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Julho de 2009 32 Patrocinador oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro www.cpb.org.br www.cpb.org.br Saiba quais são as metas e objetivos da nova diretoria do CPB O MELHOR ATLETA PARAOLÍMPICO DO MUNDO

Revista Brasil Paraolímpico nº 32

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Daniel Dias é o destaque desta edição. O nadador venceu o Laureus, espécie de Oscar do esporte mundial. Veja mais.

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Julho de 2009nº32

Patrocinador oficial do Comitê ParaolímpicoBrasileiro

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Saiba quais são as metas e objetivos da nova diretoria do CPB

O MELHOR ATLETAPARAOLÍMPICO DO

MUNDO

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Turma da Mônica

Verônica da natação, Josiane e Elton do remo, Deanne do judô e José Ricardo técnico do tênis de mesa são os destaques da seção No pódio desta edição.

Divirta-se!

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a viagem serviu para ganhar experiência e reconhecimento por ter sido convocada em tão pouco tempo. Mãe dos gêmeos Marcelo e Bianca de apenas quatro anos, Verônica aproveita o tempo livre para curtir os fi lhos e o marido Marcelo. O esposo foi seu maior incenti-vador na carreira e é seu fã número um. A foto dos fi lhos faz parte do ritual antes das competições. “Me afasto, olho a foto deles e peço que me dêem uma mãozinha”, con-fessou a mãe coruja. Com muito treino, técnica e dedi-cação, a nadadora conquistou medalhas de extrema importância para o Brasil. Em sua prova preferida, os 50m borboleta, a atleta chegou em terceiro lugar nas Parao-limpíadas de Pequim 2008; e no Meeting Internacional Loterias Caixa 2008, onde são convidados os melhores atletas do mundo de determinadas provas, Verônica conquistou a tão cobiçada medalha doura-da. Suas metas agora são: estabelecer um novo recorde Parapan-Americano na prova dos 50m borboleta; se classifi car para o Mundial de Piscina Curta em dezembro de 2009; e treinar bastante para conseguir

a vaga para Londres 2012, e quem sabe trazer mais medalhas para o Brasil. Seu maior sonho hoje é ser campeã do mundo na competição de piscina curta no fi nal do ano. Verônica acredita que para Deus nada é impossível. Seu maior sonho era participar de uma paraolimpíada. Em se-tembro de 2008, não só realizou, mas como brilhou na delegação de 188 atletas. A experiência na China foi maravilhosa. “Tudo estava impecável aos meus olhos. Desde a chegada no aeroporto, a vila pa-raolímpica e os jogos em si. A organiza-ção, a acessibilidade e o respeito pelos atletas paraolímpicos me impressionaram. Foi realmente maravilhoso. O privilégio de estar do outro lado do mundo vestindo as cores verde e amarela, e conquistar uma medalha para o Brasil foi incrível”, relatou emocionada.

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A candidatura do Rio 2016 signifi ca muito mais que receber a maior competição esportiva do mundo em solo brasileiro. Signifi ca com-

petir em casa para os atletas. Assistir seus fi lhos para as famílias. Participar da orga-nização para os brasileiros. Receber pela primeira vez na América do Sul uma Olim-píada e Paraolimpíada. Mostrar ao mundo um trabalho de excelência. Durante longos meses de trabalho e ensaios o presidente do Comitê Paraolím-pico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons; o jogador de futebol de cinco, Sandro Laina, o nadador paraolímpico e recordista de medalhas em Pequim, Daniel Dias; o pre-feito Eduardo Paes; e a responsável pelos Jogos Paraolímpicos dentro do Comitê Or-

ganizador, Mariana Mello, trabalharam in-cansavelmente para apresentar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) um projeto perfeito. No dia 27 de maio de 2009 foi dada a largada. A comitiva composta por 13 in-

tegrantes desembarcou no Rio de Janeiro para avaliar as condições da cidade e ela-borar um relatório para os membros do COI que escolherão a cidade-sede. Foram sete dias de apresentações, visitas às instala-ções esportivas, jantares e reuniões.

Candidatura Rio 2016agora é só torcer

CPB participou ativamente das apresentações e elaboração do projeto

“É a vez do Rio. É a vez do João. É a vez da Ana. É a vez do Edson. É a vez do sol. É a vez do mar. É a vez da lagoa. É a vez de todos os esportes. É a vez da juventude de todas as idades. É a vez de mudar o ritmo. De mudar a história. É a vez do Brasil. Da América do Sul. É a vez de mostrar a nossa paixão. Vista as cores do Brasil, saia de casa. Pratique o seu esporte fa-vorito. Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. É a sua vez”.

Fonte: www.rio2016.com.br

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Uma dupla, duas paixões:

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ELE BAIANO, ELA DE FLORIPA, EM COMUM UM CAMINHO DE SUCESSO.

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Experiência e JuventudeAndrew Parsons, 12 anos de realizações no Movimento

m fevereiro de 1977 nasceu um cario-ca que ajudaria a construir a história no Movimento Paraolímpico. Apaixo-nado por esporte desde criança, An-drew Parsons decidiu cedo que queria trabalhar no meio esportivo. Aos sete anos de idade o menino fi cava horas estudando a cultura olímpica, os Jo-

gos, a mitologia grega e seus heróis. Na escola, o garoto participava do time de futebol, handball, basquete e todas as modalidades que aparecessem. Sempre como capitão das equipes das quais participava. Corintiano e goleiro, assim como o pai e o irmão, Andrew queria ser jogador de futebol. Quando percebeu que o futuro não seria como atleta decidiu buscar outros caminhos. “Além da paixão pelo es-porte, sempre gostei muito de ler e escrever, por isso op-tei por estudar comunicação. Minha intenção era trabalhar

nessa área e juntar a comunicação com o esporte”, afi rmou. A Universidade Federal Fluminense, onde estudou, fi cava em Niterói, cidade onde o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) montou sua primeira sede. “Já acompanhava o noticiário sobre o esporte paraolímpico, principalmente a campanha de Atlanta 1996. Quando a sede foi inaugurada em Niterói não hesitei e me coloquei à disposição para trabalhar no CPB. Era o que eu queria: esporte, comunicação, e de alguma forma um certo viés social, que são os três interesses que tenho na vida”, contou. Determinado a fazer parte da equipe, Andrew conversou com o presidente do CPB à época, João Batista, e após algumas semanas foi chamado para iniciar suas atividades no departa-mento de assessoria de imprensa. “Entrei no CPB em setembro de 1997. As condições oferecidas não eram as mais atrativas, mas não hesitei. Respondi na hora que queria. Naquele mesmo dia iniciei minha vida no CPB”, explicou Parsons. Na época, o movimento paraolímpico era um ilustre des-conhecido de grande parte da sociedade, mas o jovem acredi-tou no sonho e continuou a caminhada. Nos anos de 1999 e 2000, houve um breve intervalo em sua trajetória paraolímpica, quando trabalhou em federações estaduais e confederações do esporte olímpico e na iniciativa privada em empresas da área fi nanceira. Entretanto, mantinha-se atualizado sobre o cenário paraolímpico. “Foi uma época de muita evolução: o Parapan do México, os Jogos de Sydney, os primeiros patrocínios mais signifi cativos, os primeiros investimentos em comunicação. Foi duro estar um pouco longe, mas sempre conversava com o en-tão secretário geral e depois presidente Vital Severino Neto e com muitos atletas, com quem já tinha certa amizade. Em 2000, na volta de Sidney, já estava defi nido que o Vital seria o presidente da gestão 2001-2005. Ele me ligou para saber se eu tinha interesse em voltar. Eu tinha duas outras propostas profi ssionais muito boas ligadas ao esporte naquele momento. Uma verdadeira encruzilhada. Só que o coração falou mais alto e voltei ao CPB”, relembrou emocionado. Em março de 2001 Andrew, com apenas 24 anos, voltou a fazer parte do quadro de funcionários do Comitê, mas desta vez como secretário geral interino. No ano seguinte a sede foi transferida para Brasília e Andrew efetivado no cargo, o que provocou uma grande mudança na vida do jovem. “Uma das minhas funções era fazer com que o CPB cres-cesse politicamente em nível internacional. Começamos com um planejamento de participação internacional, e a desen-volver um trabalho de troca de informação junto ao Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), mostrando que estávamos querendo crescer. Já em dezembro de 2002, como parte des-sa estratégia, me tornei também o secretário geral do Comitê Paraolímpico das Américas (APC)”, explicou o presidente sobre

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Mizael Conrado, de atleta a vice-presidente do CPB

a cidade de Santo André, no Estado de São Paulo, nasceu em 1977 um garotinho que entraria para a histó-ria do esporte paraolímpico. Mizael Conrado de Oliveira veio ao mundo cego devido a uma catarata congê-nita. Após quatro cirurgias o bebê começou a enxergar. Como todo me-

nino Mizael tinha paixão pelo futebol e seu maior sonho era ser um jogador profi ssional. Aos nove anos teve um descolamento de retina e iniciou a perda de visão. Aos 13 fi cou completamente cego. “Quando perdi a visão tive uma frustração muito grande, vi meu sonho desmoronar. Com o tempo percebi que era possível jogar mesmo sendo cego. Isso me deu forças para me adaptar e me entender”, afi rmou o atleta. Foi no Instituto Padre Chico, escola es-pecial, onde Mizael teve o primeiro contato com o futebol

“No caminho da virtude

quando não não existem

retrocede.”de cinco. A partir de então não parou mais de jogar. Quando atingiu a maior idade, Miza, como é chamado pelos mais próximos, teve mais uma grande perda: sua mãe. Depois do falecimento a tristeza o impediu de continuar os estudos. “Foi um momento muito difícil. Em 2002 decidi que retomaria minha vida e entraria para a universidade”, expli-cou Mizael. Apesar de gostar de economia desde criança, na hora de optar por um curso de graduação escolheu o direito. Em 2006, a Unisid, de São Paulo formava mais um advogado. O sonho de ser jogador nunca foi abandonado. Com o passar dos anos o “boleiro” conquistava cada vez mais medalhas. Entre elas estão o Campeonato Latino Americano, em 1994; o Tricampeonato da Copa América (1997, 2001 e 2003); o Campeonato Mundial Sub-25 (2002); o Bicampeo-nato Mundial de Futebol (1988 e 2000); o Bicampeonato Paraolímpico (2004 e 2008); o título de Melhor Jogador do Mundo, em 1998; e outros. Quando questionado sobre a melhor conquista já obti-da, Mizael responde. “Cada vitória tem um sabor diferente, especial, único. Comparo com as conquistas da vida que não tem como dizer que uma é mais importante que outra. Todas elas são diferentes e cada uma se caracteriza por algo espe-cial”. O pivô da seleção brasileira de Futebol de Cinco, hoje está aposentado. As disputas dentro do campo viraram lazer para os fi nais de semana. Mizael sempre foi trabalhador. Seu histórico profi ssio-nal impressiona assim como as conquistas no futebol. Miza já foi diretor administrativo e presidente do CESEC; secre-tário executivo da CBDC; membro do Comitê Executivo da União Mundial de Cegos, da União Latino Americana dos Cegos; vice-presidente da Federação Brasileira de Entidades para Cegos; secretário geral da União Brasileira de Cegos; e no dia 16 de fevereiro de 2009 foi eleito vice-presidente de

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impatia e vontade de ajudar o pró-ximo são características de Luiz Cláudio Pereira. Carioca, nascido em 1961, Luiz sempre foi apaixo-nado pelo esporte. Quando criança aprendeu a lutar judô, participar de campeonatos e conquistar me-

dalhas. Durante uma luta Cláudio sofreu um acidente e teve traumatismo raque-medular. O sonho de tra-balhar para a polícia militar (o Exército) como pára-quedista parecia ter chegado ao fi m. Após o acidente, o garoto fi cou dois anos internado na Associação Bra-sileira Benefi cente de Reabilitação (ABBR). Quando o médico lhe deu alta o mundo lá fora o assustou. “Eu tive que ir para casa, sem uma boa orientação, sem a acessibilidade necessária, além de ter que encarar uma sociedade pouco preparada para receber em seu convívio um defi ciente”, desabafou. Em 1978, durante o Parapan-Americano no Rio

uma década como atletaLuiz Cláudio Pereira,

de Janeiro, sua visão mudou ao assistir as competições. Naquele momento ele sentiu que ainda era possível continuar praticando esporte. Em seguida Luiz teve o primeiro contato com a Sociedade Amiga do Defi cien-te Físico (SADEF). Foi lá que ele conheceu a ex-atleta olímpica, recordista sul-americana de atletismo, Sandra Peres. Desde então sua vida mudou. Sandra percebeu o desejo e a capacidade daquele jovem, e o convidou para praticar atletismo em cadeira de rodas. O esporte voltou com tudo para a vida de Luiz Cláudio. “No judô eu era um atleta mediano, embora ganhasse medalhas. No atletismo foi diferente. Parecia que eu havia sido preparado para aquilo”, relembrou. Em 1982, embarcou junto com 14 atletas para sua primei-ra competição internacional, o Parapan-Americano, em Halifax, no Canadá. A delegação brilhou e conquistou 28 medalhas, Luiz trouxe três delas. Em seguida vieram três Paraolimpíadas, alguns mundiais, Parapan-Americanos, Campeonatos Brasileiros, Campeonatos Regionais e ou-tros. Os Jogos Paraolímpicos de Barcelona em 1992 tive-ram um sabor especial. Depois de 10 anos como atleta, Cláudio conquistou sua última medalha de ouro, quebrou

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AVANÇOS E DESAFIOSPLANO DE ALTA PERFORMACE DO ESPORTE PARAOLÍMPICO BRASILEIRO

MANTER O BRASIL ENTRE AS DEZ PRINCIPAIS POTÊNCIAS PARAOLÍMPICAS MUNDIAIS NO QUADRO DE

MEDALHAS DOS JOGOS PARAOLÍMPICOS DE LONDRES 2012, ampliar o número de

modalidades nas quais o País estará representado nos Jogos, conquistar mais medalhas em um maior número de modalidades na capital britânica e fortalecer a base do desporto paraolímpico no Brasil.

Foi com essas metas que o Departamento Técnico do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) elaborou o Plano de Alta Performance do Esporte Paraolímpico Brasileiro. O

Plano faz parte de um estudo baseado na missão, na visão e nos objetivos da nova estruturação do CPB. Para desenvolver o planejamento estratégico e valorizar os objetivos de todo o segmento esportivo

paraolímpico, o Departamento Técnico do CPB irá trabalhar em parceria com todas as áreas técnicas das associações e confederações nacionais fi liadas e vinculadas ao CPB.

Para atingir essas metas e acompanhar de forma sistemática os Programas e Projetos que serão desenvolvidos, o Departamento Técnico

do CPB dividiu o Planejamento Estratégico em cinco Áreas de Abrangência:

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2 – A SEGUNDA ÁREA DE ABRANGÊNCIA É A ÁREA DE ALTA PERFORMANCE. Essa área foi criada para cuidar exclusivamente do esporte de excelência. A área se divide em dois programas: o Programa das Seleções Paraolímpicas Permanentes e o Projeto de Análise Técnica Permanente:

2.1- O PROGRAMA DAS SELEÇÕES PARAOLÍMPICAS PERMANENTES foi criado a partir da idéia de estrutura contínua de atendimento e preparação de uma equipe nacio-nal. A Seleção Permanente terá a estrutura necessária para a excelência do esporte para-olímpico e será composta por Coordenadores de Modalidade e Técnicos Nacionais. Cada Comissão Técnica de modalidade irá defi nir o número de atletas que compõem a Seleção Permanente, bem como os conceitos para composição da seleção. Tanto o número de par-ticipantes quanto as vagas desta Seleção não serão estáticos, de acordo com a avaliação da Comissão Técnica, a quantidade de atletas que estarão em condições de representar o País competitivamente no exterior poderá ser alterada. O Programa ainda prevê a partici-pação de jovens atletas nas Seleções Permanentes para valorizar o processo de renovação dos atletas que irão compor a delegação dos Jogos Paraolímpicos de 2012.

1.2 - O segundo programa que faz parte da área de Desenvolvimento do Plano Estraté-gico do CPB é a ação chamada PROGRAMA RENOVAR PARAOLÍMPICO. O foco nesse caso é a ampliação do quadro de atletas em todas as modalidades. O objetivo do Reno-var Paraolímpico é buscar e identifi car novos atletas com potencial de bons resultados futuros desenvolvendo projetos específi cos por modalidade.

2.2- O PROJETO DE ANÁLISE TÉCNICA PERMANENTE foi criado para acompanhar todos os Programas, Projetos, Sistemas e Ações desenvolvidos pela Área Técnica. O Projeto vai analisar pontos como a participação e os resultados das equipes do Brasil em competições internacionais, e prin-cipalmente a performance das equipes de outros países nas competições internacionais de todos os continentes, acompanhando assim o desempenho e o surgimento de atletas e equipes concorrentes diretos do Brasil, além de analisar sistematicamente os relatórios da Comissão Técnica e de Suporte para Performance.

1.3 – A última parte que compõe a área de Desenvolvimento será o PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DO ESPORTE PARAOLÍMPICO. A fi nalidade do Programa é criar um Centro Nacional de Formação de Profi ssionais do Esporte Paraolímpico, fi rmando convênio com universidades de todas as regiões do Brasil. O Centro terá uma sede e vários pólos distribuídos pelo Brasil. O Centro Nacional de Formação de Profi ssionais do Esporte Paraolímpico traz como metodologia o oferecimento de cursos de formação, habilitação e atualização dos profi ssionais das diferentes áreas do conheci-mento para atuarem na área do esporte paraolímpico, desde a iniciação esportiva até o treinamento de alto rendimento. Serão elaborados e realizados cursos de iniciação esportiva, treinamento de alto rendimento para todas as modalidades paraolímpicas, capacitação para profi ssionais de saúde que atuem no movimento paraolímpico, formação e atualização de classifi cadores funcionais, capacitação de árbitros das diversas modalidades e cursos de gestores do esporte para dirigentes que atuem no campo paraolímpico. O objetivo é que os profi ssionais sejam qualifi cados e embasados com os mais avançados conhecimentos técnicos e científi cos voltados para ações de desenvolvimento esportivo de crianças e jovens com defi ciência. O Projeto é voltado para estudantes e profi ssionais das diversas áreas que trabalham junto ao desporto paraolímpico.

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» Departamento de Planejamento e Orçamento - DEPO

» Departamento de Licitações e Contratos - DELC

» Divisão de Informática - DiInf

» Departamento de Prestações de Contas e Convênios - DPCC

EVENTOS

1. Novas Parcerias: Iremos buscar a apro-ximação do CPB com o mercado, trazendo para o Movimento Paraolímpico empresas que estejam alinhadas conosco na questão de responsabilidade, superação de limites e busca incessante de melhores resultados. Tanto empresas como entidades governamentais poderão estar conosco nesta ca-minhada rumo ao futuro.

2. Endomarketing: Estabelecer uma linha de comunicação direta com os colaboradores do CPB, tra-zendo as informações mais importantes do momento cons-tantemente, além de buscar desenvolver parcerias que con-tribuam para o desenvolvimento e crescimento das pessoas são as nossas metas.

» PLANO DE LANO DE MARKETINGARKETING

• Desenvolver orçamento para o Comitê Paraolímpico Bra-sileiro durante o ciclo paraolímpico ;• Fazer o controle orçamentários referente as receitas oriundas da Lei 10.264/01 e de patrocínios ;• Emitir relatórios mensais informando a situação orça-mentária de cada confederação e modalidades administra-das pelo CPB ; • Implantação de um sistema gerencial (banco de dados), que abrangerá todas as informações necessárias para toma-das de decisões e para atendimento a decisão Normativa nº 69 TCU.

PARA OS PRÓXIMOS

• Promover seminários, cursos e treinamentos que visem a capacitação dos colaboradores e dos Gestores das Con-federações Filiadas e/ou Vinculadas ao CPB, objetivando uma melhor qualidade na aplicação dos recursos refl etindo principalmente nas elaborações dos planos de trabalho e da prestação de contas ;• Demonstrar a transparência da aplicação dos recursos destinados as confederações por meio do site do CPB, dis-ponibilizando ao público todas as informações necessárias.

• Projetar e desenvolver sistemas informatizados, de acor-do com as necessidades do CPB, que auxiliem e facilitem o trabalho dos funcionários.• Manter o CPB sempre atualizado no que diz respeito as novidades de tecnologias da informação, buscando sempre facilitar o bom andamento do trabalho realizado.

• Aprimorar o instrumento normativo interno de Licita-ções e Contratos, com o objetivo de conciliar economicida-de, agilidade e efi ciência;• Respeitar as formalidades e os prazos regulamentares previstos, dar máxima agilidade e efi ciência aos procedi-mentos licitatórios do Comitê Paraolímpico Brasileiro;• Consolidar a relação com fornecedores de produtos e serviços;• Implementar rotinas, procedimentos e ferramentas tec-nológicas que permitam um controle efi caz dos contratos administrativos celebrados pelo CPB;• Ampliar o apoio técnico e logístico e a consultoria ope-racional prestados às confederações e federações paraolím-picas fi liadas;• Implantar o Sistema de Pregão Eletrônico.

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AVÔS E NETOS SÃO IGUAIS. ELES TÊM A

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Após a eleição da chapa Consolidação, o presidente Andrew Parsons; o vice-presidente fi nanceiro, Luiz Cláudio Perei-ra; e o vice-presidente administrativo, Mizael Conrado, discursaram sobre um Movimento Paraolímpico mais democrático, pacífi co, onde todos possam trabalhar em prol do crescimento comum. Confi ra abaixo as metas e objetivos para esta ges-tão.

Saiba quais são as metas e objetivos da nova diretoria executiva do CPB

Começo de umanova era

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co, onde todos possam trabalhar em prol do crescimento comum. Confi ra abaixo as metas e objetivos para esta

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Mais de 700 atletas competiram em São Paulo

Entre os dias 16 e 17 de maio a capital paulista re-cebeu a primeira etapa do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofi lismo e Natação. Atletas do Sul do Brasil e de parte do es-

tado de São Paulo deram a largada do Circuito de 2009. A frente fria que tomou conta da cidade no fi m de semana, não tirou a empolgação dos atletas que mergulha-

ram sem se importar com a temperatura externa de quase 13° Celsius. Quase 1.000 pessoas entre técnicos, atletas, árbitros, staffs e apoio estiveram envolvidas na competição. A surpresa na contagem das inscri-ções revela o sucesso das Paraolimpíadas de Pequim 2008. Foram 47 medalhas e uma delegação com 188 atletas. O nadador André Brasil (S10), medalhista de Pequim, competiu em São Paulo. André conquistou medalha de ouro nos 100m borboleta, 100 e 50m livre. Nove recordes brasileiros e seis recordes do Circuito foram superados na 1ª Etapa Sul-Sudeste. Entre os competidores um atleta de apenas 16 anos se destacou. Matheus Rheine Corrêa de Souza (S11), de Santa

1ª Etapa Regional recebe número recorde de inscritos

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Natal recebeu mais de 300 atletas para o Circuito

Etapa Norte-Nordeste cresceu 30% no número de inscritos em relação ao ano passado

A capital do Rio Grande do Norte teve um fi m de semana agitado com a Etapa Regional Norte-Nor-deste do Circuito Loterias CAIXA

Brasil Paraolímpico de Atletismo, Haltero-fi lismo e Natação, realizada nos dias 20 e 21 de junho de 2009. O Departamento Técnico do Comitê Paraolímpico Brasilei-ro (CPB) recebeu a inscrição de quase 100 atletas a mais do que o ano passado, tota-lizando 515 atletas inscritos. O Halterofi lismo, modalidade que foi incorporada pelo Circuito em 2009, sur-preendeu os presentes em disputas acir-radas no Hotel Parque da Costeira. O gran-de destaque da modalidade foi a disputa pelo título da categoria -90kg masculina, que só foi decidido na terceira rodada e conquistado pelo atleta Luiz Carlos Nova-es Marques do clube VIQUI/SP. A disputa

foi emocionante desde a primeira rodada quando o campeão da categoria em Natal/RN pediu para levantar 161kg, carga que superaria o recorde brasileiro de 160kg. Entretanto, o atleta não obteve sucesso. Na segunda rodada, o público presente pôde testemunhar um dos momentos mais vibrantes da história do halterofi lismo na-cional. O campeão da categoria repetiu a pedida e quebrou o recorde brasileiro. Em seguida, a revelação Denilson Raimundo de Souza da associação APO-DEC/PE, em sua primeira participação na competição, superou o novo recorde com 162,5kg levantados. Na seqüência, o atle-ta até então recordista brasileiro, Joseano dos Santos Felipe da instituição CADEF/RN, conseguiu defender o recorde superan-do os 165kg. Na terceira rodada, o vence-dor da categoria igualou a marca do atle-

ta da CADEF/RN. O clima de competição e desafi o tomou conta do salão do hotel. Em sua última e quarta pedida, o atleta Joseano dos Santos Felipe pediu 170kg para superar sua antiga marca. O atleta obteve sucesso e registrou o novo recorde da categoria fazendo todos os presentes vibrarem. As mulheres não fi caram atrás. O destaque foi o registro do recorde brasi-leiro da categoria -52kg feminina pela atleta Francisca Mônica Pereira Veríssimo da associação ADM/CE, categoria que não possuía registro de recorde brasileiro até então. O público que foi assistir as compe-tições de atletismo no Centro de Ação In-tegrada à Criança (CAIC) presenciou a um show de recordes brasileiros quebrados. Ao todo foram 16 só nesta modalidade.

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E O OSCAR DE MELHOR ATLETA PARAOLÍMPICO VAI PARA

DANIEL DIASÚnico atleta brasileiro indicado ao Prêmio Laureus

No dia 15 de junho o Brasil comemorou a divulgação do vencedor da categoria paraolímpica do Prêmio Laureus, considerado o “Oscar do Esporte”. Único representante brasileiro, o nadador Daniel Dias foi o maior medalhis-

ta paraolímpico em Pequim 2008. Ele conquistou quatro me-dalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze. Na categoria paraolímpica além dele disputaram o troféu a norte-americana April Holmes (atletismo), o inglês Darren Kenny (ciclismo), o sueco Jonas Jacobsson (tiro), a espanhola Teresa Perales (nata-ção) e o chinês Zhang Lixin (atletismo). Para a alegria do Brasil, Daniel Dias foi o escolhido e recebeu o Troféu Laureus Sports Awards 2009, em Londres, na Inglaterra. O presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), An-drew Parsons estava em Lausanne, na Suíça em uma apresenta-ção do projeto Rio 2016 aos membros do Comitê Olímpico Inter-nacional (COI). Assim que soube da vitória ligou imediatamente para o atleta, junto com o ministro do esporte, Orlando Silva e o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, para parabenizar Daniel pela grande conquista. “O Comitê Paraolímpico Brasileiro não tem palavras para expressar a felicidade de ter um atleta brasileiro do quilate do Daniel recebendo o prêmio Laureus. O Brasil tem participado regularmente das ultimas edições com atletas de alto rendimento. Esta é uma conquista do Brasil. O Lau-reus é um prêmio muito prestigiado dentro do esporte. Este “Oscar” mostra que o Brasil é inquestionavelmente um dos países de ponta do movimento paraolímpico mundial”, co-memorou o presidente do CPB. Daniel é o primeiro atleta paraolímpico brasileiro a vencer o Laureus e o quarto atleta brasileiro a recebê-lo. Antes dele ganharam o troféu: Pelé (2000), Bob Burnquist (2002) e Ronal-do Fenômeno (2003). “Ser o 1º atleta paraolímpico do mundo e o 1º do Brasil a receber o Oscar é uma emoção muito grande. Ainda mais em tão pouco tempo de carreira. Vai fazer cinco anos que estou no esporte profi ssional. Valeu à pena treinar para representar bem o meu país e mostrar que os atletas paraolímpicos são atletas como qualquer outro, que treina e orgulha seu país. Primeiro

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Rúgbi em cadeira de rodas cresce no Brasil

Confira o desempenho dos atletas nas competições do primeiro semestre

O rúgbi é uma modalidade que sur-giu no Brasil durante os Jogos Mundiais em Cadeira de Rodas, no Rio de Janeiro, em 2005.

Equipes de quatro jogadores tetraplégi-cos com agilidade para manusear a bola e direcionar a cadeira disputam partidas incríveis dentro de uma quadra. O objetivo do jogo é fazer gol, mas para isso é preciso passar a linha de gol do adversário com as duas rodas da cadeira. Após três anos sem participar de campeonatos, o Brasil voltou com tudo no Torneio Maximus Quadrugby, realizado na Colômbia, onde conquistou o 5º lugar geral. No mesmo ano foi feito o primei-ro Campeonato Brasileiro da modalidade, com a participação de 27 atletas. O crescimento do Rúgbi adaptado motivou a Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp e o Comitê Paraolímpi-co Brasileiro (CPB), a realizar a segunda edição do Campeonato Brasileiro, entre os dias 22 e 24 de maio de 2009. O evento reuniu cinco equipes com um total de 43 atletas. O técnico da seleção brasileira de rúgbi em cadeira de rodas, o norte-ame-ricano Brian Muniz, prestigiou o evento e disse que “apesar de muito nova, a moda-lidade está crescendo rapidamente no Bra-

sil. Estados Unidos e Canadá são seleções com mais de 25 anos de experiência, mas a seleção brasileira está adquirindo muita maturidade”, disse Brian. No mês seguinte os atletas da mo-dalidade se reuniram para o Maximus Quad Rugby Open MMIX, realizado entre os dias 15 e 19 de junho, na Associação Nite-roiense de Defi cientes Físicos (ANDEF), em Niterói/RJ. Para o vice-presidente ad-ministrativo do CPB, Luiz Carlos Pereira o evento contribuiu para o crescimento da

modalidade. “O evento foi muito bom. O objetivo era desenvolver o rúgbi na Améri-ca. O Brasil teve nota dez em organização, receptividade e resultado. O país cresceu muito em termo tático e técnico. O Co-mitê Paraolímpico Brasileiro foi decisivo, pois acordou fi nanceiramente para que a competição acontecesse, e deu toda uma infra-estrutura para que pudesse fazer de fato um evento com nível internacional”, afi rmou.

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Brasil brilha na Copa do Mundo Paraolímpica em Manchester

Cinco atletas brasileiros foram convidados

A Copa do Mundo Paraolímpica foi criada em 2005 com o ob-jetivo de reunir em uma com-petição de nível internacional

os melhores atletas paraolímpicos do mundo. Desde então, atletas da nata-ção, atletismo, ciclismo e basquete em cadeira de rodas se reúnem todos os anos em Manchester, na Inglaterra, em busca de novas medalhas e novos recordes. Este ano, entre os dias 20 e 25 de maio aconteceu mais uma edição. O evento tem o intuito de preparar o país para a organização dos Jogos Paraolímpicos de 2012, que acontecerão em Londres. Mais de 400 atletas convida-dos disputaram medalhas. Os atle-tas brasileiros André Brasil (S10), Gabriel Feiten (S2) e Adriano Gal-vão (S2) da natação, André Oliveira (T44/F44) do atletismo, e Soelito Gohr (LC1) do ciclismo, foram convidados a participar. No dia 20, o ciclista brasileiro Soelito Gohr fez o segundo melhor tem-po do dia na prova de Perseguição 4Km. Soelito superou nesta prova dois atletas medalhistas nos Jogos Paraolímpicos de

Pequim 2008: Wolfang Sacher (prata) e Fabio Triboli (bronze). Na fi nal o bra-sileiro conquistou medalha de prata na prova de perseguição 4 Km. Em seguida o atleta competiu na prova dos 1.000m onde conquistou o 11º lugar. Os resul-tados da Copa do Mundo Paraolímpica

somam pontos para o Brasil na disputa por vagas nos Jogos Paraolímpicos de Londres 2012. O domingo (24) foi dourado para os brasileiros. Na prova de salto a dis-tância o atleta André Luiz de Oliveira (F44) conquistou a medalha de ouro saltando 6.11m. Na prova de atletismo

dos 100m classe T44, mesmo não sendo a especialidade de André, o brasileiro chegou em 5º lugar. Os nadadores André Brasil e Ga-briel Feiten participaram do Aberto Internacional de Natação, competição que acontece no mesmo local da Copa

do Mundo Paraolímpica, e conta com a participação de atletas do mundo inteiro no sistema Multiclasses - os atletas disputam entre si indepen-dente da classe em que nadam, sen-do a pontuação o fator determinante para indicar o vencedor. André na-dou ao lado de alguns medalhistas de Pequim e fez o melhor tempo, conquistando mais um ouro para o Brasil. No último dia de competição, André Brasil conquistou mais uma medalha de um ouro, agora na pro-

va dos 200m medley com o tempo de 02:14:65. “A participação da delegação bra-sileira foi muito boa. Dos nossos atle-tas convidados três deles conquistaram medalhas com bons resultados. Mais importante que conquistar as medalhas foram as marcas conquistadas e os ad-

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José Ricardo Rizzone trabalha dia e noite em nome do esporte

Sem ele

não se tornaria realidade

Quando se fala sobre o esporte paraolímpico e de todo o or-gulho que ele traz para o Bra-sil, logo se pensa nos atletas

que levam a bandeira brasileira aos quatro cantos do mundo. Eles com cer-teza são a razão e a base do Movimen-to, mas por trás dos atletas existe um grupo de profi ssionais que não mede esforços e trabalha no anonimato para que seus “pupilos” brilhem e represen-tem o Brasil da melhor maneira pos-sível: os técnicos. Eles trabalham no dia-a-dia com os atletas de forma in-cansável para que estes estejam sem-pre altamente preparados em busca do melhor resultado. O carioca José Ricardo Rizzone, nascido em dezembro de 1968, é um

destes profi ssionais. Eterno apaixona-do por esporte, graduado no curso de Educação Física, José Ricardo dedicou sua vida a formar grandes estrelas no mundo esportivo. Quando criança pra-ticava futebol, vôlei, basquete, e cla-ro o seu preferido, o tênis de mesa. “É uma modalidade apaixonante, que trabalha muito com a parte mental”, afi rmou Rizzone. Técnico desde 1990, José trei-nava a Seleção Brasileira de Tênis de Mesa Infanto Juvenil Olímpica. Em 2002 entrou para o esporte paraolím-pico após conhecer o atleta Iranildo Espíndola. No ano seguinte participou da primeira competição internacional, no Parapan em Brasília/DF. “Nesse tor-neio o vencedor conquistava uma vaga

automática para as Paraolimpíadas de Atenas. Era minha primeira vez em um evento internacional paraolímpico, as emoções foram bem fortes, com várias conquistas pessoais. Dos cinco atletas que conquistaram vagas diretas, dois foram meus, o Iranildo Espíndola e o Cristovam Jaques. Com certeza pude tirar muito proveito e experiência no evento”, relembrou. Duro como a maioria dos técni-cos, Rizzone não dá moleza aos seus atletas. Os treinamentos são diários, durante as manhãs, tardes e noites. Com esta rotina o treinador conseguiu ir para sua primeira Paraolimpíada, em Pequim, no ano passado. “A maior conquista que tivemos foi o segundo lugar por equipes - classe 3 e o quinto

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40

Dura

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queda

No dia 12 de agosto de 1981, nas-ceu Deanne Silva, uma mineira que entraria para a história do esporte pa-raolímpico. Devido a Síndrome de Steven

Johsen, desencadeada por uma intoxicação de me-dicamento, Danne como é conhecida pelos amigos, perdeu parte da visão aos oito anos de idade. O espor-te sempre esteve presente na vida da atleta. Quando criança sua paixão era o futebol. Deanne tinha um time com suas primas e sempre desafi avam os meni-nos, apesar de nunca vencerem. Mesmo após a fatalidade, o esporte nunca foi abandonado. Sem conseguir enxergar a bola, teve que largar o futebol e sair em busca de outra modalidade. A primeira que encontrou foi a na-tação. Deanne gostava de nadar, mas por insis-tência de uma amiga decidiu experimentar uma aula de judô. Não teve jeito, a luta encantou a mineirinha de Belo Horizonte. “Comecei a trei-nar para competir. Tive que largar a natação porque era no mesmo horário que o judô, não dava para continuar”, explicou. Sua mãe Adelma, a maior incentivadora da carreira de atleta, não deixou de acredi-tar no potencial da fi lha um minuto sequer.

“Desejar, buscar e se dedicar”,este é um dos seus lemas

na

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Com tanto apoio em casa, Deanne se tor-nou uma judoca de ponta. Em sua primei-ra competição internacional, nos Jogos Parapan-Americano Rio 2007, conquistou medalha de bronze. “A sensação foi de estar no caminho certo, independente do resultado foi uma grande conquista estar na seleção pela primeira vez”, afi rmou. Hoje, a atleta é reconhecida por suas conquistas. Em 2007 foi homenageada pelo Governo do Estado de Minas Gerais pela medalha no Parapan; foi campeã nos Jogos Brasileiros para cegos em 2008; e recebeu em 2009 a medalha da Inconfi -dência Mineira pela conquista do bronze nas Paraolimpíadas de Pequim 2008. Deanne mal consegue explicar a sen-sação que teve ao subir o pódio na China. “Foi inexplicável, um dos melhores e mais forte sentimento que já tive na vida. Fi-quei com a certeza de ter cumprido meu

dever”, relembrou. A atleta se sentiu re-alizada ao desembarcar do outro lado do mundo. Seu sonho se tornou realidade quando desceu no aeroporto de Pequim. “A China é incrível. Fiquei impressionada com a forma que os chineses negociam suas vendas nos mercados, eles correm literalmente atrás dos fregueses. Em rela-ção às comidas típicas, como o espetinho de escorpião, não tive coragem de provar.Foi uma experiência fantástica que fi cará guardada para sempre em minha memó-ria”, afi rmou Danne sorrindo. Quando retornou para o Brasil, a atleta teve uma bela recepção, com direito a festa surpresa. “Fiquei tão feliz que até esqueci o cansaço da viagem”, lembrou. Deanne não para por aí. Para realizar mais um sonho, o de participar e conquistar medalha nos Jogos Paraolímpicos de Lon-dres 2012, a judoca treina freqüentemente

com seu técnico, Marcelo de Melo Mendes, na Associação dos Defi cientes Visuais de Belo Horizonte (ADEVIBEL). Em seu tempo livre Deanne gosta de passear com os amigos, assistir fi lmes, na-vegar na Internet, e estar com sua família. Ciente de que a vida de atleta não durará para sempre, seus planos são: se formar em Direito e advogar em alguma área. Baseada na fi losofi a que “amar a Deus sobre todas as coisas e todo o res-to nos é acrescentado”, a judoca sempre faz uma oração antes de entrar no tatame. Nesta hora sua energia é potencializada e nem mesmo sua maior rival, a chinesa Yan-ping Yuan, é capaz de abalá-la.

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Grand Prix Brasil de Judô

Saiba quem foram os campeões

Nos dias 23 e 24 de maio aconteceu em Niterói, no Rio de Janeiro, o Grand Prix Brasil de Judô para cegos e

defi cientes visuais. O vice-presidente fi nanceiro do Comitê Paraolímpico Bra-sileiro (CPB), Mizael Conrado, o tetra-campeão paraolímpico de judô, Antô-

nio Tenório e o ex-presidente do CPB, João Batista compareceram ao evento para prestigiar os mais de 100 judocas inscritos na competição. Os participantes demonstraram muita técnica e disposição para a luta durante o evento. Alguns campeões da categoria estudantil como os judocas

Mateus Santos de 17 anos e Victória Almeida de 16 anos, representarão o Brasil em julho nos Jogos Mundiais de Jovens dos Estados Unidos da América (Internacional Blind Sports Federan-tion), em Colorado Springs.

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Primeira reunião do Conselho de Atletas na sede do Comitê Parao-límpico Brasileiro em

Brasília.

Entrevistas com atletas no Hot el Parque da Costeira durante a

2ª Etapa do Circuito Lot erias CAIXA Brasil

Paraolímpico.

O tetracampeão paraolímpico, Antônio

Tenório prestigia o Gran Prix de Judô e é recebido com carinho

pelos atletas.

Opara

TeGranrece

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Publicação bimestral do CPB 3.000 exemplares

Presidente Andrew Parsons

Vice-Presidente FinanceiroMizael Conrado

Vice-Presidente Administrativo Luiz Cláudio Pereira

Superintendente de Adm., Finanças e Contabilidade Carlos José Vieira de Souza

Diretoria TécnicaEdilson Alves da Rocha

Gerência de Eventos Frederico Motta

Coordenação de Marketing e Comunicação Marcus Duarte

Editor ChefeMarcus Duarte

Jornalista ResponsávelCamila Benn RP 7930/DF

ImagensComitê Olímpico Brasileiro (COB), Christophe Marie

Scianni, Saulo Cruz e Beto Monteiro

Arte e DiagramaçãoJoão Moura

Execução Gráfi ca Teixeira - Gráfi ca e Editora www.teixeiraeditora.com.br

Endereço Sede CPBSBN Qd. 2 – Bl.F – Lt. 12 – Ed. Via Capital – 14º andar

Brasília/DF – CEP: 70040-020Fone: 55 61 3031 3030

Fax: 55 61 3031 3023www.cpb.org.br

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