28
CRER EM REVISTA 1 Crer e m r e v i s ta Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo Embaixadora do CRER, a presidente da OVG fala à CRER em Revista Valéria Perillo ANO 3 # 10 GOIÂNIA | AGOSTO - OUTUBRO 2011 www.crer.org.br

Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

  • Upload
    buibao

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 1

Crere m r e v i s ta

Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo

Embaixadora do CRER, apresidente da OVG fala à

CRER em Revista

Valéria Perillo

AN

O 3

# 1

0 G

OIÂ

NIA

| A

GO

STO

- O

UTU

BR

O 2

011

ww

w.c

rer.o

rg.b

r

Page 2: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

2 CRER EM REVISTA

Page 3: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 3

CarTa ao LeITor

Crescimento e aprimoramentoPróximo a completar nove anos de ser-

viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida como referência em reabilitação. Com a ampliação de nossa estrutura física, em mais de 18.000 m2, passamos a disponibilizar 20 lei-tos de UTI, 8 salas cirúrgicas, 5 novos ginásios de terapia e mais 2 piscinas de hidroterapia. Todo esforço empreendido objetiva oferecer à sociedade maior capacidade de atendimen-to, primando sempre pela qualidade, pres-teza nos serviços e bem-estar dos pacientes.

Em uma posição de reconhecimento pela sua importância, vale lembrar que o CRER par-tiu da idealização da primeira-dama do Esta-do e presidente da OVG, Valéria Perillo, capa e entrevistada nesta edição. Pela sua sensibi-lidade, o que parecia distante, hoje, é uma re-alidade transformadora de milhares de vidas.

Como um dos aspectos da evolução de

nossa Instituição, o Serviço de Neurologia, apre-sentado na seção Por Dentro do CRER, demons-tra os avanços já alcançados na área e o potencial de crescimento que o setor aponta. Apresenta-mos também nesta edição a história de constan-te superação do paciente da Neurologia, João Vitor Vieira Silva. A matéria deixa claro que os limites alcançados pelo ser humano podem ser surpreendentes e que a alegria e o amor são in-gredientes indispensáveis para cada conquista.

Também em pauta nesta edição, esclare-cimentos quanto ao direito de acesso à educa-ção, garantido às pessoas com defi ciência, na seção Conheça seus Direitos; a importância da reciclagem do lixo, em matéria do Meio Ambien-te; um Resumo dos acontecimentos que marca-ram os últimos meses do CRER, e muito mais.

A todos uma boa leitura!

E X P E D I E N T E Associados FundadoresAlcides Luís de SiqueiraDom Antônio Ribeiro de OliveiraElias Bufaiçal (in memorian)Lúcio Fiúza GouthierMaria Paula CuradoMilca Severino PereiraNabyh SalumPaulo Afonso Ferreira

Associados BeneméritosCyro Miranda Gifford JúniorGláucia Maria Teodoro ReisHelca de Sousa NascimentoJosé Alves FilhoMarlei Antônio da RochaMarcos Pereira ÁvilaPaulo César da Veiga JardimRuy Rocha de MacedoValéria Jaime Peixoto PerilloValtercy de Melo

Embaixadores do CRERLuiz Felipe ScolariValéria Jaime Peixoto Perillo

ConselheirosEdward Madureira BrasilJosé Evaristo dos SantosJoaquim Caetano de Almeida Netto

Miguel Ângelo CançadoNabyh SalumPedro Daniel BittarSizenando da S. Campos Júnior

Conselho Fiscal - TitularesMarlei Antônio da RochaPaulo César Brandão Veiga jardimRuy Rocha de Macedo

SuplentesCyro Miranda Gifford JúniorMarcos Pereira ÁvilaValtercy de Melo

SuperintendentesSérgio DaherSuperintendente ExecutivoJoão Alírio Teixeira da Silva JúniorSup. Técnico de ReabilitaçãoClaudemiro Euzébio DouradoSup. Administrativo e FinanceiroDivaina Alves BatistaSup. Multiprofissional de ReabilitaçãoFause MusseSup. de Relações Externas

Diretor TécnicoJoão Alírio Teixeira da Silva JúniorCRM/GO 6593

CRER EM REVISTASupervisão geral, edição e textosAnna Luiza RucasGerente de Marketing - SRE

JornalistasMayra Paiva - JPGO - 01802Thaís Franco

Estagiária em JornalismoMarianne Carrijo

Colaboradores SRE

Hugo Miranda (diagramação e arte de anúncios) Olívia Gomes (secretária júnior)Rodrigo Rocha e Teka Machado(contato comercial e produção de fotos)

Colaborador CENEEduardo Castro (fotografi as)

CRER EM REVISTA é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.brEndereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás

Sérgio DaherSuperintendenteExecutivo do CRER

AGIREstrutura Administrativa

Page 4: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

4 CRER EM REVISTA

ÍNDICe

Tenho acompanhado o debate em torno da saúde em Goiás e mesmo ainda com certa limitação

num dos braços, não pude deixar de escrever na esperança de contribuir. E pergunto: quem é que

na hora da afl ição, da enfermidade não quer ser bem atendido?

Em janeiro de 2010, sofri um AVC e fi que parali-sado, dependia de terceiros para me mover. Fui

para o CRER e lá fi quei internado por 57 dias. Re-cebi o melhor. Uma gama de profi ssionais cuidou de mim com carinho que me emociona e ao qual

eu jamais poderei retribuir. Saí de lá, andando, falando e feliz por existir um lugar como aquele.

Nunca vi nenhuma distinção feita a qualquer paciente. Pelo contrário: todos são tratados com

imensa dedicação. As crianças, como se fos-sem fi lhos. Até os bebês expressam sua alegria

naquele ambiente. O que me chama a atenção é esse diferencial e acredito que isso coopera de

maneira decisiva para os milagres que acontecem lá todos os dias.

Sem exagero algum, a fi losofi a do CRER deveria ser implementada até em algumas residências,

quanto mais nas redes de saúde pública. E o atual Secretário de Saúde tem credibilidade de sobra

para fazer essa nobre e corajosa tentativa de implantar o mesmo modelo nos hospitais públi-cos. Se o padrão de qualidade e funcionalidade praticados no CRER for alcançado nos demais

hospitais, então a saúde será outra, será o fi m das reclamações e da insatisfação,

das fi las e da demora.

O paciente é o produto do profi ssional de saúde e este profi ssional atua compromissado em ver a resposta do paciente. Encerro com outra pergun-

ta: qual o servidor da saúde não seria gratifi ca-do em ter todas as condições de trabalho para

desenvolver sua atividade; podendo ser coautor juntamente com Deus, de uma obra de arte viva se formando, que é a recuperação e a satisfação de seu paciente? Ser restaurado em sua saúde é

uma bênção e apoio qualquer iniciativa, que aliás deve ser rápida e urgente, de estender isso

a todos os que dela necessitam.

Irapuam Bezerra – em carta publicada nos jornais O Popular (08-06-2011) e

Diário da Manhã (12-06-2011)

Canal [email protected]

6

1815

EntrevistaValéria Perillo, “Essa capacidade de vivenciar vários papéis ao mesmo tempo é uma grande virtude das mulheres”

Espaço do paciente“Nunca vou esquecer este lugar”

Meio ambiente Reciclagem de lixo:

exercício de cidadania

55

8

1614

2224

2526

20TERCEIRO SETOR

ÚLTIMO DETALHE

PARÁGRAFO ÚNICO

RESUMO

ARTIGO

CONHEÇA SEUS DIREITOS

POR DENTRO DO CRER

SUPERAÇÃO

AGENDA

PERFIL DO COLABORADOR

Page 5: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 5

Par

ágra

fo Ú

nico

TerCeIro SeTor

OVG amplia trabalho social Com novas parcerias, a Organização das Voluntárias de

Goiás investe em ações voltadas para a cidadania da população de baixa renda de todo o Estado.

o s projetos desenvolvidos pela Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), nesses primeiros meses da gestão Valéria Perillo, sinalizam o novo ritmo de trabalho da instituição ao imprimir mais agilidade e qualidade no atendimento à população de baixa renda.

As ações da OVG estão sendo ampliadas e novos programas cria-dos para incrementar a atuação da entidade que atende crianças, jovens, idosos, estudantes universitários, por-tadores de necessidades especiais, entidades sociais e famílias inteiras dos 246 municípios goianos. Essa as-sistência social se dá com o apoio do governo do Estado e de parceiros de vários segmentos da sociedade.

A capacitação profi ssional é uma das prioridades da OVG. Neste sentido, foram celebradas parcerias com o Servi-ço Nacional de Aprendizagem Comer-cial (Senac), para qualifi car professores das Ofi cinas Educacionais Comunitá-rias (OECs), e com o Grupo Unitintas, visando a capacitação de mulheres para atuação na construção civil (foto).

Neste projeto, a OVG tem tam-bém a parceria da Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher e Igualdade Ra-cial (Semira). As Ofi cinas Educacionais Comunitárias, onde foram realizadas as aulas teóricas do curso de pintura imobi-liária, oferecem cursos profi ssionalizan-tes a jovens de famílias de baixa renda.

A preocupação com a formação profi ssional deu origem a outra inicia-tiva: o Centro de Qualifi cação Profi ssio-nal que atende atualmente cerca de 300 alunos nas áreas de informática, portu-guês e inglês instrumental em convênio com a Secretaria da Ciência e Tecnolo-gia e a Secretaria Estadual da Educação.

Juntos, governo do Estado e OVG têm viabilizado projetos na área de edu-cação, tendo como objetivo a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Criada no primeiro governo de Marconi Perillo,

em 1999, a Bolsa Universitária, também se insere nesse contexto. O programa já contemplou mais de 90 mil estudan-tes nesses quase 12 anos de existência.

Fábrica de Benefícios Sociais

Com um Departamento de Pro-dução funcionando a todo vapor, o pro-grama OVG em Ação, criado este ano por Valéria Perillo, dará agilidade ao processo de doações – como cadeiras de rodas, enxovais para bebês, leites, além de fraldas descartáveis - a municípios e instituições sociais em todo o Estado. Cerca de 2 mil benefícios são fabricados mensalmente na OVG. De acordo com o coordenador geral, Afrêni Gonçal-ves, a meta é dobrar esse número para ampliar as doações feitas à população.

Com o objetivo de garantir o atendimento aos pedidos de benefícios, a Organização das Voluntárias de Goiás está buscando reforço também fora da instituição. Teve início em maio deste ano a capacitação de 37 reeducandos dos regimes semiaberto e fechado do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia para fabricar cadeiras de rodas.

Para Valéria Perillo uma de suas metas é buscar parcerias para os proje-tos da Organização das Voluntárias de Goiás. “Os empresários e a sociedade em geral são sensíveis à nossa causa. Vamos buscar o apoio daqueles que querem contribuir com o trabalho social da OVG e do governo do Estado”.

O serviço de Terapia Intensiva é destinado ao atendimento de pacientes críticos, que necessitam de cuidados complexos e especializados, e exigem assistência e monitorização permanente. Nossa equipe tem a sensi-bilidade para tornar esse período mais humanizado, ofere-cendo apoio e cuida-dos aos pacientes e seus familiares para vencerem essa situa-ção limite.

““

Dr. Ronycley Rocha Rezende,

Médico IntensivistaCRM – GO: 14.192,sobre a implantação

da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do CRER.

Page 6: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

6 CRER EM REVISTA

eNTreVISTa

p residente da Organização das Voluntárias de Goiás, Valéria Perillo tem como marca do seu tra-balho a promoção e inclusão social. À frente da OVG, Valéria se dedica com generosidade e determina-ção para conhecer e atender as necessidades da população goiana.

Valéria Jaime Peixoto Perillo nasceu e cresceu em Pirenópolis. Ao lado de Marconi Perillo, com quem é casada há 22 anos, a primeira-dama acompanha e participa das decisões do Estado. Mãe de Isabela e Ana Luísa, Valéria está sempre presente e não abre mão do carinho e apoio das fi lhas. Além de todas essas atividades, Valéria ainda cursa Direito na Faculdade Alves Faria.

Idealizadora e Embaixadora do CRER, a carismática primeira-dama do Estado fala à Crer em Revista sobre os desafi os como presidente da OVG, sua dinâmica atuação no Estado e, principalmente, sua relação com o Centro de Reabilitação.

Sensibilidade e determinação no trabalho social

Valéria Perillo

6 CRER EM REVISTA

Page 7: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 7

Prestes a completar nove anos, o CRER acaba de inaugurar o pro-jeto de expansão que possibilita a ampliação e oferta de novos servi-ços. Qual a sua expectativa diante deste novo momento do Hospital?

Totalmente positiva. Desde a sua inau-guração em 2002, no primeiro governo de Marconi Perillo, o Centro de Reabili-tação e Readaptação Dr. Henrique San-tillo tem crescido em suas ações e apri-morado o seu trabalho, graças a uma equipe valorosa que se dedica com muita competência a este projeto tão importante para a população do nosso Estado. Essa expansão abre ainda mais as portas da instituição para as pessoas em busca de tratamento e certamente irá reforçar a imagem positiva que o CRER já projeta em Goiás e também no Brasil.

A senhora sempre demonstrou em-penho na valorização do ser hu-mano e proteção social. Como presidente da OVG, qual sua maior pre-ocupação e desafi o em relação a isso?

A maior preocupação e ao mesmo tempo o maior desafi o é a inclusão so-cial. É dar às pessoas, dentro de suas necessidades, condições para que elas possam ter uma vida digna com a garantia de todos os seus direitos.

Seu dinamismo é exemplo para mui-tas pessoas, principalmente para as mulheres. Como é conciliar as fun-ções de esposa, mãe, primeira-dama do Estado e presidente da OVG?

Essa capacidade de vivenciar vários papéis ao mesmo tempo é uma gran-de virtude das mulheres. Assim como eu, a maioria tem de se desdobrar para dar conta de todas essas respon-sabilidades como você bem colocou. Além disso, vivo essa experiência tão peculiar de ser primeira-dama do Es-tado e presidir a OVG - funções que me trazem muitos desafi os e ao mesmo tempo me ensinam grandes lições. Mar-coni está em seu terceiro mandato como governador de Goiás, e ao longo desse tempo, pude conviver com muitas pes-soas que precisam de ajuda e com pes-soas dispostas a estender a mão. A cada história, a cada pedido, a cada projeto, é perceptível como ainda temos obstá-

culos a serem rompidos, mas também é animador ver a enorme capacidade das pessoas de fazer o bem. Isso me sensi-biliza e me motiva, a cada dia, a dedi-car especial atenção ao trabalho social.

É notória sua atenção com as ques-tões sociais. E em relação a susten-tabilidade, quais suas perspectivas? Se pudesse formatar um mundo ide-al, como seria? Nunca se falou tanto em sustentabili-dade como nos dias de hoje. As pesso-as têm se movimentado neste sentido, inclusive com iniciativas interessantes e criativas de preservação do meio am-biente. Acredito que ainda vamos con-seguir ações mais concretas para se con-servar os recursos naturais e levar uma vida mais equilibrada com a capacida-de de produção e renovação dos nos-sos recursos. Sobre a segunda questão, não penso em um mundo ideal, prefi ro pensar em um mundo possível, com mais humanidade e igualdade social.

Quando o CRER iniciou suas ati-vidades, a senhora participou ati-vamente de diversas ações sociais com a intenção de captar recursos para o Hospital. Como vê a impor-tância do apoio e mobilização da sociedade ao CRER e às institui-ções sem fi ns lucrativos do Estado?

Ao longo do processo de constru-ção do CRER eu costumava citar uma frase do escritor espanhol Mi-guel de Cervantes que gosto muito e diz o seguinte: “sonho que se sonha só é apenas um sonho, sonho que se sonha juntos, torna-se realidade”. Este pensamento sintetiza o CRER que se concretizou graças ao apoio de vários segmentos da sociedade e do governa-dor Marconi Perillo, que não mediram esforços para torná-lo uma casa de es-perança para as pessoas que precisam de reabilitação e readaptação no Estado. É gratifi cante ver o nível de excelência do atendimento e a credibilidade do CRER junto aos empresários e instituições que apoiam o projeto e tornam suas ações ainda mais importantes. Aliás, o incen-tivo ao trabalho social é uma caracterís-tica dos goianos e sem dúvida é uma iniciativa sempre muito bem-vinda.

“Desde a sua inauguração, o Crer tem crescido em suas ações e aprimorado o seu trabalho”.

CRER EM REVISTA 7

Valéria Perillo teve a ideia de construir o CRER a partir de uma experiência vivida na Or-ganização das Voluntárias de Goiás. Ela recebia muitos pe-didos para liberar transporte para as mães que precisavam levar os fi lhos para tratamen-to na Rede Sarah, em Brasília. Diante dessa realidade, a pre-sidente da OVG decidiu cons-truir um Centro que ofereces-se atendimento de qualidade à população do Estado. A cons-trução teve início no mês de abril de 2001. Um ano e três meses após a assinatura da ordem de serviço para a sua construção, a obra (estrutura física da unidade) foi inaugu-rada pelo governador de Goi-ás e pela presidente da OVG, no dia 05 de julho de 2002.

Page 8: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

8 CRER EM REVISTA

resumoConscientização sobre distonia A Associação Brasileira de Portadores de Distonia (ABPD), em par-ceria com os laboratórios Allergan e Ipsen, promoveu uma semana de atividades em alusão ao Dia Nacional da Distonia, 06 de maio. O objetivo da ação foi chamar a atenção da sociedade para a sín-drome que, segundo dados do Ministério da Saúde, atinge mais de meio milhão de pessoas, sendo o terceiro distúrbio do movimento mais comum após a doença de Parkinson e o Tremor Essencial.A Distonia caracteriza-se especialmente por provocar em seus portadores posturas corporais não naturais, movimentos in-voluntários, descoordenação gestual, com os efeitos de do-res musculares e no extremo até a incapacidade para algu-mas atividades. “Há também o aspecto emocional, ligado à autoestima. Muitos se recolhem com receio de conviver social-mente, já que em lugares públicos, como em ônibus, por exem-plo, as pessoas que desconhecem a doença se irritam com os portadores, imaginando que são tocadas por eles de modo propo-sital”, esclarece Elenita Ferreira de Macedo, Presidente da ABPD.Toxina botulínica – Dentro da programação criada pela Asso-ciação, no dia 09 de maio foram feitas no CRER aplicações de toxina botulínica em pacientes portadores de Distonia. De acor-do com o médico neurologista Marcus Alexandre Carvalho Al-ves, que fez os atendimentos, o uso da substância é uma das al-ternativas mais efi cazes de tratamento. “A aplicação da toxina botulínica ameniza contrações, dores e ajuda a corrigir a pos-tura, proporcionando mais qualidade de vida aos pacientes”.

Homenagem merecida As mães foram homenageadas no CRER com uma missa celebrada por Alci-des de Lima, padre da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. No dia a dia da Instituição é fá-cil perceber o valor dessas mulheres que dedicam suas vidas de modo incondicional a de seus fi lhos. “Muito do que se conquista no tratamento dos pacientes é resultado do empenho das mães que, na quase totalidade, acompanham ativamente de muito perto todo o processo de reabilitação”, salienta a psicóloga e Gerente Psicossocial, Sônia Helena Adorno. “Há também o aspecto de, pelas mães, os fi lhos se empenharem cada vez mais como forma de agrade-cimento por tudo o que delas recebem. É fácil para a equipe de profi ssionais do CRER perceber que o vínculo entre mãe e fi lho cria uma dinâmica que nos leva a alcançar bons resultados no tratamento dos pacientes”, completa a psicóloga.

Intercâmbio No dia 09 de maio, a fi sioterapeuta do CRER Ma-riana Machado esteve no University Hospital, em Newark, estado de New Jersey, Estados Unidos. O hospital é um centro de referência no que há de mais avançado em atendimento médico e progra-mas de cuidados especializados. Dentre os vários departamentos, destaca-se o de Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria), que prevê aos pacien-tes internados e ambulatoriais consultas para re-abilitação em geral. Ênfase particular é dada aos casos de insufi ciência respiratória, incluindo su-pervisão de um programa de ventilação mecânica domiciliar e o uso de suporte ventilatório, consti-tuindo um abrangente programa de reabilitação para indivíduos com doenças neuromusculares. Mariana foi recepcionada pelo coordenador, e mentor do programa, John Bach, médico fi sia-tra, pesquisador de doenças neuromusculares desde 1981, autor de sete livros e mais de 250 ar-tigos já publicados. “Estar com a maior referên-cia no tratamento destas doenças mostrou que, a otimização da qualidade de vida de nossos pa-cientes depende da associação entre amplos co-nhecimentos, técnicos e científi cos, e uma boa dose de humanização”, destacou a fi sioterapeuta.

Mariana Machado é presenteada com o livro “Management of patients with neuromuscular disease”, último lançado por John Bach,

que fez questão de autografá-lo

Eliane Santos Costa, paciente de 17 anos, com o neurologista Marcus Alexandre (à dir.), equipe de profi ssionais do CRER, com a camiseta da campanha, e Clarimundo dos Passos Lima (2º à esq.), representante do laboratório IPSEN

Page 9: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 9

Com o slogan “Saúde e Segurança em 1º lugar, acidente zero no placar”, a Comissão Interna de Acidentes (CIPA) do CRER, gestão 2011/2012, em parceria com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e com o apoio do Serviço de Segurança, Higiene e Medicina do Traba-lho (SESMT), promoveu entre os dias 16 e 20 de maio a IX Semana Inter-na de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) e IV Semana da CCIH.Na programação, palestras e atividades variadas para os cerca de 700 colaboradores da instituição, alternadas entre os períodos de tra-balho, de modo a benefi ciar um maior número de profi ssionais.A variedade de temas apresentados pela organização do even-to teve por objetivo contemplar o maior número possí-vel de situações vivenciadas no dia a dia dos colaboradores.

Atrações culturais As atrações culturais da programação da semana contaram com os co-

laboradores do CRER. Segundo as comissões organizadoras, o intuito

foi valorizar o potencial artístico existente na Instituição, destacando os

talentos dos seus profi ssionais. Para a abertura no dia 16 de maio, a du-

pla Carlos Henrique e Betuel, ambos da Ofi cina Ortopédica, apresentou

um repertório romântico. Durante a semana também se apresentaram a

dupla Darlan e Gladson, fi sioterapeuta e analista de sistema, com músi-

cas da MPB; Mário Silva, do Serviço de Vigilância e Monitoramento, em

uma atuação solo de violino; Fábio e Wandré, agentes administrativos,

com repertório sertanejo universitário; Gladson e Eduardo, fotógrafo, com

músicas populares. Os colaboradores Deivid e Betuel, da Ofi cina Orto-

pédica, e Geraldo, do Serviço de Higienização, embalaram a plateia pre-

sente na última tarde da SIPAT com muita animação e música sertaneja.

As apresentações culturais da semana também contemplaram a dança, com

o grupo “Dançando com arte”, sob o comando do colaborador da ofi cina or-

topédica Claudiney Batista, conhecido também como Ian, acompanhado por

mais três integrantes do Corpo de Baile do Veiga Valle. Também o riso teve

o seu espaço. Para fechar toda a programação, o público se divertiu com o

artista goiano Denner Bruno, numa apresentação de humor stand up. Duran-

te todos os dias vários brindes foram sorteados aos participantes do evento.

PalestrasCom o tema “Prevenção da Obesidade”, a palestra apresentada pelo médico en-docrinologista Marco Elísio de Castro abriu a semana alertando para o fato da obesidade ter se tornado uma epidemia mundial. “Não há uma política de pre-venção”, destacou o médico. Segundo ele, para se combater a doença não há muito o que inventar. “O caminho é aprender a comer bem e praticar atividade física para que o resultado seja efi caz”, salientou.No dia seguinte, o médico ortopedista Murilo Daher falou sobre “Prevenção de lesões na coluna”, as chamadas dores nas costas. “A dor na coluna é um dos incô-modos mais comuns da humanidade, ela pode vir de músculos, nervos, ossos, ar-ticulações ou outras estruturas na coluna vertebral. A dor pode ser constante ou in-termitente, restrita a um local ou irradiar para outras áreas”, explicou o profi ssional. O médico alertou que a pessoa que faz ati-vidade física regularmente tem menor in-cidência de sentir dores nas costas, e que uma boa postura é essencial para que fu-turamente elas não venham a aparecer.Na quarta, 18, a enfermeira Ana Clara Ferreira Veiga Tipple alertou sobre a im-portância de higienizar corretamente as mãos. Segundo ela esta é uma importante medida de prevenção e controle de infec-ção por transmissão de micro-organismos. O mesmo tema também foi abordado, no dia 19, pela enfermeira Tatiane Lemes. Duas palestras alertaram sobre os riscos biológicos que envolvem a exposição dos colaboradores aos agentes causadores de doenças infectocontagiosas, e outras. As palestrantes foram a enfermeira Luciene Paiva da Silva Pontenciano e Mônica Ribei-ro Costa, médica infectologista e Presiden-te da CCIH do CRER. Para encerrar o ciclo de palestras, a epidemiologista da Secreta-ria Municipal de Saúde de Goiânia, enfer-meira Wênia Carla Costa, alertou acerca das doenças sexualmente transmissíveis.

Page 10: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

10 CRER EM REVISTA

resumoBazarO CRER realizou, no dia 27 de maio,

um bazar com diversos produtos doa-

dos pela Receita Federal, como peças

de vestuário, calçados e outros itens. Os

produtos foram oferecidos aos colabo-

radores, que gostaram da ação e foram

às compras. O CRER foi benefi ciado

com a doação por ser uma Instituição

sem fi ns lucrativos. O valor arrecadado

foi revertido para o custeio do Hospital.

CriaçãoCerca de 50 alunos do curso de Fisiote-rapia da Faculdade Padrão estiveram no CRER no dia 17 de maio. Após participar de uma palestra sobre Próteses e Órteses com profi ssionais da Ofi cina Ortopédica, o grupo apresentou diversos brinquedos pedagógicos, feitos a pedido do professor Gustavo Machado, fi sioterapeuta do CRER. O desafi o era produzi-los a partir de materiais baratos e reciclados. As criações foram solicitadas pelos terapeu-tas do CRER e serão utilizadas nas atividades de reabilitação do Hospital.

Feira de Tecnologia O Superintendente Administrativo e Fi-nanceiro do CRER, Claudemiro Euzébio Dourado, acompanhado pela Gerente de Materiais e Patrimônio, Silmônia Satur-nino Fernandes, e pela agente adminis-trativo do Serviço de Compras, Bett ina Marta Magni, esteve no maior evento especializado da área de saúde, em todo continente americano – a Hospitalar. Feira multisetorial e a mais completa mostra de produtos para a área de saú-de, a Hospitalar 2011 apresentou milha-res de itens em equipamentos médicos, produtos e serviços, funcionando como palco de novos lançamentos e ponto de encontro entre fornecedores e seus clien-tes. A 18ª Hospitalar, realizada em São Paulo, aconteceu de 24 a 27 de maio.

1º Encontro de Corais Crer em Canto O CRER promoveu no dia 27 de maio o 1° Encontro de Corais Crer em Canto, realizado no auditório da Instituição. O evento foi marcado pela emoção e integração dos grupos. O coral Crer em Canto abriu o momento musical com um repertório eclético e animado, que contagiou o público e arrancou calo-rosos aplausos. Em seguida, sob regência de Mirelle Croci, foi a vez do coral Conviver e Renascer. Durante apresentação do coral Solo da Cidade de Goiás, o maestro Sebastião Curado quebrou o protocolo e pausou a cantoria para parabenizar a iniciativa e organização do Encontro. O maestro aproveitou a ocasião para confi rmar a realização do 7º Encontro de Corais da Cida-de de Goiás. O coral Solo levou para o palco do CRER uma representação da Cidade de Goiás, patrimônio histórico e cultural da humanidade, com uma peça sacra, a Lava Pés, que só é cantada nas quintas-feiras da Sema-na Santa. Os corais da Fieg e Amantes da Música também se apresentaram.Segundo Sérgio Luiz Lopes, maestro e regente do Crer em Canto, o primeiro encontro de corais foi uma vitória dos coordenadores e seus componentes. “Todos, inclusive a Direção, mostraram dedicação e empenho na realização deste evento”, afi rmou. Mirelle Croci, que foi a primeira regente do Crer em Canto, se emocionou com as apresentações e destacou o apoio e importân-cia de atividades como a do coral. “Não é comum as instituições dedicarem apoio a projetos fabulosos como este”, disse Mirelle. O maestro Lecy José Ma-ria, do coral da Fieg, declarou, com entusiamo, antes de subir ao palco:“A iniciativa é excelente, não dei-xem morrer. Coral é saúde, é vida”. Para o gran fi nale, o maestro Sérgio Lopes convidou todos os coris-tas para cantarem juntos a música “Clareana”, composição de Joyce e Maurício Maestro. Um encer-ramento belo e emocionante, a exemplo de todas as apresentações.

(Dir.) Claudemiro Dourado, Bett ina Magni e Silmônia Fernandes com os representantes da empresa Meta Hospitalar, Juliana Bernardes Leão de Oliveira, Gerente da Qualidade, e Reginaldo Vidal, Vendedor Líder

ErrataAo contrário do que foi informado na nota intitulada Aula Inau-gural, na Seção Resumo da edição anterior da Crer em Revis-ta, o nome do coordenador de Radiologia do CRER é Renato Faria.

Coral Crer em Canto na apresentação de abertura do 1º Encontro de Corais, realizado no CRER

Page 11: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 11

resumo

Semana da QualidadePor ser o Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) uma ferramenta indispensá-vel para a boa gestão do CRER, foi realizada a II Semana da Qualidade, no pe-ríodo de 13 a 17 de junho. O objetivo das ações propostas aos colaboradores da Instituição foi relembrar e reforçar conceitos e práticas que devem ser assumi-das no dia a dia para o seu bom funcionamento e melhor prestação de serviço à sociedade. Dentre a programação, destaque para a palestra “Motivando para a prática da qualidade”, ministrada por Rubens Berredo. De modo envolvente, o consultor que tem um vasto cur-rículo, com trabalhos desenvolvi-dos inclusive no Canadá e Estados Unidos, falou sobre o valor do ter-mo “qualidade”, que segundo ele deve ser compreendido como um princípio, um modo de vida. “Só o melhor é o sufi ciente, não aceite de si e do outro o mais ou menos”, alertou o consultor. “A qualidade surgiu para o relacionamento sau-dável entre cliente e fornecedor.”

Visita ilustreO Governador Marconi Perillo e a Presidente da OVG, Valéria Perillo, visi-taram no dia 10 de junho a nova expansão do CRER. A visita foi acompa-nhada pelo Secretário Estadual de Saúde, Antônio Faleiros, pelo Senador Cyro Miranda e pelo Superintendente Executivo do CRER, Sérgio Daher.Para Marconi Perillo, o Centro de Reabilitação e Readaptação é um exemplo de que é possível cuidar bem do dinheiro público. “Podemos transformar recursos oriundos de impostos em serviços de alta qualidade para população”. O governador também disse que pretende levar o mesmo modelo de gestão do Centro para outros hospitais do Estado.Segundo o Superintendente do CRER, Sérgio Daher, o foco do modelo de gestão da ins-tituição é o paciente. “Com a expansão será possível ampliar gradativamente os serviços já oferecidos e ofertar novos, como por exem-plo, procedimentos de alta complexidade”.

Gestão transparenteEm virtude do anúncio do governo goiano de terceirizar a gestão de hospi-tais do Estado, o Superintendente Exe-cutivo do CRER, Sérgio Daher (foto), concedeu entrevista coletiva na tarde do dia 15 de junho para explicar o mo-delo administrativo seguido no Centro, cuja gestão cabe a Associação Goiana de Integralização e Reabilitação - AGIR. Sérgio Daher também divulgou, sem nenhum gasto, em jornais de grande circulação - O Popular, Diário da Ma-nhã, O Hoje, O Repórter e Tribuna do Planalto - um texto explicativo intitu-lado “Carta à Sociedade”. No material foram abordados vários aspectos im-portantes como a forma de gestão do CRER, as formas de prestação de contas cumpridas pela AGIR, os resultados al-cançados pela gestão nesses quase nove anos de funcionamento, que garanti-ram a edifi cação da área da expansão do Hospital, o percentual de pacientes atendidos pelo SUS, a forma de contra-tação dos profi ssionais e outros pontos. Como um importante recurso de in-formação à sociedade, o CRER passou a disponibilizar em seu site (www.crer.org.br), que está totalmente refor-mulado, um espaço intitulado “Ges-tão Transparente”. Nele podem ser encontrados o Contrato de Gestão entre AGIR e Secretaria Estadual de Saúde, relatórios de prestação, des-crição da estrutura física, instrumen-tos de controle e publicações legais.

CRER no Flamboyant SocialO CRER, de 7 a 16 de junho, ocupou o estande Flamboyant Social, tradicional por receber e apoiar projetos de diversifi cadas entidades fi lantrópicas. Foram postos à venda artigos artesanais produzidos por voluntários e pacientes a par-tir das atividades da Arteterapia, além da linha Amigos do Crer, que inclui ca-misetas, bonés, chaveiros e outros. Desde a sua fundação em 2004, o estande benefi ciou mais de 160 entidades, sendo esta a nona participação do hospital.

Sérgio Daher apresenta as instalações do novo Centro Cirúrgico a Antônio Faleiros, Cyro Miranda, Marconi Perillo e Valéria Perillo

Rubens Berredo movimenta plateia durante a palestra “Motivando para a prática da qualidade”

Crist

ina

Cabr

al

Page 12: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

12 CRER EM REVISTA

Promotor conhece melhor o CRERO promotor do Ministério Público de Goiás, Marcelo Celestino, esteve no CRER por mais de três horas do dia 14 de junho, se inteirando melhor so-bre a gestão do hospital feita pela Associação Goiana de Integralização e Rea-bilitação – AGIR e conhecendo as estruturas física e funcional do hospital, in-cluindo a área de expansão. Acompanhado pelo Superintendente Executivo, Sérgio Daher, o promotor sugeriu que todas as informações relativas à forma de gestão do CRER fossem divulgadas no site para pleno entendimento da so-ciedade. Partindo da sugestão foi reservado um espaço no site (www.crer.org.br), denominado “Gestão Transparente”, que se dedica especialmente a informações e documentos pertinentes, tais como o Contrato de Gestão en-tre AGIR e Secretaria Estadual de Saúde, relatórios e prestações de contas.“A sociedade precisa de fato da atuação direta e incisiva do Ministério Pú-blico, que é o grande defensor dos direitos dos indivíduos, sejam eles indivi-duais ou coletivos. O desejo da AGIR, gestora do CRER, é trabalhar de modo a colaborar, como sempre se empenhou em fazer, para que todas as suas ações estejam em pleno ajuste com as normas legais, tendo como objetivo a presta-ção de serviços de alta qualidade aos seus pacientes”, declara Sérgio Daher.

Políticas para pessoas com deficiênciaA Secretaria de Cidadania e Trabalho Estadual promoveu no dia 13 de ju-nho, na Assembleia Legislativa, um seminário sobre o tema “Avanços e Desafios da Política da Empregabilidade da Pessoa com Deficiência”. O Assessor Jurídico do CRER e vice-presidente do Conselho Estadual dos Di-reitos da Pessoa com Deficiência (CEDD), Eliezer Rangel Cordeiro, apre-sentou a palestra “Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência”.

HotelariaEm junho, a convite da supervisora do Serviço de Higienização do CRER, Ilma Martins da Costa, o presidente da Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar, Marcelo Boeger, esteve no hospital para conhecer as instalações. Administrador de empresas, formado em Hotelaria pelo SENAC e mestre em Hospitalidade, Boeger é coordenador e professor do curso de Pós Graduação de “Gestão da Hotelaria Hos-pitalar” pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Acompa-nharam a visita as colaboradoras do CRER Anna Luiza Rucas, Gerente de Marke-ting, e Tatiane Barbosa, enfermeira da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

Divertida liçãoNo dia 22 de junho, o CRER recebeu uma turma animada de personagens que apresentaram uma divertida aula sobre proteção de queimaduras. Caracterizados como super-heróis e outros per-sonagens conhecidos do universo infantil, os alunos do 5° período do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Goiás mostraram ao público, que lotava o auditório do CRER, dicas simples, mas importantes na prevenção de queimaduras. Esta é a terceira vez que a UEG realiza esta ação em parceria com o CRER.

Festa Junina do CRERCom recorde de público, o CRER realizou no dia 02 de Julho mais uma de sua gran-diosa e tradicional festa junina. Cerca de 1700 pessoas, entre pacientes, colabora-dores e visitantes festejaram no Arraiá do Hospital. Uma das mais procuradas, a Barraca da Pescaria foi um sucesso. A grande variedade de brinquedos, doa-dos pela Receita Federal, chamou a aten-ção da garotada. As quadrilhas, dança-das por pacientes, foram um espetáculo à parte. As emocionantes apresentações foram divididas em grupos: crianças, adultos e pacientes internos, acompa-nhados por cuidadores e terapeutas do Hospital. Também se apresentou, como convidado, o grupo de dança Tradição. A realização do evento contou com o apoio dos parceiros Unicom e Grafopel e a participação dos Colégios Planeta Educacional, Interamérica, Aplicação, Instituto Maria Auxiliadora e Agosti-niano, que fizeram a doação de orna-mentos para a decoração do espaço.

Sistema de Gestão da QualidadeNos dias 04 e 05 de julho, foi realizada, pelo ICQ Brasil, a segunda auditoria de manutenção do Sistema de Gestão da Qua-lidade. O SGQ do CRER recebeu a certificação em 2006, segundo a NBR ISO 9001:2000, e em 2009, depois da primeira audi-toria de manutenção, o Sistema manteve sua certificação, entretanto em uma nova versão da norma, a NBR ISO 9001:2008.

EstágioO CRER recebeu durante o mês de julho duas estagiárias intercambistas: Petra Adamusova, aluna da Medical Facul-ty of Palacky University Olomouc, da República Tcheca; e Nay Seif, da Ame-rican University of Beirut, do Líbano. As estudantes de Medicina vieram ao Hospital conhecer e acompanhar os serviços realizados pela Instituição.

resumo

Paciente Nathália Amaral Rosa. Como em toda festa junina, no CRER não faltou noiva bonita

Após a apresentação, criançada fez questão de posar com os personagens

Page 13: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 13

resumoCurso de DomaOs auxiliares guias da Equoterapia do CRER participaram de um cur-so de Doma Índia durante o mês de julho. As aulas foram oferecidas gratuitamente pelo estudante de Medicina Veterinária da Faculdade Objetivo, Samuel Freitas. O método, conforme explica Samuel, con-siste em “ganhar a hierarquia do animal”. Na doma índia, que tam-bém é conhecida como racional, o cavalo é amansado de acordo com sua natureza, sem provocar medo e dor e conquistando sua confi an-ça e lealdade. A prática foi adotada pelos auxiliares de terapias, que passaram a aplicá-la no manejo dos animais da Equoterapia. Cloves Alencastro, um dos auxiliares guias, expli-ca a importância de uma relação respeitosa e harmoniosa entre o homem e animal. “É preciso estar sempre em cumplicidade, res-peitando os limites do animal. Isso fará com que o cavalo apresente sempre o bom esta-do físico, saudável e com bom comporta-mento”, esclarece. O CRER conta atualmen- t e com 14 animais na Equoterapia, recurso que utiliza o cavalo como motivador terapêutico, dentro de uma abordagem interdisciplinar.

Encanto CaninoUma pequena e dócil cachorrinha tem feito a alegria dos pacientes e colaboradores da Equoterapia, no CRER. A “Céu”, de raça não defi nida, chegou na Instituição no dia 12 de abril de 2011. A aparição inusitada deu ori-gem ao nome, que denota ser um “presente do céu”. Abandonada e com ferimentos, apa-rentemente provocados por atropelamento, Céu foi adotada pela equipe e passou a ser a mascote da Equoterapia. Sensível, carinho-

sa, amiga e protetora de todos, principalmente dos pacientes, Céu participa e auxilia nas terapias. A integração dos pacientes com a cachorrinha chamou a atenção dos profi ssionais de Reabilitação do CRER, que já pensam em retomar a Pet Terapia, atividade terapêu-tica com animais. Os frequentadores da Equoterapia contam que depois que a destemida e adorável Céu chegou a Instituição não houve mais solidão, e garantem: a Céu já é patrimônio do CRER.

Novos Serviços – UTI e Centro CirúrgicoO CRER inaugurou novas alas do seu ousado pro-jeto de expansão. No dia 28 de julho, foi internado o primeiro paciente na nova Unidade de Terapia Intensiva – UTI do Hospital. Ao todo, são 20 leitos.No dia seguinte, 29 de julho, os serviços do novo Centro Cirúrgico do Hospital também foram ini-ciados. As oito novas salas possibilitam a realiza-ção de procedimentos de média e alta complexi-dade, antes não feitos na Instituição. Ao longo do primeiro dia de funcionamento, foram realizadas oito cirurgias: Tenotomia Aquiles, Alongamento de Tendão, Neurólise, Pé Torto, (duas) Artrosco-pias de Joelho, Artroscopia de Quadril e Excisão de Tumores de Nervo Periférico. Na primeira se-mana de funcionamento da UTI e Centro Ci-rúrgico do CRER, todos os leitos foram ocupa-dos por pacientes do Sistema Único de Saúde.As novas instalações do Hospital são equipa-das com aparelhos modernos e contam com uma equipe qualifi cada e humanizada, garan-tindo que os serviços de saúde sejam presta-dos com mais conforto, segurança e qualidade. Com uma visão de futuro e planejamento estratégi-co, o CRER já desenvolve novos projetos de expan-são para alguns serviços do Centro de Diagnóstico e Ofi cina Ortopédica. Na primeira etapa, já fi nali-zada, foram reformadas algumas das áreas antigas, a fi m de adaptá-las à nova realidade do Hospital. Dentre essas adequações, também já foi feita a reforma dos antigos consultórios, que agora inte-gram o Centro de Diagnóstico, que foi ampliado e recebeu melhorias nas instalações dos laboratórios.Para os próximos meses, está previsto o início dos serviços de novas alas e serviços do CRER, que estão sendo implantados gradativamente, a fi m de garantir segurança e qualidade no atendimento ao paciente.

Gus

tavo

Mac

hado

Gustavo M

achado

Page 14: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

14 CRER EM REVISTA

arTIGo

Dia após dia ao nos defron-tarmos com notícias das diversas mí-dias acessí-veis, tomamos

conhecimento de informações trágicas que envolvem acidentes de trânsito, de trabalho industrial, de violência com armas de fogo e que provocam sequelas nas vítimas que conseguem sobreviver.

Estes números se avolu-mam nos feriados, períodos de férias e fi nais de semana, quando as pes-soas se extrapolam no consumo de bebidas alcoólicas e suas ações fo-gem ao seu controle. Para um mero ouvinte, a situação encerra-se ali, em mais um noticiário cotidiano.

No entanto, centenas são as pes-soas que pensam no bem-estar destas vítimas após estes incidentes traumáti-cos. Em primeiro lugar, suas famílias, obrigadas a passar por uma dura fase de superação do trauma ou de admis-são do problema. Sim, ele existe, está ali e algo deve ser feito para que a situação mude. Em segundo, uma equipe multi-profi ssional envolvendo médicos, fi sio-

terapeutas, psicólogos, assistentes so-ciais, dentre outros profi ssionais são as mãos que auxiliam vítima e familiares a sair de uma situação crítica para outra mais aconchegante, humanizada e que permita vislumbrar novos horizontes.

Por muito tempo, as famí-lias goianas não tinham este acon-chego, este apoio psicológico, tão necessário nestes momentos. Com a criação do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), em 2002, a realidade mudou.

Hoje, Goiânia tem uma unida-de hospitalar modelo, que atrai pacien-tes com necessidades especiais de várias partes do país e não somente do Estado de Goiás. O CRER, através de seu Cen-tro de Diagnóstico e da sua Ofi cina Or-topédica proporciona aos seus clientes internos e externos uma série de exa-mes de análises clínicas, de imagem e métodos gráfi cos, além de equipamen-tos modernos, que são elementos faci-litadores no processo de reabilitação.

A repercussão deste trabalho é sentida por toda a sociedade. Não é mera falácia. É algo concreto, pal-pável, com retornos visíveis a curto prazo, apesar da natureza do serviço que requer paciência e dedicação. Por

tudo isto, a Federação do Comércio do Estado de Goiás se uniu à unâni-me voz popular, ao reconhecer, em dezembro de 2010, a relevância do CRER para a saúde de nossa gente.

Afi nal, acreditar que tudo é possível, que todas as barreiras são transponíveis, que todo pro-blema tem uma solução é sim-plesmente uma questão de crer.

José Evaristo dos Santos, Presidente do Sistema Federação do Comércio/Sesc/Senac-GO e Conselheiro da AGIR

Por José Evaristo dos Santos

CRER é viver. É sobreviver.

Hoje, Goiânia tem uma unidade

hospitalar modelo, que atrai pacientes com necessidades especiais de vá-

rias partes do país e não somente do Estado de Goiás.

Page 15: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 15

eSpaço Do paCIeNTe

T hátila Dutra de Sousa, 21 anos, poucos dias antes de receber alta do hospital, e retornar a Manaus, sua terra natal, procurou a equipe da CRER em Revista. Ela não queria vol-tar para casa sem deixar seu relato. “O que vou contar aqui é um alerta a todas pessoas. E mais que isso, vou registrar o quanto este Hospital é im-portante para mim. Aqui encontrei forças para seguir em frente”, declara.

A bela jovem, de pele alva, ca-belos pretos e rosto rosado, chegou ao Centro de Reabilitação em setem-bro de 2008. A paciente apresentava uma síndrome neurológica causada por uma infl amação na medula es-pinhal, chamada mielite transversa.

Thátila adquiriu a enfermi-dade em abril de 2008, quando mora-va na capital do Amazonas. Ela conta que trabalhava em uma agência de eventos, na qual fazia propagandas da empresa. “Sempre me preocupei com a aparência, fazia de tudo para manter a forma, não preocupava com a saúde”, recorda. A jovem diz que passava horas sem comer. “Comia quando a fome apertava, e ingeria grandes quantidades de alimentos”.

Passado um ano, Thátila come-çou a ter complicações em sua saúde. “Certo dia, dormi e acordei com as per-nas dormentes e muita dor nas costas. Eu nem sequer conseguia levantar da cama”, lembra. A partir deste dia, a jovem travou uma luta pela sua saúde.

Com fortes dores, foi levada

para um hospital em Manaus, mas os médicos não diagnosticaram a cau-sa da patologia. “Cheguei a tomar morfi na para aliviar a dor, mas não obtive resultado. Vendo minha situ-ação, o médico sugeriu que eu fos-se urgente para Goiânia, e começas-se um tratamento no CRER”, conta.

Em setembro de 2008, Tháti-la chegou ao CRER acompanhada de sua mãe Célia Maírs, onde foi aten-dida pela Fisiatra Ana Cristina Gar-cia. “Fui medicada e internada às pressas para combater a infecção”, recorda. Quando a saúde da pacien-te estabilizou retornou para casa, fi cando em Goiânia com sua mãe.

No ano de 2009, a paciente retornou ao CRER para tratar as com-plicações das sequelas. A paciente teve que passar por uma intervenção cirúrgica para tratamento de infecção das escaras. “Este dia, fi cou marcado em minha vida. A equipe multiprofi s-sional me chamou para conversar, e na situação em que eu me encontrava eu não voltaria mais a andar”, lamenta. “A partir daquele dia, tive que assumir a cadeira de rodas, ou os meus dias iam acabar em cima de uma cama”.

AutoestimaApós idas e vindas do hospital,

com intensa luta e sempre encarando a vida com um enorme sorriso no rosto, Thátila desse dia em diante tenta me-lhorar a cada dia. “Como não voltarei a andar, esse período que fi quei no CRER

foi para adaptar minha vida como ca-deirante. E não pensem que estou triste por falar isso, ao contrário, estou muito feliz, pois minha vida só está começan-do, e agradeço todos os dias a Deus, por ter me dado esta chance”, enfatiza.

Ao contrário do que se pen-sa, Thátila tem uma recordação muito positiva desse período de internação. “Costumo dizer que tenho terapeu-tas disfarçados de anjos: Edward Sil-va, Lays Bernardes, Wanessa Perei-ra e Alberico Jayme estavam a todo tempo ao meu lado. A palavra de-sistir, desanimar, nunca esteve no meu vocabulário. Quando eu me sentia desmotivada, eram eles que levantavam meu astral. Sempre di-ziam que eu sou capaz”, comemora.

“Meus pais, Carlos Rober-to de Souza e Célia Maírs, nunca de-sistiram de mim. Eles são os gran-des responsáveis por eu estar bem hoje”. A jovem agradece a todos os colaboradores da Instituição, pro-fi ssionais da higienização, jardinei-ros, vigilantes, médicos, enfermeiros e técnicos. “São pessoas que levarei para o resto da minha vida”, ressalta.

Com um enorme sorriso, Thátila conta que retornará a Ma-naus, onde pretende reencontrar os amigos e terminar os estudos. Para o próximo ano, os planos se voltam para a vida acadêmica. “Quero cur-sar faculdade de Direito. Vou seguir minha vida, correr atrás dos meus so-nhos”, declara cheia de esperança.

“Nunca vou esquecer este lugar”

Page 16: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

16 CRER EM REVISTA

CoNHeça SeUS DIreIToS

Direito à Educação

C omo qualquer cidadão, a pessoa com defi ciência tem direi-to à educação pública e gratuita as-segurada por lei, preferencialmente na rede regular de ensino e, se for o caso, à educação adaptada às suas necessidades em escolas especiais.

É assegurado o acesso à edu-cação especial para o trabalho, tanto em instituições públicas quanto pri-vadas, que lhe proporcione efetiva in-tegração na vida em sociedade. Nesse caso, as instituições são obrigadas a oferecer cursos de formação profi ssio-nal de nível básico, condicionando a matrícula do portador de defi ciência à sua capacidade de aproveitamen-to e não ao seu nível de escolaridade. As instituições ainda deverão oferecer serviços de apoio especializado para atender às peculiaridades da pessoa portadora, como adaptação de mate-rial pedagógico, equipamento e currí-culo; capacitação de professores, ins-trutores e profi ssionais especializados; adequação dos recursos físicos, como eliminação de barreiras ambientais.

O portador de defi ciência inter-nado em instituição hospitalar, por pra-zo igual ou superior a um ano, tem asse-gurado o atendimento pedagógico com o intuito de viabilizar sua inclusão ou manutenção no processo educacional.

Em caso de provas ou exames de seleção, as instituições de ensino têm o dever de oferecer adaptações neces-sárias aos portadores de defi ciência, que deverão solicitá-las previamente. (Fonte: www.direitodesaber.com.br)

Legislação: Lei Federal nº 7.853, de 24 de ou-

tubro de 1989 - dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de defi ciência, sua integração social, sobre a Coordenado-ria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Defi ciência (CORDE), ins-titui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, dis-ciplina a atuação do Ministério Público, defi ne crimes, e dá outras providências.

Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - estabelece as di-retrizes e bases da educação nacional.

Decreto nº 3.298, de 20 de de-zembro de 1999 - regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Defi ciência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.

Núcleo HojeA Secretaria de Educação do Es-

tado de Goiás, através da Superinten-dência de Ensino Especial, desenvolve uma política de educação inclusiva por meio de várias ações, sendo uma delas o Núcleo de Aten-dimento Educacional Hos-pitalar (Núcleo Hoje) que, como em várias unidades hospitalares, presta atendi-mento educacional no CRER.

Somando-se à equipe multidisciplinar, composta por terapeuta ocupacional, musicoterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo, cuja atu-ação busca estimular a lin-

guagem, a autoestima, a sociabilização, a postura, a noção de lateralidade e tantos outros aspectos, a parceria com o Núcleo de Atendimento Educacio-nal Hospitalar, em vigor desde agosto de 2004, preenche o aspecto pedagó-gico que faltava, preparando as crian-ças para a inserção na escola inclusiva.

As atividades desenvolvidas pelo projeto no CRER são o grupo de oral e gráfi ca, indicado para crianças menores que estão se preparando para iniciarem suas atividades escolares, e o atendimento individual. Esse tipo de atendimento é direcionado tanto para pacientes ambulatoriais que frequen-tam a escola, quanto para aqueles que, internados, tiveram que interromper seus estudos. A escola repassa à equipe de profi ssionais do Núcleo o material utilizado pelo aluno, para a aplicação do conteúdo. Ao fi nal do atendimen-to hospitalar, a equipe da Secretaria envia para a escola um relatório, sobre o desempenho do paciente, que será anexado à sua documentação escolar.

Pacientes do CRER recebem acompanhamento pedagógico do Núcleo Educacional Hospitalar

Page 17: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 17

Page 18: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

18 CRER EM REVISTA

a preservação do meio am-biente passou a ser uma das gran-des preocupações mundiais a par-tir da década de 1970. Preocupação que se voltou, principalmente, para o aumento da produção de lixo, ala-vancado pela proliferação das em-balagens e produtos descartáveis.

Durante esse período, a pa-lavra reciclagem ganhou sua acepção ecológica, e passou a designar o con-junto de técnicas que busca reproces-sar substâncias jogadas no lixo, para que elas se tornem novamente úteis e possam ser reinseridas no mercado. O processo de reciclagem é um dos fi ns, certamente o mais lucrativo e ecológico, que os resíduos podem ter.

Segundo Robson Paulino, pro-prietário da empresa Reciclagem Cen-tro Oeste, a reciclagem é um conjun-to de técnicas que tem por fi nalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção. “É o resultado de uma série de atividades, pela qual ma-teriais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, sepa-rados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos”, explicou Robson.

A produção de lixo em Goi-ânia vem aumentando acima do rit-mo do crescimento populacional. Para se ter uma ideia, entre 2007 e 2010 a quantidade de habitan-tes da capital aumentou 4,6% con-tra 11% de lixo produzido.

O censo realizado pelo Ins-tituto Brasileiro de Geografi a e Es-

tatística (IBGE) constatou que a po-pulação de Goiânia, em 2010, era de quase 1,3 milhão de habitantes. Em média, de acordo com o Instituto da Biomassa da Universidade de São Paulo (USP), cada goianiense descar-ta por dia um quilo de lixo, superan-do a média nacional de 600 gramas.

O destino fi nal do lixo que é produzido causa sérias degrada-ções ao meio ambiente. Em busca de minimizar esses danos, o CRER está prestes a fi rmar parcerias com em-presas públicas e privadas de todos os seguimentos, dispostas a colaborar através de campanhas socioeduca-

tivas para a preservação do planeta. A proposta do CRER é rece-

ber doação de lixo reciclável de in-dústrias e comércio. Todo o mate-rial será recolhido pela Indústria de Recicláveis Ltda. (COPEL) para que os resíduos sólidos, como papéis,

plásticos e latas, sejam reutilizados. O secretário executivo da As-

sociação das Empresas de Reciclagem do Estado de Goiás, Epitácio Santos, diz que essa iniciativa do CRER é de suma importância para a população. “Contamos com a participação cole-tiva da sociedade nas ações e traba-lhos que envolvam políticas públicas como o tratamento do lixo. Mas, além disso, cada um de nós deve também estar disposto a contribuir individu-almente através de pequenos ges-tos diários”, explicou o secretário.

Os analistas de negócios da Superintendência de Relações Exter-nas do CRER, Teka Machado e Ro-drigo Rocha, ressaltaram que a ini-ciativa abrirá novas prospectivas de parcerias. Segundo eles, esta postura vai confi rmar os conceitos de missão, valores e princípios da Instituição.

“O CRER pretende colaborar para que a sociedade vivencie um am-biente mais limpo e sustentável e um planeta saudável. A responsabilidade pela melhoria do processo de recicla-gem deve ser compartilhada por toda sociedade goiana, para não somente dar um destino aos resíduos gerados, mas também garantir a todos uma me-lhor qualidade de vida”, afi rmou Teka.

Os interessados em contribuir e aderir com a iniciativa do CRER, devem entrar em contato com o De-partamento de Comunicação e Ma-rketing pelo telefone (62) 3232-3106 ou e-mail [email protected].

MeIo aMBIeNTe

reciclagem de lixo: exercício de cidadania

Page 19: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 19

Benefícios da reciclagem O Processo de reciclagem contri-

bui com a prevenção e diminuição de riscos na saúde pública. Os resíduos não são destinados a lixões ou aterros sanitários, portanto, não contaminam o solo, rios e o ar, que indiretamente cau-sariam doenças. Também não favore-cem a proliferação de agentes patogêni-cos que causam doenças diretamente.

Em relação aos impactos am-bientais, tanto os resíduos não degra-dáveis como os degradáveis, ou or-gânicos, por sua enorme quantidade, não são assimilados pelos organismos decompositores, persistindo nos so-los e nos corpos hídricos por longos períodos, impossibilitando ou difi-cultando a sobrevivência de inúme-ros seres vivos e, por consequência, causando desequilíbrios ecológicos em todos os ecossistemas da Terra.

Assim, há uma importante di-minuição e a prevenção da explo-ração dos recursos naturais. Com a volta dos materiais ao ciclo produ-tivo, não é necessário que novos re-cursos naturais sejam utilizados.

Com o sistema de reciclagem, houve um aumento na geração de em-pregos, tanto para a população não qualificada quanto para o setor in-dustrial. A oferta de emprego e ren-da para a população de classe baixa permite que essas pessoas sejam re-tiradas das condições sub-humanas de trabalho nos lixões e ruas e serem vistas como agentes sociais, que con-tribuem com a limpeza da cidade e a conservação do meio ambiente. Fonte:http://www.getraambiental.com.br

Page 20: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

20 CRER EM REVISTA

o

por DeNTro Do Crer

Serviço de Neuro-logia do CRER existe desde setem-bro de 2002, data de inauguração da Instituição, tendo por fi nalidade o pleno atendimento e tratamento neurológico prestado aos pacientes do Sistema Único de Saúde, de con-vênios e particulares. Desde o início do serviço, uma demanda crescente para a especialidade vem se apresen-tando, na mesma proporção em que o CRER tem se empenhado para es-tabelecer a capacidade e qualifi cação profi ssional para este atendimento.

Segundo o médico neurologis-ta Hélio Fernandes da Silva Filho, o perfi l do paciente que é atendido pela Neurologia do CRER é aquele com doenças musculares e neuro-patias, Epilepsia de difícil controle, doenças degenerativas, como Doen-ça de Alzheimer e de Parkinson, e sequelados por enfermidades neu-rológicas, decorrentes principal-mente de Acidente Vascular Cere-bral - AVC, traumas, neuroinfecções, problemas de parto, entre outras.

Várias clínicas compõem o Serviço de Neurologia do CRER, di-vididas por especifi cidades de for-ma a oferecer um tratamento mais otimizado a cada paciente - Doen-ças Cérebro-Vasculares; Doenças Desmielinizantes / Esclerose Múlti-pla; Distúrbio do Movimento; Do-enças Neuromusculares; Epilepsia; Neurocirurgia; Neurologia Infantil; Neurofi siologia; Transtornos Cogni-

tivo-Comportamentais; Demências e Transtornos do Sono. “A segmenta-ção por especialidade é para que pos-samos agilizar e direcionar os pacien-tes e a sua abordagem diagnóstica e terapêutica”, salienta Hélio Fernan-des. “Como o conhecimento aborda-do pelo neurologista é muito vasto e complexo, esta segmentação permite um melhor atendimento e acompa-nhamento de cada caso”, completa.

Também com foco em melho-res resultados no tratamento dos pacientes, a Neurologia trabalha em conjunto com outras especialidades médicas, estabelecendo uma ligação bem estreita com a Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria), Clínica de Dor, Psiquiatria, Reumatologia e Car-diologia. Pelas características inter-disciplinar e multiprofi ssional que o tratamento de reabilitação oferecido no CRER apresenta, também é fun-damental aos pacientes da Neuro-logia o trabalho em parceria com a Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Arteterapia, Musicoterapia, Equoterapia e outras.

Exames e UTI - Complemen-tando o atendimento global ofereci-do ao paciente do Serviço de Neu-rologia, o CRER, por meio de seu Centro de Diagnósticos, disponibi-liza uma ampla relação de exames complementares, indispensáveis tanto para o diagnóstico de possí-veis patologias, quanto para o seu acompanhamento e escolha da te-

rapêutica mais adequada para cada caso. Os exames vão desde os mais simples, como radiologia geral, ul-trassonografi a, eletroencefalograma, eletroneuromiografi a, potenciais evocados até os de mais alta com-plexidade, como tomografi a compu-tatorizada, ressonância magnética, Doppler vascular e polissonografi a.

Com a inauguração da mo-derna UTI – Unidade de Terapia In-tensiva do CRER (pág. 13), no dia 28 de julho, um novo e relevante apoio tem sido dispensado ao pa-ciente que necessite de suporte in-tensivo, ao oferecer condições únicas de monitorização neurológica. Para Hélio Fernandes, a característica ím-par da UTI do CRER é a precocida-de na abordagem de reabilitação do paciente, com enorme impacto no resultado fi nal do tratamento. Se-gundo salienta, poucos hospitais tra-balham com este tipo de abordagem.

Futuro - Com a constatação do aumento de demanda e atua-ção da Neurologia, este Serviço tem crescido e a expectativa e de ampliar ainda mais sua equipe médica, de maneira a aumentar a capacidade de atendimento da Instituição. “O Serviço de Neurologia do CRER está crescendo e seu potencial é imen-so”, enfatiza o médico, ao destacar também que novos projetos estão sempre na pauta de ideias e no es-forço empreendido pelo corpo clí-nico e pela direção da Instituição.

Neurologia em focoServiço de Neurologia evolui a cada dia no CRER e

acompanha crescimento da Instituição

Page 21: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 21

Tomografi a computadorizada - exames auxiliam no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de patologias neurológicas

Hélio Fernandes da Silva FilhoEpilepsiaTranstornos Cognitivo-Comportamentais Demências (Doença de Alzheimer, e outras)Transtornos do SonoAna Paula TrentinDoenças Neuromusculares (neuropatias periféricas / distrofi as / miopatias)Apparício Justino Ferreira NetoNeurocirurgiaHélio van der Linden JúniorNeurologia InfantilNeurofi siologiaCristiane Alencar Machado TeixeiraNeurologia InfantilMarcos Alexandre Carvalho AlvesDoenças Desmielinizantes / Esclerose MúltiplaDistúrbio do Movimento (Doença de Parkinson / Distonias)Aplicação de Toxina BotulínicaMarco Túlio Araújo PedatellaDoenças cérebro-vascularesCefaléia

Atendimento multiprofi ssional - psicóloga, fi sioterapeutas, terapeuta ocupacional e fonoaudióloga em atendimento com pacientes do Grupo de Doenças Neuromusculares Infantil

Doenças Neuromusculares

Por meio de uma par-ceria com a Secretaria Estadual de Saúde, o

CRER tem dispensado a pacientes, que neces-sitem de atendimento domiciliar, um apare-lho de ventilação não invasiva para auxiliar no desempenho respi-ratório. Aproximada-mente 200 pacientes são atendidos com

doenças neuromuscu-lares e a experiência

tem mostrado a toda a equipe do CRER que o tratamento precoce permite que a evolu-ção da doença ocorra de forma mais lenta e

controlada.

Equipe médica do Serviço de NeurologiaFo

to: Â

ngela

Sca

lon

Page 22: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

22 CRER EM REVISTA

U ma história de vida tão intensa, cheia de encontros, amiza-des e marcada por momentos de su-peração. Numa ligeira descrição como essa, logo vem à nossa mente a figura de uma pessoa mais velha, com anos de experiência. João Vitor Vieira Silva parece não se enquadrar, mas é dele, com apenas 13 anos de idade, de quem estamos falando. Mais velho de qua-tro irmãos, as gêmeas Suzi e Seiza, 11, e Leandro, 6, João Vitor assume a sua posição de responsável pelos demais, que têm com ele uma relação explí-cita de amor, admiração e respeito.

Logo quando o CRER iniciou suas atividades em 2002, ele foi um dos primeiros pacientes a ser atendi-do e, desde então, sua trajetória vem sendo acompanhada por inúmeras pessoas, dentro e fora da Instituição. Pessoas que, de terapeutas, médi-cos, recepcionistas e demais profis-sionais, passaram a ser admiradores da sua história, amigos de sua vida.

Quando tinha um ano, os pais de João Vitor, Francisca Vieira e Ag-naldo dos Reis Silva, perceberam nele dificuldade em se mexer e reações de dores quando era movimenta-do. Da percepção partiram em busca de apoio médico. Após os primeiros atendimentos, realizados no Hospi-tal das Clínicas, e mesmo sem chegar a um diagnóstico conclusivo, ele foi encaminhado à Pestalozzi, onde per-maneceu por alguns meses. “Quando soube da criação do CRER, fiquei mui-

to feliz”, lembra Francisca, que teve que interromper o tratamento do filho no período da gestação das gêmeas.

Aos 4 anos de idade, João Vitor iniciou o tratamento no CRER. Segun-do sua mãe, no início como não era possível a realização de alguns exames na Instituição, a equipe médica os en-caminhou para a Rede Sarah, em Bra-sília, onde foi diagnosticada Distrofia Muscular Congênita. Integrando o rol de doenças neuromusculares, cujo tra-tamento não oferece uma melhora no quadro clínico do paciente, tal patologia apresenta um processo de agravamen-to progressivo no decorrer do tempo. Todo o foco do tratamento é direcio-nado para melhorar a qualidade de vida e retardar os avanços da doença.

João Vitor passou, então, a re-ceber todo o atendimento multiprofis-sional disponibilizado no CRER, indis-pensável ao seu tratamento. Começou a utilizar cadeira de rodas, adaptada várias vezes em virtude do seu cresci-mento, e participou de várias terapias, individuais e em grupo. Sobre a troca de experiências e oportunidades de apren-dizado, que as atividades em grupo oferecem, inclusive aos pais e cuidado-res, João Vitor destaca, na compreensão exata do sentimento de uma mãe dian-te das dificuldades enfrentadas pelo filho, “é legal para as mães falar, desa-bafar, para uma saber o que a outra está sentindo, por que outra pessoa pode ajudar e dizer - você não pode ficar as-sim, tem que levantar o astral, tem que

levantar a cabeça, tem que estar firme”.A lucidez desse jovem, além do

seu humor peculiar, é uma das carac-terísticas mais marcantes da sua perso-nalidade. João Vitor tem uma incrível capacidade de verbalizar o que pensa, organizando de forma racional, e ao mesmo tempo delicada, o que quer di-zer. Com entendimento de sua situação física, João Vitor não se deixa intimidar pelas limitações que a distrofia grada-tivamente lhe impõe, nem tampouco diante do sentimento equivocado de dó que diz perceber nos outros. “Há pes-soas que sentem pena, mas é por que elas não entendem!”, diz com uma ge-nerosa compreensão das limitações que encontra não somente em si, mas inclu-sive no que vai em cada pessoa. “Não é só a gente que é deficiente físico que tem dificuldade, qualquer pessoa pode ter alguma dificuldade dentro dela”. “Eu não sou um extraterrestre que não pode fazer nada”, completa João Vitor com uma pitada de humor e fina ironia.

SUperação

“Não sou uma pessoa genial, tenho qualidades e defeitos”

João Vitor, portador de Distrofia Muscular, constrói a cada dia uma trajetória de superação e de conquistas

Habilidade de artista - apesar das dificuldades motoras, desenhar é uma das atividades preferi-das de João Vitor

Page 23: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 23

Aluno de uma escola tradicional, o Colégio Professora Yolanda, João Vi-tor diz ter uma excelente relação com colegas e professores. “Na escola todo mundo me conhece, todo mundo con-versa comigo. Não é toda escola que tem a amizade que a minha tem. Estou no 7º. ano e meus colegas já têm cabeça para entender a minha situação. Eu te-nho uma coordenação motora ótima. Eu gosto muito de desenhar e tenho a letra mais bonita do que muito ‘garrancho’ por aí”, resume sobre sua vida escolar.

Pela sua grande capacidade de se comunicar e de se relacionar com as pessoas, João Vitor já conheceu vá-rios artistas - Glória Pires, Maurício de Souza, Luiz Felipe Scolari – Felipão, os jogadores Ronaldo Fenômeno, Ro-naldinho Gaúcho, Robinho e Neymar, o goleiro Harlei, os grupos Rebeldes e KLB, e outros. De todos os encontros, João Vitor destaca sua amizade com Felipão, técnico do Palmeiras e Embai-xador do CRER. “Ele tem um coração enorme, é como se fosse um parente bem próximo. Mas nem por isso passei a ser palmeirense. Eu não largo o Goi-ás, pode estar na dor, na pior. Na ver-dade eu queria conhecer todos os joga-dores do time”, declara João Vitor, em tom de pedido. Uma lembrança bem marcante para ele foi quando, a convite dos integrantes do grupo musical KLB, subiu ao palco durante um show em Goiânia, e cantou um pouco com eles. “Esse aqui é o nosso amigo João Vi-tor”, lembra o jovem de como foi apre-sentado ao público pelo cantor Kiko.

Vendo a alegria e o entusiasmo como João Vitor conta algumas passa-gens de seus treze anos de vida é fácil entender a admiração que as pessoas que o conhecem nutrem por ele. “O que é incrível no João Vitor é o coração dele, que é muito grande, é o jeito que ele trata e como ele recebe as pessoas”, declara-se Francisca, mãe e admirado-ra. Embora consiga passar essa ima-gem às pessoas, João Vitor esclarece em uma rápida auto-análise, “não sou uma pessoa genial, tenho qualidades e defeitos. Às vezes eu sou preguiçoso, às vezes passo do limite da bravura”.

Família – O processo de supera-ção não se limita ao próprio João Vitor. Como membro de uma família muito unida, as dificuldades abarcam todos os demais, e cada qual, do seu jeito, pro-cura se adaptar às mudanças que a dis-trofia muscular impõe gradativamente a todo núcleo familiar. João Vitor e sua família vivem de modo a conquistar uma vida plena, sem se ater a possíveis medos e limitações. “As coisas para o João Vitor podem não ser tão fáceis, mas ele nunca desanima, nem deixa a gente desanimar”, ressalta Francisca, que diz contar com a grande ajuda de Seiza e Suzi nos cuidados com o filho. Segun-do ela, os irmãos têm uma forte relação de cooperação entre si. “Eles têm que fazer pelo João Vitor, não porque ele é diferente, mas porque ele não pode fazer sozinho”. A cada solicitação do irmão, quer seja para movimentar par-te do corpo, dolorida por permanecer em uma mesma posição, ou em outro

pedido qualquer, Seiza, Suzi e Leandro desdobram-se em presteza e atenção. Sobre a importância da família na sua vida João Vitor rebate, “existe coisa me-lhor do que a família junta e unida?”.

De fato a família é muito unida e as crianças juntas dão ao lar no Jardim Guanabara, em Goiânia, uma atmosfera de alegria constante. João Vitor destaca que em casa não há diferença no trata-mento entre os irmãos, nem entre pais e filhos. “Nós somos irmãos e não é por-que um é especial, porque um é mais novo, ou porque um é mais velho que tem que ter diferença”, esclarece. Para os pais não há nada mais compensador do que ver o modo como os irmãos se tratam, o que se confirma na declaração do pequeno Leandro ao irmão mais ve-lho. “Eu amo o João Vitor, ele é como se fosse o meu amigo preferido”. Assim é a história de João Vitor. É a confirmação de que vencer dificuldades não é im-possível, ainda mais quando não falta o amor como ingrediente principal.

Família – com os pais, Francisca e Agnaldo, o irmão caçula Leandro e as gêmeas,

Seiza (dir.) e Suzi

Pose para foto com a fisioterapeuta Mariana Machado

João Vitor rodeado pelos colegas de turma e pela professora Cristina (à dir.).“Às vezes, quando estou com meus amigos até esqueço que uso cadeira de rodas”

Page 24: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

24 CRER EM REVISTA

agenda ParceriasMai / Jul

Convênios atendidos no CRER

Mesa redonda - Sequelas por acidentes de trânsito

Data: 21 de setembro de 2011Local: Auditório do CRER – Goiânia – GOInformações: (62) 3232-3519

II Congresso Latino Americano eVIII Congresso Brasileiro de Ortopedia Técnica

Data: 27 de setembro a 01 de outubro de 2011Local: Natal – RN Informações: (11) 2950-6575 / www.abotec.org.br

V Congresso Brasileiro de Equoterapia e II Congresso Ibero-Americano de Equoterapia

Data: 28 a 30 de setembro de 2011Local: Estação Cabo Branco - João Pessoa - PBInformações: www.equoterapia.org.br

XXI Congresso Goiano de Cardiologia IX Jornada de Hipertensão Arterial

Data: 13 a 15 de outubro de 2011Local: Castro´s Park Hotel – Goiânia – GOInformações: (62) 3091-3950

Videoconferência do 65° Encontro AACPDM - Academia Americana de Paralisia Cerebral

Data: 14 e 15 de outubro de 2011Local: Auditório do CRER – Goiânia – GOInformações: www.crer.org.br / (62) 3232 - 3115

9º. Congresso Brasileiro e 8º. Congresso Internacional de Fonoaudiologia

Data: 30 de outubro a 2 de novembro de 2011Local: WTC Sheraton - São Paulo – SPInformações:www.sbfa.org.br / [email protected]

IX Jornada Científi ca do CRER

Data: 10 e 11 de novembro de 2011Local: Auditório do CRER – Goiânia – GOInformações: www.crer.org.br / (62) 3232 - 3115

AffegoAmilCasbegCelgmedCassiCorreiosCREAFassincra

FusexGeapIpasgoIMASPlan-AssisteSaúde CaixaSUSUnimed

Asciclo (Ass. das Emp. de Reciclagem do Estado de Goiás)AsmegoBaiano Folhagens e VerdurasCatralCevelChurrascaria Lancaster GrillChurrasquinho do AugustoColégio AgostinianoColégio AplicaçãoColégio InteraméricaColégio Planeta EducacionalColégio WRConabComurg – Divisão Parques e JardinsCoral Amantes da MúsicaCoral Conviver e RenascerCoral do Sistema Fieg – Prof. Hélio NavesCoral Solo da Cidade de GoiásCreme Mel SorvetesCrispim + VeigaDrogaria PrimaveraEdir ArtesEscola Internacional de GoiâniaFlash LetreirosFraldas KissesGrafopelGrupo JBS – FriboiHeringHotel Crystal PlazaInstituto Maria AuxiliadoraJornal Diário da ManhãJornal HojeJornal O RepórterJornal Tribuna do PlanaltoLa Minute Moda FemininaLeites PiracanjubaLeroy MerlinMais Fachadas e LuminososPanifi cadora MoreiraPerfi nasaRabelo CalçadosReceita FederalRenauto NissanShopping FlamboyantStudio KTend TudoTrapy ZombaUnicomUnimed

Setembro>>>

Outubro>>>

Novembro>>>

Page 25: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 25

perFIL Do CoLaBoraDor

Do outro lado da linha

S ão cerca de 350 ligações re-cebidas em 360 minutos de trabalho. Do outro lado da linha, uma célere e incan-sável voz atende: “CRER: Célia, boa tar-de”. A frase, que já se tornou familiar, é de Célia Maria Medeiros Marquez, uma das primeiras telefonistas do CRER.

A simpática Celinha, como é chamada pelos demais colaboradores, impressiona pela atenção e, principal-mente, dinamismo. Além de atender várias ligações, às vezes até mais de uma ao mesmo tempo, Célia ainda procura executar outras funções en-quanto atende o telefone. Segundo ela, é uma forma de ocupar melhor o tempo e contribuir com outros setores. “Sou acelerada, agitada. Faço até qua-tro coisas ao mesmo tempo”, afi rma.

Ela conta que o hábito de acu-mular tarefas não é só no trabalho. No período em que não está no CRER, Célia, que também é artesã, adminis-tra a casa e cozinha enquanto prepara materiais para confeccionar suas peças de artesanato. “Trabalhar, para mim, é

uma terapia. Gosto, até com excesso, de tudo que faço”, revela.

A habilidosa artesã produz di-versos itens e expõe aos domingos na feira do Cerrado, em Goiânia. Se-gundo Celinha, a média de produção semanal varia de 100 a 150 peças. Dentre as peças confeccionadas, es-tão lixeirinhas para carros, porta-bo-los, panos de prato e cobre-lanches, sendo esses os mais procurados.

No meio de tantas atribuições, a multifuncional Celinha não hesita ao responder qual é a que mais lhe agra-da: “O que mais gosto de fazer hoje em dia é fi car com meus netos”, declara. Os netos aos quais se refere é Luiz Felipe e João Pedro, de 5 e 2 anos, respectiva-mente. “Quando pedem e posso, paro tudo e vou fi car com eles. Leio, brinco, faço o que querem”, derrete a avó coruja.

Casada com Gilmar Barreto e mãe de Ana Elisa, Maria Clara e Gilmar Júnior, Célia é também uma referência para toda a família. “Nos reunimos toda semana em minha casa. Tenho

convivência muito próxima com todos meus familiares”, afi rma a telefonista. Além dos fi lhos, genros, nora e netos, Celinha gosta de receber em casa os irmãos e sobrinhos. “Gosto de recep-cioná-los e ver a casa cheia. Quem che-ga fi ca, literalmente, em casa”, brinca.

Além de se dedicar à família e ao trabalho, Célia conta que tam-bém gosta de praticar exercício físico, dançar e viajar. Otimista e alto astral, Célia transmite energia para todos que a rodeiam e, até mesmo, para aqueles que estão do outro lado da linha.

Celinha compartilha amor e cuidados com os netos Luiz Felipe e João Pedro

Célia expõe seus artesanatos na Feira do Cerrado; a habilidade e a simpatia são a alma do negócio

Page 26: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

26 CRER EM REVISTA

[ ENVIE UMA IMAGEM DE UM DETALHE DO CRER PARA O E-MAIL [email protected] E PARTICIPE DESTA SEÇÃO]

No CRER, em toda parte é possível ver o suporte para novos caminhos, como ilustra a fotografia de Natália Paranaíba, Biblioteconomista do CRER.

últimodetalhe

Page 27: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

CRER EM REVISTA 27

Page 28: Revista 9 Ed - agirgo.org.br · CRER EM REVISTA 3 CarTa ao LeITor Crescimento e aprimoramento Próximo a completar nove anos de ser-viços prestados à sociedade, o CRER se con-solida

28 CRER EM REVISTA