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Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019 IMUNIDADES E ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS

Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

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Resumos de leitura obrigatória

AULA 11 - 25/03/2019

IMUNIDADES E ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS

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• Quando falamos em imunidade fiscal, é o mais elevado benefício fiscal que existe no

ordenamento jurídico, e decorre sempre da Constituição Federal. Este comando proíbe o

exercício da competência tributária vedando que certo ente utilize determinado tributo de

sua titularidade em alguma situação específica. São limitações constitucionais ao poder

de tributar, ou seja, uma dispensa constitucional ao pagamento do tributo.

• Distinção entre Isenção e Imunidade.

• Não incidência – Situações que não foram eleitas pelo legislador como passíveis de

tributação. São situações que não são alcançadas pela norma da Hipótese de Incidência.

Exemplo: Não incide IPVA na propriedade de bicicletas. O motivo é que nesta situação

está sob o alcance da Não incidência tributária.

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• Alíquota zero é utilizado como instrumento de benefício fiscal, da seguinte forma:

reduzir para zero à alíquota de determinado tributo, gerando como resultado crédito

tributário também no montante de zero. Maior incidência nos tributos extrafiscais - II, IE,

IOF e IPI e o ICMS de acordo com a essencialidade.

➔ PORTANTO nas QUATRO HIPÓTESES a circunstância de NÃO

PAGAMENTO se materializa. Não incidência é a ausência de precisão normativa.

Imunidade é a proteção constitucional (blindagem) que impede a tributação. Isenção é o

benefício de não pagar em função de uma razão econômica/social criada pela lei que

instituiu o tributo. Alíquota zero a base de cálculo quando multiplicado pela alíquota zero

é igual a zero.

– Ser proprietário de Bicicletas → NÃO INCIDÊNCIA

– Artigo 195, §7º da CF: São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades

beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei →

MESMO QUE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DIGA QUE É ISENÇÃO,

INTERPRETAMOS COMO UMA ATECNIA DO LEGISLADOR. Com isto entidades

de assistência social sem fins lucrativos SÃO IMUNES.

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– Artigo 184, §5º da CF: São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as

operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária →

IMUNIDADE.

– Artigo 6º da Lei 7713/88: dispensa do pagamento de imposto de renda aos portadores

de moléstia grave → ISENÇÃO.

*Obs.: As imunidades tributárias como garantia fundamental na CF, são irrevogáveis, nos

meandros do artigo 60, § 4°, IV, CF.

• Embora exista o benefício fiscal, o cumprimento da obrigação acessória não se

dispensa. O Artigo 175 do CTN em seu parágrafo único determina: “A exclusão do

crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da

obrigação principal cujo crédito seja excluído ou dela consequente.”.

• A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em

obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária, ou seja, em caso de

inadimplemento da obrigação de fazer, ela se converterá em multa, e será então uma

obrigação de dar dinheiro.

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Imunidades quanto à necessidade de regulamentação

A imunidade é considerada incondicionada quando a norma constitucional que a prevê

gera seus efeitos independentemente de regulamentação, possuindo eficácia plena e

aplicabilidade imediata. Como exemplos, podem ser citadas as imunidades recíproca e

cultural (CF, art. 150, VI, a e b). Quando a norma imunizante é classificada como de

eficácia limitada, ficando a sua aplicabilidade e o gozo do benefício a depender da edição

de regulamentação infraconstitucional, a imunidade é considerada condicionada. Como

exemplos, têm-se as imunidades das instituições de educação e assistência social sem fins

lucrativos que somente gozam do benefício se cumprirem os requisitos estabelecidos em

lei complementar, conforme detalhado no item 2.13.4.3. (Direito tributário

esquematizado / Ricardo Alexandre. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro:

Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016).

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Art. 146, CF. Cabe à lei complementar:

(...)

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

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IMUNIDADES GENÉRICAS – artigo 150, VI e 184, § 5º da CF

• Alcança unicamente a espécie tributária Imposto. Apesar da Constituição Federal

determinar as espécies de impostos, sendo, patrimônio, renda e serviços, o STF em

diversas decisões entende que são para todos os impostos.

• Para se ter imunidade genérica, basta ter SORTE:

Imunidades específicas

• Específica de algum tributo. Pode atingir qualquer espécie tributária, desde que esteja

na Constituição Federal.

• Nas imunidades específicas a Constituição Federal apenas vai retirar a incidência de

alguns tributos e sobre situações pontuais. Como exemplo, a imunidade de contribuições

sociais e CIDE sobre receitas decorrentes de exportação (art. 149, § 2º, I, da CF).

Lei de Responsabilidade Fiscal – Imunidade não está dentro desta restrição

Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a

instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência

constitucional do ente da Federação.

Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não

observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.

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Como é consabido, a Constituição Federal não cria tributos, apenas outorga competência

para que os entes políticos o façam por meio de leis próprias. Assim, é correto definir

competência tributária como o poder constitucionalmente atribuído de editar leis que

instituam tributos. O exercício do poder atribuído é uma faculdade, não uma imposição

constitucional. Cada ente decide, de acordo com seus critérios de oportunidade e

conveniência política, e, principalmente, econômica, sobre o exercício da competência

tributária. Nesse ponto, é relevante comentar uma novidade trazida pela Lei

Complementar 101/1999 (Lei de Responsabilidade Fiscal), qual seja afirmar que

constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,

previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente

da Federação (LRF, art. 11). A previsão tem caráter principiológico, estando dentro do

contexto do equilíbrio das contas públicas, maior objetivo da LRF. Todavia, a Lei foi

além, proibindo a realização de transferências voluntárias para os entes federados que

deixem de instituir os impostos de sua competência (art. 11, parágrafo único). Trata-se de

uma verdadeira sanção institucional, que parece caminhar em sentido contrário à lição de

que o exercício da competência tributária é facultativo. A regra, entretanto, decorre da

lógica. Se um ente possui competência para criar um imposto e não o faz, a presunção é

de que não precisa da respectiva receita. Se, posteriormente, procura os entes maiores em

busca de repasse de recursos, a negativa é razoável. (Direito tributário esquematizado /

Ricardo Alexandre. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:

MÉTODO, 2016).

Imunidade recíproca – artigo 150, VI, “a” CF

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• Conforme o comando constitucional, os entes federativos, União, Estados, Distrito

Federal e Municípios não podem cobrar impostos uns dos outros sobre seus patrimônios,

rendas e serviços. Eles possuem capacidade econômica, mas não tem capacidade

contributiva. Princípio do Pacto Federativo e Capacidade Contributiva. Esta imunidade

continua restrita apenas aos Impostos. Com relação as demais espécies, como taxa, e

empréstimo compulsório não há qualquer vedação para a cobrança.

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• Temos mais duas pessoas alcançadas por essa imunidade que está no Artigo 150, §2º

e §3, que são as autarquias e as fundações públicas. Para que elas tenham essa imunidade,

não basta ser autarquia ou uma fundação pública, elas terão que cumprir necessariamente

4 requisitos:

1) Cumprir suas Finalidades essenciais;

2) Sejam instituídas e mantidas pelo poder público;

3) Não podem cobrar preços nem tarifas para realização de suas contraprestações;

4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a

empreendimentos privados.

• A parte final do artigo 150, §3º da CF ainda determina que a imunidade não exonera

o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

Quanto a essa determinação, temos a súmula 583 do STF que determina que: “Promitente

comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do

Imposto Predial Territorial Urbano”. Em face disto, temos que se um prédio até então

público, estiver sendo adquirido por uma pessoa física ou jurídica (não imune), este

promitente comprador já poderá ser contribuinte dos impostos inerentes aquela

propriedade que está sendo adquirida.

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• A determinação constitucional em seu artigo 173, §2º da CF, que diz: “As empresas

públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não

extensivos às do setor privado”.

• Podemos afirmar, portanto, que tais entidades não gozam da imunidade, visto que a

constituição expressamente vedou qualquer tipo de benefício fiscal que não fosse

oferecido a empresas privadas concorrentes. Quando pensamos na Caixa Econômica

Federal, por exemplo, ela deve recolher regularmente seus impostos, pois concorre com

entidades bancárias privadas.

• Somente em casos excepcionais é que temos estatais atuando no campo típico da

Administração Pública, e por isso, por prestarem Serviço Público, de caráter Obrigatório,

e sob o regime de Monopólio, o STF sabiamente determinou o alcance da Imunidade

Recíproca a esses entes. O STF reconhece a imunidade dessas pessoas sob a alegação de

que elas não atuam no mundo econômico, logo, não competem com particulares.

• Todo o patrimônio da ECT, Infraero (empresas públicas) e CAERD (sociedade de

economia mista) que seja utilizado para atividade típica do Estado estará imune.

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• Empresas que obtiveram Imunidade: 1) ECT, 2) Infraero, 3) CAERD, 4) Casa da

Moeda, 5) CODESP – Companhia Docas do Estado de SP – executa serviços de

administração de porto marítimo, 6) SERPRO – Serviço Federal de Processamento de

Dados.

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Ementa:

– Imunidade, isenção, não incidência, alíquota zero e necessidade de regulamentação

– Imunidade recíproca

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AULA 12 - 27/03/2019

(...) Imunidade recíproca – artigo 150, VI, “a” CF

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Súmula 399 do STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU.

*Obs.: Art. 38 Parágrafo Único da Lei 6.830/80 - A propositura, pelo contribuinte, da

ação prevista neste artigo importa em renúncia ao poder de recorrer na esfera

administrativa e desistência do recurso acaso interposto.

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O Sujeito passivo da obrigação principal, poderá ser:

A) Contribuinte – Aquele que tem relação direta e pessoal com a situação que constitua

o FG, ou seja, ele pratica o fato que fez nascer a obrigação tributária.

B) Responsável – Ele não pratica o FG, mas possui relação indireta com a situação que

constitua o FG e a LEI expressamente impõe o dever de pagar o tributo.

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Com base nisso responda:

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A – Teria direito a Imunidade Recíproca no caso em tela?

B – As atividades realizadas a entidades privadas estariam alcançadas pela imunidade,

visto que 98,7% das receitas são provenientes de órgãos e entidades da Administração

Pública?

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C – As obrigações de emissão de Nota Fiscal deverá ser realizada mesmo com a

imunidade tributária?

Súmula 583 do STF: Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de

autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.

Imunidade religiosa – artigo 150, VI, “b” CF

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• O Brasil apesar de não assumir nenhuma religião oficial, incentiva e valoriza as

práticas religiosas (Artigo 5º, VI da CF). Tanto é que dessas instituições as livrou de

qualquer carga tributária correspondente a impostos. Tudo o que estiver em nome da

igreja desde que cumpram suas finalidades estará imune, conforme assim determina o

artigo 150, §4º da CF.

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• Neste sentido, toda renda, por exemplo, auferida pelos dízimos e ofertas dos seus fiéis,

não sofrem a incidência do IR. O mesmo acontecerá com a venda das mercadorias

realizada em bazares da igreja. Desde que, todo o valor arrecadado seja utilizado para o

custeio das práticas religiosas.

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– Art. 123, CTN. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares,

relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda

Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias

correspondentes.

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➔ Portanto não poderia aqui ser aplicada a imunidade. O patrimônio não está em

nome da entidade e o art. 123 do CTN não permite que contratos particulares sejam

utilizados perante o Fisco para a modificação do sujeito passivo.

– Nesse caso, o Fisco exigirá a satisfação do tributo pelo sujeito passivo apontado na lei,

cabendo à parte prejudicada acionar na esfera do direito privado a parte descumpridora

do contrato.

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– O STF pacificou através de sumula 724 e Sumula Vinculante 52, que mesmo imóveis

alugados em que a propriedade seja da igreja, é possível a aplicação da imunidade, onde

deve haver a reversão integral do valor arrecadado para o propósito religioso. Em decisões

recentes, o STF ainda afirma que prédios imunes vazios, não configuram necessariamente

a ausência do requisito “finalidade essencial”, por isso, imóvel temporariamente vago

poderá ter a imunidade, cabendo ao Fisco comprovar o contrário.

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– Não poderia aqui ser aplicada a imunidade em virtude do patrimônio não está em nome

da entidade. Atente-se quanto a tramitação de projetos de emendas constitucionais

(PEC133/15 do Senado Federal e PEC 200/16 da Câmara dos Deputados) que objetivam

conceder a imunidade para imóveis que tenham a igreja apenas como mera inquilina e

não proprietária do bem.

• Em 2012 através do Recurso Extraordinário 562.351 do Rio Grande do Sul sob a

relatoria do Ministro Ricardo Lewandowksi referente a uma loja maçônica que pedia

imunidade tributária o Supremo por maioria de votos, entendeu que quando a

Constituição conferiu imunidade tributária aos “templos de qualquer culto”, este

benefício fiscal estava circunscrito aos cultos religiosos. No site da referida loja informa:

“...não é religião com teologia, mas adota templos onde desenvolve conjunto variável de

cerimônias, que se assemelha a um culto, dando feições a diferentes ritos. Como

associação privada e discreta ensina a busca da Verdade e da Justiça”. Por isso, o Supremo

entendeu que a própria entidade declara enfaticamente não ser uma religião e, por tal

razão, pareceu a eles irretocável a decisão que negou a imunidade, determinando que a

prática Maçom é uma ideologia de vida, e não uma religião.

Imunidade subjetiva – artigo 150, VI, “c” CF

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• A Constituição assim como fez com os entes públicos e com as entidades religiosas,

dispensou alguns sujeitos da obrigação do pagamento de impostos. Os sujeitos

protegidos, estão elencados no artigo 150, VI, “c” da CF, sendo: A) Partidos políticos,

inclusive suas fundações; B) Entidades Sindicais dos Trabalhadores; C) Instituições de

Educação sem fins lucrativos; D) Instituições de Assistência Social sem fins lucrativos.

Aqui cabe alertar que o parágrafo 4º do mesmo artigo, determina também que é necessário

atender suas finalidades essenciais. Essa imunidade subjetiva é condicionada ao

preenchimento de 3 requisitos, que conforme determinação da Constituição serão

definidas em lei. Os requisitos estão assim definidos no artigo 14 do CTN, a saber: I –

Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas a qualquer título;

II – Aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos

institucionais; III – Manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros

revestidos de formalidade capazes de assegurar sua exatidão.

• Com essa determinação, o preenchimento dos requisitos deve se dar de forma

CUMULATIVA, ou seja, a ausência de quaisquer dessas obrigações autoriza a autoridade

competente a suspender a aplicação do benefício, conforme determinação do §1º do

mesmo artigo.

Não se deve confundir ausência de fim lucrativo com proibição de obtenção de superávit

financeiro. Toda entidade que se pretenda viável e pense em crescimento deve se esforçar

para que suas receitas superem suas despesas. O que não pode acontecer, sob pena de

configuração de finalidade lucrativa, é a distribuição de excedentes entre os sócios,

diretores, gerentes ou quaisquer outras pessoas. (Direito tributário esquematizado /

Ricardo Alexandre. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:

MÉTODO, 2016).

Ementa:

– Imunidade recíproca

– Imunidade religiosa

– Imunidade subjetiva

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AULA 13 - 01/04/2019

(...) Imunidade subjetiva – artigo 150, VI, “c” CF

Súmula 591 do STF: A imunidade ou a isenção tributária do comprador não se estende

ao produtor, contribuinte do imposto sobre produtos industrializados.

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Imunidade objetiva – artigo 150, VI, “d” CF

• Nesta imunidade não são os sujeitos que possuem a imunidade, mas sim os OBJETOS

por elas comercializados/produzidos.

• A Constituição ao propor essa imunidade tem por escopo evitar embaraços ao

exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação,

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consagrada no inciso IX do artigo 5º da CF. Visa facilitar o acesso da população à cultura,

à informação e a educação, com a redução do preço final. Com isso determinou que 03

veículos de pensamento e 1 matéria prima serão imunes ao pagamento de impostos: a)

Livros; b) Jornais; c) Periódicos; d) Papel destinado à sua impressão.

• Quanto aos periódicos, no RE 221.239 com a relatoria da Ministra Ellen Grace, ao

interpretar o conceito da imunidade determinou que o constituinte não fez ressalvas

quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à

qualidade cultural de uma publicação. Com isso não caberia ao aplicador da norma

constitucional afastar o benefício fiscal ao Álbum de Figurinha, por força de um juízo

subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação

destinada ao público infanto-juvenil. Portanto é imune o álbum de figurinha da copa, ou

de qualquer outro.

• Ainda sobre os periódicos, no RE 134.071 de relatoria do Ministro Ilmar Galvão o

STF, determinou que é de se entender que não estão excluídos da imunidade os periódicos

que cuidam apenas e tão somente de informações genéricas ou específicas, sem caráter

noticioso, discursivo, literário, poético ou filosófico, mas de inegável utilidade pública,

como é o caso das listas telefônicas. Portanto, as listas telefônicas pelo papel

indispensável que possuem, são alcançados pela imunidade tributária.

• Portanto, esses objetos não devem sofrer a incidência de ICMS, por exemplo. No que

tange aos insumos, pela interpretação expressa da Constituição, apenas o papel está

imune, sendo a tinta, por exemplo, devidamente tributada, bem como as máquinas

utilizadas para impressão destes veículos citados.

• No RE 202.149 a Primeira Turma do Supremo, reconheceu ser ampla a imunidade

tributária, alcançando as peças sobressalentes para equipamentos de preparo e

acabamento de chapas de impressão offset para jornais. Por fim, a súmula 657 do STF

determina: “A imunidade prevista no artigo 150, VI, “d” da Constituição Federal abrange

os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos”.

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O Plenário aprovou, também por unanimidade, duas teses de repercussão geral para o

julgamento dos recursos. O texto aprovado no julgamento do RE 330817 foi: A

imunidade tributária constante do artigo 150, VI, “d”, da Constituição Federal, aplica-se

ao livro eletrônico (e-book), inclusive aos suportes exclusivamente utilizados para fixá-

lo. Para o RE 595676 os ministros assinalaram que “a imunidade tributária da alínea “d”

do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal alcança componentes eletrônicos

destinados exclusivamente a integrar unidades didáticas com fascículos”.

– Súmulas 323 e 70 do STF

– Recentemente o STF determinou que as prestadoras de serviços de composição gráfica,

que realizam serviços por encomendas de empresas jornalísticas ou editoras de livros, não

estão abrangidas pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, d, CF. Com base

nessa orientação, a 2ª Turma, em conclusão de julgamento e por maioria, negou

provimento a agravo regimental em recurso extraordinário em que se discutia a

exigibilidade do ISS relativamente a confecção/impressão de jornais para terceiros. A

turma destacou que a garantia da imunidade estabelecida pela Constituição, em favor dos

livros, dos jornais e dos periódicos e do papel destinado à sua impressão revestir-se-ia de

significativa importância, destinada a preservar e a assegurar o próprio exercício das

liberdades de manifestação do pensamento e de informação jornalística. Frisou que, no

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ponto, os serviços de composição gráfica realizados por empresas contratadas para

realizar esses trabalhos, seriam meros prestadores de serviços e, por isso, a eles não se

aplicaria a imunidade tributária.

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Imunidade das pequenas glebas – artigo 153, § 4º, II CF

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• Imunidade ao ITR as PEQUENAS GLEBAS RURAIS, definidas em lei, quando as

explore o proprietário que NÃO POSSUA OUTRO IMÓVEL.

• A definição do que é pequena gleba consta da Lei 9.393/1996, da seguinte forma:

“Alguns autores afirmam que a lei a que se refere o art. 153, § 4º, II, deveria ser uma lei

complementar já que se trata de limitação ao poder de tributar (art. 146, II, da CF/88)”.

ISENÇÕES

• A isenção é uma das causas de exclusão do crédito tributário que faz com que seja

excluída a incidência do tributo em situações e condições especificadas em lei.

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• “(...) 7. Para a criação e extensão de benefício fiscal o sistema normativo exige lei

específica (cf. art. 150, §6º da CF/88) e veda a interpretação extensiva (cf. art. 111 do

CTN), de modo que benefício concedido aos contribuintes integrantes de regime especial

de tributação ... são se estende aos demais contribuintes ... sem lei que autorize” (STJ, 2ª

T., Resp1265198/SC, Rel. Min. Eliana Calmon, out. 2013).

• “Conforme o art. 175, caput, a isenção exclui o crédito tributário. Ou seja, surge a

obrigação, mas o respectivo crédito não será exigível; logo, o cumprimento da obrigação

resta dispensado. Cuida-se de benefício fiscal concedido por liberalidade do legislador.”

(PAULSEN, Leandro. Constituição e Código tributário comentados à luz da doutrina e

da jurisprudência – 18ºed. 2017).

• “(...) 2. A irrevogabilidade da isenção concedida, nos termos do art. 178, do CTN, só

ocorrerá se atendidos os requisitos de prazo certo e condições determinadas. Precedentes.

Situação não configurada nos autos(...) (STJ, 2ªT., REsp960.777/RS, Rel. Min. Herman

Benjamin, set. 2007).

Súmula 544 do STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem

ser livremente suprimidas.

Súmula 627 do STJ: O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do

Imposto de Renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos

sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade.

Page 38: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

Súmula 612 do STJ: O certificado de entidade beneficente de assistência social (Cebas),

no prazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins tributários, retroagindo

seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento dos requisitos estabelecidos por

lei complementar para a fruição da imunidade.

Súmula 598 do STJ: É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o

reconhecimento judicial da isenção do Imposto de Renda, desde que o magistrado entenda

suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova.

Page 39: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

Súmula 69 do STF: A Constituição estadual não pode estabelecer limite para o aumento

de tributos municipais.

Page 40: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

Ementa:

– Imunidade objetiva,

–Imunidade das pequenas glebas,

–Isenções.

AULA 14 - 03/04/2019

Page 41: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

Isenções – ISS – Lei Complementar 157/16

Page 42: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

– Se preenchia a condição pode pedir a restituição.

Page 43: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

– Como buscar o direito à restituição e o reconhecimento da imunidade?

1. Requerimento administrativo

2. Se for concedida a imunidade pode ser pedido o dinheiro retroativo

3. Se for negado o retroativo pode-se ingressar com uma ação judicial

Súmula 461 do STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por

compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em

julgado.

Súmula 512 do STF: Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de

mandado de segurança

Súmula 105 do STJ: Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em

honorários advocatícios

Page 44: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

IMUNIDADES ESPECÍFICAS

• Pode atingir qualquer espécie tributária, desde que esteja na Constituição Federal.

Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios

de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Súmula Vinculante 28: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito

de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito

tributário.

Imunidade – Exportação

Page 45: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

Imunidade – ITBI

“19. ITBI e planejamento tributário – A regra do art. 156, § 2º, I, da CF/88, que já

constava de Constituições anteriores, representa clara “janela” para a prática de uma

forma de planejamento tributário, em sede de ITBI. Constitui-se uma sociedade, cujo

capital é composto dos imóveis cuja transmissão se pretende fazer. Depois, transmitem-

se as ações, sem incidência do imposto. Lembrando que esse imposto, antes de 1988, era

de competência Estadual, e envolvia também as transmissões de imóveis causa mortis, é

interessante perceber que o STF já considerou que“não nega vigência ao art. 1.171 do

Código Civil, não viola o art. 19, § 3º, da Constituição Federal de 1946, nem diverge da

Súmula 435, o acórdão que decide ser ilegítima a exigência do imposto de transmissão

causa mortis sobre o valor de ações que o pai doou, por ato entre vivos, em partes iguais,

a filhos” (STF, 1a T., RE 73.576/MG, Rel. Min. Aliomar Baleeiro, j. em 25/9/1973, v.

u., DJ de 30/11/1973). Afinal, transmitir ações não é o mesmo que transmitir imóveis,

ainda que as ações sejam de pessoa jurídica proprietária de imóveis.

20. ITBI. Imóveis e sociedades comerciais. Imunidade. Abrangência – Já afirmou o STF,

relativamente a regra imunizante análoga à do art. 156, § 2º, I, da CF/88, contida na

Constituição anterior, que sua natureza é abrangente, “no sentido de que a não incidência

nela estabelecida compreende a cisão de sociedades por ações, assim como as demais

operações de que trata a lei das sociedades anônimas: incorporação, fusão e a

transformação societária” (STF, 1a T., RE 101.741/SP, Rel. Min. Soares Muñoz, j. em

18/5/1984, v. u., DJ de 8/6/1984, p. 9262, RTJ 111- 1/432).

Page 46: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

21. ITBI e Atividade preponderante da pessoa jurídica – Conferir o art. 37 do CTN, que

dispõe sobre quando se deve considerar que a pessoa jurídica tem como atividade

preponderante a compra, venda, locação ou arrendamento de imóveis.”.

(Código Tributário Nacional: anotações à Constituição, ao Código Tributário Nacional e

às Leis Complementares 87/1996 e 116/2003 / Hugo de Brito Machado Segundo. – 6. ed.

rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017).

“d) O ITBI e a imunidade específica: a Constituição Federal estabelece imunidades

específicas ao ITBI. Note-as: não incidirá o imposto nos casos de transmissão de bens ou

direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem

sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou

extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do

adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou

arrendamento mercantil (art. 156, § 2.º, II, da CF). A preponderância existe se a

atividade representar mais de 50% da receita operacional, nos dois anos anteriores e nos

dois anos subsequentes (art. 37, § 1.º, do CTN);”. (Código Tributário Nacional

Page 47: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

Comentado / Eduardo Sabbag. – 2. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São

Paulo: MÉTODO, 2018).

*Obs.: Destinação das Holdings: gestão societária empresarial; administração de bens;

substituição patrimonial de bens / blindagem; blindagem aos efeitos do casamento / união

estável; sucessão familiar.

Imunidade – ICMS

34. Operações que destinem mercadorias ao exterior e o transporte internacional

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– Parece-nos que o dispositivo constitucional que imuniza operações que destinem

mercadorias ao exterior envolve, também, as operações de transporte dessas mercadorias.

Afinal, não apenas a compra e venda da mercadoria, mas também o seu transporte até o

exterior são operações que a destinam ao exterior. O STF, entretanto, entende

diversamente: “Tributário. Serviço utilizado no transporte interestadual ou

intermunicipal de produtos industrializados destinados ao exterior. Pretendida não

incidência do ICMS. Art.155, § 2º, X, ‘a’, da Constituição Federal. Benefício restrito

às operações de exportação de produtos industrializados, não abrangendo o serviço

utilizado no transporte interestadual ou intermunicipal dos referidos bens. [...]” (STF,

1a T., RE 196.527-4/MG, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. em 6/4/1999, v. u, DJ de 23/8/1999,

p 17). É importante destacar, porém, que, interpretando a LC nº 87/96, a Primeira Seção

do STJ (ERESp 710.260/RO, Rel. Min. Eliana Calmon, j. em 27/2/2008) tem entendido

de forma diversa, vale dizer, tem admitido que, mesmo não abrangido pela imunidade, o

serviço de transporte é certamente abarcado pela isenção concedida pelo art. 3º da LC n

º 87/96, num caso excepcional de isenção heterônoma constitucionalmente autorizada

(CF/88, art. 155, § 2º, XII, e).

37. Imunidade de operações interestaduais com combustíveis – À luz do art. 155, § 2º,

X, b, da CF/88, que concede imunidade para operações interestaduais com combustíveis,

muitos consumidores passaram a pretender adquirir combustíveis em outros Estados, para

fazer jus à imunidade. Os Estados-membros, porém, opuseram-se a isso, alegando que

não poderia ser tributada a operação interestadual, mas que nada impediria a tributação

da entrada da mercadoria no estado de destino. Foi o que constou, aliás, da LC nº 87/96

(art. 2º, § 1º, III). Afinal, a finalidade da regra imunizante seria a de fazer com que o

imposto fosse devido, todo ele, no Estado de destino, nada sendo pago ao Estado de

origem. Teria sido uma manobra de constituintes para prejudicar o Estado do Rio de

Janeiro, e beneficiar o Estado de São Paulo, eis que o primeiro é grande produtor de

combustíveis, e o segundo o maior consumidor deles. Para Hugo de Brito Machado, o

argumento de que a operação interestadual é imune, mas que a entrada dos combustíveis

no Estado de destino pode ser tributada, “chega a ser ridículo. Sustentá-lo é o mesmo

que sustentar, em defesa de um lutador que está proibido de bater na cabeça do adversário,

o direito de bater naquele, cinco centímetros acima do pescoço” (Hugo de Brito

Page 49: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

Machado, Aspectos fundamentais do ICMS, 2. ed., São Paulo: Dialética, 1999, p. 53). O

STF, entretanto, acolheu a tese dos Estados, decidindo que o benefício em questão “não

foi instituído em prol do consumidor, mas do Estado de destino dos produtos em causa,

ao qual caberá, em sua totalidade, o ICMS sobre eles incidente, desde a remessa até o

consumo. Consequente descabimento das teses da imunidade e da inconstitucionalidade

dos textos legais, com que a empresa consumidora dos produtos em causa pretendeu

obviar, no caso, a exigência tributária do Estado de São Paulo” (STF, Pleno, RE

198.088/SP, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. em 17/5/2000, m. v., DJ de 5/9/2003, p. 32). No

mesmo sentido: “A imunidade ou hipótese de não incidência contemplada na alínea b

do inc. X do § 2º do art. 155, da Constituição Federal restringe-se ao Estado de origem,

não abrangendo o Estado de destino da mercadoria, onde são tributadas todas as

operações que compõem o ciclo econômico por que passam os produtos,

independentemente de se tratar de consumidor final ou intermediário” (STF, 1aT., RE

190.992/RN-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. em 12/11/2002, v. u., DJ de 19/12/2002, p.

80).

(Código Tributário Nacional: anotações à Constituição, ao Código Tributário Nacional e

às Leis Complementares 87/1996 e 116/2003 / Hugo de Brito Machado Segundo. – 6. ed.

rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017).

Imunidade – Contribuições

Artigo 195, II, CF – Não incide Contribuição Social sobre a aposentadoria e pensão

concedida pelo regime de previdência social.

Artigo 195, §7°, CF - Entidades Beneficentes de assistência social não pagam

contribuição social.

Artigo 149, § 2, I, CF – Não incide a CIDE e as Contribuições Sociais sobre as receitas

decorrentes da exportação.

REVOGAÇÃO DE ISENÇÃO

• O STF adotava uma postura de não aplicar o princípio da anterioridade em caso de

revogação de isenção, contudo recentes julgados demonstram uma mudança importante

Page 50: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

no Supremo Tribunal Federal que agora vem aplicando o princípio mencionado também

aos casos de revogação de isenção. Transcrevo abaixo um recente julgado sobre o tema:

ICMS: revogação de benefício fiscal e princípio da anterioridade tributária - “Configura

aumento indireto de tributos e, portanto, está sujeita ao princípio da anterioridade

tributária, a norma que implica revogação de benefício fiscal anteriormente concedido. A

Turma afirmou que os mencionados atos normativos teriam reduzido benefício fiscal

vigente e, em consequência, aumentado indiretamente o aludido imposto, o que atrairia a

aplicação do princípio da anterioridade. Frisou que a concepção mais adequada de

anterioridade seria aquela que afetasse o conteúdo teleológico da garantia. Ponderou que

o mencionado princípio visaria garantir que o contribuinte não fosse surpreendido com

aumentos súbitos do encargo fiscal, o que propiciaria um direito implícito e inafastável

ao planejamento. Ressaltou, por fim, que toda a alteração do critério quantitativo do

consequente da regra matriz de incidência deveria ser entendida como majoração de

tributo. Assim, tanto o aumento de alíquota, quanto a redução de benefício, apontariam

para o mesmo resultado, qual seja, o agravamento do encargo.”.

*Vide – Informativo 737 do STF

Art. 178, CTN. A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de

determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo,

observado o disposto no inciso III do art. 104.

• Isenção pode ser revogada? Pode acontecer, SALVO SE CONCEDIDA POR PRAZO

CERTO E SOB CONDIÇÃO ONEROSA.

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• Súmula 544 do STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não

podem ser livremente suprimidas.

Dicas:

Mandado de Segurança em matéria tributária

https://www.youtube.com/watch?v=c2zhW9Ygpt8

Ação de repetição do indébito

https://www.youtube.com/watch?v=cWTxbVzYvDs&t=688s

Holding e tributação

https://www.youtube.com/watch?v=o952XbAccug

Anexo: Sentença – imunidade tributária

Ementa:

– Isenções – ISS

– Imunidade – Exportação

– Imunidade – ITBI

– Imunidade – ICMS

– Imunidade – Contribuições

– Revogação de isenção

BONS ESTUDOS!!!!

MONITOR: ZOZIMAR RAMONDA

Page 52: Resumos de leitura obrigatória AULA 11 - 25/03/2019...4) não explorarem atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. • A parte final do artigo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES8ª VARA DE FAZENDA PÚBLICAVIADUTO DONA PAULINA, 80, São Paulo - SP - CEP 01501-020Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

1038133-08.2018.8.26.0053 - lauda 1

SENTENÇA

Processo Digital nº: 1038133-08.2018.8.26.0053

Classe - Assunto Mandado de Segurança - Extinção do Crédito Tributário

Impetrante: Con das Irmas F Hosp da Imaccongregação das Irmas Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição

Impetrado: Secretário Municipal de Fazenda do Município de São Paulo

Justiça Gratuita

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Maricy Maraldi

Vistos.

CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS FRANCISCANAS HOSPITALEIRAS DA

IMACULADA CONCEIÇÃO ajuizou mandado de segurança contra ato do SECRETÁRIO

MUNICIPAL DA FAZENDA na qualidade de representante da FAZENDA PÚBLICA DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, objetivando a declaração da inexistência de vínculo jurídico

entre as partes, ante o reconhecimento da inexigibilidade do crédito de IPTU e sobre os imóveis

pertencentes a entidade impetrante, por gozar da benesse prevista no art. 150, VI, alínea “b” da

Constituição Federal, bem como, que lhe seja reconhecido o direito de pleitear a restituição de

valores pagos a esse titulo, considerando o prazo prescricional. Juntou documentos. (fls.85)

A antecipação de tutela foi indeferida (fls.31/32).

O Município contestou a ação, alegando, em preliminar, sua ilegitimidade passiva

eis que a autoridade coatora é o autor do ato executivo. Sustenta ainda, ausência de agir ante a

ausência de pedido administrativo prévio. No mérito, sustenta que a imunidade constitucional

não é absoluta e pressupõe o preenchimento de inúmeros requisitos. A autora não apresentou a

Secretaria a Declaração de imunidade como lhe competia. A impetrante pretende seja afastados os

lançamentos tributários futuros, o que descabe em mandado de segurança. Pede a improcedência.

Trata-se de mandado de segurança através do qual pretende a impetrante o

reconhecimento de sua imunidade tributária por se tratar de entidade religiosa.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES8ª VARA DE FAZENDA PÚBLICAVIADUTO DONA PAULINA, 80, São Paulo - SP - CEP 01501-020Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

1038133-08.2018.8.26.0053 - lauda 2

Por primeiro, afasto a alegação de ilegitimidade passiva, aplicando-se ao caso a

Teoria da encampação, eis que não se espera do contribuinte grandes conhecimentos acerca da

estruturação burocrática  da administração municipal.

Igualmente afasto a preliminar de falta de interesse, eis que não pode o Poder

Judiciário recursar a prestação jurisdicional, ao teor do disposto no artigo 5º, inciso XXXV da

Constituição da República solenemente assegura que “a lei não excluirá da apreciação do Poder

Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

Afastadas as preliminares, voltemo-nos ao mérito da ação.

Com efeito, o rt. 150, inc. VI, alínea “b”, da Constituição Federal veda a cobrança

de impostos sobre templos de qualquer culto.

O art. 32 do CTN dispõe que o imposto sobre a propriedade predial e territorial

urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse do bem do imóvel.

Propriedade é o direito de usar, gozar e dispor do bem. O domínio útil é o direito

real atribuído ao enfiteuta, a quem incumbe satisfazer os tributos que recaírem sobre o imóvel. A

posse é o exercício, pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes ao domínio.

No momento em que a lei declara expressamente que o IPTU é um imposto sobre

o patrimônio, evidencia-se que o objeto do tributo é o direito de propriedade, pois o patrimônio é

categoria jurídica, a denunciar um direito, no caso, o de propriedade.

Numa visão mais rápida, parece que a Constituição teria limitado o poder de

tributar apenas para inibir a incidência de imposto sobre os templos de qualquer culto, de modo

que não bastaria que a Autora entidade religiosa seja proprietária do imóvel. De rigor seria,

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES8ª VARA DE FAZENDA PÚBLICAVIADUTO DONA PAULINA, 80, São Paulo - SP - CEP 01501-020Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

1038133-08.2018.8.26.0053 - lauda 3

que no imóvel fossem realizados eventos religiosos a caracterizá-lo como templo.

Porém, no que tange à matéria julgada, não há dúvida de que no local encontra-se

uma capela religiosa e que se destina a celebrações católicas e eventos de natureza assistencial e

educacional, sem fins lucrativos, enquadrando-se ao disposto no art. 150, inc. VI, alínea “c”, da

Constituição Federal.

A interpretação deve se dar com leitura também do § 4º, que estabelece que as

vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os

serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

Aliomar Baleeiro (Direito Tributário Brasileiro, 10ª ed. p. 88-89), já afirmava que

o templo não deve ser apenas a igreja, sinagoga ou edifício principal, onde se celebra a cerimônia

pública, mas também a dependência acaso contígua, o convento, os anexos por força de

compreensão, inclusive a casa ou residência especial do pároco ou pastor, pertencente à

comunidade religiosa, desde que não empregados em fins econômicos. No entanto, ressalva que

não se incluem na imunidade as casas de aluguel, terrenos, bens e rendas do Bispado ou da

paróquia, etc.

O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do Recurso Extraordinário nº

325.822 (RTJ 190/333), reconheceu que a imunidade tributária deve abranger não somente os

prédios destinados ao culto, mas também o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com a

finalidade essencial da entidade religiosa. Esta conclusão derivou justamente da interpretação do

artigo 150, § 4º. Segundo o voto condutor, do Ministro Gilmar Mendes, o dispositivo do art. 150,

VI, b, há de ser lido com o vetor interpretativo do § 4º deste mesmo artigo da Constituição. Vê-se,

pois, que a letra b refere-se apenas à imunidade dos 'templos de qualquer culto'; a letra c, a

'patrimônio, renda ou serviços'. Portanto, o disposto no § 4º alcança o patrimônio, a renda ou

serviços dos templos de qualquer culto, em razão da equiparação entre as letras b e c.

A autora é, inegavelmente, entidade religiosa que desempenha atividade de cunho

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULOCOMARCA DE SÃO PAULOFORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES8ª VARA DE FAZENDA PÚBLICAVIADUTO DONA PAULINA, 80, São Paulo - SP - CEP 01501-020Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

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assistencial, e preenche os requisitos legais, conforme se depreende dos documentos trazidos aos

autos, razão porque de rigor a concessão da ordem para reconhecimento de sua imunidade em

relação à cobrança de IPTU.

Quanto à eficácia da decisão para exercícios futuros, pondere-se que é possível

enquanto perdurarem as mesmas situações fáticas .

Desse modo, permanecendo inalteradas as situações fáticas, não pode a

Administração tributar a propriedade. Alterada a situação, comprovada por meio de procedimento

administrativo que assegure o contraditório e a ampla defesa, poderá a Administração proceder a

cobrança.

Confira-se, sobre o tema:

Recurso Especial. Tributário. Execução Fiscal. Sentença Transitada em Julgado proferida em Mandado de Segurança. Coisa Julgada Tributária. Não-ocorrência. Pedido formulado na inicial limitado a determinado exercício. Parte dispositiva da decisão. Limitação de Exercício Financeiro. Aplicação da Súmula 239/STF. 1. A coisa julgada tributária deve ser determinada em função das partes, da causa de pedir e do pedido formulado na inicial. Este último, por sua vez, pode estar delimitado a uma cobrança, num dado exercício financeiro, ou estar relacionado ao tributo, em si mesmo. 2. No primeiro caso, em que o pedido diz respeito a um débito situado em exercício certo, deve ser aplicado o teor da Súmula 239/STF: "Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores."3. No segundo caso, não se referindo o pedido a exercício financeiro específico, mas ao reconhecimento da inconstitucionalidade ou ilegalidade da exação, ou de sua imunidade ou isenção, por exemplo, deve ser afastada a restrição inserta na mencionada súmula. Isso porque, nessa hipótese, há uma abrangência no pedido e, portanto, sendo esse julgado procedente, a coisa julgada terá efeitos mais amplos, ou seja, abarcará as situações jurídicas posteriores, não se restringindo a exercício financeiro específico. 4. Assim, deve-se ter em conta que a coisa julgada somente protege o que foi objeto do pedido e, por conseguinte, da decisão, de maneira que, se o pedido foi abrangente, a decisão também o será, não se aplicando a Súmula 239/STF, na medida em que a coisa julgada terá maior amplitude; se o pedido restringir-se a determinado exercício, então a decisão estará limitada a esse, incidindo o enunciado da súmula em apreço.5. Essa mesma interpretação deve ser dada, em se tratando de ação mandamental. Assim,

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se o ato ilegal ou abusivo é declarado indevido, de forma genérica, em relação às situações jurídicas a ele ligadas como um todo, a coisa julgada projetar-se-á a exercícios financeiros futuros, até que haja alguma alteração no estado de fato e/ou de direito da decisão. No entanto, se o ato ilegal ou abusivo lastreia-se em exercício financeiro específico, a decisão fará coisa julgada somente em relação a este.6. No caso dos autos, o pedido constante do writ, assim como a parte dispositiva da decisão transitada em julgado, têm natureza restrita, na medida em que estão vinculados a exercício financeiro específico. Desse modo, não se operou a coisa julgada em relação aos exercícios financeiros seguintes, sendo plenamente aplicável a Súmula 239/STF. (STJ, REsp. nº 576926/PE, proc. nº 2003.0131274-5, 1ª T., rel. Min. Denise Arruda, j. 16.3.2006, pm, DJU 30.6.2006, p. 166). (Grifo nosso).

Isto posto, CONCEDO A SEGURANÇA, para declarar a inexistência da relação

jurídico-tributária no tocante à incidência do IPTU quanto ao imóvel objeto desta ação, nos termos

do art. 150, VI, c, da Constituição Federal. O pedido de restituição de eventuais pagamento

efetuados em períodos anteriores, todavia, ultrapassa os rígidos limites impostos pela via do

mandado de segurança, e deverão ser objeto de ação especifica, se o caso.

Custas pelo autor. Sem honorários, por expressa disposição legal..

PRIC.

São Paulo, 20 de setembro de 2018.

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

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