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arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços (só para assinantes) ano XII | nº 60 | dezembro 2011 | www.construirnordeste.com.br UM NOVO NORDESTE EM CONSTRUÇÃO Casa Cor Pernambuco 2011 Passado redesenhado pela modernidade ENTREVISTA Fernando Bezerra Coelho O ministro da Integração Nacional e as ações para o Nordeste R$ 12,90 | € 5,60 R$ 344 bilhões em investimentos A Fiat projeta fábrica em harmonia com o meio ambiente RCN Editores Associados

Revista Construir Nordeste - 60

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ESTEEdição 60 | dezem

bro 2011

arquitetura | tecnologias | mercado | índices | preços de insumos | custos de serviços (só para assinantes)

ano XII | nº 60 | dezembro 2011 | www.construirnordeste.com.br

UM NOVO NORDESTE EM CONSTRUÇÃO

Casa Cor Pernambuco 2011Passado redesenhado pela modernidade

ENTREVISTAFernando Bezerra CoelhoO ministro da Integração Nacional e as ações para o Nordeste

R$ 1

2,90

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5,60

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MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVELEFICIÊNCIA ENERGÉTICA & CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

TRÊS GRANDES EIXOSO Movimento Vida Sustentável terá como ponto máximo a reali-zação de um evento no período de 2 a 6 de outubro. A princípio, o local escolhido para sediar o evento foi o Memorial Arcoverde, área próxima ao Espaço Ciência e ao Centro de Convenções de Pernam-buco, onde estará ocorrendo paralelamente a VIII Feira de Mate-riais, Equipamentos e Serviços da Construção (Ficons). O evento abordará três grandes eixos/sistemas:

envoltória (fachada) - compreende desde a concepção de projetos até os indicadores de e�ciência;

conforto térmico - serão discutidos a refrigeração, o aqueci-mento e a exaustão;

eficiência - será mensurada a e�ciência dos equipamentos na ope-ração, tais como e�ciência energética, iluminação, equipamentos de racionalização, aquecimento de água, tratamento e reuso do esgoto. A gestão dos resíduos da construção (ou daqueles produzidos a partir do uso de aparelhos), a importância do paisagismo e a gestão do verde também estarão contempladas pelo Movimento Vida Sustentável.Todos esses temas serão abordados através de minicursos e pa-lestras. Mas será com a construção de uma edi�cação sustentável, do ponto de vista dos materiais e das metodologias construtivas - e até do seu funcionamento pós-obra, que o visitante poderá conferir a e�ciência das soluções sustentáveis debatidas durante o evento.

N o dia 1º de fevereiro, durante a primeira reunião do ano do Fórum Pernambucano de Construção Sustentável, será dada a largada para uma série de ações e atividades que colocarão permanente-

mente em pauta o Movimento Vida Sustentável.A iniciativa, fruto de uma parceria entre Sinduscon/PE, revista Construir NE e Governo do Estado, através da Secretaria de Recursos Hídricos, nas-ce com a proposta ousada de induzir a sociedade a rever seus conceitos, adequando-os aos princípios da sustentabilidade, seja ambiental, social ou econômica.O público-alvo do movimento vai desde empresários e pro�ssionais envol-vidos na construção civil como engenheiros, técnicos e arquitetos, até cida-dãos comuns, moradores de condomínios e estudantes das redes pública e privada.Para o vice-presidente do Sinduscon/PE, José Antônio Lucas Simón, a sus-tentabilidade só fará de fato parte do dia a dia das famílias a partir do mo-mento em que estas perceberem ganhos mais próximos de sua realidade. “Quando a dona de casa �zer a conta e perceber que o valor economizado com energia elétrica é maior ou igual à parcela do novo eletrodoméstico, com selo de e�ciência Procel, vai trazer para dentro de casa a importância da sustentabilidade”, considera ele.Mas o que faz da construção civil um agente tão importante dessa mudança de conceitos? A resposta é simples: a dimensão do setor (e da sua cadeia produtiva), que o torna um grande difusor de informações. A construção ci-vil representou, em 2009, um percentual nada modesto de 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2010, acumulou sozinha um crescimento de 11,6% no PIB setorial calculado pelo IBGE. “Além disso, a construção do ambiente urbano é a razão de ser do setor. E o modelo que buscamos é o do desenvolvimento humano, da inovação tecnológica e do uso e reuso equi-librado de recursos disponíveis, bem como da reciclagem”, explica Simón.

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OBJETIVODivulgar projetos e produtos eficientes e inicia-tivas sustentáveis; debater e incentivar, cada vez mais, pessoas e empresas, no sentido de buscarem modelos sustentáveis de agir e estimular as práti-cas sustentáveis na geração de energia, reuso da água, drenagens e gestão dos resíduos; apresentar as tecnologias disponíveis e os modelos de gestão nas áreas de energia, água, resíduos e drenagens; promover a formação nos temas propostospelo Movimento Vida Sustentável; atuar, de for-ma organizada, na discussão e no entendimento de fatos ligados ao desenvolvimento sustentável da construção; colocar o tema da sustentabilidade de maneira contínua na ordem do dia, entre estu-dantes, professores, empresários, profissionais e sociedade de uma forma geral.

Realização

MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVELEFICIÊNCIA ENERGÉTICA & CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

MVS 2012: DE FEVEREIRO A DEZEMBRO

PROGRAMAÇÃO

SITE MOVIMENTO VIDA SUSTENTÁVEL• Informações sobre os eventos programados• Inscrições e dados estatísticos, blog e informações gerais sobre o conteúdo do MVS ENCONTROS RELACIONAIS • Para promover uma reflexão através de eventos relacionais, encontros e debates, fóruns temáticos e cursos

FEIRA ANUAL VIDA SUSTENTÁVEL (2 a 6 de outubro)• Evento próprio para exposição da Espaço Energia, com a apresentação de conceitos de uso adequado da água, esgoto e energia• Casa com a utilização de materiais adequados ao tema• Cursos durante o período da Feira Vida Sustentável• Espaços para cursos simultâneos para 30 participantes cada

FÓRUM PERNAMBUCANO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL• Fóruns de debates mensais para 50 participantes• Fórum Anual Vida Sustentável para 300 participantes, que acontecerá paralelamente à Feira Vida Sustentável

PRÊMIO VIDA SUSTENTÁVEL• Estudante criativo• Personalidade sustentável

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SUMÁRIO

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CAPA | 62ESPECIAL NORDESTEInfraestrutura está mudando a face da região

ENTREVISTA | 20Fernando Bezerra Coelho: obras hídricas para benefi ciar produtores rurais do Nordeste

VIDA SUSTENTÁVEL | 45A fábrica da Fiat será parceira do desenvolvimento em Pernambuco

TECNOLOGIA | 58Novas argamassas prometem aplicação rápida

ARQUITETURA & INTERIORES | 37Na Casa Cor Pernambuco 2011, passado e presente aliados à tecnologia

68Transnordestina já muda o interiorSEÇÕES14 SHARE

19 RESPONSABILIDADE SOCIAL

32 PAINEL CONSTRUIR

34 TRENA

35 VITRINE

87 INSUMOS

93 ONDE ENCONTRAR

COLUNAS16 PALAVRA Maria Faro

18 PALAVRA Renato Giusti

42 D&A Ricardo J. Pessoa

48 EU DIGO Soraya El-Deir

49 VISTO DE PORTUGAL Renato Leal

78 CONSTRUIR ECONOMIA Mônica Mercês

82 INDICADORES IVV André Freitas

69Refi naria e siderúrgica no futuro cearense

71 A Bahia constrói a ferrovia da integração

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CARO LEITOR

O Nordeste cresce a passos largos e vem construindo, literalmen-te, uma nova realidade para a próxima década. Na reportagem especial de Cristina França e Hugo Renan do Nascimento, um

panorama das obras que poderão mudar a região até 2020. São inves-timentos públicos e privados em infraestrutura, portos, aeroportos, estradas, mobilidade urbana e equipamentos esportivos, que são im-pulsionados pela Copa do Mundo em 2014. A reportagem mostra que todos os Estados nordestinos estão em obras e que não faltam projetos para que a região não saia dos trilhos do desenvolvimento.

Na entrevista desta edição, o ministro da Integração Nacional, Fer-nando Bezerra Coelho, fala sobre as grandes obras da sua pasta, onde se destaca a transposição do São Francisco, que concretiza o sonho sertanejo de levar água para o semiárido de Pernambuco e Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A obra, junto com a Transnordestina, une Estados e interliga economias e populações.

No caderno Vida Sustentável, adiantamos o modelo de fábrica que a Fiat irá instalar em Pernambuco, seguindo os padrões internacio-nais de sustentabilidade e economia que serão erguidos onde hoje há apenas um terreno. Um caminho para se construir uma ligação entre a indústria e a conservação da natureza.A entrevista especial do Vida Sustentável é com o novo presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida, que anuncia planos de investir em energias alternativas como a eólica e a solar, acreditando no potencial do clima do Nordeste, para que ele possa gerar mais ener-gia, com racionalidade e sem agredir o meio ambiente.

Nesta edição também falamos da louvável interação entre o antigo e o novo, encontrada na Casa Cor Pernambuco 2011. Instalada num conjunto de casas tombadas na histórica cidade de Olinda, a mostra impressiona pelo talento dos arquitetos pernambucanos de valorizar o passado, com um toque de tecnologia em equipamentos, móveis e produtos.

Em Economia, vale descobrir os planos da Alphaville de construir um novo bairro, próximo ao Recife e ao Complexo Industrial Portuá-rio de Suape, onde os moradores vão encontrar opções de viver e tra-balhar. E, no Ceará, surge uma proposta de segunda residência, que permite a compra e o uso compartilhado, lançada pela Viva, a maior construtora cearense.

Não custa lembrar que, prestes a encerrarmos 2011, temos muito pela frente em 2012. Temos um ano novo para construir com excelen-tes perspectivas.

Boa leitura.

Elaine Lyra

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RCN Editores Associados

Diretora GeralElaine Lyra

Conselho EditorialAdriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Celeste Leão, Clélio Morais, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Haroldo Azevedo, José G. Larocerie, Mário Disnard, Renato Leal,

Ricardo Leal, Risale Neves, Serapião Bispo e Carlos Valle.

Conselho TécnicoProfessores

Alberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda Barkokébas, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Joaquim Correia,

Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Stela Fucale Sukar, Yêda Povoas.

PUBLISHER | Elaine [email protected]

EDITORA EXECUTIVA | Etiene Ramos [email protected]

REPORTAGEM

RECIFE | Cristina França | [email protected]

CEARÁ | Hugo Renan Nascimento

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CARTAS

REDAÇÃO/SUGESTÕES DE [email protected] Avenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050

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CARTASAvenida Domingos Ferreira, 890, sala 704, Empresarial Domingos Ferreira Pina | Recife | PE | CEP: 51 011-050

AGENDA

Pós-Graduação em Planejamento e Gestão de Construções Sustentáveis

Data: inscrições até 31 de janeiro de 2012Local: Centro Universitário da FundaçãoEducacional Inaciana (São Paulo/SP)http://www.fei.edu.br

Missão técnica para Portugal –Benchmarking de empreendimentosimobiliários e turísticos em resorts ecomunidades planejadas

Data: 11 a 18 de fevereiro de 2012Local: Lisboawww.adit.com.br

Concrete Show Índia

Data: 23 a 25 de fevereiro de 2012Local: Bandra Kurla Complex (Mumbai)www.concreteindia.net

Expo Revestir

Data: 6 a 9 de março de 2012Local: Transamérica Expo Center (SãoPaulo/SP)www.exporevestir.com.br

ADIT Juris – Seminário de Soluções Jurídicas para o Setor Imobiliário e Turístico

Data: 22 e 23 de março de 2012Local: Hotel Radisson (Vitória/ES)www.adit.com.br | [email protected]

Feicon Batimat 201220º Salão Internacional da Construção

Data: 27 a 31de março de 2012Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi (São Paulo)www.feicon.com.br

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Quando se sabe que uma estaca pré-moldada de concreto quebrou durante a cravação ? Neste caso, o que deve ser feito?

Há dois controles para detecção da quebra de estaca: através do diagrama de cravação, que consiste na contagem do número de golpes para cravação de uma penetração da estaca no terreno (em geral 0,5m a 1m). Se a estaca estiver na camada resistente e o número de golpes cair bruscamente, pode ser um indicativo de quebra. Se, além disso, houver uma inclinação da estaca, certamente ela deve estar quebrada; através de um ensaio não destrutivo chamado Pile Integrity Test (PIT), que consiste na colocação de um acelerômetro na cabeça da estaca, seguida da aplicação de um golpe com um martelo de mão. A interpretação da propagação da onda ao longo da estaca pode identifi car anomalias, tais como o seu fi ssuramento ou mesmo a descontinuidade do fuste. Quando comprovada a quebra da estaca, deve ser feito um reforço do estaqueamento do bloco.

*Prof. Dr. Alexandre Duarte Gusmão (PEC/Poli/UPE)

Há algum trabalho sendo desenvolvido entre a Poli/UPE e a obra da Petroquímica Suape?

Sim, através do grupo de pesquisa em tecnologia e gestão da construção de edifícios, o Politech, cujo projeto está inserido em uma pesquisa conduzida em conjunto com o Centro de Estudos da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Cefen/UERJ) e a Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Consiste no desenvol-vimento, na coleta e na análise de indicadores de produtividade dos serviços de construção e da montagem eletromecânica das instalações da Petroquímica Suape, permitindo a melhoria do processo produtivo, bem como a criação de um banco de dados com valores de referência para o setor e a Petrobras. O indicador de produtividade adotado é a Razão Unitária de Produ-ção (RUP), tendo sido monitorados os seguintes processos de execução: montagem de estru-tura metálica e tubulações (“pipe-rack”), fabricação de tubulações (“pipe-shop”), jateamento e pintura (“paint-shop”), lançamento de cabos, teste hidrostático e montagem de equipamentos. O êxito do trabalho realizado permitiu ao Cefen/UERJ expandir a aplicação dos trabalhos para a Refi naria Abreu e Lima, em Suape.

*Prof. Dr. Alberto Casado Lordsleem Júnior (PEC/Poli/UPE)

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Acesse: www.construirnordeste.com.brEscreva: [email protected] (Twitter): @Contruir_NECompartilhe nossa fan page no Facebook

ASAPH SABOIA

ACOMPANHE A CONSTRUIR NE PELO BRASILA Construir NE estará na Expo Revestir, de 6 a 12 de março, em São Pau-lo. Referência no calendário internacional de eventos e uma das maiores expressões da arquitetura, a Expo Revestir estreia um ano de agenda cheia para a revista. A cobertura da feira e o movimento no estande da Cons-truir NE poderão ser acompanhados pelo site www.construirnordeste.com.br e pelas redes sociais. A agenda de atividades, eventos e feiras com a participação da Construir NE também está na Internet.

CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS A Construir NE vem escrevendo um novo formato em sua comunicação daWeb, intensi�cando o trabalho nas redes sociais. Os per�s no Twitter, Facebook e

Linkedin estreitam nossa relação com os leitores - que hoje também são formadores de conteúdo. Se você tiver algum comentário parafazer, solicitação ou crítica, siga-nos na rede. Queremos ouvir você.

A ERA DO RELACIONAMENTO

C om o advento das redes sociais e da grande procura pela pro-�ssionalização neste segmento, entramos em uma nova fase. A força da Internet e das mídias digitais vem levando a uma mu-

dança radical de valores e ações das empresas e das pessoas físicas. Ter um planejamento em mídias digitais não é moda, é necessidade. Uma ne-cessidade para os que desejam estreitar relações com o seu público-alvo.A evolução e as alterações diárias em nossa conjuntura re�etem-se no mundo empresarial e obrigam as organizações a estar inseridas nesse contexto das novas tecnologias. Na sociedade antenada com a Inter-net, o mundo das redes sociais é peça-chave para fortalecer círculos de amizade, conhecer pessoas de diferentes culturas, trocar experiências e compartilhar ideias.Estudo divulgado recentemente pela empresa de pesquisa GfK revela que 43% dos brasileiros costumam usar Orkut, Facebook, Twitter e YouTube - 27% para pesquisar uma marca e 17% para recomendá-la.Fica claro que, independentemente das políticas das empresas em relação ao meio digital, suas marcas já estão na rede, sendo avaliadas, criticadas ou elogiadas pelo consumidor com conta no Facebook ou no Twitter.

Os números apenas comprovam a tese da importância de um trabalho programático na Internet, principalmente com as redes sociais. A quebra de barreiras físicas que a grande rede promoveu tornou muito mais fácil e rápido o acesso à informação. Na rede, clientes conectados ganharam mais poder de barganha e agora tomam decisões que incidem na reputação dos fornecedores, in-fluenciando e sendo influenciados por outras pessoas que trafe-gam no meio on-line.A força da Internet trouxe o cliente para a sala de reuniões da empre-sa, sendo uma voz importante nos momentos de decisões. Os frutos de um relacionamento obtido na Internet elevam o cliente ao posto de um conselheiro em potencial. Os comentários no Twitter, as excla-mações no Facebook, tudo pode ser a base para mudanças e ações de uma empresa.O grande diferencial de quem está na Internet para quem sabe uti-lizá-la é a sapiência de utilizar as plataformas sociais não somen-te como publicidade, mas como ferramenta de aproximação do seu público-alvo.

AZULEJOS PERSONALIZADO VIA FACEBOOKA agência DM9DDB desenvolveu para a loja de construção Telhanorte o “parede social”. Trata-se de um aplicativo que permite ao usuário do Facebook personalizar azulejos com fotos postadas na rede.Basta você adicionar o aplicativo em seu per�l no Facebook e seguir os passos do programinha. O preço varia de acordo com a escolha do azulejo. Esta é uma ótima oportunida-de para você ter to-dos os seus amigos na parede da sua casa. Todo mundo vai curtir. Saiba mais no site http://www.paredesocial.com.br.

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Palavra

MARIA FARO

M oradia é um direito fundamental garantido pela Declaração Uni-versal dos Direitos Humanos de

1948 (ONU) e pelo Artigo 6° da Constituição Brasileira de 1988. Entretanto, tornar direi-tos em realidade é desafi ador e complexo. O défi cit habitacional nacional de aproxima-damente seis milhões de unidades refl ete a difi culdade que o governo tem de garantir, aos cidadãos brasileiros, esse direito humano básico. Nas áreas rurais, onde vivem 14% da população brasileira, a situação é mais críti-ca: dos 27 milhões de habitantes rurais, 11 milhões vivem em extrema pobreza, sendo que apenas 27,4% das famílias têm acesso à água tratada e 23% à rede de esgoto.

A falta de recursos para fi nanciamentos habitacionais e a ausência de programas de habitação de interesse social voltados para a realidade rural resultam em uma demanda habitacional muito superior à oferta, bem como em moradias com baixa qualidade construtiva. Em geral, os programas habita-cionais têm características bastante rígidas e defi nem as faixas econômicas a serem be-nefi ciadas e as especifi cações de materiais e técnicas construtivas a serem adotadas, desconsiderando fatores como clima local e necessidades dos futuros moradores. Seriam necessárias modifi cações nas especifi cações técnicas pré-estabelecidas pelos programas habitacionais para a construção, com os mes-mos recursos, de casas com mais qualidade do que as concebidas atualmente.

Para suprir a demanda habitacional, o uso de materiais construtivos industrializa-dos é inviável, não apenas do ponto de vis-ta econômico, mas insustentável do ponto de vista ambiental. A terra, como material construtivo alternativo, além de garantir moradias acessíveis e com alta qualidade ha-bitacional, é excelente do ponto de vista da sustentabilidade.

A TERRA, MATERIAL SUSTENTÁVEL

Do ponto de vista ambiental, a terra é um material renovável e abundante, podendo ser empregada em diferentes técnicas cons-trutivas, conforme o tipo de solo. Obtida diretamente do terreno onde será realizada a construção, evita o uso de transportes. A energia utilizada durante a construção é bai-xa, pois todo o processo pode ser executado manualmente.

Com execução e manutenção adequadas, a casa de terra pode durar mais de 60 anos. E então ser simplesmente devolvida ao solo. A alta capacidade térmica da terra se traduz em equilíbrio da umidade e da temperatura inter-na e em ambiente confortável, dispensando o uso de ventilação mecânica ou refrigeração.

Economicamente o custo do uso da terra na construção de casas populares é menor em comparação aos materiais industrializados, sendo acessível à maioria das famílias que re-cebem até três salários mínimos por mês, que representam 90% do défi cit habitacional.

A simplicidade das técnicas construtivas também permite que as famílias participem do processo construtivo, reduzindo ainda mais os custos. A construção em mutirão tem

se mostrado uma solução mais efi caz para suprir o défi cit habitacional, porém é neces-sária a assessoria de técnicos experientes, ao longo do processo construtivo, para garantir a boa qualidade das moradias.

Dos pontos de vista social e político, o acesso à moradia promove dignidade, di-minuindo a exclusão social e permitindo o desenvolvimento de outros direitos huma-nos básicos. O aumento da qualidade de vida permite que os cidadãos exerçam seus papéis na sociedade de forma democrática, expres-sando suas vontades e opiniões.

Culturalmente a terra faz parte da histó-ria da arquitetura vernacular no Brasil, o que demonstra sua adequação, aplicabilidade e efi ciência nos diferentes contextos e climas brasileiros. Entretanto, ao longo dos anos, a terra foi perdendo seu lugar como solução construtiva, sendo substituída massivamente pelos materiais industrializados. Infelizmen-te, culturalmente a terra tem sido rejeitada na maior parte dos países em desenvolvimento, mas é cada vez mais utilizada em países de-senvolvidos, o que prova que tal rejeição está vinculada a preconceitos, e não a fatos.

Do ponto de vista técnico, a terra pode ser analisada e testada como qualquer outro ma-terial. Para que o seu emprego seja difundi-do e adotado nacionalmente, é essencial que isto ocorra. Países como Alemanha, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Peru e Espanha já desenvolveram normas técnicas e adotaram a terra como material construtivo padronizado. Portanto, além da mudança de mentalidade, é necessário investir em tecno-logia para que a terra volte a ser utilizada e valorizada como material construtivo confi á-vel, que promove até hoje o abrigo de mais de um terço da população mundial.

Maria Faro é arquiteta e urbanista, com mestrado em Design Sustentável.

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O Brasil vem passando por grandes transformações nas últimas duas dé-cadas. Com a estabilidade econômi-

ca e política, o país recuperou a credibilidade internacional, conquistou o título de grau de investimento pelas agências de avaliação, bo-tou de pé um plano de crescimento a longo prazo e, cada vez mais, tem recebido inves-timentos estrangeiros. Além disso, vai sediar grandes eventos que não só aumentam a ex-posição do Brasil, mas abrem novas oportu-nidades de investimento, principalmente em infraestrutura.

Com o novo status conquistado, o país transformou-se em um canteiro de obras: estradas, aeroportos, complexos esportivos, centros comerciais, hospitais, escolas, ruas, praças, centros de lazer e a sonhada casa pró-pria para milhares de famílias brasileiras.

Nesse contexto, a indústria brasileira de cimento tem um importante papel a desem-penhar, no sentido de oferecer suporte ne-cessário para a melhoria da habitação e da infraestrutura e, consequentemente, para o crescimento sustentável do país. Em um país tradicionalmente construído em concreto, a indústria fez expressivos investimentos, pre-parando-se para atender às novas demandas.

Mas o aumento da capacidade de pro-dução não é a única prioridade do setor. A indústria brasileira de cimento é reconhecida internacionalmente por seu excelente desem-penho energético e ambiental e pela reduzida emissão de gases de efeito estufa. Essa posi-ção é fruto de um grande esforço das empre-sas que realizam, há anos, ações para reduzir emissões, contribuindo para o combate das mudanças climáticas, levando a nossa indús-tria a ser reconhecida mundialmente como a mais ecoefi ciente.

Somente em 2010, a indústria brasileira de cimento, com o apoio técnico da Associa-ção Brasileira de Cimento Portland (ABCP), destruiu em seus fornos cerca de um milhão

RENATO GIUSTI

À FRENTE DO SEU TEMPO

de toneladas de resíduos por meio da tecno-logia de coprocessamento. Deste total, mais de 50% dos resíduos tinham poder calorífi -co e foram aproveitados como combustível, além de preservarem as reservas de combus-tíveis fósseis.

Outra atividade do setor é investir em novos processos construtivos à base de ci-mento, sistemas industrializados capazes de aumentar a efi ciência, a rapidez nas constru-ções, a redução de custos e, sobretudo, a sus-tentabilidade das edifi cações. Um exemplo foi o sistema industrializado adotado em São Luiz do Paraitinga, cidade histórica a 178 quilômetros de São Paulo, atingida por uma forte enchente em 2010. Lá foi adotado o sis-

tema “parede de concreto monolítica” (fôr-mas de PVC de encaixe simples com função de acabamento, que são preenchidas com concreto e aço estrutural). Esta solução per-mitiu a entrega das casas em menos de seis meses. A transferência da tecnologia dos pavimentos de concreto para importantes obras rodoviárias e urbanas por todo o país é outra atividade importante e permanente.

Em todas elas, a participação da As-sociação Brasileira de Cimento Portland, que completou 75 anos em 2011, tem sido fundamental.

Desde a sua criação, a associação traba-lhou para melhorar a qualidade do cimen-to, do concreto, dos processos produtivos e construtivos, bem como para transferir

constantemente tecnologias, ampliando o conhecimento por meio de cursos, palestras, eventos, feiras etc. Isto é, capacitar faz parte do DNA da ABCP.

Sempre em parceria com a indústria e as instituições, a ABCP mantém um labo-ratório de ensaios completo e moderno, que presta serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de constru-ção e aos consumidores. Além disso, ela-bora pesquisas e projetos e mantém uma equipe de profissionais – arquitetos, enge-nheiros, geólogos e químicos, entre outros – à disposição do mercado para consultoria e suporte às grandes obras da engenharia brasileira. Por isso, somos reconhecidos nacional e internacionalmente pela exce-lência de nossos serviços, o que nos leva a ganhar prêmios, tornando-nos benchma-rking de outros setores.

Não menos importante tem sido, ao longo de décadas, a contribuição da ABCP para a prática da qualidade, no que se refere ao em-prego do cimento e do concreto e dos seus sistemas segundo as normas brasileiras, cola-borando com o bem-estar da sociedade.

Somos uma entidade de excelência que merece ser conhecida por promover o uso do cimento. Afi nal, é edifi cante e prazeroso cuidar com dedicação e rigor do aperfeiço-amento do mercado da construção civil, da melhoria da qualidade de vida da população e do desenvolvimento do Brasil.

E tudo isso sempre em parceria com toda a cadeia da construção, porque nin-guém faz nada sozinho. É difícil esconder o orgulho que nos invade e envaidece. Essa postura de compromisso com o desenvol-vimento do nosso país não modificará nos próximos 75 anos.

Renato Giusti, engenheiro, é presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

Palavra

Em 2010, a indústria do cimento destruiu 1 milhão de toneladas de resíduos

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O Instituto do Câncer do Ceará (ICC) é pioneiro no atendimento inte-gral e especializado do câncer no Esta-do. É também referência no diagnósti-co, tratamento, ensino e pesquisa em cancerologia no Norte/Nordeste, pro-movendo diversas ações de responsabi-lidade social. O Hospital do Câncer do Ceará, mantido pelo ICC, realiza cerca de 20 mil atendimentos mensais.

Q’ALEGRIA BENEFICIA PACIENTES NO CEARÁ

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Crianças e adolescentes de Fortaleza em tratamento contra o câncer ganharam um novo aliado contra a doença

É o espaço Q’Alegria, lançado no dia 29 de setembro, na ala de oncologia pediátrica do Instituto do Câncer do

Ceará (ICC). Com esta ação, serão bene�-ciadas 360 crianças e adolescentes que atual-mente estão em tratamento no Hospital do Câncer do ICC.

O espaço implantado no ICC proporciona entretenimento personalizado durante a qui-mioterapia. O equipamento é composto por mesa �ex para suporte de laptop, livros e ca-dernos; TV; suporte lateral para equipamen-tos de DVD ou jogos eletrônicos; controles e fones de ouvido; e pontos de iluminação em LED, possibilitando a aplicação de diferentes cores para cromoterapia.

A metodologia do Q’Alegria foi desen-volvida por Marcelo Souza Leão & Chala-ça, Arquitetos Associados, cedida sem �ns lucrativos ao projeto Casa da Criança para disseminar esse conceito em território na-cional. Uma ação inovadora que proporciona melhor qualidade no tratamento do câncer infanto-juvenil.

É o segundo espaço do Q’Alegria inaugu-rado no Brasil - o primeiro foi implantado em dezembro de 2010, na ala de oncologia pediátrica do Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa (PB). “O Q’Alegria agregou um valor extraordinário à qualidade da as-sistência aos pacientes durante o tratamento oncológico. Realmente o projeto conseguiu o que era impossível: unir o tratamento qui-mioterápico fatigante e estressante, princi-palmente para crianças, ao entretenimento, à magia, à diversão e à alegria”, a�rma Danielle Soares, enfermeira do hospital.

Para o próximo ano, já está programada a implantação do espaço Q’Alegria nas cidades de Recife (PE) e Cuiabá (MT). A implanta-ção do Q’ Alegria no ICC é a quarta atuação do projeto Casa da Criança em Fortaleza, realizada graças à empresa parceira Pizza Hut (CE/PB). Demais ações aconteceram no Abrigo Tia Júlia (humanização em 2002), no Lar Amigos de Jesus (construção e humani-zação em 2006) e no Centro Pediátrico do Câncer (humanização em 2010).

ICC, REFERÊNCIA NO BRASIL

Profissionais de saúde e arquitetos aliam tratamento e diversão em projetos pelo Brasil

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ENTREVISTA

O Ministério da Integração Nacional, comandado pelo sertanejo Fernando Bezerra Coelho, promete começar e concluir obras de grande importância para o Nordeste. Em especial, a transposição do São Francisco que, após várias modificações em seu projeto básico, está orçada em R$ 6,8 bilhões e deverá revolucionar a vida de pelo menos 12 mi-lhões de moradores do interior nordestino, ao le-var as águas do rio São Francisco para cidades em Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em sua pasta, o ministro tem o desafio de resgatar o planejamento regional que poderá identificar grandes obras para o Nordeste,

ÁGUA PARA MUDAR O NORDESTE

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a serem incentivadas e realizadas com recursos dos ministérios, a fim de impulsionar projetos e cadeias produtivas que despontam na região.Nesta entrevista, por e-mail, à Construir NE, Fer-nando Bezerra Coelho adianta outros projetos que vão alterar a realidade em alguns Estados, benefi-ciando populações com a oferta de água, um bem natural e essencial para o desenvolvimento da economia local, que tem muito a colher com a agri-cultura, a exemplo de outras cidades onde a água

já mostrou que pode lavar a pobreza.

Etiene Ramos

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ENTREVISTA

O Ministério da Integração Nacional co-manda obras que prometem mudanças esperadas para o Sertão nordestino como a transposição do São Francisco. Na pers-pectiva da obra ser concluída até o �nal do Governo Dilma, que legado �cará para a região?

O Projeto de Integração do São Francisco (PISF) com as bacias hidrográ�cas do Nor-deste setentrional, conhecido como Transpo-sição do São Francisco, é a mais importante ação estruturante no âmbito da política na-cional de recursos hídricos. Tem por objetivo a garantia de ofertar água para o desenvol-vimento socioeconômico dos Estados mais vulneráveis às secas (Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco). Sendo as-sim, o projeto bene�ciará áreas do interior do Nordeste estratégicas para uma política de desconcentração do desenvolvimento, po-larizado até hoje quase que exclusivamente pelas capitais dos Estados. A obra bene�ciará uma população estimada de 12 milhões de habitantes, além de gerar emprego e promo-ver a inclusão social.

Quanto, efetivamente, uma obra como esta custará, e qual o aumento em relação ao projeto inicial?

O projeto São Francisco faz parte do Progra-ma de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e está orçado em R$ 6,8 bi-lhões. Já foram pagos R$ 2,7 bilhões até o mês de outubro e empenhados R$ 3,8 bilhões.

Especialistas em obras no Brasil a�rmam que reajustes ocorrem por falta de planeja-mento adequado e conhecimento das áreas. Dizem que muitos projetos são feitos “em cima da perna” dos engenheiros, sem es-tudos detalhados, o que justi�ca atrasos e outros problemas na sua execução. Foi isso que ocorreu com o projeto da transposição?

O Projeto de Integração do São Francisco é uma obra muito complexa. O projeto execu-tivo está sendo elaborado concomitantemen-te com a execução das obras. Sendo assim, surgem algumas adaptações no projeto bá-sico, gerando a necessidade de novos servi-ços, o que altera a sua planilha orçamentária original.

Os serviços novos, por lei, têm que ser ne-gociados para que sejam incluídos nos contratos.

Com a conclusão da transposição, açudes e outras obras de segurança hídrica de pequeno porte serão coisa do passado, ou ainda estão no planejamento?

Os canais do Projeto de Integração do São Francisco serão ligados a diversos açudes e reservatórios ao longo do traçado, alguns já existentes e outros em construção, garantin-do um nível seguro de água mesmo em perí-odos de seca. Os açudes sempre serão neces-sários no conjunto de empreendimentos que darão garantia hídrica ao povo do semiárido.

Excluindo as obras relacionadas com a transposição, quais terão maior impacto socioeconômico para o Estado ou a região onde será construída?

Podemos citar diversas obras do Ministério da Integração Nacional que terão impacto socioeconômico na Região Nordeste. É o caso da adutora do Agreste pernambucano, um empreendimento de mais de R$ 1,3 bi-lhão que está incluído na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A obra vai levar água tratada para 61 municípios pernambucanos, graças a um sistema com mais de 1.000 quilômetros de tubos de aço e ferro fundido. Posso destacar

também a parceria com o Governo do Cea-rá, através do Cinturão das Águas, um canal adutor que conta com 1.300 quilômetros de comprimento e irá utilizar as águas do Proje-to de Integração do São Francisco, permitin-do incluir todas as macrobacias hidrográ�cas do Estado no sistema de abastecimento.No PAC 2 está previsto o primeiro trecho, com 154 quilômetros, atendendo à região do Cariri, no Ceará, um investimento de R$ 1,5 bilhão. Na Paraíba, o Ministério da Integração Nacional, em parceria com o go-verno estadual, é responsável pelo Canal da Vertente Litorânea, com 112 quilômetros de extensão e que levará água da Barragem de Acauã ao Açude de Araçagi. A obra, com um custo previsto de R$ 980 milhões, via-bilizará água para abastecimento humano e irrigação. É uma solução para o suprimento de água, com regularização das bacias hi-drográ�cas dos 11 municípios situados na planície costeira. Vale citar também o canal do Sertão alagoano, localizado ao longo do Sertão de Alagoas, passando por vários mu-nicípios, começando por Delmiro Gouveia até o povoado de Folha Miúda, em Arapi-raca, no Agreste do Estado. Está prevista no PAC 2 parte do trecho 3, bem como obras de ampliação e interligação da Adutora do Alto Sertão aos perímetros de irrigação Pa-riconha e Delmiro Gouveia, com um custo total de R$ 531 milhões.

A formação de consórcios de construtoras para execução das obras é mesmo a me-lhor opção para o governo, ou o Exército pode vir a ser mais demandado devido aos bons resultados que tem apresentado na transposição?

O comando do Exército é extremamente competente no desempenho de suas funções e nas tarefas a ele atribuídas. Mas a missão do Exército não é fazer as obras civis que o país precisa. Faz uma pequena parcela, sempre em condições bastante especiais ou em situações que não interessam à iniciativa privada. Para a construção do conjunto de obras necessá-rias ao país, existirá sempre um setor privado também competente e muito grande, com-posto de centenas de empresas e�cientes. To-dos, cada um com o seu quinhão, construirão a infraestrutura necessária para o desenvolvi-mento do país.

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A Transposição do São Francisco, é a mais importante ação estruturante, no âmbito da política nacional de recursos hídricos

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ENTREVISTA

Como nordestino, natural do semiárido pernambucano, onde sua cidade, Petroli-na, criou um polo de fruticultura a partir da irrigação, o senhor acredita que a oferta de água, prevista pela transposição, pode fazer da agricultura a redenção econômica do Nordeste?

A presidente Dilma vai lançar, em 2012, o “Mais irrigação”, um programa elabora-do pelo Ministério da Integração Nacional que vai implantar 200 mil novos hectares de perímetros irrigados no semiárido bra-sileiro, com vocação para a produção de biocombustível e leite e a fruticultura. O in-vestimento é de R$ 10 bilhões, com recursos do PAC e de parcerias público-privadas. A irrigação já provou ser sinônimo de cresci-mento econômico e social. Petrolina e Jua-zeiro, na Bahia, são dois bons exemplos, mas poderia citar ainda Mossoró, no Rio Gran-de do Norte, e Russas e Limoeiro do Norte, no Ceará. O programa, que será executado pela recém-criada Secretaria Nacional de Irrigação, vai dar autonomia a perímetros que já funcionam como o Nilo Coelho e o Moxotó, em Pernambuco, e o Formoso, na Bahia, para que, com apoio e gerenciamento da iniciativa privada, produzam ainda mais. Também serão construídos novos períme-tros irrigados com a participação de empre-sas que serão responsáveis pela implantação, ocupação e operação destas áreas, tais como o baixio de Irecê, na Bahia, e o canal do Ser-tão pernambucano.

A Sudene, histórica promotora de obras de infraestrutura no Nordeste, disponibiliza recursos do Finor, do FDNE e do FNE para a Transnordestina, que precisa de mais um aporte de R$ 1,3 bilhão para ser concluída. Este complemento sairá da Sudene?

Precisamos de�nir, primeiramente, se vai mesmo ser concedido o acréscimo solicita-do pela empresa, que ainda está em análise no Ministério dos Transportes, via Dnit, para depois ser apreciado pela coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), à frente a ministra do Planejamen-to, Mirian Belchior. Caso haja um consenso quanto ao valor (pode ser R$ 1,3 bilhão ou menos) e à forma de aporte, é bem provável que a fonte de �nanciamento venha a ser o

FDNE, através da Sudene e do Banco do Nor-deste (BNB). É importante esclarecer, de pas-sagem, que a Sudene disponibilizou recursos para a Transnordestina apenas no que diz respeito ao Finor e ao FDNE, já que o FNE é exclusivamente via BNB, que destina recur-sos de acordo com as orientações e diretrizes do Ministério da Integração Nacional.

o desenvolvimento da região. Em novembro passado, ocorreu a 13º reunião do Conselho Deliberativo da superintendência, no Recife, com a presença dos governadores Eduardo Campos, de Pernambuco; Jaques Wagner, da Bahia; Wilson Martins, do Piauí; Ricardo Coutinho, da Paraíba; e Rosalba Ciarlini, do Rio Grande do Norte. Participaram ainda os vice-governadores Washington Luiz, do Maranhão; �omaz Nôno, de Alagoas; e Jackson Barreto, de Ser-gipe, além do secretário executivo do Minis-tério da Fazenda, Nelson Barbosa, e da chefe da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, Ester Dweck.Várias propostas foram debatidas, incluindo a �nanceirização do FDNE, que poderá aju-dar no fortalecimento deste fundo, a partir da prioridade e destinação que serão dadas aos recursos. Inicialmente eles serão destina-dos ao �nanciamento de obras de infraestru-tura ou de projetos de alto impacto regional e grande poder germinativo, tais como vias concessionadas, infraestrutura portuária, ferroviária e logística, ou indústrias capazes de atrair, no seu entorno, outras empresas para a sua cadeia de fornecimento e/ou eleva-do número de empregos diretos e indiretos.

Pode-se esperar que ela volte a induzir a construção de obras ?

O planejamento regional passa, necessaria-mente, pela identi�cação de obras capazes de promover a integração e interligação entre os Estados da região. Até mesmo no âmbito da defesa civil, a contratação de projetos paraos municípios, frequentemente atingidos por desastres naturais, pode ser uma tarefa im-portantíssima a ser assumida pela Sudene, deixando as cidades prontas para, uma vez identi�cados os verdadeiros problemas e as soluções capazes de mitigá-los, captarem re-cursos de fontes diversas, inclusive dos mi-nistérios, em Brasília, de forma mais rápida e e�ciente, já que estariam com projetos em mãos, prontos para serem executados.O mapeamento das atividades potenciais de cada mesorregião, com identi�cação de obras de infraestrutura necessária para a viabilização dessas novas cadeias e arranjos produtivos, de-veria nortear a aplicação dos recursos dos Fun-dos Regionais e até criar um viés regional para ser observado pelo BNDES, por exemplo, na alocação e destinação dos seus recursos.

Quais serão as principais mudanças no pa-pel da Sudene ?

A Sudene precisa voltar a ser o fórum de dis-cussão e planejamento das prioridades para

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Serão construídos novos perímetros irrigados

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CADERNO TÉCNICO

QUALIDADE DO AR NAS OBRASEstudo conclui que fundações não

poluem o meio ambiente

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CADERNO TÉCNICO - PEC

MEDIÇÕES DE PARTÍCULAS TOTAIS EM SUSPENSÕES GERADAS PELA EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES EM CANTEIROS DE OBRAS DE EDIFÍCIOS NA CIDADE DO RECIFE

INTRODUÇÃO

A cidade do Recife, nos últimos anos, vem sofrendo com os impactos ambientais gera-dos pelo aumento signi�cativo da construção civil. Recife vem sendo denominada popu-larmente como “o canteiro de obras do Nordeste”. Enquanto o Brasil registrou uma taxa média de crescimento de 2,54%, Pernambuco cresceu 3% ao ano, superando, inclusive, o Nordeste, que alcançou 2,42% (PRIORI JÚNIOR et. al. 2008). Neste cenário, a construção civil deverá crescer bem acima da média do Estado de Pernambuco, nos próximos anos, e passar por uma visível aceleração a partir de 2011.

O volume e o vulto dos investimentos públicos anunciados, alguns em execução e vários deles previstos no Plano de Aceleração do Crescimento, são bastante expressivos e favo-recem a imagem de Pernambuco como um Estado ideal para investimentos produtivos. Esse crescimento melhora o índice de desenvolvimento humano, aquecendo o mercado habitacional.

De fato, esse cenário gerará riqueza, mas também a grande responsabilidade de ad-ministrar os efeitos causados pelo adensamento urbano, durante a fase de construção do empreendimento, com interferência no ambiente do entorno da obra, trazendo um elevado grau de incômodo perante a vizinhança. Tudo isso gera uma preocupação signi�cativa na sustentabilidade dos métodos construtivos tradicionais, incentivando pesquisas para iden-ti�cação e mitigação desses impactos.

As construções, de uma maneira geral, proporcionam impactos ambientais. Como con-sequência, as áreas densamente urbanizadas sofrem esses impactos de forma agressiva, causando incômodo ao sossego público da vizinhança, além de gerarem, cada vez mais, denúncias para os órgãos ambientais.

Apesar do setor da construção civil, em particular o mercado de construções verticais (edifícios), desconhecer os níveis de emissão nas suas fases construtivas, torna-se bastan-te interessante aplicar procedimentos de monitoramento, visando a identi�car a poluição atmosférica em cada fase. Este estudo buscou identi�car a concentração do poluente PTS (Partículas Totais em Suspensão) na fase de fundação, servindo de referência para a aplica-ção dessa metodologia nas demais fases de construção do produto (edifício). No Brasil, a qualidade do ar é regulada pela Resolução Conama nº 3, de 28 de junho de 1990.

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CADERNO TÉCNICO - PEC

METODOLOGIA

Para a de�nição do incômodo ambiental dos particulados em quatro canteiros de obras de edifícios residenciais localizados na cidade do Recife, em Pernambuco, analisou-se um tipo de poluente na qualidade do ar: as Partículas Totais em Suspensão (PTS). Para a cam-panha investigativa, que durou cinco dias em cada canteiro, foi utilizado um equipamento denominado Amostrador de Grande Volume (AGV). Segundo Resende (2007), trata-se de um equipamento de baixo custo, nível de so�sticação técnica e alta durabilidade, sendo bas-tante indicado para monitoramento nos canteiros de obras. O método de ensaio consistiu em instalar o amostrador em posições estratégicas, aspirando o ar através do �ltro, durante um período de 24 horas. A concentração de partículas coletadas do ar ambiente foi calcu-lada dividindo-se a massa das partículas coletadas pelo volume aspirado pelo amostrador, sendo ela expressa em microgramas por metro cúbico (µm/m³), de acordo com a NBR 9547 da ABNT (1997). Em cada canteiro, foi realizada a amostragem referente à poluição atmos-férica do bairro analisado (background), durante dois dias, sem a realização das atividades de fundação, e à emissão de particulados (durante três dias) quando da execução de fun-dações: estaca hélice contínua, estaca de melhoramento, estaca de melhoramento vibrada e estaca pré-moldada de concreto. Ressalta-se que o posicionamento do equipamento �cou na área limite do terreno a jusante da direção do vento, proporcionando ao amostrador uma maior absorção de material particulado emitido pela execução das estacas de fundações.

RESULTADOS

A Figura 1 apresenta uma comparação das emissões de concentração das Partículas To-tais em Suspensão (PTS) das obras estudadas, durante os cincos dias de amostragem, para os quatro diferentes tipos de fundação, quando da execução das estacas, ou seja, não foi levado em consideração o background do bairro situado.

Figura 1 – Análise comparativa da emissão de concentração das Partículas Totais em Sus-pensão das obras estudadas

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CADERNO TÉCNICO - PEC

De uma maneira geral, veri�ca-se uma baixa contribuição no que se refere à poluição de ar pelo poluente PTS nas demais medições nos canteiros de obras, independente do tipo de fundação executada, com exceção do último ponto de medição, no caso da estaca de me-lhoramento (Figura 1), o qual ultrapassou o padrão secundário de qualidade do ar, estando próximo do padrão primário. Isto ocorreu devido à in�uência externa e atípica do dia de medição, ocasião da festa de São João no Nordeste, onde os moradores da cidade acendem fogueiras juninas, proporcionando queima de madeira e agravando, de forma considerável, a emissão de poluentes no ar ambiente.

Comparando os resultados das medições de concentrações de PTS entre os diferentes tipos de fundações, observa-se que a obra da estaca pré-moldada de concreto apresenta a maior concentração, assumindo o valor de 122,14 µg/m³, seguida da obra da estaca hélice contínua, onde a concentração de PTS atingiu o valor de 119,16 µg/m³. Posteriormente, a obra da estaca de melhoramento vibrada obteve o valor de 112,69 µg/m³ e, por �m, a obra da estaca de melhoramento apresentou uma concentração de 75,29 µg/m³ (Figura 1).

Ressalta-se que os bairros estudados são bastante diferentes, devido às suas próprias ca-racterísticas (adensamento populacional, atividades comerciais, entre outras), ocasionando uma in�uência nas concentrações de PTS, quando da medição no background das obras estudadas. Veri�cou-se que, em não existindo atividade no canteiro, o bairro da Várzea, por exemplo, referente à obra da estaca de melhoramento, apresentou concentração de PTS no background de 68,27 µg/m³; já o de Boa Viagem, da obra de estaca pré-moldada, teve uma concentração de 66,33 µg/m³; por sua vez, o do Arruda, da estaca de melhoramento vibrada, correspondeu ao valor de 25,99 µg/m³; e o do Rosarinho, da obra de estaca hélice contínua, foi de 25,97 µg/m³.

Analisando-se os resultados obtidos na campanha de amostragem, nas quatro obras, e levando-se em consideração a poluição atmosférica do bairro analisado (background), foi possível obter os verdadeiros impactos relativos à poluição atmosférica, o que ocasionou uma alteração da ordem classi�catória entre a estaca de fundação de maior nível de emissão para o menor nível de emissão. Desta maneira, observou-se que a maior emissão atmosfé-rica das PTS foi identi�cada no caso da obra com estaca hélice contínua, assumindo o valor de 93,19 µg/m³, seguida da estaca de melhoramento vibrada, com valor de 86,70 µg/m³; da estaca pré-moldada de concreto, com valor de 55,81 µg/m³; e �nalmente, com menor emissão de PTS, da estaca de melhoramento, com 26,46 µg/m³.

Dessa maneira, veri�ca-se que o processo de fundação que envolve estacas que utili-zam equipamentos pesados no canteiro de obra promove maior poluição atmosférica, pois nota-se dentro desses canteiros um maior trânsito de equipamentos pesados emitindo po-luentes advindos da queima de seus combustíveis e da suspensão do solo, tais como a estaca hélice contínua (escavadeira hidráulica acoplada ao trado helicoidal e carregadeira para retirada do resíduo do solo) e a estaca de melhoramento vibrada (escavadeira hidráulica acoplada a um vibrador hidráulico e carregadeira sobre rodas responsável pelo transporte do material de melhoramento). Já no caso das duas outras estacas - a pré-moldada e a de melhoramento tradicional, que utilizam mão de obra humana, elas proporcionam menor impacto à poluição atmosférica.

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CONCLUSÕES

O estudo mostrou que as obras de fundação estudadas apresentam concentrações de Partículas Totais em Suspensão (PTS) abaixo dos limites de qualidade do ar estabelecido pela Resolução Conama 003/1990. Destaca-se que, quando ultrapassadas essas concentra-ções, efeitos adversos podem ser causados sobre o bem-estar da população, assim como danos à fauna, à �ora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

As campanhas de amostragem foram realizadas em bairros predominantemente resi-denciais, onde inexiste qualquer tipo de in�uência de indústrias siderúrgica e termoelétrica, por exemplo.

Pode-se a�rmar, por esses resultados, que a indústria da construção civil, quando da fase de execução da fundação, não deve ser considerada uma atividade poluente de qualidade do ar, no caso referente às Partículas Totais em Suspensão (PTS), durante a construção de edifícios.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9547: material particulado em suspensão no ar ambiente – determinação da concentração total pelo método do amos-trador de grande volume. Rio de Janeiro, 1997.

CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução Conama 003/1990. Bra-sília: Ibama.

PRIORI JÚNIOR, L; MENEZES, J.R.R.; GUEDES, R.; NETO, S.B.F. Construção sustentável: potencialidades e desa�os para o desenvolvimento sustentável na construção civil. 22ª ed. Recife, 2008.

RESENDE, F. Poluição atmosférica por emissão de material particulado: avaliação e controle nos canteiros de obras de edifícios. Dissertação. Escola Politécnica da USP. São Paulo, 2007.

ADOLPHO GUIDO DE ARAÚJO, engenheiro civil, mestrando em Cons-trução Civil (UPE) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) - Universidade de Pernambuco (UPE). [email protected]

STELA PAULINO FUCALE, engenheira civil, doutora em Engenharia Ci-vil (UFPE/TUBS Alemanha) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) - Universidade de Pernambuco (UPE). [email protected]

ALEXANDRE DUARTE GUSMÃO, engenheiro civil, doutor em Enge-nharia Civil (PUC/RJ) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PEC) - Universidade de Pernambuco (UPE). gusmã[email protected]

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Realização

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PAINEL CONSTRUIR

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A Associação das Empresas do Merca-do Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE) celebrou seus 35 anos de fundação na confraternização de final de ano, com a entrega do Troféu Ademi 2011. Na pre-miação, o presidente da entidade, Alexan-dre Mirinda, falou sobre o bom momento da construção civil, o qual deve se manter em 2012, bem como das perspectivas de interiorização da Ademi/PE para os muni-cípios de Caruaru e Petrolina. Os grandes vencedores de 2011 foram a Queiroz Gal-vão Desenvolvimento Imobiliário, com o edifício Maria Ângela Lucena, que tam-bém conquistou o prêmio de destaque na categoria quatro quartos master, e com o Maria Edicta, em terceiro lugar; e a Rio Ave Investimentos, que levou o segundo lugar com o edifício Alfred Nobel (tam-bém agraciado com o troféu de destaque comercial/empresarial). Outros premia-dos foram os edifícios Felicitá Prince, da Pernambuco Construtora, eleito o melhor na categoria dois quartos; Bosque da Ma-dalena, da Construtora Boa Vista (três quartos); Giardino Beira-Rio, da Gabriel Bacelar (quatro quartos sociais); e Beach Class Internacional, da Moura Dubeux (home service).

TOPS EMPRESARIAISO 8º Prêmio Top de Marketing, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil–Seção Pernambuco (ADVB/PE), foi entregue em dezembro e premiou dez dos 22 cases inscritos. O even-to lotou o auditório do JCPM Trade Center, no Recife, com dirigentes de algumas das maiores empresas da região e do país. O júri técnico selecionou os cases pela criativida-de, inovação e resultados obtidos através do marketing como ferramenta. Os premiados foram apresentados ao público em um vídeo exibido antes da solenidade e os seus repre-sentantes receberam a distinção das mãos de personalidades do mundo empresarial. Para o presidente da ADVB/PE, Leopoldo Albu-querque, o Top de Marketing mostra que os cases vencedores estão no mesmo patamar de outras iniciativas brasileiras e do exterior.

ABCPA confraternização de �nal de ano da Comunidade da Cons-trução, em dezembro, reuniu os participantes da Associa-ção Brasileira de Cimento Portland (ABCP) no Recife. Na foto, um momento da festa com o calculista Sérgio Osó-rio, da Engedata; o engenhei-ro Gustavo Osório, da Osório Engenharia; e o gerente N/NE da ABCP, Eduardo Moraes.

QUEIROZ GALVÃO LEVA TROFÉU ADEMI-PE

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PAINEL CONSTRUIR

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MONTANDO O CIRCOO Cirque Du Soleil contratou manipuladores telescópicos e plataformas áreas da Solaris Brasil para montagem dos equipamentos e bastidores para os atos de dança, teatro, mú-sica e acrobacias na turnê do espetáculo Va-rekai pelo Brasil, que termina em julho, em Porto Alegre. No Nordeste, o Cirque Du So-leil se apresentará no Recife, em março, e em Salvador, em maio. Segundo Paulo Esteves, diretor da Solaris, tais máquinas são geral-mente usadas em segmentos como os de óleo & gás, mineração, construção e manutenção industrial, mas seu uso tem se popularizado no setor de entretenimento. A empresa tem 14 �liais pelo Brasil e frota de 2,5 mil equipa-mentos, a maior da América Latina.

REFORMA NO SITEO Clube da Reforma (www.clubedareforma.com.br) está de cara nova. A plataforma vir-tual reúne 34 empresas e organizações sociais representantes de movimentos de moradia, sindicatos de pro�ssionais, fabricantes de materiais, ONGs, bancos e associações que trabalham para melhorar as condições de moradia da população de baixa renda. Entre os participantes estão ABCP, Ashoka, Abra-fati, Anamaco, Banco do Nordeste, Cimpor, Holcim Gerdau, Data Popular, Habitat para a Humanidade, Santander, Eternit, entre outrosrig. Pelo site é possível acompanhar os projetos já desenvolvidos pelo programa, obter pesquisas sobre reformas no Brasil e acompanhar as novidades que estão a cami-nho. Entre elas, o Prêmio Desa�o Jovem, que vai estimular a apresentação de soluções e ideias para a o setor no Brasil.

EXPANSÃO DO BOA VISTAO Shopping Boa Vista, do Grupo CM, inaugurou sua terceira etapa em dezembro, criando um novo visual para a agitada Av. Conde da Boa Vista, no Recife. Uma passa-rela de 40 metros sobre a avenida interliga o shopping ao prédio, de 15 andares, dos quais 11 serão destinados a estacionamento.Em relação aos demais, quatro serão para 52 lojas-satélites, duas megalojas e uma ânco-ra, além de uma nova praça de alimentação. No projeto, foram utilizados o skin glass e o alumínio cromado com design exclusivo - dependendo do ponto de observação, o ma-terial re�ete cores diferentes. À noite, o mall é iluminado com re�etores especiais, inter-ligados por uma rede de computadores que podem produzir mais de 300 variações de cores. O investimento, de R$ 100 milhões, elevou a área bruta locável do Boa Vista para 30.000 metros quadrados, totalizando 215 lojas e 1.300 vagas de estacionamento.

JARAGUÁ CHEGA A SUAPECom três fábricas em São Paulo e uma em Alagoas, a Jaraguá Equipamentos, especializada em soluções para segmentos como química, siderurgia, papel e celulose, entre outros, inau-gurou sua primeira planta em Pernambuco, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em dezembro. O investimento, de R$ 15 milhões, já começa com um importante contrato de R$ 1,2 bilhão com a Petrobras, que prevê a montagem de fornos petroquímicos fabricados pela Jaraguá de Alagoas.

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ETIENE RAMOS

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Trena

CRESCIMENTO EM BLOCOPesquisa da Bloco Brasil, realizada em novembro para a Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto, aponta um crescimento de mais de 30% nos negócios, no primeiro semestre de 2012. A pes-quisa revela ainda que 24% dos entrevistados acreditam na estabilida-de; para 31,9% deles, o otimismo vem do aquecimento do mercado imobiliário.

FOI BOM, MAS PODE MELHORAR

Até novembro de 2011, a Caixa Econômica Federal contabi-lizou 51 mil moradias contratadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), em Pernambuco, superando R$

2 milhões em investimento. Bom desempenho que coloca o Estado entre as primeiras posições no ranking do programa. O presidente do Sinduscon/PE, Gustavo Consentino, aplaude o resultado e ressalta a aprovação de novas tecnologias para a construção, onde destaca-se o concreto celular no lugar dos tijolos de barro como um dos pontos mais positivos dos últimos dois anos. Mas não é um mar de rosas. Consentino diz que é preciso juntar esforços e rever alguns proble-mas como o preço congelado, há dois anos, nos custos do MCMV, o que praticamente inviabiliza a construção na Região Metropolitana do Recife devido ao alto preço dos terrenos. Outro problema é a falta

de celeridade e, neste caso, há muitas reclamações dos construtores que têm obras no programa e algumas prefeituras do interior já não conseguem empresas que topem receber os recursos pela Caixa. A fi scalização da engenharia do banco, segundo empresários da cons-trução, vem sendo feita por funcionários sem experiência que exigem novas medições, perdem documentos, enfi m, complicam o trâmite dos processos, acumulando os repasses mensais. Na Bahia, os proble-mas levaram à quebra de algumas construtoras e demissões de cerca de sete mil trabalhadores no fi nal deste ano. As difi culdades têm feito alguns construtores perguntarem: “A Caixa está sem dinheiro para o MCMV”? Provavelmente não, mas quem depende dos repasses para manter as obras no cronograma, não pode deixar de receber mensal-mente. Pode desmoronar!

NOVO RECIFEO Cais José Estelita, no Recife, pode virar um novo bairro. A Cons-trutora Moura Dubeux, em conjunto com a Queiroz Galvão e a GL Empreendimentos, lançará, no meio de 2012, o projeto Novo Recife, que vai ser construído no antigo terreno da RFFSA. Serão erguidas 13 torres, divididas entre prédios comerciais, fl ats e residenciais com dois, três e quatro quartos. O metro quadrado deve fi car entre R$ 5,5 mil e R$ 7 mil.

A BAIANA NO CEARÁA construtora baiana Andrade Mendonça está com duas gran-des obras no Ceará: o estádio Castelão, em parceria com a Galvão Engenharia, e o Expo-Ceará, que promete ser o maior centro de eventos da América La-tina, com 200 mil me-tros quadrados de área construída. As duas obras são em Fortaleza e apresentam investimentos públicos de R$ 518,6 milhões e R$ 329 milhões, respectivamente. O presidente da Andrade Mendonça, An-tônio Andrade Júnior, não pensa em descanso: “Queremos continuar crescendo nos próximos 35 anos”.

ANUÁRIO DE EQUIPAMENTOSA quinta edição do Anuário Brasileiro de Equipamentos para Cons-trução 2011–2012, que reúne informações e especifi cações de 1.187 equipamentos nacionais e importados de 90 fabricantes separados por 32 famílias de produtos, foi lançada pela Associação Brasileira de Tec-nologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema). O anuário é dividido em dois volumes que somam 948 páginas. Mais informações no site www.sobratema.org.br.

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VITRINE

HORA DA BELEZAA Líder Interiores apresenta uma releitura da penteadeira da vovó. Com parte da es-trutura em madeira natural, corrediças metálicas e rodízios de gel, a peça tem gavetas e porta-joias revestidos de camurça bege e acabamentos diferenciados. É prática e traz de volta o conforto de um móvel dedicado à beleza.

MENOS FIOSA LG aposta na tecnologia e lança o seu pri-meiro home theater full wireless, que reduz o uso de �os e cabos. Os alto-falantes �nos apostam num novo design que não interfe-re na decoração dos ambientes. O modelo permite que o smartphone seja usado como controle remoto e ainda oferece imagens em 3D. Um achado para os que valorizam a co-nectividade e as novidades.

ALÉM DO QUEIMADOA NS Brasil está oferecendo novas cores para o cimento queimado. Azul, vermelho ou ver-de, entre outras, mudam o tom do produto, que pode ser aplicado em paredes, pisos e te-tos de áreas internas e externas. Outra opção para quem quer inovar são os revestimentos cimentícios da Castelatto, disponíveis em placas que podem ser aplicadas facilmente com argamassa. No Recife, as linhas estão na Open Acabamentos.

A COR DO ANOO Colour Futures, estudo internacional da Azkonobel que antecipa as principais tendências das cores, elegeu “Chá dançante”, da Coral, a cor do ano para 2012. O tom pertence à família dos vermelhos e está dentro do conceito “Possibilidades”, que irá marcar o próximo ano. Transformado em livro, o Colour Futures 2012 será uma referência para arquitetos, designers e consumidores �nais.

PEQUENO NOTÁVELA Tecnogrés lançou, na Construir Rio 2011, em novembro, a coleção pequenos formatos com revestimentos cerâmicos de 2,5cm x 2,5cm e 5cm x 5cm, além de pastilhas espe-ciais para projetos de piscinas. Vale destacar a linha Português em seis opções, quatro de-coradas e duas lisas, em tons de branco e azul, que traz a nostalgia dos ambientes coloniais numa releitura da decoração geométrica mourisca dos antigos azulejos portugueses.

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CASA COR PERNAMBUCO 2011

TAPETE VERMELHO PARA O PASSADO

Instalada em Olinda, cidade chancelada pela Unesco como Patrimônio Históri-co e Cultural da Humanidade, a edição

da Casa Cor Pernambuco deste ano mostrou que o passado pode estar presente em pro-jetos antenados com as últimas tendências da arquitetura e da ambientação. O respeito pela história dos chalés de Olinda, conjunto tombado de cinco casas do início do século XX, na beira-mar do histórico bairro do Car-mo, aparece no vermelho que forra a entrada da casa incendiada. É das suas ruínas que se abrem as portas para o contemporâneo, revi-sitando, em alguns ambientes, estilos consa-grados nos anos 50 ou 70, e ainda na história do mobiliário. Sempre de braços dados com a alta tecnologia, seja em equipamentos ou produtos inovadores.

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ARQUITETURA & INTERIORES

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O Solarium, projetado pelo arquiteto André Dantas, que dá acesso ao loft do casal, ao lado, assinado pelas arquitetas Ana Paula Cascão, Lucianna Pimentel e Mônica Torreão. Nele, funcionava o ateliê de Beatriz, dona da primeira casa. No projeto, foram mantidos piso, escadas, portas e teto originais, mas com um toque de luz bem atualizado

No living de André Carício,

destaque para a estante colmeia

e a mistura do moderno laranja

com o sóbrio azul, que remete

aos anos 70 com elegância e

autenticidade

No andar de cima, uma ampla suíte, com ar romântico e vista para o mar

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A adega original de Manu Nunes brinca de jogo da velha para guardar as preciosas garrafas abraçadas por mangueiras de leds. No espaço, também foi mantido o piso original em madeira

Homenageando o sociólogo e escritor pernambucano Gilberto Freyre, a Casa

Cor Pernambuco 2011 não poderia deixar de ter uma biblioteca. Assinado por Roberta Borsoi, o espaço dá lugar

de honra para as peças artesanais

Na entrada da casa azul, nova volta no tempo, desta vez com o ar dos anos 50 do sofá Swan e de peças antigas como a luminária colorida e o armário com pés de palito. Projeto do arquiteto Diogo Viana, que conservou o teto original, mas criou uma sobreposição em MDF para um espelho no teto

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O home office de Noemi Portella e Edson Marques

Soares Júnior, por sua vez, homenageia o

jornalista Alex, ícone do colunismo social em um Pernambuco não muito

distante. A presença da velha máquina de

escrever num ambiente que pode ser totalmente controlado pelo Iphone

prova que o novo e o antigo convivem em

plena harmonia

Espelhos no teto também na suntuosa sala de jantar das arquitetas Luiza Nogueira e Simone Lima. Cadeiras com encosto em palhinha e mesa em laca unem o clássico iluminado pelo requinte

A cozinha gourmet assinada por Jaidete Ferreira e Jaqueline Ferreira alimenta o futurismo dos móveis funcionais e do coocktop com touchscreen – só aquece diante do alumínio ou do inox -com o verde de uma horta, no lugar de um jardim vertical, que traz a natureza para dentro de casa

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Camas com dossel no quarto da filha, projetado por Guilherme Eustáquio com uma certa dose de romantismo para a hora de sonhar. Seguindo a evolução dos costumes, a jovem tem um espaço interligado para receber seus próprios hóspedes, no mesmo ambiente do elegante closet com penteadeira de época, assinado por Diomári Diniz

Na Casa Cor Pernambuco 2011, o filho não tem mais o seu próprio quarto, mas um studio onde o arquiteto Alexandre Mesquita e o designer de interiores Neto Belém aproveitaram a altura do pé-direito para criar o ambiente de dormir com uma estrutura de ferro. Tudo devidamente autorizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

As casas que pertenciam a quatro irmãs foram associadas aos vizinhos Clube Atlântico de Olinda e Cine Olinda, formando um charmoso conjunto de espaços para lojas, restaurante, sorveteria e até cervejaria. Áreas de convivência em harmonia entre o residencial e o comercial

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OFICINA DO GRANITO Bethânia Tejo, Leonardo Maia, Douglas Monteiro e Sandra Moura na festa de 12 anos da O�cina do Granito, no �nal de novembro, na Casa Roccia. A arte em pedras exóticas e translúcidas esteve em evidência no evento, que contou com a presença de muitos arquitetos, decoradores e parceiros. A animação �cou por conta da cantora Renata Arruda.

Decoração e Arquitetura

CELEBRAÇÃOAs empresárias Valdelice e Beatriz Campelo, mãe e �lha que comandam com sucesso as lojas Portobello Shop e Oca Bagno e Revestimentos em João Pessoa, promoveram uma verdadeira celebração de Natal reunindo arquitetos e decoradores com um big almoço no restaurante Degustar.

TODESCHINI Daniel Azevedo, gestor comercial da Todeschini Nordeste com Ricardo, Zenilda e Eduardo Cabral, no coquetel de reinauguração da loja Tosdeschini na noite de 30 de novembro. A loja ressurgiu ainda mais bonita, seguindo o padrão nacional das franquias e, claro, expondo a nova coleção Vida, inspirada nos países escandinavos.

CAFÉ DA MANHÃ As arquitetas Kaline Tomé, Valéria Simões e Ana Raquel Guedes no café da manhã em homenagem ao Dia do Arquiteto (30 de novembro). O evento foi uma realização da revista digital D&A (www.revistadea.com.br) e do programa Casa Master (TV Arapuan / Rede TV!), que somaram esforços nesta bonita homenagem aos pro�ssionais de arquitetura e decoração da Paraíba.

MASSAI Os empresários Guy Porto, Herbert Rocha e Allison Dennis na prestigiada festa de 15 anos da Massai Construções e Incorporações, no �nal de novembro.

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RICARDO J. PESSOA

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ano II | nº 9 | dezembro 2011

FIAT EM PERNAMBUCOUma fábrica verde a caminho

Eu digoA professora Soraya El Deir fala sobre o futuro das cidades

Entrevista – João Bosco de AlmeidaA água não é mais a única fonte para a Chesf

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EXPEDIENTE SUMÁRIO

CONSELHO EDITORIALAna Lúcia Rodrigues

Carlos ValleInez Luz Gomes

José Lucas SimonKilvio Alessandro Ferraz

Ozeas OmenaRenato LealRicardo Leal

Serapião Bispo

PUBLISHERElaine Lyra

[email protected]

EDITORA EXECUTIVAEtiene Ramos

[email protected]

REPÓRTERCristina França

COLABORAÇÃO TÉCNICARoberta Marques Feijó | gestora ambiental

REVISÃO DE TEXTOBetânia Jerônimo

[email protected]

FOTOS (CAPA)Alexandre Albuquerque

Divulgação / FiatDivulgação / Chesf

Caro leitor,

Chegamos à edição 60 da Construir NE presenciando uma grata evolução na construção de um mundo mais consciente da importância de preservar os recursos naturais e investir no desenvolvimento sustentável de processos industriais e construtivos. Para confi rmar tal afi rmativa, a redação do caderno Vida Sustentável conversou com o pes-soal da indústria automotiva Fiat, que começa a construir, em Pernambuco, mais uma fábrica sustentável, com preocupação e tecnologia para um melhor aproveitamento de água, pneus, energia e seu entorno. Um investimento de R$ 3,5 bilhões que criará um novo polo automo-tivo no Nordeste e o primeiro em Pernambuco. O impacto econômico que trará para a cidade de Goiana promete ser inversamente propor-cional ao que causará ao meio ambiente. Uma perspectiva positiva de um empreendimento sustentável para locomover trabalhadores rurais para os quadros de funcionários de uma multinacional.Na entrevista especial do Vida Sustentável, o novo presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida, revela os planos da empresa de investir em fontes alternativas e seguir os planos do Sistema Eletrobras de se tornar modelo global de sustentabilidade na geração de energia.A postura dos dois exemplos do mundo dos negócios para a conservação de recursos natu-rais é um exemplo de que, cada vez mais, os empresários, sejam de empresas públicas ou privadas, estão conscientes que não é mais possível separar economia e meio ambiente.Outrora antagonistas, esses dois mundos - começamos a ver - estão seguindo - esperamos para sempre - de mãos dadas.

Boa leitura,

Elaine Lyra

48|4 - EU DIGO

No artigo da professora Soraya El-Deir, uma análise sobre a importância da preservação das cidades

48|6 - ENTREVISTA

O presidente da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, João Bosco de Almeida, fala sobre as opções de fontes renováveis no Nordeste

48|8 - CAPA

Motor do futuro polo automotivo de Pernambuco, a Fiat põe a sustentabilidade na dianteira

AGENDA

Simpósio luso-brasileiro

ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

O XV Simpósio Luso-Brasilieiro de Engenharia Sanitária e Ambiental acontece no Brasil, em Minas Gerais, entre 18 e 21 de março de 2012. Profissionais brasileiros e portugueses apresentarão trabalhos sobre água (abastecimento, tratamento e distribuição), controle da poluição do ar (odores, ruídos, radiação e material particulado), energia (gestão, controle e redução de consumo), gestão de resíduos sólidos (reciclagem, coleta, tratamento, disposição final e aterros), entre outros temas. Os trabalhos escolhidos para compor a programação do simpósio estarão disponíveis no site www.abes-dn.org.br/portal/ em janeiro. Simultaneamente ao simpósio acontecerá a Expo Silubesa, reunindo produtos, serviços, equipamentos e tecnologia para saneamento, recursos hídricos e meio ambiente.

Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio

TROFÉU DA DÉCADA

A edição 2011 festeja os 10 anos do Prêmio Alcoa de Inovação em Alumínio. Assim, a empresa decidiu também premiar com o troféu Inovação da Década o melhor projeto e as instituições que mais participaram em uma década de incentivos às boas ideias relacionadas com o uso de alumínio - material infinitamente reciclável. Concorrentes de 2011 têm até o dia 10 de abril de 2012 para inscrever projetos, inclusive de uso de resíduos da reciclagem do alumínio. Na corrida podem entrar estudantes de tecnologia (com graduação ou pós), maiores de 18 anos (individualmente ou em grupo) e profissionais com formação superior em desenvolvimento de projetos ou com pelo menos três anos de mercado. Informações no site www.alcoa.com.br.

Solarexpor, (Verona/Itália)

POR UM FUTURO SUSTENTÁVEL

Maior evento italiano sobre energias renováveis - e dos maiores do mundo, a Solarexpo acontece em Verona, na Itália, de 9 a 11 maio de 2012. Nesta 13ª edição, o foco recai sobre os temas energéticos especialmente atuais: PV Supply Chain, CSP e Polygen. Está prevista uma ampla programação de seminários e cursos de atualização, abordando as novas políticas energéticas e as últimas tendências em tecnologia solar e eólica, geotermia e bioenergia, entre outras. Ao mesmo tempo, acontece a 3ª Solarch - Building Solar Design & Tecnnologies, com um pavilhão inteiro dedicado à integração da arquitetura com as possibilidades de aproveitamento da energia solar, bem como a segunda edição do E:Move, evento dedicado à mobilidade elétrica. Informações: www.solarexpo.com.

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Eu Digo

A (IN)SUSTENTABILIDADE NAS CIDADES

SORAYA EL-DEIR

Nós, moradores das cidades, muitas vezes paramos para pensar como esse sistema poderia funcionar me-

lhor. Trânsito, barulho, insegurança, agita-ção, poluição são apenas algumas das carac-terísticas que nos lembramos. Mas também as cidades são o local onde encontramos oportunidades de aprendizagem e trabalho, um estilo de vida particular, pessoas novas e diferentes a cada esquina, muitas emoções e milhares de novidades. As cidades nos dão abrigo e acalento, são o nosso lar.

Diferenciam-se das vilas pelo seu aglo-meramento populacional, podendo variar desde poucas centenas de habitantes, como Santa Cruz de Minas (MG), até mais de uma dezena de milhão, como São Paulo (SP). Existem ainda cidades pequeninas que são conhecidas pelo contínuo urbano como Lon-dres, que possui cerca de 8,6 mil habitantes. Mas quando nos referimos a esta cidade, na realidade falamos da sua região metropolita-na, com mais de 7,4 milhões de habitantes, pessoas de todo o mundo, os mais diferentes tipos, culturas e etnias.

Afi nal, o que atrai tanta gente para esses aglomerados humanos? O que nos faz querer fi car nesse tumultuado espaço? Talvez a he-terogeneidade de seus habitantes. Talvez um certo padrão de convivência. A identifi cação de um modo urbano de vida característico ou uma infraestrutura própria. Oportunida-des profi ssionais e melhores condições de vida. Atrações culturais ou simplesmente os ares da urbanização. Mesmo apreciando a calma dos campos ou a brisa morna das praia, 45% da população mundial vive em cidades. No Brasil, cerca de 80% das pes-soas são urbanas, havendo uma tendência de elevação deste número, ano a ano, num

contínuo processo migratório campo-cidade. Hoje, em todo o mundo, cerca de 3.000 cida-des possuem mais de cem mil habitantes e, destas, 250 têm mais de um milhão de pesso-as. O crescimento nas áreas urbanas será de 1,8% ao ano até 2030, sendo que em países em desenvolvimento será de 2,4%. Até que ponto esse processo migratório poderá ser mantido?

A pressão para que os governos com-preendam o funcionamento e estruturem melhor nossas cidades é crescente. Neste caminho, perceber o meio urbano como um ecossistema vivo, que precisa encontrar for-mas de diminuir os impactos ali existentes, desenvolvendo uma ecologia urbana focada na sustentabilidade, é urgente. Não só o uso de energias limpas (solar e eólica); a com-postagem, reciclagem e logística reversa dos resíduos sólidos; a elevação das áreas verdes

e as melhorias no sanemanto ambiental devem ser prioritários para os gestores. O estabelecimento de políticas públicas volta-das para a consolidação de uma consciência cidadã deve constar da pauta de nossos go-vernantes. Elevar a acessibilidade, melhorar a mobilidade, aprimorar a limpeza e embe-lezar os espaços urbanos com áreas de lazer para o convívio com o outro e com a natureza, recompondo o que de natural perdemos nas cidades para torná-las ainda melhores para nosso dia-a-dia, são primordiais. Este pode ser o início da sustentabilidade nas cidades e o princípio da sociedade ecocidadã.

Soraya El-Deir é professora de Gestão Ambiental na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e pesquisadora líder do Grupo Gestão Ambiental em Pernambuco (Gampe).

48|4

E stamos no último ato para falar sobre sustentabilidade. Como menciona-mos inicialmente, o tema é vasto e

precisávamos de mais atos para desenvolver assunto tão importante para a manutenção do nosso planeta. Contudo, tal como nos apresentamos no primeiro ato, vamos hoje terminar falando do governo como regula-dor - o poder público municipal.

Sabemos que cabe ao governo criar incen-tivos para consolidar a temática da sustenta-bilidade. Incentivos na formação e defi nição de políticas e estratégias, criação de novas leis e até atribuição de verbas para fomentar a aplicação da sustentabilidade, de forma a cumprir as metas a que se propôs.

Os países estão cada vez mais preocu-pados e comprometidos com o tema das alterações climáticas e a necessidade de se tornarem, cada vez mais, sustentáveis. Exem-plo disso foi a 17ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas contra as Al-terações Climáticas (UNFCCC), realizada em Durban, na África do Sul.

Essa conferência foi vista como a última oportunidade de entendimento entre as vá-rias regiões do globo, contando com países ameaçados pelas alterações climáticas e países poluentes e emissores de gases com efeito estufa, tendo em vista o controle e a redução da emissão desses gases, que contri-buíram, nas últimas décadas, para o aumento médio das temperaturas atmosféricas.

O Protocolo de Quioto, em 1997, defi niu mecanismos de controle de emissões através da imposição de tetos de emissão para os pa-íses aderentes e terminará no fi nal de 2012. Nos últimos anos, houve uma grande incer-teza relativa à sua continuidade. Quioto era visto como o único meio de permitir à huma-nidade limitar o aquecimento global a 2ºC em 2050 (em relação à era pré-industrial),

Visto de Portugal

RENATO LEAL*

SUSTENTABILIDADE: PAPEL DO REGULADOR (3º ATO)

limite analisado pelos cientistas como o li-miar acima do qual as alterações climáticas tornar-se-ão catastrófi cas na escala global.

De Portugal, os alertas das associações ambientalistas são cautelosos e mesmo críti-cos, mencionando que Durban deu um passo à frente para um tratado global, mas continu-amos no caminho para um aumento de tem-peratura de 4ºC (e não 2ºC) em relação à era pré-industrial. Se assim for, continuaremos além do limite acima do qual as alterações climáticas serão catastrófi cas.

Sabemos que o Brasil está comprometido com o pós-Quioto, pois as recentes declara-ções da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, provam isso e demonstram que o Brasil quer atingir as metas. Contudo, metas

não serão cumpridas antes de 2020. O Brasil, já em 2009, na Conferência de Copenhague, comprometeu-se em reduzir as emissões na-cionais entre 36,1% e 38,9% até 2020. Em discurso, a ministra disse que as ações brasi-leiras de redução de emissões estão “estrei-tamente integradas na política de inclusão social e erradicação da pobreza”, citando o uso de energia solar em casas do programa Minha Casa, Minha Vida e do Bolsa Verde. São boas notícias para a nossa construção sustentável.

É preciso que os governos locais tenham preocupação local. Temos de aplicar a máxi-ma de “pensar global, agir local” mais do que nunca. É para este mote que vimos sensibili-zar, neste ato, as prefeituras e o governo lo-cal. Apelamos que comecem por dar exemplo no planejamento e ordenamento do territó-rio, construindo um ambiente urbano susten-tável, e criem regras e estabeleçam regula-mentos para incentivar e obrigar promotores e construtores a darem o primeiro passo nos seus empreendimentos sustentáveis. Melho-rarão - e muito - a qualidade de vida dos mu-nícipes, reduzindo grande parte dos custos ambientais das prefeituras.

As crises ambiental e fi nanceira são duas realidades, evidenciando que o atual cres-cimento econômico é insustentável e que a liderança mundial esbarra nas soberanias na-cionais para resolver as crises resultantes dos processos de globalização.

Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e em [email protected]

Isabel Santos é presidente da Ecochoice, empresa portuguesa em implantação no [email protected]

49|5

ENTREVISTA

50|6

CHESF SEGUE OS BONS VENTOS

A o assumir o cargo de presi-dente da Companhia Hidro Elétrica do São Francis-

co (Chesf), em 07 de dezembro de 2011, o engenheiro elétrico João Bosco de Almeida disse que a em-presa, a maior das 22 que compõem o sistema Eletrobrás, dará prioridade à área de energias alternativas. Uma das metas é resgatar a energia solar do desconfortável lugar de “energia limpa, mas economicamente inviá-vel”. Seguindo o plano do Sistema Eletrobrás de ser, em 2020, o maior sistema empresarial de energia lim-pa do mundo, e o esgotamento da geração hidrelétrica, a Chesf volta--se para os parques eólicos, pre-vendo a instalação de oito deles no Nordeste, divididos entre a Bahia e o Ceará. João Bosco, funcionário de carreira da Chesf que volta à estatal depois de atuar como secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, com o aval do governa-dor do Estado, Eduardo Campos, se depara com bons ventos num setor onde as demandas de geração vem sendo antecipadas para dar conta do desenvolvimento econômico do Bra-sil. Muitos projetos em curso no se-tor elétrico, mais uma vez, poderão energizar o setor construtivo.

Cristina França

51|7

Nordeste como destino de usinas nuclea-res, ao mesmo tempo com projetos eólicos e fotovoltaicos. Podemos detalhar mais esta política energética e como a Chesf vai con-tornar a questão ambiental?

A política energética para o Nordeste e de-mais regiões do país tinha como prioridade o aproveitamento hidrelétrico da Amazônia, conforme está apresentado no Plano de Ex-pansão de Longo Prazo (PNE) 2030, elabo-rado em 2005. Por conta das dificuldades ambientais para implantação das usinas ama-zônicas, houve a necessidade de implantação de outras fontes como as termelétricas e as fontes alternativas, particularmente a eóli-ca, conforme se observa nos últimos leilões. Com relação às usinas nucleares, de acordo com o previsto no PNE 2030, visualiza-se a implantação de quatro usinas no Brasil, sen-do duas no Nordeste e duas no Sudeste. No entanto, as análises em curso por conta do acidente em Fukushima, no Japão, recomen-dam aguardar o posicionamento da Agência Internacional de Energia(AIE) e, certamente, deverá ser feito um reexame da questão no Brasil.

O PNE 2030 foi atropelado pela evolução da eólica e pelos fatos terríveis do Japão. Falta a energia solar dizer a que veio. Focando na questão ambiental, sol e vento são bem mais corretos.

Quanto à solar no PNE 2030, a previsão é que a fonte não teria perspectiva comercial nesse horizonte. No entanto, prováveis avanços na tecnologia devem acarretar rápidas mudan-ças nos cenários de oferta. Com relação às questões ambientais, no país não há experi-ência quanto aos impactos ambientais decor-rentes da implantação de usinas solares. Já a geração eólica tem o seu impacto ambiental bem conhecido e administrado. Para a ener-gia nuclear, tem-se a experiência de Angra I e II no Sudeste.

A Chesf, por ser a maior empresa de geração do país, quer comandar o processo em rela-ção às novas fontes. Como está a situação hoje?

Nosso posicionamento está em consonância com a visão do Sistema Eletrobras de ser, em

2020, o maior sistema empresarial global de energia limpa. Temos hoje 10.615 megawat-ts (MW) de potência instalada, sendo 98% de origem hídrica e, portanto, de energia limpa, mas que está se esgotando. Nos voltaremos, então, para outra vocação. Teremos quatro parques eólicos na Bahia, somando 270 MW, concluídos até o final de 2012, e mais quatro no Ceará, totalizando 111 MW, com operação prevista até janeiro de 2016. O potencial eó-lico do Nordeste, que vai crescer com a pos-sibilidade de aproveitamento via torres ins-taladas no mar, é de 75 gigawatts (GW). Para conectar esses empreendimentos ao Sistema Interligado Nacional (SIN), estão sendo cons-truídas linhas de transmissão exclusivas.

maior quantidade de linhas. Todos os agentes de geração têm livre acesso ao sistema de transmissão interligado.

Atrasos na entrada em operação das usinas alternativas prejudicam a con-fiança do setor produtivo nas energias alternativas?

A energia necessária ao atendimento da demanda do setor produtivo e de todo o setor elétrico brasileiro é garantida pelo planejamento energético do sistema que considera, inclusive, a possibilidade de atraso nos novos empreendimentos de geração energética. Na realidade, os empreendimentos de geração de ener-gia estão sendo antecipados. Desta for-ma, entendemos que eventuais atrasos na entrada em operação de novas fon-tes alternativas não devem afetar a con-fiança do setor produtivo neste tipo de geração.

Para os próximos dez anos, qual a pers-pectiva em termos de energia alternati-va no Nordeste? É possível desenhar um quadro de quais e onde estariam essas fontes?

Dado que o potencial hidrelétrico do Nordeste está praticamente esgotado, a oferta de energia a médio prazo, ba-seada em fontes alternativas, recairia prioritariamente na geração eólica, mas a longo prazo é esperada uma partici-pação importante da energia solar. No Plano Decenal de Expansão de Energia 2020, está prevista a entrada de 2.584 MW em PCHs, 2.580 MW em biomassa e 10.155MW em energia eólica. Essa gera-ção eólica está concentrada, principal-mente, no litoral e em algumas regiões do Sertão.

Haverá parcerias estrangeiras nas usinas nucleares previstas para o Nordeste?

Hoje, pela Constituição Federal, a ener-gia nuclear é de exclusividade do Esta-do. No entanto, tramita no Congresso Nacional uma proposta de permitir a participação privada na implantação de novas usinas nucleares.

No país não há experiência quanto aos impactos ambientais decorrentes da implantação de usinas solares

Quais empresas privadas trabalham hoje no mapeamento dos ventos do Nordeste?

Atualmente existem inúmeros empreende-dores que estão efetuando medições locais para o desenvolvimento de seus projetos eólicos. Após a entrada em operação desses empreendimentos, eles passam obrigatoria-mente a fornecer os dados anemométricos para o Operador Nacional do Sistema (ONS), o que levará a um mapeamento mais preciso do vento no Nordeste.

Quantas usinas alternativas estão conecta-das ao SIN?

Segundo dados da Aneel, em 21/12/2011, o montante é de 417 Pequenas Centrais Hi-drelétricas (PCHs). A Eletrobras e suas sub-sidiárias são agentes transmissores com a

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A fábrica que a Fiat construirá em Pernambuco, em Goiana, a 62 qui-lômetros do Recife, será calcada no

mesmo know-how ambiental presente na fá-brica de Betim, em Minas Gerais, fundada há mais de duas décadas. Na posição de centro do polo automotivo pensado para o Estado, a Fiat pretende não apenas ser modelo com seu sistema de gestão ambiental, mas in�uir na qualidade do crescimento da cidade que vai abrigá-la e dos municípios vizinhos.

Um estudo socioeconômico ambiental sobre Goiana e a região foi encomendado e estará pronto até meados do próximo ano. O responsável pela comunicação corporativa, Roberto Baraldi, diz que a Fiat acredita poder, em parceria com o Governo de Pernambuco e as administrações locais, induzir a expansão ordenada com a capacitação da mão de obra local, para que o trabalhador seja também morador. O menor impacto ambiental dese-jável está atrelado ao maior impacto social possível por meio da educação. Em Goiana, não serão apenas produzidos automóveis: um acordo de qualificação de engenheiros,

MAIS QUE UMA FÁBRICAA Fiat vai mudar a face econômica da Mata Norte de Pernambuco e reproduzir um modelo socioambiental de sucesso

envolvendo as universidades federal e esta-dual de Pernambuco e o tradicional Instituto Politécnico de Turim, vai preparar 50 jovens também para projetar e desenvolver carros.

Como modelo, a fábrica da Fiat terá layout moderno, otimizado, com fluxos de materiais e de produtos dentro dos mais elevados parâ-metros da World Class Manufacturing (WCM). A integração com o parque de cerca de 100 fornecedores prevê alta eficiência logística, com reduzida demanda de movimentação de insumos, matérias-primas e componentes e potencial redução da pegada de carbono re-lativa a tais etapas. A pegada de carbono é a medida do impacto das atividades humanas sobre as emissões de gases do efeito estufa (ou o quanto de dióxido de carbono é libera-do em cada uma delas).

Nos 14 milhões de metros quadrados de área, além da fábrica e do parque de forne-cedores, haverá centro de capacitação de mão de obra, centro de desenvolvimento tecnológico, pista de teste e campo de pro-vas. No projeto, haverá utilização de asfalto produzido a partir de pneus reciclados para

pavimentar as ruas internas, instalação de ciclovias, máxima utilização de luz natural, coleta seletiva e tratamento e reutilização de 99% da água destinada ao processo indus-trial, eliminando a captação de água potável da rede pública para este fim e reduzindo o descarte de efluentes na rede pública de esgoto.

Na fábrica de Betim, o Complexo de Trata-mento de Efluentes Líquidos é formado por um conjunto de nove estações de tratamen-to, que compreendem um sistema de mem-branas filtrantes para impedir a passagem de sólidos e de membranas de osmose reversa para o polimento da água. O mesmo deve ser instalado na unidade pernambucana.

Como em Betim, a fábrica de Goiana terá sua ilha ecológica, que receberá todos os resíduos a serem reaproveitados e/ou reci-clados (isopor, papel, papelão, madeira, me-tais etc). O isopor, material no qual a Fiat é pioneira no processo de reciclagem, pode ser transformado em matéria-prima para a produção de vasilhames, solas para calçados, corpo de canetas e embalagens.

Cristina França

CAPA

A estação de tratamento que recicla 99% da água do processo industrial da Fiat em Betim

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Raio X do empreendimento

Onde: Goiana, Mata Norte de Pernambuco, a 62km do Recife

Área: 14 milhões de metros quadrados

Investimento: R$ 3,5 bilhões

Capacidade: 250 mil veículos por ano

Empregos: 4.500

Fornecedores: cerca de 100

Previsão de término das obras/operação: 2014

O que será feito:

- Planta para produção

- Campo de provas

- Pista de testes

- Centro de desenvolvimento de tecnologia

- Centro de treinamento e capacitação

- Parque de fornecedores

CAPA

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RECICLAGEM E EFICIÊNCIA

A busca de um modelo sustentável de negócios para o setor automotivo abrange um arco extenso de ações, para tornar o processo de produção mais enxuto e limpo e os veículos mais eficientes no consumo de energia e na redução de suas emissões, ao longo da vida útil. Nos últimos anos, cresceu também a preocupação com a reciclagem segura do maior número possível de partes e compo-nentes do veículo.

Quando, em 2000, o parlamento europeu promulgou a Diretiva 2000/53/CE, cuja de-corrência foi o desenvolvimento de veículos potencialmente recicláveis, a partir, prin-cipalmente, da restrição ao uso dos metais pesados como chumbo, mercúrio, cádmio e cromo hexavalente, a Fiat tratou de garantir que os veículos produzidos em Betim aten-dessem às especificações e fossem homolo-gados na União Europeia.

A legislação europeia evoluiu por meio da Diretiva 2005/64/CE, que estabeleceu que os veículos somente podem ser comercia-lizados na UE caso sejam, no mínimo, 85% reutilizáveis e/ou recicláveis, e 95% reutili-záveis e/ou recuperáveis. Para compreender melhor a norma, é importante saber que reutilização é o emprego de um componente para a mesma finalidade para a qual foi con-cebido; reciclagem é o reprocessamento de materiais, transformando-os em componen-tes automotivos ou em outros objetos para

fins diversos; e recuperação, também desig-nada como valorização energética, é a utili-zação de materiais para a geração de energia por meio da incineração.

Isso significa que a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de um produto é abrangente, tratando da interação entre o produto e o ambiente desde a sua produção, até o seu descarte. Ou seja, é realizado um inventário com o levantamento das matérias-primas que serão utilizadas e dos poluentes que se-rão emitidos ao longo da vida do produto. O resultado desse inventário é dado em quan-tidade de energia (eletricidade, calor, vapor), minérios (de ferro, alumínio, cobre etc), car-vão, petróleo, gás natural, madeira, papel, água, plásticos, borrachas, entre outros. Com base nessas informações, os impactos am-bientais de todo o ciclo de vida do produto podem ser calculados.

Na prática, todas as peças confeccionadas em plástico ou borracha, com peso maior que 50 gramas, são identificadas com a marca de reciclagem, que indica sua composição e per-mite a separação dos diferentes materiais. A Fiat garante que os seus veículos são isentos de metais pesados como cádmio, chumbo e cromo hexavalente, enquanto cresce a aplicação de fi-bras vegetais em várias partes do veículo, tais como porta-pacotes e painéis de porta.

A estação de tratamento de efluentes

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TECNOLOGIA

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PRODUTOS PARA GANHAR TEMPO

Cristina França

P ara a construção civil, qualquer ma-terial produzido ou processado ex-ternamente, que agregue qualidade,

é bem-vindo. Com um canteiro de obras or-ganizado, focado no produto �nal, ganha-se em agilidade e reduz-se desperdícios. Daí que interessam - e muito - novidades como o Wa-locelTM MKW, aditivo para argamassa de re-vestimento, lançado pela Dow na 12ª Mostra Internacional da Indústria de Revestimento, Equipamentos e Tecnologia, promovida pelo Fórum Internacional para Argamassas Dry-mix, em novembro, em São Paulo.

Vanessa Grossi, gerente de Marketing da Dow, informa que a linha Walocel MKW chega simultaneamente em toda a América Latina e espera repetir o sucesso da Europa, onde foi lançada há dois anos. “Trata-se de uma tecnologia diferenciada, desenvolvida a partir de éteres de celulose, com uma modi-�cação química especí�ca para revestimento. Para o mercado, estamos sublinhando mais facilidade na aplicação, no nivelamento e na resistência a altas temperaturas, o que resul-ta em um produto mais leve e com tempo de pega otimizado”, diz.

A Dow está oferecendo a novidade para todos os fabricantes de argamassa de

Fabricantes de aditivos para argamassa apresentam ao mercado novidades que propõem agilidade na aplicação

Contrapiso perfeito, mesmo que escondido, é o que anuncia a Weber Saint-Gobain

Argamassa “aplicou&pegou” é a

aposta da Dow

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TECNOLOGIA

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revestimento industrial e vai realizar provas de campo com alguns parceiros nos pró-ximos meses. A linha de éteres de celulose Walocel MKW é composta por 11 produtos, sendo resultado de pesquisas desenvolvidas pela Dow desde 2007, ano em que a empresa comprou a Wol� Cellulosics e, junto com ela, a marca Walocel, que inclui aditivos para ar-gamassas colantes e de rejuntamento.

“A argamassa precisa ser adequada às condições de clima e às necessidades de uso. No geral, o que se pede de uma argamassa é que tenha resistência, trabalhabilidade, du-rabilidade e �exibilidade para se adaptar aos imperceptíveis movimentos de um prédio, retendo a quantidade de água su�ciente para não perder aderência e evitando o descola-mento na base. Aditivos como resinas celu-lósicas têm alto desempenho neste último item”, informa o professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Uni-versidade de Pernambuco Alberto Casado.

Em Pernambuco, por exemplo, a tempe-ratura média é de 25º e há que se veri�car a velocidade média do vento antes de de�nir a argamassa mais indicada. A Dow a�rma que seu produto suporta variações de temperatu-ra entre 0º e 40º.

O engenheiro e professor Ângelo Just, gerente da Tecomat (Tecnologia da Cons-trução e Materiais), responsável pelo se-tor de revestimento e habitação, indica a retenção de água entre 80% e 90%. “O clima do Nordeste é bastante agressivo. A NBR 13281, de 2001, prevê as várias clas-sificações da argamassa, mas quem decide qual usar é o projetista da obra”, diz Just. O éter de celulose em pó de uma argamas-sa é, basicamente, o mesmo que vai no sorvete para garantir que ele não derreta rapidamente. “Fornecedores no Nordeste não usam éteres de celulose na argamassa de revestimento. É do meu conhecimen-to que usam na argamassa colante, daí o caráter interessante da proposta da Dow”, acrescenta.

A argamassa leva de duas a três horas para interagir com o cimento e ganhar re-sistência mecânica, do contrário acontece a fissura por retração – a promessa da Dow é o éter de celulose reter água com alta performance neste processo. Para aplicar em acabamentos finais como cerâmica, o ideal é esperar 72 horas. É neste prazo que as fissuras aparecem.

Outra solução apresentada na mostra

veio da Weber Saint-Gobain e, segundo a empresa, é específica para o Brasil. Trata--se da argamassa fluida, contrapiso au-tonivelante que promete acabamento perfeito sem as irregularidades do que co-mumente se conhece por argamassa faro-fa, mais seca. O chefe de produto da Weber Saint-Gobain, Rafael Gonçalves, explica que apresentou a novidade para eviden-ciar a estrutura de pesquisa da multinacio-nal, mas o produto estará disponível ape-nas em fevereiro de 2012 e somente para construtoras. “O mercado brasileiro tem grande potencial. Nosso produto atenderá projetos residenciais, comerciais e indus-triais”, prevê.

O professor Alberto Casado ressalta que, utilizados como colchão intermediá-rio (base para aplicação do piso final), os contrapisos autonivelantes chegam a dis-pensar o soquete manual e, quanto mais fluidos, melhor, desde que mantenham as características já descritas em relação às argamassas de revestimento. O detalhe é que, argamassas fluidas para explorar todo o diferencial do pouco tempo necessário para a sua aplicação, precisam de terceiri-zados que façam o serviço.

Casado: resina celulósica pode ser diferencial.Bombas aceleram a aplicação de contrapiso autonivelante

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TECNOLOGIA

Específi ca para o mercado brasileiro, a ar-gamassa fl uida da Weber Saint-Gobain pode resolver o dia a dia de empresas como a Plan-nar, que faz aplicação de contrapiso autoni-velante. Ela está no mercado pernambucano há seis meses, embalada pela demanda que cresce em função da exigência dos prazos e por evitar o transporte vertical na obra.

A Plannar, parceira da espanhola Utiform, utiliza bombas para levar, por meio de man-gueiras semelhantes àquelas dos bombeiros, a argamassa fl uida até, no máximo, o 28º pavimento (cada bomba chega a bombear o produto até o 14º; acoplando-se uma segun-da bomba, chega-se ao 28º andar). Realiza-se em um dia o trabalho de uma semana.

A questão é que o contrapiso autonivelan-te aplicado pela Plannar tem um indesejado espelho d´água – o ideal é a água permane-cer, mas totalmente fundida com o cimento e a areia, aguentando o calor gerado pelo ci-mento e pelo ambiente nas primeiras idades (três dias). O novo produto da Weber Saint--Gobain teria que, por exemplo, resolver este problema. Mesmo com espelho d’água, é preciso curar a argamassa, jogando água durante três dias, “em respeito às condições climáticas locais”, segundo a engenheira Pa-trícia Neves, sócia da Plannar. O ensaio de arrancamento que avalia a aderência é feito após 28 dias, qualquer que seja a tecnologia presente na argamassa fl uida.

O espelho d’água forma-se porque o adi-tivo lubrifi cante e a areia não são ideais, uma vez que, no Recife, sede da Plannar, não há uma central de argamassa, tendo a empresa que usar areia e equipamentos de transpor-te e mistura dos fornecedores de concreto. Buscando uma solução para o aditivo fl ui-difi cante, a Plannar está em contato com a alemã Knopp Chemie e aguarda resultados de testes que possam indicar uma nova com-posição para o aditivo usado hoje.

Uma década atrás, argamassas fl uidas não teriam espaço. A argamassa farofa atendia, com qualidade, às necessidades. Tanto havia prazo longo quanto mão de obra para nivelar, manualmente, suas imperfeições.

ARGAMASSA FLUIDA – A PRÁTICA HOJE

Estacionamentos: contrapisos autonivelantes como solução fi nal

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A CONSTRUÇÃO DA MUDANÇA

A Associação Brasileira de Tecnolo-gia para Equipamentos e Manu-tenção (Sobratema) apresentou,

em outubro passado, dados promissores para a construção no relatório dos princi-pais investimentos nas áreas de infraestru-tura e industrial, previstos para o Brasil até 2016. Pelo relatório, existem 13 mil grandes obras em todo o país, envolvendo R$ 1,479 trilhão nos setores de combustível (petró-leo, gás e outros), energia, habitação, hotel e resort, indústria, infraestrutura esportiva,

ESPECIAL

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saneamento, shoppings, transportes e vias urbanas, tópico que inclui edifícios públicos, hospitais, universidades, penitenciárias, en-tre outros.

Nesse cenário, o Sudeste aparece em pri-meiro, com quase R$ 836 bilhões em investi-mentos, e o Nordeste vem em segundo lugar, com cerca de R$ 344 bilhões. “As demandas e oportunidades do pré-sal dão primazia ao Sudeste, mas no Nordeste os investimentos estão mais pulverizados”, analisa Mário Hum-berto Marques, vice-presidente da Sobratema.

Estudo do Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BNDES), que es-tará pronto até o �nal do próximo trimestre, já aponta que os investimentos em infraestru-tura (energia elétrica, telecomunicações, sa-neamento, ferrovias, portos e aeroportos), no Brasil, para o quadriênio 2012-2015, serão de R$ 392 bilhões. Por não fazer recorte regional, o banco não prevê quanto deste bolo será des-tinado ao Nordeste.

O vice-presidente da Sobratema a�rma, no entanto, que esse cenário extremamente

A região que vem crescendo acima do Brasil, há alguns anos, deverá receber R$ 344 bilhões em investimentos em obras públicas e privadas até 2016, um volume que promete transformar o cenário de cidades e a vida da população na próxima década. Mas ainda há muito a construir em infraestrutura e muito a se planejar para que a região siga no embalo dos empreendimentos estruturadores que estão em construção e podem, realmente, mudar a face da economia regional

Cristina França

A transposição do rio São Francisco potencializará a economia de quatro Estados nordestinos

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animador é apenas a saída da inércia dos anos 80 e 90. Para chegar próximo de países como China e Índia, o Brasil terá que investir pelo menos 3% do seu Produto Interno Bru-to (PIB) em infraestrutura pelos próximos dez anos. Esta inquestionável verdade está lado a lado com o desempenho campeão da Região Nordeste em relação ao resto do país nos últimos anos.

Na análise do economista da Câma-ra Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Luís Fernando Mendes, os indica-dores de investimento, a geração de empre-gos, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a curva ascendente do mercado imobiliário transformaram o Nor-deste em uma espécie de tigre asiático. “É muito arriscado, em se tratando de projeções econômicas, fazer previsões de futuro. Mas tudo leva a crer que as principais cidades da região (Fortaleza, Salvador e Recife) devem continuar sendo os carros-chefe desse cres-cimento. Todavia, dados do IBGE também indicam uma boa performance das cidades de médio porte, com até 500 mil habitantes, refl exo especialmente do programa Minha Casa, Minha Vida”, diz Mendes.

Focando o Nordeste, a economista Tânia Bacelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco e sócia da Ceplan (Consulto-ria Econômica e Planejamento), enfatiza que a região precisa de infraestrutura para ter competitividade e sair de vez da dependência

da guerra fi scal ou da força política de seus governantes. “Na macrotendência, o de-senvolvimento continua centrado de Minas Gerais para baixo, em função do pré-sal. O Nordeste deve se inserir neste contexto, além de buscar saída para o Pacífi co e interligar a Transnordestina à Ferrovia Norte-Sul. O po-tencial agrícola ao sul do Maranhão, Piauí e Bahia depende do escoamento intermodal da produção”, analisa Tânia Bacelar.

Ela refere-se ao vazio de infraestrutu-ra que se percebe com um rápido olhar na região central do país, onde concentra-se a produção agrícola nacional, assim como em todo o interior do Nordeste. Ferrovias, rodovias e hidrovias devem se integrar para induzir o desenvolvimento. No Maranhão, por exemplo, o potencial do Rio Itapecuru está na mira do governo, que prevê sua inter-ligação com as hidrovias dos rios Tocantins e Parnaíba. É o caminho para espalhar pelo Estado as benesses da estratégica localização do Complexo Portuário de São Luís (Porto do Itaqui, Terminal Ponta da Madeira e Alu-mar). O Porto do Itaqui está sendo prepara-do para mudar a rota de exportação da soja – opção aos praticamente saturados portos de Paranaguá e Santos.

Em Itaqui, o Terminal de Grãos do Ma-ranhão já está licitado ao custo de R$ 143,1 milhões e deve entrar em operação no fi nal de 2013. Com R$ 167 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, está em obras o berço 100 - o berço 108 (para derivados de petróleo) será licitado em fevereiro. Tanto Tânia Ba-celar quanto o vice-presidente da Sobratema apostam no Maranhão como Estado mais promissor, junto com Pernambuco, Bahia e Ceará. Em 2012, a capital São Luís completa 400 anos, recebendo a promessa de que terá garantia de segurança no seu fornecimento de energia, com a duplicação, em dois anos, da linha de transmissão Açailândia/Miranda.

Também será retomada a duplicação da BR-135, única via de acesso terrestre para São Luís, que está prevista no PAC 2. Após revo-gação do primeiro edital para adequações no projeto de engenharia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) espera emitir a ordem de serviço para as obras em junho deste ano. Já a conclusão da primeira etapa da Refi naria Premium I, orçada em US$ 19,8 bilhões, no município de Bacabeira, que será a maior da Petrobras, foi adiada de 2014 para 2016 e, a segunda etapa, de 2017 para 2019. Cada etapa terá capacida-de de refi no de 300 mil barris/dia (o dobro da Premium II, em Pecém, no Ceará).

Ao apagar das luzes de 2011, o Piauí teve assegurada a ordem de serviço para ela-boração do projeto executivo do porto de Luís Correia - outra importante obra, in-cluída no PAC 2, para colocar no mapa do

Marques, da Sobratema: o cenário é positivo, mas nenhum Estado tem infraestrutura competitiva ainda

REGIÃO NORDESTE

VALOR DE INVESTMENTO R$

AL 380 12.716.530.854

BA 852 68.587.414.888

CE 776 86.971.795.410

MA 385 54.118.561.084

PB 505 3.641.328.326

PE 819 61.320.255.962

PI 512 4.821.360.578

RN 252 6.359.945.423

SE 232 4.177.465.724

MAIS DE

UM ESTADO 62 41.912.257.957

TOTAL 4.775 344.626.916.208

Fonte: Sobratema

ESTADOS Nº DE OBRAS

desenvolvimento as áreas assinaladas pela professora Tânia Bacelar. O porto vai custar R$ 4,3 milhões, sendo fundamental para es-coar principalmente a produção dos cerrados e da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba, a 330 quilômetros de Teresina. A ZPE, investimento de R$ 10 mi-lhões, deverá estar pronta em junho de 2013 e terá em sua área indústrias de agronegócio, farmacoquímicas e de tecnologia.

Além do seu quinhão na Transnordestina, o Piauí tem obras garantidas pelo PAC 2 nas BRs 135 (pavimentação), 235 (construção/pavimentação) e 020 (pavimentação). Atra-vés de uma parceria público-privada, mais uma rodovia deve bene�ciar os cerrados piauienses: os 336 quilômetros da Transcer-rados esperam ser asfaltados para bene�ciar o polo agrícola Uruçuí-Gurguéia.

No Rio Grande do Norte, o PAC 2 prevê a conclusão da ampliação e adequação do Ter-minal Salineiro de Areia Branca – até 2014 serão gastos R$ 79,3 milhões na obra. Previs-tas também ações no porto de Natal, com a licitação para o terminal de passageiros e a ampliação do cais. Com o compromisso de

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Para a economista Tania Bacelar, o Nordeste precisa sair da dependência da guerra fiscal e da força política dos governadores

�car pronto antes da Copa 2014, o Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante, a 13 quilômetros do centro da capital poti-guar, certamente é o maior legado do evento esportivo para o Rio Grande do Norte. “O aeroporto será o porto de Suape do Estado”, sintetiza Tânia Bacelar. Primeiro aeroporto brasileiro concedido à iniciativa privada, o São Gonçalo do Amarante será viabilizado pelo Consórcio Inframérica, que irá investir R$ 650 milhões na sua construção (parcial) e operação. Será intermodal para cargas e passageiros, com área para instalação de em-presas. A expectativa é que, pela localização estratégica, transforme-se no maior comple-xo aeroportuário da América Latina.

Sem grandes investimentos em portos, aeroportos e re�narias, a Paraíba concentra esforços em saneamento e infraestrutura turística. O porto de Cabedelo �cou fora do PAC II, mas respira e tem planos de ser com-plementar ao porto de Suape. O ano de 2011 foi o melhor da sua história, com um movi-mento de 1.754.943 toneladas de mercado-rias. Há projetos para implantar o Terminal de Múltiplos Contêineres e um terminal de passageiros, além do reforço do cais, ao custo de R$ 450 milhões.

“A falta de convergência política atrasou a entrada da Paraíba no boom do desenvol-vimento nordestino. Mas precisamos não cometer os mesmos erros e crescer, inves-tindo na qualidade de vida e na preservação do meio ambiente. O setor imobiliário tem

a cultura da sustentabilidade e está apoiado em investimentos públicos, urbanização e parques no perímetro urbano da capital”, diz o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa, Irenaldo Quintans.

No PAC 2, o Estado foi contemplado com R$ 138,2 milhões da Fundação Nacio-nal de Saúde (Funasa), volume atrás apenas da Bahia, para obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário, inclusive de municípios bene�ciados pela transposição do Rio São Francisco, conforme exigências do Ibama. A maior obra do PAC I, a adutora

O aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, tem pressa para decolar antes da Copa 2014

Translitorânea promete água para João Pessoa por mais 30 anos

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Translitorânea, orçada em R$ 160 milhões, no litoral paraibano, estará concluída no �-nal deste ano e vai garantir o abastecimen-to da Região Metropolitana de João Pessoa pelos próximos 30 anos. Para atrair eventos de porte, a Paraíba aposta no Centro de Con-venções e nos investimentos em mobilidade – além de corredores e linhas de Bus Rapid Transit (BRT) na capital e Veículos Leves so-bre Trilhos (VLT) entre Santa Rita e Cabe-delo, onde �ca a famosa praia do Jacaré e o mais conhecido atrativo paraibano: o bolero de Ravel tocado no pôr do sol.

Chamado de Leão do Norte, Pernambuco faz jus à homenagem e ruge as benesses dos investimentos em todas as direções: porto de Suape, Estaleiro Atlântico Sul, Petroquímica e Companhia Siderúrgica Suape, Re�naria Abreu e Lima, no litoral sul, e polo automo-tivo (capitaneado pela Fiat), ao norte, são os mais signi�cativos. A duplicação da BR-101, passando pelo município de Goiana, sede da futura Fiat, carreia a ocupação econômica e habitacional com re�exos nas economias da Paraíba e do Rio Grande do Norte. Marcello Gomes, consultor executivo da Associação

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Quintans, do Sinduscon de João Pessoa: atraso a recuperar, mas com otimismo

das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi/PE), aponta a expansão imobiliária em novas centralidades urbanas. “Com espaço e infraestrutura, além de uma legislação coerente com o mercado e o meio ambiente, teremos um crescimento de ten-dência horizontal não só nas laterais da BR-101, mas também na região oeste da capital e nos municípios bene�ciados pela Transnor-destina”, diz Gomes.

Em São Lourenço da Mata, na zona oes-te do Recife, a Odebrecht está investindo R$ 532 milhões, através de uma parceria público-privada, para construir a Arena da Copa, eixo da futura Cidade da Copa, o bairro inteligente que terá campus universi-tário, lazer, moradias e espaços comerciais e empresariais. A construtora é responsável também pela Reserva do Paiva, no litoral sul, um complexo de hotéis, centro empresarial e moradias de alto padrão no sobrecarregado acesso ao porto de Suape. No centro de tudo isto, investimentos em mobilidade correm para aliviar o estresse de pernambucanos e agregados.

“O Governo de Pernambuco está

priorizando o transporte coletivo. Mesmo com todos os investimentos na estrutura viária, não há como suportar o transporte individual. Em 2011, 230 mil veículos foram matriculados no Detran. Carro precisa ser o plano B”, diz o secretário das Cidades, Danilo Cabral. O Programa Estadual de Mobilidade Urbana prevê investimentos de R$ 605 mi-lhões para criar corredores exclusivos nas

O esperado Centro de Convenções da Paraíba, em João Pessoa, em breve vai reforçar o turismo do Estado

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principais vias do Recife, onde vão circular 250 BRTs inseridos no Sistema Estrutural In-tegrado (SEI). A meta é chegar na Copa do Mundo atendendo 1,6 milhão de usuários, pagando uma única passagem para circular na Região Metropolitana do Recife.

Em direção ao porto de Suape, num per-curso de 18 quilômetros atualmente realiza-do em trem diesel, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Metrô do Recife (Metrorec) estão implantando o sistema VLT, ao custo de R$ 100 milhões. Os sete VLTs que atenderão à demanda estão sendo fabricados pela empresa Bom Sinal, em Barbalha, no Ceará, e vão custar R$ 56 milhões.

A opção pelo transporte público depende do conforto e da pontualidade. Refrigeração nos BRTs de 160 lugares, painéis informati-vos em todas as paradas, com informações inclusive via celular, são ofertas na mesa da mobilidade. O secretário Danilo Cabral também está entusiasmado com uma antiga aspiração do Recife, cidade conhecida como a “Veneza brasileira”: utilizar os rios Capi-baribe e Beberibe como complemento ao

Sistema Estrutural Integrado. Segundo ele, o Ministério das Cidades aprovou o projeto inicial apresentado, orçado em R$ 398 mi-lhões. Para utilizar o corredor �uvial, sem o estresse do trânsito, em barcos climatizados e adequados ao transporte de massa, com es-tações de embarque e desembarque, os usu-ários pagariam uma só passagem de ônibus por trecho de ida ou volta.

Para todo o Estado, a Secretaria de Trans-portes e o Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER/PE) têm a realizar, até 2014, o Plano de Infraestru-tura Rodoviária Caminhos da Integração, que destina R$ 1,98 bilhão para restaura-ção, implantação, pavimentação, duplicação e requali�cação em 73 rodovias. Entre estas obras, a BR-232, principal eixo de integração de Pernambuco, será triplicada em 6,8 qui-lômetros para facilitar o acesso à Cidade da Copa e restaurada até Caruaru. Na mobilida-de da Copa, entram também a duplicação da BR-408, a requali�cação da PE-08 e a repa-ração da PE-60, estas duas dando acesso ao litoral sul e ao porto de Suape.

Danilo Cabral, secretário de Cidades de Pernambuco, aposta em obras para mobilidade urbana

Os VLTs da CBTU-Metrorec começam a operar em 2012 para facilitar o acesso a Suape

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Saindo do litoral, está praticamente pron-ta a duplicação de 51,7 quilômetros da BR-104, conhecida como Rodovia do Jeans, em função do polo de confecções do Agreste pernambucano, bem como restaurados os 130 quilômetros da PE-320. Junto com a PE-390, a rodovia forma a Transpajeú e inter-liga todo o Vale do Pajeú à Paraíba, através das cidades de Serra Talhada e Afogados da Ingazeira.

COLADOS NOS GRANDES - O cres-cimento das cidades de médio porte pelo interior do Nordeste, para o qual Tânia Ba-celar chama a atenção, especialmente na perspectiva da integração da Transnordesti-na com a Norte-Sul, é fato nos municípios de Salgueiro, em Pernambuco, e Arapiraca, em Alagoas, ponto de chegada do Canal do Sertão, uma fenda impermeabilizada de 250 quilômetros que cortará 42 municípios des-de o Lago de Moxotó, em Delmiro Gouveia, no Sertão de Alagoas. O canal deve estar pronto até o �nal de 2013, sendo alvo de in-teresse direto de mais de um milhão de pes-soas. Sinal do desenvolvimento, Arapiraca vai ganhar seu primeiro centro de compras, o Pátio Arapiraca Garden Shopping, com 46,5 metros quadrados de área construída, em abril de 2012.

Ao sul e ao norte do litoral alagoano,

O secretário de Planejamento de Alagoas, Luiz Otávio Gomes, comemora a duplicação da BR-101, que vai deixar Maceió a apenas duas horas do Recife

O Canal do Sertão, em Alagoas, além de abastecimento, vai impulsionar a agricultura irrigada e a piscicultura

investimentos para ampliar o turismo: a du-plicação da AL-101 (sul) engloba a região das lagoas e dos mares do sul e desafoga a entrada e saída diária de Maceió. No total, até o meio do próximo ano, serão duplicadas quatro pontes e 25,8 quilômetros de estra-da, além da construção de três viadutos; ao norte, o Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares terá uma rota opcional até o polo turístico da Costa dos Corais, diminuindo a viagem em até 40 minutos. Sem a pujança econômica de Pernambuco, Alagoas coloca suas belezas naturais na vitrine.

“Com a duplicação da BR-101 em sua to-talidade, Maceió �cará a duas horas do Recife e a duas horas e meia de Aracaju. Desta for-ma, teremos mais possibilidades de integrar o desenvolvimento de Alagoas aos Estados vizinhos, principalmente Pernambuco”, diz o secretário de Planejamento e Desenvolvi-mento Econômico, Luiz Otávio Gomes. Ele con�rma o interesse em atender às deman-das do porto de Suape com um polo mul-tissetorial na divisa com Pernambuco, mas adianta que está sendo feito um projeto para um novo porto no litoral sul, entre os muni-cípios de Coruripe e Piaçabuçu. “Dependerá apenas de mudanças no marco regulatório do setor portuário por parte do governo fe-deral, pois nosso objetivo é construir através de uma parceria público-privada”.

Visando à Copa 2014, Sergipe prepara a reforma e ampliação do Aeroporto Santa Maria, um investimento de R$ 245 milhões. Procurando usufruir ainda mais do �uxo tu-rístico da Bahia, deve ser entregue, até março deste ano, a Ponte Gilberto Amado, avaliada em R$ 119 milhões, sobre o Rio Piauí, pela qual se chegará, via litoral, de Aracaju a Sal-vador, evitando o tráfego pesado da BR-101. Em 2009, já havia sido entregue a Ponte Joel Silveira, que diminuiu a distância para Salva-dor em 70 quilômetros.

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Em janeiro de 2010, o Escritório Téc-nico de Estudos Econômicos do Nor-deste (Etene), do Banco do Nordeste

(BNB), publicou o informe setorial “Panora-ma da infraestrutura de transportes no Nor-deste”. Neste informe, a malha ferroviária da região administrada pela Transnordestina Logística S/A – 4.207 quilômetros pelos Es-tados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Gran-de do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alago-as - comparecia com “os piores indicadores entre todas as ferrovias: a menor produção de transporte ou 1,0 bilhão de toneladas por quilômetro útil (TKU); a menor densidade de tráfego (159.930 TKU por quilômetro) e a menor velocidade média de percurso (16,7 quilômetros por hora), o que refl ete as suas condições precárias de tráfego, inclusive com vários trechos desativados”.

Dentro desse panorama, entende-se a importância da Nova Transnordestina em seus 1.728 quilômetros de extensão, ligando o município de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém,

UMA FERROVIA, 85 DESTINOSno Ceará, a uma velocidade de 80 quilôme-tros por hora. As principais cargas transpor-tadas serão minérios e grãos dos Estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia; e gesso, da divisa de Pernambuco com o Piauí. “A perspectiva é que de 50 milhões de tonela-das de grãos desta região - 10% da produção nacional, 30 milhões passem por Suape e Pecém, e 20 milhões por Ilhéus. Já o gesso ganha competitividade em relação ao mer-cado europeu”, diz o consultor em Logística Marcílio Cunha. A ferrovia benefi ciará tam-bém os Sistemas Locais de Produção (SLP) já existentes, ou que virão a se instalar nas 85 cidades ao longo dos trilhos, buscando--se competitividade para calçados, roupas, móveis, tijolos, mel, entre outros. No sen-tido litoral-interior, os trens irão transpor-tar matérias-primas como combustíveis e fertilizantes.

A ferrovia começou a ser construída em 2006, pelo trecho Missão Velha, no Ceará, a Salgueiro, em Pernambuco, que será conclu-ído em março de 2012. Na sequência, virão

Ferrovia transportará grãos e minérios do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia, além do gesso de Pernambuco

os trechos Eliseu Martins, no Piauí, ao por-to de Suape, em Pernambuco, a ser entregue no fi nal de 2013, e Missão Velha ao porto de Pecém, no Ceará, no fi nal de 2014. Todas as cidades do entorno vão se benefi ciar da es-trutura de transporte, armazenagem, distri-buição e também produção, que vai ser agre-gada à ferrovia.

“A Transnordestina é uma obra privada e a decisão de onde instalar pontos de car-ga e descarga vai considerar a potenciali-dade econômica do município, mas é fato que o desenvolvimento será linear”, analisa Cunha. Ele acrescenta que Salgueiro, em Per-nambuco, onde já está defi nida a instalação de uma plataforma logística com parque de tancagem, pista de pouso, estação aduaneira e distrito industrial, viu sua população cres-cer 25% nos últimos anos e a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) triplicar. Por enquanto, a Transnordestina não transpor-tará passageiros, mas quem sabe a demanda mude esse cenário antes de 2027, ano em que termina a concessão iniciada em 1997.

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Hugo Renan do Nascimento

O Ceará tem recebido, nos últimos anos, grandes obras estruturantes, que mudarão o per�l da economia,

pois diversi�carão os setores industrial e de serviços. Dentre as que poderão in�uenciar mais positivamente no Estado, destacam-se o estádio Castelão; a ampliação do porto de Pe-cém, no município de São Gonçalo do Ama-rante, e do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza; a re�naria Premium II, da Petrobras; a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP); a conclusão do metrô de For-taleza e o surgimento de novas universidades públicas no Estado.

Os impactos dessas grandes obras na eco-nomia cearense, de acordo com o economis-ta da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Pedro Jorge Vianna, serão re-vertidos em um incremento de R$ 3 bilhões anuais no Produto Interno Bruto (PIB), já a partir de 2012. A previsão para o PIB este ano é de um crescimento de até 5%, taxa que

deverá aumentar após a instalação da CSP e da re�naria.

Um dos motivos para a rápida movi-mentação no segmento da construção civil é a Copa 2014. Fortaleza também se prepa-ra para sediar e receber grandes jogos como uma das partidas da seleção brasileira. Uma das preocupações é oferecer infraestrutura necessária para atender às demandas.

As obras no Castelão estão adiantadas e o complexo será entregue em dezembro de 2012, já pronto para receber a Copa das Con-federações no ano seguinte. O Consórcio Construtor, responsável pelas intervenções, é formado pelas empresas Galvão e Andrade Mendonça, numa parceria público-privada com o Governo do Estado.

No encerramento de 2011, 53% da obra estavam concluídos, segundo o gerente de Contratos do Consórcio Construtor, Wal-demar Biselli. Das quatro fases, as duas pri-meiras já estão prontas e as outras duas estão

OBRAS ESTRUTURANTES MUDAM PERFIL DA ECONOMIA CEARENSE

em andamento. A terceira fase corresponde à estrutura principal do estádio e, a quarta, à interligação das outras três, tais como o aca-bamento e a cobertura do Castelão.

Biselli diz que a obra emprega diretamen-te 806 trabalhadores e pode chegar, em2012, a 1,5 mil. Dentre os diferenciais das interven-ções no Castelão, de acordo com o gerente do Consórcio Construtor, o envolvimentos da equipe e a vontade das autoridades estaduais em �nalizar o estádio em tempo hábil, ponto que já está sendo alcançado. Até o momento, foram utilizados 12.775 metros cúbicos de concreto e cerca de 13 mil toneladas de aço nas obras do Castelão.

Pelo projeto, a nova estrutura do Castelão contará com assentos 100% cobertos, restau-rante de mil metros quadrados com visão para o campo, áreas para a imprensa com capacidade para 2.765 jornalistas e padrões internacionais de segurança.

O objetivo do Governo do Ceará é

ESPECIAL

Treze mil toneladas de aço serão usadas nas obras do Castelão

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oferecer um equipamento que, além de servir de estádio, contemple um centro esportivo olímpico com pista de atletismo, piscinas, quadra de tênis, ginásio multiesportivo, ho-tel, cinemas, restaurantes e lojas. Serão insta-lados 67 mil assentos.

Segundo o secretário Ferruccio Feitosa, da Secretaria Especial da Copa (Secopa), o Castelão deixará um legado à população cearense. “Por isso será chamado de Arena Castelão, porque vão ser realizados os mais variados eventos no estádio: shows artísticos, encontros religiosos e também o Motocross Freestyle. A ideia é ter um parceiro privado tanto na construção, quanto na operação do estádio”, a�rma Feitosa.

No total, serão investidos recursos no va-lor de R$ 518,606 milhões. Destes, 75% são �nanciados pelo Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) - o restante é pelo Governo do Estado.

AMPLIAÇÃO DO PORTO DO PECÉMAté 2016, o Governo do Ceará vai gastar

cerca de R$ 2 bilhões com equipamentos para modernização e ampliação do porto de Pecém. Isto inclui sua atual expansão (R$ 410 milhões) com os R$ 588 milhões do novo

Terminal de Múltiplo Uso (Tmut).Segundo Luiz Hernani de Carvalho, di-

retor de Implantação e Expansão do porto, a quantia compreende obras de construção do Tmut já �nalizadas; ampliação do quebra--mar para mil metros; e prolongamento da

ponte existente de 348 metros. A previsão com o novo terminal é quintuplicar a capaci-dade de movimentação do porto.

As outras fases da expansão preveem a construção de uma nova ponte de acesso, com extensão total de 1,5 mil metros de com-primento e 32 metros de largura. As medidas permitirão que a ponte possua uma pista de rodagem de dez metros de largura, além da passagem de uma tubovia e correias trans-portadoras de minério e grãos. O valor esti-mado é de R$ 197 milhões.

Por fim, a segunda fase da expan-são inclui a engorda e pavimentação do quebra-mar existente, bem como a cons-trução de mais dois berços de atracação, no sentido noroeste, para operação de carga geral, contêineres e produtos side-rúrgicos. Além das obras, estão previstos

estudos para diversos projetos no porto.A expectativa é que, até 2016, o Comple-

xo Industrial e Portuário do Pecém esteja composto por um berço no Tmut, um novo quebra-mar, dois berços de granéis sólidos e cinco de granéis líquidos. “A ampliação do porto de Pecém vai mudar completamente o per�l da economia cearense”, reforça Herna-ni Carvalho.

Atualmente, o porto de Pecém é respon-sável pela exportação de 45% das frutas pro-duzidas no Brasil. O diretor a�rma que este percentual pode aumentar em 2012 e reitera que o sucesso obtido pelo terminal ocorre em função das condições de infraestrutura e lo-calização do porto, distante seis horas da cos-ta dos Estados Unidos e sete horas da costa europeia. Passa pelo Terminal de Pecém, por mês, uma média de 43 navios.

A conclusão do Metrofor trará impacto significativo para a população de Fortaleza

O Terminal de Múltiplo Uso do porto de Pecém receberá R$ 588 milhões em investimentos

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ESPECIAL

A s obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) são as primeiras de grande porte que começam a ser

realizadas na Bahia, nos últimos cinco anos. O governador, Jacques Wagner, anunciou que o Estado é campeão em captação de re-cursos do PAC no Nordeste: R$ 70,7 bilhões em obras de infraestrutura logística e social. Deste montante, R$ 6 bilhões de investimen-tos cabem à execução da Fiol. Com uma ex-tensão de 1.527 quilômetros, a ferrovia vai da cidade de Ilhéus, no litoral sul da Bahia, a Figueirópolis, no Estado do Tocantins

O primeiro trecho, ainda em construção, liga o município de Caetité, no sudoeste baia-no, ao litoral ilheense, onde está programada a implantação de um novo terminal portuário - o Porto Sul. Associado a um novo aeroporto

BAHIA PROJETA O FUTURO NOS TRILHOS

Uma ferrovia pode abrir caminho da Bahia à América Latina

e com algumas intervenções viárias, o ter-minal deve transformar a região num polo logístico para onde devem convergir cargas minerais, agrícolas e industriais.

Nessa primeira etapa, a estrada de ferro se estende por 537 quilômetros. As obras estão divididas em quatro eixos de trabalho, cor-tando 20 municípios baianos. O investimento parcial é de R$ 2,45 bilhões. A conclusão está prevista para 2014.

A atividade nas frentes de trabalho, no �nal de 2011, envolveu compactação de pe-dras, detonação de espaços rochosos e ni-velamento da área. Em diversos galpões, montados ao longo do trecho Caetité-Ilhéus, são fabricadas as aduelas - bueiros para es-coamento de água - e os dormentes, suporte transversal do trilho.

O secretário de Planejamento da Bahia, Zezéu Ribeiro, a�rma que o objetivo do go-verno não é uma “ferrovia ponto a ponto”, que saia da mina e vá para o porto. “Nos-so propósito é que a Fiol seja um indutor de crescimento em sua área de in�uência e também transporte pessoas e cargas de pe-quenos produtores. Nossa intenção é que outros trens trafeguem nela. Não queremos que só o apito do trem �que como herança da ferrovia”.

Zezéu enxerga a Fiol como parte de um dínamo que se completa com o Porto Sul, o novo aeroporto e as rodovias, para ativar a economia de regiões do Estado desprovidas de infraestrutura. “Queremos interiorizar e descentralizar o crescimento da Bahia. Criar novos polos de desenvolvimento”.

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A ideia de uma ferrovia que cortasse o Estado de leste a oeste integrava um antigo projeto do falecido engenheiro e professor da Universidade Federal da Bahia Vasco Neto. A proposta do acadêmico era ainda mais ousada. Propunha a ligação férrea do Brasil ao Oceano Pací�co. Estudos de Neto indicavam que o tra-jeto da Bahia ao Peru seria o mais viável.

O sonho de Vasco Neto, abandonado pela ditadura militar, em parte está sendo resgata-do por Zezéu Ribeiro. Foi dele a iniciativa de levantar a discussão para criar o eixo intero-ceânico Peru-Brasil-Bolívia. Depois de passar pela Câmara e o Senado Federal, a proposta foi bem recebida por peruanos e bolivianos.

Esse eixo de integração e desenvolvimen-to cria a possibilidade de interligar o Oceano Atlântico, por intermédio de diversos portos localizados no Nordeste brasileiro, a impor-tantes portos do Peru. O resultado, na avalia-ção de Zezéu, seria ativar as regiões mais po-bres destes países com a articulação de suas economias e as novas áreas de produção do interior do continente, possibilitando a atra-ção de investimentos.

A Fiol já começa a colocar os trilhos na linha, mas o seu �m de linha, o Porto Sul, ainda não teve as obras iniciadas. A primeira localidade escolhida para a sua implantação, a chamada Ponta da Tulha, precisou ser subs-tituída por razões ambientais. O embate com os ambientalistas levou o empreendimento para a região de Aritaguá, também no litoral

de Ilhéus. A localidade oferece menor im-pacto ambiental, em comparação com a área anteriormente de�nida.

Para o Governo da Bahia, o Porto Sul cria um novo horizonte para o desenvolvimento socioeconômico do Estado. Com um investi-mento de R$ 2,6 bilhões e a geração de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, o empreendimen-to será constituído de Porto Público (PP), Zona de Apoio Logístico (ZAL), Área de Proteção Ambiental (APA) e Terminal de Uso Privativo (TUP), destinado à exportação de minério de ferro da Bahia Mineração (Bamin).

O porto público está previsto para operar com uma capacidade nominal de exporta-ção de 75 milhões de toneladas por ano; já de importação serão cinco milhões de tone-ladas. Incluída nesta capacidade, a previsão de movimentação de produtos como minério de ferro, clínquer, soja, etanol e fertilizantes, além de outros granéis sólidos.

A expectativa é que a implantação do Por-to Sul crie um novo vetor de desenvolvimento regional, já que o empreendimento será um dos mais importantes polos logísticos do leste do Brasil e funcionará como polo de atração para outros empreendimentos ligados ao co-mércio e serviços, permitindo a formação de cadeias produtivas de alto valor e importantes ganhos em oportunidades de trabalho.

Por meio da BR-101 e da navegação entre os portos, por exemplo, a área de in�uência do Porto Sul alcançará os polos de celulose

das cidades baianas de Eunápolis e Mucuri, na região do extremo sul do Estado. No oeste da Bahia e na fronteira agrícola do Brasil cen-tral, o empreendimento também permitirá maior competitividade às dinâmicas cadeias de grãos, carnes, algodão e biocombustíveis.

A integração externa do Porto Sul abri-rá horizontes de intercâmbio direto com o mercado global, na medida em que a Bahia passará a ter um equipamento logístico mo-derno e de alta capacidade de carga. Essa integração permitirá o desenvolvimento de cadeias produtivas com base no comércio exterior.

Em Ilhéus e redondezas, além dos bene-fícios previstos com a geração de emprego, melhoria de renda e arrecadação de impos-tos, o Porto Sul também deverá estabelecer uma relação com a indústria de computado-res e o turismo.

O empreendimento será responsável pela criação de 2,5 mil empregos (diretos e indi-retos) nas fases de implantação e operação, em função do aumento da arrecadação mu-nicipal, estadual e federal. Para a instalação do porto público, que terá uma duração pre-vista de 54 meses, estima-se a mobilização de 1.440 trabalhadores no pico das obras. Con-sidera-se que o percentual de trabalhadores da própria região seja de 60% do efetivo total.

A COPA 2014A Copa 2014 aproxima-se e as cidades-

-sede precisam oferecer melhores condições de mobilidade urbana, durante o evento esportivo internacional. Sendo uma delas, Salvador não foge à regra. Na capital baiana, a depender do horário, perde-se uma hora para percorrer de carro um trajeto de sete quilômetros.

A partir de 2012, o governo estadual pre-tende construir um corredor central estrutu-rante de metrô de superfície, passando pela Avenida Paralela, que ligará o município de Lauro de Freitas e o aeroporto até o acesso norte de Salvador, com 22 quilômetros de extensão. No total, a capital poderá passar a contar com 34 quilômetros de transporte sobre trilhos, caso a Linha 1 do metrô, de-pois de 12 anos de iniciada, seja concluída com a �nalização de um trecho de seis qui-lômetros, totalizando os 12 quilômetros do projeto original. A nova linha do metrô vai funcionar com modais complementares e

Para o secretário Zezéu Ribeiro, a interligação da Fiol com o Porto Sul, um novo aeroporto e rodovias, vai dinamizar regiões sem infraestrutura

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ESPECIAL

OPINIÃO

O ESTADO DA BAHIA E AS NOVAS GRANDES OBRAS

A Bahia é um Estado carente. A título de exemplo, possuímos menos de 150 quilôme-tros de rodovias com pistas duplas nos dois sentidos: apenas a BR-324, entre Salvador e Feira de Santana, e uma pequena parte da Linha Verde. Perdemos para quase todos os outros Estados, inclusive os de pequenas áreas territoriais. Agora, depois de um longo período de estagnação, anunciam-se gran-des investimentos: a Ferrovia Oeste-Leste, com os complementos Porto Sul e um novo aeroporto; o transporte urbano sobre trilhos (metrô) na Região Metropolitana, interligan-do Lauro de Freitas ao centro de Salvador, passando pelo aeroporto; a Ponte Salvador--Itaparica, integrando o Recôncavo, com pis-ta dupla de Salvador até a BR-242, passando por Nazaré, Santo Antônio de Jesus e Castro Alves; entre outros.

Essas obras serão, claramente, grandes vetores de desenvolvimento, com impacto em todas as áreas. A Bahia possui um dos menores PIBs per capita do Brasil e, se re-almente executadas, as obras poderão trazer uma nova realidade em termos de desenvol-vimento, tanto econômico como social.

Salvador cresce, em média, 500.000 habi-tantes a cada dez anos, devido ao êxodo rural e ao índice de nascimentos. Já não cabe tanto crescimento na sua área territorial. A Ponte Salvador-Itaparica permitirá o uso urbano da ilha, integrando-a a Salvador. Se bem con-duzida, a conjunção dessas obras levará ao crescimento econômico da Bahia na próxima década.

Enéas Almeida FilhoPresidente da Abenc/BA (Associação Brasileira de Engenheiros Civis da Bahia)

alimentadores sobre pneus. Todas as inter-venções estão estimadas em cerca de R$ 2,6 bilhões.

De acordo com o secretário de Planeja-mento da Bahia, Zezéu Ribeiro, haverá ape-nas uma licitação para o sistema intermodal. Ou seja, não haverá licitação separada para a construção do corredor estruturante (metrô) e licitação para as vias transversais (veículos sobre pneus).

“Esse novo modal de transporte virá do aeroporto, passando pelo Iguatemi, até o acesso norte, e terá uma licitação única. Por-tanto, não vou pegar o novo modal de trans-porte, entregar para um e depois dar para ou-tro. Uma única empresa será responsável por toda a obra”, enfatizou. Com os modais inter-ligados, um dos benefícios para a população é o bilhete integrado, que deverá ter o valor de uma única passagem. A expectativa é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2012, com a licitação sendo realizada em fevereiro.

Ainda faz parte dos planos do governa-dor Jaques Wagner a construção da Ponte

Salvador-Itaparica. Com 17 quilômetros de extensão, o empreendimento integra um projeto mais amplo, que é o Sistema Viário Oeste (SVO), o qual tem como objetivo abrir uma conexão rápida e alternativa de Salva-dor com o Recôncavo, Baixo Sul, Sul e Oeste, utilizando como vias as BRs 101, 242 e 116, além da BA-001. Do ponto de vista viário, o projeto compreende uma articulação com a Via Expressa (BR-324) e a duplicação de tre-cho da BA-001 e da Ponte do Funil, com a construção do eixo Nazaré-Santo Antônio de Jesus-Castro Alves (BR-242).

O projeto aprovado é compatível com a expansão do porto de Salvador e a viabilida-de das operações portuárias no interior da Baía de Todos os Santos, garantindo a im-plantação de estaleiros e grandes unidades industriais nos municípios do seu entorno.

As intervenções têm investimentos esti-mados em até R$ 7 bilhões. O valor engloba a construção da ponte, a duplicação das ro-dovias, as desapropriações e os investimentos em infraestrutura. Os recursos serão do go-verno (federal e estadual) e do setor privado.

Obras mantêm empregos em crescimento em todo o Nordeste

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PERFIL INSTITUCIONAL

HISTÓRICOCom uma capacidade de produção instalada inicial de 20 mil metros cúbicos de concreto por mês, a T&A Pré-Fabricados é hoje uma das duas maiores indústrias fabricantes de elementos de concreto do país, sendo líder deste segmento nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Sua trajetória de sucesso é resultado, sobretudo, de fatores como en-genharia de qualidade, comprometimento com o cliente e inovação tecnológica constante.Fundada em 1996, deu seus primeiros passos no Ceará, produzindo peças pré-fabricadas de concreto para empreendimentos de pequeno porte. Em pouco tempo, especializou-se em um novo nicho de merca-do: estruturas de grande complexidade como shopping centers e cen-tros de logística, além de projetos especiais como re�narias, estaleiros, obras portuárias e industriais, dentre outros.Com a necessidade de expandir sua área de atuação e atender todo o Norte/Nordeste, em 2003 a T&A inaugurou sua segunda unidade industrial, desta vez em Pernambuco. Três anos depois, a Bahia recebeu um parque fabril, com uma indústria montada no município de Simões Filho. Em 2010, a empresa decidiu romper fronteiras e ingressou na Região Sudeste com uma fábrica de 130 mil metros quadrados, localizada no município de Itu, em São Paulo.

PRODUTOSA T&A possui um amplo mix de produtos, oferecendo ao mercado uma linha completa de peças de concreto armado e protendido, tais como pilares, lajes alveolares, vigas armadas e protendidas, estacas centrifugadas e protendidas, painéis, telhas W, além de blocos para al-venaria estrutural e de vedação e para pisos intertravados de concreto.

PERFIL DOS CLIENTES

Para diversos tipos de obra, a T&A tem uma solução de engenharia que atende às expectativas do construtor em termos de prazo ou de qualidade e durabilidade de seus produtos. Isto permite que ela aten-da, com e�ciência, edi�cações de médio a grande porte de empresas como Petrobras, Odebrecht, EIT, Andrade Gutierrez, Walmart, Grupo JCPM, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Mendonça, Galvão Engenharia, dentre outras. Para todos os clientes, além de ofe-recer produtos de qualidade, garante soluções completas de engenha-ria, desenvolvendo, junto às empresas, a concepção do projeto estru-tural das obras.

Contatos

Site: www.tea.com.br

Fábrica FortalezaDIF. III Anel Viário, 3812 – Dist. IndustrialMaracanaú – CECEP: 61.910-000Fone/fax: 55 85 [email protected].

Fábrica RecifeRod. BR 101 – Norte s/n – Km 27Igarassu – PECEP: 53.640-000Fone/fax: 55 81 [email protected]

Fábrica SalvadorVia das Torres, 1985 – Cia SulSimões Filho – BACEP: 43700-000Fone/fax: 55 81 [email protected]

Fábrica São PauloRod. Waldomiro Correa de Camargo, s/n, km 58,5, PirapitinguiItu – PECEP: 13.308-200Fone/fax: 55 11 [email protected]

Construção da Arena Fonte Nova, em Salvador, com estrutura pré-fabricada de concreto da T&A.

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Perfil Institucional

PROGRAMAS DA ABCP: - Mercado (projetos: Autoconstrução, Clube da Reforma, Reforma Assistida, Plataforma Técnica) - Cidades (Habitação de Interesse Social – HIS, Habitações em Concreto PVC) - Acessibilidade - Edi�cações (Comunidade da Construção, Paredes de Concreto, Alvenaria Estrutural e de Vedação com Blocos de Concreto, Programa de Desenvolvimento de Construtoras, Revestimentos de Argamassa) - Indústrias de Pré-Fabricação (Blocos de Concreto, Pavimento Intertravado, Tubos de Concreto, Telhas de Concreto, Desenvolvimento Empresarial, Pavimento Permeável, Pesquisa e Inovação) - Infraestrutura (Pavimento de Concreto em Rodovias, Pavimento Urbano de Concreto)- Tecnologia (Laboratórios de Ensaios, Meio Ambiente, Coprocessamento, Mudanças Climáticas) - Qualidade (Normalização) - Comunicação (Difusão da Informação Técnica, Universidades)

ASSOCIADAS A ABCP é uma entidade sem �ns lucrativos, que reúne oito gru-pos industriais associados, com 57 fábricas de cimento no território brasileiro: • Camargo Corrêa Cimentos S.A. • Cimento Itambé • Cimento Nassau • Cimentos do Brasil (Cimpor) • Ciplan – Cimento Planalto S.A. • Holcim Brasil S.A. • Lafarge• Votorantim Cimentos

Contatos

Regional N/NE(81) 3092-7070Rua da Aurora, 2000, Santo AmaroRecife – [email protected]

ABCP: HÁ 75 ANOS DESENVOLVENDO O MERCADO DE PRODUTOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS À BASE DE CIMENTO

Com 75 anos de existência, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) tem feito grandes contribuições para o desen-volvimento do país. Desde sua criação, trabalhou para melhorar a qualidade do cimento, do concreto, dos processos produtivos e cons-trutivos, bem como para a transferência constante de tecnologias e conhecimento por meio de cursos, palestras, eventos, feiras, dentre outros meios.A ABCP elabora pesquisas e projetos, mantendo uma equipe de pro-�ssionais à disposição do mercado para consultoria e suporte a gran-des obras da engenharia brasileira. Um exemplo disso é a consultoria em pavimento de concreto prestada na duplicação da BR-101, nos lotes executados pelo Exército brasileiro em Pernambuco, na Paraíba e no Rio Grande do Norte.Os laboratórios da entidade também são referência na prestação de serviços ao setor cimenteiro, à indústria coligada de materiais de construção e aos consumidores. Não menos importante tem sido a contribuição da ABCP para a elaboração de normas técnicas brasi-leiras, no que se refere ao concreto.Além da sede em São Paulo, a ABCP está presente em 12 capitais brasileiras. São escritórios e representações regionais. Um deles é a Regional N/NE, que nos últimos dez anos disseminou no mercado temas como a racionalização dos sistemas construtivos à base de ci-mento, o aumento de produtividade das fábricas e a industrialização de habitações populares e empreendimentos como shoppings cen-ters, hotéis, hospitais, entre outros.Atualmente a ABCP lidera, em parceria com outros órgãos da cons-trução civil como Sebrae, Sinduscon, Sinprocim e Ademi, programas importantes para o desenvolvimento do setor. Um deles é Comu-nidade da Construção, presente em 13 polos no país e que busca integrar a cadeia produtiva e aumentar o desempenho dos sistemas construtivos à base de cimento, reunindo construtoras, fabricantes de materiais, entidades e consultores em um só grupo.Outra importante ação é o Programa de Desenvolvimento Empre-sarial (PDE) para fabricantes de blocos de concreto, que identi�ca, junto com as empresas, oportunidades de melhoria para proporcio-nar mais competitividade e qualidade às indústrias e aos produtos.

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| DEZEMBRO 2011

HISTÓRICOOperando em um setor que durante décadas enfrentou fortes crises,

a pernambucana Tecomat possui 19 anos de atividades, destacando-se como uma das mais sólidas empresas de consultoria técnica e análises laboratoriais da construção civil. Atua nos mercados nacional e inter-nacional, atendendo, principalmente, às regiões Norte e Nordeste do Brasil. Além de possuir uma equipe com elevado nível de quali�ca-ção, a Tecomat destaca-se pela con�ança que passa aos clientes, fruto da credibilidade alcançada graças à sua competência técnica e ao seu comprometimento com a qualidade e o atendimento dos prazos.

O crescimento mais signi�cativo da empresa teve início há três anos, quando a construção civil experimentou uma grande eferves-cência e passou também a exigir maior qualidade nos serviços ofer-tados no mercado. Neste período, a Tecomat renovou duas vezes a creditação do seu laboratório pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), investiu em equipa-mentos de ponta, ampliou o escopo de ensaios laboratoriais e quali�-cou sua equipe em instituições como o Instituto Brasileiro do Concre-to (Ibracon).

Também se tornou o único laboratório privado do Norte/Nordeste parceiro da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) para realizar ensaios de controle tecnológico de blocos de concreto para al-venaria e pavimentação, dentro do programa “Selo de qualidade para blocos de concreto”. Passou a ser ainda o único das duas regiões cre-denciado pelo Ibracon como Centro de Exame de Quali�cação, para a promoção de processos de certi�cação de pessoal em controle tecno-lógico do concreto.

Hoje a empresa é homologada pelo Ministério das Cidades como Instituição Técnica Avaliadora (ITA). O credenciamento a autoriza o�cialmente a avaliar o desempenho de sistemas construtivos ino-vadores ou ainda não disseminados no mercado, utilizados, sobretu-do, na construção de habitações populares. Isto quer dizer que ela é a primeira instituição credenciada como ITA pelo Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores (Sinat) fora do eixo paulista.

Perfil Institucional

SERVIÇOS - Laboratório de Ensaios de Materiais;- Montagem de Laboratório em Obras;- Consultoria nas áreas de concreto, alvenaria, revestimentos, técnicas construtivas, inspeções e patologias;- Acompanhamento Técnico de obras de manutenção em condomínios;- Avaliação de sistemas construtivos para aprovação junto ao SINAT;- Realização de ensaios de desempenho de acordo com a NBR-15575;- Gerenciamento de Obras;- Cursos e Treinamentos.

MATERIAIS ENSAIADOSConcreto fresco, concreto endurecido, módulo de elasticidade do concreto, aço, blocos vazados de concreto simples para alvenaria, blo-cos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação, peça de concre-to para pavimentação, elementos estruturais e de vedação, agregados, calda de cimento para injeção, argamassa para revestimento, resistên-cia de aderência (revestimentos, solos e asfaltos).

CONSULTORIATecnologia de concreto, revestimentos argamassados e cerâmicos e placas de rocha; procedimento e técnica construtiva; inspeções e lau-dos técnicos na área de patologias e durabilidade de materiais; asses-soria e projeto de produção de revestimentos de fachada; elaboração de laudos técnicos, apoio à contratação de serviços e �scalização de obras de manutenção em condomínios; acompanhamento de servi-ços de alvenaria estrutural e de vedação (análise de projeto, avalia-ção de fornecedores e execução); elaboração de Relatório Técnico de Avaliação (RTA) e auditorias de qualidade para apreciação por parte do Sinat; ensaios para análise de desempenho acústico, estrutural e estanqueidade, em conformidade com a NBR-15575; gerenciamento de projetos e execução de obras industriais, comerciais e residenciais.

PERFIL DOS CLIENTESA Tecomat atende obras de variados portes no Brasil e no exterior. Em Pernambuco, é líder do mercado imobiliário, tendo parceria com mais de 80% das construtoras locais. Também atua junto a grandes empreiteiras nacionais e internacionais, garantindo a qualidade do controle tecnológico de concretos e solos e da pavimentação de obras de infraestrutura.

Contatos

Fone: (81) 3366-6444 Fax: (81) 3366-6401E-mail: [email protected]ço: Rua Serra da Canastra, 391, Cordeiro, Recife – PESite: www.tecomat.com.br

Diretor da Tecomat, Joaquim Correia (quarto, da esq. para dir.) comanda empresa há 19 anos com apoio dos seus gerentes Ângelo Just, Sandra Leão, Tibério Andrade, Danielli Vidal e José Maria Neto (da esq. para dir.).

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Economia & Negócios

| DEZEMBRO 201178 |

A ntes de expor algumas ideias sobre as apostas do mercado imobiliário brasileiro para 2012, faço aqui uma

singela homenagem ao amigo e colega de pro-fi ssão Josué Mussalém, que assinava esta colu-na antes de nos deixar repentinamente.

Durante mais de 15 anos discutimos sobre economia e, particularmente, sobre a ativida-de construtiva, com um olhar mais acurado - de minha parte - para o segmento imobiliário.

Solicitava-me, sempre, cenários e apostas para o comportamento do mercado no ano seguinte. Ao escrever, neste instante, respon-do à pergunta que não foi feita este ano.

Indiscutivelmente, a construção civil vem ditando o ritmo do crescimento brasileiro nos últimos anos. Obras, obras e mais obras. Estradas, viadutos, edifícios, galpões, fábri-cas, enfi m, construções! Sabe-se do positivo efeito multiplicador da atividade em toda a economia, com uma expectativa que o PIB da construção civil cresça acima do nacional pelos próximos 10 anos.

Para 2012, as estimativas já confi rmam isto. No último Boletim Focus do Banco Central, a previsão de crescimento do Brasil, como um todo, é de 3,4%, enquanto estudos da Câmara Brasileira da Indústria da Cons-trução Civil apontam para uma expansão de 5,2% no setor construtivo.

Mais que inserido nesse contexto, o mercado imobiliário simplesmente desa-brochou após décadas de clausura. A de-manda por imóveis, mesmo com todo o aquecimento dos últimos anos, é gigantesca: aproximadamente

seis milhões de moradias. Estudos da FGV apontam que, até 2022, será necessário cons-truir mais de 20 milhões. Entretanto, a com-plexa equação do negócio imobiliário envolve variáveis delicadas, como é o caso dos fundin-gs que, para 2012, estão garantidos, mas seria-mente ameaçados em 2013, caso não se criem

MERCADO IMOBILIÁRIO:QUAL A APOSTA PARA 2012?

urgentemente novas alternativas.Na outra ponta, há a pressão nos custos,

que atinge a principal matéria-prima - a terra, sendo agravada pela escassez de mão de obra e pela elevação de preços dos materiais. Tudo impacta no preço, variável-chave, sobretudo,

para a maior parcela do mercado deman-dante, constituída da população com até três salários mínimos (mais de 90% do défi cit total urbano do país).

Nesse contexto, acompanho o curioso debate do “boom imobiliário” brasileiro. Vá-rios especialistas afi rmam que ele existe, com a mesma veemência dos que apontam ca-racterísticas que desarmam essa bomba, ou melhor, esse “boom”. Conclui-se que não há mesmo é consenso sobre a questão. Porém, não há como desconhecer o movimento re-cente de mercados importantes no país como São Paulo, que em 2011 não repetiu a euforia dos anos anteriores. Sabe-se que estados de

euforia não se sustentam em nenhum con-texto, então o que há em mercados como Rio de Janeiro e Pernambuco? Parecem viver em mundos alheios a tudo e a todos,

até mesmo da poderosa União Europeia que, neste momento, assombra o mundo com sua economia nada contributiva. O que acontece, especialmente no Rio de Janeiro e Pernambuco, não chamaria de euforia.

Chamo de crescimento baseado em gran-des e importantes investimentos que estão gerando renda para a economia local. Porém, mesmo nesses mercados mais aquecidos, não eufóricos, a aposta para 2012 é de cres-cimento do mercado imobiliário, porém mo-derado. Será um ano de renovação do ciclo imobiliário, iniciado após os grandes IPOs das empresas do setor e de muitas discussões voltadas para as alternativas de funding.

O desafi o da oferta de mão de obra passa-rá necessariamente pela industrialização de processos com a tecnologia se fazendo cada vez mais presente nos canteiros de obra. Os preços dos imóveis tendem a crescer, só que de forma mais branda em comparação com o passado recente, chegando a estabilizarem em algumas regiões do país. A continuidade da atenção do governo federal à questão habi-tacional, sobretudo para baixa renda, declara a prioridade do tema no país. E a concessão de crédito, sempre muito bem avaliada pelos bancos, permanecerá cada vez mais seletiva no mercado nacional, com uma previsão de elevação de R$ 130 (em 2011) para R$ 160 bilhões (em 2012).

Com todas essas constatações, a palavra de ordem é prudência. E, apostar nisto, é o que recomendo, amigo Mussalém!

Mônica Mercês é economista, assessora de Planejamento e Inteligência de Mercado da diretoria da Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário (QGDI).

MÔNICA MERCÊS

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Economia

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Economia & Negócios

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A Alphaville Urbanismo descobriu o Nordeste pela Bahia, onde chegou em 2002. Mas escolheu Pernambuco

para implantar o seu maior empreendimen-to: o Alphaville Pernambuco, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, vizinha ao Recife. A primeira fase, lançada em março, com 540 lotes residenciais e nove de comércio e ser-viços, ganhou reforço em dezembro com o lançamento da segunda fase, que amplia o es-paço empresarial para 41 lotes, onde poderão ser construídos edifícios de até 25 andares. A proposta é atrair shoppings, supermercados, universidades, escritórios, bancos e outras atividades que transformem o local num novo bairro, onde se pode viver e trabalhar.

As duas etapas são separadas apenas pela BR-232 e, para evitar riscos de tráfego, será cons-truída uma passagem subterrânea entre elas.

Espaço não falta. Só a segunda fase terá 888 mil metros quadrados e, na coletiva de lançamento, o diretor-superintendente da Alphaville Urbanismo, Marcelo Willer, re-velou que o proprietário da gleba, Roberto Beltrão, fechou a negociação de mais três mi-lhões de metros quadrados, elevando a área total do projeto para nove milhões de metros quadrados. A dimensão coloca o Alphavil-le Pernambuco como terceiro do país, atrás apenas dos empreendimentos de Barueri, em São Paulo, e Brasília. Segundo Willer, depois do sucesso do lançamento da primeira etapa,

o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, propôs um desafi o: Por que deixar para o futuro se o momento hoje é de deman-da por espaços para se criar empresas?

A resposta imediata foi dobrar o investimen-to inicial de R$ 60 milhões e, com o mesmo va-lor, lançar a segunda etapa, uma aposta alta da empresa no mercado pernambucano e na locali-zação, próxima ao centro do Recife, ao aeroporto e ao Complexo Industrial Portuário de Suape. O apoio e a visão pragmática da prefeitura de que empresas geram renda e estabilidade econômica também foram decisivos. Aliadas às moradias, elas evitam que Jaboatão dos Guararapes seja uma cidade dormitório de pessoas que traba-lham no Recife ou nos municípios vizinhos.

PERNAMBUCO TERÁ O MAIOR ALPHAVILLE DO NORDESTE

Empreendimento pode chegar a nove milhões de metros quadrados distribuídos para moradia e negócios

Etiene Ramos

Espaço e acesso rápido para o Recife e Suape impulsionaram o projeto que terá uma passagem sob a BR 232 ligando as duas etapas

Economia & Negócios

DEZEMBRO 2011 | | 81

O desenvolvimento econômico da região oeste do Gran-de Recife e do litoral sul, capitaneado por Suape, vem atrain-do executivos de diversos Estados - um dos públicos-alvo do Alphaville. “Cidades em desenvolvimento tendem a receber técnicos de nível superior, expatriados de Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que quando pensam onde vão morar, veem Alphaville como opção”, diz Marcelo Willer, revelando que também espera fazer negócios com famílias da classe média alta do Recife.

Os preços dos novos lotes seguem o mercado e o valor alcançado nas vendas da primeira etapa, começando a partir de R$ 170 mil. A comercialização segue o modelo Alphaville, que oferece descontos a quem procura antes e faz a compra no dia do lançamento. Financiamentos a longo prazo estão sendo estudados para aumentar as oportunidades de vendas.

Quase metade da segunda etapa do Alphaville Pernam-buco é formada por áreas verdes, mantendo o padrão de sustentabilidade dos empreendimentos da empresa, que funcionam como um ímã capaz de atrair moradores na faixa de 35 a 50 anos, que cresceram em bairros tradicionais e que-rem dar aos fi lhos a mesma qualidade de vida que tiveram. O projeto inclui ainda um sistema de lazer e um clube para estimular a convivência entre os moradores.

Expatriados no alvo

Alphaville Fortaleza Clube, um dos mais valorizados do Nordeste

A construção civil no Brasil, nos úl-timos dois anos, tem mostrado um ritmo acelerado e, em Pernambuco,

especialmente, o setor tem se sobressaído. Este é um fato inquestionável em qualquer roda de discussão sobre o tema, até porque os números provam isso, de per si, há al-gum tempo. Para se ter uma ideia, os três últimos resultados da Agência de Pesquisas e Planejamento de Pernambuco (Condepe/Fidem), no que concerne ao PIB pernambu-cano, revelam a construção civil ditando o compasso da atividade industrial, inclusive chegando a crescer mais de 30% no primei-ro trimestre de 2011, em relação ao primei-ro trimestre de 2010.

A dinâmica do setor também é compro-vada pela pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV), da Federação das Indús-trias do Estado de Pernambuco (Fiepe), para os imóveis novos da Região Metropoli-tana do Recife (RMR), onde se revelam, nos

últimos dois anos, números nunca vistos na série histórica (iniciada em 1995). Além disso, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou que, no acumulado de janeiro a outubro de 2011, a construção civil gerou mais de 20 mil postos de trabalho. Os nú-meros não mentem. Portanto, isto é um fato inescusável. No entanto, preocupa-me avaliar um projeto de médio prazo, tendo como referência a sustentabilidade desse desempenho.

Explico, ou melhor, utilizarei um pensa-mento do presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, para explicar o motivo da minha pre-ocupação: “Crescimento signifi ca compro-misso com o futuro. É pensando nisso que devemos rever processos administrativos e educacionais para multiplicar o desenvolvi-mento dos diversos setores da sociedade”. E ele ainda complementa: “É por meio da pesquisa científi ca que poderemos desen-volver soluções e otimizar recursos naturais

e fi nanceiros. É preciso cuidar da produ-ção de hoje, garantindo os recursos para a produção de amanhã”. Então, em resumo, a perenidade do momento dito auspicioso somente será viável depois que todos - nos ambientes público e privado - começarem a pensar, de forma mais efetiva, em duas pala-vras importantes, quais sejam: sustentabili-dade e competitividade.

No caso da sustentabilidade, faz-se ne-cessário sempre primar pelo crescimento ordenado, ou melhor, pelo chamado desen-volvimento sustentável, tendo como pilares o meio ambiente, a qualidade de vida das pessoas e a evolução econômico-fi nanceira da própria empresa. Ademais, no que tan-ge à questão da competitividade, além da aplicação do critério de desenvolvimento sustentável, faz-se pertinente a inclusão da inovação industrial. O processo inovativo deve ser desmistifi cado urgentemente. Os empresários precisam entender que inovar não é somente implementar recursos com alto grau tecnológico. Existem outros meios de atingir a inovação de forma menos one-rosa e mais efi ciente.

Portanto, a construção civil é, sem dú-vida, um segmento intensivo em criação de empregos e está com um merecido destaque no Estado, inclusive as causas ditas funda-mentais (elevação da renda, programas go-vernamentais de transferência de renda, ele-vação do nível de crédito, obras no Estado, investimentos privados industriais) desse desempenho não irão arrefecer. No entanto, a hora é agora de iniciar um planejamento a longo prazo, pensando na sustentabilidade do crescimento para atingir o desenvolvi-mento sustentável.

André Freitas é coordenador na unidade de pesquisa técnica da Fiepe

ANDRÉ FREITAS*

Negócios IVV

| DEZEMBRO 201182 |

CRESCIMENTO EXIGE PLANEJAMENTO E COMPETITIVIDADE

Economia & Negócios

Da Redação

O sistema de propriedade compartilhada

de imóveis chegou ao Ceará em novembro. Com foco direcionado para a aquisição da segunda residência, a modalidade possibi-lita a compra de um mesmo imóvel por um grupo de donos que, mediante a arbitragem de uma empresa, divide o uso de maneira a satisfazer a todos. Bom negócio tanto para construtores quanto para os novos proprie-tários, o sistema ataca o mais importante fundamento da relação custo x benefício em empreendimentos de alto padrão: o preço – que é dividido entre os coproprietários.

PROPRIEDADE COMPARTILHADA CHEGA AO CEARÁ

O sistema é o Viva Vacation, trazido e adaptado ao mercado cearense pela Viva Imóveis. O presidente da empresa, Paulo An-gelim, montou uma equipe com profi ssionais de várias áreas - a jurídica, a de hotelaria e a de governança. Pelo sistema, quem aderir vai ser coproprietário de uma unidade em empreendimentos de alto padrão dotados de serviços hoteleiros. É o que os europeus já fazem e chamam de multipropriedade. Os americanos também utilizam o sistema, que denominaram de Fractional Ownership.

Para o construtor, a modalidade oferece solução para um pilar de negócios muito im-portante: o fl uxo de vendas em seus projetos

mais caros voltados para o fi lão da segunda residência ou imóveis de férias e veraneio. “Vamos atender a uma demanda do merca-do imobiliário tanto pela via do construtor, quanto do comprador, quebrando um pa-radigma e gerando uma mudança cultural”, antecipa Angelim, que levou um ano prepa-rando o sistema.

Outro diferencial de mercado do Viva Va-cation é a governança completa que oferece aos coproprietários, associada à arbitragem, que irá gerir todas as questões envolvendo o seu uso, tais como divisão do tempo de esta-dia nos imóveis, armazenamento de artigos pessoais e manutenção.

| DEZEMBRO 201184 | DEZEMBRO 2011 |

CUB – Custo Unitário Básico da Construção - Outubro/2011

PADRÃO DE ACABAMENTO

Baixo

Normal

Alto

Baixo

Normal

Baixo

Normal

Alto

Normal

Alto

Normal

Alto

Normal

Alto

Normal

Alto

PROJETOS PADRÕES

R-1-B

R-1-N

R-1-A

PP-4-B

PP-4-N

R-8-B

R-8-N

R-8-A

R-16-N

R-16-A

PIS

RP1Q

CAL-8-N

CAL-8-A

CSL-8-N

CSL-8-A

CSL-16-N

CSL-16-A

GI

R$/M2

986,22

1.196,79

1.530,60

921,24

1.125,31

870,45

971,37

1.227,71

948,64

1.221,81

655,99

948,94

1.096,05

1.197,14

932,84

1.041,70

1.245,43

1.390,75

532,62

MENSAL

5,50%

5,76%

4,57%

4,37%

5,95%

4,43%

5,63%

4,67%

5,44%

5,34%

5,20%

6,34%

6,09%

5,50%

6,20%

5,54%

6,09%

5,45%

5,66%

ACUMULADO NO ANO

14,06%

14,42%

14,64%

13,96%

13,85%

13,50%

13,17%

14,09%

13,12%

11,57%

13,49%

13,26%

11,71%

11,99%

11,30%

11,59%

11,43%

11,75%

11,96%

ACUM. EM

12 MESES

15,80%

16,03%

17,05%

16,22%

15,46%

15,73%

14,74%

16,47%

14,66%

12,93%

15,54%

14,21%

13,20%

14,12%

12,34%

13,32%

12,53%

13,53%

13,39%

VARIAÇÃO PERCENTUAL

PROJETOS

RESIDENCIAIS

R-1 (Residência Unifamiliar)

PP-4 (Prédio Popular)

R-8 (Residência Multifamiliar)

R-16 (Residência Multifamiliar)

PIS (Projeto de Interesse Social)

RP1Q (Residência Popular)

COMERCIAIS

CAL-8 (Comercial Andares Livres)

CSL-8 (Comercial Salas e Lojas)

CSL-16 (Comercial Salas e Lojas)

GI (Galpão Industrial)

SINDUSCON/PE – ABNT – NBR 12721/2006 – POR CLELIO FONSECA DE MORAIS

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| DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011 | | 85

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| DEZEMBRO 201186 |

| DEZEMBRO 2011 DEZEMBRO 2011 | | 87

INSUMOS

SERVIÇOS PRELIMINARES

Barracão em chapa de madeira resinada 12mm

Tapumes em chapa de madeira resinada 6mm

Demolição de meio fio com linha d’água

Demolição de meio fio

Demolição de linha d’água

Demolição de pavimentação asfáltica sobre macadame hidráulico

Demolição de pavimentação em paralelos sobre colchão de areia

Demolição manual de concreto simples

Demolição manual de concreto armado

Demolição de alvenaria de pedra rejuntada

Demolição de alvenaria de pedra seca

Demolição de alvenaria de tijolos furados (sem reaproveitamento)

Demolição de revestimento em argamassa de cal e areia

Demolição de revestimento em argamassa de cimento e areia

Demolição de revestimento em azulejo

Demolição de estrutura de madeira em coberta

Demolição de coberta em telha cerâmica

Demolição de piso em tacos de madeira

Demolição de piso cimentado

Demolição de piso em ladrilho hidráulico ou cerâmico

Demolição de passeio cimentado sobre lastro de concreto

Retirada de esquadria de madeira ou metálica

Demolição de forro de estuque

MOVIMENTO DE TERRA

Limpeza do terreno com retirada de vegetação

Corte de capoeira fina

Escavação mecânica até 2,00m

Escavação mecânica até 4,00m

Escavação manual até 2,00m de profundidade

Escavação manual até 4,00m de profundidade

Apiloamento de fundo de valas

Reaterro apiloado de cavas

Aterro do caixão com barro

Remoção de material escavado

Substituição de terreno por solo/cimento - 10:1

Escoramento contínuo de valas

Escoramento descontínuo de valas

FUNDAÇÕES

Locação da obra (banquetas)

Forma de tábua para fundações (sem reaproveitamento)

Forma de tábua para fundações (com reaproveitamento=2x)

Forma de chapa resinada de 12mm p/fund. (com reaprov.=3x)

Forma de chapa resinada de 12mm p/fundações (sem reaprov.)

Ferro CA-50 de 12,5mm para fundações cortado e dobrado na obra

Ferro CA-60 de 4,2mm para fundações cortado e dobrado na obra

Ferro CA-50 e CA-60 para fundações cortado e dobrado na obra

Fornecimento de ferro pronto para fundações, já cortado e dobrado

Armação de ferro pronto para fundações, por firma especializada

Concreto magro p/fundações com fck=7,50Mpa (preparo mecânico)

Concreto magro p/fundações com fck=10Mpa (usinado)

Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (preparo mecânico)

Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (usinado)

Concreto simples p/fundações com fck=15Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (preparo mecânico)

Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (usinado)

Concreto simples p/fundações com fck=20Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/fundações com fck=25Mpa (usinado)

Concreto simples p/fundações com fck=25Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/fundações com fck=30Mpa (usinado)

Concreto simples p/fundações com fck=30Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/fundações com fck=35Mpa (usinado)

Concreto simples p/fundações com fck=35Mpa (usinado e bombeado)

Concreto ciclópico

Embasamento de pedra rachão

Embasamento de 20cm c/ tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm

Embasamento de 20cm c/ tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm

ESTRUTURAS

Forma de tábua p/estruturas c/escoramento (sem reaproveitamento)

Forma de tábua p/estruturas c/escoramento (c/reaproveitamento=2x)

Forma de chapa plast. de 12mm p/est. c/esc. (sem reaproveitamento)

Forma de chapa plast. de 12mm p/est, c/escoramento (com reap.=3x)

Forma de chapa plast. de 17mm p/est. c/escoramento (com reap.=3x)

Forma de chapa resinada de 12mm p/est.c/escoramento (sem reap.)

Forma de chapa resinada de 12mm p/est. c/esc. (com reap.=3x)

Forma de chapa resinada de 17mm p/est. c/esc. (com reap=3x)

Forma pronta com chapa plast de 12mm p/estr, sem esc (fab do jogo)

Forma pronta com chapa plast de 17mm p/est, sem escor(fab do jogo)

Forma pronta com chapa plasti de 20mm p/est sem esc (fab do jogo)

Ferro CA-50 de 12,5mm para estruturas cortado e dobrado na obra

Ferro CA-60 de 4,2mm para estruturas cortado e dobrado na obra

Ferro CA-50 e CA-60 para estruturas cortado e dobrado na obra

Fornecimento de ferro pronto para estruturas, já cortado e dobrado

Armação de ferro pronto para estruturas, por firma especializada

Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (preparo mecânico)

Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (usinado)

Concreto simples p/estruturas com fck=15Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/estruturas com fck=18Mpa (preparo mecânico)

Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (preparo mecânico)

Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (usinado)

Concreto simples p/estruturas com fck=20Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/estruturas com fck=25Mpa (usinado)

Concreto simples p/estruturas com fck=25Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/estruturas com fck=30Mpa (usinado)

Concreto simples p/estruturas com fck=30Mpa (usinado e bombeado)

Concreto simples p/estruturas com fck=35Mpa (usinado)

Concreto simples p/estruturas com fck=35Mpa (usinado e bombeado)

Laje pré-moldada c/bl. cerâmicos (capeamento=concreto mecânico)

Laje pré-moldada c/blocos cerâmicos (capeamento=concreto usinado)

Laje treliçada B12 para vão até 4,00m com SC=150kgf/m2

Laje treliçada B12 para vão até 4,00m com SC=300kgf/m2

Laje treliçada B16 para vão até 6,00m com SC=150kgf/m2

Laje treliçada B16 para vão até 6,00m com SC=300kgf/m2

Laje treliçada B20 para vão até 7,00m com SC=150kgf/m2

Laje treliçada B20 para vão até 7,00m com SC=300kgf/m2

Laje treliçada B25 para vão até 8,00m com SC=150kgf/m2

Laje treliçada B25 para vão até 8,00m com SC=300kgf/m2

Laje treliçada B30 para vão até 9,00m com SC=150kgf/m2

Laje treliçada B30 para vão até 9,00m com SC=300kgf/m2

Bandeja de proteção fixa com 3,30m

ALVENARIAS E PRÉ-MOLDADOS

Alvenaria de 8cm com tijolo de vidro de 19x19x8cm

Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm

Alvenaria de 22cm com tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm

Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico aparente de 10x7x23cm

Alvenaria de 7cm com tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm

Alvenaria de 9cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm

Alvenaria de 10cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm

Alvenaria de 20cm com tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm

Alvenaria de 9cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm

Alvenaria de 20cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm

Alvenaria de 12cm com tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm

Alv. de vedação de 9cm c/bl. de concreto de 9x19x39cm c/2,5MPa

Alv. de vedação de 12cm c/bl. de concreto de 12x19x39cm c/2,5MPa

Alv. estrutural de 14cm c/bloco de concreto de 14x19x39cm c/4,5MPa

Alve. estrutural de 19cm c/bloco de concreto de 19x19x39cm c/4,5MPa

Alvenaria de pedra rachão

Elemento vazado de cimento tipo colmeia de 25x25x10cm

Verga de concreto armado pré-moldada de 10x10cm

Bandeja de proteção móvel com 2,20m - fabricação

Bandeja de proteção móvel com 2,20m - montagem e desmontagem

Tela de nylon para proteção de fachada

COBERTURAS

Calha de concreto moldada “in loco”

Algeroz de concreto com 30x5cm moldado “in loco”

Terça de concreto pré-moldada de 7x10cm

Madeiramento para telhas de fibrocimento ou alumínio

Madeiramento convencional para telhas de cerâmica

Madeiramento tipo caibro mineiro para telhas de cerâmica tipo canal

Estrutura de madeira para telhas cerâmicas com vão de até 16m

Coberta com telha ondulada Fibrotex CRFS de 4mm Brasilit

Coberta com telha ondulada Residencial CRFS de 5mm Brasilit

Coberta com telha ondulada BR CRFS de 6mm Brasilit

M2

M2

M

M

M

M2

M2

M3

M3

M3

M3

M3

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M3

M3

M3

M3

M2

M3

M3

M3

M3

M2

M2

M

M2

M2

M2

M2

KG

KG

KG

KG

243,37

36,18

3,07

1,68

1,39

9,18

6,51

156,01

203,41

60,28

51,74

62,88

3,09

4,98

5,87

11,11

5,87

8,39

4,58

8,39

6,11

7,62

6,34

1,91

0,77

6,84

10,24

17,60

22,18

11,86

20,65

45,14

13,00

179,49

80,73

31,51

12,90

69,51

45,07

34,60

63,10

5,46

6,02

5,70

3,62

KG

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

KG

KG

KG

KG

KG

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

M3

1,01

281,49

304,92

359,50

320,20

335,47

371,50

331,93

347,59

351,99

365,26

366,61

382,94

378,85

395,56

294,13

243,34

60,42

96,23

100,94

66,34

79,68

42,72

45,63

73,27

40,49

42,71

73,62

86,58

97,11

5,85

6,42

6,09

3,62

1,01

380,91

341,62

349,23

387,71

392,91

353,35

361,35

373,41

379,02

388,03

396,70

400,27

409,32

67,57

70,53

64,21

64,99

71,89

72,39

81,55

82,13

100,33

100,83

117,14

117,70

139,56

337,79

54,19

107,21

65,79

32,02

35,35

37,21

68,29

33,23

59,63

36,40

36,49

41,28

53,47

61,18

243,34

100,01

17,80

88,94

20,18

9,64

73,68

29,75

22,61

31,08

72,10

126,81

114,01

25,39

33,96

39,06

M3

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

M

M2

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M2

M2

M2

M2

M2

M2

M2

OS PREÇOS UNITÁRIOS DOS INSUMOS UTLIZADOS NESTA LISTAGEM FORAM COTADOS NO PERÍODO DE 05 A 26/10/2011 – OUTUBRO-2011

Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87Cne-60-miolo.indd 87 24/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:4024/01/2012 14:17:40

Botão pulsador para campainha, Pial Pratis, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico

Botão pulsador para campainha, Pial Plus, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico

Ponto seco(sem fi ação), de embutir, para antena de TV, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e placa cega 4”x2” Pial Pratis

Ponto seco(sem fi ação), de embutir, para antena de TV, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e placa cega 4”x2” Pial Plus

Ponto seco(sem fi ação), de embutir, para interfone, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 1/2” e placa cega 4”x2” Pial Pratis

Ponto seco(sem fi ação), de embutir, para interfone, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 1/2” e placa cega 4”x2” Pial Plus

Caixa de passagem em PVC de 4”x4” de embutir, com placa cega Pial Pratis 4”x4”

Caixa de passagem em PVC de 4”x4” de embutir, com placa cega Pial Plus 4”x4”

Tomada para telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares

Tomada para telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares

Tomada para telefone RJ11 Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares

Tomada para telefone RJ11 Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e cabo telefônico CCI 50-2 pares

Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2”

Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4”

Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1”

Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4”

Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2”

Eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2”

Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2”

Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4”

Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1”

Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4”

Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2”

Curva 90° para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2”

Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1/2”

Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 3/4”

Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1”

Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/4”

Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 1 1/2”

Luva para eletroduto de PVC rígido rosqueável de 2”

Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico

Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico

Cabo fl exível de 4mm2 com isolamento plástico

Cabo fl exível de 6mm2 com isolamento plástico

Coberta com telha ondulada BR CRFS de 8mm Brasilit

Coberta com telha Kalheta de 8mm Brasilit

Coberta com telha Kalhetão 90 de 8mm Brasilit

Coberta com telha de alumínio trapezoidal de 0,5mm

Coberta com telha de cerâmica tipo colonial

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Ponto de luz embutido no teto ou parede com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o quadro de distribuição

Interruptor simples de 1 seção Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o ponto de luz

Interruptor simples de 1 seção Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até o ponto de luz

Interruptor simples de 2 seções Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até os pontos de luz

Interruptor simples de 2 seções Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico até os pontos de luz

Tomada de corrente universal 2P Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico

Tomada de corrente universal 2P Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico

Tomada de corrente com aterramento 2P+T Pial Pratis de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico

Tomada de corrente com aterramento 2P+T Pial Plus de embutir, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico

Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/ar condicionado, c/eletroduto PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/ar condicionado, c/eletroduto PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/chuveiro elétrico, c/eletroduto PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/chuveiro elétrico, c/eletroduto PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis de embutir, p/máquina de lavar roupa, c/eletroduto PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus de embutir, p/máquina de lavar roupa, c/eletroduto PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido 2,5mm2 c/isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Ponto de força com aterramento para piscina, com eletroduto de PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Ponto de força com aterramento para portão automático, com eletroduto de PVC fl exível corrugado 3/4” e fi o rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico, até o quadro de distribuição

Ponto para campainha, com eletroduto de PVC fl exível corrugado de 3/4” e fi o rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico

46,77

101,56

90,15

45,86

42,58

47,72

56,22

59,30

80,09

84,23

54,42

55,69

70,49

77,61

110,97

113,10

93,11

93,06

82,72

84,85

163,21

124,27

43,86

56,24

58,26

41,34

42,02

40,26

40,94

12,61

13,14

62,74

65,77

68,82

72,69

5,34

6,60

8,36

10,71

12,27

18,17

5,01

5,58

6,88

9,55

10,50

16,76

2,41

2,83

3,42

4,80

5,47

8,66

2,50

2,76

3,77

4,49

M2

M2

M2

M2

M2

PT

UN

UN

UN

UN

UN

UN

UM

UM

UM

UM

UM

UM

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PT

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UN

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UN

UN

UN

UN

UN

UN

UN

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Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89Cne-60-miolo.indd 89 24/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:4524/01/2012 14:17:45

DEZEMBRO 2011 |

Disjuntor GE monopolar termomagnético de 15A

Disjuntor GE monopolar termomagnético de 20A

Disjuntor GE monopolar termomagnético de 30A

Caixa de passagem 40x40cm(interno), h=60cm, em alvenaria de 1/2 vez sem revestimento, sobre camada de brita de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro

Caixa de inspeção 60x60cm(interno), h=60cm, em alvenaria 1/2 vez c/revestimento cimentado, sobre lastro de concreto de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro

Caixa de inspeção 80x80cm(interno), h=60cm, em alvenaria 1/2 vez c/revestimento cimentado, sobre lastro de concreto de 10cm e tampa em concreto armado, inclusive escavação e reaterro

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

Ponto de água com tubulações e conexões de PVC roscável de 3/4”, inclusive abertura e fechamento de rasgos em alvenaria, até o registro geral do ambiente

Ponto de água com tubulações e conexões de PVC soldável de 25mm, inclusive abertura e fechamento de rasgos em alvenaria, até o registro geral do ambiente

Ponto de esgoto para bacia sanitária, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor

Ponto de esgoto para pia ou lavanderia, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor

Ponto de esgoto para lavatório ou mictório, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor

Ponto de esgoto para ralo sifonado, inclusive o ralo, com tubulações e conexões de PVC rígido soldável tipo PBV, até a coluna ou o sub-coletor

Abertura de rasgos para passagem de tubos de 1/2” à 1”

Abertura de rasgos para passagem de tubos de 1.1/4” à 2”

Abertura de rasgos para passagem de tubos de 2.1/2” à 4”

Fechamento de rasgos executados para tubos de 1/2” à 1”

Fechamento de rasgos executados para tubos de 1.1/4” à 2”

Fechamento de rasgos executados para tubos de 2.1/2” à 4”

Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 para água

Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 para água

Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 para água

Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 para água

Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 para água

Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 para água

Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 para água

Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 para água

Registro de pressão cromado de 3/4” com canopla Deca linha Targa 1416 C40

Registro de gaveta cromado de 3/4” com canopla Deca linha Targa 1509 C40

Registro de gaveta cromado de 1” com canopla Deca linha Targa (base: 4509, acabamento: 710 C40)

Registro de gaveta cromado de 1 1/2” com canopla Deca linha Targa 1509 C40

LOUÇAS E METAIS

Pia em aço inox lisa com 1,40m, com 1 cuba, concretada, com ferragens

Tanque de louça Deca TQ-01 com coluna CT-11 branco gelo de 56x42cm com ferragens

Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca com válvula de descarga Deca HidraMax de 1.1/2”

Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite com caixa de descarga de sobrepor com 8 litros

Bacia sanitária com caixa de descarga acoplada Azálea branco gelo Celite

Chuveiro de PVC de 1/2” com braço

Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm

Bancada de mármore branco extra de 60x2cm

Bancada de mármore travertino de 60x2cm

Tanque em resina simples marmorizado de 59x54cm com ferragens

Tanque em resina simples marmorizado de 60x60cm com ferragens

Pia em mármore sintético de 1,00x0,50m com 01 cuba e ferragens

Pia em mármore sintético de 1,20x0,50m com 01 cuba e ferragens

ESQUADRIAS DE MADEIRA

Grade de caixa em massaranduba p/porta até 1,00x2,10m p/acabamento em pintura esmalte

Grade de caixa em jatobá p/porta até 1,00x2,10m p/acabamento em verniz ou cera

Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m

Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m

Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m

Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m

Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI

Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI

Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI

Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI

Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m

11,31

11,56

11,56

74,10

184,87

254,60

78,07

56,43

58,61

60,60

57,97

57,63

3,17

4,95

7,08

3,14

4,32

9,37

3,33

3,92

6,08

9,01

10,44

16,14

23,33

28,93

76,70

72,10

59,83

119,26

447,53

368,31

356,10

203,21

275,96

11,53

537,59

171,68

255,85

164,22

159,62

203,34

211,84

133,12

97,46

75,36

76,02

76,69

79,94

93,30

96,83

104,30

114,72

159,98

179,75

216,01

206,78

153,85

160,85

250,10

166,94

182,94

207,68

234,68

UN

UN

UN

UN

UN

UN

PT

PT

PT

PT

PT

PT

M

M

M

M

M

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UN

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UN

UN

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UN

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UN

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UN

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DEZEMBRO 2011 | | 91

ESQUADRIAS METÁLICAS

Porta corta-fogo tipo P90 de 0,80x2,10m

Porta corta-fogo tipo P90 de 0,90x2,10m

Assentamento de portão metálico (sem o portão)

Assentamento de gradil metálico (sem o gradil)

Tubo de ferro preto de 2” para peitoril

Tubo de ferro preto de 4” para peitoril

Tubo de ferro preto de 6” para peitoril

Portão em tela de ferro quadrada de #13mm com fi o nº 12

Portão em chapa de ferro preta nº 18

Gradil de ferro em cantoneira L de 1 1/4” e barras de 1”x1/4”

FERRAGENS PARA ESQUADRIAS

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521-E-CR LaFonte

Conjunto de fechadura interna ref. 521-I-CR LaFonte

Conjunto de fechadura para WC ref. 521-B-CR LaFonte

Dobradiça em ferro preto de 3”x2 1/2” LaFonte

Dobradiça em ferro cromado de 3”x2 1/2” ref. 1410 LaFonte

Dobradiça em latão cromado de 3”x2 1/2” ref. 90 LaFonte

REVESTIMENTOS

Chapisco p/paredes internas c/arg. de cimento e areia grossa 1:4

Chapisco em tetos c/argamassa de cimento e areia grossa 1:3

Chapisco p/paredes externas c/arg. de cimento e areia grossa 1:4

Chapisco p/paredes externas c/arg. de cimento e areia 1:4 c/Bianco

Emboço interno c/arg. de cimento, saibro e areia grossa 1:2:6 c/2cm

Emboço interno c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/2cm

Emboço externo c/arg. de cimento, saibro e areia grossa 1:2:6 c/.3cm

Emboço externo c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/3cm

Massa única interna c/arg. de cimento, saibro e areia fi na 1:2:6 c/2cm

Massa única interna c/arg. de cimento, cal e areia fi na 1:2:8 c/2cm

Massa única externa c/arg. de cimento, saibro e areia fi na 1:2:6 c/3cm

Massa única externa c/arg. de cimento, cal e areia grossa 1:2:8 c/3cm

Argamassa de cimento e areia grossa 1:3

Argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Argamassa de cimento e areia grossa 1:8

Argamassa de cimento, cal e areia fi na 1:2:8

Argamassa de cimento, cal e areia grossa 1:2:8

Argamassa de cimento saibro e areia grossa 1:2:6

Argamassa de cimento saibro e areia fi na 1:2:6

Azulejo branco 20x20cm Eliane (interno) c/argamassa tipo AC-I e rejunte Narduk

Azulejo branco 15x15cm tipo “A” Cecrisa (interno) c/argamassa tipo AC-I e rejunte Narduk

Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 (interna) com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk

Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm (interna) com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk

Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 (externa) com argamassa Megafl ex tipo AC-II Narduk uso externo e rejunte aditivado fl exível externo Narduk

Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm (externa) com argamassa Megafl ex tipo AC-II Narduk uso externo e rejunte aditivado fl exível externo Narduk

Revestimento de paredes em pedra Itacolomy do Norte corte manual

Revestimento de paredes em pedra São Thomé cavaco

Revestimento de paredes em pedra ardósia verde de 20x20cm

Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm externo

Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm interno

Mármore travertino de 30x30x2cm externo

Mármore travertino de 30x30x2cm interno

Revestimento com pasta de gesso de 4mm sobre emboço

Revestimento de paredes em fórmica lisa brilhante

Revestimento de paredes em fórmica texturizada

Cimentado interno ou externo com espessura de 2,5 cm

PISOS

Lastro de brita 38 com 5cm de espessura

Laje de impermeabilização de 8cm c/concreto usinado de fck=15Mpa

Laje de impermeabilização de 8cm c/concreto 1:3:6 c/preparo mecânico

Regularização de pisos c/argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Cimentado liso com 2cm de espessura

Cimentado liso com juntas de madeira de 1,5cm de espessura

Piso em cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo “A” PEI4 com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk

Piso em cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm com argamassa Megakol tipo AC-I Narduk uso interno e rejunte aditivado interno Narduk

Piso em pedra Itacolomy do Norte irregular

Piso em pedra São Thomé Cavaco

Piso em pedra ardósia verde de 20x20cm

Granito cinza bresant, corumbá ou andorinha de 50x50x2cm

Mármore travertino de 30x30x2cm

Granilite branco com juntas de vidro

Granilite cinza com juntas de vidro

Piso vinílico Pavifl ex de 30x30cm de 1,6mm com fl ash

Piso de borracha Plurigoma (colado)

Lajota de concreto natural lisa de 50x50x3cm

Lajota de concreto natural antiderrapante de 50x50x3cm

FORROS E DIVISÓRIAS

Forro em lambri de Angelim Pedra de 10x1cm com estrutura de madeira

Forro de gesso liso em laje de concreto

Forro de gesso liso em laje pré-moldada

Divisória em gesso com 7,5cm

SOLEIRAS, RODAPÉS E DEGRAUS

Soleira de cerâmica tipo “A” 20x20cm Eliane cinza lisa com 15cm

Soleira de cerâmica tipo “A” 20x20cm Portobello branca lisa com 15cm

Soleira de marmorite cinza com 15cm

Soleira de granito cinza bresant, corumbá ou andorinha com 15x2cm

Soleira de mármore branco rajado com 15x2cm

Rodapé de cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 com 7cm

Rodapé de marmorite cinza com 7cm

Degraus de marmorite cinza

IMPERMEABILIZAÇÕES

Impermeabilização de lajes com Vedapren preto,inclusive regularização prévia c/argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Impermeabilização de caixa d’água c/Neutrol 45 e Sika 1, inclusive regularização prévia c/argamassa de cimento e areia grossa 1:3

PINTURAS

Caiação (3D)

Hidracor (3D) sobre massa única

Emassamento e lixamento de paredes e tetos com massa PVA

Emassamento e lixamento de paredes e tetos com massa acrílica

Latex interna (2D) sobre massa única, gesso ou concreto aparente, inclusive selador de parede

Latex interna (2D) sobre tijolo aparente, inclusive selador de parede

Latex interna (2D) com massa PVA, inclusive selador de parede

Latex interna (3D) sobre massa única, gesso ou concreto aparente, inclusive selador de parede

Latex interna (3D) com massa PVA inclusive selador de parede

Latex interna (3D) c/brilho, c/massa PVA, inclusive selador de parede

Latex externa (2D) sobre massa única ou concreto aparente, inclusive selador acrílico para parede externa

Latex externa (2D) sobre tijolo aparente, inclusive selador acrílico para parede externa

Latex externa (2D) com massa acrilica, inclusive selador acrílico para parede externa

884,32

949,32

54,60

37,95

27,88

50,02

105,70

189,98

288,36

241,21

88,39

68,61

68,61

8,69

8,93

13,12

3,47

6,19

3,99

5,37

15,02

15,97

20,79

22,21

19,47

20,64

25,74

27,15

290,69

233,19

180,39

304,71

285,31

205,66

215,93

35,72

34,92

32,86

40,39

41,23

48,96

41,98

50,03

47,96

121,33

105,19

114,72

98,58

12,07

28,48

29,75

25,17

4,95

26,95

25,75

13,43

17,88

31,47

33,19

40,90

36,55

44,60

42,53

106,74

100,13

65,81

49,94

46,57

29,55

41,16

41,83

89,88

17,05

15,75

49,58

14,84

16,42

11,06

29,26

24,35

17,32

19,30

57,98

50,45

81,50

4,76

5,13

7,21

10,82

7,02

7,02

14,26

11,47

16,96

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8,01

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Latex externa (3D) sobre massa única ou concreto aparente, inclusive selador acrílico para parede externa

Latex externa (3D) com massa acrilica, inclusive selador acrílico para parede externa

Tinta acrílica interna (2D) c/massa PVA, inclusive selador de parede

Tinta acrílica externa (2D) c/massa acrílica, inclusive selador acrílico para parede externa

Esmalte sintético (2D) em paredes e tetos internos, com massa à óleo, inclusive selador de parede

Tinta cerâmica interna ou externa (2D) sobre laje ou tijolo aparente

Textura acrílica com acabamento em tinta latex para interior (2D)

Textura acrílica com acabamento em esmalte sintético (2D)

Textura acrílica com acabamento em tinta latex para exterior (2D)

Textura acrílica com acabamento em tinta acrílica (2D)

Silicone (2D) sobre blocos de cimento ou tijolo cerâmico

Silicone (2D) sobre concreto aparente

Verniz acrílico (2D) sobre concreto aparente

Emassamento e lixamento de esquadrias de madeira com massa à óleo

Esmalte sintético (2D) sobre madeira, c/fundo branco e massa à óleo

Esmalte sintético (2D) sobre ferro, c/proteção de tinta antiferruginosa

Esmalte sintético (2D) sobre corrimão de ferro

Pintura à base de epoxi (2D), sem emassamento

VIDROS E ESPELHOS

Vidro impresso fantasia de 4mm

Vidro anti-refl exo

Vidro aramado incolor de 7mm

Vidro liso incolor de 3mm

Vidro liso incolor de 4mm

Vidro liso incolor de 5mm

Vidro liso incolor de 6mm

Vidro liso incolor de 8mm

Vidro liso incolor de 10mm

Vidro Colorglass bronze de 4mm

Vidro Colorglass bronze de 8mm

Vidro Colorglass bronze de 10mm

Vidro Colorglass cinza de 4mm

Vidro Colorglass cinza de 6mm

Vidro Colorglass cinza de 8mm

Vidro Colorglass cinza de 10mm

Espelho prata cristal de 3mm

Espelho prata cristal de 4mm

Espelho prata cristal de 6mm

Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens

Vidro temperado de 10mm fume sem ferragens

Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens

PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM

Arrancamento e reassentamento de meio fi o com reaproveitamento

Meio fi o de pedra granítica sobre lastro de concreto magro

Meio fi o de concreto pré-moldado sobre lastro de concreto magro

Pavimentação em paralelepípedos sobre colchão de areia, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:8

Pavimentação em blocos de concreto natural “Paver” de 6cm, com 25MPa (48pç/m2), assentado sobre colchão de 5cm de pó de pedra e rejuntado com areia fi na seca

Pavimentação em pedra portuguesa

Pavimentação em concreto rústico ripado em quadros de 100x100cm

Arrancamento, limpesa e reassentamento de paralelepípedos sobre colchão de areia, rejuntados c/argamassa de cimento e areia grossa 1:8

Linha d’água em paralelepípedos sobre lastro de concreto magro

Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 600mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 800mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 1000mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Drenagem pluvial c/tubos de concreto armado de 1200mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Drenagem pluvial c/tubos de concreto simples de 300mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5

Drenagem pluvial c/tubos de concreto simples de 400mm, rejuntados com argamassa de cimento e areia grossa 1:5

OUTROS

Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 7.000 BTU’s aberta

Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 7.000 BTU’s fechada

Caixa de concreto pré-moldada p/ar condicionado de 10.000 BTU’s aberta

11,59

21,79

15,25

19,83

21,37

11,71

15,81

19,47

18,18

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7,28

6,97

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22,21

7,00

22,37

32,14

39,52

150,32

33,19

41,25

52,56

58,15

88,30

100,30

58,66

142,35

181,47

49,84

85,62

116,75

141,91

74,96

109,90

169,51

133,38

164,20

175,12

17,04

27,63

33,73

60,30

41,10

51,32

48,97

47,26

20,31

128,44

219,80

311,97

542,28

31,60

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Você pode adquirir com o consultor Clélio Morais - colaborador da Construir NE e responsável pela Seção de Preços - as composições detalhadas dos serviços apresentados na tabela de preços de assinantes da revista ([email protected])

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Fabricação de peças e montagem de estruturas pré-fabricadas de concreto, sobretudo para obras de médio a grande portes. Produtos: lajes alveolares, vigas armadas, protendidas e centrifugadas, telhas de concreto, painéis, blocos de concreto para alvenaria estrutural e de vedação, e pisos intertravados de cimento

Referência para orçamentos e pesquisas. Principal ferramenta para a tomada de decisão nas

especificações, compra de produtos e contratação de serviços.

Anuncie seu produto e sua empresa: +55 81 30381045

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ONDE ENCONTRAR

ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

A GERADORAwww.ageradora.com.br+55 (71) 21042555

ALUTECwww.alutec-pe.com.br+55 (81) 34716271

BETA LOCAÇÃOwww.betalocacao.com.br+55 (81) 34282188

FERCUNHA +55 (81) 33415512

FORTEQUIPwww.fortequip.com.br+55 (81) 21376700

MAGNA LOCAÇÕESwww.magnaloc.com.br+55 (85) 32574600

PALÁCIO DA CONSTRUÇÃOwww.palaciodaconstrucao.com.br+55 (81)32052600

PROENG LOCAÇÕES+55 (85) 32620112

RENTAL ANDAIMES www.rentalandaimes.com.br+55 (84) 32364278

RODANTEwww.rodantern.com.br+55 (84) 40098833

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[email protected]+55 (81) 33120400

ENERGIA SOLAR

SALVIANO ENGENHARIA+55 (81) 34233403www.salviano.com.br

SOLETROL0800112274www.soletrol.com.br

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

JGB+55 (51) 36518888www.jgb.com.br

FERRAMENTAS

BOSCHwww.bosch.com.br+55 (19) 21031090

DEWALTwww.dewalt.com.br+55 (34) 33183000

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

AGAÉ – MATERIAL DE CONSTRUÇÃO E EQUIPAMENTOSwww.agaepe.com.br+55 (81) 34281761

CSM - MÁQUINASwww.csm.ind.br+55 (47) 33727600

METALÚRGICA

SILVANAwww.silvana.com.br+55 (83) 33108100

RODOLFO GLAUSwww.rgmetalurgica.com.br+55 (51) 33712988

MATERIAIS ELÉTRICOS

FAME – MATERIAIS ELÉTRICOSwww.fame.com.br+55 (11) 34785600

PINTURA INDUSTRIAL

PINTEPOXI+55 (81) [email protected]

PORTAS E JANELAS

FAMOSSUL – PORTAS E COMPONENTESwww.famossul.com.br+55 (41) 3632 1227

PÓRTICOwww.porticoesquadrias.com.br+55 (81) 3059 6669

SASAZAKI – PORTAS E JANELASwww.sasazaki.com.br+55 (14) 34029922

SINCOL - PORTASwww.sincol.com.br+55 (49) 35615029

SQUADRAwww.squadra.ind.br+55 (81) 3471-1636 - 3338.1720

REATORES E LUMINÁRIAS

INTRAL+55 (54) [email protected]

REVESTIMENTOS ESPECIAIS

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CEUSAwww.ceusa.com.br+55 (48) 34412000

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VILLAGRESwww.villagres.com.br+55 (19) 35459000

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ONDE ENCONTRAR

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Marcelo Souza Leão & Chalaça Arquitetos Associadoswww.marcelosouzaleão.arq.br TECNOLOGIA Weber Saint-Gobainwww.weber.com.br Dowwww.dow.com Teconologia da Construção e Materiais Ltda.www.tecomat.com.br

PlannarPatrícia Silva(81) 8697.7356 VIDA SUSTENTÁVEL Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf)

Fiat Automoveiswww.fi at.com.br ARQUITETURA & INTERIORES André Dantas(81) 3221-3969www.andredantas.com.br Ana Paula Cascão(81) [email protected] Luciana Pimentel(81) [email protected] Mônica Torreão(81) [email protected] André Carício(81) 3326-2242www.andrecaricio.com.br Diogo Viana(81) 3325-3253www.diogoviana.com.br

Manu Nunes(81) [email protected] Roberta Borsoi(81) [email protected] Noemi Portell(81) [email protected] Edson Marques Soares Junior(81) [email protected] Luiza Nogueira(81) [email protected] Simone Lima(81) [email protected] Jaidete Ferreira(81) 9242-7461 Jaqueline Ferreira(81) [email protected] Guilherme Eustachio(81) [email protected] Diomári Diniz(81) [email protected] Alexandre Mesquita(81) [email protected] Neto Belem(81) [email protected]

ECONOMIA & NEGÓCIOS

Viva Vacationwww.vivaimoveis.com.br

Alphaville Urbanismowww.alphaville.com.br

www.chesf.gov.br

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