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1 Revestimentos Ato ou efeito de revestir, de recobrir com material de melhor acabamento as superfícies nuas de paredes e pisos. Dicionário da Arquitetura Brasileira (Corona & Lemos) AUT188/2014_2 AUT188/2014_2 O projeto de revestimentos objetiva definir a tecnologia a ser empregada, ou seja, deve especificar os MATERIAIS e TÉCNICAS a serem adotados e conceber os DETALHES CONSTRUTIVOS capazes de conferir ao revestimento as características e propriedades necessárias ao cumprimento satisfatório das suas funções. Também considera os PRAZOS e CUSTOS previstos no planejamento global da obra para a execução do serviço, a vida útil esperada e os custos de manutenção. PROJETO DE REVESTIMENTOS AUT188/2014_2 Exigências e limitações dos projetos arquitetônico, estrutural, de instalações hidrossanitárias, de instalações elétricas, impermeabilização e esquadrias. Por exemplo, ressaltos de fachada, presença de frisos, molduras, acabamento superficial, abertura dos vãos dos contra-marcos, caimento de peitoris, enchimentos, degraus no contrapiso entre ambientes etc. Condições ambientais e exigências de conforto higrotérmico e acústico no interior das edificações. especificação dos materiais e características das argamassas Acabamentos que serão aplicados sobre a camada de argamassa: por exemplo, pintura, placas cerâmicas etc. Determinantes DO PROJETO DE REVESTIMENTOS

Revestimentos - FAU - USP | Faculdade de Arquitetura e ......1 Revestimentos Ato ou efeito de revestir, de recobrir com material de melhor acabamento as superfícies nuas de paredes

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    Revestimentos

    Ato ou efeito de revestir, de recobrir com material de melhor acabamento assuperfícies nuas de paredes e pisos.

    Dicionário da Arquitetura Brasileira (Corona & Lemos)

    AUT188/2014_2

    AUT188/2014_2

    O projeto de revestimentos objetiva definir a tecnologiaa ser empregada, ou seja, deve especificar osMATERIAIS e TÉCNICAS a serem adotados e conceberos DETALHES CONSTRUTIVOS capazes de conferirao revestimento as características e propriedadesnecessárias ao cumprimento satisfatório das suasfunções.

    Também considera os PRAZOS e CUSTOS previstos noplanejamento global da obra para a execução doserviço, a vida útil esperada e os custos de manutenção.

    PROJETO DE REVESTIMENTOS

    AUT188/2014_2

    Exigências e limitações dos projetos arquitetônico, estrutural, de instalações hidrossanitárias, de instalações elétricas, impermeabilização e esquadrias.

    Por exemplo, ressaltos de fachada, presença de frisos, molduras, acabamento superficial, abertura dos vãos dos contra-marcos, caimento de peitoris, enchimentos, degraus no contrapiso entre ambientes etc.

    Condições ambientais e exigências de confortohigrotérmico e acústico no interior das edificações.especificação dos materiais e características dasargamassas

    Acabamentos que serão aplicados sobre a camada de argamassa: por exemplo, pintura, placas cerâmicas etc.

    Determinantes DO PROJETO DE REVESTIMENTOS

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    AUT188/2014_2

    Acabamentos que serão aplicados sobre a camada de argamassa: por exemplo, pintura, placas cerâmicas etc.

    Insumos disponíveis: materiais, equipamentos, componentes e mão de obra.

    Planejamento global da obra: prazos e custos.

    Análise dos esforços atuantes sobre os revestimentos.

    REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

    AUT188/2014_2

    diagramação e dimensões das juntas de movimentação

    disposição de telas

    detalhamento dos elementos arquitetônicos

    especificação dos materiais e características das argamassas

    procedimento para execução do sistema de revestimento

    procedimento e parâmetros de controle

    REQUISITOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

    AUT188/2014_2

    IMPORTANTE

    O PROJETO

    ARQUITETÔNICO DEVE

    CONTER AS VISTAS DE

    TODAS AS FACHADAS

    AUT188/2014_2

    corpo-de-apoio

    selante

    JUNTAS DE MOVIMENTAÇÃO

    Relação A= 2B

    B

    A

    corpo-de-apoio

    selante

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    AUT188/2014_2

    Vale ressaltar que o sistema de revestimento de fachada é um subsistema do edifício que deve ser PENSADO e PLANEJADO

    antes de tomar as decisões finais para execução.

    Uma boa maneira de se cumprir essa recomendação é fazendo o PROJETO DE REVESTIMENTO DE FACHADA, pois nele

    serão identificadas as prováveis patologias que poderiam ocorrer, e dessa formar minimizá-las ou até mesmo evitá-las.

    Projeto para execução do revestimento de fachada

    AUT188/2014_2

    dese

    mpe

    nho

    tempo

    desempenhosatisfatório

    intervenção

    Quem define a VUP deve também estabelecer as ações de manutenção quedevem ser realizadas para garantir o atendimento à VUP. É necessário salientar a importância da realização integral das ações de manutenção pelo usuário, sem a qual se corre o risco de a

    VUP não ser atingida.

    NBR 15.575 – Desempenho das edificações

    AUT188/2014_2

    todas as atividades que são executadas para garantir um desempenho satisfatório ao longo do tempo.

    Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP de 25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada 5 anos,

    no máximo.

    Se o usuário não realizar a manutenção prevista, a VU real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por conseqüência, as eventuais manifestações

    patológicas resultantes podem ter origem no uso inadequado e não em um projeto ou uma construção falhos.

    NBR 15.575 – Desempenho das edificações

    AUT188/2014_2

    NBR 15.575 – Desempenho das edificações

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    AUT188/2014_2

    NBR 15.575 – Desempenho das edificações

    AUT188/2014_2

    Vale ressaltar que o sistema de revestimento de fachada é um subsistema do edifício que deve ser PENSADO e PLANEJADO

    antes de tomar as decisões finais para execução.

    Uma boa maneira de se cumprir essa recomendação é fazendo o PROJETO DE REVESTIMENTO DE FACHADA, pois nele

    serão identificadas as prováveis patologias que poderiam ocorrer, e dessa formar minimizá-las ou até mesmo evitá-las.

    Projeto para execução do revestimento de fachada

    AUT188/2014_2 AUT188/2014_2

    proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação direta dos agentes agressivos;

    auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções, como, por exemplo, o isolamento termoacústico e a estanqueidade à água e aos gases;

    regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de base regular e adequada ao recebimento de outros revestimentos ou constituir-se no acabamento final;

    contribuir para a estética da fachada.

    FUNÇÕES

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    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA

    Funções:

    Mas NÃO é função do revestimento

    Dissimular imperfeições grosseiras da base, ou seja, “esconder na massa”.

    AUT188/2014_2

    TIPOS DE ARGAMASSAS

    Preparadas no canteiro

    Industrializadas

    AUT188/2014_2

    ARGAMASSA PARA REVESTIMENTO DE PAREDES E

    TETOS

    NBR 13529/2013

    Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s) aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou

    não aditivo(s) ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento.

    AUT188/2014_2

    INDUSTRIALIZADA

    Produto proveniente da dosagem controlada, em

    instalação própria, de aglomerantes de origem

    mineral, agregado(s) miúdo(s) e, eventualmente,

    aditivo(s) e adição (ões) em estado seco e

    homogêneo, ao qual o usuário somente necessita

    adicionar a quantidade de água requerida

    assentamento e revestimento de paredes e tetosNBR 13281/2005

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    AUT188/2014_2

    Camadas do revestimento

    • Quanto ao número de camadas:

    duas camadas (emboço e reboco)

    O emboço é uma camada de regularização da base eo reboco um acabamento.

    camada única (massa única)

    AUT188/2014_2

    ESPESSURA DA CAMADA DE ARGAMASSA(NBR 13749:2013 e NBR 13753:1996)

    Revestimento Espessura (mm)

    Parede interna 5 e 20

    Parede externa 20 e 30

    Tetos interno e externo e 20

    Contrapiso 15 e 25

    AUT188/2014_2

    PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO

    limpeza da base

    bases secas e limpas, sem pó, óleo, tintas ou qualquer matéria que possa

    impedir a aderência do material

    no concreto, escovar e lavar a superfície de modo a remover os resíduos de desmoldantes, resinas das formas e películas de nata de cimento

    AUT188/2014_2

    melhora aderência entre o revestimento e a alvenaria; uniformiza o substrato; evita “fotografia” dos blocos

    função

    CHAPISCO

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    AUT188/2014_2

    TRAÇOS DAS ARGAMASSAS PARA REVESTIMENTO

    Aplicação Traço Rendimento por lata de cimento

    Instruções de uso

    CHAPISCO 1 lata de cimento 3 latas de areia fina 30 m2 A camada de chapisco deve ser

    o mais fina possível.

    EMBOÇO(massa grossa)

    1 lata de cimento 2 latas de cal8 latas de areia média

    17 m2 A espessura deve ser de 1cm a 2,5 cm

    REBOCO(massa fina)

    1 lata de cimento 2 latas de cal9 latas de areia fina peneirada

    35 m2 Esta camada deve ser a mais fina possível

    AUT188/2014_2

    Aplicação

    CHAPISCO

    umedecer levemente os blocos da alvenaria e o concreto da estrutura antes de aplicar o chapisco

    AUT188/2014_2

    CHAPISCO TRADICIONAL

    Argamassa de cimento, areia e água, adequadamente dosada. Resulta em uma película rugosa, aderente e resistente, apresenta um elevado índice de desperdício, em razão de reflexão do material. Pode ser aplicado sobre alvenaria e estrutura.

    CHAPISCO ROLADO

    Mistura de cimento e areia, comadição de águae resina acrílica. Argamassa bastante plástica, aplicada com rolo para textura acrílica em demãos. Pode ser aplicado na fachada, tanto na estruturacomo na alvenaria, proporciona elevadaprodutividade e maior rendimento do material.

    CHAPISCO

    AUT188/2014_2

    Procedimentos de execução

    TRADICIONAL

    lançamento com a colher de pedreiro - base parcialmente

    coberta.

    CHAPISCO

    aplicação da argamassa de chapisco com rolo - base

    totalmente coberta

    ROLADO

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    AUT188/2014_2

    CHAPISCO ROLADO

    excesso de aditivo chapisco adere bem a base PORÉM

    prejudica a aderência das camadas posteriores

    AUT188/2014_2

    APLICAÇÃO DA ARGAMASSA

    Deve ser feita por projeção enérgica do material sobre a base, de

    forma MANUAL ou MECÂNICA (argamassa projetada).

    Durante a aplicação é importante considerar o seu adequado manuseio,

    adequadas condições de estocagem da argamassa no balancim ou

    andaime, para o seu tempo de utilização e para o seu reaproveitamento.

    AUT188/2014_2

    Definição dos planos de revestimento

    pontos de referências

    distância compatível com

    a régua

    argamassa do reboco

    taliscas de placas cerâmicas

    APLICAÇÃO DA ARGAMASSA

    AUT188/2014_2

    APLICAÇÃO DA ARGAMASSA

    • Taliscamento = fixação de cacos cerâmicos, com a mesma argamassa utilizada para o revestimento, em pontos específicos e respeitando a espessura definida.

    DEFINIÇÃO DE REFERÊNCIAS DO PLANO DO REVESTIMENTO

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    AUT188/2014_2

    APLICAÇÃO DA ARGAMASSA

    • Mestras = são faixas estreitas e contínuas de argamassa feitas entre duas taliscas, que servem de guia para a execução do revestimento. Sobre as mestras, a régua metálica é apoiada para a realização do sarrafeamento.

    DEFINIÇÃO DE REFERÊNCIAS DO PLANO DO REVESTIMENTO

    AUT188/2014_2

    APLICAÇÃO DA ARGAMASSA

    DEFINIÇÃO DE REFERÊNCIAS DO PLANO DO REVESTIMENTO

    Sarrafeamento = aplainamento da superfície revestida.

    retira excesso com régua - sarrafo

    AUT188/2014_2

    Movimentação circular de uma ferramenta sobre a superfície do emboço ou da massa única, imprimindo-se uma certa pressão. Pode exigir a aspersão de água sobre a superfície.

    DESEMPOLADO

    ACABAMENTO SUPERFICIAL DAS CAMADAS

    Desempeno:

    AUT188/2014_2

    ACABAMENTO SUPERFICIAL DAS CAMADAS

    Fricção da superfície do revestimento com um pedaço de esponja ou com uma desempenadeira com espuma, através de movimentos circulares. Proporciona uma textura mais lisa e regular para as superfícies.

    Camurçamento:

    CAMURÇADO

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    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA

    Junta = ½ erevest. e no min. 15 mm. No fundo da junta min. 10 mm

    DETALHES CONSTRUTIVOS

    JUNTA SECA (friso) - deve ser executada logo após a conclusão do pano do emboço ou da massa única.

    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA

    DETALHES CONSTRUTIVOS

    PEITORIS = protege a fachada da ação da chuva.

    Recomendações:

    Avance na lateral para dentro da alvenaria;

    Ressalte do plano da fachada pelo menos 25 mm;

    Apresente um canal na face inferior para o descolamento da água (pingadeira);

    Caimento deve ser de 7% no mínimo.evita que o fluxo de água se

    concentre nas laterais do peitoril, surgindo manchas de umidade e

    sujeira na fachada

    AUT188/2014_2

    Junta de movimentação

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    • PROPRIEDADES

    Camada de fixação = argamassa colante.

    Revestimento decorativo = placas cerâmicas.

    Juntas = espaços deixados entre as placascerâmicas, que são preenchidos pelo rejunte, no caso das juntas de assentamento, ou pelo selante, no caso das juntas de controle ou movimentação.

    Junta de movimentação

    AUT188/2014_2

    • CAMADA DE FIXAÇÃO

    Tem como função é manter as placas cerâmicas aderidas ao substrato.

    • ARGAMASSAS COLANTES (NBR 14801)

    É uma argamassa industrializada, pré-dosada, fornecida em pó, no estado seco. São compostas por cimento Portland, grãos inertes de granulometria fina e resinas orgânicas.

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    Preparo: manualmecânico

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    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    CLASSIFICAÇÃO E USO DA ARGAMASSA COLANTE

    (NBR 14081:2012)

    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    Classificação das cerâmicas para revestimento em relação a absorção de água em função dos métodos de fabricação

    Nomenclatura Características Absorção de água

    Carga de ruptura (N)

    Porcelanatos Baixa absorção e resistência mecânica alta.

    0 a 0,5% > 1.300

    Grés Baixa absorção e resistência mecânica alta.

    0,5 a 3% > 1.100

    Semi-grés Média absorção e resistência mecânicamédia.

    3 a 6% > 1.000

    Semi-poroso Alta absorção e resistência mecânica baixa.

    6 a 10% > 800

    Poroso Alta absorção e resistência mecânica baixa.

    10 a 20% > 600

    Azulejo Alta absorção e resistência mecânica baixa.

    10 a 20% > 400

    Azulejo fino Alta absorção e resistência mecânica baixa.

    10 a 20% > 200

    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    AUT188/2014_2

    • ARGAMASSAS COLANTES

    tempo em aberto = tempo disponível entre o espalhamento da argamassa colante e a criação de uma película esbranquiçada, o que denuncia a perda da capacidade de aderência da argamassa colante.

    Tempo disponível para assentar a placa cerâmica

    película esbranquiçadadiminuição da aderência

    nunca adicionar água à argamassa colante já preparada

    REVESTIMENTO CERÂMICO

  • 12

    AUT188/2014_2

    Estender em faixas com lado liso da desempenadeira

    Aplicar lado denteado da desempenadeira formando

    cordões

    Excesso de pasta Retornar ao recipiente

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    impregnaçãototal do tardoz

    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    aplicar vibraçõesmanuais para maioracomodação

    colocar cada placasobre os cordões depasta fresca

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    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    • ARGAMASSAS COLANTES

    tempo de ajustabilidade

    AUT188/2014_2

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    Juntas de assentamento: usar espaçadores deformáveis para controlar alinhamento

    AUT188/2014_2

    Juntas de assentamento: usar espaçadores deformáveis para controlar alinhamento

    REVESTIMENTO CERÂMICO

    AUT188/2014_2

    Mistura industrializada de cimento Portland

    e outros componentes homogêneos e

    uniformes para aplicação nas juntas de

    assentamento de placas cerâmicas,

    classificada segundo o ambiente de

    aplicação e requisitos definidos

    Rejuntamento de placas cerâmicasNBR 14992:2003

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    AUT188/2009_2

    REJUNTAMENTO DAS PLACAS CERÂMICAS

    3 dias

    som cavo remover

    AUT188/2009_2

    REJUNTAMENTO DAS PLACAS CERÂMICAS

    limparsem pó,sem resíduos

    umedecer

    AUT188/2009_2

    REJUNTAMENTO DAS PLACAS CERÂMICAS

    aplicar

    AUT188/2009_2

    REJUNTAMENTO DAS PLACAS CERÂMICAS

    • Secar por 15 a 40 min• Limpar com espuma

    umedecida ou pano seco

    •Secar com pano limpo e seco

  • 15

    AUT188/2009_2

    REJUNTAMENTO DAS PLACAS CERÂMICAS

    acabamento

    junta acanalada - haste de madeira ou plástico com ponta arredondada

    AUT188/2014_2

    ASSENTAMENTO DAS PASTILHAS CERÂMICAS

  • 1

    GESSOO gesso é um material branco fino que em contato com a água se hidrata,

    num processo exotérmico, formando um produto, não hidráulicoe rijo.

    O gesso é um mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento da gipsita e sua posterior moagem.

    É composto principalmente por sulfato de cálcio hidratado e pelo hemidrato obtido pela calcinação desse.

    PRODUÇÃO DO GESSO

    Extração

    Gipsita

    Moagem

    Calcinação

    Gesso

    CaSO4.2H2OSulfato de cálcio hidratado

    150 ~ 350oC

    CaSO4.1/2H2OQuando calcinada a temperatura da ordem de 150 à 350ºC, a gipsita se desidrata parcialmente, originando umsulfato de cálcio hemi-hidratado, conhecido comercialmente como gesso (CaSO4.1/2H2O).

    PRODUÇÃO DO GESSO

    O processo de produção do gesso consiste basicamente em três etapas.

    A primeira delas é a extração da matéria-prima, a gipsita. No Brasil, as principaisjazidas se encontram no Pólo do Araripe, que se localiza no Estado dePernambuco, no nordeste do país.

    O mineral gipsita é um sulfato de cálcio dihidratado (CaSO4.2H2O), e tem acomposição estequiométrica média de 32,5% de óxido de cálcio (CaO), 46,6% detrióxido de enxofre (SO3) e 20,9% de água (H2O).

    A gipsita passa pelo processo de moagem, ou britagem, onde são utilizadosbritadores de mandíbula e moinhos de martelo. Em alguns casos também é feitoum segundo estágio, em circuito fechado com peneiras vibratórias a seco.

    Quando calcinada a temperatura da ordem de 150 à 350ºC, a gipsita se desidrataparcialmente, originando um sulfato de cálcio hemi-hidratado, conhecidocomercialmente como gesso (CaSO4.1/2H2O).

    PRODUÇÃO DO GESSO

    A reação de hidratação, ou seja, de endurecimento do gesso, inversa aoprocesso de hidratação, é de onde resulta a pasta de gesso que pode sertrabalhada para seus diversos fins.

    A hidratação se dá através da dissolução do gesso em água, com odesprendimento de calor.

    Na prática, a quantidade de água utilizada varia em função do tempo de pegaque se deseja obter.

    Sua cor geralmente é branca, mas impurezas podem conferir a ele tonsacinzentados, amarelados, rosados ou marrons.

    - Dosagem: 32 litros de água para 40 Kg de gesso (gesso liso). 20 litros de água para 40 Kg de gesso (gesso projetado)

  • 2

    GESSOAs propriedades específicas do gesso:- elevada plasticidade da pasta;- pega e endurecimento rápido;- finura equivalente ao cimento;- pequeno poder de retração na secagem e estabilidade volumétrica

    Vantagens- Pode ser aplicado numa só camada, de espessura máxima ideal de 07 mm,

    diretamente sobre paredes de superfície regular.

    - Possui uma trabalhabilidade tal que possibilita uma fácil aplicação.

    - Precisa somente de uma semana para que a superfície esteja pronta paralixamento e pintura.

    - O acabamento quanto à lisura da superfície é superior ao de argamassas,proporcionando uma base adequada para a pintura.

    - Possui alta durabilidade quando aplicado em interiores.

    GESSO

    Normas

    NBR 12127:1991 Gesso para construção – Determinação daspropriedades físicas do pó

    NBR 12128:1991 Gesso para construção – Determinação daspropriedades físicas da pasta

    NBR 12129:1991 Gesso para construção – Determinação daspropriedades mecânicas

    NBR 12130:1991 Gesso para construção – Determinação da água livre ede cristalização e teores de óxido de cálcio e anidrido sulfúrico

    NBR 13207:1994 Gesso para construção civil – Especificações

    NBR 13867:1997 Revestimento interno de paredes e tetos compastas de gesso – Materiais, preparo, aplicação e acabamento.

    GESSOsarrafeado, desempenado, corrido, liso

    Aplicar com rolo de textura média uma demão de

    chapisco rolado na superfície inferior das lajes para

    garantir a aderência da pasta de gesso.

    Remover sujeiras, incrustações e materiais estranhos como pregos,

    arames e pedaços de aço até que o substrato fique

    uniformizado.

    Após 72 horas iniciar a preparação polvilhando o gesso na água, dentro da

    argamasseira, até que o pó esteja totalmente submerso. A seguir, misturar até obter

    uma pasta homogênea e sem grumos.

    GESSOsarrafeado, desempenado, corrido, liso

    Coloque no caixote de madeira 30 litros de água (para 1 saco de 40 kg de gesso)

    Pulverize o gesso sobre a água e deixe umedecer por 1 minuto.

  • 3

    GESSOsarrafeado, desempenado, corrido, liso

    Com auxílio de uma espátula, misture por 5 minutos.

    Coloque a pasta no desempeno de PVC, com auxílio da espátula.

    GESSOsarrafeado, desempenado, corrido, liso

    Aplique a primeira camada de baixo para cima.

    Aplique a segunda camada da esquerda para a direita ou vice versa.

    GESSOsarrafeado, desempenado, corrido, liso

    Confira, nas duas camadas, os alinhamentos vertical e horizontal com

    a régua de alumínio. Após a retirada de resíduos e respingos de massa, inicie o sarrafeamento, com a régua de alumínio “H”, sempre no sentido vertical, de

    baixo para cima, apoiando-a sobre as mestras e evitando que o excedente de massa caia no chão.

    GESSOsarrafeado, desempenado, corrido, liso

    Com régua e nível, após fazer correções necessárias, o esquadro é novamente

    verificado.

    Após umas duas horas, o acabamento final é dado com o desempenho de aço e a própria massa de gesso até que se chegue ao ponto

    de pintura.

  • 4

    GESSO PROJETADODeve-se usar material apropriado para projeção que é

    composto predominantemente por gesso, calcário e cal (sulfato de cálcio hemidratado tipo beta, carbonato de cálcio,

    cal hidratada e aditivos orgânicos).

    GESSO PROJETADO

    Gesso projetado x argamassa de cimento x gesso liso

    PRODUTIVIDADE:

    Um pedreiro aplica 12 m2 de argamassa de cimento por dia.

    Um gesseiro aplica 25 m2 de gesso na espessura de 0,5 cm a 1,0 cm por dia.

    Um aplicador de revestimento de gesso projetado aplica 40 m2 em espessura de 1 cm até 4 cm por dia.

    GESSO PROJETADO

    A execução começa com a projeção do gesso na parede, até que se chegue à espessura das mestras e se preencham todos os vazios.

    GESSO PROJETADO

    Sarrafeie o trecho com a régua de alumínio, de baixo para cima; a argamassa retida é retirada com uma desempenadeira ou espátula e reaproveitada nos espaços vazios.

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    GESSO PROJETADO

    Repita a operação até que toda a superfície fique preenchida e homogênea; passe o sarrafo no sentido horizontal e aguarde por aproximadamente 30 minutos.

    GESSO PROJETADO

    Para o pré-acabamento, aplique gesso sobre a superfície com a mão e raspe-o com um facão, em movimentos horizontais; aguarde mais 30 minutos.

    GESSO PROJETADO

    O acabamento ou queima é realizado com uma desempenadeira grande de aço: todos os poros as parede são preenchidos com uma argamassa mais fluida que a anterior;

    em seguida, raspa-se o excesso. Aguarde 10 minutos.

    GESSO PROJETADO

    Antes do acabamento final, abra todas as caixas e pontos de luz e, com uma desempenadeira, repita o procedimento anterior, aplicando massa bem fluida em movimentos verticais; o procedimento é repetido até que a superfície fique com aspecto liso; após uma semana, a

    parede estará pronta para ser lixada, selada e pintada.