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edição 213 9912345149-DR/BA Sebrae-Ba Mala Direta Básica AGRONEGÓCIO Projeto de melhoria genética do rebanho bovino impulsiona produção de leite ENTREVISTA Gustavo Cerbasi: 2016 sem pessimismo MERCADO Curso orienta sobre franquias Como empreender em tempos de crise?

Revista Conexao Bahia 213

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Revista Conexão Bahia 213 Como empreender em tempos de crise? Entrevista: Gustavo Cerbasi fala sobre 2016 sem pessimismo. Projeto de melhoria genética do rebanho bovino impulsiona produção de leite. Curso orienta sobre franquias. Conhecer expectativas do consumidor traz resultados em vendas. Bom uso das ferramentas virtuais impulsiona resultados. Publicação oficial do Sebrae Bahia - Edição 213

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edição 213

9912345149-DR/BASebrae-Ba

Mala DiretaBásica

agronegócioProjeto de melhoria genética do rebanho bovino impulsiona produção de leite

entrevistagustavo cerbasi:2016 sem pessimismo

MercaDocurso orienta sobre franquias

como empreender em tempos de crise?

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INOVAÇÃO, O INGREDIENTE QUE O SEU NEGÓCIO PRECISA PARA ESTAR SEMPRE EM MOVIMENTO.

É da porta para dentro que a gestão, inovação e produtividade fazem a diferença. É aí que entra a mão do Sebrae para ajudar a fazer o seu negócio ser cada vez melhor.

SUA VIDA É SE SUPERAR A CADA DIA? ESTAMOS JUNTOS.

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INOVAÇÃO, O INGREDIENTE QUE O SEU NEGÓCIO PRECISA PARA ESTAR SEMPRE EM MOVIMENTO.

É da porta para dentro que a gestão, inovação e produtividade fazem a diferença. É aí que entra a mão do Sebrae para ajudar a fazer o seu negócio ser cada vez melhor.

SUA VIDA É SE SUPERAR A CADA DIA? ESTAMOS JUNTOS.

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Em meio ao momento de recessão econômica, alguns segmentos se destacam como estratégicos dentro do mercado empreendedor. E esse é o assunto da reportagem especial da revista Conexão. Negócios como va-rejo de alimentos e moda, materiais de construção, beleza e estética, saúde, panificação, turismo e outros citados na matéria são boas apostas para o ano. Números sobre o desem-penho dos pequenos negócios baia-nos, em 2015, mostram que houve crescimento do empreendedorismo, mesmo com a crise economia. Na reportagem, você vai conhecer his-tórias de empresários corajosos que não se intimidaram com as dificul-dades do momento.

Produtores leiteiros do Centro-Norte baiano estão comemorando os resultados das vendas em suas propriedades. É que eles estão parti-cipando da consultoria Melhoria Ge-nética do Rebanho – Fertilização In Vitro (FIV), tecnologia voltada para o melhoramento genético da bovino-cultura leiteira, por meio da parce-ria entre o Sebrae e o Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Rural (Senar)/ Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb). A ação busca aumentar a produção de leite e impactar na gestão dos negócios participantes.

O consultor financeiro Gustavo Cerbasi é um defensor do planeja-

mento, seja em tempos de bonança ou de crise. Em entrevista à revista Conexão, ele analisa o atual cenário de desafios, as estratégias possíveis para os pequenos negócios, e indica como fazer escolhas ponderadas e sustentáveis para se fortalecer no mercado.

Veja também uma reporta-gem completa sobre o Decreto n° 8.538/2015 que regulamenta a Lei nº 147/14, determinando que as lici-tações para valores de até R$ 80 mil sejam disputadas, exclusivamen-te, por micro e pequenas empresas (MPE). A garantia passa a valer nas esferas federal, estadual e municipal.

A utilização da marca Sebrae é de uso exclusivo do titular da mesma. Seu uso por terceiros, sem autorização prévia, expressa e formal da Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae Bahia, é passível de punição, conforme previsto pela Lei da Propriedade Industrial nº 9279/96.

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Em meio às incertezas econômicas de 2015 e com muita coragem, Lorine Lopes abriu a loja virtual Lorine Clothes, na qual vende peças que ela mesma desenha

2016 sem pessimismo

ExpedientePublicação do Sebrae Bahia,nº 213, Março de 2016Filiada à Aberje

Presidente do Conselho Deliberativodo Sebrae BahiaAntônio Ricardo Alvarez Alban

Diretor-superintendenteAdhvan Novais Furtado

DiretoresLauro Alberto Chaves RamosFranklin Santana Santos

Unidade de Marketing e Comunicação

GerenteAdriana Mira

Jornalista ResponsávelVanessa Câmera (DRT/RJ 28363)

EquipeAlice Vargas, Isabela Oliveira, Mauro Viana, Pedro Soledade, Rafael Pastori e Vanessa Câmera. Estagiários: Alana Caiusca, Fernanda Leal e Lannah Cerqueira.

Agência Sebrae de Notícias(Varjão & Associados Comunicação)Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Danielle Cristine, Fernanda Barros, Fábio Vasconcelos, Laiana Menezes, Luciane Souza, Lucilene Santos, Maria Clara Lima, Nara Zaneli, Raul Golinelli, Renata Smith, Silvia Araújo, Tamara Leal e Virgínia Mercês.

RevisãoCarlos Baumgarten

EdiçãoCarla Fonseca

Edição de FotografiaRaul Golinelli

CapaiStock

Projeto Gráfico OriginalSolisluna Editora

EditoraçãoObjectiva

ImpressãoGrasb

Tiragem10.000 exemplares

CartasSebrae – Unidade de Marketinge ComunicaçãoRua Horácio Cézar, 64, Dois de JulhoSalvador, Bahia CEP: [email protected]

Telefones71 3320.4558 / 4367

Agência Sebrae de Notíciaswww.ba.agenciasebrae.com.br

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31MErcadOCurso orienta sobre mercado de franquias

35EcONOMIa crIatIvaArte e negócio dentro de casa

39ENtrEvIStaGustavo Cerbasi2016 sem pessimismo

43MIcrOEMPrEENdEdOr INdIvIdUaLBom uso das ferramentas virtuais impulsiona resultados

45EMPrEENdEdOrISMOLoja de bolo no pote faz sucesso em Irecê

46SEBraE PErtO dE vOcÊ

6cOMÉrcIO E SErvIÇOSConhecer expectativas do consumidor traz resultados em vendas

9POLítIcaS PúBLIcaSEspaço reservado para os pequenos negócios

12INOvaÇãO E tEcNOLOGIaPrograma de Inovação promovemudanças em curso de idiomas

14INdúStrIaProfissionalização aumentaprodução em até cem vezes

17aGrONEGócIOTécnica de melhoria genética do rebanho auxilia produtor rural

22CAPAEmpreendedores transformam desafios em oportunidades

29dESaFIO EMPrEENdEdOrUniversitários participam de desafio empreendedor

Sumário

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cOMÉrcIOE SErvIÇOS

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Conhecer expectativas do consumidor traz resultados em vendasEmpresária apostou no conceito diferencial da moda plus size e conquistou uma clientela fiel com modelos atraentes e sensuais

Vera Dilza Caldas identificou a insatisfação do cliente com as roupas do segmento, fez pesquisa sobre a tendência da moda GG e oferece coleções diferentes

Há 13 anos, quando montou a loja Lilás Modas, no bairro da Liberdade, em Salvador, a empresária Vera Di-lza Caldas adotou no atendimento a prática de ouvir e compreender a

demanda da clientela. A loja é espe-cializada em moda plus size, um público segmentado que veste aci-ma de 44, considerado mais exigen-te quanto ao conceito de produto

e que requer mais compreensão e cuidado no tratamento de suas ne-cessidades e perspectivas. Buscando orientaçoes no Sebrae, Vera já parti-cipou de diversos cursos, palestras e

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dos programas Negócio a Negócio e Empretec.

Logo que iniciou essa dinâmica de atendimento, a empresária identi-ficou a insatisfação do consumidor com as roupas do segmento dispo-níveis no mercado, sempre com os mesmos estilos de modelos tradi-cionais. Com base no desejo dos clientes, ela começou a pesquisar

a tendência da moda GG e passou a oferecer uma coleção diferente, com características despojadas, leve e sensual, tanto nas versões mascu-lina quanto nas feminina, voltada para diversas ocasiões.

A Lilás estava inaugurando em Salvador um novo conceito da moda plus size, que cativou de vez a clientela e a tornou referên-cia nesse segmento. Ao invés de encontrar roupas com tonalida-des restritas e tamanhos largos, as jovens e senhoras encontram nas araras uma variedade de pe-ças mais coloridas, estampadas ou lisas, com estilo, e muitas de-las com a intenção de valorizar o

que há de mais atraente no corpo da mulher. São shorts com fran-jas, saias longas coloridas, ves-tidos, biquínis e saídas de praia. Para os homens, nada daqueles modelos retos, sem estilo. As inú-meras opções de peças têm char-me e conforto, acompanhando a tendência das estações, como as bermudas coloridas de tactel e arrojadas calças jeans.

No interior da loja, os clientes “já são de casa”, sentem-se à von-tade, vasculham todas as araras e prateleiras, sempre acompanha-dos de atenciosas vendedoras de-vidamente treinadas e que nun-ca se intimidam em sugerir uma peça, buscando colaborar com o fortalecimento da autoestima de cada um deles.

“Atendemos os clientes no tapete vermelho, com todo carinho, com-preensão e respeito, sem perder o procedimento de ouvi-los, acolhendo os seus desejos”, afirma Vera Dilza Caldas, proprietária da Lilás Modas.

Na arte de garimpar novos mode-los, a empresária é caprichosa, op-tando por fornecedores de outros estados. De cada peça que prospec-ta, ela observa os mínimos detalhes de caimento, tipo de tecido e acaba-mento. “Preocupo-me com a quali-dade, inclusive dando preferência a tecidos leves em função do calor de Salvador”, salienta.

Vera conta que, nesse processo, o Sebrae contribuiu muito com sua pos-tura proativa, disponível a mudanças, disseminando informações que per-mitiram a adoção de novos conceitos, a exemplo da segmentação de públi-co-alvo. “Informatizei meu sistema e consigo controlar o estoque. Estar no Clientela da Lilás se sente em casa e ainda conta com serviços de ajuste gratuitos

“Atendemos os clientes no tapete vermelho, com todo carinho, compreensão e respeito, sem perder o procedimento de ouvi-los, acolhendo os seus desejos”

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ambiente do Sebrae é bem proveitoso, pois sempre saio com uma luzinha me indicando correção ou inovação do meu negócio”, explica.

Entre as inovações adotadas, sem-pre voltadas para agradar à clien-tela, a empresária faz questão de mencionar o serviço de ajuste de roupas que oferece gratuitamente e que considera como o diferencial do negócio. “Aperto aqui, aperto lá, faço bainha e não cobro nada”. Para o conforto dos clientes, sinaliza a am-pliação feita nos provadores, com instalação de ventiladores maiores, além da utilização de pufes. Na par-te financeira, beneficia o consumi-dor com desconto de até 20% com a implantação do cartão fidelidade.

A Lilás também aderiu às redes so-ciais e interage com o público pela fanpage do Facebook, constantemente atualizada. A divulgação do empre-endimento é feita por folhetos dis-tribuídos na região. Para Vera, essas atitudes são simples, mas refletem po-sitivamente no relacionamento com seu público, resultando no processo de fidelização. “Eles são fiéis, saem daqui satisfeitos, sempre voltam e ainda fa-zem propaganda da loja”, acentua.

Confira dicas para segmentar mercados

• Público-alvo – Mapeie o mercado consumidor, identifique característi-

cas, interesse e perfil de seus compradores. É fundamental desenvolver

o hábito de ouvi-los sempre e entender suas demandas;

• Mercado – Torne-se de fato um especialista do segmento que escolheu

investir. Analise o mercado, observe as suas características, seus pontos

fortes fracos e as oportunidades;

• Fornecedores – Tenha sempre um leque de fornecedores e trabalhe

com os melhores, que primem pela qualidade e prazo de entrega do

produto ou serviço;

• Produto – Perceba a qualidade do seu estoque e avalie se é compatível

com o que seu público realmente deseja.

• Concorrentes – Conheça e mantenha uma boa relação com a con-

corrência;

• Estratégia – Aposte numa ação diferenciada, inovadora, que agrade os

clientes, seja no aten-

dimento, produto ou

serviço, e faça com que

seu empreendimento

seja preferido no mer-

cado;

• Atualização – Pesquise

e acompanhe a tendên-

cia de seu segmento,

participando de even-

tos, missões empresa-

riais e congressos.

Você conhece seu cliente?A segmentação de mercado é um processo natural da economia aberto ao crescimento. Para o gerente de Acesso a

Mercado do Sebrae, José Nilo Meira, investir em negócio especializado representa uma boa oportunidade, pois requer

pequeno investimento. Entretanto, o gerente alerta a importância de o empresário ter conhecimento sobre o cenário

onde atua, perceber a sua dinâmica, identificar seus públicos, bons fornecedores e as oportunidades. “O empresário

se torna um especialista no ramo que escolheu. Portanto ele deve criar uma estratégia diferenciada para atender e

entender seu público-alvo”. O Sebrae oferece programas de capacitações e consultorias, a exemplo do Sebraetec, Em-

pretec e Sebrae Mais, com soluções que podem auxiliar no crescimento e sobrevivência do negócio.

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POLítIcaS PúBLIcaS

A partir deste ano, os pequenos negócios de todo o país passam a ter lugar obrigatório na disputa por com-pras públicas. Já em vigor, o Decreto n° 8.538/2015, que regulamenta a Lei Complementar 147/14, determina que as licitações para valores de até R$ 80 mil sejam disputadas exclusi-vamente por micro e pequenas empre-sas (MPE). A garantia, que passa a

valer nas esferas federal, estadual e municipal, abre mais um leque de oportunidades para os pequenos negócios.

Além da exclusividade na disputa de compras até R$ 80 mil, os em-preendimentos de micro e pequeno portes ainda poderão ser contem-plados em licitações de valores aci-ma desse teto. Isso porque o decreto

permite a possibilidade de criação de um lote restrito para MPE dentro de disputas por compras de valores maiores.

Gerente adjunta da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Bahia, Ivana Miranda, explica que essa possibilidade poderá ser adotada em dois casos. No pri-meiro deles, uma licitação poderá

espaço reservado para os pequenos negóciosEntra em vigor o decreto que garante exclusividade de MPE em licitações de até R$ 80 mil

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Sócio das lojas SMS e NCK Equipamentos, Sérgio Branco comemora a notícia e considera que a mudança terá impacto direto no desempenho desses pequenos negócios

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prever um percentual de até 25% da compra voltado para peque-nos negócios. Em uma disputa para fornecimento de papel, por exemplo, o estado pode determi-nar que haja um lote restrito para MPE. Já no segundo caso possível, o órgão público poderá exigir que a grande empresa participante da concorrência subcontrate uma micro ou pequena, pagando até 30% do valor da licitação.

Os pequenos negócios que parti-ciparem de licitações como subcon-tratadas também ganham, com as novas regras, mais uma garantia, já que o pagamento passa a ser feito diretamente. “Agora o pagamento ao subcontratado é feito pela gestão pú-blica. Isso foi mudado para evitar pro-blemas no repasse feito pela grande empresa licitada”, detalha Ivana.

“Agora, o pagamento ao subcon-tratado é feito pela gestão pública. Isso foi mudado para evitar proble-mas no repasse feito pela grande empresa licitada”, informa Ivana.

Um dos empresários a comemo-rar a notícia, Sérgio Branco, conta que participa de licitações há mais

de dez anos. Sócio das lojas SMS e NCK Equipamentos, ambas em-presas de pequeno porte voltadas para a venda de equipamentos de proteção individual (EPI), itens de sinalização e produtos de limpe-za e de coleta seletiva, ele diz que hoje fornece produtos para a ad-ministração pública de Salvador, Camaçari e Simões Filho, além de Lauro de Freitas, onde os empreen-dimentos estão situados.

“A mudança abre mais oportu-nidades e a concorrência fica mais justa, porque passamos a disputar com empresas do mesmo porte”, ex-plica Sérgio. O empreendedor afirma que decidiu participar de licitações

A partir de 2016, licitações públicas de até R$ 80 mil são exclusivas para micro e pequenas empresas

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quando a SMS completou um ano, em 2001, ao notar a demanda pelos produtos. O resultado foi tão anima-dor que dois anos depois a NCK foi lançada no mercado. “A NCK prati-camente foi aberta para o foco em licitações”, revela, ao apontar que hoje 80% do faturamento da segun-da loja vêm das compras públicas.

Fortalecimento de empresas locais

A novidade também tem reflexos nas licitações dos municípios. Ainda que a cidade não tenha adaptado a legislação própria para dar priorida-de aos pequenos negócios, a nova

regra federal passa a ser obrigatória para as disputas das compras mu-nicipais.

Nessa esfera, as micro e peque-nas empresas locais também te-rão vantagem na concorrência. Por determinação do decreto, os empreendimentos locais terão prioridade quando o valor da con-tratação for até 10% superior ao das propostas de empresas de ou-tras cidades.

“Isso é muito importante, porque se contrata alguém que está dentro do seu município, fomentando a econo-mia local. É preciso pensar no signifi-cado desse movimento para a questão social e o desenvolvimento do municí-

pio”, analisa Ivana, que destaca os be-nefícios também para a administração pública. “A gestão não terá despesas extras, como custos com transporte, por exemplo. E todos os impostos re-colhidos ficam dentro da cidade”.

Quanto as MPE movimentam nas compras públicas

Na BahiaDe acordo com dados da Coordenação Central de Licitações da Secretaria da Administração do Estado da Bahia

(Saeb/CCL), em 2015, o Estado da Bahia realizou 591 licitações exclusivas para micro e pequenas empresas, tota-lizando mais de R$ 13 milhões contratados somente com a aplicação do benefício da prioridade. Considerando o total de contratações realizadas com as MPE durante o ano, o montante alcança a soma de mais de R$ 488 milhões.

No BrasilA participação dos pequenos negócios nas compras públicas chegou a R$ 7 bilhões em 2015, até novembro,

segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O valor representa 16,9% do total de R$ 41,6 bilhões gastos pelo governo federal no ano. No período, os empreendimentos de micro e pequeno porte participaram de 52.418 processos licitatórios do governo federal. Em suma, os contratos foram fechados para a aquisição de bens, com 60,1%, e serviços, com 39,8%.

Por onde começar

O Sebrae oferece cursos de compras públicas e oficinas de editais, para ajudar empresários de pequenos negócios a

interpretar os documentos e conhecer o processo de licitação. Os gestores públicos também contam com o apoio da

entidade, que promove capacitações e estudos para que eles estejam preparados para as novas regras. “Orientamos

e capacitamos para o atendimento dessa determinação, tanto o município, para comprar, quanto o empresário, para

vender”, explica Ivana Miranda.

“Agora, o pagamento ao subcontratado é feito pela gestão pública. Isso foi mu-dado para evitar problemas no repasse feito pela gran-de empresa licitada”, afir-ma Ivana Miranda, gerente adjunta do Sebrae Bahia

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INOvaÇãO EtEcNOLOGIa

Programa de inovação promovemudanças em curso de idiomasEmpresa de Lauro de Freitas informatiza sistemas e adota novo modelo de gestão, de olho em franquia e educação a distância

Mãe e filha, Maria Vanda e Carina Espinosa estão à frente do ID-Idiomas, que hoje conta com 14 professores

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Há cerca de um ano, as sócias Ma-ria Vanda e Carina Espinosa recebe-ram a visita da agente Magda Mi-kelle, do Programa Agente Local de Inovação (ALI), no curso ID-Idiomas, em Vilas do Atlântico, no município de Lauro de Freitas. “O diagnóstico ini-cial foi que fazíamos tudo sozinhas

e a nossa gestão administrativa era amadora, desde a propaganda até o financeiro”, relembra Carina. A análise contrastava com o alto índi-ce de satisfação dos alunos sobre o curso, que desde o ano 2000 utiliza metodologia própria para facilitar o aprendizado.

Dispostas a investir na profissiona-lização, mãe e filha se inscreveram nos cursos de Planejamento Estraté-gico e Gestão Financeira, do Sebrae Mais, e contrataram uma consultoria de Design de Interiores do Sebraetec, subsidiada em 80% pelo Sebrae, além de se inscreverem nos editais de ino-

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vação do programa para projetos de diferenciação. “Como o saldo positi-vo dos cursos que fizemos, estamos saindo do intuitivo e nos profissiona-lizando, reconhecendo os resultados que já estão aparecendo no adminis-trativo”, declara a mãe e fundadora, Maria Vanda.

As orientações da ALI Magda Mikelle influenciaram na prática de mudan-ças positivas para a empresa, hoje com 14 professores, e contribuíram para novas parcerias da ID-Idiomas

no sentido de desenvolver informa-tização, como a praticidade de um portal virtual do aluno, para aces-so pessoal, acadêmico e financeiro. “A agente do Sebrae percebeu nosso potencial e estabeleceu um relacio-namento profissional e motivador. Es-timulou a adotar processos padroniza-dos, para futuramente abrir franquias, e a usar tecnologias, para alavancar o ensino a distância”, comemora Carina.

A inscrição de Carina no Seminário Empretec foi outro acréscimo resul-

tante do Programa ALI, “contribuindo ainda mais com o desenvolvimento do comportamento empreendedor, impulsionando e racionalizando as reformas que estão sendo implanta-das”, como afirma a empresária. “A chegada do ALI na escola nos fez per-ceber também a importância de ou-tros setores que um empreendimento precisa gerenciar, levando a analisar prós e contras para, cada vez mais, visar resultados e ampliar o mercado de atuação”, completa Carina.

ALI indica no que a empresa pode inovar

Desenvolvido pelo Sebrae, o ALI oferta soluções em inovação e tecnologia para alavancar o nível de cres-cimento e de faturamento das empresas. O acom-panhamento é realizado por agentes com perfil multidisciplinar, bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ca-pacitados para avaliar, sob um olhar diferenciado, toda a empresa e acompanhar seus resultados.

Desde o primeiro ciclo do ALI na Bahia, iniciado em 2010, já foram atendidas mais de 5 mil empresas. No atual ciclo (2014-2016), o Programa conta com 55 agentes, atendendo em 39 municípios, levando diagnósticos e soluções para 2,8 mil empresários de áreas, como educação, turismo e entretenimento, construção civil, saúde, movelaria e decoração, co-mércio varejista e de alimentos, entre outras.

O gestor do Programa ALI na Bahia, Eduardo Gar-rido, aponta algumas vantagens para o empresá-rio que adere à iniciativa, como acompanhamento gratuito, personalizado, especializado, in loco, de um Agente Local de Inovação por um período míni-mo de 24 meses. “Os resultados incluem a implan-tação de uma cultura inovadora dentro das empre-sas, mesmo após o término do Programa, quando

elas continuam desenvolvendo ações que ajudam a reduzir desperdícios e aumentam o faturamen-to”, acrescenta. Algumas dessas ações podem ser viabilizadas com o apoio do Sebraetec, onde o Se-brae pode subsidiar até 80% dos custos da ação, e o empresário arca com os 20% restantes para com-pletar o valor dos serviços.

Podem participar do ALI as empresas de pequeno porte (EPP), cujo faturamento bruto anual esteja entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. É importante que o empre-sário entre em contato com a Central de Relacionamen-to do Sebrae (0800 570 0800) e informe seu interesse em receber a visita e participar do Programa.

Os 39 municípios atendidos são: Arembepe, Arita-guá, Arraial D’Ajuda, Barra do Choça, Barra do Jacuí-pe, Barra do Pojuca, Barreiras, Camaçari, Canavieiras, Catu de Abrantes, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria, Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Gua-rajuba, Humildes, Ibicaraí, Ilhéus, Itabela, Itabuna, Jandaíra, Jequié, Lauro de Freitas, Maria Quitéria, Me-deiros Neto, Monte Gordo, Mutas, Poções, Porto Segu-ro, Salvador, Santa Cruz Cabrália, Santo Antônio de Jesus, São Desidério, Simões Filho, Teixeira de Freitas, Trancoso, Ubaitaba, Vitória da Conquista.

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Profissionalização aumenta produção em até cem vezesDistribuidora de congelados com sede em Salvador comemora ampliação na produção artesanal de frango desossado

Família Freitas-Borges iniciou a produção vendendo cinco a dez frangos por semana. Hoje, esse número passou para 500 a 1 mil

Apesar do crescimento vertiginoso em pouco tempo – entre 2013 e 2015 –, o diretor Comercial da Gallu’s, Jú-nior Borges, não hesita em ser cau-teloso. “Crescer é difícil. Você tem

que ser muito seguro, porque exige

investimento e precaução. Quando

aumentam as despesas, é preciso

ter muita certeza de que as recei-

tas vão acompanhar a evolução”,

ressalta.

Nitidamente, Júnior precisa en-

contrar a melhor fórmula para

equacionar o bom desenvolvimento

da Gallu’s, que produz frangos de-

sossados e recheados, garantindo

vida longa à empresa. Para se ter

uma ideia, quando a atividade era

mais um hobby do que uma profis-

são, a produção era de cinco a dez

frangos por semana. Atualmente,

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esse número saltou para 500 a mil frangos semanais.

O curioso e mais interessante disso é que a produção é 95% arte-sanal, feita pelas mãos dos quatro sócios, todos da mesma família, natural de Goiás. Antes de tocarem a fábrica em Salvador, no bairro do Cabula VI, os Freitas-Borges fizeram uma escala de seis anos em Lisboa, Portugal, onde já desenvolviam o produto e vendiam para amigos. Mas foi ao aportar na capital baia-na que a atividade virou negócio de verdade. Com apoio do Sebrae, a distribuição dos cinco produtos da linha, atualmente, abarca 65 pon-tos de vendas em Salvador e outras cidades, como Lauro de Freitas, Ca-maçari, Feira de Santana, Alagoi-nhas e Senhor do Bonfim.

“O Sebrae foi fundamental no desenvolvimento do trabalho des-de o início. Não tínhamos lista de fornecedores e comprávamos os materiais, como queijo, presunto e o próprio frango resfriado, nos supermercados, o que tornava o produto dispendioso”, relembra o diretor de Comunicação e Marke-ting, Antônio Netto. Ele cita que também foi através da consulto-ria do Sebrae que a Gallu’s se le-galizou e passou a cumprir, rigo-rosamente, as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No final de 2014, conseguiu o selo de inspeção da Agência de Defesa Agropecuá-ria da Bahia (Adab).

Netto também destaca a impor-tância da instituição na profissio-

nalização do negócio. “Somos uma empresa familiar e, apesar de es-tarmos todos sempre com a mão na massa, era preciso que cada um tivesse a sua função e cargo espe-cífico na organização”, disse. Além disso, outro ponto importante foi a produção das etiquetas e da embalagem mais adequada, após o aumento da produção. “A gente precisava de uma etiqueta bonita e que representasse bem o pro-duto”. A embalagem era feita em papel filme e com uma linha para “prender” o frango. Hoje, o produto é enrolado no filme poliéster que não precisa tirar e vai numa em-balagem a vácuo, que garante um ano de validade.

Para a técnica do Sebrae, Rita de Cássia Silva, o crescimento

O produto é enrolado no filme poliéster que não precisa tirar e vai numa embalagem a vácuo, que garante um ano de validade

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da Gallu’s se dá por elementos fundamentais aos grandes em-preendedores: persistência e pla-nejamento. “Eles estão em uma busca constante por conheci-mento e inovação. Sempre orga-

nizados, estruturados e atentos à qualidade do produto que eles fazem com zelo e profissionalis-mo, estão aumentando a carteira de clientes e têm um futuro pro-missor”, avaliou.

O modelo primordial de vendas da Gallu’s é no atacado. Entretanto, Net-to considera fundamental ouvir o pú-blico final, o consumidor do produto. Para isso, ele utiliza estratégias. “Con-

versamos com os donos, balconistas e vendedores das delicatessens para sabermos o retorno dos comprado-res, pois estamos falando de paladar”, pontua. Outra ferramenta importan-te são as redes sociais. “Após algumas queixas através do Facebook, reduzi-mos o tamanho do frango de 2kg para a média de 1kg, afinal compreender o consumidor é questão de sobrevivên-cia no mercado”, afirma.

“Compreender o consumi-dor é questão de sobrevi-vência no mercado”

Planos e metas para 2016

E a meta da Gallu’s é alçar voos mais longos, já este ano. “Nossa linha de produção ainda não abraça a gran-de rede de supermercados. A gente quer crescer, porém tendo muito cuidado, pois nossa produção é manual”, avisa a diretora executiva, Liliana Borges. Outro objetivo da empresa é buscar mais apoio do Sebrae. “Precisa-mos automatizar algumas coisas sem perder a qualidade. O intuito é otimizar o trabalho, ganhando tempo e aumentando o lucro.”, aponta.

O diretor financeiro, Jefferson Borges, destaca a importância de uma consultoria financeira para desen-volver as metas estipuladas. “Para vendermos a grandes redes de supermercados, que às vezes têm 20 lojas, precisaremos ter uma capacidade maior de estoque, para atender às demandas, e de capital de giro para suportar o prazo de pagamento”, enfatizou.

Ainda em 2016, está prevista a inclusão de mais um produto na linha: o frango defumado. Outro projeto é a otimização das sobras. A ideia é produzir o próprio presunto para utilizar nos recheios e reduzir custos. Além de incluir no cardápio a venda de coxinhas e asinhas já temperadas com ervas finas.

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Técnica de melhoria genética do rebanho auxilia produtor ruralConsultoria de fertilização in vitro busca aumentar a produção de leite e impacta na gestão e renda das pequenas propriedades

Produzindo leite bovino há mais de 12 anos, em uma pequena propriedade na comunidade de Paraíso, município de Jacobina, Edson Melo vem buscan-do técnicas e práticas para melhorar a rentabilidade e o resultado final do seu empreendimento. Desde março

de 2015, ele está sendo atendido pela consultoria de Melhoria Ge-nética do Rebanho – Fertilização In Vitro (FIV), tecnologia voltada para o melhoramento genético da bovi-nocultura leiteira, por meio da par-ceria entre Sebrae e Serviço Nacio-

nal de Aprendizagem Rural (Senar)/ Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb).

Assim como Edson, outros 367 produtores da Bahia estão re-cebendo a consultoria, que tem duração de 70 dias, em média.

O produtor de leite, Edson Melo, é atendido por consultoria que visa o melhoramento genético da bovinocultura leiteira

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O método envolve a implanta-ção do embrião de raças de alta qualidade genética e com grande potencial leiteiro nas fêmeas re-ceptoras, a fim de multiplicar a quantidade de animais com essas características no rebanho. Com a implantação dos embriões obtidos com o uso do sêmen sexado de fê-meas, aumenta-se ainda a chance de que 85% das crias sejam fême-as, ampliando o potencial de re-produção do rebanho.

No Centro-Norte baiano, são 11 os municípios atendidos, em um total de 46 em todo o estado. Em Jacobina, a ação se dá por meio do Programa Viver Bem no Semiárido, executado pelo Sebrae e Sistema Faeb/Senar. “O Sebrae e o Senar es-tão possibilitando o acesso de pe-

quenos produtores à fertilização in vitro, proporcionando a melhoria da qualidade genética do rebanho em curto espaço de tempo”, come-mora Edson.

A consultoria é realizada pela em-presa In Vitro Brasil S.A e viabiliza-da por meio do Sebraetec, programa voltado para a inovação e tecnolo-gia no negócio. Cada produtor pode contratar até dez prenhezes, sendo cada uma com três transferências de material. Com o subsídio de 80% do Sebraetec, foram contratadas 512 prenhezes na região de Jacobina. Na Bahia, esse total é de 2.035.

A proposta busca aumentar a produção de leite do rebanho baia-no, que, de acordo com dados do IBGE de 2014, é o primeiro do Nor-deste e o quarto maior do país. “No

entanto, temos uma baixa produ-tividade leiteira, mas um grande potencial de desenvolvimento”, afirma a técnica da Coordenação de Agronegócio no Sebrae Bahia, Adriana Moura. “Percebemos que uma possibilidade para melhorar a produtividade e a qualidade do leite é trabalhar a questão da ge-nética”, completa.

Proprietário de um rebanho de 43 animais, Edson contratou a fertili-zação em dez vacas, com embriões sexados de fêmea de raças de alta qualidade genética na produção de leite. Já foram confirmadas as prenhezes dos animais, que devem parir a partir de junho.

Consultoria também ofe-rece melhoria na gestão

Os produtores atendidos pela consultoria de fertilização in vitro precisam fazer parte de outros pro-gramas desenvolvidos pela parceria Sebrae e Sistema Faeb/Senar. Além do Viver Bem no Semiárido, que atua na região do semiárido baiano (in-cluindo o entorno dos municípios de Jacobina, Irecê e Feira de Santana), também participam da consultoria produtores atendidos pela Assistên-cia Gerencial e Tecnológica (Agetec), no Extremo Sul e Sudoeste da Bahia.

As duas iniciativas trabalham a assistência técnica e gestão empresarial continuada com os participantes. “A questão não é somente oferecer um melhora-mento genético. É importante ter um desenvolvimento e melhoria na gestão da propriedade”, explica Adriana Moura. De acordo com a

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gestora, com a assistência, o pro-dutor aprende a aplicar novas prá-ticas na propriedade rural. Entre elas, estão a reserva estratégica e cuidados com a alimentação e a sanidade do rebanho.

Para o superintendente adjunto do Senar Bahia, Humberto Miran-da, a assistência técnica e geren-cial, ofertada aos produtores, é fun-damental no desenvolvimento do negócio. “Trabalhamos programas com foco em gestão da fazenda, formação do trabalhador e produ-tor rural, e inovações tecnológicas para que a propriedade se torne

produtiva e rentável, e assistência técnica, para que esse produtor consolide as mudanças propostas no seu negócio”.

Motivado a transformar sua fa-zenda Galherios em uma empresa, Edson aproximou-se do Sebrae em 2011. A partir de então, participou de uma série de cursos e consulto-rias, que propiciaram mudanças no seu comportamento empresarial e refletiram de forma positiva na ges-tão da propriedade e no sistema de produção de leite, a exemplo dos programas Negócio Certo Rural e D’Olho na Qualidade.

Atualmente, ele produz 140 litros de leite por dia com nove animais. Em-pregando a prática diária dos ensina-mentos obtidos através das soluções do Sebrae e do Senar, o produtor pre-tende melhorar, significativamente, o desempenho do seu rebanho. “Com a tecnologia e assistência técnica, em pouco tempo teremos um campo inovado e com significativos avanços. Quero chegar ao final de 2016 produ-zindo 350 litros por dia com 15 ani-mais e, em 2019 quando os animais fertilizados já estiverem dando cria, a meta é produzir 500 litros por dia, com 20 animais”, planeja.

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Bons resultados noSudoeste

O produtor Marcos Magalhães, proprietário da Fazenda São Vicen-te, localizada em Malhada, no Su-doeste baiano, também é atendido na consultoria de fertilização in vi-tro. Com um rebanho com 200 ani-mais, sua produção atual é de 400 litros de leite por dia, mas a meta é chegar a 3 mil.

Para Marcos, que participa pela primeira vez de uma ação do Sebrae, a consultoria vai proporcionar uma melhoria na produção de leite e um aumento da renda dos pequenos produtores. “Será possível ter uma

evolução rápida da genética do re-banho e alcançar nossas metas de produção em um menor espaço de tempo”, completa.

Depois de 90 dias do início do pro-grama, o produtor já comemorava os resultados. “A taxa de concepção dos embriões foi de 63%, acima da média esperada. Esses ótimos resul-tados foram frutos de um rebanho bem alimentado e com a sanidade em dia”, conta. No programa, a mé-dia de concepção de embriões no es-tado é de 45%.

Marcos revela que está ansio-so para ver as bezerras nascendo e acredita que, em três anos, esses animais de genética superior vão alavancar o aumento da produção

de leite na propriedade. “Esperamos um incremento de 60% no volume de leite produzido”, completa. As-sim como ele, 83 produtores de 13 municípios do Sudoeste baiano são atendidos na consultoria.

Os interessados em participar da consultoria de fertilização in vitro podem preencher um cadastro de interesse disponível nos pontos de atendimentos do Sebrae em Feira de Santana, Irecê, Jacobina, Teixei-ra de Freitas e Vitória da Conquis-ta. As vagas são limitadas e a apro-vação será validada pelo Senar e pelo Sebrae, com base em critérios relacionados à alimentação do re-banho, infraestrutura da proprie-dade e sanidade animal.

2015

140 litros/dia 350 litros/dia 500 litros/dia

2016 2019

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Sebrae aposta em 24 segmentos estratégicos dentro dos setores de agronegócio, comércio, serviços, indústria, e turismo e economia criativa, para este ano

Empreendedores transformam desafios em oportunidadesMesmo diante do cenário de crise, o número de pequenos negócios cresceu 9% em 2015 na Bahia

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Talvez a palavra “crise” tenha sido a mais ouvida – e temida – pelos em-preendedores no ano de 2015. Seria o momento de frear os investimen-tos e deixar de lado o sonho de abrir o próprio negócio? Se a resposta dos pequenos empreendimentos baia-nos viesse em voz alta, seria possível ouvir um claro “não”. Contrariando o pessimismo, o número de pequenos negócios do estado cresceu 9% no pe-ríodo, totalizando 632.783 empresas. A coragem de enfrentar os desafios econômicos fez com que 2016 come-çasse com 54.866 novos negócios em todo o estado. E o fantasma da crise parece ser um estímulo para esses empreendedores.

Para quem está de olho na chance de transformar desafios em oportu-nidades em 2016, o Sebrae aposta em

24 segmentos estratégicos dentro dos setores de agronegócio, comércio, ser-viços, indústria e turismo e economia criativa. Um deles, o varejo de moda, foi o escolhido por Lorine Lopes, que deixou o instinto empreendedor, que passa de geração a geração em sua família, falar mais alto que qualquer receio de arriscar nos últimos meses.

Com apenas 24 anos, Lorine é neta do empresário que deu nome ao Bar e Restaurante Ulisses, no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. Desde o falecimento do avô, o seu pai, Jorge Lopes, assumiu o estabelecimento e buscou promo-ver melhorias, como a mudança de endereço para o outro lado da Rua Direita de Santo Antônio, conquis-tando uma varanda com vista para a Baía de Todos-os-Santos. Há dois

anos ajudando a administrar o ne-gócio, Lorine passou a integrar, em 2015, o Clube de Excelência do Se-brae. E acabou descobrindo mais do que boas técnicas para desenvolver o restaurante fundado pelo avô.

“Entrei com o propósito de orga-nizar a parte administrativa do bar. Assisti às aulas, participei de todas as atividades e pensei: acho que chegou o momento de abrir a minha loja”, lembra a empreendedora, formada em Design de Moda. “Eu sempre sou-be que, para trabalhar com moda, eu teria que abrir o meu próprio negócio. Até então eu não tinha oportunidade nenhuma para isso, e foi através do Sebrae que eu consegui desenvolver o meu projeto. Não conhecia nada da parte administrativa, então me acon-selharam e participei de cursos que me ajudam bastante até hoje”, conta a proprietária da loja virtual Lorine Clothes, onde vende, desde novembro de 2015, peças que desenhou e cujos tecidos escolheu a dedo.

Se a crise assustou? “Não fiquei com medo. Apareceu a oportunidade e eu tive que agarrá-la independen-temente do período”, garante Lorine, que se formalizou como microem-preendedora individual (MEI), cate-goria que alcançou crescimento de 17% no estado em 2015. “Contornei a crise e tive um bom resultado na minha escolha. Não pensei em nada negativo”, afirma. O resultado de que ela fala foi animador – a primeira coleção, lançada junto com a marca, teve 60% das peças vendidas em ape-nas dois meses. No planejamento do negócio para 2016, o otimismo con-tinua em alta, com o sonho de uma loja física bem próximo de ser con-cretizado.

SEtOrES EStratÉGIcOSw

aGrONEGócIO cOMÉrcIO SErvIÇOS INdúStrIa tUrISMO E EcONOMIa crIatIva

Agricultura Varejo de alimentos Saúde Panificação Turismo

Café Varejo de Moda Automotivo Consrução

Civil Artesanato

Chocolate Materiais de Construção

Beleza eEstética

MetalMecânica Audiovisual

Caprinocul-tura

Revitalização de Espaços comerciais

Startups Confecção e Moda

Floricultura Químicos e plásticos

Leite e Derivados

Energia –Petróleo e Eólica

Agroindústria

Fonte: Sebrae Bahia

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Empreender pornecessidade requercuidados

Junto com a loja virtual recém-lançada de Lorine e o bar de mais de 50 anos da família, outras 160 mil empresas do estado foram aten-didas pelo Sebrae em 2015, ou seja, um a cada quatro pequenos negó-cios da Bahia recebeu orientação, capacitação ou consultoria da enti-dade. O número é significativo: no Brasil, o estado é o sexto em número de pequenos negócios.

Para o superintendente da insti-tuição no estado, Adhvan Furtado, esse número também é composto

por outro perfil de novo empreende-dor, diferente da designer de moda. “Podemos inferir que há um aumen-to da procura pelo Sebrae por pesso-as que empreenderam não por uma questão de oportunidade, mas por necessidade”, avalia, ao lembrar que há casos de pessoas que sofreram com o desemprego em 2015, e que buscaram nesse caminho uma nova atividade.

Diretor técnico da entidade, Lauro Ramos lembra que esse movimento demanda um cuidado maior. “A gente sabe que, historicamente, empreen-der por necessidade traz um volume de empreendimentos que, no curto prazo, acabam não tendo sucesso”, conta. “Então, mais do que nunca, a

gente tem que ser capaz de reunir as informações mais qualificadas possí-veis para esse perfil de público”. Nes-ses casos, é importante que o novo empreendedor tenha cautela e fique atento às dicas da instituição.

No entanto, Adhvan destaca que o cenário não deve intimidar os donos de pequenos negócios – muito pelo contrário. “Independentemente da questão econômica, a gente precisa encontrar oportunidades, continuar trabalhando e gerando caminhos para o desenvolvimento”, defende. “E o caminho passa, sem dúvidas, muito mais pela micro e pequena empresa, porque ela tem mais velo-cidade para conseguir adaptar o seu negócio a essa realidade”.

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Lorine Lopes escolheu um dos segmentos estratégicos do Sebrae para entrar no universo empreendedor. Ela é proprietária da loja virtual Lorine Clothes

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Novidades no atendi-mento e suporte aos pequenos negócios

Justamente para acompanhar essa agilidade necessária aos pequenos negócios e difundir mais conheci-mento para quem precisa de orien-tação em uma nova atividade, o Sebrae promoveu diversas ações no decorrer de 2015. A Semana de Ca-pacitação, com mais de 24 mil vagas no estado, e o lançamento do Movi-mento Compre do Pequeno Negócio foram dois dos destaques. As regiões do estado foram atendidas em suas vocações, com projetos variados: o fortalecimento das redes produtivas de fruticultura, caprinocultura e pa-

Vai empreender por necessidade?Fique atento às dicas

Observe o cenário – Pesquise sobre o segmento em que pretende empreender. Se não souber ainda em qual atividade atuará, procure uma com que se identifi-que.

Defina a sua expectativa e o seu investimento – Saiba bem qual é o retorno que espera ter e quanto tem para investir. Isso guiará o seu planejamento.

Planeje-se – Faça um planejamento não só do negócio, mas financeiro e pessoal. Saiba quanto tempo vai se dedicar à atividade e se precisará de mais uma pessoa para trabalhar com você. Analise tudo antes de iniciar o negócio, para evitar problemas que saiam caros demais depois.

Inove – Crie algo diferente. Procure vender de uma forma diferente dos con-correntes e criar oportunidades para isso. Oferecer um atendimento ou pro-duto personalizado, que satisfaça o cliente, também é uma forma de inovar.

Gestão – A gestão é fundamental. Acompanhe o tempo todo o seu negó-cio, mesmo que seja em uma caderneta. Lembre-se: quem não mede, não gerencia. A partir disso, poderá melhorar o seu negócio.

Parcerias – Fornecedores e clientes fidelizados podem ser seus parceiros, além do próprio Sebrae, que ajuda a traçar estratégias para o seu negócio. Não fique sozinho.

Perca o medo – Com o planejamento certo, é hora de vencer o grande desafio do empreendedor: perder o medo e dar o primeiro passo. O Sebrae está à disposição para ajudar nesse processo.

Fonte: Receita Federal2013 2014 2015

TOTAL

MPE

504.08577.917

Pequenos negócios na Bahia636.074

283.634

352.440

277.757

300.160260.351

243.736

MEI

Número de empresas constituídasem 2015 na Bahia

MEI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.877

MPE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52.280

TOTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.175

Fonte: Receita Federal

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nificação em Juazeiro; a estruturação do Plano Náutico da Costa do Dendê; o programa de fertilização in vitro para aumentar a produção de leite no semiárido; o fortalecimento dos grupos setoriais de Barreiras, e o as-sociativismo na produção de cacau e chocolate de Ilhéus.

Agora, o Sebrae se prepara para sacar mais uma carta da manga. Ainda em 2016, os empresários baianos ganharão ferramentas online de atendimento, que per-mitirão a consulta a distância, por videoconferência, com a mesma qualidade de um atendimento pre-sencial. Com isso, a entidade es-pera alcançar mais empresários e fortalecer mais negócios. “Para ter uma ideia, 8% dos atendimentos do Sebrae em 2014 foram a distância. Em 2015, chegamos a 20%. Em 2016, devemos saltar para 50%”, explica o diretor de atendimento Franklin Santos. “Este é o ano para a gente comprovar o que dissemina: sair da crise mais forte, usar a criativida-de, ser mais ágil, mais leve e mui-to mais flexível. Eu tenho mesmo muita esperança de que em 2016 a gente vai fazer melhor do que fez em 2015”, acredita.

Criatividade e inovação são aliadas para conquistar mercado

E não é somente Franklin que tem motivos para esperar que os próximos meses sejam melhores. Vencedora da etapa estadual do Prêmio Sebrae Mu-lher de Negócios em 2015, na catego-ria MEI, Clara Trigo tem a mesma ex-pectativa. Exemplo para quem quer Clara Trigo uniu os setores de economia criativa, comércio e serviço e criou um novo equipamento para a

prática de pilates, batizado de flymoon, que alcançou destaque em vários estados do Brasil e fora do país

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encontrar o seu caminho no mercado, ela também inovou com criatividade, leveza e flexibilidade, mas de forma diferente dos negócios mais tradicio-nais. A empreendedora viu a oportu-nidade de uniu os setores de econo-mia criativa, comércio e serviço, todos com destaque em 2016, ao criar um novo equipamento para a prática de pilates, em 2007. “Estava criando um espetáculo em que a ideia era inverter as coisas. E foi isso que eu fiz com um dos equipamentos, que é a meia-lua. Inverti, e o que era um objeto estável virou instável. Vi ali um novo formato de uso”, explica Clara, que é mestre em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e praticante de pila-tes desde os 15 anos.

Após recorrer a uma parceria com a também baiana Physio Pilates para produzir o novo equipamento, batiza-do de flymoon, ela passou a desenvol-ver novas técnicas aliando a dança e

o pilates, em que os praticantes pu-dessem trabalhar a instabilidade do corpo no aparelho de diversas manei-ras, sem amarras, algo que ela passou a chamar de “instabilidade poética”. “Notei que eu estava montando um método pedagógico. Não queria ensi-nar copiadores. Queria que as pessoas entendessem que precisamos traba-lhar com criatividade e autonomia, e que isso transborda o processo de repetição de exercícios”, conta Clara.

Além de obter lucro com a venda do aparelho, a empreendedora já mi-nistrou cursos de formação do seu método a mais de 500 profissionais da área em todas as regiões do Brasil, além de outros países, como Argen-tina, Estados Unidos, Itália, Espanha, Alemanha e Suíça. Para ela, 2015 trouxe grande crescimento. “O inte-resse pelo meu trabalho aumentou muito. Foi o ano em que mais ganhei dinheiro como empresária. Estou

apostando que esse é o caminho e que vou continuar crescendo”, reve-la a microempreendedora individual, formalizada desde 2013, escolha que a ajudou no processo de amadure-cimento. “Ser MEI foi muito impor-tante para ter coragem de apostar nesse caminho como empresária. Eu era muito medrosa em ser algo que me onerasse muito. Eu não daria um passo em direção ao empresariado se não fosse a formalização”.

Para 2016, Clara já tem um plane-jamento traçado. Na agenda, estão confirmados cursos de formação em cidades por todo o Brasil, como Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Aracaju, Goiânia, Fortaleza e Palmas. Fora do país, turmas em Portugal e no Panamá aguardam a empreendedora baiana, que está em processo de negociação com uma empresária na Europa para representação do aparelho no conti-nente. Para acompanhar o ritmo de crescimento do negócio fora do Brasil, Clara contará com capacitações do Sebrae. “Eu tenho muita necessida-de de entender como funcionam os negócios internacionais, então estou ávida por começar. Vou precisar de muito mais suporte este ano”.

A determinação e preparo de em-preendedores como Clara e Lorine, aliás, pode ser a resposta para a recuperação econômica do Brasil, acredita Adhvan Furtado. “A expec-tativa é que a gente tenha a micro e pequena empresa como grande mo-tor para tirar o país da crise”, afir-ma o superintendente, lembrando que, em meio ao cenário turbulen-to, ganha quem não se deixa abater. “A mensagem positiva é que a crise vai passar. E a empresa que estiver bem estruturada vai sair na frente”.

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O flymoon permite trabalhar a instabilidade do corpo de diversas maneiras

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Segmento Pequenos Negócios na Bahia

Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 316.163

Alojamento e alimentação 65.701

Indústrias de transformação 54.919

Outras atividades de serviços 48.783

Construção 35.808

Atividades administrativas e serviços complementares 30.606

Transporte, armazenagem e correio 24.951

Atividades profissionais, científicas e técnicas 17.943

Educação 13.548

Artes, cultura, esporte e recreação 7.529

Salvador

Itabuna

Teixeira de Freitas

Feira de Santana

Lauro de Freitas

Porto Seguro

Ilheus

Juazeiro

Camaçari

Vitória da Conquista

Fonte: Recita Federal

Ranking das cidades com maior número de pequenos negócios

Município . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . MPE + MEI

1. Salvador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171.814

2. Feira de Santana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39.932

3. Vitória da Conquista . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.607

4. Lauro de Freitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.118

5. Camaçari . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.332

6. Itabuna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.778

7. Ilhéus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.671

8. Juazeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.310

9. Porto Seguro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.996

10. Teixeira de Freitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.727

Total dos Municípios . . . . . . . . . . . . . . . . . 315.285

Total da Bahia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 632.783

Percentual dos 10 1º Municípios na Bahia . . . . . . 49,8%

Conheça mais sobre operfil dos pequenosnegócios baianos:

Fonte: Receita Federal

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Universitários participam de desafio empreendedorEstudantes do ensino superior disputam ideias e soluções em gestão e empreen-dedorismo

Jogos online de negócios, simula-dores empresariais e atividades de capacitação virtuais e presenciais fazem parte do Desafio Universitá-rio Empreendedor, uma disputa com o objetivo de preparar estudantes para o mercado, desenvolvendo e

aprimorando habilidades corpora-tivas nos participantes. Na Bahia, o Ciclo 2015 do Desafio Univer-sitário contou com 4.588 alunos inscritos (e mais 105 professores), dos quais 33 estudantes se clas-sificaram para a etapa final esta-

dual e, desses, quatro venceram e seguiram para a etapa nacional, em Brasília, no início de dezembro de 2015.

A jovem Larissa Mendes Malta, 8º semestre de Engenharia de Produção na Universidade Estadual de Santa

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EdUcaÇãO EMPrEENdEdOra

Alan, Larissa, Tamires e Bruna são os quatro alunos vencedores da Bahia, que depois formaram uma equipe para disputar a etapa nacional

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Cruz (UESC) no Sul baiano, ficou em primeiro lugar na etapa estadual do Desafio. A segunda colocação foi para Alan Silva Moura, que cursa o 6º se-mestre de Administração na Univer-sidade Católica do Salvador (UCSal). Tamires Silva de Andrade, 3º semestre de Administração de Empresas, Uni-versidade do Estado da Bahia (UNEB), ficou em 3º lugar e Bruna dos Santos Brito, 4º lugar semestre do mesmo curso anterior, no Centro Universitá-rio Jorge Amado (Unijorge), em 4º. Os quatro estudantes formaram a equi-pe que representou a Bahia na etapa nacional do desafio.

Juntos, eles apresentaram aos ju-rados o projeto “Estação Comfort” para a criação de um guarda-vo-lumes, estrutura que permite às pessoas guardarem seus perten-ces quando forem, por exemplo, à praia, para que possam aproveitar melhor o ambiente com segurança. A iniciativa prevê também um es-tacionamento de bicicletas. “Nossa ideia agora é fomentar esse proje-to, começar a nos movimentar em busca de parcerias, e transformar ele em um negócio”, conta Larissa, empolgada com toda experiência vivenciada ao longo da competição. “O Desafio me estimulou e, agora, vou continuar buscando conhe-cimento em empreendedorismo, porque percebi que tem muita coi-sa nova para aprender nessa área”, garante Bruna Brito.

A integrante Tamires Silva come-mora as vivências na competição e as características empreendedo-ras adquiridas. “No ranking geral do Desafio, nós ficamos entre os dez melhores do país, um motivo a mais para comemorarmos, ape-

sar de não termos levado o título”, relembra. Para Alan Moura, não restam dúvidas sobre o retorno positivo em ter investido tempo no Desafio: “Eu perdi as contas do número de madrugadas que passei envolvido com o Desafio, porque os jogos são bem atraentes, e só pos-so dizer que valeu a pena vivenciar tudo isso”.

Como uma forma de estimular os estudantes a participarem do Desa-fio Universitário, a gestora estadual do prêmio no ciclo 2015, Sueli de Paula, explica que todos os 33 semi-finalistas receberam, gratuitamente, uma bolsa de ingresso no Seminário Empretec, em todo o estado. Ela destaca o trabalho de avaliação do Desafio, focado em itens, como co-nhecimento, habilidade e atitude. “O Desafio quer formar um empre-endedor que saiba transformar uma ideia em negócio viável, consiga gerenciar esse empreendimento e, além disso, seja um empreendedor ético”, frisa Sueli.

Vencedores 2015

Na etapa nacional, a equipe do Distrito Federal venceu com a ideia de negócio de criar um filtro auto-motivo separador de poluentes, e foi contemplada com troféus, tablets e uma viagem ao Japão, em 2016, para conhecer centros de referências em inovação e empreendedorismo. Os quatro jovens de Pernambuco fica-ram em segundo lugar, ao propor como ideia de negócio a plantação de hortas no teto de edifícios para um mundo mais sustentável. O ter-ceiro lugar ficou para a equipe do Piauí, com a ideia de uma prótese robótica de baixo custo feita por im-pressão 3D. Os segundo e terceiro lu-gares ganham troféus, tablets e uma viagem nacional, para um local a ser definido, a fim de conhecer centros de empreendedorismo. Professores e Instituições de Ensino Superior (IES), inscritos no Desafio, foram reconhe-cidos em todo o país.

Inscrições abertas para o ciclo 2016

O Desafio Universitário acontece há 15 anos em todo país, foi re-formulado em 2012 com o objetivo de estimular atitudes empreen-dedoras nos estudantes de graduação e de educação tecnológica. A iniciativa integra três etapas de competição: a primeira contempla a fase estadual classificatória com ranking virtual, que classifica os alunos por pontuação em jogos online, capacitações presenciais; a segunda é a etapa estadual presencial, dela, saem os finalistas do estado para a terceira etapa, que é a final nacional, presencial.

O estudante interessado em participar do Desafio Universitário

Empreendedor este ano pode se inscrever gratuitamente no site www.desafio.sebrae.com.br.

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MErcadO

Curso orienta sobre mercado de franquiasCom linguagem acessível e exemplos práticos, o serviço oferecido pelo Sebrae trata desde conceitos básicos a pontos críticos a serem avaliados

Joabe Fontes, empresário de Jequié, participou da capacitação para franquear sua marca Sportcia - Nutrição Esportiva

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Os números positivos do modelo de franquia, mesmo no desafiador cenário econômico do país, tornam a opção atraente para quem deseja ter o próprio negócio: o mercado cresceu 8,2% no terceiro trimestre de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014 (dados da Associação Brasi-leira de Franchising – ABF). Para tra-zer conhecimento sobre o sistema de franquias e empreender de forma segura, o Sebrae e a Associação Bra-sileira de Franchising (ABF) realizam o curso “Entendendo Franchising: O caminho ideal entre você e sua em-presa”. Com linguagem acessível e exemplos práticos, a iniciativa tra-ta desde conceitos básicos a pontos críticos a serem avaliados.

Em Jequié, a capacitação, que acon-teceu em novembro de 2015, comple-mentou os estudos do empresário Jo-abe Fontes no projeto de franquear a marca Sportcia – Nutrição Esportiva, especializada em suplementos nu-tricionais, acessórios e moda fitness. “A ideia surgiu da necessidade de ga-nharmos novos mercados. Ao invés de abrir novas lojas, preferi investir em franquia”, revela Joabe. Segun-do ele, o ramo da nutrição esporti-va ainda é pouco explorado no país, com apenas 8% da população fazen-do uso de suplementos alimentares, número que deve chegar a 30% nas próximas duas décadas.

No processo de franquear a mar-ca existente há pouco mais de qua-tro anos, o empresário explica que o Sebrae tem sido fundamental. “Além de apontar consultores com excelente grau de conhecimento no mercado de franchising, também tem subsidiado investimentos nes-se setor”. Seguindo o cronograma,

Joabe acredita que a primeira fran-quia da marca será inaugurada em maio deste ano, em Jequié.

Os modelos de franquia Sportcia possuem três dimensões, duas com lojas de 20 e 40 metros quadrados, ou um quiosque com 15 metros qua-drados. Os franqueados recebem treinamento especializado da equi-pe e suporte online, além de todas as vantagens de trabalhar com uma marca já consolidada no mercado,

com uma matriz em Jequié e mais duas filiais, no mesmo município e outra em Jaguaquara.

De acordo com a técnica do Sebrae responsável pela capacitação, Ro-sângela Gonçalves, o conteúdo pro-gramático do Entendendo o Franchi-sing aborda pontos fundamentais do sistema, como vantagens e desa-fios, papel das partes, remuneração, etapas do processo de seleção de um franqueado, passos para análi-se, tomada de decisão, entre outros. “A carga horária é de 8 horas e o pú-blico-alvo inclui franqueados, que desejam iniciar um negócio no for-mato franquia, franqueadores, que desejam formatar sua empresa para ser franqueadora, além dos poten-ciais empresários”, acrescenta.

Até o final do primeiro semestre de 2016, 15 cidades baianas sediarão o curso: Salvador, Alagoinhas, Cama-çari, Lauro de Freitas, Ilhéus, Itabu-na, Feira de Santana, Barreiras, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquis-ta, Teixeira de Freitas, Juazeiro, Jaco-bina, Guanambi e Porto Seguro.

Como participar?

Os interessados devem realizar inscrição no site da ABF (abfeducacao.portaldo-franchising.com.br). Após o pré-cadastro, será indica-do o endereço do respec-tivo Ponto de Atendimen-to Sebrae para efetivação do investimento, hoje de R$ 30. A agenda pode ser conferida no site.

Franchising

De acordo com a Lei 8.955/94, franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvido ou detido pelo fran-queador, mediante a remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. O faturamento total do franchising brasileiro, somando as quase três mil redes franqueadoras operando no país, atingiu o valor de R$ 127 bilhões em 2014, um crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior.

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Avatim: de Ilhéus parao mundo

Instalada na Mata Atlântica do Sul da Bahia, na área de uma tra-dicional e produtiva fazenda de ca-cau, a fábrica da Avatim, em Ilhéus, encontrou na paisagem natural mais do que um espaço de verde exuberante e acolhedor. Além do nome da marca, que significa “chei-ro da terra” em tupi-guarani, da bio-diversidade local, vêm a inspiração e a matéria-prima para a criação do portfólio de 480 produtos em 84 di-ferentes fragrâncias para ambien-tes (home care) e corpo (body care).

Exemplo de empresa baiana que

deu certo como franqueadora, a empresa de cosméticos e higiene pessoal alcançou em 2015 uma re-ceita de R$ 40 milhões. Criada há 13 anos por Mônica Burgos e César Fávero, atualmente a Avatim tem uma rede de 62 lojas – sete delas próprias e 55 franquias – distribuí-das em 17 estados do Brasil. “Nosso grupo econômico cresce ao ritmo de 40% ao ano, gerando 416 empregos diretos e renda para mil revendedo-res porta a porta e distribuidores. Para os próximos dois anos a meta é abrir mais 90 lojas franqueadas”, explica Mônica.

O projeto de expansão da mar-ca, tem foco na implantação da chamada Franquia Slim, uma

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Comandada pelos sócios Mônica Burgos e César Fávero, empresa localizada na Bahia é referência em franquia

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proposta arrojada de entrada no mercado do interior. Como sugere o termo (do inglês “fino”), a fran-quia tem custo de implantação de R$ 100 mil a R$ 200 mil, uma redução de até 50% em relação à franquia conceito, que varia de R$ 250 mil a R$ 400 mil. Nas fran-quias Slim, o formato de instalação é mais simples e os custos de ser-viço menores. “A estratégia atual é entrar no mercado de cidades com até 100 mil habitantes, colocan-do um pedacinho da Avatim em cada município brasileiro”, detalha Mônica Burgos.

A empresa também se prepara para ganhar o mundo. Está em fase de estudos de mercado, estratégias de venda e adequação de formula-ções e embalagens para atender às especificidades dos mercados da Europa, Japão e Estados Unidos. A exportação será iniciada este ano e, para isso, a Avatim vai construir uma nova fábrica, ao lado da atual, com investimento previsto em R$ 2 milhões, e fará, até 2017, um apor-te de recursos de R$ 50 milhões na transformação de matéria-prima em produto acabado para atender a toda demanda do grupo no Brasil e exterior.

A Avatim recebeu o prêmio de Empresa Empreendedora do Ano, pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), pelo seu desempenho. Tam-bém foi indicada como finalista do Prêmio Empreendedor do Ano, na categoria Emerging, pela Ernst & Young, líder global em serviços de auditoria. A empresa se destaca ainda por desenvolver fragrâncias exclusivas para outras marcas, como a Ellus do Brasil, Água de

Coco, Victor Hugo, H. Stern, Arez-zo, Fórum, Colcci, Any Any, Second Floor, Chevrolet, Peugeot, Odebre-cht e Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Parceria com o Sebrae

Atendida pelo Sebrae em consul-torias para avaliações ambientais e medição de produtos químicos para segurança do processo produtivo, com participação do Serviço Social da Indústria (Sesi), a Avatim tam-bém já solicitou consultoria para análise ergonômica de atividades

que influenciam a qualidade de vida dos funcionários.

Sobre a importância das capaci-tações e parceria com o Sebrae, a empresária, Mônica Burgos, desta-ca que o contato com a instituição representa novas experiências e vi-vências para os empresários. “Acon-selho a todos a buscar essa parceria. Aos nossos franqueados, depois de receber a capacitação inicial da Ava-tim, nós os incentivamos a dar con-tinuidade ao processo procurando o Sebrae em busca de cursos e trei-namento continuado para melhor atender ao cliente”, completa.

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Criada há 13 anos, a empresa tem uma rede de 62 lojas – sete delas próprias e 55 franquias – distribuí-das em 17 estados do Brasil

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A fotógrafa e artista plástica Valéria Simões acompanha a tendência europeia expondo seus trabalhos no próprio apartamento

Fotógrafa há 28 anos, Valéria Si-mões não concebia a ideia de con-ciliar arte e negócio até associar-se ao Clube de Excelência no Turismo, desenvolvido pelo Sebrae. Desde ju-nho do ano passado, ela apostou no desafio de transformar a CasaGale-ria, então espaço difusor de cultu-ra, provido de obras de arte de alto

padrão e expressivo valor senti-mental, num ambiente de negócios, produzindo ações inovadoras, com foco no empreendedorismo.

Apaixonada pela fotografia, Valé-ria que também é artista plástica, tinha criado de forma despreten-siosa a CasaGaleria, em 2013, curio-samente instalada no seu próprio

apartamento, no sugestivo bairro do Rio Vermelho, na capital baia-na. Com o objetivo de fomentar o colecionismo, precisava selecionar as peças para exibir na parede. Para isso, contou com a ajuda do artista plástico e amigo Fábio Gatti, que su-geriu e a convenceu de colocar to-das as obras em todos os espaços do

Arte e negócio dentro de casa

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apartamento, alegando que se tra-tava de um valioso acervo que ex-pressava sua história de vida. “Eu ti-nha muita coisa dentro de casa que produzia e que ganhei dos amigos. Levamos três dias para colocar tudo nas paredes. E ficou lindo!”, conta.

As obras de arte, incluindo fotos e quadros de sua autoria e de amigos, ocupam milimetricamente as pare-des da sala, quartos, cozinha, sani-tários e corredor. Lembranças de via-gens agregaram o acervo, distribuídas em vários cantos do apartamento. Divulgadas nas redes sociais, as ima-gens do novo layout da residência de Valéria causaram impacto positivo

entre os internautas. O local tornou-se um point atrativo, despertando o interesse de amigos, que passaram a visitá-la com mais frequência e ainda a colaborar com a coleção, oferecen-do presentes originais à anfitriã.

A boa receptividade do público mo-tivou Valéria a criar a marca da Casa-Galeria, surgindo, então, um projeto cultural que tomou novos contornos de natureza empresarial, graças às orientações do Clube de Excelência no Turismo. Como microempreende-dora Individual (MEI), ela integrou-se e aderiu aos conceitos do Clube, em Salvador, participando assiduamen-te dos encontros quinzenais.

O primeiro passo foi distinguir-se entre a artista e a empresária, assumindo atitudes diferenciadas para cada papel, e daí começou a trabalhar com inovações em seu empreendimento. Valéria impri-miu estratégias de gestão sugeri-das e orientadas pela consultoria e ações idealizadas por ela. “Com treinamentos e a consultoria, ela foi avançando e se vendo como empresária”, explica o consultor de Economia Criativa, Ricardo Bru-no Borges. Na avaliação do consul-tor, a fotógrafa vem conquistando com rapidez o avanço no empre-endedorismo, destacando-se nos

Todos os espaços da CasaGaleria são preparados para exposição

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quesitos financeiro, de liderança, marketing, indicadores e metas.

No apartamento, as pessoas par-ticipam de uma visita guiada. E o que é melhor: conhecem o acervo apresentado pela própria artista, que conta com satisfação e deta-lhe a produção de cada peça, se constituindo no principal diferen-cial de seu negócio. “Para mim é um momento de prazer, é sensa-cional e gratificante ter esse con-tato com o público, falar do meu trabalho e ouvir o que pensam”, salienta, avisando que todas as vi-sitas são agendadas e com grupos de oito a 12 pessoas.

No arsenal de inovações, a fotó-grafa ampliou e diversificou o es-toque de produtos personalizados,

também chamados de suvenirs, incluindo canecas com fotos, cabi-des e placas. Formatou a venda das peças comercializadas, criando um catálogo de preços, e adotou nova modalidade de pagamento com a utilização de uma máquina de car-tão. “Aos poucos, estou me profissio-nalizando. O Sebrae me orientou a separar o lado pessoal do profissio-nal”, complementa.

Cozinha Aberta

Fervilhando em ideias e imbuí-da em desenvolver uma ação pro-mocional de seus trabalhos, Valé-ria montou no espaço a “Cozinha Aberta”. A ideia foi de transformar o ambiente no encontro de pesso-

as que apreciam a arte e a cultura, dentro de um local seguro e aco-lhedor. E deu certo, pois ao mes-mo tempo em que degustam de maneira informal a saborosa e su-gestiva culinária, os visitantes cir-culam entre charmosos móveis no estilo retrô, apreciam e adquirem as obras de arte e souvenirs, além de divulgarem o espaço.

“Atividades como essa, dentro de residências, acompanham a ten-dência europeia. A “Cozinha Aber-ta” é uma oportunidade também das pessoas se conhecerem, faze-rem amigos e até iniciarem um ne-gócio”, pontua Valéria. A cozinha funciona todos os dias, das 20h às 23h, para o jantar, e o custo é de R$ 40 por pessoa.

Integrante do Clube de Excelência no Turismo do Sebrae, Valéria Simões reúne arte e gastronomia em seu negócio

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Excelência no TurismoPor meio do trabalho de capacitação e consultoria in-

dividual, o Programa Clube de Excelência no Turismo auxilia o pequeno empresário do trade turístico a desen-volver uma gestão qualitativa na busca de resultados no negócio. Destinado aos empresários que atuam nos seto-res de hospedagem, alimentos e bebidas, agências de via-gens e atrativos turísticos, o programa tem a finalidade de despertar a liderança na condução dos negócios.

Para a capacitação do empresariado, o Clube de Exce-lência baseia-se nos critérios da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ): liderança, estratégias e planos, clien-tes, sociedade, informações e conhecimentos, pessoas, processos e resultados. No período de um ano, eles par-ticipam de encontros coletivos integrando turmas em média de 25 pessoas, e são capacitados com ferramen-tas que propiciam a realização de uma gestão empresa-rial voltada para o fortalecimento da gestão.

O empresário também recebe consultoria individual para a construção do plano de ação, adequado à rea-lidade empresarial, observando pontos fortes e fracos, e identificando o potencial e diferencial do negócio no

cenário turístico. Segundo a gestora do Clube, Hirlene Pereira, o programa mantém cinco grupos na Bahia, dois em Salvador e um em Lauro de Freitas, outro no Litoral Norte e um na Ilha de Itaparica. “Após a par-ticipação no Clube, os empresários da Praia do Forte criaram a Central de Negócios. Foi uma iniciativa in-teressante, que favorece a troca de experiências e a formação de parcerias, com a adoção de ações com-partilhadas que reduzem os custos e contribuem para a compra coletiva”, argumenta.

O Clube de Excelência no Turismo é realizado pelo Sebrae, em parceria com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – Bahia (Abrasel-BA), a Associa-ção Brasileira da Indústria de Hotéis – Bahia (ABIH-BA), o Salvador e Litoral Norte da Bahia Convention & Visi-tors Bureau, o Sindicato das Empresas de Turismo no Estado da Bahia (Sindetur) e a Associação Comercial e Turística da Praia do Forte (Turisforte). Os interessados em integrar o Clube devem estar vinculados ao setor turístico e fazer a solicitação no Sebrae.

Lembranças de viagem se juntam aos quadros para personalizar ainda mais a decoração

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De linguagem acessível e responsável por transformar a educação financeira em tema de best-sellers, como o livro “Casais inteligentes enriquecem juntos”, adaptado para o cinema com a comédia “Até que a sorte nos separe”, o consultor Gustavo Cerbasi é um defensor do planejamento, seja em tempos de bonança ou de crise. Aliás, para ele, os empresários não devem deixar que esta última palavra seja motivo de pessimismo em 2016.

Mestre em Administração/Finanças pela Faculdade de Administração e Contabilidade da Universidade de São

Paulo (FEA/USP), com especialização em Finanças pela Stern School of Business – New York University e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), Cerbasi es-teve na Bahia em setembro de 2015, quando participou da Semana de Capacitação do Sebrae, atraindo mais de mil pessoas para a sua megapalestra, em Salvador. Nes-ta entrevista, ele analisa o atual cenário de desafios, as estratégias possíveis para os pequenos negócios, e indi-ca como fazer escolhas ponderadas e sustentáveis para se fortalecer durante a crise.

“A crise nasce de más escolhas e alimenta-se do pessimismo. O momento não é de lamentar a crise, mas de aproveitar o ritmo mais lento do mercado para enxugar as gorduras do negócio”

2016 sem pessimismo

Gustavo Cerbasi

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O Brasil vem enfrentando uma série de desafios econômicos que estão im-pactando o seu crescimento. O que precisa ser feito para que ele volte a crescer?

Para haver crescimento, é preciso fazer investimentos. Para que os investimentos aconteçam, é preciso contar com poupança. O problema dessa crise é que, diferente-mente de outras crises, o nível de poupança do governo, das empresas e das famílias está muito baixo. Famílias estão sem reservas para empreender, empresários estão sem reservas para expandir seus negócios e o governo queimou muito rapidamente reservas que poderiam es-timular investimentos em infraestrutura que aqueceriam a economia. Não temos, portanto, investimentos a fazer. Estamos mais pobres, deslumbramo-nos nos tempos de bonança e gastamos muito mais do que podíamos. Nossas estratégias, agora, devem se concentrar no esforço de nos adaptarmos a essa nova situação, descer um degrau no patamar de consumo, e entender que não podemos mais nos esbaldar na importação de bens e serviços. Serão bem- sucedidas as empresas que adequarem sua gama de pro-dutos e serviços para um consumo mais popular e menos dispendioso. Ou, para sobreviver, empresas que atendam a nichos de maior poder aquisitivo terão que unir forças, pois não haverá espaço para múltiplos concorrentes.

Acredita-se que a economia brasileira ainda enfrentará problemas nos pró-ximos meses, mas deve surpreender, positivamente, a partir do segundo se-mestre do ano que vem. Qual é a sua visão sobre essas possibilidades?

Eu não faço projeções, pois não sou economista, mas o cenário para o qual traço minhas estratégias é um cená-rio que envolve recuperação muito lenta da economia. Não acredito em recuperação em 2016, mas, sim, no país andando de lado nos próximos três anos. Obviamente, a análise que faço trata-se de uma média, e toda média é burra. Negócios e regiões que se beneficiam do câmbio

mais elevado ou de um perfil de consumo mais popular, como vendas diretas, devem se expandir. A maioria das regiões do Brasil, porém, deve se preparar para um longo período de encolhimento na atividade econômica.

Quais os impactos e desafios para as micro e pequenas empresas da Bahia nesse cenário, em 2016? Como en-frentá-los?

Estamos diante de um cenário de queda na renda, queda no consumo, queda no crédito e aumento nos preços. A regra é enxugar os excessos e aumentar a efi-ciência. Deve-se redobrar a atenção para que, ao buscar a redução de custos, não se reduza o valor da empresa. Gastos devem ser cortados, mas é um erro radicalizar no corte de gastos e eliminar itens que são percebidos como diferenciais da empresa. Isso vale do ponto de vis-ta do cliente, como pequenos mimos e brindes que os clientes valorizam, e vale também do ponto de vista dos colaboradores, como confraternizações e prêmios para o funcionário do mês. Nas crises, devemos atentar para a rentabilidade de cada linha de produto ou serviço ofe-recido, enfatizar as ações comerciais para os segmentos mais rentáveis, e reduzir esforços ou até eliminar linhas de produtos ou serviços menos rentáveis.

É importante destacar também que, nas crises, to-dos estão fragilizados. Não é bom negócio intensificar batalhas comerciais com os concorrentes, pois em uma guerra em que os dois lados estão frágeis ambos podem tombar. O cenário é de busca de parcerias para se forta-lecer. Se alguma linha de produto é pouco rentável para você e mais rentável para seu concorrente, é interessan-te propor parceria no sentido de você deixar de operar esse produto e indicar clientes ao parceiro em troca de

“Não é bom negócio intensificar batalhas comerciais com os concor-rentes, pois em uma guerra em que os dois lados estão frágeis ambos podem tombar”

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comissão. Quando o caminho contrário também aconte-ce, temos uma boa parceria consolidada.

É preciso manter-se ágil para mudanças de estratégia, pois os hábitos de consumo estão se transformando. Para isso, a regra é manter menos estoques, melhorar a logística e comprar com maior frequência, mesmo que isso comprometa parte da margem. É melhor perder parte do lucro do que morrer com um grande capital pa-rado ou se deteriorando. Além disso, é essencial manter-se próximo ao cliente, colher suas opiniões e expecta-tivas, para manter-se ajustado à realidade do mercado. Nesse aspecto, o pequeno negócio e o negócio de giro mais intenso levam vantagem.

Quanto aos preços, apesar da percepção de inflação ser evidente, o consumidor não tem aceitado a ideia de indexação da economia. Para aumentar preços, é preciso agregar serviços ou conveniências. Por exemplo, a venda mais ativa e a venda online têm sido bem recebidas em um cenário em que as pessoas estão mais conectadas e evitando ir ao shopping, mesmo que não haja diferen-ciais significativos de preços.

Por que a crise é parte fundamental da solução dos problemas econômi-cos brasileiros? Por que as maiores oportunidades de negócios surgem em crises como essa?

Na minha visão, crise não é o que está acontecendo ago-ra, mas, sim, o que ocorreu há dois ou três anos, quando, tomados pela euforia da bonança e do crescimento, em-presários, famílias e governo deslumbraram-se em otimis-mo e começaram a dar passos maiores do que a perna. Em tempos de bonança, as pessoas saem de casa para com-prar um carro de R$ 50 mil e voltam para casa com um de R$ 60 mil. A crença de que tudo continuará evoluindo, positivamente, nos cega e diminui nossa capacidade de ponderar e de fazer escolhas sustentáveis. Nesse mesmo período, quem está financeiramente mais consciente ado-ta um consumo mais contido, cria reservas financeiras e começa a se preparar para oportunidades melhores. Então, chega a recessão, que é quando as escolhas insustentáveis cobram seu preço. As famílias não conseguem mais man-ter sua casa e seu carro, os empresários não dão conta de

manter seus negócios a pleno vapor, e então começam a desfazer-se das escolhas inviáveis. Nessa hora, quem foi conservador na bonança aproveita suas reservas e com-pra bens mais baratos ou adquire concorrentes que estão falindo. No cenário conhecido como crise, o que acontece, na verdade, é um reequilíbrio das escolhas: conservado-res socorrem aqueles que foram ingênuos ou mesmo ga-nanciosos na bonança, por isso discordo que chamem os investidores de oportunistas. Oportunista foi, na minha visão, quem consumiu ou investiu sem ponderar se suas escolhas eram sustentáveis.

Como as micro e pequenas empre-sas da Bahia podem aproveitar essas oportunidades e saírem da crise mais fortes do que antes dela?

A crise nasce de más escolhas e se alimenta do pessi-

mismo. O momento não é de lamentar a crise, mas de aproveitar o ritmo mais lento do mercado para enxugar as gorduras do negócio, unir-se a potenciais parceiros, adquirir conhecimento e adotar novas estratégias. A crise não é pas-sageira: vivemos um novo patamar de consumo, mas racio-nal e menos compulsivo, que deve durar anos. Para quem inicia um novo negócio, é importante garimpar oportuni-dades nesse novo comportamento mais restrito e racional dos consumidores, focando no consumo mais essencial e sustentável das classes B e C, ou então no consumo mais sólido de uma classe A que encolhe no país. Quem preten-de atuar em segmentos mais elitizados terá que oferecer diferenciais capazes e vencer uma concorrência já estabe-lecida. Quem tem planos para a classe média conta com a vantagem do menor espaço deixado para importados e para concorrentes sem preparo. O cenário não é de pessi-mismo, mas, sim, de adequação de seu negócio à realidade. Nesse sentido, há muito espaço para quem pretende em-preender com seriedade e bons planos de negócios.

“A crise nasce de más escolhas e se alimenta do pessimismo” Gustavo Cerbasi

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Com a criatividade da MEI Isadora Alves e a capacidade de alcance instantâneo, as redes sociais possibilitam a divulgação da marca Com Amor, Dora

Bom uso das ferramentas virtuais impulsiona resultados Microempreendedores individuais baianos creditam aumento no faturamento a posicionamento estratégico nas redes sociais gratuitas

Já vai chegando a hora do almoço, estômago “roncando”... Onde encon-trar uma boa comida? A salvação pode estar no assovio do aparelho celular. Por meio de uma mensagem de WhatsApp, aparece um cardápio suculento sob seus olhos. O bom é que isso não é sonho. O Boteco do Piri é um dos empreendimentos lo-calizados em Salvador que utiliza as redes sociais como ferramenta para estreitar o relacionamento com os clientes e aumentar o faturamento.

De acordo com a gerente do es-tabelecimento, Eloína Oliveira, cer-ca de 2 mil clientes recebem, dia-riamente, a imagem do “prato do dia”, através do WhatsApp. “O mo-vimento aumentou bastante após utilizarmos as redes sociais no relacionamento com os clientes”, afirma. O Boteco do Piri também está presente no Facebook e no Instagram. “De quatro em quatro meses, os clientes recebem o nosso cardápio completo”, revela Eloína.

Dados da 2ª Pesquisa Nacional do Varejo Online, realizada pelo Sebrae em parceria com o E-com-merce Brasil, mostram que as ações do Boteco do Piri são mesmo uma tendência entre os empreen-dedores, principalmente os que atuam no universo virtual. E foi nesse universo que surgiu a Com Amor, Dora, que atua com linha de tiaras para cabelo feitas de tecido. Atualmente, a loja possui ende-reço físico e um público fiel, con-

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Empresário deve atentar para detalhes

De acordo com o gerente regio-nal do Sebrae Bahia, Rogério Tei-xeira, as redes sociais realmente se configuram, no cenário atual, como instrumento importante de alavancagem de vendas. “Como toda ferramenta que aumenta a possibilidade de aproximação e contato com o cliente, elas con-tribuem para a interação entre o negócio e o consumidor”, afirma.

Ele lembra que qualquer em-preendedor pode aderir às redes sociais, entretanto é preciso sem-pre estar atento a detalhes im-prescindíveis para que não surja um efeito contrário e inespera-do. “É preciso preparar o negócio

para a demanda que será gerada e, sobretudo, ter capacidade para honrar com os compromissos e entregas, para que aquilo não se transforme em frustração para o cliente”, pontua.

Ainda de acordo com o gerente, é fundamental que os empresá-rios que pretendem utilizar essas ferramentas estejam ligados no comportamento dos seus clientes no uso das redes sociais. “Também é preciso estar atento para desen-volver respostas rápidas, claras e objetivas, já que se cria uma ex-pectativa de interação constante com os usuários desse tipo de ca-nal”, ressalta

Dicas

Observar o comportamento do cliente ou potencial cliente;

Planejar e traçar os objetivos e metas com a implementação das redes;

Conhecer as redes sociais que irá utilizar;

Alinhar o comportamento do negócio com a linguagem que será adotada através das redes para manter a identidade da empresa;

Dinamizar a comunicação pelas redes para gerar interesse e curiosidade dos clientes nas postagens e interações.

O Sebrae Bahia possui oficinas específicas para empreendedores que dese-jam implantar ou aprimo-rar as redes sociais como recursos para alavancagem de vendas. Outras informa-ções podem ser obtidas pela Central de Relacionamento (0800-570-0800).

A marca tem mais de 10 mil seguidores no Insta-gram e passa de 4 mil curtidores no Facebook

quistado pelas redes sociais desde setembro de 2012, quando as tiaras

começaram a ser exibidas no Face-book e Instagram.

Além dessas ferramentas, a Com Amor, Dora também está presente no WhatsApp e até no Snapchat, que dei-xa as fotos no ar por apenas um dia. Para a proprietária, Isadora Alves, o mergulho nas redes sociais foi decisivo para ampliar a receita da loja. “As re-des sociais eram o meu único meio de comunicação com os clientes, então elas serviram de suporte para minha criatividade, e a capacidade de alcance instantâneo ajudou, e ajuda, até hoje na divulgação gratuita da marca”, res-salta. A marca tem mais de 10 mil se-guidores no Instagram e passa de 4 mil curtidores no Facebook.

A empresária revela que o núme-ro de vendas, após divulgações via WhatsApp e Instagram, aumentou cerca de 60% . “Foi quando come-cei a investir em boas fotos e criar

uma identidade própria da marca com foco nas redes”, explica. Isadora acredita que o bom uso das redes so-ciais é uma arma potente para o em-preendedor sem recurso financeiro para investir em projetos de marke-ting. “O uso ainda é gratuito e isso é uma chance para explorarmos nossa criatividade e alavancar vendas”, diz.

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Ticiana Gomes criou um produto que não existia no mercado local, o Bolo no Pote da Ticy, e se destacou nas vendas

Empresária investe em qualificação e participa de cursos do Sebrae antes de abrir o negócio

Loja de bolo no pote faz sucesso em Irecê

EMPrEENdEdOrISMO

Após dez anos na administração de uma empresa de artigos eletrônicos, acessórios para celular e cosméticos, em sociedade com seu marido na cidade de Irecê no Centro-Norte da Bahia, Ticiana Gomes decidiu mudar totalmente de ramo. Em 2015, com a forte redução nas vendas dos produtos, ela investiu em um sonho: o Bolo no Pote da Ticy.

O formato de negócio, inicialmen-te pela internet, foi amadurecido a partir de 2013, quando Ticiana parti-cipou do Seminário Empretec, solu-ção oferecida pelo Sebrae que traba-lha mudanças no comportamento empreendedor. “Antes do Empretec, eu não anotava nada. Não tinha

foco, nem visão ampla do mercado”, avalia a empreendedora. “Compre-endi o quanto o comportamento influencia no sucesso do negócio e percebi os erros que tinha cometido durante os anos na empresa de ele-trônicos”, completa.

O investimento inicial foi de R$ 50 em matéria-prima e, logo no primei-ro dia, ela vendeu todos os bolos que produziu. O sucesso do negócio foi tanto que a empreendedora abriu, há quatro meses, o Café LánaTicy, empresa onde ela comercializa os bolos no pote, além de um cardápio diversificado, que inclui cafés exclu-sivos, lanches sem glúten, salgados

e sucos. Para Ticiana, a visão empre-sarial, obtida durante o Empretec, ajudou no processo de criação do novo negócio. “Fiz tudo personaliza-do, com marca própria, desde ade-sivos a banners de internet. Todos conhecem o meu produto”, aponta.

Hoje, a empresária faz cerca 300 bolos no pote por dia, e distribui para escolas, supermercados, mercadi-nhos e no próprio café, além de enco-mendas para aniversários e buffets. São mais de dez sabores diferentes.

Interessados em participar do Empretec pode entrar em contato por meio da Central de Relaciona-mento do Sebrae (0800-570-0800).

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Sebraeperto de você

O Sebrae Bahia possui 30 Pontos de Atendimento, distribuídos em dez Unidades Regionais, oferecendo aos empresários das micro e pequenas empresas informação, orientação, capacitação, apoio e soluções através de consultoria em gestão, acesso ao crédito e ao mercado, tecnologia e inovação.

O Ponto de Atendimento do Sebrae em Irecê fica localizado na Rua Coronel Terêncio Dourado, 161, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Pontos de Atendimento na Bahia

Unidade Regional 01 – Salvador / MercêsCentro de Atendimento ao EmpreendedorAv. Sete de Setembro, 261 – Mercês. CEP 40060-000. Tel.: (71) 3320-4526

Salvador / ItapagipeRua Direta do Uruguai, 753, Bahia OutletCenter, Lojas 134/135 – Uruguai. CEP 40454-260. Tel.: (71) 3312-0151

Salvador / LiberdadeEstrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 – Liberdade. CEP 40375-016. Tel.: (71) 3241-8126

AlagoinhasRua Rodrigues Lima, 126-A – Centro. CEP 48010-040. Tel.: (75) 3422-1888

CamaçariRua do Migrante, s/nº – Centro. CEDAP – Casa do Trabalho. CEP 42800-000. Tel.: (71) 3622-7332

Lauro de FreitasLot. Varandas Tropicais, nº 279, Q. 3,Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras. CEP 42700-000. Tel.: (71) 3378-9836

Unidade Regional 02 – BarreirasAv. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari, Térreo – Centro. CEP 47804-000. Tels.: (77) 3611-3013/4574

Unidade Regional 03 – Feira de SantanaRua Barão do Rio Branco, 1225 – Centro. CEP 44149-999. Tel.: (75) 3221-2153

Euclides da CunhaRua Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP 48500-000. Tel.: (75) 3271-2010

ItaberabaRua Rubens Ribeiro, 253,Ed. Tropical Center, salas 22/23 – Centro. CEP 46880-000. Tel.: (75) 3251-1023

Unidade Regional 04 – IlhéusPraça José Marcelino, 100, Térreo – Centro. CEP 45653-030. Tel.: (73) 3634-4068

ItabunaRua Paulino Vieira, 175, Ed. Lizete Mendonça - Centro.CEP 45600-171. Tel.: (73) 3613-9734

Unidade Regional 05 – JacobinaRua Senador Pedro Lago, 100, salas 01 e 02 – Centro. CEP 44700-000. Tel.: (74) 3621-4342

Senhor do BonfimRua Benjamin Constant, 12 – Centro. CEP 48970-000. Tel.: (74) 3541-3046

Unidade Regional 06 – JuazeiroPraça Dr. José Inácio da Silva, 15 – Centro. CEP 48903-430. Tel.: (74) 3612-0827

Paulo AfonsoRua Amâncio Pereira, 60 – Centro. CEP 48602-110. Tel.: (75) 3281-4333

Unidade Regional 07 – Santo Antônio de JesusAv. Governador Roberto Santos, 31 – Centro. CEP 44572-000. Tel.: (75) 3631-3949

ValençaRua Barão de Jequiriçá, 297, Galeria Central, Centro. CEP 45400-000. Tel.: (75) 3641-3293

Unidade Regional 08 – IrecêRua Coronel Terêncio Dourado, 161 – Centro. CEP 44900-000. Tel.: (74) 3641-4206

SeabraRua Horácio de Matos, 25, salas 01 e 02 – Centro. CEP 46900-000. Tel.: (75) 3331-2368

Unidade Regional 09 – Teixeira de FreitasAv. Presidente Getúlio Vargas, 3986 – Centro. CEP 45995-002.Tels.: (73) 3291-4333/4777

EunápolisRua 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro. CEP 45820-041. Tel.: (73) 3281-1782

Porto SeguroPraça ACM, 55 – Centro. CEP 45810-000. Tel.: (73) 3288-1564

Unidade Regional 10 - Vitória da ConquistaRua Coronel Gugé, 221 – Centro. CEP 45000-510. Tel.: (77) 3424-1600

BrumadoRua Marechal Deodoro da Fonseca, 89, Térreo – Centro. CEP 46100-000. Tels.: (77) 3441-3699/3543

GuanambiAv. Barão do Rio Branco, 292 – Centro. CEP 46430-000. Tel.: (77) 3451-4557

IpiaúPraça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro. CEP 45570-000. Tels.: (73) 3531-6849/5696

ItapetingaAv. Itarantim, 178 – Centro. CEP 45700-000. Tel.: (77) 3261-3509

JequiéRua Felix Gaspar, 20 – Centro. CEP 45200-350. Tels.: (73) 3525-3552/3553

Central de Relacionamento 0800 570 0800 Segunda a sexta-feira das 8h às 20h

Sede do Sebrae BahiaR. Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador – Bahia. CEP: 40060-350. Tel. (71) 3320.4301.

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JÁ CAPACITAMOS MAISDE 200 MIL EMPREENDEDORES.

OU, PARA VOCÊ, CONCORRENTES.

O Empretec é uma capacitação desenvolvida por instituições ligadas

à ONU - Organizações das Nações Unidas, que possibilita melhoria no

desempenho empresarial para profissionais de cerca de 30 países. No

Brasil, o Empretec é realizado exclusivamente pelo Sebrae, com ótimos

resultados: contribui no preparo de metas e projetos dos negócios de 98%

dos participantes e ajuda aumentar a renda das empresas em mais de 50%.

Uma grande oportunidade para aumentar as suas chances de sucesso.ASSINATURA SEBRAE_ATUALIZADA.pdf 1 08/08/14 13:50

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JÁ CAPACITAMOS MAISDE 200 MIL EMPREENDEDORES.

OU, PARA VOCÊ, CONCORRENTES.

O Empretec é uma capacitação desenvolvida por instituições ligadas

à ONU - Organizações das Nações Unidas, que possibilita melhoria no

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Brasil, o Empretec é realizado exclusivamente pelo Sebrae, com ótimos

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dos participantes e ajuda aumentar a renda das empresas em mais de 50%.

Uma grande oportunidade para aumentar as suas chances de sucesso.ASSINATURA SEBRAE_ATUALIZADA.pdf 1 08/08/14 13:50

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