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revista de epidemiologia

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Documentário e pesquisas em epidemiologia.

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  • PUBLICAO OFICIAL DO NCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL SANTA CRUZ

    ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    Ana CUNHA , PhDUniversidade de Santa Cruz do Sul, UNISC Santa Cruz do Sul - Brasil Andria Lcia Gonalves da SILVA, Ft, MScUniversidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil Andreza Francisco MARTINS, PhDCentro Universitrio Metodista, Porto Alegre, RS, Brasil Daniel Gomas de Alvareng, MsCUniversidade Vale do Rio Doce, UNIVALE Governador Valadares, MG -Brasil David Jamil HADAD, MDNucleo de Doenas Infecciosas da Universidade Federal do Esprito SantoNDI/ UFES, ES, Brasil Diego Rodrigues FALCI, MD, MScGrupo Hospitalar Conceio, Porto Alegre, RS, Brasil Dulciane PAIVA, PhDUniversidade de Santa Cruz do Sul, UNISC Santa Cruz do Sul, RS - Brasil Flavia Julyana Pia TRENCH, MD, MScHospital Costa Ministro Cavalcanti, Foz do Iguau, PR, Brasil Gisela UNIS, MDHospital Sanatrio Partenon - HSP, RS, Brasil Guilherme ArmondUniversidade Federal de Minas Gerais, UFMG - Belo Horizonte, MG - Brasil Heloisa Helena Karnas Hoefel, DrUniversidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre, RS - Brasil Karen Mattos, MsC Centro Universitrio Franciscano, UNIFRA Santa Maria, RS - Brasil Leandro Bizarro MULLER, MD, MScUniversidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil Leo KRAETHER NETO, PhDUniversidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil Lessandra MICHELIM, MD, PhDUniversidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil Luciana DREHMER, MsCPontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul, PUCRS Porto Alegre, RS Brasil Luciano DURO, MD, MScUniversidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil Ludmila BAETHGEN, PhD Hospital Dom Vicente Scherer, Santa Casa de Misericrdia, Porto Alegre, RS -Brasil Marcos Toshiyuki TANITA, MDHospital Universitrio de Londrina, Londrina, PR, Brasil Mrcia PERUGINI, PhDUniversidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil Maria Lucia Rosa Rossetti, MDFundao Estadual de Produo e Pesquisa em SAde - FEPPS, RS, Brasil Marilina BERCINI, MD, MScCentro Estadual de Vigilncia em Sade, Porto Alegre, RS, Brasil Miria BURGOS, PhDUniversidade de Santa Cruz do Sul, UNISC - Santa Cruz do Sul , RS- Brasil Ndia Mora KUPLICH, RN, MScHospital de Clnicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil Pedro Almeida, MDFundao Universidade do Rio Grande - FURG, RS, Brasil Rodrigo Pereira DUQUIA,PhDUniversidade Federal de Pelotas, UFPel Pelotas, RS- Brasil Suzane Beatriz Frantz KRUG, RN, PhDUniversidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil Suzanne BRADLEY, MDUniversity of Chigaco, Ann Arbor, Michigan, United States of America Tatiana KURTZ, MD, MScUniversidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS, Brasil Thiago NASCIMENTO, MScUniversidade Federal do Espirito Santo, UFES Vitria, ES- Brasil Valria SARACENI , PhDSecretaria Municipal de Sade do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, RJ - Brasil Valeriano CORBELINI; MD, PhDUniversidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS- Brasil

    Editor: Marcelo CARNEIRO, MD, MSc

    Universidade de Santa Cruz do Sul,Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

    Andria Rosane Moura VALIM, PhD Universidade de Santa Cruz do Sul,

    Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

    Lia Gonalves POSSUELO, PhD Universidade de Santa Cruz do Sul,

    Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

    Eliane Carlosso KRUMMENAUER, RNHospital Santa Cruz,

    Santa Cruz do Sul, RS, Brasil

    Editores Associados:Claudia Maria Maio CARRILHO, MD, MSc

    Universidade Estadual de Londrina,Londrina, PR, Brasil

    Fbio Lopes PEDRO, MD, MSc Universidade Federal de Santa Maria,

    Santa Maria, RS, Brasil

    Luis Fernando WAIB, MD, MSc Pontifcia Universidade Catlica de Campinas,

    Campinas, SP, Brasil

    Assessoria Editorial: Janete Aparecida Alves Machado, NT

    Reviso de Ingls: Sonia Maria Strong

    Secretaria

    Julia Kern

    Editor de Layout: lvaro Ivan Heming

    [email protected]

    Elaborao, veiculao e informaes: Ncleo de Epidemiologia do Hospital Santa Cruz

    Rua Fernando Abott, 174 - 2 andarBairro Centro Santa Cruz do Sul

    Rio Grande do SulCEP 96810-150

    TELEFONE/FAX: 051 3713.7484 / 3713.7449E-MAIL: [email protected]

    Veiculao: Virtual

    Conselho Editorial:Alberto Novaes Ramos JUNIOR, PhD

    Universidade Federal do Cear, UFC - Fortaleza, CE- BrasilAlexandre Vargas SCHWARZBOLD, MD, MSc

    Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    SUMRIO

    01 A ATUAL EPIDEMIA DA OBESIDADE

    02 ANLISE DA RESPOSTA IMUNOLGICA E VIRAL AO USO DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM CRIANAS E ADOLESCENTES COM AIDS APS 24 MESES DO INCIO DO TRATAMENTO

    03 ANLISE DE DADOS COLETADOS DA CLNI-CA DE POLISSONOGRAFIA INSONE

    04 ANLISE DE SINTOMAS PS-DILISE EM PACIENTES PORTADORES DE INSUFICINCIA RENAL CRNICA SUBMETIDOS A TRATAMEN-TO DIALTICO EM CLNICA DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL

    05 ANLISE DO PERFIL DE INFECES DO TRATO URINRIO NOSOCOMIAIS EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    06 ANLISE VETORIAL DAS DERIVAES DO PLANO FRONTAL NO ENSINO DO ELETROCAR-DIOGRAMA

    07 ARTRITE REUMATIDE: UMA ANLISE DE PACIENTES REUMATOLGICOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL ESCOLA

    08 ASSOCIAO ENTRE ESCOLARIDADE E GRAU DE LESES INTRAEPITELIAIS EM AN-LISES CITOPATOLGICAS DA REGIO DA 15 E 19 COORDENADORIAS REGIONAIS DE SADE DO RS, EM 201209 ASSOCIAO ENTRE ESCOLARIDADE E REPRESENTAO DA JUNO ESCAMO--COLUNAR EM ANLISES CITOPATOLGICAS DA REGIO DA 15 E 19 COORDENADORIAS REGIONAIS DE SADE DO RS, EM 2012

    10 ASSOCIAO ENTRE O GRAU DE LESES INTRAEPITELIAIS CITOPATOLGICAS E AS FAIXAS ETRIAS DA 15 E 19 COORDENADO-RIAS REGIONAIS DE SADE DO RS, NO ANO DE 2012

    11 AVALIAO DA INCIDNCIA DE CNCER DE PULMO ASSOCIADA AO TABAGISMO NO RIO GRANDE DO SUL

    12 AVALIAO DO DESFECHO CLNICO EM CRIANAS EM USO DE VANCOMICINA NUM HOSPITAL DA REGIO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL

    13 COMPARAO ENTRE INCIDNCIAS DE CNCER DE BEXIGA E O NMERO DE TABA-GISTAS EM TRS ESFERAS: AS CAPITAIS DO SUL DO BRASIL, O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E O BRASIL

    14 DIMORFISMO SEXUAL NO GRAU DE MIE-LINIZAO (RAZO G) DO NERVO LARNGEO RECORRENTE HUMANO

    15 EFEITO DA HIPXIA INTERMITENTE SOBRE O CORAO DE CAMUNDONGOS SUBMETI-DOS A UM MODELO EXPERIMENTAL DE AP-NEIA OBSTRUTIVA DO SONO

    16 HANTAVIROSE UMA ZOONOSE DE DIAG-NSTICO DIFCIL OU SUBDIAGNOSTICADO?

    17 INCIDNCIA DE SFILIS CONGNITA: AN-LISE RETROSPECTIVA DO INDICADOR NO RIO GRANDE DO SUL E EM SANTA CRUZ DO SUL

    18 INCIDNCIA E IMPACTOS DA PREVENO DA GRIPE A (H1N1)

    19 MORTES EVITVEIS EM CRIANAS DE 0 A 6 ANOS EM UM MUNICPIO DO RS, BRASIL, 2002 A 2012: AVALIAO DE DESEMPENHO DO SISTEMA NICO DE SADE

    20 PERFIL CLNICO EPIDEMIOLGICO DE PA-CIENTES ASMTICOS DO AMBULATRIO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL SANTA CRUZ

    21 PERFIL DAS INTERNAES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDITRICA DE UM HOSPITAL GERAL NO INTERIOR DO RIO GRAN-DE DO SUL (RS)

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    22 PERFIL DOS BITOS POR DOENAS CERE-BROVASCULARES EM SANTA CRUZ DO SUL RS

    23 PERFIL EPIDEMIOLGICO DE CRIANAS E ADOLESCENTES COM HIV/AIDS ATENDIDAS EM UM CENTRO DE REFERNCIA NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    24 PERFIL EPIDEMIOLGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS APENDICECTOMIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO PROJETO PILOTO 25 PERFIL EPIDEMIOLGICO DO CNCER DE PRSTATA EM UM CENTRO ONCOLGICO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL

    26 PREVALNCIA DE ALTERAES COGNITI-VAS EM IDOSOS DE AMBULATRIO DE GERIA-TRIA DE INSTITUIO DE ENSINO NA REGIO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL

    27 PREVALNCIA DE IMUNIDADE (IGG) PARA TOXOPLASMOSE EM ESTUDANTES DE MEDICI-NA DO SEGUNDO SEMESTRE

    28 PREVALNCIA DE INTOXICAO POR BEN-ZODIAZEPNICOS NOS ATENDIMENTOS PSIQUI-TRICOS DE UM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    29 RELAO ENTRE TABAGISMO E DEPRESSO

    30 TAXAS DE MORTALIDADE INFANTIL: UM DETERMINANTE DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAO

    31 TRATAMENTO DE SRAG: DISPENSAO INDISCRIMINADA DO OSELTAMIVIR

    32 USO DA TINTA NANQUIM NA REPRODU-O DO TRAJETO ELTRICO CARDACO

    33 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL POR DIS-SECO DE CARTIDA

    34 DIABETES MELLITUS NEONATAL: RELATO DE CASO

    35 DOENA DE CASTLEMAN: UM ACHADO INCIDENTAL EM CIRURGIA DE EMERGNCIA

    36 DOENA RENAL CRNICA EM IDOSO: RE-LATO DE CASO

    37 ESOFAGITE EOSINOFLICA EM PEDIATRIA: RELATO DE CASO

    38 FSTULA CAROTDEO-CAVERNOSA: RELATO DE CASO

    39 FRAQUEZA MUSCULAR PROGRESSIVA EM PACIENTE COM RETARDO MENTAL LEVE: DO-ENA DE FABRY

    40 HEPATITE C E CRIOGLOBULINEMIA ASSOCIA-DO GLOMERULONEFRITE: RELATO DE CASO

    41 HISTIOCITOSE: RELATO DE CASO CLNICO COM NFASE NOS ACHADOS TOMOGRFICOS

    42 METEMOGLOBINEMIA EM CRIANAS E ASSOCIAO COM O USO DE DAPSONA 43 PERFURAO INTESTINAL CAUSADA POR HISTOPLASMOSE EM PACIENTE COM SNDRO-ME DA IMUNODEFICINCIA ADQUIRIDA

    44 PIORDERMA GANGRENOSO: RELATO DE CASO

    45 PNEUMONIA REDONDA, UM ACHADO RA-DIOLGICO INCOMUM: RELATO DE CASO

    46 RELATO DE CASO: CADASIL

    47 RELATO DE CASO EXPLOSO DE BEXIGA

    48 RELATO DE CASO: SNDROME DO VENTR-CULO ESQUERDO HIPOPLSICO DIAGNSTI-CO PS NATAL EM HOSPITAL DE ENSINO

    49 SARCOMA DE PRSTATA INDIFERENCIADO: RELATO DE CASO 50 SARCOMA PLEOMRFICO INDIFERENCIA-

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    DO: IMPORTANTE PATOLOGIA NO DIAGNSTI-CO DIFERENCIAL DE LESES EM EXTREMIDADES

    51 SNDROME DE HIRSCHSPRUNG: UM RELA-TO DE CASO DE DIAGNSTICO TARDIO

    52 A EXPERINCIA DE ACADMICOS INICIAN-TES DE MEDICINA COM O MANUSEIO DE PRONTURIOS

    53 A EXPERINCIA DO USO DO PORTFLIO EM PROJETOS DE EXTENSO DO CURSO DE MEDICINA

    54 AES MULTIPROFISSIONAIS NA FORMA-

    O MDICA: UM RELATO DO VER-SUS E DO PET-SADE

    55 ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR AO IDOSO: RELATO DE EXPERINCIA

    56 FEIRA DE SADE DE MONTE ALVERNE: ATUAO DA LIGA DA PEDIATRIA NA COMU-NIDADE

    57 SIMPSIO DE EMERGNCIAS NA ATENO PRIMRIA SADE 58 UMA NOVA VISO SOBRE A ONCOLOGIA CLINICA

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):158

    PUBLICAO OFICIAL DO NCLEO HOSPITALAR DE EPIDEMIOLOGIA DO HOSPITAL SANTA CRUZ

    ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    EDITORIAL

    Iuri Pereira dos Santos1, , Lucas Cappelletti11Acadmicos do Curso de Medicina da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul), membros da Comisso Cientfica da VIII SAM. Santa Cruz do Sul, RS.

    VIII Semana Acadmica do Curso de Medicina da Unisc

    [email protected]

    Nos dias 5, 6 e 7 de novembro de 2013, ocorreu a VIII Semana Acadmica do Curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC, organizada pelo Diretrio Acadmico Professor Pedro Lcio de Souza. As atividades foram realizadas no campus sede da UNISC e na ala acadmica do Hospital Santa Cruz, e envolveram palestras, workshops e apresentao de tra-balhos cientficos. As palestras abordaram temas como: educao mdica, sade mental do estudante de Medicina, trabalho mdi-co, gripe A e pandemias, viabilidade fetal e polticas de pr-natal.

    Quanto aos trabalhos cientficos, a VIII SAM recebeu a inscrio de 82 trabalhos, dos quais foram aprovados 60, nas categorias trabalho original, relato de caso e relato de experin-cia. O melhor trabalho original e o melhor relato de caso foram apresentados oralmente no decorrer das palestras da SAM e os demais trabalhos foram expostos na forma de pster no Centro de Convivncia da UNISC. Tanto os trabalhos apresentados na forma oral, como os melhores psteres, receberam premiao. A comisso avaliadora dos trabalhos foi composta pelos pro-fessores: Andria Kche, Candice Franke Krumel, Clarissa Aires Roza, Clauceane Venzke Zell, Claus Dieter Dummer, Gerson Ja-cob Delazeri, Jane Dagmar Pollo Renner, Lia Gonalves Possuelo, Roselaine B. Ferreira da Silva e Silvio Balzan.

    A Semana Acadmica, alm de oportunizar a discusso de importantes temas na Medicina, estimula aos acadmicos para que participem da produo cientfica da Universidade, item to importante para a formao integral do profissional mdico, que deve envolver ensino, pesquisa e extenso. Desse modo, apresentamos nessa edio especial da Revista Epidemiologia e Controle de Infeco os resumos dos trabalhos cientficos da VIII SAM. Boa leitura a todos!

    Diretoria ExecutivaDiretrio Acadmico Professor Pedro Lcio de Souza 2012-2013

    Diego Incio Goergen (presidente)

    Manoela Badinelli Vaucher (vice-presidente)

    Priscila Ferreira Cortez (secretria)

    Marthina Alice Gressler (2 secretria)

    Ivon da Silva Neto (tesoureiro)

    Paulo Roberto Nessi Carnacini Custdio (2 tesoureiro)

    Diretores Ana Jlia Fronza

    Bruna Danieli Menin

    Bruno Loz da Rosa

    Dbora Cristina Haack Bassani

    Gabriela Mller Roesner Lino

    Guilherme Reimann Agne

    Gustavo Faccin Herbstrith

    Iuri Pereira dos Santos

    Jssica Chaves

    Katchibianca Bassani Weber

    Lucas Cappelletti

    Marcella Pase Casasola

    Nathlia Cad

    Patrcia Micheli Tabile

    Victrio Zanella Netto

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):159

    01A ATUAL EPIDEMIA DA OBESIDADECAMILA MOSER1, RAQUEL MONTAGNA TEIXEIRA1, DBORA CRISTINA HAACK BASSANI1, JSSICA CHAVES1 DANIELA TEIXEIRA BORGES11Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A obesidade e o excesso de peso cons-tituem um problema de sade pblica, sendo fatores de risco para o surgimento de doenas crnicas no transmissveis e ocasionando alto custo financeiro e social. O diagnstico precoce torna-se medida importante para reduo da morbimortalidade, sendo a antropo-metria um dos mtodos mais utilizados para a avaliao do estado nutricional. Avaliar o perfil nutricional da populao analisada por meio da verificao do IMC e porcentagem de gordura corporal a fim de identificar e prevenir os fatores de riscos associados obesidade em uma amostra intencional em feira de sade.

    Metodologia: Estudo transversal de abordagem qualitativa e quantitativa, de carter descritivo, com a utilizao da bioimpedncia de mo em uma amostra intencional presente numa Feira de Sade, no dia 15 de junho de 2013, num bairro de Santa Cruz do Sul, RS.

    Resultados: De um total de 29 adultos analisados, 86,2% eram do sexo feminino e 13,8% do sexo masculino. Verificou-se sobrepeso em 27,6% entre os adultos da amostra. A obesidade, em diferentes graus, foi registrada em 20% das mulheres adultas. J a classificao do percentual de gordura corporal em alto ou muito alto acometeu 8 (27,6%) dos indivduos adultos, sendo 87,5% do sexo feminino. Para avaliar o IMC em crianas e adolescentes, utilizou-se como padro os dados da OMS, que delimitam as faixas etrias entre 0 e 5 anos e 5 a 19 anos. Sendo assim, a amostra analisada foi de 8 (57,2%) indivduos do sexo feminino e 6 (42,8%) do sexo masculino. As alteraes de peso como sobrepeso e obesidade, foram constatas em 50% dos meninos e 37,5% das meninas, todos da faixa etria de 5 a 19 anos.

    Concluses: Verificou-se um elevado ndice de sobrepeso e obesidade de meninos e meninas entre 5 a 19 anos, sendo importante destacar o risco da instalao de agravos relacionados obesidade e ao excesso de gordura corporal para essa faixa etria e seu futuro. Alm disso, confirmou-se tambm um elevado sobrepeso e obesidade na populao adulta, o que pode ser considerado um reflexo dos dados encontrados em crianas e adolescentes. Dessa forma, tendo a obesidade como uma doena multifatorial e crnica, preveno e programas de interveno ao nvel de ateno primria, bem como a avaliao do estado nutricional utilizando as medidas antropomtri-cas, revelam-se um mecanismo de controle eficaz desde a infncia e a adolescncia.

    02ANLISE DA RESPOSTA IMUNOLGICA E VIRAL AO USO DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL EM CRIANAS E ADOLESCENTES COM AIDS

    ARTIGOS ORIGINAIS

    APS 24 MESES DO INCIO DO TRATAMENTOWILLIAM SCHEFFER CHAVES1, PEDRO JACKSON LIMA DOS SANTOS1, CAMILA BCK SILVEIRA1, EDUARDO CHAIDA SONDA1, FELIPE FARIAS RICHTER1, GABRIELA HOCHSCHEIDT MAHL1, GEISON HAUSEN1, GRAZIE-LA BOSCHETTI1, JULIANA RIGUE DA SILVA1, LUCIANE MATTOS PEREIRA1, MARCELLA PASE CASASOLA1, PAULA LUISA BACH1, RAFAELA SCHEID1, CRISTIANE PIMENTEL HERNANDES MACHADO1,2, CANDICE FRANKE KRUMEL1,21Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Professora do Curso de Medi-cina (Unisc), Univeridade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A AIDS pode ser a mais nova doena crnica da infncia que precisa de acompanhamento mdico pe-ridico para exames e administrao de medicamentos. O objetivo do trabalho analisar a resposta imunolgica e viral em crianas e adolescentes com AIDS aps 24 meses de utilizao de terapia antir-retroviral (TARV).

    Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo baseado na anlise dos pronturios das crianas HIV positivas atendidas no servio referenciado de HIV/AIDS do municpio de Santa Cruz do Sul RS. Foram coletados dados epidemiolgicos, contagem de linfcitos CD4+ e carga viral para HIV da primeira consulta e CD4+ e carga viral 24 meses aps o incio do tratamento, para aqueles indivduos com indicao de TARV. Foram excludas do estudo crianas e ado-lescentes que no haviam completado 24 meses de tratamento at a data da coleta de dados.

    Resultados: Ao todo, so atendidas 19 crianas e adolescentes HIV positivas, sendo que 17 (89,4%) foram includas no estudo. Desses, 9 (56,2%) do sexo feminino e 8 (53,3%) do sexo masculino, com mdia de idade de 10,5 anos (DP 4,47 anos). Em relao mdia de idade no incio da TARV foi de 6,7 anos (DP 5,1). Em relao ao CD4+, a mdia foi de 804,8cls/mm (DP601). Cinco (29,4%) indivduos apresentavam carga viral >100.000 cpias/ml. Aps 24 meses de tratamento, a mdia de CD4+ aumentou para 858cls/mm (DP469). Ainda, 11 (64,7%) apresentaram melhoras nos nveis sricos de CD4+, 7 (41,1%) apresentaram carga viral detectvel, nenhuma criana demonstrou carga viral > 100.000 cpias/ml e 9(52,9%) apresentaram carga viral indetectvel.

    Concluses: Aps 24 meses de TARV, a taxa de carga viral indetectvel aumentou em 77,7% da amostra, o que indica efetividade do tratamento em reduzir a carga viral. Porm, 47% das crianas ainda apresentavam carga viral detectvel, indicando falha virolgica, provavelmente por m adeso. Estes dados alertam para a grande dificuldade de manter a adeso ao tratamento medicamentoso nas crianas, o que evidencia a necessidade de implementao de medidas mais eficazes para conseguir a adeso do paciente e de sua famlia. Analisando os nveis de CD4+, 76,4% dos casos tiveram melhora na contagem srica. Mesmo com esses parmetros de melhora da respos-ta imunolgica, necessria uma avaliao clnica individual de cada criana para avaliar a real efetividade do tratamento.

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):160

    03ANLISE DE DADOS COLETADOS DA CLNICA DE POLISSONOGRAFIA INSONEGABRIELE BRITO1, GABRIEL BRUXEL1, INGRID WEN-DLAND SANTANNA11Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul

    Justificativa e objetivos: A apnia do sono uma patologia co-mum na populao, um distrbio o qual causado pelo colapso das vias areas o que reduz consideravelmente o fluxo areo resultando em hipercapnia e hipoxemia. Essa desordem acarreta diminuio da qualidade do sono do individuo e, consequentemente, dimi-nuio da qualidade de vida, sendo os sintomas mais prevalentes apresentados sonolncia excessiva diurna, diminuio da cognio e concentrao, hipertenso arterial sistmica, e aumento da preva-lncia de doenas cardiovasculares e cerebrais. A polissonografia considerada o exame padro-ouro para o diagnstico de apnia obstrutiva do sono. Esse estudo visa relacionar o ndice de apnia e hipoapnia com a escala de Epworth.

    Mtodos: foram selecionados 193 pacientes da clnica de polisso-nografia Insone localizada no Hospital Santa Cruz, em Santa Cruz do Sul. Nestes pacientes foram coletados os valores da escala de Epworth e dados dos laudos das polissonografias.

    Resultados e discusso: O nmero total de pacientes analizados foi de 193, sendo 110 do gnero masculino e a idade mdia de 50,93 anos. O ndice apnia-hipoapnia mdio foi 21,8 e a mediana de 15, sendo que 43 pacientes foram classificados como ndice grave, 53 n-dice moderado, 73 ndice leve e 24 ndice normal. A saturao mnima mdia encontrada foi de 54,4 e a mediana de 52. O nmero de micro-despertares mdio foi de 74 e a mediana de 50. A latncia do sono REM mdia foi de 122 minutos. Quanto a escala de Epworth, a mdia foi de 9,6 e a mediana de 9. Nesse nmero de pacientes analizados percebe-se que a maioria que procura exames de polissonografia do sexo mascu-lino, que o gnero que tem maior prevalncia de SAO. Embora grande parte dos pacientes tenham apresentado apnia do sono, somente uma pequena quantidade teve alterao pela escala subjetiva de sonolncia de Epworth. Os motivos de tais achados provem das particularidades da populao brasileira, e/ou pouca aplicabilidade desse instrumento subjetivo na avaliao da apneia do sono.

    Concluso: Concluimos que os achados do estudo foram insatis-fatrios para relacionar a escala de Epworth com pacientes que sofrem de apnia do sono. Para tanto, novos estudos com a populao nacional devem ser efetuados, a fim de discriminar um ponto de corte para isso.

    04ANLISE DE SINTOMAS PS-DILISE EM PACIENTES PORTADORES DE INSUFICINCIA RENAL CRNICA SUBMETIDOS A TRATAMENTO DIALTICO EM CLNICA DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SULBARBARA PAULA MAGALHES DE DEUS1, EMANUELLE JO-ANA LUCIANO1, GABRIEL FREIRE BRUXEL1, RENATO BASSO ZANON1, PMELA SUELEN DE MORAES1, CAROLINA JUN-QUEIRA WEIS1, ALICE HOERBE1, JSSICA ALESSIO GOTTFRIED1, GABRIELA CAERAN1, HOMERO NETO DE CUNHA E AGRA11Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A doena renal crnica (DRC) um grave e crescente problema de sade pblica no Brasil. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia revelam que o nmero estimado de pacientes em tratamento dialtico em 2012 foi de 97.586, sendo as principais etiologias de base hipertenso arterial sistmica (HAS) e o diabete mellitus (DM). Estudos revelam que pacientes submetidos dilise podem apresentar diversos sintomas aps incio da terapia, resultando em reduo de qualidade de vida. O presente trabalho objetiva analisar o perfil dos pacientes submetidos terapia de substituio renal e principais sintomas ps-dilise para avaliao do adequado manejo de efeitos adversos e anlise do impacto da terapia em sua qualidade de vida.

    Metodologia: Foi realizado estudo transversal, qualitativo, de-senvolvido com portadores de DRC em tratamento dialtico na clnica de hemodilise (HD) UNI-RIM de Santa Cruz do Sul, no perodo de agosto de 2013, compreendendo 112 pacientes. A coleta de dados foi feita atravs da pesquisa em pronturios associada aplicao de questionrio de mltipla escolha. Variveis analisadas incluram idade, sexo, tempo em dilise, hemoglobina (Hb), KT/v, ganho de peso inter-dilise (GP), presso arterial mdia (PAM) pr e ps-dilise e sintomas ps-dilise.

    Resultados: Do total de pacientes, 54,4% eram homens e o restante mulheres, com idade entre 28 e 83 anos (mdia de 58 anos). O tempo mdio em HD foi de 49 meses e, do total, 69 (61%) pacientes apresentavam como doena de base da DRC a HAS, 39 (34%) DM, 22 (19,6%) doena renal de etiologia no definida e 13,5% outras causas como lpus, infeco urinria, litase e tumor renal. O valor de Hb mdio foi 11,02 g/dL, KT/v mdio 1,46, o GP 3,4Kg e a PAM pr e ps-dilise 135mmHg/80mmHg. Entre os sintomas ps-dilise a sonolncia acomete uma parcela significativa dos pacientes (38%), seguida por fadiga (24%) e cefalia (22%). Outros sintomas citados incluem vertigem, nuseas e cimbras.

    Concluses: Foi observado que 78% dos pacientes, mesmo apresentando parmetros compatveis com a adequao da dilise referiram algum sintoma ps-dialtico. Estes resultados so corro-borados por outros estudos semelhantes e reiteram a importncia de orientar esses pacientes a seguir o plano teraputico interdisciplinar definido, bem como instituir planos na unidade referente ao melhor manejo dos sintomas mais freqentes ps-dilise, com vistas a melho-rar a experincia teraputica.

    05ANLISE DO PERFIL DE INFECES DO TRATO URINRIO NOSOCOMIAIS EM UM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULMARCIELE PAZINATTO1, FRANCINE HENN1, CARLA DE SIQUEIRA URRUTH1, RAFAEL HENRIQUE HOELSCHER1, MARCELO CARNEIRO11Curso de Medicina, Departamento de Farmcia e Biologia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A Infeco do Trato Urinrio (ITU) definida pela infeco das estruturas tubulares ou parenquimatosas do aparelho urinrio, originada pela colonizao de bactrias vinculadas pela urina ou via hematognica. Infeces nosocomiais so aquelas adquiridas durante a internao, que no estavam presentes ou em

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):161

    incubao admisso. Pacientes em meio hospitalar esto expostos a ampla variedade de microorganismos patognicos, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido uso de antimicrobia-nos potentes e a rotina de procedimentos invasivos. Nessa perspectiva, objetiva-se comparar a evoluo clnica dos pacientes acometidos por ITU nosocomial em UTI e em ala clnica convencional, bem como a prevalncia microbiana.

    Metodologia: Estudo transversal, retrospectivo, descritivo-analtico, baseado em uroculturas positivas e pronturios de pacientes internados na UTI e na Ala Clnica de um hospital de ensino. Os dados foram coletados do arquivo de culturais da Comisso de Controle de Infeco Hospitalar, sendo avaliadas caractersticas da internao e patgenos mais prevalentes.

    Resultados: Entre 2010 e 2011, ocorreram 65 casos de ITU no-socomial. Desses, 61% (n=40) eram mulheres. Os sujeitos internados em UTI, com menos de 50 anos, apresentaram incidncia diferen-ciada quanto ao gnero, sendo 69,2% (n=9) pacientes masculinos, e permanecendo maior tempo internados. Nas demais avaliaes desde a admisso, desenvolvimento da infeco e alta, no houve variao significativa entre os grupos. Quanto aos patgenos evidenciados por cultura, Escherichia coli foi o mais incidente tanto na UTI quanto na ala clnica, na sequncia Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis.

    Concluses: As ITUs correspondem a cerca de 45% das infec-es nosocomiais. Assim, epidemiologicamente prevalece incidn-cia em mulheres. O nmero elevado de ITU nos pacientes jovens da UTI se explica pelos agravos mais frequentes nessa populao, como politrauma e violncia, geradores de alta morbidade e dependncia franca das medidas teraputicas mais agressivas. Igualmente, em faixas etrias mais elevadas a presena de comorbidades graves e va-riadas, determina maior suscetibilidade a infeces e necessidade de medidas intervencionistas. A prevalncia microbiana foi condizente com dados prvios, que evidenciam bactrias gram-negativas, prin-cipalmente Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae, como os maiores causadores de infeces urinrias.

    06ANLISE VETORIAL DAS DERIVAES DO PLANO FRONTAL NO ENSINO DO ELETROCARDIOGRAMAANDERSON BERNI CRISTOFARI1, LETCIA LANZARIN GEHM1, RODRIGO KERBER1, LAYANA HECK1, HIURI BREDOW MARQUES2, MANOELA GONALVES DA SILVA3, DEIVIS DE CAMPOS1,2,31Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Curso de Cincias Biolgicas, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 3Curso de Odontologia, Departamento de Enfer-magem e Odontologia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e objetivos: O eletrocardiograma (ECG) um registro indireto da atividade eltrica do corao que obtido por meio de eletrdios colocados em diferentes pontos da superfcie do corpo. Embora esse seja, sem dvidas, o procedimento mais utilizado para auxiliar o diagnstico das doenas cardacas, ele ainda continua sendo um grande desafio para os estudantes que desejam entender as bases biofsicas do ECG envolvendo as derivaes, especialmente as do plano frontal. Isso se deve ao fato que apesar de existirem explicaes fisiolgicas de porque ocorrem padres particulares envolvendo derivaes especficas nos vrios tipos de infarto, comumente mais fcil simplesmente lembrar os padres do que chegar a

    compreenso lgica dos mecanismos fisiolgicos. Neste contexto, existem inmeras dificuldades no entendimento de alguns conceitos como, por exemplo, demonstrar didaticamente a anlise vetorial do ECG no diagns-tico de algumas alteraes cardacas. Pois o desvio da faixa normal do eixo eltrico ventricular mdio (vetor cardaco) contm informaes diagnsticas teis. Dessa forma, este trabalho trata-se de uma anlise bibliogrfica sobre a anlise vetorial obtida a partir das derivaes do plano frontal do ECG.

    Metodologia: Este trabalho foi construdo a partir de uma pesquisa bibliogrfica sobre a anlise vetorial do ECG com base em dois conceitos fundamentais: dipolos e vetores. Para isso, sustentamos nossas argu-mentaes em textos pertinentes ao entendimento vetorial do ECG que viabilizam esses conceitos. Atravs de bibliografia especfica, selecionamos as informaes de melhor compreenso para que fosse possvel a constru-o de exerccios prticos essenciais, que exemplificassem e facilitassem a explicao do assunto.

    Resultados: Foram construdos sete exerccios vetoriais com suas respectivas resolues e explicaes, abrangendo tambm algumas oscila-es vetoriais decorrentes de algumas anormalidades cardacas observadas nas derivaes do plano frontal.

    Concluso: Com carter exclusivamente didtico, ns procuramos explicar em detalhes a interpretao vetorial do ECG usando derivaes do plano frontal. Essa abordagem didtica foi organizada na forma de um artigo cientfico; que ser enviado para a Revista Brasileira de Educao Mdica que indubitavelmente poder servir de ferramenta metodolgica nos cursos de formao mdica.

    07ARTRITE REUMATIDE: UMA ANLISE DE PACIENTES REUMATOLGICOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL ESCOLA.GUILHERME REIMANN AGNE1, RENATO BASSO ZANON1, AMANDA DA FONTOURA SAN MARTIN1, AMANDA QUEIROZ CASELANI1, CAROLINA T. ESTACIA1, THIRCY DHAMER1 E EDUARDO LUIS POCHMANN1Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A artrite reumatide (AR) uma doena inflamatria sistmica, crnica e progressiva, que acomete preferencialmente a membrana sinovial das articulaes, podendo levar destruio ssea e cartilaginosa, deformidades irreversveis e limitaes funcionais. A prevalncia da AR estimada em 0,5%-1% da populao, afetando trs vezes mais mulheres do que homens e com maior incidncia entre 30-50 anos. Devido prevalncia e ao grau de im-pacto social dos acometidos pela doena, o presente trabalho visa analisar um grupo de pacientes reumatolgicos em relao referida patologia.

    Metodologia: Foi realizado um estudo retrospectivo sobre as caractersticas clnicas e epidemiolgicas de pacientes com AR em acompanhamento no ambulatrio de reumatologia do Hospital Santa Cruz, vinculado ao curso de medicina da UNISC. Foram analisados pronturios de pacientes com AR atendidos entre outubro e dezembro de 2012.Os dados foram coletados para posterior anlise comparativa com referncias atuais.

    Resultados: Do total de 290 pacientes analisados, 68 (23,4%) tiveram diagnstico de AR. Desses pacientes, apenas 9 (13,3%) eram do sexo masculino e 59 (86,7%) do sexo feminino. A idade mdia dos pacientes foi de 53,6 anos, variando entre 26 e 83 anos. A artrite sim-trica foi constatada em todos os pacientes. A mdia de local articular

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    acometido por paciente foi de 2,47, desconsiderando a bilateralidade. As articulaes mais prevalentes foram o joelho com 41 pacientes (60,2%), mo e punho 45 (66,17%), cotovelo 26 (42,6%), tornozelo 21 (30,8%), ombro 20 (29,4%), ps 10 (14,7%), cervical 6 (8,82%), coxofe-moral 2 (2,9%) e lombar 1 (1,4%).

    Concluses: Em concluso, equiparam-se literatura os dados obtidos referentes incidncia da AR, uma vez que o acometimento foi consideravelmente maior entre as mulheres do que entre os homens. A AR tambm mostrou-se simtrica na totalidade dos pacientes diag-nosticados, caracterstica marcante desta patologia reumatolgica. Em relao idade mdia dos pacientes, foram obtidos valores semelhantes a outros estudos, reforando o maior acometimento da AR em mulheres e entre terceira e quinta dcada de vida. As articulaes mais acometidas pelos pacientes estudados foram as da mo e do punho, revelando o mesmo o padro de articulaes distais descrito na literatura. Entretanto, as outras regies mais acometidas, joelho e cotovelos, contrastam com a referncia, a qual elenca os ps como as mais prevalentes.

    08ASSOCIAO ENTRE ESCOLARIDADE E GRAU DE LESES INTRAEPITELIAIS EM ANLISES CITOPATOLGICAS DA REGIO DA 15 E 19 COORDENADORIAS REGIONAIS DE SADE DO RS, EM 2012VICTRIO ZANELLA NETTO1, LUCAS CAPPELLETTI, PRIS-CILA CORTEZ, EDUARDO SONDA, DIEGO GOERGEN1, LUCIANO DURO1 1Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: O acompanhamento das leses intra-epiteliais de baixo grau (LIE BG), de alto grau (LIE AG) e de alto grau micro invasiva (LIE AG MI) de colo uterino, identificadas na anlise do exame citopatolgico de fundamental importncia na preveno do cncer de colo uterino. Neste trabalho, props-se relacionar a pre-valncia destas leses e o grau de escolaridade das pacientes.

    Metodologia: Foi realizado um estudo observacional descritivo do tipo ecolgico com dados coletados a partir de informaes do SISCOLO, referentes 15 e 19 coordenadorias regionais de sade do RS, do ano de 2012.

    Resultados: O banco de dados continha o resultado de 29.326 lminas, sendo 28.668 (97,82%) satisfatrias. Dentre as mulheres analfabetas 2 (0,28%) apresentavam LIE AG, enquanto as demais no apresentavam leses. J entre as mulheres com 1 grau de escolaridade incompleto 9 (0,21%) possuam LIE BG, 16 (0,11%) LIE AG e 3 (0,02%) LIE AG MI. Considerando as mulheres com 1 grau completo 10 (0,30%) apresentavam LIE BG. Em relao s pacientes com 2 grau completo 24 (0,51%) possuam LIE BG e 2 (0,04%)LIE AG. Dentre as mulheres com 3 grau completo 6 (0,94%) apresentavam LIE BG. Considerando as pacientes que no tiveram seu grau de escolaridade preenchido 12 (0,23%) possuam LIE BG, 8 (0,15%) LIE AG e 1 (0,02%) LIE AG MI.

    Concluses: Analisando os resultados obtidos em relao LIE BG observa-se que as pacientes com 3 grau de escolaridade completo apresentam, percentualmente, uma maior prevalncia. Considerando os dados obtidos das LIE AG verifica-se uma maior prevalncia percentual nas mulheres analfabetas. J em relao LIE AG MI, observou-se estar presente apenas em mulheres com 1

    grau incompleto e naquelas que no tiveram seu grau de escolaridade preenchido, no mesmo percentual. Este estudo reafirma a importn-cia dos determinantes sociais das doenas, onde se viu uma relao inversa da escolaridade com o grau de leso cervical. Vrios fatores de risco podem estar associados a este resultado, como maior acesso aos exames, levando a um vis de deteco por parte das analfabetas, ou um maior desconhecimento delas das prevenes. Sugerem-se estudos com maior fora de verificao de causalidade, como coortes desta populao.

    09ASSOCIAO ENTRE ESCOLARIDADE E REPRESENTAO DA JUNO ESCAMO-COLUNAR EM ANLISES CITOPATOLGICAS DA REGIO DA 15 E 19 COORDENADORIAS REGIONAIS DE SADE DO RS, EM 2012.PRISCILA FERREIRA CORTEZ1, VICTRIO ZANELLA NET-TO1, LUCAS CAPPELLETTI1, NICOLE REIS, DIEGO GOER-GEN, EDUARDO SONDA, LUCIANO DURO1 1Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A representao da juno escamo--colunar (JEC) - presena de clulas endocervicais e ectocervicais - em esfregaos citopatolgicos de fundamental importncia na preveno do cncer de colo uterino, pois na JEC que se originam a maioria das atipias celulares. Neste trabalho, props-se relacionar a representao da JEC e o grau de escolaridade das pacientes.

    Metodologia: Foi realizado um estudo observacional descritivo do tipo ecolgico com dados coletados a partir de informaes do SISCOLO, referentes 15a e 19a coordenadorias regionais de sade do RS, do ano de 2012.

    Resultados: O banco de dados continha o resultado total de 29.326 lminas, sendo 28.668 satisfatrias e 23.326 (80,93%) apresen-taram a JEC. A representao da JEC nos exames citopatolgicos re-lacionada com a escolaridade das pacientes se apresentou da seguinte forma: analfabetas 566 (79,94%), 1 grau incompleto 11.224 (80,18%), 1 grau completo 2.772 (83,59%), 2 grau completo 3.918 (83,84%), 3 grau completo 554 (86,43%).

    Concluses: Analisando os resultados obtidos observa-se que a prevalncia da representatividade da JEC, aumenta a medida que avan-a o grau de escolaridade entre as pacientes. Dessa forma, as pacientes com 3 grau de escolaridade completo apresentam, percentualmente, representao da JEC maior, apesar de representarem a menor parcela das lminas analisadas. Vrios fatores podem ser considerados, frente a estes resultados, entre eles a qualidade da coleta em funo do nvel socioeconmico destas pacientes que, estatisticamente, est associado ao grau de escolaridade. Demonstrando, assim, uma possvel variao da tcnica de coleta consoante s categorias, o que no seria tico.

    10ASSOCIAO ENTRE O GRAU DE LESES INTRAEPITELIAIS CITOPATOLGICAS E AS FAIXAS ETRIAS DA 15 E 19 COORDENADORIAS REGIONAIS DE SADE DO RS, NO ANO DE 2012LUCAS CAPPELLETTI1, VICTRIO ZANELLA NETTO1, PRIS-

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    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):163

    CILA CORTEZ1, NICOLE REIS1, EDUARDO SONDA1, DIEGO GOERGEN1, LUCIANO DURO11Curso de Medicina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativas e objetivos: O acompanhamento das leses intra-epiteliais de baixo grau (LIE BG), de alto grau (LIE AG) e de alto grau micro invasiva (LIE AG MI) de colo uterino, identificadas na anlise do exame citopatolgico de fundamental importncia na preveno do cncer de colo uterino. Neste trabalho, props-se relacionar a prevalncia destas leses e a faixa etria das pacientes.

    Metodologia: Realizou-se um estudo observacional descritivo do tipo ecolgico com dados coletados a partir de informaes do SISCOLO, referentes 15 e 19 coordenadorias regionais de sade do RS, do ano de 2012.

    Resultados: O banco de dados continha o resultado de 29.326 lminas. Dentre elas, 81 (0,27%) amostras foram de LIE BG. As faixas etrias entre: 15 a 19; 20 a 24; 25 a 29 anos, foram as mais prevalentes para este tipo de leso, destacando-se a faixa etria entre 15 e 19 anos. Para LIE AG, foram identificadas 28 (0,09%) amostras, tendo uma distribuio homognea nas faixas etrias entre: 20 a 24; 25 a 29; 30 a 34; 35 a 39; 40 a 44; 45 a 49; 50 a 54; 55 a 59; 60 a 64; Acima de 64 anos. Para LIE AG MI, identificou-se 4 (0,01%) amostras distribudas nas faixas etrias entre: 55 a 59; 60 a 64; Acima de 64 anos, sendo 2 amostras provenientes da faixa etria entre 55 a 59 anos. A faixa etria que apresentou maior prevalncia de leses foi entre 20 a 24 anos, com 23 LIE BG e 1 LIE AG. Nas pacientes at 14 anos foram coletadas 139 amostras (0,47%) havendo nenhuma leso.

    Concluso: Analisando os resultados obtidos em relaes LIE BG, observa-se que as pacientes da faixa etria entre 15 a 19 anos apre-sentam, percentualmente, uma maior prevalncia. Considerando os dados obtidos das LIE AG verifica-se uma maior prevalncia percen-tual nas pacientes da faixa etria entre 35 a 39 anos. Em relao LIE AG MI, verifica-se uma maior prevalncia percentual nas pacientes da faixa etria entre 55 a 59 anos.

    11AVALIAO DA INCIDNCIA DE CNCER DE PULMO ASSOCIADA AO TABAGISMO NO RIO GRANDE DO SULPEDRO HENRIQUE RELA PILATI1, RODRIGO CANTARELLI POUEY1, DANIELA TEIXEIRA BORGES21Curso Medicina, Departamento Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Docente do curso de Medicina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: O cncer de pulmo representa apro-ximadamente 13% de todos os cnceres, e possui como principal fator de risco o tabagismo, ento este estudo busca avaliar a incidncia de cncer de pulmo no Rio Grande do Sul (RS) em 2012, fazendo uma associao desse valor com os valores de referncia para consumo de tabaco no estado e tambm comparando os valores de 2007, 2010 e 2012.

    Metodologia: Foi feito um estudo quantitativo retrospectivo observacional, com obteno de dados pelo DATASUS, Atlas de mor-talidade por cncer do INCA, VIGITEL, fazendo uma comparao dos dados relativos incidncia de cncer de pulmo e nmero de tabagistas no RS.

    Resultados: Pelo analise das informaes obtidas pode-se ver que o RS o estado com maior nmero de Tabagistas dirios, e

    consequentemente apresenta a maior incidncia de cncer de pulmo no Brasil. E mesmo que a taxa de tabagismo esteja sendo reduzida, paradoxalmente as taxas de incidncia do cncer de pulmo ainda encontram-se em ascenso.

    Concluses: Com o presente estudo foi possvel verificar a grande relao entre o tabagismo e o Cncer de Pulmo, e que o RS apresenta em ambos as maiores taxas nacionais, a liberao de taba-gismo em locais fechados at poucos anos atrs tambm aumentou a incidncia de fumantes passivos, elevando a taxa de Cncer de pul-mo mesmo em no fumantes. Tambm se encontrou que a queima de madeira e carvo libera substancia carcinognicas, e que esta uma pratica comum no RS. Como o tabagismo tem um efeito cumulativo no corpo, demostra que mesmo que esteja diminuindo o nmero de fumantes, as taxas de Cncer de pulmo ainda necessitaro de um tempo maior para reduzirem.

    12AVALIAO DO DESFECHO CLNICO EM CRIANAS EM USO DE VANCOMICINA NUM HOSPITAL DA REGIO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SUL MONICA BASSO ZANOTTO1, JANINE DE MELO RAU-BER2, PATRCIA RAQUEL WAPPLER3, ELIANE CARLOSSO KRUMMENAUER4, JANETE APARECIDA ALVES MACHA-DO4, MARCELO CARNEIRO4,5, ANDRIA DE ROSANE DE MOURA VALIM5 1Acadmico de Medicina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Acadmica do Programa de Ps-Graduao em Cincias da Sade da Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre; 3Acadmica de Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 4Comisso de Controle de Infeco Hospitalar- Hos-pital Santa Cruz; 5Docente do Departamento Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A vancomicina um antibitico glicopeptdeo muito efetivo em infeces graves por bactrias gram positivas. Esse antibitico age inibindo a sntese da parede celular bacteriana impedindo o acoplamento dos polmeros de peptidogli-cano. Estudos demonstram que a vancomicina requer monitorizao durante seu uso, uma vez que pode causar nefro e ototoxicidade. Alm disso, o antibitico necessita atingir nveis mnimos sricos adequa-dos (10-20 g/mL) para alcanar efetividade teraputica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concentrao srica de vancomicina em crianas e recm-nascidos e relacionar os nveis do antibitico com o desfecho clnico do paciente durante o tratamento.

    Metodologia: Foi realizada a monitorizao do uso da vanco-micina durante 12 meses em pacientes internados em um hospital da regio central do Rio Grande do Sul. Neste estudo, foram includos 27 pacientes, entre recm-nascidos e crianas. Anlise dos pronturios tambm foi realizada, a fim de identificar o desfecho clnico dos usu-rios de vancomicina.

    Resultados: Foram avaliadas as dosagens de vancomicina srica de 21 recm-nascidos e de 6 crianas, totalizando 48 dosagens, obtendo-se uma mdia de 1,77 dosagens por paciente. Apenas 20,8% dos pacientes atingiram os nveis sricos ideais do antibitico (10-20 ug/mL), enquanto que 54,2% alcanaram nveis baixos. Dos 27 pa-cientes tratados, 16 tiveram confirmao cultural de infeco, sendo que destes, apenas 9 tiveram infeces ocasionadas por bactrias gram positivas. Durante o tratamento (mdia de 23,17 dias) 55,2%

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    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):164

    (n=16) dos pacientes apresentaram piora clnica, 16,7% foram a bito e 34,5% realizaram troca de antibitico. A mdia srica de vancomicina foi menor nos pacientes que apresentaram piora clnica, embora a diferena no seja significativa (9,95 vs. 16,82 ug/mL, p=0,156).

    Concluses: Considerando que poucos tratamentos com van-comicina (33,3%, n=9) foram realizados com confirmao de infeco por bactrias gram positivas, no foi possvel perceber a real influncia da concentrao srica nos desfechos clnicos. Conclumos, ento, que os nveis sricos do antibitico devem continuar sendo monitorados a fim de obtermos maiores informaes para avaliao do seu efeito. Por fim, este tipo de acompanhamento torna-se importante uma vez que a maioria dos pacientes, independente de sexo e de idade, no atingiu valores sricos adequados de vancomicina.

    13COMPARAO ENTRE INCIDNCIAS DE CNCER DE BEXIGA E O NMERO DE TABAGISTAS EM TRS ESFERAS: AS CAPITAIS DO SUL DO BRASIL, O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E O BRASILALICE HOERBE1, BYANCA FORESTI1, ANGLICA ADAM BARTH1, CAMILA BCK SILVEIRA1, CAMILA DOS SANTOS AMARAL1, DANIELA TEIXEIRA BORGES21Acadmicas do curso de Medicina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Professor do Curso de Medicina, Departamento de Biologia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: Estabelecer comparaes entre as populaes das capitais da regio Sul do Brasil, assim como a do estado do Rio Grande do Sul e a nacional, identificando a incidncia de cncer de bexiga e sua relao com o nmero de tabagistas nestas trs esferas capital, estado e pas. A importncia do trabalho averi-guar a relao do tabagismo com o cncer de bexiga, e assim alertar a populao quanto aos riscos que o fumo traz sade.

    Metodologia: O artigo constitui-se de um estudo ecolgico entre as populaes das capitais da regio Sul do Brasil, do estado do Rio de Grande do Sul (RS) e a nacional no perodo de 2006 a 2008. Os dados utilizados para essa pesquisa foram retirados de fontes do INCA (Instituto Nacional de Controle do Cncer) e do DATASUS, alm da con-sulta de artigos nas lnguas portuguesa e inglesa publicados entre 2000 e 2012 e disponveis nas bases de dados SciELO, UpToDate e PubMed.

    Resultados: Porto Alegre e o RS mostraram-se os com maior ndice de tabagismo e de cncer de bexiga, ficando frente, at mesmo dos ndices do pas. Em relao ao gnero, os homens destacaram--se com maiores taxas de tabagismo e cncer de bexiga em relao s mulheres. O hbito de fumar esteve presente em 66% dos homens e 30% das mulheres portadoras da neoplasia.

    Concluses: Diante das informaes expostas, pode-se notar a estreita relao entre o tabagismo e o cncer de bexiga, principalmen-te em regies com maior produo de fumo, como no caso estudado, o Rio Grande do Sul. Tal relao pode ser estendida para a comparao dos gneros, sendo o sexo masculino um fator de risco para a neopla-sia, assim como o que mais faz uso do tabaco. Percebe-se que com o passar dos anos, apesar da diminuio do nmero geral de tabagismo, ocorreu um aumento significativo na incidncia de casos de cncer de bexiga diagnosticado em todas as capitais do sul do Brasil. Isso se deve principalmente ao aumento dos nveis de uma toxina especfica para o cncer de bexiga (beta-naftilamina) na composio do cigarro. Com isso, comprova-se estatisticamente o que a literatura mundial j

    apresentava, de que o tabagismo um importante fator de risco para cncer de bexiga, principalmente entre os homens.

    14DIMORFISMO SEXUAL NO GRAU DE MIELINIZAO (RAZO G) DO NERVO LARNGEO RECORRENTE HUMANOLAYANA HECK1, GERALDO PEREIRA JOTZ2,3,4, LDER LEAL XAVIER5, DEIVIS DE CAMPOS11Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Programa de Ps-Graduao em Neurocincias, Instituto de Cincias Bsicas da Sade, Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul; 3Departamento de Cincias Morfolgicas, Instituto de Cincias Bsicas da Sade, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 4Departamento de Cincias Bsicas da Sade, Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre; 5Laboratrio de Biologia Celular e Tecidual, Departamento de Cincias Morfofisiolgicas, Faculdade de Biocincias, Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do [email protected]

    Justificativa e objetivos: O grau de mielinizao (razo G) calculado dividindo o dimetro do axnio pelo dimetro da fibra mielinizada. Esse parmetro til para a avaliao da relao entre a velocidade de conduo nervosa e a morfologia das fibras nervosas durante o processo de regenerao. Desse modo, inmeros estudos na rea da microcirurgia (tcnicas de anastomose) tm usado a razo G como um importante parmetro para a avaliao do grau de mielini-zao das fibras nervosas que esto em processo de regenerao. Nesse contexto, a causa mais frequente de paralisia de prega vocal a leso do nervo larngeo recorrente (NLR), que tambm pode ser reinervado usando tcnicas de anastomose. No entanto, h poucas informaes sobre a razo G do NLR humano, especialmente entre homens e mu-lheres. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar a razo G do NLR de homens e mulheres.

    Metodologia: O NLR foi estudado bilateralmente em amostras humanas, obtidas a partir de necropsias de sete homens e sete mulhe-res, com idade mdia de 70 anos para homens e 75 para mulheres. Os segmentos do NLR usados em nossa anlise foram obtidas 1cm abaixo da articulao cricotireidea. Os nervos foram analisados usando his-tologia (cortes semi-finos/1m) e os parmetros morfomtricos foram medidos utilizando o software Image Pro-Plus 6.0.

    Resultados: A comparao das medidas morfomtricas do NLR entre homens e mulheres mostrou que quando comparado com o NLR das mulheres, os parmetros do NLR dos homens so significa-tivamente maiores, como mostrado pelo dimetro axonal (19,0%) (P = 0,0001), dimetro das fibras mielinizadas (7,1%) (P = 0,0497) e pela razo G (12,5%) (P = 0,0005).

    Concluses: Uma razo G menor nas fibras nervosas do NLR das mulheres indica um maior grau de mielinizao de suas fibras. Esse padro demonstra que embora as fibras do NLR das mulheres te-nham um dimetro axonal menor, elas exibem uma maior quantida-de de mielina quando comparadas com as fibras do NLR masculino. Desse modo, mesmo com nveis semelhantes de funo entre o NLR masculino e feminino; estes achados morfolgicos provavelmente esto relacionados com diferenas fisiolgicas entre a voz de homens e mulheres. Alm disso, nossos resultados fornecem valores de refern-cia para futuros estudos que visem o entendimento mais detalhado acerca do padro funcional e morfolgico do NLR humano.

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    15EFEITO DA HIPXIA INTERMITENTE SOBRE O CORAO DE CAMUNDONGOS SUBMETIDOS A UM MODELO EXPERIMENTAL DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONOVICTRIA SCHNEIDER 1,2, AUGUSTO HINTERHOLZ1,2 , KELI MARTINAZZO1,2, MANOELA PERSCH1,2, DENNIS BARONI CRUZ3 1Acadmicos do curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Monitores da Disciplina de Patologia, curso de Medicina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 3Docente do curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A apneia obstrutiva do sono (AOS) uma doena extremamente prevalente, caracterizada por interrup-es da respirao durante o sono. Estas so causadas por obstrues das vias areas superiores, ocasionando a hipxia intermitente (HI). Mltiplas so as evidncias na literatura que apontam o impacto da AOS sobre a fisiologia e a morfologia dos mais diversos tecidos. Algumas das consequncias sobre o sistema cardiovascular, um dos mais gravemente afetados, so: hipertenso, aterosclerose, hipertrofia cardaca, arritmias e insuficincia cardaca. Desta forma, justifica-se a investigao do efeito da HI sobre a histologia cardaca.

    Metodologia: Camundongos CA1 (n = 12) foram expostos a 21 dias de HI, alternando 30 segundos de hipxia (nadir de FiO2 de 7%) e 30 segundos de normxia. Durante 8 horas/dia, os animais sofreram 480 ciclos de hipxia/reoxigenao. O mesmo nmero de animais (n = 12) foi utilizado como grupo controle, sendo submetido simulao de HI (simHI). Ao trmino da exposio, todos os animais foram anestesiados profundamente e sacrificados. Avaliou-se histologica-mente o corao de ambos os grupos quanto presena de apoptose de micitos, de infiltrado celular inflamatrio, de focos de fibrose, alm de se aferir a espessura das cmaras cardacas.

    Resultados: A espessura das cmaras cardacas observadas em ambos os grupos foram similares (P=0,70). O infiltrado celular infla-matrio apesar de ser maior no grupo HI, no apresentou valor estatstico significativo (P=0,19). Os demais parmetros analisados apresentaram aumento relevante do ponto de vista estatstico no grupo HI: apoptose de micitos (P=0,015) e focos de fibrose (P=0,012).

    Concluses: Estes resultados sugerem que a exposio HI, simulando a AOS, induz a apoptose de cardiomicitos e estimula in-diretamente a proliferao fibroblstica cardacos. Alm disso, a AOS parece exercer estmulo sobre o processo inflamatrio intracardaco, fato esse j comprovado sobre outros tecidos. Tais achados podem explicar parcialmente o impacto exercido pela AOS sobre o sistema cardiovascular.

    16HANTAVIROSE UMA ZOONOSE DE DIAGNSTICO DIFCIL OU SUBDIAGNOSTICADO?JSSICA CHAVES1, PATRCIA MICHELI TABILE1, DBORA CRISTINA HAACK BASSANI1, MARCELO CARNEIRO1,21Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Comisso de Controle de Infeco e Epidemiologia Hospitalar, Hospital Santa [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A hantavirose uma doena mundial que, muitas vezes, subdiagnosticada, devido sua rpida progresso e evoluo desfavorvel. Ela causada por um arbovrus da famlia Bunyaviridae, gnero Hantavrus. O diagnstico diferencial com ou-tras patologias, como dengue, leptospirose, influenza, parainfluenza, febre amarela e pneumonia, necessrio para uma conduta clnica adequada, bem como para o controle ambiental. O objetivo desse estudo descrever o perfil do paciente com hantavirose, a fim de pro-porcionar o aprimoramento do diagnstico e do manejo da doena.

    Metodologia: Estudo de casos de hantavirose de 2009, 2011, 2012 e 2013 que necessitaram de internao hospitalar em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul (RS).

    Resultados: De um total de 67 casos suspeitos de hantavirose, 6 foram confirmados (9,0%) sendo a ocorrncia de dois por ano. A maioria dos casos confirmados era do sexo masculino (83,3%). No houve uma faixa etria predominante. A procedncia de 83,3% dos casos confirmados era da cidade de Santa Cruz do Sul, sendo todos da zona rural. Em 83,3% dos pacientes observou-se febre e plaqueto-penia. A presena de dispneia foi de 50%. A insuficincia respiratria foi de 33,3%. Em 16,7% dos casos ocorreram petquias, tosse seca e mialgia generalizada. Em 33,3% foi utilizado suporte respiratrio por ventilao no invasiva e drogas cardiotnicas vasoativas. Todos os casos necessitaram de tratamento em unidade intensiva. O ndice de letalidade dos casos de hantavirose foi de 33,3%.

    Concluses: Observou-se que os pacientes diagnosticados com hantavirose foram predominantemente homens, provenientes da zona rural, de acordo com a literatura mundial. Em decorrncia de ser uma doena de manifestaes clnicas inespecficas uma padronizao de solicitao de sorologia para casos suspeitos torna-se necessria. A vigilncia epidemiolgica, a histria e investigao clnica, bem como o manejo ambiental so fundamentais para detectar precocemente os casos de hantavirose, a fim de realizar o controle ambiental e reduzir a incidncia.

    17INCIDNCIA DE SFILIS CONGNITA: ANLISE RETROSPECTIVA DO INDICADOR NO RIO GRANDE DO SUL E EM SANTA CRUZ DO SULMARIA LUIZA SFACIN KRUMMENAUER, KELI MARTINA-ZZO, DANIELA TEIXEIRA BORGES Acadmicas do Curso de Medicina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; dica de Famlia e Comunidade, Professora do Curso de Medicina (Unisc) Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: Caracterizada com doena infecto-contagiosa, a sfilis congnita atingiu 2.495 recm-nascidos no Brasil no ano de 2012, segundo dado disponvel no Datasus. uma doena de fcil diagnstico e preveno causada pelo Treponema pallidum, cuja via de transmisso ao concepto transplacentria ou leses pri-mrias maternas na hora do parto. Segundo a Portaria n 542/1986, a sfilis congnita passou a ser uma doena de notificao compulsria a partir de 1986. A investigao se d em nvel de ateno primria, sendo sua incidncia um dos indicadores da qualidade da assistncia pr-natal ofertada as gestantes. Busca-se, com este trabalho, comparar a incidncia de sfilis congnita no estado do Rio Grande do Sul e no municpio de Santa Cruz do Sul, entre os anos de 2008 a 2012 em relao as consultas realizadas no pr-natal.

    Mtodos: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal e observacional, tendo como base os dados disponveis na pgina do DATASUS nos anos de 2008 a 2012. Selecionaram-se itens do Pacto

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    pela Sade, como a incidncia de sfilis congnita nacional, estadual e municipal e a porcentagem de gestantes com mais de sete consultas de acompanhamento pr-natal no municpio.

    Resultados: Os novos casos de sfilis congnita encontrados no estado do Rio Grande do Sul aumentaram entre os anos de 2008, apre-sentando 361 casos, e 2011, com 621 casos, sendo notificados 177 casos no ano de 2012. O municpio de Santa Cruz do Sul apresentou um caso em 2008, quatro casos em 2009, cinco casos em 2010 e quatro ca-sos em 2011 e 2012. A porcentagem de gestantes que realizaram mais de 7 consultas de pr-natal no municpio estudado no ano de 2008 foi 83,69%; em 2009, 83,76%; em 2010, 83,14%; e em 2011, 78,44%.

    Concluso: A queda acentuada dos casos em 2012, no Rio Grande do Sul, pode estar associada melhoria da cobertura pr-natal ou subnotificao da doena. J o aumento na taxa de sfilis congnita em Santa Cruz do Sul pode estar relacionado a um melhor rastreio da doena na ocasio do nascimento, um aumento na notificao de novos casos, falha no rastreio pr-natal das gestantes infectadas ou falha no tratamento das gestantes e parceiros diagnosticados com sfi-lis. Conclui-se que a sfilis congnita um problema de sade pblica e que sua taxa de incidncia expressa a qualidade do servio pr-natal da regio em questo.

    18INCIDNCIA E IMPACTOS DA PREVENO DA GRIPE A (H1N1)RODRIGO CANTARELLI POUEY1, ALEXANDRA RECH VIEI-RA1, MANOELA BADINELI VAUCHER1, DANIELA TEIXEIRA BORGES21Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Docente do curso de Medicina Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: O artigo tem por objetivo a anlise dos dados de incidncia de H1N1 de 2009 a 2012 comparativamente do Rio grande do Sul e do Brasil aps a interveno com a vacinao e outros cuidados comportamentais. O presente estudo elucida no s a Incidncia dos casos de Gripe A (H1N1) comparativamente do Brasil e do Rio Grande do Sul, como tambm os resultados da preveno sobre a populao.

    Metodologia: Estudo epidemiolgico descritivo, retrospectivo e observacional desenvolvido mediante avaliao dos dados dos Bole-tins Epidemiolgicos do estado do Rio Grande do Sul e de todo pas do perodo de 2009 a 2012 publicados nos seus portais de sade. Avaliou-se a eficcia dos mtodos preventivos tanto vacinais quanto comportamen-tais, observando a taxa de incidncia de Gripe A nesse perodo.

    Resultados: Pelos dados analisados dos Boletins Epidemiolgi-cos do Brasil e Rio Grande do Sul de 2009 a 2012, observa-se uma pandemia desencadeada pelo vrus da gripe A no ano de 2009, assim como um aumento na incidncia de infeces e bitos pelo H1N1 tanto no Rio Grande do Sul quanto em nvel nacional, no mesmo ano. Aps esse surto, nos anos seguintes, houve uma diminuio de casos. Entretanto, no ano de 2012, houve aumento da incidncia do vrus da gripe A quando comparado aos anos de 2010 e 2011. A regio Sul a regio que mais apresentou casos de pessoas infectadas quando comparada a outras regies brasileiras. Porm dentre os estados que compe a regio Sul, o RS o que tem menores taxas tanto de infec-es quanto de bitos.

    Concluses: Pelos dados analisados foi possvel concluir que

    em 2009 ocorreu a primeira pandemia de gripe A devido circulao do vrus H1N1, juntamente com o fato de no existir medidas preven-tivas contra o patgeno. Nos anos seguintes, houve um decrscimo nas taxas de bito e infeco devido ao fato de surgirem medidas preventivas contra o vrus, como a vacina. J no ano de 2012, houve um aumento dessas taxas devido a mutaes sofridas pelo vrus, e assim, mesmo com a realizao da vacina, os indivduos ainda se encontravam suscetveis ao patgeno. No RS, devido ao clima frio, faz com que as taxas sejam maiores quando comparadas a outros estados brasileiros. Evidencia-se a importncia da vacinao para a populao mesmo que esta no faa parte do grupo de risco, alm de incentivar as outras me-didas preventivas para que a gripe A no venha gerar outra pandemia.

    19MORTES EVITVEIS EM CRIANAS DE 0 A 6 ANOS EM UM MUNICPIO DO RS, BRASIL, 2002 A 2012: AVALIAO DE DESEMPENHO DO SISTEMA NICO DE SADE RAMONA PAULA FERNANDES1, FRANCINE KORB1, DA-NIELA TEIXEIRA BORGES21Acadmicas do Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; Mdica de Famlia e Comunidade, Docente do Curso de Medicina, Departamen-to de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: O conceito de morte evitvel foi como aquelas mortes que poderiam ter sido evitadas (em sua totalidade ou em parte) pela presena de servios de sade efetivos propondo uma lista com cerca de 90 causas. Inerente a essa e outras definies que se seguiram, est o fato de que determinados bitos no devam ocorrer, por ser possvel a preveno e/ou o tratamento do evento ou da condio que o determina. Os indicadores de eventos evitveis ou indicadores de evitabilidade podem ser considerados eventos sentinelas, uma vez que sinalizam a possibilidade de que algum elo em uma adequada e hipottica cadeia da ateno integral sade no est funcionando bem, indicando que a qualidade da ateno deva ser melhorada O presente artigo objetiva analisar a tendncia de causas de mortes evitveis infantis, na cidade de Santa Cruz do Sul, com o objetivo de identificar mudanas que indiquem a adequao de uma hiptese de impacto do SUS. Alm disso, pretende discutir a utilidade da lista de mortes evitveis por intervenes do SUS para anlises dessa natureza.

    Metodologia: Este estudo retrospectivo caracteriza o perfil epidemiolgico da mortalidade infantil no municpio de Santa Cruz do Sul-RS do ano de 2002 a 2012, e avalia seu grau de evitabilidade, utilizando a Lista de Causas de Morte Evitveis por Intervenes no mbito do Sistema nico de Sade do Brasil.

    Resultados: Dados do Sistema de Informaes sobre Mortali-dade (SIM) revelaram que a mortalidade por causas reduzveis por adequada ateno ao parto aumentou em 22%; adequada ateno ao recm-nascido apresentou uma queda de 21%; e por adequada ateno gestao cresceu 3%.

    Concluses: Concluiu-se que os servios de sade no contri-buram para a reduo da mortalidade infantil. O declnio das causas mal definidas de morte indica ampliao do acesso aos servios de sade. O aumento do acesso e ateno ao parto e aos cuidados com recm-nascidos contriburam para a reduo de bitos infantis. O aumento da mortalidade por adequada ateno gestao revela a necessidade de aprimoramento da ateno pr-natal.

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    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):167

    Referncias: MALTA, D. C. et al. Mortes evitveis em menores de um ano, Brasil, 1997 a 2006: contribuies para a avaliao de desempenho do Sistema nico de Sade. Cad. Sade Pblica, Rio de Janeiro, v. 26, n. 3, p. 481-491, mar. 2010.

    20PERFIL CLNICO EPIDEMIOLGICO DE PACIENTES ASMTICOS DO AMBULATRIO DE PEDIATRIA DO HOSPITAL SANTA CRUZRAQUEL DE MAMANN VARGAS, KATCHIBIANCA WE-BER1, FERNANDA ALMEIDA1, HLIO SIMO21Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Docente em pediatria (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A asma uma doena inflamatria pulmonar crnica, na qual ocorrem mecanismos como a hiperres-ponsividade das vias areas e a limitao varivel do fluxo areo. Trata-se da doena crnica mais comum na infncia cuja prevalncia vem mostrando significativo aumento no Brasil e no mundo. Este trabalho tem como objetivo descrever o perfil clnico epidemiolgico dos pacientes atendidos no ambulatrio acadmico de pediatria do Hospital Santa Cruz (HSC).

    Metodologia: O estudo foi realizado com pacientes diagnos-ticados com asma, dos 5 aos 12 anos de idade, de abril a dezembro de 2011, que foram atendidos no ambulatrio de pneumopediatria do Curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) em 2010 e no Centro de Ateno Materno-Infantil de Santa Cruz do Sul em 2011. Foram aplicados questionrios a 22 pacientes, realizado teste cutneo de leitura imediata (prick test) e pico de fluxo expirat-rio (peak flow) em 19 pacientes. A pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica e Pesquisa do HSC e da UNISC. Os pacientes receberam e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

    Resultados: Dos 22 pacientes entrevistados, a mdia de idade foi de 7,72 anos. Quanto ao nvel de controle da asma, 23,8% foram classificados como asma controlada, 66,6% asmticos parcialmente controlados e em 9,52% a asma era no controlada. Em relao gravidade da rinite alrgica, 50% possuam rinite intermitente leve, 12,5% rinite intermitente moderada/grave, 6,25% rinite persistente le-ve e 31,25% rinite persistente/grave. Outro dado encontrado no estudo foi a associao de alergopatias. Entre os entrevistados, 18 (81,81%) pacientes apresentavam asma e rinite alrgica. Dois deles (9,09%) tinham somente asma e o restante (9,09%) apresentavam asma, rinite alrgica e dermatite atpica. Desse modo, maior parte dos pacientes apresentava asma parcialmente controlada ou no controlada, e em mais de 80% a rinite foi a alergopatia associada mais comum. No ficou evidenciada a teoria da marcha atpica na populao estudada. O percentual de sensibilizao a plens foi de 57,89% demonstrando uma alta prevalncia regional, comparada com dados de outras regi-es fora do nosso estado.

    Concluses: Este estudo permite caracterizar clnica e epide-miologicamente os pacientes asmticos, bem como as sensibilizaes mais prevalentes nesta micro-regio a fim de atuar profilaticamente, diminuindo morbidade e aumentando o grau de controle da asma.

    21PERFIL DAS INTERNAES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDITRICA DE

    UM HOSPITAL GERAL NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL (RS)BRBARA MAGALHES DE DEUS1, GABRIELE BRITO1, ANDRESSA MACIEL1, DRIS LAZAROTO11Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A Unidade de Terapia Intensiva Peditrica (UTIP) um setor hospitalar que concentra uma equipe especialmente treinada e sofisticados equipamentos e recursos, para atender crianas com eminente risco de vida, necessitando de um suporte teraputico avanado. Conhecer as caractersticas da popu-lao internada em uma UTIP assim como as condies clnicas e as circunstncias em que as mortes ocorrem, permite prever recursos, organizar processos e treinar pessoas para melhorar os cuidados dis-pensados queles que so encaminhados a estas unidades, evitando mortes prevenveis. O presente trabalho tem por objetivo analisar o perfil das internaes na UTIP de um hospital geral, no interior do RS.

    Metodologia: Trata-se de um estudo longitudinal, retrospecti-vo desenvolvido no perodo de junho de 2011 a julho de 2012 na UTIP do Hospital Santa Cruz, atravs da pesquisa em pronturios mdicos. Participaram do estudo todos os pacientes que deram entrada na uni-dade, sendo excludos apenas aqueles que apresentavam pronturios incompletos. Os dados analisados foram: sexo, idade, tempo de inter-nao, causa, perodo de maior fluxo, prematuridade e mortalidade.

    Resultados: Foram internados 211 pacientes. Destes, 8 foram excludos da amostra. Dos 203, 79(38,91%) eram meninas e 125 (61,57%) meninos. Destes, 3 apresentaram mais de uma internao no perodo. Mais de 50 % dos pacientes internados apresentavam entre 1 e 10 dias de vida, sendo a mdia de idade de 265 dias e o tempo mdio de internao de 15 dias. Do total 20% eram recm-nascidos e destes 23% prematuros. Dentre as causas: 120 (59,11%) internaram por pato-logias pulmonares, 24(11, 82%) por sepse, 18(8,86%) por complicaes neurolgicas, 18(8,86%) por doenas cardacas, 3(1,47%) por trauma, 4(1,97%) ps-operrios, 15(7,38%) por causas isoladas. Os meses com menor e maior fluxo foram respectivamente novembro e junho e houve 27 bitos.

    Concluses: Os dados indicam uma prevalncia de meninos, recm-nascidos, internados em mdia por mais de 10 dias, principal-mente por doenas cardio-respiratrias, em sua maioria relacionadas ao perodo neonatal. O maior nmero de internaes ocorre nos me-ses de inverno e a mortalidade baixa, dados compatveis com estudos semelhantes em outras populaes. O estudo reitera a importncia do constante aperfeioamento de recursos e servios especialmente voltados neonatologia, tendo em vista a predominncia desta demanda no setor.

    22PERFIL DOS BITOS POR DOENAS CEREBROVASCULARES EM SANTA CRUZ DO SUL RSIURI PEREIRA DOS SANTOS1, GUILHERME AGNE1, BRU-NO LOZ1, BYANCA FORESTI1, DIOGO TASCA1, GIOVANNI RECH1, FERNANDA SCHUH MARTINS1, LUANA FERRARI1, MRCIO LUS P. DA SILVA1, SABRINY REZER BERTO1, ANTNIO MANOEL DE BORBA JUNIOR11Liga da Neurologia, Curso de Medicina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul;[email protected]

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    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):168

    Justificativa e Objetivos: As doenas cerebrovasculares (DCV), segunda causa de morte no mundo, so caracterizadas por transtor-nos vasculares em qualquer rea enceflica, que ocorrem de forma transitria ou permanente, por isquemia (85% casos) ou por hemorra-gia (15% casos). No Brasil, as DCV so a causa mais frequente de bito na populao adulta (10% dos bitos) e consiste na causa de 10% das internaes em hospitais pblicos. Assim, levando em considerao a dimenso do problema, o objetivo deste estudo avaliar o perfil dos bitos por DCV na populao de Santa Cruz do Sul (SCS).

    Metodologia: Estudo transversal, descritivo, na base de dados do DATASUS, de anlise dos dados sobre doenas cerebrovasculares em Santa Cruz do Sul no perodo de 2002 a 2011. O perfil dos bitos foi determinado analisando os seguintes dados: total de bitos, bitos por sexo, bitos por faixa etria e bitos por raa, alm da realizao do clculo da mortalidade especfica.

    Resultados: No perodo de 2002 a 2011, foram registrados 8.180 bitos em SCS (mdia de 818 bitos/ano), destes, 1.014 (12,4%) foram decorrentes de doenas cerebrovasculares (mdia de 101 bitos/ano). O percentual de bitos foi maior no sexo feminino (57%) e nos pa-cientes da raa branca (90,9%). Quanto prevalncia por faixa etria, o nmero foi consideravelmente maior (84,3%) nos indivduos acima de 60 anos, tambm com uma porcentagem maior no sexo feminino (65%). No perodo analisado, a taxa de mortalidade especfica por DCV foi de 86,02 mortes por 100 mil habitantes, sendo a maior taxa encontrada em 2011 (109).

    Concluses: Em SCS, no perodo analisado, as DCV consti-tuem a segunda maior causa de mortalidade (12,4% do total), sendo superadas apenas pelas neoplasias (22,8% do total). O infarto agudo do miocrdio constitui a terceira principal causa isolada de morta-lidade (11,7% do total). Quanto s taxas especficas de mortalidade, ao contrrio da tendncia nacional, observou-se elevao nas taxas de mortalidade especfica no perodo. Levando em considerao o fato de que as DCV tambm so responsveis por elevada morbidade e atravs da anlise das estatsticas apresentadas, percebe-se a impor-tncia da realizao de aes que visem diminuir a morbimortalidade, essencialmente o controle dos fatores de risco.

    23PERFIL EPIDEMIOLGICO DE CRIANAS E ADOLESCENTES COM HIV/AIDS ATENDIDAS EM UM CENTRO DE REFERNCIA NO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULCAMILA BCK SILVEIRA1, GABRIELA HOCHSCHEIDT MAHL1, GRAZIELA BOSCHETTI1, JULIANA RIGUE DA SIL-VA1, MARCELLA PASE CASASOLA1, CRISTIANE PIMENTEL HERNANDES MACHADO1,2, CANDICE FRANKE KRUMEL1,21Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Professora do Curso de Medi-cina (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: Os objetivos so caracterizar o perfil epidemiolgico de crianas e adolescentes com HIV/AIDS atendidas no Centro Municipal de Atendimento Sorologia de Santa Cruz do Sul (CEMAS/SAE/CTA), analisar a via de transmisso e o estgio da infeco pelo HIV/AIDS no momento do diagnstico e averiguar os tipos de doenas oportunistas mais prevalentes. A importncia do trabalho obter dados com a finalidade de traar estratgias de preveno da infeco por HIV em Santa Cruz do Sul.

    Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e retrospecti-vo, realizado em servio de atendimento a pacientes com sorologias DST/AIDS no municpio de Santa Cruz do Sul. Foram includos os pacientes infectados pelo vrus HIV ou portadores de AIDS de ambos os sexos, menores de 18 anos. Os dados foram obtidos atravs de reviso de pronturios e aplicao de questionrio.

    Resultados: Foram analisados os dados de 17 crianas e adoles-centes diagnosticados com HIV/AIDS, 9 do sexo feminino e 8 do sexo masculino. A mdia de idade das crianas atendidas foi de 11,3 anos. A maioria dos pacientes eram brancos (43,7%), possuam o primeiro grau incompleto (93,3%) e residiam em Santa Cruz do Sul (73,3%). Quanto ao responsvel pelos pacientes, 73,3% eram as mes e 13,3% os pais. A maioria dos pacientes morava em habitao prpria (52,9%), com quatro peas (33,3%) e quatro pessoas na casa (26,6%). A renda que prevaleceu entre as famlias dos pacientes foi de at 1-3 salrios mnimos. Dos 17 pacientes, 11 estavam assintomticos no momento do diagnstico e 15 foram infectados por transmisso vertical. Verificaram-se 2 casos de pneumonia bacteriana, 2 de pneumocistose, 1 de linfoma e 1 de herpes zoster.

    Concluses: possvel constatar que no houve diferena significativa entre os sexos. O fato de a maioria dos pacientes se encontrar assintomtica, provavelmente se deve adeso correta do tratamento. O crescente nmero de casos de mulheres com HIV, atualmente, tem contribudo de forma significativa para o aumento do nmero de crianas infectadas pelo vrus, uma vez que das 17 crianas analisadas, apenas 2 delas no apresentaram transmisso vertical, as quais adquiriram a infeco durante o parto. Sendo assim, notrio que o municpio de Santa Cruz do Sul necessita de intervenes de sade, como melhor adeso aos mtodos de preveno a doenas sexualmente transmissveis, alm de medidas que garantam um acompanhamento adequado tanto no pr-natal, quanto no puerprio.

    24PERFIL EPIDEMIOLGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS APENDICECTOMIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO PROJETO PILOTO MARCIELE PAZINATTO1, ISAURA KNOB1, KELI MARTINA-ZZO1, LUCIANA PRZYBITOWICZ FUHRMANN1, VILIAM WEBER1, RAFAEL ANTONIAZZI ABAID1,21Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Departamento de Biologia e Farmcia, Laboratrio de Tcnica Cirrgica (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul. [email protected]

    Justificativa e Objetivos: Apendicite aguda definida pela presena de infeco transmural do apndice cecal, pode ser inicial, se edematosa ou supurativa, ou tardia, se gangrenosa ou necrtica. O diagnstico clnico, no necessitando complemento diagnstico na maioria dos casos.

    A apendicectomia o procedimento cirrgico no-eletivo mais realizado, mas dificuldades diagnsticas so frequentes, pois entre 20-30% dos pacientes apresentam sinais/sintomas ou achados laboratoriais atpicos. H relativa escassez de dados sobre a progres-so da apendicite em relao passagem do tempo. Porm, quando ultrapassadas 48 horas, aumentam significativamente as necroses e perfuraes, bem como complicaes ps-operatrias.

    Portanto, conhecer a casustica das apendicectomias, no hospital em questo, permite avaliar o perfil epidemiolgico desses pacientes, identificando fatores que interferem na morbimortalidade

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):169

    peri-operatria, possibilitando a anlise do servio e estratgias ado-tadas, bem como, implantao de melhorias.

    Metodologia: Projeto piloto de estudo transversal, prospectivo, de carter descritivo-analtico, com 25% dos casos de apendicectomia entre 2009 e 2010, a partir de pronturios do servio de arquivo mdi-co e estatstica ou sistema informatizado da instituio. Atravs des-tes, foi avaliada a evoluo clnico-cirrgica, investigao diagnstica, achado anatomopatolgico, perioperatrio e reinternaes. Os dados foram tabelados em EXCEL.

    Resultados: Conforme a tabela 1, nos casos avaliados (n=58), a incidncia por sexo foi de 50% cada. Diferenas etrias no foram relevantes, devido amostra dspar (5 casos > 50 anos). Houve corre-lao positiva entre o incio sintomtico e a fase evolutiva ao anato-mopatolgico, quando maior que 48 horas. 75% (n=44) da amostra apresentou apendicite supurada, sendo que 38% (n=17) destes com necrose. No houve reinternaes ou necessidade de tratamento em unidade intensiva. Dois casos foram profilticos.

    Concluses: Por conseguinte, evidenciou-se conformidade literria quanto a maior gravidade de apendicite em homens, sem cor-relao com incidncia. Em quadros iniciais, o tempo no demons-trou ser agravante, porm quando evoludas mais de 48 horas, houve progresso patolgica, bem como maior necessidade de investigao complementar e internao, onerando o servio. Assim, permanece preponderante a clnica para adequada e imediata teraputica de pacientes com dor abdominal suspeitos de apendicite.

    25PERFIL EPIDEMIOLGICO DO CNCER DE PRSTATA EM UM CENTRO ONCOLGICO DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SULMONICA BASSO ZANOTTO1, DEBORA STEFANELLO GOLART1, EDUARDO DOLANDA GINDRI1, MAITCIA FERNANDES HOPPE1, WILLIAM CASAGRANDE SAN-CHES2, BRBARA PERUSSATTO1, VILIAM WEBER1, LETCIA DAL2, CAROLINA ESTACIA1, MARCELO LUIS DOTTO31Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Residente de Clnica Mdia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 3 Docente do Departa-mento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: O cncer de prstata um importante problema de sade pblica no Brasil e no mundo. Hoje, no pas a prevalncia de 140.000 casos e 20.000 bitos/ano. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do cncer de prstata so: a idade avanada, etnia e predisposio familiar. Sendo assim o presente trabalho tem por objetivo analisar o perfil epidemiolgico deste prevalente tipo de cncer em centro oncolgico de uma cidade no interior do Rio Grande do Sul.

    Metodologia: O delineamento do estudo foi transversal de ca-rter observacional descritivo, sendo os dados coletados no Registro Hospitalar de Cncer (RHC) no perodo de 2010 2012 em um centro oncolgico vinculado ao SUS no Vale do Rio Pardo-RS.

    Resultados: Nos anos de 2010 a 2012, foram registrados 204 pacientes com diagnstico Cncer de prstata. A mdia de idades foi de 68,8 anos, sendo a menor idade a de 46 anos e a maior de 90 anos. No que tange a questo da raa, 185 eram brancos, 7 negros e 2 pardos. Dentre os pacientes, 110 possuiam ensino fundamental incompleto, 28 ensino fundamental completo, 2 com ensino superior completo, 5

    sem nenhuma escolaridade e 59 no possuam informao no prontu-rio acerca da escolaridade.

    Concluses. A partir dos dados analisados podemos caracte-rizar o perfil epidemiolgico do cncer na regio estudada buscando contribuir com as polticas de sade. Esta investigao revelou que, 99,01% tem idade maior ou igual a 50 anos, no trinio de 2010-2012. Uma taxa mais elevada se comparada a literatura o que refora a necessidade de um diagnstico mais precoce. O perfil dos pacientes atendidos revelou predominncia da cor branca, possivelmente em detrimento da diviso demogrfica da nossa regio. A faixa etria mdia de 68,8 anos, o que corrobora os dados da literatura. No que se refere ao grau de escolaridade, possvel observar que esses homens apre-sentam, em geral, baixa escolaridade, o que em parte pode ser explicado pelo fato do servio atender apenas pelo Sistema nico de sade.

    26PREVALNCIA DE ALTERAES COGNITIVAS EM IDOSOS DE AMBULATRIO DE GERIATRIA DE INSTITUIO DE ENSINO NA REGIO CENTRAL DO RIO GRANDE DO SULLISSI L. SBROGLIO1, ANA JLIA FRONZA1, CAROLINA T. ESTACIA1, CSSIA P. KAPPER1, FRANCINE KORB1, GABRIEL F. TOGNON1, LUCAS ANDREIS1, MNICA ZANOTTO1, MELISSA LAMPERT11Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A demncia uma doena comum entre a populao idosa e sua prevalncia tende a aumentar com a idade. Esta tende a levar o idoso ao declnio funcional, prejudicando sua capacidade de realizar atividades cotidianas podendo resultar em dependncia de um cuidador. Apesar da queixa de perda de memria ser prevalente nos ambulatrios, muitas vezes essa questo no abordada na primeira consulta. Nesse contexto, fundamental a rea-lizao de uma anamnese dirigida que aborde os aspectos cognitivos, sendo importante a utilizao de testes validados especficos.

    O objetivo foi avaliar a prevalncia de alteraes cognitivas, a partir da busca por deteco e abordagem precoce de causas revers-veis de demncia, em nvel ambulatorial, com o intuito de proporcio-nar melhorias ao cuidado dispensado aos idosos.

    Metodologia: Foi realizado estudo de carter transversal por meio de anlise retrospectiva de pronturios dos pacientes que fre-quentaram o ambulatrio de geriatria de universidade do interior do Rio Grande do Sul no perodo de maro de 2011 a junho de 2013. A reviso dos pronturios ocorreu de 30 de abril a 5 de junho de 2013. De uma amostra de 244 pronturios, comps o estudo 174 pacientes, sendo utilizado como critrio de excluso a no realizao dos testes cognitivos na primeira consulta. Os instrumentos utilizados para diagnstico foram o Miniexame de estado mental, o teste do relgio e de fluncia verbal.

    Resultados: Entre os 174 pacientes avaliados quanto presena de alterao cognitiva, 125 so mulheres e 49 so homens. Na po-pulao feminina, a prevalncia de alterao cognitiva foi de 17,6%; enquanto na masculina, a prevalncia de alterao cognitiva foi de 30,6%. A mdia de idade em que se verificou maior nmero de pacientes com alterao nos testes cognitivos foi em maiores de 80 anos, totalizan-do 10,91% do total de idosos que possuem alguma alterao cognitiva.

    Concluses: A partir da anlise dos dados percebe-se que alta a prevalncia de alteraes cognitivas entre os idosos em nvel am-

  • ISSN 2238-3360 | Ano III - Volume 3 - 2013 - Suplemento

    Rev Epidemiol Control Infect. 2013;3(suppl):170

    bulatorial. Este trabalho apresentou concordncia, com o estudo feito por Ariane Angeline dos Santos et al, sobre a avaliao de demncia em idosos, em ambos os estudos verificou-se maior prevalncia de deficincias cognitivas em idosos velhos. Em vista disso, fundamen-tal a capacitao de profissionais da rea da sade para que saibam aplicar e interpretar os testes cognitivos, e proporcionar uma melhor condio de vida ao idoso.

    27PREVALNCIA DE IMUNIDADE (IGG) PARA TOXOPLASMOSE EM ESTUDANTES DE MEDICINA DO SEGUNDO SEMESTRE HRIKA LUCENA1, ISADORA BONASINA1, FERNANDA S. MARTINS1, DANIELA MORAES1, JULIA CASANI1, VICTO-RIA A. RUSSOWSKY1, JANE DAGMAR POLLO RENNER11Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do [email protected]

    Justificativa e Objetivos: A toxoplasmose uma infeco parasitria, causada por protozorio Toxoplasma gondii e pode apresentar-se na forma assintomtica e auto-limitada. A doena assume maior relevncia no perodo gestacional, podendo levar a problemas severos para o feto (retardo mental, cegueira), e se tornou mais importante com o aparecimento do vrus da imunodeficincia adquirida (HIV) e com aumento do nmero de transplantes, alm de outras condies imunodepressoras. O objetivo desse trabalho ava-liar a frequncia de anticorpos IgG para toxoplasmose nas mulheres da turma de medicina do segundo perodo (2013/1) da UNISC.

    Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo e analtico incluindo 24 amostras dos alunos do segundo semestre do curso de medicina da UNISC em 2013/1. As amostras de soro dos alunos foram obtidas na aula prtica de imunologia e, em seguida, foi realizada a sorologia com o kit Immuno Comb Toxo IgG, um teste ensaio imuno-enzimtico indireto em fase slida (EIA).

    Resultados: Dos 24 sujeitos analisados nesse estudo, 13 (54,16%) foram do sexo masculino, enquanto 11 (45,83%), do feminino. Desta ltima amostra, foram obtidos 7 (63,63%) resultados positivos e 4 (36,36%) resultados negativos referentes presena de anticorpos IgG para toxoplasmose. Os sujeitos com resultado positivo tiveram conta-to prvio com o protozorio, seja atravs do aleitamento materno, da ingesto de alimentos carne e leite de origem animal contaminados , ou ainda, pela exposio perante excretas de felinos contaminados.

    Concluso: Foi verificada que parte da amostra do sexo femi-nino estudada (36,36%) no apresenta IgG para toxoplasmose, o que pode ser um fator preocupante no caso das futuras gestaes desse grupo estudado (transmisso parenteral).

    28PREVALNCIA DE INTOXICAO POR BENZODIAZEPNICOS NOS ATENDIMENTOS PSIQUITRICOS DE UM HOSPITAL DO INTERIOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULALEXANDRA RECH VIEIRA1, JSSICA SARI1, KELI MAR-TINAZZO1, MARIA LUIZA KRUMMENAUER1, MICHELLE VIRGNIA EIDT21Curso de Medicina, Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul; 2Docente do curso de Medicina,

    Departamento de Biologia e Farmcia (Unisc), Universidade de Santa Cruz do Sul. [email protected]

    Justificativa e Objetivos: Desde 1994, medicamentos so a principal causa de intoxicao. No Brasil, os benzodiazepnicos so uma das principais classes medicamentosas que geram intoxicaes medica-mentosas. Visto que os benzodiazepnicos so amplamente utilizados, principalmente em idosos, o presente estudo tem por objetivo definir a prevalncia dos casos de intoxicao por essa classe de medicamento em pacientes psiquitricos assistidos no Pronto Atendimento (PA) do Hospital Santa Cruz (HSC) por um perodo de trs meses.

    Metodologia: Foi realizado um estudo quantitativo, transversal e observacional sobre a prevalncia de intoxicaes por benzodiazep-nicos em pacientes psiquitricos no HSC. A obteno de dados se deu de forma retrospectiva atravs da anlise de pronturios de pacientes atendidos no PA do HSC e que tenham sido registrados como atendi-mentos psiquitricos no perodo de junho a agosto de 2012. Adotou-se como varivel dependente a intoxicao por benzodiazepnicos, as variveis independentes foram o sexo, idade e motivo.

    Resultados: Primeiramente, foram analisados os 30 atendi-mentos classificados como psiquitricos no HSC, desses pacientes, somente 2 sofreram intoxicao por benzodiazepnicos, sendo que uma ocorrncia aconteceu no ms de junho e a outra no ms de julho, totalizando 6,66% de prevalncia no trimestre analisado. No presente estudo, um paciente era do sexo masculino e outro do sexo feminino, havendo uma igualdade quanto a prevalncia dos sexos. A idade des-ses pacientes foi de 49 e 66 anos. O motivo da ingesta deliberada da medicao pelos dois pacientes foi a tentativa de suicdio.

    Concluses: Evidencia-se que intoxicaes medicamentosas causadas por benzodiazepnicos so raras, e geralmente de fcil reverso nos casos em que houve abuso desse tipo de medicamento. Tambm chega-se a concluso que o uso ind