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Revista Expansão Acadêmica. Ano 1, n. 1, jul./dez. 2015 66 DESENVOLVIMENTO DE SORGO SACARINO (Sorghum bicolor L. Moench) IRRIGADO COM EFLUENTE SINTÉTICO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO DE PETROLINA-PE 1 Kellison Lima Cavalcante 2 Magnus Dall’Igna Deon 3 Hélida Karla Philippini da Silva 4 RESUMO: O reuso de água constitui uma alternativa potencial de racionalização na agricultura, assim, este trabalho objetivou discutir a técnica como instrumento de gestão ambiental e sustentabilidade na irrigação, a partir do desempenho produtivo do sorgo sacarino irrigado com efluente sintético similar ao Efluente das Estações de Tratamento de Esgoto (EETE) de Petrolina-PE. Em experimento em ambiente protegido de casa de vegetação foram analisadas as variáveis morfológicas de altura da planta, diâmetro e comprimento dos colmos, quantidade de folhas e perfilhamentos. O reuso de água na agricultura consiste em um instrumento ambientalmente viável que possibilita o aumento da produtividade, racionalização da água e minimização de impactos ambientais. Os EETE são fontes de nutrientes e água que garantiram produtividade satisfatória do sorgo sacarino. O tratamento irrigado com solução similar a média dos EETE estudados proporcionou a produtividade máxima nas condições do experimento, de acordo com as características vegetativas estudadas e em comparação com os demais tratamentos. Foi observado que o desenvolvimento vegetativo da cultura não foi afetado com a irrigação com efluente sintético, proporcionando características satisfatórias. Assim, a irrigação de culturas com efluentes de estações de tratamento de esgoto doméstico tem se apresentado como uma solução promissora e sustentável, eliminando riscos de possíveis impactos ambientais nos recursos hídricos. PALAVRAS-CHAVE: Reuso de água, efluentes, agricultura irrigada. INTRODUÇÃO A água é um recurso natural essencial como componente e meio de vida de várias espécies vegetais e animais ou como valor econômico para produção de bens de consumo e nas atividades agrícolas em larga escala. Porém, a água doce disponível para uso constitui uma fração mínima do total de água existente na Terra, observando-se que este é um recurso 1 Trabalho extraído da Dissertação de Mestrado do primeiro autor; 2 Tecnólogo em Irrigação e Drenagem, Mestre em Tecnologia Ambiental Técnico Administrativo do IF Sertão- PE, Petrolina-PE, (87) 2101-4300, [email protected]; 3 Doutor em Agronomia, Embrapa Semiárido, [email protected]; 4 Doutora em Oceanografia, Instituto Senai de Tecnologias, [email protected].

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Revista Expansão Acadêmica. Ano 1, n. 1, jul./dez. 2015

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DESENVOLVIMENTO DE SORGO SACARINO (Sorghum bicolor L. Moench)

IRRIGADO COM EFLUENTE SINTÉTICO DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE

ESGOTO DOMÉSTICO DE PETROLINA-PE1

Kellison Lima Cavalcante2

Magnus Dall’Igna Deon3

Hélida Karla Philippini da Silva4

RESUMO: O reuso de água constitui uma alternativa potencial de racionalização na

agricultura, assim, este trabalho objetivou discutir a técnica como instrumento de gestão

ambiental e sustentabilidade na irrigação, a partir do desempenho produtivo do sorgo sacarino

irrigado com efluente sintético similar ao Efluente das Estações de Tratamento de Esgoto

(EETE) de Petrolina-PE. Em experimento em ambiente protegido de casa de vegetação foram

analisadas as variáveis morfológicas de altura da planta, diâmetro e comprimento dos colmos,

quantidade de folhas e perfilhamentos. O reuso de água na agricultura consiste em um

instrumento ambientalmente viável que possibilita o aumento da produtividade,

racionalização da água e minimização de impactos ambientais. Os EETE são fontes de

nutrientes e água que garantiram produtividade satisfatória do sorgo sacarino. O tratamento

irrigado com solução similar a média dos EETE estudados proporcionou a produtividade

máxima nas condições do experimento, de acordo com as características vegetativas

estudadas e em comparação com os demais tratamentos. Foi observado que o

desenvolvimento vegetativo da cultura não foi afetado com a irrigação com efluente sintético,

proporcionando características satisfatórias. Assim, a irrigação de culturas com efluentes de

estações de tratamento de esgoto doméstico tem se apresentado como uma solução promissora

e sustentável, eliminando riscos de possíveis impactos ambientais nos recursos hídricos.

PALAVRAS-CHAVE: Reuso de água, efluentes, agricultura irrigada.

INTRODUÇÃO

A água é um recurso natural essencial como componente e meio de vida de várias

espécies vegetais e animais ou como valor econômico para produção de bens de consumo e

nas atividades agrícolas em larga escala. Porém, a água doce disponível para uso constitui

uma fração mínima do total de água existente na Terra, observando-se que este é um recurso

1 Trabalho extraído da Dissertação de Mestrado do primeiro autor;

2 Tecnólogo em Irrigação e Drenagem, Mestre em Tecnologia Ambiental – Técnico Administrativo do IF Sertão-

PE, Petrolina-PE, (87) 2101-4300, [email protected]; 3 Doutor em Agronomia, Embrapa Semiárido, [email protected];

4 Doutora em Oceanografia, Instituto Senai de Tecnologias, [email protected].

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cada vez mais escasso, seja pelos processos de urbanização, com aumento da demanda, seja

pela redução da oferta de água de boa qualidade, condicionada pela poluição dos mananciais.

O crescente processo de urbanização, o aumento populacional e as mudanças de

hábitos que ocasionam principalmente as mudanças climáticas contradizem o princípio que a

disponibilidade hídrica é ilimitada e de fácil acessibilidade. Nesse contexto, a água é um

recurso natural finito e essencial à vida que, segundo Mainier, Correia Neto e Monteiro (2011,

p. 169) tornar-se-á, ao longo do século XXI, tão importante e disputado do ponto de vista

econômico, social, ambiental e político, quanto foi o carvão e o petróleo para a economia

mundial ao longo dos últimos 150 anos.

Sob o reflexo da evolução da humanidade, a água representa elemento significativo

de valores sociais e culturais, como fator determinante na produção e desenvolvimento das

atividades agrícolas. A agricultura é reconhecidamente a atividade humana que mais consome

água, em média 70% de todo o volume captado, destacando-se a irrigação como atividade de

maior demanda (CHRISTOFODIS, 2001, p. 8). De acordo com Bassoi e Guazelli (2004, p.

63), o consumo e a necessidade de água exigida para atender o desenvolvimento da

agricultura têm aumentado nos últimos anos, sobretudo com as práticas da irrigação, tornando

o setor agrícola como o maior consumidor da totalidade de água.

Conforme Mantovani, Bernardo e Palaretti (2009, p. 33), é preciso saber o

significado atual da água e a sua importância no futuro da agricultura irrigada, destacando a

produtividade e a rentabilidade, com eficiência no uso da água, da energia e dos insumos e

com respeito ao meio ambiente. O equilíbrio ocorre quando se implementam estratégias de

uso racional da água na agricultura irrigada, que permitam sustentabilidade (MANTOVANI;

BERNARDO; PALARETTI, 2009, p. 48).

Para Monte e Albuquerque (2010, p. 340) é importante uma gestão sustentável dos

recursos hídricos, na qual a reutilização de águas residuais tratadas representa um componente

estrategicamente importante. Assim, é preciso equacionar a distribuição de água necessária

que atenda a demanda humana e suas atividades de desenvolvimento.

Como alternativa a irrigação de culturas com efluentes de estações de tratamento de

esgoto doméstico tem se apresentado como uma solução promissora em várias partes do

mundo, entre estes, Israel utiliza 70% dessas águas na irrigação de 19.000 ha (FOLEGATTI;

DUARTE; GONÇALVES, 2005, p. 153). Além da preservação dos recursos hídricos, a

aplicação de águas residuárias provenientes de Estações de Tratamento de Efluentes (ETE) na

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Revista Expansão Acadêmica. Ano 1, n. 1, jul./dez. 2015

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agricultura apresenta-se como fonte de água e nutrientes às culturas. Estudos têm revelado

benefícios na produtividade das culturas irrigadas com efluente de ETE (FONSECA et al.,

2007, p. 195; LEAL, 2007, p. 65; AZEVEDO; OLIVEIRA, 2005, p. 254) e redução de até

50% na dose de fertilizante nitrogenado com reposição de 100% da evapotranspiração da

cultura (GOMES et. al., 2009, p. 20).

Como instrumento efetivo na gestão dos recursos hídricos, Nobre et al. (2010, p.

749) destacam que o uso de água residuária na produção agrícola visa promover a

sustentabilidade da agricultura irrigada, economizando águas superficiais não poluídas,

mantendo a qualidade ambiental e servindo como fonte nutritiva às plantas. Tornando

essenciais as reflexões sobre a qualidade desse recurso cada vez mais importante no âmbito da

gestão ambiental. Entretanto, não é uma prática isenta de riscos, principalmente devido à

presença de determinados constituintes no pós-tratamento do efluente e organismos

patogênicos, que podem ser prejudiciais ao desenvolvimento da cultura, à contaminação do

solo e consequentemente às águas superficiais através da lixiviação desses contaminantes.

Nobre et al. (2010, p. 748) destacam que o uso de efluentes de estações de tratamento

de esgoto na produção agrícola visa promover a sustentabilidade da agricultura irrigada,

economizando águas superficiais não poluídas, mantendo a qualidade ambiental e servindo

como fonte nutritiva às plantas. Nesse sentido, as reflexões sobre a qualidade desse recurso

tornam-se essenciais e cada vez mais importantes no âmbito da gestão ambiental. Entretanto,

não é uma prática isenta de riscos, principalmente devido à presença de determinados

constituintes no pós-tratamento do efluente e organismos patogênicos, que podem ser

prejudiciais ao desenvolvimento da cultura, à contaminação do solo e consequentemente às

águas superficiais através da lixiviação desses contaminantes.

Os nutrientes contidos nos efluentes de estações de tratamento de esgoto têm valor

potencial para produções agrícolas. Verifica-se que com a utilização de corpos d’água,

contendo esgoto sanitário, poderá não haver falta de nutrientes, possibilitando boa

produtividade agrícola, sem gastos com fertilizantes (TELLES, 2011, p. 520). Um dos

nutrientes encontrados em efluentes tratados é o nitrogênio, que de acordo com Fageria, Stone

e Santos (1999, p. 53), desempenha papel importante no crescimento da planta, aumenta o

número e o peso de grãos, aumenta o uso eficiente da água na planta e melhora a qualidade

dos grãos pelo aumento do teor de proteínas. Para a maioria das culturas, o nitrogênio é o

nutriente absorvido em maiores quantidades, daí sua exigência (RAIJ et al., 1996, p. 152).

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Conforme Santos et al. (2006, p. 20), o tratamento de esgoto e a posterior utilização

do efluente tratado na agricultura são medidas que se apresentam como forma de combate à

poluição e incentivo à produção agrícola. Incentivar a agricultura é fundamental para a

atualidade, principalmente, quando associado à fertirrigação com nutrientes advindos do

próprio esgoto. Com isso, o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias que visem promover

o aumento da produtividade agrícola, consiste em uma alternativa que favorece o

desenvolvimento local sustentável.

Dessa forma, este trabalho teve como objetivo discutir a técnica do reuso de água

como um instrumento de gestão ambiental na agricultura através do desempenho produtivo de

experimento com sorgo sacarino irrigado com efluente sintético similar ao Efluente das

Estações de Tratamento de Esgoto (EETE) de Petrolina-PE.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi desenvolvida em ambiente protegido de casa de vegetação na

Embrapa Semiárido, no município de Petrolina-PE (Latitude 09° 23' 55" Sul e Longitude 40°

30' 03" Oeste) com sorgo sacarino irrigado (Sorghum bicolor L. Moench) com efluente

sintético baseado na composição média dos Efluentes das Estações de Tratamento de Esgoto

(EETE). As plantas foram dispostas em vasos sobre bancadas, contendo solo coletado no

horizonte superficial de um Argissolo Amarelo, textura argilosa, proveniente do Campo

Experimental de Bebedouro.

O experimento foi arranjado em esquema fatorial (4 x 4) + 1, constituindo 16

tratamentos e 1 testemunha, com 3 repetições, totalizando 51 unidades experimentais.

Distribuídos em 4 níveis de salinidade (CE – dS.m-1

) e 4 concentrações de nitrogênio

produzidos pela alteração do efluente sintético e uma testemunha (T) com água de

abastecimento. Foram utilizadas as Condutividades Elétricas (CE) da solução iguais a 50,

100, 150 e 200% da encontrada nos efluentes e concentrações de nitrogênio iguais a 50, 100,

150 e 200% da encontrada nos efluentes.

O efluente sintético teve sua composição orgânica obtida a partir da concentração de

4,8 g de preparado industrializado de caldo de carne, 1 g de amido solúvel (C6H10O5), 0,56 g

de cloreto de amônio (NH4Cl), 0,1 mL de ácido fosfórico (H3PO4) e 0,3 mL de detergente

líquido e dissolvido em 100 mL de água destilada previamente aquecida a 100°C. Em

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Revista Expansão Acadêmica. Ano 1, n. 1, jul./dez. 2015

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seguida, foi utilizado 3,3 mL.L-1

de efluente para obter-se uma DQO média de 80 mg de O2.L-

1. A DQO foi analisada através da oxidação com K2Cr2O7 (refluxo fechado) e leitura em

espectrofotômetro de absorção molecular. A composição química foi obtida a partir de

soluções estoque de KH2PO4 (1,0 mol.L-1

), NaH2PO4 (1,0 mol.L-1

), NH4H2PO4 (1,0 mol.L-1

),

MgSO4 (1,0 mol.L-1

), CaSO4 (0,01 mol.L-1

), (NH4)2SO4 (1,0 mol.L-1

), NH4NO3 (1,0 mol.L-1

),

KCl (1,0 mol.L-1

), CaCl2 (1,0 mol.L-1

), NaCl (1,0 mol.L-1

) e MgCl2 (1,0 mol.L-1

) conforme os

tratamentos na Tabela 1.

Tabela 1 – Composição química do efluente sintético

TR

AT

AM

EN

TO

S SOLUÇÃO ESTOQUE (mL/L)

KH

2P

O4

NaH

2P

O4

NH

4H

2P

O4

Mg

SO

4

CaS

O4

(NH

4) 2

SO

4

NH

4N

O3

KC

l

CaC

l 2

NaC

l

Mg

Cl 2

S1N1 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 - - - - -

S1N2 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 1,98 - - - -

S1N3 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 3,96 - - - -

S1N4 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 5,93 - - - -

S2N1 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 - 1,16 1,47 4,06 1,80

S2N2 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 1,98 1,16 1,47 4,06 1,80

S2N3 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 3,96 1,16 1,47 4,06 1,80

S2N4 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 5,93 1,16 1,47 4,06 1,80

S3N1 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 - 2,32 2,94 8,11 3,59

S3N2 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 1,98 2,32 2,94 8,11 3,59

S3N3 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 3,96 2,32 2,94 8,11 3,59

S3N4 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 5,93 2,32 2,94 8,11 3,59

S4N1 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 - 3,48 4,41 12,17 5,39

S4N2 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 1,98 3,48 4,41 12,17 5,39

S4N3 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 3,96 3,48 4,41 12,17 5,39

S4N4 1,16 4,06 2,51 1,80 1,47 0,72 5,93 3,48 4,41 12,17 5,39

Fonte: elaborada pelo autor.

As variáveis morfológicas de altura, diâmetro e comprimento dos colmos, número de

folhas e de perfilhamentos foram analisadas no final do estádio da maturidade fisiológica (80

dias após a emergência), ou seja, quando estava iniciando o ponto de colheita de acordo com

as descrições de Fornasieri Filho e Fornasieri (2009, p. 110), atingindo o ponto máximo de

desenvolvimento vegetativo. A altura das plantas foi determinada do solo até o final da

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Revista Expansão Acadêmica. Ano 1, n. 1, jul./dez. 2015

71

panícula com o uso de uma trena graduada em milímetros, bem como para o comprimento dos

colmos, que foi do solo ao início da inflorescência da panícula. O diâmetro dos colmos foi

obtido com um paquímetro digital, 30 cm acima do solo, de acordo com recomendações de

Raij et al. (1996, p. 35). A contagem do número de folhas considerou apenas as folhas ativas,

bem como o número dos perfilhos.

Os testes estatísticos foram realizados através do software estatístico SPSS for

Windows Evaluation Edition – 14.0 (SPSS. INC., 2005), considerando a probabilidade de

erro (p) menor ou igual (≤) a 5 %.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Sorgo Sacarino vem despontando como uma alternativa técnica para as diversas

regiões do Brasil, principalmente devido a sua tolerância a períodos de estiagem durante seu

ciclo e a produção de biomassa economicamente compensadora, com destaque nos sistemas

de rotação de culturas com a cana-de-açúcar. Nesse sentido, devido ao seu aumento de cultivo

na região Semiárida brasileira, estratégias para aumentar sua produção juntamente com a

conservação dos recursos hídricos existentes são necessárias, como a técnica de reuso de

água. Assim, é de fundamental importância o conhecimento do desenvolvimento de suas

características morfológicas, que são fatores determinantes no seu rendimento produtivo.

As características morfológicas das cultivares de sorgo sacarino são fatores de estudo

para o desenvolvimento vegetativo quando se utiliza essa cultura na produção de etanol.

Dessa forma, a produtividade de etanol das cultivares de sorgo sacarino está associada ao

desenvolvimento das suas características. No entanto, as principais características

apresentadas na Tabela 2, foram mensuradas para avaliar o desenvolvimento das plantas com

aplicação de efluente das estações de tratamento de esgoto.

O sorgo sacarino é uma planta de grande porte e sistema radicular bastante

desenvolvido, e que a restrição de espaço para o desenvolvimento do sistema radicular, como

o plantio em vasos na pesquisa, pode limitar o crescimento da cultura. Porém, não afeta a

obtenção de resultados satisfatórios, como defendem Moreira et al. (2010, 2012), que

estudaram as características de diâmetro do colmo e altura da planta com plantio em vasos

com diferentes níveis de água no solo.

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Revista Expansão Acadêmica. Ano 1, n. 1, jul./dez. 2015

72

Tabela 2 – Características morfológicas do desenvolvimento das cultivares de sorgo sacarino

TRATA-

MENTOS

COLMO

ALTURA DA

PLANTA (cm)

QUANTIDADE

DE FOLHAS

(und)

PERFILHOS / PLANTA

DIÂMETRO

(mm)

COMPRI-

MENTO

(cm)

QUANTIDADE

(und)

ALTURA

(cm)

T 9,08 d 117,33 a 140,33 a 7 a 0 0

S1N1 10,64 d 122,33 a 145,33 a 8 a 3 49,67

S1N2 12,07 c 114,33 a 137,33 a 8 a 4 44,33

S1N3 12,04 c 114,00 a 137,00 a 8 a 3 64,67

S1N4 12,31 c 99,33 b 122,33 b 8 a 3 77,00

S2N1 12,29 c 112,00 a 135,00 a 8 a 2 67,00

S2N2 11,88 d 113,67 a 136,67 a 8 a 2 66,00

S2N3 13,99 c 115,33 a 138,33 a 8 a 3 72,33

S2N4 12,52 c 114,00 a 137,00 a 8 a 3 64,33

S3N1 11,16 d 118,33 a 141,33 a 8 a 2 45,33

S3N2 11,80 d 118,33 a 141,33 a 8 a 2 37,67

S3N3 12,39 c 113,67 a 136,67 a 8 a 2 29,67

S3N4 10,46 d 118,33 a 141,33 a 9 a 2 23,33

S4N1 15,11 b 113,67 a 136,67 a 8 a 0 0

S4N2 12,61 c 120,67 a 143,67 a 8 a 2 18,33

S4N3 15,33 b 116,33 a 139,33 a 8 a 2 21,67

S4N4 17,01 a 104,3 ab 127,33 a 8 a 2 25,33

DP

(±) 1,35 3,67 3,67 0,11 0,69 20,77

CV

(%) 10,0306 4,8383 4,0280 6,3834 18,5754 22,4921

TESTE F 18,75** 2,61** 2,73** 0,009** - -

Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey.

*; **: significativo a 5% e 1% de probabilidade respectivamente.

Fonte: dados da pesquisa.

O desenvolvimento dos colmos é uma das principais características, quando

processados resultam no bagaço que vai gerar a produção de etanol em destilaria. Dessa

forma, o desenvolvimento dos colmos acompanhou o aumento do nível de salinidade e dos

teores de nitrogênio dos efluentes, como observamos na superfície de resposta da Figura 1. As

plantas submetidas aos maiores níveis de salinidade apresentaram colmos mais desenvolvidos

e o mesmo pode ser observado com os maiores teores de nitrogênio. Os valores de diâmetro

foram parecidos com os encontrados por Moreira et al. (2010, p. 121), que foram de 8,3; 14,0;

16,1 e 19,1 mm para os níveis de 20, 40, 60 e 80% da capacidade de campo.

Figura 1 – Interação dos níveis de salinidade e teores de nitrogênio para as características dos

colmos: (a) diâmetro (mm) e (b) altura (cm)

T = Testemunha. DP = Desvio padrão; CV = Coeficiente de variação.

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73

15

14

14

13

13

13

13

12

12

12

12

12

12

11

11

Nitrogênio (mg L-1

)

60 80 100 120 140 160 180 200 220

Sa

linid

ad

e (

dS

m-1

)

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Diâmetro de colmo (mm)

110

110108

106

112

112

112

112

114

114

114

114

116

116

116

116

116

118

118

118

118

118

116

Nitrogênio (mg L-1

)

60 80 100 120 140 160 180 200 220

Sa

linid

ad

e (

dS

m-1

)

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Altura de colmos (cm)

Fonte: dados da pesquisa.

A altura das plantas apresentou variância de 2,73 no Teste F, com significância a

<0,001 em relação as diferenças dos tratamentos aplicados. A quantidade de folhas ativas não

sofreu variância nos diferentes tratamentos, apenas com acréscimo de uma folha em relação a

testemunha, irrigada apenas com água de abastecimento. Dessa forma, a altura das plantas e a

quantidade de folhas, não foram afetadas com a irrigação com efluente sintético, como

demonstrado na Figura 2. No entanto, Moreira et al. (2010, p. 125) em seu trabalho com

diferentes níveis de água no solo em vasos, observaram plantas mais baixas na maturidade

fisiológica, apresentando a mais alta com 109,3 cm de altura e encontrou quantidade média

superior de folhas por planta (12,83), podendo ter explicação nos nutrientes absorvidos.

No estudo da capacidade de perfilhamento das plantas, apenas as plantas irrigadas com

água de abastecimento e o tratamento com elevado nível de salinidade (200%) e baixo teor de

N (50%) não apresentaram perfilhos, sem alterações significativas nos demais tratamentos

aplicados por planta, observando-se apenas decrescimento no número e nas suas alturas nos

tratamentos com maiores níveis de salinidade, como demonstrado na Figura 3. Moreira et al.

(2012, p. 89) observaram valores médios 2,83 e 0,67 do número de perfilhos para as cultivares

BRS 501 e BRS 506, respectivamente, submetidas a diferentes níveis de água.

Estação do Manoel dos Arroz

Estação do João de Deus

Estação do Rio Corrente

Estação da Cohab VI

Estação da Embrapa

▲ □ ■ ●

▲ ● □ ■

♦ □ ▲ ● ■

a b

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Revista Expansão Acadêmica. Ano 1, n. 1, jul./dez. 2015

74

Figura 2 – Interação dos níveis de salinidade e teores de nitrogênio para as características das

plantas: (a) altura (cm) e (b) quantidade de folhas por planta (und)

134

134

134

132

132

130136

136

136

136

138

138

138

138140

140

140

140

140

140

Nitrogênio (mg L-1

)

60 80 100 120 140 160 180 200 220

Sa

linid

ad

e (

dS

m-1

)

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Altura de plantas (cm)

8,2

8,2

8,2

8,2

8,0

8,0

8,0

8,0

8,0

7,8

7,8

7,8

7,6

Nitrogênio (mg L-1

)

60 80 100 120 140 160 180 200 220

Sa

linid

ad

e (

dS

m-1

)

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Quantidade de folhas por planta

Fonte: dados da pesquisa.

Figura 3 – Interação dos níveis de salinidade e teores de nitrogênio para as características de

perfilhamento: (a) quantidade (und) e (b) altura (cm)

2,2

2,2

2,22,2

2,4

2,4 2,4

2,4

2,62,6 2,6

2,6

2,8 2,8 2,8

2,8

3,0 3,03,0

3,0

2,0

2,0

3,2

1,8

Nitrogênio (mg L-1

)

60 80 100 120 140 160 180 200 220

Salin

idade (

dS

m-1

)

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Quantidade de perfilhos por planta

2020

3030

30

30

40

40

40 40

50

50 50

50

60

60

60

70

Nitrogênio (mg L-1

)

60 80 100 120 140 160 180 200 220

Salin

idade (

dS

m-1

)

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

Altura de perfilhos (cm)

Estação do Manoel dos Arroz

Estação do João de Deus

Estação do Rio Corrente

Estação da Cohab VI

Estação da Embrapa

Estação do Manoel dos Arroz

Estação do João de Deus

Estação do Rio Corrente

Estação da Cohab VI

Estação da Embrapa

♦ □ ▲ ● ■

■ ●

▲ □ ■ ●

▲ □ ■ ●

▲ □ ♦

● ■ □ ▲

● ■ □ ▲

b a

b a

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75

Fonte: dados da pesquisa.

A partir da avaliação das regressões apresentadas na Tabela 3, pode-se descrever a

interação das variáveis de acordo com os parâmetros dos tratamentos aplicados. A estatística

para o diâmetro do colmo teve influência significativa para as componentes linear e

quadrática da salinidade e os demais parâmetros não foram significativos, podendo afirmar

que a salinidade foi fator determinante no desenvolvimento da espessura dos colmos.

Destacando que o aumento nos níveis de salinidade intensificou o desenvolvimento dessa

característica, que confirma a tolerância do sorgo aos solos salinos sob irrigação controlada.

Tabela 3 – Superfície de resposta para a interação dos níveis de salinidade e teores de

nitrogênio

COMPONENTE

DO MODELO

CARACTERÍSTICA AVALIADA

COLMO PLANTA FOLHAS PERFILHOS

DIÂMETRO ALTURA ALTURA QUANTIDADE QUANTIDADE ALTURA

Intercepto 12,91219** 111,400** 134,400** 8,56879** 4,20917** 39,2803**

Salinidade -6,24069* 10,0193ns

10,0193ns

-1,04296ns

-2,8532** 46,7099*

Nitrogênio 0,01603ns

0,04237ns

0,04237ns

-0,00261ns

0,0011ns

0,03312ns

Salinidade2 2,68974* -6,12744

ns -6,12744

ns 0,16485

ns 0,74576

ns -25,089**

Interação 0,01418ns

0,03625ns

0,03625ns

0,00332ns

0,0024ns

-0,1846**

Nitrogênio2 -0,00007

ns -0,00046

ns -0,00046

ns 0,000009

ns -0,00001

ns 0,0006

ns

R2 0,5137 0,3500 0,3500 0,1921 0,5240 0,7515

ns, *; **: não significativo e significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente.

Fonte: dados da pesquisa.

No entanto, para a altura dos colmos, altura das plantas e quantidade de folhas, a

estatística não obteve significância para os valores encontrados nos tratamentos aplicados.

Isso indica que os tratamentos aplicados não influenciaram significativamente nos resultados

obtidos. Com a superfície de resposta é possível estimar a equação da interação das

características vegetais em função dos tratamentos aplicados na pesquisa, para compreensão e

avaliação da aplicação de solução de irrigação similar ao efluente das estações de tratamento

de Petrolina-PE.

CONCLUSÕES

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Foi possível observar que os EETE são fontes de nutrientes e água que garantiram

uma produtividade satisfatória do sorgo sacarino. O desenvolvimento dos colmos

acompanhou o aumento do nível de salinidade e dos teores de nitrogênio dos efluentes; já a

altura das plantas e a quantidade de folhas, submetidas a níveis variados de salinidade e de

nitrogênio não sofreu influência com a irrigação com EETE, diferentemente da característica

de perfilhamento que foi inibida pelo aumento da salinidade e redução de nitrogênio.

O reuso de água na agricultura consiste em um instrumento ambientalmente viável

que possibilita o aumento da produtividade, racionalização da água e minimização de

impactos ambientais.

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