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ECONOMIA MÓDULO 4 Exame dia 3 - às 9H30 / SALA . I. A moeda a) Definição de moeda . Muitas vezes designa-se por moeda não apenas as moedas metálicas ou as notas que se guardam na carteira, mas também os cheques, os cartões de crédito, ou até, as moedas de oiro. . Com efeito, quer as moedas quer as notas podem ser utilizadas para comprar bens e serviços de que necessitamos. . Também podem ser guardadas em casa ou nos bancos para ser utilizadas mais tarde na compra de bens e serviços. . Os cheques e os cartões de crédito são também utilizados para pagamentos de compras de bens e serviços. . as moedas de oiro não servem para podermos pagar qualquer compra de bens e serviços, que efetuem pois não têm aceitação geral, o seu valor depende da sua cotação do momento. Assim sendo, podemos então definir moeda da seguinte forma: 1

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ECONOMIA

MÓDULO 4

Exame dia 3 - às 9H30 / SALA

.

I. A moeda a) Definição de moeda

. Muitas vezes designa-se por moeda não apenas as moedas metálicas

ou as notas que se guardam na carteira, mas também os cheques, os

cartões de crédito, ou até, as moedas de oiro.

. Com efeito, quer as moedas quer as notas podem ser utilizadas para

comprar bens e serviços de que necessitamos.

. Também podem ser guardadas em casa ou nos bancos para ser

utilizadas mais tarde na compra de bens e serviços.

. Os cheques e os cartões de crédito são também utilizados para

pagamentos de compras de bens e serviços.

. Já as moedas de oiro não servem para podermos pagar qualquer

compra de bens e serviços, que efetuem pois não têm aceitação

geral, o seu valor depende da sua cotação do momento. Assim sendo,

podemos então definir moeda

da seguinte forma:

Moeda: É o bem aceite por todas as pessoas e que expressa o valor de todos os bens e serviços.

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II. Evolução da moeda

. O Homem começa a produzir os bens que necessita para

satisfazer as suas necessidades e a especializar-se na produção de

certos bens.

. Não produzindo tudo o que necessitava, tinha de efetuar trocas

para adquirir os bens que não produzia.

. Inicialmente estas trocas assumiam a forma de troca direta em que se trocava um bem diretamente por outro bem.

. À medida que a especialização aumenta, aumenta também o

número de produtos destinados à troca. A troca

direta constituía um entrave ao desenvolvimento das trocas e da

economia.

. Assim, começam a serem utilizados alguns

bens como intermediários na troca, que sendo aceites por todos os

membros da comunidade permitem dividir a operação

de troca em três partes: trocar o bem que tenho por esse bem

intermediário e posteriormente utilizá-lo para adquirir

outros bens.

Trata-se agora de uma troca indireta funcionando esse bem

intermediário como moeda, a chamada moeda –

mercadoria, que constitui a forma mais rudimentar da moeda.

. Ao longo dos tempos vários foram os bens utilizados como

moeda – mercadoria, as peles, os cereais, o sal, o gado.

Apesar de constituir um grande avanço, o uso da moeda –

mercadoria levantava problemas:

1– podia haver falta moeda: sendo um bem útil, podia ser utilizado

para fins não monetários;

2– nem sempre pode ser fracionado, como o gado ou as peles;

3– difícil de ser transportado como o gado;

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4– difícil de guardar no tempo: pois podia estragar-se, os cereais

podem-se estragar.

Estes inconvenientes apresentados pela moeda – mercadoria vêm

a ser ultrapassados com a utilização de metais

preciosos como moeda, sobretudo ouro e prata.

A moeda toma a forma de moeda metálica. A moeda metálica

divulgou-se rapidamente pois apresentava claras vantagens:

1- inalterável com o tempo com o desenrolar do tempo, mantém

praticamente na mesma ;

2- facilmente divisível em pequenas partes, não perdendo, no

entanto, o seu valor;

3- fácil de transportar;

4- difícil de falsificar;

5- É um bem raro e escasso, pois é um metal precioso.

a) Durante muito tempo a moeda metálica circulou sob a forma

de blocos ou barras, ouro ou prata, sendo necessário

pesá-la para se verificar a sua autenticidade e assim se poder

b) concretizar a transação. É a fase da moeda pesada.

c) Como este método não era muito prático, passou-se a utilizar a

moeda contada.

O metal é transformado em pequenas peças em ouro ou prata,

com determinado peso, sendo apenas necessário contar as peças

para determinar a quantidade de ouro ou prata desejado.

Para garantir o seu valor (peso da moeda) passou-se a inscrever

na moeda a cara, ou o selo dos reis, aumento

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assim a confiança na moeda.

d) A moeda passou agora a ser moeda cunhada.

Com o desenvolvimento do comércio, as transações entre regiões

alargam-se, tornando-se incómodo e inseguro transportar grandes

quantidades de moeda de local para local. Assim, era mais seguro

deixar essa moeda à guarda de alguém especializado – os

cambistas – recebendo em troca um certificado de depósito que

representava o ouro que

tinha depositado, podendo ser trocado, em qualquer momento pelo

metal precioso.

Esta prática foi-se generalizando de tal forma que a partir de

determinada altura passaram esses certificados a

serem utilizados como meio de pagamento, sem que fosse necessário

a sua transformação em metal precioso.

e) Surgia um novo instrumento monetário - moeda-papel.

A moeda assumia agora a forma de moeda de papel, que não sendo

ouro representava ouro, é portanto uma moeda representativa.

Rapidamente esta forma de moeda-papel se desenvolveu e

começou a circular em quantidades superiores ao ouro que estava

depositado, circulava com base na confiança que as pessoas nela

acreditavam, de que se fosse necessário,

a sua conversão em ouro seria rápida.

Para evitar situações de abuso ou de crise económica, os

governos intervieram para restabelecer a confiança na moeda,

decretando a sua inconvertibilidade em ouro e o seu curso forçado,

isto é, a sua aceitação obrigatória, passando

o Estado a deter o monopólio da sua emissão.

f) Assim a moeda-papel transforma-se em papel-moeda.

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Apesar de os bancos terem sido impedidos de emitir papel-moeda,

passando o Estado a deter o seu monopólio,

estes continuaram a aceitar os depósitos dos seus clientes, não em

ouro, mas agora em papel-moeda.

g) Sempre que as pessoas pretendiam efetuar transações,

ordenavam ao seu banco, através da sua assinatura num cheque,

que movimentasse a sua conta.

Tratava-se de uma simples operação de escrita e registos

contabilísticos.

Estava criada uma nova forma de moeda, a moeda bancária ou

moeda escritural que se foi generalizando, à medida que a atividade

bancária se ia desenvolvendo. Esta moeda, traduz-se na

movimentação de valores monetários feitos nos bancos.

Mas, nos últimos anos, têm surgido novas formas de moeda: a moeda

eletrónica, resultante da utilização de cartões

informatizados, os cartões de crédito( paga-se o crédito concedido

todos os meses) e os cartões de débito(multibanco da conta à

ordem) os quais permitem o levantamento de dinheiro a qualquer

hora e em diferentes locais.

Mais recente ainda é a chamada moeda informática, designação dada

à moeda que resulta de ordens de pagamento dadas por computador

ao banco de que essa pessoa é cliente.

Atualmente, circulam as seguintes formas de moeda:

- moeda de trocos: constituída pela moeda metálica e utilizada para

pagamentos de baixo valor.

- papel moeda: constituída pelas notas e utilizadas para pagamentos

de maior valor.

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- moeda escritural: (moeda papel)que pode ser movimentada através

de depósitos bancários, cheques, transferências e empréstimos

bancários.

III - Funções da moeda

De acordo com a definição de moeda, podemos concluir que a moeda tem três funções:

a)- medida comum de valor - a moeda simplifica as trocas pois

expressa o valor dos bens e serviços, permitindo a sua

comparação numa mesma unidade de medida. Sendo a moeda aceite

obrigatoriamente por todas as pessoas, permite

adquirir qualquer bem ou serviço, bem como liquidar qualquer dívida.

O euro é hoje em Portugal, a unidade comum de

medida pois permite comparar o valor dos bens uns aos os outros.

b)- meio de pagamento - sendo a moeda aceite obrigatoriamente por

todas as pessoas, permite adquirir qualquer bem

ou serviço, bem como liquidar qualquer dívida.

c)- meio de reserva de valor - é possível guardar moeda, ou seja

poupar, para adquirir bens e serviços no futuro, podendo

ser utilizada em qualquer momento.

Funções da moeda :

a)medida comum de valor

b)meio de pagamento

c) meio de reserva de valor

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I . A inflação

1. – Noção de inflação

Todos nós no dia-a-dia verificamos com alguma frequência de que os preços dos bens e serviços aumentam,dizemos imediatamente de que estamos perante o fenómeno da inflação.

No entanto, não se trata de inflação.

Há que precisar melhor o conceito para verificarmos se de facto se trata de uma inflação ou de uma subida ocasional do preçode alguns bens ou serviços.

Por vezes ao longo do ano, o preço de alguns bens e serviços aumenta ocasionalmente, devido, por exemplo, aomau tempo ou à chuva fora de época, que danificando as culturas, torna o produto mais escasso face à procura, fazendosubir o preço destes bens.

Regularizada a situação, verificamos que o preço destes bens volta ao seu nível anterior.

Trata-se, aqui, de uma alta de preços, ou seja, de uma subida ocasional do preço de um grupo de bens e com tendência a baixar logo que o fator que o originou seja controlado.

Esta subida ocasional do preço de alguns bens não pode ser confundida com inflação, pois falamos de inflação quando se verifica:

– uma subida generalizada do preço de todos os bens e não a subida de preços de alguns bens.

– uma subida sustentada e continuada dos preços e não uma subida ocasional.

inflação é subida generalizada, continuada e persistente

dos preços dos bens e serviços

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2.Tipos de inflação

O grau de intensidade com que, ao longo da história, a inflação se tem manifestado, permite-nos classificá-la em três tipos:

a) - inflação moderada, quando os preços sobem lentamente, a uma taxa, em geral, de um só dígito;

b) - inflação galopante, quando os preços começam a subir de uma forma mais rápida, a taxas de dois dígitos, por

exemplo, 10% ou 90% ao ano;

c) - hiperinflação, quando os preços sobem de forma descontrolada e anormal, atingindo valor muito elevados, com taxas de três ou mais dígitos.

Situações de hiperinflação não têm sido frequentes na História, ocorrendo, geralmente, em casos de guerras.

O caso da inflação mais elevada que se conhece, foi o da Alemanha, entre os anos de 1922 e 1923, onde os preços aumentaram cerca de 3.000 milhões de vezes. Quer isto significar que com o dinheiro que gastava para comprar uma casa, em 1921, mal dava para comprar uma simples pastilha elástica, em 1923.

2. Resumo: Tipos de inflação:

a)moderada b) galopante c) hiperinflação

3. Causas da inflação :

Já estudamos que a inflação é uma subida geral, continuada e

persistente dos preços dos bens. Mas porque é que os preços dos

bens sobem? Quais são as suas causas?

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Apesar da variedade de fatores que se encontram na base da

inflação, podemos destacar as seguintes causas da

inflação:

a)– Excesso de moeda em circulação:

Quando as despesas que o Estado efetua na satisfação das

necessidades coletivas são superiores às receitas

que arrecadou, diz-se que há um défice orçamental. Uma das

formas que o Estado tem de financiar esse défice é recorrer

ao crédito, interno ou externo, ou emitir moeda.

Ora, aumentando a quantidade de moeda em circulação, é

evidente, que com mais moeda em circulação, os

consumidores passam a ter um maior poder de compra; por isso

vão procurar comprar mais bens, fazendo com que a

procura aumente sem aumentar a oferta; com o aumento da

procura e mantendo-se a oferta, é evidente que os preços

dos bens subirão, subindo o nível geral dos preços existe inflação.

Mais MOEDA EM CIRCULAÇÃO aumenta o PODER DE COMPRA

aumenta a PROCURA aumenta o NÍVEL GERAL DE PREÇOS e

provoca a INFLAÇÃO.

b) Aumento dos custos de produção:

Tem-se constatado que um aumento dos custos de produção vai

ocasionar um aumento geral dos preços. A razão está no facto de que

aumentando os preços, por exemplo, das matérias-primas, os custos

das empresas também aumentam; aumentando os custos das

empresas, estas para manterem as mesmas margens de lucro,

aumentam os preços dos seus produtos, aumentando assim o nível

geral dos preços e consequentemente provocando inflação.

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O aumento dos CUSTO EMPRESAS para que haja MARGEM DE

LUCRO = _ PREÇOS DOS PRODUTOS aumenta o NÍVEL GERAL DE

PREÇOS e gera a INFLAÇÃO.

c) Aumento dos salários sem aumento da produtividade:

É evidente que um aumento dos salários sem aumento da

produtividade, vai ocasionar um aumento geral dos preços.

Aumentando os salários, os trabalhadores passarão a ter um maior

poder de compra e consequente, vão consumir mais bens. Com o

aumento da procura e mantendo-se constante a oferta, os preços dos

bens aumentam, aumentando assim o nível geral dos preços e assim

provocando inflação.

O NÍVEL GERAL SALÁRIOS aumenta o PODER DE COMPRA aumenta a PROCURA aumenta o NÍVEL GERAL DE PREÇOS origina a INFLAÇÃO

Por outro lado, com o aumento dos salários, as empresas vão ter

mais custos e como querem manter as suas margens de lucro,

aumentam os preços dos seus produtos, aumentando assim o nível

geral dos preços e consequentemente provocando a inflação.

.

NÍVEL GERAL SALÁRIOS _ _ CUSTO EMPRESAS _ _

MARGEM DE LUCRO = _ NÍVEL GERAL DE PREÇOS _ _

INFLAÇÃO

d) Política de crédito do governo:

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Muitas empresas são obrigadas a recorrer ao crédito bancário, a uma

determinada taxa de juro; ora se o governo impuser taxas de juro

muito elevadas, os empréstimos bancários ficam muito agravados,

fazendo aumentar os custos das empresas que terão que aumentar

os preços dos seus produtos, contribuindo para uma possível subida

do nível geral e dos preços e consequentemente para a inflação.

Resumo: Causas da inflação:

a)- Excesso de moeda em circulação

b)- Aumento dos custos de produção

c)- Aumento dos salários dos trabalhadores

d) – Políticas de crédito do governo

4. Consequências da inflação

Os efeitos da inflação repercutem-se de diferentes formas na

economia, de acordo com a intensidade com que esta se faz sentir.

De entre as diversas consequências, destacamos as seguintes:

a)– depreciação do valor da moeda:Uma das mais importantes consequências relaciona-se com o valor da

moeda.

Se os preços sobem, isso significa que um consumidor, com a mesma

quantidade de moeda, vai passar a poder

comprar menos bens e serviços, porque os seus preços subiram.

Logo, a moeda perdeu valor. Diz-se , então, que a inflação

leva à desvalorização da moeda ou depreciação da moeda.

b)– depreciação das condições de vida:

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A inflação provoca uma depreciação das condições de vida da

população, ou seja, reduz o seu poder de compra

, reduz a capacidade de compra das famílias.

Com o seu rendimento mensal, as famílias possuem um determinado

poder de compra que vai diminuindo à

medida que os preços vão subindo.

Mas esta redução do poder de compra não é uniformemente sentida

por todas as famílias. Com efeito, as famílias

de rendimentos fixos, em especial, os trabalhadores, funcionários

públicos, pensionistas e reformados, são os mais atingidos

com a inflação, visto que passam a ter menos poder de compra, pois

os preços dos bens e serviços aumentam e os

seus rendimentos mantêm-se iguais.

c) – Aumento do recurso ao crédito:

A inflação estimula o recurso ao crédito, na medida em que as taxas

de juro não se efetua imediatamente à subida da taxa de inflação.

Assim, verifica-se um período de tempo em que a taxa da inflação é

superior à taxa de juro, tendo, portanto vantagens para quem recorre

ao crédito.

Resumo: Consequências da inflação:

a) Depreciação do valor da moeda

b) Depreciação das condições de vida

c) Aumento do recurso ao crédito

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5.Índice de preços

Como dissemos anteriormente, os preços dos bens e

serviços não se mantêm inalteráveis ao longo dos anos,

sofrem aumentos ou diminuições.

Para medir a evolução dos preços no tempo é

habitual utilizar-se o índice de preços (IP).

Suponhamos que o preço de um bilhete de cinema, em

2000 era de 2 euros e que em 2001 era de 3 euros. Como

calcular a sua evolução, como calcular o índice de preços

do bilhete de cinema?

IP= _3_x 100 IP= 150 2

Qual o seu significado? Se tomarmos como ano base o ano

de 2000, verificamos que:

a) - o preço do bilhete de cinema aumentou 50%

(150-100);

b) - o preço do bilhete de cinema passou a ser 1,5

vezes mais caro do que no ano anterior

Para medir a evolução dos preços numa economia,

num determinado período de tempo, utiliza-se o

Índice de Preços no Consumidor (IPC), que constitui

uma das medidas da inflação.

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5.1. Como se calcula o IPC?

a) – Através de inquéritos realizados junto de um

número significativo de famílias de várias regiões do

país, determinando-se as quantidades de cada bem

que cada família consome durante um ano e o

respetivo peso que ocupam nas despesas familiares,

constituindo-se assim um ”cabaz de bens e

serviços”;

b)– calcula-se o preço desse “cabaz” para um

determinado ano considerado como ano base;

c)– calcula-se o preço do mesmo “cabaz” para o ano

que se pretende considerar;

d) – relaciona-se o preço do dois “cabazes” obtidos.

5.1.1.Consideremos por hipótese que o preço do

“cabaz” em 2000 era de 80 euros e que em 2001

era de 100 euros.

a) Qual o Índice de Preços no Consumidor (IPC)?

IP= 100 X 100 IP = 125

80

5.1.2. O que traduz o resultado obtido?

a) O que se comprava em 2000 por 1 euro, compra-

se em 2001 por 1,25 euros;

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b) Que os preços aumentaram em 25%

Conclusão:

Como o IPC é a medida da inflação, diremos

que a taxa de inflação é de 25%

6. A Poupança

6.1. Noção de poupança

Já estudámos em aulas anteriores como a produção gera

rendimentos que, posteriormente, são distribuídos pelos

diferentes agentes económicos, conforme a sua

participação nessa mesma produção.

Falta-nos agora estudar o destino que é dado ao

rendimento. Como todos sabemos, por experiência própria,

o rendimento só pode ter duas aplicações possíveis:

a) com ele efetuamos as nossas despesas de

consumo, seja na compra de produtos

alimentares, em habitação, vestuário,

transportes, lazer, etc.

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b) eventualmente, podemos guardar uma parte

para utilização futura, ou seja, efetuamos uma

poupança.

Conclusão- Poupança é a parte do rendimento

que não foi gasto, no imediato, no consumo.

6.2. Podemos definir:

a) investimento , como a aplicação da poupança das

empresas na compra de bens de produção.

Vejamos, então, qual a importância do investimento para a

economia de um país. Se uma da economia consumisse

todos os seus recursos num dado momento, não poderia

continuar a produzir no futuro e, portanto, não poderia

satisfazer as necessidades da sua população. Ou seja, a

poupança é fundamental para garantir que, a curto / médio

prazo, as necessidades gerações futuras possam continuar

a serem satisfeitas através da produção.

No entanto, se a poupança for, por exemplo, entesourada,

não contribuirá de maneira nenhuma, para essa

continuidade da produção.

6.2.1- Daí a importância do investimento, pois é o

investimento, que não existe sem poupança, que permite a

continuidade da produção.

Importa, agora, distinguir, dentro do investimento aquele

que é efetuado em bens duradouros (aqueles bens que

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podem ser utilizados mais de que uma vez) do que é

efetuado em bens não duradouros (aqueles bens apenas

utilizáveis uma única vez). Assim, dentro do investimento

teremos:

a) • formação bruta de capital fixo (FBCF),

constituída pelas compras feitas em bens de produção

duradouros, tais como edifícios, terrenos, máquinas,

viaturas, etc.

b) • Existências, constituída pelas compras efetuadas ,

durante um ano, de bens de produção não duradouros,

nomeadamente as compras de matérias-primas.

Quando queremos referir-nos às despesas em existências

relativas a um determinado período, falamos, então, de

variação de existências. O valor da variação de existências

obtém-se por diferença entre valor das existências no final

do ano e do início desse mesmo ano.

INVESTIMENTO = F B C F + VARIAÇÃO DE EXISTÊNCIAS

6.3. Tipos de investimentos

Até aqui temos vindo a referir-nos ao investimento efetuado

em bens materiais, tais como máquinas, edifícios, etc. a)

É o investimento material.

Todavia, este não é o único tipo de investimento existente.

Não menos importante para a atividade económica,

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podemos considerar um outro tipo de investimento, b) O

investimento imaterial, ou seja, aquele que é

efetuado em bens imateriais. Assim, quando uma empresa

compra um programa informático, quando lança uma

campanha publicitária ou quando, através de ações de

formação, aposta na melhoria da qualificação dos seus

trabalhadores, essa empresa não está a comprar bens

materiais, mas nem por isso deixa de estar a investir.

Finalmente, podemos ainda considerar um outro tipo de

investimento, c) o investimento financeiro, aquele

que resulta da venda de ações, ou outros títulos, para as

empresas poderem aumentar a sua capacidade de

produção.

Conclusão:

INVESTIMENTO:

a) MATERIAL - bens materiais, tais como máquinas

edifícios…

b) IMATERIAL- quando uma empresa compra um

programa informático, quando lança uma campanha

publicitária ou quando, através de ações de formação,

aposta na melhoria da qualificação dos seus

trabalhadores, está a investir.

c) FINANCEIRO- aquele que resulta da venda de ações,

ou outros títulos, para as empresas poderem aumentar a

sua capacidade de produção.

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FIM

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