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Vivendo sem Máscaras Como cultivar relacionamentos abertos e leais. Igreja Batista Bíblica em Valparaíso www.ibbv.org.br

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  • Vivendo semVivendo sem

    MscarasMscarasComo cultivar

    relacionamentos

    abertos e leais.

    Igreja Batista Bblica em Valparaso

    www.ibbv.org.br

  • Este material um resumo do livro:

    Vivendo sem Mscaras

    Autor: Charles Swindoll

    Editora Betnia

    Usado na Escola Bblica Dominical, Classe de Jovens, da

    Igreja Batista Bblica em Valparaso, Santo Andr.

    Disponvel para download no site:

    www.ibbv.org.br

    Santo Andr, abril de 2013

    Vivendo sem

    Mscaras

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    Introduo

    A sobrevivncia social dentro e fora da igreja fica, aparentemente, bem mais fcil

    quando usamos mscaras.

    O que sentimos no importa, no importa a verdade, o fato que, quando aprendemos

    a esconder-nos habilidosamente por trs de uma mscara, no precisamos enfrentar todas as

    dificuldades a que estaramos expostos se nos apresentssemos a descoberto. Como ela nos

    sentimos mais seguros. E o que nos falta em sinceridade compensado por uma falsa

    segurana.

    S existe um problema nessa brincadeira de usar mscaras - no verdadeira. Por isso,

    ela nos fora a passar de longe pelas pessoas sem nos relacionarmos com elas. Isso favorece

    uma atitude falsa, a de querer dar uma boa impresso, em vez de um realismo sincero, que nos

    liberta e alivia as tenses. E o que pior, quando escondemos nossa verdadeira personalidade

    por detrs de uma camada de verniz reluzente, acabamos nos isolando e ficamos sozinhos, em

    vez de sermos compreendidos e amados do jeito que somos. O mais triste de tudo isso que

    quanto mais tempo continuarmos agindo assim, melhor se torna nosso desempenho, e mais

    isolados vamos ficando em nosso oculto mundo de temores, sofrimento, raiva, insegurana e

    tristeza - todas essas coisas so emoes normais e naturais que procuramos esconder, mas que

    mostram que somos apenas humanos.

    O resultado disso tudo? Distanciamento. O distanciamento que deixa voc fora de

    sintonia com o prximo - separado por muralhas bem lacradas, trancadas, que impedem que

    conheamos uns aos outros, e a nos auxiliarmos mutuamente quando for necessrio. Mas

    prevalece o fato de que esse distanciamento precisa ser solucionado. Precisamos uns dos

    outros. apesar de toda a incerteza, as compensaes que temos por viver sem mscaras

    superam em muito os riscos envolvidos nessa atitude.

    Prximas aulas

    1. Desprendendo a Mscara - o Comeo

    2. O aprofundamento traz o risco das mudanas

    3. Aproximar-se mais fortalecer-se

    4. Operao integrao

    5. Unidos e invencveis

    6. Quando o relacionamento acaba

    7. O verdadeiro amor

    8. Precisa-se: Abrigo para vtimas da enchente

    9. Os elementos perniciosos tero que ser eliminados

    10. Decida por si mesmo

    11. A necessidade de respondermos perante algum

    12. Um transplante de esperana - O operao mais necessria.

    Concluso

    Mas todos ns, com rosto descoberto,

    refletindo como um espelho a glria do Senhor,

    somos transformados de glria em glria na mesma imagem,

    como pelo Esprito do Senhor.

    2 Corntios 3:18

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    Desprendendo a Mscara - O Comeo

    O crescimento de um grupo pode ser estimado de muitas formas, e no apenas numericamente.

    Fazendo um rpido estudo do crescimento da igreja primitiva no livro de Atos, percebi como era grande

    realmente a igreja do primeiro sculo. Primeiro, trs mil convertidos; pouco depois mais uns milhares; e

    algum tempo depois mais alguns milhares. E, no entanto, era um grupo cheio de dinamismo e de amor.

    Senti-me aliviado, mas, ao mesmo tempo, intrigado. Ali havia equilbrio entre dar e receber, entre ouvir e

    praticar, entre receber instruo e estar envolvidos uns na vida dos outros.

    luz de Atos 2.42-45; 4.32-35; 5.12-16; 8.4-8 e Ec. 4.9-12 aprendemos trs fatores cruciais que

    precisam ser aceitos. Conseqncias negativas do isolamento. Benefcios vitais do relacionamento com os

    outros e Absoluta necessidade de integrao.

    CONSEQNCIAS NEGATIVAS DO ISOLAMENTO - Para que uma pessoa se convena do valor da mutualidade

    e do envolvimento com outros, preciso que enxergue claramente as conseqncias do isolamento. A

    grande verdade que precisamos uns dos outros.

    O isolamento total praticamente intolervel para o ser humano adulto mesmo que suas

    necessidades fsicas sejam supridas.

    Produto de nossa filosofia do viva a sua vida, que mantm as pessoas distncia e na qual est

    implcita uma atitude de menosprezo: No preciso de voc. Hoje em dia, essa mentalidade totalmente

    centralizada no eu est sendo promovida e levada a posies extremas, popularizadas por inmeros livros

    que logo chegam s listas dos best -sellers, como, por exemplo, a obra Como ser o melhor amigo de si

    prprio.

    BENEFCIOS VITAIS DO RELACIONAMENTO COM OUTROS - Vamos voltar ao que disse esse rei do passado, e

    vejamos as diversas razoes por que melhor serem dois . Isso verdade por que: Tm melhor paga de seu

    trabalho (v.9). Esforo mtuo. Um levanta o companheiro (v.10). Apoio mtuo. Eles se aquentam um ao outro

    (v.11). Estmulo mtuo. Os dois resistiro ao ataque (v.12). Fora mtua.

    Voltando s palavras de Salomo, vemos que somente quando partilho as experincias da vida

    com outras pessoas que consigo apreci-las e suport-las, e tiro disso o melhor proveito. Foi o que fizeram

    os cristos primitivos. Eles logo aprenderam que, para sobreviverem, teriam que buscar a comunho uns

    com os outros. Infelizmente, esse termo, comunho crist, est desgastado, j que passou a fazer parte da

    coleo de chaves evanglicos. A palavra grega original, koinonia, continha a idia de partilhar ou ter

    algo em comum com outrem, penetrar na vida de outrem, e, se preciso, ajudar a outra pessoa. claro que

    ter um relacionamento com algum implica em ter comunho, e impossvel ter comunho mantendo-se

    o outro distncia.

    ABSOLUTA NECESSIDADE DE INTEGRAO J analisamos as conseqncias do isolamento e as vantagens do

    relacionamento. provvel que todos concordem com essas colocaes, mas talvez estejam

    perguntando: Como? Como uma igreja grande, freqentada por um grande nmero de pessoas, de

    formaes as mais variadas, consegue canalizar toda essa energia e fazer com que elas deixem de ser

    meros espectadores, para se tornarem participantes? Uma coisa posso assegurar: isso no se d

    automaticamente. As pessoas no comeam a se envolver umas com as outras, desprenderem as

    mscaras e a se devotarem aos irmos de uma hora para outra. O segredo para se conseguir isso um

    firme esforo de integrao.

    Em qualquer um desses grupos, eles poderiam experimentar maior envolvimento e troca de

    experincias. Encontrei muitos textos bblicos que apoiavam esse conceito de integrao. Alis, este livro

    nada mais , na verdade, do que uma compilao do que encontrei na Bblia. E minha esperana que

    cada pessoa que ler estas pginas compreenda a importncia de se tornar um assduo participante das

    atividades da casa de Deus, deixando de ser um mero espectador dominical. E, para encerrar este

    captulo, talvez fosse bom que eu desse uma definio de integrao. Quando emprego esse termo, tenho

    em mente a idia de absorver -se dentro do funcionamento do Corpo de Cristo, como um participante

    ativo, relacionando-se com outros membros do corpo, amando e partilhando de sua vida. Se essa

    mentalidade nos e tornar parte de nossa vida, e enquanto no abandonarmos as arquibancadas da

    religio formal e nos situarmos no gramado do cristianismo autntico, pouco provvel que nossa vida

    com Deus chegue a alcanar todo o seu potencial.

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    O APROFUNDAMENTO TRAZ O RISCO DAS MUDANAS

    Devido nossa natureza carnal, temos a tendncia de resistir a mudanas. Somos atrados e presos como que

    por um m pelas coisas que nos so familiares.

    O xodo do povo de Israel do Egito no foi somente um evento extraordinrio, foi quase um milagre. Deus

    rompeu ali um jugo de mais de quatrocentos anos de escravido, maus tratos e toda sorte de situaes vergonhosas.

    Prometeu-lhes uma nova terra uma terra que poderiam considerar sua. Mas, a harmonia e unio foram logo

    substitudas pela amotinao. Vejamos s isso: Por que samos do Egito? (Nm. 11.20) E pouco depois: Nm. 14.1-4.

    Quem disse isso? Um bando de maltratados e desamparados viajantes, que ali tinham sido deixados para

    morrer? De jeito nenhum. Essas palavras foram ditas por pessoas que tinham sido libertas da escravido, tinham sido

    protegidas de forma miraculosa, alimentadas por Deus e guiadas em segurana o povo do xodo. E, no entanto,

    estavam pedindo para voltar, suplicando pelas panelas de carne do Egito. Por qu?

    PROVAES QUE NOS FAZEM QUERER VOLTAR - Ex 13.3-5

    E qual era o destino deles? Ele disseque era uma terra que mana leite e mel, a terra de Cana. Deus assegurou-

    lhes que os levaria at l, acontecesse o que acontecesse. Entretanto, no podiam imaginar como ele iria atingir esse

    objetivo. E foi a que as coisas se complicaram. As condies rotineiras e previsveis a que eles e seus antepassados

    estavam acostumados, iriam ser perturbadas por uma srie de provas elaboradas por Deus, para obrig-los a tirar as

    mscaras, sair da defensiva e passar a confiar nele. Temos a cinco tipos de provas:

    1. Surpresas incomuns x. 13.17-22;

    2. Temores indesejados x. 14.9-12;

    3. Situaes desagradveis Nm. 11.1-6;

    4. Acusaes injustas Nm. 11.26-30 e 12.1, 2; e

    5. Resistncias inesperadas Nm. 13.1-3; 21-23; 25-27.

    BARREIRAS QUE NOS IMPEDEM DE RETROCEDER

    A esperana a de que este estudo possa ajud-los a se sentirem cada vez menos tensos ao se mostrarem

    como realmente so. Sem querer espantar ningum, desejo desafi-lo a arriscar-se a buscar uma nova realidade: a

    confiar em Deus para que ele o liberte de seu Egito e o ajude a descobrir sua Cana. Agora quero adverti-lo de uma

    coisa no um processo rpido e indolor. Foi por isso que demos ao trabalho de detalhar algumas das provas que

    podemos encontrar nessa caminhada. Voc ter atrs de si um coro de vozes do passado, decididas a convenc-lo a

    voltar para o cativeiro. Ir defrontar-se com um mar Vermelho (e talvez com mais de um), que parecer intransponvel.

    E outra coisa certa: quando estiver bem perto do seu objetivo, to perto que quase consiga toc-lo, surgiro os

    gigantes da resistncia, gritando: Saia daqui! No o queremos aqui... volte para o seu lugar! Saia! O que podemos

    fazer para no voltar correndo? Ser que Deus nos ensina a manter a coragem para continuar arriscando? Ensina, sim.

    Vamos examinar de novo essa mesma histria do Velho Testamento para saber quais so esses princpios aos quais

    devemos nos firmar. Leiamos de novo xodo 13. a descrio da cena que se segue imediatamente ao xodo. Tendo

    acabado de sair do Egito, aqueles hebreus tinham toda a razo de se sentir inseguros. E por que no voltaram? O que

    os impediu?

    1. Orientaes Claras Vindas do Alto x. 13.21-22;

    2. Um Oportuno Desafogo da Tenso - Nm. 11.16-17;

    3. Fortalecimento Interno Contra Ameaas - Nm. 11.29-30.

    UMA ORAO PROFUNDA

    H ainda uma ltima pergunta que precisamos responder: o que far com que continuemos nos arriscando?

    Em outras palavras, como podemos neutralizar o velho m egpcio, e seguir em frente, em direo nova terra

    desconhecida? Se eu fosse citar isso sob a forma de uma orao, seria uma petio de trs sentenas, e um Amm .

    Como Deus deseja que revelemos uma atitude totalmente diferente da atitude insegura e temerosa do mundo que

    nos rodeia, a primeira sentena seria a seguinte: Senhor, intensifica em mim a noo clara de tua singularidade. E

    como a incerteza de nosso futuro que fortalece nossa f, a segunda sentena seria: Senhor, aumenta os riscos. E

    como sei que cada um de ns deve ser um instrumento original de poder, e no uma cpia desbotada, a terceira seria

    assim: Senhor, amplia a diferena. Amm!

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    OPERAO INTEGRAO

    Um bom relacionamento no nasce da noite para o dia, automaticamente. Para que se forme preciso

    tempo, energia, e tambm necessrio cultiva-lo.

    DEFINIO DE INTEGRAO - Portanto, de importncia vital que mantenhamos relacionamentos sinceros e

    profundos com aqueles que nos cercam. Temos que substituir nosso apressado e superficial Oi! Como vai? por um

    interesse genuno pelos outros. O termo chave a integrao. Mas quem procurar a definio desse termo num

    dicionrio no ir ganhar nada. Sei disso porque fui verificar. Quer ver? Um de nossos principais dicionrios diz o

    seguinte: ... a incorporao ou converso de elementos nutrientes em protoplasma, que, nos animais, se segue

    digesto e absoro dos alimentos, e que nas plantas implicam em fotossntese e absoro feita pela raiz. Nada disso.

    No disso que estou falando. Estamos falando de pessoas que vivem em sociedade, e no de animais num campo,

    nem das plantas de um jardim. Quando emprego essa palavra neste livro, refiro-me ao ato de pessoas que estendem

    a mo e o corao umas para as outras. deixar-me absorver pela vida da famlia de Deus como participante (e no

    como espectador), relacionando-me com os outros, trabalhando com os outros, cuidando de pessoas que conheo

    e amo. Essa minha definio de integrao. Relendo isso, vejo nas entrelinhas o seguinte: No um processo

    automtico. Tenho a responsabilidade de criar essa situao. E voc tambm. Por alguma razo, temos a idia

    errnea de que essa integrao comear a existir sem mais nem menos, e teremos um relacionamento franco e

    profundo com as pessoas. E quem gosta de dar asas imaginao pode at supor que, algum dia, um inventor

    talentoso poder descobrir um aparelho eletrnico para solucionar o problema de nossa tendncia para o

    isolamento. Mas isso no vai acontecer. O cristianismo no s passar alguns momentos sentado, cantando,

    escutando e depois ir embora; mais que isso. descobrir maneiras de integrar aqueles que desejavam um

    relacionamento mais profundo e significativo.

    COM AGIRAM OS HEBREUS Js 1.1-5: Isso o que chamo de reanimar. Essas palavras to edificantes naturalmente

    deveriam gerar neles forte motivao. Mas eles no precisavam apenas de motivao; precisavam ligar-se mais e

    tornar-se uma unidade solidamente comprometida, pronta a invadir e conquistar a terra de Cana. Lendo esse texto,

    descobrimos aqui nada menos que quatro princpios divinos, cada um deles ilustrando como eles se tornaram

    integrados, assim que marcharam para a conquista de Cana.

    1. Eles confiaram totalmente em Deus com relao ao futuro. Josu estava sempre em comunho com Deus

    (v.1).

    2. Eles aceitaram o desafio sem temor de derrota. Em nada menos que quatro versos, Deus lhes ordena que

    sejam fortes, corajosos, destemidos e confiantes (v.6,7,9,18).

    3. Eles ignoraram suas diferenas, e cerraram fileiras, formando uma unidade.

    4. Eles se dedicaram totalmente execuo do plano, fixando sua ateno em Deus.

    IMPLICAES E RAMIFICAES - Existem trs reas de nossa vida que sero afetadas se assumirmos uma atitude sria

    para com a integrao. So elas: nossa igreja, nossas amizades e nosso relacionamento com outros.

    Em Nossa Igreja: Se quisermos avanar, se quisermos realizar nosso trabalho, precisamos nos ajuntar, nos unir,

    deixando de lado as pequenas divergncias. No permitamos que o inimigo tire vantagens de ns. Se ele conseguir

    dividir nossos interesses e fracionar nossa comunho uns com os outros, o mundo ver mais evidencias de que o

    cristianismo no operante. E no pensemos que o mundo no deseja tirar partido de nossa desunio.

    Em Nossas Amizades: Para que consigamos nos envolver com as pessoas, ser preciso que nos disponhamos

    a nos aproximar delas e nos arriscarmos a um relacionamento mais profundo. Mas isso no ocorre automaticamente.

    Arrisque-se a uma aproximao. Tome a iniciativa. Caminhe alguns metros e v casa do seu vizinho. Ou ento

    comece apenas com um simples, sincero e caloroso aceno de mo. Procure alguma coisa e m que tenham interesse

    comum, e inicie uma conversa a partir da. Seja acessvel. Seja caloroso e receptivo. bem possvel que o resultado

    disso lhe traga muitas surpresas agradveis.

    No Relacionamento Pessoa a Pessoa: Para que a integrao deixe de ser uma teoria e se torne uma realidade,

    temos que estar dispostos a fazer adaptaes e ajustamentos medida que nos aproximamos mais das pessoas. Um

    relacionamento pessoa a pessoas, mais cedo ou mais tarde, exigir maior doao de ns mesmos. No vamos nos

    enganar; a que est o x da questo. E muitas vezes a questo difcil.

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    UNIDOS E INVENCVEIS

    OH! quo bom e quo suave que os irmos vivam em unio.

    como o leo precioso sobre a cabea, que desce sobre a barba,

    a barba de Aro, e que desce orla das suas vestes. (Sl 133.1-2)

    A BASE BBLICA DA UNIO

    Segundo as Escrituras, todos os cristos se acham ligados entre si por um lao invisvel. um lao que

    transcende traos de personalidade e posio geogrfica... alguns chamam esse lao de a comunho

    dos salvos . E na primeira carta aos corntios, o apostolo Paulo refere-se a isso como sendo um corpo, e

    afirma que somos membros desse corpo (I Co 12.27).

    O que que cria essa unio? Como que ns, eu e voc, podemos estar unidos no mesmo corpo,

    como membros uns dos outros? A resposta dessa pergunta muito importante por meio de Jesus Cristo. S

    ele pode unir o Corpo. Sendo a Cabea, ele comanda todos os membros do Corpo. Portanto, ele quem

    pode promover essa unio. Ele a cabea do corpo, da igreja. Ele o principio, o primognito de entre os

    mortos, para em todas as cousas ter a primazia. (Cl.1.18)

    HEBREUS: UNIO NA HORIZONTAL, VITRIA NA VERTICAL

    Quando lemos as pginas da histria desses hebreus, encontramos muitas evidencias de que Deus

    recompensa o povo dele quando este possui esprito de unio. Voltemos ao livro de Josu e retomemos a

    histria dos hebreus no ponto em que deixamos, no final da aula anterior. (Js 1.16-18) Esses trs versos esto

    carregados de expectativa. So palavras de um grupo de pessoas que se acham fortemente estimuladas.

    Em sua resposta h promessas de cooperao (faremos), disposio (iremos), dedicao

    (obedeceremos), lealdade (todo homem que se rebelar... ser morto), e incentivo (s forte e corajoso). Que

    situao diferente e incomum: o povo incentivando seu lder.

    UMA ESTRATGIA ESTRANHA ACEITA SEM RESISTNCIA

    Analisemos atentamente o captulo seis de Josu. Uma batalha os espera na prxima curva.

    Comparados com os fortes guerreiros cananitas, aqueles hebreus devem ter parecido um bando de

    mseros nmades desorganizados. Mas havia um fator gigantesco que tornava tudo diferente. Eles tinham a

    seu lado o Deus Jeov. E o Senhor no iria deixar que sua honra fosse manchada por uma malta de pagos

    ateus (Js 6.1-2; 3-5; 6-11; 21 e 22). Jeric deve ter-lhes parecido aterradora. Uma muralha de pedra, com

    altura correspondente a um prdio de trs andares e uma espessura de seis metros, cercava aquela cidade

    de valentes. Mas Josu recebera uma promessa de Deus: Olha, entreguei a Jeric em tuas mos. Mas

    como? Alguma arma secreta? Um explosivo superpotente? No; simplesmente uma estratgia estranha.

    Isso que ser invencvel! Quando aqueles hebreus viram e ouviram as muralhas de Jeric ruindo

    devem ter dado um sorriso de satisfao, principalmente depois de reconhecer que tinham obedecido

    ordens de Deus com exatido. Que plano ttico! Mas o melhor de tudo que, mesmo que o plano parea

    estranho, quando obedecemos, s Deus pode receber a glria.

    ALGUMAS SUGESTES DE APLICAO

    Como fcil pensar nesses grandes feitos como restritos apenas ao passado! E como errado

    pensar assim! Aqui vo algumas consideraes que merecem um pouco de nosso tempo e ateno.

    1. A busca da unio trabalhosa, mas vale a pena. Quem est ocupando a posio de liderana nas

    fileiras crists tem a responsabilidade de preservar a unidade do Esprito no vnculo da paz (Ef 4.3).

    2. Uma posio de humildade do mais alto valor, mas encontrada com muita raridade. A essa altura, j

    deve ter dado para perceber que a unio est muito ligada humildade. Uma gera a outra; e nenhuma

    das duas pode subsistir sem a outra.

    aula 4

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    QUANDO O RELACIONAMENTO ACABA

    Talvez algum tenha pensado um pouco sobre pequenas desavenas e conflitos ocasionais, mas, em

    grande parte, pode ter ficado com a impresso de que assumir um relacionamento franco e uma condio de

    vulnerabilidade fcil como deslizar montanha abaixo. Com nossos culos cor de rosa, talvez estejamos crendo

    que, quando os membros do Corpo se aproximam mais uns dos outros, automaticamente tornam-se unidos. E

    possvel que o leitor esteja achando que, assim que removermos as mscaras e passarmos a nos relacionar

    abertamente uns com os outros, estaremos percorrendo uma estrada de paz ininterrupta. Mas isso no acontece

    necessariamente. Vez por outra, ocorrem motins entre os membros, e as conseqncias deles podem ser muito

    desastrosas.

    CAUSAS DAS RUPTURAS DE RELACIONAMENTOS - J que existem conflitos, e que ocorre a ruptura dos

    relacionamentos, parece-me que o mais certo encararmos o fato de frente. Comecemos analisando o

    quadro geral. Em que situaes as pessoas se afastam umas das outras e resistem ao processo de integrao?

    Quando que temos mais tendncia para nos isolarmos e manter nossas mscaras? Existem pelo menos cinco

    situaes, e cada uma delas ilustrada por um relato bblico.

    1. Sofrimento e Doenas Graves - Foi o caso de J, que sofreu uma terrvel doena: tumores malignos por

    todo o corpo. Sabemos como ele se isolou, por causa de sua tristeza (J 1.20,21;2.7-13). O rei Saul tambm fez

    isso. Lembra-se de como ele ficou sozinho, na escurido do seu desespero, afundando no pntano da

    depresso? (I Sm 15 -16). Nosso Salvador tambm quis ficar a ss quando toda a agonia da cruz lhe sobreveio (Mt

    26.36 -44).

    2. Esgotamento e Fadiga - Nos dias em que vivemos, sofrendo fortes tenses e muito estresse e

    constantes demandas, com pouco tempo para o lazer, um nmero cada vez maior do povo de Deus est-se

    desintegrando emocionalmente, vtima do esgotamento e fadiga. Elias exemplo de quem tinha orado,

    profetizado, lutado, pregado, sofrido, passara por uma confrontao com o rei, e zombara dos profetas. De

    repente perde o equilbrio emocional, quando vai para o deserto sozinho, e pede a Deus que lhe tire a vida (I Rs

    19.1-5).

    3. Problemas em Casa e Conflitos Pessoais - Quando problemas de famlia e conflitos pessoais nos levam

    a procurar abrigo, muitas vezes ao sofrimento se acrescenta um sentimento de vergonha. Esses tipos de

    problema, em menor ou maior escala, geram em ns um forte desejo de nos isolarmos, embora essa talvez no

    seja a soluo mais adequada. Enquanto Davi esteve sob o sentimento de culpa pelo seu envolvimento com

    Bate-Seba, no desempenhou suas atividades no alto padro a que estava acostumado. Leia IISm 11-12, e Sl

    32.3-5 e 51.1-17, e constate isso.

    4. Atrito Entre Duas ou Mais Pessoas - Outra barreira ao desenvolvimento de relacionamentos francos e

    total envolvimento com outros o conhecido problema dos atritos entre indivduos conflitos de personalidade,

    rejeio da deciso de outrem, ofensas que no foram resolvidas e perdoadas, mal-entendidos que se

    complicam devido a conversas e mexericos (Pv 18.19).

    5. Rebelio Contra Deus - (Js 7.2-5) Estamos falando de relacionamentos; e nesta aula, particularmente,

    estamos tratando das razes por que relacionamentos se rompem, e como se rompem. Na verdade, para se

    restaurar um relacionamento so necessrias quatro etapas.

    a) Primeira Etapa: H alguma coisa errada - Num relacionamento que comea a se esfacelar, a fase

    dos sintomas tem caractersticas semelhantes. A primeira coisa que notamos uma modificao no

    comportamento. A pessoa no procura mais os amigos, e, quando procura, demonstra constrangimento fica

    meio sem jeito, no olha o outro diretamente nos olhos, tem pressa de ir embora. No h mais aquela conversa

    fluente, franca. No ocorrem momentos de humor. O relacionamento fica diferente. Tem alguma coisa errada,

    dizemos para ns mesmos.

    b) Segunda Etapa: O que aconteceu? (Js. 7.6-9) - Assim que sentimos um afastamento entre ns e outra

    pessoa, conversamos sobre o problema com alguns amigos mais chegados e oramos. E nos momentos de

    orao recebemos a revelao de que necessitamos. Deus nos concede a faculdade de penetrar mais fundo

    no problema.

    c) Terceira Etapa: Quem so os envolvidos? - Ento Josu desencadeia um meticuloso processo de

    verificao, a fim de determinar a origem do problema (Js 7.16-21). Estava disposto a escutar tudo que ele tinha

    a dizer, a deixar que ele confessasse todo o seu erro. Pediu-lhe toda a verdade. No me ocultes (v.19).

    d) Quarta Etapa: O que necessrio? (Js 7.22-26) - Em nossos dias, vez por outra somos instrumentos de

    punio. Trata-se de uma funo desagradvel que, no entanto, essencial. Muitas vezes, preciso que nos

    disponhamos a intervir e ajudar um irmo ou irm a encarar a verdade e reconhecer seu erro, e, se for possvel,

    obter o perdo pleno, a fim de recuperar essa pessoa para a famlia de Deus.

    aula 5

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    O VERDADEIRO AMOR

    O verdadeiro amor o cerne do relacionamento franco. esse tipo de amor que faz com que eu me interesse

    por uma pessoa o suficiente para buscar um confronto, e que me torna forte o bastante para perdoar.

    A QUEM VOC AMA? Talvez algum agora se sinta um tanto quanto encurralado e tenda a cair na defensiva. Bom,

    gosto de muita gente. No tenho dio de ningum. Mas no disso que estou falando. Alis, para mim, o contrrio de

    amor no dio; indiferena. Quando tratamos uma pessoa com frieza, indiferena, quando damos aos outros a

    impresso: No me interessa , na verdade estamos emitindo sinais altos e claros sobre nossa maneira de ser. E claro

    que no significam: Gosto de Voc!

    Ento vamos fazer a pergunta de outra forma: Quem lhe indiferente? O fato que o amor verdadeiro est

    sempre procurando criar pontes de ligao entre indivduos, procurando diminuir distncias, estendendo a mo,

    arriscando-se, demonstrando interesse, falando sem rodeios, revelando afeto

    CUIDADO COM ARMADILHAS FALSAS! Mas antes de passarmos s dimenses positivas do amor, vamos nos livrar

    primeiro do entulho negativo. Existem certos erros que precisamos conhecer e evitar nessa questo do amor. Vejamos

    trs armadilhas, nas quais podemos cair com muita facilidade: o esguichador, o pressurizador e o vareta de fuzil.

    1) O Esguichador - Como o prprio nome d a entender, o esguichador aquele que sai esguichando

    toneladas de palavreado bonito sobre os outros, com um doce e xaroposo sorriso. Logo se percebe que aquilo no

    passa de mera bajulao, vazio de sentimento e profundidade. H uma velha expresso que descreve muito bem a

    atitude do esguichador ele joga fumaa na gente , e nada mais.

    2) O Pressurizador - O pressurizador o tipo de pessoas que age assim: J que eu fiz isso por voc, faa aquilo

    por mim. Ele s diz para outrem Gosto de voc , porque deseja ouvir o mesmo da parte deste. O amor nunca deve ser

    usado como uma alavanca, como um cordel que manipulamos para controlar os outros. Se o amor for autntico, ser

    espontneo, sem segundas intenes. um amor que liberta, no que sufoca.

    3) O Vareta de Fuzil - Algumas pessoas parecem to empenhadas em impor-nos seu amor, que no tm a

    menor sensibilidade. Acham-se to preocupadas em recitar suas falas , em querer ser ouvidas, que nem percebem os

    sinais positivos emitidos pelo outro, e que significam: Tudo bem, estou ouvindo. Estou de acordo. Aceito voc. Mas

    basta do que no amor. Vamos dedicar o restante desta aula a discutir o que o amor . Contudo, em vez de

    retomarmos a histria dos hebreus no Velho Testamento, vamos deix -la por enquanto, e voltar nossa ateno para os

    conhecidos versculos de I Corntios 13, a maior pgina que j se escreveu sobre esse assunto.

    UMA ANLISE DO VERDADEIRO AMOR - Meditando sobre esses versculos, vejo a quatro fatos bsicos acerca do

    verdadeiro amor. E esses fatos mostram como o amor importante para se ter um relacionamento franco. Acho que o

    leitor ir concordar comigo.

    1. O amor no opcional, essencial. Em primeiro lugar, vemos a que o amor no opcional; imperativo.

    Paulo cita a frase se no tiver amor trs vezes (v.1,2,3), e em seguida apresenta o ponto forte: ... o bronze que retine...

    nada... nada... Se retirarmos de nossas aes o amor, que o elemento essencial de tudo, elas se tornam

    semelhantes a um carro sem rodas, um trem sem mquina, um avio sem asas, uma casa sem alicerces.

    Removendo-se o amor, nada mais resta.

    2. O amor no uma inclinao, uma demonstrao. Quando falamos do amor como uma

    demonstrao, queremos dizer que ele ao, envolvimento, movimento, expresso. O amor ... o amor faz... o

    amor no ... o amor no faz isso ou aquilo. O amor no fica sentado, cochilando. No aptico. sempre disposto e

    pronto a agir. No passivo nem indiferente. Ele no passa pela vida bocejando. O verdadeiro amor demonstrativo e

    no estril nem embotado.

    3. O amor um m que nos aproxima dos outros, e no uma muralha a separar-nos. Nos versculos 4 a 7 de I

    Corntios 13, aparecem quinze definies especificas do amor, e cada uma delas possui fora magntica suficiente

    para atrair as pessoas umas para as outras. Para resumir essas quinze caractersticas do amor que jamais acaba ,

    chegamos a cinco afirmaes que dizem tudo. Eu aceito voc exatamente como . Creio que voc tem muito valor.

    Se voc estiver sofrendo, eu me preocupo. Desejo apenas o que melhor para voc. Cancelo todas as suas ofensas.

    Essas so as leis bsicas do amor. E no conheo ningum que iria resistir a atitudes to magnticas e positivas quanto

    essas.

    4. O amor no um emprstimo de retorno imediato; um investimento a longo prazo. O verdadeiro amor

    no tem nada de superficial. Tambm no uma varinha de condo que abanamos por cima de um problema,

    esperando que o sofrimento desaparea como que num toque de mgica. O verdadeiro amor duradouro. O amor

    autntico forte. No cede tentao de procurar sadas fceis. Ele sempre resolve trabalhar o problema at

    solucion-lo.

    Mas voc s ter certeza disso, se resolver deixar o amor ter livre curso em voc. S ter certeza disso, se ele

    no continuar sendo apenas meras palavras nas pginas deste livro, ou apenas a letra de uma msica, ou as palavras

    da carta de outra pessoa. verdade; o amor verdadeiro a nica coisa do mundo que existe em quantidade

    insuficiente.

    aula 6

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    PRECISA-SE: ABRIGO PARA OS NECESSITADOS

    Nossas igrejas precisam parar de ser santurios nacionais e ser mais como um barzinho de bairro, parar de ser catedrais

    inacessveis e ser mais como hospitais bem procurados, lugares aonde as pessoas levam seu sofrimento, e no monumentos para

    serem admirados; lugares onde as pessoas podem tirar a mscara e se abrir totalmente; lugares onde se possam curar feridas.

    O barzinho do bairro a mais perfeita imitao da comunho que Cristo gostaria que houvesse em sua Igreja.

    uma comunidade falsa, que oferece bebidas em vez da graa de Deus; oferece a fuga, em vez da realidade;

    mas liberal, acolhedora e no discrimina ningum. inabalvel, democrtica.

    Ali podemos contar segredos a qualquer um, e as pessoas no os passam adiante; nem querem.

    Os bares esto cheios, no porque a maioria das pessoas alcolatra,

    mas, sim, porque Deus colocou no corao do homem o desejo de conhecer outros,

    e de ser conhecido; de amar e ser amado, e muitos vo atrs de uma falsa realizao assim,

    tendo apenas que gastar dinheiro com algumas cervejas. Eu acredito, de todo o corao,

    que Cristo deseja que sua igreja seja... uma comunidade onde as pessoas possam entrar e desabafar:

    Estou acabado! Estou derrotado! Estou farto de tudo!

    POR QUE PRECISAMOS DE ABRIGOS - O Salmo 31 um daqueles hinos antigos com letra muito atual. O compositor dele Davi, mas

    obviamente ele recebeu inspirao de Deus. Aqui, ele j no tem mais onde se apoiar. Est com problemas srios. Precisa de um

    abrigo. E como no h ningum mais a quem possa recorrer, olha para o alto. Em ti, SENHOR, me refugio; nunca me deixes

    confundido. Livra-me pela tua justia. Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa; s a minha firme rocha, uma casa

    fortssima que me salve. (Sl 31.1-2)

    Mas por que Davi iria procurar um refgio? Pelas mesmas razes que ns procuraramos. E ele menciona vrias razes no

    Salmo 31. Veja aqui pelo menos trs:

    1. Quando Estamos Atribulados, a Tristeza nos Acompanha Sl 31.9-10

    2. Quando Estamos em Pecado, Temos Sentimentos de Culpa Sl 31.10

    3. Quando Estamos Cercados de Adversrios, Somos Assaltados por Incompreenses Sl 31.11-13

    COMO OS HEBREUS RESOLVERAM ESSA QUESTO - A histria dos hebreus do Velho Testamento, em sua travessia da terra do Egito para

    Cana, contm informaes muito interessantes sobre as cidades de refgio que eles estabeleceram. Depois que conquistaram

    Cana, a terra foi toda dividida entre eles, de modo que cada tribo tivesse um territrio que pudesse chamar de seu. (Os captulos

    13 a 19 de Josu relatam como isso foi feito). Mas nessa nova sociedade, Deus no ignorou os necessitados. Ele instruiu a liderana

    para estabelecer cidades de refgio, que eram locais destinados a servir de proteo.

    A. Uma Ordenana de Deus Js 20.1-3

    B. O Processo de Entrada Js 20.4 - Vamos esclarecer bem uma coisa. As pessoas que podiam se refugiar nesses lugares no

    eram assassinos frios, violentos. Tambm no eram refgio para pervertidos sexuais e para libertinos. Eram para pessoas

    que haviam cometido erros trgicos, que tinham praticado crimes sem premeditao, atos acidentais. Sem querer me

    deixar levar demais pela imaginao, tenho forte suspeita de que as pessoas que procuravam esses lugares de refgio se

    achavam sob forte tenso, emocionalmente alquebradas pela experincia vivida, e desejando ansiosamente voltar atrs

    e apagar o acontecido: pessoas confusas, apavoradas, tensas.

    C. Proteo Contra o Vingador de Sangue - Uma das principais razes para a existncia desses ligares de refgio era proteger

    o indivduo daqueles que assumiam a tarefa de vingar a morte de um ente querido. Js 20.5

    D. O Envolvimento do Grupo Nm 35.24-25

    DAR ABRIGO HOJE O QUE NECESSRIO? Os nomes daquelas seis cidades de refgio so bastante estranhos e incomuns: Quedes,

    Siqum, Quriate-Arba, Bezer, Ramote e Gol. Nunca ouvimos falar desses lugares. Mas todos j ouvimos falar de nossas cidades

    maiores. Ser que h nelas algum local de refgio? Haver na sua cidade alguma congregao que se preocupe com as pessoas

    que esto sofrendo, que se interesse por elas o suficiente para ouvi-las de maneira objetiva, para ajud-las a sobreviver, para

    promover sua completa restaurao? Sua cidade uma cidade refgio? Ser? Nossas cidades menores o so? No; a verdade

    que hoje no existem mais cidades que sejam apontadas como cidades de refgio. Nem mesmo as melhores, as menos

    pervertidas. Mas dentro dessas cidades h locais muito importantes, que so estratgicos portos de esperana. So as igrejas.

    No me refiro aos nossos majestosos e belos templos, feitos quase que exclusivamente para serem admirados. Estou

    falando de pessoas verdadeiramente crists, que sabem amar. Essas pessoas constituem os portos de esperana para os

    desesperados, seja qual for a aparncia exterior do prdio onde cultuam a Deus.

    aula 7

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    OS ELEMENTOS PERNICIOSOS TERO QUE SER ELIMINADOS

    Para que se tenha um relacionamento slido e estvel necessrio que haja tambm uma atmosfera apropriada, na qual

    ele possa se desenvolver. Se quisermos ter esperanas de cultivar uma sinceridade total, uma integrao verdadeira e um esprito

    de tolerncia e compaixo, algumas coisas tero que ser eliminadas de nossa vida. Na famlia de Deus tambm assim; se

    quisermos que vidas frgeis e sensveis se desenvolvam, temos que exterminar os inimigos de seu crescimento. At aqui, neste

    estudo, temos feito apenas afirmaes de contedo positivo, dando sugestes de carter construtivo; e isso muito necessrio.

    Mas agora hora de apontarmos tambm o lado negativo. Se quisermos que em nosso meio floresa um relacionamento tipo

    sculo primeiro, temos que procurar nos livrar de algumas coisas que atacam e agridem os filhos de Deus, no sculo XX. E, acredite-

    me, esses elementos perniciosos no desaparecero por si mesmos.

    OBEDINCIA O SEGREDO DA PRESERVAO NACIONAL - Sob a liderana de Josu, os israelitas invadiram a terra de Cana, e a

    conquistaram totalmente. Por fim, a longa guerra terminou, e agora eles estavam de posse da terra que Deus lhes tinha prometido.

    Aps quase quinhentos anos de existncia, a nao tinha agora sua prpria identidade. No mais habitavam em solo estrangeiro.

    Tinham sua prpria terra. Era hora de refletir um pouco e dar graas a Deus pela fidelidade dele. Encontramos em Josu 23 o relato

    dos acontecimentos a - Js 23.1 -4.

    Uma Ordem Para o Povo de Deus - E para que eles no ficassem com a impresso de que era para voltarem ao mesmo negcio de

    sempre , o lder declarou: Js 23.5-11. Entendeu a mensagem? No fiquem por a toa! Ainda h muito trabalho a ser feito... h

    coisas que precisam ser eliminadas. A grande preocupao de Josu que os hebreus viessem a cair na rotina, e adotar a

    mentalidade vigente por ali.

    1) Ele fala de sua atitude. Esforai-vos (v.6);

    2) Ele menciona as aes;

    3) Ele menciona a nica opo deles. Teriam que amar o Senhor seu Deus.

    Se voc acha que as advertncias dadas at aqui tm sido muito srias, veja o resto - Js 23.12-13

    O Adeus Final - Aps entregar esta inquietante palavra de advertncia, o velho lder se despede do povo - Js 23.14-16. E o que

    aconteceu ento? Vamos analisar as aes dos hebreus registrada para sempre na sua Histria. Eles fizeram o que Josu ordenara?

    Obedeceram?

    RELATO DE UM FRACASSO - Vamos pesquisar os primeiros captulos do livro de Juzes, que se segue ao de Josu. Eles narram os

    eventos que ocorreram logo aps a morte de Josu. Em suma, eis o que sabemos: Juzes 1.19, 27 a 34. Como se inverteram as

    posies Em vez de os hebreus manterem uma posio superior, eles afrouxaram na obedincia total a Deus, eles mesmos se

    convenceram a no observar o plano de guerra traado por Josu, condescenderam com o erro... e acabaram-se tornando os

    vencidos, em vez de vencedores - Jz 3.5,6. Isso resultou em conseqncias inevitveis. E o restante do livro de Juzes uma sucesso

    de relatos de fraquezas, contemporizaes, tiranias, e por fim a derrota.

    RESISTNCIA A ESPERANA DE RELACIONAMENTOS SEM MSCARAS - Vamos recordar um pouco o que j vimos.

    Coisas que podem tornar-se lao e rede tm que ser eliminados - Muitas vezes, so as coisas mais sutis que acabam-se tornando

    lao e rede para ns. Geralmente so atitudes que comunicamos atravs de gestos e olhares, e que falam bem alto, perante

    pessoas jovens, sensveis e frgeis, que esto lutando para sobreviver. Vejamos algumas dessas redes e laos: Esprito de crtica,

    Intolerncia, Suspeitas, Preconceitos, Orgulho, Atitude de rejeio, observaes descariosas, negativas, Sofisticao, Cinismo,

    Reaes rancorosas, olhares de condenao, atitude fechada, inacessvel.

    Coisas que podem tornar-se aoites tm que ser eliminadas - As pessoas nos procuram ou vm s nossas igrejas por sentirem uma

    profunda necessidade de segurana; esto procura de um amor verdadeiro, de compaixo, de doses macias de autoestima,

    de esperana e perdo. E talvez procurem socorro de muitas maneiras, mas se a prtica do chicote estiver ali para agredila, as

    conseqncias podero ser desastrosas. Eis exemplos de alguns aoites que voc mesmo j pode ter sofrido, ou infligido a outros. A)

    Tentativas de pressionar a se tornarem a se corrigirem ou a pararem com isso , antes que estejam preparadas para tal. B) Forar as

    pessoas a se tornarem mais iguais a ns Se que voc deseja realmente ser um crente maduro . C) Esperar que as pessoas aceitem

    exigncias altamente estruturadas e rgidas, e regulamentos muito rigorosos. D) Aplicar o torniquete das exigncias legalistas, isto ,

    apertar demasiadamente os parafusos nos outros, para que abandonem certos hbitos e se ajustem s nossas preferncias e

    convices; o velho apontar de dedo, que brada: Concerte -se, ou caia fora!

    Coisas que podem tornar-se espinhos tm que ser eliminadas - Os espinhos so tormentos exteriores. So coisas que permitimos

    entrar em nosso corpo, e que causam males e doenas a outros membros germes nocivos que penetram em reas enfraquecidas,

    feridas ou enfermas. E lembremos sempre que os espinhos podem cegar -nos. Vejamos exemplos de alguns espinhos. A) A

    persistncia voluntria no pecado, no confessado, sem mostras de arrependimento. B) Agir deliberadamente sob o domnio da

    carne; viver em vergonhosa carnalidade, de maneira contrria vontade de Deus. C) Justificar atos errados com acusaes a

    terceiros ou com autopiedade, ou outro tipo de racionalizao, recusando-se a encarar a verdade. D) Agir hipocritamente,

    aproveitando-se de crentes novos, sensveis, que so impressionveis e ingnuos.

    aula 8

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    DECIDA POR SI MESMO! s vezes muito fcil ficarmos to irritados e incomodados com as coisas insignificantes, que nos esquecermos das

    importantes. Preocupamo-nos demais com detalhes mesquinhos, e perdemos de vista o quadro geral.

    Faa uma pesquisa. Pergunte s pessoas se elas sabem por que ela existe. Mas prepare-se para ter uma grande surpresa. E

    no se assuste se a maioria der de ombros e disser: - Ah, sei l! Para termos as pregaes, acho... estamos aqui para nos

    alimentarmos espiritualmente. No exagero dizer que a opinio geral em muitas grupos evanglicos simplesmente esta:

    Estamos aqui para ser instrudos. Mas embora a pregao seja uma boa coisa (e acho que as pregaes devem realmente ser as

    melhores possveis), ela apenas uma parte de um plano mais amplo. A igreja um corpo constitudo de pessoas chamadas pelo

    Senhor. E no nos reunimos apenas para nos alimentarmos; h outras razes. Pensemos numa famlia. Duvido que algum diga:

    Somos uma famlia porque almoamos e jantamos juntos. por isso que existimos. Fazemos muitas refeies, e comemos muito. O

    alimento que ingerimos muito nutritivo, muito bem preparado, e sempre servido na hora certa. Gostamos muito de comer! E por

    causa disso, somos uma famlia. No. Alm de reunir-se na sala de jantar, em torno de uma mesa cheia de alimentos, um grupo de

    pessoas constitui uma famlia por muitos outros motivos. Por exemplo:

    Pela maneira como atende aos que sofrem.

    Pela maneira como ouve quando uma pessoa da famlia fala.

    Pela maneira como se interessa por aqueles que so fracos, e como lhes d apoio.

    Pela maneira como expressa palavras de nimo, e como permanece sempre ao lado da pessoa aflita em meio s

    adversidades; e ri junto com outros nos momentos alegres.

    Pela base em que estabelece responsabilidades e critrios de avaliao.

    Pelo fato de permitir a seus membros expressarem com sinceridade os seus sentimentos alegria, tristeza, raiva, entusiasmo,

    dvida, divergncia, expectativa, perda, desiluso, decepes, prazer, sofrimentos, toda a gama de emoes.

    fcil ver que no apenas o fato de tomarem as refeies juntas, que faz com que um grupo de pessoas se torne uma

    famlia. A Igreja um lugar onde os membros da famlia de Deus recebem estimulo para se desenvolverem espiritualmente, para

    aprenderem mais verdades, para se exercitarem, um lugar onde podem encontrar repouso, alimento e a estabilidade de que

    precisam para enfrentar as realidades da vida; um grupo de indivduos empenhados numa mesma luta, que se renem, que se

    relacionam entre si com franqueza, sinceridade e liberdade. um lugar de orao e de tranqilo retiro pessoal; uma bigorna onde

    se trabalham as idias, onde as convices so forjadas; um hospital para aqueles que precisam de tempo e lugar para se

    restabelecer; um lugar onde se dispensam compaixo, perdo e graa, com a mesma prontido e regularidade com que se

    distribui informao. Esse deve ser o quadro geral. Se perdermos isso de vista, cairemos direto num pntano.

    DECISES QUE FAVORECEM UM BOM RELACIONAMENTO - Js 24.11-13 - Deus j tinha feito tudo. Mas havia ainda uma coisa, o fator

    principal, que ele deixou aos cuidados deles, uma coisa que consolidaria ou arrasaria o futuro deles. Sabe o que ? Eles tinham

    liberdade de decidir por si mesmos. Josu afirma isso - Js 24.14-15.

    Ningum adquire retido pessoal s porque outro o exigiu e ordenou. No podemos ser obedientes por lei. Ningum pode

    obrigar outrem a ser espiritual. Ningum leva uma vida santa atendendo a advertncia e ameaas. Essas coisas brotam de nosso

    corao, resultando diretamente de uma deciso pessoal de cada um de ns.

    Trs Pontos Essenciais - E com toda a liberdade de optar, os hebreus fizeram ento sua declarao de intenes. Estimulados pelo

    exemplo pessoal de Josu em sua confisso de consagrao, eles decidiram alinhar-se com a causa dele. Por deciso prpria, a

    opo feita por Jo su tornou-se a deles tambm. Por deciso prpria, fizeram a mesma consagrao pessoal que ele havia feito.

    Examinando detidamente essa parte da narrativa, encontramos trs pontos essenciais nessa deciso.

    1. Eles decidiram temer ao Senhor (v.14) - em outras palavras, resolveram ter respeito por ele, reverenci-lo, deixar que ele

    estabelecesse o padro de vida que iriam levar, e no ser influenciados pela cultura canania. 2. Decidiram tambm servir ao

    Senhor (v.14). Fizeram uma opo voluntria de servi-lo com sinceridade. E mais adiante eles repetem, trs vezes, sua deciso clara

    de segui-lo: Serviremos ao Senhor (v.18,21,24) 3. Decidiram obedecer sua voz (v.24). Resolveram dar ouvidos s determinaes e

    atender aos seus conselhos. E voluntariamente declararam sua deciso de obedecer.

    Josu deve ter dado um sorriso. E lhes respondeu com as seguintes palavras: Sois testemunhas contra vs mesmos de que

    escolhestes ao Senhor, para o servir . E eles disseram: Ns o somos. (Js 24.22).

    A est de novo: escolhestes ao Senhor . No existe nada mais edificante para a liderana de uma igreja do que uma

    atitude dessas, quando o grupo, voluntariamente, resolve obedecer ao Senhor, independente de qualquer coisa. Por qu? Porque a

    deciso tem uma influncia direta sobre a conduta. ...

    Quando atuamos com base em verdades das Escrituras, o Senhor nos oferece sua assistncia. O segredo de tudo isso,

    porm, que tomemos as decises acertadas e no apenas fiquemos a considerar as alternativas. Leia uma das mais conhecidas

    parbolas de Jesus a que est registrada em Mateus 7.24-27.

    O QUE VOC DECIDIR?

    Talvez esteja na hora de fazermos aqui algumas perguntas meio delicadas. Voc daqueles que ouvem a Palavra de

    Deus e depois agem de acordo com ela? Jesus nos ajuda a dissipar a cortina de fumaa. Ele muito hbil em fazer-nos confrontar

    com as questes que realmente importam. No apenas nos oferece sua capacidade de viso, para que possamos enxergar o

    quadro geral, mas tambm nos oferece sua prpria pessoa. Enquanto no tivermos um relacionamento certo com Deus, no

    teremos um relacionamento certo com os outros. O que muda as bases de nossa vida, de areia movedia para rocha slida,

    conhecer a Deus, pela f. Ser que voc j viveu at aqui sem fazer a deciso mais importante que existe? Nenhum de ns foi

    programado para praticar o bem e levar uma vida justa. Isso vai depender de uma deciso de nossa parte. E essa deciso de

    deixar Cristo entrar em nossa vida no insignificante. S Ele pode dar -nos a sabedoria de que necessitamos para suportar as

    tempestades, inundaes e as ventanias que nos sobreviro. Pense seriamente nessa deciso de entregar a vida a Jesus. Creia-me,

    trata-se de uma deciso muito importante.

    Na verdade, comparada deciso de seguir a Cristo, todas as outras so insignificantes.

    aula 9

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    A NECESSIDADE DE RESPONDERMOS PERANTE ALGUM O termo responsabilidade sozinho tem uma conotao jurdica, no ? E realmente assim, pois empregado muitas

    vezes nesse contexto. Se formos a um banco e retirarmos um emprstimo, somos legalmente responsveis pelo pagamento dele.

    Isso responsabilidade financeira. Quando arranjamos um emprego, concordamos em trabalhar de acordo com certos termos e

    regulamentos. Isso responsabilidade trabalhista. Quando nos matriculamos numa universidade e decidimos fazer um curso que

    exige que estejamos presentes s aulas, estudando sob orientao de diversos professores, temos que nos submeter aos

    regulamentos do curso, o que inclui tambm efetuar trabalhos em casa e fazer exames, para recebermos o diploma. Isso

    responsabilidade acadmica. Geralmente no temos o menor problema com esse tipo de responsabilidade; encaramos tudo

    como condio para bons negcios ou para uma formao acadmica adequada. Mas quando algum sugere que temos de

    prestar contas de nossos atos uns aos outros, em situaes que no sejam essas, a nos retramos. No gostamos de associar a idia

    de prestar contas, que to legalista, com a da nossa vida espiritual, que cheia de amor e inspirao. Ter responsabilidade

    perante um patro no somente compreensvel, mas tambm necessrio. Alis, quem resiste a isso e no trabalha segundo as

    determinaes dele termina sendo despedido. E por que no estamos dispostos a prestar contas de nossos atos a pessoas que nos

    amam e querem o que melhor para ns? O que h de errado em nos sentirmos responsveis perante amigos, principalmente se

    isso vai implicar em melhorar e ampliar nosso relacionamento com Deus? possvel que essa nossa resistncia seja mais uma prova

    de que, na verdade, somos isolacionistas.

    Uma Definio: Em vez de tentar dar aqui uma definio tirada de um dicionrio, vamos apresentar uma explicao prtica do

    termo. Quando falo em responsabilidade perante outros tenho em mente diversos aspectos desse termo e de como se relaciona

    com o assunto desse livro. Ter responsabilidade perante outros significa: 1. Estar disposto a dar explicao de seus atos.2. Ter uma

    atitude aberta, sem mscaras e no defensiva com relao s suas intenes. 3. Ser responsvel pelos prprios atos. 4. Explicar a

    razo de tudo.

    Quanto mais penso nessa questo de sermos responsveis perante outros, mais entendo por que uma coisa to rara. Ela

    exige da pessoa pelo menos quatro traos de carter que normalmente no so encontrados naqueles que se acham satisfeitos

    com uma vida espiritual medocre e h muita gente assim! Os traos de carter so os seguintes:

    a) Vulnerabilidade. A capacidade de se deixar agredir, de ser franco, sem mscaras. Uma atitude no defensiva.

    b) Maleabilidade. Um desejo enorme de aprender. Ser humilde, disposto a ouvir, a modificar se; disposto a receber conselhos.

    c) Sinceridade. Um compromisso com a verdade. Detestando tudo que falso, imitao ou hipocrisia. Exemplo de sinceridade.

    d) Disposio de se dar a outros. A capacidade de ser acessvel, acolhedor. No se importar de ser importunado. Estar disposto a

    reunir-se com outros regularmente.

    Texto Bblico Relacionado com o Assunto - Verdade que aplica-se aos membros do Corpo de Cristo. Hb 13.16-17

    O Perigo dos Extremos - Mas, nesse ponto, necessrio acrescentarmos algumas advertncias para que alguns no se tornem

    verdadeiros abutres. Na verdade, existem dois extremos para os quais devemos estar atentos a fim de que no caiamos neles:

    1. No podemos ser excessivamente severos - 3 Jo 9-11

    2. No podemos ser excessivamente brandos 1 Co 5.1-3

    Prestar Contas Horizontal e Verticalmente - O Novo Testamento ensina claramente que os membros do Corpo de Cristo tm que

    prestar contas ao Cabea. Quem ainda no entendeu as implicaes das seguintes palavras de Cristo?

    Vertical Mateus 12.35,36 / Romanos 14.12

    Horizontal Romanos 12.9-16 / 15.1,2,14.

    Ponto Positivo e Negativo:

    Positivo Tendo de prestar contas, existe menos probabilidade de cairmos em laos Pv. 13.10, 18, 20; 15.31 e 32.

    Negativo Tendo de prestar contas, no iremos camuflar nossos atos errados ou pecaminosos, sem receber nenhum tipo de

    punio Pv. 27.6; 20.30.

    QUATRO SUGESTES PRTICAS

    Agora que chegamos a um entendimento sobre o que e o que no ser responsvel perante outros, e que j obtivemos

    a comprovao da Bblia, vendo que isso no somente vlido, mas tambm de importncia vital, vamos concluir o estudo desse

    assunto analisando algumas sugestes prticas para a aplicao do que aprendemos.

    1. Parar e pensar no valor de se prestar contas.

    2. Faa a si mesmo duas perguntas. Perguntar fcil; responder que pode ser penoso. Por que procuro me manter isolado, sem

    responsabilidade perante os outros? O que acontecer se eu insistir em continuar assim?

    3. Combine com uma pessoa (o melhor seria umas duas ou trs) para se reunirem regularmente. Essas pessoas devem ser

    escolhidas com muito cuidado. Algumas das caractersticas que elas devem possuir so: Capacidade de guarda segredos.

    Sinceridade (uma pessoa que no tenha uma admirao excessiva por voc). Autenticidade (que no age com hipocrisia).

    Objetividade (no se sente obrigada a concordar sempre com voc e dizer-lhe sempre o que voc quer ouvir). Espiritualidade (uma

    pessoa cuja espiritualidade voc admira; crente, sem a menor sombra de dvida). Acessvel (est sempre disposio, podendo

    reunir-se com voc a qualquer momento). Lealdade ( fiel, constante e coerente).

    4. Cultive amizade com pessoas que o ajudem a fortalecer seu apego s coisas de Deus.

    aula 10

  • Vivendo sem Mscaras - Como cultivar relacionamentos abertos

    www.ibbv.org.br

    UM TRANSPLANTE DE ESPERANA A OPERAO MAIS NECESSRIA

    Agora que estudamos as aulas precedentes talvez tenha sentido um entusiasmo maior e um desafio pessoal diante da

    histria dos hebreus e da sua sada do Egito em demanda de Cana. Sentiu-se animado ao perceber que uma aproximao maior

    com outros crentes, um relacionamento sem mscaras, sem ficar na defensiva, e a responsabilidade perante outros so metas

    maravilhosas e perfeitamente atingveis. Voc deseja isso, mas quando pensa em aplicar esses ideais em seu grupo, fica

    desanimado.

    Antes de continuar, deixe-me dizer-lhe umas palavras de nimo. Nunca tarde para se comear a fazer o que certo.

    Pode ser que algumas situaes paream caso perdido, mas isso hoje. Isso agora passado. O que dissemos aqui sobre

    relacionamentos sem mscaras, amizades mais profundas, mais chegadas e mais fortes, e mais amor para com os outros pode ser

    de muito valor. Isso pode ser o elemento catalisador que Deus empregar para instilar um novo sopro do Esprito em sua vida. nimo,

    meu amigo. Voc pode estar vivendo no limiar de um avivamento operado por Deus, que ter o efeito de virar sua vida de cabea

    para cima. Mas, como podemos devolver-lhes a esperana?

    UMA RPIDA ANLISE DA ESPERANA - Estamos sempre falando palavras como f e amor. E todos sabemos definir essas coisas sem

    muita dificuldade. Mas e a esperana? O que vem a ser isso? Ser que ela realmente essencial?

    Definio = Um dicionrio define esperana nos seguintes termos: desejar alguma coisa com expectativa de realizao. Esperar

    antever alguma coisa; contudo, no apenas sonhar com algo, mais que isso. possuir em ns mesmos a expectativa de que

    algum dia aquilo que desejamos se realizar; aquilo se tornar realidade. A esperana sempre olha para o futuro. E ela nos mantm

    atuando. Ela torna suportvel uma situao que hoje desanimadora, porque nos promete um amanh melhor. Se no tivermos

    esperana, alguma coisa dentro de ns est morta.

    Se tirarmos a riqueza de um homem, ns o frustramos. Se retirarmos o objetivo, diminumos seu mpeto. Mas se tirarmos dele

    a esperana, ns o imobilizamos. Sem dinheiro e sem objetivo ele ainda pode prosseguir por algum tempo. Mas sem esperana

    no prosseguir.

    Provrbios 13.12: Quando se esmaga a esperana, o corao fica esmagado; mas um desejo que se realiza nos enche

    de alegria. E a verso The New American Standart Bible diz assim: Uma esperana adiada adoece o corao, mas um desejo que

    se realiza, uma rvore de vida.

    J foram muitos estudos e pesquisas que comprovam sem sombra de dvida que a esperana est estreitamente ligada

    sobrevivncia humana.

    ALGUMAS FORMAS DE MANTER FORTE A ESPERANA - Quando pensava sobre como faria para abanar o fogo da esperana em uma

    igreja, estava lendo tambm a primeira carta de Pedro. E como ele estava muito envolvido na vida da igreja de Jerusalm no

    primeiro sculo, devia ter algumas orientaes e idias boas para ns hoje. Assim que cheguei ao quinto captulo, as coisas

    comearam a encaixar-se. Encontrei nele cinco sugestes bem realistas. E cada uma delas est presente em igrejas que esto

    conseguindo sucesso; cada um desses elementos um alimentador da esperana.

    1) Uma Boa Liderana (I Pe 5.1-4) - Aqueles amados irmos estavam vivendo numa poca difcil, em que a perseguio, a

    incompreenso e at a morte eram a triste realidade. Portanto, no nos surpreendemos ao ver que Pedro se dirige primeiramente

    liderana. Se os lderes perderem a esperana, no demorar muito e toda a congregao a perder tambm.

    2) Verdadeira Humildade uns Para com os Outros (I Pe 5.5-6) - Isso mostra um maravilhoso equilbrio, no ? Ele aconselha os jovens a

    atender sempre gerao mais velha. Isso se aplica em respeito mtuo entre as geraes, e total liberdade de comunicao. Mas

    ser que isso quer dizer que os mais velhos so donos da verdade? Ser isso uma autoridade tipo rei e senhor ? Acho que no. Pedro

    diz mais adiante que todos eles deviam vestir a mesma vestimenta. Que vestimenta essa? a humildade. O orgulho sufoca a

    sinceridade.

    3) Libertar-se da Ansiedade (I Pe 5.7) - A preocupao rouba-nos a esperana. Ela imobiliza o Corpo de Cristo trazendo-nos

    constantemente mente coisas certas e erradas, e as ameaas naturais da vida. A preocupao nos sufoca, colocando nossa

    cabea bem no centro do turbilho de problemas e provaes.

    4) Uma Sensvel e Sensata Conscincia da Presena do Inimigo (I Pe 5.8-9) - Ser sbrio significa ser forte, estvel, ter autocontrole. Ser

    vigilante estar sempre cauteloso, ciente das coisas. Temos um inimigo solto, nossa frente. E quer estejamos ou no conscientes

    dele (e deveramos estar), o fato que ele est bem ciente da nossa existncia. Ele nos conhece muito bem. ardiloso, inteligente,

    experiente e muito resistente na luta. E odeia tudo que diz respeito a Deus e a todos que esto realizando a obra de Deus. E sabendo

    que ele est rondando ao nosso redor, empenhado em nos derrotar, temos que estar sempre cientes disso, e no nos enganarmos

    pensando que ele no est nem a para ns. A verdade que ele est a, e pra valer!

    5) Uma Reao Positiva Diante das Adversidades (I Pe 5.10-11) - Como fcil nos deixarmos prender nas malhas da autopiedade!

    a maneira mais natural e comum de reagirmos ao sofrimento. Alis, as pessoas at nos levam a agir assim. Mas Pedro tem uma

    posio diferente. Ele tem conscincia de que seus leitores so pessoas que j esto nas trincheiras. A questo aqui no se vo

    sofrer, mas como vo encarar o sofrimento.

    UMA OBSERVAO FINAL - J aprendemos que as coisas no mudam exteriormente de maneira automtica, s porque queremos.

    Elas se modificam primeiro em nossa mente, onde viramos e reviramos algumas ideias, e onde plantamos as sementes que depois

    iro germinar e se transformar em atos. Se voc acha que vale a pena ter todo esse trabalho para desenvolver relacionamentos

    sem mscaras, ento prepare-se para um grande desafio. Em minha opinio, essa a melhor maneira de sobreviver nesse nosso

    planeta agitado e solitrio; e vale a pena, seja qual for o risco que exigir de ns.

    aula 11

  • Este material um resumo do livro:

    Vivendo sem Mscaras

    Autor: Charles Swindoll

    Editora Betnia

    Usado na Escola Bblica Dominical, Classe de Jovens, da

    Igreja Batista Bblica em Valparaso, Santo Andr.

    Disponvel para download no site:

    www.ibbv.org.br/jovens

    Santo Andr, junho de 2013

    Vivendo sem

    Mscaras

    MOCIDADE IBBV

    Juntos para dar Frutos

    1: CAPA2: Contra Capa3: Introduo4: Aula 15: Aula 26: Aula 37: Aula 48: Aula 59: Aula 610: Aula 711: Aula 812: Aula 913: Aula 1014: Aula 1115: Fim