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    Conhecimentos Didtico-Pedaggicos em Educao Infantil

    Prof Jacqueline Campos/2014

    Formao Pessoal e Social

    Considerando a fase transitria pela qual passam creches e pr-escolas na busca por uma ao integrada

    que incorpore s atividades educativas os cuidados essenciais das crianas e suas brincadeiras, o Referencial

    pretende apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianas tenham um desenvolvimento integral de

    suas identidades, capazes de crescerem como cidados cujos direitos infncia so reconhecidos. Visa, tambm,

    contribuir para que possa realizar, nas instituies, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes

    que propiciem o acesso e a ampliao, pelas crianas, dos conhecimentos da realidade social e cultural.

    A instituio deve criar um ambiente de acolhimento que d confiana s crianas, garantindo

    oportunidades para que se desenvolvam. A promoo do crescimento e do desenvolvimento saudvel das crianas

    na instituio educativa est baseada no desenvolvimento de todas as atitudes e procedimentos que atendem as

    necessidades de afeto, alimentao, segurana e integridade corporal e psquica durante o perodo do dia em que

    elas permanecem na instituio.

    O estabelecimento de um clima de segurana, confiana, afetividade, incentivo, elogios e limites colocados

    de forma sincera, clara e afetiva do o tom de qualidade da interao entre adultos e crianas. O professor,

    consciente de que o vnculo , para a criana, fonte contnua de significaes, reconhece e valoriza a relao

    interpessoal.

    Saber o que estvel e o que circunstancial em sua pessoa, conhecer suas caractersticas e

    potencialidades e reconhecer seus limites central para o desenvolvimento da identidade e para a conquista da

    autonomia. A capacidade das crianas de terem confiana em si prprias e o fato de sentirem-se aceitas, ouvidas,

    cuidadas e amadas oferecem segurana para a formao pessoal e social.

    O desenvolvimento da identidade e da autonomia esto intimamente relacionados com os processos de

    socializao. Nas interaes sociais se d a ampliao dos laos afetivos que as crianas podem estabelecer com as

    outras crianas e com os adultos, contribuindo para que o reconhecimento do outro e a constatao das diferenas

    entre as pessoas sejam valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si prprias.

    A identidade um conceito do qual faz parte a ideia de distino, de uma marca de diferena entre as

    pessoas, a comear pelo nome, seguido de todas as caractersticas fsicas, de modos de agir e de pensar e da histria

    pessoal. Sua construo gradativa e se d por meio de interaes sociais estabelecidas pela criana, nas quais ela,

    alternadamente, imita e se funde com o outro para diferenciar-se dele em seguida, muitas vezes utilizando-se da

    oposio.

    A autonomia, definida como a capacidade de se conduzir e tomar decises por si prprio, levando em conta

    regras, valores, sua perspectiva pessoal, bem como a perspectiva do outro, , nessa faixa etria, mais do que um

    objetivo a ser alcanado com as crianas, um princpio das aes educativas. Conceber uma educao em direo

    autonomia significa considerar as crianas como seres com vontade prpria, capazes e competentes para construir

    conhecimentos, e, dentro de suas possibilidades, interferir no meio em que vivem. Exercitando o autogoverno em

    questes situadas no plano das aes concretas, podero gradualmente faz-lo no plano das ideias e dos valores.

    Assim, preciso planejar oportunidades em que as crianas dirijam suas prprias aes, tendo em vista seus

    recursos individuais e os limites inerentes ao ambiente.

    O complexo processo de construo da identidade e da autonomia depende tanto das interaes

    socioculturais como da vivncia de algumas experincias consideradas essenciais associadas fuso e

    Diferenciao, construo de vnculos e expresso da sexualidade.

    Para se desenvolver, portanto, as crianas precisam aprender com os outros, por meio dos vnculos que

    estabelece. Se as aprendizagens acontecem na interao com as outras pessoas, sejam elas adultos ou crianas, elas

    Eixos de Trabalho do Referencial Curricular Nacional

    para a Educao Infantil: 3

    Identidade e Autonomia

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    tambm dependem dos recursos de cada criana. Dentre os recursos que as crianas utilizam, destacam-se a

    Imitao, o faz-de-conta, a oposio, a linguagem e a apropriao da imagem corporal.

    A imitao resultado da capacidade de a criana observar e aprender com os outros e de seu desejo de se

    identificar com eles, ser aceita e de diferenciar-se.

    Brincar uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Nas

    brincadeiras as crianas podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a ateno, a imitao, a

    memria, a imaginao. Amadurecem tambm algumas capacidades de socializao, por meio da interao e da

    utilizao e experimentao de regras e papis sociais.

    No faz-de-conta, as crianas aprendem a agir em funo da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de

    um objeto e de situaes que no esto imediatamente presentes e perceptveis para elas no momento e que evocam

    emoes, sentimentos e significados vivenciados em outras circunstncias. Quando utilizam a linguagem do faz-de-

    conta, as crianas enriquecem sua identidade, porque podem experimentar outras formas de ser e pensar, ampliando

    suas concepes sobre as coisas e pessoas ao desempenhar vrios papis sociais ou personagens.

    Alm da imitao e do faz-de-conta, a oposio outro recurso fundamental no processo de construo do

    sujeito. Opor-se, significa, em certo sentido, diferenciar-se do outro, afirmar o seu ponto de vista, os seus desejos.

    A aquisio da conscincia dos limites do prprio corpo um aspecto importante do processo de

    diferenciao do eu e do outro e da construo da identidade. Por meio das exploraes que faz, do contato fsico

    com outras pessoas, da observao daqueles com quem convive, a criana aprende sobre o mundo, sobre si mesma

    e comunica-se pela linguagem corporal.

    A autoestima que a criana aos poucos desenvolve , em grande parte, interiorizao da estima que se tem

    por ela e da confiana da qual alvo. Disso resulta a necessidade de o adulto confiar e acreditar na capacidade de

    todas as crianas com as quais trabalha.

    O processo de construo da autoconfiana envolve avanos e retrocessos. As crianas podem fazer birra

    diante de frustraes, demonstrar sentimentos como vergonha e medo ou ter pesadelos, necessitando de apoio e

    compreenso dos pais e professores. O adulto deve ter em relao a elas uma atitude continente, apoiando-as e

    controlando-as de forma flexvel, porm segura.

    importante que os adultos refiram-se a cada criana pelo nome, bem como assegurem que conheam os

    nomes de todos. Para isso, vrias atividades podem ser planejadas, com destaque para brincadeiras e cantigas em

    que se podem inserir os nomes dos elementos do grupo, propiciando que sejam ditos e repetidos num contexto

    ldico e afetivo. Vrios so os jogos que podem ser construdos utilizando os nomes prprios, como, por exemplo,

    bingo, jogo da memria, domin, e que podem ser reconstrudos substituindo as letras, as imagens ou os nmeros,

    respectivamente, pelo nome dos integrantes do grupo. Mas o nome traz mais do que uma grafia especfica, ele traz

    tambm uma histria, um significado. Fazer uma pesquisa para descobrir a histria do nome de cada elemento do

    grupo (por que os familiares escolheram esse nome) pode ser uma interessante atividade, inclusive com o

    envolvimento da famlia.

    O espelho um importante instrumento para a construo da identidade. Por meio das brincadeiras que faz

    em frente a ele, a criana comea a reconhecer sua imagem e as caractersticas fsicas que integram a sua pessoa.

    aconselhvel que se coloque na sala, um espelho grande o suficiente para que vrias crianas possam se ver de

    corpo inteiro e brincar em frente a ele [construo da imagem]. Nesse sentido, a maquiagem (que as crianas podem

    utilizar sozinhas ou auxiliadas pelo professor), fantasias diversas, roupas, sapatos e acessrios que os adultos no

    usam mais, bijuterias, so timos materiais para o faz-de-conta nesta faixa etria. Com eles, e diante do espelho, a

    criana consegue perceber que sua imagem muda, sem que modifique a sua pessoa.

    No dia-a-dia, com relao a este eixo, deve-se propiciar a ajuda e interao entre as crianas/adultos

    (estimular a cooperao mtua); planejar situaes em que as crianas sejam solicitadas a colaborar com o bom

    andamento das atividades; escolher o ajudante do dia para o cumprimento de tarefas mais especficas; conscientiz-

    las do respeito diversidade; construir a identidade de gnero (aes e encaminhamentos, valores de igualdade e

    respeito entre as pessoas de sexos diferentes e permitir que a criana brinque com as possibilidades relacionadas

    tanto ao papel de homem como ao da mulher); formular regras de convivncia em grupo (combinados)

    conscientizando-os das sanes quanto ao seu descumprimento; orientar a importncia dos cuidados pessoais

    (higiene corporal).

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    Conhecimento do Mundo

    Os contedos devero priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e instrumentais do

    movimento, possibilitando a apropriao corporal pelas crianas de forma que possam agir com cada vez mais

    intencionalidade. Devem ser organizados num processo contnuo e integrado que envolve mltiplas experincias

    corporais, possveis de serem realizadas pela criana sozinha ou em situaes de interao. Os diferentes espaos e

    materiais, os diversos repertrios de cultura corporal expressos em brincadeiras, jogos, danas, atividades

    esportivas e outras prticas sociais so algumas das condies necessrias para que esse processo ocorra.

    Outro ponto de reflexo diz respeito lateralidade, ou seja, predominncia para o uso de um lado do corpo.

    Durante o processo de definio da lateralidade, as crianas podem usar, indiscriminadamente, ambos os lados do

    corpo. Espontaneamente a criana ir manifestar a preferncia pelo uso de uma das mos, definindo-se como destra

    ou canhota. Assim, cabe ao professor acolher suas preferncias, sem impor-lhes, por exemplo, o uso da mo direita.

    O professor precisa cuidar de sua expresso e posturas corporais ao se relacionar com as crianas. No deve

    esquecer que seu corpo um veculo expressivo, valorizando e adequando os prprios gestos, mmicas e

    movimentos na comunicao com as crianas.

    O professor, tambm, modelo para as crianas, fornecendo-lhes repertrio de gestos e posturas quando,

    por exemplo, conta histrias pontuando idias com gestos expressivos ou usa recursos vocais para enfatizar sua

    dramaticidade. Conhecer jogos e brincadeiras e refletir sobre os tipos de movimentos que envolvem, condio

    importante para ajudar as crianas a desenvolverem uma motricidade harmoniosa.

    So consideradas como experincias prioritrias para a aprendizagem do movimento realizada pelas

    crianas de zero a trs anos: uso de gestos e ritmos corporais diversos para expressar-se; deslocamentos no espao

    sem ajuda. J a partir dos quatro anos pode-se esperar que as crianas reconheam os movimentos e o utilizem

    como linguagem expressiva, participando de jogos e brincadeiras envolvendo habilidades motoras diversas.

    A msica a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensaes,

    sentimentos e pensamentos, por meio da organizao e relacionamento expressivo entre o som e o silncio. A

    msica na educao infantil vem, ao longo de sua histria, atendendo a vrios objetivos.

    Ouvir msica, aprender uma cano, brincar de roda, realizar brinquedos rtmicos, jogos de mos etc., so

    atividades que despertam, estimulam e desenvolvem o gosto pela atividade musical, alm de atenderem a

    necessidades de expresso que passam pela esfera afetiva, esttica e cognitiva. Aprender msica significa integrar

    experincias que envolvem a vivncia, a percepo e a reflexo. Cantar e ouvir msicas podem ocorrer com

    frequncia e de forma permanente nas instituies.

    Compreende-se a msica como linguagem e forma de conhecimento. A linguagem musical excelente

    meio para o desenvolvimento da expresso, do equilbrio, da autoestima e autoconhecimento, alm de

    poderoso meio de integrao social. O gesto e o movimento corporal esto intimamente ligados e

    conectados ao trabalho musical.

    J a apreciao musical refere-se a audio e interao com msicas diversas.

    Integrar a msica educao infantil implica que o professor deva assumir uma postura de disponibilidade

    em relao a essa linguagem. Considerando-se que a maioria dos professores de educao infantil no tem uma

    formao especfica em msica, sugere-se que cada profissional faa um contnuo trabalho pessoal consigo mesmo

    em relao a este eixo de trabalho.

    importante desenvolver nas crianas atitudes de respeito e cuidado com os materiais musicais, de

    valorizao da voz humana e do corpo como materiais expressivos. Como o exemplo do professor muito

    importante, desejvel que ele fale e cante com os cuidados necessrios boa emisso do som, evitando gritar e

    colaborando para desenvolver nas crianas atitudes semelhantes.

    So consideradas como experincias prioritrias para a aprendizagem musical realizada pelas crianas, de

    modo geral, a ateno para ouvir, responder ou imitar; a capacidade de expressar-se musicalmente por meio da voz,

    do corpo e com os diversos materiais sonoros.

    Movimento

    Msica

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    A arte da criana, desde cedo, sofre influncia da cultura, seja por

    meio de materiais e suportes com que faz seus trabalhos, seja pelas imagens

    e atos de produo artstica que observa na TV, em revistas, em gibis,

    rtulos, estampas, obras de arte, trabalhos artsticos de outras crianas etc.

    Embora seja possvel identificar espontaneidade e autonomia na

    explorao e no fazer artstico das crianas, seus trabalhos revelam: o local e

    a poca histrica em que vivem; suas oportunidades de aprendizagem; suas

    ideias ou representaes sobre o trabalho artstico que realiza e sobre a

    produo de arte qual tm acesso, assim como seu potencial para refletir sobre ela.

    No trabalho com as Artes Visuais em educao infantil, o pensamento, a sensibilidade, a imaginao, a

    percepo, a intuio e a cognio da criana devem ser trabalhadas de forma integrada, visando a favorecer o

    desenvolvimento de suas capacidades criativas. Orienta-se, inclusive, o trabalho com leitura de imagens

    contemplando a maior diversidade possvel de materiais que sejam significativos para as crianas.

    De forma geral, aconselhvel que o trabalho seja organizado de forma a oferecer s crianas a

    possibilidade de contato, uso e explorao de materiais, como caixas, latinhas, diferentes papis, papeles, copos

    plsticos, embalagens de produtos, pedaos de pano etc.

    Com relao s sucatas importante que se faa uma seleo, garantindo que no ofeream perigo sade

    da criana, que estejam em boas condies e que sejam adequadas ao uso.

    Para que a criana possa desenhar, importante que ela possa faz-lo livremente sem interveno direta,

    explorando os diversos materiais, como lpis preto, lpis de cor, lpis de cera, pincis, canetas, carvo, giz, penas,

    gravetos etc., e utilizando suportes de diferentes tamanhos e texturas, como papis, cartolinas, lixas, cho, areia,

    terra etc.

    interessante propor s crianas que faam desenhos a partir da observao das mais diversas situaes,

    cenas, pessoas e objetos. O professor pode pedir que observem e desenhem a partir do que viram.

    Guardar, organizar a sala e documentar as produes so aes que podem ajudar cada criana na

    percepo de seu processo evolutivo e do desenrolar das etapas de trabalho. Essa uma tarefa que o professor

    poder realizar junto ao grupo. A exposio dos trabalhos realizados uma forma de propiciar a leitura dos objetos

    feitos pelas crianas e a valorizao de suas produes.

    So consideradas como experincias prioritrias em Artes Visuais realizada para as crianas de zero a trs

    anos: a explorao de diferentes materiais e a possibilidade de expressar-se por meio deles. Para isso necessrio

    que as crianas tenham tido oportunidade de desenhar, pintar, modelar, brincar com materiais de construo em

    diversas situaes, utilizando os mais diferentes materiais.

    A partir dos quatro e at os seis anos, pode-se esperar que as crianas utilizem o desenho, a pintura, a

    modelagem e outras formas de expresso plstica para representar, expressar-se e comunicar-se. Para tanto,

    necessrio que as crianas tenham vivenciado diversas atividades, envolvendo o desenho, a pintura, a modelagem

    etc., explorando as mais diversas tcnicas e materiais.

    Tome cuidado! Em muitas propostas as prticas de Artes Visuais so entendidas apenas como meros

    passatempos em que atividades de desenhar, colar, pintar e modelar com argila ou massinha so destitudas

    de significados.

    Outra prtica corrente, considera que o trabalho deve ter uma conotao decorativa, servindo para ilustrar

    temas de datas comemorativas, enfeitar as paredes com motivos considerados infantis, elaborar convites, cartazes e

    pequenos presentes para os pais etc. Nessa situao, comum que os adultos faam grande parte do trabalho, uma

    vez que no consideram que a criana tem competncia para elaborar um produto adequado.

    As Artes Visuais tm sido, tambm, bastante utilizadas como reforo para a aprendizagem dos mais

    variados contedos. So comuns as prticas de colorir imagens feitas pelos adultos em folhas mimeografadas,

    como exerccios de coordenao motora para fixao e memorizao de letras e nmeros.

    preciso valorizar a produo criadora infantil e se planejar um trabalho que lhe desenvolvam

    tais potencialidades.

    Artes Visuais

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    Tendo clareza do seu projeto de trabalho, o professor poder imprimir maior qualidade sua ao

    educativa. A organizao do tempo em Artes Visuais deve respeitar as possibilidades das crianas relativas ao

    ritmo e interesse pelo trabalho, ao tempo de concentrao, bem como ao prazer na realizao das atividades.

    O trabalho com a linguagem se constitui um dos eixos bsicos na educao infantil, dada sua importncia

    para a formao do sujeito, para a interao com as outras pessoas, na orientao das aes das crianas, na

    construo de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento.

    O domnio da linguagem surge do seu uso em mltiplas circunstncias, nas quais as crianas podem

    perceber a funo social que ela exerce e assim desenvolver diferentes capacidades.

    Por muito tempo prevaleceu, nos meios educacionais, a ideia de que o professor teria de planejar,

    diariamente, novas atividades, no sendo necessrio estabelecer uma relao e continuidade entre elas. No entanto,

    a aprendizagem pressupe uma combinao entre atividades inditas e outras que se repetem. Dessa forma, a

    organizao dos contedos de Linguagem Oral e Escrita deve se subordinar a critrios que possibilitem, ao mesmo

    tempo, a continuidade em relao s propostas didticas e ao trabalho desenvolvido nas diferentes faixas etrias, e a

    diversidade de situaes didticas em um nvel crescente de desafios.

    A oralidade, a leitura e a escrita devem ser trabalhadas de forma integrada e complementar,

    potencializando-se os diferentes aspectos que cada uma dessas linguagens solicita das crianas. Neste documento,

    os contedos so apresentados em um nico bloco para as crianas de zero a trs anos, considerando-se a

    especificidade da faixa etria. Para as crianas de quatro a seis anos, os contedos so apresentados em trs blocos:

    Falar e escutar, Prticas de leitura e Prticas de escrita.

    O ato de leitura um ato cultural e social. Quando o professor faz uma seleo prvia da histria que ir

    contar para as crianas, independentemente da idade delas, dando ateno para a inteligibilidade e riqueza do texto,

    para a nitidez e beleza das ilustraes, ele permite s crianas construrem um sentimento de curiosidade pelo livro

    (ou revista, gibi etc.) e pela escrita. A importncia dos livros e demais portadores de textos incorporada pelas

    crianas, tambm, quando o professor organiza o ambiente de tal forma que haja um local especial para livros,

    gibis, revistas etc. que seja aconchegante e no qual as crianas possam manipul-los e l-los seja em momentos

    organizados ou espontaneamente. Deixar as crianas levarem um livro para casa, para ser lido junto com seus

    familiares, um fato que deve ser considerado. As crianas, desde muito pequenas, podem construir uma relao

    prazerosa com a leitura. Compartilhar essas descobertas com seus familiares um fator positivo nas aprendizagens

    das crianas, dando um sentido mais amplo para a leitura.

    Considerando-se que o contato com o maior nmero possvel de situaes comunicativas e expressivas

    resulta no desenvolvimento das capacidades lingusticas das crianas, uma das tarefas da educao infantil

    ampliar, integrar e ser continente da fala das crianas em contextos comunicativos para que ela se torne competente

    como falante. Isso significa que o professor deve ampliar as condies da criana de manter-se no prprio texto

    falado. Para tanto, deve escutar a fala da criana, deixando-se envolver por ela, ressignificando-a e resgatando-a

    sempre que necessrio.

    Os professores podem funcionar como apoio ao desenvolvimento verbal das crianas, sempre buscando

    trabalhar com a interlocuo e a comunicao efetiva entre os participantes da conversa.

    importante planejar situaes de comunicao que exijam diferentes graus de formalidade, como

    conversas, exposies orais, entrevistas e no s a reproduo de contextos comunicativos informais.

    A roda de conversa o momento privilegiado de dilogo e intercmbio de ideias. Por meio desse exerccio

    cotidiano as crianas podem ampliar suas capacidades comunicativas, como a fluncia para falar, perguntar, expor

    suas ideias, dvidas e descobertas, ampliar seu vocabulrio e aprender a valorizar o grupo como instncia de troca e

    aprendizagem. A participao na roda permite que as crianas aprendam a olhar e a ouvir os amigos, trocando

    experincias. Pode-se, na roda, contar fatos s crianas, descrever aes e promover uma aproximao com

    aspectos mais formais da linguagem por meio de situaes como ler e contar histrias, cantar ou entoar canes,

    declamar poesias, dizer parlendas, textos de brincadeiras infantis etc.

    Outras atividades interessantes para este eixo de trabalho: entrevistas, prticas de leitura realizadas pelo

    professor, trabalhando com gneros textuais diversos (livros, bilhetes, revistas, cartas, jornais, anncios, poesias,

    Linguagem Oral e Escrita

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    parlendas, trava-lnguas, jogos de palavras memorizados e repetidos, etc.), a leitura de histrias, o reconto de

    histrias pelas crianas entre outros.

    So inmeras as estratgias das quais o professor pode lanar mo para enriquecer as atividades de leitura,

    como comentar previamente o assunto do qual trata o texto; fazer com que as crianas levantem hipteses sobre o

    tema a partir do ttulo; oferecer informaes que situem a leitura; criar certo suspense, quando for o caso; lembrar-

    se de outros textos conhecidos a partir do texto lido; favorecer a conversa entre as crianas para que possam

    compartilhar o efeito que a leitura produziu, trocar opinies e comentrios etc.

    Saber escrever o prprio nome um valioso conhecimento que fornece s crianas um repertrio bsico de

    letras que lhes servir de fonte de informao para produzir outras escritas. A instituio de educao infantil deve

    preocupar-se em marcar os pertences, os objetos pessoais e as produes das crianas com seus nomes.

    importante realizar um trabalho intencional que leve ao reconhecimento e reproduo do prprio nome para que

    elas se apropriem progressivamente da sua escrita convencional. A coleo dos nomes das crianas de um mesmo

    grupo, registrados em pequenas tiras de papel, pode estar afixada em lugar visvel da sala. Os nomes podem estar

    escritos em letra maiscula, tipo de imprensa (conhecida tambm como letra de frma), pois, para a criana,

    inicialmente, mais fcil imitar esse tipo de letra. Trata-se de uma letra mais simples do ponto de vista grfico que

    possibilita perceber cada caractere, no deixando dvidas sobre onde comea e onde termina cada letra.

    Ao iniciar-se o desenvolvimento da escrita, as letras mveis adquirem uma importante funo em situaes

    de interao, pois permitem fazer e desfazer escritas a partir da discusso entre as crianas, comparar, pensar em

    como deixar a escrita final, copiar nos casos em que preciso ter registro etc.

    Em relao s prticas de oralidade, os progressos apontam para a ampliao do vocabulrio infantil, com a

    incorporao de novas expresses e utilizao de expresses de cortesia, alm de perceberem a diferena de quando

    o professor est lendo ou falando. Tambm desenvolvem a capacidade de reconhecer tipos de linguagem escrita ou

    falada.

    Em relao s prticas de escrita e produo de textos, pode-se observar o interesse das crianas em

    escrever o prprio nome e o nome de outras pessoas e de utilizar a escrita em situaes de comunicao como a

    necessidade de se mandar uma mensagem por escrito a um destinatrio ausente.

    Mesmo sem a exigncia de que as crianas estejam alfabetizadas aos 5 anos, todos os aspectos envolvidos

    no processo de alfabetizao devem ser considerados na educao infantil.

    O eixo de trabalho denominado Natureza e Sociedade rene temas pertinentes ao mundo social, s

    Cincias Humanas e Naturais, s noes de tempo e espao, diversidade cultural, geogrfica e histrica.

    O trabalho com este eixo, portanto, deve propiciar experincias que possibilitem uma aproximao ao

    conhecimento das diversas formas de representao e explicao do mundo social e natural para que as crianas

    possam estabelecer progressivamente a diferenciao que existe entre mitos, lendas, explicaes provenientes do

    senso comum e conhecimentos cientficos.

    Dada a grande diversidade de temas que este eixo oferece, preciso estruturar o trabalho de forma a

    escolher os assuntos mais relevantes para as crianas e o seu grupo social. As crianas devem, desde pequenas, ser

    instigadas a observar fenmenos, relatar acontecimentos, formular hipteses, prever resultados para experimentos,

    conhecer diferentes contextos histricos e sociais, tentar localiz-los no espao e no tempo.

    Os contedos devero ser selecionados em funo dos seguintes critrios:

    relevncia social e vnculo com as prticas sociais significativas;

    grau de significado para a criana;

    possibilidade que oferecem de construo de uma viso de mundo integrada e relacional;

    possibilidade de ampliao do repertrio de conhecimentos a respeito do mundo social e natural.

    Prope-se que os contedos sejam trabalhados junto s crianas, prioritariamente, na forma de projetos que

    integrem diversas dimenses do mundo social e natural, em funo da diversidade de escolhas possibilitada por

    este eixo de trabalho.

    Dentre as possibilidades de aprendizagem das crianas desta faixa etria esto:

    Natureza e Sociedade

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    a observao e explorao do meio;

    a troca de ideias que nasce do contato com pequenos animais como

    formigas, peixes, tartarugas, passarinhos, patos etc.;

    conhecimento sobre as plantas e os animais;

    preservao da vida e do meio ambiente;

    questes sobre reciclagem e combate ao desperdcio;

    ampliao e valorizao da cultura;

    elaborao de receitas culinrias, confeco de massas caseiras, tintas no txicas e outras misturas

    pelo simples prazer do manuseio;

    percepo integrada do prprio corpo, nominao de suas partes e de algumas de suas funes;

    diversidade de hbitos, modos de vida e costumes de diferentes pocas, lugares ou povo;

    percepo dos elementos que compem a paisagem do lugar onde vive;

    variao do dia e da noite; sucesso das estaes do ano; a passagem dos meses e dos anos;

    fenmenos da natureza (seca, chuvas, enchentes, arco-ris, sol, lua, estrelas, planetas etc.).

    Recursos Didticos: experincias diversas; criao de hortas, minhocrios e terrrios; suporte de

    fotografias, ilustraes, cartes postais, cartazes e outros tipos de imagem; murais; uso de mapas, globos terrestres

    e maquetes; brincadeiras, msicas, histrias, jogos e danas tradicionais; textos informativos e literrios,

    documentrios e filmes; entrevistas (pessoas como fontes de informao); pesquisas, coleta de dados; a variedade

    de objetos presentes no meio etc.

    No que se refere aprendizagem neste eixo, so consideradas como experincias prioritrias para as

    crianas: participar das atividades que envolvam a explorao do ambiente imediato e a manipulao de objetos;

    vivenciar experincias envolvendo aprendizagens significativas relacionadas com este eixo, pode-se esperar que as

    crianas conheam e valorizem algumas das manifestaes culturais de sua comunidade e manifestem suas

    opinies, hipteses e ideias sobre os diversos assuntos colocados.

    O contato com a natureza de fundamental importncia para as crianas e o professor deve oferecer

    oportunidades diversas para que elas possam descobrir sua riqueza e beleza. Fazer passeios por parques e locais de

    rea verde, manter contato com pequenos animais, pesquisar em livros e fotografias a diversidade da fauna e da

    flora, principalmente brasileira, so algumas das formas de se promover o interesse e a valorizao da natureza pela

    criana.

    As crianas, desde o nascimento, esto imersas em um universo do qual os

    conhecimentos matemticos so parte integrante. As crianas participam de uma srie de

    situaes envolvendo nmeros, relaes entre quantidades, noes sobre espao.

    Utilizando recursos prprios e pouco convencionais, elas recorrem a contagem e operaes

    para resolver problemas cotidianos, como conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos

    de um jogo, repartir as balas entre os amigos, mostrar com os dedos a idade, manipular o

    dinheiro e operar com ele etc. Tambm observam e atuam no espao ao seu redor e, aos

    poucos, vo organizando seus deslocamentos, descobrindo caminhos, estabelecendo

    sistemas de referncia, identificando posies e comparando distncias. Essa vivncia

    inicial favorece a elaborao de conhecimentos matemticos.

    A seleo e a organizao dos contedos matemticos representam um passo importante no planejamento

    da aprendizagem e devem considerar os conhecimentos prvios e as possibilidades cognitivas das crianas para

    ampli-los. Para tanto, deve-se levar em conta que:

    aprender matemtica um processo contnuo de abstrao no qual as crianas atribuem significados e

    estabelecem relaes com base nas observaes, experincias e aes que fazem, desde cedo, sobre elementos do

    seu ambiente fsico e sociocultural;

    a construo de competncias matemticas pela criana ocorre simultaneamente ao desenvolvimento de inmeras

    outras de naturezas diferentes e igualmente importantes, tais como comunicar-se oralmente, desenhar, ler, escrever,

    movimentar-se, cantar etc.

    Matemtica

  • 8

    As modificaes no espao, a construo de diferentes circuitos de obstculos com cadeiras, mesas, pneus e

    panos por onde as crianas possam engatinhar ou andar subindo, descendo, passando por dentro, por cima, por

    baixo permitem a construo gradativa de conceitos, dentro de um contexto significativo, ampliando

    experincias. As brincadeiras de construir torres, pistas para carrinhos e cidades, com blocos de madeira ou

    encaixe, possibilitam representar o espao numa outra dimenso. O faz-de-conta das crianas pode ser enriquecido,

    organizando-se espaos prprios com objetos e brinquedos que contenham nmeros, como telefone, mquina de

    calcular, relgio etc. As situaes de festas de aniversrio podem constituir-se em momento rico de aproximao

    com a funo dos nmeros. O professor pode organizar junto com as crianas um quadro de aniversariantes,

    contendo a data do aniversrio e a idade de cada criana. Pode tambm acompanhar a passagem do tempo,

    utilizando o calendrio. Pode-se organizar um painel com pesos e medidas das crianas para que elas observem

    suas diferenas. As crianas podem comparar o tamanho de seus ps e depois olhar os nmeros em seus sapatos. O

    folclore brasileiro fonte riqussima de cantigas e rimas infantis envolvendo contagem e nmeros, que podem ser

    utilizadas como forma de aproximao com a sequncia numrica oral. So muitas as formas possveis de se

    realizar o trabalho com a Matemtica nessa faixa etria, mas ele sempre deve acontecer inserido e integrado no

    cotidiano das crianas.

    Nesta faixa etria os contedos esto organizados em trs blocos: Nmeros e sistema de numerao,

    Grandezas e medidas e Espao e forma.

    Envolvem contagem, uso de nmeros em diversas situaes cotidianas, comunicao de quantidades,

    sequncia numrica, correspondncia termo a termo, noo de antecessor e sucessor, quantidade; pesos e medidas;

    Contextualizar nas diversas atividades: nmeros presentes em telefones, placas, camisas de jogadores,

    etiquetas de preos, contas de luz, numerao das pginas de um livro, lbum e respectivas figurinhas; calendrios,

    tabelas (idade, nmero do sapato e da roupa, altura, peso, etc.), relgios, baralhos; jogos com dados; encartes de

    preos; boliche. Envolver passeios a feiras e supermercados. Propiciar jogos de faz-de-conta e propor situaes-

    problemas com dinheiro de brincadeira ou em situaes de interesse da criana.

    As crianas podem utilizar para suas construes os mais diversos materiais: areia, massa de modelar,

    argila, pedras, folhas e pequenos troncos de rvores. Alm desses, materiais concebidos intencionalmente para a

    construo, como blocos geomtricos das mais diversas formas, espessuras, volumes e tamanhos; blocos imitando

    tijolos ou ainda pequenos ou grandes blocos plsticos, contendo estruturas de encaixe, propiciam no somente o

    conhecimento das propriedades de volumes e formas geomtricas como desenvolvem nas crianas capacidades

    relativas construo com proporcionalidade e representaes mais aproximadas das imagens desejadas,

    auxiliando-as a desenvolver seu pensamento antecipatrio, a iniciativa e a soluo de problemas no mbito das

    relaes entre espao e objetos.

    So recursos pedaggicos que podem ser utilizados para auxiliar no

    desenvolvimento do pensamento lgico-matemtico: caixa de contagem, baco,

    blocos lgicos, material dourado, domins, baralhos, reproduo de cdulas ou

    moedas, colees diversas, jogos numricos, jogos com pistas ou tabuleiros

    numerados que contam com o uso de dados, msicas que envolvam noes

    matemticas, etc.

    So consideradas como experincias prioritrias para a aprendizagem matemtica realizada pelas crianas,

    inicialmente o contato com os nmeros e a explorao do espao e posteriormente que as crianas utilizem

    conhecimentos da contagem oral, registrem quantidades de forma convencional ou no convencional e

    comuniquem posies relativas localizao de pessoas e objetos.

    Em educao infantil, a avaliao um trabalho de reflexo do professor que se faz pela observao e pelo

    registro. O registro entendido aqui como fonte de informao valiosa sobre as crianas, em seu processo de

    aprender, e sobre o professor, em seu processo de ensinar. O registro o acervo de conhecimentos do professor,

    que lhe possibilita recuperar a histria do que foi vivido, tanto quanto lhe possibilita avali-la propondo novos

    encaminhamentos.

    Avaliao em Educao Infantil

  • 9

    O professor deve colecionar produes das crianas (suas escritas, desenhos com escrita, ensaios de letras,

    os comentrios que fez sobre suas produes e foram registrados pelo professor etc.) e suas prprias anotaes

    como observador da produo de cada uma. Isto resultar no que chamamos de portiflio. Com esse material,

    possvel fazer um acompanhamento peridico da aprendizagem e formular indicadores que permitam ter uma viso

    da evoluo de cada criana.

    Art. 10, das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Infantil: As instituies de Educao

    Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedaggico e para avaliao do

    desenvolvimento das crianas, sem objetivo de seleo, promoo ou classificao, garantindo:

    I - a observao crtica e criativa das atividades, das brincadeiras e interaes das crianas no cotidiano;

    II - utilizao de mltiplos registros realizados por adultos e crianas (relatrios, fotografias, desenhos,

    lbuns etc.);

    III - a continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criao de estratgias adequadas aos

    diferentes momentos de transio vividos pela criana (transio casa/instituio de Educao Infantil, transies

    no interior da instituio, transio creche/pr-escola e transio pr-escola/ Ensino Fundamental);

    IV - documentao especfica que permita s famlias conhecer o trabalho da instituio junto s crianas e

    os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criana na Educao Infantil;

    V - a no reteno das crianas na Educao Infantil.

    O trabalho direto com crianas pequenas exige que o professor tenha uma competncia POLIVALENTE.

    Ser polivalente significa que ao professor cabe trabalhar com contedos de naturezas diversas que abrangem desde

    cuidados bsicos essenciais at conhecimentos especficos provenientes das diversas reas do conhecimento. Este

    carter polivalente demanda, por sua vez, uma formao bastante ampla do profissional que deve tornar-se, ele

    tambm, um aprendiz, refletindo constantemente sobre sua prtica, debatendo com seus pares, dialogando com as

    famlias e a comunidade e buscando informaes necessrias para o trabalho que desenvolve. So instrumentos

    essenciais para a reflexo sobre a prtica direta com as crianas a observao, o registro, o planejamento e a

    avaliao.

    A implementao e/ou implantao de uma proposta curricular de qualidade depende, principalmente dos

    professores que trabalham nas instituies. Por meio de suas aes, que devem ser planejadas e compartilhadas

    com seus pares e outros profissionais da instituio, pode-se construir projetos educativos de qualidade junto aos

    familiares e s crianas. A ideia que preside a construo de um projeto educativo a de que se trata de um

    processo sempre inacabado, provisrio e historicamente contextualizado que demanda reflexo e debates

    constantes com todas as pessoas envolvidas e interessadas.

    Para que os projetos educativos das instituies possam, de fato, representar esse dilogo e debate

    constante, preciso ter professores que estejam comprometidos com a prtica educacional, capazes de responder s

    demandas familiares e das crianas, assim como s questes especficas relativas aos cuidados e aprendizagens

    infantis.

    Conhecimentos Didtico-Pedaggicos em Educao Infantil

    Prof Jacqueline Campos/2014

    Perfil Profissional