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FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIA MÓDULO II - FUNDAMENTOS DA MICROECONOMIA Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Curso: Fundamentos da Ciência Econômica - Turma 01 Livro: FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIA Impresso por: Rodolfo de Jesus Chaves Data: terça, 21 Jul 2015, 20:55

Economia - Módulo II

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FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIAMDULO II - FUNDAMENTOS DA MICROECONOMIASite: Instituto Legislativo Brasileiro - ILBCurso: Fundamentos da Cincia Econmica - Turma 01Livro: FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIAImpresso por: Rodolfo de Jesus ChavesData: tera, 21 Jul 2015, 20:55SumrioMDULO II - FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIAContedo programtico da unidade 1Resumo da unidade 1Introduo da unidade 1Anlise da DemandaPg. 2Anlise da OfertaO equilbrio de mercadoExerccio resolvidoContedo programtico da unidade 2Resumo da unidade 2Introduo da unidade 2Concorrncia PerfeitaMonoplioConcorrncia monopolsticaOligoplioFinalizando a unidade IIExerccio de Fixao - Mdulo IIMDULO II - FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIAAo final do estudo deste mdulo, esperamos que vocpossa:Entenderadinmicadomercadoecomoospreostmopoderdeharmonizaraofertacomademanda,gerandoumequilbrioeConhecerasestruturasdemercadoexistentes,suascaractersticaseoimpactodecadaumanospreosenolucrodosprodutores.Contedo programtico da unidade 1Introduo.Anlisedademanda.Anlisedaoferta.Oequilbriodemercado.Resumo da unidade 1A demanda a quantidade de bens que os compradores desejam comprar conforme o preo adotado. Considerando as outras variveis constantes,quanto maior o preo, menor ser a quantidade demandada. A oferta a quantidade de bens que os vendedores ou produtores esto dispostos avenderconformeopreoestipulado.Tendoosdemaisvaloresconstantes,quantomaioropreo,maiorseraquantidadeofertada.Omercadoestem equilbrio quando a quantidade ofertada igual a quantidade demandada em um determinado preo de equilbrio. Isso acontece no cruzamentodascurvasdeofertaededemanda.Introduo da unidade 1A Economia dividese tradicionalmente em dois amplos ramos: microeconomia e macroeconomia. Veremos a macroeconomia na unidade III. Amicroeconomia, objeto desta unidade, o estudo de como as famlias e empresas tomam decises e de como elas interagem em mercadosespecficos.Por exemplo, o microeconomista estuda as preferncias dos indivduos, se as famlias preferem comprar laranjas a mas e quanto os produtores,nessecaso,oferecemdecadaumadasfrutas.Estudaaindaospreosrelativoseaproduorelativadessesdoisbens(laranjasemas).Pense agora na seguinte situao: nos bares e restaurantes de uma cidade, consomemse X garrafas de cerveja e Y garrafas de vinho. Suponhatambmqueosconsumidorestenhammudadosuaprefernciaepassaramabebermaisvinhoemenoscerveja(talvezporquetenhamdivulgadoquevinhofazbemsade).Considerandoquearendadosconsumidoresnofoialteradaequeaproduodecervejaevinhopermaneceuamesmaemumprimeiromomento,oquevaiacontecercomopreodosprodutos?Serqueasquantidadesproduzidasdecervejaevinhoseroalteradasnumsegundomomento?Vejamosoutroscasos:vocjpercebeuqueopreodaguadecocosempreaumentanovero,queasroupasdefrioficammaiscarasnoinvernoouqueosartigosdepapelariacustammaisnoinciodoperodoescolar?Pois , essas questes so estudadas pela teoria da oferta e da demanda, a serem introduzidas neste mdulo. Analisase como compradores evendedores se comportam e como interagem uns com os outros. Mostrase como a oferta (comportamento dos vendedores) e a demanda(comportamento dos compradores) determinam os preos em uma economia de mercado e como os preos influenciam a alocao dos recursosescassosdaeconomia.Anlise da DemandaA demanda (ou procura) a quantidade de determinada mercadoria (bem ou servio) que os compradores (consumidores) desejam adquirir deacordo com cada preo dado. A quantidade demandada de um produto qualquer a quantidade desse bem que os compradores desejam e podemcomprar.Normalmente,temosumarelaoinversaentreopreodobemeaquantidadedemandada.Pensemosemumamercadoriaemparticular:chocolate.Quandoopreodochocolatecai,voctemumainclinaomaiorparacomprarmaisbarrasebombonsnoentanto,seochocolateficarmaiscaro,vocprovavelmentevaiseconterecomprarmenos.Como a quantidade demandada diminui quando o preo aumenta e aumenta quando o preo diminui, dizemos que a quantidade demandada negativamenterelacionadacomopreo(emumgrfico,issosetraduzporumacurvadecrescente).Vamossuporaseguinteescaladedemanda(tabelaII1.1),ouseja,quantasbarrasdechocolateaspessoasestodispostasacomprarconformesejaopreodamercadoria.Notequequantomaisaltoopreo,menoschocolateaspessoascompraro.SeabarracustarR$2,00,apenas10barrasdechocolateseroadquiridas.Aoladodatabela,temosarepresentaodessesvaloresemumgrfico.Ajunodospontosformaacurvadademanda(linhainclinadaparabaixo).Acompanheassetasnogrfico:quandoospreoscaem,aquantidadedemandadaaumenta(tambmvaleocontrrio,seospreossubirem,aquantidadedemandadadiminui).Essarelaoentrequantidadedemandadaepreofuncionaparaamaioriadosbenseserviosexistentes.Naverdade,touniversalquechamadadeleidademanda.Leidademanda:considerandotodasasdemaisvariveisconstantes,aquantidadedemandadadeumbemdiminuimedidaqueopreodeleaumenta.Imagine agora a seguinte situao: voc vai a um restaurante e pede o cardpio para escolher seu jantar. Para fazer sua escolha, voc olhaprimeiramenteospreos.Vamossuporquesuaoposejaporumfildecarnevermelha.Noentanto,ogaromlheinformaqueexisteumpeixeempromoo.Opeixe,porserumsubstitutodacarnevermelha,podealterarsuaescolha.Seospreosfossemparecidos,voclevariaemcontaapenasseu gosto. Mas ento voc percebe que est com muita fome e poderia comer os dois pratos, porm, a deciso de consumir mais ou menos irdependerdasuarendadisponvel.Vimos que a curva da demanda mostra a relao entre preo e quantidade demandada, mantendo todos os outros fatores constantes. Ocorre que,comoaestriadorestauranteretrata,existemoutrosfatoresalmdopreoquesorelevantesparaademanda:opreodosbensrelacionados,arendadosconsumidoreseseusgostosoupreferncias.Relativamenteaopreodosbensrelacionados,temosdoiscasos.Oprimeirodelestratadosbenssubstitutos.Issoacontecequandooconsumodeumbemsubstituioconsumodooutro.Soexemplosdebenssubstitutos:cocacolaeguaran,viagemdenibusedemetr,carnedevacaedepeixe,etc.Ooutrocasodebensrelacionadossoosbenscomplementares.Nessecaso,osbenssoconsumidosemconjunto,comopoemanteiga,carroecombustvel,computadoresoftware,etc.Um aumento no preo de um bem impulsiona a demanda por seus substitutos, mas reduz a demanda de seus complementares (e viceversa).Vejamos. Uma vez que tanto a viagem de nibus quanto a de metr atendem a mesma finalidade de transporte pblico, esses dois servios soconsideradossubstitutose,portanto,seapassagemdenibusaumentar,aumentaraquantidadedemandadadasviagensdemetr.Agoraimaginequeopreodoscomputadorescaiaistoimplicaqueaquantidadedemandadadecomputadoresaumentar,mastambmaumentarademandadeprogramasdecomputador(software),poisnofazsentidoterumcomputadorsemprogramas(casodosbenscomplementares).Outrofatorquealteraademandaarenda.Seelaaumenta,ademandadamaioriadosbensaumenta,ouseja,osconsumidorescomprammaisdetodas as coisas. Quando isso acontece, chamamos os bens de normais. No entanto, h excees, como os bens inferiores. Nesse caso, quando oindivduo tem um aumento na renda, ele passa a consumir menos dos bens inferiores (normalmente, so bens de baixa qualidade e baratos). Umexemplo disso a carne de segunda, s compramos esse tipo de carne quando dispomos de pouco dinheiro, se a nossa renda aumenta um pouco,passamosacomprarcarnedeprimeira.Pg. 2Por fim, temos a questo do gosto. A demanda por bens pode ser alterada se houver mudanas no gosto dos indivduos. Isso pode acontecer pormeiodecampanhaspublicitrias,modismos,atitudessociais,etc.Porexemplo,seasprotagonistasdenovelasusamumdeterminadotipoderoupa,ademandaporessaroupacrescer.Equalseroreflexonacurvadademandadecorrentedealteraesnarenda,nosbensrelacionadosenogosto?Jvimosquemudanasaolongodacurva da demanda so causadas por mudanas nos preos (a quantidade demandada varia conforme o preo), lembrese do grfico II1.1. Mas ealteraesnosoutrosfatores?Acurvadademandasedeslocatodaparaadireitaouparaaesquerdaemrespostaamudanasnospreosdosbenssubstitutosecomplementares,narendaenosgostos.Retornemosaonossoexemplodasbarrasdechocolate.Seacontecerumaumentodarenda,ouumaelevaodopreodealgumbemsubstitutodochocolate,ouumadiminuiodopreodealgumbemcomplementaraele,ou,porfim,umaalteraonogostodeformaqueosindivduosqueirammaischocolate,entoacurvadademandasedeslocatodaparaadireita(deDvaiparaD).VejaogrficoII1.2.Noteque,paratodosospreos,ademandaficoumaior,ouseja,asfamliasestocomendomaischocolateindependentementedopreodele.Oaumentonoconsumoocorreudevidoaalteraesnosfatoresrenda,bensrelacionadosegosto.Analogamente,temosasituaodediminuiodoconsumoretratadaporumdeslocamentodacurvadademandaparaaesquerda.Anlise da OfertaA oferta a quantidade de determinada mercadoria (bem ou servio) que os vendedores querem oferecer de acordo com cada preo dado. Aquantidadeofertadadeumprodutoqualqueraquantidadedessebemqueosprodutores(vendedores)estodispostoseaptosavender.Emgeral,temosumarelaodiretaentreopreodobemeaquantidadeofertada.Continuemoscomonossoexemplodochocolate.Quandoopreodochocolatesobe,oprodutor(vendedor)temumainclinaomaiorparaproduzir(vender)maisbarrasebombonsnoentanto,seochocolateficarmaisbarato,eletemmenosincentivosparafabricarevenderchocolates.Como a quantidade ofertada aumenta quando o preo sobe e diminui quando o preo cai, dizemos que a quantidade ofertada positivamenterelacionadacomopreo(emumgrfico,issosetraduzporumacurvacrescente).Vamossuporaseguinteescaladeoferta(tabelaII1.2),ouseja,quantasbarrasdechocolateosprodutoresestodispostosavenderconformesejaopreodamercadoria.Notequequantomaisaltoopreo,maischocolateserpostovenda.SeabarracustarR$2,00,ento50barrasdechocolateserofabricadaseoferecidasnomercado.O conjunto desses dados, representados em um grfico, forma a curva da oferta S (linha inclinada para cima). Usualmente a curva da oferta representadapelaletraSemrefernciapalavrainglesasupply(oferta).AcompanheassetasnogrficoII1.3:quandoospreossobem,aquantidadeofertadaaumenta(tambmvaleocontrrio,seospreoscarem,aquantidadeofertadacai).Essemovimentodorigemchamadaleidaoferta.Leidaoferta:considerandotodasasdemaisvariveisconstantes,aquantidadeofertadadeumbemaumentamedidaqueopreodeleaumenta.Bom, ento a curva da oferta mostra a relao entre preo e quantidade ofertada, mantendo todos os outros fatores constantes. Ocorre que,analogamentedemanda,existemoutrosfatoresalmdopreoquesorelevantesparaaoferta.Citamosdoisdosprincipais:atecnologiaeopreodosinsumos.A tecnologia se destaca, pois ela tem o papel de reduzir os custos das empresas e incrementar a produo. Por exemplo, quando o chocolate fabricado artesanalmente, a produo muito menor do que quando se utilizam mquinas que propiciam a fabricao do chocolate em escalaindustrial.Umatecnologiamelhordeslocaacurvadaofertaparaadireita,poisosprodutoresofertammaisqueantesparacadaumdospreos(vejaogrficoII1.4).Paraproduzirochocolate,osprodutoresusamdiversosinsumos,comoleite,acar,cacau,mquinasparafabricao,trabalhadores,etc.Sealgumdessesinsumosficamaiscaro,aproduodochocolatesetornamenoslucrativa,logooprodutorpassaaoferecermenosdoproduto,oquedeslocaacurvadaofertatodaparaaesquerda.Analogamente,preosmenoresdosinsumos(comosalriosmaisbaixos)induzemasempresasaproduziremmaisacadapreo,deslocandoacurvadaofertaparaadireita(ummotivodaselevadastaxasdecrescimentoeconmicodaChinaamodeobrabaratadisponvelporl,masvoltaremosadiscutirissomaistarde).O equilbrio de mercadoOpreoemumaeconomiademercadodeterminadotantopelaofertaquantopelademanda.Vamoscolocaremumnicogrficoasnossascurvasdeofertaededemandadechocolate.Observe, no grfico II1.5, que h um nico ponto de interseo das curvas de oferta e de demanda: elas se cruzam no ponto E. Esse ponto chamadodeequilbriodemercado.Neletemosopreodeequilbrioquefazcomqueaquantidadeofertadasejaigualaquantidadedemandada.Emrelaoaonossoexemplo,opreodeequilbrioR$1,20queimplicaumaquantidadeofertadaedemandadadechocolateiguala30barras.Asaesdecompradoresevendedoresconduzemnaturalmenteomercadoemdireoaoequilbrioentredemandaeoferta.Vejamosoqueaconteceseomercadoestiveremdesequilbrio.No nosso exemplo, ao preo de R$1,20, a quantidade que os compradores desejam comprar e os vendedores desejam vender 30 barras dechocolate. Se o preo for cotado acima de R$1,20, os vendedores vo querer vender mais de 30 barras, mas os compradores estaro dispostos acomprarmenosqueisso.Haverumexcessodeofertadebarrasdechocolate.Emconsequncia,osvendedoresacumularoestoquesnoplanejadoseterodediminuirseuspreosdeformaqueaproduosejaescoada.Nofinaldoprocesso,opreovoltaaoequilbrio.Analogamente,seopreoforcotadoabaixodeR$1,20,osvendedoresvoproduzirmenosde30barras,masoscompradoresestarodispostosacomprarmaisqueisso.Haverumexcessodedemandadebarrasdechocolateeosconsumidoresestarodispostosapagarmaispelochocolateescasso.Novamente,osistemavoltaraoequilbrio.Exerccio resolvidoAs curvas de oferta e de demanda so representaes grficas de uma funo que relaciona a quantidade do bem com o preo. Vamos aproveitaresteexerccioparaveralgebricamenteosmesmosconceitos.Um empresrio encomendou uma pesquisa para descobrir como se comporta o mercado de chocolate. O economista contratado forneceu a ele asexpresses da curva de oferta e de demanda. Hipoteticamente, seja a demanda dada pela funo D=162p (D a quantidade demandada dechocolateepopreo)eaoferta,porS=4p+4(Saquantidadeofertadadechocolate).Agoraoempresriocontacomsuaajudapararesponderoseguinte:QualopreodeequilbrioearespectivaquantidadeSeopreoforfixadoemR$3,00,haverexcessodeofertaoudedemanda?Quantifique.SoluoNoequilbrio,aquantidadedemandadadeveigualaraquantidadeofertada,portanto:D=S162p=4p+412=6pp=2,ouseja,opreodeequilbrioR$2,00.Paraacharmosaquantidadeofertadaedemandadadeequilbrio,bastasubstituirmosopreodeequilbrioemqualquerumadasfunes:S=4p+4Sequilbrio=4.2+4=8+4=12D=162pDequilbrio=162.2=164=12Assim,aquantidadetransacionadanoequilbriode12unidades(ofertadaedemandada).Seopreofossep=R$3,00,aquantidadedemandadaseria:D=162pD=162.3=166=10Emcontrapartida,aquantidadeofertadaseria:S=4p+4S=4.3+4=12+4=16Portanto,humexcessodeofertade1610=6unidades.Contedo programtico da unidade 2Introduo.Concorrnciaperfeita.Monoplio.Concorrnciamonopolstica.Oligoplio.Resumo da unidade 2Veremos quatro tipos de estrutura de mercado. A concorrncia perfeita pressupe um mercado com muitos compradores e vendedores negociandoprodutos idnticos, de modo que cada comprador e cada vendedor um tomador de preo. O monoplio consiste em uma empresa que a nicavendedoradeumprodutoquenotemsubstitutossemelhantes.Aconcorrnciamonopolsticaumaestruturademercadoemquemuitasempresasvendemprodutosquesosimilares,pormexisteumadiferenciao.Porfim,temosooligoplio,emquehpoucosvendedoresoferecendoprodutosmuitosimilaresouidnticos.Introduo da unidade 2Jpresenciamosdisputaentreospostosdegasolinaparaverqualestabelecimentoofereciaocombustvelaumpreomenor,acompetiochegavaa centavos. Nesse ambiente, vamos supor que o posto prximo a sua casa venda o litro da gasolina a um preo 10% maior que a mdia dosconcorrentes.Oqueacontecercomesseposto?Osclientes,aoperceberemadiferenadepreo,certamenteprocurarooutroestabelecimentoondeagasolinaestejamaisbarataeopostocareiroficarvazio.Vejamos agora outra situao: a companhia que oferece energia eltrica na sua cidade, alm de prestar um servio ruim com falta de luz a todomomento, ainda decidiu majorar a tarifa em 20%. O que voc vai fazer? Provavelmente vai tentar no deixar tanto as luzes da casa acesas, masserimpossveldeixardeusaraenergiaeltricaoutrocardefornecedor.Com esses exemplos, percebemos que existem mercados com estruturas diferentes que geram formas distintas de se fixar o preo do bem (ou doservio).Basicamente,nomercadodebenseservios,existemquatrotiposdeestruturaqueestudaremosnestemdulo:Concorrnciaperfeita.Monoplio.Concorrnciamonopolstica.Oligoplio.Concorrncia PerfeitaOmercadoemconcorrnciaperfeitaummodelohipotticoqueretrataumasituaoideal.Suaimportnciaresidenofatodeservirdebaseparaaavaliaodasoutrasestruturasdemercado.Quaisascaractersticasdomercadoemconcorrnciaperfeita?Asseguintescondiesdevemserpreenchidasparaqueomercadosejaconsideradoperfeitamentecompetitivo(emconcorrnciaperfeita):Hmuitoscompradoresevendedoresnomercado.Isso significa que cada agente muito pequeno em relao ao mercado como um todo sendo, em consequncia, incapaz de influenciar os nveis deofertaededemandaeopreodeequilbrio.Assim,cadacompradorevendedorumtomadordepreos,ouseja,elesimplesmenteaceitaopreodadopelomercado,notempodernenhumdemodificlo.Osdiversosvendedoresoferecembenshomogneos.Ou seja, os produtos so parecidos de forma que no h margem para haver diferenciao de preo por conta de caractersticas individuais dosprodutosdecadavendedor.Inferesedasduashiptesesacimaque,nummodelodeconcorrnciaperfeita,todasasfirmasdomercadopraticamomesmopreop0etudooquefor ofertado por cada firma ser vendido. Se alguma firma tentar praticar um preo mais alto, perder todos os clientes. Se quiser vender a umpreomaisbaixo,noestarsendoracional,pois,sevendequantoquernopreop0,nohmotivoparadiminuirsuareceitavendendoaumpreomenor.Mas ento vem a dvida: por que todos os vendedores desse mercado no combinam uma medida para empurrar o preo para cima, obrigando oscompradores a aceitarem esse preo mais alto (principalmente se for um bem cujo consumo necessrio)? Para que isso no acontea, h umaterceirahiptesenomodelodeconcorrnciaperfeita:Hlivreentradadefirmasecompradoresnomercado.Mesmo que os preos fossem elevados, o consequente aumento dos lucros atrairia novas firmas para nesse mercado, aumentando a oferta total eempurrandoopreoparabaixo.Voltemos ao exemplo da gasolina. Em uma cidade grande, existem vrios postos oferecendo combustvel e, claro, vrios motoristas paracompraremagasolina.Oprodutoomesmo:emtese,nohdiferenanagasolinaentreosestabelecimentos(aexceosefazquandoadulteramocombustvelmisturandogua).Assim,omercadodegasolinaseaproximabastantedomercadoperfeitamentecompetitivo,masaindanoumaconcorrnciaperfeita.Porqu?Bom,noqualquerumqueconseguemontarumposto.Paratanto,necessrioumcapitalaltoelicenasdefuncionamentoespeciais.Ouseja,noh livre entrada de firmas. O no cumprimento dessa condio abre espao para a formao de cartis, isto , as empresas fornecedoras se unemparamanipularopreo.Astrshiptesesmencionadassoasmaiscitadasparasecaracterizarumaconcorrnciaperfeita.Noentanto,aindapodemosenumeraroutras:Transparncia de mercado: compradores e vendedores detm informao completa sobre preos, locais de vendas, qualidade dos produtos,lucrodosconcorrentes.Mobilidadedosbens:livremovimentaodosfatoresdeproduoedosprodutos.Noexistemcustosdetransportes.Cabefrisarnovamente:aconcorrnciaperfeitaummodelohipottico.usadoapenasporseuvaloranaltico,poisnoexistenaprtica.MonoplioAps termos discutido a concorrncia perfeita, passamos agora ao caso oposto: o monoplio. Uma firma chamada monopolista se ela a nicafornecedora de determinado produto. Mais ainda, uma empresa um monoplio se a nica vendedora de seu produto, se o produto no temsubstitutosprximosesehbarreirasentradadeoutrasempresas.Agrandequestodomonopliosaberomotivopeloqualoutrasempresasnovendemoprodutodomonopolista.Issoacontecejustamentepelasbarreirasexistentesqueimpedemoutrasfirmasdeatuaremnomercadomonopolizado.Comopodemocorreressasbarreiras?Vejamos.MonoplionaturalEsse tipo de estrutura surge quando h economias de escala na produo. Isto , a empresa monopolista, j estabelecida, tem condies de operarcombaixoscustos.Qualqueroutraempresaquetenteentrarnomercadoterquefazermuitosinvestimentosenoconseguirofereceroprodutoaumpreoequivalenteaodafirmamonopolista.Umexemplodemonoplionaturalestnadistribuiodeenergiaeltrica.Paralevarenergiaaumacidade,umaempresaprecisadeequipamentoscaros e postes com fiao por todo o permetro municipal. Outra empresa no tem interesse em explorar esse ramo, porque o custo fixo deconstruodaredemuitoaltoe,comduasfirmascompetindonaprestaodesseservio,asduasteriamdesembolsadoessevaloraltoeocustomdiodoserviodefornecimentodeenergiaeltricaseriamaiselevado,diminuindooslucros.ControleexclusivosobreasmatriasprimasUmanicaempresadetentoradeumrecursochave.Porexemplo,emumacidadeisolada,existeapenasumafontedeguadepropriedadedeumafirma e no h outra maneira de se obter gua. Essa modalidade de barreira entrada rara, pois hoje as economias so grandes, inclusivemundiais,osrecursosestodistribudosporvriosproprietriosehfciltransportedelesporentrereasdistantes.MonoplioscriadospelogovernoEm muitos casos, os monoplios surgem porque o governo concede a uma s firma o direito exclusivo de vender algum bem ou servio. A lei depatentes um exemplo de como o governo cria um monoplio para atender ao interesse pblico. Com a autorizao para produzir exclusivamentealgum bem, o preo deve ficar num patamar mais elevado do que ocorreria se houvesse competio. Mas, concedendo a patente, o governo criaincentivosmaioresatividadecriativaepesquisa.Podemosresumirataquiosconceitosestudados.Aprincipaldiferenaentreumaempresacompetitivaeumamonopolistaacapacidadequeestaltima tem de influenciar o preo do seu produto. Uma empresa competitiva pequena em relao ao mercado em que opera e, portanto, toma opreo do seu produto como dado pelas condies do mercado. Em contrapartida, uma monopolista, como nica produtora em seu mercado, podealteraropreodeseubem,garantindolucrosacimadonormal(chamamosdelucrosextraordinrios).Como lidar com o poder do monoplio? Do ponto de vista da poltica pblica, os monoplios produzem menos do que a quantidade socialmenteeficienteecobrampreossuperioresaoquedeveriam.Nessecaso,ogovernopodereagircomumalegislaoantitrusteparatentartornarasfirmasmaiscompetitivas.Pode,porexemplo,proibirfusesdegrandescorporaesquandooresultadodissoforummercadomonopolizado.NoBrasil,umdosrgosresponsveisporessecontroleoConselhoAdministrativodeDefesaEconmicaCADE.O governo pode tambm transformar o monoplio em estatal, de forma a controlar o comportamento da firma em nome do interesse pblico (pelaLei do Petrleo, a Petrobrs tem que ter 30% dos poos novos no regime de partilha). Ou pode ainda regulamentar os preos cobrados pelosmonopolistas,comofazalgumasagnciasreguladoras(exemplo:ANEELAgnciaNacionaldeEnergiaEltrica).Concorrncia monopolsticaA concorrncia monopolstica abrange os mercados que possuem algumas caractersticas do mercado competitivo e algumas caractersticas demonoplio.Tratadeummodelomuitomaisprximodarealidadedoqueaconcorrnciaperfeita.Vejamos um exemplo. Voc decide almoar num shopping e vai praa de alimentao. L voc se depara com restaurantes de diversos tipos:comidaitaliana,japonesa,natural,etc.Pareceserummercadocompetitivo,todososrestaurantesestodisputandoseuapetite.Noentanto,tambmpareceummonoplio,poiscadaestabelecimentoofereceexclusivamenteumtipodecomida,comseutemperoprprio.Assim,aconcorrnciamonopolsticatemasseguintescaractersticasprincipais:Muitasempresasproduzindoumdadobemouservio.Osprodutossodiferenciados,massosubstitutosprximos.Cada empresa tem certo poder sobre preos, dado que o produto diferenciado. O consumidor tem opo de escolha, de acordo com suapreferncia.Comonoexistembarreirasparaaentradadefirmas,alongoprazohtendnciaapenasparalucrosnormais,comoemconcorrnciaperfeita.Oligoplio um tipo de estrutura de mercado que apresenta pequeno nmero de empresas no setor. Um timo exemplo de oligoplio a OPEP (OrganizaodosPasesExportadoresdePetrleo).Grandepartedopetrleodomundoproduzidaporumpequenogrupodepases,amaioriadeleslocalizadanoOrienteMdio.Juntoselestomamdecisessobreaquantidadeextradadepetrleoeinfluenciamopreodobarrilemescalamundial.Em oposio concorrncia monopolstica e de forma semelhante ao monoplio, as empresas pertencentes ao oligoplio garantiro lucrosextraordinrios,poissemprehaverbarreirasentradadenovosconcorrentes,principalmentenooligoplionatural,comoocasodopetrleo.Finalizando a unidade IIParafinalizaraunidadeII,assistaaovdeoabaixo.Exerccio de Fixao - Mdulo IIParabns!VocchegouaofinaldoMduloIIdocursoFundamentosdaCinciaEconmica.Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que voc faa uma releitura do contedo e resolva os Exerccios de Fixao. Oresultadonoinfluenciarnasuanotafinal,porm,oacessoaosMdulosseguintesestcondicionadoresoluoeenviodasrespostas.Lembramos,ainda,queaplataformadeensinofazacorreoimediatadasrespostas!ParateracessoaosExercciosdeFixao,cliqueaqui.