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Revista ABCZ 56

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Órgão oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ)

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Revista ABCZ

Pecuária no Brasil Por: José Olavo Borges Mendes • presidente da ABCZfo

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No caminho certo

Como o encerramento de um trabalho é considera-do o momento ideal para se fazer uma avaliação dos resultados alcançados, quero aproveitar este espaço para já iniciar a análise de alguns núme-

ros e ações realizadas nesses últimos três anos. Afinal, em pouco mais de 60 dias, estarei concluindo minha gestão na ABCZ. De 2007 a 2010, trabalhamos incansavelmente para que as principais reivindicações dos produtores rurais fossem atendidas. Também buscamos a melhoria e a mo-dernização dos serviços prestados pela associação.

O esforço resultou em números positivos em vários se-tores. Veja o exemplo da ExpoZebu. Nos últimos três anos, a feira registrou alta no número de animais inscritos, na movimentação financeira e tornou-se palco de debates importantes. Este ano, registramos o melhor faturamento das últimas quatro edições da mostra. Mesmo com cinco leilões a menos, as vendas em 2010 tiveram alta de quase 23% em relação a 2009, movimentando R$ 69.802.480,00.

Mais que reunir o melhor da genética zebuína e gerar bons negócios para o setor, a ExpoZebu deste ano com-provou a força do agronegócio. A tradicional cerimônia de abertura oficial da feira, realizada no dia 3 de maio, foi prestigiada pelas principais autoridades e lideranças do país, como: o vice-presidente José Alencar, o presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer, a primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, o ministro da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento Wagner Rossi, o governador de Minas Gerais Antonio Anastasia, membros do Judiciário, e diversos senadores, deputados estaduais e federais, prefeitos, vereadores, lideranças rurais. Pudemos ouvir o vice-presidente José Alencar expressar sua opinião a res-peito do direito de propriedade e segurança jurídica. Ele afirmou ser contrário às invasões de terra e firmou abaixo-assinado a favor da implantação do “Plano Nacional de Combate às Invasões de Terras”.

A importância política da ExpoZebu levou a senadora

e presidente da CNA, Kátia Abreu, a es-colher a solenidade de abertura oficial da feira para fazer a entrega aos presidenci-áveis Dilma Rousseff e José Serra do do-cumento “O que esperamos do próximo Presidente”, que contém reivindicações do setor. A ABCZ participou da elabora-ção desse material.

Uma outra análise a ser feita desses três últimos anos de ExpoZebu está rela-cionada aos debates políticos e ambien-tais. Mais uma vez realizamos o encontro da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. Os criadores puderam ouvir o que os parlamentares têm feito para garantir uma revisão justa do Códi-go Florestal Brasileiro. Aproveitamos o momento para homenagear parlamenta-res da Bancada Ruralista que estão empe-nhados no crescimento do agronegócio.

Na parte ambiental, sediamos pela pri-meira vez uma reunião do Grupo de Tra-balho da Pecuária Sustentável, formado por ambientalistas, frigoríficos, bancos, redes de supermercados, entre outros. O intuito do encontro foi mostrar a outros setores da economia o que estamos fazen-do para desenvolver uma pecuária em har-monia com o meio ambiente. Também ti-vemos o Simpósio de Pecuária Sustentável com a apresentação de resultados de pes-quisas sobre sequestro de carbono e ma-nejo de pastagem. Além disso, voltamos a executar o Projeto de Sustentabilidade da ExpoZebu, para garantir que a feira seja realizada de forma sustentável.

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Editorial

Considerada a principal praça de leilões do país, a cidade mineira de Uberaba confirmou no mês de maio seu potencial para aquecer esse mercado. A feira teve alta de quase 23% no faturamento dos

pregões, mesmo com cinco eventos a menos em relação a 2009. O desempenho dos remates da ExpoZebu sinaliza um investimento maior na genética zebuína de ponta por parte dos criadores.

A maciça participação dos produtores em eventos da fei-ra ligados ao melhoramento genético animal é outro impor-tante sinalizador. Eles lotaram os recintos, onde ocorreram os lançamentos de diversos Sumários de Touros das raças zebuínas, para acompanhar as palestras de pesquisadores sobre as novidades na área de marcadores moleculares e, claro, ter acesso à lista dos touros com melhor avaliação nos programas de melhoramento.

A ExpoZebu mostrou que o investimento está ultrapas-sando as fronteiras do Brasil. Alguns criadores estrangeiros conheceram durante a exposição o projeto Pró-Genética, que permite a venda de tourinhos para pequenos e médios produtores, e agora querem importar o modelo do progra-ma. Outra proposta surgida na exposição foi a possibilidade da ABCZ atuar no exterior em conjunto com associações de outros países nas áreas de registro genealógico, programa de melhoramento e promoção das raças zebuínas.

Muitos outros fatos importantes ocorreram durante a Ex-poZebu 2010. Em um caderno especial, trazemos os princi-pais acontecimentos dos 12 dias da mostra, os animais cam-peões e campeãs da feira e uma galeria de fotos. Também estamos divulgando o resultado de outras feiras, como Ex-poLondrina, Expo-Goiás, e tudo o que está sendo preparado para a MEGALEITE 2010 e para a 3ª ExpoGenética.

Como as questões tributárias e judiciárias sempre geram muitas dúvidas, entrevistamos o superintendente Técnico da CNA, Moisés Gomes, sobre temas como Funrural, legislação ambiental, invasões de terra, leis trabalhistas. No setor lei-teiro, a preocupação está relacionada às megafusões de co-operativas. Especialistas explicam se o produtor rural poderá ser beneficiado por essa nova ordem de mercado que está sendo desenhada no Brasil. Esta edição ainda contém um es-pecial sobre a pecuária do Estado de São Paulo, reportagens sobre mercado de receptoras zebuínas, sobre o início das pesquisas de genoma bovina das gir e guzerá, uma deliciosa receita à base de carne, e muito mais.

Larissa VieiraEditora

Conselho EditorialFrederico Diamantino, Gabriel Prata Rezende, José Olavo Borges Mendes, Leila Borges de Araújo, Luiz Cláudio Paranhos, Marco Túlio Barbosa, Mário de Almeida Franco Júnior, Randolfo Borges Filho, Luiz Antonio Josahkian, Agrimedes Albino Onório e João Gilberto Bento.

Editor e Jornalista responsável: Larissa Vieira.Repórteres: Laura Pimenta e Renata Thomazini.

Fotos (exceto as especificadas nos créditos): Maurício Farias.Colaboradores: Arnaldo Franciso de Sousa.

Redação: (34) 3319 3826 • [email protected]ão: Sandra Regina Rosa dos Santos.

Departamento Comercial: (34) 3336-8888Miriam Borges (34) 9972-0808 - [email protected] Jasminor Neto (34) 9108-1217 - [email protected] Walkíria Souza (35) 9135-6360- [email protected]: (34) 3319-3984 • [email protected]

Projeto gráfico: Dgraus Design • [email protected]ção: Cassiano Tosta, Gil Mendes e Issao Ogassawara Jr.

Produção gráfica: Rodrigo Koury.Impressão - CTP: Gráfica Bandeirantes.

Tiragem: 14.000 exemplares.Capa: Nativa Propaganda

Diretoria da ABCZ (2007-2010)Presidente: José Olavo Borges Mendes1º Vice-pres.: Jonas Barcellos Corrêa Filho. 2º Vice-pres.: Eduardo Biagi. 3º Vice-pres.: Gabriel Donato de AndradeDiretoresÂngelo Mário de Souza Prata Tibery, Antonio Pitangui de Salvo, Celso de Barros Correia Filho, Edu-ardo Biagi, Frederico Diamantino Bonfim e Silva, Gabriel Donato de Andrade, Gabriel Prata Rezen-de, Jonas Barcellos Corrêa Filho, José Rubens de Carvalho, Jovelino Carvalho Mineiro Filho, Leila Borges de Araú jo, Luiz Cláudio de Souza Paranhos Ferreira, Marco Túlio An drade Barbosa, Marcos Antonio Gracia, Mário de Almeida Franco Júnior e Paulo Ferolla da Silva.Assessorias Jurídica: Gilberto Martins Vasconcelos. Relações Públicas: Keite Adriana da SilvaConselheiros Consultivos: Acre: Adálio Cordeiro Araújo, Nilo Lemos Baptista da Costa, Roque Reis Barreiros Júnior; Ala-goas: Álvaro José do Monte Vasconcelos, Celso Pontes de Miranda Filho, Emílio Elizeu Maya de Omena; Bahia: Aroldo Cedraz de Oliveira, Jaime Fernandes Filho, John Hamilton Vieira Dias; Ceará: Francisco Roberto Pinto Leite, Francisco Feitosa de Albuquerque Lima, Gerardo Majela Fontelles; Distrito Federal: Antônio Carlos Gonçalves de Oliveira, Gil Pereira, Pedro dos San-tos Álvares Navarro; Espírito Santo: Cláudio Antônio Coser, Eraldo Missagia Serrão, Paulo N. Lindenberg Von Schilgen; Goiás: Carlos Alberto Oliveira Guimarães, Eurípedes Barsanulfo da Fon-seca, Ricardo Yano; Maranhão: Cláudio Donisete Azevedo, Nelson José Nagem Frota, Ruy Dias de Souza; Mato Grosso: Francisco Olavo Pugliesi Castro, Luiz Antônio Felippe, Olímpio Risso de Brito; Mato Grosso do Sul: Aluízio Lessa Coelho, Cícero Antônio de Souza, Francisco José de Carvalho Neto; Minas Gerais: Arthur Souto Maior Filizzola, Fábio Alves Costa, Rivaldo Machado Borges Júnior; Pará: Benedito Mutran Filho, Carlos Gonçalves, Djalma Bezerra; Paraíba: Chur-chill Cavalcanti César, Pompeu Gouveia Borba, Waldevan Alves de Oliveira; Paraná: Oswaldo Pitol, Waldemar Neme, Wilson Pulzatto; Pernambuco: Carlos Fernando Falcão Pontual, José Nivaldo Barbosa de Souza, Marcelo Alvarez de Lucas Simon; Piauí: Helio Fonseca Nogueira Paranaguá, José de Ribamar Monteiro Silva, Lourival Sales Parente; Rio de Janeiro: Aldo Silva Valente Júnior, Jorge Sayed Picciani, Rosana Guitti Gamba; Rio Grande do Norte: Francisco de Assis da Câmara Ferreira Melo, Geraldo José da Câmara Ferreira Melo Filho, Kleber de Carvalho Bezerra; Rio Grande do Sul: Hélio Figueiredo Neves, Luiz Gonzaga Xavier Marafiga, Pedro Monteiro Lopes; Rondônia: Admírcio Santiago, Alaor José de Carvalho, Marco Túlio Costa Teodoro; São Paulo: Antônio Paulo Abate, José Amauri Dimárzio, Vilemondes Garcia Andrade Filho; Sergipe: João Carvalho Pinto, José Prudente dos Anjos, Max Soares Santana; Tocantins: Aloísio Borges Júnior, Andrea Noleto de Souza Stival, Antônio Machado Fernandes. Conselheiros Fiscais:Antônio Alberto de Barros, Antônio Augusto Moura Guido, Delcides Barbosa Borges, Euclides Prata dos Santos, Fábio Melo Borges, Flávio Miguel Hueb, Luiz Henrique Borges Fernandes, Marcelo Ma-chado Borges, Edgard Prata Vidal Leite Ribeiro e Randolfo Borges Filho.SuperintendênciasGeral: Agrimedes Albino Onório. Adm-financeira: José Valtoírio Mio. Marketing: João Gilberto Bento. Técnica: Luiz Antonio Josahkian. Informática: Eduardo Luiz Milani. Téc ni-ca-adjunta de Melho ra men to Genético: Carlos Hen rique Cavallari Machado. Técnica-adjunta de Genea lo gia: Carlos Hum ber to Lucas. Coordenador do Departamento de Jurados das Raças Zebuínas: Mário Márcio de Souza da Costa Moura.

Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZPraça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110 • Bloco 1 • Cx. Postal 6001 • CEP.: 38022-330 Uberaba (MG) • Tel.: (34) 3319 3900 • Fax: (34) 3319 3838

www.abcz.org.br

Órgão oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu

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Índice

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Pecuária no Brasil

Editorial

Entrevista: Moisés Gomes

Leite em alta

Pelo Brasil: São Paulo

Lucro preservado

Mapa do zebu

De olho no mercado de fêmeas

Fenômeno da genética

Negócios em alta

Polo de genética ganha novos investimentos

Gases de efeito estufa

ExpoZebu inova com ações de sustentabilidade

Tecnologia na prática

Salão internacional: visitantes de 28 países

Espaço para educação e cultura

Pequenos escritores

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Raças em foco

Aconteceu na ExpoZebu

ExpoZebu em foco

Faturamento de leilões: alta de 23%

Sumário de Touros

Zebu bom de leite

Grandes Campeões

Modelo consagrado

Edital

ExpoGenética traz vitrine de negócios

Pista cheia

Registro

Além da Fronteira

Novos Sócios

Tabelas PMGZ

Agenda

Minha Receita

ExpoZebu pág. 44Pelo Brasil pág. 22

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Entrevista

Revista ABCZ - O produtor se sente inseguro em rela-ção a várias questões jurídicas. Recentemente, o governo assustou o setor com propostas no Programa de Direitos Humanos (PNDH-3), mas está revendo o caso. Como anda essa questão em relação às invasões de terra?

Moisés Gomes - O texto do PNDH-3 atropela a Consti-tuição no que diz respeito à questão fundiária. O Pro-grama propunha que, no caso de invasões de terras, o proprietário que foi privado ilegitimamente de sua pro-priedade não poderia mais pedir diretamente à Justiça a reintegração de posse. Antes disso, teria que negociar com os invasores e submeter essa negociação à análise de um comitê de monitoramento do Programa. Isso é uma barreira ao direito de acesso à Justiça e nada pode obstruir um direito constitucional. Condicionar a con-cessão de liminares ou a reintegração de posse a meca-nismos administrativos estimula a violência no campo, a invasão de terras e o esbulho possessório.

ABCZ - Em recente decisão (RE 363852), o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em votação unânime, decla-rou a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei 8.540/92, que previa o recolhimento de contribuição para o Fundo de

Assistência ao Trabalhador Rural (FUN-RURAL) sobre a receita bruta proveniente da comercialização de produção rural, de empregadores pessoas naturais. Poderia explicar como isso é na prática?

Moisés Gomes - Por ora é difícil avaliar as consequências práticas da decisão do Supremo, até mesmo porque ela ainda não foi publicada. Nós não sabe-mos, de modo completo, a orientação dos ministros. Porém, é certo que o STF julgou o caso concreto do Frigorífico Mata Boi e a decisão atinge apenas essa empresa e seus fornecedores de bovinos para abate, dispensando-os de recolher a contribuição do Funru-ral. A obrigação de recolher o Funrural permanece em vigor, porque a decisão do STF não é estendida aos demais produtores. Somente estarão dispen-sados do pagamento os produtores ru-rais que estiverem amparados por uma decisão judicial que lhes favoreça.

A situação de insegurança que o produtor tem vivenciado nos últimos anos tem sido a principal mola propulsora das discussões movidas por entidades classistas junto ao Governo Federal. Essa intranquilidade gera dúvidas e a incerteza sobre o rumo da política nacional ainda contribui para aumentar ainda mais os pesadelos do homem do campo. Este ano, a Confederação da Agricultura

e Pecuária do Brasil (CNA) percorreu o país para saber o que o produtor quer do próximo governo. O Superintendente Técnico da CNA, Moisés Gomes, concedeu à revista ABCZ uma entrevista para elucidar um pouco das dúvidas que pairam em relação a diversos assuntos ligados ao campo.

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Por: Renata Thomazini

ABCZ - E o Funrural em relação às coo-perativas? É inconstitucional?

Moisés Gomes - Mais uma vez, é neces-sário afirmar que a decisão está restrita ao caso concreto, ou seja, a retenção do Funrural foi declarada inconstitu-cional apenas para o Frigorífico Mata Boi. O STF não analisou a questão ten-do em vista eventuais peculiaridades das cooperativas. Por esse motivo, o recolhimento dessa contribuição con-tinua valendo para as cooperativas. É importante destacar que elas po-dem ajuizar ações pleiteando os mes-mos direitos do Mata Boi, obtendo decisões que beneficiarão todos os seus cooperados, que também po-dem buscar individualmente o Poder Judiciário. Em todo o caso, porém, é recomendável a avaliação atenta das consequências que essas decisões po-dem ter para os produtores.

ABCZ - Qual é a sua análise em relação à legislação ambiental brasileira?

Moisés Gomes - A legislação ambien-tal brasileira é composta por vários dispositivos. Parte desses dispositivos, com o passar do tempo, foi se dis-tanciando da realidade do País. Não incorporou os fatos trazidos pela ocu-

pação do nosso território e, principalmente, os avanços que a ciência consolidou no período. Por isso, precisa ser atualizada em alguns pontos. O exemplo mais contundente da necessidade de redis-cussão dessa legislação é o Código Florestal Brasileiro, publicado pela primeira vez em 1934 e modificado profundamente em 1965. Desde então, sofreu diversas alterações, especialmente no que se refere à área des-tinada à Reserva Legal. Em sua primeira versão, o Có-digo Florestal estipulava que 25% das áreas de floresta da propriedade deveriam ser reservadas. Havia, em 1934, a necessidade de se manter um estoque de ma-deira para ser usada pela propriedade, inclusive como lenha, a principal fonte de energia da época. Naquele momento, Estados do centro-sul já não possuíam área necessária para atender ao exigido hoje. De lá para cá, as porcentagens exigidas de áreas re-servadas foram transformadas, sem qualquer critério técnico, em porcentagem da área da propriedade, criando um passivo ambiental enorme. Todo esse pro-cesso e as alterações mais recentes acabaram jogando na ilegalidade grande parte das propriedades rurais e as atividades consolidadas que desenvolviam. Isso, sem mencionar as Áreas de Proteção Permanente, as APPs, que também sofreram inúmeras alterações.E a Embrapa tem ajudado muito. O Projeto Biomas, experiência inédita construída a quatro mãos pela CNA e Embrapa, nos mostra que esse é o caminho certo.

ABCZ - Os produtores sugerem em várias reuniões que sejam remunerados pela preservação ambiental. Como

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fica isso juridicamente? É possível?Moisés Gomes - Se o direito ao meio ambiente ecologi-camente equilibrado é reconhecido pela Constituição, e sendo este um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, nada mais justo que o principal responsável pela conservação do meio ambiente seja re-munerado pelo relevante serviço prestado. Quem mais preserva o meio ambiente é o proprietário rural, que tem 20%, 35% ou 80% de sua propriedade sob o insti-tuto reserva legal, além das áreas de preservação per-manente. A CNA participa do processo de construção da lei que definirá os processos de pagamentos por servi-ços ambientais prestados. A norma reconhece o serviço ambiental prestado pela propriedade rural. Discute-se, ainda, duas questões essenciais: de onde virão os recur-sos para o pagamento e de que forma serão avaliados os serviços prestados. Em ambos os casos, acredito que poderemos avançar rapidamente.

ABCZ - Como o senhor vê a diferença de tratamento dada pela legislação, entre comunidade urbana e rural, quando o assunto é meio ambiente? Afinal, as constru-ções urbanas não têm as mesmas obrigações de preserva-ção que as lavouras e pecuárias rurais?

Moisés Gomes - As atividades potencialmente poluido-ras, constantes da lista da resolução CONAMA 237/97, são passíveis de licenciamento ambiental, tanto na cidade como no campo. Aí se enquadram as constru-ções. A única diferença entre urbano e rural é o insti-tuto da Reserva Legal, previsto no Código Florestal. As demais obrigações são válidas para todo o território nacional.

ABCZ - O que é possível se fazer hoje em relação às inva-sões de terra? O produtor conta com meios legais eficien-tes para evitar confrontos?

Moisés Gomes - A legislação brasileira autoriza a pro-teção possessória por vários mecanismos, entre eles as ações de interdito proibitório, nos casos de risco imi-nente de invasão, que buscam evitar a invasão da pro-priedade. Há, ainda, as ações de manutenção ou de reintegração de posse, nos casos em que o imóvel já foi invadido. Além de adotar os mecanismos legais, o produtor deve procurar o seu sindicato rural ou a Fe-deração da Agricultura do Estado que podem auxiliar na busca de soluções para os conflitos agrários.

ABCZ - A legislação trata o produtor em igualdade de res-ponsabilidade em relação às empresas quando o assunto é

responsabilidade com empregados. Quais são as aberrações que podem ser destaca-das e que deveriam ter tratamento dife-renciado devido às diferenças de condição de trabalho em ambos os cenários?

Moisés Gomes - Antes de falar das aberrações, é necessário dizer que é a CNA, sob nenhum argumento, endos-sa o descumprimento da lei trabalhis-ta. Ela vem, inclusive, desenvolvendo ações que têm como objetivo incen-tivar o trabalho decente nas proprie-dades rurais. Mas é impossível negar que, no cipoal de leis e normas que devem ser seguidas pelos emprega-dores, há excessos. Um exemplo é a obrigatoriedade de anotação da carteira de trabalho no prazo de 48 horas. O pequeno produ-tor não possui a mesma estrutura que uma empresa e, por isso, encontra di-ficuldades em cumprir esse prazo. Ou-tra questão diz respeito à contratação permanente de trabalhadores. Devi-do aos encargos e à própria dinâmica do trabalho, que oscila nos períodos de safra e entressafra, a contratação permanente é onerosa para o empre-gador. Isso se agrava em relação aos pequenos produtores rurais, que, na maioria das vezes, não conseguem su-portar os custos da contratação e não possuem demanda suficiente para abranger o período da safra.Há, ainda, a Norma Regulamentado-ra (NR) 31, do Ministério do Trabalho, que possui dispositivos exorbitantes e inaplicáveis. Fixa deveres variados aos empregadores rurais, que vão desde a definição de padrões para as lavan-derias nos alojamentos de trabalha-dores até o estabelecimento do modo como são eleitos os representantes das comissões de prevenção a aciden-tes de trabalho no campo, somando um total de 252 exigências a serem fiscalizadas. São esses excessos que impedem muitas vezes o cumprimen-to dos seus dispositivos.

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Leite

Todo o leite produzido pelas mais de 150 matrizes gir aptidão leiteira e girolando da fazenda Belo Horizonte, de proprie-dade do pecuarista José Geraldo Vaz

Almeida, era comercializado para uma peque-na cooperativa da região de Amargosa/BA, no Recôncavo baiano. Mas a falta de profissiona-lização da cooperativa fez com que o produtor deixasse de ser cooperado e passasse a fornecer os cerca de 3.400 litros produzidos na fazenda para um laticínio. “A Bahia não tem cooperati-vas atuantes, as cooperativas acabam geralmen-te por má administração”, argumenta o criador.

É justamente devido a essa experiência que o produtor José Geraldo acredita ser positiva a fusão de cooperativas, como a provável união anunciada entre Cemil (MG), Minas Leite (MG), Itambé (MG), Centroleite (GO) e Confepar (PR). Especula-se que a fusão, caso realmente seja

O setor leiteiro vive um momento de expectativa ante o anúncio de fusão entre cinco cooperativas de Minas Gerais, Goiás e Paraná. Soma-se a esta expectativa, o interesse de frigoríficos na aquisição de cooperativas e indústrias processadoras.

LEITE em alta

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Por: Laura Pimenta

concretizada, vá formar o maior gru-po captador da América Latina, com sete milhões de litros de leite por dia, oriundos de 40 mil produtores de 83 cooperativas.

O produtor baiano é otimista quanto a este tipo de aliança, por acreditar que a união fortalece, abre possibilidades de exportação e o pro-duto tende a ser mais valorizado. Para ele, até mesmo a relação entre produtor e indústria tende a mudar com este tipo de fusão, uma vez que há maior profissionalização do setor.

Já o produtor Leo Machado Ferrei-ra, da Fazenda Mutum, localizada em Goiás e cuja atual produção de leite de 1400 kg é comercializada com a Nestlé, não tem a mesma opinião. “Para o fortalecimento dos laticínios, com certeza, vai ser bom. Mas, a prin-cípio, para os produtores não acho que será, pois vai diminuir a compe-tição e o resultado disso será preços mais baixos para o produtor. Por ou-tro lado, se com essa fusão eles con-seguirem aumentar as exportações e converter esse benefício para os pro-dutores, ela pode ter um aspecto po-sitivo”, pontua Leo.

O presidente da Associação dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGil), Sílvio Queiroz, também vê com cau-tela esse tipo de fusão. Ele acredita na agregação de forças, mas afirma ser necessária uma precaução para que o produtor não seja prejudicado, principalmente em relação ao fato da diminuição das alternativas para co-mercialização.

Ideal antigo

A ideia de fusão de cooperativas não é recente no Brasil, como lembra o presidente da Leite Brasil, Jorge Ru-bez. No caso das cooperativas de leite, a tentativa ao se consolidar uma fusão, como a anunciada, é sempre a mesma:

garantir volume e mercado, ter maté-ria-prima e diminuir despesas, assim como já acontece em países como Es-tados Unidos e Nova Zelândia, onde a captação de leite é concentrada em uma ou duas grandes captadoras.

Segundo ele, a ideia de fusão no mercado lácteo começou com a Leite Paulista há mais de uma década. Por-tanto, a fusão da Itambé com outras cooperativas não é uma idéia nova. “A Itambé possui um grande parque industrial. Já as outras cooperativas não possuem o parque industrial e o mercado da Itambé, principalmente a Minas Leite e a Centroleite, que são cooperativas virtuais, que vendem no spot. A intenção é sempre a mesma: diminuir despesas, ter matéria-prima e garantir mercado. Partindo desse ponto de vista, dependendo da ma-neira que vai ser feita a fusão, pode ser um bom negócio para todo mun-do, avalia Rubez.

A indústria, e os grandes produto-res de leite já sabem disso, tem remu-nerado melhor aqueles que entregam não só volume como também qualida-de. “Eu acredito muito que a fusão das cooperativas vai servir para ter quan-tidade de matéria-prima, aumentar oportunidade de mercado, ser mais competitivo. A tendência da fusão é também fazer com que os produtores melhorem a qualidade do leite, pois as empresas estão visando mercado externo. Com isso, elas devem interfe-rir na produção primária, desde que o produtor tenha interesse. Mas o inte-resse do produtor só surge quando há contrapartida da indústria”, pontua o presidente da Leite Brasil.

Para o presidente da OCB (Orga-nização das Cooperativas Brasileiras), Márcio Lopes de Freitas, o processo de aglutinação das centrais de coo-perativas, é uma tendência natural de todos os negócios e setores, como bancos, empresas, e não será diferen-

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te no caso do setor cooperativista. “É um caminho de bus-ca por maior escala no mercado, de manutenção de renda aos seus cooperados. E os grandes players estão adquirin-do empresas, mas não cooperativas que são sociedades de pessoas. O que pode acontecer, eventualmente, é a venda do patrimônio de uma cooperativa. A fusão é extrema-mente positiva. Com essa união, ganham principalmente os cooperados, ou seja, os produtores de leite, que são os donos da cooperativa. Os ganhos virão da economia de escala e redução dos custos de logística no campo e na comercialização. A concentração já é uma tendência no varejo e nas indústrias não cooperativas. Para competir nesse ambiente, o cooperativismo de leite precisa ganhar musculatura”, garante Márcio.

Ele lembra que na cooperativa, o cooperado, ou seja, o produtor é o dono do negócio. Com a fusão os produtores passam a ser donos da maior cooperativa de lácteos da América Latina, caso ela venha a surgir. Isso pode impli-car em uma maior exigência quanto ao nível de qualidade dos produtos, por exemplo. Para manterem-se competiti-vas, as cooperativas têm que fazer seu dever de casa, espe-cialmente no que diz respeito à melhoria contínua desse processo de qualidade. Há, então, uma expectativa de que isso se reflita em ganhos de renda para o produtor.

Oportunidade de mercado

Indo além da especulada fusão, a perspectiva para o mer-cado do leite brasileiro é positiva para os próximos anos. O Brasil é anunciado como um dos poucos países do mundo com possibilidade de crescimento de produção neste setor, principalmente devido ao fato de não necessitar aumentar área para crescer. Para Rubez, é difícil prever um prazo. Mas pode-se afirmar que a produção brasileira pode ser tripli-cada, se houver investimento na produção dos pequenos produtores. “Atualmente, 80% dos produtores de leite são pequenos. Apenas 20% são grandes e contam com recursos como tecnificação, e estes 20% são responsáveis por 75% da produção nacional de leite. É justamente os pequenos que têm oportunidade de crescer. É preciso haver investi-mentos em genética, manejo, etc.”, explica Rubez.

Além disso, o panorama econômico do País e do mundo também é apontado por Márcio Lopes como um aspec-to favorável. �O aumento esperado para o PIB mundial, em especial para os países emergentes, significa incremen-to da renda, o que reflete no aumento de consumo. No caso do Brasil, soma-se uma inflação controlada e o cresci-mento da classe média ávida por consumir, esclarece.

Essas boas perspectivas, aliadas às oportunidades de ne-

gócios, fizeram com que outra tendência se configurasse no mercado do leite bra-sileiro: a entrada de empresas frigoríficas no setor lácteo. Após as primeiras aquisi-ções feitas pela Perdigão, hoje BR Foods, o setor viu também ser concretizada a aquisição da Vigor pelo Bertin (hoje, JBS), e ainda um sinal de fumaça do Marfrig de-monstrando interesse em adquirir a Par-malat. “Em minha opinião, esse interesse não quer dizer que os frigoríficos vejam o setor lácteo como um grande negócio. Acredito que estas empresas viram nes-tas aquisições oportunidades de negócios em um determinado momento. Não quer dizer que eles continuarão neste merca-do. Existe diferença entre vender carne e vender leite, principalmente no mercado externo. Os frigoríficos têm grande expe-riência em exportar carne, tem know-how nisso, mas, no caso do leite, temos que concorrer com países que contam com subsídio para produzir leite: o que faz do mercado do leite ser bastante diferente do mercado da carne bovina”, pondera Rubez.

Lopes também vê com cautela a entra-da dos frigoríficos no setor lácteo. É mui-to cedo para avaliar os impactos dessas aquisições para o setor, mas sabemos que é uma tendência e, por isso, há a neces-sidade das cooperativas se prepararem para esse momento. Contudo, a experi-ência exportadora dos frigoríficos pode ser bastante importante para o setor de lácteos, avalia o presidente da OCB.

Apesar da dúvida em relação à conso-lidação das empresas frigoríficas no setor lácteo, números divulgados no final do mês de março pelo IBGE demonstram que os frigoríficos devem ficar realmen-te atentos ao crescimento do mercado leiteiro no Brasil. Enquanto o número de cabeças abatidas em 2009 foi 2,5% me-nor se comparado a 2008, dados do insti-tuto indicam que a aquisição de leite vem crescendo ano a ano desde 2003, com um aumento de 1,6% em 2009 com relação a 2008. É esperar para ver!

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Quando Martim Afonso de Sousa, fundador da ca-pitania de São Vicente, no litoral paulista, trouxe o gado vacum de origem indiana em 1534 (vindos da colônia portuguesa de Cabo Verde) não imagi-

nava que esse animal, inicialmente trazido para tração e carga das fazendas de cana-de-açúcar, iria dominar o Bra-sil cinco séculos depois.

Hoje o país tem um rebanho bovino de cerca de 190 milhões de cabeças (povoado por 80% de animais de raças zebuínas) e tem apresentado avanços nos índices de pro-dutividade. A bovinocultura de corte representa a maior fatia do agronegócio brasileiro, gerando faturamento de mais de R$ 50 bilhões/ano e oferecendo cerca de 8 milhões de empregos.

Mas falando sobre São Paulo, o rebanho bos indicus, instalado no litoral no século XVI, também ajudou a cons-truir a capital paulista nos seus primórdios. Fornecendo-lhe tração, carne e leite para uma população que crescia ao redor do Colégio Jesuíta (Pátio do Colégio) no centro da cidade e de Santo Amaro, localidade formada por Ban-deirantes como Cunha Gago.

As caravelas de Martim Afonso deram origem aos pri-meiros animais de um plantel atual contabilizado pelo Ins-tituto de Economia Agrícola em 11,2 milhões de cabeças no Estado. Sendo a carne bovina o segundo produto na pauta de exportações do agronegócio paulista com co-mercialização de US$ 2,18 bilhões em receitas, só perden-do para o açúcar e álcool.

O Estado figura na quinta posição em rebanho, mas 78% dos embarques da carne bovina ou 968 toneladas, sa-

íram do Porto de Santos (SP) no ano pas-sado, segundo a Associação Brasileira da Indústria Exportadora da Carne (Abiec).

“A pecuária paulista passa por uma transformação. Está se verticalizando em três direções principais: maior investi-mento em genética, integração lavoura-pecuária e agregação de valor”, explicou o secretário de Agricultura e Abasteci-mento, João de Almeida Sampaio.

Corroborando com a opinião do se-cretário, de acordo com o Instituto Na-cional de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento do rebanho bovino nacional ocorreu simultaneamente com a redução da área de pastagens (-10,7%) dos esta-belecimentos agropecuários, indicando aumento de produtividade. Saindo da média nacional de uma taxa de lotação de 0,86 animal por hectare na década de 90 para 1,08 animal por hectare no final da década de 2000.

O que significa que há mais animais confinados no país. E os confinamentos não param de crescer em São Paulo. E é aí que acontece o “virado à paulista” (prato típico do Estado) mudança silenciosa ra-dical no campo da pecuária.

A produção intensiva está acontecendo a olhos vistos devido a dois fatores: aos

Virado à paulista:a mudança de rumo da pecuária de São Paulo

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Pelo Brasil

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João Sampaio, secretário de Agriculturae Abastecimento de São Paulo

elevados custos da terra e da concor-rência com o cultivo da cana-de-açúcar.

Para se ter uma ideia, o preço da terra agrícola nas paragens paulistas como Ribeirão Preto e Bebedouro, por exemplo, atingiram neste ano R$ 12.530,00 e R$ 13.840,00 por hectare, respectivamente, de acordo com le-vantamento da Scot Consultoria, com sede em Bebedouro, no coração do Estado. “São Paulo tem 17% do con-finamento brasileiro. É importador de bovinos vivos porque a produção lo-cal é insuficiente pela demanda da in-dústria frigorífica instalada. O preço alto da terra empurra a pecuária para áreas marginais”, enfatiza Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria.

Segundo Torres, a pecuária paulis-ta deixou de ser horizontal (extensi-va) para ser verticalizada (intensiva) para produzir mais quilos de peso vivo por hectare. “Na pecuária pau-lista atualmente não se sobrevive sem tecnologia. É a conservação do solo (correção e fertilização), semen-te de pastagem certificada, manejo de capim, suplemento alimentar no período seco e ter um rebanho com potencial genético de engorda e pre-cocidade”, comentou Torres.

Na opinião do consultor, se o go-verno desse uma pequena ajuda para os pecuaristas recuperarem pastagens degradadas, “haveria uma explosão na pecuária paulista”. “A cadeia pe-cuária paulista é isenta de impostos. Os pecuaristas possuem créditos acu-mulados de ICMS, por exemplo, que estamos estimulando seu uso na com-pra de máquinas e implementos. Em

breve o pecuarista poderá usar seus créditos na compra de sal e outros insumos”, declarou o secretário de Agricultura João Sampaio. Como in-centivo, a pecuária paulista tem crédi-to do FEAP para a pecuária leiteira e o Banco do Brasil tem uma linha para aquisição de animais melhoradores.

Produtividade em alta

Para o IBGE, a produtividade da bovinocultura de corte brasileira foi estimulada pelo crescimento e estru-turação da indústria frigorífica na-cional e uma maior participação nos mercados externos da carne brasilei-ra. E a produtividade é a palavra de ordem nos confinamentos paulistas. Ao se referir no crescimento vertical, Sampaio considera o confinamento um elo importante da cadeia.

Dentro da Assocon (Associação Na-cional dos Confinadores), que inverna 550 mil animais ao ano, os paulistas estão na quarta posição nacional em engordam de seu gado de corte com 34% do total confinado. “A pesquisa de intenção de confinar ainda está em andamento, mas devemos ter uma quebra entre 5% a 35% em relação ao ano passado. A margem é grande dependendo dos custos operacionais da cadeia. O boi magro está muito caro, impactando no custo de insta-lação”, explicou Thiago Bernardino, zootecnista do departamento técnico da Assocon, com sede em São Paulo.

As exportações do agronegócio pau-lista atingiram US$ 5,19 bilhões nos pri-meiros quatro meses do ano, aumento de 22,1% em relação ao igual período de 2009, segundo estudo do Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abasteci-mento. Já as importações cresceram 30,6%, para US$ 2,35 bilhões, ficando o Estado com o saldo comercial em US$ 2,84 bilhões, alta de 15,9%.

Por: Arnaldo Francisco de Sousa

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Seguindo a tendência

As exportações de carne bovina paulista despontam pela concentração dos grandes frigoríficos, pois dos 13 exportadores filiados à Abiec, nove têm sede admi-nistrativa em São Paulo e quatro têm capital aberto na BM&FBovespa: JBS, Marfrig, Minerva, Brasil Foods.

Todos esses frigoríficos possuem confinamentos bo-vinos como reserva de mercado para dar apoio nas suas exportações em momentos em que o mercado reduzir a oferta. A JBS, por exemplo, comprou o Grupo Bertin e com ele veio seu grande confinamento, além do Banco JBS que ajuda a garantir financiamento a pecuaristas, fi-delizando-os ao grupo.

O pecuarista Marcelo Dias, de Barretos (SP), uma das mais tradicionais regiões pecuárias do Estado, segue a ten-dência e confina 3.000 animais com as mais modernas téc-nicas de manejo e controle. “Para São Paulo é irreversível a pecuária ser intensiva. A rentabilidade da cana é maior que a pecuária extensiva. No confinamento utilizamos subprodutos da indústria canavieira e polpa cítrica. Como temos uma industrialização muito grande, usamos isso a nosso favor”, comentou Dias que também é proprietário da Companhia do Sal, empresa de sais minerais. Segundo Dias, seu pai sempre foi agricultor e a família extensionis-ta. Sua geração, a partir de 1992, começou a investir no confinamento com tecnologia. Além disso, Marcelo trava o preço em bolsa, na BM&F para não ter sustos com o pre-ço da commodity. “O pecuarista paulista é um dos mais profissionalizados do país da produção à comercialização. Aos poucos o número de animais está crescendo no Esta-do. Meu plano é ampliar para 5 mil animais confinados”, destaca Dias.

Em Estados, como São Paulo, com a máxima infraes-trutura de apoio logístico os preços das áreas produtivas variam no mínimo de R$ 13.000,00/ha ao máximo de R$ 23.000,00/ha, conforme dados da AgraFNP. Entre os pau-listas, se convencionou dizer que no Estado há o custo de oportunidade, um cálculo em que as consultorias compa-ram as rentabilidades do setor. Por exemplo, numa fazen-da de 1.000 cabeças usando a máxima tecnologia (genéti-ca, alimentação, manejo, etc) tem uma rentabilidade pelo capital investido entre 2 a 4,8% (custo de oportunidade). “Uma fazenda com ciclo completo (cria, recria e engor-

da) com tecnologia pode gerar 4,82% do custo de oportunidade. O arrendamento da terra para a cana gera 4,66%, sem o produtor fazer nada, apenas arrendar”, enfoca Heberville Neto, analista da Scot Consultoria.

De acordo com o analista, o outro lado da moeda é mais crítico. A produção do ciclo completo sem tecnologia rende ape-nas 0,89% de lucro sobre o capital inves-tido, contra 79,26% de investimentos em ações em 2009, por exemplo.

Integração Lavoura-Pecuária (LIP)

O estudo realizado pelo pesquisador João Carvalho, da Esalq/USP de Piracicaba (SP), verificou que a implantação da inte-gração Lavoura-Pecuária em áreas ante-riormente sob Sistema de Plantio Direto (SPD), baseada no binômio soja-milho, exibiu aumentos no estoque de carbono do solo da ordem de 0,82 a 2,58 toneladas por hectare por ano.

A implantação dos sistemas de ILP re-sultou em taxas de acúmulo de carbono muitos superiores àquelas observadas após a conversão de cultivo convencional para SPD. Ou seja, a mitigação na emis-são de gases é um efeito direto do ILP e em grandes proporções. “Na integração, há uma soma dos benefícios do plantio direto, somada aos pontos positivos da pastagem, o que conduz a elevação do carbono no solo e a redução drástica de emissão de gases”, ressalta o engenhei-ro agrônomo, reforçando o que disse o secretário de Agricultura paulista, João Sampaio, de que a nova tendência da pe-cuária paulista é investir nesta integração.

Genética

A tradição genética da pecuária pau-lista já contabiliza 101 anos de pesquisa do Instituto de Zootecnia (IZ), se tornan-do respeitada pelos Estados vizinhos e le-vando parte deste banco genético para a produção nacional. Em 1909, o Instituto

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Maior parte dos frigoríficos exportadores tem unidade em São Paulo

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de carne, qualidade e quantidade de carne. Estamos há cinco anos com essa pesquisa para aprovar a DEP (Desen-volvimento Esperado de Progênie) para CAR”, sinaliza, Paz qual será o próximo passo.

O IZ está desenvolvendo um estudo sobre a de medi-ção da emissão de gás metano pelos bovinos com ingestão de diferentes tipos alimentação. A ideia é identificar qual alimento balanceado pode reduzir a emissão do metano, promovendo uma pecuária mais sustentável. “Muitos ani-mais que saem da avaliação genética vão para as centrais de coleta de sêmen e os touros IZ são reconhecidos em todo o Brasil há mais de 50 anos de melhoramento genético. An-tigamente um animal atingia 450 kg entre 4 a 5 anos. Hoje, a média nacional caiu para 2,5 a 3 anos, com a ajuda da pesquisa do Instituto”, enfatiza Paz.

já realizava as primeiras seleções de Gado Caracu, na Fazenda de Seleção do Gado Nacional, em Nova Odessa (SP). Hoje com mais de 3.900 animais, é referência na pesquisa genética de toda cadeia pecuá-ria tanto para corte como ao leite. “No IZ, os criadores participam de um programa de avaliação genética das raças nelore, guzerá, gir, entre outras. Sendo que o nelore participa do nosso programa Con-trole. São animais melhoradores que ven-demos cerca de 150 por ano em leilões”, explica a assessora de pesquisa Cláudia Cristina Paro de Paz.

De acordo com ela, o desempenho do rebanho pecuário paulista está muito atrelado à pesquisa do Instituto de Zoo-tecnia. “Nossos animais participa de uma rigorosa seleção que introduzimos o CAR (Consumo Alimentar Residual), que leva em consideração a eficiência produtiva

Animais do IZ participam de seleção, que leva em conta a eficiência produtiva de carnefo

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* Estimativa Embrapa Gado de Leite • Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal • Elaboração: R. ZOCCAL - Embrapa Gado de Leite

1990 19981994 20021992 20001996 2004 20061991 19991995 20031993 20011997 2005 2007*

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Evolução da produção de leite em São Paulo 1990-2007

Leite

Nem só de carne vive a pecuária paulista. A produ-ção leiteira estadual é a quinta nacional com 1,6 bilhão de litros com um rebanho estimado de 930 mil vacas lei-teiras, em sua grande maioria criada em confinamentos tecnificados. A bacia leiteira de São Paulo, atualmente, se encontra na Região de Rio Preto e no Vale do Paraíba, tra-dicional região láctea. O maior produtor paulista é Rober-to Jank Jr, da Fazenda Agrindus, de Descalvado (SP) que ordenha 40 mil litros de leite tipo A por dia.“A Agrindus é uma fazenda bem tecnificada e possui marca própria de leite, a Letti, além de produzir um leite kosher para a comunidade judaica, buscando diferenciais no mercado”, comentou Nelson Rentero, editor da revista Balde Branco, ligada à empresa Leite Paulista.

De acordo com a Embrapa Gado de Leite, na região Sudeste, o volume de leite produzido ultrapassou a 10 bilhões de litros em 2008. Essa quantidade representa aproximadamente 37% da produção nacional. Do volu-me total de leite produzido na região, 75% (7,5 bilhões) foram produzidos em Minas Gerais, 15% (1,6 bilhão) em São Paulo, 5% (466 milhões) no Rio de Janeiro e 5% (451 milhões) no Espírito Santo.

Os locais com maior densidade de pro-dução estão localizados no Centro; Sul; Sudoeste; Triângulo Mineiro/Alto Parana-íba; Vale do Rio Doce e Zona da Mata de Minas Gerais e nas microrregiões limítro-fes do Estado, como é o caso do Sul, Cen-tro e Noroeste Fluminense, Sul e Noroeste Espírito-Santense, Vale do Paraíba Paulis-ta, Campinas e Noroeste de São Paulo.

Enquanto as microrregiões regiões de Campinas e Bananal aumentaram a pro-dução de leite nos últimos anos, outras 12 microrregiões paulistas reduziram a quan-tidade de leite produzida. No Estado, a produção de leite passou de 1,739 bilhão em 2004 para 1,624 bilhão em 2008. Du-rante esse período, Minas Gerais cresceu 22%, Espírito Santo, 21% e Rio de Janeiro, 4%, reforça o recente estudo da Embrapa.

Com produção total de 29,3 bilhões de litros nacional, São Paulo reveza com Goiás entre a quinta e sexta produção nacional com 1,6 bilhão de litros produzidos. Produ-tividade média de 1.078 litros/vaca ano.

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Quando se vê o trabalho de retirada do material genético de uma vaca, percebe-se a fragilidade

da vida. Os chamados oócitos ( material genético feminino, na fase anterior à formação do óvulo) devem ser aspirados de dentro de folículos no interior

do corpo da fêmea. É preciso preservar o aparelho repro-dutivo e, ao mesmo tempo, não danificar o precioso mate-rial coletado. Com o avanço da tecnologia de reprodução assistida, é possível retirar esses oócitos antes que eles se transformem em óvulos e maturá-los em laboratório. Isso possibilita acelerar o processo de reprodução porque não é preciso esperar que a fêmea entre em fase de ovulação. Mas esse procedimento deve ser feito por profissionais altamente qualificados. “Quando realizamos a aspiração folicular, estamos fazendo uma operação invasiva, que re-quer cuidado extremo, caso contrário, pode-se danificar o aparelho reprodutivo de animais valiosos”, alerta o médi-co veterinário Patrick Villa Nova Pereira.

Patrick conta que o procedimento de retirada do mate-rial genético das fêmeas é bem mais complexo do que em relação aos touros. Mas lembra que para se obter embri-ões viáveis o produtor não pode se esquecer da qualidade do sêmen utilizado. “A procedência é importante porque

não dependemos apenas que esse sêmen seja de touros comprovadamente produ-tivos, a preservação do material também influenciará na obtenção de bons resulta-dos na fecundação”, analisa. Voltando à aspiração folicular das fêmeas, o médico veterinário também recomenda cuidados com as doadoras, principalmente no to-cante à nutrição. Dever de casa que é fei-to com atenção pelo gerente de fazenda Nilson Lúcio. “Não queremos vacas de mil quilos, queremos boas reprodutoras e, para isso, é preciso que elas tenham ali-mentação balanceada. Aqui na fazenda procuramos fazer a dieta a pasto”, reve-la. O gerente conta que até mesmo ou-tros pecuaristas procuram a propriedade para fazer parceria nesse sentido. “Eles deixam as vacas aqui para melhorarem o desempenho. Quando elas perdem peso produzem mais”, afirma.

O gerente afirma que uma dieta rica em proteína interfere na produção de oócitos. Por isso, o ideal é balancear a alimentação. Para atender às exigências de mantença e desenvolvimento, os bovi-nos precisam de quantidades adequadas

Lucro preservadoEstresse e contato com a luzsão vilões quando o assuntoé cuidado com os embriõesbovinos. Vida delicada quenecessita, sobretudo,do aconchego natemperatura ideal

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Genética

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de nutrientes, água, energia, proteína e minerais. Os alimentos volumosos consti-tuem a principal e mais econômica fon-te de nutrientes. Além de serem de boa qualidade, as pastagens que os animais consomem precisam ser de boa digestibi-lidade, com uma taxa de proteína bruta (PB) de cerca de 10%, nutrientes diges-tíveis totais (NDT) de 60% e teor mineral de 2%, em quantidade suficiente e em equilíbrio. O excesso de energia (gordu-ra), na fase que antecede a maturidade sexual em novilhas, pode acarretar dis-túrbios reprodutivos pelo acúmulo inde-sejado de tecidos gordurosos no sistema reprodutor, conforme alerta o Patrick Pe-reira. É comum em rebanhos de corte a falta de manejo racional de suplementa-ção energética e volumosa nos períodos secos, o que ocasiona animais extrema-mente debilitados ao parto ou nas esta-

ções de monta e compromete a produção de sêmen nos machos e aumenta a incidência de anestros nas vacas.

Atualmente, Nilson trabalha com 60 doadoras, com intervalo de coleta de 15 dias, que ele considera ideal. Mas também pode-se optar por um intervalo maior, de 30 dias, quando se trabalha com muitas matrizes. “As doado-ras têm que pastar, andar, sua finalidade é reprodutiva”, conta, ao chamar a atenção para o fato de que, além do manejo sanitário altamente controlado, é preciso propor-cionar exercício às fêmeas. O estresse também prejudica a produção, por isso, o manejo dos animais deve ser cui-

Por: Renata Thomazini

Luz e temperatura adequadas são importantes para a preservação dos embriões

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dadoso. A seleção de fêmeas pelo temperamento também auxilia na obtenção de bons resultados, porque esses ani-mais têm uma rotina a mais no curral, onde são realiza-dos os procedimentos de as-piração do material genético.

Sombra e temperatura

O médico veterinário Pa-trick Pereira também explica o procedimento após o mate-rial ser retirado da doadora.

“Quando o material é aspirado, tenho que ter o cuidado em preservar uma temperatura semelhante à da doado-ra. Por isso, o tubo reservatório fica em meu bolso, junto ao meu corpo, enquanto termino de realizar a aspiração folicular do animal”, explica. Patrick salienta que esse pro-cedimento também protege o material da luz, uma vez que há uma grande sensibilidade que pode comprometer todo o serviço.

Imediatamente após o término da aspiraçlão folicular, o recipiente contendo o material genético é entregue a um técnico para lavagem, análise e envase para transporte ao laboratório. Por isso, é preciso que a propriedade disponha de um espaço higienizado. O médico veterinário Sidnei Balbino, que atua também como técnico em laboratório, acrescenta que essa é outra hora importante. O material é colocado em outro recipiente e rapidamente, mas com cuidado e delicadeza, é lavado com um líquido chamado chamado DPBS acrescido de Heparina (anti-coagulante) e SFB (Soro fetal Bovino). Isso deve ser feito porque os oó-citos chegam misturados ao sangue do animal. “Os meios utilizados para essa lavagem devem estar em banho-maria de 35ºC a 37ºC. Depois temos que classificar e guardar o material em um recipiente de maturação”, conta. Sidnei revela que um trabalho bem elaborado pode trazer bons resultados em laboratório, com aproveitamento de 30% do material aspirado. “Nós conseguimos até mais, entre 40 e 45% de embriões viáveis por vaca, justamente devi-do a esses cuidados e aos protocolos que estabelecemos”, analisa. O transporte do material é feito em criotubos, a uma temperatura entre 35ºC e 36ºC. É utilizado CO2 (gás carbônico) para estabilizar o meio de maturação. O mate-rial é identificado cuidadosamente. Além da segurança em relação à procedência, a identificação viabiliza que, poste-riormente, os animais mais produtivos sejam classificados.

Fecundação in vitro

No laboratório, o material genético das fêmeas mais uma vez recebe trata-mento especial. Dentre alguns cuidados para que se tenha uma produção satis-fatória de embriões, está o manejo de equipamentos importantes, como as in-cubadoras. Elas são como o útero das va-cas, proporcionando uma atmosfera ideal para maturação desses oócitos e, poste-rior produção dos embriões.

O processo de maturação dos oócitos dura cerca de 24 horas. Esse processo é necessário para que completem seu de-senvolvimento e possam ser fertilizados pelo espermatozóide, uma vez que foram retirados do ovário e não ovulados natu-ralmente. Após o período de Maturação, o material é transferido para uma nova placa contendo outro meio de fertiliza-ção, onde serão co-cultivados com os es-permatozóides durante um período deter-minado. “O espermatozóide precisa estar em condição de fecundar o óvulo, por isso processamos o sêmen a fim de obter os es-permatozóides vivos, livres de impurezas ou fatores indesejáveis”, explica o geren-te de laboratório Diogo Ardais, que ainda ressalta os protocolos utilizados no labo-ratório. “Existe toda uma rotina que ado-tamos no sentido de que o material seja aproveitado ao máximo”, afirma. Uma das dificuldades em se manter estável as taxas de produção de embriões é a variação de produção entre diferentes touros e parti-das (lotes) de sêmen, que juntamente com a produção individual da doadora e a qua-lidade dos oócitos aspirados são fatores determinantes para o sucesso do processo de FIV, na qual devem ser controlados de maneira rigorosa.

Diogo chama a atenção para os cuida-dos com a higiene no ambiente de labo-ratório. “Além do procedimento rotinei-ro de esterilização, descontaminamos o local todos os dias após o expediente com aparelho específico”, afirma. A aferição das estufas e demais equipamentos uti-

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Para ter bons resultados, o produtor deve escolher laboratórios com know-how

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lizados no laboratório são fatores impor-tantes segundo Diogo Ardais. “A questão é obedecer protocolos estabelecidos rigo-rosamente” e utilização de profissionais altamente qualificados e treinados para o processo diz.

O desenvolvimento embrionário deve ocorrer em condições extremamente con-troladas, para que as divisões celulares aconteçam até o estágio de blastocisto (sétimo dia de desenvolvimento embrio-nário ou oitavo dia da OPU). Daí por dian-te, os embriões viáveis são classificados e envasados individualmente em palhetas para que possam ser transferidos para as vacas receptoras (barrigas de aluguel).

Tranferência de Embriões

Todo o cuidado desde a retirada do material genético da doadora até a fecun-dação em laboratório não são suficientes para o sucesso da reprodução assistida. É preciso também comprometimento na hora de realizar a Transferência de Embri-ões. As receptoras devem ser saudáveis e o manejo desses animais também é vital. Além do controle sanitário eficiente, que evite a entrada e estabelecimento de do-enças infecto-contagiosas tais como, bru-

celose, tuberculose, leptospirose, IBR, BVD e clostridiose, o produtor deve ficar atento à nutrição desses animais, que serão o invólucro para o desenvolvimento do embrião.

As receptoras também devem ser sincronizadas. De acor-do com a Embrapa, em fazendas onde existam restrições de receptoras, pode-se adotar a aplicação de uma dose de prostaglandina, que apresenta uma taxa de sincronização de cio de 40%, com um custo baixo, ou implante de pro-gestágeno mais estrógeno e mais prostaglandina, que traz um índice de sincronização de cio de 65% dos animais tra-tados, ou mesmo a utilização de implante de progestágeno mais estrógeno mais prostaglandina e mais eCG, que apre-senta a maior taxa de sincronização de cio, entretanto com maior custo. Como cada propriedade é um caso à parte, o que vale mesmo é a orientação de profissionais habilitados. Por isso, atualmente vale a pena investir na assessoria.

O criador que não possui espaço ou condição para li-dar com as receptoras já pode optar por empresas que realizam todo o processo de reprodução assistida, desde a aspiração folicular, até o nascimento do produto. Até mesmo as receptoras podem ser terceirizadas, como conta o médico veterinário Patrick Pereira.

DoadorasManter doadoras em baias não é boa ideia. Die-tas com alto teor de proteína e energia resultam em aumento de peso, e para a FIV essa combi-nação é desastrosa.

InfraestruturaÉ preciso ter um espaço próprio para que a equi-pe, que realiza a aspiração folicular e transferên-cia de embriões das fêmeas, possa fazer os pro-cedimentos em condições de higiene e rapidez.

ReceptorasAlem da habilidade materna e sanidade, a recep-tora também deve estar com o cio perfeitamente sincronizado com o tempo de vida do embrião, aumentando assim as taxas de prenhez.

EmpresasQuando o criador opta por fazer os procedimentos na proprie-dade assume todos os custos com o deslocamento da equipe de coleta, diária dos veterinários, medicamentos e aquisição de receptoras. Além de ter profissionais capacitados para garantir as melhores condições sanitárias e reprodutivas das doadoras, assim como acompanhar o cio e transferir os embriões nas re-ceptoras. Existem empresas especializadas que prestam assessoria e que facilitam os procedimentos de reprodução assistida, mesmo para aquelas propriedades que não dispõem de profissionais habilitados para desenvolvimento de protocolos específicos. Também existem centrais de doadoras, onde os animais ficam alojados e recebem todo cuidado para atingir os melhores re-sultados na coleta dos oócitos. As centrais de receptoras pro-porcionam profissionais, estrutura e serviços como sincroniza-ção, TE e sexagem de embriões.

Dicas

A aspiração folicular das matrizes deve ser feita por profissionais qualificados

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Genética

Um ano se passou desde que a notícia do mape-amento do genoma bovino causou reboliço no mercado pecuário e lançou luz sobre as possibi-lidades estratégicas de utilização do mapa, que

pode ser uma ferramenta muito útil comercialmente. Afi-nal, se o pecuarista tiver a chance de interferir no DNA do animal para imprimir em suas características qualida-des como maior maciez da carne, temperamento dócil ou mesmo corrigir defeitos, sua rentabilidade certamente será maior. Mas, apesar desses estudos já serem um enor-me avanço científico, uma lacuna ainda precisa ser preen-chida. A pergunta ecoa: a sequência de genes de taurinos e zebuínos é igual, semelhante ou diferente?

Como a importância comercial do zebu chegou a pata-mares de reconhecimento internacional, a resposta aca-bou gerando a necessidade de mapear especificamente o genoma zebuíno. Essa espécie bovina demonstrou, du-rante as comparações das análises feitas pelos cientistas entre as raças estudadas no projeto do genoma bovino, diferenças importantes. Para essa constatação, os cientis-tas usaram uma sequência completa de DNA de uma vaca hereford, raça europeia, e compararam com os polimor-fismos de sequência, chamados de SNPs, de outras raças, entre elas a brahman, que é zebuína.

Para o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Gado de Leite, Rui Verneque, a adaptação

Mapa do zebu

do zebu e a alta produtividade em clima tropical são itens importantes a se con-siderar. “O Brasil tem grande interesse de estar à frente desse projeto e, por isso, demos início ao sequenciamento dos animais das raças zebuínas guzerá e gir”, ressalta. Já o pesquisador daEm-brapa Gado de Leite, Marcos Vinícios da Silva, que é coordenador dos estudos, vai além. Para o pesquisador, “lançar o iní-cio das pesquisas durante a ExpoZebu é o reconhecimento pela importância das raças zebuínas para a economia nacio-nal”. Durante a feira, o governador de

“lançar o início das pesquisas durante a ExpoZebu

é o reconhecimento pelaimportância das raças zebuínas

para a economia nacional”

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Por: Renata Thomazini

O gado que domina as pastagens do país que é o maior exportador de carne bovina in natura domundo merece estudo amplo sobre seu DNA.Nesse sentido, a Embrapa começa o trabalho

para sequenciar oficialmenteo genoma de zebuínos

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Minas Gerais, Antonio Anastasia, assinou autorização para investimento, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), de R$2.140 milhões para ações do Polo de Excelência em Genética Bovina. Desse montante, R$ 1.280 milhão é destinado ao sequenciamento do genoma de zebuínos, pesquisa reali-zada pela Fapemig, em parceria com a Associação Brasilei-ra dos Criadores de Zebu (ABCZ), Embrapa Gado de Leite, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Centro de Pesquisas René Rachou e Epamig.

Avanço e conjecturasAntecipando o sequenciamento das demais raças ze-

buínas, em abril deste ano outro importante avanço foi anunciado no Brasil, no campo da genômica bovina. O laboratório Genoa Biotecnologia, em parceria com a Uni-versity of Alberta, do Canadá, expôs na mídia a realização do sequenciamento completo de um exemplar da raça ne-lore. O touro 7308 PO Perdizes ostenta o fato, que seria histórico. O projeto escolheu a raça nelore por represen-tar 80% do rebanho bovino brasileiro e pelos seus refle-xos na economia do país. Cinco características foram alvo do estudo dos pesquisadores: área de lombo, precocidade sexual, acabamento de carcaça, ganho de peso e, especial-mente, a docilidade.

Outro estudo realizado no País por parte de empresa privada é o Projeto Genoma do Zebu, que acontece na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Fi-lho, campus de Botucatu. O projeto é coordenado pelo zootecnista Luiz Roberto Furlan e foi apresentado no ano passado durante a ExpoGenética, em Uberaba (MG). Além da FMVZ, participam do estudo o zootecnista Luis Artur Chardulo, do Instituto de Biociências (IB), também em Botucatu. A intenção, segundo Furlan, é criar um banco de dados com a sequência genética de mil animais, para identificar individualmente as variações do DNA.

Uso aceleradoConhecer o genoma do zebu irá acele-

rar o ganho em produtividade na seleção bovina brasileira. Isso é iminente. Mas para que o produtor utilize essa biotec-nologia, é importante que ele interprete essas inovações como investimento e não como custo. Para isso, além do produtor precisar se preparar culturalmente, pre-cisa que esse mecanismo seja acessível. Vontade não falta ao produtor brasilei-ro, que está cada dia mais afinado com as biotecnologias à sua disposição. É o caso dos testes de progênie, que viabilizam maior confiabilidade aos reprodutores que são utilizados no rebanho.

Recentemente, outra inovação surgiu como aliada no processo de seleção bo-vina, a pré-seleção para o Teste de Pro-gênie. A Associação Brasileira dos Cria-dores de Gir Leiteiro está promovendo esse “vestibular” na fazenda das Facul-dades Associadas de Uberaba (Fazu), em parceria com a Embrapa Gado de Leite. Trata-se de uma avaliação feita para ve-rificar o vigor, motilidade e capacidade de congelamento do sêmen desses ani-mais, entre outros quesitos, antes mesmo de entrarem em teste. De acordo com o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Rui Verneque, isso possibilita economia aos produtores. “Gasta-se cerca de R$ 30 mil por animal para um teste de progê-nie. Com a pré-avaliação, só entram em teste touros que viabilizarão a utilização do material genético no final das avalia-ções”, explica.

Animais das raças gir e guzerá terão sequenciamento do genoma feito pela Embrapa Gado de Leite

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Genética

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EUm novo nicho de mer-cado para as fêmeas zebuínas já começa a ser formado e deve ga-

nhar força nos próximos anos. De olho nas propriedades e centrais de embriões, que rea-lizam Fecundação in Vitro (FIV) e Transferência de Embriões (TE), criadores estão promoven-

do cruzamento entre raças zebuínas para produção de receptoras. É que, a partir de 2014, a ABCZ só permitirá que matrizes com 100% de genética zebu, ou oriundas de cruzamentos entre raças zebuínas, sejam utilizadas para gerar embriões das raças nelore, brahman, sindi, cangaim e indubrasil produzidos por meio de TE e FIV.

Essas receptoras atenderão a um mercado que cresce a passos largos a cada ano. Segundo dados da ABCZ, houve aumento de quase 20% na quantidade de embriões trans-feridos por meio da FIV. Em 2009, foram feitas 241.208 transferências contra 201662 em 2008. Já com a tecnolo-gia da TE foram 22.472 transferências. Um dado da Socie-dade Brasileira de Transferência de Embriões reforça que a produção nacional é realmente dominada pelo zebu. De todos os embriões produzidos no país, 94% correspondem

a material genético de raças zebuínas.Na Fazenda São José, localizada na

cidade mineira de Ituiutaba, a criadora Rogéria Maria Alves Silva Rúbia já iniciou o cruzamento de sindi com nelore para atender o futuro aumento na demanda por receptoras. Há anos a pecuarista de-senvolve na propriedade um criterioso trabalho de seleção do sindi, inclusive com base em resultados de pesquisas que a Embrapa Gado de Leite e outros cen-tros de estudo vêm desenvolvendo com animais da São José. Algumas caracterís-ticas principais da raça são: fertilidade, precocidade e potencialidade para pro-duzir leite e carne. “Para ter um índice maior de sucesso com a FIV e TE, é preciso utilizar fêmeas dóceis e de boa produção leiteira como receptoras. Acredito que a docilidade e aptidão leiteira do sindi somadas às características do nelore re-sultarão em ótimas receptoras. Em breve poderemos comprovar isso através das fêmeas sindonel que já nasceram na pro-priedade”, diz Rogéria.

Criadores de várias raças estão promovendo cruzamento entre zebuínos para atender a futura demanda por receptoras zebuínas. Já a ABCZ estuda desconto no registro de matrizes LA de fundação

De olho nomercado de fêmeas

Na Fazenda São José, as receptoras nelore são utilizadas para gerar bezerros da raça sindi

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Por: Larissa Vieira

Apesar de não serem obrigados a utilizar receptoras zebuínas, os cria-dores de guzerá já vislumbram um efeito positivo para a raça com a de-manda futura que será gerada por outros zebuínos, principalmente o nelore. Por ser de dupla aptidão e de grande rusticidade, o touro guzerá é ideal para cobrir a vacada nelore na formação guzonel”, garante o cria-dor Roberto Neszlinger.

Um projeto que vem sendo desen-volvido pela Associação dos Criado-res da Raça Guzerá do Centro-Sul em parceria com a Associação dos Cria-dores de Guzerá do Brasil vai avaliar se as fêmeas desse cruzamento são realmente boas para produção de bezerros de qualidade superior. “Va-mos avaliar a habilidade maternal das matrizes, média de peso dos bezerros à desmama, temperamento e produ-ção. Já sabemos que, como ela her-dou a habilidade materna das duas raças de formação, guzerá e nelore, é mais leiteira. A guzonel é a fêmea ideal para os trópicos”, explica o téc-nico responsável pelo projeto Carlos Alberto Celestino.

Os dados das fêmeas estão sendo coletados na fase da desmama em fa-zendas de Minas Gerais, Rio de Janei-ro e Maranhão. As matrizes avaliadas pelo projeto permanecerão nos reba-nhos de origem para que continuem tendo sua eficiência na produção de bezerros avaliada. Já os machos nas-

cidos das matrizes avaliadas pelo pro-jeto, ao atingirem o peso de abate, serão encaminhados para abate téc-nico onde será feita classificação de carcaça.

Pela nova regra do Conselho De-liberativo Técnico da ABCZ, somente as fêmeas oriundas de cruzamentos entre zebuínos que estejam regis-tradas pela ABCZ, na categoria CCG, poderão ser usadas como receptoras. Porém, a entidade estuda a possibili-dade de permitir o uso de qualquer matriz cruzada (desde que tenha 100% de genética zebu) como recep-tora. A constatação de que se trata de um produto de cruza entre zebuínos ficaria a cargo de um técnico da asso-ciação. A proposta está em consulta no Conselho Deliberativo Técnico da entidade. “O uso dessas vacas cruza-das seria restrito a um período de dois anos, contados a partir de 2014”, in-forma o superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian. Pela regra atual, somente poderão ser re-ceptoras para os procedimentos de FIV e TE as matrizes registradas como PO, LA ou CCG.

Outra medida importante está em estudo pela diretoria da ABCZ, no in-tuito de facilitar o uso de recepto-ras zebuínas pelas propriedades. A entidade avalia a possibilidade de conceder desconto significativo no registro das matrizes LA de funda-ção (cara-limpa).

Fêmeas guzonel estão sendo avaliadas em projeto da Associacão Centro Sul

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Em meio ao rebanho ne-lore da Fazenda Bacuri, localizada em Barretos (SP), o touro Poacatu 4

da Bacuri pode parecer apenas mais um exemplar mocho do plantel. Não é. Ele é conside-rado um fenômeno raro da ge-nética zebuína. Mesmo sendo filho de vaca e touro com chi-fre, Poacatu 4 da Bacuri nasceu

mocho, contrariando o conceito predominante de genéti-ca de que animais com chifre só podem gerar filhos com a mesma característica.

Como os chifres não apareceram, nem mesmo na época da desmama, o proprietário do animal, Gabriel Luiz Sera-phico Peixoto da Silva, decidiu realizar um exame de DNA para verificar se Poacatu 4 era realmente filho do touro Imenso da Matinha e da fêmea Mariguá da Bacuri. O re-sultado foi positivo. Ao realizar a inspeção do animal para obtenção do registro genealógico, o técnico da ABCZ, Le-onardo Machado Borges, constatou que, além da ausência de chifres, o zebuíno apresentava algumas peculiaridades de nelore mocho. Pela versão do Regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas que vigorava na época, em julho de 2008, o animal não poderia ser re-gistrado pela associação.

O técnico coletou material para realização de novo exa-me de DNA em dois laboratórios determinados pela ABCZ. O parentesco foi novamente confirmado. O fato levou o Conselho Deliberativo Técnico a incluir no Regulamento a permissão para registrar animais com essa característica. A medida recebeu a autorização do Ministério da Agricultu-

ra, Pecuária e Abastecimento. Segundo o documento, os produtos que apresenta-rem caráter mocho (ausência de chifres), sendo oriundos de acasalamentos de pai e mãe devidamente inscritos no RGD e portadores de chifres, poderão ser ins-critos no RGN desde que seja realizado exame de DNA qualificando o parentes-co (pai, mãe e filho), a partir de amostras biológicas colhidas por técnico habilitado pelo Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas. Essa citação está no ca-pítulo XXII, artigo 149, Parágrafo Único da nova edição do Regulamento do Re-gistro.

Outro caso semelhante na Fazenda Bacuri, desta vez uma novilha, foi apre-sentado para registro, mas como o pa-rentesco por parte da mãe não pode ser comprovado, o registro foi negado. “A mãe da novilha foi vendida, logo após a desmama, antes de se coletar material para exame de DNA. Entretanto, nossa escrituração zootécnica informa que ela era uma vaca nelore padrão, assim tam-bém considerada pelo técnico registrador da ABCZ. Já o pai teve parentesco confir-mado pela genotipagem feita por nossa iniciativa”, explica o criador Gabriel Luiz. Segundo ele, por muitos anos, apenas a variedade mocha era selecionada na fa-zenda. As vacas mochas eram acasaladas com touros mochos e com touros aspa-

Caso de animal nelore mocho, filho de pais com chifre, motiva alteração no Regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas para permitir o registro desse tipo de zebuíno

Fenômeno da genética

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dos. Já as fêmeas com chifres com touros mochos. Recentemente, a fazenda pas-sou a formar um núcleo da variedade pa-drão, quando as fêmeas padrão passaram a ser acasaladas com touros padrão. No caso de Poacatu 4 da Bacuri, os pais são registrados como padrão, porém a avó materna é registrada como mocha.

Para o superintendente Técnico da ABCZ, que acompanhou todo o processo pessoalmente, juntamente com o técnico Leonardo Machado Borges, “casos dessa natureza já haviam sido relatados por ou-tros criadores anteriormente, mas nunca os fatos foram corroborados por provas inequívocas, seja por desistência dos cria-dores em concluir o processo, seja por incompatibilidades de parentesco reve-ladas nos exames.” Ainda aponta aquele superintendente que “existem na litera-tura técnica algumas indicações de que o caráter chifres em bovinos é regido por mais de um par de genes, o que sugere que pode haver – e o presente caso pro-va isso – mais interações entre os pares de genes do que a simples dominância do caráter mocho sobre o caráter chifres, como usualmente se admite; embora essa pareça ser a forma predominante de

ação entre os genes envolvidos nesse fenótipo, mas não a única.”

De acordo com o técnico da ABCZ, a mudança no regu-lamento irá permitir que animais de grande mérito gené-tico, como Poacatu 4 da Bacuri, possam ter sua genética aproveitada no rebanho, pois agora poderão ser registra-dos. Antes da alteração, esses animais eram descartados. Engenheiro agrônomo com doutorado em Economia, e professor com atuação em instituições como a Universida-de de São Paulo e Instituto de Economia Agrícola, o pro-prietário do animal buscou na literatura científica estudos que explicassem o fenômeno ocorrido em sua fazenda. No levantamento, que pode ser lido na íntegra no site da Ba-curi (www.bacuri.com.br), Gabriel constata que as atuais teorias não explicam o caso. “Esperamos, em consequên-cia, que o caso desse animal nascido na Fazenda Bacuri induza pesquisas que venham consolidar ou ampliar o conhecimento sobre genética zebuína”, escreve para em seguida concluir que “esse achado - nosso mocho filho de pais aspados – ainda sem explicação, sugere que toda a celeuma sobre distinção de raças nelore e nelore mocha deveria ser evitada. Afinal, animais mochos podem gerar animais chifrudos e animais chifrudos podem gerar ani-mais mochos. E nas populações de ambas as variedades há certamente recursos genéticos que não deveriam ser desprezados pelos selecionadores. Em nossa opinião, por-tanto, melhor seria que bons reprodutores fossem usados em rebanhos das duas variedades, independentemente de portarem ou não chifres”.

Por: Larissa Vieira

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Negócios em altaExpoZebu 2010 fecha balanço com aumento de 23% em seu faturamento e mostra sua força política ao reunir no mesmo palanque dois dos presidenciáveis e grande parte da cúpulapolítica brasileira

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Não poderia ser diferente. A feira que é considerada a vitrine da pe-cuária nacional fechou seu balan-ço mais uma vez em alta. Prova

de que sua estrutura é bem alicerçada e que o produtor confia em seu empreen-dimento. A pecuária de seleção é uma atividade de alto investimento, mas que proporciona retorno positivo e que atrai

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entidades de defesa agropecuária presentes na reunião (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerias, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Alagoas, Goiás e Rio Grande do Sul) propuseram a retirada gradual e em bloco da vacinação contra a aftosa no país.

Dezenas de políticos, entre eles governadores, senado-res, ministros, membros do Judiciário, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores marcaram presença na feira. Um deles foi o ministro do Supremo Tribunal Fede-ral, Gilmar Mendes, que, além de participar da solenidade de abertura, visitou a sede da ABCZ e os animais expostos na feira. O ministro, juntamente com familiares, possui propriedade no estado de Goiás, onde se dedica à pecuá-ria de corte.

Na abertura, o vice-presidente José Alencar, represen-tando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira dama, Marisa Letícia, entregaram em mãos ao presidente José Olavo carta do Presidente cumprimentando pela re-alização da feira e revelando que um dos grandes anseios da ABCZ será atendido em breve: a cessão à associação em permuta de uma área da União encravada no perímetro do Parque Fernando Costa, atualmente de posse do Insti-tuto Federal de Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro.

Reconhecimento

A ABCZ, juntamente com a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Associação Brasileira dos Criado-res de Gir Leiteiro e Associação Brasileira de Inseminação Artificial, homenageou o ex-ministro da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento Reinhold Stephanes com uma pla-ca pelos relevantes serviços prestados à pecuária durante sua gestão naquela pasta. A homenagem “Mérito ABCZ” também marcou a abertura da feira. Receberam a meda-lha: Alysson Paolinelli - ex-ministro da Agricultura; Arlindo Drummond - criador; Eurípedes Barsanulfo da Fonseca - criador; Inácio Afonso Kroetz - secretário de Defesa Agro-pecuária do MAPA; João Carlos Saad - presidente do Gru-po Band; Ronan Eustáquio da Silva - criador; Vilemondes Garcia Andrade Filho - criador; Waldemar Neme - criador. Na categoria Funcionário, recebeu o prêmio o superin-tendente técnico-adjunto de Genealogia da ABCZ, Carlos Humberto Lucas. Na categoria Internacional, o homena-geado foi o criador do Senegal, Abdoulaye Diao.

A cerimônia foi encerrada pela bateria da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, que em 2011 levará para o Sambódromo homenagem ao principal setor da economia brasileira: o agronegócio.

cada vez mais produtores interessados em contribuir para o melhoramento ge-nético do gado comercial. Assim, os lei-lões da ExpoZebu deste ano refletiram a confiança dos produtores nesse mercado e alcançaram a cifra de R$ 69.802.480,00, nos 43 remates realizados durante a fei-ra. O público de 333.588 pessoas movi-mentou a feira.

A ExpoZebu também mostrou seu peso político, trazendo para um mesmo palanque os pré-candidatos à presidên-cia da República, Dilma Rousseff e José Serra. Aproveitando a oportunidade, o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, e a senadora Kátia Abreu, pre-sidente da CNA, entregaram documento oficial aos pré-candidatos sobre o que o setor espera do próximo Presidente da República. Em seu discurso, o presidente da ABCZ destacou alguns problemas que afligem os produtores rurais. “Preocu-pamo-nos ao ver esse sistema produtivo ameaçado por ações criminosas de inva-sores de terras; ameaçado por um código florestal caduco. Por isto não podemos ter medo nem meias palavras na defesa da aplicação da lei penal para os invaso-res de terras; na defesa de uma política indigenista equilibrada; na defesa de um código racional e justo, que não deve-ria ser apenas florestal, mas ambiental, abrangendo as cidades e outras ativida-des econômicas. Também não podemos deixar de lutar por investimentos em logística e por uma política de financia-mento e de preços compatíveis com a importância estratégica do nosso sistema produtivo”, destacou.

O presidente ainda defendeu que a retirada da vacinação contra a aftosa no Brasil seja por blocos regionais, que inclu-am os países fronteiriços, na tentativa de eliminar o vírus em todo o continente. O assunto já havia sido debatido dias antes (28/05) na ExpoZebu, durante a reunião do Fonesa (Fórum Nacional dos Executo-res de Sanidade Agropecuária). Duran-te o encontro, os 12 representantes das

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ganha novos investimentos

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Conhecida como um dos maiores centro de gené-tica bovina, a cidade mineira de Uberaba poderá, em breve, ganhar uma unidade da Embrapa, para pesquisas de melhoramento genético bovino. A

notícia foi dada pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Alberto Duque Portugal, durante a abertura oficial da ExpoZebu 2010, no dia 3 de maio. O deputado federal Paulo Piau acredita que a medi-da irá consolidar a região como um dos mais importantes núcleos de genética bovina do mundo.

Mais de R$ 2 milhões serão investidos pelo Governo de Minas Gerais em ações do Polo de Excelência em Genética Bovina, cuja sede é em Uberaba. O ato de autorização de todos esses recursos foi assinado durante a solenidade pelo governador de Minas, Antônio Augusto Junho Anastasia. O documento também foi assinado pelo presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes. Foram liberados, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), R$2.140.000,00. Do montante, R$ 1.280.000,00 são destinados ao sequenciamento do genoma de zebuí-nos, pesquisa realizada pela Fapemig, em parceria com a ABCZ, Embrapa Gado de Leite, Universidade Federal de Minas Gerais, Centro de Pesquisas René Rachou e Epamig.

Os recursos liberados também contemplam a área de Educação. O montante de R$200 mil será destinado à criação da pós-graduação Lato Sensu, especialização em Genética Aplicada ao Melhoramento da Produção de Zebuínos, em parceria com a ABCZ, Fazu, Universi-dade de Uberaba e a Universidade Federal do Triângulo

Mineiro. De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, Alberto Duque Portugal, já existe um projeto para a criação de mestrado e doutorado em genética ze-buína. “Essas ações visam a aumentar o número de pesquisas no setor”, afirma o secretário.

O Programa de Melhoramento Ge-nético para Gado de Leite, utilizando o Núcleo de Doadoras Superiores da Raça Gir, em parceria com a Epamig de Ube-raba receberá R$300 mil. Outra entidade que teve recurso liberado (R$ 60mil) foi o Centro de Inteligência em Genética Bo-vina. Outros R$ 300 mil vão ser aplicados no banco de DNA das raças zebuínas, em parceria com a Fazu.

O Polo de Excelência em Genética Bovina promoveu durante a ExpoZe-bu 2010 diversas palestras para difusão do conhecimento em diversas áreas do agronegócio, com ênfase em genética bovina. As palestras foram realizadas no estande do Sebrae e do Pólo. Ao todo, 330 pessoas foram capacitadas nestes encontros. Entre os temas, também es-tiveram palestras especiais sobre cada uma das raças zebuínas.

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Apontada como a principal vilã quando o assunto diz respeito à emissão de Gases de Efeito Estufa, a pecuária tem pela frente um desafio tão gran-de quanto a própria necessidade de mitigação de

carbono para conter os impactos do aquecimento global: fazer com que a ciência supere as suposições em relação à quantidade e ao impacto de suas emissões.

O III Simpósio Pecuária Sustentável, promovido pela ABCZ e pelo Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), realizado no dia 06 de maio durante a ExpoZebu 2010, trouxe novamente à tona a necessidade da ciência prevalecer sobre as suposições quando o assunto diz res-peito às emissões de Gases de Efeito Estufa pela pecuária. Isso porque as suposições geralmente são fundamentadas em números inconsistentes.

O Simpósio foi aberto oficialmente com a participação de muitos interessados pela temática dos Gases de Efeito Estufa, entre ambientalistas, pecuaristas, representantes de entidades classistas e estudantes.

O encontro foi iniciado pelo Diretor Executivo da Embra-pa, Fernando Campos Mendonça, que lembrou o esforço da entidade para ajudar o agronegócio a avançar de ma-neira eficiente nas últimas décadas. Na sequência, o pre-

sidente do Instituto ARES, Ocimar Villela, lembrou o quanto o Brasil é eficiente “da porteira para dentro”. “Uma questão mui-to séria que está sendo trabalhada pelo ARES são os indicadores da sustentabili-dade relacionados a solo, água, questões sociais da propriedade, entre outros, para comprovar e levantar mais dados com em-basamento técnico sobre o agronegócio sustentável. A ABCZ de repente descobriu que tem a sustentabilidade em seu DNA. Todo mundo reconhece que o desmata-mento ilegal é ruim. Os produtores es-tão dispostos a conversar, desde que haja compensação financeira para o produtor. Com compensação, a pecuária será cada dia mais sustentável. A preocupação da ABCZ é o melhoramento genético e este é um componente fundamental para o melhoramento do rebanho. A ABCZ está à vontade para debater sustentabilidade, pois é um elo fundamental deste proces-so”, declarou.

Gases de Efeito Estufa:ciência versus suposições

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Em seguida, o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, falou sobre o Projeto Biomas, que será promovido pela confederação juntamente com a Embra-pa. “No futuro não teremos barreiras sa-nitárias e comerciais, mas, com certeza, as questões que serão debatidas aqui hoje serão grandes barreiras para nossos pro-dutos no exterior. Já estamos incomodan-do muitas pessoas produtoras de gêneros alimentícios mundo afora. Sem dúvida, a ausência de sustentabilidade será um grande gargalo para nossos produtos e exportações, especialmente carnes”, afir-mou Alvim.

Já a diretora da ABCZ, Leila Borges de Araújo, reiterou o compromisso da asso-ciação com a promoção da Pecuária Sus-tentável. “Este tema deverá ser perma-nente de agora em diante. Não podemos avançar sem sustentabilidade. São tantos os desafios, que teremos que priorizar o que fazer primeiro”, ressaltou.

E dentre todos os desafios para a pe-cuária sustentável, o principal deles é jus-tamente promover o levantamento de dados científicos pertinentes, que possam gerar inventários de Gases de Efeito Estu-fa confiáveis, como afirmou o presidente do CNPC, Sebastião Guedes, durante sua palestra “Resumo das primeiras conclu-sões sobre o balanço do GEE na pecuária e desejos da cadeia pecuária”. Guedes falou sobre as projeções da FAO, que estima um crescimento extremamente acentuado da população global até 2050, e sobre a necessidade de produzir mais 70% de ali-

mentos para alimentar esta população. O presidente do CNPC também lembrou que, ao contrário do que se afirma, a pecuária não é a principal causa do desma-tamento da Amazônia. “A primeira causa é a ocupa-ção ilegal das terras públicas, seguida da extração e comércio ilegal de madeiras nobres, extração de ou-tras madeiras para produção de carvão e ainda a ex-pansão da agricultura. Não é justo que a pecuária leve a culpa. Principalmente, porque o Brasil foi o país que mais reduziu metano no mundo nos últimos 20 anos (ao todo 29% de redução)”, esclareceu.Guedes afirmou que o Brasil tem solo, clima, água e tecnologia moderna aplicá- vel à agropecuária. Além disso, tem genética e nutri- ção adequada para obter um bovino de 510 kg de peso vivo aos 18 meses de idade. “Temos ainda pos- sibilidade de recuperar as pastagens degradadas. O Brasil tem know how na área científica para construir uma tabela para emissões da pecuária brasileira. O que desejamos então? Que a ciência prevaleça sobre su-posições e sobre os exagera-dos princípios de precaução do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Queremos que seja conheci-do um balanço entre emissão e absorção de GEE, queremos estímulo ao melhoramento genético e incentivo para o siste-ma lavoura-pecuária-silvicultura, entre outros”, enfatizou. O pesquisador da Embrapa Agrobiologia, Bruno Alves, também fez ponderações importantes sobre a necessidade de melhorar os números que o IPCC utiliza para realizar inventários nacionais de GEE, bem como as metodologias do IPCC para mensuração de emissões de GEE. “Temos que refletir também sobre até que ponto as nossas bases de dados são seguras: como o rebanho brasileiro bovino é es-timado pelo IBGE? Se não tivermos informações confiáveis disponíveis, o inventário fica frágil”, argumentou Alves. O simpósio teve continuidade com a apresentação de vá-rios trabalhos e informações que preconizam a Pecuária Sustentável. O pesquisador da USP/Pirassununga, Paulo Henrique Mazza, falou sobre a “Mitigação de metano - Ci-fras, Perspectivas e Ações”.

Na sequência, o professor da FAZU, Adilson Aguiar, fa-lou sobre “Genética e Pastagem - O caminho para uma pecuária sustentável”. O “Pró-Genética - Experiência inovadora para multiplicação genética” foi o tema da palestra do superintendente de Marketing e Comercial da ABCZ, João Gilberto Bento. Ao final das palestras, os participantes puderam interagir com os pesquisadores fazendo perguntas e obtendo espaço para a discussão dos temas.

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Sebastião Guedes, presidente do CNPC

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Com o enfoque em sustentabilidade, a ExpoZebu inovou mais uma vez e transformou resíduos pro-duzidos ao longo da feira em novos produtos. É o caso do óleo de cozinha. Descartado por restau-

rantes e barracas de lanches após a fritura de alimentos, o material foi utilizado como matéria-prima para a produ-ção de biodiesel. A usina móvel instalada no interior do Parque Fernando Costa fez o processamento de cerca de 720 litros de óleo. O biodiesel produzido nos 12 dias de feira foi usado para abastecimento dos tratores do par-que, da própria carreta da Usina Móvel e dos tratores e caminhões utilizados na ExpoZebu.

O projeto de Sustentabilidade da exposição envolveu ainda outras ações. Os resíduos produzidos pelos mais de três mil bovinos expostos na ExpoZebu foram coletados e enviados para a Estância Zebu, propriedade da ABCZ lo-calizada próxima ao Parque. No local, os alunos da Fazu

(Faculdades Associadas de Uberaba) fize-ram a compostagem, processo para trans-formar o esterco em adubo de pastagem. Foi aferido preliminarmente o destino adequado de cerca de 680 kg/dia de resí-duos durante a feira.

Os resíduos de saúde animal recebe-ram descarte especial. Garrafas pet devi-damente identificadas com adesivo “Re-síduo de saúde animal” foram colocadas em vários pontos do Parque, para servir de depósito de seringas e agulhas. Com isso, evitou-se que esse tipo de resíduo fosse depositado nas caçambas para cole-ta de esterco e palha de arroz.

Já os resíduos descartados pelos visi-tantes nas lixeiras foram coletados por

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ExpoZebu inova com ações de sustentabilidade

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cooperativa de catadores. A Cooperu (Cooperativa dos Catadores de Reci-cláveis de Uberaba) fez a separação do lixo e comercializou o material posteriormente. “Este ano, 100% do resíduo gerado no parque foi triado e reciclado pelos cooperados. Já o resí-duo orgânico foi enviado para o ater-ro”, explica Carlos Nogueira, coorde-nador das ações de sustentabilidade da ExpoZebu. Implantado no ano passado, o projeto tem como objetivo fazer com que todas as medidas ado-tadas durante o evento não causem impacto ao meio ambiente.

Trezentos alunos de quatro facul-dades de Uberaba (Factus, Universi-dade de Uberaba, Instituto Federal de Educação do Triângulo ineiro e Fazu) monitoraram desde o consu-mo de água até a coleta de esterco bovino. Durante o monitoramento da utilização da água, feito pelos universitários, ficou constatado que os tratadores de animais usaram em média 9 litros de água na lavação de cada bovino. Todos os profissionais receberam orientação sobre o uso ra-cional da água para este procedimen-to. “Utilizando-se da mensuração da água almejamos conseguir reduzir ainda mais o consumo de água, mos-trando a sustentabilidade do projeto hídrico”, diz o coordenador do proje-

to de Sustentabilidade da ExpoZebu, Paulo Henrique Lopes. Outra iniciati-va do projeto relacionada aos recur-sos hídricos foi o reuso da água da chuva. Em um pavilhão do Parque foi instalado sistema-piloto para capta-ção da água da chuva e reaproveita-mento da mesma no próprio recinto.

Quem visitou a ExpoZebu 2010 en-controu um estande inteiramente de-dicado às ações em prol da conserva-ção do meio ambiente. Intitulado de “Espaço Sustentabilidade”, o estande foi todo montado com materiais reci-clados, sendo as divisórias de embala-gens de Tetrapak e os tijolos ecológicos (feitos de 95% de terra e 5% de cimen-to). Várias entidades e empresas, entre elas Epamig, Emater, Aliança da Terra, Coca-Cola, demonstraram tecnologias sustentáveis para o campo. Os visitan-tes ainda puderam levar para casa mu-das de árvores, doadas pela Prefeitura de Uberaba ou comprar artigos de de-coração feitos com garrafas pet, baga-ço da cana, ou jornais.

Estudantes de escolas infantis de Uberaba participaram do plantio de árvores em avenida próxima ao Par-que Fernando Costa. No local, exis-tiam anteriormente árvores, mas elas foram destruídas por vândalos. A re-posição das plantas foi feita em par-ceria com a Prefeitura de Uberaba.

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Quem visitou a cidade de Uberaba/MG para parti-cipar da ExpoZebu 2010, pôde aproveitar a passa-gem pela Capital do Zebu para conhecer de per-to o Campo Agrostológico, montado na Estância

Zebu, através da parceria estabelecida entre a ABCZ, a empresa Ourofino e a FAZU.

O campo começou a ser implantado em janeiro de 2010, com a finalidade de proporcionar encontro entre os produtores para a divulgação de novas tecnologias atra-vés de palestras diretamente no campo. O local funciona como uma vitrine das principais espécies de plantas forra-geiras utilizadas e comercializadas nos mercados interno e externo, identificadas com placas que informam a família, nome científico e nome popular.

Durante a ExpoZebu, o campo demonstrativo foi vi-sitado por grande quantidade de produtores, técnicos, professores e alunos de diferentes Universidades assim como por representantes diferentes empresas do setor agropecuário, onde receberam informações básicas que lhes permitem diferenciar entre as espécies de gramíneas forrageiras como também a oportunidade de informar so-bre os padrões diferenciados da qualidade das sementes Ourofino e sua importância no resultado de implantação, formação e manejo da pastagem. “O campo recebeu em média 25 pessoas por dia durante a feira, entre elas de-legações de diferentes países da America Latina (Colôm-bia, Bolívia, Costa Rica, México, Panamá, Venezuela, etc.), além de produtores, estudantes, médicos veterinários,

zootecnistas, agrônomos, todos interes-sados em conhecer a diversidades de es-pécies forrageiras produzida no Brasil”, conta Flávio Humberto Soares, engenhei-ro agrônomo da Ourofino.

O principal interesse foi conhecer as características fenotípicas das espécies no campo e adquirir informações técnicas sobre qualidade de sementes, adaptação das espécies, formação de pastagem, ma-nejo de pastagem e principalmente indi-cação das espécies mais adaptadas para sua situação.

A área demonstrativa do Campo Agros-tológico conta com plantas forrageiras do gênero Brachiária (Brachiaria brizantha - Cultivares Marandu, Xaraés, BRS Piatã), (Brachiaria decumbens STAPF - Cultivar Basilisk), (Brachiaria humidicola - Cultivar Llanero, Cultivar Humidicola), Brachiaria ruziziensis - Cultivar Ruzizienses), Panicum (Panicum maximum - Cultivares Tanzânia, Mombaça, Aruana, Massai). “A área de-monstrativa, por enquanto, estará à dispo-sição de todos os produtores rurais, univer-sidades, técnicos que queiram conhecer as principais espécies de forrageiras utilizadas no Brasil e América Latina, conclui Flávio.

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Revista ABCZ5454 Revista ABCZ

A ExpoZebu 2010 deu início ao planejamento de uma nova fase de internacionalização da ABCZ. Além de receber, entre os dias 28 de abril e 10 de maio, 461 visitantes de 28 países da América Lati-

na, África, Europa e América do Norte, o Salão Internacio-nal foi o ponto de partida para que a entidade estreitasse o relacionamento com criadores e associações de outros países.

Panamá e Congo demonstraram interesse em desen-volver um programa nos mesmos moldes do Pró-Genética (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Reba-nho Bovino). Durante a feira, os representantes do Mi-nistério de Desenvolvimento Agropecuário do Panamá e representante Governamental da República do Congo iniciaram as primeiras reuniões para encaminharem carta de intenção para a implantação de uma cooperação téc-nica entre ABCZ, EMATER e Banco Mundial para levarem o Pró-Genética para os respectivos países. No Brasil, este programa já é bem sucedido no estado de Minas Gerais e aos poucos está sendo difundido para vários estados da federação.

Dois acordos de cooperação técnica entre os governos do Panamá, República do Congo, ABCZ e EMATER-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Esta-

do de Minas Gerias) foram firmados. Com esta iniciativa, aumenta a possibilidade de ampliação de negócios no exterior para criadores e empresas na área de me-lhoramento genético e demais segmentos da cadeia produtiva como equipamentos, sementes para pastagens, nutrição e pro-dutos veterinários, pois os países em de-senvolvimento terão uma demanda cada vez mais crescente na área de produção no campo, representando assim uma ex-celente oportunidade de negócios para o setor para os próximos cinco anos.

No dia 2 de maio, foi firmado o con-vênio entre Asocebu (Bolívia) e Uniube pelo reitor da Uniube, Marcelo Palmério, a presidente da Sociedade Educacional Uberabense (SEU), Vera Palmério, e o pre-sidente da Asociación Boliviana de Cria-dores de Cebú, Eduardo Eguez El-Hage, para beneficiar os jovens bolivianos que desejam cursar Medicina Veterinária na instituição e assim criar um intercâmbio técnico entre os países.

Salão Internacional atrai visitantes de 28 paísesfo

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A história de dois grandes pioneiros da zebuinocul-tura brasileira, Rubico Carvalho e Torres Homem, pode ser conferida por visitantes brasileiros e de diversos outros países durante a ExpoZebu 2010.

A mostra do Museu do Zebu deste ano teve como tema “Dois Grandes Homens e 76 anos de exposições”. Os vi-sitantes conferiram fotografias de sedes de fazendas da região, dos dois pioneiros e dos 76 anos da ExpoZebu.

A 27ª Mostra do Museu do Zebu, que estará aberta para visitação durante todo o ano, foi inaugurada no dia 28 de abril com a presença de autoridades locais, de fa-miliares dos homenageados e de criadores. Rubico e Tor-res Homem tiveram participação direta na última impor-tação de animais vivos da raça nelore da Índia, em 1962. Rubico também foi um dos responsáveis pela introdução do brahman no Brasil, em 1994.

Zebu na Escola

Dez mil estudantes passaram pelo Parque Fernando

Costa para participar do projeto Zebu na Escola. Acompanhados de monitores, eles conheceram as raças zebuínas, os projetos de sustentabilidade expostos na feira e um pouco da história da pecuária zebuína.

Participaram do evento alunos dos En-sinos Fundamental, Médio, Técnico, Supe-rior, integrantes da Unidade de Atenção ao Idoso de Uberaba (UAI), filhos de colabora-dores da ABCZ e crianças da Paróquia São José de Tutunas.

Pequenos escritores

Depois de conhecerem a ExpoZebu através do projeto Zebu na Escola, os estudantes participaram de um concur-so para a escolha das melhores redações sobre a feira.

Confira os textos dos três primeiros colocadosExpoZebu não é só lugar de diversão

Hugo Alves Fernandes Escola Estadual Felício de Paiva

1º lugar

Muitas pessoas apreciam a ExpoZebu por ser um lugar de pas-seio, para se divertirem no parque, assistirem a shows, comer, beber. Para mim não é só isso.Eu aprecio a ExpoZebu por ser um evento muito importante para a pecuária brasileira. Com essa exposição o mundo tem uma visão diferente sobre nós brasileiros, mostrando-lhes a nossa vontade de crescer em todos os sentidos.

Eu aprecio também esse projeto, o Zebu na Escola, que está nos ensinando a importân-cia do gado zebu em Uberaba e no Brasil inteiro, contando-nos a história da ABCZ e também ensinando-nos a sustentabilidade, que foi o tema da ExpoZebu esse ano. Achei muito importante esse tema porque mostra que a ABCZ também está preocupada com o meio ambiente, criando projetos como o melhoramento genético, que ajuda na sus-tentabilidade.Adorei ter aprendido sobre reciclagem, sobre

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como extrair o etanol, sobre as raças de gado zebu, sobre as geleias feitas com cascas de fruta. Na ExpoZebu aprendi muita coisa que ajuda na sustentabilidade, a preservar o ambiente em que vivemos, mas peço uma coisa: continuem com esse projeto porque quero que meus filhos, meus netos e até bisnetos apren-dam também tudo aquilo que eu aprendi aqui, com vocês, que vai me ajudar e ajudar o planeta durante toda a minha vida.

Um dia de aprendizadoIsabella Velasco Batista

Colégio Liceu Albert Einstein2º lugar

No dia 4 de maio, os alunos do 8º e 9º ano estavam a caminho do Parque Fernando Costa, inclusive eu. Senti que não seria um simples passeio porque aprenderíamos não só sobre uma parte da economia sustentável do Brasil como também parte da histó-ria de Uberaba. Vimos diversas raças de gado, projeto de abas-tecimento da cidade, geração de energia, impactos ambientais e até transformação de óleo de cozinha em diesel.Foi legal saber que Uberaba, uma cidade do interior de Minas Ge-rais, recebe pessoas do mundo todo e que contribui para o cres-cimento tanto cultural quanto econômico do nosso país, fazendo dele uma das potências mundiais mais rica e diversificada. Eu aprendi um pouco sobre tudo! A área da pecuária é tão forte nessa região, que influencia nas faculdades e forma ótimos profissionais. Esse passeio me fez apreciar a vida animal e contribuir com a pre-servação ambiental para a conservação do planeta. Tenho orgulho de ser uberabense e brasileira! E parabéns pelo desempenho!

O que você mais apreciou na sua visita à Expozebu

Caio Freitas Ferreira de LimaEscola Estadual Dom Eduardo

3º lugar

Eu apreciei principalmente o trabalho de todos os participantes deste projeto fornecido a mim e aos meus colegas. O Projeto Zebu na Escola me ensinou muitas coisas que eu não sabia. Fi-quei sabendo que a ABCZ é Associação Brasileira dos Criadores de Zebu. No Museu do Zebu eu conheci objetos muito legais.Eu conheci um projeto criado pelo CODAU chamado Água Viva, nes-te projeto foi criada a ETA 2 e reformada a ETA 1. Depois de tudo isso, fui tomar um suco e comer um lanche que, aliás, estava uma delícia. Mas o mais legal foi conhecer a história do gado Zebu, um importante responsável pelo desenvolvimento de Uberaba, a minha querida cidade, a Capital do Zebu.

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ExpoZebu 2010 foi palco de importantes eventos rea-lizados por várias associações promocionais das raças zebuínas.

Brahman Sustentável

Em parceria com o Instituto Brasileiro de Florestas, a Associação dos Criadores de Brahman do Brasil lançou durante a ExpoZebu o projeto Brahman Sustentável. A iniciativa tem a intenção de conscientizar os pecuaristas quanto à necessidade de aplicar técnicas socioambientais nas propriedades rurais, além de mostrar que a raça brah-man pode colaborar com a sustentabilidade da atividade pecuária. Foram distribuídas na feira, além de sementes de árvores nativas, 500 mudas de árvores, como aroeira. Os pecuaristas que visitaram o estande da associação de-monstraram interesse em firmar parceria com viveiros de mudas de árvores nativas para fins de reflorestamento de áreas como reserva legal e Área de Preservação Perma-nente.

Eleições ABCGil

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro, Sílvio Queiroz Pinheiro, foi reeleito para o car-

go. A eleição ocorreu no dia 6 de maio. Durante a ExpoZebu, a entidade ainda di-vulgou o resultado do 18º Grupo do Tes-te de Progênie. A novidade este ano foi o lançamento da 1ª Prova de Seleção de Touros que irão participar dos próximos grupos do Teste de Progênie. Segundo a entidade, trata-se de uma pré-seleção onde os touros passam por avaliação de vários aspectos, desde os reprodutivos até comportamentais. A ABCGil também realizou durante a ExpoZebu eventos alu-sivos aos 30 anos da associação e aos 25 anos do Programa Nacional de Melhora-mento do Gir Leiteiro.

Indubrasil elege presidente

A Associação Nacional dos Criadores de Indubrasil elegeu no dia 3 de maio sua nova diretoria. A presidência da entidade continuará sendo ocupada pelo criador Roberto Fontes de Góes. No dia 5, houve a entrega do Mérito Indubrasil a persona-lidades que contribuíram para o avanço

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da raça: a criadora Eliana Santuveti Cus-tódio Barros, o ex-presidente da Indubra-sil Luiz Humberto di Martino Borges, o superintendente de Genealogia da ABCZ, Carlos Humberto Lucas, o reitor da Uni-versidade de Uberaba, Marcelo Palmério (homenagem especial), e a conselheira técnica da raça, Enelice Cristina Cadetti Garbellini.

Tabapuã e UFLA

Criadores de tabapuã conheceram du-

rante a ExpoZebu resultado de pesquisas que estão sen-do feitas com a raça na Universidade Federal de Lavras. Durante o evento promovido pela Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã, no dia 3 de maio, o zootecnis-ta Julimar do Sacramento Ribeirão falou sobre a “Eficiên-cia de produção característica de carcaça e qualidade de carne de zebuínos confinados”. A universidade preten-de continuar o trabalho de pesquisa com a raça sobre os seguintes assuntos: influência do sistema de terminação (pastagem x confinamento), grupo genético e variabi-lidade intra-racial nas características da carcaça, carne, perfil de ácidos graxos e redução da poluição ambiental em bovinos de corte.

Sindi

A Associação Brasileira dos Criadores de Sindi fez o lan-çamento de mais uma edição da Revista Sindi. O evento, ocorrido no dia 7 de maio, contou com a presença de cria-dores de várias regiões. A dupla aptidão da raça foi tema de palestras ocorridas no dia 6 de maio. O criador Adáldio José de Castilho Filho falou sobre a aptidão para corte, cuja qualidade da carne foi comprovada em dois abates técnicos realizados por ele com fiscalização do Ministério da Agricultura. Segundo ele, a homogeneidade de carca-ça, do teor de gordura e da textura da carne, credencia a raça como de excelência para a atividade de corte.

Guzerá de casa nova

A Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil inau-gurou um espaço especialmente dedicado aos criadores e visitantes. O estande fixo da associação está em local com visão privilegiada da pista de julgamento do Parque. A so-lenidade de inauguração do local aconteceu no dia 2 de maio. O espaço, projetado pelo arquiteto Carlos Pontual, foi todo decorado com tema indiano e será utilizado du-rante as feiras realizadas em Uberaba. No dia 5, houve a eleição do novo presidente da entidade, que agora passa a ser comandada por Paulo Menicucci. Outro evento pro-movido pela associação foi o lançamento do Sumário de Touros.

ACNB e Assogir

A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil e a Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Gir (Assogir) aproveita-ram a ExpoZebu para divulgar em seus estandes os avan-ços das raças e os projetos das entidades para 2010.

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Aconteceu na ExpoZebu

Cavalgada AcurA 76ª ExpoZebu foi homenageada no dia 02 de maio pela Associação das Co-

mitivas de Uberaba e Região (ACUR), com um desfile de 40 comitivas do interior mineiro e paulista. Participaram da cavalgada cerca de 450 cavaleiros.

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Homenagem O Banco do Brasil homenageou, durante a ExpoZebu 2010, parceiros da

instituição bancária. Além do presidente da ABCZ, José Olavo Borges Men-des, o banco também homenageou a empresa de exportação Agroexport. O Superintendente Estadual do Banco do Brasil em Minas Gerais, Tércio Luiz Tavares Pascoal, entregou as placas da homenagem. Participaram ain-da da homenagem representando o Banco: o Superintendente Regional do Triângulo Mineiro, José Alberto Callegari Júnior; o Gerente Geral Agência Santa Maria - Giovane José de Menezes; Gerente Geral Agência Uberaba, Ailton José Salazar de Morais; Gerente Geral Agência Guilherme Ferreira, João Raimundo de Oliveira, e Gerente Geral Agência São Benedito, Ronald Naves de Oliveira Júnior.

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Mérito ParlamentarA revisão do Código Florestal esteve entre os principais

assuntos discutidos durante o 4º Encontro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, realizado no dia 07 de maio, com a presença de deputados federais e produtores rurais de todo o Brasil. Durante o evento, o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, e os diretores da entida-de entregaram aos parlamentares que contribuíram para o agronegócio a medalha “Mérito Parlamentar”. Os ho-

menageados foram: Abelardo Luiz Lupion Mello, Aelton José de Freitas, João Alberto Fraga Silva, Benedito de Lira, Carlos Alberto Sousa Rosado, Carlos Willian de Souza, Dagoberto Nogueira Filho, Dilceu João Sperafico, Eduardo Francisco Sciarra, Felix de Almeida Mendonça, Jairo Ataide Vieira, João Bittar Júnior, João Lúcio Magalhães Bifano, José Carlos Machado, José Santana de Vasconcellos Moreira, Kátia Regina Abreu, Leonardo Moura Vilela, Marcos Guimarães de Cerqueira Lima, Marcos Montes Cordeiro, Nárcio Rodrigues da Cunha, Rubens Moreira Mendes Filho, Nelson Marquezelli, Osório Adriano Filho, Paulo Piau Nogueira, Ronaldo Ramos Caiado, Raimundo Sabino Castelo Branco Maués, Virgílio Gui-marães de Paula, Waldemir Moka Miranda de Britto e Wandenkolk Pasteur Gonçalves.

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ExpoZebu 2010fo

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Fausto Cavalcante, Eduardo Lippincott,

Alexandre Ferreira e César Garetti

João e Eliana Leopoldino

Marcos R. da Cunha, Lídia R. da Cunha, Rodrigo R. da Cunha, Paulo Miranda Leite (Presidente da ABCSindi), Miguel Curi Neto, Felipe Curi, Helena Curi e Gabriela Curi.

Roberto Horta, Beth Horta e José Ricardo Fiúza Horta

Renato Barcellos, Marcelo Bazan e Caio

Junqueira.

Adaldio Castilho (ABCSindi) e Ricardo

Abreu (CRV lagoa).

Paulo Camargo (Água Milagrosa), Priscila e Waldemar Arimatéia, Marcos e Roberta Dornellas, Fátima Arnaldi

Amir Miguel, Vera Souza, Bruno e Helen

Jacintho

Lilian, Lúcio Rodrigues Gomes e Marcílio Figueiredo

Marcos Dornellas, Maria José Guimarães,

Giorgio, Fátima e Mônica Arnaldi e Miguel

Name

Diretor da ABCZ Luiz Cláudio Paranhos e o filho Bento

em foco

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Hélio Fabri (Jacó), Francisco Cavalcanti,

Eduardo Nogueira Borges e João Neto

Djenal Tavares, Waldir Barbosa, José Henrique Fugazzola Barros

Norival Bonamichi (Ouro Fino), Marcelo

Palmério (Uniube), Luiz Fernando Borges e

Henrique Borges

Rodrigo Martins Bragança (Diretor ABCGil),

José Luiz Junqueira Barros e Maria Tereza

Calil

José Antônio, Célio e Virgilio Villefort, Robson e Denílson Moura, Alex Santos

Paulo Emílio Almeida Carneiro, José Alber-to Murad, José Ricardo Brandão Martins

Regina Pontual, Carlos Fernando Falcão Pontual, Maurício Coutinho e Humberto N. da Cruz

Juarez A. Pinto, Hélio Lemos, Wagney Leão

e Ricardo Miotto

Aluísio Cristino da Silva e Iraci Francisca da Silva

Paulo, Rodrigo Saium, Marcos Mussi, Gabriel Prata Rezende (diretor da ABCZ) e

André Zambrin (Grupo Ima)

Roberto Góes, Lia Barros e Rubens CarvalhoLia Barros, Ilza Kefalás Oliveira e Patrícia Biagi Barros

maio - junho • 2010 63

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64 Revista ABCZ

A maior exposição pecuária zebuína do mundo, a ExpoZebu 2010, terminou com balanço positivo. Os 43 remates realizados durante a feira movi-mentaram R$ 69.802.480,00, melhor resultado das

últimas quatro edições da mostra. Esse montante é quase 23% maior que o de 2009. No ano passado, os 48 remates faturaram R$56.784.330,00, cinco a mais que em 2010.

Os leilões da ExpoZebu 2010 comercializaram 1.441 animais, em 1.353 lotes, com média de R$ 48.440,00 por cabeça e R$51.591,00 por lote. Com movimentação de R$ 12.364.000,00, o leilão Elo de Raça (nelore), que aconte-ceu na noite de 4 de maio, na Chácara Mata Velha, foi o de maior faturamento, seguido pelo 26º Noite dos Cam-peões (nelore), com R$9.420.000,00 e o Katispera (nelore), com R$5.162.000,00.

O animal mais caro comercializado nos leilões da Expo-Zebu 2010 foi Parla FIV AJJ, vendida por R$2.760.000,00. Ela pertencia a Antônio José Junqueira Vilela e teve 75% de sua posse arrematada pelo consórcio formado pela Agropecuária Vila dos Pinheiros, João Carlos di Genio e Chácara Mata Velha, durante o Leilão Elo de Raça. Parla FIV AJJ é o exemplar mais caro de todas as 76 edições da ExpoZebu. O segundo animal mais caro da feira, Essência Santarém, também teve 75% de sua posse arrematada no leilão Elo de Raça, pelo valor de R$ 2.550.000,00. Ela foi vendida por Olavo Monteiro de Carvalho para a Agrope-cuária Vila dos Pinheiros, João Carlos di Genio e Chácara Mata Velha. A raça nelore teve 16 pregões.

Na raça gir, ocorreram 14 eventos, sendo o de maior fa-turamento o 19º Tradição Gir Leiteiro. O leilão movimen-tou R$2.044.000,00, com média por lote de R$ 73 mil. Os criadores de guzerá participaram de três leilões da raça. O 17º Guzerá Brasil Majestades da Raça, de maior movimen-tação entre os três, faturou R$1.704.000,00, com média

por lote de R$ 63.111,11. A raça brahman teve cinco leilões.

O Liquidação Brumado faturou R$ 1.778.600,00, com média por lote de 24.364,38. Este foi o leilão de maior movi-mentação da raça. Na tabapuã, ocorreram três remates, com o 37º Peso Pesado do Ta-bapuã alcançando melhor desempenho. Os 24 lotes leiloados renderam R$ 478.000,00, sendo a média por lote de R$19.916,67.

A ExpoZebu também teve o Leilão Top Girolando, cuja movimentação final foi de R$442.400,00, com média por lote de R$11.416,22, e o 11º Special Maab de Jumentos Pêga & Muares e Convidados, faturando R$722.000,00 e média por lote de R$ 31.391,30.

Shoppings

Além dos pregões, os criadores que vi-sitaram a 76ª ExpoZebu puderam comprar zebuínos de genética superior nos sete shoppings de animais realizados em pro-priedades próximas ao Parque Fernando Costa. Os shoppings funcionaram durante toda a feira e ofertaram bovinos das raças: brahman, gir, guzerá, nelore e sindi. Fo-ram eles: Shopping Agropecuária Diaman-tino; 3º Shopping Zebu Leiteiro Uniube e Convidados, Shopping Japaranduba, Sho-pping Grandes Doadoras da ExpoZebu, Shopping Fazenda Santanna, Shopping Show Rima e Shopping Guzerá MF.

Faturamento dos leilões registra alta de 23%

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Estamos apresentando o oitavo Su-mário de Touros das Raças Gir e Gir Mocha realizado com as informa-ções de produção aferidas através

do Controle Leiteiro e genealogia, ambas mantidas pelo banco de dados da ABCZ.

As características analisadas foram a produção de leite acumulada até 305 dias, sem ajuste para duração da lacta-ção, e a percentagem de gordura no leite. Neste conjunto, as médias foram de 2.870 kg, com desvio padrão de 1.300 kg, para produção de leite e de 4,42%, com des-vio padrão de 0,64%, para percentagem de gordura. Foram consideradas 13.728 lactações pertencentes a 8.135 vacas das raças gir e gir mocha, sendo que 4.885 lactações continham informação de per-centagem de gordura no leite. No arquivo gerado, após as consistências, os animais estavam distribuídos em 149 fazendas. A matriz de parentesco utilizada nas análi-ses incluiu 18.318 animais, após buscar até três gerações de ascendentes no arquivo de genealogia. Sempre com o intuito de aprimorar a qualidade da avaliação, tam-bém este ano foram utilizados critérios rigorosos para incluir uma informação no conjunto de dados utilizado na análise.

Foi utilizado o método de modelos mistos, aplicado a um modelo animal. O modelo contou com os efeitos aleatórios de animal (efeito genético direto e de ambiente permanente), além do efeito fixo de grupo contemporâneo e a idade da vaca ao parto como covariável (efeitos linear e quadrático). Os grupos contem-porâneos foram definidos por: fazenda, ano e estação do parto. As estimativas de herdabilidade utilizadas para as análises foram de 0,24 e 0,21 para produção de leite e percentagem de gordura, respec-tivamente, com uma correlação genética de -0,14 entre as duas características.

Os resultados para produção de leite (PTAL), que estão sendo publicados no Sumário 2009, são referentes a um total

de 169 touros que apresentaram filhas distribuídas em, no mínimo, três fazendas e cujas avaliações têm confia-bilidade de, no mínimo, 0,70, para a produção de leite. No caso da percentagem de gordura (PTAG), estão sendo apresentados os resultados dos touros que atenderam aos critérios acima, para produção de leite, e PTAG com um mínimo de 0,60 de confiabilidade.

A PTA é a habilidade provável de transmissão do animal como pai, do inglês predicted transmiting ability e mede a metade do valor genético do animal. O termo PTA (ou DEP para diferença esperada na progênie) sugere uma compa-ração e serve, portanto, para classificar os animais. Para facilitar a interpretação dos resultados, podemos exempli-ficar usando o touro A, com PTA para leite de +150 kg e o touro B, com PTA para leite de +90 kg. A diferença entre os touros A e B é de 60 kg, o que significa que podemos es-perar que a média das filhas do touro A seja 60 kg de leite superior à média das filhas do touro B, dado que todos os outros fatores sejam idênticos.

A confiabilidade ou acurácia mede a associação entre o valor genético predito de um reprodutor e o valor genético verdadeiro. Seu valor varia de 0 a 1 (ou de 0 a 100%) e de-pende do número de informações (filhas) do touro, da distri-buição dessas informações nos diferentes rebanhos, da mag-nitude do coeficiente de herdabilidade da característica. Ela fornece uma medida de risco e deve ser utilizada para definir a intensidade de utilização de um touro em um rebanho.

Aproveitando a oportunidade voltamos a ressaltar que, com o intuito de aprimorar ainda mais a qualidade do banco de dados e, consequentemente, da avaliação ge-nética dos animais das raças gir e gir mocha, foi lançado no ano de 2005 o Programa Gir Leiteiro da ABCZ. Neste Programa busca-se incentivar o controle leiteiro amplo e não seletivo. Assim, os produtores participantes que estão controlando a primeira lactação de todas as suas matrizes estão recebendo a avaliação genética de todas as vacas ativas de seu rebanho, o que os auxilia no processo de seleção e descarte de fêmeas. Este é um investimento da ABCZ que não implica em qualquer custo adicional para o produtor e que traz benefícios a todos.

Lucia Galvão de Albuquerque – UNESP - JaboticabalLenira El Faro – APTA – Ribeirão Preto

Humberto Tonhati – UNESP - JaboticabalCarlos Henrique Cavallari Machado – ABCZ

Enilice Cadette Garbellini - ABCZLuiz Antonio Josahkian - ABCZ

Sumário de Touros das Raças Gir e Gir Mocha 2010

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1 KCA 472 C.A. Sansão 880.8 0.92 92 33 0.012 0.86 B 805 C.A Everest

2 EFC 408 Urânio TE Silvânia 729.5 0.74 12 7 -0.089 0.60 KCA 472 C.A Sansão

3 A 7368 Radar dos Poções 728.9 0.93 106 29 0.048 0.66 A 324 Degas

4 B 805 C.A. Everest 703.0 0.97 240 42 -0.144 0.92 A 8396 C.A Prelúdio

5 B 6467 EFALC Paraíso Caju 698.8 0.84 32 11 -0.057 0.61 B 58 Caju de Bras.

6 ACFG 222 Barbante TE Kubera 695.4 0.74 9 5 -0.151 0.62 A 7481 Bem Feitor Raposo

7 B 3853 Feitor TE de Bras. 669.9 0.86 36 4 -0.118 0.84 A 6795 Udo de Bras.

8 A 9551 Ebano de Bras. 641.3 0.84 23 13 0.013 0.70 A 6765 Pacu de Bras.

9 B 58 Caju de Bras. 638.0 0.96 146 38 0.065 0.87 A 6796 Vale Ouro de Bras.

10 EFC 464 Valeouro TE Silvânia 617.1 0.77 11 7 -0.039 0.67 B 58 Caju de Bras.

11 CAL 4397 Nobre TE CAL 616.0 0.91 80 31 -0.228 0.73 B 805 C.A Everest

12 B 639 Herdeiro de Bras. 597.5 0.86 34 21 0.020 0.68 A 6796 Vale Ouro de Bras.

13 RRP 4223 Original TE de Bras. 581.1 0.71 — 4 — — A 9551 Ebano de Bras.

14 B 6304 FB Macuco 567.3 0.74 9 5 -0.092 0.67 A 2986 Azeitiro

15 B 6303 Debate da Pec. 564.4 0.77 15 7 — — A 6796 Vale Ouro de Bras.

16 A 9659 Fabuloso de Bras. 559.2 0.83 24 11 -0.116 0.68 A 6795 Udo de Bras.

17 A 2986 Azeiteiro 552.7 0.76 11 5 -0.108 0.65 A 7045 Sândalo

18 A 6796 Vale Ouro de Bras. 550.7 0.95 90 32 0.055 0.89 3937 Caxanga

19 B 4812 C.A.Guri ST TE 548.5 0.79 19 11 -0.195 0.66 B 4692 Impressor de Bras.

20 CAL 4762 Pioneiro B.Feit. CAL 546.3 0.74 8 7 -0.068 0.60 A 7481 Bem Feitor Raposo

21 B 5044 Maculele TE de Bras. 534.6 0.74 12 4 — — A 9657 Garimpo TE Bras.

22 CAL 4406 Napolitano TE da CAL 511.0 0.70 5 5 -0.221 0.65 B 805 C.A Everest

23 A 9552 Embaixador de Bras. 502.3 0.81 18 8 -0.181 0.65 A 6370 Onassis de Bras.

24 A 7481 Bem Feitor Raposo 492.3 0.98 528 87 -0.103 0.93 A 6783 Raposo da CAL

25 A 6795 Udo de Bras. 463.3 0.86 14 11 -0.070 0.74 9023 Darlan de Bras.

26 A 6772 Pati da CAL 454.3 0.89 25 10 -0.062 0.79 6680 Saravay

27 CAL 4332 Marcante Pati CAL 452.7 0.79 16 9 -0.099 0.62 A 6772 Pati da CAL

28 A 6765 Pacu de Bras. 452.5 0.74 3 3 -0.044 0.60 4959 Japão

29 B 3335 Dadaniyo dos Poções 450.0 0.72 9 4 — — A 7368 Radar dos Poções

30 EFC 383 Teatro da Silvânia 447.3 0.82 27 15 — — A 5940 Espantoso

31 B 5226 Modelo TE de Bras. 429.3 0.79 17 13 -0.025 0.65 A 3226 Rajastan de Bras.

32 B 4659 Elator TE Pati CAL 423.7 0.85 23 8 -0.097 0.74 A 6772 Pati da CAL

33 B 4692 Impressor de Bras. 418.7 0.93 107 37 -0.245 0.82 A 6795 Udo de Bras.

34 RRP 4581 Rajkot de Bras. 416.6 0.78 16 10 -0.145 0.63 B 58 Caju de Bras.

35 B 32 Cadarso C-054 411.3 0.96 191 47 -0.142 0.90 A 280 Eleito

36 B 5212 Mito TE Brasília 409.9 0.80 14 12 -0.013 0.74 B 58 Caju de Bras.

37 JFSA 482 Assunto S.Humberto 409.2 0.71 6 4 -0.146 0.69 B 805 C.A Everest

38 A 6370 Onassis de Bras. 400.8 0.84 13 11 -0.126 0.74 A 6207 Hermes de Bras.

39 CAL 4709 Poderoso B. Feit.CAL 394.6 0.70 5 4 -0.119 0.63 A 7481 Bem Feitor Raposo

40 JFSH 209 Alibi S.Humberto 394.3 0.72 6 3 -0.039 0.69 A 7481 Bem Feitor Raposo

41 A 9658 Fantoche de Bras. 390.1 0.74 11 10 -0.142 0.60 A 6795 Udo de Bras.

42 DAB 6 Askay DAB TE 373.8 0.71 6 5 -0.091 0.60 B 805 C.A Everest

43 CAL 4180 Lácteo TE CAL 366.6 0.76 14 7 0.018 0.60 3 SC Paxa Habil

44 CAL 4106 Jarro de Ouro CAL 358.8 0.84 30 21 -0.109 0.73 A 6796 Vale Ouro de Bras.

45 B 3347 Figurino Abide CAL 353.4 0.74 11 6 -0.038 0.60 A 9556 Abade Triunfo

8º Sumário de Touros (ordenado pelo PTA dos touros)

Rank RG nome touro PTA AC leite nº filhas nº fazendas PTA AC RG pai nome paigordura (%) gorduraleite (kg)

Page 67: Revista ABCZ 56

maio - junho • 2010 67

46 B 1302 Iapu TE de Bras. 350.3 0.72 9 4 — — A 3226 Rajastan de Bras.

47 A 9685 Graduado de Bras. 346.3 0.83 23 11 -0.075 0.67 A 6370 Onassis de Bras.

48 A 7433 Zonado Maxixe 345.0 0.78 14 4 — — A 6363 Maxixe da CAL

49 A 5259 S. Cruz Oasis Habil 343.8 0.91 52 26 0.082 0.83 A 8044 Campo Alegre Habil

50 GAV 171 Galaxi TE do Gavião 339.5 0.71 7 6 — — B 805 C.A Everest

51 B 4754 Heroi Dalton CAL 339.4 0.80 17 11 -0.009 0.68 B 5003 Dalton TE Pati da CAL

52 APPG 474 Husen dos Poções 338.8 0.77 17 5 — — A 7368 Radar dos Poções

53 B 4623 Jade 3R de Uber. 333.1 0.70 7 5 -0.035 0.60 A 4882 Falco 3R de Uber

54 A 6783 Raposo da CAL 331.1 0.83 11 7 -0.157 0.74 A 6166 Conhaque Virbay

55 A 7045 Sândalo 329.2 0.83 18 11 -0.059 0.74 8499 Eco da Sund.

56 JFR 1658 Egípcio TE B. Feitor 325.9 0.74 5 4 -0.068 0.66 A 7481 Bem Feitor Raposo

57 A 3226 Rajastan de Bras. 325.0 0.85 8 5 -0.189 0.71 7098 Hindostan Imp.

58 B 3381 Jacaré de Bras. 324.6 0.79 11 7 -0.162 0.67 A 3226 Rajastan de Bras.

59 A 6967 SC Paxa Habil 324.3 0.79 12 5 0.006 0.67 A 8044 Campo Alegre Habil

60 A 9686 Gangster de Bras. 320.6 0.77 9 6 -0.114 0.63 A 6795 Udo de Bras.

61 A 3225 Ramada de Bras. 317.6 0.71 7 4 -0.037 0.65 7098 Hindostan Imp.

62 B 4567 Incrível Griffe CAL 317.5 0.75 9 5 -0.060 0.65 A 6967 SC Paxa Habil

63 A 9657 Garimpo TE de Bras. 315.4 0.89 39 25 -0.127 0.72 A 6370 Onassis de Bras.

64 B 4601 Estilo de Bras. 315.4 0.76 9 6 -0.018 0.62 A 6796 Vale Ouro de Bras.

65 EFC 307 Refugio da Silvânia 310.6 0.70 6 3 — — A 9572 Griffe 37 de Uberaba

66 EFC 265 Patrimônio Silvânia 305.4 0.74 9 6 — — A 3611 Jagunço

67 B 5226 Meteoro de Bras. 303.4 0.83 31 12 -0.172 0.60 A 3226 Rajastan de Bras.

68 JFR 1661 Nilo TE 302.4 0.71 3 3 -0.042 0.64 A 7481 Nilo TE

69 B 5003 Dalton TE Pati CAL 297.5 0.92 79 24 0.009 0.82 A 6772 Pati da CAL

70 APPG 801 Major TE dos Poções 295.6 0.79 13 6 — — A 5940 Espantoso

71 B 2585 Encantado TE Cruz. 291.9 0.77 18 9 -0.001 0.67 A 6796 Vale Ouro de Bras.

72 B 5559 C.A. Paladino IN 285.2 0.93 111 31 -0.038 0.81 B 805 C.A Everest

73 B 3331 Último 281.0 0.85 37 7 0.082 0.69 A 7155 Sudhano

74 A 9066 Atol 278.7 0.74 13 4 — — A 6796 Vale Ouro de Bras.

75 B 5032 Gameta TE CAL 270.9 0.81 21 11 0.083 0.67 A 7045 Sândalo

76 MABG 18 Maab Amuleto 262.2 0.76 18 3 0.157 0.63 B 58 Caju de Bras.

77 B 8041 Rei da Epamig 253.1 0.76 12 3 -0.075 0.60 B 805 C.A Everest

78 ZAB 32 Gold TE do Gavião 252.9 0.70 10 3 0.059 0.60 A 7481 Bem Feitor Raposo

79 JFR 1607 Manchester TE 237.5 0.79 12 9 -0.053 0.71 A 7481 Bem Feitor Raposo

80 B 6427 C.A.Supremo TE 235.6 0.70 8 5 -0.071 0.60 B 805 C.A Everest

81 B 1023 Abaeté 235.1 0.81 23 3 0.080 0.77 A 2373 Saim JZ

82 B 959 Jampur Gamad Poi 235.1 0.87 49 3 — — A 7947 Jampur da Zeb

83 B 6409 C.A. Quero-Quero 232.4 0.79 18 5 -0.031 0.75 B 3401 C.A Gandy TE

84 B-4010 S.C.Uacai Jaguar 226.2 0.84 26 14 -0.051 0.68 A 1474 Jaguar

85 B 1572 Horizonte TE de Bras 224.5 0.71 9 7 — — A 6765 Pacu de Bras.

86 GAV 164 Guardião TE Gavião 224.0 0.73 10 6 — — A 6967 SC Paxa Habil

87 B 33 Camarare C-116 218.3 0.81 23 10 0.117 0.71 A 5222 M.Expoente Faizao

88 A 8996 Elegante 217.2 0.74 14 3 — — A 1474 Jaguar

89 A 9556 Abede Triunfo 217.2 0.82 18 8 -0.037 0.70 A 6272 Triunfo Ficçao da CAL

90 B1710 Mar. Relógio Baile 212.6 0.78 18 11 — — A 5258 SC Edipo Cachimbo

91 B 1550 Andaka dos Poções 211.0 0.90 53 18 0.015 0.73 A 7390 Sadhu dos Poções

92 B 4352 Feitiço da Poty VR 210.7 0.85 40 5 -0.139 0.77 A 1474 Jaguar

Rank RG nome touro PTA AC leite nº filhas nº fazendas PTA AC RG pai nome paigordura (%) gorduraleite (kg)

Page 68: Revista ABCZ 56

Revista ABCZ68

93 A 7184 Virbay Paraíso CAL 207.3 0.74 6 4 — — A 6738 Paraíso da CAL

94 A 7475 Feitiço de Bras. 206.6 0.83 21 12 -0.045 0.68 A 3226 Rajastan de Bras.

95 ANF 3076 Beduino da São José 201.0 0.83 28 9 — — A 8698 Visual da São José

96 7 Legítimo 200.3 0.73 11 6 -0.001 0.66

97 B 3563 FB Impacto 194.7 0.73 14 7 0.014 0.61 A 280 Eleito

98 B 3401 C.A.Gandy TE 191.7 0.83 27 18 -0.140 0.75 6730 Ita da SC

99 B 4507 Abagum Maxixe 191.5 0.76 13 7 — — A 6363 Maxixe da CAL

100 A 2636 Mucaja da Pontal 2 190.2 0.76 14 3 -0.015 0.69 9551 Huno da Sudernagar

101 A 4299 Rancheiro da CAL. 183.0 0.71 5 4 -0.053 0.62 A 6166 Conhaque Virbay

102 B 4012 SC Urutu Relógio 178.3 0.71 5 3 — — B 1710 Mar. Relógio Baile

103 A 9572 Griffe 3R de Uberaba 177.3 0.86 24 13 -0.088 0.67 8499 Eco da Sund.

104 A 7120 Panama dos Poções 169.1 0.85 30 8 0.218 0.70 A 324 Degas

105 A 6738 Paraíso da CAL 167.5 0.82 14 8 -0.003 0.72 6680 Saravay

106 A 5940 Espantoso 148.6 0.80 6 4 -0.008 0.60 A 6796 Vale Ouro de Bras.

107 A 9960 Principe Fan 146.9 0.74 14 3 — — B 989 Pricipe

108 K 1557 Intervalo CAL 145.5 0.73 13 5 0.081 0.61 A 6967 SC Paxa Habil

109 8499 Eco da Sund. 138.9 0.83 13 3 -0.146 0.75 8134 Subud Imp.

110 A 7054 Abonado da Poty VR 134.0 0.77 12 4 -0.158 0.60 A 3143 Serrano da Poty

111 B 4405 Conde 130.6 0.86 68 3 0.015 0.75 6852 Gaiolão DC

112 A 8698 Visual da São José 128.7 0.85 31 4 — — A 8685 Rabanete da São José

113 A 9726 Padouro da Epamig 126.8 0.75 11 4 0.011 0.60 A 6796 Vale Ouro de Bras.

114 A 3151 Bonanza 125.7 0.75 20 3 0.099 0.68 A 8101 Lord 347

115 A 1417 Jacaranda TE 121.2 0.75 11 7 0.020 0.60 6750 Bahadursinghji DC

116 6852 Gaiolão DC 113.2 0.88 45 7 0.031 0.82 6677 P.K. Bagiyar DC

117 A 1690 Mongol da Pontal 108.4 0.85 28 12 0.027 0.74 9551 Huno da Sundernagar

118 A 1474 Jaguar 106.2 0.89 36 9 -0.053 0.80

119 B 1254 Ariano da São José 102.9 0.80 20 3 — — A 9282 Vassari II

120 B 6466 Efalc Obelisco Graf. 96.7 0.80 19 9 -0.110 0.63 B 4706 Grafitte 3e de Ubre

121 A 9076 Xangai da São José 76.4 0.82 26 3 — — B 1212 Escoses

122 B 2967 C.A Dourado da Eld. 71.7 0.74 9 7 -0.062 0.62 B 805 C.A Everest

123 FGVP 58 Vicio da Epamig 68.2 0.77 15 3 — — A 9685 Graduado de Bars.

124 A 4651 Embriao 64.2 0.77 14 6 — — A 1474 Jaguar

125 B 333 Iank 3R de Ub. 63.6 0.73 6 3 -0.115 0.60 8499 Eco da Sund.

126 A 4883 Fenix 3R de Uber. 52.9 0.72 10 4 — — A 2636 Mucaja da Pontal 2

127 B 8100 C.A.Oscar In 50.8 0.80 24 6 0.019 0.76 B 5003 Dalton TE Pati da CAL

128 A 3434 Brasil 48.5 0.83 19 5 -0.023 0.60 A 6170 Importante da Mar.

129 SQP 29 Hindustani A.Estiva 45.9 0.82 32 3 -0.009 0.76 A 9656 Tutor

130 A 9680 Araxá 44.7 0.78 14 4 0.037 0.70 A 6750 Justo

131 A 8697 Virnan da São José 38.9 0.82 21 3 — — A 8685 Rabanete da São José

132 B 1050 Farao Poi 1725 36.2 0.74 14 3 0.025 0.69 8257 Atma Imp.

133 B 2108 Del Rey Jo 30.5 0.72 10 5 -0.027 0.67 A 8061 Caju

134 A 5222 M.Expoente Faizao 28.2 0.83 14 8 0.040 0.75 A 4607 Faizão

135 6750 Bahadursinghji DC 27.2 0.81 11 5 -0.006 0.73 6505 Pushpano Imp.

136 B 3700 Doncolin da Poty VR 17.2 0.85 34 6 -0.169 0.70 A 1474 Jaguar

137 B 4706 Grafitte 3R de Ub. 14.5 0.84 19 11 -0.071 0.72 A 1690 Mongol da Pontal

138 A 7390 Sadhu dos Poções 12.9 0.89 34 9 0.026 0.71 6750 Bahadursinghji DC

139 K 1857 Decoro Ph 4.0 0.75 12 5 — — K 4 Marduque II

Rank RG nome touro PTA AC leite nº filhas nº fazendas PTA AC RG pai nome paigordura (%) gorduraleite (kg)

Page 69: Revista ABCZ 56

Rank RG nome touro PTA AC leite nº filhas nº fazendas PTA AC RG pai nome paigordura (%) gorduraleite (kg)

140 A 8180 Cacife 2.2 0.79 18 4 0.049 0.76 8134 Sudud Imp.

141 JFR 1418 Jequitiba TE -0.2 0.73 9 5 0.082 0.62 6750 Bahadursinghji DC

142 B 1581 Dragão -5.3 0.70 7 4 0.081 0.60 A 7411 Arapoti

143 B 4632 Comendador -8.2 0.78 16 5 -0.062 0.70 A 4292 Mocambo

144 B 5106 Indiano TE -11.7 0.75 13 3 0.041 0.63 6852 Gaiolão DC

145 5131 Naidu Imp. -11.7 0.75 5 3 0.024 0.68

146 8257 Atma Imp. -24.9 0.73 9 3 -0.036 0.60

147 B 4753 Magnifico DP -34.2 0.76 16 3 0.041 0.69 B 2962 Improvisso DP

148 B 758 S.C.Omega Faizao -35.5 0.83 16 8 -0.067 0.64 A 4607 Faizao

149 A 8416 Jurua -37.1 0.74 10 3 — — A 4730 Chave de Ouro Neto

150 A 4035 Seresteiro R-Vaj -62.1 0.75 14 5 0.042 0.68 9881 Confete de Ouro

151 JFR 1516 Limogenes TE -62.4 0.74 5 4 0.001 0.63 B 5030 Galileu

152 A 7108 Dalat -100.3 0.79 18 5 -0.137 0.61 A 4730 Chave de Ouro Neto

153 A 7678 Nobre -114.0 0.73 3 3 -0.022 0.60 A 556 Chave de Ouro Filho

154 B 6116 Vajsun DP -115.4 0.82 16 4 0.075 0.76 B 2962 Impovisso DP

155 A 4730 Chave de Ouro Neto -127.2 0.81 5 3 -0.053 0.63 A 557 Galeão

156 A 5260 S.C.Oriente Morcego -142.1 0.79 19 11 0.059 0.63 A 5234 SC Educado Cachimbo

157 A 9656 Tutor -143.1 0.83 22 3 -0.105 0.74 A 6750 Justo

158 B 1212 Escocês -148.3 0.87 29 8 -0.089 0.66 A 9969 Banto

159 B 969 Patamar Eva -159.7 0.88 112 3 — — A 4258 Cajueiro Eva

160 K 100 Bordallo JIC -171.6 0.79 13 6 — — K 610 Insolente

161 B 970 Iucata II -177.2 0.79 13 3 — — A 8888 Apache

162 B 2962 Improvisso DP -178.7 0.86 34 7 0.128 0.81 A 4051 Ouro Fino DP

163 A 2700 Galeão -181.3 0.76 17 3 — — A 4730 Chave de Ouro Neto

164 K 4 Marduque II -240.3 0.90 50 13 -0.062 0.68

165 K 1700 Maharani da TV -267.0 0.71 5 3 — — K 42 Raro

166 A 9069 Beduino Fan -298.1 0.85 34 3 — — B 969 Patamar Eva

167 K 616 Thyerre da JA -305.1 0.84 26 6 — — K 1700 Maharani da TV

168 K 1811 Exportado da Flor. -389.2 0.71 7 3 — — K 42 Raro

169 K 42 Raro -412.6 0.84 72 5 0.022 0.75

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Durante a Expozebu 2010, a ABCZ lançou o Sumário Nacional de Avaliação Genética das Raças Zebuínas de Corte - edição 2010. O material, que traz avaliações ge-néticas de animais da maioria das raças zebuínas, é pro-duzido pela ABCZ em parceria com a Embrapa Gado de Corte. No Sumário, são disponibilizadas as avaliações de mais de quatro milhões de animais divididos da seguin-te forma entre as raças: nelore - 3.382.798; tabapuã - 199.094; guzerá - 198.100; gir - 146.575, brahman - 91.212; indubrasil - 43.083.Do total de animais avaliados, 49.759 exemplares são touros, cujas avaliações estão disponíveis para todos os

criadores, independente de serem participantes do Pro-grama de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ). Os demais zebuínos avaliados são matrizes e animais jovens, possibilitando aos seus proprietários conhecer e identificar dentro de seus rebanhos os bovinos com os melhores índices produtivos e reprodutivos.Os criadores participantes do Controle de Desenvol-vimento Ponderal do PMGZ têm acesso aos dados do Sumário através do site da ABCZ via página de Comuni-cações Eletrônicas. O criador pode, caso prefira, solici-tar o Sumário em CD-room ao Departamento de Provas Zootécnicas na sede da ABCZ.

Nova edição do Sumário de Avaliação Genética

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O resultado do 32º Con-curso Leiteiro mais uma vez mostrou que as fê-meas zebuínas, além

de grande habilidade materna, são excelentes produtoras de

leite. As raças gir, guzerá e sindi deram um banho de pro-dutividade, alcançando médias de fazer inveja. O concur-so durou quatro dias e foram feitas dez ordenhas, sendo três diárias, de oito em oito horas, e uma de esgota.

A Grande Campeã Gir PO, na categoria Vaca Adulta, foi Esfera TE de Brasília, da Fazenda Brasília Agropecuá-ria. Esfera produziu média de 47,02kg de leite, com total de 141,06kg. Na categoria Vaca Jovem, a campeã foi Figa FIV DP, também da Fazenda Brasília Agropecuária. O ani-mal teve resultado geral de 113,36kg de leite, com média de 37,79kg. Já na categoria Fêmea Jovem, a vencedora foi Gata FIV de Brasília, com média de 35,28Kg e total de 105,85kg, também de propriedade da Fazenda Brasília Agropecuária. O gir LA também foi destaque. Na cate-goria Vaca Adulta, a campeã foi Eldorada da EPAMIG, de propriedade de Maria Tereza Lemos Costa Calil. O animal produziu média de 39,87kg, com total de 119,61kg. Já na

categoria Vaca Jovem, o 1º Prêmio ficou com Evaziva FP DA 5R, do expositor Regi-naldo José da Silva. O animal teve média de 28,18kg, com total de 86,53kg.

A raça guzerá mostrou também gran-de eficiência na produção de leite. Na ca-tegoria Vaca Adulta, a campeã foi Aura TE JF, com média de 36,54kg e total de 109,61 kg. O expositor foi Paulo Mene-cucci. Na categoria Vaca Jovem, Pax Con-quista D Abad teve média de 24,10kg e total de 72,29kg. O expositor foi Vitor Cé-sar Caldas Machado. A vaca Umbra Tabo-quinha foi a campeã da categoria Fêmea Jovem, com média de 21,52kg e total de produção de 64,55. A expositora foi Ana Vera Marquez Palmério Cunha.

Na raça sindi, destaque para a vaca Divisão, que foi a vencedora da catego-ria Vaca Adulta, com média de 24,95kg e produção total de 74,86kg. O expositor foi Wilson Rubia Júnior. Já na categoria Vaca Jovem, a campeã foi Cristina DO

bom de

leiteConcurso leiteiro comprova potencial das raças zebuínas, com produção acima de 45 litros de leite/dia

Zebu

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ACS, com produção média de 12,66kg e total de 37,98kg. A expositora foi Rogé-ria Maria Alves Silva Rubia. Na categoria Fêmea Jovem, o 1º Prêmio foi dado à Duartina DO ACS, também da expositora Rogéria Alves Silva Rubia. Duartina teve produção média de 18,31kg e total de 54,93kg.

Durante a cerimônia de entrega dos prêmios, a Associação Brasileira dos Cria-dores de Gir Leiteiro (ABCGIL) premiou a Agropecuária Brasília pela conquista do Prêmio Vaca Adulta. A ABCZ ainda pre-miou os melhores úberes. Na raça gir PO as vencedoras foram: Vaca Adulta - De-nark Gaurd Uriam., do expositor Gabriel Donato de Andrade, Vaca Jovem - Figa FIV DE Brasília, da Fazenda Brasília Agro-pecuária e Fêmea Jovem - Apostila CAL, do expositor Flávio Furtado de Andrade.

O melhor úbere da raça gir LA foi a fêmea Eldorada da EPAMIG, da exposi-tora Maria Tereza Lemos Costa Calil. Na raça guzerá, os resultados foram: o me-lhor úbere Vaca Adulta - Restia TE Tabo-quinha, do expositor Elysio José Ferreira, Vaca Jovem - Taiga TE Taboquinha, do ex-positor Sinval Martins de Melo e Fêmea Jovem - Umbra Taboquinha, da Exposito-ra Ana Vera Marquez Palmério Cunha.

Os destaques melhor úbere na raça sindi foram: Vaca Adulta - Teimosia D., da Sociedade Educacional Uberabense e Vaca Jovem - Contagem DO ACS, do ex-positor Wilson Rubia Júnior.

Grande Campeã GUZERÁ: Aura TE JFPaulo Menecucci

Grande Campeã SINDI: DivisãoWilson Rubia Júnior

Grande Campeã GIR: Esfera TE de BrasíliaFazenda Brasília Agropecuária

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Este ano, a pista mais con-corrida do Brasil mos-trou sua força compe-titiva, com mais de três

mil animais inscritos. Este ano passaram pela pista do Parque Fernando Costa 3323 zebuínos das raças brahman, indubrasil, gir e gir mocha, guzerá, nelo-re e nelore mocha, tabapuã e sindi. Em 2009, foram 3039 animais. Entre as raças que par-ticiparam da feira com maior

número de animais, destaque para as raças gir e nelore, que foram representadas em peso, com 876 e 933 animais inscritos, respectivamente.

A unificação dos julgamentos dos animais dessas ra-ças, considerados “padrão” e “mocho”, também ganhou destaque, isso porque a ABCZ considera ambos os casos como ideais dentro dos requisitos raciais. “A seleção nesse caso não atrapalha o julgamento. Trata-se de uma prefe-rência do selecionador por animais com ou sem chifres”,

explica o superintendente-adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ Carlos Henrique Cavallari Machado.

O trabalho de seleção dos criadores de zebu continua acirrado e dando cada vez mais trabalho para os jurados. A pis-ta recebe animais de alta qualidade e que aliam ainda mais funcionalidade à produtividade. Para o coordenador do Departamento de Julgamento das Raças Zebuínas da ABCZ, Mário Márcio Souza da Costa Moura, essa competição é salu-tar e proporciona a busca por resultados ainda melhores. “Os criadores brasilei-ros são reconhecidamente os mais apri-morados quanto à seleção bovina. Essa sensibilidade, aliada às tecnologias e programas de melhoramento genético, tem contribuído para que os bons re-sultados com o rebanho sejam colhidos mais cedo. Isso se reflete nas pistas das exposições”, explica.

QUALIDADE EM PISTAAlém do alto potencial genético dos animais apresentados nos campeonatos da ExpoZebu deste ano, um fato marcou a pista: o julgamento unificado de duas raças que apresentam animais padrão e mocho: a gir e a nelore

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Grandes Campeões ExpoZebu 2010Brahman

JURADOS

GRANDE CAMPEÃ CABR DHIFALLA 899

RG: CABR 899 Nascimento: 30/08/2007 Expositor: Paulo de Castro Marques Fazenda: Água Limpa Município: Fama (SP)

Lourenço A. BotelhoRicardo G. LimaIzarico Camilo Neto

GRANDE CAMPEÃO Beer Tinajas POI 636

RG: BEER 636 Nascimento: 15/08/2007 Expositor: Interpar Emprend. Particip. Ltda Fazenda: Esperanza Município: Divinópolis (MG)

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Gir e Gir mocha - Aptidão LeiteiraJURADOS

GRANDE CAMPEÃ Esfera TE de Bras.

RG: RRP 5662 Nascimento: 21/01/2005 Expositor: Faz. Brasília Agropec. Ltda. Fazenda: Brasília Município: São Pedro dos Ferros (MG)

Fábio MiziaraEuclides SantosAndré Rabelo Fernandes

GRANDE CAMPEÃO Galio TE F. Mutum

RG: MUT 922 Nascimento: 17/08/2007 Expositor: Léo Machado Ferreira Fazenda: Mutum Município: Alexânia (GO)

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Gir e Gir mocha - Dupla aptidãoJURADOS

GRANDE CAMPEÃ Rainha R2

RG: HRM 156 Nascimento: 25/06/2006 Expositor: Heda Borges Machado Fazenda: Santa Bárbara Município: Uberaba (MG)

José Jacinto Júnior

GRANDE CAMPEÃO Crystal Dobi

RG: DOBI 113 Nascimento: 04/05/2004 Expositor: José Luiz Junqueira Barros Fazenda: Café Velho Município: Cravinhos (SP)

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GuzeráJURADOS

GRANDE CAMPEÃ Inflação da J.Natal

RG: JON 210 Nascimento: 08/05/2007 Expositor: Alberto Francisco G. de Freitas Fazenda: Poço Azul Município: Curvelo (MG)

David Castro BorgesMurilo Miranda MeloWilliam Koury Filho

GRANDE CAMPEÃO Imigrante da Suaçuí

RG: FMN 476 Nascimento: 09/07/2007 Expositor: Mário Ermírio de Moraes Fazenda: Santa Maria Município: Água Boa (MG)

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IndubrasilJURADOS

GRANDE CAMPEÃ Manas da Natureza

RG: NVFZ 45 Nascimento: 28/02/2008 Expositor: Eliana Barros Fazenda: Vale Novo Município: Batatais (SP)

Virgilio Camargos

GRANDE CAMPEÃO Bacara

RG: WBOI 3 Nascimento: 16/07/2007 Expositor: Waldyr Barbosa de O. Júnior Fazenda: Bucaina Município: Guara (SP)

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NeloreJURADOS

GRANDE CAMPEÃ Parla FIV AJJ

RG: AJJ 3396 Nascimento: 05/08/2007 Expositor: Antônio José Junqueira Vilela Fazenda: Rio Alegre Município: Euclides da Cunha Paulista (SP)

Célio Arantes HeimFabiano R. C. AraujoRussel Rocha Paiva

GRANDE CAMPEÃO Serro FIV da Bacaray

RG: MRC 4071 Nascimento: 20/05/2007 Expositor: Jonas Barcellos Corrêa Filho Fazenda: Chácara Mata Velha Município: Uberaba (MG)

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SindiJURADOS

GRANDE CAMPEÃ Diamantina FIV ACS

RG: IASR 308 Nascimento: 04/12/2007 Expositor: Aluisio Cristino da Silva Fazenda: Sao José Município: Ituiutaba (MG)

Rodrigo C. Madruga

GRANDE CAMPEÃO Registro da Estiva

RG: AJCA 1124 Nascimento: 17/01/2008 Expositor: Altair Maria Pedrosa Castilho Fazenda: Fazendinha Município: Novo Horizonte (SP)

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TabapuãJURADOS

GRANDE CAMPEÃ Bambina Uzi

RG: UZI 45 Nascimento: 08/11/2006 Expositor: Waldemar Antonio de ArimatéiaFazenda: Santa Luzia Município: Abaeté (MG)

Clester Fontes

GRANDE CAMPEÃO Certeiro FIV da Dorn

RG: DORN 289 Nascimento: 29/11/2006 Expositor: Marcos César Gonçalves Dornellas Fazenda: Estância Agreste Município: Araçatuba (SP)

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BRAHMAN • MI3 Miss Vitória FIV 20 • MI4 Miss GPR TE 52 • MI1 Astronomia Imperial

GIR e GIR MOCHA(dupla aptidão e aptidão leiteira)

• MB20 Afinal • MB9 Sintonia CAL • MB28 Soraya TE JMMA • MB22 Nogueira do Fundão • MB4 Esmeralda TE Kubera • MB14 Vaidosa do Carmo • MB23 Jana do Gavião

• MB18 Almenara • MB5 Austria • MB6 Pushpa Moti 9 DC

GUZERÁ • MC6 Karolynne FIV da MF • MC4 Guz Barra Fração TE • MC7 Madeira TE S

INDUBRASIL • MD2 Babilônia Natureza • MD4 Groelândia da NP

NELORE • ME6 Mamata MRA • ME22 Calena TE Arco Azul

• ME15 Beta VB do Sabia • ME20 Ondhar Mata Velha • ME7 Metrópole FIV Comapi

SINDI • MS3 Jade da Estiva • MS2 Jangada da Estiva • MS7 Viseira • MS6 Cantina

TABAPUÕ MH2 Natalina RF 4 Irmãs • MH1 Brenda 3 Montanhas

foram julgadas observando-se, entre ou-tras características, perfeito enquadra-mento racial, longevidade produtiva e funcionalidade, refletidos em suas pro-porções, equilíbrio de formas, harmonia de conjunto e regularidade de aprumos.

Para o coordenador do Departamen-to de Julgamento das raças Zebuínas da ABCZ, Mário Márcio Souza da Costa Moura, a premiação das matrizes mode-lo consolida a seleção em torno da efici-ência reprodutiva e habilidade materna. “São animais que estão em pleno vigor reprodutivo e que merecem ser lembra-dos em uma feira da proporção da Expo-Zebu”, ressalta.

Matrizes Modelo

A ideia de realizar o campeonato Matriz Modelo, concretizada pela gestão de Orestes Prata Tibery Júnior, foi mantida pela atual diretoria da ABCZ e culminou com grandes momentos em pista. “Tive-

mos grandes animais nesta edição do campeonato. Julguei a raça guzerá e pude constatar que a seleção dessas fême-as realmente merece ser premiada. Foram exemplares de alta qualidade, o que tornou ainda mais difícil a tarefa do julgamento”, comenta o jurado Willian Koury Filho.

Para Orestes Prata, é importante ressaltar o padrão ra-cial nessas matrizes. “Ao longo da seleção é preciso cuida-do para manter as características raciais desses animais. Mesmo porque é isso que nos remete a identificação de outras características que formam animais produtivos”, analisa Orestinho. A participação de fêmeas este ano reu-niu mais de 70 animais de sete raças zebuínas. As fêmeas

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Confira os campeões da

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O Presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu-ABCZ (CNPJ n. 25.441.650/0001-01), José Olavo Borges Mendes, no uso de suas atribuições legais e estatutárias e atendo-se, principalmente, ao que está disposto no artigo 24, do Estatuto da Associação, convoca to-dos os associados da entidade, de toda e qualquer localidade do país, para a Assembleia Geral Extraordinária que se realizará, em 1ª (primei-ra) convocação e, se caso, em 2ª (segunda) convocação, às 9h e 10h30, respectivamente, do dia 22 de junho de 2010, na sede da associação, a saber, na cidade de Uberaba-MG, na Praça Vicentino Rodrigues da Cunha, nº 110, Bloco 1, Parque das Américas, a fim de deliberarem sobre a concessão de autorização assemblear para que a ABCZ possa, em seu nome (ABCZ), representá-los (todos os seus associados) em uma das Varas da Justiça Federal, com a finalidade de ajuizar ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária contra a UNIÃO FEDERAL, com pedido de tutela antecipatória para suspensão da cobrança da contribuição previdenciária denominada FUNRURAL, incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção do produtor rural empregador pessoa física, instituída pelos artigos 12, inciso V e VII, 25, incisos I e II, e 30, inciso IV, da Lei nº 8.212/91 (com redação dada pela Lei nº 8.540/92), dispositivo legal que a ação autorizada buscará seja declarado inconstitucional.Ficam os associados cientes, através do presente edital, que a autorização a ser deliberada (i) poderá ser conferida, em 2ª (segunda) con-vocação, pela maioria dos presentes à assembleia, (ii) não retira o direito individual que cada associado tem de interpor ação singular, caso julgue necessário, e (iii) não contempla a restituição de valores pagos indevidamente pelos associados, no passado.A mesma assembleia deliberará, também, sobre a autorização, ao Presidente da ABCZ, para firmar, representando ela (ABCZ), convênios de cooperação técnica com entidades estrangeiras, do mesmo seguimento que a ABCZ, visando atuação no serviço de registro genealógico, em Programas de Melhoramento Genético e em ações de Promoção das Raças Zebuínas. Dr. José Olavo Borges Mendes Presidente da ABCZ

Edital de convocação de assembleia geral extraordinária

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ExpoGenética

Exposições

Em sua terceira edição, uma das atrações da mostra traz o uso de touros jovens

como incremento para a variabilidade genética e contribuindo

para o melhoramento e para a sustentabilidade do rebanho

Um evento que já se tornou data marcada no calen-dário de produtores, pesquisadores e empresários que querem somar inovação e maior eficiência aos seus empreendimentos relacionados à pecuária. A

ExpoGenética, que acontece em Uberaba de 14 a 22 de agosto, alia acesso ao que há de mais avançado em tecno-logia de melhoramento genético e oportunidade de troca de experiências em diversos setores afins.

Os investimentos em genética e novas tecnologias são sempre instantes de grande dúvida para quem lida com a seleção bovina. Para o superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, a mostra deste ano acontece em um momento de grande interesse econômico para os pro-dutores. “A ExpoGenética é, também, um evento onde o produtor pode comparar seu trabalho com o de outros pecuaristas. É a oportunidade de avaliar o os programas

de melhoramento genético, tirar dúvidas e conhecer novas soluções que estão no mercado”, analisa.

Uma das atrações do evento desta-ca o uso de touros jovens. Os criadores participantes do PMGZ, que têm animais candidatos ao CEP 2010, podem partici-par do Programa de Avaliação Nacional de Touros Jovens, uma forma de imprimir variabilidade genética ao rebanho. Para isso, basta entrar em contato com a Su-perintendência de Melhoramento Gené-tico, na sede da ABCZ, pelo telefone (34) 33193928 / 3843.

Da mesma forma, podem ser feitas as inscrições dos animais participantes do

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Por: Renata Thomazini

Para participar da ExpoGenética 2010 com animais para mostra• Curral com até 4 animais R$ 200,00• Argola R$ 80,00• Pavilhão inteiro com espaço para divulgação R$ 4.032,00

PMGZ, que forem participar da mostra da ExpoGenética deste ano. Já as inscrições de animais que participam de outros programas de melhoramento genético poderão ser feitas juntos aos programas dos quais eles participam.

O site www.abcz.org.br traz o link para quem deseja participar da ExpoGenética deste ano. Ali também é pos-sível encontrar o regulamento e os contatos das áreas téc-nica e comercial.

Além das palestras que são esperadas com ansiedade pelos participantes, este ano o evento contará, por meio de parceria com o Sistema Mineiro de Inovação (Simi) e o Polo de Excelência em Genética Bovina, com um “En-contro de Inovação”. Uma modalidade que expõe em um mesmo espaço mostras de conhecimento, produtos e ser-viços. Tudo ao alcance de quem vai participar do evento.

Para Beatriz Cordenonsi, gerente Executiva do Polo de Excelência em Genética Bovina, “essa iniciativa vem ao encontro do anseio dos participantes, que querem tirar dúvidas sobre tecnologias disponíveis no mercado e, ao mesmo tempo, avaliar se a aplicação delas em sua pro-priedade seria possível”. A intenção é colocar à disposição dos produtores mecanismos que os auxiliem em diferen-tes situações na propriedade, que podem ir desde manejo dos animais até a melhor biotecnologia de reprodução a ser utilizada para cada caso. As empresas que deverão participar desse “Encontro de Inovações” ainda estão sen-do avaliadas pelo Simi, uma entidade que foi criada em 2007 com a missão de integrar e coordenar o ambiente de inovação, constituído pelo Governo do Estado de Minas Gerais, instituições científicas e tecnológicas e segmento empresarial.

Programação ExpoGenética A programação técnica do 2º Fórum de Me-lhoramento Genético Aplicado em Zebuínos, que acontecerá durante a ExpoGenética, en-volverá dois eixos temáticos: Sustentabilidade x melhoramento genético;O uso de reprodutores jovens como alternati-vas para ampliar as oportunidades e variabi-lidade genética nas raças zebuínas. Todos os programas irão apresentar como suas ações contribuem para aqueles dois as-pectos, pontuando-as com aspectos de cará-ter prático utilizando a presença de animais. Confira a programação preliminar, sujeita a alterações:

16/08 - segunda-feira8h Apresentação Geneplus9h Apresentação AltaPlus11h Palestra 1 (genômica)

17/08 - terça-feira8h Apresentação ANCP9h Apresentação Conexão11h Palestra 2 (genômica)

18/08 - quarta-feira 8h Apresentação PMGZ (corte)9h Apresentação Paint11h Palestra 3 (genômica)14h Tecnologias para o Melhoramento Ge-nético

19/08 - quinta-feira8h Apresentação Qualitas9h Apresentação PMGZ (leite)11h Apresentação CBMG

20/08 - sexta-feira8h Apresentação PNMGGL

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O primeiro semestre de 2010 será encerrado com grande movimento nas pistas de julgamento de todo o Brasil. Para fechar o circuito de feiras que contam com a participação de raças zebuínas,

acontece de 27 de junho a 5 de julho a MEGALEITE 2010, considerada a maior mostra de raças leiteiras do país. A expectativa é de que passem pela pista do Parque Fernan-do Costa, em Uberaba (MG), mais de dois mil animais.

Só a raça gir deve contar com mil exemplares na 12ª Ex-posição Nacional do Gir Leiteiro. A Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro estará comemorando seus 30 anos de existência e os 25 anos do Programa Nacional de Melho-ramento do Gir Leiteiro. Para celebrar as datas, o presidente da associação, Sílvio Queiroz, irá promover eventos come-morativos durante a MEGALEITE. Serão feitas homenagens aos pioneiros do gir leiteiro, aos fundadores da entidade e a vários selecionadores. A raça ainda terá seis leilões.

Uma das novidades da MEGALEITE 2010 é a presença do indubrasil, de aptidão leiteira. A Associação Nacional dos Criadores de Indubrasil fará a 1ª Mostra Especial de Indubrasil Leiteiro. “Será a primeira de uma nova fase da raça indubrasil, no Brasil. Levaremos para a MEGALEITE animais de dupla aptidão, inclusive para participarem do concurso leiteiro. Teremos, a partir de 2010, uma progra-mação voltada especialmente para divulgar e desenvolver o indubrasil para sua verdadeira vocação, que é produzir leite e carne, como raça pura e principalmente nos cruza-mentos com as demais raças leiteiras”, explica o presiden-te da entidade, Roberto Fontes de Góes.

Sindi e guzerá são as outras duas raças zebuínas que estarão na MEGALEITE. A Associação Brasileira dos Cria-dores de Sindi realizará a 4ª Mega Regional da Raça Sindi e Mostra de Cruzamentos, durante a mostra. “Esse extra-ordinário evento da pecuária leiteira tropicalista, que vem

acontecendo em Uberaba, a cada ano representa para a raça sindi um trampo-lim para sua rápida ascensão no elenco das raças zebuínas de aptidão leiteira no país”, afirma o presidente da entida-de, Paulo Roberto de Miranda Leite. Já a Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil fará a Mostra Especial de Guzerá Leiteiro apresentado os melhores exem-plares da raça. A expectativa do presiden-te da entidade Paulo Menicucci é de que 40 exemplares participem da MEGALEITE. Para as fêmeas, a grande disputa será o Concurso Leiteiro.

A sétima edição da MEGALEITE, que acontecerá em clima de Copa do Mundo, já que acontecerá durante as oitavas-de-final do campeonato mundial, reúne os eventos: 21ª Exposição Nacional de Gi-rolando, 12ª Exposição Nacional do Gir Leiteiro, 2ª Exposição Interestadual de Gado Holandês, 5ª Exposição Ranqueada da Raça Jersey, 4ª Mega Regional da Raça Sindi e Mostra de Cruzamentos, Mostra Especial de Guzerá Leiteiro, 1ª Mostra Especial de Indubrasil Leiteiro e Mostra Especial de Bubalinos. Segundo José Do-nato Dias Filho, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, entidade organizadora do evento, o ob-jetivo é reunir toda a cadeia produtiva do leite em torno de um único evento, mostrando as potencialidades do setor. A feira conta com o apoio da ABCZ.

Pista cheiaRaças zebuínas lotam as pistas de exposições em vários estados

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Exposições Por: Larissa Vieira

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Quatro raças zebuínas participaram da 50ª Exposi-ção Agropecuária e Industrial de Londrina, reali-zada de 1º a 11 de abril, no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina (PR). A feira movimentou

R$ 194.076.216,00, crescimento de 3,88% em relação à exposição de 2009. Só nos 27 leilões realizados durante o evento, foram comercializados R$ 17.250.000,00. De acordo com a Sociedade Rural do Paraná (SRP), entidade organizadora do evento, a ExpoLondrina 2010 foi visitada

por 463.575 pessoas.Os julgamentos de animais movimen-

taram a feira. Pela pista do Parque Ney Braga, passaram 12.907 exemplares, com uma variedade de 46 raças entre bovinos, equinos, suínos, ovinos e caprinos. Os ze-buínos julgados na feira foram: brahman, gir, nelore e tabapuã. Confira o resultado dessas raças:

ExpoLondrinasupera expectativas

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Grande Campeão: Indor FIV da Espinho Preto Expositor: Agropecuária Santa Inês Ltda

Fazenda: São Francisco

Grande Campeão: Dust FIV da GolyExpositor: Neide Sanches Fernandes

Fazenda: Matão

Grande Campeão: Poliedro TE FANExpositor: José Antônio Silva Lino

Criador: Fábio André

Grande Campeão: MR 1097 ImperialExpositor: Luiz Carlos Monteiro

Fazenda: Imperial

Grande Campeã: Parla FIV AJJ Expositor: Antonio José Junqueira Vilela

Fazenda: Rancho Alegre

Grande Campeã: Electa FIV da Goly Expositor: Neide Sanches Fernandes

Fazenda: Matão

Grande Campeã: Bonanza AcalantoExpositor: Christina do Valle Teixeira

Criador: José Antônio Silva Lino

Grande Campeã: Cabr Dhifalia 899 Expositor: Paulo de Castro Marques

Fazenda: Água Limpa

Nelore Tabapuã

Gir – aptidão leiteira Brahman

124

Exposições

Revista ABCZ

Por: Larissa Vieira

Page 125: Revista ABCZ 56

ExpoLondrina em foco

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illia

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Míriam Borges (revista ABCZ), Alexandre Kireeff, Walkíria Souza, Jasminor Neto, Fernando, André Carioba Arndt e Gustavo Andrade Lopes (SRP)

Cláudio Carvalho Filho, Carlos Seara Mura-

dás (Nelore Jatobá) e Hélio Boszczovski

Diretores da SRP Gustavo Andrade Lopes e Paulo Vilela Filho

Paulo Brasil, Felipe Picciani (ACNB) e Luiz

Ronaldo de Paula (Leite Gir)

Moacir Sgarione (SRP) e Daniela Mendes (Procan- ABCZ)

Marcelo Vezozo (Araucária Genética) e

Marco Antônio Laffranchi (Unopar)Gabriel Garcia Cid (Cachoeira Fest)

André Andrade e Orestes Prata Tibery Júnior Mário Carpena e Leonardo Pinheiro MachadoLuiz Giocondo e Felipe Giocondo

José Antônio Lino, Ismael e Cristina LothFernando Prochet, Márcia Lopes (ministra

do Desenvolvimento Social e Combate à

fome) e Alexandre Kireeff

125maio - junho • 2010

Page 126: Revista ABCZ 56

Grande Campeão: Beethoven da NGTExpositor: Giorgio Lorenzo Giuseppe Angelo A.

Fazenda: Buona Sorte

Grande Campeã: Janga FIV de Tabapuã Expositor: Fábio Zucchi Rodas (espólio)

Fazenda: Água Milagrosa

Tabapuã

Grande Campeão: Ehater da Encanto Expositor: Sebastião Alves Cruvinel

Fazenda: Sara

Grande Campeã: Parla FIV AJJ Expositor: Jonas Barcellos Correa Filho

Fazenda: Mata Velha

Nelore

Goiânia sediou a 65ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás (Expo-Goiás), entre os dias 14 e 30 de maio. Pela pista do Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, passaram as raças zebu-

ínas brahman, gir, guzerá, nelore e tabapuã. Segundo a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), a edição 2011 da feira deverá ocorrer em novo local, nas proximidades do Campus 2, região norte de Goiânia. O projeto prevê a construção de um parque mais moderno e com sistema multiuso, separando área de shows e de negócios. Um dos eventos do calendário da exposição foi a homenagem aos parlamentares da bancada de Goiás no Congresso Nacional pelo apoio que os deputados fe-derais e os senadores goianos têm dado à realização das exposições e da construção do novo parque agropecuário. O presidente da SGPA, Luiz Humberto de Oliveira Guima-rães, saudou os convidados pela presença e pelo apoio, através de emendas constitucionais, objetivando recursos financeiros. “Em função dessas emendas, o parque pode ser mais aberto ao público”, enfatizando ampliação do atendimento às mulheres e crianças e profissionais ligados ao setor, estruturas maiores para os rodeios. Os parlamen-tares presentes ao evento falaram sobre a importância da tradicional mostra de Goiânia e do novo parque em pro-

jeção. Segundo Jovair Arantes, coordena-dor da bancada de Goiás na Câmara Fe-deral, os deputados goianos “trabalham unidos pelo Estado, independente da cor político-partidária”. Carlos Alberto Leréia ressaltou a importância da SGPA na socie-dade goiana e reafirmou seu propósito de “atuar juntos”. Sandes Júnior ressal-tou “a obra de ordem econômica e social posta em prática pela entidade”. Sandro Mabel informou do trabalho desenvolvi-do na Câmara em prol de duplicação de rodovias no Sul, Sudoeste e Norte, que “visam dar escoamento mais rápido à produção agrícola e melhoria de preços dos fretes rodoviários”.

A Expo-Goiás reuniu mais de 650 mil pessoas, cerca de quatro mil animais, entre bovinos, eqüinos e ovinos. Até o fechamento desta edição, os resultados das raças guzerá, gir e brahman não ha-viam sido divulgados. Confira abaixo os campeões e campeãs das raças nelore e tabapuã:

Zebu em alta naExpo-Goiásfo

to: M

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Bas

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126

Exposições

Revista ABCZ

Por: Larissa Vieira

Page 127: Revista ABCZ 56

Giorgio L. Giuseppe A. Arnaldi, ministro da Agricultura Wagner Rossi, governador de Goiás Alcides Rodrigues Filho e o presiden-te da SGPA Luiz Humberto de O. Guimarães

Expo-Goiás 2010 em foco

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Nabil Castro, Nelinho Guimarães e Maria

José (Onda Verde) e Miguel DiasLuiz Humberto Guimarães (Presidente da

SGPA) e Otoni Verdi, Diretor Técnico da

Nelore Goiana

Bruno Greg e Regina GregLeonardo Normanha, Orlando Pereira e

Osmar SouzaAriston Quirino e Bruno Abreu Leão

Dona Zilda e Elston Lemos Vergaças

Marcelo Garcia (ETR/GYN ABCZ) com esposa Silvia Garcia e Mônica Arnaldi

Clenon Loyola e Alcyr Mendonça Júnior Wilson Faleiros, Hamilton Spenciere, Lucia-

no Costa e Paulo Leonel

Ismael Cabral, Thiago Andrade e Fernandi-

no Vilela (Araguarina Agropastoril)

Nelinho Guimarães e Miguel Carvalho Dias

127maio - junho • 2010

Page 128: Revista ABCZ 56

Shopping homologado O criador Epaminondas de Andra-

de promoveu o primeiro evento ho-mologado pelo PMGZ (Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas) no estado do Tocantins. O evento, o Shopping Vale do Boi, acon-teceu no dia 29 de maio na Fazenda Vale do Boi, no município de Car-molândia. Neste shopping, foram co-locados à venda 130 animais da raça nelore, entre reprodutores e matrizes, sendo todos os animais possuidores de avaliações genéticas positivas. O evento contou com o suporte do téc-nico João Batista Resende de Almei-da, responsável pelo Escritório Técni-co Regional da ABCZ em Araguaína.

Estreia na Expoverde A raça sindi foi um dos destaques

da 39ª Expoverde (Exposição Regio-nal de Pecuária de Campina Verde). O evento contou em sua programação com o 1º Concurso Leiteiro da Raça Sindi. A competição aconteceu de 3 a 6 de junho, na cidade de Campina Verde (MG), e foi homologada pela Associa-ção Brasileira dos Criadores de Zebu.

ABCZ TV Com nove meses de sucesso, em

sua exibição nos três canais especia-lizados do agronegócio, o programa ABCZ TV já computa mais de sete mil acessos no site YouTube.com. Neste site, assim como no da ABCZ, os pro-

gramas produzidos pela assessoria de imprensa da ABCZ, trazem informa-ções que vão desde manejo animal, sanidade bovina e economia a assun-tos atuais ligados à pecuária e que envolvem a participação da ABCZ. São feitos dois programas inéditos por semana. A exibição na TV acon-tece de segunda a sexta-feira, nos seguintes horários e canais: Canal do Boi - 07h20, Canal Rural - 19h55 e Ca-nal Terra Viva - 18h55. Pela internet, os interessados também podem se inteirar das novidades sobre a ABCZ e a pecuária em geral através do site twitter.com (@ABCZBrasil) e também através do blog www.midiaabcz.blo-gspot.com.

PGP Coletiva Finalizada no dia 21 de abril, a 1ª Prova de Ganho em Peso Coletiva da Fazenda São João, de propriedade do Rubens Naman Rizek. A prova, realizada a pasto, contou com a participação de animais de vários criatórios, entre eles, Agropec. e Citric. São João Ltda., Comapi Ltda., José Luiz Ferreira, Zeilah Simões, Osni Gomes Reis, Rubens Na-man Rizek e Flávio Faidiga. Ao todo, participaram 31 animais nelore e nelore mocho. A pesagem de entrada aconteceu no dia 01 de julho de 2009. Os animais apresentaram ganho médio diário de 810 gramas / dia. O 1° colocado da prova foi BER 6804 - Reas-lon Comapi, da Comapi Ltda. O 2° colocado foi FFER 70 - Embalo da Prim JF, de José Luiz Ferreira e o 3° colocado, foi FZM 472 - Malaio FZM, de Zeilah Simões. A prova contou com o apoio da equipe do Escritório Técnico Regional da ABCZ em Bauru/SP.

PerdasA pecuária zebuína ficou de luto no mês de maio, face a importantes perdas de as-sociados da ABCZ em todo o Brasil. No último dia 02 de maio faleceu em Uberaba/MG, o pecuarista Francisco de Souza Lima, conhecido carinhosamente no meio como Chicão. Ele tinha 81 anos. Francisco era criador de gir e associado da ABCZ desde 1973, onde atuou também como conselheiro fiscal. Semanalmente, visitava o Parque Fernando Costa, onde está localizada a sede da ABCZ. Chicão era querido não só pela diretoria da associação, como também pelos colaboradores da entidade. A pecuária capixaba perdeu no dia 11 de maio, o criador de nelore, Elcy de Almeida Serrão, falecido em Vitória (ES). Ele era pai dos associados da ABCZ Emanoel Missagia Serrão e Eraldo Missagia Serrão. Elcy também era sogro do associado Egydio Antonio Coser Netto. Já o criador José Antônio dos Santos faleceu no dia 20 de maio, aos 75 anos, vítima de parada car-diorrespiratória. Natural de Itabaiana, José Antônio era criador de indubrasil na cidade de Pinhão. Ele foi o primeiro a aderir ao PMGZ (Programa de Melhoramento das Raças Zebuínas) no Estado de Sergipe.

128

Registro

Revista ABCZ

Page 129: Revista ABCZ 56

Além da Fronteira

Workshop ApexBrasilA equipe do projeto Brazilian Cat-

tle, formado graças a parceria entre a ABCZ, a Agência Brasileira de Promo-ção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e empresas do setor de agronegócio, participou no dia 17 de maio do 8º Workshop de Alinhamen-to Estratégico da ApexBrasil. O en-contro aconteceu no Hotel Hilton, em São Paulo/SP. Representando a ABCZ participaram do workshop a super-visora de Relações Internacionais da entidade, Ice Cadetti Garbellini, e os assessores Bruno Assunção e Aryan-na Sangiovani. O workshop contou com rodadas temáticas diversificadas sobre planejamento estratégico se-torial, gestão de marca, assessoria de imprensa, promoção comercial via in-ternet, relacionamento com clientes, dentre outros assuntos.

Agrofuturo na ColômbiaO gerente de Relações Internacio-

nais da ABCZ, Gerson Simão, partici-pou entre os dias 09 e 11 de junho de uma das principais feiras de negócios da Colômbia, a Agrofuturo, realizada em Medellín. A ABCZ e o Brazilian Cattle ocuparam um espaço no estan-de da Revista Agricultura de las Amé-ricas, onde o zebu e as tecnologias brasileiras foram divulgadas. Durante

a feira, o gerente da ABCZ ministrou palestra no “Foro Internacional Gana-dero”, no dia 09 de junho. O tema da palestra foi “Experiencias de tecnifi-cación y mejoramiento de la Ganade-ría Brasileña”.

Novo planejamentoO Brazilian Cattle passa a contar

com um novo planejamento estraté-gico em breve. No dia 02 de junho, representantes das 22 empresas que compõem o projeto reuniram-se em Ribeirão Preto/SP para definir o novo foco do próximo convênio ABCZ-

ApexBrasil, que irá traçar as principais ações para os próximos cinco anos e terá como objetivo fortalecer a ima-gem da pecuária brasileira como uma pecuária sustentável. A empresa que fará o alinhamento estratégico é a Markestrat. O consultor será o profes-sor Dr. Marcos Fava Neves, especialis-ta em Marketing, Canais de Distribui-ção, Networks e Gestão Estratégica de Empresas orientadas para o merca-do. Neves é Doutor em Administração pela FEA/USP, engenheiro agrônomo pela ESALQ-USP e professor titular da FEA/RP/USP.

Expogan 2010O superintendente técnico adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado, participa entre os dias 02 e 03 de ju-lho da Expogan 2010, em Santo Do-mingo, no Equador. Carlos Henrique será o jurado responsável pelos jul-gamentos das raças zebuínas nelore, brahman e gir daquela mostra.

Feicorte 2010Os estrangeiros que visitarem a Feicorte 2010 entre os dias 15 e 19 de junho, na capital paulista, terão a oportunidade de conhecer os avanços da pecuária brasileira e o projeto Brazilian Cattle para a divulgação dos produtos pecuários. A equipe do projeto estará recebendo os visitantes internacionais no estande da ABCZ. Ainda durante a Feicorte o Brazilian Cattle fará a segunda reunião de planejamento Estratégica com os associados.

129maio - junho • 2010

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Diego Peixoto Rigon Vacaria - RS • nº 17839

Luiz Alvim Boaventura Júnior Feira de Santana - BA • nº 17840

Itapacy Pando Rosa São Paulo - SP • nº 17841

Flavio Augusto Carvalho Vilela Prata - MG • nº 17842

Ana Beatriz Carvalho Vilela Prata - MG • nº 17843

José Carlos Teixeira Pinto Campo Mourão - PR • nº 17844

Valmor José Franciosi Curitiba - PR • nº 17845

Eduardo Henrique M. de Oliveira Brasília - DF • nº 17846

Juliano Calil Altinópolis - SP • nº 17847

Antonio Poletto Lizzoni Aripuana - MT • nº 17848

Valci José Ferreira de Souza Vitória - ES • nº 17849

Labiba Nicola Andraos Nova Xavantina - MT • nº 17850

Joaquim Pereira da Silva Araguaína - TO • nº 17851

Francisco Albea Neto Santa Rosa - RS • nº 17852

Jovito Ferreira de Azara Goiânia - GO • nº 17853

Marcos Antonio Helmer Belo Horizonte - MG • nº 17854

Giovani Ribeiro Resende Franco Belo Horizonte - MG • nº 17855

Álvaro Costa Dias Natal - RN • nº 17856

Antonio Teofilo de Andrade Filho Natal - RN • nº 17857

Nailza Rita Bispo Goiânia - GO • nº 17858

Ivo Dutra de Mattos Duque de Caxias - RJ • nº 17859

Valdevi Ribeiro Guimarães Out/Co Bela Vista de Goias - GO • nº 17860

José Luiz de Oliveira Simões Salvador - BA • nº 17861

Erico Antonio de Azevedo Goiânia - GO • nº 17862

Ronaldo Goulart Duarte Out/Cond São Paulo - SP • nº 17863

Guilherme Barros de Melo Belo Horizonte - MG • nº 17864

Agropec Giannini Ltda Passos - MG • nº 17865

Leonardo Santos Daher Uberaba - MG • nº 17866

João Ribas Neto Bom Sucesso - PR • nº 17867

Eloy Spagnolo Júnior Londrina - PR • nº 17868

Kleber Luciano Baratela Jardim Alegre - PR • nº 17869

Heitor Cunha Barros Patos de Minas - MG • nº 17870

Alex Ryozo Guinoza Maringá - PR • nº 17871

Francisco Sijavan Cunha Goiânia - GO • nº 17872

Glaucio Cezar Helker Laranja da Terra - ES • nº 17873

Lucas de Melo Mendonça Ferreira Pará de Minas - MG • nº 17874

José Avilmar Lino da Silva Belo Horizonte - MG • nº 17875

Olidio Carlos B. Gomes Out/Cond Belo Horizonte - MG • nº 17876

Agropecuária Vale do Trevo Ltda São Paulo - SP • nº 17877

Pedro Otávio Patricio Lemos Uberaba - MG • nº 17878

Raul Ivo Pereira Filho Abadia de Goias - GO • nº 17879

João Evangelista Dami Uberlândia - MG • nº 17880

Agropec. e Citric. São João Ltda Ibitinga - SP • nº 17881

Mariah Carboni Mendes Uberaba - MG • nº 17882

Reinaldo Magalhães Barbosa Junio Felisburgo - MG • nº 17883

Agropecuária Alcântara Ltda São Vitor - MG • nº 17884

Marcus Vinicius Pratini Moraes Rio de Janeiro - RJ • nº 17885

Helder Fausto de Souza Goiânia - GO • nº 17886

Deolizando M. de Oliveira Filho Itapetinga - BA • nº 17887

Fabio Henrique Junqueira Simões São Paulo - SP • nº 17888

João Domingos Gomes dos Santos Brasília - DF • nº 17889

Carlos Roberto Massa Apucarana - PR • nº 17890

Dante Paccelli Roriz Luziânia - GO • nº 17891

Sérgio Silveira Passos - MG • nº 17892

Ana Maria Kefalas Oliveira Uberaba - MG • nº 17893

Scale Adm. e Participação Ltda Catanduva - SP • nº 17894

Sterffson Joule Silva dos Anjos Gov. Nunes Freire - MA • nº 17895

Paulo Augusto Luizi Poços de Caldas - MG • nº 17896

Paulo César Keller Gonçalves Salvador - BA • nº 17897

Pecuária Seletiva Beka Ltda Santo Antonio da Pla - PR • nº 17898

Paulo Heberto Dourado Toledo Goiânia - GO • nº 17899

Nevio Manfio Sorriso - MT • nº 17900

Marlon Tony Brandt Campo Grande - MS • nº 17901

Mauro L. Savi e Outros Cond. Cuiabá - MT • nº 17902

Marcelo Lemos de Souza Rio Branco - AC • nº 17903

Leolino Pimenta Ribeiro Júnior Governador Valadares - MG • nº 17904

Lauro Santana Silva Salvador - BA • nº 17905

Márcio Pinto Rocha Santo Antonio de Padua - RJ • nº 17906

Marcos Fernando Roncoletta Atibaia - SP • nº 17907

Maico Mendes de Araújo Candoi - PR • nº 17908

Lino Fraga Nanuque - MG • nº 17909

Luiz Eugênio Oliveira Santos João Monlevade - MG • nº 17910

Juarez de Oliveira e Silva Filho São Paulo - SP • nº 17911

José Geraldo de Almeida Souza Andrelândia - MG • nº 17912

José Paz de Melo Natal - RN • nº 17913

Milton Vianna Neto Curitiba - PR • nº 17914

Vautemi Chaves C.Freitas/Out.Con Regente Feijó - SP • nº 17915

Sebastião Huguinim Leal Xinguara - PA • nº 17916

Saulo Ruas Tupy Lagoa Santa - MG • nº 17917

Raimundo Nelson Aguiar Lustosa Gilbues - PI • nº 17918

Romildo Lunguinho Leite Natal - RN • nº 17919

Rafael Bastos Teixeira Vicosa - MG • nº 17920

Rita de Cassia Pinto Lessa Miracema - RJ • nº 17921

Mauá Agropecuária Reunidas Ltda Uberaba - MG • nº 17922

Carlos Fernando Marins Rodrigues Bragança Paulista - SP • nº 17923

Carlos Henrique Gomes Junqueira Rio de Janeiro - RJ • nº 17924

associados associados

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Novos Associados

Revista ABCZ

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Revista ABCZ

Alex Angelo Dias da Silva Cuiabá - MT • nº 17925

Antonio Adimilson C. Almeida Gurupi - TO • nº 17926

Americo Stuhr Pechy Birigui - SP • nº 17927

Advald Alves da Silva Uberlândia - MG • nº 17928

André Rogério Liotti Jaú - SP • nº 17929

Adalberto Pereira Filho Cruzeiro - DF • nº 17930

Altevir Leal Filho Brasília - DF • nº 17931

Vinicius Moreira Mitre Belo Horizonte - MG • nº 17932

Welington Gontijo de Vasconcelos Unaí - MG • nº 17933

Two Macarrão Eventos Ltda Uberaba - MG • nº 17934

José Miguel Alcivar de Lucca Uberaba - MG • nº 17935

Jorge Diniz Junqueira Orlândia - SP • nº 17936

Joel Pinheiro Alves Patos de Minas - MG • nº 17937

Lucas Amorim da Costa Santos Marília - SP • nº 17938

José Geraldo Filho Nova Era - MG • nº 17939

Antonio Braz Zanatta Júnior Nova Andradina - MS • nº 17940

Dario F. Guarita Filho e Outra Araçatuba - SP • nº 17941

José Jairo de Miranda Belo Horizonte - MG • nº 17942

Rafael Gustavo Arruda/Outro Cond Campo Grande - MS • nº 17943

José Antonio Laguilo Cianorte - PR • nº 17944

Marco Antonio Andrade Campanelli Londrina - PR • nº 17945

Rede Exitus Ltda - Me Passos - MG • nº 17946

Sérgio Salvi Quatiguá - PR • nº 17947

Alvino Claudionor Oliveira Nobre Montes Claros - MG • nº 17948

Paulo César Packer Itararé - SP • nº 17949

Wilmar Oliveira de Bastos Palmas - TO • nº 17950

Luciano Martins Andrade Nova Serrana - MG • nº 17951

Marcelo Miranda de Medeiros Taubaté - SP • nº 17952

Rodrigo César Caetano da Cruz Belo Horizonte - MG • nº 17953

Nilson Antonio da Silva Araguaína - TO • nº 17954

Cristiano Ferreira Zanon Bom Jesus do Itabapo - RJ • nº 17955

Lucio Dias de Oliveira Out/Cond Goiânia - GO • nº 17956

Gervasio Hoepers Pitanga - PR • nº 17957

Valdeci Agostinho Fraga Biguaçu - SC • nº 17958

Rafael Silva Gomes Montes Claros - MG • nº 17959

Agropec. Internacional Ltda Jequitinhonha - MG • nº 17960

Raydna Marx Ramos Teofilo Otoni - MG • nº 17961

Ronaldo Amazonas Brasil Mendanha Goiânia - GO • nº 17962

Paulo Roberto Salgado Montes Claros - MG • nº 17963

Márcio Alves Monteiro Goiânia - GO • nº 17964

Nilson Carlos Merino Gomes Teixeira de Freitas - BA • nº 17965

Luiz Carlos Bandoli Gomes Natividade - RJ • nº 17966

Claudio Alberto Elgersma Tibagi - PR • nº 17967

CCD Mendonça Consult. Part. Ltda Rio de Janeiro - RJ • nº 17968

Morro Verde Participações S/A Salvador - BA • nº 17969

Oreste Spironelli Júnior Araçatuba - SP • nº 17970

Luiz Rodolfo Campos Ribeiro Goiânia - GO • nº 17971

Carlos A. Mafra Terra Jr e Outro Ribeirão Preto - SP • nº 17972

Luís Guilherme Braga Gimenez Presidente Prudente - SP • nº 17973

Gabriel de Barros Moretzsohn São Paulo - SP • nº 17974

Maria do Carmo Costa Martinho Campos - MG • nº 17975

Alaor Sebastião Teixeira Candoi - PR • nº 17976

Paulo Roberto Resende da Cunha Uberlândia - MG • nº 17977

Milton Paschoalino Júnior Ourinhos - SP • nº 17978

Edmundo Salvatierra Gusman Guajara-Mirim - RO • nº 17979

Jaburu Agropec. Construções Ltda Goiânia - GO • nº 17980

José Augusto Binda Belo Horizonte - MG • nº 17981

Mauro Antonio Veronezi Gonçalves Maringá - PR • nº 17982

Wellington Soares Costa Medeiros Martinho Campos - MG • nº 17983

Valdeir Fernandes Campos Martinho Campos - MG • nº 17984

Plinio Bastos de Barros Netto Niterói - RJ • nº 17985

Paulo Sérgio Soares da Silva Rio de Janeiro - RJ • nº 17986

Eduardo José Broch Martinho Campos - MG • nº 17987

Darci Potrich Sorriso - MT • nº 17988

Faez Borini Chaul São Joaquim da Barra - SP • nº 17989

Geraldo Chaves Faria Três Rios - RJ • nº 17990

Geraldo Bagio Araxá - MG • nº 17991

Milton Okano Ituverava - SP • nº 17992

Luiz Antonio Messias Nova Ponte - MG • nº 17993

Osório Rodrigues da Cunha Neto Uberaba - MG • nº 17994

Murillo Nogueira Viotti São Paulo - SP • nº 17995

Gilberto Tostes Pereira Miracema - RJ • nº 17996

João da Costa Campo Grande - MS • nº 17997

Marcilio Figueiredo Rodrigues Niterói - RJ • nº 17998

Sami Nasser Issa Anápolis - GO • nº 17999

Cleostenes Farias do Vale Manaus - AM • nº 18000

Alan Araújo do Nascimento São João dos Patos - MA • nº 18001

Altino de Alencar Pimentel Neto Formosa - GO • nº 18002

Antonio Annos São Paulo - SP • nº 18003

Brenus Fernandes de Abreu Florianópolis - SC • nº 18004

Elso José Tirloni Tapurah - MT • nº 18005

João Paulino Gonçalves Júnior Mirassol D’oeste - MT • nº 18006

Eduardo de Castro Dourado Goiânia - GO • nº 18007

Mario Fernando da Silva Bastos Rondonópolis - MT • nº 18008

Roberto Alves Carvalho Rabelo Porto Franco - MA • nº 18009

Sebastião Ferreira de Mello Juina - MT • nº 18010

associados associados

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134 Revista ABCZ

Novos integrantes

do PMGZPrograma de Melhoramento Genético de Zebuínos da ABCZ

CRIADOR FAZENDA MUNICÍPIO/UF RAÇA PROVA ZOOTÉCNICAAntônio Carlos Sperandio Est. Roseira Campina Grande do Sul - PR Nelore CDP - Controle Des. PonderalBruno Vaz Amaral Lapa Grande Verdelândia - MG Nelore CDP - Controle Des. PonderalCarlos Ironcelio José Oliveira Santa Felicidade Guapó - GO Nelore CDP - Controle Des. PonderalClaudio Shigueru Nakamura Bom Conselho Nioaque - MS Nelore CDP - Controle Des. PonderalEduardo José de Moura Lima Palanqueta Jacuipe - AL Guzerá/Nelore CDP - Controle Des. PonderalFabio José Carvalho Faria Cifal Terenos - MS Nelore CDP - Controle Des. PonderalHenrian Gonzaga Barbosa Carnnell Brasília - DF Nelore CDP - Controle Des. PonderalIcal Energetica Ltda Tronco Felixlandia - MG Guzerá CDP - Controle Des. PonderalIsmar Padua Vilela Filho Lago do Peixe Formoso do Araguaia - TO Nelore CDP - Controle Des. PonderalJesus Ribeiro Pereira Nossa Sra. Aparecida Costa Rica - MS Guzerá/Nelore CDP - Controle Des. PonderalJosé Eduardo Guimarães Motta Terra Boa II Almas - TO Nelore CDP - Controle Des. PonderalJosé Ferreira Candido Varginha Sacramento - MG Gir CDP - Controle Des. PonderalLuiz Carlos Dantas Sujeito Frei Paulo - SE Nelore CDP - Controle Des. PonderalMamoro Nakamura Bom Conselho Nioaque - MS Brahman/Nelore CDP - Controle Des. PonderalManoel de Oliveira Santos Modelo Campo de Brito - SE Nelore CDP - Controle Des. PonderalMarcelo Montenegro Loureiro Santa Catarina Passo de Camaragibe - AL Gir/Nelore CDP - Controle Des. PonderalMarcos Antônio de Souza Barreiro Tomar do Geru - SE Guzerá CDP - Controle Des. Ponderal

CRIADOR FAZENDA MUNICÍPIO/UF RAÇA PROVA ZOOTÉCNICAAntonio José de Souza Solução Unai/MG Gir Controle LeiteiroCarlos A de Carvalho Fernandes Biotran Fama/MG Gir Controle LeiteiroCarlos Jacob Wallauer Agrop.Fortaleza Salvador do Sul/RS Gir Controle LeiteiroCristovão José Rabelo São Cristovão Eugenópolis/MG Gir Controle LeiteiroEdmar Alves de Carvalho Est. Lindoia Arcos/MG Gir Controle LeiteiroEni Diniz Rezende Soita Cavalo Pará de Minas/MG Gir Controle LeiteiroEugenio Pacelli M Almeida Holanda Pedras do Reino Rio Rio Claro/RJ Gir Controle LeiteiroFilipe Alves Gomes Volta Fria Raposo/RJ Gir Controle LeiteiroFilomeno Castro Gomes Buriti Silvânia/GO Gir Controle LeiteiroJosé Avilmar Lino da Silva Lagoa Grande Martinhos Campos/MG Gir Controle LeiteiroJosé Carlos da Mata Da Mata Pindamonhagaba/SP Gir Controle LeiteiroLuiz Guilherme S Rodrigues Encarnação Santarém Novo/PA Guzerá Controle LeiteiroMarcelo Miranda de Medeiros Boa Vista Taubaté/SP Gir Controle LeiteiroMario Roberto E Seixas Est.Mario Roberto Patrocinio Paulista/SP Gir Controle LeiteiroRicardo Miziara Jreige Nossa Senhora de Loudes Uberaba/MG Gir Controle LeiteiroRobson Fidalgo Amui Rancho Kalapalu Uberaba/MG Gir Controle LeiteiroRonan Rinaldi de Souza Salgueiro Fazendão Campo Grande/MS Gir Controle LeiteiroVirgilio Vilefort Martins Curralinho Morada Nova de Minas/MG Gir Controle LeiteiroWalter Rocha Pereira Cinco Barros Lage do Muriae/RJ Guzerá Controle LeiteiroWanderley Umberto Valadão Cambauba Unai/MG Gir Controle Leiteiro

Informe Técnico

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CRIADOR FAZENDA MUNICÍPIO/UF RAÇA PROVA ZOOTÉCNICAMarcos Rodrigues da Cunha Lajeado Jataí - GO Sindi CDP - Controle Des. PonderalOlidio Carlos B. Gomes Out/Cond. Do Arrojo Esmeraldas - MG Brahman CDP - Controle Des. PonderalRafael Nogueira Cavalcanti 15 de Julho Aquidauana - MS Nelore CDP - Controle Des. PonderalRogelio Casal Caminha Neto Santa Sofia Maracaju - MS Nelore CDP - Controle Des. PonderalThiago Morais Salomão Marambaia Bonito - MS Nelore CDP - Controle Des. PonderalVlaudemir Trevizam Santo Antônio Laguna Carapa - MS Nelore CDP - Controle Des. Ponderal

Prova de ganho em pesoPor sua fácil execução e eficiência técnica, seja ela realizada a pasto ou confinada, a PGP - Prova de Ganho em Peso, é uma das provas zootécnicas que mais cresce dentro do PMGZ. Conheça as PGP’s que encerraram e as que iniciaram em 2009/2010:

Provas de Ganho em Peso - Confinamento Provas encerradasPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

758ª 11ª Faz. Poty Uberaba - MG 1 41 NEL PO 30/09/09 17/03/10759ª 5ª Faz. Braunas Funilândia - MG 1 14 BRA PO 30/09/09 17/03/10761ª 2ª Faz São Judas Tadeu Porto Feliz - SP 1 18 GUZ PO 22/10/09 08/04/10762ª 1ª Faz. Santa Elina Rosario D’Oeste - MT 3 35 NEL PO 26/09/09 13/03/10763ª 1ª Faz. Canaã São Carlos - SP 1 16 BRA PO 26/10/09 12/04/10764ª 2ª Faz. Canaã São Carlos - SP 1 9 BRA PO 26/10/09 12/04/10765ª 7ª Faz. Genipapo Várzea da Palma - MG 1 67 NEL PO 03/11/09 20/04/10768ª 34ª Arrossensal Nortelândia - MT 1 84 NEL PO 04/11/09 21/04/10773ª 4ª Faz. Espinhaço Barra do Garças - MT 1 46 NEL PO 27/10/09 13/04/10

Provas de Ganho em Peso - Confinamento Provas em andamentoPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

766ª 1ª Umburana Água Fria de Goias - GO 1 23 NEL PO 18/11/09 05/05/10767ª 3ª Faz. Porto Seguro Nova Granada - SP 1 20 NEL PO 23/11/09 10/05/10769ª 1ª Faz. Pau a Pique Campo Florido - MG 1 7 BRA PO 26/11/09 13/05/10770ª 48ª Corrego Santa Cecilia Uchoa - SP 1 28 TAB PO 25/11/09 12/05/10771ª 49ª Corrego Santa Cecilia Uchoa - SP 1 29 TAB PO 25/11/09 12/05/10772ª 3ª Santa Maria - Angico Redenção - PA 1 10 NEL PO 04/12/09 21/05/10774ª 8ª Faz. Genipapo Várzea da Palma - MG 1 49 NEL PO 29/12/09 15/06/10775ª 1ª Chic Pauliceia Rondonópolis - MT 1 23 NEL PO 04/02/10 22/07/10776ª 2ª Faz. Pau a Pique Campo Florido - MG 1 8 BRA PO 29/03/10 13/09/10777ª 35ª Arrossensal Nortelândia - MT 1 39 NEL PO 20/03/10 04/09/10

Provas de Ganho em Peso - Confinamento Provas iniciadasPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

778ª 3ª Faz. Canaã São Carlos - SP 1 37 BRA PO 12/04/10 27/09/10

Provas de Ganho em Peso - Pasto Provas encerradasPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

525ª 3ª Faz. Vera Cruz Barra do Garças - MT 1 22 NEL PO 15/05/09 05/03/10526ª 14ª Faz. Angico (UNF) Campina Verde - MG 1 41 NEL PO 25/05/09 15/03/10527ª 1ª S. João da Providência e Conv. Bernardo Sayão - TO 11 42 NEL PO 14/05/09 04/03/10530ª 1ª Nelore JL Ariquemes - RO 1 29 NEL PO 13/05/09 03/03/10

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Provas de Ganho em Peso - Pasto Provas em andamentoPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

563ª 15ª Faz. Angico (UNF) Campina Verde - MG 1 48 NEL PO 24/07/09 14/05/10566ª 2ª Faz. São Leopoldo Mandic Descalvado - SP 1 22 BRA PO 23/07/09 13/05/10568ª 1ª Faz Buriti II Uberaba - MG 1 29 NEL PO 13/07/09 03/05/10569ª 2ª Faz Buriti II Uberaba - MG 1 27 NEL PO 13/07/09 03/05/10570ª 1ª Faz Jacamim Nova Mutum - MT 1 48 NEL PO 14/07/09 04/05/10571ª 2ª Faz Jacamim Nova Mutum - MT 1 81 NEL LA 14/07/09 04/05/10572ª 2ª Faz. Dourados Abadia de Goias - GO 1 20 TAB PO 26/07/09 16/05/10574ª 4ª Faz. Boa Vista Anhembi - SP 1 26 NEL PO 25/07/09 15/05/10

Provas de Ganho em Peso - Pasto Provas encerradasPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

531ª 2ª Nelore JL Ariquemes - RO 1 75 NEL LA 13/05/09 03/03/10533ª 5ª Faz. Continental Colômbia - SP 1 33 BRA PO 05/06/09 26/03/10536ª 1ª Rancho Rochael e Conv. Araguana - TO 22 48 NEL PO 23/05/09 13/03/10537ª 2ª Rancho Rochael e Conv. Araguana - TO 1 9 NEL LA 23/05/09 13/03/10538ª 15ª Faz Santa Lidia S. Antonio Aracangua - SP 1 49 NEL PO 12/06/09 02/04/10539ª 2ª Faz. Natal Caiuá - SP 8 55 NEL PO 11/06/09 01/04/10541ª 51ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 50 NEL PO 02/06/09 23/03/10542ª 52ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 50 NEL PO 02/06/09 23/03/10543ª 53ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 49 NEL PO 02/06/09 23/03/10544ª 54ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 49 NEL PO 02/06/09 23/03/10545ª 4ª Faz. Api Catu - BA 11 46 NEL PO 29/05/09 19/03/10547ª 3ª Asa Agropecuária Marabá - PA 1 19 NEL PO 14/06/09 04/04/10548ª 4ª Asa Agropecuária Marabá - PA 1 26 NEL LA 14/06/09 04/04/10549ª 9ª Asa Agropec. e Convid. Marabá - PA 6 20 NEL PO 14/06/09 04/04/10550ª 6ª NSG do Xingu São Félix do Xingu - PA 1 21 NEL PO 15/06/09 05/04/10551ª 7ª NSG do Xingu São Félix do Xingu - PA 1 43 NEL LA 15/06/09 05/04/10552ª 5ª NSG do Xingu e Conv. São Félix do Xingu - PA 9 29 NEL PO 15/06/09 05/04/10553ª 12ª Embrapa/AGCZ - 26 93 NEL PO 10/06/09 31/03/10554ª 11ª Raama - Serv. Assessoria Caseara - TO 2 44 NEL PO 23/06/09 13/04/10555ª 3ª Santa Maria - Angico Redenção - PA 1 20 NEL PO 17/06/09 07/04/10556ª 10ª Faz. Querença Inhauma - MG 1 32 BRA PO 17/06/09 07/04/10557ª 1ª AMCZ - 17 45 GUZ PO 27/06/09 17/04/10558ª 2ª Faz. Di Genio Juti - MS 2 54 NEL PO 24/06/09 14/04/10559ª 1ª Coletiva Faz. São João Arealva - SP 7 31 NEL PO 01/07/09 21/04/10560ª 4ª Faz. Vera Cruz Barra do Garças - MT 1 47 NEL PO 10/07/09 30/04/10561ª 27ª Faz. Roncador Barra do Garças - MT 1 87 NEL PO 09/07/09 29/04/10562ª 28ª Faz. Roncador Barra do Garças - MT 1 201 NEL LA 09/07/09 29/04/10564ª 2ª Cia. Melh. Norte Paraná Tapejara - PR 1 54 NEL PO 19/05/09 09/03/10565ª 6ª Faz. da Hora Nova Fátima - PR 1 32 NEL PO 08/06/09 29/03/10567ª 24ª Nossa Sra das Graças Linhares - ES 1 23 NEL PO 16/06/09 06/04/10573ª 5ª Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1 21 TAB PO 08/07/09 28/04/10575ª 4ª Faz. Andorinha Avaré - SP 2 81 NEL PO 04/07/09 24/04/10576ª 5ª Faz. Andorinha Avaré - SP 1 52 NEL PO 04/07/09 24/04/10586ª 5ª SK Agropec. e Conv. Porto Velho - RO 3 23 NEL PO 31/05/09 21/03/10587ª 6ª SK Agropec. e Conv. Porto Velho - RO 1 17 NEL LA 31/05/09 21/03/10596ª 41ª Kangayan Cuiabá - MT 1 31 NEL PO 05/06/09 26/03/10601ª 17ª Faz. Copacabana Xambre - PR 1 71 TAB PO 25/06/09 15/04/10614ª 3ª São José do Pau D’Alho Ji-Paraná - RO 1 28 NEL PO 04/07/09 24/04/10615ª 1ª Faz. Castanhal Rondolândia - MT 1 75 NEL PO 19/06/09 09/04/10

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Provas de Ganho em Peso - Pasto Provas em andamentoPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

577ª 8ª Norte de Minas Varzelandia - MG 12 52 NEL PO 06/08/09 27/05/10578ª 6ª Nucleo Tres Fronteiras Nanuque - MG 12 52 TAB PO 07/08/09 28/05/10579ª 1ª Heringer e Convidados Vila Velha - ES 10 51 NEL PO 12/08/09 02/06/10580ª 9ª Faz. Kaylua Lajedao - BA 1 38 TAB PO 06/08/09 27/05/10581ª 14ª Faz. Primavera Caarapo - MS 4 80 NEL PO 27/07/09 17/05/10582ª 6ª Faz. Continental Colômbia - SP 1 37 BRA PO 14/08/09 04/06/10583ª 3ª Morada da Prata Batatais - SP 1 43 TAB PO 17/08/09 07/06/10584ª 3ª Faz. Natal Caiuá - SP 1 79 NEL PO 20/08/09 10/06/10585ª 1ª Faz. Frari e Convidados Porto Velho - RO 2 32 NEL PO 09/08/09 30/05/10588ª 55ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 35 NEL PO 01/09/09 22/06/10589ª 56ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 36 NEL PO 01/09/09 22/06/10590ª 57ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 34 NEL PO 01/09/09 22/06/10591ª 58ª Mundo Novo Uberaba - MG 1 35 NEL PO 01/09/09 22/06/10592ª 7ª Faz. Continental Colômbia - SP 1 35 BRA PO 10/09/09 01/07/10593ª 7ª Faz. da Hora Nova Fátima - PR 1 42 NEL PO 17/08/09 07/06/10594ª 2ª Faz. Flor de Minas Malacacheta - MG 1 31 TAB PO 25/08/09 15/06/10595ª 11ª Faz. Querença Inhauma - MG 1 45 BRA PO 16/09/09 07/07/10597ª 17ª Cabo Verde St. Lúcia Curinopolis - PA 1 117 TAB PO 12/08/09 02/06/10598ª 18ª Cabo Verde St. Lúcia Curinopolis - PA 1 11 TAB LA 12/08/09 02/06/10599ª 19ª Cabo Verde St. Lúcia Curinopolis - PA 1 30 NEL PO 12/08/09 02/06/10600ª 20ª Cabo Verde St. Lúcia Curinopolis - PA 1 25 NEL LA 12/08/09 02/06/10602ª 1ª Faz. Santa Clara Selviria - MS 1 20 NEL PO 03/08/09 24/05/10603ª 1ª Faz. Ouro Branco e Convidados Gurupi - TO 17 69 NEL PO 05/09/09 26/06/10604ª 1ª Estância São José Jataí - GO 1 54 NEL PO 01/10/09 22/07/10605ª 2ª Estância São José Jataí - GO 1 18 NEL LA 01/10/09 22/07/10606ª 3ª Cia. Melh. Norte Paraná Tapejara - PR 1 84 NEL PO 28/07/09 18/05/10607ª 1ª Agropastoril do Araguaia Santana do Araguaia - PA 1 19 NEL PO 21/09/09 12/07/10608ª 2ª Agropastoril do Araguaia Santana do Araguaia - PA 1 19 NEL LA 21/09/09 12/07/10609ª 5ª Faz. Boa Vista Anhembi - SP 1 31 NEL PO 24/10/09 14/08/10610ª 9ª Oeste da Bahia Barreiras - BA 4 88 NEL PO 09/09/09 30/06/10611ª 10ª Oeste da Bahia Barreiras - BA 1 22 GUZ PO 09/09/09 30/06/10612ª 4ª Faz. Natal Caiuá - SP 1 55 NEL PO 29/10/09 19/08/10613ª 1ª Coletiva UberBrahman Uberlândia - MG 11 51 BRA PO 27/10/09 17/08/10616ª 6ª Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1 25 TAB PO 03/10/09 24/07/10617ª 7ª Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1 25 TAB PO 03/10/09 24/07/10618ª 1ª Brahman Vitoria Araçatuba - SP 1 23 BRA PO 20/09/09 11/07/10619ª 12ª Raama - Serv. Assessoria Caseara - TO 4 77 NEL PO 19/08/09 09/06/10620ª 18ª Faz. Copacabana Xambre - PR 1 36 TAB PO 24/09/09 15/07/10621ª 11ª Terra Roxa Prado Ferreira - PR 1 38 NEL PO 28/08/09 18/06/10622ª 25ª Nossa Senhora das Graças Linhares - ES 1 23 NEL PO 15/09/09 06/07/10623ª 3ª Estância São José Jataí - GO 1 26 NEL PO 10/12/09 30/09/10624ª 4ª Santa Maria - Angico Redenção - PA 1 30 NEL PO 04/12/09 24/09/10625ª 5ª Santa Maria - Angico Redenção - PA 1 29 NEL PO 04/12/09 24/09/10626ª 8ª Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1 21 TAB PO 17/12/09 07/10/10627ª 9ª Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1 22 TAB PO 17/12/09 07/10/10628ª 12ª Faz. Querença Inhauma - MG 2 28 BRA PO 12/12/09 02/10/10629ª 2ª Brahman Vitoria Araçatuba - SP 1 20 BRA PO 20/11/09 10/09/10630ª 1ª Faz. Taj Mahal V.Bela Santissima Tr - MT 1 22 BRA PO 18/11/09 08/09/10631ª 2ª Faz. Taj Mahal V.Bela Santissima Tr - MT 1 25 NEL PO 18/11/09 08/09/10632ª 3ª Faz. Taj Mahal V.Bela Santissima Tr - MT 1 34 NEL LA 18/11/09 08/09/10

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Revista ABCZ140

CEP – CERTIFICADO ESPECIAL DE PRODUÇÃO É um dos mais importantes produtos disponibilizado pelo PMGZ, este certificado alia a superioridade genética do animal

ao seu biotipo.O Certificado Especial de Produção é baseado nas avaliações genéticas de todos os animais participantes do PMGZ. A cada safra são verificados nos arquivos gerais da ABCZ os zebuínos (machos e fêmeas) que apresentam os melho-res IQG (Índice de Qualificação Genética). Além de apresentar uma superioridade genética, eles devem apresentar um tipo adequado à produção já que o intuito do CEP é identificar e disponibilizar reprodutores com DEP´s elevadas.

Para o CEP categoria nacional há 4 selos:• CEP PLATINA: animais que estão entre os 1% melhores IQG• CEP OURO: animais estão entre os 1% a 2% melhores IQG• CEP PRATA: animais que estão entre os 2% a 5% melhores IQG• CEP BRONZE: animais que estão entre os 5% a 8% melhores IQG

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados Raça NELORE

Criador Etr Fazenda platina ouro prata bronze total Técnico avaliadornúmero de cep’s recebidos

Adriano de Paiva Afonso SAO Mata Azul – – 1 – 1 Frederico da Silva GuimarãesAgropec. Brasil Raça S/A GYN Brasil Raça 1 – 1 1 3 Antonio L. do NascimentoAgropec. Fogliatelli S/A CGB Porto do Campo – 1 1 2 4 Cristovan B. de OliveiraAlaor José de Carvalho JPR São José do Pau D’Alho 2 4 3 3 12 Guilherme Henrique PereiraAltamir Vargas Grubert CGR Barra Bonita – – 1 1 2 José de MeloAluizio Lessa Coelho CGR Santa Mônica – – – 1 1 Murilo Montandon SivieriAmbrosino Carrijo de Freitas SEDE São Francisco – – 1 2 3 Divino H. GuimarãesArgeu Fogliatto CGB Porto do Campo – 1 – – 1 Cristovan B. de OliveiraAri Basso CGR Cascata – – 4 3 7 Murilo Montandon SivieriArnoldo Wald Filho SEDE Porto Velho – – 1 – 1 Walfredo B. de Oliveira

Provas de Ganho em Peso - Pasto Provas em andamentoPGP Local Nº de criadores Nº de animais Raça Entrada Final

633ª 1ª Rancho Imperial Vila Rica - MT 1 28 NEL PO 29/01/10 19/11/10634ª 1ª Faz. Floresta Vila Rica - MT 1 25 NEL PO 29/01/10 19/11/10635ª 2ª Faz. Floresta Vila Rica - MT 2 10 NEL LA 29/01/10 19/11/10636ª 5ª Faz. Vera Cruz Barra do Garças - MT 1 62 NEL PO 13/10/09 03/08/10637ª 3ª Faz. Santa Fé Ribamar Fiquene - MA 1 22 NEL PO 04/08/09 25/05/10638ª 42ª Kangayan Cuiabá - MT 1 57 NEL PO 15/11/09 05/09/10639ª 43ª Kangayan Cuiabá - MT 1 57 NEL PO 12/01/10 02/11/10640ª 8ª Faz. Continental Colômbia - SP 1 22 BRA PO 12/02/10 03/12/10641ª 10ª Tabapuã da Sorte Mozarlândia - GO 1 25 TAB PO 25/02/10 16/12/10642ª 13ª Faz. Querença Inhauma - MG 1 55 BRA PO 12/03/10 31/12/10643ª 3ª Faz. Flor de Minas Malacacheta - MG 1 30 TAB PO 24/03/10 12/01/11644ª 21ª Cabo Verde St. Lúcia Curionópolis - PA 1 88 TAB PO 31/03/10 19/01/11645ª 22ª Cabo Verde St. Lúcia Curionópolis - PA 1 14 TAB LA 31/03/10 19/01/11646ª 23ª Cabo Verde St. Lúcia Curionópolis - PA 1 4 NEL PO 31/03/10 19/01/11647ª 24ª Cabo Verde St. Lúcia Curionópolis - PA 1 6 NEL LA 31/03/10 19/01/11648ª 19ª Faz. Copacabana Xambre - PR 1 62 TAB PO 14/03/10 02/01/11649ª 6ª Faz. Vera Cruz Barra do Garças - MT 1 24 NEL PO 16/03/10 04/01/11

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maio - junho • 2010 141

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados Raça NELORE

Criador Etr Fazenda platina ouro prata bronze total Técnico avaliadornúmero de cep’s recebidos

Baluarte Agropec. Ltda. BHZ Baluarte 1 – – 2 3 Luis Fernando F. C. JuniorCelso José Dalben e Outros/Cond. PMW Dalben – – – 3 3 Luiz Fernando de Paula SalimCian-Cia Ind. Alimentos Nordeste AUX Jatobá – – 1 – 1 João Batista R. de AlmeidaConstantino Cunha Guimarães GYN Aldeia Maria – 1 – – 1 Leonardo Figueiredo NettoCornélia Margot Gamerschlag TLG Pimenta – 1 1 1 3 Claudionor Aguiar TeixeiraDailson Laranja VIX Porto do Engenho – – – 1 1 Lauro Fraga AlmeidaEdilson Vargas Grubert CGR Boqueirãozinho – – 2 3 5 Marcio Assis CruzEduardo Danzberg Paim PMW Sinuelo – 1 1 – 2 João B. Corrêa GonçalvesEduardo de Brito Soares TLG Santa Clara 1 – – – 1 Claudio Signorelli FariaEstevão Batista de Morais GYN Beira Rio – – 2 1 3 Rodrigo R. Lopes CançadoExpedito Eustáquio Ribeiro Silva SEDE Capão Grande 1 2 3 1 7 Carlos Eduardo NassifFaz. do Sabiá Ltda. BHZ Do Sábia 9 6 16 21 52 Francisco Carlos VelascoIntegral Pecuária Ltda. SEDE Santa Rosa 1 1 – – 2 Carlos Eduardo NassifIrineu Zagonel CGB Luar – 1 5 5 11 André Luis L. BorgesIvan Szeligowski Ramos SEDE Santa Filomena das Águas 1 – 2 1 4 Divino H. GuimarãesJaci Gomes Santana RDC Santa Maria – – – 2 2 Gustavo Rusa PereiraJacyra de Lourdes Hoffig Ramos SRPR Dinora – – – 3 3 Ireno Cassemiro da CostaJoão Carlos Di Genio TLG Di Genio – – 5 – 5 Claudio Signorelli FariaJoão Carlos Facholi CGR Terra Rica – – – 1 1 Márcio Assis CruzJosé Cantídio Junqueira Almeida SEDE Santa Lídia – – 1 – 1 Alexandre Essinger ToledoJosé São José PMW Santa Helena – – 2 3 5 José Ribeiro Martins NetoJurgen Wolfgang Fleischer PMW Itaúna – – – 1 1 João B. Corrêa GonçalvesJustino de Faria CGB Faria Agropecuária – 1 – 1 2 Bruno José M. MazzaroLucas Passos de Carvalho JPR São Lucas – – 1 – 1 Guilherme Henrique PereiraLuiz Antonio da Silva BAU São Luiz – – 1 – 1 João E. F. AssumpçãoLuiz de Oliveira Carvalho Netto SEDE Bonito – 1 – – 1 Leonardo Machado BorgesMabagra Agropast. Ltda. CGB Barra Grande II – – 1 – 1 Bruno José M. MazzaroMarcelo Alvares Cruz BAU Água Bonita – – – 1 1 João E. F. AssumpçãoMarco Antonio Maturana Filho CGB Maringá II – – 1 1 2 Divino H. GuimarãesMaria Risoleta Bueno SAO Grotão da Serra Azul – 1 – – 1 Evandro Ribeiro de AlmeidaMario Roberto C. de Figueiredo CGB Estância do Capão de Angico – 1 3 2 6 Cristovan B. de OliveiraMauro Rezende de Andrade CGR Marlice 1 2 2 – 5 Antonio E. Gonçalves JuniorMiguel Pardo SAO Estância Santa Madalena – 1 – – 1 Evandro Ribeiro de AlmeidaNelcy Palhares Ribeiro SEDE Brasília – – 1 – 1 Haroldo H. M. Di VellascoNelson Antonio Neves RDC Malula – 1 1 1 3 Aurélio Carlos Vilela SoaresOtoni Ernando Verdi GYN Água Boa – – – 1 1 Leonardo Figueiredo NettoPlinio Carneiro SEDE Santa Maria – – – 1 1 Marcos Cunha Resende Renato Sebastião Ingracia JPR Madras – – – 2 2 Leonardo Cruvinel BorgesRivaldo Machado Borges SEDE Mateira – – 1 1 2 Carlos Eduardo NassifRodrigo Coelho Costa CGB Estância Esmeralda – – – 1 1 Bruno José M. MazzaroRonaldo Bonifácio da Silva BHZ Bony – – 1 1 2 Francisco Carlos VelascoSônia Maria de Paula Rezende BHZ Papagaio – – – 1 1 João Eudes Lafeta QueirozValdofredo Gonçalves de Paula PMW Carolina – – 1 – 1 João B. Corrêa GonçalvesVicente Rodrigues da Cunha SEDE Pontal – 1 3 1 5 Virgílio B. de A. CamargosWalmir Maciel PMW Pioneira – – – 1 1 João B. Corrêa Gonçalves

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Revista ABCZ142

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados Raça TABAPUÃ

Criador Etr Fazenda platina ouro prata bronze total Técnico avaliadornúmero de cep’s recebidos

José Coelho Vitor RDC Santa Lúcia 1 – – 2 3 Aurélio Carlos Vilela SoaresMaria Cecília Junqueira Germano SEDE Chapadão – – 1 – 1 Thinouco Francisco Sobrinho

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados Raça GUZERÁ

Criador Etr Fazenda platina ouro prata bronze total Técnico avaliadornúmero de cep’s recebidos

Dante Emílio Ramenzoni BAU Alvorada – – – 1 1 João E. F. AssumpçãoGeraldo Alves da Silva NAT São Geraldo – – – 1 1 Rodrigo Coutinho MadrugaJoão Natal Cerqueira BHZ Santo Antonio 1 – – – 1 João Eudes Lafeta QueirozJoaquim A. Bravo Caldeira Cond. SEDE Cambauba 1 – – – 1 Marcos Cunha ResendeOdelmo Leão Carneiro Sobrinho PMW Água Azul – – – 1 1 João B. Corrêa GonçalvesRodrigo Pinto Canabrava MOC Villa Terezinha 3 5 6 – 14 Marcos Miguel Mendes

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados Raça NELORE MOCHA

Criador Etr Fazenda platina ouro prata bronze total Técnico avaliadornúmero de cep’s recebidos

Agropec. Brasil Raça S/A GYN Brasil Raça – – – 1 1 Antonio L. do NascimentoAgropec. Coml.Conquista Ltda. BAU São José – 1 1 – 2 Frederico da Silva GuimarãesAlaor José de Carvalho JPR São José Pau D’Alho – – – 1 1 Guilherme Henrique PereiraAmauri Gouveia BAU Vo Thomaz – – – 1 1 Alisson Andrade de OliveiraAmbrosino Carrijo de Freitas SEDE São Francisco – – – 1 1 Divino H. GuimarãesAntonio Renato Prata BAU Dois Irmãos 1 – – – 1 Alisson Andrade de OliveiraCelso José Dalben e Outros/Cond. PMW Dalben – – 1 – 1 Luiz F. de Paula SalimFlavio Augusto Cotrim Ferreira SEDE Boticão – – 2 4 6 Luiz Renato TiveronGoya Agropec. E Coml. Ltda. SEDE Santo Antonio – – – 1 1 Adriano B. de SouzaJoão Carlos Di Genio TLG Aimoré – – – 1 1 Claudio Signorelli FariaJosé Cantídio Junqueira Almeida SEDE Santa Lídia – – 1 – 1 Alexandre Essinger ToledoMaria L. de C. Maya Chateaubriand BAU Kanxue – – – 1 1 Alisson Andrade de OliveiraWalmir Maciel PMW Pioneira – 1 – – 1 João B. Corrêa Gonçalves

CEP 2009 - Criadores que já tiveram animais avaliados e certificados Raça NELORE

Criador Etr Fazenda platina ouro prata bronze total Técnico avaliadornúmero de cep’s recebidos

Adriano de Paiva Afonso SAO Mata Azul – – 1 – 1 Frederico da Silva GuimarãesAgropec. Brasil Raça S/A GYN Brasil Raça 1 – 1 1 3 Antonio L. do NascimentoAgropec. Fogliatelli S/A CGB Porto do Campo – 1 1 2 4 Cristovan B. de OliveiraAlaor José de Carvalho JPR São José do Pau D’Alho 2 4 3 3 12 Guilherme Henrique PereiraAltamir Vargas Grubert CGR Barra Bonita – – 1 1 2 José de MeloAluizio Lessa Coelho CGR Santa Mônica – – – 1 1 Murilo Montandon SivieriAmbrosino Carrijo de Freitas SEDE São Francisco – – 1 2 3 Divino H. GuimarãesArgeu Fogliatto CGB Porto do Campo – 1 – – 1 Cristovan B. de OliveiraAri Basso CGR Cascata – – 4 3 7 Murilo Montandon SivieriArnoldo Wald Filho SEDE Porto Velho – – 1 – 1 Walfredo B. de Oliveira

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Revista ABCZ144

05 a 10/07/2010Curso de Casqueamento e Doma de Zebuínos

28/06 a 02/07/2010Curso de Casqueamento e Doma de Zebuínos

Esteio (RS) • (51) 3228-8759

Recife (PE) • (81) 3228-6800

18 a 19/06/2010Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos - CorteSão Paulo (SP) • (11) 5084 1151

21 a 24/06/2010Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos - CortePresidente Prudente (SP) • (18) 3222-0298

19 a 23/07/2010Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos - CorteUberaba (MG) • (34) 3319-3930

08 a 09/07/2010Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos - LeiteVitória (ES) • (27) 3328-9772

02 a 07/08/2010Curso de Doma e apresentação de zebuínosUberaba (MG) • (34) 3325-9690 / 8861-4521

AGENDA DE EVENTOS 2010

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Revista ABCZ

Minha receita

Sopa de músculo e cevadinha

Receita enviada pelo Serviço de Informação da Carne (SIC)

SERVE

• 4 porções

INGREDIENTES

• 1/2 kg de músculo dianteiro (de prefe-

rência com osso)

• 1 cebola grande picada

• 2 dentes de alho esmagados

• 3 talos de salsão em cubos

• 1/4 de colher (chá) de orégano

• 1/4 de colher (chá) de manjericão

• 250g de cogumelos frescos (opcional)

• 1/2 xícara de cevadinha lavada e es-

corrida• 7 cubos de caldo de carne diluídos em 6

xícaras de água

• 1 abobrinha italiana em rodelas

• sal e pimenta do reino

MODO DE PREPARO

Numa panela, refogue a carne, cebola e

alho, escorra e elimine a gordura.

Refogue os cogumelos, adicione a carne,

cenoura, salsão, manjericão, orégano,

cevadinha e caldo.

Deixe ferver e abaixe o fogo. Cozinhe em

fervura lenta por cerca de 45 minutos, ou

até que a cevadinha fique macia.

Adicione a abobrinha e cozinhe até ficar

macia, cerca de 5 minutos. Prove e, se

necessário, tempere com sal e pimenta do

reino.

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