sistema nervoso, e subordinados

nãos instintos, impulsos motores e percepções sensíveis estão relacionados ao

seu meio ambiente, ele vive ekstaticamente em meio ao mundo, ele carrega

por toda parte, ele não consegue transformar esse meio ambiente em objeto.

Os animais se atem essencialmente a realidade e na realidade vital

correspondente a seus estados orgânicos, mesmo quando se comporta de

maneira inteligência, o animal permanece vinculado orgânico pulsional

praticante.

O homem é capaz de um comportamento oposto, em primeiro é

motivado pelo puro modo de ser, em segundo é livre da inibição do impulso

motor que parte do centro da pessoa, em terceiro a forma de abertura do

mundo, o homem tem, e, é o X que pode se comportar abertamente para o

mundo em uma forma ilimitada.

A gênese do homem é a elevação até a abertura do mundo por força do

espírito, há uma segunda dimensão ou estágio do ato reflexo, o “recolhimento

em si”, consciência de si mesmo por parte do centro espiritual do “ato”’ ou

autoconsciência.

Por força do espírito, ele consegue ampliar o meio ambiente até o

interior da sua mundanidade (existência no mundo), consegue objetivar sua

própria constituição fisiológica e psíquica, e individualizar cada vivencia

psíquica e função vital, e pode modelar livremente sua vida.

No homem estados ekstáticos( que temos de animal), correspondem ao

estado hipnótico em cultos orgiásticos que o transportam a passividade de

consciência, do saber e de ser, uma regressão do estado animal.

Quatro são os estágios fundamentais nos quais se apresenta todo o

ente(homem)

Ele é um X que limita a si mesmo, ele tem individualidade, tem

autoconsciência e objetivação de seus processos psíquicos e de seu aparato

sensório motor, ele é capaz de tomar ciência de si e do meio e projetar em

estágios cada mais elevados e sempre em novas dimensões.

O homem é capaz de compreender as suas dimensões e expandi-las até

o infinito e somente ele está de posse das categorias plenamente cunhadas e

concretas de coisa e substancia.

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Mesmo os animais superiores não possuem plenamente a categoria de

coisa (compreensão do outro), nem o conhecimento de si e as relações com

o mundo onde se da a sua existência.

No homem nas formas vazias de tempo e espaço aprende

primariamente as coisas e os acontecimentos, que só são possíveis para um

ser (espiritual, que tem o X) cuja insatisfação pulsional excede constantemente

sua satisfação, um “vazio” permanência irrealizada de nossas expectativas

pulsionais, o primeiro vazio é o vazio de nosso coração.

A raiz da intuição espaço temporal no homem se dá através das

sensações cinéticas(sensação dos movimentos com vários sentidos,

visão, audição) que apontam para a forma vazia do espaço, uma

espacialidade ainda informe, já a ser vivenciada no homem antes da tomada de

com consciência de quaisquer sensações sobre os seus impulsos motrizes

vivenciados e da vivencia do poder de produzi-los, a consciência do que esta

em volta, somente a pratica maximamente elevada do homem(andar ereto)

possui este sistema.

Tem no homem o fenômeno de que o vazio espacial e analogamente o

vazio temporal, precedendo todos os conteúdos possíveis da percepção e do

mundo das coisas, se mostrem como “basilares” (principio e base para...) e

este principio de conhecimento, e por causa dele, no homem o leva para o

próprio vazio em seu coração com um “vazio infinito” do espaço e tempo.

O homem é capaz de medir a si mesmo e a relação espaço e tempo

a sua frente ou ambiente, pode medir todas as coisas em relação a si.

Somente o homem consegue se alçar pó sobre si mesmo e, a partir de

um centro como que para além do mundo espaço-temporal, incluindo ai ele

mesmo, tornar tudo objeto de seu conhecimento.

O homem como ser espiritual, é o ser que se coloca acima do si

mesmo como ser vivo e acima do mundo.

O homem é capaz da ironia e do humor que constantemente envolvem

uma elevação por sobre a própria existência.

Pode supor e concluir além de si mesmo.

Na doutrina da percepção de Kant uma nova unidade de cogitare, que é

condição de possibilidade de toda experiência possível, e de todos os objetos

da experiência, não apenas a experiência externa, mas também da experiência

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interna, através do qual nos é acessível nossa própria vida interior, pela

primeira vez foi elevado o “espírito” por sobre a psyque e negou explicitamente

que o espírito seja apenas um grupo funcional de uma assim chamada

“substancia anímica”- cuja suposição fictícia é devida unicamente à coisificação

injustificada da unidade atual do espírito.

Desta conclusão há uma terceira determinação importante do espírito:

O espírito é o único ser que por si mesmo incapaz de ser objetivado

- ele é pura atualidade(ATO), só tem seu ser livre(manifestação) na

realização de seus atos.

O centro espírito “a pessoa”(tudo o que se é), não é, portanto, nem um

ser objetivo, nem ser coisificado, mas apenas uma estrutura ordenadora de

atos(essencialmente determinada) que leva a termo constantemente a si

mesma.

A pessoa só é em seus atos e através deles. (O espírito, o X, é o

que você é, seus atos e através deles)

Algo anímico (relativo ou da alma) não realiza a si mesmo, ele é uma

serie de acontecimentos no tempo, que podemos em principio contemplar

justamente a partir do centro de nosso espírito (nossa pessoa) e que podemos

ainda objetivar na percepção e observações internas.

Tudo o que é anímico(corporal) é passível de objetivação( mas não o

ato espiritual, a intentio, o que olha)ainda os processos anímicos mesmos,

nós podemos nos reunir ao ser de nossa pessoa, nos concentrar a sua direção

-mas não podemos objetiva-lo, e como pessoas não podemos objetivar

nem mesmo as outras pessoas, pois só podemos conquistar uma

participação nas pessoas se acompanharmos a realização e co-relizarmos

seus atos livres, aquele que acompanha junto, participa e conhece a vontade

de uma pessoa, e , através desta compreensão de toda a vontade identifica-se

com ela.

Uma união do ato e ideia, do ente originário, e nossa coparticipação na

ação com o espírito cognescente e uma valoração objetiva, do seu processo no

mundo, “o espírito como um ente que quer”, a antiga filosofia das ideias, a Idea

antes re (a vontade a ideia antes do ato) uma providencia e um plano da

criação do mundo anteriores a realidade do mundo, mas as ideias não são

antes,não são em, e não são depois das coisas, mas juntamente com elas

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, as ideias só são geradas no ato constante da concretização do mundo

criatio continua (ideias geradas no ato constante e concretização, ação e

participação no fato concretizado, criando ideias, valores, essências ,

metas tendo como centro e origem as coisas mesmas)no espírito.

O ato da ideação como um ato especificamente espiritual.

Na singularidade do que chamamos espírito, o ato especificamente

espiritual o ato de ideação, que é totalmente da inteligência técnica, do

pensamento indireto, dedutor também atribuído aos animais.

Para exemplificar, Max Scheler exemplifica com a dor, que podemos

analisar com a ciência positiva, com a filosofia, com a psicologia, com a

medicina, mas se tomarmos uma postura distanciada, meditativa,

contemplativa podemos tomar a dor como exemplo” de uma realidade

essencial, estranha e assombrosa,concluímos que este mundo é afetado pela

dor, pelo mal, e pelo sofrimento, teremos a pergunta”O que é a dor mesma?”

e como é o fundamento das coisas para a dor em geral?como é a constituição

essencial do mundo? (este é o conceito do método fenomenológico)

Na matemática somente o homem consegue separar do numero

concreto o numero abstrato, as ligações da multiplicidade e aplicar as coisas

reais que se encontram na multiplicidade.

Não importa a grandeza das nossas conclusões obtidas através da

inteligência, IDEAR significa sempre co-aprender a cada vez as qualidades

essências e as formas de construção do mundo, vale na infinita

universalidade de todas as coisas possíveis que são desta essência, vale para

todos os sujeitos dotados de espírito que pensam sobre este material, e

valem para alem dos limites de nossas experiências sensíveis e valem não

apenas para este mundo realmente existente, mas para todos os mundos

possíveis, este conhecimento essencial é chamado a priori.

Na ciência positiva, elas formam as pressuposições, os axiomas,

indicam a direção de uma observação, indução e dedução através da

inteligência e do pensamento discursivo.

Page 12: Resumo posição homem no cosmos

Na metafísica filosófica, os conhecimentos essenciais formam as

“janelas para o absoluto” dito por Hegel.

Esta capacidade de cisão entre essência e existência mostra o traço

fundamental do espírito humano, não só o fato de possuir saber, mas o fato do

homem ser capaz de ter ou de alcançar saber a priori,

No ato de ideação, o homem leva a termo a suspensão do caráter de

realidade das coisas do mundo, o animal vive totalmente no concreto e na

realidade efetiva, esta realidade é uma posição no espaço e no tempo, um aqui

e um agora, ser homem é romper com a realidade animal, na experiência de

Buda afirma no seu modo de desrealização do mundo e de si próprio. “é

maravilhoso ver cada coisa e terrível ser cada uma delas”,

Edmundo Husserl afirma o conhecimento da ideia com uma “redução

fenomenológica”( uma postura distanciada, meditativa, contemplativa) com um

corte ou restrição dos coeficientes causais da existência das coisas do mundo,

a fim de conquistar a essentia, Scheler vê nesta teoria o ato que define própria

e corretamente o espírito humano.

Na tentativa de redução a impressão da realidade, os conceitos como

duro, firme, as lembranças, o pensamento e atos possíveis, não proporcionam

a impressão da essência, o que estes conceitos nos fornecem é sempre e

apenas o modo de ser (causal) das coisas e nunca seu ser-ai(sua

existência).

A vivencia da realidade não nos é dada, depois de nossa representação

do mundo mas antes, IDEAR o mundo significa muito mais suspender para

nós o momento de realidade, aniquilar toda impressão da realidade, e

todas as relações afetivas, este ato de fundo ascético de desrealização só

pode subsistir em meio a suspensão, em meio ao desligamento do

ímpeto vital de toda percepção sensível.

Somente aquele ser que denominamos espírito( o X) pode executar esse

ato de desrealização, somente o espírito em sua forma de “vontade” pura

pode realizar, através de um ato de vontade o ato de inibição, subjugando e

reprimindo os próprios impulsos pulsionais, recusando dar lhes imagens

perceptivas e representações.

O Homem é aquele que pode dizer não, ele é o asceta da vida,

aquele que tem o domínio da vontade sobre a sua própria natureza e pode

Page 13: Resumo posição homem no cosmos

buscar a elevação do espírito até a esfera irreal(realidade em si) das

essências.

Em Buda, o vazio iluminador, após ultrapassar toda a sua natureza,

encontra fora a verdade o Samadhi (essência de todas as essências) e funde-

se e conhece a essência de todas as coisas.

O homem é “a bestia cupidissima rerum novarum” (animal ávido de

coisas novas), que nunca se aquieta com a realidade que o cerco, sempre

ávido por romper as barreiras de seu se aqui e agora, sempre aspirando a

transcender a realidade efetiva que o envolve nisso também sua

realidade.

Sigmund Freud vê o homem como “repressor das pulsações”, e por ele

ser tal repressor, que não é ocasional, mas constituído à pulsão, o homem

pode estabelecer seu mundo da percepção, como uma superestrutura através

de um reino ideal de pensamento, e através daí entregar de maneira crescente

ao espírito que habita nele a energia dormitante nas pulsões reprimidas, o

homem pode “sublimar” sua energia pulsional para uma atividade

espiritual.

Criticas da Doutrina Clássica e da Doutrina Negativa

O espírito só surge através da ascese, dessa repressão, dessa

sublimação, surge delas a energia?

Há duas possibilidades de apreensão do espírito, uma é a possibilidade

de apreensão do espírito, é a “teoria negativa” afirma que tudo culturamente

produzido do homem, todos os atos lógicos, morais, estéticos, artísticos,

emergem do “NÃO” ascético.

O defeito fundamental de todo e qualquer tipo de teoria negativa do

espírito é não dar nenhuma pista para as perguntas:

O que nega afinal no Homem, a vontade de vida, o que reprime as

pulsões?

A partir de quais fundamentos a energia pulsional reprimida é

sublimada?

Para onde ela é sublimada?

Como os princípios do espírito concordam com os princípios do ser?

Page 14: Resumo posição homem no cosmos

Para que é sublimado, para valores derradeiros e metas derradeiras?

O que é o desligamento orgânico e que inventa os instrumentos

materiais e imateriais?

Os órgãos são realmente desligados?

A teoria negativa responde desta forma: é o espírito mesmo que já

introduz a repressão à pulsão, na medida em que a “vontade” espiritual, já

orientada ideal e valorativamente , recusa aos impulsos ideais e valorativos

conflitantes as representações necessárias para uma ação pulsional, chamado

direcionamento o processo que consiste na “inibição”(non Fiat) de impulsos

pulsionais através da vontade espiritual, das ideias e do valor, mas ele não

consegue gerar ou suspender, aumentar ou diminuir a energia pulsional

qualquer, e só deixam o organismo realizar através da ação que ele espírito

quer, e seu fim ultimo é a conquista de poder e de atividade por parte do

espírito, o tornar-se inteiramente mais livre e mais autônomo, a vivificação do

espírito, pode se chamar de sublimação da vida em espírito.

Max Scheler afirma que o espírito não é condicionado pela atividade

negativa, o espírito é em ultima linha um atributo do ente mesmo que se torna

manifesto no homem em meio à unidade de concentração daquele que “reúne”

em si mesmo.

O espírito em sua forma pura encontra-se originalmente desprovido

de qualquer poder, força, atividade.

A outra possibilidade de apreensão do espírito é a grega que afirma

sobre o espírito, sua essencialidade, autonomia, força e atividade, a medida

mais elevada e possível de poder e força, denominada teoria clássica do

homem, que afirma o ser do mundo que existe desde o principio e se mantém

inalterável através do processo do devir da história (comos), as formas

superiores do ser, são modos de ser mais poderosos, mais vigorosos, são os

modos “causantes”, onipotente em virtude de seu espírito.

Afetou a filosofia Ocidental, na sua origem o conceito grego de espírito e

de ideias, uma teoria da autarquia da ideia, de sua força e atividade originária e

capacidade de produzir efeitos.

A teoria clássica se apresenta em Platão (ideias) e

Aristóteles(formas), se mostram como forças configuradoras que formam as

coisas do mundo a partir de um “ser possível” da prima matéria, puro espírito.

Page 15: Resumo posição homem no cosmos

Possui não apenas direção e direcionamento (inibir e desinibir), mas

vontade criadora positiva, onipotente.

Max Scheler questiona a afirmação de que o espírito possui poder

originário próprio e que sem o ímpeto vital, o espírito também é um principio

poderoso e onipotente somente concorda com: A autonomia do espírito é a

pressuposição suprema para a ideia de verdade e para sua

cognoscibilidade possível.

Na doutrina clássica apresenta-se em duas formas:

A doutrina substancia espiritual da alma no homem e a doutrina que

somente um único espírito existe e os outros espíritos singulares se mostram

somente como modos ou centros de atividade deste espírito

As duas aplicações de categorias cosmológicas do ser central no

homem não acertaram o seu alvo, pois o centro espiritual do ato, a pessoa

do homem, não é nenhuma substancia, mas um arranjo monárquico e

atos, sob os quais um deles possui de cada vez a liderança e a direção e é

orientado para aquele valor e para a ideia com as quais o homem sempre

se identifica.

O erro fundamental na teoria clássica no conjunto é supor que este

mundo em que vivemos é assim ordenado natural e constantemente e que as

formas de ser mais elevadas crescem não apenas em sentido e valor, mas,

aqui começa o erro, em força e poder, quanto mais elevadas elas são.

A forma errada de pensar as formas de ser mais elevadas, pensando

nos processos emergentes que pertencem às formas mais baixas de ser e

erroneamente supor que as formas de ser mais elevadas são a causa das mais

baixas, ou supor uma força vital, uma atividade de consciência, um espírito

ativo em si poderoso.

Se a teoria negativa leva a uma falsa explicação mecânica do todo, a

doutrina clássica conduz a um sentido inconsistente de uma visão “teleológica”

do mundo.( Aristóteles ideia de causa final )

Nikolai Hartman “As categorias ontológicas e valorativas superiores

são em si as mais fracas”, (portanto não podem exercer força nas mais

baixas (energia pulsional) e (quanto mais baixas, mais submetidas a leis

fixas pulsionais)).

Page 16: Resumo posição homem no cosmos

No mundo em que vivemos a corrente de força e de atuação que a

existência e modos de atuação de ser conseguem instaurar não transcorrem

de cima para baixo, mas de baixo para cima, é o mundo inorgânico que

com suas próprias leis que se encontra, na maior independência (algo

como vivente), entre as plantas e animais, são mais dependentes da existência

das plantas os animais, as plantas em relação ao inorgânico, possuem menor

dependência,

O que há de mais verdadeiro é que em todo poder e em toda efetividade

é justamente o espírito, quanto mais puramente é espírito.

O poderoso é originalmente o mais baixo, o impotente o mais elevado,

em relação às formas, toda e qualquer forma mais elevada é relativamente

desprovida de força, e elas não se realizam através das próprias forças, mas

através das mais baixas, o processo de vida é realizado exclusivamente pela

matéria e pelas forças do mundo inorgânico.

De forma semelhante o espírito encontra-se em relação à vida, a vida é

mais forte em seus pulsos, e o espírito mais fraco, o espírito pode encontrar

poder por sublimação, podem e se introduzir (ou não) nas pulsões vitais, nas

suas leis, em sua na estrutura das ideias e dos sentidos, e na estrutura que lhe

apresenta de maneira diretriz, e através desta introdução e penetração,

manifesta-se no individuo e na história, prestando força ao espírito (mas em si

mesmo e originalmente o espírito não possui nenhuma energia própria), a

forma de ser mais elevada “determina”, a essência e as regiões essenciais

na configuração do mundo, mas a realização no mundo é através de um outro

principio o que determina as imagens criadoras de realidade e as imagens

continentes chamado de impulso ou fantasia impulsiva criadora de

imagens.

O mais poderoso que há no mundo são os centros de força “cegos” em

relação às ideias, às formas e figuras, os centros de força características do

mundo inorgânico como ponto de atuação mais baixo de impulso, conforme a

física teórica atual, a não estão submetidos a nenhuma lei ontica (no que é e

como é), mas apenas a leis contingentes de um gênero estatístico (categoria).

(Somente o homem como ser vivo introduz, a partir de uma necessidade

biológica, (para poder agir) que seus órgão e funções sensoriais, aquele

conjunto de leis naturais que o entendimento posteriormente decifra Ex: A

Page 17: Resumo posição homem no cosmos

decisão de correr, tudo no corpo reage a ação de correr, batimento cardíaco,

respiratório, muscular etc.).

A gênese do homem e a gênese do espírito precisam ser consideradas

como a ultima ocorrência da sublimação da natureza um movimento que se

manifestaria concomitantemente (que se produz ao mesmo tempo):

Primeiro- na aplicação cada vez maior das energias externas acolhidas

pelo organismo aos processos mais complicados que conhecemos os

processos de excitação do córtex cerebral.

Segundo – Na ocorrência psíquica análoga da sublimação pulsional

como conversão da energia pulsional em atividade “espiritual”.

Encontramos a.inter-relação entre espírito e vida na história do homem,

que mostra em geral uma conquista crescente de autoridade por parte da

razão, que se dá por intermédio e em virtude de uma crescente apropriação de

ideias e valores de grandes tendências pulsionais de grupos e da articulação

de interesses entre eles.

O espírito e a vontade do homem nunca podem significar mais, do que

“direção” e “direcionamento”, o espírito apresenta ideias para os poderes

pulsionais e o querer proporciona ou priva os impulsos pulsionais de tais

representações que podem concretizar a realização destas ideias, o querer

espiritual não tem determinação diretriz originalmente determinante

orientada para a pulsão mesma, mas para a variação das representações.

Então há uma luta direta da vontade pura contra os poderes

pulsionais, se que se empreenda tal apresentação de ideias.

Onde esta luta é intentada, ela acaba por estimular as pulsões

muito mais em sua direção unilateral.

William James diz “o querer obtém sempre o contrario do que quer”,

quando, ao invés de buscar um valor mais elevado, se dirige para o mero

combate, para a negação da pulsão, este é a meta considerada ruim diante da

consciência, essa realização atraia a energia dirigida para o mero combate,

ao invés de buscar um valor mais elevado o que levaria ao esquecimento do

que é ruim, o homem precisa aprender a tolerar a si mesmo, mesmo aquilo

que ele considera pernicioso, ruim que são suas inclinações não pode ser

atacado com combate direto, mas é preciso supera-los indiretamente por

Page 18: Resumo posição homem no cosmos

uma ação e direcionamento das energias para algo valioso, para aquilo

que a consciência reconhece como boas e primorosas e que lhe são

acessíveis, esse é o conceito de não resistência ao mal.

Podemos dizer que a resistência a paixão somente a fortalece (por

concentração de energia contra seus próprios pulsos), direcionar a ação para

algo de valor realmente anula a força da paixão.

O homem possui os extremos em si:

Possui todos os estágios essenciais abaixo dele com todas as

forças e pulsos.

Possui a mais alta capacidade de sublimação de sua própria

natureza diminuição de forças e pulsos.

No homem a unificação das forças, conceito da realização da eterna

Deitas, “a existência de Deus através de sua criação”.

O que é atemporal, tornado temporal na vivencia finita do homem.

Como auto realização do Ser, o mundo como corpo da substancia

eterna, a existência do Ser através de sua criação.

No mundo a conciliação das formas de ser, com poder faticamente

efetivos, com as forças superiores do Ser as mais fracas, e, as formas

mais baixas as mais fortes.

No homem a unificação do espírito mais elevado, mas impotente de

forças com o impulso cego sem as ideias e valores, no homem a ideação

progressiva e espiritualização, a dotação de força e domínio ao espírito.

Se pensarmos no SER como principio e fim, não move, mas move todas

as coisas por atração fica claro que o espírito no homem o atrai para a

IDEAÇÃO do perfeito superior a sua natureza.

Unidade Corpo Alma Crítica a doutrina negativa e antiguidade clássica

Na teoria clássica a forma mais eficaz é a teoria cartesiana, a nova

autonomia e soberania do espírito (ratio), hoje os filósofos, médicos e

pesquisadores da natureza, convergem cada vez mais para a unidade: é uma

e a mesma vida, com a configuração formal psíquica em seu ser intimo e

corpóreo em seu ser para os outros, mas uma, pois o processo psíquico e o

processo da vida são rigorosamente idênticos, só diversos fenomenalmente

Page 19: Resumo posição homem no cosmos

( na forma de conhecer) denominados fisiológico” e “psicológico” são apenas

dois lados de um e mesmo evento vital, uma biologia desde o interior e uma

biologia desde o exterior.

Exemplo do cachorro que vê um pedaço de carne, a formação do suco

gástrico é processo que ocorre mecanicamente pela unidade funcional

fisiológica no recebimento do alimento, na visão do alimento é o

sugestionamento que pode provocar o mesmo efeito da comida real é acionado

o sistema pulsional que faz a mediação do movimento vital e a consciência,

mostra que comportamentos e estímulos químico físicos podem ser

provocados e alterados de fora, por estimulação psíquica, sugestionamento,

hipnose,psicoterapia ou transformação social.

Ex: Ulcera estomacal pode ser condicionada psiquicamente ou por

processo químico

Também os atos espirituais sempre possuem um elemento paralelo

fisiológico e psíquico, uma vez que retiram da esfera pulsional toda a energia

empregada, a vida psicofísica é uma- e esta unidade é um fato que vale para

todos os seres vivos.

Enquanto o organismo humano não é essencialmente superior ao animal

em suas funções sensório motoras, a distribuição de energia entre o seu

cérebro e todos os outros sistemas organismos é completamente diferente.

Em meio à inibição genérica da assimilação, o cérebro é o ultimo a ser

inibido, e, comparando com outros órgãos, o que é menos inibido, pois as

excitações do cérebro nunca cessam mesmo sem estimulo externo, como no

sono.

Ficando somente a percepção sensorial, a corrente anímica segue

continua quanto a corrente fisiológica da excitação, através dos estados do

sono e vigília, no homem o cérebro parece ser o órgão propriamente da morte

em medição mais elevada que o animal, pois no homem a centralização e a

vinculação de todos os seus processos vitais na unidade cerebral.

Não são corporeidade e a alma ou o corpo e a alma ou o cérebro e a

alma no homem que faz a oposição ontica entre o animal e o homem (que os

classificam diferentemente em categorias diferentes).

Page 20: Resumo posição homem no cosmos

A oposição homem e animal e vivenciada através de uma ordem

mais elevada é muito mais profunda: ela é a oposição entre espírito e

vida.

Se tomarmos o psíquico e o físico como apenas dois lados de um e do

mesmo processo vital corresponde dois modos do mesmo processo:

X(o espírito) que leva a cabo justamente esse dois modos de

consideração precisa ser superior à oposição entre corpo e alma.

Este X não é nada alem do espírito, que nunca se torna ele mesmo

objetivo, mas a tudo objetiva.

Se a vida é um ser não espacial (não localizada no corpo), mas

certamente temporal (existe no tempo)- o organismo é um processo, e toda

forma aparentemente inerte do corpo é suportado e mantido por esse processo

vital a cada instante-, então o que denominamos espírito não é apenas

supra-espacial, mas também supratemporal(não esta no corpo e no

tempo).

As intenções do espírito cortam por assim dizer o curso temporal da

vida.

Apenas indiretamente o ato espiritual também é, uma vez que reivindica

uma atividade, dependente de um processo vital temporal e esta como que

acomodado nele (para objetiva-lo).

Por mais essencialmente diversos que sejam vida e espírito eles são

dois princípios que se encontram no homem co-referidos:

O espírito idealiza a vida – mas somente a vida consegue colocar o

espírito em atividade e realiza-lo desde a sua mais simples mobilização

para a ação até a consecução de uma obra.

Critica as doutrinas Naturalistas e a doutrina de Ludwig Klages

Erros das teorias e erros Naturalistas está em dois tipos estabelecidos

unilateralmente a concepção formal-mecanica e uma vitalista.

A formal mecânica exclui da categoria da vida a relação entre espírito e

vida anteriormente em Demócrito e Epicuro representado por homem maquina

sem o âmbito espiritual, somente a manifestação paralela de leis físico-

químicas vigentes no organismo.

Page 21: Resumo posição homem no cosmos

A outra é a natureza humana de Hume, que concebe o eu como um

entroncamento, onde os elementos do mundo sensorial se conectam com uma

definição particular.

Nas duas doutrinas o principio formal mecânico é impelido ao seu ápice

mais extremo, um sob o conceito e os princípios da mecânica física e o

outro dos conceitos fundamentais da ciência inorgânica da natureza, no

entanto o erro destes dois tipos de teoria mecânica é desconhecida a essencial

da vida em sua peculiaridade e legitimidade próprias.

Uma segunda subespécie da teoria vitalista, transforma a categoria da

via na categoria da concepção total do homem, e, com isto, também do

espírito, superestimando o principio vital derivam desta teoria a concepção do

homem faber, e a partir da pulsão de poder da vida, Nietzche cria seu conceito

de “vontade de poder”as formas de pensamento como funções necessárias

importantes para a vida.

Hans Vaihinger o segue criando três subtipos como um sistema de

pulsões de poder, criando o homem naturalista-vitalista que são as pulsões da

alimentação, pulsões de reprodução e as pulsões sexuais definido o conceito

“O Homem é o que ele come”.

Karl Marx defende uma concepção análoga de que o homem não faz

tanto história, mas que é muito mais a história que da ao homem formas

diversas, em verdade em primeiro lugar a história econômica, “a história da

relação materiais de produção”, e segundo esta concepção, a história das

produções espirituais da arte, na ciência, na filosofia, no direito e não possui

uma lógica interna própria e uma continuidade em geral, esta continuidade e

casualidade própria e transportada para o interior do decurso das formas

econômicas, segundo Marx cada forma histórica cunhada tem por

consequência um mundo espiritual peculiar, a conhecida superestrutura.

A concepção do homem como ser primariamente dominado pela pulsão

de poder e pela pulsão da validade surgiu historicamente em Maquiavel, com

Thomas Hobbes e com grandes políticos do estado absoluto, tendo encontrado

seu prosseguimento na atualidade em meio a doutrina de Friedrich Nietzsche

sobre o poder, e mais em direção ao lado médico-psicologico, em meio a

doutrina de Alfred Adler acerca do primado da pulsão de validade.

Page 22: Resumo posição homem no cosmos

A terceira concepção naturalista possível é aquela que toma a vida

espiritual como forma de uma libido sublimado, como a sua dimensão simbólica

e como sua superestrutura etérea, e, com isto, considera toda a cultura

humana e suas realizações como produtos de uma libido reprimida e

sublimada.

Shopenhauer designa o amor sexual como o foco da vontade de viver, e

Freud ampliou esta concepção do homem até as mais extremas

consequências.

Max Scheler rejeita completamente todas estas doutrinas

naturalistas, sejam do tipo mecânico ou do tipo vitalista, e atribui ao tipo

vitalista o mérito de definir que o que é vigorosamente criador no homem

em sentido próprio não é o que denominamos “espírito”( e as formas

superiores de consciência) mas os obscuros poderes pulsionais

subconscientes da alma, e de que a formação do destino humano tanto de

seres singulares quanto de grupos depende antes de tudo da continuidade

destes processos e de seus correlatos simbólicos imaginéticos, assim como o

mito não é um produto da historia, mas o elemento que determina o curso da

historia .

Max Scheler afirma que todas estas teorias se equivocam, na

medida em que querem derivar não apenas a atividade, a conquista de

força por parte do espírito e de suas ideias e valores, mas também estas

ideias mesmas segundo a consistência significativa de seu conteúdo, e,

ainda além, as leis do espírito e seu crescimento interior a partir destes

poderes pulsionais.

Se o erro do idealismo ocidental na teoria “clássica” foi não ter se dado

conta, com sua enorme superestimação do espírito, da verdade profunda de

Espinosa, “a razão é incapaz de regular as paixões, a não ser ela mesma-

por força da “sublimação”, torne uma paixão, então o assim chamado

naturalismo menosprezou por seu lado completamente a originalidade e a

autonomia do espírito”.

Ludwig klages procurou compreender as duas categorias irredutíveis “da

vida e do espírito”, fundou filosoficamente um modo de pensar “panromantico”

sobre a essência do homem, e posteriormente muitos outros de diversas

ciências, Edgar Dacqué, Leo Frobenius, C.G. Jung, Hans Prinzhorn, Theodor

Page 23: Resumo posição homem no cosmos

Lessing,Oswald Spenger, caminharam por este pensamento filosófico que

consiste em dois pontos, o espírito é em verdade assumido como

originário, mas integralmente equiparado á inteligência e a capacidade de

escolha, não reconhece o fato de que o espírito não objetiva apenas

primariamente, mas também, intui ideias e essencialidade sobre a base de

uma certa desrealização.

Assim ele desprovê o espírito de sua essência e de seu cerne próprio,

sendo desvalorizado por Klages, ele considera um estado de guerra originário

e principal com tudo o que diz respeito a vida anímica, e que esta possui

“expressão” pura e simplesmente automática, e neste estado de luta, o espírito

é o principio destruidor da vida e da alma no interior da história humana, ele vê

um adoecimento progressivo da vida, representado pelo homem, no conceito

de Klages o espírito “irrompe”depois da gênese do homem em uma ponto

determinado na história(vista com olhos bachofenicos,o homem precisa

transpor este fato histórico para a própria criação do homem.

Max Scheler contesta este tipo de pensamento afirmando que, o fato de

não advir ao espírito nenhuma força e nenhum poder, nenhuma energia

originaria para a atividade, através do qual pudesse antes de tudo levar a termo

esta “destruição”, não poderia existir tal oposição dinâmica e hostil entre vida e

o espírito.

As citações de Klages (Nação romântica- espírito e Alma contrapondo-

se, Alma= principio anímico irracional e vital, espírito-faculdade puramente

racional, este conceito aplicado a sociologia comunidade- sangue e alma,

sociedade- razão e espirito )sobre a humanidade não devem ser imputadas ao

espírito, mas reduzidas ao conceito de “hipersublimação”, que é um estado de

excessiva cerebralização do homem, que por este processo tem-se uma fuga

conscientemente romântica para o interior de um estado de excesso de

atividade intelectual discursiva.

Exemplo do movimento dionisíaco na Grécia, que foi um movimento de

fuga, e onde quer o dionisíaco e a forma dionisíaca da existência humana se

mostrem como originários e ingênuos, o conceito de estado dionisíaco mesmo

repousa sobre uma técnica da vontade complicada e consciente, ou seja,

trabalha com o mesmo espírito que deve ser posto para fora do jogo.

Page 24: Resumo posição homem no cosmos

Tanto na desinibição pulsional expressa quanto na ascese racional

a introdução é feita a partir do espírito.

A outra citação de Klages é que; “Onde quer que apareçam atividades

espirituais contrapostas a atividades da alma de maneira pura e simplesmente

automáticas, elas são amplamente perturbadas, são os sintomas da

perturbação da batida do coração, da respiração, e de outras atividades da

atenção, e as perturbações quando a vontade se dirige diretamente contra o

impulso pulsional, ao invés de proporcionar novos conteúdos valorativamente

acentuados”, Max Scheler contesta que o que Klages novamente atribui ao

espírito não é na realidade espírito, mas inteligência técnica complicada()

justamente á aquilo que klages opõe-se, a uma concepção positivista do

homem e uma concepção do homem como homo faber, e neste ponto erra por

ser acrítico e não ver que é justamente o que combate agudamente.

Max Scheler conclui que o espírito e vida estão mutuamente

coordenados, e, é um erro fundamental colocá-los em uma hostilidade

originária, em um estado de luta originário.

A origem da religião e da metafísica, o homem e o fundamento do

Mundo

A tarefa da antropologia filosófica é mostrar como emergem a partir da

estrutura fundamental do ser homem, todos os monopólios específicos, as

realizações e obras do homem, como a linguagem, a voz da consciência, o

instrumento, as armas,as ideias de certo e errado, o estado o governo, as

funções representativas das artes, do mito, da religião, da ciência, da

historicidade e da sociedade.

Inicialmente é preciso olhar para o que foi dito para a relação metafísica

do homem com o fundamento das coisas.

O mais belo fruto da natureza humana a necessidade interna do

homem, e isto pertencem a sua essência, e, é ato da própria gênese do

homem, a motivação para o instante em que através da consciência do

mundo e de si próprio e pela objetivação mesma de sua natureza

psíquica, que são os traços específicos fundamentais do espírito,

Page 25: Resumo posição homem no cosmos

precisou aprender a ideia de um ser supramundo infinito e absoluto, se

destacou do conjunto da natureza e tornou-o seu “objeto”, e a partir deste

momento não mais posso dizer eu sou uma parte do mundo, sou

envolvido por ele”, pois se encontrou em uma nova condição, e o novo

ser atualizado de seu espírito e de sua pessoa, compreende que é

superior até mesmo as formas do ser deste “mundo” em espaço e tempo.

Em meio a compreensão de tudo isso, ele vê o nada, e a possibilidade

do nada absoluto, que o impele para frente até a pergunta: “ por que há

um mundo, e por que e como ‘eu’ existo?.

Aprende-se a necessidade essencial (esta necessidade essencial

faz parte da categoria homem, crendo ou não, vivenciando ou não,

conhecendo ou não) deste contexto que subsiste entre a consciência do

mundo, a consciência do si próprio e a consequencial formal do SER, “Ser que

é por si mesmo”, dotado com o predicado “divino”, um ser que pode assumir

uma míriada de locupletações (miríade: numero infinito, locupletações: uso

indevido) as mais multicoloridas.

Mas a esfera de um ser absoluto em geral, indiferentemente do fato de

ela ser ou não acessível à vivencia e ao conhecimento pertence de maneira tão

constitutiva à essência do homem quanto sua autoconsciência ou a sua

consciência do mundo.

O predicado do homem é o conhecedor de si e suas limitações e

conhecedor do mundo e suas leis.

Wilhelm Von Humbolt “O HOMEM NÃO PODE TER INVENTADO A

LINGUAGEM PORQUE ELE SÓ É HOMEM ATRAVÉS DA LINGUAGEM”

este conceito vale com o mesmo rigor para a esfera formal ontológico de um

ser em si, A origem da religião ("religação") a origem da metafísica (além

da Física) coincidem completamente com a gênese do próprio homem.

No instante que se torna consciente em geral do mundo e de si mesmo,

o homem precisa descobrir, a contingencia de que há mundo e não antes não

há, “Consciência do mundo, do si próprio e do SER formam uma unidade

estrutural ilacerável- exatamente como a transcendência do objeto e da

autoconsciência emergem no mesmo ato.”.

No mesmo instante em que aquele “NÂO, NÂO” à realidade concreta do

meio ambiente, o instante se construíram o ser espiritual atual e seus objetos

Page 26: Resumo posição homem no cosmos

ideais, no instante surgiram o comportamento aberto para o mundo, e aquilo

que nunca apazigua de avançar ilimitadamente para o interior e esfera da

descoberta do mundo, a não aquietação em meio a nenhum estado de fato, no

instante que o homem rompeu os métodos de todo viver animal que lhe era

precedente na adaptação ao meio ambiente, o homem toma a direção inversa

adapta o mundo descoberto a si e à sua vida, que se tornou estável, no

instante que o homem se arrancou da natureza e a tornou objeto de sua

dominação e do novo principio das artes e dos signos, justamento no

instante que o homem precisou ancorar seu centro de algum modo fora e

para além do mundo.Ele não mais podia tornar se uma simples parte ou

membro do mundo, sobre o qual ele se colocou de maneira audaz.

Nesta descoberta da contingencia do mundo e do estranho acaso

de seu cerne ontológico, agora excêntrico ao mundo, algo duplo tornou-

se possível, o homem poderia admira-se, colocar o seu espírito

cognoscente em movimento para aprender o absoluto e articular-se com

ele, esta é a origem de todo tipo da metafísica.

Mas o homem povoa esta esfera ontológica com figuras, busca a

partir de um impulso incontrolável o abrigo, para si e para o grupo, busca

na fantasia, refugiar-se no poder do culto e do rito, a proteção e auxilio,

uma vez que parecia estar caindo no puro nada, ao afastar se da natureza

por sua objetivação da a natureza, e neste vir a ser concomitantemente de

seu ser si próprio e de sua autoconsciência e para superar a esta nova

falta de sentido ele busca abrigo, apoio o que denominamos religião o

religar do homem a este nova condição essencial.

Estas conformações de pensamento e de representação dessa nova

condição essencial é o mito que fornece primariamente ajuda ao homem e se

desdobra para os conhecimentos orientados para a verdade, conhecimentos

do tipo da metafísica, um modo de obter e religar o homem aos princípios

da verdade e atributos do ser.

È preciso rejeitar todas as ideias vindas das religiões para uma

consideração filosófica da relação do homem com o fundamento supremo,

uma relação do homem com o fundamento do mundo, reside no fato de que

este fundamento só se compreende e só se realiza no homem, e, que o

homem nessa condição essencial, tanto como ser espiritual quanto como

Page 27: Resumo posição homem no cosmos

ser vivo, é sempre apenas um centro, parcial do espírito, e do ímpeto do

“ser que existe em si”(no HOMEM), “o SER, se compreende e realiza

imediatamente no homem mesmo”

O ente originário (homem) toma ciência de si mesmo no homem em

meio ao mesmo ato em que o homem se vê fundado nele. Espinosa e Hegel

Este saber fundado (sobre o Homem) é apenas uma consequência da

decisão tomada pelo centro de nosso ser de trabalhar em prol da exigência

ideal da Deitas (originado de Deus) e a consequência de leva-lo a cabo,

contribuir concomitantemente com o engedramento (Produzir; inventar) do

“Deus” , que veio a se a partir do fundamento originário e se mostra como

a crescente compenetração entre espírito e impulso.

O lugar da auto realização, da autodivinização, a busco do ser que

existe por si(esta busca é humana), é justamente o homem, o si próprio

humano e o coração humano, esses são os únicos lugares da gênese de

deus(concepção de Deus) que é acessível, a conjunção de impulso e

espírito, que nos são cognoscível do Ens per si (SER que existe por si) só

são ligados vitalmente um ao outro no homem, e em seu si próprio, o homem

é o seu ponto de encontro (onde pode ser encontrado) e nele o Logos, a

gênese do homem e a gênese de Deus estão co-referidas reciprocamente no

nascimento da concepção HOMEM.

O Homem não pode alcançar sua determinação sem se saber como

membro daqueles dois atributos do ser supremo e sem se saber morando

neste ser.

O Ens a se( SER em mim) não pode alcançar a sua determinação(não

pode ser determinado) sem a atuação concomitante do homem (o SER existe

porque o HOMEM existe).

Espírito e Impulso, os dois atributos do ser HOMEM, prescindi

(dispensa) a compenetração mutua, como fim ultimo, crescem em si

mesmos, justamente através destas suas manifestações na história do

espírito humano e na evolução da vida universal, a metafísica pressupõe

um espírito vigoroso, altivo no homem, de uma cruzada conjunta, de sua

co-óbtenção da divindade, no curso e desenvolvimento e de seu

autoconhecimento.

Page 28: Resumo posição homem no cosmos

No homem o ato elementar da sua entrega pessoal, ao SER, a auto

identificação, e direção de seus atos para o espiritual, torna-se parte de

sua vida, ATO, através da co-realização espiritual, ATO através da

entrega do HOMEM e ATO através da identificação da obra conjunta

HOMEM e SER da realização dos valores na história do mundo até o

presente.

Conclusão

È preciso rejeitar todas as ideias vindas das religiões para uma

consideração filosófica da relação do homem com o fundamento supremo, mas

considerar uma relação do homem com o fundamento do mundo,esta

afirmação de Max Scheler pode chocar a ouvidos mais sensíveis e as pessoas

que não possam olhar para a forma fenomenológica de fazer filosofia, pois ela

rompe com todos os conceitos do senso comum, vai até as coisas mesmas, e a

conclusão rompe com a forma de ver o homem e o ser.

Max Scheler estuda e apresenta três conceitos principais:

O Primeiro conceito é em relação às forças vitais que constituem o

homem, o pulso, o impulso e a vontade, compara e constata que as formas da

natureza mais baixas possuem mais força(pulso da vida) sobre as mais

elevadas, que o espírito não pode atuar por força pois não a possui, somente

através da vontade humana direcionada pelo espírito pode atuar.

“O espírito e a vontade do homem nunca podem significar mais, do

que direção e direcionamento, o espírito apresenta ideias para os poderes

pulsionais e o querer proporciona ou priva os impulsos pulsionais de tais

representações que podem concretizar a realização destas ideias, o querer

espiritual não tem determinação diretriz originalmente determinante

orientada para a pulsão mesma, mas para a variação das representações.”

“No mundo a conciliação das formas de ser, com poder faticamente

efetivos, com as forças superiores do Ser as mais fracas, e, as formas

mais baixas as mais fortes.”

Page 29: Resumo posição homem no cosmos

“O espírito em sua forma pura encontra-se originalmente

desprovido de qualquer poder, força, atividade.”

O Homem é aquele que pode dizer não, ele é o asceta da vida,

aquele que tem o domínio da vontade sobre a sua própria natureza e pode

buscar a elevação do espírito até a esfera irreal(realidade em si) das

essências.

O segundo conceito é em relação com a forma do homem IDEAR,

No homem o fenômeno de pensar o vazio espacial e o vazio temporal,

precedendo todos os conteúdos possíveis da percepção e do mundo das

coisas, se mostre como “basilares” (principio e base para...) para este principio

de conhecimento, e por causa dele, no homem o leva para o próprio vazio em

seu coração com um “vazio infinito” do espaço e tempo.

O homem é capaz de medir a si mesmo e a relação espaço e tempo

a sua frente ou ambiente, pode medir todas as coisas em relação a si, e se

alçar sobre si mesmo e, a partir de um centro como que para além do mundo

espaço-temporal, incluindo ai ele mesmo, tornar tudo objeto de seu

conhecimento.

Terceiro Conceito a gênese do homem e a gênese de Deus.

Wilhelm Von Humbolt “O HOMEM NÃO PODE TER INVENTADO A

LINGUAGEM PORQUE ELE SÓ É HOMEM ATRAVÉS DA LINGUAGEM”

este conceito vale com o mesmo rigor para a esfera formal ontológico de um

ser em si, a origem da religião ("religação") a origem da metafísica (além

da Física) coincidem completamente com a gênese do próprio homem.

O homem como ser espiritual, é o ser que se coloca acima do si

mesmo como ser vivo e acima do mundo, pode supor e concluir além de

si mesmo.

O mais belo fruto da natureza humana a necessidade interna do

homem, e isto pertencem a sua essência, e, é ato da própria gênese do

homem, a motivação para o instante em que através da consciência do

mundo e de si próprio e pela objetivação mesma de sua natureza

psíquica, que são os traços específicos fundamentais do espírito,

precisou aprender a ideia de um ser supramundo infinito e absoluto, se

Page 30: Resumo posição homem no cosmos

destacou do conjunto da natureza e tornou-o seu “objeto”, e a partir deste

momento não mais posso dizer eu sou uma parte do mundo, sou

envolvido por ele”, pois se encontrou em uma nova condição, e o novo

ser atualizado de seu espírito e de sua pessoa, compreende que é

superior até mesmo as formas do ser deste “mundo” em espaço e tempo.

Esta capacidade de cisão entre essência e existência mostra o traço

fundamental do espírito humano, não só o fato de possuir saber, mas o fato do

homem ser capaz de ter ou de alcançar saber a priori, as ideias não são

antes, não são em, e não são depois das coisas, mas juntamente com

elas , as ideias só são geradas no ato constante da concretização do mundo

criatio continua (ideias geradas no ato constante e concretização, ação e

participação no fato concretizado, criando ideias, valores, essências ,

metas tendo como centro e origem as coisas mesmas)no espírito.

Em meio à compreensão de tudo isso, ele vê o nada, e a possibilidade

do nada absoluto, que o impele para frente até a pergunta: “por que há

um mundo, e por que e como ‘eu’ existo”?

Aprende-se a necessidade essencial (esta necessidade essencial

faz parte da categoria homem, crendo ou não, vivenciando ou não,

conhecendo ou não) a consciência do si próprio e a consequencia formal do

SER, “Ser que é por si mesmo”, indiferentemente do fato de ela ser ou não

acessível a vivencia e ao conhecimento, pertence de maneira tão constitutiva à

condição essêncial do homem quanto sua autoconsciência ou a sua

consciência do mundo.

No instante que o homem se arrancou da natureza e a tornou objeto

de sua dominação e do novo principio das artes e dos signos, justamento

no instante que o homem precisou ancorar seu centro de algum modo

fora e para além do mundo.

È preciso rejeitar todas as ideias vindas das religiões para uma

consideração filosófica da relação do homem com o fundamento supremo,

uma relação do homem com o fundamento do mundo, reside no fato de que

este fundamento só se compreende e só se realiza no homem, e, que o

homem nessa condição essencial, tanto como ser espiritual quanto como

ser vivo, é sempre apenas um centro, parcial do espírito, e do ímpeto do

“ser que existe em si” (no HOMEM), “o SER, se compreende e realiza

Page 31: Resumo posição homem no cosmos

imediatamente no homem mesmo” e o lugar da auto realização, da

autodivinização, a busco do ser que existe por si(esta busca é humana),

é justamente o homem, o si próprio humano e o coração humano, esses

são os únicos lugares da gênese de deus(concepção de Deus) que é

acessível, a conjunção de impulso e espírito, que nos são cognoscível do

Ens per si (SER que existe por si) só são ligados vitalmente um ao outro no

homem, e em seu si próprio, o homem é o seu ponto de encontro (onde

pode ser encontrado) e nele o Logos, a gênese do homem e a gênese de

Deus estão coreferidas reciprocamente no nascimento da concepção HOMEM.

Ens a se (SER em mim) não pode alcançar a sua determinação (não pode ser

determinado) sem a atuação concomitante do homem (o SER existe porque o

HOMEM existe).

No homem o ato elementar da sua entrega pessoal, ao SER, a auto

identificação, e direção de seus atos para o espiritual, torna-se parte de

sua vida, ATO, através da co-realização espiritual, ATO através da entrega

do HOMEM e ATO através da identificação da obra conjunta HOMEM e

SER da realização dos valores na história do mundo até o presente.

O homem é “a bestia cupidissima rerum novarum” (animal ávido de

coisas novas), que nunca se aquieta com a realidade que o cerco, sempre

ávido por romper as barreiras de seu se aqui e agora, sempre aspirando a

transcender a realidade efetiva que o envolve nisso também sua

realidade.