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Soberano para quem precisa: Schmitt e Holloway (resumo expandido) Rodrigo Prado Mudesto(UFJF) O objetivo dessa comunicação é contrastar dois enunciados políticos muitíssimo fortes. O primeiro é aquele que abre o clássico do jurista alemão Carl Schmitt “Teologia Politica”: SOBERANO É QUEM DECIDE SOBRE O ESTADO DE EXCEÇÃO. Afirmação com a qual, com mais ou menos pruridos, velada ou abertamente, todas as correntes políticas do século XX reconheceram como o grau zero da política. O segundo enunciado capturado por esse trabalho intitula o livro mais conhecido do cientista politico John Holloway: MUDAR O MUNDO SEM TOMAR O PODER, que defende uma polemica diferenciação entre o poder sobre (em referência ao que a maioria dos estudiosos da política chamaria de soberania) e o poder fazer. Para a análise das duas propostas e dos livros onde se encontram detalhadas respectivamente, recorre-se a uma bibliografia variada sobre elitismo, democracia, anarquismo e socialismo. O objetivo é verificar até que ponto a proposta de Holloway configuraria uma interessante estratégia, que se encontra lastreada nos movimentos que ganham as ruas em um novo momento histórico, esse nosso século XXI e seu desconforto e relação à democracia representativa e à conciliação politica.

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Soberano para quem precisa: Schmitt e Holloway (resumo expandido)

Rodrigo Prado Mudesto(UFJF)

O objetivo dessa comunicação é contrastar dois enunciados políticos muitíssimo fortes.

O primeiro é aquele que abre o clássico do jurista alemão Carl Schmitt “Teologia

Politica”: SOBERANO É QUEM DECIDE SOBRE O ESTADO DE EXCEÇÃO.

Afirmação com a qual, com mais ou menos pruridos, velada ou abertamente, todas as

correntes políticas do século XX reconheceram como o grau zero da política. O segundo

enunciado capturado por esse trabalho intitula o livro mais conhecido do cientista

politico John Holloway: MUDAR O MUNDO SEM TOMAR O PODER, que defende

uma polemica diferenciação entre o poder sobre (em referência ao que a maioria dos

estudiosos da política chamaria de soberania) e o poder fazer. Para a análise das duas

propostas e dos livros onde se encontram detalhadas respectivamente, recorre-se a uma

bibliografia variada sobre elitismo, democracia, anarquismo e socialismo. O objetivo é

verificar até que ponto a proposta de Holloway configuraria uma interessante estratégia,

que se encontra lastreada nos movimentos que ganham as ruas em um novo momento

histórico, esse nosso século XXI e seu desconforto e relação à democracia

representativa e à conciliação politica.