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Revista Filosófica de Coimbra Publicação semestral do Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Director: Mário Santiago de Carvalho Coordenaçã o Redactorial: Antonio Manuel Martins e Luísa Portocarrero F. Silva Conselho de Redacção: Alexandre F. O. Morujão, Alexandre F. de Sã, Alfredo Reis, Amândio A. Coxito, Anselmo Borges, António Manuel Martins, António Pedro Pita, Carlos Pitta das Neves, Diogo Falcão Ferrer, Edmundo Balsemão Pires, Fernanda Bernardo, Francisco Vieira Jordão t. Henrique Jales Ribeiro, João Ascenso André, Joaquim das Neves Vicente, José Encarnação Reis, José M. Cruz Pontes, Luísa Portocarrero F. Silva, Marina Ramos Themudo, Mário Santiago de Carvalho, Miguel Baptista Pereira As opiniões expressas são da exclusiva responsabilidade dos Autores Toda a colaboração é solicitada Distribuição e assinaturas: Fundação Eng. António de Almeida Rua Tenente Valadim, 331 P-4100 Porto Tel. 226067418; Fax 226004314 Redacção: Revista Filosófica de Coimbra Instituto de Estudos Filosóficos Faculdade de Letras P-3000-447 Coimbra TeL 239859900; Fax 239836733 E-Mail : [email protected] Preço ( IVA incluído): Assinatura anual 2000: 4.000$00 (Portugal) 5.500$00 (Estrangeiro) Número avulso: 2.200$00 (Portugal) 3.000$00 (Estrangeiro) REVISTA PATROCINADA PELA FUNDAÇÃO ENG. ANTÓNIO DE ALMEIDA

Revista Filosófica de Coimbra

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Page 1: Revista Filosófica de Coimbra

Revista Filosófica de Coimbra

Publicação semestral do Instituto de Estudos Filosóficos da Faculdade de Letras

da Universidade de Coimbra

Director: Mário Santiago de Carvalho

Coordenaçã o Redactorial: Antonio Manuel Martins e Luísa Portocarrero F. Silva

Conselho de Redacção: Alexandre F. O. Morujão, Alexandre F. de Sã, AlfredoReis, Amândio A. Coxito, Anselmo Borges, António Manuel Martins, AntónioPedro Pita, Carlos Pitta das Neves, Diogo Falcão Ferrer, Edmundo BalsemãoPires, Fernanda Bernardo, Francisco Vieira Jordão t. Henrique Jales Ribeiro,João Ascenso André, Joaquim das Neves Vicente, José Encarnação Reis,José M. Cruz Pontes, Luísa Portocarrero F. Silva, Marina Ramos Themudo,Mário Santiago de Carvalho, Miguel Baptista Pereira

As opiniões expressas são da exclusiva responsabilidade dos Autores

Toda a colaboração é solicitada

Distribuição e assinaturas:

Fundação Eng. António de AlmeidaRua Tenente Valadim, 331P-4100 PortoTel. 226067418; Fax 226004314

Redacção:

Revista Filosófica de CoimbraInstituto de Estudos FilosóficosFaculdade de LetrasP-3000-447 CoimbraTeL 239859900; Fax 239836733

E-Mail : [email protected]

Preço (IVA incluído):

Assinatura anual 2000: 4.000$00 (Portugal) • 5.500$00 (Estrangeiro)Número avulso: 2.200$00 (Portugal) • 3.000$00 (Estrangeiro)

REVISTA PATROCINADA PELA FUNDAÇÃO ENG. ANTÓNIO DE ALMEIDA

Page 2: Revista Filosófica de Coimbra

Revista Filosófica de Coimbra

Publicação semestral

Vol. 9 • N.° 18 • Outubro de 2000

ISSN 0872-0851

Artigos

Miguel Baptista Pereira - O século da hermenêutica filosófica:1900-2000 ..................................................................................... 189

Amândio A. Coxito - O direito da guerra em Luís de Molina.1 - Jus Ad Bellum ...................................................................... 261

Mário Santiago de Carvalho - Presenças do platonismo em -Agostinho de Hipona (354-430 ) ................................................. 289

Christoph Asmuth - A génese da génese . A noção de 'desenvolvi-mento' na fenomenologia do espírito de Hegel e o seu desen-volvimento ..................................................................................... 309

Luciano Espinosa Rubio - Pensar la naturaleza hoy .................... 325

Nota

Maria Luísa Portocarrero Silva -Autonomia humana e clonagem 345

Edmundo Balsemão - Ensaio sobre a individualidade prática .... 351

Crónica ................................................................................................ 435

Ficheiro de Revistas ........................................................................... 453

Recensão ............................................................................................. 461

Livros Recebidos na Redacção .......................................................... 467

Índice Onomástico .............................................................................. 469

Índice do Volume ................................................................................ 479

Page 3: Revista Filosófica de Coimbra
Page 4: Revista Filosófica de Coimbra

CRÓNICA

No momento actual integram o Instituto de Estudos Filosóficos três profes-sores catedráticos jubilados, um professor associado aposentado, um professorcatedrático, dois professores associados com agregação, quatro professores asso-ciados, dois professores auxiliares, quatro assistentes convidados, dois assistentese um assistente estagiário. No ano lectivo de 1999-2000 prestaram serviço efectivoquinze docentes. Ingressaram no 1° ano da Licenciatura em Filosofia 42 alunos.Concluíram o curso 28 alunos.

A presente Crónica refere-se às actividades administrativas, docentes e cientí-ficas desenvolvidas pelo Instituto de Estudos Filosóficos e pelos seus membrosno período compreendido entre Setembro de 1999 e Agosto de 2000.

Participação dos membros do Instituto em órgãos de gestão e em outras

actividades administrativas ao serviço da Faculdade e da Universidade

- Assembleia da Universidade

Doutor ANTÓNIO MANUEL MARTINS

Mestre FERNANDA BERNARDO ALVES

- Assembleia de RepresentantesVice-Presidente, Doutor MÁRIO SANTIAGO DE CARVALHO

- Conselho Directivo

Vice-Presidente, Doutor ANTÓNIO MANUEL MARTINS

- Conselho Científico

Vice-Presidente, Doutor ANTÓNIO PEDRO PITA

Presidente da Comissão Científica, Doutores ANTÓNIO MANUEL MARTINS

Comissão Coordenadora, Doutor ANTÓNIO MANUEL MARTINS, JOÃO MARIA

ANDRÉ E JOSÉ ENCARNAÇÃO REIS

- Conselho PedagógicoMestre CARLOS PITTA DAS NEVES

- Director do Instituto

Doutor MÁRIO SANTIAGO DE CARVALHO

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000) pp. 435-452

Page 5: Revista Filosófica de Coimbra

436 Revista Filosófica de Coimbra

- Secretário do InstitutoMestre DIOGO FALCÃO FERRER

- Coordenador da Área Científico-Pedagógica

Doutor AMÂNDIO AUGUSTO COXITO

- Coordenadora do MestradoDoutora MARIA LUÍSA PORTOCARRERO F. DA SILVA

- Coordenador dos Programas Erasmus/Sócrates na área da Filosofia

Doutor ANTÓNIO MANUEL MARTINS

- Coordenador da Unidade I&D LIF

Doutor JOÃO MARIA ANDRÉ

- Secretária da Unidade I&D LIFDoutora MARIA LUÍSA PORTOCARRERO F. DA SILVA

- Director de Publicações da Faculdade

Doutor MÁRIO SANTIAGO DE CARVALHO

- Director-adjunto do Teatro Académico de Gil Vicente

Doutor JOÃO MARIA ANDRÉ

Actividade lectiva

O Instituto assegura a programação e leccionação das cadeiras dos cursos deLicenciatura e de Mestrado em Filosofia, e colabora noutras Licenciaturas eCursos, mormente com a Universidade do Porto, conforme se indica a seguir.

a) Licenciaturas:Amândio COXITO (Prof. Catedrático): "Filosofia em Portugal" e "Semi-nário em Filosofia" (Ramo de Formação Educacional);Maria Luísa Portocarrero F. da SILVA (ProlAssociada com Agrega-ção): "Hermenêutica Filosófica" e "Linguagem e Hermenêutica" (Mes-trado);António Manuel MARTINS (Prof. Associado com Agregação): "FilosofiaAntiga", "Ética da Comunicação" (Curso de Jornalismo), e "Problemas deFilosofia da Comunicação" (Mestrado);João Maria ANDRÉ (Prof. Associado): "Epistemologia Geral" e "FilosofiaModerna";José Encarnação REIS (Prof. Associado): "Filosofia do Conhecimento" e"Seminário em Filosofia" (Ramo de Formação Educacional);Mário Santiago de CARVALHO (Prof. Associado): "Filosofia Medieval"e "Problemas Históricos de Filosofia da Linguagem" (Mestrado);António Pedro PITA (Prof. Associado): "Estética" e "Problemas Actuaisde Filosofia da Arte" (Mestrado);Henrique Jales RIBEIRO (Prof. Auxiliar): "Lógica";

pp. 435-452 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

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Crónica 437

Edmundo Balsemão PIRES (Prof. Auxiliar): "Filosofia Social e Política"e "Problemática Filosófica da História da Filosofia";Maria Fernanda Bernardo ALVES (Assistente convidada): "Axiologia eÉtica" e "Filosofia Contemporânea";Anselmo da Silva BORGES (Assistente): "Antropologia Filosófica";Diogo Falcão FERRER (Assistente): "Ontologia";Carlos Pitta das NEVES (Assistente): "Filosofia Antiga" e "Metodologiasdo Trabalho Filosófico";Alfredo Simões dos REIS (Assistente convidado, requisitado): Orientaçãode Estágio RFE e "Didáctica da Filosofia";Joaquim das Neves VICENTE (Assistente convidado, requisitado): Orien-tação de Estágio RFE, "Didáctica da Filosofia" e "Filosofia da Educação".

b) Mestrados:M' L. P. F. DA SILVA, Coordenadora e docente do Curso de Mestrado"Hermenêutica, Linguagem e Comunicação" da Faculdade de Letras daUniversidade de Coimbra.A. M. MARTINS, Problemas de Filosofia da Comunicação (Seminário deMestrado). IDEM, Linguagem e Hermenêutica (Seminário de Mestrado).J. M. ANDRÉ, Hermenêutica dos Nomes Divinos (Seminário de Mestradona FLUP).M. S. DE CARVALHO, Problemas Históricos de Filosofia da Linguagem(Seminário de Mestrado). IDEM Temas do Pensamento Português Medieval(Seminário de Mestrado na FLUP).A. P. PITA, Problemas Actuais de Filosofia da Arte (Seminário do Mestradoem Linguagem, Hermenêutica e Comunicação).E. B. PIRES, Conferência sobre "A formação e o significado da crítica

hegeliana da moral kantiana" (1999), no Curso de Mestrado em Jornalismo

da FLUC.

c) Outros cursos universitários:

A. BORGES, Conferência sobre "O crime económico na perspectiva

filosófica e teológica" no curso de pós-graduação em Direito Criminal,

Faculdade de Direito, Coimbra. IDEM, Conferência sobre "O Homem e a

Morte" no curso de pós-graduação em Gerontologia Social, Instituto

Superior de Serviço Social, Lisboa.

D. FERRER, Colaboração no curso de tradução alemã da FLUC sobre

excertos da obra de K.-O. APEL, Auseinandersetzungen.

Revista Filosófica de Coimbra - ti." 18 (2000) pp. 435-452

Page 7: Revista Filosófica de Coimbra

438 Revista Filosófica de Coimbra

Nomeações e Provas Académicas

a) A Doutora MARIA LUÍSA P. F. DA SILVA e o Doutor ANTÓNIO MANUEL

MARTINS foram nomeados Professores Associados com o título de Agregação.

O Doutor EDMUNDO BALSEMÃO PIRES que prestou provas Doutoramento em

Filosofia (Dezembro 1999), com a dissertação Povo, Eticidade e Razão. Contri-butos para o Estudo da Filosofia Política de Hegel nos Fundamentos da Filosofiado Direito, na Perspectiva da História da sua Génese e Recepção e à Luz daReavaliação Crítica do Direito Natural Moderno, foi nomeado Professor Auxiliar.

b) Participação em júris:A. COXITO:

Vogal de júri para professor catedrático (Janeiro de 2000, na Universidade

do Porto). Vogal de júri de concurso para professor associado (Janeiro de 2000,

na Universidade do Porto). Vogal de júri de provas de doutoramento (Janeiro de

2000, com arguição, na Universidade de Lisboa). Vogal de júri de provas de

agregação (Abril de 2000, com arguição, na Universidade de Coimbra).

M. L. P. F. DA SILVA:Vogal do doutoramento em Filosofia do Mestre Edmundo Balsemão Pires

(Universidade de Coimbra); Arguente do doutoramento em Letras de AlcinoTeixeira (Universidade Nova de Lisboa) sob o tema "Finitude e ontologia emMerleau -Ponty " (24 de Setembro de 2000 ); Arguente do doutoramento emFilosofia de José Manuel Morgado Heleno (Universidade de Lisboa) sob o tema"Hermenêutica e Ontologia em P. Ricoeur" (Janeiro de 2000); Vogal do doutora-mento em Letras de Joaquim Cardozo Duarte (Universidade Católica Portuguesa)sob o tema "A poética do desejo . Uma introdução à filosofia de Jean Nabert"(Junho de 2000 ); Vogal em Provas de Agregação do Doutor António ManuelMartins (Universidade de Coimbra , Abril de 2000); Vogal em provas de Mestradode Luis A F. C. Umbelino e Maria I. P. T. do Amaral (Universidade de Coimbra).

A. M. MARTINS, Vogal do doutoramento em Filosofia do Mestre EdmundoBalsemão Pires (Universidade de Coimbra).

M. S. DE CARVALHO, Arguente em provas de doutoramento na Universidadede Salamanca (Espanha) sobre a filosofia de João Escoto Eriúgena.

b) Provas de Mestrado:A Lic. Simona Donato , foi aprovada em provas de Mestrado com a disser-tação O sentido e a sua contingência . Emilio Garroni leitor de BenedettoCroce, orientada pelo Doutor A. M. MARTINS.O Lic. João Tiago Proença , foi aprovado em provas de Mestrado com

a dissertação O belo natural em Adorno, orientada pelo Doutor A. M.

MARTINS.

pp. 435-452 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 8: Revista Filosófica de Coimbra

Crónica 439

Homenagem ao Doutor Francisco Vieira Jordão

No preciso dia em que se perfaziam seis anos sobre a sua morte prematura,29 de Março de 2000, na Sala dos Conselhos da Faculdade de Letras, teve lugara cerimónia de homenagem à memória do malogrado Professor do Instituto de

Estudos Filosóficos, Doutor Francisco Vieira Jordão (1939-1994). Coordenador

redactorial da Revista Filosófica de Coimbra, cuja criação a ele muito deve,

recordámos o seu ensino de Ontologia e Filosofia da Religião, a sua investigação

profunda sobre Bento de Espinosa, os inúmeros trabalhos meditando temas varia-

dos "do pensamento grego à análise da experiência mística" (vd. Revista Filosó-

fica de Coimbra (vol. 3, n° 5, p. 3), a sua fidelidade à saga do Ser que a presença

nadificadora da morte interrompeu. Tratou-se também, na ocasião, de lançar os

dois volumes de Da Natureza ao Sagrado. Homenagem a Francisco Vieira Jordão

(Porto: Fundação Eng. António de Almeida 1999, 939 páginas), os quais visavam,

como escreveu na "Nota de Abertura" o Doutor Miguel Baptista Pereira (p. 11),

abrir "um espaço de viva rememoração, onde prossiga a sua memória, pois dema-

siado débil é o pensamento, que não dá lugar aos seus mortos". Por seu lado, o

Director do Instituto procurou recordar (no sentido etimológico da palavra) o

percurso académico e científico do Doutor F.V. Jordão, a sua dedicação exemplar

à res universitaria , o diálogo permanente que praticou das "intuições do passado"

com as "intuições do presente, no sentido de uma tomada de posição crítica a

respeito das grandes questões subjacentes a todo o questionar humano", o seu

modo humano de meditar a tradição filosófica.

Orientação de dissertações em curso

a) Doutoramento:A. M. MARTINS, Mestre António Pedro Mesquita, Indivíduo. Uma pers-

pectiva aristótelica (Faculdade de Letras da Universidade Clássica de

Lisboa); IDEM, António Campelo Amaral, Poética, ética e política

na filosofia aristotélica da acção (Universidade Católica Portuguesa -

Lisboa).

J. M. ANDRÉ (co-orientador), Mestre Isabel Maria Carrilho Calado Antunes

Lopes, Reabilitando o graphein: fronteiras da imagem com o verbal em

Teoria e História da Imagem (título provisório).

A. P. PITA, Mestre Hélder Gomes, Relativismo axiológico na arte contem-

porânea (título provisório). Co-orientador: Doutor Vítor Serrão, FLUL.

IDEM, Mestre Isabel Maria Jorge Gomes, Desassossego e identidade nar-

rativa (Cultura Portuguesa, FLUC). Co-orientador: Doutor Carlos Reis,

FLUC. IDEM, Mestre Bénédicte Houart, Lyotard e o conceito de resistência

(título provisório). (Filosofia, FLUP). Co-orientação com o Doutor Diogo

Alcoforado, FLUP.

Revista Filosófica de Coimbra - nP 18 (2000) pp. 435-452

Page 9: Revista Filosófica de Coimbra

440 Revista Filosófica de Coimbra

b) Mestrado:M. L. PORTOCARRERO, Lic. Maria do Céu de Jesus e Cunha, "Sentido e

Existência em Vergílio Ferreira". IDEM, Lic. Fernando Acílio Saldanha,

"Mal, Símbolo e Hermenêutica em Ricoeur".

A. M. MARTINS, Lic. Maria de Fátima Carvalho, "A crítica da racionali-dade em Maria Zambrano". IDEM, Lic. Maria de Fátima Fonseca Martins,"A ideia de bem comum em Rawls". IDEM, Lic. Célia Gameiro Pedro,"A crítica de Habermas à Hermenêutica de Gadamer". IDEM, Lic. CarlaIsabel A Martins, "O político em H. Arendt".

M. S. CARVALHO, Lic. António José Abreu da Silva, "O Tratado da JustiçaComutativa" (FLUP). IDEM, Lic. Palmira Fernandes de Figueiredo,

"O Comentário do Perihermeneias do Curso Conimbricense" (FLUP).A. P. PITA, Lic. Maria da Conceição Barros, "João José Cochofel o realfuturante da arte" (Universidade do Minho).

Área Científico- Pedagógica de Filosofia

Núcleos de estágio coordenados pelos Mestres A. REIS e J. VICENTE: EscolasSecundárias Avelar Brotero, D. Duarte, Esgueira, Pombal, Quinta das Flores,Cantanhede, Jaime Magalhães Lima, Oliveira do Bairro, Figueiró dos Vinhos eAcácio Callazans Duarte.

Unidades e Centros de Investigação

a) O Instituto acolhe a Unidade I&D "Linguagem, Interpretação e Filosofia",e a generalidade dos seus membros estão integrados nos projectos de investigaçãopatrocinados e coordenados pela Unidade I&D LIF. Nesse âmbito, foram desen-volvidas diversas actividades em estreita colaboração entre as duas instituições,e muito da investigação realizada no âmbito da Unidade tem uma repercussãodirecta na leccionação e produção científica realizadas no âmbito do Instituto.Sobre estas actividades, poderá consultar-se: www.fl.uc.ptllif

b) Participação noutras unidades ou centros de investigação.A. M. MARTINS, Investigador no projecto "Estudo da Identidade Colectiva

Nacional" (SNCI; research task (1-7):6 ) coordenado pelo Doutor Dídac Ramirezda Universidade de Barcelona.

M. S. CARVALHO, Colaborador do Centro de História da Sociedade e daCultura (FLUC). IDEM, Consultor do Programa "Corpo e Natureza" (FLUP).

A. P. PITA, Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do SéculoXX - CEIS 20 (Univ. de Coimbra).

pp. 435-452 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 10: Revista Filosófica de Coimbra

Crónica 441

Encontros e conferências

Realizaram-se no período, em colaboração com a unidade I&D LIF:Conferência intitulada "Soberanía y Nación en H. Heller", por M.H. MARCOS

da Universidade de Salamanca (Novembro 1999);Conferência intitulada "Carnap e o revisionismo histórico", por J. C. P. de

OLIVEIRA, da Universidade de Campinas (Dezembro 1999);Conferência intitulada "Le souffrir dans Ia philosophie de l'action" por

G. VINCENT da Universidade de Estrasburgo (Março, 2000);Conferência intitulada "La médiation du corps dans le Pentecôtisme", por

J.-P. BASTIAN, da Universidade de Estrasburgo (Março, 2000);Colóquio "Caminhos do Platonismo", organizado em colaboração com o

Instituto de Estudos Clássicos (Março, 2000);Conferência intitulada "Do Mundo da Vida ao Mundo do Texto. Fenomeno-

logia e Hermenêutica em Paul Ricoeur", por M. AGIS VILLAVERDE da Univer-sidade de Santiago de Compostela (Maio, 2000).

Participação de membros do Instituto em reuniões científicas

Ma L. P. F. DA SILVA, "Corpo-próprio, sofrimento, memória", comunicação aoColóquio Internacional "A Dor e o Sofrimento hoje" (Porto 27-29 de Março de 2000);IDEM, "A repercussão histórica de Heidegger em Gadamer", comunicação ao

Seminário "Ontologia e hermenêutica em Heidegger" (Participação no Projecto

Heidegger em Português, coordenado pela Doutora Irene Borges Duarte da Uni-versidade de Lisboa, Maio de 2000).

A. M. MARTINS, "A recepção da Metafísica de Aristóteles na segunda metadedo séc. XVI", comunicação ao 1° Colóquio Luso-Brasileiro de Pesquisa Filosófica(Univ. Federal do Rio de Janeiro, 23-27 de Agosto de 1999).

J. M. ANDRÉ, "Hombre y Naturaleza en Nicolás de Cusa: el microcosmos en

una perspectiva dinâmica y creadora" comunicação ao Congresso Internacional

de Filosofia Medieval sobre "Hombre e naturaleza en el pensamiento medieval

(organizado em Buenos Aires pelo Grupo Argentino de Filosofia Medieval e pelo

Instituto Teológico Franciscano "Fray Luís Bolanos", Buenos Aires, Outubro de

1999); IDEM, "Filosofia e Biologia" comunicação ao IV Encontro de Biologia da

Região Centro, sobre "Filosofia da ciência e desenvolvimento sustentável" (orga-

nizado na Covilhã pela Associação de Professores de Biologia, Março de 2000).

IDEM, "Multiculturalismo e Comunicação" comunicação ao 12° Encontro da

Associação dos Professores de Expressão e Comunicação Visual, sobre "Multi-

culturas" (Funchal, Abril de 2000). IDEM, "Pluralidad de creencias y diferencia

de culturas: de Ia concordia renacentista a Ia educación intercultural" comunicação

ao Congresso "Pluralidad de Creencias, Unidad de Religión" (Departamento de

Filosofia y Lógica, Universidade de Salamanca, Maio de 2000).

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000) pp. 435-452

Page 11: Revista Filosófica de Coimbra

442 Revista Filosófica de Coimbra

J. REIS, "O tempo de Platão a Plotino", comunicação apresentada no Colóquio

"Caminhos do Platonismo" (FLUC, Março de 2000).M. S. CARVALHO, "Hombre y Naturaleza en el Pensamiento Medieval" (Buenos

Aires, Outubro de 2000); IDEM, "Corpo e natureza. Sentidos e Representações"(Universidade do Porto, Fevereiro de 2000); IDEM, "Presenças do Platonismo em

Agostinho de Hipona", comunicação apresentada no Colóquio "Caminhos doPlatonismo" (FLUC, Março de 2000).

A. P. PITA, "Formas da estética. Velocidade, expressão, deformação", comu-nicação à Jornada "Reflexões em volta da estética contemporânea" (Universidade

do Minho, Novembro de 1999).H. J. RIBEIRO, "From Russell's Logical Atomism to Carnap's Aufbau: Reinter-

preting the Classic and Modern Concepts on the Subject", conferência no Institut

Vienna Circle, Austria (Novembro de 1999). IDEM, "Rejeição versus aceitação deKant na filosofia analítica contemporânea", Conferência na Universidade deToulouse-Le Mirail (Fevereiro, 2000).

E. B. PIRES, Hegel's concept of Entzweiung and Luhmann's account of Ausdif-ferenzierung, comunicação ao 23° Congresso da Internationale Hegel-Gesellschaft(Zagreb, Agosto de 2000).

F. BERNARDO, "L'à-venir de Ia paix - dans Ia trace d'E. Lévinas", comuni-cação ao XXVII! Congresso Internacional das Associações de Filosofia de LínguaFrancesa (29 Agosto-2 Setembro, Bolonha).

A. BORGES, "Antropologia do processo de morrer" comunicação ao ColóquioInternacional "A Dignidade da Pessoa Humana no Ocaso da Vida" (Universidadedo Porto, Novembro de 1999). IDEM, "Valores e Comunidade" comunicação aoColóquio "Educação e Comunidade" (Universidade Fernando Pessoa, Porto, Dezem-bro de 1999).

Actividades extra-universitárias ligadas à filosofia

J. M. ANDRÉ, Presidente da Mesa da Assembleia geral da Associação deProfessores de Filosofia. IDEM, Apresentação do livro de ANTÓNIO PEDRO PITA,A experiência estética como experiência do mundo. A Estética segundo MikelDufrenne (Casa Municipal da Cultura de Coimbra, Março de 2000). IDEM, Acçãopara Professores da Escola Secundária da Quinta das Flores, sobre Interdisciplina-ridade e educação intercultural (Janeiro de 2000). IDEM, Conferência sobre "Cons-truir a paz no diálogo intercultural" (Colégio de Anadia, Fevereiro 2000, EscolaSecundária Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz e Escola Secundária JoséEstevão, Aveiro, Abril de 2000). IDEM, Mesa-redonda na Casa Municipal daCultura, sobre Teatro Popular, promovida pelo GEFAC (Fevereiro de 2000).IDEM, Conferência sobre "Saber científico e reflexão filosófica" (Escola Secun-dária Frei Heitor Pinto, Covilhã, Março de 2000). IDEM, Conferências sobre

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Page 12: Revista Filosófica de Coimbra

Crónica 443

"Tolerância e Educação para a Paz" (Escola Secundária Joaquim de Carvalho eEscola Secundária de Leça da Palmeira , Abril de 2000 ). IDEM, Conferência sobre"Tolerância e a Construção das Paz no Diálogo entre as Culturas " (EscolaSecundária Dom Dinis, Coimbra, Maio de 2000 ). IDEM, moderador , no debatesobre "Os senhores da Guerra e as fábricas da guerra" (Cooperativa Bonifrates,Casa Municipal de Cultura de Coimbra , Maio de 2000).

A. M. MARTINS, "O epicurismo de Lucrécio " comunicação ao Encontro daAssociação de Professores de Filosofia (Condeixa, Outubro de 1999).

A. P. PITA, Apresentação do livro de JOÃO MARIA ANDRÉ , Pensamento eafectividade (Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra, Novembro de 1999).IDEM, Comissário científico do colóquio "Forma e emoção - As artes e asciências no horizonte da racionalidade ", (26 e 27 de Novembro de 1999, orga-nizado pela Casa-Museu Abel Salazar, na Faculdade de Ciências da Universidade

do Porto ). IDEM , Conferência sobre "A poesia na filosofia de Antero " (Escola

Secundária de Porto de Mós, Dezembro de 1999 ). IDEM, Conferência "SobreAntero" ( Academia de Cultura e Cooperação , Leiria, Abril de 2000). IDEM,Conferência sobre "Bento de Jesus Caraça : crise e enciclopedismo " ( Setúbal ,

Maio de 2000 ). IDEM, Conferência "Sobre a Saudade " ( Escola Secundária de

Condeixa , Maio de 2000 ). IDEM, Conferência sobre "A filosofia hoje" (Instituto

Piaget , Macedo de Cavaleiros , Maio de 2000). IDEM, Conferência sobre "Abel

Salazar, artista e filósofo da arte" (CCR - Centro Comune di Ricerca , Milão,

Junho de 2000 ). IDEM, Participação na Mesa redonda sobre "A imprensa

clandestina " ( Biblioteca Nacional, Lisboa, Outubro de 1999). IDEM , Coordenação

do ciclo de "Conversas ao fim da tarde" ( organizadas pela companhia de teatro

A Escola da Noite, em torno da peça de Milan Kundera Jacques e o seu amo,

Dezembro de 1999 ). IDEM, Apresentação do livro de Alberto Vilaça Bento de

Jesus Caraça , militante integral do ser humano (Casa da Cultura de Coimbra,

Maio de 2000 ). IDEM, Comissário científico do colóquio "O ano em que o Sol

nasceu - A imprensa cultural portuguesa , 1937-1940" ( organizado pela Casa

Museu Abel Salazar, Matosinhos , Junho de 2000 ). IDEM, Acção de formação sobre

os fundamentos filosóficos do neo-realismo (Vila Franca de Xira , 21, 26 e 28 de

Janeiro de 2000).

A. BORGES, Lançamento do livro de João Maria André , Pensamento e afectivi-

dade (Fundação Eng. António de Almeida) Março de 2000 ; IDEM, Palestra sobre "Os

últimos instantes da vida" (Março de 2000) na Associação Portuguesa dos Técnicos

de Cardiopneumologia (Porto); IDEM, Lançamento do livro de Mário de Oliveira, Nem

Adão e Eva nem Pecado Original (Porto, Feira do Livro ) Junho de 2000.

A. REIS, "A escola e os Caminhos do Futuro " comunicação ao Colóquio dos26 anos da Revista "O Professor". IDEM, "Diagnostic linguistique : sa necessité

et son utilité dans 1'initiation à 1'étude de Ia philosophie ", comunicação ao "Colloquede I'ACIREPH " e participação na mesa redonda, deste mesmo colóquio, sobre"L'Enseignement de Ia Philosophie à 1'étranger" (Lycée Balzac, Paris).

Revista Filosófica de Coimbra - ,i.° 18 (2000) pp. 435-452

Page 13: Revista Filosófica de Coimbra

444 Revista Filosófica de Coimbra

J. N. VICENTE, "Relação Pedagógica e Valores" comunicação às PrimeirasJornadas de Formação Educacional (Escola Básica 2 , 3 / Secundária de Oliveira

de Frades , Março de 2000). IDEM , Membro da equipa do Departamento do EnsinoSecundário para reformulação dos Programas de Filosofia do Ensino Secundário.

Revista Filosófica de Coimbra

No período em causa foram publicados os n° 15 e 16 (1999), com os seguintesartigos:

M. B. PEREIRA, "Metafísica e modernidade nos caminhos do milénio";

IDEM, "Filosofia e memória nos caminhos do milénio";A. COxITO, "Luis de Molina e a Escravatura";J. REIS, "O tempo em Kant";M. S. CARVALHO, "Cultural interactions in Medieval Iberian Peninsula: Review

Article";H. J. RIBEIRO, "Proposições de Russel, proposições russelianas e outros pro-

prosições: elementos para uma discussão de Gillermo Hurtado";

E. B. PIRES, "O povo não sabe o que quer". Alguns aspectos da críticahegeliana a J. J. Rousseau, a respeito da ideia de legitimidade e da origem doEstado entre 1817/1818 e 1820";

F. BERNARDO, "Da responsabilidade ética à ético-política-jurídica: A incon-dição da responsabilidade ética enquanto incondição da subjectividade do sujeitosegundo Emmanuel Lévinas";

Outras Publicações

a) Obras independentes:J. M. ANDRÉ, Pensamento e afectividade. Sobre a paixão da razão e asrazões das paixões (Quarteto, Coimbra, 1999).A. P. PITA, A experiência estética como experiência do mundo (Campo dasLetras, Porto, 1999).

b) Traduções:F. BERNARDO, Tradução e notas de J. DERRIDA, O monolinguismo do outro

(Campo das Letras, Porto, 2000).

c) Volumes colectivos editados por membros do Instituto:A. M. MARTINS, J. ANDRÉ & M. S. CARVALHO (Eds.), Da Natureza ao

Sagrado. Homenagem a Francisco Vieira Jordão (2 vols., Fundação Eng.

António de Almeida, Porto, 1999).

A M. MARTINS, A. CARDOSO & L. R. SANTOS (Eds.), Francisco Suárez

(1548-1617). Tradição e Modernidade.( Colibri, Lisboa, 1999).

pp. 435-452 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 14: Revista Filosófica de Coimbra

Crónica 445

d) Publicações dos membros do IEF em outros lugares:A. COXITO, "A projecção de Aristóteles no pensamento português" inRaizes greco - latinas da cultura portuguesa . Actas do I Congresso daAPEC (Coimbra, 1999) 271-278.

IDEM , "A restauração escolástica . Capítulo I - Pedro da Fonseca" in Históriado Pensamento Filosófico Português , Vol. II (Lisboa, 2000).

IDEM, "A restauração escolástica . Capítulo II - O Curso Conimbricenses"in História do Pensamento Filosófico Português , Vol. II (Lisboa, 2000).

M. L. P. F. DA SILVA, "O significado hermenêutico da experiência da obra

de arte em H.-G. Gadamer" in O Homem e o Tempo . Liber amicorum para Miguel

Baptista Pereira ( Porto, 1999, 497-515)

IDEM, "Sobre a Amizade", in A. M. MARTINS, J. M. ANDRÉ & M. S. CARVALHO

(Eds.), Da Natureza ao Sagrado . Homenagem a Francisco Vieira Jordão (Porto,

1999) 707-723.

A. M. MARTINS, "Platão: o filósofo e a cidade" in Arquipélago - Filosofia 6(1998) 47-57.

IDEM , "Teoria ou tipologia da racional idade ?" in O Homem e o Tempo. Liber

amicorum para Miguel Baptista Pereira ( Porto: Fundação Eng. António de Almeida,

1999)115-123.

IDEM, "Tópica metafísica : de Fonseca a Suárez" in A. Cardoso, A. M. Martins

& L.R. Santos (Eds.), Francisco Suárez (1548-1617). Tradição e Modernidade

(Lisboa, 1999), 157-168.

IDEM, "Metafísica depois de Kant ? Nótula sobre o interlúdio Henrich -

Habermas " in A. M. MARTINS, J. M. ANDRÉ & M. S. CARVALHO (Eds.), Da Natureza

ao Sagrado. Homenagem a Francisco Vieira Jordão (Porto, 1999), 101-114.

IDEM , " A recepção da Metafísica de Aristóteles na segunda metade do séc.

XVI" (Rio de Janeiro, 2000).J. M. ANDRÉ, "O outro corpo de Descartes", in A. M. MARTINS, J. M. ANDRÉ

E M. S. CARVALHO (Eds.) Da natureza ao sagrado . Homenagem a Francisco

Vieira Jordão (Porto, 1999, 313-366).

IDEM, "Homem e natureza em Nicolau de Cusa: o microcosmo numa pers-

pectiva dinâmica e criadora " in Veritas , 44/3 (1999 ), 805-814.

J. REIS, Prazer ou a essência do ético e do estético , in A. MARTINS, J. ANDRÉ

& M. S. CARVALHO (Eds.), Da Natureza ao Sagrado. Homenagem a Francisco

Vieira Jordão (Porto, 1999).

M. S. CARVALHO, "Homem e Natureza em Henrique de Gand: uma mudança

de rumo na antropologia augustinista" Veritas 44/3 (1999) 679-694;

IDEM, "Medieval Influentes in the Coimbra Commentaries (An Inquiry Into the

Foundations of Jesuit Education )" Patristica et Mediaevalia 20 (1999) 19-37;

IDEM , "Frei André do Prado" in P. Calafate (Dir.), História do pensamento

Filosófico Português (Lisboa, 1999) 249-273;

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000 ) pp. 435-452

Page 15: Revista Filosófica de Coimbra

446 Revista Filosófica de Coimbra

IDEM , "Suárez : Tempo e Duração" in A. Cardoso et al. (Coord.), FranciscoSuárez (1548-1617). Tradição e Modernidade (Lisboa, 1999) 65-80;

IDEM , "Dois casos de translação da filosofia de expressão árabe no Portugalmedieval : João de Sevilha e Lima e Afonso Dinis de Lisboa (No oitavo centenárioda morte de Averróis)" Humanística e Teologia 20 (1999) 259-271;

IDEM, "Falar divinamente ... O tema neoplatónico da desconstrução" in A. M.

MARTINS, J. M. ANDRÉ & M . S. CARVALHO ( Eds.), Da Natureza ao Sagrado,

Homenagem a Francisco Vieira Jordão ( Porto, 1999), 799-825;

IDEM, "Oliveira Martins em Alexandria : A Patrística em 'O Helenismo e aCivilização cristã" http://www . hot-topos . com/notand6/santiago.htm

A. P. PITA, "Neorealismo" in J. L. GAVILANES & A. APOLINÁRIO ( Dir.), Historia

de Ia literatura portuguesa ( Madrid , 2000).

IDEM , "Temas e figuras do ensaísmo cinematográfico " in L. R. TORGAL (DIR.),O cinema sob o olhar de Salazar (Lisboa, 2000).

H. J. RIBEIRO , 1. "Da imagem oficial de Russell à reabilitação da sua filo-

sofia" in A. M . MARTINS , J. M. ANDRÉ & M. S. CARVALHO (Eds.), Da Natureza

ao Sagrado , Homenagem a Francisco Vieira Jordão (Porto, 1999).

IDEM , "Towards a Reformulation of Analytic Concept of lhe History ofPhilosophy " in Actas do International Congress : Analytic Philosophy at lhe Turnof lhe Century (Santiago de Compostela , 1999).

E. B. PIRES , A Génese da Censura da «Acomodação » dirigida à Filosofia

Política das « Grundlinien der Philosophie des Rechts » na História da sua

Recepção entre 1821 e 1857, in M. Á. GóMEZ & M.' del Carmen MART[N (Eds.),

Razón , Libertad y Estado en Hegel. I Congreso Internacional (5 - 9 de Mayo de

1998) - Sociedad Espanola de Estudios sobre Hegel ( Salamanca , 2000) 237-248.

F. BERNARDO , "Língua materna , identidade e hospitalidade: pressupostos dacrítica derridaniana do cosmopolitismo " in A. MARTINS, J. ANDRÉ & M. S.CARVALHO (Eds.), Da Natureza ao Sagrado . Homenagem a Francisco VieiraJordão (Porto, 1999) 125-198.

IDEM "Da redução fenomenológica à ética meta-onto-fenomenológica: Levinase Derrida, herdeiros de Husserl " in edição do colóquio "Evidência e Interpre-tação", 18-19 Maio 2000 , Centro de Filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa.

IDEM , "L'à-venir de Ia paix - dans Ia trace d ' E. Lévinas" in Actes du XXXVIIIColloque International des Ass. des Sociétés de Philosophie de Langue Française.

IDEM (Co-autora), "A recepção de Heidegger em Portugal ", in Philosophica,13 (1999 ), 151-167.

A. BORGES, "Sobre o Homem e o Corpo em Pedro Laín Entralgo" in O Homeme o Tempo. Liber amicorum para Miguel Baptista Pereira (Porto 1999) 53-85.

IDEM , "Sobre o diálogo inter-religioso", in Igreja e Missão 182 (1999) 343-352.IDEM , "Crentes e Ateus: o Elogio da pergunta", in Didaskalia 29 (1999) 335-352.IDEM , "Antropologia do processo de morrer", in Brotéria 150/2 (2000)

185-202.

pp. 435-452 Revista Filosófica de Coimbra-n.° 18 (2000)

Page 16: Revista Filosófica de Coimbra

Crónica 447

IDEM, "O crime económico na perspectiva filosófico-teológica", in RevistaPortuguesa de Ciência Criminal 10/1 (2000) 7-35.

IDEM, "O Tempo para além do tempo", in VÁRIOS, A Imagem do tempo(Lisboa, 2000) 393-403.

IDEM, "Time beyond Time", in VÁRIOS, The Image of Time (Lisboa, 2000)393-403.

IDEM, "O que é uma Igreja? O que é uma Seita?", in Igreja e Missão, 178(1998), 195-206.

IDEM, Prefácio à tradução portuguesa de H. HAAG, Liberdade aos Cristãos(Lisboa, 1998), III-IX.

IDEM, "Morte, Pessoa e Transcendência", in A. MARTINS, J. ANDRÉ & M. S.CARVALHO (Eds.), Da Natureza ao Sagrado. Homenagem a Francisco VieiraJordão (Porto 1999), 67-100.

IDEM, "Antropologia do Processo de Morrer", in Brotéria 150/2 (2000),185-202.

D. FERRER, Recensão a: K. Schmidt, G.F.W. Hegel. Wissenschaft der Logik - dieLehre Vom Wesen (Paderborn, 1997), in Hegel-Studien 33 (1998), 244-247 [2000].

J. N. VICENTE, "Subsídios para uma crítica do discurso pedagógico", in J. A.P. RIBEIRO (Ed.), O Homem e o Tempo. Liber amicorum para Miguel BaptistaPereira (Porto, 1999), 367-396.

d) Conselhos Editoriais e Colecções:A. M. MARTINS, Membro do Conselho de Redacção da Revista Anales del

Seminario de Historia de Ia Filosofia (Madrid) e da Revista Portuguesa de Filo-

sofia (Braga).

J. M. ANDRÉ, Coordenador da colecção "Caminhos" da Quarteto Editora(Coimbra).

M. S. CARVALHO, Membro do Conselho de Redacção da Revista Biblos(Coimbra).

IDEM, Membro do Conselho Científico da Série Medievalia. Textos e Estudos(Porto).

A. REIS, Membro do Conselho de Redacção da Revista. Diotilne. l'Agora(Paris).

Biblioteca do Instituto

Durante o período em causa a Biblioteca do IEF registou 1435 utilizadores.Requisitaram-se à leitura 2358 espécies . No seu acervo conta actualmente com11.010 volumes . Foram adquiridos no período em referência , com verbas daUnidade LIF e do próprio Instituto , 597 títulos.

Foi actualizada e retomada a assinatura das seguintes revistas científicas:

Kant-Studien , Revue philosophique de Louvain e Zeitschrift filr philosophische

Forschung.

Revista Filosófica de Coimbra - tt° 18 (2000) pp. 435-452

Page 17: Revista Filosófica de Coimbra

448 Revista Filosófica de Coimbra

Resumos de Teses de Mestrado

Luís António Ferreira Correia UMBELINO . O Olho e o Espaço: Feno-menologia e Ontofenomenologia do Espaço em M. Merleau-Ponty, Coimbra,2000.

Quando, absorvido por um motivo que se faz carne ante o seu olhar, o pintorsente a natureza reflectir-se, pensar- se em si, saber-se através do seu corpo, albergajá a certeza de que o mundo jamais se oferece na plenitude de uma continuidadeobjectiva e exaurível ou na ilusória construção calculadora de uma realidadederivada porque disponível teoretico-cognoscitivamente, mas apenas num per-guntar intra-ontológico que faz de cada gesto do pincel não um movimento de"maitre et possesseur de Ia nature" mas testemunho endo-topológico do nascercontinuado das coisas. A este coração do mundo pertence o pintor como corpoque se empresta, corpo vidente-visível ou elemento que, na natureza, permite ànatureza expressar-se, ter voz e dignidade (M.B.Pereira). Falamos do cumprimentoúltimo da empresa fenomenológica ao revelar no olhar esteseológico uma dimen-são incontornável de receptividade que acolhe a expressão muda à procura de serexpressão do seu próprio sentido, ou irreflectido impossível de catalogar comodificuldade temporária. Uma remeditação profunda revelará o Espaço como opróprio horizonte da minha situação; mas esta não é já a questão da minha"localização", mas a de um Visível cruzado de Invisível que no meu corpo parecefazer-se "génese secreta e fervorosa" como se "as coisas passassem por mim" paraserem expressão e, precisamente nesse momento, espacializassem o corpo e lhepermitissem ter um lugar. O Espaço é assim Topos de uma Sinngebung espacia-lizante ou proto- espacializante enquanto revela a pertença do sujeito (corpo quias-maticamente trespassado-trespassante) ao próprio movimento de fenomenalizaçãodo Ser como testemunha ontofenomenológica, como dobra ou ressonância poisaquele não é senão índice de uma relação "que reflecte a minha incarnação e daqual eu sou a contrapartida". "Estar" no espaço é "ser" investido na "filigrana"de cada "lugar de mundo" (M. Richir). Impõe-se deste modo à reflexão uma"viragem anti-antropocêntrica" uma vez que a "percepção efectiva do espaço" nãonos revela um conjunto de objectos situados no espaço a uma distância deter-minada uns dos outros, mas objectos que desenrolam um espaço, objectos quenão estão localizados mas criam localizações por um envolvimento mútuo queme percorre, nesse mesmo movimento fazendo a minha situação antes de maisem termos de "anonimato" ou "despossessão", fazendo-me vidente, espaciali-zando-me por empiétement, épaisseur, espacialidade ao revelar o corpo comocontrapartida da visibilidade originária , possibilidade de ser mediação infinita daqual o sentido precisa para vir a ser. Pensar o Espaço na sua realidade profundaserá então pensá-lo como vivido, ou seja, como índice de pertença, de inerência,de entrecruzamento, como Einfuhlung, que o mito, o sonho e a poesia tentam dizer

pp. 435-452 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 18: Revista Filosófica de Coimbra

Crónica 449

e que o modelo do jogo ajuda a pensar. A pertença à carne do mundo é possi-bilidade de um Espaço que não é pura extensão mas organização em profun-

didade. Profundidade que a Phénonzénologie desvenda como eco de uma vivência

originária do espaço, como o que nasce sob o meu olhar quando procuro qualquer

coisa , como "génio perceptivo" em acção no campo visual, como o próprio apa-

recer do espaço, antecipando o seu sentido "infra-geométrico" como "espessura

de um meio sem coisa", "fantasma de coisa mal qualificado", afastamento que é

máxima proximidade; profundidade que os Résimiés vão desvelando como

"unidade por transcendência", "teia por onde o olhar se esgueira", in-visibilidade

do visível, Ineinender e que, finalmente, em Le Visible et L'/nvisible é aprofun-

dada como "dimensionalidade fundamental, princípio originário de equivalência,

alusão ao todo, textura do movimento de fenomenenalização do Ser ou "processo

de Gestaltung" no sentido de um etwas de rayonnenient. Qualquer conhecimento

do espaço é, pois, derivado desse movimento mais antigo pelo qual o sujeito se

descobre inscrito numa teia já existente que ele não constitui, mas que não termina

sem o "constituir" como testemunha da aparição do aparecer que não é senão o

próprio tecido carnal onde nada aparece fixo mas ligando-se a tudo o resto, onde

posso "estar em todo o lado, tão perto do que está longe como do que está

próximo". Neste sentido, é a própria questão do movimento que urge remeditar,

começando pelo desvelamento de um movimento vivido "sensível ao coração",

prescrito pela dinâmica interna do espectáculo visível e do qual a mudança de

lugar mensurável é a "finalização ou invólucro", para derradeiramente o descobrir

como "transição carnal, "vibração ou irradiação", "inscrição à distância", Sich

bewegen. R. Barbaras afirmará que o quiasma da carne e do mundo só ganha

sentido num quiasma mais originário que é o da percepção e do movimento origi-

nário, ontológico, pelo qual o mundo se esclarece - movimento espacializante que

o olhar redobra nos momentos em que parece mover-se com as coisas, mover-se

no movimento das coisas, mover-se orientado pelo movimento das coisas. É assim

que o tecido de profundidade espacializa o olhar e, em contrapartida, é do olhar

devedor da sua própria fenomenalidade; mas para tal é necessário que o corpo

seja presença e presente entrelaçado com algo que se faz presença e presente; o

espaço, a fim de ser espacializante tem então que ser tempo e o tempo espaço, o

que só se pode entender em função de uma correcta compreensão da ideia de

"co-presença" que não pode ser confundida com a estrita contemporaneidade que

pressupõe, precisamente, um espaço completamente desvelado. O Tempo é antes

"simultaneidade originária", "eternidade originária", "pirâmide de simultanei-

dade", "Ekstase ", que ganha realidade ao fazer-se presente "de uma vez por todas"

no Espaço, ao "deixar marcas", pelo que devemos admitir que o tempo, no

presente, de algum modo e em algum lugar, se refere a si mesmo para depois poder

ser passado e futuro. E o Tempo reflecte-se no corpo; melhor dizendo, o corpo é

dobra da reflexão do tempo sobre si mesmo e, de novo, aí encontra o fundamento

e verdade da sua situação como espacialização. Afirmar pois que o corpo é intér-

Revista Filosófica de Coimbra - e.° 18 (2000) pp. 435-452

Page 19: Revista Filosófica de Coimbra

450 Revista Filosófica de Coimbra

prete do espaço equivale a afirmá-lo como antepredicativamente investido de umatopologia profunda e de uma kairologia profunda, podendo postular-se que afenomenologia se concretizará no campo de uma ontofenomenologia, esta últimaresolvendo-se numa ontotopologia ou ontotópica, na medida em que esse Espaçoque "estará sempre para pintar" não é senão a Terra onde não tenho um lugar depertença mas onde a pertença é o lugar.

Maria Isabel do Amaral P. TAVARES, A Crise do Homem Contemporâneona `Carta sobre o Humanismo ' de M. Heidegger, Coimbra, 2000.

O presente trabalho visa uma reflexão acerca dos fundamentos de uma

antropo-ontologia enquanto horizonte filosófico da Carta sobre o Humanismo de

M.Heidegger. A compreensão da pergunta pelo humano do homem deve, para

Heidegger, inscrever-se no âmbito de uma proximidade essencial ao Ser a partir

da qual se poderá, então, aceder à compreensão da singularidade do existir

humano. O texto da Carta é suportado pela pergunta acerca do agir próprio do

homem, mas, o significado de tal agir, só poderá desvelar-se se se compreender

que o pensar e o agir (ou o pensar enquanto agir essencial) estão inelutavelmente

comprometidos com o destino do Ser: "L'Histoire de l'Etre supporte et détermine

toute condition et situation humaine".(Lettre sur 1'Humanisme in Questions III,

Gallimard, Paris, 1966. pp.75) Existir é habitar na proximidade do Ser. Entendido

deste modo o lugar do homem, abrir-se-á à reflexão acerca da essência do humano

a exigência de uma compreensão atenta ao significado do seu destino extático

como expressão da correspondência do homem ao apelo reivindicativo do Ser.

(Ereignis). É na determinação da essência ex-sistentencial do homem que Heidegger

virá a reivindicar a medida do lugar ou a morada do habitar humano, oferecendo,

nesta intenção, os fundamentos ontológicos, éticos e hermenêuticos da condição

humana pensada como abertura, cuidado e receptividade originárias, expressões

existenciais que configuram o modo de ser (ou de habitar) do pastor ou do guar-

dião. O homem é, na sua essência mais profunda, guardião da verdade do Ser.

Os fundamentos de uma ética heideggeriana esboçam-se, deste modo, na conci-

liação do destino humano com o destino do Ser.

A perda da exigência ontológica experienciada como esquecimento do Ser teráconduzido a pergunta acerca do humano do homem a uma nova orientação quese faz exprimir sob os conceitos basilares de verdade do ser, de ex-sistência ede pertença à verdade do ser, expressões que lançam o desafio a um reposiciona-mento do humano no Ser e, com ele, a um retorno à condição própria do Homem,isto é, ao sentido vivo da tragicidade e finitude que, incontornavelmente, atingemo existir humano. A essência do agir traduz um modo essencial de recepção ede acolhimento à verdade do Ser e, no sentido deste agir, estará comprometido odestino humano que se pretende medido na distância essencial aos fundamentos

pp. 435-452 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

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Crónica 451

metafísicos do humanismo antropológico que terá conduzido o destino doOcidente a uma crise do humano de que a guerra declarada em Setembro de 1939era a trágica comprovação.

É numa proximidade essencial ao Ser que habita o homem, ou seja, é sobrea sua condição de pastor que ao homem é dada a possibilidade de assumir o seudestino histórico, ou seja, é na possibilidade livre do cuidado e da vigilância e,portanto da receptividade, e não sob as determinações sistémicas ou conceptuais,que se ergue a morada humana e, esta, só pode ser dita na medida de um habitarpoético. O habitar poético é marcado pela singularidade de um destino históricocomprometido com o destino da verdade do Ser e, por isso, ao texto da Cartapresidirá, ainda, a intenção de revelar o sentido de uma ética originária: oconfronto com a ética tradicional levará Heidegger, neste texto, a convocar asimplicações de uma interpretação ontológica do conceito de ethos a partir daexperiência heraclitiana , reflexão que trará para o domínio do pensamentoessencial a confirmação de que a essência do humano se joga na estrutura extáticado cuidado pela verdade do Ser, que se faz, simultaneamente vigilância e cuidadopelo ser do homem.

João Tiago PROENÇA, Belo natural , belo artístico e filosofia na "Teoria

Estética" de Theodor W. Adorno, Coimbra 2000.

O estudo realizado teve por objecto o pensamento de T. W. Adorno. Tratou-

-se de analisar a questão estética em três momentos: o belo natural, o belo artístico

e a relação entre filosofia e a obra de arte. A articulação entre os estes três mo-

mentos evidencia a primazia da obra de arte perante o belo natural e a interpre-

tação filosófica, na medida em que a obra de arte reúne quer o medium puramente

sensível da beleza natural, quer o medium da filosofia, a saber, o conceito.

Numa primeira parte, analisou-se o belo natural enquanto expressão de um

estado de não-dominação, existente apenas para a consciência subjectiva. Assim,

não é um estado real de reconciliação que é evocado, mas sim a anamenese de

algo que nunca existiu. Em seguida, estudou-se a fixação dessa anamenese na obra

de arte. Tal pressupõe uma acção humana sobre um material, isto é, uma formação

do "Mais" que é dado no e pelo momento sensível, mas também a despeito dele.

Na obra de arte está em acção um elemento conceptual por indeterminado que

seja, mas, sobretudo, está em relação de paridade com o material que é o suporte

sobre o qual se exerce a actividade do sujeito humano. Ou seja, a obra de arte

exemplifica, pela sua própria existência e independentemente de qualquer "con-

teúdo" um estado de comunicação e de reconciliação entre a ratio e a natureza.

Esta exemplificação permite assim que a obra de arte seja a mais elevada instância

de conhecimento, porquanto funde a dissociação moderna da experiência (conhe-

cimento, moral, e arte). A obra de arte permite o juízo sem, no entanto, ter qual-

Revista Filosófica de Coimbra - a.° 18 (2000) pp. 435-452

Page 21: Revista Filosófica de Coimbra

452 Revista Filosófica de Coimbra

quer pretensão fundacionalista, o que impede que seja diagnosticável uma simplesinversão da relação entre arte e filosofia tal como foi pensada por Hegel. Porúltimo, a interpretação filosófica move-se no campo de verdade previamenteaberto pela obra de arte. A filosofia tem por tarefa, então, percorrer os sulcosabertos pelo arado da obra de arte, a fim de tornar o campo fértil. Isto é,cabe-lhe rasgar, ou melhor, ir rasgando as portas e janelas da solidão monádicada obra de arte.

pp. 435 -452 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 22: Revista Filosófica de Coimbra

FICHEIRO DE REVISTAS *

Acta Philosophica - Roma, Vol.9, (2000) Fasc.2:Juglio-Dicembre - Daniel Gamarra, Un caso di platonismo ed agostinismo

medievale. Matteo d'Acquasparta: conoscenza ed esistenza, (197-222); Fernando

Inciarte, Heidegger, Hegel and Aristotle: A Straight Line?, (223-240); Paulin

Sabuy, La question du dualisme anthropologique. Une analvse d'après Robert

Spaemann, (241-266); Javier Aranguren Echevarría, Eudaimonía e historicidad,

(267-276); Gabriel Chalmeta, Aristotele e Solov'ëv sul significato dell'amore,

(277-286); Mariano Fazio, The proposte di società cristiana (Berdiaeff, Maritain,

Eliot), (287-312); Juan Andrés Mercado, Brief comments on Capald's "We Do"

interpretation of Humean ethics, (313-318); José Ignacio Murillo, Una aproxima-

ción al Curso de Teoría del Conocimineto de Leonardo Polo, (319-338).

AnáMnesis - México, Ano X, N°1 (2000):

Enero-Junio - José Loza Ver, O. P., El espíritu Santo en Ia Revelación bíblica.

Parte 11, (7-58); Jaques Lison, O.P., Gregorio Palamás, menos hesicasta que

polemista?, (59-68); Ciro Schmidt Andrade, El amor como culminación del dina-

mismo del conocintiento y Ia libertad: Santo Tomás de Aquino, (69-94); Frano

Prcela, O.P., Iván Stojkovic, O.P. (1390/95-1443). Reformador y P. Conciliar, (95-

-108); Oscar Viliarreal, Economia y Teologia Moral, (109-134); Dr. Pablo Argárate,

Un intento de "Filosofia Cristiana", Ia metafísica de Ia integralidad de M. F.

Sciacca, (135-154); Nora María Matamoros, Analogia, solipsismo e intersubjecti-

vidad, (155-168); Fernando Aranda Fraga, La "Nueva Era", una típica religión

postmoderna, (169-182); Ángel Mufloz García, Registro de dominicos professores

de filosofia en Caracas en el s.XVIII, (183-200).

Aut Aut - Milano, (2000):Gennaio- Febbraio - Fabio Polidori, Il gioco de Nietzsche, (5-14); Friedrich

Nietzsche, [Sul gioco, 1870-1888], (15-23); Lõwith, Fink, Heidegger, Deleuze,

Vattimo, Bataille, Blanchot, Klossowski, Derrida, Colli, Blumenberg, In gioco

* Secção da responsabilidade de Hugo Pedrosa Marques

Revista Filosófica de Coimbra - o." 18 (2000) pp. 453-459

Page 23: Revista Filosófica de Coimbra

454 Revista Filosófica de Coimbra

com Nietzsche, (24-46); Friedrich Nietzsche, [Giocato? 1872-1889)], (47-55); Pier

Aldo Rovatti, Il grande gioco di Heidegger, (56-65); Anna Calligaris, Introduzione

ai giochi di Heidegger, (66-72); Martin Heidegger, [Mondo come gioco delta vila,

1928-1929], (73-78); Martin Heidegger, [Lo spazio-di-gioco-tempo 1, 1936-1938],

(79-87); Martin Heidegger, [Lo spazio-di-gioco-tempo 1, 1938-1939], (88-95);

Fabio Grigenti, Wittgenstein: il gioco e i linguaggi, (96-99).

Kriterion, Belo Horizonte, MG. XLI, (2000):N°l01 - Carlos Antônio Leite Brandão, Hermenêutica e Verdade na Obra de

Arquitetura, (7-19); Francisco Ortega, "A piada é inesgotável, não a serenidade"

- A crítica hegeliana à ironia romântica e suas implicações para a teoria estética,

(20-45); Cláudio Araújo Reis, Sensibilidade e Sociabilidade em Jean-Jacques

Rousseau, (46-85); José Eisenberg, The Theater and Political Theory in Rousseau

and Diderot, (86-108); Luis César Guimarães Oliva, O homem e a temporalidade

em Pascal, (109-122).

L'Agora - Paris, n°7 (2000):Oscar Brenifier, La philosophie en maternelle (1), (4-11); Michel Soubiran,

Les notions de droit et de justice, (12-18); Julien Cueille, La philosophie est-elle

soluble dans l'ECJS?, (19-27); Catherine Allamel-Raffin, Débat philosophique

et citoyenneté en première, (28-3 1); Michel Tozzi, Diversifier l'eeriture philoso-

phique, (32-35); Sylvie Michaud, Le café-mathématiques du Havre, (36-40);

L'Agora 8, Déclaration des cafés philosophiques, (41-42); Jean-Charles Pettier,

Une formation philosophique dans 1'education adaptée, (43-48), Henri Go,

Réformer ou ne pas réformer?, (49-41); Michel Tozzi, Le nouveau programme

de philosophie, (52-53); Recherches, (54-56); Christian Wicky, L'enseigment de

la philosophie, (57-59); Gilbert Jourdan, Réflexion sur la ntéthode, (60-62);

Michel Tozzi, Philosophie et cours de morale, (63-64); Mohamed Tahari, Deux

journées d'études, (65-66); Maria Figueiroa-Rego, Lipman: au-delà de la pure

rationalité , (67-69).

Les Études Philosophiques - Paris, (2000):Octobre- Decembre - Jocelyn Benoist, Presentation, (433-434); Mark Textor,

Bolzano et Husserl sur l'analyticité, (435-454); Sandra Lapointe, Analycité,

universalité et quantification chez Bernard Bolzano, (455-470); Claudio Majolino,

Variation(s)1. Bolzano et l'équivocité de la variation, (471-488); Ali Benmakhlouf,

La proto-sémantique de Bolzano, (489-504); Jocelyn Benoist, Pourquoi il n'y a

pas d'ontologie formelle chez Bolzano, (505-518); Jacques Bouveresse, Sur les

représentations sans objet, (519-534); Étude critique: Emmanuel Faye, Philo-

sophes médiévaux: Siger de Brabant et Nicolas d'Autrécourt dans deux ouvrages

récents, (535-548).

pp. 453-459 Revista Filosófica de Coimbra - 1i.° 18 (2000)

Page 24: Revista Filosófica de Coimbra

Ficheiro de revistas 455

Mediaevalia - Porto, 11-12. (1997):11-12 - Geraldo J. A. Coelho Dias, Bernardo de Claraval: Apologia ad

Guillelntum Abbateni - Apologia para Guilherme, Abade. - Apresentação, textos

latinos e tradução e textos paralelos, (9-76); Mafalda de Faria Blanc, O Ente, o

Ser e os seus transcendentais, (77-90); Maria Manuela Brito Martins, La théorie

de Ia représentation chez Augustin dans le livre X1 du De Trinitate,(91- 118); Vera

Rodrigues, La conception de Ia Philosophie chez Thierry de Chartres, (119-138);

José Francisco Meirinhos, S. António de Lisboa, escritor. A tradição dos Sermones:

manuscritos, edições e textos espúrios, (139-182); Bernardino Fernando da Costa

Marques, Santo António de Lisboa na `Summa Sermonum' de Frei Paio de

Coimbra, O.P., (183-210); Mário Santiago de Carvalho, Sobre o projecto do

Tractatus de productione creature de Henrique de Gand, (211-230); Ricardo da

Costa, Ramon Lull (1232-1316) e o modelo cavaleiresco ibérico: O Libro dei

Orden de Caballeria, (231-252).

Pensamiento - Madrid, Vol. 56, N°216 (2000):Septiembre-diciembre - Luis Fernando Cardona, La teoria schellingiana de

Ia inversión positiva de los principio: un aporte a Ia teodicea, (353-378); Antonio

Bielsa Drotz, Función y relevancia e Ia antropologia en Ia ética formal de Kant,

(379-398); W.R. Daros, La construcción de ias ideas (Confrontación Locke-

-Rosmoni), (399-437); Ana Marta Gonzáles, Moral, filosofia moral y metafísica

en santo Tomás de Aquino, (439-467); Manuel Guillen de Ia Nava, Reflexiones

en torno al discurso contra los sofistas dei Alcidamante de Élide, (469-476); Juan

Pegueroles, Amor, sufrimiento y alegria. Dios en el Diario de Kierkegaard,

(477-489).

Revista de Filosofia de Ia Universidad de Costa Rica - San José, Vol.

XXXVII, n° 93 (1999).

Amán Rosales Rodriguez, Hans Jonas y el determinismo tecnológico, (313-

-320); Edgar Roy Ramírez Briceno, Como hacerle frente a Ia discriminácion

genética?, (321-326); Carlos Alb. Rodríguez Ramírez, Ética y salud: algunos

problemas específicos, (327-334); Eliam Campos Barrantes, Teoria "pura" y

"conocimineto" dei derecho: ias pretensiones de Hans Kelsen, (335-342); Mauricio

Molina Delgado, La investigación cualitativa y cuantitativa en Ciencias Sociales:

un acercamiento desde Kuhn a Ia tesis de una crisis paradigmática, (343-354);

Jackelini García Falias, Una visión contextual y subjectiva sobre Ia valorácion

de los aprendizajes. Pensando en Ia metacognición, (355-362); Celso Vargas,

Esbozo de una teoria dei aprendizaje neuronal a partir dei ADN móvil, (363-370);

Luis A. Camacho Naranjo, La paradoja de Lewis Carroll en Douglas R. Hofstadter,

(371-376); Sergio Rojas Peralta, Delas sensaciones al Jardín. Una interpretación

materialista de ias sensaciones, (377-384); Luis Falias López, Dos filosofias

desde lo singular en el pensamiento antiguo: Cínicos y Cirenaicos,(384-394);

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000) pp. 453-459

Page 25: Revista Filosófica de Coimbra

456 Revista Filosófica de Coimbra

George García, Sobre Ia (post-) modernidad filosófica: Ias Investigaciones filosó-ficas de Wittgenstein, 395.

Revista de Humanidades e Tecnologia - Lisboa, n°3 (2000):Fernando Santos Neves, Apresentação, 6; Luísa Costa Gomes, "Ceci n'est pas

une pomme" ou Sobretudo Insucessos na Busca de uma Língua Perfeita, (8-12);

Frederico Carvalho Dias, Supercondutividade - uni tema em aberto, (13-17); M.

A. da Costa Martins, Estratégia Empresarial e Gestão do Conhecimento, (18-23);

Alberto Carneiro, Reflexões sobre a gestão da inovação tecnológica, (24-30);

Zoran Roca, O Contexto do Desenvolvimento e Impacto dos Agentes Locais: Uni

Modelo Conceptual e Experiências do Portugal Rural, (31-39); Augusto Pereira

Brandão, São Bento, uni edifico em mutação contínua, (40-47); António Teodoro,

O fim do isolacionismo, (48-54); Helena Neves, Meninos e Meninas ao seu lugar

- A segregação no Ensino Primário do Estado Novo, (55-60); José Carlos Cruz,

A Inspecção do Ensino Liceal. O II Congresso Pedagógico do Ensino Secundário

Oficial e a Ditadura Militar (1926-1933), (61-65); Áurea Adão, O Ensino Secun-

dário - Liceal nos debates parlamentares, (66-72); José Maria Teixeira Dias,

«Dissidium de Primatu Inter Novem Insulas, Vulgo dos Açores», uma peça «espe-

cial» no teatro jesuítico?, (73-77); Manuel Tavares, Historicidade e inovação:

fundamentos filosóficos de alguns modelos de ensino, (78-84); José B. Duarte,

Críticas dos alunos de uma escola Secundária, (85-90); Dulce Sá Silva, Contri-

buto da Língua Portuguesa para a Formação Pessoal e Social do Aluno, (91-94);

Óscar C. de Sousa, Ortografia e Escola, (95-103); José Gregório Viegas Brás,

Anatomia do Grupo-Turma, (104-111); Isabel Sanches, A Escola Inclusiva e a sua

(Des)Contextualização nos 2° e 3° Ciclos do Ensino Básico, (112-119); António

de Sousa Santos, José Esteves. O Desporto e as Estruturas Sociais, (120-122);

Armando Castro, A Hora da Epistemologia: Do Homem Engrenado ao Homem

Empenhado, (123-124); João Bettencourt da Câmara, Luis Sá - Em Memória,

(127-131).

Revista da Faculdade de Letras - Porto, N°15-16, (1998-99):Eduardo Abranches de Soveral, Reflexões sobre a pedagogia para a era

tecnológica , (5-22); António José de Brito, Defender Kant contra Hegel, (23-40);Maria José Cantista da Fonseca, O Político e o Filosófico no pensamento deHannah Arendt, (41-58); Adalberto Dias de Carvalho, O Estatuto da Filosofia daEducação: especificidades e preplexidades, (59-98); Adélio Melo, O Principiosemiótico da relatividade, (95-136); Lídia Cardoso Pires, As mil e uma histórias,(137-212); J. M. Costa Macedo, Anselmo e a astúcia da razão (concl.), (213-326);Sofia Miguens , Linguistas e Filósofos: maneiras de fazer teoria da mente, (327-368); Celeste Natário, Raúl Proença: um perfil de filósofo, (367-374); BénéditeHouart, Merleau-Ponty e Antonin Artaud: anotações para uma encenação comum,(375-390); Irene Ribeiro, Filosofia e Ensino Secundário em Portugal, (391-502);

pp. 453-459 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 26: Revista Filosófica de Coimbra

Ficheiro de revistas 457

José Maurício de Carvalho , A filosofia política, Joaquim de Carvalho e a liberal

democracia , (503-520); Neiza Teixiera, Para que toda a lei não seja apenas

artificio da razão humana , (521-532 ); José Fernando Guimarães , (533-560).

Revue Philosophique de Ia France et de l'etranger - Paris, N°4 (2000):Octobre-Décembre - Michel Malherbe, Adam Smith et l'idée d'une science

morale, (407-422); Frédéric Brahami, Le processus de subjectivation chez Adam

Smith, (423-434); Jean-François Pradeau, La cause de l'utile et le stoïcisme de

Ia fabrique, (435-448); Michaël Biziou, Kant et Smith critiques de Ia philosophie

morale de Hume, (449-464); Jean-Louis Euvrard, La justice entre inorale et

économic, (465-486); Daniel Diatkine, L'utilité et l'amour du systéme dans Ia

Théorie des Sentiments moraux, (487-504).

Revue Philosophique de Louvain , Lovaina. 96, (1998):

Fevrier 98: Jean-François Stoffel, La révolution copernicienne et Ia place de

l'homme dans l'Univers. Etude programmatique (7-50); Thomas De Praetere, La

justificacion du principe de non-contradiction (51-68); Marc Leclerc, La con-

firmation performative des premiers principes (69-85); Vincent Descombes,

L'identification des idées (86-118); Emmanuel Tourpe, Analogia libertatis. Notes

conjointes sur deux ouvrages récemment parus de E Marty et P. Gilbert (119-133);

Mai 98: Donald Ipperciel, La vérité du mythe: une perspective herméneutique-

-épistémologique (175-197); Fabio Ciaramelli, L'originaire et !'immédiat.. Reinar-

ques sur Heidegger et le dernier Merleau-Ponty (198-231); Roland Breeur,

Merleau-Ponty, un sujes désingularisé (232-253); Jean-Michel Counet, Ontologie

et itinéraire spirituel chez mattre Eckhart (254-280); Gwendoline Jarczyk et

Pierre-Jean Labarrière, A propos de Maitre Eckhart,(281-284); Philipp W. Rosemann,

Penser l'Autre: Ia philosophie africaine en quête d'identité (285-303).

Aoút 98: Gilbert Gérard, Olivier Depré et Philippe Van Parijs, Philosophie

et environnement , (393-394); Axel Gosseries , L'éthique environnementale

aujourd'hui , (395-426); Dieter Birnbacher , Éthique utilitariste et éthique envi-

ronnementale - une mésalliance ?, (427-448); François Blais, Commentaire:

Utilitarisme et écologie sont- il réconciliables ?, (449-452); François Ost, Du

contrai à Ia transmission . Le sintultané et le sucessif, (453-475 ); Pierre Destrée,

Commentaire : Communauté intergénérationnelle et eommunauté naturelle, (476-

-480); Jean-Michel Chaumont , Commentaire : Le diable se moque bien des

générations futures. Un commentaire satanique du texte de E Ost, (481-488);

Olivier Perru , Rapports de droit et propriété selon Fichte, (489-495); Élise

Domenach , Stanley Cavell: Les chemins de Ia reconnaissance , (496-511); Fabio

Ciaramelli , L'inquiétante étrangeté de l'origine , (512-524).

Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000) pp. 453-459

Page 27: Revista Filosófica de Coimbra

458 Revista Filosófica de Coimbra

Novembre 98: Olivier Dekens, Initiation à Ia vie malheureuse. De l'impossi-

bilité du pardon chez Kant et Kierkegaard, (581-597); Bertrand Bouckaert, Vers

une phénoménologie première: de Husserl à Maine de Biran et retour, (598-623);

Jean-Luc Thayse, Fécondité et évasion chez Lévinas, (624-659); Daniel Laurier,

L'analyse téléologique du contenu intentionnel: l'écueil du désir, (660-690); Gilbert

Gérard, Une nouvelle traduction - intégrale - des écrits hégéliens de Francfort,

(691-697); Rudolf Bernet, Sublimation et symbolisation: présentation d'une

psychanalyse aristotélicienne, (698-709); COMPTES RENDUS, Histoire de Ia

philosophie, (710-750); NOTES BIBLIOGRAPHIQUES (751-760); Thierry

Lucas, In memoriam Georges Van Riet, (761-764); Pierre Magnard, Roger Aubert,

William Desmond, Prix Cardinal Mercier 1995, (765-777); Jean-Pierre Deschepper,

Chronique, (778-821).

Telos - Santiago de Compostela, N°2 (2000):Dicembre - Pedro Schwartz, Liberalismo neoclássico: Bases filosóficas y

consecuencias empíricas, (11-34); Carlos Rodriguez Braun, Invitación a pensar

sobre el Estado, (35-38); José Motyoa, Algunas reflexiones a propósito de Nuevos

Ensayos Liberales,(39-44); Manuel Escamilla Castillo, Una sociedad para Ia

libertad, (45-64); Pedro Schwartz, Reacciones a los comentarios de Rodriguez

Braun, Motyoa y Escamilla, (65-70); Miguel Angel Afonso Melero, La psicología

dei honro oeconomicus, (71-80); Pedro Schwartz, La ventaja realtiva y los pobres,

(81-86); Manuel Segura Ortega, Las insuficiencias dei liberalismo, (87-92); Pedro

Schwartz, Suecia y Suiza, (93-96); Victoria Camps, El liberalismo sin adjetivos,

(97-104), Pedro Schwartz, Sobre el liberalismo social, (105-110); Esperanza

Guisán, Liberalismo y solidaridad, (111-120); Pedro Schwartz, Homo sociologicus,

(121-124); Joaquin Rodríguez-Toubes Mufliz, Liberalismo y igualdad de oportu-

nidades, (125-140); Pedro Schwartz, Contra Ia igualación de tas oportunidades,

(141-146); J. Venancio Salcines Crsital, La Tierra es plana, (147-160), Pedro

Schwartz, El coste de Ia educación, (161-166); Julia Barragán, Lbbertad y mercado

(un difícil camino a recorrer), (167-178); Pedro Schwartz, Eppur si muove, (179-

-184); Maria Teresa López de Ia Vieja, Liberalismos, (185-194); José Manuel

Bermudo, El mistério de la filosofia Liberal, (195-210); Pedro Schwartz, Contes-

tación a dos escépticos, (211-214).

Teoria - Pisa, XX (2000) 2:Gunter Scholtz, Socrate e l'idea dei sapere neli'interpretazione di

Schleiermacher, (3-22); Féliz Duque, Posizioni delta ragione. Dei punto di vista

supremo da cui deve essere giudicata ogni filosofia in generale, (23-46); Faustino

Fabbianelli, Descartes, Fichte e Ia Filosofia, (47-68).

Zeitschrift für philosophische Forschung - Tübingen, Band 54 (2000) 3:Gianfranco Soldati, Canobbio, Frühe Phánomenologie und die Ursprünge der

pp. 453-459 Revista Filosófica de Coimbra - a." 18 (2000)

Page 28: Revista Filosófica de Coimbra

Ficheiro de revistas 459

analytischen Philosophie; Rolf Darge, Die Grundlegung einer allgemeinen Theorie

der transzendentalen Eigensehaften des Seienden bei F. Suarez; Ulrich Baltzer,

Besehauer der Reden-Hdrer der Taten. Übersehene Potentiale antirer Rhetorir-

theorie fiir die Moral-philosophie; Michael Esfeld, Ein Argument für sozialen

Holismus und Überzeugungs- Holismus; Nabert Campagna, Figuren des Libera-

lismus.

Revista Filo sófica de Coimbra - n.° 18 (2000 ) pp. 453-459

Page 29: Revista Filosófica de Coimbra
Page 30: Revista Filosófica de Coimbra

RECENSÃO

Maria Leonor Lamas de Oliveira XAVIER - Razão e Ser. Três Questõesde Ontologia em Santo Anselmo. (Textos Universitários de CiênciasSociais e Humanas) Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian; Fun-dação para a Ciência e a Tecnologia , 1999, 793 p.

Manuela Brito MARTINS - L'Herméneutique Originaire d'Augustinen relation avec une ré-appropriation heideggerienne ( Mediaevalia.Textos e Estudos 13/14). Porto: Fundação Eng. António de Almeida,1998, 495 p.

Duas jovens investigadoras universitárias acabam de ver merecidamente editadas assuas teses de doutoramento. Estão de boa saúde os estudos de filosofia medieval no nossoPaís. A diversidade metodológica que separa o rigoroso trabalho analítico de M' L. Xavier(Univ. Clássica de Lisboa) e a ousada aproximação de Manuela B. Martins (Univ. Católica,Porto) entusiasmam-nos a pensar que à alegada boa saúde se pode adunar a pluralidadeperspectivística, factor sempre preponderante na investigação universitária. Lamentamos

apenas que uma das dissertações não tivesse sido editada em tradução portuguesa (ela foi

apresentada no Instituto Superior de Filosofia da Universidade Católica de Lovaina-a-

-Nova) e que, diferentemente, e bem, do que sucede com o volume de Maria L. Xavier,

se apresente desprovida de qualquer índice analítico, sempre desejável em investigações

de fôlego. Dito isto, cabe-nos frisar como o momento que vivemos é, do ponto de vista

dos estudos augustinistas (não empregaremos o galicismo augustinianos), de rara fecun-

didade. À tese de Martins acaba de juntar-se a recente edição bilingue de duas obras do

Bispo de Hipona (A Ordem e Confissões) com a chancela da INCM. Provavelmente, muito

em breve sairão do prelo as Actas do importante Congresso Internacional recentemente

reunido em Lisboa para comemorar os 1600 anos da redacção das Confissões. Recordemos

que a Fundação Calouste Gulbenkian publicou A Cidade de Deus e que a série "Mediae-

valia.Textos e Estudos" acolheu a tradução de A Natureza do Bem do autor desta recensão,

que igualmente assinou a versão de De Beata Vita. O leitor interessado em informar-se

sobre a presença de Agostinho e do augustinismo em Portugal deverá ler a entrada erudita

de J.M. da C. Pontes publicada no Dicionário de História Religiosa de Portugal (vol. 1,

Lisboa 2000). Apesar de tudo, o panorama das traduções das obras de S. Agostinho e de

S. Anselmo é confrangedor, se comparado, v.g. (este gesto é natural), com o que acontece

na vizinha Espanha. O caso do arcebispo de Cantuária é ainda mais grave, pois, salvo erro,

em Portugal, ainda só conta com o interesse pelo Proslogion, quer por António Soares

Pinheiro, quer por J. Costa Macedo. Como tivemos oportunidade de escrever numa outra

Revista Filosofica de Coimbra - n." 18 (2000) pp. 461-465

Page 31: Revista Filosófica de Coimbra

462 Revista Filosófica de Coimbra

ocasião, este estado de coisas só se modificará desde que se concerte sistematicamenteum plano de traduções gizado e concretizado por uma equipa interdisciplinar e inter-universitária devidamente apetrechada. Os esforços, aliás apreciáveis, quer do Gabinetede Filosofia Medieval (Porto), quer do Centro de Filosofia (Lisboa) são assim louváveis,mas manifestamente insuficientes.

Começámos por reconhecer estarmos em presença de dois trabalhos distintos. Consi-deremos o primeiro. Na densa "Introdução" que compôs (a qual, diga-se de passagem, nãose aconselha ao leitor circunstancial antes da demora pelo estudo propriamente dito) MariaL. Xavier coloca-se claramente do lado da «opção pelo primado da obra, na relação entrenós e Santo Anselmo» (p. 12). Daí pretende não só poder ler os seus textos de um pontode vista filosófico - «E, pois, por filósofo que tomamos o autor do Proslogion (...). Demodo análogo assumimos o conteúdo de Cur Deus Homo» (p. 15) - como, sobretudo,determinar o seu acesso no plano da «ontologia» (interpretada na perspectiva da doutrinados transcendentais). Este é o ponto arquimédico de todo o seu portentoso estudo queconfere plena inteligibilidade, e, o que é mais, coerência , à pormenorizadíssima leitura daobra feita. Seja-nos permitida a seguinte nota marginal : ficamos à espera que a A. nos legueuma introdução à obra de Anselmo, dado ser actualmente a nossa mais profunda conhe-cedora do abade de Le Bec. Apressemo-nos a confessar que a A. desenvolve a sua inter-pretação de uma maneira exemplar. Todavia, não a podemos acompanhar na totalidade doseu notável projecto. Definida a perspectiva ontológica, exploram-se coordenadamente astrês questões anunciadas no título complementar: (i) dizibilidade ou inefabilidade do ser(ontologia da linguagem ), com demora acertada no «princípio da dupla significação»(natural e acidental), contexto metafísico no quadro da teologia do Verbo e o problemados nomes divinos (p. 57-292); (ii) univocidade ou plurivocidade do ser (p. 295-577), ondeiremos encontrar páginas magníficas na sua maturada ponderação sobre o denominado«argumento ontológico», proposta a noção de ser pensável como maximamente universalou transcendental do ser, onde também se abordam os problemas prévios do Uno e doMúltiplo e a tese de uma integração ontológica da teologia (em rigor, um refrão nesta obra);(iii) necessidade ou gratuidade do ser (p. 581-712), «porventura a menos suspeitável dastrês questões ontológicas» (p. 44), sobre a «metafísica do dom» e a sua extensão trinitária(a gratuidade do ser). Seria sem dúvida tarefa impossível de levar a cabo neste lugar quererdar conta de toda a profundidade na análise, da surpresa de algumas propostas, sobretudodo rigor e (repetimo-nos) da coerência com que os textos de Anselmo são profusamenteinterpretados. O nosso apreço por este estudo justifica a formulação de quatro tipos dereservas que em nada o beliscam. A primeira é de ordem geral de hermenêutica. SantoAnselmo é um daqueles autores maiores ( a sua estatura filosófica é a de um Aristóteles,Kant ou Hegel, e a sua obra teológica emparceira com a de Küng ou Bonhoeffer) quemensalmente concitam o diálogo conflitual das interpretações contemporâneas. Toma-seimpossível acompanhar o número sem fim de publicações sobre Anselmo. Isto significaque não se passa incólume com uma opção pelo primado da obra. A A. reconhece-o, afas-tando cedo qualquer leitura inocente ou desinformada (p. 12), e, de facto, pratica-o: vd.,entre outras, as páginas 82, 98, 101, 115, 122 e 145 em diálogo com D.P. Henry; p. 154-55,com P. Vignaux; p. 163, 229 com Gilson; 206, com O. Rossi; p. 164, com J.J. Gracia;p. 530, com Vuillemin; veja-se sobretudo a sua impressionante e sistemática bibliografia(p. 717-761), o seu predilecto e excepcional diálogo com Kant (p. 519 ss.) ou, por último,o inevitavelmente constante confronto, aliás sempre tão exemplarmente esclarecedor (peloque haveria que tirar ilações daí), com S. Agostinho (passim). O problema reside emquerer- se «restituir o sentido» (p. 13) do autor analisado como se houvesse que optarunilateralmente entre «recepção acrítica da tradição» e «primado da obra». A afirmaçãomais ou menos veemente deste primado deve sempre presidir a qualquer investigação deste

pp. 461 -465 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 32: Revista Filosófica de Coimbra

Recensão 463

tipo, mas perguntamo-nos, no caso vertente, porquê em algumas situações promover odiálogo da produtividade histórica e noutras não? E então como decidir entre compreenderou optar por diálogos interpretativos ? Dir-se-ia que a resposta está na sua ( dos diálogos)pertinência para a compreensão da tese proposta, mas iremos mostrar adiante como issopode não acontecer. A segunda reserva é de natureza pragmática e deriva directamente daprimeira: as notas que acompanham o texto não abrem horizontes; são escassos os casosde notas do género: p. 101, n. 71; p. 133, n. 116; p. 145, ri. 133; p. 165, n. 19; p. 213, n.1; p. 229, n. 25; p. 253, n. 79; p. 381, n. 123; p. 535, n. 51, etc. Em terceiro lugar, algumasobservações meramente pontuais ou acidentais: a nota 99 da p. 263 mereceria um desen-volvimento que explicasse que a redução do princípio de individuação à tradição porfiriananão é exclusiva na Idade Média (vd. A. de Libera, L'Art des Généra/irés); foi pena nãose ter ao menos revelado a produtividade histórica do problema (e respectiva solução)tratado a págs. 277; haverá que ter presente (p. 332) que a expressão «nominalismoanselmiano» é usada numa acepção lata e anistórica ; decerto que a copulativa da pág. 371,onde se apresenta a teologia de S. Anselmo como «filosofia do impensável e do inefável»,não é identitativa, pelo que teria valido a pena permenorizar filosoficamente essa diferença;a n. 108 da página imediatamente seguinte podia trazer a indicação dos passos nuclearesde DLA, DCD e Cone.; o leitor terá de esperar pelo fim da obra para poder ter umaaproximação mais perfeita à caracterização, definição e horizonte do «ontológico» comque se labora progressivamente em quase todas as páginas, posto que uma tal tese éinúmeras vezes sugerida mas só paulatinamente definida no seu horizonte. E era aqui quequeríamos chegar. A quarta e última reserva prende-se directamente com o núcleo dadissertação. Diz-se repetidamente que a chave da leitura da obra de Anselmo é ontológica(pp. 14, 387, etc), o que implica que a teologia seja uma função da sua filosofia (p. 388),embora - inevitavelmente - numa união tão estreita que faz daquela «um caso paradig-mático de teologia filosófica» (p. 401). Deve-se aliás considerar impertinente a distinçãoentre filosofia e teologia. Em rigor, determinar a razão de Anselmo como «ontológica» édefinir especificamente a natureza filosófica da teologia anselmiana (p. 402). Problemasério, então, será o da integração da metafísica da Criação com a teologia da Trindade(p. 408) e, aqui, a intérprete não só não vê incompatibilidade entre uma inspiração teológicada ontologia como assevera que uma tal integração é « genuinamente filosófica ou , melhor,ontológica» (p. 409). Dir-se-ía termos andado em círculo, caso a A. não explorasse coeren-temente, sobretudo nas páginas dedicadas aos princípios de relação, diferença e ordem, oseu Leitmotiv. A exploração leva-a, v.g., a militar pelo fundo ontológico do argumentoontológico (p. 531), assim exprimindo quer a sua relatividade quer a sua necessidade. Sejacomo for, a integração da razão teológica e da razão filosófica sob a figura da «correlativi-dade» (p. 519) - traduzível no princípio de que o argumento em favor da existência neces-sária do supremo pensável é feito em função da ordem do ser pensável (p. 531) -, serepresenta uma aquisição no plano da teologia filosófica, força a um entendimento do onto-lógico que colide em vários sentidos, parece-nos, com o ponto de partida do primado da obra.

Sem demorarmos na estranha escotização do argumento que nos é proposta (p. 537 ss.),cabe reparar que o próprio Escoto (e era precisamente aqui que um diálogo teria sidobenéfico) se distancia de qualquer leitura do argumento anselmiano feita no plano daontologia. O sentido da célebre coloratio de Duns Escoto é a de que sem ontologia tal

argumento é vazio (vd. Ordinatio 1, 2 ou a minha versão de De Primo Principio IV),

embora estejamos prontos a admitir que o que me separa da A. é uma versão do que

distancia as interpretações de Th. Kobusch vs. L. Honnefelder (metafísica vs. ontologia),

polémica eventualmente remontável ao próprio neoplatonismo, que não teria sido des-

provido de interesse discutir ou conhecer neste importante trabalho de L. Xavier. Depois

do que dissemos só nos resta vincar uma vez mais que a coerente tese da A. nos

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impressiona pelo conhecimento revelado de S. Anselmo e da sua obra, nos deixa grati-ficados pelo rigor, profundidade e meditação da sua leitura, e pela surpresa de algumasdescobertas propostas , de entre as quais ainda assinalaríamos , para terminar, as seguintes:a oposição entre o antropocentrismo de Agostinho e o ontoteocentrismo de Anselmo(p. 70) ou o tema da «personalização anselmiana do legado augustiniano» (p. 339); a defesade uma ontologia da linguagem (cap. 1); a acribia com que se não omite, aqui e ali, algumaimprecisão anselmiana; evidentemente, toda a exploração do argumento ontológico coma qual, doravante, todos teremos obrigatoriamente de nos confrontar (e seria decerto entu-siasmante ouvir o seu parecer sobre recente e provocante leitura do argumento propostapor um outro filósofo português, F. Gil, La Conviction); a interpretação da processão doEspírito segundo princípios ontológicos (p. 472); a pertinência da dimensão transcendentalda acção (p. 532); a originalidade da última das três questões propostas.

Muito distinto no escopo e no percurso adoptado está o trabalho de Manuela Martins,

explicitamente apostado na «actualidade de S. Agostinho» (p. 31-281) e na retoma deste

autor por um pensador contemporâneo que o não desmereceu, Heidegger (p. 285-453).

Uma Conclusão geral (p. 455-477) e uma importante bibliografia (p. 479-495) fecham o

volume. A A. patenteia há já algum tempo uma predilecção especial por diálogos de

cimeira, nos quais favorece os nomes de Ricoeur, de Husserl e de Heidegger vs. Agostinho,

que parece ser o seu autor antigo de eleição (p. 10). Esta estratégia não é, naturalmente,

nova, mas parece ser S. Tomás de Aquino quem leva a palma no cômputo final. Pensamos,

designadamente, nos trabalhos de L.-B. Geiger, J.-B. Lotz, M. Corvez, K. Rahner, G.Siewerth, U.M. Lindblad, etc. Em vista dste cenário, a A. visa reparar a lacuna no silêncio

sobre Agostinho em diálogo com o autor de Sein und Zeit (p. 17). Para o efeito, este título,

juntamente com os trabalhos do período de Friburgo e Marburgo (sabemos como a expe-

riência do protestantismo feita em Marburgo será superada, o que não quer dizer destruída:

vd. GA t. 66, p. 415), bem como, depois, A Essência do Fundamento e, antes, a conferência

de 1930, precisamente dedicada à leitura da análise do Livro XI das Confissões sobre otempo (Des heiligen Augustinus Betrachtung über die Zeit: Confessiones lib. XI), são os

textos mais estudados. Frise-se que a A. não desconhece os «perigos» de uma tal estratégia.Contudo, ela apenas visa cumprir os destinos da hermenêutica promovendo, como dissemosjá, duas ideias ou programas fundamentais (p. 19): «développer les traits d'une philosophieaugustinienne ouverte à une interpellation philosophique qui se situe, par rapport à elle,dans son avenir, celle de notre existence d'aujourd'hui» e «dégager dans Ia pensée deHeidegger ce qu'elle a en soi de spécifiquement augustinien, et qui devient une sourced'inspiration pour Ia réflexion heideggerienne elle-même». Tanto quanto sabemos, casoúnico no seio dos trabalhos do âmbito da filosofia antiga e medieval no nosso País, estetipo de investigações corre muitas vezes o risco de tomar o ar de família (as relações Ser/Deus, o Cogito e o Cuidado são aqui temas centrais) por uma especificidade. De notar, ainda,que, no caso de Heidegger, convém ser cauteloso dadas as limitações da sondagem sobreuma obra ainda em curso de edição (veja-se, v.g., GA t. 27, p. 242-44 sobre S. Tomás e

S. Agostinho). Na verdade, v.g., o interesse que Heidegger dispensou à questão augustinistada relação entre veritas e vira (vd. GA t. 17, p. 120-26), tema determinante ainda no § 44de SZ, não se pode explicar exclusivamente pela sua leitura do livro X das Confissões,testemunhada nos cursos de 1922 sobre filosofia da religião. Na sua óptica, a questão émais radical: também os Gregos se deixaram obnubilar pelo tema da verdade proposicional,diferentemente portanto do sentido existencial ou aleteiológico da verdade reconhecível

no Novo Testamento e em S. Agostinho. Não é de facto um acaso que leva Heidegger adedicar o segundo curso do semestre de 1921 ao livro X das Confissões; contudo, ediferentemente do que parece dar a entender a A., o principal interlocutor polémico deHeidegger não é Harnack, Dilthey ou Troeltsch (não obstante visar romper com as leituras

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destes intérpretes), mas é Max Scheler. Por outras palavras: não é o neoplatonismo mas aleitura alegadamente axiologizante que Scheler fazia de Agostinho que dá que pensar aHeidegger. Ao desvincular as vivências afectivas de uma filosofia dos valores, o filósofoalemão parece saudar uma atitude comum a Agostinho e a Aristóteles, o método proto-fenomenológico (GA t. 60, p. 159). Só assim se percebe que a armação metodológica dahermenêutica da facticidade seja a do ternário mundo ambiente (Umwelt), mundo comum(Mitsein) e mundo próprio (Selbstwelt) cuja explicitação nos remete para o Vollzugssinn(sentido da realização plena) que Heidegger detecta no livro X (que a A. analisa),justamente aquele em que Agostinho, culminando a sua autobiografia, a decifra no presentevivo do hoje sob a perspectiva da realização. Do lado de Agostinho sobressai o trabalhofeito sobre as Confissões, A Cidade de Deus, A Trindade, O Ensino Cristão e a Explicaçãoliteral do Génesis, e muitas vezes, aí, não é só o carácter vivo do pensar augustinista quese destaca, mas, de igual modo, a sua «perenidade» (ou quiçá esta por causa daquele).Observemos que a questão da «actualidade» augustinista reaparece sistematicamente, e omérito da A. passa, certamente, por ter posto em relevo que ela pende mais para uma leituradesconstrutiva do género da de Heidegger do que para a banda daquelas mais afins aoestilo, aliás tão refinado, de J. Guitton. Dito isto, sempre acrescentaremos que é nossaconvicção que se Heidegger mereceu Agostinho, o que é digno de ser pensado é que a«actualidade» deste se não pode circunscrever no merecimento daquele. Ao irónico sorrisode augustinistas perante uma estratégia como a presente, e à acusação de superficialidade,por parte dos heideggerianos, a coragem da A. esteve talvez em ter podido demonstrar quese a filosofia não se encerrou com a obra de S. Agostinho decerto não se poderá dar porconcluída com Heidegger. Por outras palavras: interrogar a «actualidade» da leitura deAgostinho feita por Heidegger implicará convocar novos leitores que à semelhança dofilósofo da Floresta Negra o saibam merecer, muito para além da meditação deste.

Mário Santiago de Carvalho

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LIVROS RECEBIDOS NA REDACÇÃO

AGOSTINHO (Santo) - Diálogo sobre a Ordem. Tradução, introdução enotas de P. O. e Silva. Edição bilingue, Lisboa; INCM, 2000, 266p.

ALBUQUERQUE, M. de - Estudos de Cultura Portuguesa. 2° volume, Lisboa:

INCM, 2000, 493p.

BARBOSA, A. M. - Obras Filosóficas. Organização e prefácio de A. F.

Morujão, Lisboa: INCM 1996, 672p.

BRAGA, T. - Poesia do Direito. Origens poéticas do Cristianismo. As lendas

cristãs. Prefácio de M. da C. Azevedo, Lisboa: INCM, 2000, 501p.

CAEIRO, F. da G. - Dispersos. Organização de M' de L. S. Ganho. Vol. I:Prefácio de P. Calafate, II e III , Lisboa: INCM, 1998, 1999, 2000, 546p., 253p.,518p.

Enciclopédia Einaudi 34.: Comunicação-Cognição, Lisboa: INCM, 2000,500p.

Enciclopédia Einaudi 41.: Conhecimento, Lisboa: INCM, 2000, 432p.

FERNANDES, J. M. - Arquitectura portuguesa. Unta síntese, Lisboa: INCM,

2000, 226p.

FRANCO, A. C. - A literatura de Teixeira de Pascoaes, Lisboa: INCM, 2000,

550p.

FRANCO, A. C. - Unta Bibliografia de Teixeira de Pascoaes (Separata da

obra `A Literatura de Teixeira de Pascoaes'), Lisboa: INCM, 2000.

GOMEZ-HERAS, J. M - Ética y hermenéutica. Ensayo sobre Ia construcción

moral del 'mundo de Ia vida' cotidiana, Madrid: Biblioteca Nueva, 2000, 537p.

JUENGER, E. - O Trabalhador. Domínio e Figura. Introdu., trad. e notas de

AF de Sá. Prefácio de N. Rogeiro, Lisboa: Hugin, 2000, 271p.

LOPES, R. da C. - O Segredo do Cofre Espanhol. Notas para uma ideário

filosófico de José Maria Eça de Queiroz, Lisboa: INCM, 2000, 170p.

MACHADO, P. F. - Sorrisos e Desalentos. Prefácio de F. Soares, Lisboa:

INCM, 2000, 74p.

MARQUILHAS, R. -A Faculdade das Letras. Leitura e escrita em Portugal

no séc. XVII, Lisboa: INCM, 2000, 367p.

NEMÉSIO, V. - O Retrato do Semeador. (Obras Completas vol. XVIII),

Lisboa: INCM, 2000, 212p.

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468 Revista Filosófica de Coimbra

NEMÉSIO, V. - Ondas Médias. (Obras Completas vol. XIV), Lisboa: INCM,2000, 240p.

REIS, C. - O Essencial sobre Eça de Queirós, Lisboa: INCM, 2000, 123p.

RUSSELL, P. E. - A Intervenção inglesa na Península Ibérica durante a

Guerra dos Cem Anos, Lisboa: INCM, 2000, 647p.

SOARES, L. R. - Pedro Margalho, Lisboa: INCM, 2000, 268p.SCHMITT, C. - Catolicismo Romano e Forma Política. Prefácio, trad. e notas

de AF. De Sá, Lisboa : Hugin , 1998, 55p.

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ÍNDICE ONOMÁSTICO(ARTIGOS)

Abensour, M. 69, 82, 88, 90Adeodato 296Adriano 265Adorno, Th. 88, 214, 342Agostinho 16, 28, 59, 60, 130, 192,

238, 245, 248, 265, 269, 271, 278,284, 289-307

Alano de Lille 27Alberto de Saxónia 124, 128, 135, 144,

148Albino 297Alcuino de York 304

Alfaric, P. 298

Alípio 296

Albrecht de Scharfenberger 147Ambrósio de Milão 296, 297, 299Amónio Sacas 49Anaximandro 58, 213, 251André, J.M. 305Andrés. T. de 140, 141, 142, 143Antíoco de Ascalon 297Appun, Ch. 397Apuleio 297Arato, A 417Arendt, H. 57, 88, 89, 291, 298,

251Aristóteles 6, 7, 16, 21, 26, 28, 29, 30,

31, 34, 43, 48, 54, 55, 58, 59, 60,

61, 75, 123, 127, 128, 129, 135,

136, 137, 147, 191, 193, 194, 195,

206, 213, 215, 219, 229, 233, 240,

241, 248, 250, 265, 304, 322, 328,354, 356, 359, 366, 367

Ático 297Atlan, H. 345, 347, 349Augé, M. 345, 347Bacon, F. 34, 35, 55Bagessen , S.I. 98Bak, P. 344Balsemão, E. 353, 398Balzac, J.-L.G. 52Bammel, C.P. 299Barbosa, A de M. 292, 301Barth, K. 250Bártolo 265Basch, V. 109Bastien , J.-P. 151, 154, 156Bauer, A & B. 55, 56Beckert, M.C. 114Béguin, D. 290Belaval, Y. 382Bellah, R. 417Benakis, L. 297Benjamin, W. 291Bentham, J. 413, 414, 415Berchman, R.M. 297Bergner, D. 110Bergson, H. 291Berlinger, R. 303Bernardo, F. 63Beuchot, M. 122, 123, 126, 150

Bianco, F. 190

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470

Biard, J. 134Blanchot, M. 74, 76Bochet, I. 291, 294Boécio 50, 128, 131, 132, 135, 304,

357Boehner, Ph. 125, 133, 144Bolland, G. 218Bollème, G. 294Bollnow, O.F. 37, 42, 48, 189Bouretz, P. 82Boyer, Ch. 298Bradley, F. 218Bragança, J.O 298Brague, R. 297Branco, C.C. 291Brandão, R. 156Brentano, F. 365, 367Brown, P. 290Brown, S. 125, 136Buber, M. 88, 250Buehler, K. 27, 33Bultman, R. 3Busse, A. 49Caeiro, F.da G. 97Caetano (Cardeal) 265, 266Campos, L.S. 156Canetti, E. 88Cantor, G. 291Carlos V 274Carvalho, M.S. de 299, 303Cassirer, E. 3, 36, 50, 51, 193, 228,

229Castro, A de 265, 266, 283Cézanne, P. 230Chalier, C. 82, 87, 89Chenu, M.D. 294Claudel, P. 291Cícero 21, 241, 293, 297, 331Clastres, P. 88Cohen, H. 193, 197Cohen, J.L. 417Collingwood, R. 231

Revista Filosófica de Coimbra

Cocote, A. 36Copérnico, N. 5, 147, 326Costa, M.R.N. 298Costello, F.B. 267, 275, 278, 287Cornell, D. 69Corte, F. delia 296Corten, A 151, 156Courcelle, P. 294, 298, 299Courcelles, D. 292Courtine, J.F. 297Covarrúbias 265Coyle, J.K. 297Croce, B. 218, 231Crouse, R. 290Curtius, E.R 27Cutino, M. 302Dannhauer, J.C. 5, 28, 30De La Brière, Y. 275De Rijk, L.M. 132, 144, 148Delmas-Marti, M. 345, 347Derrida, J. 68, 69, 80, 81Descartes, R. 5, 215, 248, 302, 322,

329Di Mijolla, E. 292Dilthey, W. 3, 9, 39, 40, 42, 43, 45, 46,

47, 48, 57, 193, 195, 196, 197, 198,227, 229

Dodaro, R. 290Doignon, J. 298Dostoievski, F.M. 52Dreschsler, J. 114Droit, R.-P. 345, 347, 349Droysen, J.G. 39, 40, 41, 45, 227Drozdec, A 291Druet, P.-Ph. 110Duesing, K. 51Ebner, F. 244, 250École, J. 5Edelman, G.M. 341Egídio Romano 304Engels, F. 192Erasmo, D. 262, 305

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Índice Onomástico

Espinosa, B. 33, 208, 317, 318, 331, 397Espinosa Rubio, L. 331Etzioni, A 417Euclides 49, 50Evódio 296Faessler, M. 69Ferrer, D. 97Ferrier, F. 291, 305Fetscher, I. 109, 117Feuerbach, L. 55, 56Fichte, J.G. 38, 97-119, 218, 220, 227,

310, 317, 318, 403, 405, 412, 413,416

Filon de Alexandria 297Finkielkraut, A. 65, 82, 89Fish, S. 69Flasch, K. 304Flashar, H. 37, 39, 46Fleg, E. 66Fraenkel, E. 25Fraga Iribarne, M. 263, 266, 286Fraga, G. de 302Franck, A. H. 32Fredborg , K.M. 124, 143Frege, G. 374Freire, J.G. 290, 292Fresco, N. 345, 347Freud, S. 3, 191, 233, 291Friedlaender, P. 25Fulda, H.F. 62Gabriel Biel 213, 265Gadamer, H.-G. 3-62, 189-259, 298,

300, 306Gál, G. 125Galilei, G. 35, 36, 326Gambatesse, A. 136Geerlings, W. 290, 293, 296, 299Gellhaus, A. 51George, S. 230

Gethmann, F. 60

Gethmann-Siefert, A. 51

Gide, A 291

471

Gilot, F. 292Gilson, E. 34, 300Glaserfeld, E. v. 352Glocenius, R. 5Goethe, J.W. 14, 309, 310Gogarden, F. 250Gogh, V. 230Godescalco de Orbais 304Gogol, N.V. 52Gómez rabal, A 293Gonçalves, J.C. 290, 302Goodman, F. 153, 156Goya, J. 127Gracia, J.J. 355, 357Green-Pedersen, N.J. 143Greisch, J. 7, 306Gris, J. 230Grócio, H. 33Grondin, J. 33, 42, 189, 190, 199, 200,

209Gruender, K. 37, 39, 46

Guardini, R. 53

Guerolt. M. 109

Guilherme de Conches 132

Guilherme de Ockham 121-150

Guilerme de Saint-Thierry 294

Guitton, J. 291

Gusdorf, G. 190Habermas, J. 69, 417Hadot, I. 299Halperin, J. 69, 70Hamesse, J. 293Hamman, A G. 294Harder, R. 25Harnack, A v. 292Hartmann, N. 61, 193, 228, 332Hayat, P. 82, 88Haym, R. 411Heath, T. 49Hegel, F.W. 3, 16, 17, 21, 23, 42, 43,

45, 53, 54, 55, 56, 83, 190-237,242, 246, 248, 249, 254, 255, 257,

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472

302, 309-323, 402, 403, 406, 410,412, 413, 416, 418, 419, 430

Henry, P. 298Heraclito 58, 193, 197, 239, 248, 251,

331Herder, J.G. 51Hesíodo 195Heidegger , M. 3-62, 189-259, 291,

310, 345, 346Hcinrich, D. 5Helmholtz , H. 44, 45Henrique de Gand 304Herder, J.G. 37, 41, 51, 310Hobbes, Th. 69, 82, 83, 88, 90, 92,

404, 405, 407, 408, 409Hoelderlin , F. 192, 217Hoelderlin, J.C. 13, 230, 236, 251, 252,

254Holenstein, E. 39Holmes, S. 89Holte, R. 300Homero 26, 195Hoerstmann , A. 37, 39, 46, 62Humboldt, W. V 23, 40Hume, D. 35, 371, 372, 373, 375, 377,

378, 379, 385Hurbon, L. 156Husserl , E. 3, 15, 16, 18, 48, 52, 57,

60, 229, 250, 377, 378, 379Illyricus, M. F. 30, 31, 32Isidoro de Sevilha 265lodocus Trutvetter 145, 148, 150Jacob, Ch. 296Jacques, R. 294Jaeger, W. 25Jâmblico 297Janicaud, D. 192Janke, W. 114Jankélévitch, V. 72Jaspers, K. 52, 56, 57, 291Jelles, J. 397João (Evangelista ) 203, 204, 238, 310

Revista Filosófica de Coimbra

João III (rei) 274João Escoto Eriúgena 304João Duns Escoto 133, 135, 136, 143,

304, 360, 361Jesus Cristo 203, 205, 296Joyce, J. 291Juliano de Eclanum 304Kant , I. 3, 21, 33, 34, 35, 36, 37, 38,

69, 90, 91, 102, 110, 112, 192, 194,196, 199, 202, 215, 218, 220, 228,233, 241, 304, 322, 365, 379, 405,409, 410, 411, 412, 413, 416, 418

Kepler, J. 34, 35Kessler, D. 88Kettering, E. 57Kierkegaard , S. 52, 56, 114, 191, 202,

230, 232, 250, 252, 292Kimmerle , H. 33, 37Kirwan , Ch. 301Kobusch, T. 290Kohn, H. 109, 110, 113Kojève, A 218Kramer, K. 62Kripke, S.A 364, 375Kueng, H. 292, 305Kuki, S. 6Lacan, J. 291Lafont, C. 7Laks, A 189Lanchos, F.J. 292Lask, E. 228Lasson, G. 406Lawless, G. 290Lefort, Cl. 89Leibniz, G.W. 16, 18, 21, 34, 41, 215,

236, 241, 382, 383, 385Lejbowicz, M. 293Lemoine, M. 294Leon, X. 109Lerma, C. de 150Lessing , H.-U. 42Lévinas, E. 63-95

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Índice Onomástico

Levy-Bruhl, L. 110, 113Licêncio 296Lipps, H. 189Locke, J. 35, 401Lodovici, E.S. 292Loessi, J. 306Loessl, J. 301Loewith, K. 56Liuzzo, M. 145Lubac, H. De 27Luhmann, N. 352, 404, 417, 432Lutero, M. 28, 31, 208, 238, 240, 262,

263, 304, 305Lyotard, J.F. 69Macedo, C. 299Madec, G. 293, 294, 296, 297, 299,

303, 306Mader, J. 55Maesschalck, M. 107, 116Malka, S. 89Mallarmé, S. 54, 230Mandouze, A 290Maquiavel, N. 89, 104Marcel, G. 52Marcuse, H. 56Mario Vitorino Afer 298, 301Marrou, H.I. 297, 299, 300Martins, M.B. 292Marx, K. 14, 55, 56, 191, 192, 194, 227,

233Marx, W. 237, 311Mateus (Evangelista) 263Mathieu, V. 292Maturana, H. 342, 352, 353Mauriac, F. 294Mayr, J. 283

Meinecke, F. 109

Melanchton, Ph. 30, 31

Merleau-Ponty, M. 52

Mestre Eckhart 21, 213, 240

MilI, J.S. 36, 42, 44, 45, 415

Minguez Perez, C. 147

473

Misch, G. 48, 189Mojsisch, B. 290, 310Molesworth, W. 407Molina, L. de 261-287Mommsen, Th. 39Mongin, O. 88, 89Mônica (St') 296Montaigne, M.E. 68, 292Moratalla, A.D. 190Morris, Ch. W. 363Moog, W. 110Muhalac, U. 39Munoz García, A 121, 124, 128, 145Natorp, P. 60Nédoncelle, M. 291, 292Nemo, Ph. 89Neschke, A. 189Neschke-Hentschke, A 293Neske, G. 57Neves, M. das 290, 292Nicolau de Cusa 18, 305Niebuhr, B.G. 39Nielsen, L. 124, 143Nietzsche, F. 22, 23, 42, 52, 55, 57,

191, 193, 213, 226, 233, 237, 289,291, 292, 293

Nohl, H. 202O'Daly, G. 297, 300, 302, 304Oehler, K. 46Oliveira, M. de 291Orígenes 299Ortega y Gasset, J. 295, 325, 326, 327Ortigues, E. 302Pacheco, M.C. 290, 292

Pannenberg, W. 290

Panormitano 265, 267

Pappos de Alexandria 49

Parménides 58, 243, 251

Pascal, B. 68, 292

Paulo (apóstolo) 59, 262, 300Pedro (apóstolo) 268Pedro Abelardo 137

Revista Filosófica de Coimbra - a.° 18 (2000 ) pp. 469-475

Page 43: Revista Filosófica de Coimbra

474

Pedro Hispano 122, 123, 126, 127, 132Pedro Lombardo 304Pegueroles, J. 290Peirce, C.S. 353, 398, 430, 431Pelágio 304Pépin, J. 297Pereira, M.B. 5, 11, 14, 49, 50, 51, 53,

57, 189, 290, 291, 292, 303, 306Pcrena, L. 280Perez Prendes, J.M. 280Perez Ruiz, F. 297Petitdemange, G. 88Picasso, P. 230Pina, A.A. de 295Pinborg, J. 124, 143Piret, P. 306Platão 13, 14, 15, 16, 18, 19, 21, 26,

30, 48, 53, 54, 66, 129, 191, 192,193, 213, 220, 223, 227, 230, 231,232, 235, 236, 237, 241, 243, 247,293, 294, 304, 322, 328, 356

Plotino 18, 296, 297, 298, 299, 300,301

Poeggeler, O. 14, 15, 26, 51, 60Pombo, F. 292Porfírio 296, 297, 299, 300, 356, 357Portalié, E. 304Proust, M. 291Przywara, E. 292Pseudo-Dionísio Areopagita 299Ramsey, F.P. 386Ranke, L.v. 39, 40, 228Rawls, J. 417, 419, 420Regout, R. 287Reil, E. 307Rentsch, Th. 62Rey, J.-F. 65, 70Ricoeur, P. 291, 300Riedel, M. 7, 43Rilke, R.M. 230, 258Rincón, A 291Roberto Kilwardby 143

Revista Filosófica de Coimbra

Rogério Bacon 124 , 134, 144, 148Rolim, F.C. 156Roamniano 296Rombach, H. 36Rorty, R. 430Rosa, J.M.S. 290, 298Rosenzweig, F. 85Rossatto, N.D. 292Rosseau , J.-J. 91, 242, 401, 421Roth, E.W. 45Rotahcker, E. 228Ruge , A. 55, 56Sacks, O. 341Sartre, J.-P. 14, 52, 199, 291Santos, J.O 295Schadewalt, W. 25Schaeffler, R. 27Schelling, F.W. 18, 51, 202, 216, 237,

252, 258, 309, 312, 313, 314, 315,317, 410, 416

Schlegel , A & F. 38Schleiermacher, F.D.E. 9, 29, 37, 38,

39, 41, 193, 196, 227Schillebeeckx, E. 33Schiller , J.Ch. 114, 192Schiller , J.F. 14, 51Schluck, H. 5Schmidt, J. 190Schmidt , K. 317, 352Schmidt, V. 297Schneiders, W. 5Schoetlaender, R. 109Schopenhauer, A 213Schultz, W. 5Sciacca , M.F. 298Selby-Bigge, L.A 372Séneca 241, 297Shakespeare, W. 204Simon, J. 322Sócrates 7Soto, D. 150, 265Spengler, O 3

pp. 469 -475 Revista Filosófica de Coimbra - n.° 18 (2000)

Page 44: Revista Filosófica de Coimbra

índice Onomástico

Spiegelberg, H. 292Spranger, E. 228Steiner, S. 291Stendhal (H.B.) 52Stierle, K. 37Stirner, M. 55, 56Strathern, P. 291Strawson , P.F. 383, 384, 385, 386Suárez, F. 285, 286, 358, 359, 360,

362, 367Suárez de Urbina, J.A 145, 148, 150Tales de Mileto 195Taminiaux, J. 192Taylor, Ch. 409Terrel, J. 404Testard, M. 297Teofrasto 48Teske, R. 298Tezuka, T. 6, 7, 8Thierry de Chartres 293Ticónio 305Todisco, O 290Tolstoi, L.N. 52Tomás de Aquino 16, 147, 219, 241,

261, 265, 271, 284, 304Tononi, G. 341

Torricelli, E. 36

Trendelenburg, F. A 193

Trigano, Sh. 72

Trundle, R. 291

Unamuno, M. 121

Watzlawick, P. 352

Weber, M. 195

475

Weber, S. 69

Weil, E. 88

Weizsaecker, C.F.v. 237

Wiclef 262

Wierviorka, M. 81

Wildt, A 106

Williams, C. 154, 156

Wilson, J. 27

Winckelmann, J.J. 14

Wisser, R. 55

Wittgenstein, L. 6, 291, 321, 374, 375Whitehaed, A N. 332Wolff, Ch. 5

Wordsworth, W. 292

Valencia, G. de 287

Valéry, P. 52

Vanderpol, A 285, 286, 287Vannier, M.A 302Varela, F. 342Varrão 297Velásquez, L. 145Veloso, A M. 302Vico, G. 50, 51Vitória, F. de 265. 267, 268, 269, 271,

280, 282, 285Vives, L. 145, 150

Volkmann, K. 5

Zahn, M. 403

Zambrano, M. 294

Zeller, E. 193, 196

Zimmermann, A 114

Zola, E. 52

Zum Brunn, E. 302, 303

Revista Filosófica de Coimbra - a." 18 (2000) pp. 469-475

Page 45: Revista Filosófica de Coimbra

1.

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ÍNDICE 2000

Artigos

Amândio A . Coxito - Luis de Molina e a escravatura ................. 117O direito da guerra em Luís de Molina . 1 - Jus Ad Bellum.. 261

Christoph Asmuth - A génese da génese. A noção de 'desenvolvi-mento ' na fenoinenologia do espírito de Hegel e o seu desenvol-vimento ........ .................................................................................. 309

Edmundo Balsemão Pires - «O povo não sabe o que quer». Algunsaspectos da crítica hegeliana a J. J. Rousseau , a respeito daideia de legitimidade e da origem do Estado entre 1817/18 e1820 ............................................................................................... 65

Luciano Espinosa Rubio - Pensar la naturaleza hov .................... 325

Mário Santiago de Carvalho - Presenças do platonismo em Agos-tinho de Hipona (354-430) .......................................................... 289

Miguel Baptista Pereira - Metafísica e modernidade nos caminhosdo milénio ..................................................................................... 3- O século da hermenêutica filosófica: 1900-2000 ................. 189

Notas

Henrique Jales Ribeiro - Proposições de Russell , proposiçõesrussellianas, e outras proposições : elementos para uma dis-cussão de Gillermo Hurtado ....................................................... 145

Edmundo Balsemão - Ensaio sobre a individualidade prática .... 351

Page 47: Revista Filosófica de Coimbra

Maria Luísa Portocarrero Silva - Autonomia humana e clonagem 345

Mário Santiago de Carvalho - Cultural interactions in medievalIberian Peninsula : review article ............................................... 137

Crónica ................................................................................................ 435

Ficheiro de Revistas ...................................................................... 167, 453

Recensões ....................................................................................... 171, 461

Livros recebidos na Redacção ........................................................ 467

Índice Onomástico (Artigos) do Volume 9 ...................................... 469

Page 48: Revista Filosófica de Coimbra

Execução gráfica

da

TIPOGRAFIA LOUSANENSE, LDA.

Depósito legal n .° 51135/92

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