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Revista Asdap Ed. 01 Nov_Dez 2012

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Revista da Asdap, Distribuidores de Autopeças, Porto Alegre, RS, Brasil

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E x p e d i e n t e

4 - Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1

Diretoria Executiva

Henrique Steffen - Presidente([email protected])

Rogério Mendes Colla - Vice-Presidente([email protected])

Flávio Telmo - Diretor Administrativo([email protected])

Marcelo Zambonin - Diretor Financeiro([email protected])

ConselheirosCelso Zimmermann

([email protected])Fernando Bohrer

([email protected])

Associação Sul Brasileira dosDistribuidores de Auto Peças (ASDAP)

Endereço: Rua Domingos Martinsnº 360, sala 403, Centro - Canoas/RS

Site: www.asdap.orgE-mails: [email protected]

[email protected]: (51) 3059-8034

Conselho EditorialCelso Zimmermann,

Henrique Steffen, José Alquatie Thiago Alvez

A Revista ASDAP é editada pelaempresa Esporte Motor.

Editor: Claudio FontouraReportagem: Rosangela Groff

Planejamento Gráfico: Carlos RemaRevisão: Gustavo Cruz

Capa: Felipe OnziFotografia: André KotomanTiragem: 10 mil exemplares

Circulação e Distribuição: Gratuita ecircula nos Estados de Paraná, Santa

Catarina e Rio Grande do Sul.

As matérias assinadas da edição são de inteiraresponsabilidade de seus autores. Proibida areprodução total ou parcial dos textos sem au-torização do veículo ou autor. O conteúdodos anúncios é de inteira responsabilidade dasempresas ou criadores que os publicam.

ASDAP comemora uma décadapriorizando a representatividade06

Í n d i c e○

Componentes na reta final denovos quesitos de segurança14

Investimento e profissionalizaçãopara conquistar o futuro22

Seções

Tecnologia ........................................................................ 11

Mercado .......................................................................... 16

Especial .......................................................................... 18

Gestão ............................................................................ 24

Ferramentas .................................................................... 27

Meio Ambiente ............................................................... 28

Panorama ...................................................................... 29

Fale conosco: (51) 3059-8034 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das14h às 16h30. E-mail: [email protected]. Visite o nosso site e veja a nossa

edição em versão eletrônica (www.asdp.org)

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Assinaturas

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AASDAP festeja em 2012dez anos de fundaçãoestruturando projetosque, entre os objetivosprincipais, estabelecem o fortalecimento do se-

tor e de sua representatividade no merca-do e na atuação junto a empresas, órgãosgovernamentais e sociedade. Um dos ins-trumentos para buscar essas metas é a Re-vista ASDAP, que chega para levar aos cli-entes dos distribuidores informações quepossam contribuir com o seu trabalho.

Dentro dos eventos comemorativosdo decênio de atuação, um jantar promo-vido pela ASDAP reúne em 23 de no-vembro distribuidores e fabricantes, cri-ando laços mais próximos dentro da ca-deia produtiva. Em dezembro, o gruporealiza reunião extraordinária para indi-car os nomes que deverão concorrer àpróxima gestão da entidade.

A ASDAP fecha a década de aniversá-rio com uma história de iniciativas, desa-fios e conquistas e o presidente da asso-ciação, Henrique Steffen, também dire-tor da Giros Peças, faz um balanço da par-ticipação no grupo, seu aprendizado esuas expectativas que permearam os cin-cos anos dentro da instituição e, em es-pecial, 2011 e 2012, enquanto dirigente.

Steffen afirma que, acima de tudo, aASDAP é um lugar onde ele conquistouamigos e cresceu profissionalmente. “Fuiconvidado a participar dessa mobilizaçãoque eu desconhecia. Mas gostei muito doambiente, das propostas de trabalho e doempenho dos envolvidos”, cita. “Daí emdiante, abracei a causa”, reforça Steffen.“Para a gente que é distribuidor é muitobom se relacionar com as empresas nomesmo patamar funcional das atividadesque a gente desempenha”, complementa.

Ele salienta a efetividade das reuniões,nas quais os profissionais com know how

ASDAP comemora uma décadapriorizando a representatividade

disponibilizam seus conhecimentos aosempresários associados. “A troca de in-formação é algo valioso nesses encontros,nos quais conhecemos melhor o merca-do e aprendemos com as experiências dosnossos colegas”, indica. “Através desse re-lacionamento, vemos que os nossos pro-blemas não são só nossos. Outras empre-sas também passam por isso e muitas jáos resolveram e nos indicam as soluções”,reitera.

Novos projetos

Esse ano, a associação, sempre focadana questão tributária, também passou aidentificar outras ideias a serem discutidase desenvolvidas, como a representati-vidade para dar força à ASDAP na defesade suas propostas. Outra aquisição foi acontratação da Action Result, que asses-sora a associação em gestão e marketing.

Uma das atuações da consultoria é aorganização do evento comemorativoanual, em que cada participante escolhe

“Dentro daassociação, vemosque os nossosproblemas não sãosó nossos. Outrasempresas tambémpassam por isso emuitas já osresolveram e nosindicam as soluções.”

Steffen destaca a revista como ferramenta para fortalecer a entidade

uma fábrica para ser convidada. Outraação programada é a participação daASDAP em feiras e congressos do seg-mento, assim como o envolvimento emcomissões de visitação a empresas.

Uma iniciativa para chegar mais pertodo distribuidor, muitos deles no Interiordo Estado, é a Revista ASDAP. “Vejo, com

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Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 7

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bom olhos, a publicação, que vai levar onome da ASDAP mais longe. É um veí-culo que vai fortalecer a entidade atravésda sua divulgação. Um ótima oportunida-de para que os nossos parceiros conheçamas fábricas e, principalmente, os produtos eas novidades do mercado”, afirma.

“Uma aproximação maior com o Sin-copeças e o Sindirepa é outra meta quequeremos alcançar, assim como um bomrelacionamento com órgãos governamen-tais”, exemplifica. Steffen também ressaltaque a ASDAP irá buscar visibilidade pormeio de publicidade em mídias impres-sas e jornais do setor.

A inspeção veicular ambiental tambémpreocupa a entidade, assunto que aindadepende de legisladores para obter apro-vação. “Não vou negar que tenha o ladocomercial, mas os fatores social e ambientalsão urgentes. E toda a poluição que atingeas cidades, como Porto Alegre, gera da-nos à população e despesa para o gover-no. E isso pode ser atacado de maneirapreventiva, com um custo menor e comresultados benéficos para as pessoas e oambiente”, especifica. Steffen aponta acertificação de peças como um ponto im-portante para os distribuidores. E chama aatenção uma questão: o estoque. “Comoficam esses produtos não certificados quejá estão com os impostos pagos?”, indaga.

O dirigente da ASDAP ressalta uma dasatividades imediatas. “Queremos atenderas principais solicitações dos nossos asso-ciados, identificadas em uma pesquisa querealizamos. Entre elas, começar a colocarem prática um programa de treinamentoem vendas”, aponta. Outra meta é aumen-tar o número de associados para dar maisforça à entidade, que conta hoje com 30associados. Steffen acredita na realizaçãode reuniões com empresários de cidadesinterioranas. “Acho importante ouvir o queeles têm a dizer. Já visitamos vários asso-ciados esse ano. E foi bom ver que o obje-tivo é o mesmo: ajudar a unir o grupo”,frisa. “Queremos criar comissões e entrarpelo RS afora, fazendo o convite corpo acorpo. A nossa classe não tem representati-vidade, não tem um sindicato específico”,comenta Steffen. “Está na hora de termoso nosso próprio lugar”, encerra.

“Dentro daproposta de buscarmais associados,comissão irá visitardistribuidores noInterior do Estado,ouvindo o que osprofissionais têmpara dizer àentidade.”

Inspeção veicular, certificação depeças e impostos preocupam dirigente

Uma associação idealistaque nasceu vencedora

Em 2002 nascia a Associação Sulbra-sileira de Distribuidores de Autopeças, aASDAP, de uma necessidade de união dosegmento no Rio Grande do Sul. Mesmoenfrentando pensamentos contrários àmobilização, considerada por alguns comouma ação inviável entre concorrentes,Ricardo Krolikowski e os empresáriosCelso Zimermann e Fernando Bohrer,hoje conselheiros da entidade, formaramuma frente de combate a questões fiscaisque atingiam os distribuidores no estado.O resultado evidenciou a representativi-dade junto ao governo estadual e um for-talecimento para o grupo que reunia emtorno de 12 distribuidores.

Engenheiro agrônomo, mas com raízesfamiliares na área automotiva, e sócio-di-retor da RKL, em Porto Alegre, Kroli-kowski nunca desistiu de sua meta de tervoz diante das autoridades e buscar solu-ções que beneficiassem os distribuidores.“O que nos motivou foi a dor comum, aquestão fiscal concedida a unidades daFederação como o Distrito Federal, noâmbito do ICMS, e que nos atingia direta-

Segundo Krolikowski, grupo articulouluta por prazos mais longos nopagamento de tributos

mente”, descreve o empresário. “Se o 'efei-to Brasília' já era drástico para o ramo dedistribuição atacadista de qualquer natu-reza, maior ainda a interferência no setor

André Kotoman

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“Faltadespreendimento.

Existe muitocomodismo, medo

de dividir e nãomultiplicar, de doar

um pouco do tempopor questões que

atingem o próprioassociado.”

O ex-presidente enfatiza que a entidade deveria receber outros estados

de autopeças”, identifica.Daí em diante o trabalho desenvolvido

na ASDAP foi permeado por esta buscaincessante pela preservação da competiti-vidade. “Entendemos que empresários eempregadores produzem riqueza e esta deveser aplicada dentro do seu estado. Não écerto o Rio Grande do Sul perder arrecada-ção e nós, faturamento”, reforça.

Em 2007, muda o jogo de novo, e a Subs-tituição Tributária exige que o ICMS devaser pago pelo fabricante. Outra determina-ção da norma é a cobrança do imposto so-bre o estoque. Mais uma vez, a associaçãoarticula uma luta no sentido de reivindicarprazos mais longos para o pagamento dotributo. “Conseguimos quatro meses decarência para começar a pagar e 30 mesesde parcelamento, sem juros”, afirma Kro-likowski, com orgulho.

Assim, a ASDAP iniciava como umavencedora, beneficiando associados e dis-tribuidores, inclusive de outros estados. Naopinião do ex-presidente, ainda falta ao se-tor visão: a força e o poder do grupo deci-dindo estratégias e objetivos em conjunto enão individualmente. “Existe muito como-dismo, medo de dar e não receber, dividir enão multiplicar. É uma posição individua-lista, onde há falta de confiança e despreen-dimento. Doar um pouco de seu tempo porquestões que atingem o próprio associado”,

salienta.Krolikowski também reconhece que exis-

te uma falha no trabalho de convencimento,de trazer mais representantes para a entidadee evidenciar a cultura da percepção de co-munidade. Mas ele é otimista e acredita ematitudes voluntariosas, na boa vontade deempresários corajosos como os que anteri-ormente saíram de sua zona de conforto, que-braram a inércia e viram que eram colegas enão concorrentes. “Acredito que há uma cha-ma própria em cada indivíduo, o impulsopróprio de força individual em prol da cole-tividade”, complementa.

Quando relembra o início de tudo, Kro-likowski fala sobre dois conselheiros da as-sociação como polinizadores do grupo eque os instigaram a alavancar a associação.“Celso Zimermann e Fernando Bohrer fo-ram catalizadores, incentivadores que nosajudaram a enxergar a necessidade de nosunirmos. Eles nos incentivaram a ir em fren-te em busca de nossos objetivos”, salienta.Passados nove anos, além de ações no âm-bito fiscal, Krolikowski acredita que exis-tem muitas lutas a serem enfrentadas, comoo combate ao comércio ilegal de autopeças,assim como às cargas roubadas, e a legaliza-ção dos desmanches. “Dar destaque à con-centração de venda com nota”, exemplifica.O empresário destaca a importância da ins-peção veicular e da manutenção preventiva

e acredita também na profissionalizaçãoimplantada nas empresas que trabalhem aqualidade e na gestão bem administrada.

Krolikowski cita também que é neces-sário elaborar estatutos e preparar a entida-de para receber outros estados, como SantaCatarina e Paraná. Mas ele faz uma ressalva:“Eles têm que ter o comprometimento quenós temos. Devem ter pensamentos simila-res aos do nosso grupo. Maturidade deambos os lados”, enfatiza.

Em relação ao tempo e ao trabalho naASDAP, ele considera que o saldo foi abso-lutamente positivo. “No lado pessoal foi umprivilégio, apesar do óbvio desgaste, da res-ponsabilidade e do tempo dedicado. Quan-do tu te comprometes em um trabalho paraum grupo, tens o retorno posterior. Tivemais ganho do que perda. Do investimen-to, tive muito mais bônus do que ônus. Ocoletivo traz sempre o benefício individu-al”, conclui.

Para Krolikowski, acima de tudo, o idea-lismo é a grande chave-mestra que abre asportas para as decisões e os objetivos na vida.“A essência de tudo é a alma e isto não deve-mos perder nunca. Os valores mais íntegrose transparentes devem ser a base para qual-quer trabalho ou projeto. Antes da quantida-de, deve vir a qualidade. Só assim temos asensação do dever cumprido. E esta emoçãovale mais do que qualquer coisa”, encerra.

André Kotoman

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Incentivo e apoio forama base do começo

Fernando Bohrer, da Recove Represen-tações, foi um dos mentores da ASDAP e,como não poderia deixar de ser, tornou-se conselheiro da associação. Foi com assuas palavras de apoio e estímulo que con-seguiu motivar um pequeno grupo de dis-tribuidores a criar uma associação que de-fendesse os seus direitos. Na opinião unâ-nime de Ricardo Krolikowski e HenriqueSteffen, presidentes da entidade, Bohrer eCelso Alexandre Zimmermann foramincentivadores e orientadores no proces-so de formação da entidade, a qual nãoteria iniciado sem a dedicação destes doisempresários.

A necessidade de maior participação naárea comercial, entre distribuidores e ór-gãos governamentais, para que a entidadeseja reconhecida no mercado sempre foi,para Bohrer, uma das principais finalida-des da associação. “Essa integração dosassociados e a criação de uma proximida-de entre eles darão maior importância aogrupo, certamente”, aponta.

Para o conselheiro, o trabalho desen-volvido dentro da associação e a sua di-vulgação, através da Revista ASDAP, irácontribuir para o estreitamento ainda mai-

or dessa relação. “Com as informações emum produto impresso, que fica mais pró-ximo ao empresário, teremos mais umaferramenta de serviço e de interatividadecom o segmento”, finaliza.

De acordo com Celso Alexandre Zim-mermann, é preciso profissionalizar e me-lhorar o mercado no qual os distribuido-res atuam. E foi dentro dessa linha que aASDAP teve o seu começo quando osempresários perdiam benefícios fiscaispara o Centro-Oeste do país. “A genteprecisava de uma associação que desse acara para apanhar, reivindicando comoentidade, e não como empresário, isola-damente”, salienta.

Mas o maior lucro, para o conselheiro,é o consenso entre os associados e as em-presas que entenderam o valor do associa-tivismo. “Esse é o foco de hoje: implantarna mente de cada empresário esse sentidode coletividade para que os distribuidorestenham representatividade dentro do seg-mento”, reforça o conselheiro.

Frederico Westphalen, Santa Maria,Bento Gonçalves e Nova Prata são cida-des que participam da associação e trazemsua experiência para os profissionais daCapital. A troca de informações e a apre-sentação de ideias novas adicionam maisforça ao grupo, que deverá encontrar ou-tras soluções para manter o contato entreassociados das mais diversas regiões doEstado. “Estamos estudando propostaspara facilitar as participações nas reuniõesda ASDAP. Esse é um dos objetivos dopróximo ano”, adianta Zimmermann.

E o avanço não deverá ser apenas noextenso território gaúcho. “Há possibili-dades de abrirmos a associação em esta-dos como o de Santa Catarina e, em umsegundo momento, no Paraná. Temos vá-rios associados que têm filiais nestes esta-dos, assim como empresas de lá que pos-suem unidades aqui no Rio Grande doSul”, informa. Proprietário da Guido

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Zimmermann Comércio e RepresentaçãoLtda., Zimmermann considera que o mer-cado pode ser mais homogêneo e ter umaopinião melhor a respeito das questões queenvolvem a distribuição de componentes.

Nesse sentido, a associação, que se man-tém atenta à incidência e à projeção deimpostos, fornece assistência tributária eagrega uma consultoria empresarial que dáapoio completo ao grupo. “Tambémestamos nos empenhando para em 2013buscarmos a qualificação dos funcionári-os de distribuidoras, analisando formatosde treinamento para cumprir esse objeti-vo”, especifica Zimmermann, consideran-do a meta maior da entidade: “Se fortale-cermos a nossa união, já estamos à frente.Já é uma vitória”.

“Estamos nosempenhando parabuscarmos aqualificação dosfuncionários dedistribuidoras,analisando formatosde treinamentopara cumprir esseobjetivo.”

Zimmermann aponta que é precisoprofissionalizar e melhorar o mercado

Bohrer: “Integração entre participantesdá maior importância à associação”

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André Kotoman

Arquivo pessoal

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Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 11

Embora o regimeautomotivo deno-minado pelo gover-no federal de InovarAuto começa a defi-nir o processo de fa-

bricação na área automotiva, as gran-des marcas já caminham em direção àinovação e às novas tecnologias. Mon-tadoras se unem para trocar conheci-mentos, marcas fortes erguem rapida-mente fábricas de equipamentos e equi-pes de engenharia dedicam-se a pro-postas modernas, econômicas e susten-táveis.

A indústria automobilística se adi-anta em sistemas mais eficientes, antesmesmo da medida implantada. Umexemplo é a união da Ford com a Ge-neral Motors para produzir uma caixaautomática de câmbio com até dez ve-locidades. O projeto, envolvendo osdois maiores fabricantes dos EstadosUnidos, tem por objetivo desenvolver

Inovar Autorealinha projetosda indústriaautomobilística

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em conjunto uma caixa de dupla em-breagem, sucesso atual naquele merca-do, os produtos deverão chegar ao Bra-sil em 2015. O acordo prevê que a Fordcrie uma gama de transmissões de até10 velocidades para automóveis, SUVs,caminhões e modelos esportivos. AGM, por sua vez, desenvolverá umacaixa de nove velocidades para os mo-delos compactos.

O projeto promete, também, um sig-nificativo ganho de consumo e emis-sões e que as novas caixas manterão aperformance, mesmo em modelos demenor cilindrada. Elas atenderão osveículos com tração dianteira e trasei-ra, de ambos os fabricantes. A coope-ração permitirá considerável economianas áreas de desenvolvimento e designpara as duas marcas.

E a concorrência segue acirrada nomercado. A Chrysler, por exemplo,pretende produzir uma caixa automá-tica de nove velocidades, de origem ZF,já no próximo ano.

Por outro lado, há rumores que aHonda também tem meta de desen-volver uma caixa de câmbio de novevelocidades. E a Hyundai confirmou odesenvolvimento de uma caixa de dezvelocidades. Três anos atrás, a ZF pro-duzia a caixa de oito marchas para car-ros e utilitários com motores longitu-dinais, que, em comparação com trans-missões de seis velocidades, apresen-tou uma redução de até 11% de gastode combustível.

Quando o assunto é motor, as no-vidades não param em todos os seg-mentos, leves ou pesados, incluindo ve-ículos comerciais de porte médio. Onovo motor Duratorq 2.2 lançado nes-te final de ano com a Transit, uma vanFord, tem emissões reduzidas, dentrodo padrão

Proconve L6, e também ficou maisforte e econômico. Ele gera 125 cv (a

3.500 rpm), umganho de 10 cv, e elevou o torque para350 Nm (a 2.000 rpm), com 40 Nmadicionais.

A ideia é ampliar a economia opera-cional e a agilidade do veículo com lota-ção parcial ou completa, reforçando asvantagens para o frotista. O novo mo-tor foi projetado para funcionar com Di-esel de baixo teor de enxofre, o S50 (ouS10, a partir de janeiro de 2013), paraevitar danos ao sistema do catalisador.

Também sob um momento de ex-pectativas, o setor de autopeças podeaguardar uma fase positiva. No final deoutubro, o presidente da Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), Rob-son Andrade, defendeu a extensão aosfabricantes de autopeças dos benefíci-os concedidos à indústria automobilís-tica no programa Inovar Auto e pediua prorrogação, por mais um ano, doRegime Especial de Reintegração deValores Tributários para as EmpresasExportadoras (Reintegra). As sugestõesforam apresentadas na reunião do Con-selho Nacional de DesenvolvimentoIndustrial (CNDI) realizada no Paláciodo Planalto.

De acordo com Andrade, é precisofortalecer medidas voltadas para incen-tivar os investimentos. “Assim comocriamos fortes mecanismos para pro-mover o consumo, precisamos focaragora em medidas que estimulem osinvestimentos”, destacou. O presiden-

te da CNIalertou que, no caso

da indústria automobilística,as medidas para atrair investimentos

precisam ser repassados para o setorde autopeças. “Caso contrário, teremosmontadoras no Brasil, mas continua-remos importando todos os compo-nentes”, completou.

Essa pode ser uma saída para ummercado que apresentou um desempe-nho negativo na última pesquisa divul-gada pelo Sindipeças: o resultado acu-mulado de janeiro a agosto de 2012 apre-sentou queda de 15,5% na comparaçãocom o mesmo período de 2011 e de12,2% nos últimos 12 meses. Na compa-ração do mês de agosto com o mês an-terior, houve um crescimento de 6,7%.

O desempenho por segmento, noacumulado de janeiro a agosto de 2012com mesmo período do ano anteriorfoi de -19,9% nas vendas para monta-doras, -10,7% na reposição, -7,7% na ex-portação e -18,5% nas vendas intrasseto-riais. Oitenta e sete empresas associadasque representam 29,3% do faturamentototal da indústria de autopeças no paísfizeram parte desse levantamento.

No faturamento dividido por esta-dos, o Paraná foi o único com variaçãopositiva, de 8,1% no acumulado do anoem relação a igual período do ano an-terior. As demais unidades da federa-ção, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,Minas Gerais e São Paulo, tiveram re-dução nos índices, com quedas de20,2%, 19,5%, 16,9% e 16,2%, respec-tivamente.

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Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 13

Autopeças poderáter incentivo dentro

do programaTambém sob um momento de expec-

tativas, o setor de autopeças pode aguar-

dar uma fase positiva. No final de outu-

bro, o presidente da Confederação Naci-

onal da Indústria (CNI), Robson Andrade,

defendeu a extensão aos fabricantes de

autopeças dos benefícios concedidos à

indústria automobilística no programa

Inovar Auto e pediu a prorrogação, por

mais um ano, do Regime Especial de Rein-

tegração de Valores Tributários para as

Empresas Exportadoras (Reintegra). As

sugestões foram apresentadas da reunião

do Conselho Nacional de Desenvolvi-

mento Industrial (CNDI) realizada no

Palácio do Planalto.

De acordo com Andrade, é preciso

fortalecer medidas voltadas para incenti-

var os investimentos. "Assim como cria-

mos fortes mecanismos para promover

o consumo, precisamos focar agora em

medidas que estimulem os investimen-

tos", destacou. O presidente da CNI

alertou que, no caso da indústria auto-

mobilística, as medidas para atrair inves-

timentos precisam ser repassados para o

setor de autopeças. "Caso contrário, tere-

mos montadoras no Brasil, mas continu-

aremos importando todos os componen-

tes", completou.

Essa pode ser uma saída para um

mercado que apresentou um desempenho

negativo na última pesquisa divulgada

pelo Sindipeças: o resultado acumulado

de janeiro a agosto de 2012 apresentou

queda de 15,5% na comparação com o

mesmo período de 2011 e de 12,2% nos

últimos 12 meses. Na comparação do mês

de agosto com o mês anterior, houve um

crescimento de 6,7%.

O desempenho por segmento, no acu-

mulado de janeiro a agosto de 2012 com

mesmo período do ano anterior foi de

-19,9% nas vendas para montadoras,

-10,7% na reposição, -7,7% na exporta-

ção e -18,5% nas vendas intrassetoriais.

Oitenta e sete empresas associadas que

representam 29,3% do faturamento total

da indústria de autopeças no país fizeram

parte desse levantamento.

No faturamento dividido por esta-

dos, o Paraná foi o único com variação

positiva, de 8,1% no acumulado do ano

em relação a igual período do ano an-

terior. As demais unidades da federa-

ção, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,

Minas Gerais e São Paulo, tiveram re-

dução nos índices, com quedas de

20,2%, 19,5%, 16,9% e 16,2%, respec-

tivamente.

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14 - Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1

C e r t i f i c a ç ã o

Componentes na reta finalde novos quesitos

de segurança

Oprazo para fabrican-

tes e importadores de

autopeças se adequa-

rem à certificação

obrigatória dos com-

ponentes está che-

gando ao fim. Em janeiro de 2013, essas

empresas deverão oferecer produtos com

o selo do Inmetro, que estabelece os re-

quisitos mínimos de segurança para peças

e acessórios automotivos. Além da con-

fiabilidade garantida às empresas, ganha o

consumidor que adquire um produto com

tecnologia e qualidade. O comércio terá

até julho de 2014 para disponibilizar no

varejo os itens em conformidade.

A exigência é uma continuidade do Pro-

grama de Certificação Compulsória de

Componentes Automotivos, através da

portaria nº 301, de 21 de julho de 2011.

Estão isentos componentes para linha de

montagem, recall ou de veículos de pro-

dução descontinuada fabricados até 31 de

dezembro de 1999.

Amortecedores da suspensão, bombas

elétricas de combustível para motores do

ciclo Otto, buzinas ou equipamentos si-

milares, pistões de liga leve de alumínio,

pinos e anéis de trava (retenção), anéis de

pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos

automotivos fazem parte da nova lista que

contribuirá para a inibição do comércio ile-

gal de peças falsificadas. Vidros de segu-

rança de para-brisas (temperado e lami-

nado), pneus, catalizadores, fluido de freio

e rodas automotivas já são produtos regu-

lamentados.

O grande potencial de risco de aciden-

tes, por conta de não atendimento dos itens

de segurança, foi o principal motivo para

que o Inmetro iniciasse um programa para

avaliar a qualidade das autopeças. Na deci-

são pesou também um pedido do Sindica-

to Nacional da Indústria de Componen-

tes para Veículos Automotores (Sindipe-

ças), que demonstrava preocupação com

a qualidade de alguns artigos encontrados

no mercado.

O Inmetro se baseou nas normas ame-

ricanas e europeias de certificação de

autopeças para elaborar a versão brasileira

da obrigatoriedade. “Os componentes uti-

lizados nos veículos novos são submeti-

dos a um processo de qualificação dos for-

necedores, feito pelas montadoras. No en-

tanto, era preciso tornar obrigatória essa

qualidade nas autopeças usadas no merca-

do de reposição”, afirma o diretor de Qua-

lidade do Inmetro, Alfredo Lobo. A me-

dida, apesar de novidade no Brasil, já é

uma realidade em estados-membros da

União Europeia e em países como Esta-

dos Unidos e Austrália.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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Empresas queestão à frente

Diversas empresas já se adiantaram ao

mercado e se ajustaram à legislação. Uma

delas, a Corven, foi certificada, em agosto

passado, pelo IQA (Instituto da Qualida-

de Automotiva) e, em setembro, pelo

Inmetro para a produção de amortecedo-

res de suspensão. Segundo a marca, entre

os componentes com o certificado estão

amortecedores A convencional, B estru-

tural, C semiestrutural e D cartucho.

A OSRAM também está preparada

para essa nova fase de consumo. “O

selo é necessário para o controle da qua-

lidade, evitando diversos riscos para os

motoristas. Desta forma, o custo-bene-

fício desses produtos acaba sendo

desvantajoso para o consumidor”, decla-

ra o gerente nacional de Vendas da

OSRAM do Brasil, Ricardo Leptich. Para

ele, ficar atento ao selo é buscar tran-

quilidade também. “As lâmpadas fal-

sificadas têm menor durabilidade. Vale

mais a pena adquirir produtos que vão

garantir a segurança e viabilizar a baixa

frequência na troca”, complementa.

Segundo Leptich, em relação às lâmpa-

das usadas nos faróis, um produto pirata

traz riscos ao condutor do veículo e aos

outros motoristas. “Isso acontece porque

os dispositivos originais têm as lâmpadas

com posicionamento extremamente calcu-

lado, tanto que o facho de luz do lado di-

reito é maior para a visualização das placas

de sinalização. Uma lâmpada pirata tem o

facho de luz em todos os sentidos, assim,

causa o ofuscamento no motorista que

transita em direção contrária. Esta sensa-

ção de cegueira pode durar até 3 segun-

dos, que, em uma velocidade de 100 Km/

h, faz com que o motorista dirija até 25

metros sem enxergar nada”, ressalta.

Entre os fabricantes de componentes

obrigatórios que são comercializados com

o selo Inmetro desde abril de 2011 está a

Tuper, que produz itens para o sistema de

exaustão, como tubo de motor, flexível,

catalisador, silencioso intermediário e tra-

seiro e ponteira. “Lojistas e reparadores

devem ficar atentos na hora de adquiri-

rem catalisadores. A peça, responsável por

transformar os gases tóxicos provenien-

tes do motor em gases que não são noci-

vos ao meio ambiente e à saúde da po-

pulação, deve vir com o selo do instituto

gravado na peça”, adverte o gerente de

Engenharia de Produtos da Tuper, Henry

Grosskopf.

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Indústria deautopeçasaquecida e

pronta para aAutomec 2013

Indústria deautopeçasaquecida e

pronta para aAutomec 2013

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O mercado automo-tivo atravessa umafase positiva e esseresultado direcionao segmento de au-topeças na mesma

direção. Em 2011, o consumo de auto-peças no Brasil gerou um faturamentototal de R$ 91,506 bilhões. No mesmoano, o capital nacional impulsionou32,6% dos investimentos e o capital es-trangeiro, 67,4%. E um sinal desse aque-cimento são os salões e as feiras que setornaram balcões para ótimos negócios.A Automec (Feira Internacional de Au-topeças, Equipamentos e Serviços), queacontece em 2013, já tem 70% da áreareservada por empresas que participaramda última edição, em 2011. O eventodeverá estimular ainda mais o mercadode inovações e soluções nas áreas depeças e sistemas, acessórios e tuning,entre outras.

O evento, que será realizado de 16 a20 de abril no Anhembi, em São Paulo, epromovido pela Reed Exhibitions Alcan-tara Machado, evidencia uma indústria dasmais expressivas. O setor automotivo re-presenta um quinto de toda a indústriabrasileira e, de janeiro a agosto deste ano,foram montados mais de 2 milhões decarros.

Apenas em agosto de 2012, a indús-tria registrou 10,6% de alta, a maior dahistória no país, resultado da redução doImposto Sobre Produtos Industrializados(IPI). Entidades ligadas ao setor estimamque a produção alcance até 3,475 milhõesde unidades ao final do ano.

O novo Regime Automotivo, a serimplementado no Brasil entre 2013 e2017, funcionará como uma importantealavanca no fomento às oportunidades denegócios na Automec. Segundo esse novoconjunto de regras, as montadoras brasi-leiras terão que elevar o índice de nacio-nalização dos veículos, aumentando onúmero de peças regionais na sua com-posição.

Com isso, peças fabricadas no Brasil,no Mercosul ou no México ajudarão amanter os 30 pontos de desconto no IPI.

Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 17

As fábricas terão de cumprir quatro re-quisitos: aumento de conteúdo regional,estímulo à pesquisa, aumento dos gastoscom engenharia e tecnologia industrial eelevação da eficiência energética do veí-culo.

As exportações também têm papel re-levante para o crescimento sustentadodessa indústria. Segundo o Sindipeças(Sindicato Nacional da Indústria de Com-ponentes para Veículos Automotores), aAmérica do Sul ocupa a maior participa-ção nas exportações brasileiras, com46,8%. A macrorregião que possui o mai-or crescimento é a Ásia e Oceania, comaumento de 25,36% de janeiro a agostode 2012 em comparação com o mesmoperíodo do ano anterior.

Em tempo, o ranking 2011 de princi-pais países de destino de autopeças brasi-leiras, segundo o sindicato, tem em pri-meiro lugar justamente a Argentina, comR$ 4,343 bilhões em negócios com o Bra-sil, seguido pelos Estados Unidos (R$1,526 bilhões), México (R$ 1 bilhão), Ale-manha (R$ 879,5 milhões) e Venezuela(R$ 388,697 milhões).

viços; máquinas, equipamentos e servi-ços para a indústria de retíficas, de pin-tura e solda de máquinas; máquinas, equi-pamentos e serviços para a indústria devulcanização e recauchutagem de pneus;ferramentas; aparelhos e sistemas paradiagnóstico, medição e alinhamento;automação (robôs); informática; óleoslubrificantes e aditivos; componentespara lubrificação; bancos, entidades, pu-blicações, serviços e outros.

Feira exibiu mais

de 1.100 marcas

A edição passada da feira reuniu 66.491visitantes e compradores de diversas regi-ões do Brasil e de outros países. Entre osprofissionais presentes, 40% tinham po-der de decisão e mais de 90% ocupavamcargos executivos: 25% eram sócios; 15%presidentes; 17% diretores; e 25% geren-tes. Os visitantes encontraram nos estandeslançamentos e soluções de 1.142 marcasexpositoras da indústria automobilística,além da chance de participar de atividadescomo as Rodadas de Negócios, que con-tou com 47 empresas brasileiras e 30 com-pradores internacionais. Ao todo, foramrealizadas 436 reuniões.

Os setores que participaram da expo-sição foram os de autopeças e acessóri-os; máquinas, equipamentos e serviçospara a indústria automotiva, concessio-nárias; oficinas mecânicas, postos de ser-

Serviço

Automec - 11ª Feira

Internacional de Autopeças,

Equipamentos e Serviços

Data: 16 a 20 de abril de 2013

Horário: Segunda a sexta, das

10h às 19h, Sábado, das 9h às

17h

Local: Pavilhão de

Exposições do Anhembi

Av. Olavo Fontoura, 1.209 -

Santana - São Paulo (SP)

Fotos: Divulgação/Reed Exhibitions Alcantara Machado

Evento recebeu mais de 66 mil visitantes

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18 - Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1

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MVA elevadadeflagra discussãono setor e exigeações imediatas

AMVA (Margem de Va-lor Agregado), a partirde agosto de 2012, pas-sou para a 59,6%, ele-vando o índice de im-plantação da metodo-

logia, que era de 40%. O percentual apli-cado sobre o preço de compra da mer-cadoria inclui despesas acessórias cons-tantes na NF e também o frete e define abase de cálculo que deverá ser utilizadapara apurar o valor a ser pago pelo co-merciante. Esta base de cálculo (preço decompra mais acréscimos, mais opercentual de MVA) é uma estimativa dovalor que o governo pesquisou como sen-do o preço médio praticado no mercadono último elo da cadeia de comerciali-zação (consumidor final).

Para o presidente da ASDAP, Henri-que Steffen, a MVA é mais um impostopesado que os distribuidores têm queenfrentar. “Ficamos à mercê de que acada ano haja um novo aumento em cimade uma cobrança que já pesa demais parao nosso segmento”, considera. “Preci-samos mais do que as pesquisas, como ade São Paulo que deu base aos reajustes.Falta a sensibilidade de conhecer osmercados e saber o que é o melhor paracada um. Os números para servirem debase a esse tributo devem considerar aeconomia de cada estado e o fortaleci-mento destes mercados, concentrandoa renda e os investimentos dentro de-

les”, reforça o dirigente. “Ainda temos toda essa diferença da

MVA cobrada do segmento em relaçãoao imposto pago pelos concessionários,com um índice que dobrou para os dis-tribuidores, favorecendo as autorizadas”,relaciona Steffen. Ele enfatiza, porém,que a “saída” para o setor é o cuidadona emissão da nota fiscal. “Devemos sa-ber como usá-la corretamente dentrodeste processo de substituição tributá-ria, para que não tenhamos perdas aindamaiores do que as taxas que já estamospagando”, evidencia.

Segundo Steffen, esse novo índice émais um imposto pesado que osdistribuidores têm que enfrentar

Compreender asnormas e buscaralternativas dereversão

Em entrevista à Revista ASDAP, oeconomista Alfredo Bischoff, especialis-ta em Gestão Empresarial, falou sobrediversos aspectos da Substituição Tribu-tária do ICMS, da MVA e de relaçõescomerciais no segmento de autopeças.Bischoff tem mais de 30 anos de expe-riência nas áreas de finanças e comerciale atua há 12 anos no ramo atacadista dosetor.

André Kotoman

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Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 19

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O que é a substituição tributária

do ICMS?

É uma metodologia de apuração doimposto em que o ICMS que anteriormen-te à sua implantação era apurado e pagona venda das mercadorias pelo comércioé agora apurado e pago pelo fabricante ouimportador quando da venda da merca-doria para o mercado atacadista ou vare-jista. O fabricante (chamado de “substi-tuto tributário”) apura e paga o ICMS queseria pago pelo comerciante (que é cha-mado de “substituído tributário”).

O peso do ICMS aumentou com

a implantação da substituição tribu-

tária?

Atendo a algumas empresas do ramo eeu posso dizer que para muitas a carga doimposto aumentou. Isso deve ser analisa-do comparativamente ao mark-up (margembruta sobre o preço de compra para calcu-lar o preço de venda) que a empresa vinhautilizando. Na implantação da metodologia,se a empresa operava com um mark-upmenor do que 40%, houve um aumento dasua carga do imposto, porque passou a pagá-lo sobre uma margem de 40% quando ven-dia com um ganho menor. Em alguns ca-sos houve pequenos ganhos, como nas em-presas que conseguiam trabalhar com mark-ups maiores do que 40%.

Quais as repercussões da substi-

tuição nos resultados das empresas

do setor?

Falando apenas do custo da merca-doria, as empresas que operavam comum mark-up inferior a 40% e que nãoconseguiram repassar a diferença de cus-tos nos seus preços sofreram perdas. Asque conseguiram fazer o repasse manti-veram os seus resultados.

Além do custo da mercadoria, que

outras repercussões ocorrem?

Quando da implantação do sistema, asempresas tiveram que pagar (puderamfazê-lo parceladamente) o ICMS sobre ovalor agregado dos seus estoques totais.Isso reduziu as disponibilidades das em-

presas para o giro dos negócios. Empre-sas com estoques altos e que só pagariamo ICMS quando vendessem os produtostiveram que apurar e fazer o pagamentoantes da data esperada.

Houve também repercussão no fluxode caixa das empresas, já que pelo siste-ma implantado o ICMS sobre o valor es-timado na venda dos produtos passou aser pago para os fornecedores (substitu-tos tributários) nos prazos de compra dasmercadorias ou até antes do embarque dasmesmas em guias separadas.

Que tipo de reflexos a alteração na

MVA de 40% para 59,6% pode causar?

Com essa alteração, houve um aumentode custos para o atacadista ou varejista quecompra os produtos com substituição tri-butária do ICMS um pouco acima de 3%.Quem conseguiu repassar esse percentualmais os custos diretos com vendas (comis-sões, etc.) para os preços não sofreu perdas.Quem não conseguiu teve prejuízo.

No futuro podem ocorrer novos

aumentos da MVA?

Podem ocorrer, no meu entender. Anecessidade de obter recursos por parte dogoverno é grande e uma nova pesquisa ouinterpretação de bases de dados pode che-gar à conclusão de que a margem médiapraticada na última cadeia de comercia-

lização é maior do que 59,6%. Isso podeocorrer pelo simples fato de que as em-presas tiveram que repassar o aumentosuperior a 3% que ocasionou a passa-gem de 40% para 59,6%.

O que levou o governo a aumen-

tar a MVA?

Na realidade não foi só o governo doRS que aumentou. Há um acordo entre asSecretarias de Fazenda de diversos esta-dos (a maioria) para tentar harmonizar es-ses percentuais. O que leva o governo aelevar a taxa é a necessidade de obter re-cursos via tributação e o aperfeiçoamentonos mecanismos de controle sobre as ope-rações das empresas.

Que outros fatos podem ocorrer e

para os quais os empresários do se-

tor devem estar atentos?

Pode ocorrer uma segmentação de pro-dutos com o uso de várias MVAs, como jáocorre em outros ramos, abandonando opadrão de 59,6% e causando um aumentomédio. Um outro assunto para ficar aten-to é a recente entrevista do ministro daFazenda sobre alterações que proporá aosestados sobre o balanceamento entre asalíquotas internas e interestaduais.

O que as empresas podem fazer

para não correr riscos ou para mini-

mizá-los?

Inicialmente, compreender que as nor-mas tributárias são impostas (daí o nomede imposto) pelos governos e que isolada-mente há ínfimas chances de conseguirrevertê-las. O associativismo dos empre-sários, com o fortalecimento das entida-des que os representam, pode resultar emum melhor e mais produtivo diálogo comas Secretarias de Fazenda. Agora, todostêm que fazer a sua “lição de casa” bemfeita, ou seja, calcular corretamente os seuscustos, preços e margens e fazer uma boaavaliação dos seus resultados para identi-ficar repercussões negativas ocasionadaspor esse sistema de tributação e por suasalterações e buscar meios lícitos e viáveisde revertê-las.

Bischoff atua há 12 anos noramo atacadista do setor

Divulgação

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20 - Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1

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Sefaz valoriza a discussão sobre os tributosDe acordo com o subse-

cretário da Receita Estadual,Ricardo Neves Pereira, a Se-cretaria da Fazenda (Sefaz)tem trabalhado no sentido deimplementar mecanismosatravés da discussão do temaem fóruns nacionais e de es-tabelecer estratégias para a tri-butação de cada produto.“Por meio de pesquisas, for-necidas pelos próprios distri-buidores, poderemos definirmargens desta distribuição tri-butária de uma forma maisadequada”, especifica Pereira.

O subsecretário aposta emum estudo para achar a equa-ção certa. “Queremos que osetor realize um levantamentopara apurar dados que possamser aplicados a esse cálculo”,frisa. “É preciso uma metodo-logia, com base científica, queesteja de comum acordo como preço da indústria e do vare-jo”, complementa.

“O setor de autopeças temsido bastante parceiro das fa-zendas estaduais, incentivan-do mecanismos para inibir ainformalidade do setor aocobrar a substituição tributá-ria. Isso equilibra o nível de

valores”, destaca. Quanto àMargem de Valor Agregado(MVA), Pereira entende queo tributo nos concessionári-os é menor do que o da redeindependente, prejudicando acategoria.

Na possibilidade de algu-ma mobilização junto a ou-tros estados para igualizar es-tes índices para a cadeia dedistribuidores, o que ameni-zaria custos de comerciali-zação e preço ao consumidorfinal, o subsecretário conside-ra que cada estado deveriafazer uma pesquisa para che-gar a resultados que benefici-em a distribuição, porém, ocusto acaba sendo um entra-ve a esta iniciativa.

Em São Paulo há uma por-taria que determinou umapercentagem maior à MVA eo segmento gaúcho teme queesta elevação da taxa possarefletir aqui. Em relação àpossibilidade de haver um au-mento para os distribuidoresdo Rio Grande do Sul, Perei-ra é taxativo: “O índice devese manter. Não existe nenhu-ma movimentação no senti-do de mudar a margem”.

Pereira diz que pesquisas podem definir margens mais adequadas

Gerenciamento das notas fiscais é essencialEm 2008, quando surgiu no Rio

Grande do Sul a Substituição Tributá-ria, através do protocolo ICMS 41/08,foram incluídos diversos produtos, en-tre eles as autopeças. Antes, as alíquotasfixavam taxa interna para os componen-tes de 40% e para os que vinham de forade 48,40%. “Hoje, nova determinaçãoestabelece que cada estado que faz partedo protocolo pode ter uma pesquisa deavaliação e refazer percentuais, o que serápassado em legislação para os contribu-intes”, explica a assessora tributária daASDAP, Daisy Mara Marques Machado.Segundo ela, São Paulo realizou umanova pesquisa e identificou valores maisaltos, majorando as alíquotas da MVA(Margem de Valor Agregado), o que foidefinido por força do convênio para os

outros estados do protocolo.Conforme Daisy, a Substituição Tri-

butária é uma antecipação do impostodevido. “Antes, pagava-se em cima dadiferença, entre interna e interestadual.O débito de ICMS é pago (e vinculadoao destino). Pedir de volta para o esta-do, quando se realiza nova operação como tributo, demanda conhecimento téc-nico. Tem que saber a legislação do es-tado, de quem compra e para quem ven-de”, salienta a contadora.

Para a consultora tributária, a buscapor índices mais baixos da MVA nãobasta e resultaria em um desconfortoentre os estados, uma guerra fiscal. “Épreciso olhar o estado dentro do meca-nismo gerencial. Onde estão as indús-trias. O que vai resultar na alteração de

Contadora aponta a importância dalegislação estadual

Divulgação

André Kotoman

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Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 0 - 19

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percentuais de impostos. Temos quepensar no retorno ao longo prazo. Se aempresa vai ser atrativa ou não, o quedependerá de estatísticas de mercado,empresas, fornecedores”, enfatiza a es-pecialista.

Como não existem muitas ferramen-tas de negociação, a ASDAP vem ten-tando com a área técnica do governo es-tadual uma presunção de crédito a fimde movimentar o mercado interno. Mas,para Daisy, o mais importante é ter aconsciência da lei, agregar especialistasque entendam o que deve ser feito den-tro das empresas e no estado que se en-contra. “Devemos conhecer o estadoque estamos trabalhando, saber sobre asimplicações do Sistema Público de Es-crituração Digital (SPED), estar a par dalegislação como se apresenta e ter cui-dado na emissão de notas fiscais”, reite-ra a contadora.

Daisy aponta a necessidade de as em-presas fazerem a verificação de seu pon-to-chave: o balcão. “É este setor que temrelevância para a empresa e suas ques-tões tributárias. É o administrativo, équem compra, vende e faz a nota fis-cal”, reforça. Segundo a assessora, a asso-ciação vem atuando neste sentido. “Re-alizamos reuniões na qual alertamos osassociados sobre assuntos como a MVA,substituição da escrituração em papelpela Escrituração Contábil Digital, en-tre outros, para conscientizar os empre-sários que devem se envolver com estasquestões como gerenciadores, não sócom os tributos, mas com as informa-ções sobre os sistemas”, descreve a con-sultora. “Vamos continuar trabalhandocom a Secretaria da Fazenda, com a fis-calização, e ouvindo os associados. To-das as mobilizações em prol de viabilizaro que seja bom para todos, vamos con-tinuar a acompanhar”, finaliza a consul-tora.

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Investimento eprofissionalizaçãopara conquistar ofuturo

Formado em Administra-ção, com pós-graduaçãoem Marketing, Márcio Co-dogno, aos 44 anos de ida-de, é um empreendedorpor natureza que estabe-

leceu uma forte ligação entre o seu tra-balho, como consultor da Cofran, e a As-sociação Nacional dos Fabricantes deAutopeças, da qual é vice-presidente.

O executivo, que trabalha desde os 14anos no segmento e em 1994 integrou oquadro de funcionários da fabricante decomponentes, uma companhia familiar,fala com orgulho das modificações estru-turais aplicadas à empresa a partir de 2007,revisando diversos itens como avaliaçãode crédito e risco, profissionalização ereformulação gerencial.

O trabalho desenvolvido por ele re-sultou em uma mudança de 200% noperfil da produção, que é basicamente deespelhos retrovisores e lanternas, para omercado independente de reposição. “Al-teramos a política comercial, reestudamosos investimentos na fábrica, valorizamosmais o mercado”, relata.

Com essa iniciativa e disposição, elechegou à Anfape e enfrentou uma deman-da em torno do design de produtos. “Em2006, diversos empresários sofreramações judiciais ou extrajudiciais por esta-rem infringindo um registro de desenhonas peças que produziam. Isso atingiacapôs, para-lamas, maçanetas, faróis e

para-choques”, cita.Diante destes problemas, surgiu a reu-

nião de empresas que não se sentiam re-presentadas no Sindipeças. “Cerca de on-ze distribuidores se mobilizaram para sedefender e tomar providências conjuntasa fim de neutralizar a situação”, narra Co-dogno. “O sistema pesava e estávamosórfãos de representação”, complementao vice-presidente da associação com maisde 200 participantes.

“No nosso entendimento, a monta-dora tem todo o direito de registrar o de-senho da peça para proteger o seu proje-to. Porém, quando desenvolve um carro,ela poderá ter vários concorrentes que

“Tenho umasatisfação gigante dever como a Anfape

caminha. E a vontadesempre de arregaçar

as mangas e tocar.Mas não dá para

somente deitar noslouros. Se não fizerpor onde, as coisas

não acontecem.”

Divulgação

Anfape é referência, segundo Codogno

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produzam itens similares na categoria.Sem isso, não há oferta de produtos. Eao se configurar um monopólio de ven-da das peças, diminui a oferta e não háconcorrência para definição de preço”,contesta. “Devemos priorizar as determi-nações da ABNT e do Inmetro, reforçara posição de homologação de peças dedesign e deixar claro que existem produ-tos com tanta qualidade quanto os origi-nais”, relaciona.

Segundo o empresário, a maioria dospaíses entende que para a reposição odesign não deveria valer. E a Anfape deveter uma decisão aglutinadora diante des-te impasse. “Temos que trabalhar juntopara que essa essência permeie a socieda-de. Mas estamos bem contentes, pois te-mos angariado o ramo empresarial, aca-dêmico, institucional, assim como asso-ciações de defesa do consumidor. Com opassar do tempo, a Anfape acabou se tor-nando referência de consulta de merca-do, de informações”, salienta.

Codogno cria um laço de referênciaprofissional entre a empresa, que crescena América Latina e, segundo ele, se man-tém saudável, e a associação, que se for-talece e que avança com o trabalho desen-volvido, que é similar ao europeu. “Es-tamos em evidência no processo de inter-nacionalização de mercado e devemosvalorizar a qualidade, o respeito ao con-sumidor, a integração entre indústria, dis-tribuição, varejo e reparador”, especifica.

É a ideia da cadeia produtiva mais or-ganizada e mais colaborativa. Para Codog-no, falta conscientização da necessidade deter um diálogo mais próximo, fortaleceras posições associativas e desenvolver tra-balhos mais sólidos. “Hoje, o empresárioestá bastante concentrado na realidade in-dividual, no seu dia a dia. Esquece um pou-co de olhar para o lado, pensando mais nasegurança e na estabilidade”, aponta.

Em relação ao futuro, Codogno eviden-cia um conceito paradoxal: “Se for para

olhar tudo o que precisamos fazer ainda, épara ficar deprimido, mas se for ver o quejá foi feito, ficamos felizes”. De acordocom o executivo, o jogo tem que ser joga-do. “No outro dia temos que começar tudode novo. Não dá para somente deitar noslouros. Se a gente não fizer por onde, ascoisas não acontecem”, determina.

Codogno ressalta que a vida é muitodinâmica, assim como sua posição à frenteda empresa e da associação. “Tenho umasatisfação grande com a Cofran e gigantede ver como a Anfape caminha. E a von-tade sempre de arregaçar as mangas e to-car”, enfatiza. O dirigente destaca a im-portância da profissionalização, da edu-cação, da desoneração e do investimentoem infraestrutura, que muitas vezes exi-ge custos gigantescos de produção.

Dificuldade de mão de obra melhorpreparada, custos de logística vultuosos,tributos altos: se forem abordados comações paliativas, resultarão em um cresci-mento baixo, não consistente. “Se não ti-vermos estrutura racional, a máquina nãodá resultados. Precisamos de iniciativasfocadas no desenvolvimento, em estudose investimentos. Reduzir impostos que ge-ram resultados estrangulados, o que aca-ba em um quadro sem fôlego para o fu-turo mais longo. A regra é ir em busca depropostas mais consistentes para pleitearresultados mais robustos”, conclui.

“Devemos priorizaras determinações

da ABNT e doInmetro, reforçar a

posição dehomologação depeças de design e

deixar claro queexistem produtos

com tanta qualidadequanto os originais.”

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Divulgação/Chevrolet

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Controle de TI como ferramentaeficaz de gerenciamento

Asegurança das informa-ções de uma empresa,seja ela de pequeno oude grande porte, assimcomo a produtividade de seus funcionários,

são itens imprescindíveis à administraçãoeficiente de todos os setores. Hoje, as tec-nologias de gerenciamento existente nomercado ajudam, e muito, na administra-ção dos bens e recursos humanos das em-presas. Um software que é um aliado destetrabalho é o Neteye, como o próprio no-me diz, os olhos da rede. O programa ébaseado no controle de TI e é gratuitopara até cinco computadores.

Para as empresas que trabalham comgrandes estoques, como é o setor de au-

topeças (distribuidores e revendas), osoftware corporativo foi desenvolvidopara atender às demandas de gerencia-mento, customização de investimentos eaumento da produtividade na rede de pe-quenas, médias e grandes empresas. Atra-vés de sua utilização, todo o parque dehardware e software fica transparente e aequipe de TI ganha agilidade ao atenderremotamente os usuários, possibilitandoo fácil monitoramento de estações de tra-balho e garantindo a segurança das infor-mações armazenadas.

“O fácil monitoramento das estaçõesde trabalho possibilita o diagnóstico dasáreas que necessitam de atenção especial,seja para realizar investimentos em upgra-des, ou otimizar gastos”, identifica o di-

retor e idealizador do software que leva onome da empresa, Fábio Duarte Santini.

A alta tecnologia do software tambémgarante a segurança das informações ar-mazenadas através do controle do queestá sendo distribuído, copiado e com-partilhado. Perdas, trocas e eventuaisdesvios, relatados com frequência pelosgestores do setor de autopeças, desde aindústria até a prestação de serviço, po-dem ser evitados a partir do eficaz moni-toramento proporcionado pelo Neteye.

A economia gerada a partir da aplica-ção do programa também é um item quemerece destaque. “Navegando 30 minu-tos por dia na internet, um colaboradorgasta duas horas e trinta minutos em umasemana e dez horas no mês. Uma empre-

Foto: Ariel da Silva Parreira

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sa de 100 colaboradores de R$ 10 valor/hora teria um prejuízo anual de R$ 120mil. Através da implantação do Neteye,o gestor tem informações precisas sobreo uso do tempo gasto em cada softwaredisponibilizado à equipe, podendo detec-tar exageros e valorizar a eficiência de seusfuncionários”, salienta Santini.

Inventário, segurança,

produtividade, monitoramento e

desempenho

Conforme o diretor da Neteye, o sis-tema é uma ferramenta de grande funci-onalidade, com módulos que atendem atodos os formatos de controle e geren-ciamento: inventário, segurança, produ-tividade, monitoramento e desempenho.O primeiro possibilita inventariar todoo parque de hardware e software insta-lados, além de notificar as mudanças fei-tas. Inclui também o gerenciamento delicenças, com total controle sobre aqui-sições e renovações. O item segurançadefine regras que autorizam e bloque-iam acessos a USBs, sites e softwares.Emite ainda um alerta quando há tenta-tiva de violação da regra.

Quanto à produtividade, o softwaregera um histórico detalhado da utiliza-ção de cada computador. E o monitora-mento permite atendimento remoto aosusuários, acompanhando cada estação detrabalho ou setores inteiros. Por fim, odesempenho fornece gráficos com osrendimentos das estações de trabalhopromovendo comparações entre elas.

E os resultados de sua aplicabilidadena prática são a capacidade de medir aprodutividade, identificando o uso ade-quado e os tempos perdidos pelo funci-onário no computador. Ele também blo-queia o necessário, deixando a vida dogestor muito mais fácil. Com isso a em-presa identifica, através de relatórios, otempo gasto em cada software disponibi-lizado à equipe, detectando exageros,recursos subutilizados e computadoresociosos.

Na área de segurança da informação,

altamente necessária no mercado com-petitivo, o Neteye tem controle avança-do das entradas USB e mídia removível,envio de e-mails e impressão de arqui-vos, de acordo com a permissão de cadasetor e/ou colaborador. “As liberaçõespodem ser definidas por horário, como,por exemplo, na hora de almoço, perío-do em que os funcionários podem aces-sar qualquer site”, exemplifica Santini.

Política da empresa

Segundo o advogado Filipe PereiraMallmann, entre os cuidados que o em-presário deve tomar em relação ao siste-ma está o de informar seus colaborado-res da implantação do software, deixan-do claro que a equipe será monitoradae de que forma isso será feito, para quenão incorra em problemas com a Justiçado Trabalho. “O importante é que o fun-cionário tenha total conhecimento deque seu computador passa pelo contro-le do gestor, com regras de segurança ede leitura de produtividade”, salienta oadvogado. Ele recomenta também a in-clusão dessa ciência no regimento inter-no da empresa. “O texto deve ter, inclu-sive, a indicação das penalidades para in-frações das políticas estabelecidas”, com-plementa Mallmann.

Empresas de diversos portes e dife-rentes segmentos podem utilizar o Ne-teye, colocando na prática a sua políticade segurança da empresa. Para isso, apli-cam as regras de acordo com essa políti-ca, fazendo o bloqueio e liberações deacessos a sites, impressoras, dispositivosmóveis conforme a necessidade de cadasetor ou colaborador. “No segmento dosdistribuidores de autopeças, a Ravena,de Taquara (RS), integra nosso portfóliode clientes desde 2010. A exemplo deoutros clientes, de diversos segmentos,a Ravena utiliza o Neteye principalmen-te para monitorar o acesso à internet,sites e redes sociais”, indica Santini.

O gerente de TI da Ravena Distribui-dores de Autopeças, Isaias Castro, con-

ta que o software foi implantado há maisde dois anos na empresa, com módulosde controles de sites, produtividade emonitoramento. “Com este pente-fino,a produtividade mudou da água para ovinho. Foi uma reeducação dos nossosfuncionários”, comenta Castro. A em-presa possui 30 estações acompanhadaspelo programa.

O software é um facilitador da vidado gestor, pois fornece relatórios preci-sos de tempo de desperdício em outrasatividades não relacionadas ao trabalho.“Temos dados que comprovam que am-bientes corporativos com monitoramen-to tiveram redução de até 90% de usoindevido dos computadores. Com maisfoco nas tarefas, os profissionais darãomaior retorno para a empresa”, consi-dera o empresário.

De acordo com Santini, o programaauxilia a empresa na busca de melhoresresultados, oferecendo dados valiosos quemuitas vezes o gestor não consegue men-surar. “No mundo corporativo de hoje, osucesso empresarial está cada vez maisligado à tecnologia. A empresa que nãose utiliza de ferramentaseficazes de gestãocorre o sério riscode desaparecerdo mercado empouco tempo”,conclui.

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Foto: Hector Landaeta

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Revista Asdap l Novembro/Dezembro 2012 l Ano 1 l Número 1 - 27

As inovações tecnológicasna área automotiva exi-gem cada vez mais qua-lificação dos profissio-nais do setor, assim co-mo o ferramental espe-

cífico para a execução do trabalho. E es-sas ferramentas passam por diversas seg-mentações, da manual à eletrônica, reno-vando-se, rapidamente, para acompanharo desenvolvimento dos produtos.

Segundo Sandro Machado, promotortécnico da Ferramentas Gerais (FG), dePorto Alegre (RS), é essencial a cons-tante atualização desses equipamentos.“A evolução é muito rápida no mercadoautomotivo. O ferramental tem que dis-ponibilizar condições de absorver essasnovas tecnologias e não tornar-se obso-leto em pouco tempo”, afirma.

O técnico enfatiza que, nos últimosanos, a eletrônica invadiu os automóveis,tornando-os mais econômicos, segurose potentes, e as ferramentas também sesofisticaram. Por essa razão, aumentouo interesse por equipamentos portáteisde diagnóstico dos sistemas de injeção,ABS e outros itens da eletrônica embar-cada.

Seguindo esse conceito de moderni-zação, a FG receberá em breve a linhade ferramentas pneumáticas TMX, queagrupam chaves de impacto, esmerilha-deiras e lixadeiras. “São itens profissio-nais e com características que respon-dem à forte demanda por produtos dequalidade com preços competitivos, umaprocura que cresce mais e mais a cadadia”, explica Machado.

De acordo com ele, o mercado brasi-leiro conta com duas marcas consagra-das, Gedore e Tramontina, que ofere-cem muitas novidades na linha de ferra-

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A dinâmica na renovaçãodo ferramental

mentas manuais, torquímetros e carrosde produtos com módulos adaptadospara cada tipo de ferramenta e cores-pa-drão das concessionárias. Também agre-ga a Raven na linha de ferramentas paramanutenção automotiva, entre as quaischaves multiplicadoras de torque, extra-tores, suportes de motor e macacos hi-dráulicos.

Complementando as soluções profis-sionais, existem as linhas de ferramen-tas pneumáticas, elevadores automotivos,equipamentos para testes, scanners euma completa linha de adesivos. “Nãopoderíamos deixar de citar os equipa-mentos de proteção individual (EPI),cada vez mais utilizados para garantir asegurança dos profissionais do segmen-to”, cita.

No segmento de pintura e reparo au-tomotivo, existe a linha de pistolas depintura Devilbiss, com tecnologia HVLP,menor pressão de trabalho e menor des-perdício de tinta. Na funilaria, martelosde chapeador, tassos, limas para rebate,repuxadores car spotter e os esticadoreshidráulicos para chassis.

“Para o motor, a novidade são os kitsde ferramentas para troca de correia den-tada, condicionadas em embalagens demadeira onde cada ferramenta possui seulugar, facilitando a vida do mecânico.Além do recente lançamento do scannerdiesel da Raven”, complementa o pro-motor.

A FG, conforme Machado, apostamuito em um mix de produtos comple-to, que passa por ferramentas especiais,abrasivos, elevadores automotivos, ba-lanceadores, desmontadoras de pneus,linha de borracharia e postos, materialelétrico, adesivos e travas químicas.“Além desses equipamentos que aten-

dem totalmente o segmento, possuímospromotores técnicos treinados em cadalinha, para o acompanhamento e o de-senvolvimento dos produtos”, salienta.

E como a dinâmica no segmentoautomotivo também atinge outros assun-tos, como o tráfego urbano e rodoviá-rio, Machado adianta: “Com a implanta-ção da inspeção veicular, que visa aocontrole da emissão de poluentes, a FGestá buscando fornecedores de equipa-mentos com tecnologia para atender asdemandas que devem surgir nos próxi-mos anos. Em breve teremos novida-des”.

“A evolução émuito rápida nomercado automotivo.As ferramentas têmque disponibilizarcondições de absorveressas novastecnologias e nãotornarem-se obsoletasem pouco tempo.”

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ALinha de InspeçãoVeicular e Ambi-ental realizada pe- la Empresa Públi-

ca de Transporte e Circulação(EPTC) chegou a númerospreocupantes, depois de umasérie de verificações em veícu-los que circulam em Porto Ale-gre (RS). Os automóveis de fro-ta privada foram submetidosaos mesmos padrões de visto-ria aplicados aos táxis da Capi-tal e apresentaram índices de re-provação acima de 75%, en-quanto esse percentual não pas-sa de 27% na frota de táxis. Oprograma avaliou 201 veículosna primeira etapa do piloto.

A análise do monitoramen-to apontou também que 70%dos veículos que utilizam GNVtêm problemas na queima decombustível líquido (álcool egasolina) por falta de utilizaçãodo sistema de injeção conven-cional. E mais: 37% deles são re-provados nos itens emissão degases, freios suspensão e alinha-mento; 15% possuem emissãode poluentes acima do limite es-tipulado pelo fabricante.

“Em termos de uma cidadecomo Porto Alegre, identificare corrigir os defeitos indicadospela linha de inspeção pode ge-rar redução significativa de aci-dente e da emissão de gases tó-xicos à atmosfera”, afirma Al-mir Raupp da Rosa Júnior, en-genheiro da Coordenação deInspeção Veicular. Segundo o

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Inspeção veicularaponta frota com índices

altos de reprovação

engenheiro, a EPTC deverá re-alizar outros programas de vis-torias em breve, mas ainda semdata prevista.

Em relação à inspeção am-biental, Rosa considera queantes de tudo é uma questãode saúde pública. “Veículosdesregulados lançando tonela-das de gases tóxicos como CO,HC e NOx (compostos nitro-genados) afetam toda a socie-dade, ou seja, todo o cidadão.Independente de possuir ounão automóvel, sofre as conse-quências da poluição veicular”,ressalta. Para ele, ainda faltamdefinições políticas na Assem-bleia Legislativa e no Executi-vo do Estado que definam adata de implantação e a formade trabalho.

Por meio da Coordenaçãode Inspeção Veicular, a EPTCrealiza vistoria periódica nosveículos que operam o trans-porte público da capital Gaú-cha. São 3.900 táxis, 1.600 ôni-

bus, 600 escolares, 400 lota-ções e 600 veículos locados àPrefeitura de Porto Alegre. Pa-ra realizar cada vistoria o per-missionário paga uma taxa (va-lor variado dependendo domodal de transporte). No casodos veículos particulares a ins-peção tem caráter educativo egratuito, sem punição para de-feitos e problemas encontra-dos nos veículos.

As inspeções na frota públi-ca ocorrem diariamente, de se-gunda a sexta-feira, avaliandoaproximadamente 130 veícu-los/dia. As inspeções nos car-ros particulares acontecem aossábados, sob agendamento,atendendo aproximadamente20 veículos por dia. Os carrossão diagnosticados por equipa-mentos computadorizados emtempo real, por meio de soft-wares baseados em normas co-mo ABNT NBR 14040, Reso-lução CONAMA 418/09 e Ins-trução IBAMA 06/10, além deregulamentações do Inmetro.

O tráfego de veículos no RioGrande do Sul já ultrapassou amarca de 5 milhões de veícu-los emplacados, dos quais 61%automóveis. Em Porto Alegrejá são mais de 520 mil automó-veis. Segundo o Sindicato Na-cional da Indústria de Compo-nentes para Veículos Automo-tores (Sindipeças), mais de 4milhões de veículos da frota cir-culante em todo o país possu-em mais de 18 anos de uso.

Na avaliaçãode 201 veículosem carátereducativo, 75%dos automóveisnão passaramna vistoria.Os itens emissãode gases, freios,suspensão ealinhamentoreprovaram 37%

Divulgação/EPTC

Carros particulares são submetidos a mesmos padrões dos táxis

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Acompanhando a tendênciade mercado, a Taurus lançou re-centemente o capacete Apribilena cor branca, dando aos moto-ciclistas mais uma opção de pro-duto para a sua segurança. OApribile tem acabamento internocomposto por forração removível,lavável e fabricada com tecido an-tialérgico. A viseira possui engaterápido, permitindo maior agilida-de na troca, e apresenta alta qua-lidade ótica, que reduz as distor-ções causadas pelos faróis dos ve-ículos. O modelo também trazadesivos decorativos em vinil oudecal e adesivos retrorrefletivos naparte frontal, lateral e traseira. Estádisponível nos tamanhos 56, 58,60 e 62.

A SKF do Brasil deverá atingir amarca de 200 milhões de rolamen-tos produzidos, graças ao bom de-sempenho das montadoras de auto-móveis e às vendas no mercado dereposição de autopeças. Além desseregistro histórico, a SKF bateu recor-de de produção mensal em maiodeste ano com 3,1 milhões de rola-mentos fabricados no país, a melhormarca alcançada até hoje pelo com-plexo industrial de Cajamar (SP). Aunidade acumula bons índices deprodução no ano de rolamentos de

roda com sensores ele-trônicos de primei-

ra geração. Emagosto, houve

uma alta de11,5% em

relação aj u l h o .

Taurus lançacapacete branco

SFK: 200 milhões de rolamentosproduzidos no Brasil

Nos oito primeiros meses do ano, afábrica já soma mais de 800 mil peçasproduzidas, 77% acima do registradono mesmo período do ano passado.

A SKF do Brasil também produz ecomercializa rolamentos de suspen-são. Há pouco mais de três anos co-meçou a investir em sua fábrica paraatender a demanda local e o merca-do internacional. Além do Brasil, ape-nas as subsidiárias da França e daChina produzem rolamentos de sus-pensão desse tipo. Em outubro de2011, a SKF inaugurou sua segundaunidade de manufatura no país, nocomplexo industrial de Cajamar, des-tinada à produção de rolamentos deroda de segunda geração (HBU2),todos com sensores de ABS, anteci-pando a exigência da legislação bra-sileira que prevê adoção do uso dodispositivo nos carros fabricados apartir de 2014. Em 2011, a compa-nhia produziu 29,6 milhões de rola-mentos para atender todos os seusmercados. E este ano deve chegar àmarca de 32 milhões de rolamentosproduzidos.

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Divulgação Bosch

Mão de obra:capacitação e reciclagemO Centro de Treinamento Técnico Automo-

tivo Bosch e o Senai fecharam parceria para acapacitação e a reciclagem da mão de obra nomercado de reparação automotiva. Unidadesdo Senai em Porto Alegre (RS) receberam equi-pamentos e componentes, além de ferramen-tas para dar suporte à realização dos cursostécnicos da Bosch. Em outubro, o treinamentoabordou o Common Rail - Diagnose Veicular.Para dezembro, o curso previsto, entre os dias4 e 6, é o de sistema de injeção eletrônica:sensores e atuadores.

Informações e inscrições estão disponíveisno site www.superprofissionaisbosch.com.br.Caso as vagas para o curso escolhido tenhamse esgotado, o candidato pode manifestar seuinteresse em ser acionado futuramente, quan-do uma nova turma for programada. Mais in-formações pelo telefone (19) 2103-1419.

Cursos são direcionados à reparação automotiva

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A Associação Nacionaldos Remanufaturadores deAutopeças (ANRAP) discutiua importância do uso doremanufaturado na manu-tenção de veículos em umworkshop realizado, emBelo Horizonte (MG), emoutubro.

BorgWarner, Bosch, Cum-mins, Delco Remy, Eaton,Garrett, Knorr-Bremse,Schaeffler Brasil (DivisãoLuk), TRW Automotive e ZF(com a linha de embreagemSACHS) uniram-se a frotis-tas, distribuidores de auto-peças, montadoras, aplica-dores, profissionais de ma-nutenção e usuários do mer-cado automotivo.

Fabricantes de autopeçasdebatem importância do

remanufaturadoO encontrou abordou

também atuais e futuras ten-dências do mercado de au-topeças no Brasil e no mun-do, efeitos de recondiciona-mento para a segurança edurabilidade dos automo-tivos e desafio da logísticareversa de qualidade. “É fun-damental que as empresasfaçam o recolhimento decarcaças de maneira respon-sável, pré-selecionando omaterial de acordo com osegmento e destinando-o àsdevidas empresas”, indicouJefferson Germano, presi-dente do Comitê ANRAP egerente de Aftermarket daKnorr-Bremse para o Brasile América Latina.

A OSRAM acaba de apresentar ao mercado bra-sileiro a lâmpada automotiva Silvestar 2.0, indicadapara uso em faróis modernos de lentes transparen-tes. Disponível nas versões H1, H4, H7 e H11, anova tecnologia possui até 20 m a mais de projeçãode luz na estrada, aumentando a visibilidade e opoder de reação frente aos obstáculos. Tem potên-cia de 55 ou 60W, referência que está de acordocom as normas de certificação, que proíbe o uso dedispositivos de 100W. A lâmpada possui emissãode luz 60% maior quandocomparada à tradicionalStandard e tem duraçãoem dobro do tempo, semexigir a instalação do relé.

Nova lâmpada parafaróis com 60% mais luz

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