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Agroindústrias movimentam pequenos negócios da Bahia ESPECIAL | Nº 5 | 2012 EDIÇÃO ESPECIAL AGROINDÚSTRIA

Revista Conexao Bahia - especial 05

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Publicação oficial do Sebrae Bahia. Edição Especial 05 - Agroindustria

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Page 1: Revista Conexao Bahia - especial 05

Agroindústrias movimentam pequenos

negócios da Bahia

EspEcial | Nº 5 | 2012

Edição EspEcial

agroindústria

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Adriano Araújo,proprietário da Aerocargas

Quer ter boas ideias

para 2012?> Baixe o aplicativo do Sebrae na

App Store.

40 anos, o Sebrae

escrevehistórias de

sucesso.

É hora de escrever a sua.

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Adriano Araújo,proprietário da Aerocargas

Quer ter boas ideias

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40 anos, o Sebrae

escrevehistórias de

sucesso.

É hora de escrever a sua.

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Programa Vida Melhor Rural na Bahia será referência para outros estados

Sul da Bahia produz um dos melhores pólens do Brasil 9

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Com tecnologia, produção de leite aumenta 9,5% 11

sumário |

expediente | Ministério da Fazenda – Delegacia da Receita Federal em Salvador | Rua Alceu Amoroso Lima, Nº 862, 9º Andar, Caminho das Árvores | Tel (71) 3416-1301 | Segunda a sexta, das 7h às 18h | www.receita.fazenda.gov.br

Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia – INFAZ Iguatemi | Av. Juracy Magalhães, n°1790 - Rio Vermelho. Cep 41940-060 | Segunda a sexta, das 8h30min às 12h e das 13h30min às 18h | Tel.: (71) 3115-8897 / 8763 - 0800 071 0071 | www.sefaz.ba.gov.br

Secretaria Municipal da Fazenda | Rua das Vassouras nº 1 - Centro, Salvador/BA. Cep 40020-020 | Tel.: (71) 2101-8200 - www.sefaz.salvador.ba.gov.br

JUCEB – Junta Comercial do Estado da Bahia | Rua Miguel Calmon, 28 – Bairro do Comércio – Salvador/BA. CEP 40015-010 | Segunda a sexta, das 9h às 16h | Tel. (71) 3326-8004 / 8080 - www.juceb.ba.gov.br

SUCOM – Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município | Av. Mário Leal Ferreira nº1975 - Bonocô - Salvador/BA. Cep 40252-390 | Tel.: (71) 2201-6900 - www.sucom.ba.gov.br

Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia | Rua Horácio César, 64 – Bairro Dois de Julho - Salvador/BA. Cep 40060-350 - PABX (71) 3320-4300 | www.ba.sebrae.com.br

CARTÓRIOS DE REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS E DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS

1º Ofício | Rua Arquimedes Gonçalves, 113 - Jardim Baiano - Salvador/BA | 8h30min às 12h - 13h30min às 18h | Tel.: (71)3322-5092.

2º Ofício | Rua Conselheiro Dantas, 22/24, Edf. Bradesco, 7º andar, salas 705 e 706 - Comércio - Salvador/BA | Tel.: (71) 3241-0612 | 8h30min às 18h.

REGISTRO DE EMPRESAS

O registro das empresas comerciais, exceto Sociedade Simples, poderá ser feito no SAC EMPRESARIAL - Salvador/Multishop Boca do Rio | Av Otávio Mangabeira s/nº, Bairro Boca do Rio – Salvador/BA | Tel.: 3281-4141 (Administração) e 3281-4142 (Sebrae).

endereços ÚTEIS

Publicação filiada à Aberje

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Assistência Gerencial e Tecnológica aumenta em 139% produtividade de ovinos e caprinos

Secretário da Agricultura, Eduardo Salles, explica como agroindústrias combatem as desigualdades sociais

Produção Agroecológica beneficia 560 famílias na Bahia

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editorial |

publicação do sebrae/Ba revista conexão Especial agroindústria nº 5, setembro de 2012

presidente do conselho deliberativo dosebrae Bahia

João Martins da Silva Júnior

diretor-superintendenteEdival Passos Souza

diretoresLauro Alberto Chaves Ramos e Luiz Henrique Mendonça Barreto

coordenação da Unidade de Marketing e comunicação:

Cássia Montenegro DRT 1052

EdiçãoFátima Emediato

reportagensCarla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Débora Vicentine, Fátima Emediato, Juliana Souza, Laiana Menezes, Maurício Maron, Renata Smith, Nara Zanelli, Silvia Torres, Tamara Leal e Verena Santana

revisãoMarta Erhardt

MarketingAlice Vargas, Mauro Viana, Priscila Mafra,Rafael Pastori e Vanessa Câmera

EstagiáriosJoão Aguiar Neto, Ceres Martins, Nayane Oliveira e Daniele Silva

colaboraçãoUnidade de Agronegócios e Coordenações Regionais do Sebrae Bahia

capaIlustração - Pedro Minho

Projeto e Editoração GráficaAutor Visual Design GráficoTelefax: (71) 3232-2722

tiragem15.000 exemplares

[email protected]

cartasUnidade de Marketing e ComunicaçãoRua Horácio Cézar, nº 64, Bairro Dois de Julho, Salvador-BACEP: 40060-350

telefones(71) 3320-4558 / (71) 3320-4367

Fax(71) 3320-4496

agência sebrae de notíciaswww.ba.agenciasebrae.com.br

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“Nossos agricultores familiares sabem produzir e fazem isso com muita determinação”

Cafeicultura |

“A partir de agora só faremos novos projetos com capacitação em gestão e capital de giro inicial”. A afirmação foi feita pelo secretário

da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, Eduardo Salles, ao assinar no dia 7 de fevereiro deste ano, com o Sebrae, Secretaria Estadual de Desenvolvi-mento e Integração Regional (Sedir), e o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), um termo de coope-ração para qualificar a gestão de 275 agroindústrias da agricultura familiar na Bahia. O termo foi assinado durante o II Encontro de Cooperativas da Agricultura Familiar da Bahia, no Centro de Treinamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em Salvador.

O superintendente do Sebrae-BA, Edival Passos, destacou o acordo assi-nado como um momento histórico para a agricultura familiar. “Trata-se de uma ação pioneira, que se configura no processo de construção de parcerias institucionais, voltadas para o repasse de conhecimento técnico e gerencial para empreendimentos agrícolas. O mais importante é que esse processo contou com a participação ativa de todos, inclusive de vocês, produ-tores”, apontou.

Reforçando as palavras de Edival, o diretor-técnico do Sebrae, Lauro Ramos, chamou a atenção para o momento ímpar que a agricultura familiar na Bahia está passando. “Temos um objetivo claro, com foco em re-sultados. Trata-se de um segmento importante para a

economia do Estado e com grande potencial. Por isso, estamos entrando nessa parceria trabalhando dentro de nossa expertise para aprimorar a gestão desses empre-endimentos”, disse o diretor.

O Programa Vida Melhor Rural, do Governo da Bahia atua em três eixos: fortalecimento da Rede Pública de Assistência Técnica e Extensão Rural, requalificando sua atuação; fomento às atividades da agricultura familiar; e a Agroindústrialização com apoio à gestão e comercialização.

O convênio define a atuação do Se-brae Bahia no terceiro eixo do programa no apoio à Estruturação da Gestão e no Acesso a Mercado das unidades Agroin-dustriais atendidas pelo programa.

Para assegurar o cumprimento das ações, os dirigentes do Sebrae, o secre-tário de Agricultura do Estado, Eduardo Salles, e o superintendente da Suaf,

Wilson Dias assinaram um termo de cooperação técnica. No campo de atuação do Sebrae, Eduardo Salles destacou que a garantia de funcionamento de um empreendimento está numa gestão aprimorada. “O Sebrae é uma instituição que sabe fazer gestão. Aliando os conhecimentos que cada parceiro tem para passar, podemos contribuir com o fortalecimento da agricultura familiar”, destacou. No mesmo ato, foi assinado também o primeiro convênio, integrante do termo de cooperação, para qualificação gerencial das primeiras 53 agroindústrias.

“Este termo de cooperação que celebramos com o Sebrae é um convênio “guarda-chuva”, com duração de

Programa para capacitar agroindústrias familiares na Bahia será referência para outros estadosFoco é melhorar a gestão dos cooperados e acessar novos mercados

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quatro anos, no valor de R$ 20 milhões, dos quais R$ 10 milhões serão do Estado, através da Seagri/EBDA e Sedir/CAR, e os outros R$ 10 milhões será a contrapartida do Sebrae. O MDA, que também participa do projeto, fará as chamadas públicas”, explica Wilson Dias, superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, que coordena o pro-grama. Ele explicou que as agroindústrias atendidas são das sete cadeias priorizadas pelo programa: apicultura, aquicultura e pesca, ovinocapricultura, mandioca, leite, fruticultura e oleaginosas.

Em nome do então ministro Afonso Florence, o se-cretário de Desenvolvimento Territorial do MDA, Jerônimo Rodrigues, elogiou a iniciativa, afirmando que “é um pro-jeto inovador e de grande importância”, acrescentando que “vai ser referência para as ações do Ministério em outros estados”. Já o superintendente da Suaf, Wilson Dias, destacou a capacidade da agricultura familiar, afir-mando que “nossos agricultores familiares sabem produzir e fazem isso com muita determinação”. Ele disse ainda que a assistência técnica e a capacitação da gestão são fundamentais para o fortalecimento desse segmento.

De acordo com o superintendente da Suaf, Wilson Dias, o Sebrae está capacitando 44 consultores, que vão apoiar os administradores das agroindústrias, orientando--os quanto ao estudo do mercado, viabilidade econômica, definição de procedimentos internos de boas práticas de fabricação, definição de pessoal, utilização de equipamen-tos, rótulos e embalagens. “Reconhecemos que nossos técnicos são excelentes da porteira para dentro. Eles estão preparados para avaliar o sistema de produção, orientar

na prevenção e combate às doenças dos animais e das plantas, preparação do solo, e avaliação das questões climáticas. Mas, a nossa expertise não é a gestão, área na qual o Sebrae é especialista e tem técnicos de excelência”, afirmou Wilson Dias, acrescentando que “por isso estamos fazendo o convênio com o Seabre, para que daqui por diante todas as agroindústrias, as atuais e as futuras, do Programa Vida Melhor Rural, tenham essa parceria com esta valiosa instituição”. A capacitação de gestão inclui também os frigoríficos abatedouros que estão sendo cons-truídos pela Seagri e que serão geridos por cooperativas.

Agroindústrias competitivas

O trabalho do Sebrae busca dar condições de compe-titividade às agroindústrias atendidas, desenvolvendo nos seus gestores competências gerenciais, mercadológicas e de operação da agroindústria, contribuindo assim para a agregação de valor dos produtos e para o incremento de renda dos agricultores familiares.

Para isso, cada agroindústria está recebendo asses-soramento especializado para estruturar um plano de negócios e analisar o que precisa ser feito em termos de investimentos e de gestão do empreendimento. Es-tas ações vão possibilitar que cada agroindústria tenha resultados econômicos positivos.

Algumas agroindústrias, inclusive, já finalizaram seus planos de negócios e estão recebendo consultorias na estruturação dos seus setores em técnicas eficientes de produção e no acesso a mercados.

Trabalho monitoradoDe acordo com a coordenadora da Unidade de Agro-

negócios, Célia Fernandes, a estratégia do Sebrae é dar condições aos gestores das agroindústrias, de conduzir com eficiência e eficácia a unidade, desenvolvendo ne-les a capacidade de Planejar, Dirigir, Executar e Avaliar processos e decisões.

Para planejar, monitorar e avaliar as ações e resulta-dos foi criado um comitê gestor do Programa Vida Melhor Rural, formado por técnicos do Sebrae e do Governo do Estado que se reúne mensalmente e delibera sobre os ajustes e correções que serão feitas.

“O trabalho tem buscado desde o seu início contribuir para o desenvolvimento de competências gerenciais nos empreendedores rurais atendidos a avaliar constantemente a viabilidade econômica do empreendimento, definindo parâmetros de receitas, custos, despesas e monitorando esses parâmetros”, informou Célia Fernandes, destacando que os empreendedores podem identificar, mês a mês, a capacidade de geração de lucro, ou prejuízo, e o que deve ser feito para melhorar esses parâmetros.

Programa para capacitar agroindústrias familiares na Bahia será referência para outros estadosFoco é melhorar a gestão dos cooperados e acessar novos mercados

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Fruticultura |

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A qualidade do abacaxi de Itaberaba, na mesorregião centro norte da Bahia, já pode ser encontrada nas barras de cereais consumidas por baianos,

mineiros e cariocas. A produção do abacaxi desidratado, que teve início em junho de 2011 na agroindústria da Cooperativa dos Produtores de Abacaxi de Itaberaba (Coopaita), já é comercializada no Sul e Sudeste do País.

Para o presidente da Coopaita, Valdomiro Vicente Victor, com as frutas desidratadas os produtores de abacaxi da região de Itaberaba passaram a ter uma nova alternativa de renda. “Isso vai atrair novos cooperados. Hoje a Coopaita reúne 75 associados”, informa Valdomiro.

A agroindústria, que hoje processa cerca de 30 to-neladas de fruta in natura por mês, foi construída com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza em convênio com a Empresa Baiana de De-senvolvimento Agrícola (EBDA), e emprega diretamente 10 funcionários.

O consultor do Sebrae, Pedro Meloni, elaborou o projeto de captação dos recursos não reembolsáveis e capacitou funcionários da agroindústria. Ele explica que o abacaxi, utilizado na desidratação, tem menos de 1 kg e 100 gramas e era comercializado pelos produtores para atravessadores ou indústrias de polpas a preços muito baixos, que variavam entre 8 e 12 centavos o quilo. Ao

ser desidratado na agroindústria, o abacaxi é vendido entre 40 e 50 centavos o quilo.

“Como a desidratação é feita próxima às lavouras de abacaxi, os produtores passaram a ter um melhor preço de venda. Hoje 50% do abacaxi desidratado é vendido para indústrias do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Bahia, que usam em barras de cereais e granolas; 45% são vendidas para embaladores/atacadistas do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, que compram para revenda e para empacotar em embalagens, com marca própria, e 5% vão para o mercado local e regional”, informou Meloni.

Abacaxi desidratado é alternativa de renda para produtores de ItaberabaAgroindústria já vende para o Sul e Sudeste do País

O apoio do Sebrae nos processos de certificações orgânica e de agricultura familiar, e na participa-ção em feiras tem ajudado a ampliar o mercado

para os produtores da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), que reúne 204 cooperados e 450 famílias da região. Eles cultivam frutas como maracujá, umbu, acerola e manga e produzem geleias, doces e polpas. A Cooperativa ainda recebe apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, para o desenvolvimento sustentável no sertão, em parceria com o Sebrae, por meio do Programa Progredir.

A participação em feiras resultou, por exemplo, na primeira venda da Coopercuc para uma grande rede de

supermercados, o Grupo Pão de Açúcar. Doces e receitas de umbu também levaram a Coopercuc, pela quinta vez, ao maior evento de orgânicos do mundo: a Biofach 2012, na Alemanha. “O Sebrae nos ajudou na conclusão do processo de certificação orgânica, nacional e internacional, com a contratação da empresa Ecocert. Também já garantimos a certificação de agricultura familiar nacional e estadual. Todas essas certificações facilitam nossas vendas”, conta o presidente da Coopercuc, Adilson Santos.

Certificação de orgânico amplia mercado de frutas do sertão

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Apicultura |

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Capacitações tecnológicas de higienização e manipulação de alimentos, cursos de gestão do empreendimento e principalmente ações de

acesso ao mercado. Estes foram os pontos fundamentais que levaram a Cooperativa Regional dos Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf) a aumentar em 80% a venda do mel de abelha produzido por 42 cooperados, em 17 municípios da região. Com um trabalho iniciado pelo Projeto APIS São Francisco e prosseguido pelo Território do Velho Chico, a Coopamesf existe desde 2005, com sede no povoado de Itapeba, município de Ibotirama, e com certificação do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

De acordo com o coordenador técnico de apicultura do Território Velho Chico, Gilmário Mendes, graças ao trabalho dos apicultores, dos parceiros como Sebrae, e aos programas de compras governamentais, houve uma evolução do negócio. “Saímos de um volume de comer-

cialização, em 2008, de quatro mil quilos de mel, para 50 toneladas, em 2011,” comemora Mendes.

Hoje, os cooperados da Coopamesf contam com a parceria do Sebrae, da Empresa Baiana de Desenvolvi-mento Agrícola (EBDA), Fundação do Desenvolvimento Integrado do São Francisco (Fundifran), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Superintendência de Agricultura Familiar (Suaf), Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), Rede Sabor Natural do Sertão e União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economias Solidárias (Unicafes). A gerente da Coopamesf, Marciana Pedro, conta que, aposta em um salto maior na divulgação e comerciali-zação do produto, pela dedicação e profissionalização dos cooperados. Entre as metas da Cooperativa estão aumentar a produtividade de 13,5 kg/colmeia/ano para 30 kg/colmeia/ano.

Profissionalização na produção do mel no Velho Chico aumenta as vendas em 80%

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O pólen é considerado o alimento mais completo da natureza porque é composto por elementos essenciais à vida como vitaminas B, C, D e E,

potássio, ferro, iodo e selênio. Hoje, a Unidade de Be-neficiamento de Pólen de Canavieiras, administrada pela Cooperativa dos Apicultores de Canavieiras (Coaper), é uma das mais promissoras do Brasil. Devido ao sabor palatável e as técnicas de beneficiamentos, o pólen da região foi considerado o melhor pelo II Congresso Nor-destino de Apicultura e Meliponicultura. A premiação foi entregue ao presidente da Coaper, Alexsandro Correia.

Com o apoio do Sebrae os apicultores melhoraram a gestão administrativa e financeira na Coaper, formada pelos integrantes da Associação

Canavieirense de Apicultores (ACAP). Consultores do Sebrae ainda desenvolveram a marca. O rótulo tem o Selo de Inspeção

Federal (S.I.F), informações nutricionais, código de barras, data de envasamento, prazo de validade, número do lote e peso.Hoje, a produção média da Coaper é de três toneladas/mês, 40% da sua capacidade. Até 2014, a meta é aumentar esta capacidade e inclusive o número de cooperados de 23 para 150. Para o atendimento aos apicultores o Sebrae conta com a parceria da Secretaria Estadual de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) através da Supe-rintendência de Agricultura Familiar (Suaf), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA); Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir) através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR); Ceplac-Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Universidade de Taubaté/SP (Unitau).

Apicultura no Sul da Bahia produz um dos melhores pólens do Brasil Fo

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oFoto: Laiana Meira

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Mandiocultura |

Mandiocultura |

Inaugurada em fevereiro de 2011, a “Casa de Farinha” da Associação Quilombola do Bom Jardim e Monteiro (Aquibom) está melhorando a renda de cerca de

400 empreendedores rurais nos Territórios do Piemonte da Chapada e do Piemonte da Diamantina, no norte da Bahia. O Projeto da Cadeia Produtiva da Mandiocultura, uma demanda natural da região, envolve os municípios de Caém, Pindobaçu, Senhor do Bonfim, Filadélfia e Ponto Novo. As ações do projeto são desenvolvidas em parceria pelo Sebrae, Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caém, prefeitura de Caém, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário (EBDA) e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). O gestor do Sebrae, Jonilson Lima, explica que o projeto já ofereceu aos produtores a profissionalização em gestão, fortalecimento da cultura da cooperação, agregação de valor, acesso a tecnologia e abertura de novos mercados, ações que proporcionaram mudanças nas comunidades atendidas, como o aumento da renda e na produção dos derivados da mandioca.

Até o momento foram investidos no projeto R$ 1,2

milhão para capacitação gerencial e tecnológica, aquisi-ção de máquinas e equipamentos, construção de novas unidades produtivas e desenvolvimento de marca e em-balagens. Na época da inauguração da Casa de Farinha o presidente da Aquibom, Miguel dos Santos, disse que as casas de beiju iriam proporcionar mais qualidade ao alimento produzido e mais comodidade para as famílias.

As normas que estabelecem as Boas Práticas de Fa-bricação, oferecidas aos produtores, envolvem condições fundamentais tanto para a prevenção de acidentes, como para evitar contaminações e outros prejuízos à qualidade do que é fabricado.

Através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Aquisição de Alimento (PNAE), os governos estadual e federal adquiriram dos produtores da Aquibom R$ 1,5 milhão em sub-produtos da mandioca (farinha, biscoito, mingau e beiju), destinados a merenda escolar e para 2.400 famílias do Programa de Combate a Desnutrição.

Projeto de Mandiocultura melhora a renda de quilombolas

Cândido Sales é o terceiro maior produtor de mandioca do BrasilMais de 2.000 cooperados são beneficiados com capacitações

A Bahia vem se destacando na produção de mandioca no Brasil, sendo o município de Cândido Sales, no Sudoeste do estado, o terceiro maior produtor

do alimento no País. Atento a importância do cultivo da mandioca para o desenvolvimento da agricultura familiar na região, o Sebrae desenvolve em parceria com a Co-operativa Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub) projetos voltados para a mandiocultura.

“O Sebrae é nosso parceiro desde o início da cooperativa em 2005, disponibilizando capacitações para os produtores, com cursos sobre cooperativismo, associativismo e gestão”,

revela o diretor presidente da Coopasub, Izaltiene Rodrigues.Com 2.330 cooperados em 18 municípios baianos,

a Cooperativa conta com um Complexo Industrial de Fecularia e Unidade de Empacotamento de Farinha de Mandioca, em uma área de 10 hectares e com capacidade para empacotar 60 toneladas de farinha e beneficiar até 100 toneladas de mandioca por dia.

“Contribuímos para a criação, desenvolvimento, orga-nização e gestão desse empreendimento, que hoje está funcionando e interferindo positivamente, para influenciar o custo da raiz de mandioca, em prol do produtor rural”, conta o gestor do projeto Lívio Muniz.

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o técnico em agropecuária, Carlos Alexandre Oliveira, que acompanha o produtor na consultoria do Programa Agetec. As pequenas feiras de animais em localidades da zona rural são a alternativa para muitos produtores que não participam de grandes exposições, com altos valores de animais de excelência. A avaliação é do gestor do projeto de Caprinocultura e Ovinocultura do Sebrae, Robério Araújo. “Em pequenos eventos como esse, a gente consegue uma boa integração com tecnologias para a convivência com a seca”, disse o gestor, referindo-se ao dia de campo, realizado pelo Programa Agetec na abertura da Feira de Cacimba do Silva, quando dezenas de produtores participaram de experiências demonstra-tivas sobre sistemas de produção, seleção de matrizes, confinamento e produção de forragem.

Banco do Brasil, O Centro de Referência, Integração e Afirmação do Semi-Árido (Criar), a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), com a produção e divulgação da cartilha com orientações sobre técnicas da produção de caprinos e ovinos; o Sebrae com a Assistên-cia Gerencial e Tecnológica (Agetec), inovação e acesso a tecnologias, gestão e empreendedorismo e promoção do associativismo; o Instituto de Desenvolvimento Sus-tentável do Semiárido (IDAN); a União das Associações do Médio Rio das Contas (Unirio), para a formação da Central de Compras e Serviços e o Frigorífico Baby Bode, parceiro Agroindustrial/Frigorífico de integração produtiva. Além da geração de emprego e melhoria da renda dos produtores, o projeto prevê para até 2015 o atendimento de demanda atual instalada do Frigorífico Baby Bode de 36.000 animais/ano.

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Qualidade de caprinos e ovinos garante vendas

Produtores aumentam renda em 15%

A comunidade rural de Cacimba do Silva, no distrito de Itamotinga, em Juazeiro, realizou em maio de 2012 a 1ª Exposição de Caprinos e Ovinos.

O evento integrou dezenas de produtores compradores e ofertantes de animais de diversas raças. O produtor Gregório Quintino que tem um rebanho de 50 ovinos foi à feira para trocar um animal reprodutor. Ele comprou um macho mestiço da raça Dorper do produtor Hélcio Souza, de Senhor do Bonfim. Os dois produtores recebem orientações técnica e gerencial, através do Programa Agetec (Assistência Gerencial e Tecnológica), mantido pelo Sebrae em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia(Faeb) e Serviço Nacional de Aprendizagem na Bahia (Senar/BA).

Enquanto Gregório tem foco na produção de animais para produção de carne, Hélcio cria animais melhorados geneticamente, que dão maior produtividade a rebanhos mestiços. “O produtor Gregório ampliou a área de pas-tagem e trocou o sistema de irrigação através de sulcos pelo de aspersão, que consome menos água”, explica

“AAssistência Gerencial e Tecnológica (Agetec) de qualidade e intensificada, via uma relação mais justa entre técnico de campo e unidade

famíliar atendida, com proporção de um por 20, possi-bilitou um melhor acompanhamento das propriedades e respectivos rebanhos, resultando no aumento de 15% na renda das famílias”. A afirmação é do técnico Yuri Lyra, da Riocon-Fazendas Reunidas Rio de Contas, uma das empresas parceiras do Sebrae no projeto de Caprinocultura na região de Vitória da Conquista, onde 103 famílias são atendidas. “A visão empreendedora e o Pacote Tecnológico adequado a cada realidade de propriedade, elevaram os Índices de produtividade e foi possível aumentar em 15% a renda dos produtores”, destaca Yuri.

Também são parceiros neste projeto o Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural (Senar/BA), a Fundação

Carlos Alexandre Oliveira e Álvaro

Araújo (técnicos da Agetec) e o produtor

Gregório Quintino

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Uma parceria de sucesso entre o Sebrae Bahia, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) e Serviço Nacional de

Aprendizagem Rural (Senar-BA), a Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec) está melhorando a qualidade da bovinocultura leiteira e da ovinocaprinocultura na Bahia, trazendo com isso mais produção, com qualida-de, e resultando em melhoria na renda de centenas de agricultores familiares na Bahia.

De outubro de 2011 até agosto de 2012 a Agetec bovi-nocultura de leite atendeu 297 produtores. Neste período foram realizadas 5.217 visitas gerenciais e tecnológicas e 2.460 visitas de consultoria na área de reprodução e sanidade animal. O resultado disso foi o aumento médio de 9,5 % na produção leiteira. Medida em kg/vaca/ano a produção passou de 1.600 Kg em 2011 para 1.750 Kg em 2012. Hoje, depois da Agetec é possível registrar uma margem bruta de R$ 2.827,00 ao mês por produtor.

Outro ponto importante neste trabalho foi o cres-cimento de 15% no nível gerencial e tecnológico nas propriedades atendidas pela Agetec, que aumentou de 314 para 361 pontos. As avaliações seguem parâmetros Tecnológicos: produção pecuária, nutrição do rebanho,

infraestrutura e controle sanitário e gerenciais: adminis-tração, manejo da propriedade, conservação do meio ambiente e gestão da qualidade.

Agetec dobra produção leiteira em Miguel Calmon

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Miguel Calmon, Humberto Miranda Oliveira, é um dos produtores beneficiados com a Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec). Segundo ele, a Agetec mostrou mais uma vez a sua eficácia mesmo com a seca que muitos produtores enfrentaram na região. “Os avanços foram enormes e nós sentimos isso principalmente durante a seca, onde a assistência técnica foi muito eficaz. A minha produção dobrou. Ela era de 300 litros e cheguei a mais de 600 litros por dia. Nós tivemos casos de produtores com propriedade menor que passou de 50 litros para 200 litros diários”, comemora Humberto Miranda, ressaltando ainda que a Agetec garantiu mais qualidade, exigida pelos laticínios. “A gente passou a fazer a higiene da ordenha com frequência, garantindo qualidade na nossa produção”, explicou Humberto.

Produtores e gestores comemoram resultados da AgetecAssistência Gerencial e Tecnológica promove melhoria na renda familiar

Agetec - Assistência Gerencial e Tecnológica |

9,5%

AUMENTO DA PRODUçãO LEITEIRA(Bovinocultura)

1.606kgOut/2011

1.758kgAgo/2012

Meta de 2012: 1.750kg

AUMENTO DO NÍVEL GERENCIAL E TECNOLÓGICO DAS PROPRIEDADES (G-Sat)*(Bovinocultura de Leite)

VISITAS GERENCIAIS E TECNOLÓGICAS(Bovinocultura de Leite)

Meta de 2012: Elevar em 10%

314 PontosOut/2011

3.481 visitasout/2011

361 PontosAgo/2012

5.217 visitasAgo/2012

(*) G-Sat, Sistema de Avaliação Gerencial e Tecnológico, tem como base de suas avaliações os parâmetros abaixo:Tecnológicos: Produção Pecuária, Nutrição do Rebanho, Infraestrutura e Controle Sanitário;Gerenciais: Administração, Manejo da Propriedade, Conservação do Meio Ambiente e Gestão da Qualidade.

15% 49,87%

Francisco Benjamim Carvalho Filho, gerente de Programas do Senar/BA

12 | Revista Conexão Especial • 2012 • Nº 5

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De setembro de 2010 até agosto de 2012 a Assistência Gerencial e Tecnológica (Agetec) Ovinocaprinocultura atendeu 408 produtores

e realizou 6.909 consultorias gerenciais tecnológicas. O gerente de Programas do Senar/BA, Francisco Benjamim Carvalho Filho, explica que neste período de implantação da Agetec os resultados mais importantes dizem respeito aos indicadores zootécnicos, que possibilitou o aumento em 9,9% na comercialização dos animais.

“Antes o animal era vendido aos 13 meses com 29 kg e agora conseguimos comercializar aos 10 meses com 31 kg. E mais ainda, o número de cria vendida por matriz/ano era só de 0,6%, porque 0,4% morria. Agora eu estou conseguindo vender 1 animal. Então estamos aumentando o peso de cada animal, estamos reduzindo o tempo dele na fazenda, abatendo mais animais e vendendo mais”, ressaltou Benjamim.

O programa também implantou a Central de Proces-samento de Dados da Agetec, tanto para a Bovinocultura de Leite como para a Ovinocaprinocultura. Francisco Benjamim explica que esta Central permite monitorar, on line, as ações de assistência técnica e de capacitação gerencial. O Serviço de Inteligência Técnica e Gerencial (Sitag) é mais uma ferramenta Agetec que funciona como uma rede de inteligência para apoiar os conteúdos e as normativas técnicas dos processos produtivos.

“No Sitag nos aproximamos principalmente da Em-brapa Semiárido de Petrolina e trouxemos profissionais para servir como um serviço de inteligência. Por exemplo, registramos uma doença em uma determinada região. Através do Sitag o técnico agrícola passa esta informação para o veterinário, que leva para a Embrapa, que enca-minha para uma Faculdade que traz a solução. Além da Embrapa, temos nesta rede a Codevasf-Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba”, informou o gerente do Senar/BA.

Outro ponto importante da Agetec é o G-Sat (Sistema de Avaliação Gerencial e Tecnológico) da propriedade,

onde um questionário mede, a cada seis meses, o nível de gerenciamento e de aplicação de tecnologia em cada propriedade.

Ovinocaprinocultura, geradora de emprego e renda no Semiárido

Na avaliação do presidente da Faeb, João Martins da Silva Junior, o aumento do peso da carcaça ao abate, com redução da idade de abate, aliada a um aumento da taxa de desfrute, é um grande avanço na ovinocaprinocultura, pois a atividade na Bahia ainda tem o foco social, de sobrevivência do pequeno produtor no Semiárido. “Este avanço sinaliza que é possível reverter a atividade para que a mesma seja geradora de emprego e renda no Semiárido”, ressalta João Martins.

Sobre a continuidade da Agetec, João Martins in-formou que a parceria Sistema Faeb/Senar e Sebrae vai buscar nos próximos anos trabalhar o agronegócio, transformando o pequeno produtor em um empreende-dor rural, com o auxílio de diversas ferramentas que o Sebrae dispõe, como o Negócio Certo Rural, que serão elementos transformadores de cultura.

Comercialização aumenta 9,9%Agroindústria

Bahia|

RESULTADOS - OVINOCAPRINOCULTURA

INDICADORES Set/2012 Ago/2012 %

Peso Vivo ao Abate 29 kg 31 kg 6,9 %

Idade Média ao Abate 13 meses 10 meses -23%

Crias Comercializadas 0,6 Unidade 1,02 Unidade 70%

Taxa de Desfrute (1) 23,5% 33,4% 9,9%

Nível Tecnológico e Gerencial (G-Sat)* 181 Pontos 221 Pontos 22%

(1) Total de animais vendidos durante o ano dividido pelo total do Rebanho menos o nº de crias do período* G-Sat, Sistema de Avaliação Gerencial e Tecnológico, tem como base de suas avaliações os parâmetros abaixo:Tecnológicos: Produção Pecuária, Nutrição do Rebanho, Infraestrutura e Controle Sanitário;Gerenciais: Administração, Manejo da Propriedade, Conservação do Meio Ambiente e Gestão da Qualidade.

AUMENTO DA PRODUTIVIDADE NA OVINOCAPRINOCULTURA(Carne Produzida/Matriz/Ano)

139%16,07kgSet/2012

38,46kgAgo/2012

Foto: Ascom Faeb (Marilda Negreiros)

Revista Conexão Especial • 2012 • Nº 5 | 13

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Uma das ações do Sebrae em 2012 com o ob-jetivo de ampliar as vendas de agricultores familiares e das agroindústrias para o mercado

de Salvador e de outros estados foi a participação de produtores do interior da Bahia na Rodada de Negócios durante a Superbahia, a maior feira supermercadista do norte e nordeste, de 14 a 18 de julho, no Centro de Convenções, em Salvador.

Durante a Superbahia o Sebrae apoiou a par-ticipação de 14 empreendedores rurais, entre pro-dutores, associações e cooperativas dos setores de Apicultura, Suinocultura, Mandiocultura, Leite e Fruticultura. Destes, 11 participaram da Rodada de Negócios. Foi o caso do gerente da agroindústria de abacaxi desidratado, Gleidson Rocha dos Ramos. Segundo ele, a Superbahia foi a oportunidade de restaurantes e distribuidores de produtos naturais de Salvador conhecerem o abacaxi desidratado feito em Itaberaba. “Fizemos ótimos contatos na Superbahia, deixamos amostras e depois do evento garantimos dois novos clientes em Salvador”, comemorou Gleidson.

O gerente comercial do Fribarreiras, Rogério Silva, participou pela primeira vez da Superbahia, onde teve a oportunidade de fazer os primeiros contatos com potenciais compradores da carne suína produzida na Bahia. Mábia Matos, na época, gestora executiva da Associação Baiana de Suinocultura, explicou que em parceria com o Sebrae foi elaborado um livro de receitas com pratos feitos com a carne suína, além de ações em qualificação profissional, para melhorar a produção. “Participamos de palestras, mostrando que a carne suína é saudável e de eventos como a Su-perbahia, onde mantemos contato direto com os compradores”, destacou Mábia Matos.

suinocultores fortalecem associação para ampliar mercado

O projeto Suinocultura na Bahia, que tem por refe-rência o PNDS (Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura) da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), somente em 2011, desenvolveu 45 ações com empresários do setor. Foram 22 municípios benefi-ciados, colocando a Bahia como um dos estados que mais colaborou para o montante de ações desenvolvidas em 2011 no Brasil. No total foram capacitadas 1.002 pessoas e 50.515 sensibilizadas. “Até o final de 2012 esperamos conseguir novos associados. O importante é conscientizar os que já estão para que nos ajudem a divulgar o projeto e assim aumentar o associativismo e a qualificação dos produtores”, ressalta o presidente da Associação Baiana de Suinocultores (ABS), Marcelo Plácido.

O PNDS é estruturado em três pilares: produção, gestão e comercialização. A meta em até o final do ano é aumentar o consumo de carne suína no Brasil de 13 kg para 15 kg per capita. Para isso a gestora de projetos do Sebrae em Feira de Santana, Lúcia Leite, explica que o Sebrae apóia várias ações como a estruturação e sustentabilidade da ABS; consultorias na área gerencial para granjas e agroindústrias; disseminação de informações tecnológicas, promoção e apoio em eventos com foco na comercialização, palestras sobre

a qualidade da carne suína, oficinas gastronômicas con-ceituais e na Campanha “Um Novo Olhar sobre a Carne Suína”. As ações são realizadas pelo Sebrae em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/BA) e Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). “Estas ações atendem a toda cadeia produtiva do setor, onde trabalhamos desde a produção e gestão das granjas, das agroindústrias, até as ações de comer-cialização”, conclui a gestora Lúcia Leite.

Agroindústria |Bahia

Superbahia |

Superbahia aproxima agroindústrias de compradores

Fotos: divulgação

Fotos: Gilberto Silva

Fotos: Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS)14 | Revista Conexão Especial • 2012 • Nº 5

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Em reunião realizada no dia 30 de agosto de 2012 na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador, os dirigentes do Sebrae

Nacional, Sebrae Bahia, do Sindicafé, do Banco do Nor-deste, do Sistema Fieb, da Caixa Econômica Federal, da Seagri e da Assocafé iniciaram os primeiros acertos para fechar uma parceria entre as entidades, que vai beneficiar as agroindústrias de café na Bahia, levando melhoria na gestão e tecnologia para aprimorar a qualidade do produto.

Marcaram presença na reunião o secretário da Agri-cultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia, Eduardo Seixas de Salles, o diretor-técnico do Sebrae Bahia, Lauro Ramos, o gerente de agronegócio do Sebrae Nacional, Enio Queijada, o gerente executivo do Banco do Nordeste, José Meneses Junior, o presidente da Abic, Américo Takamitsu Sato, o diretor executico da Abic, Nathan Herszkowicz e o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo.

Também presente no encontro, a coordenadora da Unidade de Agronegócio do Sebrae Bahia, Célia Fernandes, explicou que a parceria que está sendo negociada com

Parceria com Abic vai contribuir na gestão e tecnologia nas agroindústrias de café

a Abic teve início com o Sebrae Nacional e está sendo discutida regionalmente, com o objetivo de trabalhar a gestão, mercado e desenvolvimento tecnológico, das cerca de 40 micro e pequenas torrefadoras de café na Bahia, oferecendo a elas soluções como os programas Sebrae Mais e Sebraetec. “Estes programas de melhoria na gestão e de acesso à tecnologia vão ajudar as agroindústrias de café a terem um desenvolvimento sustentável, agregan-do valor ao produto, oferecendo mais qualidade e com isso aumentando o consumo e aumentando a renda das famílias ligadas ao setor”, destaca Célia.

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Cafeicultura |

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Um grupo de produtores precisava viabilizar a comercialização e conseguir a certificação do café da Chapada. Surgiu assim a Cooperativa

de Produtores Orgânicos e Biodinâmicos da Chapada Diamantina (Cooperbio) que, em parceria com o Sebrae, capacita os produtores de café da região.

Dentro do Projeto de Desenvolvimento de Opor-tunidades de Negócios do Sebrae muitas ações estão sendo realizadas como a capacitação de cooperados no Empretec (Seminário que desenvolve, nos partici-pantes, características de comportamentos empreen-dedores), no Encomex (Encontro de Comércio Exterior), no Einne (Encontro Internacional de Negócios do Nordeste) e em rodadas de negócios nos eventos de

café como o Agrocafé e o Encontro de Cafés Especiais.“O Sebrae nos ensinou a importância da união, do

cooperativismo e a melhorar a gestão. Com esta união conseguimos triplicar o preço do café orgânico. Antes vendíamos a saca do café por 280 reais. Hoje chegamos a vender a 700 reais. Também participamos de encon-tros, feiras e capacitações promovidos pelo Sebrae que garantem visibilidade e credibilidade ao nosso café, aumentando assim as vendas”, comemora a presidente da Cooperbio, Brígida Salgado.

Para o gestor do Sebrae, Magno Calazans, essa atividade econômica gera resultados positivos e faz com que a Chapada Diamantina se destaque também no setor agrícola.

Café orgânico é o novo Diamante da Chapada DiamantinaMelhoria na gestão ajuda a aumentar a produção

Foto: João Alvarez/Sistema Fieb

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A história econômica do Sul da Bahia pode ser dividida em antes e depois da vassoura-de-bruxa, uma doença que em apenas 20 anos dizimou milhões

de cacaueiros produtivos e transformou a região, que já foi a maior produtora de cacau do mundo, em importa-dora do mesmo produto. Durante anos, o cacau chegou a ser visto como um negócio que tinha chegado ao fim.

Mas, graças a um modelo sustentável de agricultura tropical, o cacau-cabruca, a lavoura está se redesco-brindo. O cabruca é uma forma de plantio que valoriza a exuberância do verde e a fartura dos recursos hídricos. O resultado é um cacau mais resistente e que é usado na produção de chocolates finos na região.

No município de Ibicaraí, por exemplo, funciona a

primeira fábrica de chocolate da agricultura familiar do Brasil, beneficiando 300 famílias de pequenos produto-res de cacau de Coaraci, Buerarema, Itajuípe, Uruçuca e Floresta Azul. A iniciativa tem o apoio da Regional do Sebrae, em Ilhéus, que está integrada ao Programa Vida Melhor Rural para execução do Projeto “Chocolate de Qualidade da Agricultura Familiar do Sul da Bahia”.

O Sebrae entende ser importante este movimento que está acontecendo na região de Ilhéus para a produ-ção de chocolate de qualidade e de forma sustentável. A primeira fábrica de chocolate fino da agricultura familiar vem desmistificar a concepção de que o chocolate fino não estaria ao alcance do pequeno produtor, que aprendeu a agregar valor ao cacau.

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Cacauicultura |

Cacauicultura |

Agricultores familiares reescrevem história do cacau com produção de chocolates finos

Foto: Mauricio Maron

Evento mundial aproximou produtores de amêndoas e chocolatiers

Agroindústria

Agroindústria

“O desafio do Sebrae é contribuir para que a produção de amêndoas e chocolates tenha uma boa gestão e com muita qualidade na produção”. As palavras foram do superintendente do Sebrae

Bahia, Edival Passos, na abertura do Salon du Chocolat, maior evento mundial do setor que aconteceu pela primeira vez no Brasil, no Centro de Convenções, em Salvador, de 5 e 8 de Julho de 2012.

Segundo Edival, a qualidade na gestão e produção das amêndoas e cho-colates interfere na economia do País. Durante o evento, o Sebrae organizou a Rodada de Negócios, que reuniu 15 chocolatiers de vários países e 10 produtores de amêndoas da Bahia e do Espírito Santo.

Eleonora Gedeon Lucas, que produz cacau em Floresta Azul, sul da Bahia, participou da Rodada de Negócios. “Já estive em três edições do Salon Du Chocolat na França e, em nenhuma delas, consegui contato direto com os chocolatiers. Nesta edição, levei três chocolatiers, um francês e dois japoneses, para conhecer a minha propriedade. Eles gostaram muito, principalmente na parte que se refere à responsabilidade social.

Para esses compradores, a qualidade é importante, mas as boas práticas de gestão e a oferta de trabalho decente são, igualmente, fundamentais”, conta a produtora.

Fotos: Robson Nascimento

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Bahia|PAIS – Produ ção Agroecológ ica Integrada e Sustentáve l |

Produção Agroecológica beneficia 560 famílias na BahiaAgricultores aumentam em 30% valor de venda de verduras

Criada pelo agrônomo senegalês, Aly N´diaye, a tecnologia social do PAIS (Produção Agroecoló-gica Integrada e Sustentável) é disseminada pelo

Sebrae desde 2004 em parceria com várias instituições. No modelo do PAIS cada unidade, onde vive uma família, conta com um galinheiro na área central, canteiros de hortaliças em volta do galinheiro, além de um quintal de frutas orgânicas para pastagem das aves. A família recebe um kit contendo todo o material e os animais para iniciar a produção sem o uso de agrotóxico.

Na Bahia são mais de 560 unidades do PAIS em plena produção. A gestora do Sebrae na Regional de Vitória da Conquista, Mônica Rizério, atua na cidade de Brumado e mais 18 municípios da região, onde o Sebrae acompanha 132 unidades do PAIS, em par-ceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza (Sedes), em Ter-ritórios do Brumado e Jiquiriçá do Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (Consad).

Mônica explica a parceria com as prefeituras para ampliar a comercialização dos produtos do PAIS. “É im-portante que os parceiros entendam que o PAIS, além de uma produção social, seja pensado como uma produção para mercado, e não apenas para consumo das famílias. As prefeituras são importantes porque podem comprar

verduras do PAIS para serem usadas na merenda escolar através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)”, ressalta Mônica.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) a agricultora Zu-

leide Barreto, por exemplo, do distrito de Água Branca, em Mutuípe, comemorou a aquisição de uma unidade do PAIS, onde a família produz feijão, coentro, couve, aipim, alface, frutas, galinha e ovos de quintal que são vendidos nas feiras livres e para a cooperativa local, que repassa para a merenda escolar. “Estou empenhada em aumentar a nossa produção, para minha família ser independente e o auxílio que recebemos do bolsa família poder atender outras pessoas em situação de risco”, afirma.

Segundo o coordenador do Programa de Aquisição de Alimentos da Sedes, Cleiton Kesler, o programa possibilita a compra dos produtos orgânicos com um

acréscimo de 30% acima do valor de referência estabele-cido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Essa ação favorece a oferta de alimentos saudáveis, proporciona geração de renda para os agricultores e amplia a produção de alimentos nos municípios” garante.

Para o agricultor Gilfredo Maia, morador de Amargosa, a iniciativa já melhorou a qualidade de vida da família. “Antes, eu não tinha nada. Com o projeto, aumentou a minha renda mensal para R$ 450 e também melhorou a qualidade nutricional das refeições da minha família”.

No município de Maracás, o agricultor Genival Novaes Santos, conta que a grande vantagem de trabalhar com o PAIS é que tudo é orgânico, sem adubo químico e é saúde para quem compra. Na feira onde vendemos nossos produtos a clientela está aumentando porque estamos colocando o banner do PAIS e as pessoas sabem que são produtos saudáveis, sem agrotóxicos”, comemora Genival. A produção das hortaliças ajuda Genival no sustento da esposa e de dois filhos.

Fotos: Divulgação Agroindústria

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|Bahia

Parceria Grupo Votorantim |

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Agroindústria

Apicultura associada ao turismo ganha mercado no RecôncavoParceria com o Grupo Votorantim beneficia comunidades quilombolas

A qualificação de apicultores na produção de mel é uma das ações do Projeto de Produção Associada ao Turismo, uma parceria do Sebrae

com o Instituto Votorantim e Votorantim Energia, assina-da em março de 2012. A ideia é fazer a comercialização do mel durante o roteiro turístico na região onde vivem os quilombolas. Um entreposto de mel já está sendo montado na cidade de Cachoeira e vai beneficiar 65 famí-lias de apicultores, a maioria quilombolas, descendentes

de antigos quilombos. O entreposto é gerenciado pela Associação de Apicultores do Recôncavo e o objetivo do projeto é tornar o entreposto auto-sustentável de forma que possa beneficiar o máximo de apicultores na região, agregando valor a seu produto e consequentemente ampliando sua renda.

De acordo com o consultor do Sebrae, Mychel Oliveira, atualmente o entreposto encontra-se em fase de certificação junto ao Ministério de Agricultura para obtenção do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Em setembro, os consultores do Sebrae orientam os api-cultores em algumas áreas para agilizar este processo de certificação, como capacitação em Boas Práticas, e estão intermediando parceria com a Universidade Fe-deral do Recôncavo Baiano para realização de análises, exigidas pelo Ministério da Agricultura, no mel que será processado no entreposto.

O Plano de Negócio do entreposto está sendo concluído pelos consultores do Sebrae, segundo metodologia de intervenção em agroindústrias, desenvolvida pela insti-tuição, com Plano de Ação para garantir sua viabilidade. Este ano a safra de mel deve chegar a 1.500 Kg, mas com o acompanhamento técnico a ideia é aumentar esta produção no próximo ano.

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Capacitações vão ampliar produção de amido modificadoParceria com Fundação Odebrecht objetiva aumentar número de associados

Bahia|Parceria Fundação Odebrecht |

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Agroindústria

“As capacitações do Sebrae Despertando para o associativismo e para o cooperativismo, con-solida melhor o entendimento do cooperado

do que vem a ser o cooperativismo”. A afirmação foi feita pelo diretor presidente da Cooperativa de Produtores de Amido de Mandioca do Estado da Bahia (Coopamido), Jairo Souza Santos, durante a visita do presidente do Sebrae, Luiz Barreto, à Cooperativa e à Bahiamido em abril de 2012.

Com cerca de 200 cooperados, a Coopamido, através da Aliança Cooperativa do Amido, idealizada pela Fundação Odebrecht, implantou a Bahiamido, uma das maiores indústrias de beneficiamento de amido de mandioca modificado, usado na indústria petrolífera, de cosméticos e de plásticos, localizada no município de Laje, no Recôncavo Baiano.

A capacidade da indústria é de processar 200 tone-ladas de mandioca por dia, mas hoje são processadas cerca de 50 toneladas por dia. A parceria entre o Sebrae, a Fundação Odebrecht e a Coopamido é para ajudar a aumentar a capacidade de produção dos agricultores familiares de Laje, Conceição de Almeida, Valença e Sapeacú que abastecem a Bahiamido.

Na parceria com a Coopamido, o Sebrae realizou uma série de cursos do Programa de Redes Associativas (Despertando para o Associativismo e Praticando o As-sociativismo) para cerca de 60 pessoas.

“O que vemos aqui é um grande projeto multissetorial, que envolve desde o homem do campo até a indústria, o gestor público e a governança local. Este projeto pode ser referência para outros estados”, disse o gerente da Unidade de Desenvolvimento Territorial do Sebrae Na-cional, André Spínola.

O gestor de projetos do Sebrae, Raul Magno de Souza Pinto, explicou que através do Projeto da Cadeia Produtiva da Mandioca, cerca de 60 cooperados da Co-operativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), também participaram do programa Redes Associativas e os alunos da Casa Familiar Rural, da Coopatan participaram do curso Aprendendo a Em-preender.

Sebraetec pode ajudar a transformar resíduo da pupunha em alimento“OSebraetec pode ser um veículo de ligação

entre a tecnologia e a nossa necessidade de transformar o resíduo da pupunha (palmito) em

alimento”. A afirmação é de Carlos Rabello, administrador da Aliança Palmito, que abriga a Cooperativa de Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm), com 577 cooperados no município de Ituberá. O Sebraetec, que subsidia o acesso a tecnologias, para melhoria de produtos nos pequenos negócios, é uma das propostas do diagnóstico feito pela consultora do Sebrae, Letícia Lisboa, que aplica na Coopalm o Programa Vida Melhor Rural, em parceria com a Secre-taria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri).

“Com o Sebraetec podemos transformar o resíduo da pupunha, que representa gastos de 6 mil reais por mês

em transporte, em farelo e creme de palmito”, explica Rabello. O diagnóstico do Sebrae também prevê ações na área de marketing (pesquisas, trabalho no ponto de venda, logística e ação comercial na Copa do Mundo) e no campo com suporte técnico e de melhoria da qualidade de vida das unidades familiares, para que exista matéria prima suficiente para aumento nas vendas e renda dos cooperados. O Sebrae já atua junto aos cooperados da Coopalm com capacitações sobre empreendedorismo, associativismo e melhoria de gestão.

O coordenador regional do Sebrae, Carlos Henrique Nunes, informou que o projeto já está sendo concluído para início ainda em 2012 e terá articulação com todos os empreendimentos apoiados pela Fundação Odebrecht.

Revista Conexão Especial • 2012 • Nº 5 | 19

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Fotos: Maurício Marom

Agroindústria

O Terminal Pesqueiro de Ilhéus tem uma loca-lização privilegiada. Está bem ao centro da faixa litorânea do Brasil, em uma área de pesca

abundante a poucos quilômetros da costa, e na rota de passagem de uma grande quantidade de barcos de pesca. A construção do terminal é a oportunidade de dotar o sul da Bahia com mais um grande modelo de negócio, que pode ir muito além do que um simples estímulo ao setor pesqueiro e aquícola. Por enquanto, sem o terminal em funcionamento, como dizem os pescadores, “o peixe é baiano, mas não tira carteira de identidade na Bahia, já que ele é descarregado no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina”.

Ledinaldo Souza da Conceição, o Leleco, é pes-cador profissional há 35 anos. Para ele, com o terminal funcionando os pescadores artesanais poderão comer-cializar seus produtos, em condições de igualdade, com as grandes empresas. “Hoje somos engolidos por peixes graúdos. Os grandes têm os próprios barcos e levam uma vantagem sobre a gente. Temos que negociar a produção diária entre atravessadores e consumidores do varejo, lembrando que a pesca é o nosso único meio de sobrevivência”, ressalta. O pescador elogia a ação do Sebrae, a quem considera “um parceiro permanente” dos pescadores de Ilhéus. “Por isso acredito que com a inauguração do terminal e com a ajuda do Sebrae va-

mos pra frente e cada dia vai ser melhor”, afirma.O gestor do Sebrae em Ilhéus, Eduardo Benjamin

Andrade, explica que a partir do funcionamento do Terminal, a ideia é atrair diversos setores da economia regional e agregar valor à cadeia produtiva. “Isso inclui desde a chegada de modernas estruturas de logística, fabricação de embalagens até o fornecimento de insumos para produção de sapatos e bolsas com a pele retirada do peixe”, destaca. O Sebrae terá participação decisiva na capacitação dos moradores na região, visando beneficiar cerca de 10 mil pessoas. “Queremos que o terminal não seja visto apenas como ponto de apoio logístico a pescadores e embarcações que navegam no Litoral Sul da Bahia, mas também como oportunidade de grandes negócios para a região e o estado”, afirma Eduardo Andrade.

CooperativismoO terminal terá uma unidade de beneficiamento dotada

de câmaras e túneis de espera, congelamento e estocagem de iscas e refrigerados, sala de higienização, pátios de caminhões, vestiários, sanitários e casa de máquinas. Na

unidade, os pescadores terão com-bustível subsidiado, fábrica de gelo com capacidade para 50 mil quilos por dia, central de fornecimento de energia, boxes de vendas, oficina de manutenção de embarcações, central de higienização de caixas, lanchonete e estacionamento.

O investimento é de R$ 10 milhões. Em uma audiência pública foi definido, junto às Colônias de Pescadores de Ilhéus e Itacaré, marisqueiras e aquicultores do sul da Bahia, que o modelo de gestão a ser implantado no terminal será o cooperativismo. O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, estima que existam no estado mais de 1,8 mil embarcações de pesca motorizada. A Bahia é o terceiro maior produtor de pescados do Brasil, com cerca de 80 mil toneladas por ano, número que poderia ser bem mais significativo, não fosse a inexistência, até aqui, de uma eficiente infraes-trutura portuária. O objetivo do terminal é melhorar a qualidade e a produtividade do pescado local, e reduzir o custo do peixe para os moradores da cidade e região.

“Queremos que o terminal não seja visto apenas como ponto de apoio logístico a

pescadores e embarcações”

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Piscicultura |

Terminal Pesqueiro de Ilhéus tem modelo de gestão cooperativista

20 | Revista Conexão Especial • 2012 • Nº 5

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Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa/MG e mestre em

Engenharia Agrícola o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia, Eduardo Seixas de Salles, também foi gestor de empresas agroindústrias nacionais e multinacionais. Em entrevista exclusiva para a Revista Conexão Especial, o secretário Eduardo Salles explica como o Programa Vida Melhor Rural está combatendo as desigualdades sociais na Bahia.

1 Como foram definidos os setores beneficiados pelo Programa Vida Melhor Rural?

Escolhemos sete cadeias produtivas, a partir de reuniões das 22 câmaras setoriais, com a participação de pequenos, médios e grandes produtores, além de comerciantes. Estamos estruturando cada uma das sete cadeias: Aquicultura e Pesca, Bovinocultura de Leite, Fruticultura, Mandioca, Mel, Ovinocaprinocultura e Oleagi-nosas. Elas foram escolhidas por terem maior capilaridade com os agricultores familiares da Bahia. A mandiocultura, por exemplo, é a única cultura que está em todos os municípios baianos e é sempre realizada por agricultores familiares.

2 Como o Programa Vida Melhor Rural trabalha esta verticalização da produção para combater as desi-

gualdades sociais?

Trabalhamos toda a estrutura de cada cadeia. Na mandiocultura trabalhamos desde a semente, que a gente chama de maniva, fazendo a parceria com a Embrapa, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional. Escolhemos os melhores materiais genético, reproduzindo e doando para os produtores que estão próximos de uma agroindústria. Assim, a gente faz a cadeia acontecer, onde o produtor tenha onde vender ou fazer a farinha, a fécula de mandioca ou o amido modificado. Nas outras seis cadeias fazemos a mesma coisa. Com a estruturação temos mais produtividade, melhoramos a condição de comercialização e assim sobra mais recurso no bolso do agricultor familiar, que agrega valor ao seu produto, reduzindo assim as desigualdades sociais.

Em Vitória da Conquista, por exemplo, montamos a Cooperativa Mista Agropecuária de Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia, com recursos do Banco do Brasil. A Cooperativa faz o beneficiamento da mandioca e a fécula da mandioca. Antes dessa indústria, os produtores vendiam a tonelada da mandioca por 140 reais e hoje por 220 reais. É uma diferença grande que foi conseguida graças a estruturação da cadeia.

3 Qual a estratégia do governo para fomentar a agroin-dustrialização e fortalecer as principais cadeias

produtivas?

No caso da fruticultura, estamos buscando uma grande indústria que venha para a Bahia e compre das indústrias satélites, em cada região da Bahia com sua expertise. No Vale do São Francisco, que produz muito bem a manga e a uva, temos pequenas indústrias que possam fornecer para uma grande indústria varejista. Na região Sul tem uma produção significativa de graviola, então lá tem uma indústria de suco de graviola e em Itaberaba temos uma produção de abacaxi, e tem indústria de suco. Essas indústrias satélites serão fornecedoras de uma grande indústria de suco. Assim, a gente está bolando uma rede, porque muitas vezes a pequena indústria não consegue competir no varejo com outras multinacionais. Estas pequenas podem vender para a Compa-nhia Nacional de Abastecimento Conab, através do Programa de Aquisição de Alimentos, e vender para o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Unidas elas podem vender mais para o setor público e privado.

“Com as agroindústrias agregamos valor, aumentamos a renda dos agricultores e combatemos as desigualdades sociais”

Secretário | Eduardo Salles|Entrevista |

Foto: Heckel Junior

Agroindústria

Revista Conexão Especial • 2012 • Nº 5 | 21

Page 22: Revista Conexao Bahia - especial 05

4 Qual o papel da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) nesse processo e como o Estado está amplian-

do e qualificando o trabalho de assistência técnica?

A Ater é fundamental. Em anos anteriores a falta de Ater chegou a causar uma inadimplência de 220 mil agricultores familiares na Bahia, segundo dados do Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Já conseguimos reduzir a inadimplência para 140 mil agricul-tores familiares. O caminho para reduzir a inadimplência é dar sustentabilidade para esta cadeia através da assistência técnica.

Em parceria com Sebrae, Banco do Nordeste e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural o programa crédito assistido coloca um coordenador em cada cadeia produtiva que capacita os produ-tores antes deles receberem o recurso do banco. O programa visa direcionar, orientar e acompanhar o crédito. Por exemplo, o crédito para a poda do café acompanhamos o uso do recurso do início até o final da poda.

Na apicultura, por exemplo, a cada 50 apicultores fazemos uma casa de mel e a cada 10 casas de mel, um entreposto. A cada 50 apicultores tem um técnico agrícola, de moto, que dá assistência. A gente trabalha toda a cadeia, na casa de mel, onde faz a centrifugação das colmeias e no entreposto, onde é feito o rótulo.

5 Uma das principais demandas das agroindústrias no Programa é o cré-

dito para capital de giro. Como o governo pode ajudar a resolver esse problema já que os bancos exigem garantias reais, que a maioria das agroindústrias não consegue oferecer?

Estamos criando um fundo de aval, com re-cursos da Seagri e da Car e dos bancos. Seria uma proposta 3 por 1, ou seja, os bancos oferecem três vezes mais do que o recurso do governo. Com isso a gente consegue ter um fundo de aval garantidor do capital de

giro para as pequenas agroindústrias. Só assim ele pode se de-senvolver porque o pequeno produtor tem que pagar as contas do dia a dia com a venda da produção dele, ou seja, ele não pode colocar essa venda para o capital de giro, se não ele não se sustenta. Nós estamos fazendo esta proposta ao Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico (Fundese), da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia).

6 No Programa Vida Melhor Rural o Sebrae tem a mis-são de qualificar a gestão das agroindústrias, melho-

rando o nível de competitividade. Como o senhor avalia esse trabalho para o alcance dos resultados do Programa?

O Sebrae tem nos ajudado nesse trabalho da cultura do associa-tivismo e do cooperativismo junto ao agricultor familiar. A gente estava vendo que as agroindústrias estavam com problema de gestão e buscamos com o Sebrae mudar esta gestão e conse-quentemente fazendo com que o produtor tenha lucro.

Esse trabalho do Programa tem sido desenvolvido com a ex-pertise do Sebrae na gestão. Por exemplo, estamos montando

uma agroindústria de cebola na cidade de Sento Sé, porque a Bahia é o terceiro maior produtor de cebola e não processa a cebola. Com esta fábrica sendo finalizada o Sebrae está treinando, capacitando, dizendo quais os equipamentos que os produtores precisam. Estamos nos respaldando na expertise que o Sebrae tem neste segmento porque a Seagri não teria condições de fazer isso sozinho.

O agricultor familiar é empreendedor e deve buscar cada vez mais capacitação e mecanizar. Hoje temos condições, por exemplo, de pensar o Programa Mais Alimento, que tem juros zero, onde o produtor pode comprar até um trator. Nós conseguimos sensibilizar o agricultor atra-vés desta assistência técnica. Cabe a assistên-cia técnica levar a novidade ao agricultor que ainda está muito distante das novidades.

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UnidadE rEgional 1Salvador / Centro de Atendimento ao Empreendedor - Av. Sete de Setembro nº 261- Mercês - Salvador, Bahia. CEP 40060-035. Tel: 71 3320-4526Salvador / Itapagipe - Rua Direta do Uruguai nº 753, Bahia Outlet Center, Lojas 134 / 135 – Uruguai - Salvador, Bahia. CEP 40454-260. Tel: 71 3312-0151Salvador / Liberdade - Estrada da Liberdade nº 26 Lojas 13 E 26, Liberdade - Salvador, Bahia. CEP 40375-016. Tel: 71 3241-8126Salvador / Pelourinho – QUALICULTURA - Rua das Laranjeiras, 02, Terreiro de Jesus, Pelourinho. CEP 40026-230. Tel: 71 3321-9509Salvador / Sac Empresarial - Av. Otávio Mangabeira nº 6929 – Multishop - Boca do Rio - Salvador, Bahia. CEP 41706-690. Tel: 71 3281-4154Camaçari - Rua do Migrante s/nº, Centro, CEDAP - Casa do Trabalho – Camaçari, Bahia. CEP 42800-000. Tel: 71 3622-7332Lauro de Freitas - Loteamento Varandas Tropicais nº 279, Q.3, Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras – Lauro de Freitas, Bahia. CEP 42700-000. Tel: 71 3378-9836

Alagoinhas - Rua Rodrigues Lima nº 126-A – Centro de Alagoinhas - Alagoinhas, Bahia. CEP 48010-040. Tel: 75 3422-1888

UnidadE rEgional 2Barreiras - Av. Benedita Silveira nº 132, Ed. Portinari, Térreo, Centro – Barreiras, Bahia. CEP 47804-000. Tel: 77 3611-3013/4574

UnidadE rEgional 3 Feira de Santana - Rua Barão do Rio Branco nº 1225, Centro – Feira de Santana, Bahia . CEP 44149-999. Tel: (75) 3221-2153Ipirá - Praça Roberto Cintra nº 400-A – Centro – Ipirá, Bahia. CEP 44600-000. Tel: (75) 3254-1239,Euclides da Cunha - Rua Oliveira Brito nº 404 – Centro – Euclides da Cunha, Bahia. CEP 48500-000. Tel: (75) 3271-2010Itaberaba - Rua Rubens Ribeiro Nº 253, Ed. Tropical Center, Salas 22 / 23 - Centro – Itaberaba, Bahia. CEP 46880-000. Tel: (75) 3251-1023

UnidadE rEgional 4Ilhéus - Av. Dois de Julho nº 1039 Térreo, Centro – Ilhéus, Bahia. CEP 45653-040. (73) 3634-4068I tabuna - Av. Francisco Ribeiro Júnior nº 198, Edifício Atlanta Center - Centro – Itabuna, Bahia. CEP 45600-921. (73) 3613-9734

UnidadE rEgional 5Jacobina Coordenação - Rua J. J. Seabra nº 69 Bairro Estação – Jacobina, Bahia. CEP 44700-000. (74) 3621-4341Jacobina - Rua Senador Pedro Lago nº 100 – Salas 01 / 02 – Centro – Jacobina, Bahia. CEP 44700-000. (74) 3621- 4342 Senhor do Bonfim - Rua Benjamim Constant nº 12 Centro – Senhor do Bonfim, Bahia. CEP 48970-000. (74) 3541-3046

UnidadE rEgional 6 Juazeiro - Praça Dr. José Inácio da Silva nº 15 – Centro – Juazeiro, Bahia. CEP 48903-430. Tel: (74) 3612-0827Paulo Afonso - Rua Amancio Pereira nº 60 – Centro – Paulo Afonso, Bahia. CEP 48602-110. Tel: (75) 3281-4333

UnidadE rEgional 7 Santo Antonio de Jesus - Rua Ruy Barbosa, Salas 22 / 26, Ed. Saene, Loja 3, Sala 104 – Centro – Santo Antonio de Jesus, Bahia. CEP 44572-000. Tel: (75) 3631-3949Valença - Rua Barão de Jequiriçá nº 297 – Galeria Central – Centro – Valença, Bahia. CEP 45400-000. Tel: (75) 3641-3293

UnidadE rEgional 8Irecê - Rua Coronel Terêncio Dourado nº 161 – Centro – Irecê, Bahia. CEP 44900-000. Tel: (74) 3641-4206Seabra - Rua Horácio de Matos Nº 25 - Centro, Salas 01 / 02 – Seabra, Bahia. CEP 46900-000. Tel: (75) 3331-2368

UnidadE rEgional 9

Teixeira de Freitas - Av. Presidente Getúilio Vargas nº 3986, Centro – Teixeira de Freitas, Bahia. CEP 45995-002.

Porto Seguro - Praça Acm nº 55 – Centro – Porto Seguro, Bahia. CEP 45810-000. Tel: (73) 3288-1564

Eunápolis - Rua 5 de Novembro nº 66 - Térreo – Centro – Eunápolis, Bahia. CEP 45820-041. Tel: (73) 3281-1782

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Vitória da Conquista - Rua Coronel Gugé nº 221 – Centro – Vitória da Conquista, Bahia. CEP 45000-510. Tel: (77) 3424-1600

Brumado - Rua Dr. Mário Meira nº 79 – Centro – Brumado, Bahia. CEP 46100-000. Tel: (77) 3441-3543

Guanambi - Av. Barão do Rio Branco nº 292 – Centro – Guanambi, Bahia. CEP 46430-000. Tel: (77) 3451-4557

Itapetinga - Av. Itarantimnº 178 – Centro – Itapetinga, Bahia. CEP 45700-000. Tel: (77) 3261-3509

Jequié - Rua Felix Gaspar nº 20 – Centro – Jequié, Bahia. CEP 45200-350. Tel: (73) 3525-3552/3553

Ipiaú - Praça João Carlos Hohllenwerger nº 39 – Centro – Ipiaú, Bahia. CEP 45570-000. Tel: (73) 3531-6849/5696

Foto: Heckel Junior

Secretário | Eduardo Salles|Entrevista | Agroindústria

22 | Revista Conexão Especial • Setembro de 2012 • Nº 5

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