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Política: dedo de Deus ou chifres do Diabo? Página 1

Revista EBI Virtual Ano I - número 1

Deivinson Bignon

Todos os direitos reservados ®

2007


SUMÁRIO

Editorial ..................................................................................................... 04 Capa ............................................................................................................ 05 Lições ......................................................................................................... 08 Palavras explicativas ................................................................................... 08 Lançando as bases .......................................................................................... 11 Estudo 1 – Um sábio conselho ................................................................ 12 Estudo 2 – A justiça como expressão de adoração a Deus ................. 14 Mão na massa ................................................................................................ 18 Estudo 3 – Denunciando a maldade nacional I .................................... 19 Estudo 4 – Denunciando a maldade nacional II ................................. 22 Nivelando tijolos ............................................................................................ 25 Estudo 5 – Uma questão de interpretação I .......................................... 26 Estudo 6 – Uma questão de interpretação II ........................................ 29 Erguendo paredes ........................................................................................... 32 Estudo 7 – Obedecendo às autoridades ................................................ 33 Estudo 8 – Um caso condenado de rebeldia ......................................... 36 Acabamento ................................................................................................... 39 Estudo 9 – A riqueza e o Reino de Deus I ............................................ 40 Estudo 10 – A riqueza e o Reino de Deus II ........................................ 43 Decoração ...................................................................................................... 46 Estudo 11 – Salomão: o rei que julgava com sabedoria ...................... 47 Estudo 12 – Herodes: um governador idiota ....................................... 50 E eu com isso? ............................................................................................... 53 Estudo 13 – Orai pela paz do Brasil! ...................................................... 54 Mídia ........................................................................................................... 57 Sobre o autor ............................................................................................ 61


Editorial

Você gostaria de receber gratuitamente uma revista evangélica

diferente, totalmente baseada no estudo da Bíblia e sem cor denominacional, ou partidarismos evangélicos?

Pois acaba de ser lançada a Revista EBI Virtual, produzida pelo Ministério Bíblico Virtual.

Aqui, você terá uma oportunidade ímpar: chegar às verdades da Bíblia sobre determinado assunto por seu próprio esforço.

Adotamos o método de Estudo Bíblico Indutivo (EBI) para que você possa ter acesso às verdades da Palavra de Deus, garimpando-a com suas próprias ferramentas.

Para melhor aproveitamento desse material, oferecemos gratuitamente o livro eletrônico Voltando Para a Bíblia, disponível pelo e-mail: [email protected]

Neste primeiro número, estudaremos o tema: Política: dedo de Deus ou chifres do Diabo? Aproveite ao máximo os ensinos da Palavra de Deus com mais esse recurso que a internet proporciona.

Bons estudos. Pr. Deivinson Gomes Bignon Editor


CAPA

Política: dedo de Deus ou chifres do Diabo?

“Disse Jesus: ‘O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os

meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui.’” (João 18:36 – Nova Versão Internacional)

Que o Reino de Deus não é deste mundo, não restam dúvidas

na leitura do texto acima. Todavia, embora não sejamos do mundo, estamos inseridos nele, e temos responsabilidades sociais enquanto vivermos por aqui (Mt 5:13-16; Jo 17:13-19).

Você já ouviu a conhecida frase: “Religião e Política não se misturam”? Pois ela ilustra bem a postura da maioria esmagadora dos evangélicos de algumas décadas atrás. O que mudou em nossos dias? Creio que o crescimento vertiginoso dos evangélicos apontados no último censo nacional, realizado em 2000, e as dificuldades econômicas que temos enfrentado, aliados a uma expressiva propaganda política voltado para os eleitores evangélicos tem muito a ver com uma tomada de posição mais politizada que ora verificamos no meio do povo de Deus.

Ainda que com inúmeros erros, e alguns acertos, aquele grupo, que antes era minoria, busca o seu espaço frente a campanhas políticas e planos de governo. Afinal de contas, enfatizam os mais convictos, um dos bem sucedidos governantes na Bíblia foi José do Egito, que foi


orientado por Deus e chegou a ocupar o alto escalão do antigo império egípcio (confira toda a história em Gn 41), e arrematam citando: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Sl 33:12).

Na contramão desta retomada de posição, há aqueles que ainda permanecem olhando com desconfiança para todo este engajamento político evangélico. Isso porque vêem na atual política brasileira um ambiente completamente desfavorável para o bom testemunho cristão. Reconhecem que o cenário político, corrompido e corrompedor, exerce uma influência devastadora nas opiniões e atitudes éticas do verdadeiro cristão.

Talvez esta postura reservada por parte de alguns irmãos se dê por atitudes infelizes cometidas no passado, pouco recomendáveis para um cristão. Observe, como exemplo, a citação feita por Paul Freston de uma denúncia veiculada pelo Jornal do Brasil, datada de 07 de agosto de 1988, sobre a eleição para a Assembléia Constituinte:

“Boa parte dos evangélicos faz da tarefa de preparar a nova

Constituição um grande e lucrativo comércio, negociando votos em troca de vantagens e benesses para suas igrejas e, muitas vezes, para eles próprios.”1

Além de olharem para nosso passado recente, os antagonistas a

uma expressiva participação evangélica no cenário político levam em conta também que um dos fatores que contribuiu fortemente para a corrupção do clero católico da Idade Média foi justamente a união da igreja com o Estado. O poder subiu à cabeça de inúmeros cléricos medievais, e vemos aí a origem dos movimentos de Reforma Protestante.

Os que se posicionam desta maneira, enfatizam que a principal atuação da igreja de Cristo não é na esfera terrena, mas sim na realidade espiritual (Mt 18:36; Lc 12:31; Jo 18:36), e que Jesus rejeitou qualquer poder político que lhe fora oferecido, seja legitima ou ilegitimamente (Mt 4:8-10; Lc 4:5-8), pois Ele sabia que o Reino de Deus não seria estabelecido pelo poder temporal, mas a sua maior preocupação foi com

1 FRESTON, Paul. Fé Bíblica e Crise Brasileira. São Paulo: ABU, 1992. p. 77.


a postura ética que a igreja deveria assumir para influenciar positivamente uma sociedade corrompida e vazia de valores espirituais (Mt 5:13-16).

No entanto, como poderemos influenciar positivamente o meio político se não tivermos representantes cristãos no poder? Não obstante a esta necessidade, o que fazer quando o sal apodrece ou quando a luz torna-se fosca? Este dilema tem assombrado a mente e o coração daqueles que defendem e atacam o envolvimento do evangélico na política. E a polêmica aumenta quando o candidato a algum cargo público é um pastor.

Citado por John Stott2, o Dr. Edward Norman, numa aparente tentativa de encontrar uma saída para este problema, observa alguns aspectos relevantes que sintetizam o ponto de vista dos que se posicionam contra o envolvimento partidário da igreja evangélica:

1. A ênfase política da igreja contemporânea retira o foco

daquilo que deveria constituir sua preocupação central, a saber, o individual (a redenção pessoal), o íntimo (o Cristo que habita em nós) e o eterno (as qualidades eternas da imortalidade).

2. As opiniões políticas da igreja contemporânea nada mais são do que o idealismo político e moral da cultura que nos cerca.

3. A contribuição política da igreja contemporânea é a de um amador: falta-lhe o conhecimento necessário para participar.

4. As expectativas políticas da igreja contemporânea são ingênuas, pois ela tende a esquecer o pecado e a falibilidade humana (Gn 6:5; Jó 15:16; Sl 14:3; Is 1:6; 59:3; 64:6; Jr 16:12; Mq 7:3; Mt 23:27; Mc 7:21; Rm 1:24; II Pe 2:12).

Do outro lado da questão, encontram-se os que se recordam de

vários exemplos bíblicos de autoridades políticas e líderes bem sucedidos, tais como José (Gn 41:46), Gideão (Jz 8:25), Samuel (I Sm 12:3,4; Ed 10:1-9), Neemias (Ne 3:15); Jó (Jó 29:16) e Daniel (Dn 6:3). Estes líderes foram largamente usados por Deus para promover a justiça social em suas respectivas épocas de atuação. Não obstante haverem

2 STOTT, John. O Cristão em Uma Sociedade Não Cristã. 3. ed. Rio de Janeiro: VINDE, 1991. p. 30.


péssimos representantes do envolvimento no poder, tais como os filhos de Samuel (I Sm 8:3), Pilatos (Mt 27:24-26), os juízes de Filipos (At 16:22,23), Gálio (At 18:16,17) e Félix (At 24:26); os que defendem o maior envolvimento político do povo de Deus lembram-nos de que a moralização da política brasileira só será efetuada quando o temor do Senhor estiver ardendo no coração dos nossos governantes.

Longe de resolver a polêmica Religião X Política, ainda que tenhamos uma expressiva participação evangélica na política brasileira, devemos atentar para a responsabilidade social do povo de Deus. Responsabilidade esta que não poderá ser relegada em segundo plano, mas assumida com coragem e fé.

Sendo um dedo de Deus para a promoção do Seu Reino, ou os chifres do Diabo para trazer confusão e descrédito ao povo de Deus, a política continua se mostrando um tema para debates acalorados no meio evangélico. A polêmica ainda subsiste, mas não devemos nos esquivar de nossa responsabilidade social enquanto agentes de Deus para a realização da justiça social igualitária. Seja qual for a opinião do leitor, a consciência política deve se fazer presente nas urnas. Aceitando ou não o engajamento evangélico na política, devemos observar aqueles candidatos que se mostram mais adequados não apenas por serem evangélicos, mas por estarem comprometidos com os valores da justiça, defendidos pelos que se preocupam com o Reino de Deus.

Soli Deo Gloria!

Pr. Deivinson Gomes Bignon


LIÇÕES

Palavras Explicativas A Revista EBI Virtual propõe trazer ao povo evangélico uma

nova alternativa para o estudo bíblico de temas relevantes. Nosso objetivo neste novo empreendimento é fazer com que o

aluno consiga chegar por si mesmo às conclusões apontadas pela Palavra de Deus. Não daremos o estudo já pronto, “mastigado”. Mas o aluno deverá ir ao texto bíblico com algum esforço mental e espiritual para que compreenda o que Deus quer lhe falar.

Para que possamos alcançar este objetivo, lançaremos mão do método de Estudo Bíblico Indutivo. Trata-se de uma forma diferente de se estudar a Bíblia, onde você encontrará nas lições apenas alguns dados essenciais para chegar ao ensino bíblico por si só.

Cabe ao aluno interessado buscar em suas fontes de pesquisa dados adicionais para enriquecer a aprendizagem. Queremos incentivá-lo a cavar fundo e chegar às suas próprias conclusões de como o texto bíblico está falando ao seu coração.

A cada número teremos sete seções, divididas em dois estudos cada seção, com exceção da última, que terá apenas um estudo de aplicação geral. Deverá ser estudada uma lição por vez, totalizando assim, treze lições.

Na seção Lançando as Bases, teremos dois estudos introdutórios do tema principal. Aqui, você terá contato com os textos bíblicos essenciais ao estudo do tema. Na seção Mão na Massa, mais dois estudos com ênfase numa análise mais profunda de textos bíblicos chaves para a


compreensão do assunto. Na seção Nivelando Tijolos, você terá dois estudos sobre interpretação de alguns textos bíblicos. Em Erguendo Paredes, duas lições com exercícios de correlação de vários textos bíblicos. Na seção Acabamento, faremos a contextualização dos princípios bíblicos sobre o tema para os dias atuais em mais dois estudos. Em Decoração, veremos duas ilustrações da Bíblia para o enriquecimento dos princípios estudados. E, por fim, na seção E Eu Com Isso?, faremos uma aplicação geral à nossa realidade brasileira.

Todos os textos bíblicos das lições são da versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida, editada pela Sociedade Bíblica do Brasil.

Para mais esclarecimentos sobre o método, indicamos a leitura do livro Voltando Para a Bíblia, do Pr. Deivinson Bignon. Para adquiri-lo gratuitamente, peça pelo e-mail: [email protected].

Bons estudos. O editor.


LANÇANDO AS BASES


ESTUDO 1

UM SÁBIO CONSELHO Texto Base: Êxodo 18:1-27 Texto Áureo: “Procura dentre o povo homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; pôe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez” (Êx 18:21). Objetivos: 1. Confrontar nossas aspirações sociais com os valores de Deus. 2. Analisar nossas reações quanto aos líderes da nação. 3. Desafiar a uma tomada de posição quanto à necessidade de justiça social. Leituras Diárias: SEG – Lv 19:15 TER – Dt 16:19 QUA – Sl 10:16-18 QUI – Sl 82:3,4 SEX – Pv 28:15 SAB – Is 1:17 DOM – Jr 5:28 Notas Explicativas: 1. Sacerdote de Midiã – Jetro era o líder civil e religioso de uma tribo que habitava o deserto de Midiã.


2. Monte de Deus – Provavelmente o Monte Sinai, onde Moisés recebeu as tábuas da lei. 3. Tenda – Habitações antigas, próprias para grupos nômades. 4. Faraó – O monarca do antigo império egípcio. Os egípcios o consideravam como uma divindade. 5. Deuses – Provavelmente foi uma referência aos deuses egípcios, que foram envergonhados pelo Deus de Israel, quando da libertação da escravidão no Egito. 6. Holocausto – Sacrifício de um cordeiro para adoração ao Senhor. 7. Estatutos de Deus – As leis que Deus revelara a Moisés no Monte Sinai, e as orientações divinas que Moisés ia recebendo ao longo das peregrinações. 8. Cabeças sobre o povo – Líderes capazes de julgar e resolver pequenas questões. Introdução / Contexto

Moisés estava enfrentando pesados problemas administrativos. Um sábio conselho do seu sogro Jetro ajudou a aliviar a tensão.

Jetro tinha muita experiência por haver administrado as questões de sua tribo em Midiã, e assim, possuía o “know-how” capaz de ajudar a Moisés.

O conselho consistia em uma delegação gradativa de autoridade. O texto nos conta que Moisés, em sua humildade, acatou as sugestões feitas por seu sogro.

Perguntas Para Discussão 1. O sogro de Moisés traz-lhe sua mulher e seus filhos (v. 1-8)

a) O que motivou Jetro a procurar Moisés? b) Qual a verdadeira razão por que Jetro procurou Moisés para

entregar-lhe sua família?

2. A alegria de Jetro (v. 9-12)


a) Como Jetro demonstrou sua alegria, em resposta ao relato de

Moisés? b) O que significou o ato de “comerem o pão diante de Deus”?

3. A nomeação de auxiliares (v. 13-27) a) O que Moisés fazia para atender às necessidades sociais do povo? b) Qual o padrão de conduta que Moisés deveria ensinar ao povo?

c) Por que, dentre as características para os líderes auxiliares, Jetro aponta a qualidade de “aborrecer a avareza”?

d) O que Jetro quis dizer com a expressão: “para que julguem este povo em todo tempo”?

e) Qual foi a principal razão que Jetro se utiliza para argumentar com Moisés sobre a necessidade da delegação de autoridade?

Aplicação 1. Seja humilde para reconhecer quando você estiver errado. 2. Permita que Deus lhe ensine acerca dos valores sociais do Seu reino. 3. Nas eleições, vote com consciência, observando as qualidades dos candidatos segundo o padrão bíblico de justiça.


ESTUDO 2

A JUSTIÇA COMO EXPRESSÃO DE ADORAÇÃO A DEUS Texto Base: Isaías 1:10-17. Texto Áureo: “Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.” (Is 1:17). Objetivos: 1. Confrontar a nossa religiosidade muitas vezes hipócrita com a necessidade de justiça social. 2. Analisar a correlação entre a fé e as obras de justiça. 3. Desafiar a uma retomada de posição quanto à necessidade de justiça social promovida pelo povo de Deus. Leituras Diárias: SEG – Jr 22:3 TER – Mq 6:8 QUA – Mt 6:33 QUI – Jo 18:36 SEX – Am 5:21-24 SAB – Ed 7:25 DOM – I Tm 2:1,2


Notas Explicativas: 1. Holocausto – Sacrifício ritual de um cordeiro macho e sem defeito para a expiação do pecado do povo e adoração a Deus. 2. Incenso – Queima de ervas aromáticas, para simbolizar a oferta que é agradável a Deus. 3. Festa de Lua Nova – Festa celebrada no primeiro dia de cada mês, conforme o calendário lunar hebraico (Nm 28:11-15). Introdução / Contexto

Israel constantemente desagradava a Deus com os seus ritualismos vazios de verdadeira devoção espiritual. Neste texto, o profeta Isaías denuncia mais uma vez o desagrado de Deus com o Seu povo rebelde.

Neste contexto, na expressão “dar ouvidos à lei do nosso Deus”, a palavra lei (em hebraico: Torá) provavelmente refere-se a uma prática dos sacerdotes de instruírem os fiéis à porta do templo, antes de entrarem para a adoração. Essa instrução referia-se geralmente às condições para cultuar a Deus e ter um bom relacionamento com o próximo (Sl 15; 24:3-6; 118:20).

Este maravilhoso texto trata de um dos temas fundamentais da pregação profética: Deus não pode aceitar os sacrifícios oferecidos por mãos cheias de sangue inocente (v. 15; Am 5:21-24).

Perguntas Para Discussão 1. A indignação de Deus (v. 10) a) Por que Deus chama Israel de Sodoma e Gomorra? 2. A Rejeição da religiosidade hipócrita de Israel (v. 11-15) a) Por que Deus se diz farto dos holocaustos que Ele mesmo

ordenou a Israel?


b) No vs. 12, Deus rejeita a aproximação de Israel? Por quê? c) Por que Deus não pode suportar “iniquidade associada ao

ajuntamento solene”? d) Que relação há entre a devoção espiritual e a ética social? 3. Exigências de Deus para o Seu povo (v. 16,17)

a) Por que Deus exige santidade dos seus servos?

b) Como a aplicação da justiça está relacionada ao poder público?

Aplicação 1. Aprenda a cultuar a Deus em todos os níveis de sua vida. 2. Participe de alguma forma de movimentos de ação social de sua igreja

ou comunidade. 3. Se você tem acesso às promessas de vários políticos, analise-as sob o prisma bíblico de justiça social e crie o hábito de lutar pelo cumprimento destas promessas.


MÃO NA MASSA


ESTUDO 3

DENUNCIANDO A MALDADE NACIONAL PARTE I Texto Base: Isaías 59:1-8 Texto Áureo: “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira.” (Pv 29:2) Objetivos: 1. Conscientizar da realidade de que a ação social justa faz parte do plano de Deus para a Igreja. 2. Desafiar o aluno a pôr-se a postos para colaborar com a ação social realizada pela sua comunidade eclesiástica. Leituras Diárias: SEG – Is 56:1-8 TER – Is 56:9-12 QUA – Is 57:1-10 QUI – Is 57:11-13 SEX – Is 57:14-19 SAB – Is 57:20,21 DOM – Rm 3:9-18


Notas Explicativas: 1. Iniqüidades – Pecados, maldades. 2. Áspide – Serpente muito venenosa. 3. Teias de Aranha – Fazem pensar em algo fugaz, sem consistência. 4. Desolação – Ruína completa. Introdução / Contexto

Junto com os capítulos 56, 57 e 58, o capítulo 59 de Isaías se constitui uma denúncia aos pecados do povo de Deus.

Dentre os pecados estão a profanação do sábado, a glutonaria dos chefes de Israel, a prevalência da idolatria, com suas práticas vis, meticulosidade nos jejuns, ao lado de injustiças flagrantes.

O profeta faz o alerta de que tudo será vingado sem falta.

Perguntas Para Discussão 1. O que significa a expressão: “A mão do Senhor não está encolhida ...”?

2. Que tipo de salvação se refere o texto? A salvação espiritual ou a salvação social? 3. Por que o pecado separou o povo de seu Deus, se o Senhor sabia desde o começo que Israel pecaria? 4. Por que o profeta usa diversos órgãos e partes do corpo humano, no vs. 3, para falar da maldade de Israel? 5. No vs. 4, na sentença “confiam no que é nulo”, o texto hebraico suporta outra tradução possível: “confiam na mentira”. Que mentira é essa de que trata o profeta? Trata-se de uma referência aos falsos deuses (I Sm 12:21; Is 41:29)? Por quê? 6. O que a metáfora contida na expressão “chocam ovos de áspide” denuncia?


7. É possível que todo o povo de Deus caia em completa ruína por causa do pecado? 8. Comparando os vs. 7 e 8 com Rm 3:9-18, há alguma chance de haver verdadeira justiça social através da política humana? Aplicação 1. Reconheça que a idéia divina de salvação também se aplica à realidade

social. 2. Confesse a Deus o seu pecado de alienação social e faça algo para promover uma ação social em sua comunidade de fé. 3. Considerando a triste realidade da miséria humana, gerada pelo pecado original, como você pode contribuir para que os líderes da sua igreja adquiram a consciência de que o corpo de Cristo deve ser uma agência promovedora da justiça de Deus aqui na terra?


ESTUDO 4

DENUNCIANDO A MALDADE NACIONAL PARTE II Texto Base: Is 59:9-21 Texto Áureo: “Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?” (Is 58:6). Objetivos: 1. Enfatizar que não pode haver a pregação do genuíno evangelho sem que se leve em conta os fatores sociais. 2. Desafiar o aluno a ser um agente recrutador de voluntários para a ação social da igreja. Leituras Diárias: SEG – Is 58:1-5 TER – Is 58:6-12 QUA – Is 58:13,14 QUI –Is 59:1-8 SEX – Is 59:9-21 SAB – Is 60:1-12 DOM – Is 60:13-22


Notas Explicativas: 1. Prevaricar – Faltar ao dever, deixar de cumprir um compromisso ou obrigação. 2. Direito – Conjunto de leis e costumes que regem cada povo. 3. Verdade – Conformidade com a realidade. 4. Retidão – Conformidade com os verdadeiros princípios. 5. Justiça – Virtude moral que inspira o respeito dos direitos de outrem e que faz dar a cada um o que lhe pertence. 6. Intercessor – Aquele que intervém em favor de alguém. 7. Couraça – Armadura de aço para as costas e o peito. 8. Capacete – Armadura, de copa oval, para a cabeça. 9. Vestidura – Tudo que se pode vestir. 10. Manto – Vestidura larga e sem mangas. Introdução / Contexto

Justiça e Direito são como a luz da ordem social, são a vitória sobre o tenebroso do homem, a esperança cotidiana do amanhecer.

Neste texto em estudo, o profeta desvela a verdadeira causa do pecado: à injustiça segue-se mais injustiça.

Deus contempla a situação desde o céu (Sl 14:2; 53:3) e não pode permanecer indiferente. Primeiro, Deus denunciou esta situação, até que o homem confessasse a sua culpa. Agora, cabe a Deus intervir para manifestar a sua justiça.

Perguntas Para Discussão 1. O povo toma a palavra para confessar ou para queixar-se? Reconhece-se culpado (vs. 12, 13) ou julga-se vítima (vs. 9-11)? 2. A combinação de pombas e de ursos é fato curioso: se a pomba é inofensiva e inocente na sua queixa, o urso figura comumente como animal feroz. Temos nessas imagens uma síntese do culpado e da vítima? Por quê?


3. O que o profeta quer dizer quando usa a metáfora do cego, no vs. 10? Que paredes são essas que eles apalpam? 4. Podemos dizer que uma corrupção extrema resulta em aturdimento? Por quê? 5. O arrependimento produz a cura por si só? 6. Por que, no vs. 13, o profeta afirma que Israel abandonou a Deus? A falsidade gera apostasia? 7. O que pode ter ocasionado tanta apostasia por parte de Israel, que foi um povo alvo de uma revelação tão especial de Deus? 8. Podemos dizer que o nihilismo cultural havia tomado o lugar da Lei em Israel? Por quê? 9. Quando a corrupção generalizada se instalara em Israel, adiantaria terem tido alguma reação humana para concertar tudo, ou só poderiam esperar pela atuação divina? 10. A armadura de Deus, no vs. 17, é simbólica. Que significado nacional teve cada parte desta armadura para Israel? 11. O redentor que virá a Sião, no vs. 20, refere-se a quem? 12. O que a vinda desse redentor significava para Israel? 13. Qual o significado da aliança que Deus firma no vs. 21, para Israel? Aplicação 1. Quem é o atual culpado pela atual situação econômica do nosso país? 2. Comprometa-se a orar para que os líderes da nossa nação possam ser iluminados por Deus para que não se envolvam com corrupção e possam dirigir o Brasil com justiça e imparcialidade.


NIVELANDO TIJOLOS


ESTUDO 5

UMA QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO PARTE I Texto Base: Mateus 22:15-22 Texto Áureo: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22:21) Objetivos: 1. Demonstrar que mesmo a Lei de Deus está sujeita às mais diversas interpretações. 2. Desafiar o aluno a buscar a interpretação correta sobre os deveres sociais. Leituras Diárias: SEG – Ne 8:1-12 TER – Mt 22:34-40 QUA – Mt 22:41-46 QUI – Mt 22:23-33 SEX – Lc 10:25-37 SAB – Lc 14:1-6 DOM –At 8:26-35


Notas Explicativas: 1. Fariseus – Uma das mais conhecidas seitas dos judeus. Insistiam no zelo exagerado aos rituais religiosos. 2. Discípulo – Seguidor, o que recebe disciplina ou instrução. 3. Herodianos – Partido político que apoiava a dinastia de Herodes. 4. Denário – Moeda romana de prata que, naquele tempo, levava a imagem do imperador Tibério. Equivalia ao salário de um dia de trabalho. Introdução / Contexto

A questão do tributo a César foi um esforço por apanhar Jesus numa declaração que pudesse servir de base à acusação de ser desleal ao governo romano, e assim, entregá-lo a Pilatos.

Os herodianos eram partidários da família de Herodes, cujo trono real dependia do apoio do imperador romano. Eles e os fariseus, conluiados, propuseram uma questão a respeito da qual eles próprios divergiam de parecer entre si.

Jesus, com um golpe de mestre, declarou a separação entre religião e política. Os cristãos devem obedecer ao seu governo, mas este não tem direito de impor religião aos seus súditos.

Perguntas Para Discussão 1. Por que os fariseus armavam armadilhas para atrapalhar a pregação de Jesus?

2. Por qual motivo os fariseus fizeram conluio com os herodianos? O que eles intencionavam? 3. No vs. 16, as palavras elogiosas dirigidas a Jesus tiveram qual propósito? Eles foram sinceros ao elogiar e chamar Jesus de mestre? 4. A questão proposta pelos fariseus no vs. 17 tinha quais desdobramentos políticos, caso Jesus não tivesse sido feliz na resposta dada?


5. Quando Jesus reconheceu a malícia de seus questionadores, que postura tomou? Foi uma postura política? Por quê? 6. Jesus queria demonstrar algo quando solicitou que lhe mostrassem a moeda usada para pagar o tributo? O que ele enfatizou com este ato?

7. No vs. 21, Jesus se posicionou contra a política? Por quê? 8. Por que os fariseus não contra-argumentaram a resposta dada por Jesus? Aplicação 1. Vale mais agradar a Deus do que fazer a vontade do homem. 2. Aprenda a distingüir política de politicagem. 3. Ter consciência social não anula a religiosidade, mas completa a comunhão com Deus.


ESTUDO 6

UMA QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO PARTE II Texto Base: Lc 10: 25-37 Texto Áureo: “Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas?” (Lc 10:26) Objetivos: 1. Levar o aluno a compreender que a boa interpretação da Lei de Deus é imprescindível para a prática da vida cristã. 2. Desafiar o aluno a engajar-se na luta para a promoção do bem-estar do próximo. Leituras Diárias: SEG – Lc 10:1-12 TER – Lc 10:13-16 QUA – Lc 10: 17-20 QUI – Lc 10:21-24 SEX – Lc 10:25-37 SAB – Lc 10:38-42 DOM – Mt 11:28-30


Notas Explicativas: 1. Intérprete da Lei – Um sábio judeu que arrogava a si o direito de aplicar a Lei de Deus aos homens. 2. Lei – Uma referência aos 613 mandamentos da Torá (ou Pentateuco), que compreende os cinco primeiros livros da Bíblia. 3. Salteadores – Ladrões. 4. Sacerdote – Líder religioso judeu. 5. Levita – Descendente da tribo de Levi. Ajudante do sacerdote nos ofícios do templo. 6. Samaritano – Natural de Samaria. Era um povo desprezado pelos judeus por razões raciais. 7. Denário – Moeda romana. O salário de um dia de trabalho. Introdução / Contexto

Este é um dos textos mais clássicos de toda a literatura mundial sobre a benevolência. E também é o mais belo de todos os tempos.

Lucas acabara de registrar a rejeição que Jesus sofreu dos samaritanos (9:52), e ainda assim o Senhor exalta a um samaritano, fazendo-o um herói aos olhos de seus discípulos e de todos os séculos futuros.

Perguntas Para Discussão 1. Por que aquele intérprete da Lei quis colocar Jesus à prova? 2. Qual foi a reação de Jesus àquela pergunta e porquê reagiu assim? 3. O intérprete da Lei, no vs. 27, respondeu errado à pergunta de Jesus? 4. O intérprete já sabia a resposta da pergunta que fez a Jesus, no início do texto? 5. Por que Jesus disse: “Faze isto e viverás”?


6. O que o intérprete da Lei quis justificar quando interrogou a Jesus sobre quem era o seu próximo? 7. Como Jesus respondeu a esta pergunta? Por que ele respondeu assim? 8. Qual foi a reação do sacerdote e do levita ao ver o moribundo à beira do caminho? Por que reagiram assim? 9. Qual foi a reação do samaritano? 10. No vs. 36 Jesus faz uma nova pergunta, por que ele a fez? 11. O intérprete respondeu diretamente à pergunta de Jesus? Que detalhe você pode perceber no vs. 37 sobre a resposta do intérprete da Lei? Aplicação 1. Nem sempre a religiosidade humana enfatiza a justiça social. 2. Aprenda a servir a Deus tendo em vista as necessidades do seu próximo. 3. O mundo precisa de homens e mulheres de Deus, e não de mais religiosos.


ERGUENDO PAREDES


ESTUDO 7

OBEDECENDO ÀS AUTORIDADES Textos Base: Romanos 13:1-7; Tito 3:1-7 e Judas 5-13 Texto Áureo: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” (Rm 13:1) Objetivos: 1. Conscientizar o aluno de que estamos debaixo de várias autoridades humanas, e que todos devemos nos submeter a elas. 2. Desafiar o aluno a ter respeito às autoridades seculares e da igreja. Leituras Diárias: SEG – Mt 8:5-13 TER – Mt 13:1-7 QUA – Mt 20:20-28 QUI – Mt 21:23-27 SEX – Mt 28:18-20 SAB – Tt 3:1-7 DOM – Jd 5-13 Notas Explicativas: 1. Magistrado – Funcionário civil, revestido de autoridade judicial ou administrativa. 2. Ministro – Aquele que está incumbido de uma função.


3. Altercador – O que disputa ou contende com outro. 4. Cordato – Prudente, sensato. 5. Néscio – Ignorante, estúpido. 6. Arcanjo – O primeiro entre os anjos. 7. Erro de Balaão – Ver II Pe 2:15,16 8. Corá – Ver Nm 16:1-35. 9. Festas de Fraternidade – Banquete em comum, nos quais celebravam a ceia do Senhor. Introdução / Contexto

Estes três textos base tratam da questão da autoridade tomando diferentes enfoques.

Em Rm 13, o apóstolo Paulo trata da obediência às autoridades seculares legalmente constituídas.

Em Tt 3, o apóstolo também abordado a obediência às autoridades seculares, mas desta vez a ênfase recai sobre a base ética para esta conduta.

Por fim, em Jd 8, a ênfase está na autoridade espiritual, que inclusive os anjos e demônios estão sujeitos.

Perguntas Para Discussão 1. Romanos 13:1-7

a) Por que devemos nos sujeitar às autoridades? b) Mesmo as autoridades injustas foram instituídas por Deus?

c) Que condenação recai sobre aquele que resiste à autoridade? d) Em que sentido a autoridade secular é ministro de Deus? e) No vs. 5, que postura ética é abordada? f) Por que devemos honrar os que estão revestidos de autoridade?


2. Tito 3:1-7 a) Que postura ética é exigida do cristão nos vs. 1 e 2? b) Qual o motivo de Paulo recomendar esta postura ética? c) Como o amor de Deus deve influenciar a nossa relação com as autoridades? 3. Judas 5-13 a) Por que alguns anjos estão guardados em algemas eternas, para o Juízo do Grande Dia? b) Por que Sodoma e Gomorra sofreram punição? c) O vs. 8 se refere aos anjos, ou aos habitantes de Sodoma e Gomorra? d) Por que o arcanjo Miguel temeu emitir juízo sobre o Diabo? e) Há esperança eterna para os que difamam as autoridades espirituais? Aplicação 1. Obedeça às autoridades que Deus instituiu. 2. Esteja preparado para exortar a algum amigo ou irmão que esteja se mostrando rebelde às autoridades.


ESTUDO 8

UM CASO CONDENADO DE REBELDIA Texto Base: Nm 12:1-16 Texto Áureo: “E disseram: Porventura, tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O Senhor o ouviu.” (Nm 12:2) Objetivos: 1. Desafiar o aluno a ser exemplo de fidelidade às autoridades divinamente constituídas. 2. Levar o aluno a respeitar as autoridades, ainda que discorde delas. Leituras Diárias: SEG – Nm 11:1-9 TER – Nm 11:10-15 QUA – Nm 11:16-30 QUI – Nm 11:31-35 SEX – Nm 12:1-16 SAB – Nm 14:1-12 DOM – Nm 16:1-50 Notas Explicativas: 1. Mulher cuxita – Mulher etíope, ou midianita. Aqui, o termo poderia estar se referindo a Zípora ou, talvez, a uma outra esposa de Moisés.


2. Profeta – Porta-voz de Deus cuja mensagem é ou admoestação ou predição. 3. Coluna de Nuvem – Expressão que significa figuradamente a habitação de Deus. 4. Lepra – Infecção crônica do organismo produzida por um bacilo específico, modernamente chamado de Bacilo de Hansen. 5. Arraial – Acampamento militar. 6. Hazerote – Um dos acampamentos dos israelitas no deserto. 7. Deserto de Parã – Também conhecido como Região das Cavernas. Região montanhosa e despovoada, que atravessa a Península do Sinai. Introdução / Contexto

Provavelmente Miriã desejou nunca ter provocado a sua atitude de rebeldia.

É interessante, neste texto, olhar para o caráter de Moisés (vs. 3), que, assim como Jesus, era revestido de autoridade, porém conseguia manter-se manso suficientemente para agradar a Deus (Mt 5:5; 11:29).

Perguntas Para Discussão 1. O que ocasionou a sedução de Miriã e Arão? 2. Comparando o vs. 1 com Êx 32:1-6,21-24, como você analisa a personalidade de Arão? 3. Por que Moisés aparentemente não esboçou reação mediante a rebeldia de seus irmãos? 4. No vs. 13, vemos uma atitude bonita de Moisés. Por que ele sempre intercedia em favor do povo, como vemos também em Nm 14:13-19, e no caso da rebeldia de Corá, Datã e Abirão ele tomou uma atitude mais enérgica? 5. Como o líder deve tratar os rebeldes?


Aplicação 1. Esteja junto com Deus em sua obra, e não apenas perto dela, para

poder criticá-la. 2. Que tipo de reclamação você tem de sua liderança? Converse com seus líderes com humildade e não com rebeldia. 3. Se você é líder, aprenda a ser manso e maleável com seus liderados, aceitando com humildade as sugestões que venham efetivamente contribuir para o bom andamento do trabalho.


ACABAMENTO


ESTUDO 9

A RIQUEZA E O REINO DE DEUS PARTE I Texto Base: Mateus 19:16-30 Texto Áureo: “... em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.” (Mt 19:23) Objetivos: 1. Levar o aluno a rever seus conceitos sobre a riqueza e a pobreza. 2. Desafiar o aluno a se engajar em atividades sociais que visem minimizar o sofrimento dos mais pobres. Leituras Diárias: SEG – Pv 13:7; 14:20,21 TER – Pv 22:2; 28:11 QUA – Lc 6:24-26 QUI – Lc 6:32-36 SEX – Lc 12:13-21 SAB – Lc 12:22-34 DOM – Lc 16:19-31


Notas Explicativas: 1. Mestre – Homem que ensina. 2. Agulha – Instrumento comum, usado para bordar ou coser. O fundo de uma agulha representava a menor abertura que se podia fazer. 3. Trono da Sua glória – Esta expressão enfoca a majestade do Rei Jejus, identificado aqui como o Filho do Homem. Introdução / Contexto

Jesus mandou que o jovem rico desse tudo, sabendo que ele não se tornaria discípulo se isto lhe custasse alguma coisa. Estava muito afeiçoado às suas riquezas para servir ao Reino de Cristo.

Jesus, aqui, não quis dizer que todos deveriam se desfazer de seus bens para seguí-lo. A ênfase está sobre aonde estava posto o coração daquele jovem em particular.

Devemos notar ainda a maravilhosa promessa àqueles que abrem mão de tudo para seguir a Jesus (vs. 29).

Perguntas Para Discussão 1. Por que neste texto o jovem rico não é identificado pelo evangelista com o seu nome, conforme vemos em outros casos?

2. Por que o jovem chama Jesus de “bom Mestre”? 3. Por que Jesus recusa o elogio? Ele não era “bom”? 4. A vida eterna se alcança com boas obras? 5. Por que o jovem retirou-se triste? 6. No vs. 23, porquê Jesus disse que um rico dificilmente seria salvo? A pobreza era a condição para se obter a salvação?

7. Por que a salvação é impossível aos homens?


8. Os discípulos de Jesus o seguiam visando uma recompensa futura? Esta seria uma atitude correta? Aplicação 1. Ponha o seu coração nos valores do Reino de Deus, e não nas

riquezas materiais. 2. Reconheça seu pecado de avareza e seja um crente liberal para as obras sociais de sua igreja ou região. 3. Dê prioridade ao Reino de Deus em todas as áreas de sua vida.


ESTUDO 10

A RIQUEZA E O REINO DE DEUS PARTE II Texto Base: Tiago 5:1-6 Texto Áureo: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (I Tm 6:10) Objetivo: Levar o aluno a empregar sabiamente seus ganhos, visando um bem-estar social mais duradouro. Leituras Diárias: SEG – Tg 1:1-11 TER – Tg 1:12-27 QUA – Tg 2:1-13 QUI – Tg 2:14-26 SEX – Tg 3:1-18 SAB – Tg 4:1-17 DOM – Tg 5:1-20


Notas Explicativas: 1. Desventura – Desgraça, infortúnio. 2. Roupagem – Conjunto de roupas. Compreendia basicamente o manto e a capa. 3. Fraude – Engano. 4. Clamor – Implorar em altas vozes, bradar. 5. Regaladamente – Com delícia, com prazer. Introdução / Contexto

Havia muitos homens ricos na igreja da Judéia que viviam longe de uma vida cristã, e que se dedicavam aos prazeres mundanos.

Acham-se às vezes almas cristãs caridosas de rara virtude entre os ricos, mas em geral, o quadro que Tiago pintou deles, é típico deles até hoje.

Perguntas Para Discussão 1. Que desventuras os ricos deveriam chorar? 2. Por que Tiago denuncia os ricos no vs. 2? Qual o motivo da denúncia? 3. Por qual motivo a riqueza dos crentes da Judéia seria testemunho contra eles próprios? 4. Quem fica rico pela exploração do pobre será feliz? Por quê? 5. É pecado buscar conforto ou prazer? Quando o conforto passa a ser pecaminoso? 6. Existem crentes que enriquecem com a exploração de seus irmãos na fé? Como Deus tratará disso?


Aplicação 1. Ser rico não é pecado, mas a justiça está intimamente ligada ao modo como se administra esta riqueza. 2. Quem é rico deve ser liberal, e quem é pobre? Pode-se invejar o rico? 3. Viva de modo a diminuir as diferenças sociais, contribuindo com as obras assistenciais de sua igreja.


DECORAÇÃO


ESTUDO 11

SALOMÃO, O REI QUE JULGAVA COM SABEDORIA Texto Base: I Reis 3:16-28 Texto Áureo: “Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo?” (I Rs 3:9) Objetivos: 1. Mostrar ao aluno como a sabedoria pode ser usada no trato e questões polêmicas. 2. Desafiar o aluno a cobrar atitudes sábias de seus líderes. Leituras Diárias: SEG – I Rs 3:3-15 TER – I Rs 3:16-28 QUA – I Rs 4:1-19 QUI – I Rs 4:20-28 SEX – I Rs 4:29-34 SAB – I Rs 10:1-13 DOM – I Rs 10:14-29


Notas Explicativas: 1. Prostituta – Mulher pública, meretriz. Embora fosse uma prática proibida em Israel, a prostituição ainda persistia nos tempos de Salomão. 2. Dai à primeira – A primeira mulher que falou ao rei. 3. Sentença – Julgamento. Introdução / Contexto

Este episódio nos traz uma belíssima ilustração de como um julgamento deve ser exercido com sabedoria.

Ao descobrir os verdadeiros sentimentos das duas mulheres, Salomão demonstrou que possuía a sabedoria divina, já que somente Deus é capaz de conhecer o que há no coração do ser humano (Sl 7:9; Jr 17:10; Ap 2:23).

Perguntas Para Discussão 1. Por que as prostitutas procuraram o rei? Um outro líder nacional não poderia ter resolvido o problema sem que a decisão real fosse acionada? Se a prática da prostituição era proibida em Israel, porquê o rei Salomão atendeu àquelas duas mulheres?

2. No vs. 17, porquê a mãe verdadeira falou primeiro? Existia alguma razão inconsciente para a outra mulher não falar nada no começo? 3. A casa onde elas moravam era uma espécie de prostíbulo? Havia alguma possibilidade de elas serem “parceiras de clientes”? 4. Por que uma prostituta iria querer tanto ter um filho? Uma criança não traria imensas dificuldades para esta “atividade”? 5. Podemos dizer que Salomão repetiu as mesmas palavras das mulheres, e depois mandou trazer uma espada, como um processo de coação psicológica? Por quê?


6. Salomão sabia que a mãe verdadeira estaria disposta a ver o filho vivo nos braços da outra a vê-lo morto, ou isso foi um grande “golpe de sorte”? Aplicação 1. A sabedoria é uma virtude que deve ser adquirida com o estudo da

Palavra de Deus. 2. Desenvolva um olhar crítico sobre as últimas decisões importantes que você tomou e avalie-as de acordo com os princípios bíblicos.


ESTUDO 12

HERODES, UM GOVERNADOR IDIOTA Texto Base: Mateus 14:1-12 Texto Áureo: “Ora, tendo chegado o dia natalício de Herodes, dançou a filha de herodias diante de todos e agradou a Herodes."”(Mt 14:6). Objetivos: 1. Mostrar ao aluno que na liderança, certos erros podem ter conseqüências fatais. 2. Levar o aluno a uma reflexão sobre como algumas decisões erradas podem comprometer a sua própria felicidade, e a das pessoas de seu relacionamento. Leituras Diárias: SEG – Jo 3:22-29 TER – Mt 4:12-17 QUA – Is 40:3; Mt 4:5 QUI – Lc 1:8-23 SEX – Lc 1:57-66 SAB – Lc 1:67-80 DOM – Mt 11:2-19 Notas Explicativas: 1. Tetrarca – O Governador da quarta parte de um reinado ou província romana.


2. Profeta – Porta-voz de Deus cuja mensagem é ou admoestação ou predição. 3. Dia natalício – Aniversário. 4. Prato- Ou bandeja. 5. Juramento – Afirmar tomando a Deus como testemunha. Introdução / Contexto

Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, governou a Galiléia e a Peréia de 4 a.C. a 39 a.C.

Filipe era meio-irmão de Herodes (não se deve confundir com o seu outro irmão, Filipe, governador da Ituréia e Traconites – Lc 3:1).

Herodes se divorciou da sua esposa, filha do rei de Nabatéia, e casou-se com Herodias, que era sua própria sobrinha e esposa de Filipe, apesar deste ainda viver.

Perguntas Para Discussão 1. Por que Herodes, nos vs. 1 e 2, acreditava que Jesus era a encarnação de João Batista? 2. Qual foi o motivo pelo qual Herodes prendeu João? O que João Batista havia feito? 3. Qual era o verdadeiro motivo que impedia Herodes de matar a João Batista? 4. O que levou Herodes a fazer aquele juramento? Por que Herodes não podia simplesmente quebrá-lo? 5. No vs. 9, lemos que Herodes se entristecera. Podemos dizer que inconscientemente Herodes gostava de João Batista? Por quê? 6. Que conseqüências a morte de João Batista trouxe para Herodes?


Aplicação 1. Pense bem antes de tomar decisões importantes ou prometer algo a

alguém. 2. Liderar não é fácil, mas nada justifica uma atitude leviana diante de tantas responsabilidades. 3. Ore a favor de seus líderes ou liderados.


E EU COM ISSO?


LIÇÃO 13

ORAI PELA PAZ DO BRASIL!

Texto Base: Salmo 122 Texto Áureo: “Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.” (Sl 122:6) Objetivos: 1. Conscientizar o aluno da necessidade de nutrir um sentimento verdadeiramente patriótico. 2. Desafiar o aluno a amar a sua pátria. Leituras Diárias: SEG – Sl 5 TER – Sl 7 QUA – Sl 15 QUI – Sl 20 SEX – Sl 26 SAB – Sl 47 DOM – Sl 61


Notas Explicativas: 1. Cidade compacta – Cidade construída para que nela se reuna a comunidade. 2. Os tronos da casa de Davi – Ao rei compete administrar a justiça, e o seu trono era o tribunal supremo. Introdução / Contexto

Este “cântico de romagem” expressa a emoção e a alegria dos peregrinos que já estão às portas de Jerusalém e esperam chegar logo ao templo de Deus.

A expressão “cântico de romagem”, literalmente, significa “cântico de degraus” ou “cântico das subidas”. Deve-se ter em mente que Jerusalém está situada a mais de 750 m acima do nível do mar. Os peregrinos subiam como que por degraus ou níveis. O termo romagem lembra que os peregrinos viajavam em grupos (Lc 2:4).

Perguntas Para Discussão 1. Por que Davi se alegrava quando ia à casa do Senhor?

2. No vs. 2, o que o salmista quis enfatizar? 3. Qual a idéia da expressão “cidade compacta”? Em que isso facilitava o acesso ao templo? 4. No vs. 5, que quer mostrar a analogia da cidade de Jerusalém com os tronos da casa de Davi? 5. Qual a recompensa dos que amam Jerusalém? É uma prosperidade material ou espiritual? 6. No vs. 8, que sentimento movia o rei Davi a orar pela paz de Jerusalém?

7. Qual a força motriz que levava Davi a buscar o bem da cidade santa?


8. Que atitude devemos ter para com a nossa pátria? 9. A igreja de Cristo estará cumprindo o seu papel como sal da terra e luz do mundo se não se envolver com as questões nacionais? Por quê? Aplicação 1. Ore pelo Brasil. 2. Nas próximas eleições, vote com consciência.


MÍDIA


LIVRO

VOLKMANN, Martin. Jesus e o Templo – Uma Leitura Sociológica de Marcos 11:15-19. São Paulo: SINODAL / PAULINAS, 1992. 170 p.

A relação de Jesus e o templo de Jerusalém é um assunto de

atualidade permanente: provocou os líderes judaicos daquela época, desafiou os cristãos ao longo dos séculos e continua a questionar o povo de Deus hoje na América Latina. Pois, embora não tenhamos mais um templo central como o de Jerusalém, a realidade de que esse templo representava continua presente hoje.

Este livro aproveita os subsídios da leitura sociológica da Bíblia, examinando o relato de Mc 11:15-19 a partir de suas vinculações com a realidade social, política, econômica e ideológica da época.


LIVRO

GEISLER, Norman L. Ética Cristã – Alternativas e Questões Contemporâneas. 8. ed. São Paulo: VIDA NOVA, 2000. 227 p.

Este livro apresenta uma introdução e uma análise completas das teorias e das questões desse ramo altamente desenvolvido da filosofia.

A primeira parte examina as várias alternativas éticas teóricas, apresentando uma discussão abrangente das idéias modernas. Cada teoria é cuidadosamente analisada, depois algumas evidências filosóficas e bíblicas são apresentadas.

A segunda parte leva o leitor diretamente para a corrente principal das questões da guerra, da desobediência civil, do aborto, do sexo, das diferenças raciais, da ecologia e outras questões vitais.


INTERNET

Política & Ciências Sociais www.politica.pro.br

Política & Ciências Sociais é um site editado por Alberto Tosi Rodrigues, professor de Ciência Política na Universidade Federal do Espírito Santo e doutor em Ciências Sociais (Área de Estado e Políticas Governamentais) pela Universidade Estadual de Campinas, SP, Brasil.

Este site possui lançamento de livros e revistas sobre política, revistas acadêmicas on line, teses e artigos com texto integral, Curso de Sociologia e notícias atualizadas sobre política e sociologia.


SOBRE O AUTOR

Deivinson Bignon é mestre em Ciências da Religião com especialização em Bíblia e é formado em Letras (Português e Literaturas); exercendo as seguintes atividades: pastor auxiliar da Igreja Evangélica Congregacional de Vila Paraíso, professor, conferencista, escritor e cartunista. Autor dos livros “Voltando para a Bíblia” (2002) e “Recados do céu: a ética profética de Deus para as grandes questões da nossa época” (2007).

Contato: [email protected]


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