32
BRASIL PARAOLÍMPICO 38 NúMERO REVISTA DO COMITê PARAOLÍMPICO BRASILEIRO // OUTUBRO/NOVEMBRO 2011 // WWW.CPB.ORG.BR Entrevista: Octavio Londoño Paraolimpíadas Escolares BRASIL EM BUSCA DO BI Seleção está pronta para repetir o primeiro lugar de 2007 EDIÇÃO ESPECIAL

Revista Brasil Paraolímpico n° 38

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição número 38 da revista oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro - CPB.

Citation preview

Page 1: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

Brasil

PARAOLÍMPICO38número

revista do COMItê PARAOLÍMPICO bRAsILeIRO // outuBro/novemBro 2011 // www.CPb.ORg.bR

entrevista: Octavio Londoño

Paraolimpíadas escolares

Brasil em Busca do BiSeleção está pronta para repetir o primeiro lugar de 2007

ed

iÇÃ

o

ES

PE

CIA

L

Page 2: Revista Brasil Paraolímpico n° 38
Page 3: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

AndRew PARsOnspresidente do comitê paraolímpico Brasileiro

Um grande abraço,

Andrew Parsons

editorialCaros leitores,

Na última edição da nossa Brasil Parao-límpico, falei da dificuldade para escolher o que colocar nas páginas. Afinal, não fal-tam boas notícias e o espaço é limitado. Porém, desta vez, a escolha não poderia ser outra e decidimos fazer uma edição especial sobre os Jogos Parapan-Ameri-canos de Guadalajara, que acontecem de 12 a 20 de novembro.

Para brilhar em solo mexicano, o Brasil se preparou com afinco nos últimos me-ses. Teremos em Guadalajara 223 atle-tas nas 13 modalidades e não quere-mos pouco. O nosso objetivo é repetir o resultado de 2007, no Rio de Janeiro, quando pela primeira vez conquistamos o primeiro lugar.

Nesta edição, vamos mostrar um pou-co de cada uma destas modalidades, quase um guia dos Jogos Parapan--Americanos, inclusive com o calendá-rio de provas. Também listamos todos os integrantes da Delegação Brasileira em Guadalajara.

A competição no México é o primei-ro grande teste para confirmar que es-tamos no caminho certo para conseguir brilhar em Londres 2012 e também na Rio 2016. Já tivemos ótimas indicações nos campeonatos Mundiais e vamos ter mais uma boa oportunidade de avaliar o trabalho em Guadalajara.

A edição especial contou ainda com par-ticipações internacionais. Nosso colu-nista convidado foi o jornalista america-no Tom Degun, do prestigioso site Inside The Games, que fala do sucesso do Brasil no esporte paraolímpico.

Na entrevista desta edição, ouvimos Oc-tavio Londoño, presidente do Comitê Pa-raolímpico das Américas. O colombia-no não economizou elogios e disse que o Brasil é um exemplo a ser seguido. Tra-balhamos muito em busca de bons resul-tados e para desenvolver o esporte para-olímpico no País e ficamos muito felizes com o reconhecimento.

Por ser uma revista temática, esta edição não contou com as páginas fixas “Gran-des Nomes do Esporte” e “Promessa 2016”, mas não deixamos de falar do fu-turo, reservando seis páginas para as Pa-raolimpíadas Escolares. Maior evento do mundo para atletas estudantes com defi-ciência, a competição reuniu mais de mil participantes em São Paulo.

Guardamos ainda um espaço para o Lo-terias CAIxA Brazilian Swimming Open Championship, maior competição aberta de natação do mundo, com o prêmio re-corde de 40 mil Euros. Realizada no Par-que Aquático Maria Lenk, o evento con-tou com a participação de grandes nomes internacionais, de dez países.

Page 4: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

08

15 20 23

Parapan Modalidadesconheça todos os esportes em que o Brasil disputará medalhas no méxico e vagas para as paraolimpíadas de londres em 2012

Parapan Calendárioveja os dias e locais de todas as provas dos Jogos parapan-americanos em Guadalajara

Entrevistapresidente do comitê paraolímpico das américas, octavio londoño aponta Brasil como o exemplo a ser seguido

Escolar maior competição do mundo para estudantes com deficiência reúne cerca de mil atletas de todo o país em são paulo

suMáRIO ediÇÃo 38 // out/nov 2011 // www.CPb.ORg.bR

05COLunIStA COnvIdAdO

tom degun

06OPEn Festa no maria lenk

18PArAPAn PArtICIPAntES

nomes dos atletas que representarão o Brasil

28nOtíCIAS

Page 5: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

5Colonista convidadotom degun

Parece só haver um

caminho para o esporte

paraolímpico brasileiro

agora. e este caminho é

para cima!

Na última década, Austrália, Grã-Bretanha, Estados Unidos e, mais recentemente, a China dominaram a cena do esporte para-olímpico. Mas, nos bastidores, o Brasil vem trabalhando em silêncio. Nas Paraolimpía-das de Sidney, em 2000, o Brasil terminou em 26º lugar no ranking de medalhas, com seis ouros. Foi uma marca respeitável, mas nada que tivesse remotamente preocupado nenhum dos países do topo.

Quatro anos depois, nos Jogos Paraolímpi-cos de Atenas, em 2004, o Brasil subiu para a 14ª posição na tabela, com 14 medalhas de ouro paraolímpicas, conquistadas na ca-pital grega. Foi uma performance impres-sionante que causou surpresa. Entretanto, é somente quando você consegue ficar en-tre os dez primeiros na tabela de medalhas paraolímpicas que você pode ser conside-rado um participante importante.

Isso ocorreu apenas quatro anos mais tar-de, quando o Brasil irrompeu na nona po-sição nas Paraolimpíadas de Pequim, em 2008, com a fenomenal conquista de 16 medalhas de ouro. Foi uma performance impressionante que fez o resto do mundo parar e prestar atenção.

Não foi só o fato de que o Brasil estava co-meçando a vencer de forma convincente num dos maiores eventos do planeta, mas o fato de que do nada, três superestrelas emergiram do país sul-americano.

Daniel Dias, o nadador S5, mostrou em Pe-quim que é um dos mais refinados expo-entes de piscina do planeta, ao conquistar

nove medalhas, quatro das quais de ouro, enquanto Terezinha Guilhermina, velocista T11, é agora uma das mais temidas atletas do meio, e é quase certo que acrescente ou-tros ouros à sua medalha paraolímpica, con-quistada nos 200 metros na capital chinesa, quando chegar a Londres no próximo ano.

Porém, talvez o maior momento da histó-ria do esporte paraolímpico brasileiro te-nha na verdade ocorrido um ano depois de Pequim. Isto porque em Copenhagen, na Dinamarca, dia 2 de outubro de 2009, o Presidente do Comitê Olímpico Interna-cional (COI), Jacques Rogge, abriu um en-velope muito especial. Dentro do envelo-pe, confirmou-se que o Rio de Janeiro será a sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpi-cos de 2016. Uma Paraolimpíada em casa significa mais subsídios para os atletas pa-raolímpicos brasileiros, mais atletas traba-lhando duro para competir e vencer no Rio em 2016 e uma oportunidade única para o Brasil mudar atitudes em relação à defici-ência por toda a América do Sul.

O Brasil está agora focado em chegar ao sé-timo lugar em Londres, em 2012, e em quin-to lugar no Rio, em 2016, e surpreenda-se de vê-los conquistar sua meta ambiciosa.

É uma meta que pode até vê-los chegar à frente da Austrália; algo impensável há pouco tempo, quando a Austrália liderou o ranking de medalhas em Sidney, em 2000, 26 posições à frente do Brasil.

Mas antes de Rio 2016, e mesmo antes de Londres 2012, o Brasil terá seu gosti-

nho de glória nos Jogos Parapan-Ameri-canos de Guadalajara de 2011.

Nos últimos Jogos Parapan-Americanos – que foram realizados no Rio, em 2007 – o Brasil terminou em primeiro lugar no ranking de medalhas, com Canadá em se-gundo e Estados Unidos em terceiro. O Pa-ís tornou-se muito mais forte desde 2007 e vai ser difícil freá-lo no México.

O resto do mundo estará observando cui-dadosamente, porque nesse momento o Brasil é a força emergente no esporte pa-raolímpico. Os brasileiros têm dinamismo, acreditam cada vez mais, principalmen-te depois do terceiro lugar no Campeonato Mundial de Atletismo 2011, do Comitê Pa-raolímpico Internacional (CPI), em Chris-tchurch, na Nova Zelândia no início do ano. E com os Jogos Paraolímpicos em casa, em 2016, não há sinais de que as coisas vão se acalmar. Ao contrário, parece só haver um caminho para o esporte paraolímpico bra-sileiro agora. E este caminho é para cima!

tom deGun é Jornalista do InsIde the gAMes

o Brasil é a força emergente no

esporte Paraolímpico

Page 6: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

6RevistaBrasil ParaolímPico

OpenFesta no maria lenk

O Open de paranatação realizado no Rio de Janeiro, principal competição antes dos Jogos de Guadalajara, que terminou no sá-bado, dia 15 de outubro, foi uma prévia do que veremos no México, de 12 a 20 de no-vembro. Atletas brasileiros e estrangeiros, jovens, e mais experientes, brilharam na piscina do Maria Lenk, durante os quatro dias de competição. O evento contou com a participação de 10 países e mais de 200 atletas. Daniel Dias e Edênia Garcia foram os melhores atletas. A equipe técnica ca-narinha também levou a melhor. A Sele-ção Brasileira encerrou a participação em primeiro lugar com 111 medalhas, Estados Unidos terminaram em segundo, com 32, e Argentina fechou em terceiro, com 17.

A premiação foi entregue para os dez me-lhores atletas, no feminino e no masculino, e para as cinco melhores comissões técni-cas. O grande campeão foi o nadador Daniel Dias, que levou para casa 3.500 euros. Entre as mulheres, Edenia Garcia obteve o melhor índice técnico e conquistou o primeiro lugar no feminino. A nadadora falou sobre a emo-ção de receber a premiação.

"Ainda não acredito que recebi esse prê-mio. A americana Jessica Long é o má-

natação mostra força

AntES dO PArAPAndaniel dias e edênia Garcia são os grandes vencedores do LOtErIAS CAIXA BrAZILIAn SWIMMInG OPEn CHAMPIOnSHIP, no rio

ximo na paranatação. Estou feliz demais por ter ficado em primeiro. Melhorei mui-to os meus tempos, agora estou bem mais perto do recorde mundial. O Para-pan promete", empolga-se a brasileira.

A americana Jessica Long, fera das pis-cinas, que já quebrou mais de quinze re-cordes mundiais, elogiou e aprovou o formato do Loterias CAIxA Swimming Open Championship.

"Esse evento foi incrível. Foi uma das com-petições escolhidas para minha preparação de Londres. A cidade é ótima. Tivemos opor-tunidade de competir com grandes atletas. Não existe premiação desse nível em outro lugar, nunca ganhei algo assim", comentou Jessica, segundo lugar no feminino.

Para o coordenador técnico e chefe da missão do Brasil nos Jogos Parapan--Americanos e em Londres-2012, Edil-son Rocha Tubiba, o resultado do Open foi maravilhoso.

"A premiação é um fato inédito. Acre-ditamos que eles possuem os mesmos potenciais e dificuldades que todos os atletas e modalidades. Queremos fazer uma competição de nível alto, criar uma referência para 2016".

O coordenador técnico do Brasil, Murilo Barreto, fez uma analise otimista da se-leção brasileira. "O Open foi um ensaio geral do que teremos no Parapan. A vitó-ria da comissão técnica brasileira conso-lida o trabalho de técnicos, fisioterapeu-tas, enfermeiros. Mostra que temos uma equipe e um trabalho de alto nível."

rESuLtAdOS

rAnkInG dE MEdALHAS

1º Brasil53 ouro – 40 prata – 18 bronze2º EUA22 ouro – 7 prata – 3 bronze3º Argentina9 ouro – 5 prata – 3 bronze4º África do Sul7 ouro – 5 prata – 7 bronze5º Colômbia2 ouro – 3 prata – 3 bronze

rAnkInG MELHOrES AtLEtAS

Masculino 1º Daniel Dias - Brasil – 3.500 ¤ 2º Andre Brasil Esteves – Brasil – 2.500 ¤ 3º Kevin Paul – Africa do Sul – 1.500 ¤ 4º Justin Zook – EUA – 1.200 ¤ 5º Hendrik Herbst – Africa do Sul - 1.200 ¤ 6º Phelipe Andrews – Brasil – 1.000 ¤ 7º Tucker Dupree – EUA – 1.000 ¤ 8º Tadhg Slattery – África do Sul – 800 ¤9º Moises Fuertes – Colômbia – 800 ¤ 10º Carlos Farrenberg – Brasil – 800 ¤

Feminino 1º Edênia Garcia – Brasil – 3.500¤ 2º Jessica Long – EUA – 2.500 ¤ 3º Susan Beth Scott – EUA – 1.500¤ 4º Elisabeth Johnson – Grã-Bretanha – 1.200 ¤ 5º Joana Maria Silva – Brasil – 1.200 ¤ 6º Chantal Cavin – Suíça – 1.000 ¤ 7º Cheryl Angelelli – EUA – 1.000 ¤ 8º Daniela Gimenez – Argentina – 800 ¤ 9º Camille Cruz – Brasil – 800 ¤ 10º Cortney Jordan – Usa - 800 ¤

rAnkInG EquIPE téCnICA 1º Brasil – 5.000 ¤ 2º EUA – 4.000 ¤ 3º Argentina – 3.000.¤4º África do Sul – 2.000 ¤5º Colômbia – 1.000 ¤

PAíSES PArtICIPAntES

Brasil, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Inglaterra, Suíça, Malásia, África do Sul, Iraque e Irã

Page 7: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

7ParapanHegemonia

OpenFesta no maria lenk

a hora de manter

O BrASIL nO tOPOcom a meta de repetir o primeiro lugar no quadro geral de medalhas conquistado

nos Jogos parapan-americanos rio 2007, o país leva seus melhores atletas nas

13 modalidades para a quarta edição da competição, em Guadalajara, no méxico

o trabalho foi feito e

tenho certeza de que

nossa equipe está

pronta para manter a

hegemonia nas américas

DESEMPENHO VERDE E AMARELO O Brasil conquistou ao todo 572 meda-lhas nas três edições dos Jogos Para-pan-Americanos, sendo 255 ouros, 176 pratas e 141 bronzes. Após ficar por du-as edições em segundo lugar no quadro geral de medalhas, o País garantiu a pri-meira posição no Rio 2007 e pretende repetir o sucesso em Guadalajara 2011. COMO TUDO COMEÇOU

Os Jogos Parapan-Americanos tiveram sua origem em 1967, em Winnipeg, no Canadá. Seis países se reuniram para dis-putar os Jogos Panamericanos para Pa-raplégicos, com modalidades disputadas em cadeiras de rodas. Até 1995 foram re-alizadas nove edições similares, para mo-dalidades e classes específicas: Buenos Aires (Argentina), em 1969; Kingston (Ja-maica), em 1971; Lima (Peru), em 1973; Cidade do México (México), em 1975; Rio de Janeiro (Brasil), em 1978; Halifax (Canadá), em 1982; Aguadillas (Porto Ri-co), em 1986; Caracas (Venezuela), em 1990 e Buenos Aires, em 1995.

Em três edições dos Jogos Parapan-Ame-ricanos, o Brasil conquistou mais de 570 medalhas e está pronto para aumentar este número. Primeiro no quadro geral do Rio 2007, o País levará seus principais nomes nas 13 modalidades para repetir o feito em Guadalajara, em novembro.

A partir de 1999, na Cidade do México, a competição ganhou o nome de Jogos Parapan-Americanos e reuniu diferen-tes tipos de deficiência e modalidades, sob a chancela do Comitê Paraolímpi-co Internacional (IPC). Na primeira edi-ção participaram aproximadamente mil atletas de 19 países, em quatro modali-dades. Desde então a competição tem crescido a cada realização. Tanto que em 2003, em Mar del Plata, na Argen-tina, participaram 1.300 atletas de 22 países, em nove modalidades.

Em sua terceira edição, no Rio 2007, os Jogos Parapan-Americanos foram co-ordenados pelo Comitê Organizador dos xV Jogos Panamericanos, em par-ceria com o Comitê Paraolímpico Bra-sileiro (CPB), seguindo as regras es-tabelecidas pelo Comitê Paraolímpico das Américas (APC) e do IPC. Na oca-sião, mais de 1.300 atletas de 25 países competiram em 10 modalidades.

Acompanhe o crescimento do País na competição:

Cidade do México 1999 – 2º lugar no quadro geral de medalhas, com 92 de ouro; 55 de prata e 33 de bronze, total de 180 medalhas

Mar del Plata 2003 – 2º lugar no quadro geral de medalhas, com 80 de ouro; 53 de prata 31 de bronze, total de 164 medalhas

Rio de Janeiro 2007 – 1º lugar no quadro geral de medalhas, com 83 de ouro; 68 de prata e 77 de bronze, um total de 228 medalhas

Andrew Parsons, Presidente do CPB

Page 8: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

8RevistaBrasil ParaolímPico

Parapanmodalidades

8

Modalidade em que o Brasil tem os melho-res atletas cegos do mundo – Terezinha Gui-lhermina, Lucas Prado e Odair dos Santos –, o Atletismo tem como alguns de seus ingre-dientes a velocidade, a força, a resistência e a determinação. Itens que não faltam nos 40 brasileiros que estarão no México.

Uma amostra do que poderá ser conferido no Parapan foi dada em janeiro deste ano, no Mundial, na Nova Zelândia. Foram 30

CLASSifiCAÇãOF – Field (campo)Provas de campo (arremesso, lançamentos e saltos)- F11 a F13 – visuais - F20 – intelectuais - F31 a F38 – paralisados cerebrais (31 a 34 -

cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes) - F40 - anões - F41 a F46 – amputados les autres - F51 a F58 – Competem em cadeiras

(sequelas de polimielite, lesões medulares e amputações)

T – track (pista)Provas de pista (corridas de velocidade e fundo)- T11 a T13 –visuais - T20 – intelectuais - T31 a T38 – paralisados cerebrais (31 a

34 - cadeirantes e 35 a 38 - ambulantes) - T41 a T46 – amputados e les autres - T51 a T54 – Competem em cadeiras

(sequelas de polimielite, lesões medulares e amputações)

AtLetIsMO

medalhas (12 de ouro, 10 de prata e 8 de bronze), o que colocou o Brasil no tercei-ro lugar do quadro geral, uma posição inédita. Além disso, o Brasil já teve mui-tas conquistas na modalidade em Para-pans e em Guadalajara a tendência é conquistar o primeiro lugar.

As provas são definidas de acordo com a deficiência dos competidores, dividi-das entre corridas (100m, 200m, 400m,

1.500m, 5.000m e maratona), saltos (al-tura, distância e triplo), lançamentos (dardo e disco) e arremesso (peso).

Nas provas de pista, dependendo do grau de deficiência visual do atleta, ele pode ser acompanhado por um atleta-guia, que corre ao seu lado ligado por uma cordinha.

No Brasil, a modalidade é administrada pe-lo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB).

Em todas as edições dos Jogos Paraolím-picos – desde Roma 1960 – o tiro com arco preservou a característica de con-tar com a participação tanto masculina quanto feminina. Hoje, competem arquei-ros em cadeira de rodas, paralisados cere-brais, amputados e les autres.

tIRO COM ARCO

O Brasil será representado por sete arquei-ros, entre eles Diogo Souza de 18 anos.

As provas são individuais e por equipe. Uma distância de 70m separa o atleta do alvo, que mede 1,22m de diâmetro. Quem acerta o centro recebe 10 pontos. Caso a

CLASSifiCAÇãOTiro com Arco em Pé (ARST/Standing): Possuem algum grau de perda de força mus-cular nas pernas, de coordenação ou mobi-lidade articular. Arqueiros nesta classe po-dem escolher por competir sentados numa cadeira normal com os pés no solo ou de pé.

Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 1 (ARW1): Possuem deficiência nos braços e pernas (tetraplegia). Possuem alcance li-mitado dos movimentos, força e contro-

le dos braços e pouco ou nenhum controle do tronco. As pernas não são consideradas funcionais, devido a amputações e/ou limi-tações semelhantes de movimento, força e controle.

Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 2 (ARW2): Possuem paraplegia e mobilida-de articular limitada nos membros inferio-res. Estes atletas requerem uma cadeira de roda para uso diário.

flecha fique no limite entre dois círculos, é considerado o de maior valor. Se uma se-ta perfurar a outra, a mesma pontuação da primeira é dada à segunda.

No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco.

Page 9: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

9Parapanmodalidades

Parapanmodalidades

VôLeI sentAdO

Criado em 1956, na Holanda, com a fu-são do voleibol convencional e o sitzbal – esporte alemão que não tem a rede, praticado por pessoas com mobilidade limitada e que jogam sentadas – o Vô-lei Sentado tem competidores ampu-tados, paralisados cerebrais, lesiona-dos na coluna vertebral e pessoas com outros tipos de deficiência locomoto-ra. Integrante das Paraolimpíadas desde Arnhem 1980, com o Brasil tendo par-ticipado pela primeira vez em Pequim

2008, o vôlei no Parapan leva o cam-peão a Londres 2012.

Dividida em zonas de ataque e defesa, a quadra é menor em relação ao vôlei con-vencional (10x6m) e a altura da rede é 1,15m do solo no masculino e 1,05m no fe-minino. É permitido o contato das pernas de jogadores de um time com os do outro, po-rém as mesmas não podem atrapalhar o jo-go do adversário. O contato com o chão de-ve ser mantido em toda e qualquer ação,

sendo permitido perdê--lo somente nos desloca-mentos. Cada jogo é de-cidido em melhor de cinco sets, vencendo o time que marcar 25 pontos no set. Em caso de empate, ga-nha o primeiro que abrir dois pontos de vantagem. Há ainda o tie break de 15 pontos.

No Brasil, a modalidade é administrada pela Asso-ciação Brasileira de Volei-bol Paraolímpico (ABVP).

CLASSifiCAÇãOC – cicilsmo (cycling) C1 a C5 – Atletas com grau avançado a leve de deficiência física Tandem - Para ciclistas com deficiência visu-al (B1, B2 e B3). A bicicleta tem dois assen-tos e ambos ocupantes pedalam em sinto-nia. Na frente, vai um atleta sem deficiência e no banco de trás o com deficiência visual.

CICLIsMO

T – triciclo (tricycling) T1 e T2 – Atletas que usam bicicleta com três rodas (uma à frente e as demais nas laterais do assento) e se deslocam impul-sionando as rodas com o toque das mãos.H – pedal nas mãos (handbike) H1 a H4 - Para atletas paraplégicos que utilizam bicicleta especial impulsionada com as mãos.

CLASSifiCAÇãOO sistema de classificação funcional do vôleisentado é dividido entre amputados e les au-tres. Para amputados, são nove classes básicas, considerados os seguintes critérios:

AK - Acima ou através da articulação do joelho (above knee)BK - Abaixo do joelho, mas através ou acima da articulação tálus-calcanear (below knee)AE - Acima ou através da articulação do cotovelo (above elbow)BE - Abaixo do cotovelo, mas através ou acima da articulação do pulso (below elbow)

A1: Duplo AK A2: AK Simples A3: Duplo BK A4: BK Simples A5: Duplo AE A6: AE Simples A7: Duplo BE A8: BE Simples A9: Amputações combinadas de membros inferiores e superiores

Em les autres estão pessoas com alguma deficiência locomotora. Atletas das cate-gorias amputados, paralisados cerebrais ou afetados na medula espinhal (parate-tra-pólio) podem participar de eventos co-mo les autres.

O esporte começou a ser desenvolvi-do na década de 1980 por competido-res com deficiência visual. A modalida-de entrou para o programa oficial dos Jogos Paraolímpicos em Seul 1988, e a partir de Atlanta 1996 cada tipo de de-ficiência passou a ser avaliado de forma específica, com a inclusão de provas de velódromo.

No Parapan de Mar del Plata 2003, o Brasil conquistou duas medalhas de ou-ro e uma prata.

Competem nas provas de ciclismo atle-tas paralisados cerebrais, deficientes vi-suais, amputados e lesionados medula-

res (cadeirantes), de ambos os sexos. As provas são de velódromo, estrada e contra-relógio. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Bra-sileira de Ciclismo.

Page 10: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

10RevistaBrasil ParaolímPico

Promessa 2016vela

Judô para cegos. Um esporte

que, antes de a luta começar,

já tem dois vencedores.

Infraero. Patrocinadora o�cial do Judô para Cegos Brasileiro.

Através do judô, de�cientes visuais provamque o esporte tem poder de superação e que

impossível é uma palavra que não deveria existir.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

INF_0000_11_ANR_judo_paracegos_21x28.pdf 1 5/30/11 12:13 PM

Page 11: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

11Promessa 2016vela

Parapanmodalidades

Judô para cegos. Um esporte

que, antes de a luta começar,

já tem dois vencedores.

Infraero. Patrocinadora o�cial do Judô para Cegos Brasileiro.

Através do judô, de�cientes visuais provamque o esporte tem poder de superação e que

impossível é uma palavra que não deveria existir.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

INF_0000_11_ANR_judo_paracegos_21x28.pdf 1 5/30/11 12:13 PM

Criado nos Estados Unidos na década de 1970, o Tênis em Cadeira de Rodas apareceu pela primeira vez nos Jogos Pa-raolímpicos de Barcelona 1992.

A Seleção Brasileira em Guadalajara mescla a experiência com sangue novo. Pela primeira vez no Parapan, os jovens Natália Mayara, 17 anos, Daniel Rodrigues, 24, Rafael Gomes, 21, com-põem o time que tem o medalhista paraolímpico Carlos dos Santos, o Jordan, Maurício Pomme e Rejane Cândida.

O jogo segue as regras do tênis convencional e a única dife-rença é que a bola pode quicar duas vezes, a primeira tendo de ser nos limites da quadra.

As competições se dividem em partidas individuais e de du-plas, sendo vencedor aquele que vencer dois sets. No Bra-sil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasilei-ra de Tênis (CBT).

tênIs eM CAdeIRA de ROdAs

CLASSifiCAÇãOOs atletas devem ter perda substancial ou to-tal do movimento de uma ou duas pernas. Existe também a catego-ria QUAD, na qual os jo-gadores têm três ou mais membros afetados.

Judô

Arte marcial originária do Japão, o Judô começou a ser praticado por deficientes visuais na déca-da de 1970 e teve sua estreia nas Paraolimpíadas de Seul 1988. So-mente em Atenas 2004 a moda-lidade passou a ter mulheres nos tatames paraolímpicos.

Dono da primeira medalha de ouro brasileira em Paraolim-píadas (Atlanta 1996) e tetracampeão paraolímpico, o judo-ca Antônio Tenório é um dos grandes nomes que represen-tarão o Brasil no dojô (área de luta).

As categorias são divididas por peso e o confronto, que dura até cinco minutos, segue a maioria das regras do judô conven-cional. Uma das diferenças é que os atletas têm contato entre si antes da luta começar e, caso o contato seja perdido, a luta é paralisada. No Brasil, a modalidade é administrada pela CBDV.

CLASSifiCAÇãOB – Blind (cego): B1 Cego total – De nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de re-conhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção. B2 – Lutadores que já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reco-nhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus. B3 – Os lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.

Modalidade que se tornou paraolímpi-ca a partir de 1964, em Tóquio, no Hal-terofilismo competem atletas amputa-dos, les autres com limitações mínimas,

hALteROfILIsMO

atletas das classes de paralisia cerebral e atletas das classes de lesões na medula espinhal. O esporte passou a ter catego-ria feminina em Sydney 2000.

Como no halterofilismo convencional, vence quem levantar o maior peso. Dei-tados num banco, os atletas executam o movimento conhecido como supino. A prova começa quando a barra de apoio é retirada (com ou sem ajuda do auxiliar central) deixando os braços totalmen-te estendidos. O atleta, então, deve fle-xionar os braços, descendo a barra até a altura do peito, e retornar à posição

inicial. O campeão de cada categoria de peso garante vaga no Jogos Paraolímpi-cos de Londres. No Brasil, a modalidade é organizada pelo CPB.

CLASSifiCAÇãOÉ a única modalidade em que os atletas são categorizados por peso corporal, como no halterofilismo convencional. Os com-petidores precisam ter a habilidade de es-tender completamente os braços com não mais de 20 graus de perda em ambos os cotovelos para realizar um movimento vá-lido de acordo com as regras.

Page 12: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

12RevistaBrasil ParaolímPicorevistabRAsIL PARAOLÍMPICO

Parapanmodalidades

CLASSifiCAÇãOOs jogadores podem ser divididos em quatro classes distintas:BC1: Atletas podem competir com o auxí-lio de ajudantes, que devem permanecer fora da área de jogo do atleta. O assistente pode apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.BC2: Atletas não podem receber assistência.

BC3: Para pessoas com deficiências muito severas. Os jogadores usam um dispositivo auxiliar e podem ser ajudados por um assis-tente, que deve permanecer na área de jogo do atleta, mas deve se manter de costas pa-ra os juízes e evitar olhar para o jogo.BC4: Para jogadores com outras deficiências severas, mas que não podem receber auxílio.

Modalidade que requer concentração, controle muscular e muita precisão, a Bocha pa-raolímpica é disputada por pessoas com paralisia cerebral e outros problemas neuroló-gicos que utilizem cadeira de rodas.

A competição consiste em lançar bolas (vermelhas ou azuis) o mais próximo possível da bo-la branca (jack, no Brasil conhecida como bolim). É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores. Há três maneiras de se praticar o esporte: individual, duplas ou equipes.

No Brasil, a bocha é organizada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes.

bOChA

Paixão nacional, o futebol brasileiro é reconhecido e respeitado no mundo in-teiro. Existem relatos de que na déca-da de 1950, cegos jogavam futebol com latas. Entre títulos na Copa América e dois ouros em Paraolimpíadas (Atenas 2004 e Pequim 2008), o Brasil conquis-tou o ouro na terceira edição dos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007, primeira a incluir a modalidade.

Mesmo com vaga garantida nos Jogos Paraolímpicos Londres 2012, o Brasil entrará em campo em Guadalajara na busca pelo bicampeonato.

Exclusivo para cegos, os jogos ocorrem em quadra de futsal adaptada ou em cam-po de grama sintética. Cada time é for-mado por cinco jogadores – que são com-pletamente vendados – e o goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos

cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo.

Diferente dos estádios com a torcida gri-tando, as partidas de Futebol de 5 são si-lenciosas, em locais sem eco, para que os atletas ouçam os guizos da bola, e as orien-tações do chamador, que fica atrás do gol, indicando onde devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. No Bra-sil, a modalidade é administrada pela Con-federação Brasileira de Deportos de Defi-cientes Visuais (CBDV).

CLASSifiCAÇãOModalidade exclusivamente praticada por atletas da classe B1 (cegos totais) que não têm nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos; ou que têm percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.

futebOL de 5

Page 13: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

revistabRAsIL PARAOLÍMPICO

13Parapanmodalidades

Parapanmodalidades

CLASSifiCAÇãOAs classes sempre começam com a letra S (de swimming, natação em inglês) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB, breakstroke) e o medley (SM):

Exclusivo do paradesporto, o Goalball foi criado em 1946, pelo austríaco Hanz Lo-rezen e o alemão Sepp Reindle, com o objetivo de reabilitar veteranos da 2ª Guer-ra Mundial que perderam a visão e pessoas com deficiência visual.

O jogo consiste em lançar a bola pelo chão com a mão, na direção do gol adversário, enquanto o oponente tenta bloqueá-la com seu corpo. A quadra tem a mesma di-mensão de uma quadra de voleibol e o gol abrange toda linha de fundo (9mx1,30m). Cada equipe fica do seu lado do campo, com três jogadores cada e, no máximo, três suplentes no banco. Vendados, os jogadores são orientados através de um guizo instalado dentro da bola e, portanto, o silêncio do público durante as disputas é im-prescindível. A equipe campeã no México carimba o passaporte para Londres 2012.

No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deporto para Deficientes Visuais (CBDV).

gOALbALL

CLASSifiCAÇãOB – Blind (cego): B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qual-quer distância ou direção. B2 – Jogadores que já têm a percepção de vultos. Da capaci-dade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visu-al inferior a 5 graus. B3 – Os jogadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.

Presente no programa oficial de com-petições desde a primeira Paraolimpía-da, em Roma 1960, a Natação brasilei-ra começou a brilhar na edição de Stoke Mandeville 1984, quando conquistou sete medalhas (um ouro, cinco pratas e um bronze) e desde então não parou.

Com alguns dos principais nadadores do mundo, como Daniel Dias, Andre Brasil, Edênia Garcia, Clodoaldo Silva, Adria-no Lima, Joana Silva, Susana Ribeiro, Ril-dene Firmino, o Brasil tentará superar o resultado do Parapan Rio 2007, quando terminou em segundo lugar geral na mo-dalidade, atrás do Canadá, mas à fren-te dos Estados Unidos. Foram 39 meda-lhas de ouro, 30 de prata e 29 de bronze.

Na natação, competem atletas com di-versos tipos de deficiência (física e vi-

nAtAçãO

sual) em provas que vão dos 50m aos 400m no estilo livre, e de 50m e 100m nos estilos peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas nas cate-gorias masculino e feminino e as baterias são separadas de acordo com o grau e o tipo de deficiência. No Brasil, a modalida-de é administrada pelo CPB.

S1 a S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10 - nadadores com limitações físico-motorasS11, SB11, SM11 S12, SB12, SM12 S13, SB13, SM13 - nadadores com deficiência visual (a classifi-cação neste caso é a mesma do judô e futebol de cinco)S14, SB14, SM14 - nadadores com deficiência intelectual

Page 14: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

14RevistaBrasil ParaolímPicorevistabRAsIL PARAOLÍMPICOrevistabRAsIL PARAOLÍMPICO

14 Parapan modalidades

Um dos mais tradicionais esportes paraolím-picos, o Tênis de Mesa integra as Paraolimpí-adas desde Roma 1960, tanto no masculino

quanto no feminino. A história da modalida-de no Brasil se confunde com a do CPB, pois começou com sua fundação, em 1995.

No Parapan Rio 2007, o Brasil foi cam-peão geral da modalidade com 26 meda-lhas (11 de ouro, sete de prata e oito de bronze) e não quer fazer feio em Guada-lajara. Serão 30 atletas que pegarão suas raquetes para defender o País, no Méxi-co. O campeão de cada categoria garan-te vaga em Londres 2012.

Participam do Tênis de Mesa atletas de ambos os sexos com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes, divididos entre atletas andantes e cadeirantes. Os jogos são individuais, em duplas ou por equipes.

CLASSifiCAÇãOÉ feita a partir da mensuração do alcance de mo-vimentos de cada atleta, sua força muscular, res-trições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de segurar a raquete.1 a 5 – jogadores em cadeira de rodas6 a 10 – jogadores que podem ficar em pé 11 – deficiência intelectual

As partidas consistem numa melhor de cinco sets, cada um deles disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de van-tagem. No Brasil, a modalidade é organi-zada pela Confederação Brasileira de Tê-nis de Mesa (CBTM).

tênIs de MesA

Adaptado para ex-soldados do exérci-to norte-americano feridos durante a 2ª Guerra Mundial, o Basquete em Cadei-ra de Rodas surgiu em 1945, nos Estados Unidos, e tornou-se um dos principais esportes paraolímpicos. O Brasil teve di-versos momentos marcantes na modali-dade. Um deles foi na segunda edição do Parapan, em Mar Del Plata 2003, quan-do a Seleção Brasileira masculina con-

CLASSifiCAÇãOCada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor numa escala de 0,5 a 4,5. Para facilitar a classificação e participação dos atletas que apresentam qualidades de uma e outra classe distinta (os chamados casos limítrofes) foram criadas classes in-termediárias: 1,5; 2,5 e 3,5. O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de que quanto maior a deficiência, menor a classe.

bAsquete eM CAdeIRA de ROdAs

quistou uma vaga para as Paraolimpí-adas de Atenas 2004, após 16 anos de ausência nos Jogos. No Rio, em 2007, o Brasil conquistou o 3º lugar no masculi-no e o 4º no feminino. O campeão garan-te vaga em Londres, sendo que Estados Unidos e Canadá já estão classificados.

O Basquete em Cadeira de Rodas pode ser praticado por atletas de ambos os sexos

que tenham alguma deficiência físico-mo-tora, divididos em cinco classes. As cadei-ras são adaptadas e padronizadas e a ca-da dois toques na cadeira o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As di-mensões da quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete convencional. No Brasil, a modalidade é administrada pe-la Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas (CBBC).

Page 15: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

15revista

bRAsIL PARAOLÍMPICO

15Parapancalendário

2a 3a 4a 5a 6a Sa Do 2a 3a 4a 5a 6a Sa Do 2a

No ESPoRTE LoCAL 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 22

ABERTuRA DA viLA viLA PARAPANAmERiCANA

INICIO DE CLASSIFICAÇÕES REFEITÓRIO DE ATLETAS

CEREmoNiA DE APERTuRA Estádio Telmex de Atletismo

1 Atletismo Estádio Telmex de Atletismo Estr.

2 Basquete em cadeira de rodas Domo CODE Alcalde

3 Bocha Ginásio de Usos Múltiplos Unidad Revolución

4 Ciclismo Velódromo Panamericano C.R. Pista Pista Estr.

5 Futebol de 5 Estádio de Hockey

6 Goalball Ginásio San Rafael

7 Judô Ginásio de Usos Múltiplos Unidad Revolución

8 Halterofilismo Foro de Halterofilia CODE Paradero

9 Natação Centro Aquático Scotiabank

10 Tênis de mesa Ginásio do CODE II

11 Tênis em cadeira de rodas Complexo Telcel de Tênis

12 Tiro com arco Estádio Panamericano de Tiro com Arco

13 Vôlei sentado Complexo Panamericano de Vôlei

ÚLTIMO DIA CLASSIFICAÇÕES REFEITÓRIO DE ATLETAS

ENCERRAmENTo Estádio Telmex de Atletismo

FECHAmENTo DA viLA viLA PARAPANAmERiCANA

Novembro

JogoS PARAPAN-AmERiCANoS guADALAJARA 2011PROGRAMA

Ceremônias de Abertura e Encerramento

Classificação

Competições

Finais

dISPutASa cerimônia de abertura, que marca o início dos Jogos parapan-americanos de Guadalajara

2011, acontece no dia 12 de novembro, no estádio telmex de atletismo. as competições

começam no dia 13 e seguem até o dia 20. confira o calendário de provas:

Page 16: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

16

anúncio caixa

caixa.gov.br

Quase metade do que é arrecadado pelas Loterias CAIXA é destinado a áreas sociais do nosso país, como o esporte. Em 2010, só o Comitê Paraolímpico Brasileiro recebeu mais de R$ 25 milhões. Para as Loterias CAIXA, apostar no nosso esporte é ver o Brasil inteiro tirar a sorte.

Alan FontelesAtleta patrocinado pelas Loterias CAIXA

SAC C

AIX

A:

0800

726

010

1 (in

form

açõe

s, r

ecla

maç

ões,

sug

estõ

es e

elo

gios

) Para

pes

soas

com

de�

ciê

nci

a a

uditiv

a o

u d

e fa

la: 0

800

726

2492

O

uvid

ori

a:

0800

725

747

4

Page 17: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

anúncio caixa

caixa.gov.br

Quase metade do que é arrecadado pelas Loterias CAIXA é destinado a áreas sociais do nosso país, como o esporte. Em 2010, só o Comitê Paraolímpico Brasileiro recebeu mais de R$ 25 milhões. Para as Loterias CAIXA, apostar no nosso esporte é ver o Brasil inteiro tirar a sorte.

Alan FontelesAtleta patrocinado pelas Loterias CAIXA

SAC C

AIX

A:

0800

726

010

1 (in

form

açõe

s, r

ecla

maç

ões,

sug

estõ

es e

elo

gios

) Para

pes

soas

com

de�

ciê

nci

a a

uditiv

a o

u d

e fa

la: 0

800

726

2492

O

uvid

ori

a:

0800

725

747

4

Page 18: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

18RevistaBrasil ParaolímPico

ATLETiSmo atletas Ádria Rocha dos Santos SC • Alan Fonteles Cardoso de Oliveira PA • Alex Cavalcante Mendonça SP • Ana Tércia Venâncio Soares SP • André Luíz de Oliveira SP • Andre Luiz Garcia de Andrade SP • Ariosvaldo Fernandes da Silva DF • Bruno Rodrigues Teixeira RS • Carlos José Barto da Silva MG • Claudiney Batista dos Santos SP • Cleiton Lima Pereira RN • Daniel Mendes da Silva ES • Diogo Ualisson Jeronimo da Silva RJ • Edson Cavalcante Pinhei-ro DF • Elizabeth Rodrigues Gomes SP • Emicarlo Elias de Souza DF • Felipe de Souza Gomes RJ • Francisco Daniel Coelho da Silva PE • Francisco Jefferson de Lima CE • Jenifer Martins dos Santos PE • Jerusa Geber dos Santos SP • Jhulia Karol dos Santos RJ • Joana Helena dos Santos Silva MG • Jonathan de Sou-za Santos RJ • Lucas André Ferrari SC • Lucas Prado SC • Marivana Oliveira da Nobrega RJ • Odair Ferreira dos Santos SP • Paulo Douglas Moreira de Souza SP • Paulo Flaviano Pereira DF • Roseane Ferreira dos Santos RJ • Sheila Finder SC • Shirlene Santos de Souza Coelho DF • Sirlene Aparecida Guilhemino SC • Terezinha Aparecida Guilhermina PR • Thiago Barbosa de Sousa DF • Thierb da Costa Siqueira SP • Viviane Ferreira Soares RJ • Yeltsin Francisco Ortega Ja-cques MS • Yohansson do Nascimento Ferreira AL • ATLETiSmo atletas guias Carlos Antonio dos Santos SP • Cássio Henrique Damião MG • Fábio Dias de Oliveira Silva RJ • Guilherme Soares de Santana PR • Justino Barbosa dos Santos SC • Laércio Alves Martins SC • Leonardo Souza Lopes ES • Luiz Henri-que Barboza da Silva SP • Luiz Rafael Krub SC • Rogério Meireles Franco SP • Samuel Souza do Nascimento SP • ATLETiSmo comissão técnica Ciro Win-ckler de Oliveira Filho SP • Amaury Wagner Verissimo SC • Fabio Leandro Breda SP • João Paulo Alves Cunha SP • Raimundo Tadeu Martins Monteiro DF • Diego Henrique Gamero SP • Everaldo Braz Lucio SC • Natacha Manchado Pereira SP • Rodrigo Artese Barros SP • Rita de Cássia Montelli SP • Andressa da Silva de Mello SP • Ronnie Peterson Andrade de Sousa RN • Wellington José da Cruz RN • Jacy Castilho da Silva RJ

BASQuETE Em CADEiRA DE RoDAS - FEmiNiNo atletas Ana Aurélia Mendes Rosa GO • Andreia Cristina Santa Rosa Farias PA • Cíntia Mariana Lopes de Carvalho PA • Cleonete de Nazaré Santos Reis PA • Débora Cristina Guimarães da Costa PA • Lia Maria Soares Martins PA • Lucicléia da Costa e Costa PA • Mônica Fernanda Andrade Santos Silva SP • Naildes de Jesus Mafra PA • Paola Klokler SP • Rosália Ramos da Silva RJ • Vileide Brito de Almeida PA • BAS-QuETE Em CADEiRA DE RoDAS - FEmiNiNo comissão técnica Ana Maria Fonseca Teixeira SP • Wilson Flávio da Silva Corrêa PA • Yara Helena Yule Jaco-bina PR • Marcelo Ferreira Romão SP • Valdir Soares de Moura Belém PA • BASQuETE Em CADEiRA DE RoDAS - mASCuLiNo atletas Anderson Carlos da Silva Ferreira SP • Erick Epaminondas da Silva SP • Heriberto Alves Roca SP • Írio Francisco Nunes RJ • José Marcos da Silva SP • José Soares da Silva PE • Leandro de Miranda SP • Luciano Felipe da Silva SP • Nilton Divino Alves Pessoa SP • Paulo César dos Santos SP • Rodrigo Arão de Carvalho SP • Wandem-berg Nejaim Nascimento SP • BASQuETE Em CADEiRA DE RoDAS - mASCuLiNo comissão técnica Ana Maria Fonseca Teixeira SC • Maria de Fátima Fer-nandes Barbosa PE • Maria José dos Santos SP • Meire Marino SP • Fernando Claudio Lopes Sampaio PE • Pedro Dias da Costa PE

BoCHA atletas Clodoaldo Massardi MG • Deiverson Lenon de Oliveira SP • Eliseu dos Santos PR • Ercileide Laurina da Silva MG • Fabio Moraes Dornelles SP • José Carlos Chagas de Oliveira MG • Luiza Lisboa Reis SP • Roberta Nogueira Vilela SP • Vitor Rosa Henriques SP • Bocha calheiros Glenio Fernandes Leite MG • Ilma Nogueira de Oliveira SP • Vagner Lopes Lima SP • BoCHA comissão técnica Marcia da Silva Campeão RJ • Ana Carolina Lemos Alves SP • Artur Cruz Gomes RJ • Darlan França Ciesielski PR • Janaína Pessato Jerônimo MG • Moisés Fabrício de Souza Cruz SP • Luiz Carlos de Araújo PE • Mateus dos Santos Silva SP • Nivaldo Batista Vital MG • Raquel Matias Gonzaga SP

CiCLiSmo atletas Flaviano Eudóxio de Carvalho MG • Jady Martins Malavazzi PR • Jefferson Ricardo Spímpolo SP • João Alberto Schwindt Filho DF • Marlei-de Maria da Silva SP • Soelito Gohr SC • CiCLiSmo piloto Nelma Raizer SP • CiCLiSmo comissão técnica Romolo Lazzaretti DF • Claudio Villalva Civatti DF

FuTEBoL DE 5 atletas Cássio Lopes dos Reis BA • Damião Robson de Souza Ramos PB • Gledson da Paixão Barros BA • Jefferson da Conceição Gonçalves BA • José Jhonson da Silva PB • Marcos José Alves Felipe PB • Marcos Rogério Pinheiro Barros MA • Ricardo Steinmetz Alves RS • FuTEBoL DE 5 goleiros Antônio Taffarel de Carvalho SP • Fábio Luis Ribeiro Vasconcelos PB • FuTEBoL DE 5 comissão técnica José Antônio Ferreira Freire PB • Ramon Pereira de Souzao RJ • Ricardo Robertes SP • Luis Felipe Castelli Correia de Campos SP • Lucas Leite Ribeiro SP • Gustavo de Castro SP

goALBALL - FEmiNiNo atletas Ana Carolina Duarte Ruas Custódio RJ • Cláudia Paula Gonçalves de Amorim Oliveira MT • Gleyse Priscila Portioli de Sou-za PR • Jéssica de Fátima Rodrigues Alves PA • Márcia Bonfim Vieira dos Santos SP • Neusimar Clemente dos Santos ES • goALBALL - FEmiNiNo comis-são técnica Artur José Squarisi de Carvalho SP • Paulo Sérgio de Miranda RJ • Diego Gonçalves Colletes SP • goALBALL - mASCuLiNo atletas Alexsander Almeida Maciel Celente RS • Arestino Ferreira da Silva Filho RJ • Filippe Santos Silvestre RJ • José Roberto Ferreira de Oliveira PB • Leandro Moreno da Sil-va DF • Romário Diego Marques PB • goALBALL - mASCuLiNo comissão técnica Artur José Squarisi de Carvalho SP • Alessandro Tosim SP • Diego Gon-çalves Colletes SP • Luiz Carlos dos Santos SP

HALTERoFiLiSmo atletas Alexandre Pereira Gouveia RJ • Alexsander Whitaker dos Santos SP • Bruno Pinheiro Carra SP • Claudemar Santin SP • Cristia-no Aparecido Pacheco SP • Edilandia Rodrigues Araujo MG • José Maria Santana da Silva AM • Joseano dos Santos Felipe RN • Josenildo Alexandre da Sil-va RN • Josilene Alves Ferreira GO • Luiz Carlos Novaes SP • Márcia Cristina Menezes PR • Maria Luzineide Santos de Oliveira PB • Rodrigo Rosa de Carva-

BrASILEIrOS EM GuAdALAJArAconfira os nomes dos atletas que representarão o Brasil nos Jogos parapan-americanos de Guadalajara 2011

18revistabRAsIL PARAOLÍMPICO

ParaPanparticipantes

Page 19: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

19

lho Marques MG • Terezinha Mulato dos Santos RN • HALTERoFiLiSmo comissão técnica Antônio Augusto Ferreira Junior SP • Carlos Williams Rodrigues da Silva RN • João Vieira Pereira Junior GO • Valdecir Lopes da Silva SP • Weverton Lima dos Santos MG

JuDô atletas Antônio Tenório da Silva SP • Arthur Cavalcante da Silva RN • Daniele Bernardes da Silva SP • Deanne Silva de Almeida MG • Giovana Pilla RS • Harlley Damião Pereira de Arruda SP • Karla Ferreira Cardoso RJ • Lúcia da Silva Teixeira SP • Magno Marques Gomes SP • Michele Aparecida Ferreira MS • Rayfran Mesquita Pontes PA • Roberto Julian Santos da Silva RJ • Wilians Silva de Araújo RJ • JuDô comissão técnica Jaime Roberto Bragança SP • Ale-xandre de Almeida Garcia SP • Carlos Felipe Ferreira Menescal Conde RJ • Giovanna Ignácio Subirá Medina SP • Luiz Edmundo Costa MG

NATAção atletas Adriano Gomes de Lima RN • Alexandre da Silva Fernandes SP • Andre Brasil Esteves SP • Caio Amorim Muniz de Oliveira RJ • Camille Rodrigues Ferreira Cruz RJ • Carlos Alberto Lopes Maciel CE • Carlos Alonso Farrenberg SP • Clodoaldo Francisco da Silva RJ • Daniel de Faria Dias SP • Edê-nia Nogueira Garcia RN • Francisco de Assis Avelino RN • Gabriel Feiten RS • Gabriela Cantagallo SP • Genezi Alves de Andrade RN • Gutemberg de Souza Ferraz RJ • Ivanildo Alves de Vasconcelos PE • Jeferson da Silva Amaro PR • Joana Maria Jaciara da Silva Neves Euzébio RN • João Luís de Castro Almeida RJ • Letícia Lucas Ferreira MG • Maria Dayanne da Silva RN • Matheus Henrique da Silva SP • Matheus Rheine Corrêa de Sousa SC • Moisés Domingues Batista PR • Nélio Pereira de Almeida RN • Paloma Garcia Sampaio SP • Phelipe Andrews Melo Rodrigues RJ • Raquel Viel SP • Regiane Nunes Silva SP • Renato Nu-nes Silva SP • Roberto Alcalde Rodriguez SC • Romildo Ramos Santos GO • Ronaldo Souza Santos BA • Ronystony Cordeiro da Silva SP • Susana Schnarndorf Ribeiro RJ • Talisson Henrique Glock SC • Vanilton Antonio do Nascimento Filho GO • Verônica Mauadie de Almeida BA • William Roberto Sant’ana SP • NA-TAção comissão técnica Murilo Moreira Barreto RJ • Marcos Rojo Prado SP • Rui Menslin PR • Carlos César da Paixão Aguiar RN • Felipe Vaz Domingues SP • José Murilo Simas Abi-Ramia RJ • Marcelo Hiroshi Sugimori SP • Maria Idalina Machado RJ • Guillermo Sanchis Gritsch CE • Paulo Adriano Schwingel PE • Renata Bezerra do Nascimento RN • Rodrigo Alberto Dispato Mendes Martins SP • Elson Batista da Silva BA • Dalila Victoria Ayala Talmasky SP • Ana Carolina Maia PR • Natacha Tássita Bomtorin de Azevedo SP

TÊNiS DE mESA atletas Alexandre Lazarim Caldeira SP • Carlo Di Franco Michell BH • Carlos Alberto Carbinatti Junior SP • Chiang Ya Ming SP • Clau-diomiro Segatto PR • David Andrade Freitas CE • Ecildo Lopes de Oliveira RN • Edimilson Matias Pinheiro MG • Ezequiel Babes PR • Flávio Alberto Con-ceição Seixas AL • Francisco Wellington Melo CE • Guilherme Marcião Costa DF • Guilherme Riggio Ifanger SP • Iranildo Conceição Espíndola Fernandes GO • Ivanildo Pessoa de Freitas SP • Jane Karla Rodrigues GO • João Fernando Martins do Nascimento Junior RO • Joyce Fernanda de Oliveira SP • Ju-liano Fiorentin Miranda PR • Luana Couto Silva RJ • Lucas Martins Maciel SP • Lucas Soares de Paula Gouveia SP • Luiz Henrique Medina SP • Maria Luiza Pereira Passos PR • Paulo Sergio Salmin Filho SP • Ronaldo Pinheiro Machado de Souza DF • Rosângela Azevedo Dalcin RS • Silvana Aparecida Rodrigues SC • Simone Cordeiro Vieira DF • Welder Camargo Knaf PR • Willian Gabriel Ricken Almeida PR • Iliane Faust PR • Geovani Jesus dos Santos SP • TÊNiS DE mESA comissão técnica Edir Domingos de Oliveira DF • Celso Toshimi Nakashima SC • Joachim Holger Goegel GO • José Ricardo Rizzone de Souza Vale MG • Robson Luiz Viana Barszcz PR • Paulo Ricardo Molitor CE • Luis Gustavo Claro de Amorim GO • Ana Maria Carvalho de Oliveira DF • Lu-ciano dos Santos Possamai RS • Marco Antonio Alves de Lima SP

TÊNiS Em CADEiRA DE RoDAS atletas Carlos Alberto Chaves dos Santos DF • Daniel Alves Rodrigues MG • Natália Mayara Azevedo da Costa DF • Mau-rício Pomme SP • Rejane Candida da Silva DF • TÊNiS Em CADEiRA DE RoDAS comissão técnica Wanderson Araujo Cavalcante DF • Josimário Ferreira de Souza GO • Leonardo Flavio de Oliveira MG

TiRo Com ARCo atletas Andrey Muniz de Castro GO • Diogo Rodrigues de Souza DF • Fernado José de Oliveira Chagas ES • Francisco das Chagas Dan-tas RN • Julio Cesar de Oliveira SP • Luciano Reinaldo Rezende DF • Patricia Layolle RJ • TiRo Com ARCo comissão técnica Reginaldo Salles Miranda DF • Henrique Junqueira Campos GO • Reinaldo Augusto Nunes SP

vôLEi SENTADo atletas Carlos Augusto Barbosa RJ • Daniel Jorge da Silva PR • Deivisson Ladeira dos Santos SP • Diogo Rebouças RJ • Gilberto Lourenço da Silva SP • Giovani Eustáquio de Freitas MG • Guilherme Borrajo Faria Gomes RJ • Renato de Oliveira Leite SP • Rogério Silva Camargo dos Santos SP • Sa-muel Henrique Arantes MG • Wellington Platini Silva da Anunciação SP • Wescley Conceição de Oliveira RJ • vôLEi SENTADo comissão técnica Rony Gor-ski Damaceno SP • Fernando Lajes Guimarães SP • Caio Namias SP • Pedro Henrique Alvarenga SP • Humberto Trevizani SP

EQuiPE mÉDiCA Adeilton Dantas Enfermeiro • Adriano Ferreira de Faria Fisioterapeuta • Agnaldo Bertucci Médico • Andrea Jucusiel Miranda Médico • An-dressa da Silva de Mello Fisioterapeuta • Antonio Francisco de Araujo Médico • Djalma Carlos de Araujo Junior Médico • Elson Batista da Silva Massagista • Francisca Marques da Silva Enfermeiro • Francisco Alves Fernandes Enfermeiro • Gildson Guedes Josuá de Moura Enfermeiro • Giovanna Ignácio Subirá Medi-na Médico • Gustavdo de Castro Fisioterapeuta • Henrique Vital Neto Fisioterapeuta • Hesojy Gley Pereira Vital da Silva Médico • Jacy Castilho da Silva Mas-sagista • Julio Cesar da Silva Vasquez Fisioterapeuta • Lucas Leite Ribeiro Médico • Luiz Carlos dos Santos Fisioterapeuta • Luiz Edmundo Costa Fisioterapeu-ta • Márcia Cristina Moura Fernandes Fisioterapeuta • Pedro Henrique Alvarenga Fisioterapeuta • Renata Bezerra do Nascimento Fisioterapeuta • Roberto Itiro Nishimura Médico • Roberto Vital Médico • Rodrigo Alberto Dispato Mendes Martins Fisioterapeuta • Rodrigo Bezerra Braga Médico • Ronnie Peterson An-drade de Sousa Fisioterapeuta • Vander Fagundes Fisioterapeuta • Wellington José da Cruz Massagista

ESCRiTÓRio Antonio Fernando Partelli De Mello AO • Cristiani Maria Ribeiro Gomes AO • Edilson Alves da Rocha Chefe de Missão • Felipe Machado Cos-ta Ernest Dias AO • Fernanda Vilas Boas Avila da Silva Atachê de Imprensa • Jonas Rodrigo Alves Ferreira Freire Sub Chefe de Missão • Luciana Scheid Ata-chê Paraolímpica • Manuela Bailão AO • Marcio Cleber Rufino Moreira AO • Marco Aurelio dos Santos Pereira AO • Mariana Simões Pimentel Gomes AO • Patrícia Silvestre de Freitas Classificadora Chefe • Ricardo José de Souza AO • Ricardo Silva Melo AO

revistabRAsIL PARAOLÍMPICO

19ParaPanparticipantes

ParaPanparticipantes

Page 20: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

20RevistaBrasil ParaolímPico

ParaPanentrevista revista

bRAsIL PARAOLÍMPICO

sucesso faz do Brasil o EXEMPLO A SEr SEGuIdO

Octavio Londoño, presidente do Comitê Paraolímpico das

Américas desde 2009, aponta o Brasil como candidato ao topo

do ranking no México

o colombiano octavio londoño assumiu a presidência do comitê paraolímpico das américas em 2009, cargo que mantém até hoje. antes disso foi presidente do comitê paraolímpico colombiano de 2005 a 2009. em 2007, foi eleito vice-presidente do comitê paraolímpico das américas, na mesma gestão onde o atual presidente do cpB, andrew parsons, era presidente. paraplégico desde 1986, quando sofreu um acidente após retornar de uma missão contra o tráfico de drogas, octavio londoño iniciou a sua luta em prol das pessoas com deficiência em 1990. em Bogotá, a revista Brasil paraolímpico conversou com londoño, que considera o Brasil um exemplo a ser seguido e um dos potenciais candidatos ao topo do ranking dos Jogos de Guadalajara 2011.

Page 21: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

21ParaPanentrevista

ParaPanentrevista

RBP // A principal competição paraolím-pica das Américas reunirá 26 países do continente. Qual é a expectativa para os Jogos de Guadalajara? OCTAViO LONDOñO // Serão disputados 13 espor-tes, com a presença de várias Federações, Comitês e do IPC. Os critérios de classifica-ção foram baseados em rankings, marcas mínimas e eventos classificatórios, por es-sa razão, naturalmente estarão presentes os melhores atletas do continente. Campeão da edição passada, o Brasil vem como um dos favoritos, ao lado de Estados Unidos, Cana-dá e do próprio México, anfitrião da vez. RBP // Essa evolução técnica é reflexo do próprio aprimoramento do Esporte Para-olímpico nas Américas?

OCTAViO LONDOñO // Na última década o espor-te evoluiu consideravelmente no continen-te, apesar de alguns países estarem mais de-senvolvidos que outros. A América Central vai se firmando, enquanto Argentina, Ca-nadá, México, Venezuela e Colômbia estão num processo de desenvolvimento impor-tante. Brasil, Estados Unidos e Canadá têm mantido os bons resultados e evoluído mais. No geral, podemos ver que de 1999 a 2011 a participação de atletas nos Jogos mais que dobrou. O Rio de Janeiro foi um divisor de águas, até mesmo pelo fato de ter sido pio-neiro na integração com o Pan. Agora espero que Guadalajara siga essa evolução, fazendo jogos tão bons ou ainda melhores.

RBP // O Continente Americano vai sediar pela primeira vez uma Paraolimpíada, em 2016. Como avalia a escolha do Rio 2016? OCTAViO LONDOñO // Desde o início do processo de candidatura notamos um planejamento brasileiro sólido e forte. Faltam apenas cin-co anos para os Jogos Rio 2016 e espero que essa edição traga mais qualificação, estabili-dade, apoio dos governos e aumento no nú-mero de atletas e de medalhas para o nosso continente. Os Jogos Paraolímpicos integra-dos com os Olímpicos são um dos melhores legados dos últimos anos. Como disse o pre-sidente Lula no momento da escolha: "essa é uma grande vitória não só do Brasil, mas de um país chamado América do Sul”. A esco-lha foi muito certa, sendo o Brasil um modelo a ser seguido por nós de toda América. O pa-ís hoje é exemplo de uma nação que está em desenvolvimento esportivo e social.

RBP // O APC vem crescendo nos últi-mos anos. Quais os desafios futuros da entidade? OCTAViO LONDOñO // O Comitê Paraolímpico das Américas é uma organização jovem, cria-da em 1996. Agrupamos 26 nações e outros 16 países que ainda não tem Comitê próprio. Estamos trabalhando de maneira que esses 42 países tenham segurança, reconhecimen-to legal e institucional ante os governos, so-ciedade e comitês olímpicos. Nosso compro-misso é para que os atletas tenham uma boa preparação, além de traçar um plano estra-

tégico de desenvolvimento a curto, médio e longo prazos. Desejamos que a sociedade la-tinoamericana veja o esporte paraolímpico com legitimidade, admiração e respeito. RBP // Como o senhor analisa o trabalho desenvolvido no Brasil?

OCTAViO LONDOñO // O Brasil é considerado um exemplo a ser seguido. Sou um grande admi-rador do CPB, que atualmente tem um gran-de reconhecimento não só aqui na América do Sul, mas no mundo todo por seu modelo político e administrativo eficaz. O Brasil Pa-raolímpico é um país que ganha várias me-dalhas, mas também vai além, com atenção especial para o trabalho educativo e de base com jovens, além de uma comunicação con-solidada nas redes sociais e na imprensa. O Comitê tem se mostrado uma empresa for-te, com um presidente líder no Movimento Internacional, que representa muito bem a América do Sul no IPC.

o Brasil paraolímpico é

um país que ganha várias

medalhas, mas também vai

além, com atenção especial

para o trabalho de base

com jovens.

o rio de Janeiro foi um divisor de águas, até mesmo pelo

fato de ter sido pioneiro na integração com o pan. agora

espero que Guadalajara siga essa evolução, fazendo jogos

tão bons ou ainda melhores.

Page 22: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

22RevistaBrasil ParaolímPico

escolarparaolimpíadas

Foram três dias de muito suor e demons-trações de força, coragem e determinação. As Paraolimpíadas Escolares 2011 reuni-ram entre os dias 28 e 30 de agosto, cerca de mil competidores de 23 estados mais o Distrito Federal, em quadras, piscina e ta-tame de São Paulo (SP), em sua terceira edição. Um show de novos talentos e mui-tas vitórias. O estado anfitrião foi o grande campeão, com 61 pontos (classificação fi-nal) e 160 medalhas, em seguida veio o Rio de Janeiro, com 60 pontos, e Minas Gerais em terceiro, com 45,5 pontos.

Para o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Andrew Parsons, as Paraolim-píadas Escolares 2011 foram um sucesso. "Além da descoberta de novos talentos, com potencial para representarem o Bra-sil em grandes competições, como os Jo-gos Paraolímpicos Rio 2016, o evento au-

mentou em número de atletas, estados participantes e nível técnico. Isso prova que estamos no caminho certo", ressal-tou Parsons.

Um dos momentos marcantes foi a cerimô-nia de abertura que sacudiu o Anhembi Par-que ao som da Banda América – composta por músicos com deficiência visual. O Mes-tre de cerimônia foi o bicampeão mundial de paracanoagem e ex-BBB, Fernando Fernan-des. Ele elogiou a estrutura da competição e afirmou ter ficado surpreso com o grande número de jovens atletas.

"O esporte sempre esteve presente em minha vida, mesmo antes do acidente (2009). É muito motivador ver crianças e adolescentes engajados e animados para participar de uma competição tão grande", disse o canoísta, que ressaltou estar crescendo no esporte junto com a

modalidade no Brasil, que ainda é nova e entrará no programa de provas dos Jogos Paraolímpicos a partir do Rio 2016. Além da presença de autoridades e de grandes nomes do paradesporto brasi-leiro, foi lançado no evento o selo perso-nalizado e o carimbo comemorativo em celebração dos 30 anos do Ano Interna-cional das Pessoas Deficientes (AIPD), criados pelo cartunista Ricardo Ferraz. A pira Paraolímpica foi acesa pelos me-dalhistas paraolímpicos Clodoaldo Sil-va, da natação, e Antônio Tenório, do ju-dô. Além deles, o nadador Andre Brasil e a velocista Terezinha Guilhermina mar-caram presença. O fim da cerimônia de abertura foi marcado pela apresentação da nova mascote das Paraolimpíadas Es-colares: um robô muito divertido dançou e interagiu com os atletas.

de olho nO futuROmaior competição de estudantes com deficiência no mundo, paraolimpíadas escolares

reúnem cerca de mil atletas de 23 estados e do distrito Federal em são paulo

Page 23: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

23escolarparaolimpíadas

escolarparaolimpíadas

As provas aconteceram em três locais diferentes: Clube Espéria (Futebol de 5, Goalball, Tênis em Cadeira de Rodas e Futebol de 7), Centro Olímpico de Trei-namento e Pesquisa - COTP (Atletismo e Natação) e Anhembi Parque (Bocha, Vô-lei Sentado e Tênis de Mesa).

• São Paulo vence Rio de Janeiro no Goal-ball - O destaque no Goalball foi a sele-ção feminina da Paraíba, que terminou a competição invicta. No masculino, A tor-cida paulista compareceu em peso para dar força ao time de casa e deu certo. São Paulo venceu o Rio de Janeiro por 13x2.

• Pará é bicampeão no Vôlei - A quadra de vôlei sentado do Parque Anhembi lo-tou de torcedores, que vibraram pon-to a ponto acompanhando a finalíssi-ma, entre Pará e São Paulo. As equipes disputaram o ouro em uma partida ele-trizante. São Paulo até tentou impe-dir o Pará, mas a força física e a técnica dos paraenses garantiram o bicampe-onato da competição, com o placar de 2x0 (25/23 e 25/18). Empolgados, os atletas gritavam “Bicampeão”, en-quanto mergulhavam em quadra com o já tradicional “peixinho” da vitória.

O bronze da modalidade ficou com o Rio de Janeiro, que venceu a equipe mis-ta de Goiás e Alagoas, por 2 sets a 0. “A competição foi maravilhosa. Houve um crescimento de 50% no número to-tal de estados participantes. Foram oi-to regiões que apresentaram o seu me-lhor voleibol em busca do título. O Pará mostrou sua força e conquistou o bicam-peonato. A participação feminina quase dobrou, o que é fundamental para a evo-lução do esporte”, avaliou o coordenador da modalidade, Marcelo Micheletto.

• Tênis em Cadeira de Rodas esquenta as quadras - Os tenistas deram prova de re-sistência e talento nas quadras do Clube Espéria. O calor e o sol forte não desani-maram os atletas. Na categoria A, o desta-que foi o goiano Pedro Fernandes, e na B os mineiros dominaram: Glycon Gomes, se-guido por Márcio Santos e Meirycoll Silva.

• "O número de competidores aumentou neste ano e pudemos notar que os atle-tas que competiram no ano passado vie-ram com nível técnico melhor. As escoli-nhas de tênis pelo Brasil e os atletas estão mais motivados, graças à competição", ressaltou o coordenador técnico nacional da modalidade, Wanderson Cavalcante.

• São Paulo vence na pista - O resultado no Atletismo foi apertado. São Paulo le-vou a melhor com uma diferença de ape-nas quatro pontos sobre o Rio de Janei-ro. Santa Catarina fechou a participação em terceiro. Para o coordenador técnico nacional da modalidade, Ciro Winckler, o resultado foi bastante positivo. Desta-que para Viviane Farias, carioca, de ape-

nas 15 anos, convocada para os Jogos Parapan Americanos de Guadalajara. “O nível técnico tem subido ano a ano. Muitos atletas que estiveram aqui estarão em 2016. O principal dessa competição é a construção de um legado, é a mudança de consciência. Queremos levar isso pa-ra o maior número de pessoas deficien-tes e criar, cada vez mais, uma cultura do esporte paraolímpico”, comentou Ciro.

• Força paulista no Tênis de Mesa - Os paulistas mostraram sua reconhecida eficiência no Tênis de Mesa. O estado conquistou seis medalhas de ouro, num total de 14 classes. Destaque para My-lena Cordeiro e Jennyfer Parino, campe-ãs de suas classes, com apresentação de jogadas técnicas e de velocidade.

em disputa acirrada, são paulo supera o rio de Janeiro por

apenas um ponto e fica com o título da competição

Page 24: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

24RevistaBrasil ParaolímPico

• Outro estado que mostrou ascen-são foi Pernambuco. A estréia dos per-nambucanos na modalidade foi mar-cada pela medalha de ouro de José

Souza e pelo bronze de Mayra Silva. “A competição cresceu em mais de 30% se considerarmos a edição pas-sada. As partidas foram mais dis-putadas, resultado das seletivas feitas nos estados”, avaliou o coorde-nador da modalidade, Osmar Barbosa. Minas Gerais ficou na cola da delega-ção paulista e conquistou o 2º lugar no quadro geral. Rio de Janeiro fechou o pódio geral da modalidade.

• Ídolo do judô visita garotada - O do-

jô (área de luta) ficou movimentado com a visita de Antonio Tenório, na manhã do dia 28. Os atletas se inspi-raram com a presença do medalhis-ta paraolímpico e chamaram a aten-ção dos mais experientes. A equipe do Mato Grosso do Sul fez bonito. Nathan Relíquias (até 81kg) e Pâmela Mathias

(até 57kg), ambos de 15 anos, ga-nharam duas medalhas de ouro cada. Eles venceram os adversários de su-as categorias e ainda levaram a me-lhor na disputa com a categoria aci-ma. De quebra, os amigos de tatame ganharam o prêmio de melhor atleta.

O mesmo aconteceu com o portiguar Abner de Oliveira, 16. Com apenas um ano e meio de treinos e competições, ele foi eleito o melhor no peso até 66kg.

"Foi minha primeira Paraolimpíada. Es-tou muito animado com meu resultado. Agora quero treinar bastante e já sonho competir na Rio 2016", garantiu o jo-vem judoca, que venceu duas lutas por ippons, o golpe perfeito, um com ape-nas cinco segundos e outro, com 20.

Enquanto alguns comemoram a primei-ra medalha, outros de despedem das Paraolimpíadas Escolares. Matheus Ro-dri gues, 18, fechou sua participação nos Jogos com o pódio. O atleta de Poá, uma das cidades mais pobres de São Paulo, voltará para casa com sen-sação de dever cumprido: medalha de ouro nas três edições que disputou.

• Disputas na Bocha acirradas - O esta-do de Santa Catarina foi o grande cam-peão da Bocha Paraolímpica. Com qua-tro ouros e duas pratas, os catarinenses dominaram a modalidade. Mato Gros-so do Sul ficou com a prata, após con-quistar dois ouros e um bronze, se-guido pelo Rio de Janeiro, que ganhou um ouro, duas pratas e dois bronzes. Um dos destaques da competição foi o capixaba Mateus Costa. Estrean-te na competição, o garoto, de apenas 15 anos, foi o responsável pelo único bronze da delegação do Espírito Santo. “É uma alegria imensa ver tantos atle-tas novos surgindo. Alguns deles estre-aram e já conquistaram medalhas. Esse

encontro de talentos é essencial para a modalidade. A Bocha é muito inclusiva, exige raciocínio, e ver tantos atletas a descobrindo nos deixa satisfeitos”, ava-liou coordenador da modalidade, Erinal-do das Chagas, o Piti.

• Rio conquista o bicampeonato no Fut 7 – O Rio de Janeiro venceu Mato Grosso do Sul, na última partida do Futebol de 7, por 5x2 de virada. A equipe fluminen-se reagiu quando o placar estava 2x0 e fez cinco gols, conquistando o segundo título na competição. O Distrito Federal ficou com o bronze.

• Minas Gerais conquista o segundo tí-tulo no Fut 5 - Campeões no Futebol de 5, os mineiros vibraram com a con-quista do bicampeonato. Após terem

uma excelente trajetória na edição de 2011, Juliano Costa e Hawdrey Nobre se despediram das Paraolimpíadas Es-colares, por conta da idade. Artilheiro da competição Juliano Costa, 19 anos, elogiou as Paraolimpíadas Escolares.

escolarparaolimpíadas

Page 25: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

25

PÓDio DAS moDALiDADES atletismo 1º São Paulo 2º Santa Catarina 3º Rio de Janeiro bocha 1º Santa Catarina 2º Mato Grosso do Sul 3º Rio de Janeiro judô 1º Rio de Janeiro 2º Mato Grosso do Sul 3º São Paulo 3º Pará futebol de 5 1º Minas Gerais 2º Rio de Janeiro 3º Maranhão futebol de 7 1º Rio de Janeiro 2º Mato Grosso do Sul 3º Distrito Federal goalball 1º São Paulo 2º Minas Ge-rais 3º Paraíba natação 1º São Paulo 2º Santa Catarina 3º Rio de Janeiro tênis de mesa 1º São Paulo 2º Minas Gerais 3º Rio de Ja-neiro tênis em cadeira de rodas 1º Minas Gerais 2º Goiás 3º Rio de Janeiro vôlei sentado 1º Pará 2º São Paulo 3º Rio de Janeiro

CLASSiFiCAção FiNAL 1º são paulo - 61 pontos - 160 medalhas (96 ouros, 43 pratas e 21 bronzes) 2º rio de janeiro - 60 pontos - 121 medalhas (56 ouros, 44 pratas e 21 bronzes) 3º minas gerais - 45,5 pontos - 98 medalhas (46 ouros, 31 pratas e 21 bronzes) 4º santa catarina - 31 pontos - 107 medalhas (38 ouros, 34 pratas e 35 bronzes) 5º mato grosso do sul - 22 pontos - 33 medalhas (20 ouros, 7 pratas e 6 bronzes) 6º pará - 17 pontos - 62 medalhas (34 ouros, 16 pratas e 12 bronzes) 7º goiás - 8,5 pontos - 27 medalhas (15 ouros, 10 pratas e 2 bronzes) 8º distrito federal - 7 pontos - 28 medalhas (13 ouros, 10 pratas e 5 bronzes) 9º maranhão - 5 pontos - 13 meda-lhas (6 ouros, 3 pratas e 4 bronzes) 9º paraíba - 5 pontos - 18 medalhas (8 ouros, 6 pratas e 4 bronzes) 9º paraná - 5 pontos - 72 meda-lhas (34 ouros, 16 pratas e 22 bronzes) 12º rio grande do norte - 3 pontos - 26 medalhas (16 ouros, 6 pratas e 4bronzes) 12º rondônia - 3 pontos - 18 medalhas (6 ouros, 5 pratas e 7 bronzes) 14º bahia - 2 pontos - 7 medalhas (1 ouro, 2 pratas e 4 bronzes) 14º espírito san-to - 2 pontos - 28 medalhas (10 ouros, 8 pratas e 10 bronzes) 16º alagoas - 1,5 ponto - 20 medalhas (9 ouros, 5 pratas e 6 bronzes) 16º rio grande do sul - 1,5 ponto - 27 medalhas (16 ouros, 8 pratas e 3 bronzes) 18º pernambuco - 1 ponto - 18 medalhas (8 ouros, 7 pratas e 3 bronzes) 18º sergipe - 1 ponto - 54 medalhas (7 ouros, 11 pratas e 36 bronzes) 20º acre - 0 ponto - 41 medalhas (14 ouros, 10 pratas e 7 bronzes) 20º amazonas - 0 ponto - 27 medalhas (21 ouros, 4 pratas e 2 bronzes) 20º ceará - 0 ponto - 32 medalhas (13 ouros, 11 pratas e 8 bronzes) 20º mato grosso - 0 ponto - 3 medalhas - (1 ouro e 2 pratas) 20º piauí - 0 ponto - 6 medalhas (1 prata e 5 bronzes)

"O Escolar está cada ano mais forte. Antes a competição era considerada fácil e hoje as equipes já treinam espe-cificamente para ela. Foi uma competi-ção muito especial para nós. Eu com-peti desde 2004, quando ainda nem era Paraolimpíada Escolar. Disputava no atletismo e em 2010 e neste ano no Fut 5, comentou o atleta.

• Paulistas dão show na piscina - São Paulo foi o grande campeão da Na-tação. O estado terminou em pri-meiro lugar com folga. Santa Ca-tarina encerrou a participação em segundo, com o Rio de Janeiro ficando em terceiro lugar. A modalidade rece-beu quase 180 nadadores de 21 estados. "O evento foi um sucesso e a compe-tição tem crescido a cada ano. Temos acompanhado os atletas que partici-pam do Escolar e alguns já integram a Seleção Brasileira. Aqui é o primei-ro passo para quem busca o alto rendi-

mento", comentou o coordenador técni-co nacional da Natação, Murilo Barreto. Maior competição do planeta para atle-tas com deficiência em fase estudantil, as Paraolimpíadas Escolares foram or-

ganizadas pelo CPB; o Governo do Esta-do de São Paulo, por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência; e a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.

escolarparaolimpíadas

escolarparaolimpíadas

Page 26: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

26RevistaBrasil ParaolímPico

escolarparaolimpíadas

Page 27: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

27escolarparaolimpíadas

escolarparaolimpíadas

Page 28: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

28RevistaBrasil ParaolímPico

notícias

no

tíci

as

TRÊS CAVALEiROS OBTÊM VAGA NA QUALifiCATÓRiA PARAOLÍMPiCA

Davi Mesquita, Sérgio Oliva e Vera Ma-zzilli foram os grandes campeões da Co-pa Brasil de Adestramento Paraequestre, dias 15 e 16 de outubro, em Brasília. Além de conquistar o campeonato, o trio do Distrito Federal conseguiu percentual aci-ma de 64% nas provas, garantindo vaga na Seleção Brasileira que disputará com-petição qualificatória para os Jogos Parao-límpicos de Londres 2012, em janeiro, em Saint Marti de Vell, Espanha.

CONQUiSTA iNÉDiTA NO VÕLEi fEMiNiNO

Apesar da derrota na final para os Estados Unidos, o Parapan-Americano Feminino de Vôlei Sentado teve sabor de conquista pa-ra o Brasil, com a inédita classificação para as Paraolimpíadas de Londres 2012. O feito histórico foi garantido na vitória de 3 a 0 so-bre o Canadá, na semifinal. Na decisão do ouro, no ginásio do Clube de Campo de Mo-gi das Cruzes, em São Paulo, as americanas erraram muito pouco e foram superiores nos três sets, fazendo 25 a 13, 25 a 12 e 25 a 15. Na disputa pelo terceiro lugar, o Cana-dá ganhou da Colômbia, também por 3 a 0.

BRASiL VOLTA DA iTÁLiA COM SETE MEDALHAS

O Brasil voltou da 3ª edição dos Jogos Glo-bais da INAS, a Federação Internacional de Esportes para Atletas com Deficiência In-telectual, com sete medalhas na bagagem: um ouro, três pratas e três bronzes. Além disso, a equipe de tênis de mesa teve par-ticipação histórica, chegando às quartas--de-final, pela primeira vez entre as oito melhores do mundo. Mais de 700 atletas de 35 países participaram dos Jogos entre 24 de setembro e 4 de outubro, em pro-vas de atletismo, basquete, ciclismo, fut-sal, natação, remo, tênis e tênis de mesa.

OURO E RECORDE MUNDiAL NO LANÇAMENTO DE DARDO

Com um arremesso de 56,98m, Rafael de Sena bateu o recorde mundial no lan-çamento de dardo e conquistou a única medalha de ouro do Brasil nos Jogos Glo-bais da INAS. O atletismo trouxe mais du-as medalhas: Wagner Pereira da Silva ga-rantiu o bronze nos 400m e a equipe do revezamento 4x400m ganhou a prata. No basquete, o masculino perdeu a final pa-ra a Venezuela por 70 a 49, e o feminino ficou em terceiro lugar, mesma colocação do futsal. Na natação, Gutemberg Ferraz conquistou uma prata nos 50m livre.

Page 29: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

RevistaBrasil ParaolímPico

29notíciasnotícias

DiA NACiONAL DE LUTA

No dia 21 de setembro foi celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiên-cia. No país, cerca de 24,5 milhões de pes-soas possuem algum tipo de deficiência e lutam por seus direitos. Este ano, o go-verno federal aproveitou a oportunidade e, por meio de seu quadro representativo, prestou homenagem ao Comitê Paraolím-pico Brasileiro (CPB), que não mede esfor-ços para promover a conscientização e o desenvolvimento através do esporte.

SUCESSO DE PÚBLiCO!

Mais de 116 mil pessoas se inscreveram na primeira etapa de compra dos ingres-sos para os Jogos Paraolímpicos de Londres 2012, que ocorreu de 9 a 26 de setembro. Na segunda fase, os eventos que tiveram mais inscrições do que o número disponí-vel de tickets, caso das cerimônias de aber-tura e encerramento, terão sorteio para de-finir quem fica com os ingressos.“Estamos encantados com a grande procura e quere-mos agradecer ao público britânico. O amor do Reino Unido pelo esporte e o apoio ao Movimento Paraolímpico mostram como o povo britânico acolheu os Jogos”, disse o executivo-chefe dos Jogos, Paul Deighton.

SEMANA GUGA KUERTEN EM SC

O tricampeão de Roland Garros prestigiou as finais do torneio de cadeirantes da Se-mana Guga Kuerten 2011, parte da série de eventos realizados pelo tenista em Florianó-polis (SC). Guga ressaltou a superação dos participantes e se disse emocionado com a lição de vida dos atletas. “Cada um carrega uma história bonita de superação de vida, is-so é muito legal pra servir de exemplo pa-ra as crianças também”. O brasileiro Daniel Rodrigues, que estará no Parapan de Guada-lajara (MEx), perdeu a final para o argentino Agustín Ledesma (6/7, 6/0, 6/2).

CAiRA CAMPEãO NO fUTEBOL DE 7

O Caira (MS) conquistou o título da pri-meira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol de 7 (para Paralisados Cerebrais), disputado em Valença, no Rio de Janeiro, ao vencer a Andef (RJ) por 3 a 2, após su-perar o Cemdef (MS) pelo mesmo placar na semifinal. Na divisão de acesso, o Bo-tafogo/Superar (RJ) aplicou goleadas em Tradef (DF) e Socel (RJ), nos dois últimos jogos, para garantir o título e o ingresso na primeira divisão: 18 a 0 e 6 a 0. A Socel, apesar da derrota na final, também conse-guiu o acesso para a elite nacional.

iCB É TRi NA COPA BRASiL

A zaga do CEDEMAC (MA) bem que ten-tou frear o melhor jogador do mundo no Futebol de 5 para Cegos, mas Jeferson Gonçalves – o Jefinho – marcou os dois gols da vitória de 2 a 1 do ICB, que deu ao time baiano o tricampeonato na Copa Bra-sil Série A 2011. A competição reuniu 12 equipes de nove estados e do DF, entre 4 e 9 de outubro, em João Pessoa, na Paraíba. O terceiro lugar ficou com o time de Cam-pina Grande APADEVI (PB), que suou para vencer a ADEVIBEL (MG) por 1 a 0.

BRONzE iNÉDiTO PARA O RUGBy

Após cinco partidas, os atletas do Rugby em Cadeira de Rodas do Brasil hastearam a bandeira do país no pódio do Panameri-cano da modalidade, disputado em Bogo-tá, na Colômbia. A Seleção conquistou o bronze em setembro, após derrotar o Mé-xico por 69 a 31 em uma exibição irretocá-vel. Somada às vitórias frente Argentina e Colômbia, o Brasil ficou atrás apenas das potências Estados Unidos e Canadá. Com o resultado, o Brasil assumiu o primeiro lu-gar do ranking sulamericano.

Page 30: Revista Brasil Paraolímpico n° 38

30RevistaBrasil ParaolímPico

PresidenteANDREW PARSONS

vice- Presidente MIZAEL CONRADO

vice-Presidente AdministrativoLUIZ CLAUDIO PEREIRA

Superintendente Administrativo, Finanças , Contabilidade e EventosCARLOS JOSÉ VIEIRA DE SOUZA

Diretoria TécnicaEDILSON ALVES DA ROCHA

gerência de marketing FREDERICO L. MOTTA

Conselho FiscalJOSÉ AFONSO DA COSTA

HÉLIO DOS SANTOS

ROBERTO CARLOS EMILIO PICELLO

Coordenação MEDIA GUIDE COMUNICAÇãO

Jornalista ResponsávelDIOGO MOURãO MTB 19142/RJ

Edição e Textos ANANDA ROPE

JANAíNA LAZZARETTI

FERNANDA VILLAS BOAS

Redação e RevisãoFERNANDO EWERTON

EstagiárioRODRIGO ANTONELLI

imagensExEMPLUS COMUNICAÇãO

Projeto gráfico e diagramaçãoINVENTUM DESIGN

impressãoGRÁFICA SANTA MARTA

Brasil Paraolímpico é uma publicação bimestral do Comitê Paraolímpico Brasileiro e esta edição teve 3.500 exemplares impressos em outubro de 2011.

Endereço Sede CPB

SBN Qd- 2- Bl. F- Lt. 12

Ed. Via Capital – 14º andar

Brasília/DF – CEP: 70040-020

Fone: 55 61 3031 3030

Fax: 55 61 3031 3023

www.cpb.org.br

www.twitter.com/cpboficial

www.youtube.com/cpboficial

www.facebook.com/comiteparaolimpico

Painel do Leitor

Compartilhe com a equipe de imprensa do CPB dúvidas, sugestões ou críticas. Este espa-ço é reservado para você, leitor. Contate-nos por meio de cartas pelo endereço: SBN, Qua-dra 02, Bloco F, ED. Via Capital, 14º andar. Bra-sília, DF, Brasil. Cep: 70.040-020.

Se preferir, mande email: [email protected].

turma da Mônica

Page 31: Revista Brasil Paraolímpico n° 38
Page 32: Revista Brasil Paraolímpico n° 38