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Construir Nordeste - Edição 58

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Edição 58 - Julho de 2011

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ARQUITETURA & INTERIORES

ECONOMIA & NEGÓCIOS

SEÇÕES

COLUNAS

O melhor da água

18 MAÍLSON DA NOBREGA

ENTREVISTA

VIDA SUSTENTÁVEL

41 CADERNO PEC

ESPECIAL

32 CIDADE DA COPA

A Cidade da Copa trará um novo conceito urbano para o Grande Recife

36 CASA ACESSÍVEL

Exposição mostra a casa acessível para pessoas com deficiência

60 ESQUADRIAS E AÇO

Alcoa e Gerdau investem em Pernambuco para atender às demandas da construção

62 SEGURO NAS OBRAS

Seguros para obras cada vez mais perto dos construtores

66 HOTELARIA

Hotelaria projeta novos hotéis ou reforma antigos para a Copa de 2014

70 HOMENAGEM

Construir NE perde o colunista Josué Mussalém

14 SHARE

22 RESPONSABILIDADE SOCIAL

24 TRENA

26 PAINEL CONSTRUIR

30 VITRINE

48 COMO SE FAZ

58 DIA A DIA NA OBRA

74 INSUMOS

79 ONDE ENCONTRAR

16 PALAVRA | EDUARDO MORAES

52 D&A | RICARDO CASTRO

64 VISTO DE PORTUGAL | RENATO LEAL

70 ECONOMIA | JOSUÉ MUSSALÉM

72 INDICADORES IVV | JOSÉ FREITAS

73 INDICADORES CUB | CLÉLIO MORAES

Certificações e processos trazem um melhor aproveitamento

O economista é otimista com o Brasil e não vê riscos para o setor da construção

Estudo mostra a importância da segurança e da saúde na construção sustentável

SUMÁRIO

CAPA

54 TECNOLOGIAO concreto celular entra na receita das novas construções

Surpreendentes são as funções diferenciadas.

DesignSurpreendentes são as formas e as cores.

Funcionalidade SimplicidadeSurpreendente é a simplicidade na instalação.

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C hegamos a mais uma edição com a satisfação de mostrar que a inovação e a tecnologia vêm contri-buindo cada vez mais para desenvolver a constru-

ção no Brasil. A matéria de capa, do repórter Edilson Vieira, sobre o uso do concreto celular, nos revela a receita de uma tecnologia que agiliza a produção de moradias e já é adotada em projetos que, mais econômicos, chegam aos trabalhado-res, como os do Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco.

A nossa entrevista principal é com o economista Maílson da Nóbrega, o ex-ministro da Fazenda que, nascido na Para-íba, hoje é sócio da Tendências, uma das consultorias eco-nômicas mais respeitadas do país. Com exclusividade para a Construir NE, ele faz avaliações otimistas sobre o setor da construção e diz que não corremos risco de bolhas imobili-ária. Mas, ao mesmo tempo em que saudamos a participa-ção de Maílson da Nóbrega, lamentamos a perda do nosso colunista Josué Mussalém, a quem homenageamos com a honra de publicarmos seus últimos textos para um veículo de comunicação. Uma semana antes de morrer, vítima de embolia pulmonar, no Recife, Mussalém enviou seu artigo para a nossa editora executiva, Etiene Ramos, mantendo o compromisso de nos brindar com suas conceituadas análises econômicas. Nosso agradecimento ao amigo e colaborador está na página 80.

A edição da Vida Sustentável, a filha mais verde da Cons-truir NE, traz na capa uma matéria de Patrícia Braga que mostra como o processo de gestão Aqua vem ajudando a ra-cionalizar o uso da água, um insumo importante para a cons-trução. E a sustentabilidade que vem sendo agregada ao setor continua em evidência na entrevista de Maria Clara Coracini, diretora executiva do GBC Brasil, o Green Bulding Concil, onde ela fala da expansão da certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) no país. O uso da Leed na iluminação, não por acaso, é o tema do artigo de Ronald Leptich, que dá dicas de como conseguir a certificação e inse-rir seu projeto no moderno conceito de prédios verdes.

Ainda falando de sustentabilidade, seguimos nossa parce-ria com o mundo acadêmico, publicando o caderno técnico com um artigo sobre segurança e saúde no trabalho no con-texto da construção sustentável. Não faltam olhares especiais da nossa equipe para trazer para vocês novidades, experiên-cias e até a prova de que, quando se quer, é possível construir um castelo. Confira na coluna Trena!

Boa leitura.

Elaine Lyra(publisher)

CARO LEITOR

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DIRETORA GERAL | Elaine Lyra

REVISTA CONSTRUIR NORDESTE | edição 58 | agosto 2011 | 10.000 exemplares

CONSELHO EDITORIALAdriana Cavendish, Alexana Vilar, Augusto Santini, Bruno Ferraz, Carlos Valle, Celeste Leão, Clélio

Moraes, Eduardo Moraes, Elaine Lyra, Haroldo Azevedo, Inez Luz Gomes, José Antônio Lucas Simon, José G. Larocerie, Kilvio Alessandro Ferraz, Lailson de Holanda, Luiz Priori Jr.,Mário Disnard, Ozeas

Omena, Renato Leal, Ricardo Leal, Risale Neves, Serapião BispoCONSELHO TÉCNICO

ProfessoresAlberto Casado, Alexandre Gusmão, Arnaldo Cardim de Carvalho Filho, Cezar Augusto Cerqueira, Béda

Barkokébas, Eliana Cristina Monteiro, Emília Kohlman, Fátima Maria Miranda Brayner, Kalinny Patrícia Vaz Lafayette, Stela Fucale Sukar, Yêda Póvoas

REDAÇÃO | [email protected] | Elaine Lyra

[email protected] EXECUTIVA | Etiene Ramos

[email protected]

Cristina França | Edilson Vieira | Patrícia BragaCOLUNISTAS

André Freitas | Clélio Morais | Josué Mussalém | Renato LealREVISÃO DE TEXTO | Betânia Jerônimo

[email protected] (CAPA) | Alexandre Albuquerque

PUBLICIDADE E PROJETOS ESPECIAIS | [email protected] E EVENTOS | Lucas Miranda

[email protected]

Marise Aquino | [email protected] Castro | [email protected]

REDES SOCIAIS E SITE | Mirella [email protected]

REPRESENTANTES PARA PUBLICIDADECEARÁ | Aldamir Amaral

+55 85 3264 0576 | [email protected] CATARINA | Ana Luísa

+55 48 9981 9588 | [email protected]ÃO PAULO | Demetrius Sfakianakis

+55 11 3255 2522 | [email protected] DE JANEIRO | Aílton Guilherme

+55 21 2233 8505 | [email protected] GRANDE DO SUL | Everton Luís

+55 51 9986 0900 | [email protected] - PROJETOS ESPECIAIS | B4 Business Consulting & Investiments

[email protected] | +351 21032 9111

ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | +55 81 3325 2782SECRETÁRIA EXECUTIVA | Alda Paula de Andrade

[email protected]ÁRIA | Beatriz Feijó

[email protected] ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO | Stanislau Macário Júnior

[email protected]

ASSINATURAS E DISTRIBUIÇÃO | +55 81 3038 1046Tatiana Feijó | [email protected]

ENDEREÇOAv. Conselheiro Aguiar, 1555/36 - Boa Viagem - Recife/PE - CEP 51111-011

+55 81 3325 2782 | 3038 1046 | [email protected]

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| AGOSTO 2011

REDAÇÃO/SUGESTÕES DE [email protected]. Conselheiro Aguiar, 1555Boa Viagem | Recife | PECEP: 51111-011

ATENDIMENTO AO [email protected]: + 55 81 3325 2782Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h

e das 14h às 18h

CARTASAv. Conselheiro Aguiar, 1555Boa Viagem | Recife | PECEP: 51111-011

CARTAS AGENDA

Construir BahiaLocal: Centro de Convenções - Salvador/BAData: 17 a 20 de agosto de 2011www.feiraconstruir.com.br

Construir FortalezaLocal: Centro de Convenções - Fortaleza/CEData: 21 a 24 de setembro de 2011www.expoconstruir.com.br

14º Fórum Construir Pernambuco - Próxima DécadaLocal: Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) - Recife/PEData: 29 de setembro de 2011www.forumconstruir.com.br

Dia do Engenheiro (promoção: Comitê de Tecnologia e Cus-tos da Ademi/PE)Local: Golden Tulip – Recife/PEData: 27 de outubro de 2011www.ademi-pe.com.br

Concrete ShowLocal: Centro de Convenções Imigrantes - São Paulo/SPData: 31 de agosto a 2 de setembro de 2011www.concreteshow.com.b

Expo RevestirLocal: Transamérica Expo Center – São Paulo/SPData: 6 a 9 de março de 2012www.exporevestir.com.br

Salão Internacional da Construção (Feicon/Batimat)Local: Anhembi – São Paulo/SPData: 27 a 31 de março de 2012www.feicon.com.br

A indústria da construção civil cresce, aprimora-se e está às vol-tas com grandes problemas ambientais. Uma alternativa é fazer a reciclagem, pois isto significa redução de custos e do volume de extração de matéria-prima, preservando os recursos naturais. Diante destas vantagens, por que a resistência em utilizar os Re-síduos da Construção Civil (RCC)?

Algumas manchas brancas estão saindo pelo rejunte da cerâmica da fachada do edifício. O que pode estar acontecendo, uma vez que as manchas estão aumentando?

A reciclagem dos Resíduos da Construção Civil (RCC) não é uma alternativa recente. Na Alemanha, a saída foi desenvolver tecnolo-gias de reciclagem dos resíduos da construção, para reconstruir cidades depois da Segunda Guer-ra. A partir daí, a comunidade eu-ropeia tem pesquisado o assunto de maneira mais profunda. No Brasil, pesquisas vêm sendo rea-lizadas para mostrar a viabilidade da utilização desses materiais em pavimentação, blocos de alve-naria, concreto, reforço de solo para obras de geotecnia. O grau de conhecimento da tecnologia de agregados reciclados vem ocupando espaço em congressos nacionais e internacionais e em discussões políticas, dada a im-portância do tema e a conscien-tização ambiental por parte da sociedade, principalmente a res-peito do que fazer com os milha-res de metros cúbicos depositados em áreas inadequadas. Entretan-to, uma das maiores dificuldades

As manchas brancas são decor-rentes de uma manifestação pa-tológica chamada eflorescência. Elas ocorrem devido ao emboço ou base úmida. A natureza deste problema pode ter sido a apresen-tação de falhas no rejunte. Com o período de chuva frequente, a água penetrou por essas falhas

para aplicação de agregados reci-clados é a sua grande variabilida-de. Como garantir que o agregado de amanhã possua a mesma com-posição de uma amostra obtida hoje? A tecnologia de controle de qualidade é uma meta desejada pelos profissionais que querem atuar no setor e pela comunida-de científica. Com as pesquisas que estão sendo realizadas, isto já vem sendo alcançado. Apesar de ainda existir resistência na utilização dos agregados, esses materiais respondem bem aos testes, quando submetidos aos critérios de avaliações mecânicas e de durabilidade. Acima de tudo, requerem um grande desafio para aqueles que acreditam no seu potencial. A disseminação da sua prática deve ser imediata, pois a viabilidade para diversos fins já foi comprovada.

*Profa. Dra. Kalinny Patrícia Vaz LafayettePEC/Poli/UPE

e está havendo a lixiviação do hidróxido de cálcio presente no cimento do emboço. O rejunte deverá ser refeito quando a base estiver seca.

*Profa. Dra. Yêda Vieira Póvoas TavaresPEC/Poli/UPE

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AGOSTO 2011 | | 15| AGOSTO 201114 |

Para saber mais, acesse www.construirnordeste.com.br ou mande um e-mail para [email protected]. Nos siga no Twitter! Nosso perfil é o @Construir_NE. Acesse www.facebook.com/construir.nordeste e curta a nossa página!

EDILSON VIEIRA

SHARE

INTERATIVIDADE

H á 25 anos eu era estudante de Jornalismo e tentava aplicar bem meu parco salário de estagiário numa feira de livros, quando ouvi pela

primeira vez o termo “interatividade”. Um desses poetas marginais oferecia sua mais nova criação. Um volume inédito de poesias edificantes a um pre-ço que não correspondia, certamente, ao precioso valor artístico da obra.

– Compra aí camarada, que meu livro é interativo. Tentou me con-vencer o autor.

- Interativo? Como assim? - Tú compra o livro e ajuda a “interar” minha passagem de volta prá

casa. Explicou o vate.Apesar da óbvia confusão léxica entre “interação” e “inteiração” aca-

bei comprando o livro pelo bom humor do autor/vendedor. Anos depois, o termo “interatividade” ganhou uma aplicação bem mais ampla com a internet e suas redes sociais. E porque estou falando de interatividade? Porque nossa gestora de mídias sociais, Mirella Lima, enviou-me, outro

dia, alguns e-mails e posts do Facebook. Eram leitores da Construir NE com sugestões para matérias e assuntos a serem abordados em nossas edi-ções. Pensei então, que ótima ferramenta de interação com nossos leitores temos a nossa disposição! Algumas dessas sugestões já se tornaram pautas para a revista mas todas são bem vindas. Nos meios de comunicação em geral a interatividade está cada vez mais presente graças às ferramentas tecnológicas. As câmeras, hoje tão comuns nos telefones celulares, fazem com que qualquer um se transforme em “cinegrafista amador”. Uma ideia ou comentário é enviada segundos após o “insight” do leitor/espectador/ouvinte e se transforma em notícia nas rádios, televisões e portais. Fi-quei me perguntando quando a interatividade chegará à Construção Civil permitindo, vejamos... que clientes modifiquem a planta básica de seus apartamentos antes da construção do prédio ou... possa opinar sobre o projeto de ambientação proposto pelos arquitetos, tudo em tempo real. Vai ver, já existe algo assim.

PREMIAÇÃOSetembro será o mês das promoções nas redes sociais na Editora Nordeste. Para os twitteiros de plantão, é só criar uma frase e um hashtag alusivo à revista e retwit-tá-los. A frase mais retwittada ganhará duas inscrições para o 14º Fórum Construir Nordeste –Pernambuco: próxima década, que acontecerá dia 29 de setembro na Federação das Indústrias dos Estado de Pernambuco (Fiepe), no Recife.

Já no Facebook vai rolar um concurso cultural onde o participante terá que escrever um texto de 15 linhas sobre os resíduos sólidos na construção civil. O tema é: “Resíduo hoje, solução amanhã”. Uma comissão jul-gadora escolherá o melhor texto que será publicado no site da Construir NE e o autor ganhará uma assinatura anual da nossa revista. Quer participar? Acompanhe o lançamento das promoções no www.construirnordeste.com.br, no Twitter e no Facebook.

FLIP Já está no nosso site a edição mais recente da Construir NE em ver-são flip, pronta para ser “folheada” com o mouse. A versão integral da revista ficará disponível no site até o fim do ano. É uma forma do público conhecer e se familiarizar com o novo projeto gráfico que deixou a Construir NE mais mo-derna e facilitou a leitura. A partir de janeiro de 2012, a versão inte-gral em flip será só para assinantes.

EXCLUSIVIDADE | Ainda não é assinante da Construir Nordeste? Pois saiba que esta é a maneira mais rápida e prática de não perder as novi-dades, conhecer a opinião dos especialistas, acompanhar o mercado, as no-vas tecnologias, e, em breve, ter acesso a promoções e conteúdos exclusivos em nosso site. É só ligar (81) 3325-2782 e falar com Alda Paula.

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| AGOSTO 201116 |

VOCÊ É O QUE VOCÊ VIVE!

ANTÔNIO CARAMELO*

PALAVRA

* Antônio Caramelo é arquiteto e urbanista, presidente da Caramelo Arquitetos Associados em Salvador (BA).

E stava eu absorto em meus afaze-res, mesa repleta de papéis, plan-tas, e-mails impressos, revistas e

por aí vai. Tudo bem, mesa de quem deci-de é assim, todo mundo põe alguma coisa. Algumas horas porque quer ver resolvido, outras porque precisa se livrar daquilo... É... Fazer o quê? Vamos em frente! Um café para virgular o texto do dia e eis que, no devaneio dos meus bons minutos, vejo-me diante de dois artigos que por lá também repousaram. O primeiro me chamou atenção por trazer a imagem de uma bela obra bíblica pintada por Miche-langelo, sublinhada pelo instigante título “Fiel profissional”, e começava com a frase “Vender não é para amadores”. Esta resu-mia o que vinha a seguir: “Vender o insó-lito (propaganda, design, arquitetura etc) é uma tarefa quase divina”. O autor desa-fiava ainda mais... Quer ver?

“Produto”, vamos combinar, é tudo que você pode apalpar, cheirar, olhar. Já em “serviços”, onde me incluo, o jogo é outro. Você só vai saber depois de comprar (e es-perar ser elaborado), para então ter uma noção se fez um bom negócio, o que con-traria a máxima de Philip Kotler – papa do marketing – que “produto é tudo aqui-lo que atende às necessidades do cliente”. O produto fruto dessa contratação pode não explodir, mas pode ser uma bomba! “Serviços” são assim, não estão em prate-leiras de lojas e, por vezes, só têm o nome do contratado como garantia.

Essa coisa me estarrece. Às vezes fico congelado só em pensar na inseguran-ça do cliente diante da necessidade de contratar um serviço. E aí me pergunto: será que como prestador de serviços es-tou fazendo a coisa certa? Estou saben-do me apresentar? Estou surpreendendo pela boa qualidade? Estou deixando o cliente satisfeito? São infinitas as ques-tões. É preciso um trabalho ininterrupto e

sistemático de atualização qualitativa efi-ciente. Como se não bastasse, até porque todos nós sabemos, o artigo termina com a sentença: “No céu só tem lugar para os muitos bons”!

Não vou perder a calma nem a espe-rança. Embora não fale para ninguém, quando estou só, comigo mesmo, até acho que estou entre aqueles que “mandam bem”. Porém, ainda mergulhado nessas reflexões, reparo no segundo artigo so-bre ambiente corporativo escrito por Luís

Marins com o título: “Tenha tempo para as coisas essenciais da vida”. O texto co-meça com a frase: “É pura verdade que o mundo de hoje é estressante, corrido e impiedoso”. Para mim não, amigo! Já foi... Isso era quando eu corria não sei para onde e competia comigo mesmo e mais um milhão de desconhecidos, senão fica-ria sem lugar no mundo...

Ai, ai, ai... Acabo de ler um artigo que diz: “Você não pode parar”! E agora vem o Marins dizendo que “pessoas estressadas, cansadas e que dormem mal não conse-guem desenvolver a criatividade tão ne-cessária para vencer”. E ele finaliza falan-do que “tempo é questão de preferência”. Eu também sei, mas quem disse que eu

estou estressado? Amigo, há muito tempo só faço o que gosto e o que me dá prazer. Aprendi que só assim você poderá estar entre os melhores! Fazendo com vontade e gana o que gosta. Então ele diz que “é preciso achar um tempo para você, para sua família e para seu lazer”. Aí amigo, depois desta, metade do mundo fica sem chão e outra metade começa a se conde-nar. Que nada! Não é bem assim. As pes-soas querem instituir a reta, o absoluto, o simples, o minimalista, o justo, o exclu-sivo como ideal. Mas o mundo é curvo, diverso, complexo, imprevisível, obscuro, injusto, e por isso dinâmico, vivo, agita-do, girando e progredindo universo afora, expandindo-se para o infinito. Isto quer dizer: “Viva, faça o mundo deixando sua marca, faça sua parte”.

Já de volta aos meus projetos, ten-tando fazê-los arranhar céus, caio na alentadora realidade de estar fazendo o que gosto, quando os olhos correm pe-las últimas linhas do texto de Marins, que diz: “Não estará você tentando provar para si mesmo que é um super--homem, que só pensa em trabalhar e trabalhar? Tenha tempo para as coisas essenciais da vida”!

Ora, vejam só! O que é mais essen-cial na vida do que amar? Amar a ama-da, amar a família, os amigos, a beleza, o divino... Amar o que se ama fazer, até porque não está provado que ociosidade leve ninguém à felicidade. A vida é essa gangorra e o bom só é muito bom por-que existe o muito ruim. Por isso, entre altos e baixos, claros e escuros, retas e curvas, sigo me divertindo, trabalhan-do com muita seriedade e muito amor à minha Arquitetura.

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ENTREVISTA

| AGOSTO 2011 AGOSTO 2011 |18 | | 19

O BRASIL NÃO CORRE

RISCOS

O setor imobiliário no Brasil vive um momento de expansão que tem levado muita gente a pensar no risco de viver-mos uma bolha imobiliária como a en-frentada pelos Estados Unidos e Europa. Temos este risco?

Não há o menor risco de se repetir no Bra-sil a bolha imobiliária que contribuiu para a crise financeira nos Estados Unidos e na Europa. Mesmo que se observem preços excessivamente elevados em alguns luga-res, o fenômeno não decorre de movimen-tos especulativos provocados por alavanca-gem via crédito, que foi o caso nos países desenvolvidos. Lá, era possível tomar, dar e tomar crédito de forma irresponsável, na maioria dos casos sem observância de limites prudentes. Quando o preço dos imóveis caiu, ficou impossível pagar os empréstimos e a crise se instalou no sis-tema financeiro. Aqui, essa alavancagem é impossível. Primeiro porque não há, ao contrário do que acontecia lá fora, crédito disponível em condições de juros e prazo compatíveis com o financiamento imobi-liário de longo prazo. No crédito habita-cional brasileiro, basicamente dependente de recursos da caderneta de poupança, há limites para o valor dos empréstimos, não é possível comprar mais de um imó-vel (como era o caso nos países ricos) e o Banco Central exerce ampla regulação do segmento. Finalmente, ainda estamos na infância do crédito habitacional, que mes-mo depois da vigorosa expansão dos úl-timos anos ainda não chega a 4% do PIB. Nos Estados Unidos e na Europa variava de 60% a 100% do PIB. Quais os riscos deste cenário mudar?

Não há como mudar esse cenário. Eviden-temente, se sobrevier uma crise econômi-ca no Brasil, derivada de fatores domésti-cos ou internacionais, haverá aumento da inadimplência. Mas essa situação atingirá todo o sistema de crédito e não apenas o imobiliário. Mesmo assim, dada a capita-lização do sistema financeiro e a regulação prudencial exercida pelo Banco Central, dificilmente isso desaguaria em uma cri-se de solvência do sistema financeiro. Em outras palavras, não estamos totalmente

com o lançamento de papéis de dívida de longo prazo para apoiar a realização dos empreendimentos. Retomado há pouco tempo, o financia-mento habitacional no Brasil corre riscos de ser reduzido?

Um cenário de redução do financiamento habitacional não é o mais provável. Só um desastre, que não está no horizonte, inter-romperia a trajetória de expansão desse tipo de crédito, que tem tudo para conti-nuar aumentando a uma taxa superior à do crescimento do PIB.

O bom momento para o setor da constru-ção, não apenas a imobiliária, mas tam-bém a de grandes obras de infraestrutu-ra, incluindo as da Copa de 2014, revela as dificuldades de se encontrar mão de obra com formação básica e de nível su-perior . Há uma solução a curto prazo?

Infelizmente, essa realidade estará conosco ainda por muito tempo. É o resultado da combinação de dois fatores, um bom, ou-tro ruim. O bom é a expansão sustentável do financiamento imobiliário; o ruim é a consequência de anos de negligência, in-competência e baixa prioridade na área da educação no Brasil. Qual sua opinião sobre as Parcerias Públi-co Privadas (PPPs) para o setor da cons-trução no Brasil? Os investidores encon-tram segurança jurídica para realizá-las?

blindados contra problemas, mas o sis-tema está mais preparado para enfrentar turbulências. Qual a sua visão sobre a atual política ha-bitacional do Brasil?

A meu ver, temos uma situação de nor-malidade no financiamento habitacional no Brasil, compatível com nosso estágio de desenvolvimento e conduzida sob pa-drões responsáveis. Podemos melhorar substancialmente esse quadro à medida que novas reformas estruturais, particu-larmente no campo fiscal, contribuam para reduzir a taxa de juros e para condu-zí-la a níveis semelhantes aos observados nos países emergentes. Faria alguma sugestão ao governo federal?

Faria a que qualquer observador mini-mamente informado poderia fazer e que hoje se tornou uma obviedade: realizar re-formas. Entre as que dinamizariam ainda mais a área imobiliária estão a que dotasse o país de um sistema tributário decente e racional, que retirasse a Previdência So-cial da trajetória de desastre financeiro e que mudasse a estrutura dos gastos para diminuir as ineficiências atuais e abrir es-paço para elevar a capacidade de investi-mento do setor público. Reconheço, toda-via, que essas mudanças requerem grau de apoio social e liderança política que não estão disponíveis. O Brasil poderia, a partir de agora, tomar empréstimos internacionais para zerar o déficit habitacional do país ou a dinâmi-ca do mercado dará conta da demanda?

Creio que empréstimos internacionais nunca serão alternativa relevante para fi-nanciar a expansão imobiliária no Brasil. Nossas necessidades têm sido supridas pela captação de cadernetas de poupança e outros instrumentos já disponíveis. A se-curitização de recebíveis tende a se tornar fonte importante de apoio ao desenvolvi-mento desse mercado. A médio e longo prazos, a queda da taxa de juros abrirá uma grande avenida para o financiamento imobiliário via mercado de capitais, isto é,

A médio e longo prazos, a queda da taxa de juros abrirá uma grande avenida para o financiamento imobiliário, via mercado de capitais

O ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, continua um otimista com o Brasil. Vê com bons olhos a retomada do crédito imobiliário para a construção e assegura que o país não corre riscos de sofrer os efeitos perversos da bolha imobiliária que abalou a Economia dos Estados e da Europa. No final de junho, Maílson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria, fez uma palestra para os convidados da abertura da primeira agência do banco de Investimentos BVA no Nordeste, instalada no JCPM, no Recife. Para o economista, temos uma política habitacional compatível com o nosso desenvolvimento e há sinais de que as construtoras no Brasil poderão se aproximar mais das Parcerias Público Privadas. Nesta entrevista à editora executiva da Construir NE, Etiene Ramos, ele fala um pouco mais sobre o setor da construção e suas perspectivas.

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ENTREVISTA

| AGOSTO 2011 AGOSTO 2011 |20 | | 21

As PPPs se justificam quando os benefí-cios sociais de um empreendimento supe-ram seu retorno econômico. Por exemplo, a construção de uma estrada que amplie o turismo numa área na qual o tráfego não viabiliza, via pedágio, o retorno do inves-timento em prazo razoável. Neste caso, cabe confiar a construção e a operação da estrada ao setor privado, enquanto o setor público aprova as obras, fiscaliza a operação e cobre, via subvenção econô-mica, a diferença entre o valor adequado do pedágio e aquele que será cobrado. A subvenção permaneceria até o momento em que o tráfego permitisse sustentar a operação sem o auxílio governamental. O Brasil possui enorme potencial para que as empresas de construção formem par-cerias desse tipo com o setor público. É preciso, todavia, melhorar os marcos re-gulatórios para atrair o interesse de mais investidores.

Há dois anos, quando saíamos do impac-to da crise econômica mundial e o gover-no federal lançava o Minha Casa Minha Vida, o senhor se dizia um otimista com o Brasil. Continua otimista?

Continuo otimista, sem desprezar os riscos típicos da transição que vivemos. Ainda temos muitos limitadores ao crescimen-to econômico e social, como é o caso do caótico sistema tributário, da anacrônica legislação trabalhista, da má qualidade do gasto público, dos graves problemas de in-fraestrutura e sobretudo da deficiente qua-lidade da educação. Podemos ter governos que minimizam esses problemas e até os agravem, mas é cada vez menor o risco de o país regredir à situação de instabilidade política e econômica do passado. O risco é de crescermos menos do que poderíamos, não o de lutar novamente contra a instabi-lidade e o autoritarismo.

Não há o menor risco de se repetir no Brasil a bolha imobiliária que contribuiu para a crise financeira nos Estados Unidos e na Europa. Mesmo que se observem preços excessivamente elevados em alguns lugares

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| AGOSTO 2011 AGOSTO 2011 |22 | | 23

RESPONSABILIDADE SOCIAL

M elhorar a integração das equipes e promover uma oportunidade de lazer para os seus funcioná-

rios. É com este objetivo que a Duarte Cons-truções S/A realiza, mensalmente, o Cine Du-arte. No encontro, sempre no próprio canteiro de cada obra, os funcionários são convidados a participar de sessões de cinema com filmes escolhidos por eles próprios. “Para a Duarte, é importante proporcionar esses momentos de descontração, pois eles ajudam muito na me-lhoria do relacionamento do grupo”, comenta Juliana Araújo, supervisora de Recursos Hu-manos da Duarte. Segundo ela, a preferên-cia geral são filmes de ação ou comédia, que oferecem o entretenimento que, no dia a dia, muitas vezes, eles não têm, contribuindo para a motivação no trabalho.

As sessões reúnem, em média, 20 pessoas e, na lista dos últimos filmes projetados, títu-los como “Incontrolável”, de Tony Scott, com Denzel Washington no elenco, e “Os merce-nários”, cuja direção é de Sylvester Stallone. É diversão garantida.

Sempre atenta ao desenvolvimento, capa-citação e integração de suas equipes, a Duarte vem investindo constantemente em ações de responsabilidade social. Entre os projetos de-senvolvidos pela empresa, o Canteiro das Le-tras, uma parceria com a Prefeitura do Recife para alfabetizar e capacitar seus operários, na qual a construtora monta salas de aula em seus canteiros; o Biblioteca nas Obras, com li-vros doados por colaboradores, fornecedores e clientes, formando um acervo de 400 livros que são disponibilizados e periodicamente renovados; e o Trabalhador On-line, uma iniciativa inovadora que disponibiliza acesso à Internet em todas as obras.

DA REDAÇÃO

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MAIS QUALIDADE NO TRATAMENTO DE CâNCER

U m misto de alegria e emoção marcou a cerimônia de inau-guração da humanização da ala

pediátrica do Hospital de Câncer de Mato Grosso, realizada em 8 de junho pela Casa da Criança e sua rede de parceiros. O projeto está presente em 16 Estados, sen-do esta a 34ª ação no Brasil e a terceira em Cuiabá, onde já foram beneficiados o Abrigo Bom Jesus, em 2003, e a enfer-maria pediátrica do Hospital de Câncer de Mato Grosso, em 2006. Agora foram humanizados mais 17 ambientes na ala pediátrica deste hospital, onde estão os consultórios e as salas de quimioterapia.

O Hospital de Câncer tem um grande fluxo de atendimentos, sendo cerca de 57% deles voltados para pacientes do in-terior de Mato Grosso e Estados vizinhos. Para o presidente da Associação Mato-grossense de Combate ao Câncer, João Castilho Moreno, a Casa da Criança tem contribuído significativamente com o tra-tamento no Estado e, com esta iniciativa, vai influenciar ainda mais positivamente. “Este, sem dúvida, é um dia muito espe-cial. Os ambientes lúdicos transmitem carinho e aconchego para amenizar o so-frimento causado pela doença”.

O projeto amplia a cada ano o seu aten-dimento, graças à rede de parceiros forma-da por empresas socialmente responsáveis, tais como Instituto Ronald McDonald,

Cimento Nassau, Pizza Hut (CE/PB), Amanco, Araforros, Brasilit, Celite, Cerâ-mica Eliane, Esmaltec, Fabrimar, Florense, Sicmol e Siemens, as quais, juntas, melho-ram a qualidade de vida de crianças e ado-lescentes de baixa renda.

A coordenação da obra e dos 33 pro-fissionais de ambiente voluntários foi feita pela franquia social da Casa da Criança em Cuiabá (MT), composta por Emili Ayoub Giglio, Vagner Giglio, Michel Daud Ayoub, Alan Ayoub Malouf, Leila Ayoub Malouf e Neili Bumlai Ayoub Grunwald. “É uma alegria muito grande entregar um trabalho tão bonito que, desde o início, me mostrou a importância de arregaçar as mangas e po-der partilhar da emoção de ver resultados. É muito mais que um trabalho voluntário, é uma entrega”, ressaltou Emili.

“Cada um participa com o que faz de melhor, doando seu tempo e seu talento.

Por isso é um projeto mágico, uma ação que na prática, independente da religião que tenhamos, proporciona o maior dos ensinamentos: fazer o bem aos mais ne-cessitados”, declarou, emocionada, a ar-quiteta pernambucana e presidente da Casa da Criança, Patrícia Chalaça.

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HUMANIzAÇÃO

Na avaliação de Waldir Pereira, que acompanha o filho João Ga-briel, de cinco anos, em tratamento desde janeiro deste ano, a humani-zação faz a diferença. “Acredito que fica mais fácil, porque as crianças se divertem mais e esquecem um pou-co a doença, além de ajudar na sua recuperação”, analisou.

DUARTE LEVA CINEMA AOS CANTEIROS DE OBRASOperários têm encontro com a Sétima Arte sem sair do trabalho

Profissionais de ambiente,

coordenação nacional e franqueados sociais

da Casa da Criança

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ETIENE RAMOS

TRENA

DEUS MANDOU BOM TEMPO

A falta de empregados qualificados e terrenos e o aumento dos custos de produção não tiram o ânimo dos empresários da cons-

trução. A cada nova sondagem do setor feita pela Fiepe, eles estão lá, sempre otimistas para os próximos seis meses, pelo menos. Em julho, a federação divulgou dados que revelam que o otimismo não é só per-nambucano, é nacional e regional também. Considerando que os resul-tados acima de 50 pontos projetam um cenário positivo, a pesquisa, re-alizada em junho passado, mostra que eles têm motivo para esperar dias tão bons ou melhores ainda. Em maio último, o nível de atividade em Pernambuco foi de 50,5 pontos, de 51,9 no Nordeste e de 53,1 pontos no Brasil. No próximo semestre, a expectativa dos pernambucanos para o

nível de atividade chega a 62,5 pontos e, para o número de empregados, a 58,8 pontos. Os números levam a crer que o setor da construção não pensa em retrocesso. Está pronto para construir o presente passando o trator em cima das dificuldades, a fim de não perder as possibilidades que surgem a cada dia, numa região que já não exporta operários para construir o desenvolvimento de outras. Os nordestinos são poucos para assentar os tijolos e mexer o cimento que vem criando um novo Nor-deste. O que nunca se pensou, há algumas décadas, está acontecendo: operários de todo o Brasil chegam a cada dia e encontram empregos sobrando na construção civil. Se tem emprego, tem serviço. Como não ser otimista?

MINHA CASA, MINHA VIDA 2A presidente Dilma Rousseff reformou o Minha Casa, Mi-nha Vida. A segunda etapa do programa, capitaneado pela Caixa Econômica Federal, foi lançada em junho e trouxe mudanças significativas para ampliar o acesso à casa pró-pria pelas famílias de baixa renda, em busca de imóveis maiores e com especificações sonhadas e exigidas por toda dona de casa: casas e apartamentos com piso em cerâmica, azulejo na cozinha e nos banheiros, e janelas maiores para melhorar a ventilação. O programa vai promover ainda o uso da energia solar, garantia de mais economia e susten-tabilidade para as novas moradias.

SOB MEDIDAA TRX Realty, empresa de investimentos que atua no setor de terceirização de ativos imobiliários corpora-tivos, está investindo pelo menos R$ 2 milhões em empreendimentos imobiliários novos ou reformados no Nordeste. Três projetos estão em construção na Bahia e com locatários definidos no modelo “built--to-suilt” (feitos sob medida para o inquilino). Outros cinco empreendimentos, com investimentos em torno de R$ 150 milhões, estão sendo analisados pela TRX na região. Para a empresa, isto pode atingir 30% da sua carteira de investimentos.

UM REI EM SEU CASTELO Foi com suas próprias mãos que o eletricista e encanador João Ferrei-ra da Silva, o João Capão, começou a construir o seu sonho de criança: um castelo para chamar de seu. Aos 77 anos, ele lembra que brincava no quintal da “meia água”, onde mo-rava, quando disse à mãe que iria construir um “reinado” bem bonito para a família morar. Nem sabia o que era um reinado, mas quando começou a ir ao cinema da sua ci-dade, descobriu ao assistir a um filme de reis e princesas. “Mãe, hoje aprendi o que é aquele negócio de reinado. Faz parte, mas se chama castelo”. Pediu papel e desenhou a obra que começou a ser erguida em

1981, na cidade de Garanhuns, em Pernambuco, distante 260 quilôme-tros do Recife.

O terreno tem 30m x 80m e cer-ca de 30m x 30m de área constru-ída. Juntando tijolos, com a ajuda do pedreiro e vizinho Zezinho, João Capão não parou mais. Todo mês faz mais um pedaço, com seus par-cos recursos e o que angaria ven-dendo os cordéis que escreve para os visitantes do castelo que virou cartão postal. O castelo de João já foi restaurante e tinha garçons vestidos de frades e cozinheiras vestidas de freiras, uma atração que não durou muito tempo. O castelo agora serve de cenário para festas de políticos, casamentos e até gravações de clips musicais. A Disneylândia é uma

referência para João, que só daqui a 12 anos, acredita, terá concluído as obras que já consumiram 902 mil tijolos. Mal sabe ler, mas não perde as contas e nem o desejo de, a cada dia, fazer mais. Por enquanto, quer apenas duas estátuas - a de uma jar-dineira e a de um príncipe com um cajado. Para ajudar no projeto, ele conta com a boa vontade de quem passa por lá e não resiste a tirar uma foto, com coroa e manto de rei, dei-xando uma contribuição. Qualquer uma é bem-vinda. Dinheiro ele não pede a ninguém, mas vai provando, todos os dias, que cada um pode concretizar o que sonha. Curiosa-mente, João nasceu em Garanhuns, a mesma cidade do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

MCMV EM NÚMEROS

2 milhões de moradias

R$ 72,6 bilhões de subsídios

R$ 53,1 bilhões de financiamento

60% de moradias para famílias de baixa renda

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PAINEL CONSTRUIR

O Juá Shopping, com inauguração prevista para o segundo semestre de 2013, em Juazeiro, na Bahia, é o novo empreendimento da Conic Souza Filho, em parceria com a Constru-

tora Campus 10 e a Sacs Consult, dona do know-how do concorrente - o River Shopping, da vizinha cidade de Petrolina. Tudo em casa, apenas a ponte sobre o São Francisco separa as duas cidades. O setor de shoppings mira o interior. Segundo a Associação Brasileira de Shopping Cen-ters (Abrasce), dos cinco mil municípios brasileiros, pouco mais de 3% deles abrigam shoppings - há 408 em todo o país (51 na cidade de São Paulo, 58 no Nordeste e apenas 12 na Região Nor-te). Até o final deste ano, serão 433. O Juá Shopping vai consumir R$ 90 milhões e, além de lojas e lazer,oferecerá, igual ao River, um centro médico no terceiro pavimento. O estacionamento é gratuito, garantem os empreendedores. A

na Cristina Gomes, presidente da Solarium, e o filho Cristiano

Gomes, diretor de vendas da empresa, circularam entre arquitetos recifenses para apresentar as seis novas linhas de revestimento inspiradas na natureza, arte moderna e ditames da moda. A Solarium tem 60% de suas vendas - da Bahia ao Maranhão - voltadas para construtoras e para o mercado nordestino ficar perfei-to. A meta é dividir o bolo meio a meio com os projetos personalizados. “Nosso produto é para a classe A, sem conces-sões. O Nordeste consome pela cultura e não pelo preço. Nossa linha Murali, por exemplo, faz sucesso aqui e no Rio Gran-de do Sul, mas não faz em São Paulo. Já o lançamento Catavento é um must em todo o país”, diz Ana Cristina.

E struturas metálicas de aço galvanizado, de 22m² a 66m², com teto e paredes acústicos. Esta é a proposta da Metal Módulos, empresa do grupo Eurobras, com a Casa Modular Eurohome, para alojamentos temporários, espaços com data para fechar e até conjuntos resi-

denciais. Para a montagem de uma casa de 66m², são necessários apenas cinco dias e três pessoas, após a confecção de um piso de concreto. Há também galpões com altura interna de 3m e 5,5m, além da possibilidade de adquirir mobiliário completo e desmontável – camas, sofá, armários, mesas. O mobiliário veio de uma parceria com a 15 de Novembro Móveis e Utilidades Ltda, de Santo André (SP).

A Schneider Electric, especialista global na gestão de energia, lança o sistema KNX (lê-se Conex), o único protocolo standard aberto do

mundo, voltado para residências, comércio, hotéis, escolas e agências ban-cárias. O KNX integra iluminação, ar condicionado, sistemas de segurança, aquecimento, ventilação, alarme, eficiência energética, eletrodomésticos, áudio e vídeo. As funções são acessadas por controle remoto, telas touchss-creen, iPads e iPhones. A empresa garante redução de até 30% no consumo de energia.

A alemã Kare abre a primeira loja das Américas, no bairro

paulistano dos Jardins. O lema da marca é fazer do mundo um lugar com mais estilo e mais prático: den-tro do conceito One Stop Shopping, o cliente encontra tudo o que precisa para decorar a casa - do tapete ao porta-retrato, do sofá às luminárias - em um único local. Com um por-tfólio com mais de 5.000 produtos, a Kare lança anualmente cerca de 1.500 peças em diversos estilos. O endereço tem dois andares e quase 1.000m² de área.

O empreendedor Gabriel Bacelar e a Construtora Moura Dubeux foram os homenageados de julho da Associa-

ção dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Per-nambuco (ADBV/PE). A happy hour empresarial aconteceu no Barbarico Bongiovanni, no Recife, no final de julho, e a publisher da Construir NE, Elaine Lyra, fez a saudação ao ho-menageado, Gabriel Bacelar, dono da construtora que leva o seu nome. A outra homenageada foi a Moura Dubeux, que de luto pela morte do seu diretor de engenharia, Carlos Ely de Araújo Soares, na queda do avião da Noar, no Recife, no último dia 13 de julho, não compareceu, agradecendo depois pelo minuto de silêncio proposto pela ADVB no evento.

J á está no ar o hotsite do14º Fórum Construir Pernambuco - Próxima Década. O evento vai estimular o debate sobre

como o Estado está se preparando para lidar com o cresci-mento impulsionado pelos investimentos estruturadores que terão reflexo em todo o Nordeste. O público estimado é de 400 pessoas e contará com a presença de autoridades dos setores público e privado, além de profissionais das áreas de arquite-tura, engenharia, consultoria e construção civil. O 14º Fórum Construir Pernambuco é promovido pela Construir NE e pelo Instituto de Qualificação (IQ). Acesse o site (www.forumcons-truir.com.br).

C ursos gratuitos no Clube do Profissional do Home Center Ferreira Costa oferecem capacitação para

profissionais da construção civil. O clube tem o apoio de fornecedores e parceiros como Sebrae, Senac, Sesi, Fa-culdade Boa Viagem, entre outros. Para participar, é pre-ciso trabalhar ou estudar na área. Em Recife, os cursos para setembro são Efeitos Decorativos em Superfícies, Revitalizando Paredes e Texturas (técnicas, preparação e aplicação). Confira no site www.ferreiracosta.com a pro-gramação para Garanhuns e Salvador.

O SHOPPING abreviado

CHIQUE no atacado

AÇO TEMPORÁRIO (ou não)

ACESSE o seu local

QUANDO for a Sampa

ADVB homenageia construtoras

FÓRUM

OPORTUNIDADESde graça

Fotos: divulgação

O Edifício Maria Angêla Lucena, da Queiroz Galvão De-senvolvimento Imobiliário, entregue no final de julho,

ocupa, com garbo, o tradicional endereço do Hotel Boa Via-gem. A torre de 42 pavimentos é superlativa: oferece mirante e o maior ângulo de visão da praia, além de heliporto e piscina reservada e protegida por palmeiras e vegetação resistente aos ventos marítimos.

O SUPERLATIVO

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OLHARArquitetura na Escandinávia – Preservar é preciso, interferir também

ANDRÉ CAVENDISH*

C om um grupo de 33 arquitetos, designers e profissionais da área, viajamos a convite do Novo Nú-

cleo para o norte da Europa, no intuito de conhecer a arquitetura local. O que mais impressionou na viagem através das principais cidades – Copenhague, Es-tocolmo e Oslo – da região chamada de Escandinávia, foi a brilhante inserção de edificações modernas e contemporâneas em paisagens repletas de prédios que têm, na maioria das vezes, a idade do desco-brimento do Brasil. As construções dialo-gam despretensiosamente entre si, como netos e avôs numa constante troca de ex-periências e gentilezas. Por muitas vezes, as novas edificações não só trazem mais brilho ao entorno, mantendo-o vivo num mundo mais dinâmico e livre, como tam-bém enaltecem e valorizam o antigo com o qual coabitam, com fachadas envidraça-das que multiplicam as superfícies escul-pidas das construções do passado.

Olhando para o prédio Diamante Ne-gro, do escritório dinamarquês BIG, po-demos perceber o quanto de sofisticação foi adicionado à paisagem que margeia uma parte do cais da cidade. O edifício, que abriga a biblioteca municipal, não só está ao lado de uma antiga edificação, como também faz parte dela - interior-mente os dois edifícios são completamen-te interligados sem que o visitante perce-ba a transição. Ora, não é preciso esforço para ver que apenas o respeito ao gabarito

do entorno e a preocupação em mantê-lo sob o olhar do espectador foram suficien-tes para que o conjunto de edificações somasse uma atmosfera atual à paisagem, criando movimento e arrojo sem maiores conflitos. Neste caso, o visitante tem a ní-tida visão do novo e do antigo dando-se as mãos e seguindo rumo aos novos ho-rizontes definidos pelas águas. Além de belo e poético, é simples e requintado.

Impossível não traçar um paralelo com a nossa cidade natal. Em Recife, tão complicado quanto conservar edificações consideradas importantes é fazer com que elas sejam vistas como parte do nos-so passado, sem que sejam consideradas velharias. Para tanto, será preciso inter-ferir e criar elementos que as valorizem e também os bairros como o Recife Antigo. O mesmo cuidado em preservar as facha-das (bastante louvável) poderia também flexibilizar-se num melhor uso interno dos edifícios, sem que fosse necessá-rio mantê-los intactos por dentro, bem como na inserção de novas edificações que trouxessem mais vida e valorizassem o entorno. Descartando-se as edificações que não possuem relevância histórica, fi-caria mais simples melhorar o entorno e valorizar apenas as que realmente valem a pena ser conservadas. Em Estocolmo, uma cidade que preza pela sua história, os prédios modernos surgem em meio a edificações de estilo clássico com tanta desenvoltura, que é até difícil saber para

onde olhar, tamanha a beleza do conjunto arquitetônico.

Já em Oslo, a região do cais, mais viva que nunca, está passando por um mo-mento todo especial. Um bairro inteiro de novas edificações está sendo erguido, num lugar onde não existia vida resi-dencial ou comercial e de onde surgirão prédios altos como nunca foram vistos nesta capital. Entretanto, seu entorno repleto de prédios tricentenários gera uma conversação entre o antigo e o ul-tratecnológico, o que não oculta a beleza de nenhum dos dois estilos, trazendo um belíssimo e sofisticado contraste. É as-sim que vemos lindas cidades da Europa conservar seu patrimônio: trazendo vida para o seu entorno. Quem dera nossa linda, embora muito jovem (em compa-ração com a região da Europa visitada), cidade pudesse ter o tratamento que me-rece, com menos intransigência por par-te dos órgãos que se preocupam apenas em manter o patrimônio, esquecendo que para isso é necessário uma constan-te atualização. Afinal, assim crescem as cidades. Cuidar do patrimônio não é só restaurá-lo e preservá-lo, mas principal-mente inseri-lo em cada momento da arquitetura ao longo dos anos, fazendo com que ele continue vivo e pulsante.

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Deborah Moreira

André Cavendish

PAINEL CONSTRUIR

* André Cavendish é arquiteto e diretor do Novo Núcleo de Profissionais, Arquitetos e Designers.

Fotos 1, 2 e 3 | Em Copenhague, na Dinamarca, as construções do famoso escritório local BIG estão por todo lado, dialogando com o passado.

Fotos 4 e 5 | Em Oslo, na Noruega, os bairros de ruas estreitas geram visadas onde a tecnologia abraça o patrimônio histórico.

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Fotos: divulgação

VITRINE

A Weiler C. Holzberger (WCH) apresenta seu sistema simples,

versátil e acessível de fabricação para 12 vigotas em fôrmas protendidas. Os be-nefícios são redução (e até eliminação) do escoramento, menor consumo de concreto, mão de obra no capeamento e armadura de distribuição, facilidade e rapidez de montagem, custo interessan-te em comparação com a laje treliçada.

P ara facilitar a vida do consumidor, a FortLev lan-ça no mercado kits para a instalação de caixas

d’água, contendo todos os itens necessários para que a montagem seja perfeita.A ideia é ser prático tanto para o leigo, quanto para o profissional hidráulico. A linha completa traz o kit entrada (para armazenamento de água no reservatório), o kit saída (para distribuição de água nos pontos de consumo) e o kit extravasor + lim-peza (para escoamento do excesso de água no reserva-tório e para limpeza).

C hama-se Mr. Cryl o novo ci-mento queimado de 2mm da

Bricolagem Brasil. Eficiente nas re-formas rápidas e aplicável em áreas internas ou externas, o Mr. Cryl vai bem sobre superfícies diver-sas como pisos e paredes lisas ou já revestidas por outros materiais, além de fachadas, tetos e até mes-mo móveis. A técnica de aplicação continua sendo a de “queima”, em que uma desempenadeira de aço raspa o produto, daí a origem do nome cimento queimado.

S ticker para o que e onde você quiser. A proposta é do es-

túdio Cosmopolitan Design, que desde a sua inauguração, em 2005, desenvolve criações exclusivas como opção para quadros, gravu-ras ou pinturas texturizadas. Sem contar a facilidade de limpeza e a rapidez na aplicação.

A Oficina Bertolucci juntou a estilista Glória Co-elho, a joalheira Camila Sarpi e os arquitetos

Maurício Arruda e Guto Requena para fazer luz bra-sileira. Da inspiração do quarteto nasceram pendentes, colunas, abajures e arandelas.

CONCRETO na poupança

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ARQUITETURA & INTERIORES

O ito meses após ter começado a se materializar com o início dos trabalhos de terraplanagem, o

projeto Cidade da Copa já pode ser visto pela população de São Lourenço da Mata, município a 20 quilômetros do Recife e que testemunha o nascimento da arena onde irão acontecer os dois jogos da Copa do Mundo de 2014 em Pernambuco. Cerca de 30% da fundação já foi concretada e agora é a vez dos primeiros pilares do estádio, já totalmente terraplanado, que será o ponto central de um projeto urbano planejado com o objetivo de se tornar o principal

vetor de desenvolvimento da zona oeste da Região Metropolitana do Recife (RMR).

“A terraplanagem da Cidade da Copa como um todo está 80% concluída”, come-mora Jayro Poggi, o engenheiro respon-sável pela arena. Ao contrário das muitas especulações, Poggi garante que a obra não sofreu nenhuma intercorrência que justifique qualquer atraso, uma vez que a diminuição da produtividade no período de chuvas já estava prevista no projeto. “No que depender de mão de obra, maquinário e dinâmica de trabalho, os pernambucanos não devem alimentar nenhum temor em

relação ao prazo de conclusão do estádio”, garante o engenheiro. Em julho, 800 fun-cionários trabalhavam, ininterruptamente, no local - 680 no turno diurno e 120 das 17h às 3h. Cerca de 120 equipamentos ope-ram no canteiro de obras, entre compacta-dores, caminhões basculantes e perfuratri-zes utilizadas na desobstrução do terreno e no fincamento de estacas. “No pico da obra, previsto para o início de 2012, deve-remos trabalhar com 2.100 funcionários”, prevê Jayro Poggi.

E não é de se admirar, considerando a estrutura do projeto. O estádio, chamado

PERNAMBUCO EMPLACA UM NOVO LEGADO URBANO

COPA 2014:

PATRÍCIA BRAGA

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Cidade sede da Copa 2014, São Lourenço da Mata será outra depois do mundial

de Arena da Copa e cujo nome será nego-ciado com alguma empresa através da prá-tica de venda do namming rights (direito sobre a propriedade de nomes), custará R$ 532 milhões e seguirá o padrão Fifa de qua-lidade. A fachada transparente foi planeja-da para permitir uma espécie de “diálogo” entre as áreas interna e externa do estádio, com controle da ventilação e da lumino-sidade, fazendo com que o espaço fique “protegido” por um sombreamento parcial para amenizar a insolação e comandar a temperatura interna, dando mais confor-to ao público. “Nós estamos encarando a

arena como um grande indutor de cresci-mento da região oeste do Estado”, confessa o engenheiro Jayro Poggi,

E quanto à acessibilidade, aspecto fun-damental para a razão de ser do projeto? Pelas previsões do Governo de Pernam-buco, apesar das crescentes dificuldades de fluidez do trânsito no Recife e na RMR, isso não será um problema. É que além das já existentes vias - BRs 232 e 101, Caxangá (radial da copa), Abdias de Carvalho - e linhas do metrô, novos acessos serão via-bilizados com a duplicação da BR-408, am-pliação da rodovia UR-7 e construção de

uma nova linha VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e uma nova estação de metrô. É justamente a localização, no município de São Lourenço da Mata, que irá facilitar o deslocamento da população até o empre-endimento, distante 19 quilômetros do Aeroporto Internacional dos Guararapes (Gilberto Freyre) e do porto do Recife, e a apenas três quilômetros do Terminal Inte-grado de Passageiros (TIP).

UMA CIDADE EM JOGO

O traçado do projeto só confirma

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ARQUITETURA & INTERIORES

Esboço do Masterplan (plano diretor) da nova centralidade

ÁREA TOTAL 240ha (100%)

ÁREA EDIFICADA 130ha (54%)

Arena Pernambuco 50ha (21%)

Entretenimento 20ha (8%)

Negócios/P&D 5ha (2%)

Residencial 19ha (8%)

Educacional 10ha (4%)

Residências/escritórios (misto) 26ha (11%)

ÁREA NÃO EDIFICADA 110ha (46%)

Áreas verdes / espaços públicos 80ha (33%)

Vias principais 30ha (13%)

Eduardo Martino

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Residencial /escritórios(usos mistos)

Residencial Campus

educacionalResidencial /

escritórios Entrentenimento Arena indoor Arena da Copa

Indústria/tecnologia

Hotel e convenções

tamanho otimismo. A Cidade da Copa está orçada em nada menos de R$ 1,06 bi-lhão e, uma vez concluída, irá representar um novo conceito de bairro urbano, com amplo espaço para entretenimento, insta-lado numa área de 250 hectares, o equiva-lente a quase 300 campos oficiais de fute-bol. Além da Arena 2014 que irá ocupar 50 hectares, no complexo estão previstas instalações do Hospital Metropolitano Oeste, do campus universitário e da escola técnica, num espaço de 10ha. Além disso, uma área de cinco hectares para comér-cio e serviços, e 26ha destinados a servi-ços de hotelaria, negócios e residências. Tudo isso aliado a um grande complexo de entretenimento distribuído em 20ha, que corresponderá a 8% da área total com shopping center, cinemas, teatros, restau-rantes, centro de convenções e arena in-door. Mais do que um projeto esportivo, a Cidade da Copa foi concebida para ser

a primeira smart city (cidade inteligente) do Brasil, um novo conceito de moradia, trabalho e lazer; um refúgio que promete proporcionar um padrão de qualidade de vida escasso nos atuais centros urbanos.

O complexo também será referência em termos de tecnologia de ponta, para im-plantação, manutenção e monitoramento da segurança, gerenciamento de energia e adoção de programas e serviços integra-dos, sendo capaz de atrair empresas para se instalarem no local. Ao mesmo tempo e se-guindo uma tendência mundial, um terço da cidade será de área verde, o equivalente a quase 12 parques da Jaqueira, o maior do Recife. Também serão priorizadas as fontes de água natural provenientes do Rio Capi-baribe, que margeia o local, considerando o conceito de sustentabilidade.

A versão final do Masterplan (plano diretor do projeto) será apresentada no próximo mês de setembro, assim como o

nome definitivo do projeto. Na ocasião, a construtora Odebrecht, responsável pela obra, fará o detalhamento da arquitetura, engenharia e infraestrutura. Uma série de financiamentos - privados e públicos - está prevista em nome de um objetivo maior que é cumprir o compromisso do projeto: desenvolver uma nova centralidade urbana na zona oeste da RMR, capaz de alavancar o desenvolvimento da região, onde toda a área que irá abrigar o empreendimento até então esteve ociosa. Trata-se de um in-vestimento inovador que também prome-te consolidar-se como um dos principais destinos de entretenimento no Estado, proporcionando um marco histórico para Pernambuco, inclusive na pós-copa.

PARCERIAS

Todo o investimento aplicado no proje-to até agora veio da concessionária da qual

fazem parte a Odebrecht Participações e Investimentos e a Odebrecht Infraestrutu-ra. Porém, como a construção e operação da arena seguem o modelo de parceria pú-blico-privada, parte dos recursos para via-bilização do megaempreendimento deverá vir do próprio Governo do Estado. Além disso, para cumprir o contrato que prevê, além da construção do estádio, os servi-ços de exploração, operação e manutenção pelo prazo de até 33 anos, o Consórcio Arena Pernambuco ainda usará financia-mentos de um banco privado, bem como do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já apro-vou um empréstimo de R$ 280 milhões.

Do ponto de vista técnico, o pro-jeto também é fruto de parcerias com empresas internacionais de referência no setor, responsáveis pelo planeja-mento arquitetônico e urbanístico do

megaprojeto. Uma delas é a AEG Deve-lopment, que já trabalha com a conces-sionária por meio da AEG Facilities, lí-der mundial no setor de entretenimento e responsável pelo modelo de operação

da arena pernambucana. A outra é a Ae-com, contratada para realizar os estudos de mercado e que fez o planejamento do legado urbano das olimpíadas de Lon-dres para 2012.

Em julho, 800 funcionários

trabalham até a madrugada na

Cidade da Copa. No próximo ano,

serão 2.100

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ARQUITETURA & INTERIORES

ACESSO PERMITIDO PARA PROFISSIONAIS

S egundo o Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE), cerca de 24,6 milhões de brasileiros, ou

14,5% da população, apresentam algum tipo de incapacidade ou deficiência. São pessoas com dificuldades parciais ou to-tais para enxergar, ouvir e locomover-se, ou mesmo com alguma deficiência mental. Curiosamente, os cinco Estados com as maiores taxas de pessoas com deficiência estão no Nordeste. Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco e Ceará têm, em média, 17% de suas populações com algu-ma deficiência. Os profissionais da cons-trução e da arquitetura da região começam a se preocupar com questões de acessibili-dade em seus projetos.

Muitas cidades contemplam em suas leis normas de acessibilidade para ruas e prédios públicos. Mas quando o assunto recai nas áreas internas, principalmente de imóveis privados, escritórios e residên-cias, fica por conta do proprietário avaliar suas necessidades e encontrar um profis-sional que possa projetar um ambiente que alie funcionalidade, beleza e harmo-nia. Neste escopo, o arquiteto de interiores aparece como uma figura fundamental. Essa necessidade é um nicho de mercado que se abre para tais profissionais, embo-ra muitos arquitetos de interiores não se interessem por projetos de acessibilidade, porque acham difícil aliar beleza a produ-tos assistivos como rampas e corrimãos.

Adriana Cavendish, arquiteta integrante do Novo Núcleo de Profissionais, Arqui-tetos e Designers, considera um ambiente assim como um desafio. “O objetivo nes-se tipo de projeto é a funcionalidade que, muitas vezes, limita o bonito, o design, o estético”, diz a arquiteta que, a convite da Construir NE, visitou a exposição Casa Acessível, montada no Shopping Center Recife pelo Intituto Muito Especial, uma Oscip de atuação nacional, com sede no Rio de Janeiro. O ambiente reproduz uma casa completa com soluções arquitetô-nicas, objetos e utensílios destinados a promover a autonomia ou a mínima de-pendência de pessoas com dificuldades de locomoção, audição ou visão.

Logo na entrada, a rampa para acesso de cadeirantes tem piso tátil com indicações para deficientes visuais. O corrimão, colocado late-ralmente, tem dois níveis de altura para atender a pessoas de diversas estaturas.

TEXTO | EDILSON VIEIRAFOTOS | ALEXANDRE ALBUQUERQUE

A sala tem a mobília bem distribuída e é ampla o suficiente para permitir um giro completo de uma cadeira de rodas. Os sofás tra-zem uma curiosidade: não dispõem de um dos braços, para per-mitir que o cadeirante possa facilmente passar da cadeira de rodas para o assento da poltrona. “No caso de um deficiente visual, no entanto, é importante que o sofá mantenha os dois braços para que o morador possa encontrá-lo através do tato”, explica Adriana Ca-vendish, lembrando que a Casa Acessível é uma amostra do maior número possível de soluções de acessibilidade. Só que, numa si-tuação real, cada necessidade deve ser avaliada com sensibilidade pelo arquiteto projetista e pelo decorador, “porque ambos serão responsáveis pelo projeto”, alerta a arquiteta. Ainda sobre a mo-bília, as mesas são mais baixas e com pés centralizados. Estantes e racks têm altura ideal para permitir o acesso ou o manuseio de um cadeirante. Até as janelas têm os puxadores mais baixos, a fim de permitir que um cadeirante os alcance. E para provar que um ambiente acessível não precisa ser necessariamente desprovido de beleza, Adriana alerta para o fato da escolha das obras de arte que irão ornar paredes e móveis - “obras que possam ser tocadas e sen-tidas por deficientes visuais”, ensina.

A cozinha e a área de serviço são provavelmente as partes da casa que mais pre-cisam de intervenções, visando à acessibilidade. Por não serem áreas de repouso ou lazer - e sim locais onde existem tarefas a serem feitas, é importante conhecer e dis-por de todo o arsenal de produtos assistivos que o mercado oferece como geladeiras com freezers verticais, lavadoras de roupas com abertura frontal e torneiras com dis-positivos de abertura/fechamento de fácil manuseio. Além disso, balcões, armários e gavetas precisam ser muito bem projetados e construídos, dentro das necessidades do morador. Na exposição Casa Acessível, encontramos um armário cujas prateleiras podiam ser baixadas por um dispositivo elétrico. Um luxo que já existe no mercado nacional. Interruptores mais baixos e eletrodomésticos com etiquetas de instruções em Braille também são recursos que podem ser disponibilizados.

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39| AGOSTO 201138 |

ano II | nº 7 | julho 2011

ARQUITETURA & INTERIORES

O banheiro é outra área que exige aten-ção. Pias devem ter uma altura ideal para o seu usuário. Se na casa houver moradores não portadores de deficiência, pode-se instalar um sistema de elevação/rebaixamento da pia através de um pequeno motor elétrico. Já o vaso sanitário deve permitir o acoplamento da cadeira de rodas higiênica, muito comum no mercado, e o chuveiro ideal deve ser do tipo ducha manual. Se vier acompanhado de uma cadeira plástica basculável, como a apre-sentada na exposição, ainda melhor. Na Casa Acessível havia ainda uma banheira com um sofisticado sistema de assento, produzido na Itália mas à venda no Brasil. Outro recurso indispensável são os corrimãos, os tapetes an-tiderrapantes e, se possível, uma campainha para ser acionada em casos de emergência. “O banheiro é o local da casa mais propenso a acidentes como quedas e escorregões”, alerta Adriana Cavendish.

Nos quartos, a mesma preocupação com armários e gavetas na altura ideal e camas mais baixas que permitam a transição do cadeirante. A exposição mostrou ainda um quarto/escritório com diversos equipa-mentos como aparelho de telefone para pessoas de audição reduzida e computador com teclado especial para deficientes visuais.

Adriana Cavendish acredita que já exista um interesse maior dos profissionais da arquitetura de interiores pelas questões de acessibilida-de, até porque a população brasileira está envelhecendo e isso também representa perda de alguma mobilidade, com pessoas precisando ter seus lares readequados. Uma palestra sobre Casa Acessível, promovida pelo Novo Núcleo no período da exposição, reuniu cerca de 220 pro-fissionais (arquitetos, designers e decoradores). “O mercado brasileiro ainda tem muito a caminhar na oferta de produtos assistivos, mas acre-dito que não há mais como desviar o olhar dessa realidade e desse novo mundo, que procura ser acessível a todos”, conclui a arquiteta.

EU DIGOIluminação sustentável é requisito para Leed

ENTREVISTAMaria Clara Coracini e os avanços do GBC Brasil

INFINITA. ATÉ QUANDO?

Construção já adota sistemas de gestão e equipamentos para conservação da água

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EXPEDIENTE SUMÁRIO

CARO LEITOR

EU DIGO

ENTREVISTA

CAPA

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6

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É bom vermos, a cada edição, que cresce a preocupação de empresas e profis-sionais da construção com o meio ambiente. Nossa redação recebe, diariamen-te, notícias e sugestões de pautas sobre iniciativas, produtos ambientalmente responsáveis, novas práticas e sistemas de gestão que demonstram o quanto a sustentabilidade está sendo incluída no dia a dia do setor produtivo. Neste número de Vida Sustentável, mostramos que o sistema Aqua coloca o aproveita-mento e o melhor uso da água como atitudes a serem tomadas pelas empresas que querem obter esta certificação ambiental, concedida pela Fundação Van-zolini. Não faltam dispositivos ou acessórios que podem ajudar a economizar esse ativo da natureza. Nossa entrevistada, a diretora executiva do Green Buil-ding Concil - o GBC Brasil, Maria Clara Coracini, conta que tem aumentado o uso da certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) no Brasil, provando que os construtores estão percebendo os ganhos de investir num sistema que, além de econômico, valoriza os imóveis. No espaço Eu Digo, a opinião do engenheiro elétrico Ronald Leptich sobre os cuidados que devem ser tomados com a iluminação pelos projetos que querem garantir a Leed e ganhar o passaporte verde da qualidade ambiental.

Boa leitura.

Elaine Lyra(publisher)

CONSELHO EDITORIALAna Lúcia Rodrigues

Carlos ValleInez Luz Gomes

José Lucas SimonKilvio Alessandro Ferraz

Ozeas OmenaRenato LealRicardo Leal

Serapião Bispo

PUBLISHERElaine Lyra

[email protected]

EDITORA EXECUTIVAEtiene Ramos

[email protected]

REPÓRTERPatrícia Braga

COLABORAÇÃO TÉCNICARoberta Marques Feijó | gestora ambiental

REVISÃO DE TEXTOBetânia Jerônimo

[email protected]

FOTO (CAPA)Martyn E. Jones (stock.xchng)

O engenheiro elétrico Ronald Leptich dá dicas de iluminação para a certificação Leed

A água pode ser usada racionalmente, seguindo princípios da constru-ção sustentável

A diretora executiva do GBC Brasil, Maria Clara Coracini, defende incenti-vos para ações ambientais

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N ão é de hoje que o mundo está atento às questões da sus-tentabilidade. Há mais de 30

anos, quando foi instituída a certificação do Green Building Council Brasil (que em tradução livre para o português quer dizer “prédios verdes”) para as constru-ções que têm como foco a preservação da natureza, este assunto ganhou mais atenção. A concepção da ideia tem como objetivo fazer com que as edificações agridam o mínimo possível o meio am-biente, sendo esta característica ates-tada pelo selo Leed® - Leadership in Energy and Environmental Design. Os edifícios devem aplicar medidas para aumentar a eficiência no uso de recursos naturais, promovendo mais benefícios socioambientais. A certificação leva em conta cinco critérios: desenvolvimento local sustentável, uso racional de água, eficiência energética, seleção de mate-riais e qualidade ambiental interna.

Dentre todas essas questões, pode-mos afirmar que a iluminação está pre-sente em mais da metade delas. Por isso apresento algumas dicas sobre como as tecnologias para geração de luz fazem a diferença para um projeto que deseja conseguir a certificação criada para as edificações verdes.

Eficiência energéticaHoje já estão disponíveis no mercado

brasileiro lâmpadas capazes de economi-zar uma grande quantidade de energia, em comparação com as tecnologias ante-riores. Quando aplicamos esses produtos em grandes sistemas, somos capazes de gerar uma redução energética que, com certeza, impacta positivamente na saúde da empresa e das questões financeiras. Para se ter uma ideia, a troca de uma lâm-pada modelo T8 por uma T5 (com diâme-tro menor) pode gerar uma redução no consumo de até 30%. Quando pensamos em sistemas que utilizam mais de 200 lâmpadas de uma vez, por exemplo, pode-mos enxergar a significativa diminuição dos impactos.

Seleção de materiaisDesde o início, a constituição de um pro-

jeto deve ser pensada com base na utilização de materiais de qualidade que tenham foco em sustentabilidade. Produtos que não são certificados por órgãos regulamentadores comprometidos podem, além de oferecer um risco ao sistema elétrico do prédio, con-sumir mais energia que a descrita na emba-lagem. Vale lembrar que a escolha aplica-se, no campo da iluminação, não apenas para as lâmpadas, mas também para os reatores e

ILUMINAÇÃO É CRITÉRIO PARA A CERTIFICAÇÃO LEED®

fontes, itens decisivos para a eficiência dos sistemas de iluminação.

Qualidade ambiental internaPara proporcionar conforto visual nas

dependências do prédio, é essencial que as lâmpadas estejam instaladas corretamente e que a quantidade de luz emitida seja agra-dável para as pessoas e suas atividades, la-borais ou não. Neste quesito, alguns critérios devem ser levados em conta como a instala-ção das lâmpadas em lugares corretos, a fim de que não haja “briga” com a iluminação natural, e a priorização por sistemas de ilu-minação dimerizáveis, que permitem usar de forma racional a iluminação e, consequente-mente, gerar um menor gasto energético.

Antes de construir, é importante ter em mente que um profissional especializado em arquitetura e luminotécnica pode sempre dar as melhores orientações sobre cada ponto do projeto, de forma específica. Assim, ele pode dizer onde e como cada produto deve ser instalado nos edifícios. Porém, depois de pequenas orientações, já podemos perceber o quanto a luz influencia diretamente nos critérios para uma construção ser classificada com o selo do Green Building Council Brasil.

RONALD LEPTICH *

EU DIGO

AGENDA

CONCURSO DE MONOGRAFIAS SOBRE ENERGIAS RENOVÁVEIS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

O Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) promove o Concurso Mercosul em Energias Renováveis e Eficiên-cia Energética para estudantes de graduação e pós-graduação do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai. Serão premiadas, em dinheiro, uma monografia de gradu-ação e uma de pós-graduação de cada país participante, com prêmios de US$ 5.000 e US$ 10.000, respectivamente. As oito monografias vencedoras serão pu-blicadas em livro e CD-ROM em português e espanhol. As inscrições vão até 22 de novembro de 2011 e podem ser feitas pela Internet (www.institutoideal.org).

PRÊMIO ECO 2011

Promovido pelo jornal Valor Econômico e pela Amcham Brasil (Câmara de Comércio Americana), o prêmio ECO está na sua 29ª edição. Em 2011, terá duas modalidades: Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade (Elis), que se

relaciona com modelos de negócios e estratégias mais amplas da empresa que incorporam o tema; e Práticas de Sustentabilidade, subdividida nas categorias Sustentabilidade em Produtos e/ou Serviços e Sustentabilidade em Processos. As inscrições vão até o dia 29 de agosto pela Internet (www.premioeco.com.br).

GREENBUILDING BRASIL DEBATE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

A 2ª Greenbuilding Brasil – Conferência & Expo, principal fórum de discussão sobre construções sustentáveis do país, reunirá especialistas, empresários, con-sultores e profissionais do setor, de 29 a 31 de agosto, na sede da Fecomércio, em São Paulo. O evento, promovido pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, com apoio e coordenação do Green Building Council (GBC Brasil), contará com palestrantes nacionais e internacionais, que apresentarão melhores práticas, soluções e tendências em projetos verdes. Informações pela Internet (www.gbcbrasil.org.br).

* Ronald Leptich é engenheiro elétrico e gerente de produto da Osram.

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Como a sustentabilidade na construção é vista hoje pelos empresários brasileiros? A visão atual mudou na última década?

A visão atual é, sem dúvida, diferente de dez anos atrás. O conhecimento sobre o que abarca o tema sustentabilidade está evoluindo em todos os indivíduos. Aprende-se todos os dias. É uma mudan-ça de cultura e atitude em relação ao meio ambiente e ao planeta. Em algumas em-presas, o tema é disseminado de forma mais rápida, sendo parte dos valores e da estratégia da empresa, e fazendo com que existam ações alinhadas a ele. Os empre-sários brasileiros do setor da construção têm, cada vez mais, aplicado os conceitos de construção sustentável nas obras, em especial as de uso comercial conheci-das como “triple A”, pois reconhecem os

inúmeros benefícios econômicos, sociais e ambientais, além dos relacionados com a imagem da empresa.

Na sua opinião, as boas práticas socioam-bientais devem contar com mecanismos de compensação que beneficiem quem não polui e punam quem polui, como acontece na Europa?

Na minha opinião, sim, mas elas devem vir acompanhadas de um grande programa de reeducação. Há anos pessoas, empre-sas e governos atuam de maneira abusi-va e inconsequente, em relação ao meio ambiente, criando hábitos errados. Se ti-véssemos sido educados diferentemente, certamente não estaríamos vendo tantas destruições e decisões com visão de curto prazo. A nova geração entende melhor o

que está acontecendo e é a esperança de maior responsabilidade no tratamento do meio ambiente.

O que uma política de incentivos fiscais à sustentabilidade na construção pode fa-zer pela imagem do setor?

Temos imóveis antigos e novos. É mais fá-cil você mudar um projeto antes da cons-trução do que algo que já foi construído. Os incentivos são muito bem-vindos para quem quer fazer reformas e mudar equipa-mentos e sistemas ineficientes. Certamen-te essas reformas já geram uma boa econo-mia para o usuário e para o governo, além da redução do impacto negativo resultante da emissão de gases estufa e do uso de água e energia. Para novas construções, se não houver leis obrigando a implantação

de práticas sustentáveis, elas depende-rão de incentivos para optar sobre como construir. A mudança demorará mais. En-tretanto, muitos construtores aplicarão os conceitos de construção sustentável, pois conhecem os benefícios econômicos e de imagem trazidos por ela.

O que a certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) pode trazer para uma empresa de construção?

São vários os benefícios: um excelente processo que implica planejamento, de-senho, projeto, disciplina na execução, custos dentro do planejado e mitigação dos impactos negativos da construção no meio ambiente, graças ao conhecimento que se adquire por aplicar o processo Leed (economia de energia, uso eficiente de água, materiais, transporte etc). Além dos benefícios resultantes dessa visão holís-tica aplicada à construção, há também os relacionados com a rapidez na venda e a valorização do imóvel.

Como e quanto custa conseguir essa certificação?

Há o custo do registro do projeto da obra (US$ 900) no sistema Leed - o GBCI - e o custo da certificação ao fim do proces-so, que varia conforme o tamanho do empreendimento (de US$ 3,400 a US$ 9,500). Outro custo envolvido diz respei-to à consultoria para assessorar a empre-sa responsável pela construção, desde a concepção do projeto até a entrega e certificação. Esses custos dependem da complexidade, do local e do tamanho da obra. Há custos com empresa de comis-sionamento, que funciona como uma au-ditoria da obra, para assegurar que todos os sistemas, principalmente os elétricos, estejam em conformidade com o que foi contratado, e custos com simulação du-rante a etapa do projeto.

Há como identificar as regiões do Brasil onde a atenção com a sustentabilidade, na construção, é mais forte ou mais fraca?

Há atualmente uma grande concentração na Região Sudeste, mas existem projetos

em praticamente todos os Estados do Bra-sil, muitos influenciados por cursos e semi-nários sobre construções sustentáveis, que damos em todo o Brasil.

Quais as metas do GBC Brasil para 2011 e até 2020?

Temos metas para atingir um público cada vez maior com seminários, cursos, pós-graduações e congressos, pois infor-mação, educação e capacitação de pro-fissionais são fatores primordiais para a mudança de cultura. No ano passado, ti-vemos a participação de mais de 10.000 pessoas nos eventos. Este número deve acompanhar o crescente interesse pelo tema ao longo dos próximos anos. Es-peramos um número maior de projetos buscando certificação - hoje 300 (desde 2007), com estimativa de chegar a 350 até o final do ano, Há membros que nos apoiam em nossos esforços de mudança de cultura da construção no país - hoje mais de 450. Gostaríamos de alcançar 500 empresas até o final do ano.

ENTREVISTA

Div

ulga

ção

A CONSTRUÇÃO VERDE MAIS MADURA

O s conceitos da construção sustentável vêm ganhando cada vez mais seguidores no país. Em todas as regiões, novos projetos são implantados seguindo a certificação

Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), que vem sendo difundida pelo GBC Brasil, o Green Bulding Concil - um dos 20 membros do World Green Buildind Council, entidade supra-nacional que regula e incentiva a criação de conselhos nacionais. Hoje o Brasil já é o quinto no ranking mundial de construções verdes, com 28 prédios certificados e 274 em processo de certifi-cação, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Emirados Árabes, Canadá e China. Nesta entrevista à editora da Construir NE, Etiene Ramos, a diretora executiva do GBC Brasil, Maria Clara Coracini, fala sobre as mudanças verdes que começam a ser plantadas pe-los construtores brasileiros e defende incentivos para que elas floresçam e frutifiquem em ganhos de imagem e economia para as empresas e, claro, para o meio ambiente.

ETIENE RAMOS

Os empresários brasileiros do setor da construção têm, cada vez mais, aplicado os conceitos de construção sustentável nas obras, em especial nas de uso comercial conhecidas como triple A

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T odo setor passa por processos de adaptação em função das fases que atravessa. Na construção civil, as

mudanças, ou melhor, as evoluções costu-mam seguir tendências mundiais normal-mente capitaneadas pelos países desenvol-vidos. A defesa da sustentabilidade, por exemplo, vem mudando antigos conceitos na construção de obras residenciais e co-merciais. A Lei 9.985/2000 institui o Siste-ma Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Snuc) e estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação, defendendo a “exploração do ambiente de maneira a ga-rantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos”.

Seguindo esse princípio legal, no Bra-sil construtores e arquitetos passaram a

investir em projetos comprometidos com a preservação ambiental, que incluem o aproveitamento correto da água entre os principais critérios. Desta forma, obras e empreendimentos em andamento estão seguindo a metodologia do sistema Aqua (Alta Qualidade Ambiental), sendo planeja-dos e mantidos de acordo com normas de consciência ambiental que, no caso da água, podem reduzir o consumo em até 40%. Tra-ta-se de uma economia que gera benefícios de ordem econômica e assegura a preserva-ção com o uso de recursos naturais.

O Aqua é um sistema de gestão ba-seado numa certificação da Fundação Vanzolini, com sede em São Paulo, que atua desde 1967 e reconhece sistemas que priorizam fatores como qualidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional

e responsabilidade social em produtos da construção civil. De acordo com o profes-sor Manuel Martins, coordenador execu-tivo do sistema Aqua, um planejamento sustentável e eficiente deve estar presente em todo o “ciclo de vida” de um edifício, ou seja, da concepção (projeto) e construção (obra) até a operação (uso), manutenção e demolição. Ao definir o local, é neces-sário verificar a permeabilidade do solo e o nível de impacto que a obra vai causar. “Tem que haver gestão da água do solo para não esgotar o lençol subterrâneo. Para isso, é preciso que se faça um cálculo de vazão”, orienta. Também é necessário de-finir aspectos como a função do imóvel, as condições econômicas disponíveis e as técnicas que serão utilizadas no controle de gasto da água, tudo em consonância com a

legislação vigente. Para que os empreendimentos, os cha-

mados “edifícios verdes”, atendam aos cri-térios de desempenho da Qualidade Am-biental do Edifício (QAE), é fundamental observar os 14 critérios de sustentabilidade que incluem, além do ambiente construí-do, aspectos como entorno, infraestrutura, acessos, conectividade urbana/ecossiste-ma, materiais e produtos de baixo impacto ambiental e com durabilidade compatível com o tempo de construção da edificação, canteiro de obras com redução de consumo de água e energia, destinação correta de re-síduos, eliminação ou redução da poluição, arquitetura adaptada aos sistemas prediais de baixo consumo de água e energia, con-forto térmico (e acústico, visual e olfativo), qualidade sanitária e aproveitamento da água de chuva, que é captada, armazenada e tratada através de filtragem para só de-pois ser utilizada na higienização externa do prédio e na irrigação de áreas verdes. “É preciso eliminar a água que cai no início da chuva, que desce com a sujeira acumula-da nos telhados. O restante é armazenado e tratado por filtros para reter partículas, com substâncias como o cloro, por exem-plo, capazes de eliminar bactérias”, detalha Manuel Martins. Ele explica que essa mes-ma água é infiltrada no próprio terreno, reabastecendo o lençol subterrâneo.

“O reaproveitamento de água no cantei-ro pode ser feito de diversas maneiras, sem acarretar custos extras para a obra. Como exemplo, citaria o uso da água dos lavatórios para lavagem de mictórios e caixas de des-carga”, orienta o engenheiro civil, mestre em engenharia e consultor na área de constru-ção sustentável, Luiz Priori Jr. Segundo ele, ações como essas podem ser desdobradas, dependendo do interesse e da criatividade dos engenheiros e projetistas. Priori tam-bém ressalta que, dependendo do tamanho e do tipo de canteiro durante a construção, também podem ser reaproveitadas a água da chuva e a chamada “água cinza”, ou seja, proveniente de pias e chuveiros. As duas alternativas podem, após um processo de tratamento, ser aplicadas durante a vida útil do edifício, na limpeza das áreas externas.

Já para o aproveitamento interno, ou seja, nos apartamentos, há dispositivos ou acessórios economizadores que limitam

a pressão da água em prédios altos. En-tre eles, torneiras com arejadores, bacias e válvulas sanitárias duplas com redutor de pressão – viáveis também para empre-endimentos simples, além de torneiras e chuveiros com mecanismos para redução do consumo. “O empreendedor tem que mostrar que a obra não contribui com o desperdício”, orienta Martins, ressaltando que a preocupação em construir um pré-dio ecologicamente correto começa já na definição do terreno.

Além de resguardar o meio ambiente e garantir o conforto e, principalmente, a saúde dos moradores e/ou funcionários, as edificações planejadas e mantidas dentro das normas de gestão da água permitem economia nas próprias contas dos aparta-mentos ou salas. Isto no caso de prédios apenas residenciais ou comerciais, porque o sistema correto de utilização e reapro-veitamento da água também é aplicado em obras de maior porte como centros de lo-gística, aeroportos e shopping centers.

O LADO CONCRETO DA SUSTENTABILIDADE

Na opinião do consultor Luiz Piori Jr., é importante definir o que se entende por “edifício verde”, uma vez que ainda não existe normatização para delimitar o que seria um edifício sustentável (chamado vulgarmente de “verde”). Segundo ele, esta concepção poderia ser aplicada aos imó-veis capazes de gerar sua própria energia, reaproveitando toda a água consumida - o que ainda não é feito em larga escala. Para tornar o edifício mais (ou menos) susten-tável, pode-se lançar mão de certas tec-nologias existentes no mercado. “No uso racional de água, um passo importante foi a instauração da exigência, pelos órgãos competentes, da medição individualizada de água, que comprovadamente reduz o consumo para os edifícios construídos no Recife”, esclarece.

Priori destaca outras ações de simples execução, tais como o uso de vasos sanitá-rios de caixas acopladas com duplo acio-namento e de redutores de vazão nas pias e lavatórios. Quanto à utilização da água de chuva, o consultor destaca que isto já é exigido pelas prefeituras de algumas capitais

do Sudeste e Sul do país, mas no caso de uma cidade como o Recife, que não apre-senta um volume de chuvas bem distribuído durante todo o ano, a obrigatoriedade aca-ba sujeita a restrições. Já a reutilização nos apartamentos da “água cinza” (proveniente de chuveiros, pias, lavatórios e tanques de lavar roupa) é, na opinião do engenheiro, um processo viável, mas esbarra no custo elevado e na falta de espaço disponível na maioria das edificações urbanas.

Questionado sobre a prática de perfu-ração de poços artesianos que ocorria em larga escala na Região Metropolitana do Re-cife, Luiz admite que por tido sido feita sem os devidos cuidados, foi responsável pela sa-linização e por uma considerável diminui-ção do nível de água, a ponto de inviabilizar a captação do insumo na área. Por motivos desta natureza, a Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) proibiu a perfuração de novos poços, a não ser em casos extremos. “O processo de re-tirada excessiva da água do lençol freático pode incorrer no afundamento do solo da

ÁGUA:CONSTRUIR COM QUALIDADE PARA NÃO FALTAR

A legislação ambiental no Brasil impulsiona a adoção de certificações e novos modelos de gestão para redução do uso da água. Ganham as construtoras e o meio ambiente

PATRÍCIA BRAGA

Chuveiros e torneiras mais econômicos atenuam o consumo

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Divulgação Divulgação

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região, uma vez que vão se formando va-zios”, detalha lembrando que o poço perfu-rado durante a fase de construção também tinha como objetivo ser utilizado pelo con-domínio, depois da obra pronta. Porém o engenheiro lembra que existe uma diferen-ça entre os poços artesianos profundos, cuja água é potável, e os chamados poços rasos, que são pouco profundos e cuja água não é potável, mas pode ser usada para outros fins. “A perfuração desses tipos de poço ain-da é permitida, sendo a sua permanência, depois da obra pronta, uma opção da cons-trutora, juntamente com o condomínio, dependendo da utilidade da água para os moradores do edifício”.

Para Priori Júnior, entre as ações de-senvolvidas na fase de construção para a racionalização da água, a mais impor-tante e de efeitos mais duradouros é mes-mo a educativa. É preciso levar para os operários noções sobre a importância de se consumir com moderação, evitando o desperdício do insumo. “Essa capacitação

melhora o consumo na obra, gerando um efeito em cadeia”, acredita. Na realidade, o investimento das novas construções em processos ecologicamente corretos é uma tendência irreversível. Na capital de Per-nambuco, um projeto de lei aprovado na Câmara Municipal obriga a instalação de reservatórios e captadores para reapro-veitamento de águas da chuva, nos pos-tos de combustíveis e em estabelecimen-tos com sistema de lavagem de veículos. Um dos muitos exemplos pelo país de preocupação com a preservação de um dos bens naturais mais importantes do mundo: a água.

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50

CADERNO TÉCNICO

TRABALHADOR E MEIO AMBIENTE, UNIÃO PELA SUSTENTABILIDADE

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| AGOSTO 201152 | AGOSTO 2011 | | 53

1 INTRODUÇÃO

Este artigo apresenta uma breve re-visão bibliográfica referente ao tema da sustentabilidade na construção, abor-dando alguns conceitos aceitos mun-dialmente e analisando normas técnicas pertinentes que podem incorporar estra-tégias que garantam a segurança e a saú-de do trabalho, no contexto da constru-ção sustentável.

2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

De acordo com uma definição ela-borada pela Comissão Brundtland, de 1987, desenvolvimento sustentável é aquele através do qual as necessidades do presente são satisfeitas sem, no entanto, comprometer as capacidades das gera-ções futuras de satisfazerem às suas pró-prias necessidades (WCED, 1990).

As principais dimensões do desenvol-vimento sustentável são as seguintes: eco-nômica, dirigida à capacidade de geração de renda para a população; sociocultural, relacionada com a preservação da cultura e da qualidade de vida, de acordo com as especificidades de cada região; e ambiental, relacionada com a utilização racional dos

recursos naturais, a partir de uma visão holística da capacidade de regeneração dos ecossistemas. A interseção dessas dimen-sões resulta no desenvolvimento sustentá-vel, conforme a Figura 1.

Na interseção entre as dimensões social e econômica do desenvolvimento susten-tável, percebe-se a possibilidade de incor-porar as preocupações relacionadas com a segurança e a saúde do trabalhador.

De acordo com uma pesquisa feita pelo Marketing Green (2011), nos Esta-dos Unidos, com o mercado americano se recuperando da recessão, as empresas estão brigando por melhores trabalhado-res no mercado e estes estão escolhendo seus empregos baseados no que as empre-sas oferecem de vantagem. Nesse sentido, apresentar-se como uma empresa susten-tável funciona como uma poderosa ferra-menta de recrutamento e retenção de tra-balhadores na empresa. Cerca de 80% dos trabalhadores que responderam à pesquisa

disseram preferir trabalhar para empresas que realizem trabalhos sustentáveis. Isso serve também para o ambiente da constru-ção civil, onde os trabalhadores preferem empresas onde a responsabilidade social durante o processo construtivo seja plena.

3 CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

O setor da construção civil é um grande gerador de empregos diretos e indiretos do Brasil, desempenhando um papel funda-mental no desenvolvimento da economia. Um país mais sustentável, do ponto de vista social, depende de uma significativa expansão do setor da construção civil, que para ser ambiental e economicamente sus-tentável irá requerer mudanças nos atuais paradigmas de trabalho.

Após sentir os efeitos da crise econô-mica mundial, principalmente entre o quarto trimestre de 2008 e o segundo tri-mestre de 2009 (RESENDE, 2009), houve um crescimento da economia e do mer-cado da construção em 2010, refletido no aumento do PIB da construção e na expansão do mercado imobiliário, im-pulsionado por contratações resultantes do programa Minha Casa, Minha Vida e investimentos em infraestruturas finan-ciados pelo governo federal.

Tendo em vista a necessidade atual brasileira relativa a habitações e a previsão de investimentos no mercado imobiliário, que vêm ao encontro da grande maioria da população, é importante destacar o desenvolvimento da norma técnica de de-sempenho para edificações, a NBR 15575 - Edificações habitacionais de até cinco pavimentos (ABNT, 2008). Esta norma estabelece o desempenho mínimo obriga-tório para alguns sistemas de edifícios ao longo de sua vida útil, havendo uma ex-pectativa o meio técnico que sua aplicação pode mudar a forma como as habitações brasileiras são construídas.

A principal característica da NBR 15575 é que ela foi concebida com base no con-ceito de desempenho e está preocupada com os resultados que um edifício ou siste-ma deve atingir em sendo utilizado (com-portamento em uso). Alguns dos requisi-tos abordados pela norma de desempenho são segurança estrutural e contra incêndio,

desempenho térmico/acústico/lumínico, manutenibilidade (o grau de quanto é di-fícil ou fácil realizar a manutenção de um sistema), conforto tátil e antropodinâmico.

Essa norma vem evidenciar a necessi-dade de se apresentar uma nova metodolo-gia de projeto, que incorpore aspectos que os projetistas brasileiros ainda não estão habituados a conceber, tais como caracte-rização das condições do entorno e desem-penho acústico e térmico de habitações (CREA/SC, 2010). A norma aponta ainda para a importância de se investir em alguns aspectos de segurança aplicáveis à fase de pós-ocupação. Tais aspectos, unidos aos apresentados por Melo Filho (2009) que enfatizam a necessidade de identificar no projeto os aspectos de SST relacionados com os trabalhos de manutenção das edi-ficações, podem representar estratégias importantes que assegurem a segurança dos trabalhadores da construção civil en-volvidos com as diferentes atividades de manutenção necessárias durante a vida útil desses empreendimentos.

4 CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Construções são constantemente apon-tadas como causadoras de problemas am-bientais, devido ao excessivo consumo de recursos globais tanto durante o processo construtivo, com desperdício de materiais e descuido com as condições de trabalho, como com relação à poluição gerada no ambiente (DING, 2008). Melhorar as prá-ticas construtivas, a fim de minimizar seus efeitos negativos no meio ambiente e na sociedade, tem sido o foco da atenção de vários profissionais do setor.

Araújo (2010) define construção sus-tentável como um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entor-no, de forma a atender às necessidades de edificação, habitação e uso do homem mo-derno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras, es-tando, portanto, de acordo com o conceito de sustentabilidade proposto pelo Relató-rio Bruntland da ONU.

Ainda de acordo com Araújo (2010), no início a discussão era sobre edifícios energeticamente mais eficientes, como

forma de enfrentar as crises energéticas. Começou-se a perceber que a construção sustentável não era um modelo para re-solver problemas pontuais, mas uma nova forma de pensar a própria construção e tudo que a envolvesse. Trata-se de um en-foque integrado da própria atividade, de uma abordagem sistêmica em busca de um novo paradigma: intervir no meio ambien-te, preservando-o e, em escala evolutiva, recuperando-o e gerando harmonia no en-torno. Passou-se a observar outros fatores que podem tornar a construção sustentá-vel - o trabalho com o entulho gerado pela obra, a água, o lixo dos moradores e usuá-rios, as emissões de CO2, os gases respon-sáveis pelo efeito estufa e pelo aquecimento global, e a qualidade de vida dos seres vi-vos nos arredores da construção. Sugere-se que se incorporem também a segurança e a saúde dos trabalhadores durante o período de construção e de vida útil das edificações.

Sev (2009) apresenta uma excelente revisão bibliográfica sobre como a indús-tria da construção pode contribuir com o desenvolvimento sustentável. O autor apresenta uma estrutura conceitual que tenta implementar princípios e estratégias de sustentabilidade na indústria da cons-trução, considerando a perspectiva do ci-clo de vida dentro das três dimensões da sustentabilidade.

Recentemente a construção ganhou normas próprias, no âmbito da sustentabi-lidade, por meio do sistema ISO. São elas: ISO/TS 21929-1 (2006) - Sustentabilidade na construção civil / Indicadores da cons-trução, ISO 21930 (2007) - Sustentabilidade na construção civil / Declaração ambiental de produtos para construção e ISO 15392 (2008) - Sustentabilidade na construção ci-vil / Princípios gerais. Elas estabelecem os princípios gerais para a sustentabilidade na construção, introduzindo as bases que pos-sibilitam a criação de critérios de avaliação e indicadores que possam ajudar a medir as contribuições da construção civil para o desenvolvimento sustentável.

É do comitê técnico da ISO (2002), tam-bém, o seguinte conceito de obra susten-tável: “edificação sustentável é aquela que pode manter moderadamente ou melhorar a qualidade de vida e harmonizar-se com o clima, a tradição, a cultura e o ambiente na

 

 

   

Dimensão  Ambiental  

Dimensão  Econômica  

Dimensão  Social  

Economia  Sustentável  

Igualdade  Social  

Ambiente  Local  SUSTENTABILIDADE  

Figura 0 - Intersecções das dimensões que levam ao desenvolvimento sustentável, Fonte: Adaptado a partir de Allendi (2002)

CADERNO TÉCNICO – PEC

SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO NO CONTEXTO DA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVELEmilia Rahnemay Kohlman Rabbani (PEC/Poli/UPE, Recife, Brasil), Said Jalali (Universidade do Mi-nho, Portugal), Béda Barkokébas Júnior (PEC/Poli/UPE, Recife, Brasil) e Pedro Arezes (Universidade do Minho, Portugal)

RESUMO

Nos últimos anos, a ideia de sustentabilidade vem se popularizando como algo imprescindível para a manutenção da vida no planeta. Vários trabalhos acadêmicos abordam temas como construção sustentável e desenvolvimento sustentável, mas pouco ainda se fala sobre a questão socioeconômica envolvendo a segurança e a saúde do trabalhador nesse contexto. É frágil estabelecer que uma construção seja sustentável socialmente, analisando-se apenas o impacto que a obra pode ter em relação aos moradores das circunvizinhanças. Não se pode esquecer dos trabalhadores que frequentam o ambiente construtivo durante as fases de fundação, estrutura, acabamento, manutenção e demolição das obras de construção civil. Fica evidenciada a criação de estratégias e indicadores relacionados com a SST, a fim de que possam ser incorporados a todas as etapas construtivas e de pós-ocupação, dando-se ênfase à avaliação destes nas fases de concepção e planejamento, que será funda-mental para a caracterização de uma construção sustentável. A integração dos indicadores com as normas que avaliam a sustentabilidade das construções poderá estimular investimentos que garantam a segurança e melhorem a qualidade de vida dos trabalhadores do setor.

PaLavras-cHavE

Desenvolvimento sustentável. Sustentabilidade na construção. Segurança do trabalho. Construção civil. Indicadores de segurança.

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AGOSTO 2011 | | 55| AGOSTO 201154 |

região, ao mesmo tempo em que conserva a energia e os recursos, recicla materiais e reduz as substâncias perigosas dentro da capacidade dos ecossistemas locais e glo-bais, ao longo do ciclo de vida do edifício”.

A finalidade de uma construção sus-tentável não é apenas preservar o meio ambiente, mas também proteger seus ocu-pantes ou moradores de riscos ambientais e acidentes existentes no meio externo, principalmente nos grandes centros ur-banos. Assim como no planeta, as intera-ções no interior e no entorno da habitação ecológica devem reproduzir ao máximo as condições do meio: umidade relativa do ar adequada para o ser humano, temperatura estável, sensações de conforto, segurança e bem-estar (ARAÚJO, 2010).

Essas condições devem existir também durante o processo construtivo. A presença de trabalhadores deve ser observada, bem como a existência de ocupantes provisórios que também devem estar protegidos da ex-posição de agentes ambientais e de segu-rança presentes no processo construtivo, os quais podem representar um risco para a sua saúde.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fica evidenciado que, apesar da litera-tura existente sobre construção sustentável dar pouca ênfase à segurança e saúde do trabalhador, na dimensão social da susten-tabilidade, é de fundamental importância que sejam realizados estudos para o desen-volvimento de estratégias específicas que incorporem a preocupação com a segu-rança e saúde do trabalhador nas etapas de planejamento (com ênfase na avaliação de SST no projeto); construção (com meca-nismos de acompanhamento da SST antes do início e durante a obra); ocupação (com ênfase na SST dos trabalhos de manuten-ção das edificações, conforme evidenciado no trabalho de Melo Filho (2009)); e de-molição e descarte de materiais.

A integração de indicadores específicos de SST nas normas que avaliam a susten-tabilidade das construções poderá estimu-lar investimentos do setor que garantam a segurança do trabalhador e melhorem a qualidade de vida dos trabalhadores e a qualidade da construção final.

REFERÊNCIAS

ALLEDI, Cid. Ética, transparência e res-ponsabilidade social. Dissertação (mes-trado profissional em Sistemas de Gestão). UFF. 2002. p. 43.ARAÚJO, Marcelo Augusto. A moderna construção sustentável. Disponível em: <http://www.construcaosustentavel.com.br/pdf/moderna.pdf>. Acesso em 10 jun. 2011.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR-MAS TÉCNICAS. NBR 15575: edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – desempenho - partes 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Rio de Janeiro, 2008.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR-MAS TÉCNICAS. NBR ISO 21930: sus-tentabilidade na construção civil – princí-pios gerais. Rio de Janeiro, 2008.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR-MAS TÉCNICAS. NBR ISO 15392: sus-tentabilidade na construção civil – de-claração ambiental de produtos para construção. Rio de Janeiro, 2007.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR-MAS TÉCNICAS. NBR ISO/TS 21929-1: sustainability in building construction – sustainability indicators – Part 1: Fra-mework for the development of indicators for buildings. Rio de Janeiro, 2006.CREA/SC. Norma de desempenho e no-vas exigências para a construção civil em 2010. Disponível em: http://www.acital.com.br/noticias/norma-de-desempenho--e-as-novas-exigencias-para-a-constru-cao-civil-em-2010 Acesso em 10 out. 2010.DING, Grace K. C. Sustainable construc-tion: the role of environmental assessment tools. Journal of Environmental Manage-ment, Sydney, v. 86, n. 3, p. 451-464, fev. 2008.INTERNACIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO). TC 59/SC 17: sustainability in building construc-tion. 2002.MARKETING GREEN. Marketing Green: green marketing strategies for a sustainable future. Disponível em: http://marketing-green.wordpress.com/2007/11/10/going--green-to-recruit-and-retain-employees/. Acesso em 10 jul. 2011.MELO FILHO, E. C. M. Adequação dos manuais de operação, uso e manutenção

das edificações às normas de SST. 2009. 168p. Dissertação (mestrado) – UPE, Re-cife, Pernabmuco, 2009. Disponível em: http://www.pec.poli.br/conteudo/teses/DISSERTA%C7%C3O_M%C9LO%20FI-LHO.pdf .RESENDE, T. Construção civil prevê expansão de 8,8% em 2010. Folha On--line, 2 dez. 2009. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u660595.shtml>. Acesso em 12 dez. 2009.WORLD COMISSION ON ENVI-RONMENTAL AND DEVELOPMENT (WCED). Our Common Future (The Brundtland Report). Melbourne: WCED, 1990.

Dr. Said Jalali, professor catedrático da Universidade do Minho (Portugal)

Dr. Pedro Arezes, professor assistente da Universidade do Minho (Portugal)

Dra. Emília Kohlman Rabbani, professora adjunta da Universidade de Pernambuco (UPE)

Dr. Béda Barkokébas Júnior, professor adjunto da Universidade de Pernambuco (UPE)

CADERNO TÉCNICO – PEC

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Por que a entrada em vigor da NBR 15575 foi adiada várias vezes?

A norma foi publicada pela Associação Bra-sileira de Normas Técnicas (ABNT), em 12 de maio de 2008, prevendo dois anos de “ca-rência” para que o setor da construção civil se preparasse para atendê-la. Percebeu-se que, na prática, quase não aconteceu nada. Nem construtoras e nem fabricantes de materiais preocuparam-se muito em seguir as novas exigências, mas havia uma consciência que a norma era para valer e todos os envolvidos do setor deveriam se preparar - apesar do susto inicial com a grande demanda de exi-gências e o aumento de custo para a sua apli-cação. Na verdade, a necessidade de revisão, correção e esclarecimento de alguns itens da norma contribuiu para adiar o seu cumpri-mento, visto que as dúvidas seriam agravan-tes para o seu cumprimento. Outro fator foi a ausência de informações técnicas (resultados

de ensaios) de desempenho de materiais e sistemas construtivos, por parte dos fabri-cantes. Minha preocupação é que enquanto não houver comprometimento setorial, no sentido de promover ações que contribuam para o cumprimento da norma, estaremos sempre tentados a transportar a sua exigibi-lidade. A norma, para total aceitação, precisa estar bem revisada, discutida e transparente.

Como as construtoras, em geral, reagi-ram à norma?

Para as construtoras, a norma de desem-penho traz benefícios para a indústria da construção em geral, melhorando desde a qualidade dos produtos até os sistemas de gestão internos de qualidade e seus relacio-namentos com fornecedores, ou seja, todas as etapas do sistema construtivo serão apri-moradas. Ao mesmo tempo, as construtoras se conscientizaram acerca do aumento de

responsabilidade, tendo que assegurar que seus empreendimentos atendam a tais re-quisitos. Para tanto, elas precisarão introdu-zir novas práticas de projeto, especificações, materiais e sistemas construtivos. Também haverá seleção de fornecedores, execução de obras e instruções de uso e manutenção por parte dos consumidores.

As construtoras do Nordeste já seguem as novas determinações da norma?

Algumas construtoras já vêm desenvol-vendo ações nos projetos e na sua execu-ção. Um fator favorável para o aumento de construtoras buscando atender aos re-quisitos da norma foi a homologação de um laboratório local - o Tecomat, no Re-cife, que permite realizar na região análi-ses e ensaios em sistemas construtivos e produtos tradicionais ou inovadores, de forma a avaliar o desempenho potencial

ou o seu provável comportamento em uso, tendo como parâmetro as normas técnicas nacionais ou estrangeiras.

Na sua opinião, quais são os pontos posi-tivos e negativos da NBR 15575?

Como pontos positivos, podemos destacar a exigência para que o construtor garanta, já no memorial, a qualidade, o prazo de vida útil, a garantia e o desempenho de cada sistema da obra comercializada, além da integração de todos eles na construção do empreendimento. É importante que se co-mece – desde o processo de seleção dos for-necedores - a exigir certificado de qualidade e de atendimento à norma. Para os usuários, as responsabilidades das construtoras ficam mais e melhor definidas - melhoria da qua-lidade dos laudos periciais e das decisões judiciais sobre questões referentes a vícios e defeitos de construção; definição clara das responsabilidades dos usuários pelas ações de manutenção; e maior envolvimento dos

NOVA NORMA NBR 15575 VEIO PARA FICAR

projetistas nas responsabilidades da obra. Como pontos negativos, o pequeno número de laboratórios cadastrados para a realiza-ção de ensaios necessários, em todo o Brasil, e a ausência de informações de desempenho

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ção

de produtos para que as construtoras aten-dam aos requisitos da norma.

Existe um temor que a implementação das exigências da norma encareça a obra e aumente o custo para o consumidor, em um mercado que já está com valores elevados. Como contornar isso?

Para os itens da norma de desempenho que foram estabelecidos em função de normas prescritivas, não teremos aumento de cus-to. Já aquelas construtoras que não aten-dem às normas ou trabalham com padrões construtivos muito abaixo dos níveis de desempenho mínimos, haverá um acrés-cimo de custo para elas chegarem ao que a norma exige. Um exemplo é a isolação acústica de impactos em piso e de paredes entre unidades privativas. Não basta ape-nas pensar no custo da construção, mas ter uma visão global da construção. Conheça a NBR 15575 na íntegra, acessando www.construirnordeste.com.br.

O jeito de se construir no Brasil está prestes a passar por pro-fundas mudanças. A partir do dia 12 de março de 2012, passa a ser exigida, em todo o país, a NBR (Norma Brasi-

leira) 15575. Dirigida exclusivamente para construções de até cinco pavimentos, a norma estabelece critérios e métodos de avaliação e desempenho, englobando estrutura, pisos internos, vedações verti-cais (externas e internas), coberturas e instalações hidrossanitárias. Defendida por aqueles que a consideram a evolução necessária ao setor ou criticada pelos exageros em certos parâmetros, o fato é que a NBR 15575 veio para ficar. Em entrevista a Edilson Vieira, Rúbia Sousa, mestre em Engenharia Civil, projetista da Vitruvius Projetos e coordenadora do Grupo de Construção Sustentável do Sinduscon/PE, concluiu que a norma trará ganhos para o setor e para os consu-midores. Confira:

As construtoras se conscientizaram que a responsabilidade aumentará, pois terão que assegurar que seus empreendimentos atendam a tais requisitos

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COMO SE FAZ

PATRÍCIA BRAGA

Q uando ouvimos falar em casa de praia, logo imaginamos um imóvel relativamente compac-

to, prático, bucólico e, ao mesmo tempo, charmoso e confortável. Não é preciso ser especialista em arquitetura para saber que piso, paredes e telhado são fatores básicos na concepção do projeto de um imóvel no litoral. E, em se tratando de teto, a escolha pode, efetivamente, fazer toda a diferença na aparência - que deve se integrar à natu-ralidade do cenário - e em características bem mais importantes como sensação tér-mica, praticidade, durabilidade e eficácia que, efetivamente, só podem ser encontra-das em coberturas que utilizam três tipos de materiais: palha, piaçava e cerâmica.

Para a arquiteta Gisele Carvalho, di-retora da Amplus Projetos de Espaços, a especificação térmica da telha é primordial para que se mantenha um clima natural. A explicação, segundo ela, está no fato de

telhas metálicas e à base de amianto não permitirem que a casa tenha um clima confortável, impedindo que os veranistas desfrutem do típico ar litorâneo. “Não faz sentido fugir do ambiente urbano e não curtir uma atmosfera diferenciada”, opina.

Uma das três alternativas mais eficazes em coberturas para casas de praia, a palha é muito utilizada e ideal para quem, além da preocupação em manter o clima mais natu-ral, também aprecia o estilo rústico. Trata--se de um tipo de cobertura eficaz em vários aspectos, que deixa a desejar em apenas um quesito - a durabilidade: “A palha é perecível e por isso é preciso refazer o telhado a cada verão”, alerta Gisele Carvalho. Já o teto em piaçava, além de integrar o imóvel ao am-biente natural, tem maior durabilidade, com vida útil em torno de quatro anos.

Como palha e piaçava são fibras natu-rais, as pessoas mais indicadas para traba-lhar com estes tipos de matéria-prima são os

próprios “nativos” das cidades praeiras. Ou seja, profissionais com conhecimento em-pírico que, por falta de recursos, aprendem cedo a construir suas próprias residências com fibras naturais. A diferença, de acordo com Gisele, é que nos empreendimentos em questão todo trabalho é acompanhado pelo arquiteto, sendo a técnica utilizada total-mente aperfeiçoada. “A pedido de um clien-te, já utilizei duas camadas de piaçava, uma de lona e mais uma de piaçava”, exemplifica,

lembrando que é imprescindível resguardar a inclinação do telhado para evitar o retor-no da água. E ter muita atenção na hora de fazer os acabamentos das bordas.

Para a arquiteta, as coberturas em cerâ-mica também são indicadas para dar um toque rústico e fundamental na hora de diferenciar as casas dos finais de semana e veraneios localizadas nos centros urba-nos. Mais caras do que as de fibra natural, as telhas cerâmicas são encontradas no mercado em vários modelos, inclusive co-loridas - além do toque de leveza também garantem uma acústica ideal, preservam a luminosidade natural, permitem conforto térmico e são mais duráveis.

DA EUROPA PARA OS TRÓPICOS

Entre as telhas industrializadas que aten-dem aos requisitos ideais para casas de praia, os modelos Design Duo e Clássica, da francesa

Onduline, fabricante de telhas onduladas de origem vegetal, são os mais indicados. A Duo tem ondulação diferenciada e dois lados co-loridos, o que torna o forro desnecessário e deixa a cobertura mais charmosa. Porém, a eficácia da telha depende, essencialmente, da forma como ela é instalada. Trata-se de um fator decisivo para evitar problemas como va-zamentos e goteiras. Para orientar os profis-sionais da área telhadista, o guia de instalação da Onduline garante um processo simples e rápido, e dá as seguintes dicas:

• é preciso considerar o espaçamento (a distância entre os ripões deverá ser de 45cm e de 1m entre os caibros);

• a estrutura do telhado, as bitolas e o ma-deiramento devem ser dimensionados de acordo com a norma vigente;

• a verificação da inclinação é impor-tante, jamais devendo ser inferior a 18%. O ideal é que a telha tenha 27%

de inclinação, para garantir o conforto térmico. E para calcular a inclinação de 27%, é só levantar 27cm a cada metro;

• é essencial dispor as telhas de forma de-sencontrada, para evitar que as bordas levantem com o vento;

• o lado da telha com o nome da marca deve sempre estar voltado para cima e para a cumeeira (que também é feita de fibra vegetal), de forma a ser recoberto pela telha subsequente.

Já para fixar as telhas, a empresa tem pre-gos, parafusos e anilhas que vedam as fixa-ções, evitando a entrada de água da chuva. Como as telhas são muito leves, há uma ne-cessidade de utilizar 20 fixadores por unida-de. Quanto ao beiral, este pode ser de qual-quer tamanho, desde que o madeiramento seja estendido, deixando um balanço de, no máximo, sete centímetros do final do último ripão até o fim da telha.

NA CASA DE PRAIA, O TELHADO FAz A DIFERENÇAA escolha de coberturas naturais, em cerâmica ou com tecnologias inovadoras

Gisele Carvalho: a favor da cobertura natural

Opções diversas unem conforto e praticidade

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ANÚNCIO 1/2 PÁGINACALHAU

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RICARDO CASTRO

DECORAÇÃO & ARQUITETURA

A lém desta coluna na Construir NE, as-sumi um quadro de decoração no pro-

grama Manhã da Gente, veiculado todas as segundas-feiras na TV Arapuan/Rede TV!. O espaço D&A na TV cobre os principais eventos da área e entrevista profissionais dos segmentos de decoração e arquitetura. Ao lado, registro das gravações do quadro D&A.

ESPAÇO D

D&A NA TV

STONE ITALIANA VIVENTO

SACCARO EM FESTA

B astante prestigiado o coquetel de inauguração da mais nova loja/

boutique de pisos e revestimentos finos - a Espaço D, no último dia 13 de julho, em Campina Grande, na Paraíba. O projeto arquitetônico da loja foi assinado pelo trio de jovens arquitetos Giovanni Holanda, Mahayana Gaudêncio e Felipe Albuquer-que. O empreendimento é comandado pelo casal de empresários Danielle e Fer-nando Rabelo.

A empresária Alessandra Ferro, que comanda com a família o Grupo Viven-to, que inclui a Euroline Móveis Planejados e a Vivento Revestimentos,

comemora mais uma vitória. A novidade agora é com a arquiteta Sandra Moura, que escolheu um dos belos lançamentos da Portinari para a nova fachada do con-ceituado restaurante da grife Blunelle, localizado na Av. Epitácio Pessoa. Quem passa por lá já pode conferir a beleza do projeto. Neste click, João, Alessandra e João Paulo Ferro.

O s empresários Teka e Ricardo Ibraildo, franqueados paraibanos da grife de mobiliários Saccaro, estão

cheios de novidades na bela loja da Av. Nego, em Tambaú. Além de lançarem a nova coleção - que está muito chique, mudaram também o layout interno da loja, tendo a facha-da recebido uma trama em ferro que está sendo colocada em todas as lojas do grupo. O detalhe é uma referência aos 65 anos da Saccaro, que adotou um novo e moderno conceito para a sua imagem no Brasil e no exterior.

U ma sessão destinada a arquitetos e construtores, no mesmo dia 13 de julho, no Atlântico Hotel,

em Tambaú, marcou o lançamento da Stone Italiana no mercado de João Pessoa. A empresa especializada em superfícies de quartzo está presente nos projetos de lojas de marcas famosas mundialmente como Gucci, Chanel, Yves Saint Laurent, Armani, Audi, BMW, entre outras. Na Paraíba, é representada por Ramon Rodri-gues, da Granfuji Mármores e Granitos, de Campina Grande, e há seis meses também pode ser encontrada na Oficina do Granito, em João Pessoa, do empresário Douglas Monteiro. Na foto, Sérgio Temporim, Davide Sandrine (Stone Iltaliana), Ramon Rodrigues (Granfu-ji), Suely Vighini e Douglas Monteiro.

O maior e mais importante evento sobre soluções em concreto para a construção civil da América

Latina - o Concrete Show 2011 - acontece-rá entre os dias 31 de agosto e 2 de setem-bro, comprovando sua grandiosidade com ótimos números: o evento deste ano conta com um aumento de 46% no espaço total, na comparação com o ano passado, e 342% em relação à primeira edição, em 2007. A expectativa é receber 28 mil profissionais durante os três dias. Por conta do cresci-mento, o Concrete Show 2011 está em novo endereço: o Centro de Exposições Imigran-tes. Serão mais de 500 expositores nacionais e internacionais - 38% dos quais participan-do pela primeira vez - lançando e apresen-tando suas soluções, movimentando ainda mais o segmento e gerando cerca de R$ 750 milhões em negócios, iniciados durante o evento e fechados ao longo do ano.

Entre os destaques deste ano, encontram--se ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), Abesc (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem), Put-zmeister, Hyundai, Liebherr, Gerdau, Volvo, Atlas Copco e Schwing Stetter.

Segundo Cláudia Godoy, diretora geral da UBM Sienna, promotora e organizado-ra do evento, o Concrete Show desde o seu lançamento tem sido um modelo para o setor de feiras nacional, o que reflete o pa-pel da construção no desenvolvimento do país e o destaque que o Brasil conquistou

no cenário mundial. “A feira é um evento completo, que contempla todas as áreas do mercado da construção civil e onde encon-tramos profissionais em plena atuação no mercado, dos quais muitos são tomadores de decisão em suas empresas. Lá os profis-sionais conseguem ter acesso rápido aos lançamentos, vislumbrando a real dimen-são do mercado”, explica.

CONCRETE CONGRESS 2011 REÚNE SEMINÁRIOS EXCLUSIVOS E MAIS DE 150 PALESTRAS

O Concrete Show também é um ponto de encontro que tem como compromisso a transferência de tecnologia e informação. O Concrete Congress, evento paralelo ao Con-crete Show, vai oferecer 150 palestras e 17 se-minários, abordando os seguintes macrote-mas: Habitação; Capacitação e Qualificação Profissional; Infraestrutura; Normalização, Qualidade e Competitividade e Construção Sustentável e Industrialização da Construção.

Segundo Cláudia Godoy, o 5° Concrete Congress tem o objetivo de debater e atuali-zar os profissionais da área com inovações, tecnologias e tendências mundiais. “Com o aquecimento da construção civil, novas tec-nologias têm surgido para acompanhar as demandas. Por isso a importância do evento para os profissionais da área”, comenta.

As empresas expositoras confirmadas no 5° Concrete Congress, os palestrantes e

a programação completa, com datas e horá-rios, encontram-se no site do evento (www.concreteshow.com.br). Também na Internet é possível se credenciar para visitar a feira, uma oportunidade perfeita para estabelecer bons contatos, expandir conhecimentos e fe-char grandes negócios.

PROMOTORES DO CONCRETE SHOw

O Concrete Show é um evento realizado

pela UBM Sienna, em parceria com a UBM Internacional, através da sua divisão Built Environment - divisão de mídia especiali-zada em negócios imobiliários, construção e arquitetura.

A United Business Media Limited (UBM), empresa líder global em mídia de negócios, sediada em Londres e presente em mais de 30 países, é provedora de negócios para diversos mercados. O grupo, que conta com 6,5 mil funcionários, aproxima compra-dores e fornecedores em todo o mundo, por meio de eventos especializados e mídias im-pressas e eletrônicas.

A consolidação e o sucesso da parceria entre as duas promotoras permitem a ex-pansão internacional das feiras no Brasil, além da realização de eventos já consagra-dos na Europa e Ásia. O Concrete Show Índia, que acontecerá no próximo ano, já tem data marcada: 23 a 25 de fevereiro de 2012, em Mumbai.

TUDO PRONTO PARA O CONCRETE SHOw SOUTH AMERICA 2011Maior evento da cadeia produtiva do concreto na América Latina acontece em agosto e já movimenta o mercado

INFORME PUBLICITÁRIO

Divulgação

Serviço: Concrete Show South América 2011 | Data: 31 de agosto a 2 de setembro de 2011 | Horário: 10h às 20h | Local: Centro de Exposições imigrantes – Rodovia dos Imigrantes (km 1,5)

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O PASSO A PASSO

Com o radier, como é chamada a base de concreto pronta, as paredes são armadas em telas que também recebem conduítes da fiação elétrica, tomadas e encanamentos

Depois da concretagem e da retirada das fôrmas, o acabamento e a colocação de esquadrias e coberta

As fôrmas são colocadas e “fechadas” em torno das paredes armadas, estando prontas para receber o concreto celular

A casa pronta para receber seus moradores

RECEITA “CASEIRA”Sistema construtivo coloca o Concreto Celular Espumoso (CCE) em fôrmas e agiliza, com economia, a construção de habitações

TEXTO | EDILSON VIEIRAFOTOS | ALEXANDRE ALBUQUERQUE

S epare a massa de concreto feita com água, cimento, areia e brita, adicio-nando aditivos e fibra de polipropi-

leno. Bata em uma betoneira até que surjam as microbolhas de ar. Coloque a massa nas fôrmas previamente untadas com desmol-dante e espere cerca de 12 horas. Desenfor-me e está pronto o material básico para a construção rápida de habitações populares: o Concreto Celular Espumoso (CCE).

O processo, com paredes moldadas no local da obra, realmente se assemelha a uma receita de bolo simples, prática e, apa-rentemente, fácil de fazer. Mas como toda receita, tem seus segredos para não desan-dar. Antes de optar por esta nova tecnolo-gia, a Pernambuco Construtora, empresa que assumiu a empreitada de erguer em

Ipojuca, município distante 54 quilômetros do Recife, um edifício residencial para os operários do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), instalado no Complexo Industrial e Portu-ário de Suape, analisou seis tipos diferentes de sistemas construtivos.

O projeto abrange 1.328 casas gemi-nadas de 49m2 cada, construídas em um terreno de 72 hectares com toda infraes-trutura de pavimentação, abastecimento de água e saneamento. As casas serão fi-nanciadas pela Caixa Econômica Federal dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, com valor unitário em torno de R$ 56.000,00. O estaleiro, em ritmo acelera-do de produção, tem pressa em acomodar seus funcionários. A Pernambuco Cons-trutora, por sua vez, teve que buscar um

sistema construtivo de rápida execução, normatizado, eficiente, com características industriais, mas ao mesmo tempo dentro do orçamento previsto. “Não buscáva-mos apenas um custo atraente por metro quadrado de parede”, explica Felipe Grisi, gerente de planejamento da Pernambuco Construtora. “Procurávamos um sistema industrializado e normatizado para facili-tar a liberação da burocracia junto à Caixa Econômica”, finaliza.

Foram analisados sistemas construtivos de paredes de alvenaria em tijolo cerâmi-co; blocos de concreto; steel frame; paredes em concreto pré-moldadas e moldadas no local, com concreto convencional e a tec-nologia do concreto celular. O último sis-tema foi o escolhido para o projeto, pelo

rendimento maior do concreto celular em relação ao concreto convencional, mas não apenas por isso. “O concreto celular é basi-camente o mesmo concreto convencional, acrescido de aditivos e espumígenos que formam microbolhas de ar na mistura, além de fibras de polipropileno que evitam retração das paredes, dando mais leveza ao concreto sem interferir na resistência”, explica Ricardo Andrade, representan-te da Gethal, fornecedora de insumos e

equipamentos para produção do CCE (Concreto Celular Espumoso). Segundo ele, para o projeto, a resistência atende fa-cilmente à especificação igual ou superior a 5MPa (megapascal, unidade de pressão). “O concreto celular rende em volume até 30% mais, se comparado à mistura con-vencional”, conclui Andrade.

Felipe Grisi ratifica a escolha pela nova tecnologia: “O sistema de paredes molda-das no local em concreto celular reuniu

as melhores condições de custo-benefício, mas o diferencial da escolha se deu ainda por se tratar de uma tecnologia aprovada pela Caixa Econômica Federal para a cons-trução de casas e sobrados”. Segundo ele, o sistema elimina a necessidade de elaborar o Sistema Nacional de Aprovações Técni-cas (Sinat) para uma posterior aprovação do Documento de Avaliação Técnica (Da-tec)”, explica o engenheiro. Com a nova tecnologia, o prazo de conclusão da obra

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foi reduzido de 21 para 15 meses - e o his-tograma também, passando de 682 para 504 operários no pico da obra (serventes na sua maioria).

Escolhido o tipo de concreto, a equipe de engenharia da Pernambuco Constru-tora debruçou-se sobre as fôrmas. Foram analisados produtos de quatro fornecedo-res nacionais e estrangeiros. No final, fo-ram escolhidas as fôrmas da BKS, do Rio Grande do Sul. Feitas em polipropileno com molduras em metal galvanizado, pos-suem características que as diferenciam das construídas em alumínio: peso compa-tível, menor número de pontos de fixação – facilitando a montagem e desmontagem, rigidez, planicidade e estanqueidade. “Na prática, não há necessidade de utilizar vi-bradores no enchimento das fôrmas com o concreto celular. Quase não há risco de vazamento nas emendas dos módulos, re-duzindo o retrabalho”, diz o arquiteto João Dalberto Ziani, representante da BKS. As fôrmas possuem 535m2 de área e produti-vidade de 0,36h/m2/homem.

Com seis jogos de fôrmas, foram es-tabelecidas algumas metas de produção dentro do canteiro de obras. As equipes deveriam erguer 14 casas no primeiro mês de trabalho, 52 no segundo e 120 no ter-ceiro mês. Ao completar cinco meses, seis casas são erguidas a cada dia. Tamanha efi-ciência só foi conseguida com treinamento da mão de obra e organização das equipes

numa rotina de produção industrial, tipo linha de produção. Nela os operários são divididos em quatro equipes - uma de fôr-ma, uma de armação, uma de concreto e uma de feltragem, todas trabalhando pra-ticamente em sequência. Desde o início, ficou estabelecido ainda que haveria con-cretagem todos os dias.

Sobre os segredos para a receita não desandar, o engenheiro civil Felipe Grisi diz que, em primeiro lugar, é importante providenciar a infraestrutura do terreno,

O gerente Norte/Nordeste da As-sociação Brasileira de Cimento Por-tland (ABCP), Eduardo Moraes, apon-ta ainda outros pontos favoráveis do concreto celular para a construção de moradias no Nordeste, região de clima quente e úmido. “É um concreto leve, de baixa densidade, que possibilita um excelente conforto térmico na residên-cia. Somado a isso, ele ainda apresen-ta outra grande vantagem: o excelente isolamento acústico concedido à habi-tação”, afirma Moraes.

E o Concreto Celular Espumoso (CCE) ganhou novas adesões: no final de julho passado, o consórcio formado pela Cinkel e ABF Engenharia, a Gusmão Planeja-mento e Obras, e a Construtora Venâncio contrataram o sistema construtivo da Ge-thal, de edificação de paredes de concreto celular moldado in loco, para a construção de 2.532 residências que fazem parte das obras emergenciais do Governo de Per-nambuco para a recuperação das cidades

atingidas pelas enchentes no Estado, em junho de 2010. Serão construídas 1.500 unidades no município de Palmares e 1.032 em Catende.

FÔRMAS EM PRÉDIOS

Outra empresa que também está in-vestindo na tecnologia da construção rápida, com paredes de concreto mol-dadas no local com fôrmas, é a Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, uma parceria com a Exata Engenharia. O sistema inovador vem agilizando a construção do Conjunto Habitacional Abreu e Lima, na BR-101 (norte), no município de mesmo nome, a 20 quilô-metros do Recife. Com 2.304 unidades, é considerado o maior empreendimento com recursos do Minha Casa, Minha Vida em Pernambuco.

No conjunto, são construídos prédios e não casas. Aqui o concreto é do tipo con-vencional e as fôrmas são em alumínio.

“Para vencer o desafio de prazo e a grande quantidade de unidades, fomos buscar so-luções técnicas que viabilizassem o empre-endimento. Na fundação, adotamos con-creto armado e moldamos paredes in loco com função estrutural e também de veda-ção”, explica o gerente de desenvolvimen-to tecnológico da QGDI, Celso Guerra. A obra encontra-se em ritmo acelerado e na fase de concretagem dos prédios. Lançado em dezembro de 2010, o empreendimen-to teve o cronograma dividido em cinco fases para contemplar todas as unidades. Cada etapa vai preparar um conjunto habitacional.

No total serão 72 blocos com 32 uni-dades por torre e oito apartamentos por andar, distribuídos em quatro pavimen-tos (térreo mais três andares). A área total do terreno mede 120.065m2 e a área construída será de 110 mil metros quadrados. Cada apartamento terá 45m2 com dois quartos, sala de estar, banheiro, cozinha e área de serviço.

sobretudo a pavimentação das principais vias, facilitando o acesso de homens e má-quinas às casas. “É importante providen-ciar a armação das paredes antes da colo-cação das fôrmas, eliminando assim um serviço crítico do sistema. Por fim, deve-se manter, sempre que possível, uma usina de concreto no canteiro de obras, ajustando a produção de acordo com a necessidade di-ária”, explica Grisi, alertando que o gargalo de concreto é a principal ameaça à eficiên-cia do sistema.

Residencial para funcionários do Estaleiro Atlântico Sul inova com uso do concreto celular

Grissi: o sistema construtivo com o CCE reúne as melhores condições decusto-benefício

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DIA A DIA NA OBRA

A s mulheres estão nos principais cargos. Desde diretorias e coor-denações, recepções, balcões de

vendas e até como operárias. Parece que estamos falando do atual momento brasi-leiro mas, na verdade, ter mulheres como protagonistas nas áreas profissionais foi a opção da Construtora Dallas, há 32 anos. E só ganhou com isso.

Empresa familiar, a Dallas é especiali-zada na construção de Home Services em bairros nobres das cidades de Jaboatão dos

Tanto é que Janaina está lá. Assim como Kátia Cristina Freire Silva Santos, técnica de Segurança do Trabalho e uma das mais novas contratadas da Dallas. A ex-promo-tora de eventos deixou a Bahia e veio tentar vida nova na capital pernambucana. Fez o curso de Segurança do Trabalho depois de muitos anos afastada das salas de aula e concluiu seu primeiro estágio profissio-nal na própria Dallas, há dois anos. “Nem acreditei quando me telefonaram falando da vaga de emprego. Eu nunca havia pen-sado em trabalhar na construção civil, em canteiro de obras lidando diretamente com operários”, diz e assegura que tira de letra as diferenças de gênero na hora de cobrar dos homens responsabilidade e atenção nos procedimentos de segurança. “Tudo é jeito, a forma como você se comunica é que garante o resultado. Pedindo com gen-tileza, até nos mais rebeldes, que relaxam no uso de equipamentos e nas normas de segurança, eu consigo derrubar a resis-tência em seguir as regras”, diz Kátia, com um sorriso de quem está começando uma

carreira profissional acertada e com apoio do marido e dos dois filhos.

A supervisora Fernanda Martins ad-mite que, para ela, é indiferente trabalhar com homens ou mulheres para, logo em seguida, afirmar que “mulher sabe conver-sar melhor, nunca esquece um sorriso, um bom dia...”. Mas não deixa de achar irônico o fato de que, quando começou a faculda-de de engenharia civil, na década de 90, as mulheres eram minoria absoluta entre os seus colegas na Universidade Católica de

LUGAR DE MULHER É NA OBRA, TAMBÉM!Da copa à diretoria, elas garantem o sucesso da Construtora Dallas

Pernambuco. De uma classe de 60 alunos só havia umas dez mulheres. Hoje o quadro mudou. “É muito mais comum mulheres tirando o diploma de engenharia”, afirma. Mas, mesmo assim, ela está tendo dificul-dades para contratar pessoal novo seguin-do a tradição da empresa. “Recentemente tivemos que contratar dois engenheiros, dois homens, porque não encontramos no mercado engenheiras com o perfil que a empresa necessitava”. Tudo bem, sem pre-conceitos, os homens serão bem vindos.

TEXTO | EDILSON VIEIRAFOTOS | ALEXANDRE ALBUQUERQUE

Guararapes e do Recife. Fundada por Ro-berto Arruda e Laury Arruda, em 1979, hoje é administrada pelos filhos Sérgio e Roberta Arruda. Desde o início a família optou por contratar mulheres para com-por a maioria do seu quadro funcional, rompendo paradigmas pessoais e corpo-rativos. Tanto que no escritório central da empresa, no bairro de Boa Viagem, no Recife, só trabalham mulheres - 28 ao todo, em funções que vão da recepção, copa e limpeza à diretoria. Aos 71 anos,

matriarca da família e fundadora da em-presa, Laury Arruda dá expediente todos os dias. É ela quem cuida dos papéis de habite-se e licenciamento das obras.

Com a sabedoria de quem já uniu a vida profissional à pessoal, a empresária diz que gosta de trabalhar entre outras mulheres e desconstrói o mito de que a condição feminina é desvantajosa para o empresário por conta de licenças mater-nidades ou preocupação excessiva com a família. “Lidamos com isso muito bem há três décadas. Esta empresa é a minha vida”, sentencia a empresária.

Saindo do ambiente de escritório para o dia-a-dia empoeirado das obras, encon-tramos Janaina Patrícia da Silva. Respon-sável por um dos almoxarifados instala-dos no canteiro de obras, ela é a dedicação em pessoa. Chega cedo para organizar o cartão de ponto dos colegas, orientar sobre pedidos de atestados médicos, dis-tribuir contra-cheques ou seja, funções que vão muito além da sua rotina diária no almoxarifado administrando o entra e sai de mercadorias das obras. “Pareço mãe deles. Até curativo eu faço”, explica a almoxarife, referindo-se aos colegas de trabalho.

Janaína começou mesmo na constru-ção ao lado dos pedreiros, pelas mãos de um tio que também tinha esta profissão. Depois de três meses mexendo a massa e empilhando tijolos, a candidata a pedreira da obra foi transferida para o almoxarifa-do por decisão de Fernanda Martins, en-genheira civil e supervisora da Construto-ra Dallas. “Como sou muito organizada e responsável, ela achou que eu ficaria me-lhor cuidando do depósito”, explica.

Há 13 anos na empresa, Janaína coor-dena quase todas as equipes de mulheres que atuam diretamente nos canteiros de obra. É ela quem supervisiona, inclusive, a relação entre engenheiras, arquitetas, estagiárias e operários. Nossa almoxa-rife diz que não foi difícil se acostumar à nova função que desempenha há mais de um ano e que não sente falta da colher de pedreiro que deu lugar à prancheta de anotações. “Difícil mesmo foi o começo. Diziam que obra não era lugar de mulher”, diz, lembrando o preconceito que teve de enfrentar na própria família.

De pedreira a almoxarife, Janaína Patrícia joga nas quatro linhas da Dallas

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ECONOMIA & NEGÓCIOS

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S intonizada na frequência da cons-trução no Brasil, a Alcoa, uma das líderes mundiais na produção

de alumínio, investiu, nos últimos cin-co anos, mais de R$ 118 milhões na sua fábrica de Itapissuma, município da Re-gião Metropolitana do Recife. Este ano, a multinacional decidiu aplicar mais R$ 23 milhões na mesma planta. Boa parte dos investimentos terá como destino a fabri-cação de alumínio primário e de alumínio transformado, materiais destinados, entre outros fins, para a fabricação de perfis anodizados ou extrudados, base para a produção de esquadrias de alumínio.

Os investimentos vêm atender ao boom da construção civil, que tem provocado um crescimento vertical na demanda de es-quadrias, seja para projetos residenciais ou comerciais. “Os novos recursos permitem ampliar, em cerca de 42%, a produção de extrudados, que saltará de 700 para 1.000

toneladas mensais”, anuncia Luiz Nitschke, gerente nacional de vendas da Alcoa.

Segundo ele, a empresa irá incrementar em 8% a sua produção de chapas e folhas de alumínio para atender à dinâmica demanda da indústria da construção com velocidade, diminuindo custos e permitindo ganhos de competitividade. “A Alcoa tem revisitado a sua linha de produtos em função das nor-mas de desempenho da Associação Brasilei-ra de Normas Técnicas (ABNT), que devem entrar em vigor em 2012, impondo melho-rias como a resistência ao uso e o isolamen-to acústico adequado dos produtos, entre outras”, revela o executivo da Alcoa, garan-tindo a capacidade para absorver o cresci-mento da demanda nos próximos anos.

Os extrudados produzidos pela fábrica de Itapissuma são pautados em diversas li-nhas de produtos e dezenas de tipologias, com aplicação de revestimento protetor ou decorativo em superfícies metálicas,

ALCOA E GERDAU AMPLIAM PRODUÇÃO EM PERNAMBUCO Embaladas pelo ritmo da construção, empresas investem para atender ao aumento da demanda

PATRÍCIA BRAGA A Gerdau inaugurou, no final de maio, uma nova unidade de corte e dobra de aço em Pernambuco, com investimen-tos de R$ 31,5 milhões. O empreendimento, localizado no

município do Cabo de Santo Agostinho, é um dos mais modernos do mundo em termos de equipamentos, layout e processo de produção, e tem capacidade para atender 300 obras simultaneamente, gerando 680 empregos - 170 permanentes e 510 indiretos.

“Estamos investindo em Pernambuco, o Estado que mais cresceu no Nordeste em 2010, para atender à contínua expansão da demanda da construção civil. Com a nova unidade, estamos contribuindo para uma maior competitividade de nossos clientes”, afirma o CEO da Gerdau, An-dré B. Gerdau Johannpeter.

O serviço de corte e dobra de vergalhões, já inaugurado, é um sis-tema que dispensa a preparação manual das armações nos canteiros de obras, proporcionando maior segurança, produtividade, qualida-de, velocidade na execução e economia de custos. Essa tecnologia também contribui para a proteção ao meio ambiente, à medida que elimina as perdas nas armações que, nas práticas convencionais, po-dem chegar a 15%.

Segundo a empresa, a utilização dos vergalhões cortados e do-brados também agrega ganhos de espaço, limpeza na obra e redu-ção no capital de giro, já que o produto é entregue de acordo com a necessidade do cliente e o andamento da construção. Para facilitar e agilizar a aplicação do produto, cada vergalhão cortado e dobrado possui uma etiqueta com informações detalhadas sobre suas carac-terísticas técnicas e seu posicionamento na estrutura.

GERDAU INAUGURA NOVA UNIDADE DE CORTE E DOBRA DE AÇO EM PERNAMBUCO

Extrudados produzidos em Itapissuma (PE) abastecem mercado nacional

adaptando-se a climas variados. Para imó-veis residenciais, há soluções como por-tas, janelas, gradis e portões com diversas características e padrões econômicos. Já para os sistemas de esquadrias/fachadas em empreendimentos comerciais, existem linhas que oferecem controle de energia e redução de custos com iluminação e con-dicionamento artificial.

Um dos mais importantes complexos industriais da Alcoa na América Latina e no Caribe, a unidade de Itapissuma man-tém operações das divisões de extrudados e laminados, funcionando com cerca de mil funcionários e um desempenho ascen-dente nos últimos cinco anos. “Em 2010, tivemos um crescimento superior a 40% em relação a 2009. Em 2011, no acumula-do de seis meses, comparativamente com 2010, o crescimento é da ordem de 7% com a expectativa de um segundo semestre ain-da melhor”, projeta Luiz Nitschke.

Para lançar sua produção no mercado, a Alcoa conta com a rede Alumínio & Cia, que é a distribuidora exclusiva de perfis extrudados da Alcoa no Brasil, presente em todas as regiões do país. As lojas da Alumínio & Cia têm investido em novas oportunidades de negócios no Nordes-te, junto aos fabricantes das esquadrias de alumínio, com quem têm discutido questões como a melhoria nos processos de fabricação do produto, as tendências de mercado, as normas e a manufatura. A distribuidora atua como ponte entre a Alcoa, os fabricantes de esquadrias e o consumidor final, que tem acesso a pro-dutos inovadores e com tecnologia de ponta, com padrão de qualidade Alcoa. A rede Alumínio & Cia disponibiliza técni-cos especializados, salas de projetos e uma grande área de exposição, comprometen-do-se a prestar orientação e treinamento especializado aos seus clientes.

UMA REDE PARA ESQUADRIAS

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ECONOMIA & NEGÓCIOS

U m importante mercado vem crescendo, a reboque da pujança do setor da construção civil no

Brasil: os seguros de riscos de engenharia para obras públicas ou privadas. Usual para as grande obras, esta modalidade de seguro cujos contratos chegam facilmente a milhões de reais vem ganhando tam-bém a atenção de investidores, projetistas e executores de projetos de engenharia de pequeno e médio portes. Mas os objetivos são os mesmos: garantir a obra contra os mais diversos riscos, sejam danos diretos ou de responsabilidade civil.

Contratar um seguro de risco de enge-nharia não é o mesmo que contratar uma apólice de seguro de vida ou automóvel.

GARANTIR A OBRA É MAIS SEGUROSeguros para a construção crescem no ritmo do setor. Advogados estão atentos e dão dicas importantes

EDILSON VIEIRA

“São poucas as seguradoras que sabem tra-balhar com tal modalidade de seguro, pela sua complexidade e abrangência”, alertou o presidente da Comissão de Direito Securitá-rio da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco, Carlos Harten, no seminário “Seguro de risco de engenharia e grandes obras”, realizado na OAB/PE no último dia 8 de junho, no Recife.

A principal preocupação dos advo-gados é justamente com corretores des-preparados e empresários da construção civil desatentos, que pautam sua escolha simplesmente pelo fator preço. A corretora que apresenta o contrato de menor prêmio, geralmente, é a escolhida. Essa opção pode se revelar desastrosa, principalmente no

caso de sinistros não previstos anterior-mente no contrato.

“A contratação de um seguro de risco de engenharia passa, antes de tudo, por uma grande troca de informações de ambas as partes”, afirmou o professor de Direito Ci-vil da Universidade Federal de Pernambu-co Flávio Queiroz, um dos palestrantes do evento. Por isso mesmo, ele defende a pre-sença de um gestor de risco nos quadros das construtoras. Será o profissional responsá-vel por identificar o contexto onde a obra está inserida - o terreno, as condições climá-ticas adversas durante o período da cons-trução, as particularidades da logística de transporte, a instalação de equipamentos, os possíveis problemas com operários ou fornecedores, entre outros fatores. Ou seja, tudo que possa comprometer o cronogra-ma financeiro e de execução da obra. “Sem informações claras e precisas, é impossível montar um contato de seguro mais próximo da realidade e assim evitar surpresas (e pre-juízos) futuras”, concluiu Queiroz.

Segundo o professor, existem alguns erros muito comuns na contratação de se-guros de riscos de engenharia, tais como a aplicação do seguro quando a apólice cobre apenas parte do valor real da obra. “Se o bem vale R$ 1 milhão e o seguro fei-to for de R$ 500 mil, isto não significa que em caso de sinistro o segurado irá receber o valor contratado de R$ 500 mil, que já é

abaixo do valor real da obra. Tudo depen-derá da avaliação da extensão dos danos”, alertou o professor. Ao optar por um prê-mio menor, gerando economia na hora de contratar, o segurado também assume um risco muito maior de não ser ressarcido de maneira satisfatória.

Outro caso ocorre quando o valor da apólice é superior ao valor do bem segu-rado. Este tipo de contrato é proibido pelo Art. 778 do Código Civil, porque enseja vantagem para o segurado em caso de si-nistro. O que também pode acontecer com o excesso de cobertura que, no momento do sinistro, está maior do que o valor segu-rado. Pelo mesmo motivo, é um desvirtua-mento do contrato e pode significar ganho com o sinistro.

P ara o advogado Carlos Harten, o agravamento do risco durante a vigência do seguro é um dos

pontos mais conflitantes entre segurador e segurado. “Se o segurado agrava inten-cionalmente o risco ou não comunica um evento que agrava esse risco, perderá o di-reito e a garantia securitária”, avisa Harten. Por conter tantas nuances, ele enumera os cuidados básicos que o empresário da construção civil deve ter antes de assinar o contrato de seguro de riscos de engenha-ria para a sua obra, que na sua opinião é um seguro de grande complexidade:

•escolher um corretor especializado (pes-quise o histórico desse corretor e veja se o profissional tem experiência com corre-tagem de seguros de riscos de engenharia. Não se intimide e peça-lhe para atestar o histórico de contratos negociados por ele e a atuação em cada um deles);

•buscar assessoria especializada (se a em-presa não dispuser de um corpo jurídico próprio, procure um advogado experien-te no assunto. Junto com o corretor, ele vai atuar como uma espécie de assessor do negócio, antes e durante a vigência do contrato. É muito comum o empresário assinar a apólice e depois esquecer o con-trato. Só que no dia a dia da obra podem surgir fatos que precisam ser comunica-dos à seguradora, sob pena de surgirem surpresas desagradáveis como eventos não previstos na cobertura);

•obter informação (leia sobre o assunto e se familiarize com termos próprios uti-lizados pelas seguradoras. Quanto mais conhecimento o empresário da constru-ção civil tiver, mais fácil será a negocia-ção em busca de um contrato bem equi-librado para todas as partes).

OBRIGATÓRIO OU NÃO

Para Ernesto Tzirulnik, advogado e pre-sidente do Instituto Brasileiro do Direito de Seguro (IBDS), quando se fala em “seguro obrigatório”, aquele a que somos obrigados a contratar, o exemplo mais comum é o se-guro a danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre - o DPVAT, que indeniza vítimas em casos de acidentes. Nos grandes empreendimentos, sobretudo nas obras públicas, para executar determinado contrato existe a cláusula do seguro de risco, comum nas licitações. “Quer seja no licen-ciamento de um veículo para trafegar nas estradas ou na execução de uma obra de en-genharia, a função do seguro dito obrigatório é praticamente a mesma: garantir o exercício de uma atividade”, afirmou Tzirulnik.

O advogado também alertou para outras características próprias dos seguros de ris-cos de engenharia, tais como a necessidade de constar no contrato uma cláusula que es-pecifique as condições em que serão conce-didas prorrogações do contrato de apólice. “A prorrogação quase sempre é necessária, porque a obra depende de condições cli-máticas, sofrendo alterações de projeto. Então a apólice deve prever tais ocorrências para o segurado ser atendido quando soli-citar a prorrogação do contrato”, explicou Tzirulnik.

PRUDÊNCIA NÃO FAz MAL A NINGUÉMA corretora que

apresenta o contrato de menor prêmio, geralmente, é a escolhida. Esta opção pode se revelar desastrosa

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E screver sobre sustentabilidade ca-rece de muito espaço. São muitos os intervenientes que interagem

nesse contexto. Assim, preferi quebrar este vasto tema em três porções: a do in-corporador, a do cliente e, por fim, a do poder público municipal. Corro o risco de, como Harry Potter – outra vez nas telas a lotar os cinemas, precisar de mais uma ou duas “porções”, antes de acabar o tema. Há de se ver.

Dissertar sobre ele – necessidade tão an-tiga, mas só agora nas vitrines dos negócios – requer também conhecimento técnico que, desde já, não possuo. Percebo apenas o seu valor. Essa lacuna foi preenchida, juntando-me à Isabel Santos, presidente da Ecochoice em Portugal (ela e a empresa es-pecialistas e com “obras feitas” na matéria), para escrever as próximas linhas. Assim, da-qui para frente, alteramos o sujeito para nós e vamos ao que interessa.

Comecemos, então, pelo incorporador, resumindo o contexto em que criou e de-senvolveu seus projetos nas últimas três décadas: com restrição de crédito, pres-são de preços, público pouco exigente e recursos insuficientes para investir nessa matéria. Em que nova realidade ele está agora inserido?

1. O crédito já existe e o seu custo, se ainda não é o mais adequado, per-mite, em todas as faixas de renda, a compra financiada do imóvel para ha-bitação, com prestações que cabem no orçamento do comprador.

2. Com o aquecimento do consumo e a passagem de um mercado ven-dedor para um mercado comprador, houve uma descompressão nos preços e as margens para o incorporador já são maiores. A questão agora é onde investir essa margem. Com a maior

capacidade de compra e a existência de uma margem maior no incorpora-dor, convém visualizar o que já ocorre nos Estados Unidos onde, segundo o Leed, sistema de avaliação e certifica-ção de construção sustentável, alguns estudos demonstram que a maioria dos empreendimentos certificados

com nível ouro e prata apresenta cus-tos de investimento inferiores a 4%, se comparados com os não certificados.

Estudos desenvolvidos em Portugal apontam que, nas edificações sustentá-veis, o investimento inicial é, em média, 5% a 9% mais elevado, quando compa-rado com edifícios convencionais, sendo que o payback ronda os seis ou sete anos. A maior fatia desse investimento apreen-de-se com a introdução de medidas ati-vas como produção de electricidade ou recolhimento e tratamento de efluentes.

* Renato Leal estrutura negócios, atuando no Brasil e Portugal ([email protected]).

VISTO DE PORTUGAL

SUSTENTABILIDADE: CUSTO, VALOR E OPORTUNIDADE

RENATO LEAL*

Por outro lado, as medidas que se apre-endem com o planeamento e a arquitetu-ra bioclimática das edificações não apre-sentam geralmente custos adicionais, correspondendo apenas a alterações de desenho e/ou dimensionamento.

3. Em todas as indústrias, diferencia-ção é aquilo que permite à empresa cobrar mais − e ganhar mais − pelo seu produto ou serviço. É o que nos destaca da concorrência. É aquilo que explica o sucesso, a velocidade da venda e a fidelidade do cliente final. É a formação de uma imagem corpo-rativa que refletirá positivamente nos novos empreendimentos.

Há de se olhar o investimento em projetos sustentáveis e eficientes, sob o ponto de vista energético, como diferen-cial de marketing e agregador de valor ao empreendimento e à empresa. Se não por consciência ambiental, em um primeiro momento, mas por mais conforto, me-nos custo energético e canteiro de obras mais seguro, limpo e eficiente. Há de se ligar, desde já, esses conceitos aos no-vos empreendimentos. Poderá se cobrar mais, já que acabamentos, elevadores, áreas de serviço e lazer também impac-tam no custo e elevam o preço final do empreendimento.

Como dá para perceber, há um novo espaço a se ocupar - o dilema está na velocidade, no momento e por onde co-meçar. Mas não se iludam: urge colar aos seus empreendimentos e à sua empresa a sustentabilidade e eficiência energética como fatores distintivos. E estar entre os primeiros há de valer mais.

Com o aquecimento do consumo e a passagem de um mercado vendedor para um mercado comprador, houve uma descompressão nos preços e as margens para o incorporador já são maiores

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AGOSTO 2011 | | 77| AGOSTO 201176 |

ECONOMIA & NEGÓCIOS

F altando aproximadamente três anos para a Copa do Mundo de 2014, um fator que consta no rol

das maiores preocupações nas capitais que irão sediar o evento é a hospedagem. Afi-nal, previsões oficiais indicam que 600 mil turistas estrangeiros terão como destino as terras brasileiras, onde deverão “injetar” em torno de R$ 3,9 bilhões. Quanto aos turistas brasileiros, a expectativa é que três milhões deles façam circular na economia do país cerca de R$ 5,5 bilhões, “barreira” que, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), pode muito bem ser superada.

Não há estimativas do número de turis-tas por região, pois cada destino depende

MAIS DE 76 MIL LEITOS NA “RESERVA” PARA OS JOGOS DO MUNDIAL EM PERNAMBUCO

das chaves que caem para as cidades sede. Mas o certo é que, pelas previsões, a grande procura irá gerar 300% de crescimento nas divisas. Diante de tais projeções, fica o ques-tionamento: “O Brasil e, mais precisamente, a Região Nordeste terão infraestrutura de leitos para os esperados visitantes”?

Um dos grandes desafios, no que se refere ao projeto de infraestrutura hote-leira para a Copa 2014, é a construção, em Pernambuco, de 5.342 novos aparta-mentos para o mundial, a um custo de US$ 30 mil por unidade, num montante de US$ 160 milhões (cerca de R$ 280 mi-lhões) de investimento em novas unida-des. Isto significa, segundo o presidente da Abih/PE e do Recife Convention &

Hotelaria investe em novos hotéis e retrofits nos antigos para garantir a infraestrutura do grande evento

PATRÍCIA BRAGA

Visitors Bureau, José Otávio Meira Lins, que o Estado ganhará 13.400 novos leitos, que serão somados aos 63 mil das 24 mil unidades habitacionais ou apartamentos

já existentes. Com isso, Pernambuco de-verá contar com 76.400 mil leitos daqui a três anos.

Das 5.342 UHs novas, 2.082 serão dis-tribuídas em dez novos hotéis, a serem construídos no Recife – todos no bairro de Boa Viagem; 2.570 em sete empreendi-mentos no litoral sul; 274 no litoral norte, na cidade de Igarassu, mais precisamente; e 416 nos municípios de Petrolina, Grava-tá e Caruaru, no interior pernambucano. De acordo com o presidente da Abih/PE, com exceção das unidades do litoral norte e da cidade de Sirinhaém, no litoral sul, todos os apartamentos já estão em fase de construção (ver tabela adiante).

Outro tipo de investimento já em an-damento em Pernambuco é o “retrofit” hoteleiro (reforma de apartamentos exis-tentes), cujo investimento está estimado em torno de U$ 6 milhões (aproximada-mente R$ 9,6 milhões), ou seja, uma mé-dia de R$ 3 mil por cada uma das 3.191 UHs existentes, que já começaram a ser reformadas (ver tabela adiante).

Na verdade, as unidades hoteleiras que passarão por reformas serão completa-mente reestruturadas. Os serviços vão des-de reparações nos sistemas elétricos e hi-dráulicos, até tratamento e substituição de pisos, pinturas, modernização e compra de novos elevadores, climatização, ampliação de restaurantes e aquisições de modernos equipamentos para cozinhas, além da troca de móveis, equipamentos eletrônicos, col-chões, enxovais de cama e cortinas, enfim, de toda a decoração das suítes. “Nosso in-vestimento total será de U$ 166 milhões, ou seja, R$ 289,6 milhões”, revela José Otá-vio Meira Lins.

E as altas cifras são justificáveis. Mais do que investir no aumento dos espaços

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e do número de leitos, os empreendedo-res da rede hoteleira buscam adequar as edificações aos conceitos de sustentabili-dade, seguindo parâmetros exigidos pelos órgãos financiadores. Seguindo tal prin-cípio, muitas empresas estão buscando ir além no quesito inovação, apostando em projetos inéditos no país. Um exemplo é o Plus Vivá Porto de Galinhas, dos mesmos sócios do Hotel Best Western Solar Porto de Galinhas, cuja bandeira é a rede ameri-cana Best Western.

O projeto do hotel, que está em cons-trução, traz uma tecnologia que utiliza a energia solar para iluminação noturna de espaços abertos que, no caso do Plus Vivá, será o jardim. “A técnica será utili-zada no Brasil pela primeira vez”, orgu-lha-se o empresário e também sócio do hotel, Otaviano Maroja. Segundo ele, o empreendimento também irá utilizar um sistema de aquecimento solar para chu-veiros e pias, além de contar com uma estação de tratamento de esgoto e lixo. “Parte dos resíduos sólidos será trans-formada em líquidos que, uma vez tra-tados, servirão para regar a grama e lavar o pátio”, detalha. O restante dos detritos será convertido em pó e descartado junto com o lixo convencional.

E no que depender do empresariado ligado ao setor da construção civil, Per-nambuco vai cumprir bem a sua tarefa. Ou seja, todo o projeto de infraestrutura traçado para que o Estado seja capaz de acomodar, de forma ideal, os visitantes durante os jogos, será concretizado nos prazos determinados. “Não vejo proble-mas para o setor de engenharia na cons-trução de hotéis”, tranquiliza o vice-presi-dente do Sinduscon/PE, José Antônio de Lucas Simon. Segundo ele, a tendência é

Otaviano e Artur Maroja, construindo de olho na sustentabilidade

José Otávio Meira Lins. Otimismo comos novos empreendimentos

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ECONOMIA & NEGÓCIOS

CINCO ESTRELAS NA RESERVA DO PAIVA É A GRANDE JOGADA DA ODEBRECHT

O processo de expansão da rede hoteleira na Região Nordes-te para atender à demanda

da Copa do Mundo no Brasil irá con-tar com uma seleção de peso. Além de construtoras locais, estão envolvidas as gigantes Camargo Correia, Moura Du-beux, Rio Ave e Odebrecht, que neste segundo semestre pretende alavancar um dos maiores complexos turísticos do Estado. O local tende a ser um dos destinos mais procurados por turistas e até delegações esportivas no mundial:

que os empreendimentos sejam conduzi-dos sem dificuldades, do ponto de vista financeiro, graças a fatores como o pro-grama Pró-Copa, desenvolvido pelo go-verno federal e financiado pelo BNDES. O mesmo deve acontecer em relação ao andamento das obras. “Tecnicamente não há como dizer que o cronograma não será cumprido”, afirmou. Um dos motivos se-ria a parceria entre os setores público e privado, além do perfil das próprias cons-trutoras envolvidas no processo.

Nada menos que R$ 3,9 milhões de investimentos no maior evento do fute-bol mundial irão trazer ganhos, na visão dos representantes do setor em Pernam-buco. E não apenas para toda a cadeia de produtores do país, mas para a sociedade como um todo. Pesquisas realizadas pela Embratur e pela consultoria Deloitte so-bre os efeitos do evento preveem grande visibilidade para o Brasil. Além disso, alega-se que eventos como a Copa do Mundo estimulam os negócios domésti-cos, incluindo o setor de hotelaria, resul-tando, consequentemente, em benefícios econômicos superiores aos custos.

Mesmo assim, o estímulo econômi-co que o evento trará para o país ainda é difícil de estimar, já que envolve obras de infraestrutura urbana e de reforma/construção de estádios, fluxos turísticos e investimentos privados de peso.

a Reserva do Paiva, na praia de Suape, litoral sul de Pernambuco. O empreendi-mento ganhará o primeiro hotel padrão cinco estrelas, com mais de 350 quartos e ampla estrutura de lazer - fitness, SPA, restaurante, bar, entre outros serviços.

A inauguração está programada para março de 2014 e, por questões contratuais, a bandeira hoteleira ainda é um sigilo, mas a construtora garante que será uma renoma-da operação internacional. O projeto prevê também um centro de convenções com ca-pacidade para 2.100 pessoas, seis edifícios empresariais, um Open Mall (conceito ino-vador de shopping center, com lojas a céu aberto) com jardins, espelhos d’água, vista

para a mata e o mangue, além de restauran-tes, agências bancárias e lojas de serviços. Para executar o projeto, o grupo Odebrecht firmou uma parceria inédita na América Latina com o grupo português Promovalor, que tem vasta experiência em empreendi-mentos turísticos na Europa. Segundo a assessoria da Odebrecht, entre os principais interesses do Promovalor pelo empreendi-mento estão as características ambientais da Reserva do Paiva e a infraestrutura de acesso ao local. O complexo multifuncional deve gerar no Estado 5.980 postos de traba-lho diretos e indiretos, durante o período de construção, e 7.025 na operação dos equi-pamentos.

EMPREENDIMENTOS LOCALIZAÇÃO U H’S PRE. OP.

RECIFE

IBIS Boa ViagemBeach Class Inter.Beach Class ResidenceBeach Class ExecutiveHotel Vela BrancaMar HotelRio Ave(3 estrelas)Rio Ave(4 estrelas)Rio Ave(5 estrelas)Hotel JangadeiroGrupo MaranteGrupo Casa Grande

Boa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/RecifeBoa Viagem/Recife

10027214020670180216162300120140176

201120122012201220122013201420142014201420142014

TOTAL 2082

LITORAL SUL

Hotel do SESCProjeto GuadalupeGrupo Teixeira DuarteReserva do PaivaResort Praia dos CarneirosHotel Grupo SolarEnotel

Praia de Gamela/ SirinhaémPortal de Guadalupe/SirinhaémMaracaípe/ IpojucaPraia do Paiva/ CaboPraia dos Carneiros/TamandaréPorto de Galinhas/ IpojucaPorto de Galinhas/

120401000350120240700

S/P2012S/P201420142011/142011/14

TOTAL 2570

LITORAL NORTE

Reinaissance Resorts Praia de Mangue Seco/Igarassu 274 S/P

INTERIOR

Ibis PetrolinaHotel Canariu’sIbis Caruaru

PetrolinaGravatáCaruaru

100216100

201120112014

TOTAL 416

TOTAL GERAL 5342

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GRACE KELLY GOMES DA SILVA

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| AGOSTO 2011 AGOSTO 2011 |80 | | 81

O governo federal anunciou o segundo programa Minha Casa, Minha Vida - desta vez

com mais recursos e com uma novidade: as casas e apartamentos do novo progra-ma terão energia gerada a partir da luz solar. A experiência brasileira no uso de energia solar ainda é incipiente. Ao contrário de países mais desenvolvidos como a República Federal da Alemanha, o nosso país tem utilizado em escala mínima esta fonte natural e limpa de geração energética. Alguns edifícios pú-blicos e poucos conjuntos residenciais utilizam a energia solar. As principais razões para a não utilização são:

• o elevado custo de aquisição das células fotovoltaicas, as quais com-põem a base de geração desse tipo de energia através da captação da ener-gia solar;

• o fato dessas células serem caras e importadas, já que 70% dos seus componentes são produzidos no exterior;

• o custo atual da energia solar é duas vezes e meia maior que a tarifa paga pelo consumidor final.

Além da Alemanha, a Espanha avan-çou na utilização da energia solar e pos-sui uma grande usina formada por gigan-tescas células fotovoltaicas em Sevilha, principal cidade da Andaluzia, região de intensa insolação devido à sua proxi-midade com o continente africano. Mas essa grande unidade de geração de ener-gia solar está passando por uma revisão tarifária, em função da grave crise eco-nômica que se abateu sobre a Espanha, discutindo-se a possibilidade e os riscos inerentes à redução dos subsídios oficiais concedidos a tal empreendimento.

No Brasil, o Minha Casa, Minha Vida

II está sofrendo críticas, porque foi lan-çado no momento em que o primeiro programa só conseguiu executar 30% das obras programadas.

Credita-se tal lançamento a um pa-cote de notícias positivas para contra-balançar os impactos negativos dos es-cândalos envolvendo o ex-chefe da Casa Civil Antônio Palocci. O fato é que o novo programa busca utilizar uma ener-gia abundante e limpa.

Poucas pessoas sabem que o Brasil é o país com melhor performance de utilização de energias renováveis. A componente reno-vável de nossa matriz energética atinge hoje 45,4% do volume total da energia produzida.

O resto do mundo só produz 14% de energias renováveis, enquanto o restante (86%) deriva da geração de energias fós-seis e não renováveis como o petróleo.

Desse tipo de energia em nossa ma-triz energética, aproximadamente 37,5% são oriundos da geração hidrelétrica, enquanto na matriz geral essa participa-ção é de 10,2%.

A construção de usinas hidrelétricas tem uma forte correlação com a indús-tria da construção civil de obras públicas. Atualmente nosso país está construindo três hidrelétricas estratégicas, sendo duas no Rio Madeira e uma no Rio Xingu:

• Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, localizada no Rio Madeira e com ca-pacidade de geração de 3.150MW;

• Usina Hidrelétrica de Jirau, também localizada no Rio Madeira e com ca-pacidade de geração de 3.300MW;

• Usina Hidrelérica de Belo Monte, lo-calizada no Rio Xingu e com capaci-dade de geração de 11 mil MW - a se-gunda maior do Brasil, ficando atrás da Itaipu binacional, cuja capacidade de produção, em termos de potência instalada, é de 14.000MW.

Além dessas gigantes e segundo da-dos do anuário Análise Energia, em 2009 existiam em construção no Brasil nada menos que 20 usinas hidrelétricas e 73 novas pequenas centrais hidroe-létricas conhecidas pela sigla PCHs. A soma desses empreendimentos, segun-do a mesma fonte, irá adcionar 11,5 mil MW à rede elétrica nacional, gerando um aumento de 14% na potência insta-lada de geração hidrelétrica.

Uma usina hidrelétrica tem gran-de parte de sua estrutura montada em obras de construção civil pesada, desde as barragens até os edifícios que abrigam as turbinas, algumas delas gigantescas, sem falar em edifícios administrativos e no entorno incluindo a infraestrutu-ra de acesso inicialmente ao canteiro de obras e, posteriormente, ao próprio complexo gerador de energia.

Além dessas usinas, em construção no final de 2009, nosso país possuía 11 usinas hidrelétricas e 154 novas PCHs outorgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se forem cons-truídas, elas deverão gerar outros 4 mil MW para a matriz elétrica nacional.

Mas não é só isso: a construção de novas unidades hidrelétricas geradoras de energias renováveis e limpas am-pliará, de forma significante, o merca-do para a construção civil, abrangendo não somente as grandes construtoras, mas também as empresas de constru-ção de médio porte, fortalecendo nossa economia e o PIB setorial. Sem falar na importante contribuição que os setores elétrico e da construção civil darão ao meio ambiente.

ECONOMIA

AS ENERGIAS RENOVÁVEIS E A CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

JOSUÉ MUSSALÉM*

* Josué Souto Maior Mussalém era economista e titular da MRSA Consultoria.

O poema do filho traduz o tamanho da perda dos milhares de admira-dores que Josué Mussalém con-

quistou pelas ondas das rádios e das TVs, ou nos escritos dos jornais. Ficaram órfãos An-dré e Raquel, mas também um sem-número de amigos jornalistas que o economista mais popular de Pernambuco fez nas redações por onde passou. Gente que foi se formando repórter de Economia, sabendo que, a qual-quer hora, poderia ligar para Mussalém e ter a explicação para as variações do dólar, a dança nas bolsas de valores ou mesmo os melhores investimentos ou formas de com-prar um imóvel. Fomos colegas quando éra-mos assessores na Associação Comercial de Pernambuco. Eu de Imprensa e ele consultor econômico. Desde a época, em 1995, Mus-salém delegava-me a edição de seus artigos para o boletim da entidade. Eu podia cor-tar, pontuar, revisar... Ele não questionava.

JOSUÉ MUSSALÉM* 08.3.1947† 11.7.2011

N o dia 12 de maio deste ano foi realizado no auditório da Escola de Negócios do tradicional e res-

peitado Instituto de Empresas da Espanha um seminário sobre as energias sustentá-veis do Brasil. O evento realizado durante um café-da-manhã em estilo madrilenho teve como base uma conferência do eco-nomista pernambucano Josué Souto Maior Mussalem intitulada “Economia Brasileira: O Desafio das Energias Sustentáveis”. Apre-sentada para uma platéia especialmente convidada de 150 pessoas entre empresá-rios, acadêmicos e professores das universi-dades localizadas na região metropolitana de Madri.

Em sua apresentação, Josué Mussalem mostrou que, em dezembro de 2010, a ma-triz energética brasileira era composta por 45.0% de sua geração por energias renová-veis devendo atingir 47,0% nos próximos anos enquanto que a matriz energética

Confiava em mim como em tantos outros jovens jornalistas que editaram seus textos assinados como economista, sem competir com eles, como bem observou o jornalista Fernando Castilho, do Jornal do Commer-cio. Jornalistas que com ele aprenderam a olhar uma notícia de Economia. Ficamos amigos. Em muitas situações, trocamos opi-niões e, algumas vezes, eu até parecia a mais velha, espantada com as ideias nem sempre ortodoxas do amigo contundente, firme e de um raro caráter. Ele ria sempre, ríamos muito juntos. E essa risada ecoa na minha lembrança e na de tantos que, como eu, conviveram com Josué Mussalém. Ele sabe que há muito mais a dizer, mas sempre sou-be que trabalhamos com espaços de tempo e de páginas limitados. As últimas que ele escreveu estão aqui, nesta edição da Cons-truir NE, onde passou a colaborar este ano, aceitando o nosso convite.

Um beijo, querido! Vai com Deus!

Etiene Ramos

ESPANHA CONHECE A SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA BRASILEIRA

ÚLTIMA MANHÃ

Os mercados amanheceram em silêncio

Os bancos estavam de portas fechadas, não havia o que comprar

A ciranda financeira que permeia todas as coisas táteis

Parou repentinamente como uma brincadeira de criança

Que já não quer mais brincar

Não houve pregão, nem cotação do dólar

As guerras cessaram dentro dos livros de história

Os gritos dos soldados mortos emudecidos pela manhã

Você silenciosamente caminhou por entre nossas ignorâncias

Beijou os olhos dos seus netos que dormiam

Andou pelas ondas das rádios que noticiavam o imponderável

Riu mais uma vez das nossas caricaturas, um apelido para cada um

Naquela manhã a Itália entrava em crise, os homens submergiam em corrupção

E sua crítica que antecipava, nas rádios, a nossa miséria humana

Agora desce em forma de bênçãos, de esperança, de fé e de união

André Mussalém

mundial estava em 13,5%, em dezembro do ano passado, se ampliando para 14,0% nos próximos anos. Isto indica, dessa for-ma, que o nosso pais é o mais avançado do Mundo em termos de utilização de energias

limpas. Lembrou o economista que a prin-cipal fonte geradora de energia limpa no Brasil estava centrada nas usinas hidrelé-tricas, as maiores sob a forma de empresas estatais.

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* José André Freitas é coordenador da Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.

N os últimos anos, o mercado imo-biliário da Região Metropolitana do Recife (RMR), especialmente

para imóveis novos, vem, inegavelmente, apresentando resultados bem satisfatórios. Iniciando em 2009, a Pesquisa do Índice de Velocidade de Vendas (IVV), realizada pela Unidade de Pesquisas Técnicas da Federa-ção das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), mostrou um comportamento nunca antes visto: IVV médio de 8,6%, atingindo quase 500 vendas por mês, em média. No entan-to, o mercado se superou e conseguiu, no ano seguinte, em 2010, passar de 500 para mais de 700 vendas por mês, em média, gerando um IVV médio anual de 13,6%. É patente o excelente ritmo de atividade das empresas do mercado imobiliário da RMR. Para ratificar e corroborar com isto, faz-se interessante comentar o último resul-tado do PIB trimestral, calculado pela Agên-cia Condepe/Fidem-PE para o primeiro tri-mestre de 2011, igualmente como ocorrera no fechamento de 2010, com a construção civil puxando o ritmo da economia do Es-tado, conforme o próprio estudo menciona. “A indústria pernambucana apresentou, no primeiro trimestre de 2011, um crescimento de 7,7%, destacando‐se, como principal im-pulsionador deste desempenho, a construção civil, com 30,4% de crescimento em relação ao mesmo trimestre de 2010”.

Por outro lado, uma coisa passa a preo-cupar: a forte inclinação negativa das ofertas de imóveis novos. Isto vem ocorrendo desde 2010, até findar, em abril de 2011, com a dé-cima quinta redução consecutiva das ofertas computadas pela pesquisa do IVV. Portan-to, a situação nos permite cindir os pensa-mentos entre comemoração e preocupação. Primeiro vamos comemorar. A questão da velocidade de vendas dos empreendimentos novos é, sem dúvida, um ponto bem positivo, mas que tem levado à redução dos estoques, já que empresas, por diversos motivos, não

têm conseguido repor no mesmo ritmo que se exige. Outro fator de destaque é o aumento da propensão ao consumo de imóveis novos por parte da população, que traz algumas prováveis causas interessantes: a elevação do crédito habitacional, tanto do setor privado como das instituições públicas; o progra-ma do governo federal Minha Casa, Minha Vida; a elevação do rendimento médio do trabalhador, que cresceu em torno de 12%, de 2009 para 2010, sendo a maior variação dentre as regiões metropolitanas do Brasil, segundo o IBGE; e a compatibilização dos produtos oferecidos com a demanda local.

Passando a analisar o outro lado da mo-eda (os aspectos negativos), muitos fatores estão sendo citados como causa e efeito dessa redução das ofertas. Apenas como obser-vador das discussões, sem querer criticar, a questão da ineficiência cartorial e do apare-lhamento das prefeituras para a liberação dos projetos é tida como aspecto mais polêmico e causador da redução das ofertas dos imóveis residenciais novos.

Muitas são as projeções sobre o que pode acontecer com as ofertas nos próximos me-ses. Ao avaliar o comportamento delas, cer-tamente não teremos uma elevação brusca dessa variável, mas se espera, pelo menos, que volte a subir e não mais recuar. Há moti-vos fortes para que o mercado volte a elevar

os estoques: existem vários projetos de novos empreendimentos em trâmite nas prefeitu-ras; o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida 2 está para ser lançado; e o nível de renda da população, juntamente com o déficit habitacional, ainda está elevado, per-mitindo que a economia continue aquecida.

Por último, vale fazer uma análise rela-tiva da RMR com a região metropolitana de São Paulo. Ao visualizarmos o gráfico, nitidamente, as curvas, ao longo do biênio 2009 e 2010, inclinam-se negativamente. No entanto - e aí reside mais uma forte ten-dência das ofertas da RMR voltarem a cres-cer, as ofertas da região metropolitana de São Paulo, ao final de 2010, inverteram o comportamento e retomaram o crescimen-to. Sendo assim, tendo em mente o efeito retardado do nosso mercado em relação ao de São Paulo, permite-se concluir que na RMR haverá, nos próximos meses, o re-torno do crescimento das ofertas. Portan-to, apesar de o momento inspirar cautela, as estatísticas revelam que os empresários do setor podem continuar investindo, que a população estará ávida para consumir diante de fortes indícios e condições favo-ráveis para o alcance da casa própria.

INDICADORES IVV INDICADORES CUB

O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), calcu-lado pela Fundação Getúlio

Vargas (FGV), atingiu no primeiro semestre de 2011 uma variação positi-va total de 5,6% (T), ficando o grupo de mão de obra (MO) em 8,26% e o de materiais, equipamentos e serviços (M/E/S) em 3,06%. Comparando-se com os índices do Recife, da mesma FGV, que atingiram 2,24% (T), 0,52% (MO) e 3,79% (M/E/S), verificamos que os custos do grupo M/E/S em Reci-fe ficaram 0,73 pontos percentuais aci-ma dos preços nacionais - os do grupo de MO ficaram 7,74 pon-tos percentuais abaixo. A diferença nos índices de MO ocorre porque, no Recife, o ajuste da mão de obra só acontecerá em outubro, por conta do dissídio coletivo - no INCC já foram computa-dos os dissídios de algu-mas capitais.

Analisando as va-riações do CUB Padrão (R-16-N) do Sinduscon/PE, encontramos, para o mesmo período, 5,63% de variação total, com o grupo MO sem altera-ção, e 9,88% para o grupo M/E/S. Comparando-se com o INCC, 0,03 pon-tos percentuais a mais no índice total; 8,26 pontos percentuais a menos no índice de mão de obra (pelo mesmo motivo); e 6,82 pontos percentuais a mais no índice de mate-riais e equipamentos.

Observamos variações

inferiores em outros indicadores da FGV: os índices IGP-DI, IGP-M e IPC--BR apresentaram variações de 2,946%, 3,145% e 3,795%, respectivamente.

No primeiro semestre de 2011, tam-bém tivemos variações inferiores nos seguintes indicadores gerais de pre-ços: ICV/Dieese (3,377%), IPC/Fipe (3,095%), INPC/IBGE (3,766%) e pou-pança (3,696%).

Com relação à variação de preços dos insumos do lote básico, utilizados para o cálculo dos CUBs do Recife, destacamos os insumos com maiores variações: vidro liso transparente de

4mm colocado (10,63%), janela de correr em perfil de chapa de ferro nº 20 (17,25%) e bancada de mármore (12,06%).

PROJETOS PADRÃO DE ACABAMENTO

PROJETOS PADRÕES R$/M2

VARIAÇÃO PERCENTUAL

MENSAL ACUMULADONO ANO

ACUMULADOEM 12 MESES

RESIDENCIAIS

R-1 (residência unifamiliar)

Baixo R-1-B 926,67 0,98% 7,17% 15,45%

Normal R-1-N 1.121,37 0,56% 7,21% 15,98%

Alto R-1-A 1.452,29 0,72% 8,77% 18,35%

PP-4 (prédio popular)

Baixo PP-4-B 872,18 1,21% 7,89% 16,37%

Normal PP-4-N 1.052,21 0,62% 6,45% 14,11%

R-8 (residência multifamiliar)

Baixo R-8-B 823,95 1,22% 7,44% 15,16%

Normal R-8-N 910,61 0,58% 6,09% 13,90%

Alto R-8-A 1.162,42 0,86% 8,02% 16,21%

R-16 (residência multifamiliar)

Normal R-16-N 891,12 0,60% 6,26% 13,91%

Alto R-16-A 1.148,65 0,47% 4,89% 12,43%

PIS (Projeto de Interesse Social) PIS 617,13 1,35% 6,76% 14,83%

RP1Q (residência popular) RP1Q 878,07 0,56% 4,80% 13,50%

COMERCIAIS

CAL-8 (comercial andares livres)

Normal CAL-8-N 1.023,53 0,51% 4,32% 11,24%

Alto CAL-8-A 1.124,00 0,67% 5,15% 12,45%

CSL-8 (comercial salas e lojas)

Normal CSL-8-N 870,05 0,46% 3,81% 10,67%

Alto CSL-8-A 977,82 0,78% 4,75% 12,04%

CSL-16 (comercial salas e lojas)

Normal CSL-16-N 1.161,73 0,44% 3,94% 11,00%

Alto CSL-16-A 1.305,55 0,75% 4,90% 12,36%

GI (galpão industrial) GI 498,75 0,92% 4,84% 12,03%

VENDA DE IMÓVEIS EM ALTA, ESTOQUES EM BAIXA

INDICADORES EM ASCENSÃO NO PRIMEIRO SEMESTRE

JOSÉ FREITAS* CLÉLIO MORAIS*

* Clélio Fonseca de Morais é consultor do Sinduscon/PE e diretor da CM Assessoria de Obras, responsável pelo cálculo do Custo Unitário Básico da construção civil (CUB), conforme a NBR 12.721/2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Mais informações no www.cub.org.br.

Page 42: Construir Nordeste - Edição 58

AGLOMERANTES un R$Cal hidratado Calforte Narduk kg 0,46

Cal hidratado Calforte Narduk (saco com 10 kg) sc 4,29

Cimento Portland kg 0,390

Cimento Portland (saco c/ 50 kg) sc 19,57

Cimento branco específico Narduk kg 0,94

Cimento branco específico Narduk (saco com 40 kg) sc 40,19

Gesso em pó de fundição (rápido) kg 0,39

Gesso em pó de fundição (rápido) (saco com 40kg) sc 15,40

Gesso em pó para revestimento (lento) kg 0,31

Gesso em pó para revestimento (lento) (saco com 40kg) sc 12,50

Gesso Cola kg 1,30

Gesso Cola (saco com 5kg) sc 6,17

ARTEFATOS DE CIMENTO un R$Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/9x19x39cm(2,5MPa) un 1,53

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/12x19x39cm(2,5MPa)

un 1,73

Bloco de concreto p/alvenaria vedação c/14x19x39cm(2,5MPa)

un 2,05

Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/14x19x39cm(4,5MPa)

un 2,27

Bloco de concreto p/alvenaria estrutural c/19x19x39cm(4,5MPa) un 2,72

Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's aberta 60x40x40cm

un 54,33

Caixa de concreto p/ar condicionado 7.000 BTU's fechada 60x40x50cm

un 57,63

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x50x40cm

un 70,33

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's aberta 70x45x60cm

un 71,00

Caixa de concreto p/ar condicionado 10.000 BTU's fechada 70x45x60cm

un 73,00

Elemento vazado de cimento Acinol-CB2/L com 19x19x15cm un 2,60

Elemento vazado de cimento Acinol-CB6/L/Veneziano 25x25x8cm

un 2,65

Elemento vazado de cimento Acinol-CB7/L/Colmeia com 25x25x10cm

un 2,70

Elemento vazado de cimento Acinol-CB/9/Boca de Lobo 39x18x9cm

un 3,10

Lajota de concreto natural lisa para piso de 50x50x3cm m2 13,67

Lajota de concreto natural antiderrapante para piso de 50x50x3cm

m2 14,50

Meio fio de concreto pré-moldado de 100x30x12cm un 15,00

Nervura de 3,00m para laje pré-moldada com SC=200kg/m2 m 7,94

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 26,50

Piso em bloco de concreto natural "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 28,83

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/25MPa (48pç/m2)

m2 33,33

Piso em bloco de concreto pigmentado "Paver" de 6cm c/35MPa (48pç/m2)

m2 35,50

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/25 Mpa (34pç/m2)

m2 34,00

Piso em bloco de concreto natural Unistein de 8cm c/35 Mpa (34pç/m2)

m2 37,67

Piso de concreto vazado ecológico (tipo cobograma) m2 27,67

Tubo de concreto simples de 200mm classe PS1 m 13,60

Tubo de concreto simples de 300mm classe PS1 m 19,97

Tubo de concreto simples de 400mm classe PS1 m 42,37

Tubo de concreto simples de 500mm classe PS1 m 35,68

Tubo de concreto simples de 600mm classe PS1 m 55,70

Tubo de concreto simples de 800mm classe PS1 m 102,05

Tubo de concreto simples de 1000mm classe PS1 m 151,85

Tubo de concreto simples de 1200mm classe PS1 m 204,50

Tubo de concreto armado de 300mm classe PA2 m 43,06

Tubo de concreto armado de 400mm classe PA2 m 54,99

Tubo de concreto armado de 500mm classe PA2 m 67,68

Tubo de concreto armado de 600mm classe PA2 m 98,57

Tubo de concreto armado de 800mm classe PA2 m 180,79

Tubo de concreto armado de 1000mm classe PA2 m 241,55

Tubo de concreto armado de 1200mm classe PA2 m 444,01

Verga de concreto armado de 10x10cm m 12,45

Vigota treliçada para laje B12 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 4,00m

m 4,69

Vigota treliçada para laje B12 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 4,00m

m 5,08

Vigota treliçada para laje B16 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 6,00m

m 3,64

Vigota treliçada para laje B16 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 6,00m

m 3,89

Vigota treliçada para laje B20 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 7,00m

m 3,41

Vigota treliçada para laje B20 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 7,00m

m 3,70

Vigota treliçada para laje B25 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 8,00m

m 3,49

Vigota treliçada para laje B25 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 8,00m

m 3,74

Vigota treliçada para laje B30 com SC=150kgf/m2 p/vão de até 9,00m

m 3,78

Vigota treliçada para laje B30 com SC=300kgf/m2 p/vão de até 9,00m

m 4,06

ARTEFATOS DE PETROCIMENTO un R$Caixa d'água cônica CRFS de 250l c/ tampa Brasilit un 84,80

Caixa d'água cônica CRFS de 500l c/ tampa Brasilit un 45,80

Caixa d'água cônica CRFS de 1.000l c/ tampa Brasilit un 82,30

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit un 3,75

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit un 3,75

Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit un 47,30

Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit un 47,30

Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit un 32,95

Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit un 32,95

Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit un 32,95

Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit un 14,60

Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit un 48,00

Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit un 0,30

Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit un 88,50

Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit un 30,35

Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit un 87,00

Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit un 18,50

Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit un 462,60

Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit un 514,11

Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit un 575,30

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit un 6,00

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit un 10,65

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit un 11,30

Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit un 122,40

Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit un 166,90

Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit un 189,85

Telha residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit un 21,30

Telha residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit un 26,80

Telha residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit un 32,00

Telha residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit un 37,40

Telha residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit un 45,40

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit un 25,70

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit un 32,40

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit un 38,30

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit un 44,85

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit un 53,77

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit un 34,40

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit un 43,30

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit un 51,85

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit un 60,60

ARTEFATOS DE FIBROCIMENTO un R$Caixa d'água cônica CRFS de 250 litros c/tampa Brasilit un 89,00

Caixa d'água cônica CRFS de 500 litros c/tampa Brasilit un 147,00

Caixa d'água cônica CRFS de 1000 litros c/tampa Brasilit un 297,00

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX superior Brasilit un 4,15

Cumeeira articulada Fibrotex CRFS TTX inferior Brasilit un 4,15

Cumeeira articulada TKO superior para Kalhetão CRFS Brasilit un 47,90

Cumeeira articulada TKO inferior para Kalhetão CRFS Brasilit un 47,90

Cumeeira normal CRFS TOD 5G 1,10m Brasilit un 34,00

Cumeeira normal CRFS TOD 10G 1,10m Brasilit un 34,00

Cumeeira normal CRFS TOD 15G 1,10m Brasilit un 34,00

Telha Kalheta 8mm de 3,00m Brasilit un 123,60

Telha Kalheta 8mm de 4,00m Brasilit un 160,70

Telha Kalheta 8mm de 5,50m Brasilit un 216,50

Telha Kalheta 8mm de 6,00m Brasilit un 197,50

Telha Kalheta 8mm de 6,50m Brasilit un 250,00

Telha Kalhetão 8mm de 3,00m CRFS Brasilit un 199,80

Telha Kalhetão 8mm de 6,70m CRFS Brasilit un 447,00

Telha Kalhetão 8mm de 7,40m CRFS Brasilit un 494,40

Telha Kalhetão 8mm de 8,20m CRFS Brasilit un 548,00

Telha Kalhetão 8mm de 9,20m CRFS Brasilit un 614,00

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 1,22x0,50m Brasilit un 6,65

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,13x0,50m Brasilit un 12,25

Telha Fibrotex CRFS de 4mm com 2,44x0,50m Brasilit un 12,15

Telha Maxiplac de 6mm com 3,00x1,06m Brasilit un 123,60

Telha Maxiplac de 6mm com 4,10x1,06m Brasilit un 168,50

Telha Maxiplac de 6mm com 4,60x1,06m Brasilit un 190,60

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,22x1,10m Brasilit un 23,50

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,53x1,10m Brasilit un 29,50

Telha Residencial CRFS de 5mm com 1,83x1,10m Brasilit un 35,20

Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,13x1,10m Brasilit un 41,20

Telha Residencial CRFS de 5mm com 2,44x1,10m Brasilit un 47,55

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,22x1,10m Brasilit un 28,40

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,53x1,10m Brasilit un 35,65

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 1,83x1,10m Brasilit un 42,25

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,13x1,10m Brasilit un 49,50

Telha ondulada BR CRFS de 6mm com 2,44x1,10m Brasilit un 55,50

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,22x1,10m Brasilit un 38,00

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,53x1,10m Brasilit un 47,80

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 1,83x1,10m Brasilit un 57,30

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,13x1,10m Brasilit un 67,00

Telha ondulada BR CRFS de 8mm com 2,44x1,10m Brasilit un 76,80

AGREGADOS un R$Areia fina m3 41,50

Areia grossa m3 45,00

Saibro m3 37,50

Barro para aterro m3 21,50

Barro para jardim m3 35,00

Pó de pedra m3 45,00

Brita 12 m3 72,50

Brita 19 m3 71,67

Brita 25 m3 67,67

Brita 38 m3 71,67

Brita 50 m3 65,00

Brita 75 m3 65,67

Pedra rachão m3 54,87

Paralelepípedo un 0,33

Meio fio de pedra granítica m 10,00

ARGAMASSA PRONTA un R$Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno (saco 20kg) sc 5,23

Argamassa Megakol AC-I Narduk uso interno kg 0,26

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo (saco 20kg) sc 10,51

Argamassa Megaflex AC-II Narduk uso externo kg 0,53

Argamassa Megaflex AC-III Narduk alta resistência (saco 20kg) sc 19,16

Argamassa Megaflex AC-III-E Cinza Narduk alta resist. (saco 20kg) sc 22,77

Massa para alvenaria (saco 40kg) sc 8,67

Reboco pronto Reboduk Narduk interno (saco 20kg) sc 4,58

Reboco externo pronto (saco 20kg) sc 4,74

Rejunte aditivado interno (saco 40kg) sc 26,68

Rejunte aditivado interno Narduk kg 1,03

Rejunte aditivado flexível externo (saco 40kg) sc 36,67

Rejunte aditivado flexível externo Narduk kg 1,00

ARAMES un R$Arame galvanizado nº 10 BWG liso 3.40mm kg 4,62

Arame galvanizado nº 12 BWG liso 2.76mm kg 4,83

Arame galvanizado nº 14 BWG liso 2.10mm kg 5,30

Arame galvanizado nº 16 BWG liso 1.65mm kg 5,68

Arame galvanizado nº 18 BWG liso 1.24mm kg 6,83

Arame recozido 18 BWG preto kg 5,36

Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 250m un 118,54

Arame farpado "Elefante" - fio 2,2mm - rolo com 400m un 180,86

Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm - rolo com 250m un 94,86

Arame farpado "Touro" - fio 1,6mm - rolo com 500m un 180,49

BOMBAS CENTRÍFUGAS un R$Bomba centrífuga trifásica de 1/2 CV Schneider un 568,33

CUB | INSUMOS

Você pode adquirir com o consultor Clélio Morais ([email protected]), colaborador da revista Construir NE e responsável por esta seção, as composições detalhadas dos serviços apresentados na tabela de preços de assinantes da revista.

Os preços unitários dos insumos utilizados nesta listagem foram cotados no período de 5 a 26/6/2011

Bomba centrífuga trifásica de 3/4 CV Schneider un 639,33

Bomba centrífuga trifásica de 1 CV Schneider un 661,00

Bomba centrífuga trifásica de 1 1/2 CV Schneider un 783,33

Bomba centrífuga trifásica de 2 CV Schneider un 841,00

Bomba centrífuga trifásica de 3 CV Schneider un 1.027,33

Bomba centrífuga trifásica de 5 CV Schneider un 1.803,93

Bomba centrífuga trifásica de 7,5 CV Schneider un 2.204,46

Bomba centrífuga monofásica de 1/4 CV Schneider un 424,67

Bomba centrífuga monofásica de 1/2 CV Schneider un 489,00

Bomba centrífuga monofásica de 3/4 CV Schneider un 573,00

Chave de proteção magnética trifásica até 5CV WEG un 155,33

Chave de proteção magnética trifásica até 7,5CV WEG un 155,33

Chave de proteção magnética trifásica até 10CV WEG un 186,00

Bóia para bomba com 10 amperes un 42,73

Bóia para bomba com 20 amperes un 44,73

CARPETES un R$Carpete Flortex Tradition Grafite da Fademac com 3mm m2 12,66

Carpete Reviflex Diloop Grafite da Fademac com 4mm m2 12,73

CONCRETO USINADO un R$Concreto usinado FCK=10MPa m3 250,00

Concreto usinado FCK=15MPa m3 250,00

Concreto usinado FCK=15MPa bombeável m3 260,00

Concreto usinado FCK=20 MPa m3 260,00

Concreto usinado FCK=20 MPa bombeável m3 270,00

Concreto usinado FCK=25 MPa m3 270,00

Concreto usinado FCK=25 MPa bombeável m3 280,00

Concreto usinado FCK=30 MPa m3 280,00

Concreto usinado FCK=30 MPa bombeável m3 290,00

Concreto usinado FCK=35 MPa m3 290,00

Concreto usinado FCK=35 MPa bombeável m3 300,00

Taxa de bombeamento m3 35,00

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO un R$Janela de alumínio com bandeira m2 384,33

Janela de alumínio sem bandeira m2 371,50

Janela de alumínio tipo basculante 0,60x1,00m m2 411,00

Porta de alumínio com saia e bandeira m2 496,03

ESQUADRIAS DE FERRO un R$Gradil de ferro c/cantoneira L de 1.1/4" e barras de 1"x1/4" m2 126,53

Portão de ferro em chapa preta nº 18 (cant.) m2 147,53

Portão em tela de ferro quadrada 13mm e fio 12 m2 135,38

Tubo de ferro preto de 2" m 18,37

Tubo de ferro preto de 4" m 38,76

Tubo de ferro preto de 6" m 90,87

Tubo de ferro galvanizado de 2" m 31,12

Tubo de ferro galvanizado de 2.1/2" m 38,98

Tubo de ferro galvanizado de 4" m 86,13

EQUIPAMENTOS CONTRA-INCÊNDIO un R$Adaptador de 2.1/2"x1.1/2" un 60,33

Adaptador de 2.1/2"x2.1/2" un 67,65

Caixa de incêndio com 75x45x17cm para mangueira predial un 248,38

Chave Storz un 20,00

Esguicho Jato sólido de 1.1/2" un 57,00

Porta em compensado liso semi-oca de 0,60x2,10x0,03m un 45,41

Porta em compensado liso semi-oca de 0,70x2,10x0,03m un 46,08

Porta em compensado liso semi-oca de 0,80x2,10x0,03m un 46,74

Porta em compensado liso semi-oca de 0,90x2,10x0,03m un 50,00

Porta em compensado liso de 0,60x2,10x0,03m EIDAI un 63,36

Porta em compensado liso de 0,70x2,10x0,03m EIDAI un 67,21

Porta em compensado liso de 0,80x2,10x0,03m EIDAI un 75,02

Porta em compensado liso de 0,90x2,10x0,03m EIDAI un 86,10

Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 119,63

Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 139,73

Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 171,67

Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m un 163,77

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 113,50

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 120,50

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 209,75

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 126,59

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 142,59

Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 167,33

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m un 194,33

Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 45,66

Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 87,33

Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera un 55,00

Porta em fichas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 119,63

Porta em fichas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 139,73

Porta em fichas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 171,67

Porta em fichas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m un 163,77

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 113,50

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 120,50

Porta em venezianas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 209,75

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,60x2,10x0,03m un 126,59

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,70x2,10x0,03m un 134,26

Porta em amolfadas de madeira maciça de 0,80x2,10x0,03m un 157,66

Porta em almofadas de madeira maciça de 0,90x2,10x0,03m un 186,33

Grade de canto em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 46,33

Grade de caixa em massaranduba até 1,00x2,10m para pintura esmalte

un 89,00

Grade de caixa em Jatobá até 1,00x2,10m para verniz ou cera un 55,00

EQUIPAMENTOS un R$Retroescavadeira 580H, 4x4 (com operador) h 75,83

Andaime tubular de 1,5x1,0m (2peças=1,00m) mês 11,52

Betoneira elétrica de 400L sem carregador mês 330,57

Compactador CM/13 elétrico mês 353,33

Compactador CM/20 elétrico mês 688,08

Cortadora de piso elétrica mês 381,10

Furadeira industrial Bosch ref. 1174 mês 215,00

Guincho de coluna(foguete) mês 280,47

Mangote vibratório de 35mm mês 67,83

Mangote vibratório de 45mm mês 70,63

Motor elétrico para vibrador mês 73,20

Pistola finca pinos mês 170,00

Pontalete metálico regulável (1 peça) mês 5,83

Serra elétrica circular de bancada mês 180,22

FERROS un R$Ferro CA-25 de 12,5mm kg 2,95

Ferro CA-25 de 20mm kg 2,95

Ferro CA-25 de 25m kg 2,95

Ferro CA-50 de 6,3mm kg 3,65

Ferro CA-50 de 8mm kg 3,50

Ferro CA-50 de 10mm kg 3,10

Ferro CA-50 de 12,5mm kg 2,95

Ferro CA-50 de 16mm kg 2,95

Ferro CA-50 de 20mm kg 2,95

Ferro CA-50 de 25mm kg 2,95

Ferro CA-50 de 32mm kg 3,30

Ferro CA-60 de 4,2mm kg 3,05

Ferro CA-60 de 5mm kg 3,05

Ferro CA-60 de 6mm kg 3,25

Ferro CA-60 de 7mm kg 3,60

Ferro CA-60 de 8mm kg 3,00

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

kg 4,85

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 3,4mm tipo Q61 (0,972kg/m2)

m2 4,85

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

kg 4,85

Tela de ferro c/malha 15x15cm c/fio de 4,2mm tipo Q92 (1,480kg/m2)

m2 7,15

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

kg 4,85

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 3,8mm tipo Q113 (1,803kg/m2)

m2 8,70

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

kg 4,85

Tela de ferro c/malha 10x10cm c/fio de 4,2mm tipo Q138 (2,198kg/m2)

m2 10,65

FORROS, DIVISÓRIAS E SERVIÇOS DE GESSO un R$Bloco de gesso com 50x65x7,5cm para parede divisória un 4,47

Placa de gesso lisa para forro com 65x65cm un 2,10

Rodateto de gesso - friso com largura de até 6cm aplicado m 8,00

Rodateto de gesso - friso com largura de até 15cm aplicado m 10,03

Rodateto de gesso - friso com largura de até 20cm aplicado m 12,73

Junta de dilatação de gesso em "L" de 2x2cm aplicada m 7,73

Junta de dilatação de gesso em "L" de 3x3cm aplicada m 8,37

FERRAGENS DE PORTA un R$Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1500 LaFonte

un 4,31

Dobradiça em aço cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 1410 LaFonte

un 4,55

Dobradiça em latão cromado de 3"x2.1/2" sem anéis ref. 90 LaFonte

un 8,74

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 521 E-CR LaFonte un 75,86

Conjunto de fechadura interna ref. 521 I-CR LaFonte un 56,08

Conjunto de fechadura para WC ref. 521 B-CR LaFonte un 56,08

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 436E-CR LaFonte un 56,31

Conjunto de fechadura interna ref. 436I-CR LaFonte un 46,41

Conjunto de fechadura para WC ref. 436B-CR LaFonte un 46,41

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 2078 E-CR LaFonte un 73,87

Conjunto de fechadura interna ref. 2078 I-CR LaFonte un 49,67

Conjunto de fechadura para WC ref. 2078 B-CR LaFonte un 54,59

Conjunto de fechadura de cilindro ref. 608E-CR LaFonte un 127,63

Conjunto de fechadura interna ref. 608I-CR LaFonte un 101,49

Conjunto de fechadura para WC ref. 608B-CR LaFonte un 101,49

GRANITOS un R$Granilha nº 02 (saco com 40kg) sc 11,80

Granilha nº 02 kg 0,32

Bancada em granito cinza andorinha de 60x2cm c/1 cuba,test.e esp.

m 164,95

Divisória de box em granito cinza andorinha de 7x2 cm m 19,27

Soleira de granito cinza andorinha de 15x2 cm m 22,62

Rodapé de granito cinza andorinha com 7x2cm m 18,75

ANÚNCIO 1/3MONTENEGRO

Page 43: Construir Nordeste - Edição 58

Lajota de granito cinza andorinha de 50x50x2cm m2 74,63

Lajota de granito preto tijuca de 50x50x2cm m2 114,97

Lajota de granito preto tijuca de 15x30x2cm m2 86,50

Bancada de granito preto tijuca de 60x2cm m 213,65

Divisória de box em granito preto tijuca 7x2 cm m 33,70

Soleira de granito preto tijuca de 15x2 cm m 36,67

Rodapé de granito preto tijuca de 7x2cm m 29,00

Lajota de granito verde ubatuba de 50x50x2cm m2 96,84

Lajota de granito verde ubatuba de 15x30x2cm m2 47,70

Bancada de granito verde ubatuba de 60x2cm ml 166,01

Divisória de box em granito verde ubatuba 7x2cm ml 26,77

Soleira de granito verde ubatuba de 15x2cm ml 27,50

Rodapé de granito verde ubatuba de 7x2cm ml 17,67

IMPERMEABILIZANTES un R$Acquella (galão de 3,6 litros) gl 63,85

Acquella (lata de 18 litros) lata 283,65

Bianco (galão de 3,6 litros) gl 33,16

Bianco (balde de 18 litros) bd 136,17

Compound adesivo (A+B) (2 latas=1kg) kg 35,22

Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (galão de 3,6 litros)

gl 31,35

Desmol CD - líquido desmoldante p/concreto (balde de 18 litros)

bd 114,85

Frioasfalto (galão de 3,9 kg) gl 23,90

Frioasfalto (balde de 20kg) bd 120,45

Neutrol (galão de 3,6 litros) gl 55,15

Neutrol (lata de 18 litros) lata 217,30

Vedacit (galão de 3,6 litros) bd 7,55

Vedacit (balde de 18 litros) bd 64,95

Vedacit rapidíssimo (galão de 4 kg) gl 16,55

Vedacit rapidíssimo (balde de 20kg) bd 117,40

Vedaflex (cartucho com 310ml) cart 12,25

Vedapren preto (galão de 3,6 litros) gl 42,19

Vedapren preto (balde de 18kg) bd 138,99

Vedapren branco (galão de 4,5 kg) gl 26,35

Vedapren branco (balde de 18kg) bd 215,01

Sika nº 1 (balde de 18 litros) bd 57,38

Igol 2 (balde de 18kg) bd 116,15

Igol A (balde de 18kg) bd 100,74

Silicone (balde de 18 litros) bd 85,04

MADEIRAS un R$Assoalho de madeira em Ipê de 15x2cm m2 59,00

Assoalho de madeira em Jatobá de 15x2cm m2 74,18

Rodapé de madeira em Jatobá de 5x1,5cm m 7,47

Lambri de madeira em Angelim Pedra de 10x1cm m2 29,50

Folha de "Fórmica" texturizada branca de 3,08x1,25m un 48,58

Folha de "Fórmica" brilhante branca de 3,08x1,25m un 44,02

Estronca roliça tipo litro m 1,73

Barrote de madeira mista de 6x6cm m 5,92

Sarrafo de madeira mista de 10cm (1"x4") m 2,93

Tábua de madeira mista de 15cm (1"x6") m 4,37

Tábua de madeira mista de 22,5cm (1"x9") m 5,99

Tábua de madeira mista de 30cm (1"x12") m 8,53

Madeira serrada para coberta (Massaranduba) m3 2.345,67

Peça de massaranduba para coberta de 7,5x15cm m 20,43

Peça de massaranduba para coberta de 6x10cm m 14,72

Barrote de massaranduba para coberta de 5x7,5cm m 7,37

Ripa de massaranduba para coberta de 4x1cm m 3,84

Prancha de massaranduba para escoramento de 3x15cm m 9,24

Prancha de massaranduba para escoramento de 5x15cm m 21,80

Chapa de madeira plastificada de 10mm c/1,10x2,20m un 39,33

Chapa de madeira plastificada de 12mm c/1,10x2,20m un 44,33

Chapa de madeira plastificada de 15mm c/1,10x2,20m un 55,17

Chapa de madeira plastificada de 17mm c/1,10x2,20m un 65,00

Chapa de madeira plastificada de 20mm c/1,10x2,20m un 76,85

Chapa de madeira resinada de 6mm c/1,10x2,20m un 15,61

Chapa de madeira resinada de 10mm c/1,10x2,20m un 22,17

Chapa de madeira resinada de 12mm c/1,10x2,20m un 31,08

Chapa de madeira resinada de 15mm c/ 1,10x2,20m un 37,20

Chapa de madeira resinada de 17mm c/1,10x2,20m un 44,71

MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS un R$Eletroduto em PVC flexível corrugado de 1/2" m 0,94

Eletroduto em PVC flexível corrugado de 3/4" m 1,36

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" (vara com 3m) vara 3,72

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" (vara com 3m) vara 5,62

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1" (vara com 3m) vara 8,73

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" (vara com 3m) vara 10,42

Eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" (vara com 3m) vara 13,11

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2" (vara com 3m) vara 17,31

Eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" (vara com 3m) vara 34,90

Eletroduto em PVC rígido roscável de 3" (vara com 3m) vara 42,99

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" un 0,92

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" un 1,15

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" un 1,63

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" un 2,49

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" un 2,85

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" un 4,65

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" un 11,18

Curva 90° para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" un 12,90

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1/2" un 0,38

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3/4" un 0,60

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1" un 0,80

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/4" un 1,36

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 1.1/2" un 1,63

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2" un 2,53

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 2.1/2" un 7,48

Luva para eletroduto em PVC rígido roscável de 3" un 8,85

Bucha de alumínio de 1/2" un 0,30

Bucha de alumínio de 3/4" un 0,39

Bucha de alumínio de 1" un 0,57

Bucha de alumínio de 1.1/4" un 0,79

Bucha de alumínio de 1.1/2" un 0,95

Bucha de alumínio de 2" un 1,79

Bucha de alumínio de 2.1/2" un 2,23

Bucha de alumínio de 3" un 2,73

Arruela de alumínio de 1/2" un 0,19

Arruela de alumínio de 3/4" un 0,25

Arruela de alumínio de 1" un 0,45

Arruela de alumínio de 1.1/4" un 0,61

Arruela de alumínio de 1.1/2" un 0,77

Arruela de alumínio de 2" un 0,94

Arruela de alumínio de 2.1/2" un 1,40

Arruela de alumínio de 3" un 2,75

Caixa de passagem em PVC de 4"x4" un 2,01

Caixa de passagem em PVC de 4"x2" un 1,24

Caixa de passagem sextavada em PVC de 3"X3" un 2,60

Caixa de passagem octogonal em PVC de 4"X4" un 2,20

Soquete para lâmpada (bocal) com rabicho un 1,45

Soquete para lâmpada (bocal) sem rabicho un 1,50

Cabo de cobre nú de 10mm2 m 3,78

Cabo de cobre nú de 16mm2 m 5,38

Cabo de cobre nú de 25mm2 m 7,41

Cabo de cobre nú de 35mm2 m 10,96

Cabo flexível de 1,5mm2 com isolamento plástico m 0,46

Cabo flexível de 2,5mm2 com isolamento plástico m 0,74

Cabo flexível de 4mm2 com isolamento plástico m 1,31

Cabo flexível de 6mm2 com isolamento plástico m 1,83

Cabo flexível de 10mm2 com isolamento plástico m 3,46

Cabo flexível de 16mm2 com isolamento plástico m 6,09

Cabo flexível de 25mm2 com isolamento plástico m 10,40

Cabo flexível de 35mm2 com isolamento plástico m 13,26

Fio rígido de 1,5mm2 com isolamento plástico m 0,46

Fio rígido de 2,5mm2 com isolamento plástico m 0,72

Fio rígido de 4mm2 com isolamento plástico m 1,36

Fio rígido de 6mm2 com isolamento plástico m 2,03

Fita isolante de 19mm (rolo com 20m) un 6,79

Disjuntor monopolar de 10A Pial un 7,44

Disjuntor monopolar de 15A Pial un 6,78

Disjuntor monopolar de 20A Pial un 7,11

Disjuntor monopolar de 25A Pial un 7,11

Disjuntor monopolar de 30A Pial un 7,11

Disjuntor tripolar de 10A Pial un 42,38

Disjuntor tripolar de 25A Pial un 42,38

Disjuntor tripolar de 50A Pial un 44,84

Disjuntor tripolar de 70A Pial un 70,23

Disjuntor tripolar de 90A Pial un 69,09

Disjuntor tripolar de 100A Pial un 69,09

Disjuntor monopolar de 10A GE un 5,38

Disjuntor monopolar de 15A GE un 5,25

Disjuntor monopolar de 20A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 25A GE un 5,50

Disjuntor monopolar de 30A GE un 5,50

Disjuntor tripolar de 10A GE un 45,00

Disjuntor tripolar de 25A GE un 41,25

Disjuntor tripolar de 50A GE un 42,00

Disjuntor tripolar de 70A GE un 68,60

Disjuntor tripolar de 90A GE un 60,00

Disjuntor tripolar de 100A GE un 60,00

Quadro de distribuição de energia em PVC para 3 disjuntores un 11,34

Quadro de distribuição de energia em PVC para 6 disjuntores un 26,74

Quadro de distribuição de energia em PVC para 12 disjuntores un 40,57

Quadro metálico de distribuição de energia para 12 disjuntores un 92,23

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 12 disjuntores

un 37,73

Quadro metálico de distribuição de energia para 20 disjuntores un 123,50

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 20 disjuntores

un 46,33

Quadro metálico de distribuição de energia para 32 disjuntores un 168,15

Kit barramento p/quadro de distribuição de energia com 32 disjuntores

un 66,10

Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de embutir un 28,90

Conjunto ARSTOP completo (tomada + disjuntor) de sobrepor un 29,35

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Pratis cj 4,92

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Pratis cj 9,84

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Pratis cj 12,24

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Pratis cj 6,68

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Pratis cj 11,79

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Pratis

cj 11,70

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 9,95

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Pratis

cj 12,65

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 5,97

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Pratis

cj 10,77

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Pratis

cj 7,38

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Pratis

cj 8,90

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Pratis

cj 10,55

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Pratis

cj 5,15

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Pratis

cj 5,45

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Pratis cj 10,61

Suporte padrão 4"x2" Pial Pratis un 0,61

Suporte padrão 4"x4" Pial un 1,23

Placa cega 4"x2" Pial Pratis un 1,91

Placa cega 4"x4" Pial Pratis un 4,34

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples Pial Plus cj 8,00

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores simples Pial Plus cj 13,98

Conjunto 4"x2" com 3 interruptores simples Pial Plus cj 18,45

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor paralelo Pial Plus cj 10,36

Conjunto 4"x2" com 2 interruptores paralelos Pial Plus cj 19,00

Conjunto 4"x2" com 1 interruptor simples + 1 paralelo Pial Plus

cj 16,40

Conjunto 4"x2" c/1 interruptor simples + 1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 14,33

Conjunto 4"x2" c/2 interruptores simples+1 tomada univ. 2P Pial Plus

cj 18,75

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente universal 2P Pial Plus

cj 7,24

Conjunto 4"x2" com 2 tomadas de corrente universal 2P Pial Plus

cj 16,13

Conjunto 4"x2" com 1 tomada de corrente c/aterramento 2P+T Pial Plus

cj 14,50

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente c/aterramento 3P Pial Plus

cj 11,03

Conjunto 4"x2" c/1 tomada de corrente p/chuveiro elétrico 3P Pial Plus

cj 10,50

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para campainha Pial Plus cj 7,17

Conjunto 4"x2" com 1 botão pulsador para minuteria Pial Plus cj 7,53

Conjunto 4"x2" com 1 saída para antena de TV/FM Pial Plus cj 13,53

Suporte padrão 4"x2" Pial Plus un 1,20

Placa cega 4"x2" Pial Plus un 2,00

Placa cega 4"x4" Pial Plus un 4,87

Haste de aterramento Copperweld de 5/8"X2,40m com conectores un 19,63

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Pratis

cj 8,65

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Pratis cj 14,73

Conjunto 4"x2" com 1 tomada p/telefone 4P padrão Telebrás Pial Plus

cj 11,68

Conjunto 4"x2" com 1 tomada para telefone RJ11 Pial Plus cj 18,60

Cabo telefônico CCI 50 - 1 par m 0,24

Cabo telefônico CCI 50 - 2 pares m 0,45

Cabo telefônico CCI 50 - 3 pares m 0,77

Cabo telefônico CCI 50 - 4 pares m 0,91

Cabo telefônico CCI 50 - 5 pares m 1,14

Cabo telefônico CCI 50 - 6 pares m 1,54

Quadro metálico de embutir para telefone de 20x20x13,5cm un 35,30

Quadro metálico de embutir para telefone de 30x30x13,5cm un 48,39

Quadro metálico de embutir para telefone de 40x40x13,5cm un 78,50

Quadro metálico de embutir para telefone de 50x50x13,5cm un 83,56

Quadro metálico de embutir para telefone de 60x60x13,5cm un 140,99

Quadro metálico de embutir para telefone de 80x80x13,5cm un 242,49

Quadro metálico de embutir para telefone de 120x120x13,5cm un 550,00

MATERIAIS HIDRÁULICOS un R$Caixa sifonada de PVC de 100x100x50mm c/grelha branca redonda

un 6,82

Caixa sifonada de PVC de 100x125x50mm c/grelha branca redonda

un 10,55

Caixa sifonada de PVC de 150x150x50mm c/grelha branca redonda

un 17,15

Caixa sifonada de PVC de 150x185x75mm c/grelha branca redonda

un 19,14

Ralo sifonado quadrado PVC 100x54x40mm c/grelha un 4,94

Adaptador de PVC para válvula de pia e lavatório un 1,33

Bucha de redução longa de PVC soldável para esgoto de 50x40mm

un 1,20

Curva de PVC soldável para água de 20mm un 1,35

Curva de PVC soldável para água de 25mm un 1,63

Curva de PVC soldável para água de 32mm un 3,63

Curva de PVC soldável para água de 40mm un 6,52

Joelho 90° de PVC L/R para água de 25mm x 3/4" un 1,80

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1/2" un 0,96

Joelho 90° de PVC roscável para água de 3/4" un 1,33

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1" un 2,27

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/4" un 5,73

Joelho 90° de PVC roscável para água de 1.1/2" un 6,93

Joelho 90° de PVC roscável para água de 2" un 14,33

Joelho 90° de PVC soldável para água de 20mm un 0,26

Joelho 90° de PVC soldável para água de 25mm un 0,38

Joelho 90° de PVC soldável para água de 32mm un 1,33

Joelho 90° de PVC soldável para água de 40mm un 2,78

Joelho 90° de PVC soldável para água de 50mm un 2,96

Joelho 90° de PVC soldável para água de 65mm un 13,44

Joelho 90° de PVC soldável para água de 75mm un 49,75

Joelho 90° de PVC soldável para água de 85mm un 54,72

Joelho 90° c/visita de PVC soldável para esgoto de 100x50mm un 9,25

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 40mm un 1,05

Joelho 90° de PVC soldável para esgoto de 50mm un 1,67

Joelho 45° de PVC soldável para esgoto de 50mm un 1,88

Junção simples de PVC soldável para esgoto de 100x50mm un 8,88

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 3/4" CR/CR Deca un 56,90

Registro de gaveta Targa 1509 C40 de 1.1/2" CR/CR Deca un 80,62

Registro de gaveta Targa (base 4509+acab. C40 710 CR/CR) 1" Deca un 43,64

Registro de gaveta Bruto B1510 de 1.1/2" Fabrimar un 46,78

Registro de pressão Targa 1416 C40 de 3/4" CR/CR Deca un 60,10

Tê de PVC roscável de 1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 1,16

Tê de PVC roscável de 3/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 1,76

Tê de PVC roscável de 1" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 4,22

Tê de PVC roscável de 1.1/4" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 9,03

Tê de PVC roscável de 1.1/2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 11,47

Tê de PVC roscável de 2" Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 18,60

Tê de PVC soldável de 25mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 0,63

Tê de PVC soldável de 60mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 17,23

Tê de PVC soldável de 75mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 30,97

Tê de PVC soldável de 85mm Fortilit/Akros/Amanco/Tigre un 50,60

Tubo de ligação para bacia de 20cm com anel branco Astra un 4,05

Tubo de PVC roscável de 1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 17,42

Tubo de PVC roscável de 3/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 22,57

Tubo de PVC roscável de 1" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 48,75

Tubo de PVC roscável de 1.1/4" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 59,27

Tubo de PVC roscável de 1.1/2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 73,03

Tubo de PVC roscável de 2" CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 114,28

Tubo de PVC soldável de 20mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 7,63

Tubo de PVC soldável de 25mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 11,10

Tubo de PVC soldável de 32mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 23,80

Tubo de PVC soldável de 40mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 36,35

Tubo de PVC soldável de 50mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 44,60

Tubo de PVC soldável de 60mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 74,68

Tubo de PVC soldável de 75mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 112,33

Tubo de PVC soldável de 85mm CL15 Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/ 6m)

vara 142,93

Tubo de PVC p/esgoto Sanifort 40mm PBV Fortilit/Akros/Amanco/Tigre (vara c/6m)

vara 19,50

Pia aço inox lisa c/1,20m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 94,47

Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 127,95

Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 236,44

Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 460,63

Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 286,55

Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 460,95

Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat

un 172,45

Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat un 391,95

Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat un 676,95

Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x 1 1/2", Franke Douat un 10,62

Pia aço inox lisa c/1,40m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 127,95

Pia aço inox lisa c/1,80m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 236,44

Pia aço inox lisa c/1,80m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 460,63

Pia aço inox lisa c/2,00m, 1 cuba, sem válvula, concretada, Franke Douat

un 286,55

Pia aço inox lisa c/2,00m, 2 cubas, sem válvulas, concretada, Franke Douat

un 460,95

Cuba em aço inox retangular, de 55x33x14cm, sem válvula, Franke Douat

un 172,45

Tanque em aço inox, de 50x40cm, com válvula, Franke Douat un 391,95

Mictório em aço inox, de 1,50m, completo, Franke Douat un 676,95

Válvula para pia de aço inox, de 3 1/2"x 1 1/2", Franke Douat un 10,62

MÁRMORES un R$Bancada de mármore branco rajado de 60x2cm m 116,87

Bancada de mármore branco extra de 60x2cm m 483,20

Bancada de mármore travertino de 60x2cm m 201,20

Lajota de mármore branco extra de 30x30x2cm m2 63,07

Lajota de mármore branco rajado de 15x30x2cm m2 54,00

Lajota de mármore branco rajado de 30x30x2cm m2 41,67

Lajota de mármore travertino de 30x30x2cm m2 68,33

Lajota de mármore travertino de 15x30x2cm m2 56,67

Rodapé em mármore branco rajado de 7x2cm m 15,50

Rodapé em mármore travertino de 7x2cm m 23,50

Soleira em mármore branco extra de 15x2cm m 58,50

Soleira em mármore branco rajado de 15x2cm m 18,33

Soleira em mármore travertino de 15x2cm m 29,00

MATERIAIS DE PINTURA un R$Fundo sintético nivelador branco fosco para madeira (galão) gl 56,90

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (galão) gl 25,90

Selador PVA(liqui-base) para parede interna (lata c/18 litros) lata 113,63

Selador acrílico para parede externa (galão) gl 22,60

Selador acrílico para parede externa (lata c/18 litros) lata 90,27

Massa corrida PVA (galão) gl 11,00

Massa corrida PVA (lata c/18 litros) lata 28,20

Massa acrílica (galão) gl 22,80

Massa acrílica (lata c/18 litros) lata 87,73

Massa à óleo (galão) gl 41,50

Solvente Aguarrás (galão c/5 litros) gl 51,80

Tinta latex fosca para interior (galão) gl 19,70

Tinta latex fosca para interior (lata c/18 litros) lata 86,63

Tinta latex para exterior (galão) gl 35,93

Tinta latex para exterior (lata c/18 litros) lata 152,50

Líquido para brilho regulador (galão) gl 44,60

Líquido para brilho regulador (lata c/18 litros) lata 239,40

Tinta acrílica fosca (galão) gl 50,40

Tinta acrílica fosca (lata c/18 litros) lata 157,63

Textura acrílica (galão) gl 21,97

Textura acrílica (lata c/18 litros) lata 95,80

Impermeabilizante à base de silicone para fachadas (galão) gl 48,29

Verniz marítimo à base de poliuretano (galão) gl 40,93

Tinta antiferruginosa Zarcão (galão) gl 67,90

Esmalte sintético acetinado (galão) gl 60,30

Esmalte sintético brilhante (galão) gl 51,87

Tinta à óleo (galão) gl 41,64

Tinta à óleo para cerâmica (galão) gl 62,25

Tinta acrílica especial para piso (galão) gl 33,10

Tinta acrílica especial para piso (lata c/18 litros) lata 140,63

Tinta epoxi: esmalte + catalizador (galão) gl 124,40

Diluente epoxi (litro) l 15,57

Lixa para parede un 0,32

Lixa para madeira un 0,38

Lixa d'água un 0,96

Lixa para ferro un 2,13

Estopa para limpeza kg 4,73

Ácido muriático (litro) l 4,45

Cal para pintura kg 0,77

Tinta Hidracor (saco com 2kg) sc 2,98

Massa plástica 3 Estrelas (lata com 500gramas) lata 5,75

MATERIAIS P/ INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE un R$Tubo de cobre classe "E" de 15mm (vara com 5,00m) un 58,33

Tubo de cobre classe "E" de 22mm (vara com 5,00m) un 92,71

Tubo de cobre classe "E" de 28mm (vara com 5,00m) un 109,13

Tubo de cobre classe "E" de 35mm (vara com 5,00m) un 195,68

Tubo de cobre classe "E" de 54mm (vara com 5,00m) un 362,18

MATERIAIS SANITÁRIOS un R$Assento sanitário Village em polipropileno AP30 Deca un 71,23

Assento sanitário almofadado branco TPK/A5 BR1 Astra un 42,46

Assento convencional branco macio TPR BR1 em plástico Astra un 14,63

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Azálea branco gelo Celite

un 191,93

Conjunto bacia com caixa Saveiro branco Celite un 165,87

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena branco gelo Deca

un 242,17

Bacia sanitária c/caixa descarga acoplada Ravena cinza real Deca

un 257,49

Bacia sanitária convencional Azálea branco gelo Celite un 90,93

Bacia sanitária convencional Targa branco gelo Deca un 236,83

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Page 44: Construir Nordeste - Edição 58

Bacia sanitária convencional Izy branco gelo Deca un 62,20

Bacia sanitária convencional Ravena branco gelo Deca un 107,66

Bacia sanitária convencional Ravena cinza real Deca un 108,74

Bacia sanitária convencional Village branco gelo Deca un 156,63

Bacia sanitária convencional Village cinza real Deca un 160,00

Cuba de embutir oval de 49x36cm L37 branco gelo Deca un 41,23

Cuba de embutir redonda de 36cm L41 branco gelo Deca un 39,90

Cuba sobrepor retang. Monte Carlo 57,5x44,5cm L40 branco gelo Deca

un 76,00

Lavatório suspenso Izy de 43x23,5cm L100 branco gelo Deca un 59,63

Lavatório suspenso Izy de 39,5x29,5cm L15 branco gelo Deca un 49,30

Lavatório c/ coluna Monte Carlo de 57,5x44,5cm L81 branco gelo Deca

un 118,63

Lavatório de canto Izy L101 branco gelo Deca un 60,92

Lavatório c/ coluna Saveiro de 46x38cm branco Celite un 47,27

Bolsa de ligação para bacia sanitária BS1 de 1.1/2" Astra un 2,50

Caixa de descarga sobrepor 8 lts. c/engate e tubo ligação Fortilit/Akros/Tigre

un 17,30

Chicote plástico flexível de 1/2"x30cm Fortilit/Akros/Amanco/Luconi

un 2,35

Chicote plástico flexível de 1/2"x40cm Fortilit/Akros/Luconi un 2,83

Chuveiro de PVC de 1/2" com braço un 3,83

Chuveiro cromado de luxo ref. 1989102 Deca un 182,67

Parafuso de fixação para bacia de 5,5x65mm em latão B-8 Sigma (par)

par 5,87

Parafuso de fixação para tanque longo 100mm 980 Esteves (par) par 12,03

Parafuso de fixação para lavatório Esteves (par) par 5,88

Sifão de alumínio fundido de 1" x 1.1/2" un 49,27

Sifão tipo copo para lavatório cromado de 1"x1.1/2" Esteves un 54,93

Sifão de PVC de 1" x 1.1/2" un 6,27

Fita veda rosca em Teflon Polytubes Polvitec (rolo com 12mm x 25m)

un 2,29

Tanque de louça de 22 litros TQ-25 de 60x50cm branco gelo Deca

un 237,67

Coluna para tanque de 22 litros CT-25 branco gelo Deca un 68,00

Tanque de louça de 18 litros TQ-01 de 56x42cm branco gelo Deca

un 147,00

Coluna para tanque de 18 litros CT-11 branco gelo Deca un 61,99

Tanque de louça sem fixação de 18 litros de 53x48cm branco Celite

un 148,99

Tanque em resina simples de 59x54cm marmorizado Resinam un 48,80

Tanque em resina simples de 60x60cm granitado Marnol un 49,30

Balcão de cozinha em resina c/1,00x0,50m c/1 cuba marmorizado Marnol

un 49,10

Balcão de cozinha em resina c/1,20x0,50m c/1 cuba granitado Marnol

un 57,73

Misturador para lavatório Targa 1875 C40 CR/CR Deca un 232,84

Misturador para pia de cozinha tipo mesa Prata 1256 C50 CR Deca

un 365,40

Misturador para pia de cozinha tipo parede Prata 1258 C50 CR Deca

un 365,40

Torneira para tanque/jardim 1152 C39 CR ref. 1153022 Deca un 53,18

Torneira para lavatório 1193 C39 CR (ref.1193122) Deca un 51,41

Torneira para pia de cozinha Targa 1159 C40 CR Deca un 85,66

Torneira de parede p/pia de cozinha 1158 C39 CR ref. 1158022 Deca

un 57,89

Torneira de parede para pia de cozinha Targa 1168 C40 Deca un 171,60

Torneira de mesa para pia de cozinha Targa 1167 C40 Deca un 168,78

Torneira para lavatório Targa 1190 C40 CR/CR (ref. 1190700) Deca un 91,18

Ducha manual Evidence cromada 1984C CR Deca un 161,73

Válvula de descarga Hydra Max de 1.1/2" ref. 2550504 Deca un 146,95

Válvula cromada para lavatório ref.1602500 Deca un 24,90

Válvula cromada para lavanderia ref. 1605502 Deca un 34,60

Válvula de PVC para lavatório un 2,63

Válvula de PVC para tanque ou pia de cozinha un 4,28

OUTROS un R$Corda de nylon de 3/8" kg 13,78

Tela de nylon para proteção de fachada m2 3,82

Bucha para fixação de arame no forro de gesso kg 4,03

Pino metálico para fixação à pistola com cartucho un 0,56

Cola Norcola (galão com 2,85kg) gl 33,63

Cola branca (pote de 1 kg) kg 7,43

Bloco de EPS para laje treliçada m3 206,06

PRODUTOS CERÂMICOS un R$Tijolo cerâmico de 4 furos de 7x19x19cm mil 383,33

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x10x19cm mil 186,50

Tijolo cerâmico de 6 furos de 9x15x19cm mil 308,72

Tijolo cerâmico de 8 furos de 9x19x19cm mil 367,72

Tijolo cerâmico de 8 furos de 12x19x19cm mil 451,06

Tijolo cerâmico de 18 furos de 10x7x23cm mil 450,00

Tijolo cerâmico aparente de 6 furos (sem frisos) de 9x10x19cm mil 380,00

Tijolo cerâmico maciço de 10x5x23cm mil 417,50

Telha em cerâmica tipo colonial (Dantas) - 35un/m2 mil 360,00

Telha em cerâmica tipo colonial (Itajá) - 32un/m2 mil 480,00

Telha em cerâmica tipo calha Paulistinha (Quitambar) - 22un/m2 mil 700,00

Telha em cerâmica tipo colonial Simonassi (Bahia) - 28un/m2 mil 1.400,00

Telha em cerâmica tipo colonial Barro Forte (Maranhão) - 25un/m2 mil 1.075,00

Tijolo cerâmico refratário de 22,9x11,4x6,3cm mil 1.285,80

Massa refratária seca kg 0,72

Taxa de acréscimo para tijolos paletizados(por milheiro) mil 50,00

Bloco de cerâmica de 30x20x9cm para laje pré-moldada mil 720,00

PREGOS E PARAFUSOS un R$Prego com cabeça de 1.1/4"x14 kg 6,03

Prego com cabeça de 2.1/2"x10 kg 5,07

Parafuso de 5/16"x300mm em alumínio para fixação de telhas un 1,24

Arruela de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,17

Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 5/16" un 0,16

Porca de alumínio para parafuso de 5/16" un 0,15

Parafuso de 1/4"x100mm em alumínio para fixação de telhas un 0,24

Parafuso de 1/4"x150mm em alumínio para fixação de telhas un 0,55

Parafuso de 1/4"x250mm em alumínio para fixação de telhas un 0,67

Parafuso de 1/4"x300mm em alumínio para fixação de telhas un 0,89

Arruela de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,17

Arruela de vedação em borracha/plástico para parafuso de 1/4" un 0,12

Porca de alumínio para parafuso de 1/4" un 0,10

REVESTIMENTOS CERÂMICOS un R$Cerâmica Eliane 10x10cm Camburí White tipo "A" m2 17,44

Cerâmica Eliane 20x20cm Camburí branca tipo "A" PEI4 m2 14,45

Porcelanato Eliane Platina PO(polido) 40x40cm m2 39,40

Porcelanato Eliane Platina NA(natural) 40x40cm m2 41,74

Cerâmica Portobello Prisma bianco 7,5x7,5cm ref. 82722 m2 23,65

Cerâmica Portobello Linha Arq. Design neve 9,5x9,5cm ref. 14041 m2 21,15

Cerâmica Portobello Patmos White 30x40cm ref. 82073 m2 21,65

Azulejo Eliane Forma Slim Branco BR MP 20x20cm m2 17,17

Azulejo liso Cecrisa Unite White 15x15cm tipo "A" m2 16,41

REVESTIMENTOS DE PEDRAS NATURAIS un R$Pedra Ardósia cinza de 20x20cm m2 9,97

Pedra Ardósia cinza de 20x40cm m2 11,23

Pedra Ardósia cinza de 40x40cm m2 12,93

Pedra Ardósia verde de 20x20cm m2 17,53

Pedra Ardósia verde de 20x40cm m2 21,00

Pedra Ardósia verde de 40x40cm m2 24,57

Pedra Itacolomy do Norte irregular m2 14,73

Pedra Itacolomy do Norte serrada m2 21,07

Pedra São Thomé Cavaco m2 24,00

Pedra Cariri serrada de 30x30cm m2 14,07

Pedra Cariri serrada de 40x40cm m2 14,73

Pedra Cariri serrada de 50x50cm m2 15,07

Pedra sinwalita de corte manual m2 18,57

Pedra Sinwalita serrada m2 21,47

Pedra portuguesa (2 latas/m2) m2 15,67

Pedra Itamotinga Cavaco m2 12,80

Pedra Itamotinga almofada m2 15,13

Pedra Itamotinga Corte Manual m2 19,50

Pedra Itamotinga Serrada m2 22,00

Pedra granítica tipo Canjicão Almofada m2 19,83

Pedra granítica tipo Rachão Regular de 40x40cm m2 19,17

Solvente Solvicryl Hidronorte (lata de 5 litros) lata 33,00

Resina acrílica Acqua Hidronorte (galão de 3,6 litros) gl 38,00

REVESTIMENTOS VINÍLICOS DE BORRACHA un R$Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 1,6mm com flash m2 32,00

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm com flash m2 40,25

Piso vinílico Paviflex de 30x30cm de 2mm sem flash m2 44,39

Piso de borracha pastilhado Plurigoma de 50x50cm para colar m2 23,60

TELHAS METÁLICAS un R$Telha de alumínio trapezoidal com 0,5mm m2 24,14

Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,5mm un 125,30

Telha de alumínio trapezoidal com 0,4mm m2 20,20

Telha de alumínio trapezoidal de 1,265x3,00m com 0,4mm un 103,76

VIDROS un R$Vidro impresso fantasia incolor de 4mm (cortado) m2 23,88

Vidro Canelado incolor (cortado) m2 24,84

Vidro aramado incolor de 7mm (cortado) m2 107,04

Vidro anti-reflexo (cortado) m2 30,40

Vidro liso incolor de 3mm (cortado) m2 23,64

Vidro liso incolor de 4mm (cortado) m2 29,38

Vidro liso incolor de 5mm (cortado) m2 37,44

Vidro liso incolor de 6mm (cortado) m2 41,42

Vidro liso incolor de 8mm (cortado) m2 62,89

Vidro liso incolor de 10mm (cortado) m2 74,00

Vidro laminado incolor 3+3 (cortado) m2 125,61

Vidro laminado incolor 4+4 (cortado) m2 159,20

Vidro laminado incolor 5+5 (cortado) m2 194,00

Vidro bronze de 4mm (cortado) m2 41,78

Vidro bronze de 6mm (cortado) m2 65,27

Vidro bronze de 8mm (cortado) m2 101,39

Vidro bronze de 10mm (cortado) m2 129,50

Vidro cinza de 4mm (cortado) m2 35,05

Vidro cinza de 6mm (cortado) m2 60,99

Vidro cinza de 8mm (cortado) m2 83,16

Vidro cinza de 10mm (cortado) m2 101,08

Espelho prata cristal de 3mm (cortado) m2 53,39

Espelho prata cristal de 4mm (cortado) m2 78,28

Espelho prata cristal de 6mm (cortado) m2 120,74

Vidro temperado de 10mm incolor sem ferragens (cortado) m2 92,00

Vidro temperado de 10mm cinza sem ferragens (cortado) m2 116,95

Vidro temperado de 10mm bronze sem ferragens (cortado) m2 124,74

Tijolo de vidro 19x19x8cm ondulado un 9,67

Junta de vidro para piso m 0,48

Massa para vidro kg 1,00

MÃO DE OBRA un R$Armador h 3,67

Azulejista h 4,52

Calceteiro h 4,52

Carpinteiro h 3,67

Eletricista h 4,52

Encanador h 4,52

Gesseiro h 4,52

Graniteiro h 4,52

Ladrilheiro h 4,52

Marceneiro h 4,52

Marmorista h 4,52

Pastilheiro h 4,52

Pintor h 4,52

Serralheiro h 4,52

Telhadista h 4,52

Vidraceiro h 4,52

Pedreiro h 3,67

Servente h 2,76

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