110
ENTREVISTA RAFAEL CERVONE ANALISA O MERCADO PEDAGOGIA JOGOS VIOLENTOS ESTIMULAM COMPOR- TAMENTO AGRESSIVO MODA GLOW APRESENTA TENDENCIAS OUTONO/ INVERNO 2011 ano I - nº 5 - agosto de 2010 www.revistaforça.com.br 3,5 milhões de brasileiras já abortaram

REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Embed Size (px)

DESCRIPTION

edição de agaosto de 2010

Citation preview

Page 1: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

ENTREVISTA RAFAEL CERVONE ANALISA O MERCADO

PEDAGOGIAJOGOS VIOLENTOSESTIMULAM COMPOR-TAMENTO AGRESSIVO

MODA GLOW APRESENTA TENDENCIAS OUTONO/

INVERNO 2011

ano I - nº 5 - agosto de 2010

www.revistaforça.com.br

3,5 milhões de brasileiras já abortaram

Page 2: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 3: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 5

Page 4: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Editorial

Conheça Nossa Equipe

Luís José SartoriMaurício Borte

CONSELHO EDITORIAL

Luís José Sartori

EDITOR

Maurício Borte

DIRETOR ADMINISTRATIVO

Luís José Sartori

DIRETOR DE REDAÇÃO

Dr. Luiz Alberto LazinhoDr. Marco Antonio PizzolatoDr. Reinaldo César SpazianiDr. Luis Fernando Matsuo MaedaSílvia CamargoGabriela Alvesa Corrêa SartoriCovolan Indústria Textil LtdaOsmídio Antônio Buck de GodoyBruno BadanMarcos Antônio de Oliveira

COLABORADORES

Cristiani Azanha - MTB 31156

JORNALISTA

Thiago Sallati

DESIGN GRÁFICO E EDITORAÇÃO

Nilzamara Sartori de OliveiraLuana de Grande Souza

REVISORES

Michele Trevisan

REPORTAGENS

Força Contábil Ltda(19) 3026.6365

RESPONSÁVEL PELO PROJETO

www.revistaforça.com.brSugestões / Críticas / Elogios

[email protected]

Para assinar ligue:(19) 3026.6365

SITE OFICIAL

Como tudo na vida deve ser uma seqüên-cia lógica de aprendizado, nós da Revista Força também estamos em plena ascen-são de crescimento, tanto em qualidade de diagramação, quanto em qualidade de matérias.O legal de tudo isso, são as relações que es-tão se criando com o público leitor e com a procura de especialistas em diversas áreas de negócios, que estão se juntando a nós, para que cada dia mais possamos levar a vocês um conteúdo de grande aproveita-mento no seu cotidiano, sendo na troca de conhecimento ou na opinião de como agir em determinados assuntos, que às vezes, nem sempre é nossa especialidade. Os artigos e matérias que trazemos nesta edição, são totalmente voltados às deman-das que estão chegando até nós. Vemos também que a Região Metropolitana de Campinas já nos acolheu. Caso deseje in-formações profundas sobre qualquer as-sunto que apeteça sua leitura, estaremos te atendendo, é só pedir.Quando algo vai bem, muitas pessoas se sentem felizes com aquele fato, torcem, vibram, celebram e até oram em benefício do outro estar realizado, porém outras ten-tam de maneira inescrupulosa denegrir a imagem dos que constroem, e “pensam”

que conseguem atingir o objetivo, mas na totalidade das vezes não tem êxito e sem-pre o bem vence o mal e a verdade vem à tona. DEUS é soberano, e além de todas as suas tarefas, também passa a cuidar de pessoas maldosas, reservando também algo que será bom para o processo de arrependi-mento de muitos, mesmo que essas doses de ensinamento sejam um pouco amargas para o aprendizado da vida, porém são ne-cessárias dependendo do grau de anomalia que a pessoa tenha, e que vai ser lembrada a todo o momento em sã consciência, de que a justiça “Divida” não falha.Quando se houve uma crítica, em nossa opinião acende-se uma luz amarela, e de-ve-se imediatamente pensar e repensar so-bre tal apontamento. Nós realizamos este método de análise e quando deparamos com “inverdade” também sabemos lidar com a situação, que é nada mais do que trabalhar... trabalhar... e trabalhar!!! Na bíblia está escrito que o “trabalho dig-nifica o homem”, então, se sabemos que o dom de dignificar alguém só é proveniente de DEUS, vamos seguir firmes, trabalhan-do por você, e sempre trazendo nas edi-ções uma mensagem de paz.Fiquem com DEUS e boa leitura.

Luís José SartoriDiretor Editorial

Sérgio [email protected][email protected](19) 3026.6365 • Ramal 213

COMERCIAL

6 • FORÇA • agosto de 2010

Page 5: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

26 O fim do supermaiô

66 • Tendências outono/inerno 201168 • Outono/inverno 2011 Glow Tecidos76 • Compromisso com o meio ambiente80 • Padrão Internacional

Moda

92• As delícias da confraria94 • Covolan Jeansweare inaugura restaurante96 - Delicioso Filé a Parmegiana

90 • Antonio Hermínio Marin

Gastronomia

História de minha vida

82 • Reinauguração La Meche86 • Glow Tecidos no Premiére Vision Brasil88 • Jovem de Sucesso

Social

100 • Novas regras da publicidade102 • A saúde do homem

Saúde

Índice Edição 5 | Ano 1

8 • Entrevista Rafael Cervone Netto10 • O perfil de quem aborta13 • Estatuto do nascituro15 • Leitor16 • Rápidas

Entrevista Rafael Cervoni Netto: O presidente em exercício do CIESP8

o perfil das 3,5 milhões de brasileiras que já interromperam a gravidez

10

36 • Horas Extras38 • Código de defesa do consumidor40 • Você conhece seus direitos?

Jurídico

30 • 5 passos para um trabalho eficaz

Dicas de Construção

60 • Banalização da violência63 • A importância da leitura

42 • 236 anos de Campinas46 • Referência no mercosul48 • Vereadores de Campinas52 • Logística Estratégica

Pedagogia

Espaços

64 • Painéis reconfiguráveis

Tecnologia

17 • Sinal de alerta para a economia18 • Cresça mais com menos20 • Emprego em alta na RMC24 • Mercado financeiro anda de lado

Economia

26 • O fim do supermaiô

Esporte

106 • A paz que queremos

Orações

Outono/Inverno 2011Glow Tecidos68

Banalização da violência 34

Foto

Div

ulga

ção

FOTOS ISTOCKPHOTO

agosto de 2010 • FORÇA • 7

Page 6: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Entrevista Rafael Cervone

8 • FORÇA • agosto de 2010

O presidente em exercício do CIESPRafael Cervone Netto também está no segundo mandato como presidente do Sinditêxtil-SP

Page 7: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

o objetivo é

contribuir

para que

as empresas

adotem produção

mais sustentável

O que representa a assinatura da minuta com as alterações solicitadas pelo setor têxtil e de confecção, no Decreto sobre a redução de ICMS, de 12% para 7%, assinada em julho?Esta é mais uma grande conquista para o setor têxtil e de confecção paulista. Estamos satisfeitos com as decisões apresentadas pelo Secretário da Fa-zenda do Estado de São Paulo, Mauro Ricardo e sancionadas agora pelo Go-vernador São Paulo, Alberto Goldman. Acreditamos que daqui para frente mais empresas do setor poderão se beneficiar da redução no ICMS, conquistada em março passado. Outra conquista do setor têxtil e de confecção paulista foi a prorrogação, até dezembro de 2010, da isenção do recolhimento do ICMS no ato da compra de máquinas e equi-pamentos, tanto nacionais quanto im-portados. O benefício vencia em 30 de junho. Se não fosse assim, as empresas teriam que pagar o ICMS no ato e ficar com crédito por 24 meses. Para disse-minar as informações do novo ICMS, o Sinditêxtil-SP e vamos realizar uma série de palestras em diferentes cida-des (roadshow) para esclarecer todas as questões deste decreto, bem como as alterações publicadas no Diário Oficial do dia 17 de julho.

Na sua opinião, por que ainda sofremos com um déficit na balança comercial paulista?Apesar de sermos o principal exporta-dor da moda brasileira, empregando 518 mil trabalhadores, com um faturamento de aproximadamente R$ 28 bilhões, ou cerca de 40% do faturamento de toda a indústria têxtil e de confecção do Brasil, ainda temos uma enorme desvantagem competitiva no comércio bilateral pro-vocada pela sobrevalorização de nossa moeda, impostos e juros mais elevados que pagamos por aqui. Um exemplo

disso é Pequim, que com práticas não alinhadas à economia de mercado, como salários baixos, subsídios estatais e falta de investimentos em produção mais limpa e ambientalmente sustentá-vel também interferem no resultado da nossa balança comercial. Também vale ressaltar o crescimento geométrico do ingresso de produtos têxteis e de vestu-ário advindos de Bangladesh: somente nos primeiros cinco meses de 2008, o valor das importações advindas desse país deu um salto de 60,18% e o volume das compras evoluiu 298%. Tudo isso afeta nossas transações comerciais.

Qual a posição do setor produtivo diante da decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros?O nosso sentimento é de repúdio. Não podemos concordar com a a política equivocada de elevação da taxa Selic simplesmente para que as expectativas de mercado não sejam contrariadas. A quem interessa juros altos: aos poucos do mercado ou aos muitos da socieda-de? Quando a insistência da política de juros altos, na contramão da realidade econômica do País, prejudica o cresci-mento e tira da sociedade emprego e

renda, quem trabalha e produz fica des-motivado. Isso não é bom para o Bra-sil. Vamos seguir defendendo o setor produtivo brasileiro. O Brasil não pode continuar entre os campeões mundiais de maiores taxas de juros. Esse título é péssimo não somente para a nossa ativi-dade econômica, mas para toda a popu-lação brasileira.

A indústria têxtil paulista tem preo-cupação com o meio ambiente?Com certeza. Um exemplo disso é que somos pioneiros em Produção Mais Limpa. Na década de 90, o nosso setor já participava de um programa piloto da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), para dimensionar o consumo de energia e água e verificar a geração e disposição de resíduos. Recentemente tivemos mais um avanço: o Sinditêxtil-SP lançou o Manual de Indicadores de Desempenho Ambiental (água consu-mida e água reutilizada, energia, carga orgânica, geração total de resíduos e a sua parcela reciclável). O objetivo é contribuir para que as empresas adotem produção mais sustentável.

De que maneira os Indicadores de Desempenho Ambiental irão ajudar as indústrias do setor têxtil paulista e a sociedade?O constante monitoramento dos pro-cessos produtivos utilizando os Indi-cadores Ambientais irá possibilitar uma avaliação mais precisa quanto à melhoria de desempenho ambiental da empresa e também de todo o setor. Esta cartilha é uma ferramenta importan-te para o fortalecimento do setor têxtil paulista e brasileiro, tanto no mercado nacional quanto internacional. A parti-cipação das empresas é essencial para a continuidade deste projeto que visa o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade.

Entrevista

agosto de 2010 • FORÇA • 9

Page 8: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Capa

O PERFIL DE QUEM ABORTA

10 • FORÇA • agosto de 2010

Page 9: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 11

Capa

Primeiro levantamento direto sobre o abordo no País revela o perfil das 3,5 milhões de brasileiras que já interromperam a gravidez

Adolescentes, de classe mé-dia baixa, sem estrutura familiar, sem condições de sustentar um filho e soltei-

ras. Não, esse não é o perfil das mulhe-res que abortam no Brasil! Se levarmos em consideração o conhecimento empí-rico essa pode até ser a realidade vivida pelas mulheres que decidem interrom-per uma gravidez. Mas, basta basear-se em dados de um inédito levantamento feito no país para construir uma nova concepção.Casadas, mães, religiosas, com idade entre 18 e 39 anos e de todas as classes sociais. Esse, sim, é o perfil das mulhe-res que abortam no Brasil. O inédito levantamento feito pela UnB (Univer-sidade de Brasília), em parceria com o Instituto Bioética e o Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, foi divulgado em maio deste ano e revela que para uma boa parcela da população feminina do país não há casamento, fa-mília, religião, classe social e leis que impeçam a prática ilegal do aborto.Para o sociólogo Gessé Marques Junior, da Faculdade de Ciências Humanas da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), esse perfil demonstra que o aborto não é mais tratado como tabu, mas como uma questão inerente às mu-lheres. “As mulheres que abortam são mulheres do cotidiano, que deixam de se prevenir. Quem aborta é a mulher

comum. Essa mulher não tem a sexua-lidade perversa, como achamos quando pensamos em quem aborta. Quem tem a necessidade do aborto é a mulher pró-xima de todos nós”.Das 2.002 mulheres entre 18 e 39 anos entrevistadas pela pesquisa, 15% reve-laram já ter abortado. Esse número re-presenta 5,3 milhões de mulheres - de acordo com o IBGE (Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística) - e confir-ma a tese defendida por pesquisadores: os países com as menores taxas de abor-to por mil mulheres em idade fértil são países em que o aborto está plenamente liberado e pago pelo Estado. Países da América Latina, com leis restritivas, têm taxas até 10 vezes mais elevadas, o que demonstra que a proibição legal não evita o abortamento. Diz a ginecologista do Caism – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Unicamp, Dr. Arlete Fernandes: “A grande preocupação com a prática do aborto é a gravidez indesejada. É que a mulher resolva por ela mesma. O que acontece é que nem todas as mulheres têm orientação. Elas não usam os méto-dos de contracepção da maneira correta e acabam engravidando. A mulher que vai ao Posto de Saúde procurar orienta-ção sobre um método precisa dele para hoje e não para daqui a um mês.Ao contrário do que se imagina, não é por falta de estrutura financeira ou por

pertencer à classe média baixa que as gestações são interrompidas ilegalmen-te. Pois, para a pesquisa, em 35% dos casos a mulher recebe entre dois e cin-co salários mínimos. Também não é na adolescência o período com a maior in-cidência de aborto, já que 24% das en-trevistadas declararam ter feito o aborto entre 20 e 24 anos. Também não são fatores éticos, morais e religiosos - que alimentam a discus-são e não deixam a polêmica sobre a decisão de legalizar o aborto cessar em vários países - que pesam na decisão de interromper a gravidez. Das mulheres entrevistadas que revelaram ter abortado 80% têm religião, 64% são casadas e 81% são mães. Enquanto o Papa Bento XVI reforça a postura conservadora da Igreja Católica sobre o aborto e o uso da camisinha, países católicos não têm menos abortos que os não católicos e mulheres que adotam essa religião não têm menos abortos que aquelas sem religião, o que mostra que a proibição religiosa também não funciona. Constata o Padre José Antonio Trans-feretti, Doutor em Moral e professor ti-tular da Faculdade de Filosofia da PUC – Campinas: “A proibição religiosa do aborto funciona só em uma pequena parcela. A mulher não usa camisinha porque o Papa pede. O Papa está tão longe da gente. A mulher não usa por-

Page 10: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

que é ignorante. A mulher tem que se cuidar. Para não abortar ela precisa se prevenir. Por isso, como teólogo, defen-do que a Igreja Católica seja mais flexí-vel com os métodos contraceptivos”. O que parece ser a saída para resolver um problema pode se transformar em complicações ainda maiores. Para 55% das mulheres que revelaram à pesquisa ter abortado, foi necessária intervenção hospitalar para controlar as complica-ções causadas à saúde. O aborto insegu-ro é a quarta maior causa de mortes en-tre mulheres em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saú-de). Por isso, é cada vez mais comum vermos médicos utilizando o Programa de Redução de Danos, que consiste em fornecer informações às pacientes sobre os métodos e os riscos do aborto.Explica Arlete: “As pacientes que pro-

curam os pronto-atendimentos chegam depois que começam os sangramentos. A mulher que aborta pode tomar chás e medicamentos ou métodos de indução clandestinos. Esses procedimentos po-dem causar danos nas trompas, deixar a mulher estéril e até causar a morte. Nós médicos alertamos a paciente que não queria engravidar sobre os riscos do aborto. Mas, avisamos que caso ela te-nha qualquer necessidade (após induzir o aborto) estamos prontos para atender”.Estima-se que no Brasil sejam feitos mais de um milhão de abortos a cada ano. Por enquanto a prática é permiti-da por lei apenas em casos de estupro e riscos à saúde da mulher e é crime em qualquer outra circunstância - com pena prevista de um a quatro anos. Po-rém, duas pesquisas feitas em 2008, pelo Centro de Pesquisas em Saúde

Reprodutiva de Campinas (Cemicamp), mostram que a ilegalidade do aborto no Brasil é consentida pela Justiça. Na prática, não são aplicadas punições le-gais. Há uma baixíssima quantidade de inquéritos policiais instaurados, que

Capa

12 • FORÇA • agosto de 2010

Page 11: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

quase nunca são transformados em processo pelos promotores. Dos 1.493 juízes e 2.614 promotores de justiça bra-sileiros entrevistados pela pesquisa da Cemicamp, 61,2% vêem necessidade de mudanças na legislação para ampliar as circunstâncias em que não se pune o aborto praticado por médicos; 16,8% endossam inclusive a proposta de que o aborto deixe de ser considerado crime, independente da circunstância em que é praticado, totalizando 78% de magis-trados favoráveis à ampliação da lei.Acredita-se que mais de cinco mil de-cisões favoráveis ao aborto já foram tomadas no Brasil. Defende o juiz de direito Dr. José Henrique Rodrigues Torres, um dos autores da pesquisa, ao Jornal da Unicamp: “Os juízes vão se conscientizando de que não há possibi-

Capa

O Estatuto do Nascituro quer proibir no Brasil a prática legal do aborto em qualquer circunstância, inclusive em casos de estupro e riscos à saúde da mãe, como é permitido hoje por lei. O Projeto de Lei visa garantir ao nascituro direito à vida, à saúde, à honra, à integridade física, à alimentação e à convivência familiar.É considerado Nascituro o ser concebido, mas ainda não nascido. Este conceito inclui os seres humanos concebidos “in vitro”, mesmo antes da transferência para o útero da mulher. O PL 478/07, de autoria dos deputados Luiz Bassuma (PT-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), foi substituído por uma nova proposta apresentada pela deputada Solange Almeida (PMDB-RJ). Em reunião que durou mais de quatro horas, marcada por argumentos contra e a favor da interrupção da gravidez, no dia 19 de maio a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o substitutivo. Com isso, caso vire lei, o Estatuto do Nascituro garante à mãe e ao bebê assistência médica, psicológica e social. No caso de estupro, o substitutivo garante assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico para a mãe; e o direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe concorde. Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, este será responsável por pensão alimentícia e, caso ele não seja identificado, o Estado será responsável pela pen-são. O projeto também garante ao nascituro sua inclusão nas políticas sociais públicas

que permitam seu desenvolvimento sadio e harmonioso, e seu nascimento em con-dições dignas. Ao nascituro com defici-ência, o projeto garante todos os métodos terapêuticos e profiláticos existentes para reparar ou minimizar sua deficiência, haja ou não expectativa de sobrevida extra-uterina.O projeto original proíbe, ainda, a ma-nipulação, o congelamento, o descarte e o comércio de embriões humanos, com o único fim de serem suas células trans-plantadas para adultos doentes – práticas consideradas “atrocidades” pelos autores da proposta. O substitutivo retirou essa proibição. O projeto ainda será votado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara.

lidade de criminalizar as mulheres pelo aborto; ao contrário, é preciso acolhê-las”. Enquanto estatísticas apontam para a necessidade de reformulações a fim de tornar as leis do aborto mais fle-xíveis, visto que em países onde a práti-ca é permitida o número de casos é me-nor, ainda há quem queira restringir ao extremo o abortamento no Brasil. Foi aprovado em maio, pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, o Estatu-to do Nascituro. A lei garante proteção jurídica aos embriões, o que eliminaria a possibilidade de aborto legal em qual-quer caso - inclusive no de estupro. O Estatuto segue tramitando e agora deve ser votado pela Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania e pelo Ple-nário da Câmara.

agosto de 2010 • FORÇA • 13

ESTATUTO DO NASCITURO: DIREITO À VIDA EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA

Page 12: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 13: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

LeitorESCREVA PARA GENTE

“Fiz todas as receitas. Adoro cozinhar. Adorei a gastronomia”

Waldirene Martins Americana

“Não deve nada prá Época. Parabéns pelo porte da revista”André Toussin

Empresário de Campinas

“Ótimas matérias. Só não gostei das matérias dos advogados. Muito confusa”

JaquelineCampinas, SESI

“Gostei da matéria: Aumenta a demanda, falta mão-de-obra. Depois alguns reclamam estar

desempregado”João Célio da Silva

Comerciante de Americana

“Passei no Graal e não encontro mais a revista lá. O que aconteceu? Podem me enviar?

Quanto custa?Renata Peixoto Simão

Arquiteta de Ribeirão Preto

“Um show a editoria de moda. Um show. Ado-rei. O que faço com calça jeans velha?”

Ana Beatriz Bacharel em Direito/Sumaré

“Gostei mais da 3ª edição até agora. Por que não sai mensal?” Vinícius Zampa

Comerciante de Limeira

“Muito bom o trabalho de vocês. Nossa região merece e o povo está precisando de

informação séria” Paulo Jodas

Secretário de Segurança e Trânsito de Santa Bárbara d´Oeste

“Parece revista da Editora Abril. Parabéns”Jorge Caruso

Deputado Estadual PMDB

“A evolução da revista é maravilhosa. Santa Bárbara merece”

Laerte Zúcollo Empresário de Santa Bárbara

“A qualidade da Revista Força é maravilhosa”Milton Badan

Empresário de Sta Bárbara d´Oeste

agosto de 2010 • FORÇA • 15

Page 14: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Rápidas

Parece um sonho o que estou vivendo”

Santa Bárbara já está em nosso coração. Estamos encantadosSobre a recepção calorosa que recebeu.

Santa Bárbara vai ganhar nossa matriz na América LatinaSobre a estratégia de médio e longo prazo do conglomerado.

Vai ficar maravilhoso. A população mereceSobre a apresentação que o Prefeito Mário fez, do projeto em torno do loteamento industrial, inclusive teceu muitos elogios a barragem que será construída.

Alimentação é tudo. Levo a vida bem tranquila, porque estressar, envelhece

FOTO

DIV

ULG

ÃO

LARISSA RIQUELME em entrevista na capital, para jornal da cidade

ATRIZ CLAUDIA ALENCAR em comemoração aos seus 60 anos

HIROSHIGE SHINBO Presidente da Denso Mercosul, CEO

Eu nunca soube de nada disso. Só emprestei meu nome para a destiladora Martini

ATOR AMERICANO GEORGE CLOONEY em depoimento ao júri em Roma, pelo motivo de uma linha de roupas criadas com seu nome.

Tem que fazer, sim, concessões das obras em vários aeroportos para fazer terminais, para fazer novas pistas. Aí, sim, a iniciativa privada pode entrar e fazer as coisas andarem mais rapidamente. Fazer um terminal é uma coisa que a iniciativa privada faz bem e ainda paga o governo por isso

CANDIDATO A PRESIDÊNCIA, JOSÉ SERRA sobre a privatização de aeroportos

FOTO

DIV

ULG

ÃO

FOTO

DIV

ULG

ÃO

A candidatura de Karen Heins foi um pedido do PDT através do Deputado Federal Paulinho da Força Sindical e caso ocorra a votação esperada do Paulinho, acima de 700 mil votos fará com que se elejam deputados com 20 a 30 mil votos.Nós vamos trabalhar em harmonia com todos os companheiros e quanto a candidatura do vice Largueza, posso dizer que quem pensar em votar no Largueza não vote na Karen.

16 • FORÇA • agosto de 2010

Page 15: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 17

Economia

SINAL DE ALERTA PARA A ECONOMIABIS adverte para os riscos de uma nova crise econômica mundial se bancos mantiverem a taxa de juros baixa e pede redução de déficit fiscal aos governos

A conjunção das vulnerabili-dades persistentes no siste-ma financeiro com os efeitos

secundários de um período tão pro-longado de terapia intensiva poderia induzir à recaída do paciente”. Foi usando essa metáfora médica que o Banco de Compensações Financeiras (BIS, na sigla em inglês) acendeu o si-nal de alerta para a economia mundial em seu 80º relatório anual, publicado no dia 29 de junho. As previsões para a economia advertem para uma recaí-da da crise se os bancos continuarem com as taxas de jutos básicos nos ní-veis mínimos. De acordo com o relatório, que anali-sou a situação da economia entre 1º de abril de 2009 e 31 de março deste ano, a margem de manobra para as políticas macroeconômicas é inferior ao início da crise e formadores de política de todo o mundo estão enfrentando uma tarefa difícil para equilibrar o supor-te para suas economias, em função da fragilidade do mercado financeiro. Por isso, o BIS acendeu sinal de alerta para que os bancos centrais de todo o mundo fiquem atentos aos efeitos se-

cundários que podem ocorrer por cau-sa da manutenção das taxas de juros extremamente baixas por um longo período. Na zona do euro, por exem-plo, descontada a inflação, as taxas estão em níveis próximos a zero e são negativas no Reino Unido e nos EUA. Quando as taxas de juros são muito baixas elas podem distorcer as deci-sões de investimento, levando riscos à estabilidade financeira. A manutenção das taxas de juros baixa também pode atra-sar os ajustes nos balanços do setor público. Para evitar o surgimento de uma nova crise, o relatório também pede aos governos que reduzam seus déficits fiscais e, aos bancos centrais, que le-vem em consideração os impactos do aperto fiscal quando avaliarem sua po-sição de política monetária. Segundo o gerente-geral do BIS, Jaime Caruana, durante a divulgação anual do relató-rio, os países altamente endividados não podem esperar a retomada de um crescimento forte da economia para apertar suas condições fiscais.“O sistema financeiro continua vul-nerável às mudanças adversas de âni-mo, como mostraram recentemente as

disfunções nos mercados de financia-mento”, disse Caruana. O relatório concentra em três tarefas os desafios para a economia mundial: que as eco-nomias avançadas reduzam seus dé-ficits fiscais, o ajuste dos balanços e mudanças nos modelos de negócio dos bancos, assim como na finalização dos acordos internacionais sobre a regula-ção financeira. “Chegou o momento de se perguntar quando e como come-çar a prescindir dessas contundentes medidas”, diz o BIS em seu relatório.Bancos centrais de alguns dos países com maior crescimento econômico já começaram a retirar os estímulos apli-cados durante a crise. Os bancos cen-trais da Austrália, Índia, Israel, Malá-sia, Noruega e Brasil elevaram suas taxas de juros. Sobre o BIS – Fundado em 1930, o Banco de Compensações Financeiras é a mais antiga instituição financeira internacional. O BIS fomenta a coope-ração monetária e financeira interna-cional e exerce o papel de banco para os bancos centrais.*Com informações das Agências In-ternacionais.

agosto de 2010 • FORÇA • 17

Page 16: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

18 • FORÇA • agosto de 2010

Economia

O mercado de trabalho exige hoje uma qualificação diferenciada, que passa pela necessidade de

um curso em nível superior. Contudo, nem todo jovem trabalhador que sonha com a faculdade tem possibilidades re-ais de cursá-la. As exigências são mui-tas e as oportunidades escassas. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é colocar 30% dos jovens entre 18 e 24 nas instituições de nível superior. Esta-mos muito longe disso, em velocidade pífia de crescimento da oferta, tendo al-cançado parcos 14% de inclusão dessa faixa etária. Razão maior disso? O po-der aquisitivo de nossos jovens trabalha-dores não é capaz de suportar em seu or-çamento as mensalidades desses cursos.Mas, se a sua ambição é crescer mais com menos - quer seja menos renda que o esperado ou mesmo investindo menos do que o desejado - apresento abaixo uma breve análise sobre o FIES - Fundo de Financiamento ao Es-tudante do Ensino Superior*, um programa governamental destina-do a financiar, prioritariamente, a graduação no Ensino Superior de estudantes que não têm condi-ções de arcar com os custos de sua formação e estejam regularmente matriculados em instituições não gratuitas, cadastradas no Progra-ma e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC.Neste ano, o FIES foi totalmen-te reformulado, passando a ofer-tar uma linha de financiamento de até 100% da mensalidade, com juros de 3,4% ao ano. Esses juros são menores que a metade do rendimento de uma ca-

derneta de poupança. Em termos práti-cos, isso quer dizer que para um jovem trabalhador, sem nível superior, que tem um salário mensal de R$ 700,00 e deseja cursar uma faculdade cuja mensalidade é de R$ 479,00, isso implicaria em um comprometimento de quase 70% de sua renda com o curso superior.Utilizando o simulador presente no site na Caixa Econômica Federal e supondo um financiamento de 100% da mensali-dade, com juros anuais de 3,4%, além de utilizar a carência permitida pelo FIES - que é de 18 meses depois de formado para começar a pagar o financiamento -, o então aluno da faculdade teria que arcar trimestralmente com R$ 50,00, o que, na prática, significa menos de R$ 17,00 de mensalidade durante o curso todo mais o período de carência. Terminado esse prazo, começaria a pa-gar o financiamento, que para a men-

salidade simulada resultaria em valores mensais de R$ 195,96 fixos. Ou seja, em torno de 41% do valor inicial.Parece bom? Mas o melhor está por vir! Segundo pesquisa feita pelo SEMESP – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino do Es-tado de São Paulo, a pessoa com nível superior tem ganhos, em média, 55% superiores às demais que não têm essa qualificação. Considerando esse ganho e, ainda, que nossa inflação tem ficado na casa dos 6,5%, o que normalmente é repassado aos salários, mais a possibili-dade de parcelas fixas pelo FIES, temos o melhor dos mundos: a ambição de cres-cer mais com menos. Ora, sem o FIES o comprometimento da renda é de quase

SUA AMBIÇÃO É CRESCER? QUE TAL CRESCER MAIS COM MENOS!

Adriano Donizete Pila

Page 17: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 19

70%. Descartamos isso! Com o FIES, o comprometimento da renda é praticamente nulo. Depois de formado, passa-do o período de carência, aplicando a correção da inflação e ainda o provável ganho médio coroado com a formação superior, o novo salário chegaria próximo dos R$ 1.500,00. Como o financiamento é fixo, isso equivale a comprometer a renda em 13%. Mas, o salário continua sendo reajustado pela inflação, então, possivelmente, nos últimos anos do fi-nanciamento, o profissional já empregado em sua área de sua formação estará comprometendo apenas 6% de seu sa-lário com o FIES. É assim que o financiamento estudantil satisfaz sua ambição de crescer.

*Para maiores informações e simulações, acesse o site do FIES em http://www3.caixa.gov.br/fies/

Adriano Donizete Pila é doutor em Ciência da Compu-tação pela Universidade de São Paulo e especialista em Gestão Educacional pela Fundação Dom Cabral. Tem ex-periência de mais de 11 anos em ensino superior, sendo oito deles dedicados à área de gestão. Atualmente é Diretor da Faculdade Anhanguera de Santa Bárbara e também atua como avaliador de cursos e instituições de ensino superior pelo Conselho Estadual de Educação de São Paulo e pelo Instituto Nacional de Es-tudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC.

Page 18: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

R. Peregrino de Oliveira Lino 272Vila Linópolis

Santa Bárbara d´Oeste SPFone 19 3454-5987 / 9169-4397

[email protected]

Seuprodutoentregue

com segurança

MACHADOTRANSPORTES

Machado (1).indd 1 26/2/2010 19:29:30

Economia

GERAÇÃO DE EMPREGO EM ALTA NA RMCEm apenas um semestre, região empregou mais do que em todo o ano passado. Crescimento supe-rior a 1.135% do mercado de trabalho formal

Nunca se empregou tanto na Região Metropolita-na de Campinas (RMC) como no primeiro semes-

tre deste ano. A indústria reverteu o quadro de demissões que influenciou a geração de empregos em 2009, e, em seis meses, contratou mais do que em todo o ano passado. De a janeiro a junho, o saldo da geração de postos formais de trabalho foi de 34.358 va-gas, contra os 17.880 postos de todo o ano passado. O acumulado do ano na RMC aponta crescimento superior a 1.135% do mercado de trabalho - o recorde desde a criação do bloco em 2000. A cidade que teve o maior volume de contratação com carteira assinada foi Campinas, com 9.066 vagas. O volu-me foi o segundo maior dos últimos 14 anos, perdendo apenas para a primeira metade do ano de 2008, quando foram contabilizadas 11.988 admissões.No comparativo entre o primerio semestre deste ano e o mesmo período do ano passado, o resultado entre as contrata-ções e as demissões de 2010 foi 11 ve-zes superior aos resultados do mesmo período de 2009. Entre janeiro e junho do ano passado, a geração de postos foi de apenas 3.025 vagas.Os dados do Cadastro Geral de Em-

pregados e Desempregados (Caged) , do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) - divulgados no início de julho – apontaram, porém, que a economia desacelerou no sexto mês do ano. Ju-nho apresentou um recuo de 69,85% ante maio. A diminuição do ritmo é vista por especialistas como reflexo da acomodação da economia, após um início de ano forte com a retomada da indústria, que sofreu em 2009 com a turbulência no setor financeiro mun-dial.Em todo o território nacional foram criados 1,47 milhão de empregos no-vos. O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada foi de 212.952, o segundo melhor resulta-do para o mês. A geração de vagas de emprego superou as demissões em

Page 19: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 21

1.473.320 postos formais de trabalho no primeiro semestre de 2010. Segun-do o Ministério do Trabalho e Empre-go, foi o melhor semestre da história do Caged. Com a meta de 2,5 milhões de empregos líquidos este ano, o obje-tivo é fechar o governo Lula com um saldo total de 15 milhões de empregos. Diz o ministro do trabalho, Carlos Lupi: “A cada dia, nos aproximamos mais do número da meta.”Salários de admissão têm aumento real de 4,86% - O salários médios de admissão apre-sentaram aumento real de 4,86% no primeiro semestre deste ano em compa-ração com o mesmo período do ano pas-sado, segundo dados do Caged. Nesse in-tervalo, o valor subiu de R$ 783,08 para R$ 821,13. Segundo Carlos Lupi, “foi um crescimento acima da inflação. Isso é prova inequívoca da aceleração da economia”. De acordo com o ministro, o dado é

Page 20: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

CORRETORA DE SEGUROS

◘ SEGURO RESIDENCIAL◘ EMPRESARIAL◘ VIDA E VEÍCULOS

TRABALHAMOS COM AS MELHORES SEGURADORAS DO MERCADO

Rua 13 de Maio 301 - sala 3 - CentroSanta Bárbara d’Oeste - SP

Fone [19] 36284399 - 93044369

Solicite um orçamento sem compromissoNosso trabalho...sua segurança!

sma.indd 1 2/10/2010 6:51:24 PM

positivo porque acompanha apenas o pagamento feito pela primeira vez ao trabalhador e isso revela, segundo ele, que, ao contrário do que sempre se disse, as novas contratações não estão sendo realizadas por salários mais bai-

Economia

Ranking do saldo de empregos das cidades da RMC no 1º semestre

xos. “Este é o dado mais importante para mim de todos da economia brasi-leira”, disse Lupi. “É o dado que mos-tra a geração do círculo virtuoso da economia: emprego, renda, consumo, produção, emprego...”, acrescentou.

Desde 2003, primeiro ano do governo Lula, o salário médio de admissão subiu 29,14%, segundo o Caged, passando de R$ 635,85 para R$ 821,13.*Com informações da Agência Estado

Page 21: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 22: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Disputa pela Presidência da República dita o ritmo estável dos investimentos no país

MERCADO FINANCEIRO ‘ANDA DE LADO’

A palavra de ordem no merca-do financeiro brasileiro é a estabilidade. Sem previsão de crescimento e sem pre-

visão de baixa. É dessa forma que se define o cenário dos investimentos no Brasil, nos dois primeiros meses deste segundo semestre. Com o final da Copa do Mundo da África do Sul, no início de julho, a tendência era a retomada dos negócios. Movimentações maiores não acontecem, porém, em função de o foco estar voltado para a escolha do novo Presidente da República, em outubro. A corrida presidencial é que está ditando o ritmo estagnado do mercado no país. No jargão nos analistas financeiros este é um momento em que os negócios “an-dam de lado”. Diz o economista Reinal-do Domingos: “Não vai deslanchar mais do que isso”. Sem a expectativa de crescimento para o mercado financeiro, as recuperações que tiveram que ser feitas já se realizaram

antes da Copa. O cenário só está estável porque o país não enfrentou uma longa ressaca pós Copa da África. A elimina-ção precoce da seleção nas oitavas de fi-nal fez a economia retomar rapidamente seus negócios. Exemplifica Domingos: “O mercado de importação e exportação está estável. Isso em função, também, da estabilidade do dólar, que é favorável à exportação”. Caso o Brasil conquistasse o hexa campeonato, certamente as pre-visões para o mercado seriam outras. A ressaca do mundial correria sérios riscos de se emendar com o período eleitoral e desencadear a queda das perspectivas econômicas. Com os negócios “andando de lado”, a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano foi mantida pelo Banco Central - através boletim Fo-cus, divulgado no dia 12 de julho - em 7,20%. A expectativa para a cotação do dólar permaneceu inalterada em R% 1,80. Analistas do mercado financeiro

também mantiveram a expectativa de crescimento para a produção industrial em 11,91%. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi ajustada de US$ 15,72 bilhões para 15,71 bilhões. En-quanto que a expectativa para o inves-timento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) pas-sou de US$ 35 bilhões para US$ 34,65 bilhões, neste ano.A mudança de presidente não deve mu-dar o rumo da economia brasileira, se-gundo Domingos. A força do real e o fato de a economia ser deslocada da po-lítica devem garantir a estabilidade do mercado. “Se ganhar o candidato X ou o candidato Y, essa escolha não influên-cia no setor econômico. Nossa moeda é forte e o Brasil continuará interessante para investir”. Para 2011, a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de 4,5%.

Economia

24 • FORÇA • agosto de 2010

Page 23: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 24: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

26 • FORÇA • agosto de 2010

Esportes

Mesmo sem o auxilio da roupa especial, César Cielo tem resulta-dos mais consistentes que adversários diretos e chega ao Pan- Pacífico com todas as credenciais para brilhar

REGULARIDADE SEM O SUPERMAIÔ

No ano em que a Fina (Federação Internacional de Natação) proibiu o uso dos supermaiôs nas competições

e as referências de tempos recordes re-cuaram a era das sungas, os resultados do campeão olímpico César Cielo con-tinuam regulares. O barbarense, de 23 anos, chega à principal competição da temporada - o Pan-Pacífico de Irvine, que acontece de 18 a 22 deste mês na Califórnia - com todas as credenciais para brilhar. Ao contrário de seus adversários diretos nas provas dos 50 e 100 metros livres, Cielo chega ao Pan-Pacífico com exce-lentes tempos e vendo seus concorrentes chegando atrás. Em julho deste ano, no 4º Paris Open de Natação, venceu os 50 metros livre e ainda fez o melhor tempo da temporada no mundo: 21s55, batendo o tempo de 21s64 do russo Alexander

Popov, de 2000, época das sungas e a sua melhor marca no ano – os 21s80 que havia feito no Troféu Maria Lenk, em maio. “Finalmente abaixo dos 21s64. Até mais cedo do que eu esperava na tem-porada. Obrigada a todos que torceram. Agora posso dizer que sou o primeiro a nada abaixo do tempo do Popov”, disse ao deixar Paris.Já nos 100 metros livre, campeão e re-cordista mundial da distância venceu no mês passado a prova do Sectional de Athens, na Geógia. Com o tempo de 48s99, a marca é um pouco mais lenta do que gostaria de fazer, mas não foi considerada ruim para o exigente atleta. “Ainda estou um pouco mais devagar do que eu esperava, mas não foi uma prova ruim. Agora é descansar para o Pan-Pa-cífico.” A melhor marca de Cielo no ano, nos 100 metros livre, é a de 48s63, no Troféu Maria Lenk, em maio.

A prova dos 50 metros livre é, sem dúvidas, a mais regular do nadador. No Sectional de Athens, César Cielo também le-vou o ouro com o tempo de 21s73 – sua segunda melhor marca no ano. E seus adversários diretos ao ouro? Esses estão bem atrás e vêm apresentando resultados in-consistentes na temporada. Um de seus maiores adversários nas piscinas, o Frédérick Bousquet, foi prata em Athens com tem-po acima dos 22s: 22s01. Quem vem a seguir no ranking mundial

é outro francês, Fabien Gilot, com 21s83 –, e um polaco, Konrad Czerniack, com 21s98. Todos os demais estão com tem-pos acima dos 21s.Não são somente os resultados expressi-vos deste ano que César Cielo coloca na bagagem para o Pan. Ainda com ele vão as seguintes marcas: campeão olímpico dos 50 m livre e medalhista de bronze dos 100 m livre, nos Jogos de Pequim/2008. É campeão nos 50 m e 100 m livre do Mundial de Roma/2009 e recordista mundial dos 50 m livre (20s91) e dos 100 m livre (48s91). No Pan-Pacífico, além de Cielo, o Brasil será representado por mais 14 atletas, dentre eles Henrique Barbosa e Nicho-las dos Santos – que estão treinando e morando com o barbarense em Au-burn, Alabama.

Fabien Gilot

Frédérick Bousquet

Page 25: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 27

Page 26: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

28 • FORÇA • agosto de 2010

Page 27: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 29

Page 28: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

30 • FORÇA • agosto de 2010

5 PASSOS PARA UM TRABALHO EFICAZ

ANTES DE INICIAR O REVESTIMENTO• Conclua o embutimento de todas as tubula-ções passantes dentro da alvenaria, tais como eletrodutos, tubos de águas e esgotos, tubos de gás e as caixas de passagem de tubulações elétricas como interruptores, tomadas e pon-tos telefônicos;• Faça testes de carga das tubulações de águas e esgotos;• Proceda a fixação de contramarcos de jane-las e marcos de portas;• Conclua o revestimento do teto;• Verifique se não existem outras origens de

No assentamento de azulejos deve-se tomar vários cuidados de forma a prevenir deslocamento de peças, trincas e outras manifestações patológicas

Dicas de Construção

Page 29: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 31

umidade, e se houver, corrija antecipada-mente.• Remova poeiras, materiais soltos, gordu-ras, bolores, e outros que possam prejudi-car a aderência do revestimento. Materiais soltos e poeiras podem ser retirados com escovas de pelo ou de aço, espátulas ou lavagem com água. Gorduras e bolores devem ser removidos com soluções bem diluídas de detergentes, ácido muriático ou água sanitária, e depois lavar em abun-dância.

CAMADA DE REGULARIZAÇÃO

• Aplicar chapisco com traço em volume variando entre 1:3 e 1:4 (cimento e areia);• Aguardar 14 dias para o total endureci-mento do chapisco;• Executar a camada de regularização sobre a base umedecida com argamassa mista de cimento, cal e areia, traço em volume na proporção de 1/3, aglomeran-te e agregado. Por exemplo, utilize os traços 1:1: 6, 1:1, 5:7, 5 ou 1:2: 9. Em paredes externas e piscinas usar o traço mais rico em ci-mento, 1:1: 6;• A camada de regularização não deve ter espessura superior a 1,5 cm. Caso haja necessidade de aumentar a espessu-ra, execute em camadas. Argamassas com espessuras superiores

a 2,5 cm devem ser armadas com tela deployer ou tela de galinheiro.

ANTES DE INICIAR O ASSENTAMENTO

• Verifique se a quantidade de azulejos é suficiente para o revestimento de toda a área. Calcule a área das paredes e adicio-ne mais 10%: 5% por conta dos recortes e 5% de reserva para possíveis reparos futuros.• Analise a disposição das peças nas pa-redes, de forma a posicionais peças cor-tadas nos locais menos visíveis;• Faça a submersão das peças em água durante 10 minutos antes da sua aplicação.

ASSENTAMENTO COM ARGAMASSA TRADICIONAL

• Utilize argamassa de cimento, cal hi-dratada e areia com traço em volume que pode ser 1:0, 5:4, 1:1:5, ou 1:2:7,5;• Umedecer a base antes da aplicação das peças;• O assentamento deve ser feito de baixo para cima, respeitando a cota do nível acabado do piso;• Recobrir todo o verso da peça cerâmi-ca com uma camada de argamassa de aproximadamente 1,5 cm;

• Colocar a peça em contato com a pa-rede e pressionar para que o excesso de argamassa saia pelas bordas da peça;• Utilizar valores mínimos de juntas de assentamento conforme tabela abaixo, de forma a permitir variações térmicas dimensionais nas peças;• Verificar sempre o alinhamento ho-rizontal, vertical e o nivelamento das peças, utilizando linha de régua de aço, prumo de face e nível/prumo de bolha.

ASSENTAMENTO COM ARGAMASSA COLANTE

• No preparo da argamassa a quantidade de água deve ser a indicada pelo fabri-cante;• Depois de preparada a argamassa deve ficar em repouso por 20 ou 30 minutos, obedecendo à recomendação do fabri-cante;• O prazo máximo para sua utilização é de 2,5 horas, não sendo permitidas adi-ções de água durante esse período;• Aplicar a argamassa sobre a superfí-cie com o lado liso da desempenadeira, apertando a sobre a base;• Empregar a desempenadeira com o lado dentado formando cordões, retiran-do-se o excesso de argamassa;• Não aplicar de uma só vez em super-fícies maiores que 25m cm2 de área, de forma a evitar que seja ultrapassado o

Dicas de Construção

Page 30: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

32 • FORÇA • agosto de 2010

Page 31: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 33

Dicas de Construçãoperíodo de 2,5hs, e a formação de uma película sobre os cordões ou a secura completa;• O assentamento deve ser feito, prefe-rencialmente, de baixo para cima, res-peitando a cota do nível acabado do piso;• Utilizar valores mínimos de juntas de assentamento conforme tabela já apre-sentada para o assentamento com arga-massa tradicional;• Na colocação das peças aplicar um leve movimento de rotação ou de translação de forma a haver uma melhor acomo-dação, submetendo-as a uma pressão adequada, permitindo que o excesso de argamassa possa fluir para fora;• Durante o assentamento deve-se verifi-car regularmente se o tempo de abertura da argamassa não expirou, exercendo-se com a ponta dos dedos uma leve pressão sobre os cordões da argamassa colante. Caso haja transferência de argamassa para os dedos significa que o assenta-mento pode continuar. Mas se aponta dos dedos apresentar-se limpa é sinal de que o tempo expirou, o deve-se aplicar nova argamassa colante.

Page 32: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

34 • FORÇA • agosto de 2010

Page 33: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 35

Page 34: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

36 • FORÇA • agosto de 2010

Jurídico Dr. Reinaldo Cesar Spaziani

Em tempo de for-te crescimento econômico é natural verifi-

carmos que os índices de desemprego sejam decres-centes. Também é bastan-te comum observarmos nesse tempo a preocupa-ção que os empresários têm com o atendimento,

no tempo contratado com

seus clientes, sejam cumpridos. Essas, dentre outras atividades podem gerar na empresa a necessidade de fazer com que os empregados estendam suas jor-nadas de trabalho diária, caracterizan-do assim o que popularmente chama-mos de horas extras.É bom para o empregado? É bom para a empresa?Acredito, particularmente, que a me-lhor resposta seja: ¨depende .̈Para a empresa, depende saber em que

HORAS EXTRAS

E BANCO DE HORAS

Page 35: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 37

Jurídico condição está o seu caixa e quais suas condições de rentabilidade, pois, resta saber se seus preços sustentam o pa-gamento das horas extras requeridas.Para o empregado, também depende, pois, nem sempre ele tem disponibi-lidade para estender sua jornada de trabalho. Exemplo disso é a rotina dos estudantes e das mulheres, que têm outra jornada em sua vida doméstica.Mas, para viabilizar esses interesses que parecem, às vezes, conflitantes, e outras vezes, parecem convergentes, temos uma saída: o banco de horas.Essa é uma solução, moderna e inteli-gente, que visa atender todas as partes. Assim, vejamos alguma coisa a respei-to, pois, trata-se de assunto de longo debate.

O LIMITE DA JORNADA:Para saber se existem horas extras, é necessário se fixar o limite da jornada de trabalho. Este limite pode ser esta-belecido na Constituição Federal, na lei, nas normas coletivas ou nas nor-mas regulamentares do contrato indi-vidual de trabalho. A Constituição Federal de 1988 ado-tou a chamada “semana inglesa”, du-ração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e qua-tro semanais, e a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. A jurisprudência dominante também aceita a “semana espanhola”, que al-terna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, ajustada mediante acordo ou convenção coleti-va de trabalho.Como dito acima, o objetivo deste artigo não é a abordagem das diver-sas possibilidades que regulamentam as jornadas de trabalho e o estudo do banco de horas, pois, precisaríamos de mais tempo de estudo.Somente a título de exemplo, cito que a lei estabelece para a categoria dos bancários (porque já fui bancário) a duração normal do trabalho de 6 horas por dia e de 30 horas por semana ou de

8 horas por dia e de 40 horas por sema-na para o bancário ocupante de cargo de confiança bancária.Se houver acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coleti-va para compensação de jornadas de trabalho, as horas extras não serão de-vidas além da 8ª hora diária e além da 44ª hora semanal de forma concomi-tante, mas somente além da 44ª hora semanal.Caso haja prestação de horas extras habituais, o acordo de compensação de jornadas, ainda que realizado dentro das normas legais, fica descaracteriza-do. Nesta hipótese, o empregado terá direito á horas extras além da jornada semanal normal (44 horas, por exem-plo) e ao adicional de horas extras para as horas destinadas à compensação.O acordo de compensação de jornadas não pode prever mais de 2 horas extras por dia.

BANCO DE HORASO chamado “banco de horas” é uma possibilidade admissível de compen-sação de horas, vigente a partir da Lei 9.601/1998.Trata-se de um sistema de compensa-ção de horas extras mais flexível, mas que exige autorização por convenção ou acordo coletivo, possibilitando à empresa adequar a jornada de trabalho dos empregados às suas necessidades de produção e demanda de serviços.Vale esclarecer que a inovação do “banco de horas” abrange todos os trabalhadores, independentemente da modalidade de contratação, se por prazo determinado ou indeterminado.Suas características são: as pessoas estão chamando esse sistema de “ban-co de horas” porque ele pode ser utili-zado, por exemplo, nos momentos de pouca atividade da empresa para redu-zir a jornada normal dos empregados durante um período, sem redução do salário, permanecendo um crédito de horas para utilização quando a pro-dução crescer ou a atividade acelerar, ressalvado o que for passível de nego-

ciação coletiva (convenção ou acordo coletivo). Se o sistema começar em um momento de grande atividade da em-presa; aumenta-se a jornada de traba-lho (no máximo de 2 horas extras por dia) durante um período. Nesse caso, as horas extras não serão remunera-das, sendo concedida, como compen-sação, folgas correspondentes ou sen-do reduzida a jornada de trabalho até a “quitação” das horas excedentes.O sistema pode variar dependendo do que for negociado nas convenções ou acordos coletivos, mas o limite será sempre de 10 horas diárias trabalha-das, não podendo ultrapassar, no pra-zo negociado no Acordo Coletivo - em período máximo de 1 ano, a soma das jornadas semanais de trabalho previs-tas. A cada período fixado no Acordo, recomeça o sistema de compensação e a formação de um novo “banco de horas”.No caso de rescisão do contrato an-tes da compensação das horas extras, deverá ser feita durante a vigência do contrato, ou seja, na hipótese de resci-são de contrato, sem que tenha havido a compensação das horas extras traba-lhadas, o empregado tem direito ao re-cebimento destas horas, com o acrés-cimo previsto na convenção ou acordo coletivo, que não poderá ser inferior a 50 % da hora normal.

Page 36: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

38 • FORÇA • agosto de 2010

Jurídico Dr. Marco Pizzolato

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR: ANO 20Isso na prática quer dizer que, ao pri-meiro uma lei tem que vingar, visto que muitas leis são editadas e no jargão po-pular, “elas não pegam” e, o vingar sig-nifica alcançar a todos e se impor a sua observância. Mais, ao longo do tempo as decisões adotadas sobre os ditames da lei pelo Poder Judiciário vão se unifor-mizando, numa soma dos dispositivos legais, doutrina e jurisprudência. Por ai, quando há necessidade de alteração de uma norma, é que ela já alcançou a todos com seus aspectos positivos e as vezes negativos.Essa é uma questão que se põe nos vinte anos do Código de Proteção ao Consu-midor: — Como serão seus próximos 20 (vinte anos).O direito é uma ciência dinâmica e busca-se se sempre aprimorar os dis-positivos legais para atender os anseios sociais e necessidade da coletividade. O CDC como é chamado nasceu de exigência social, superando o campo do direito do contrato privado e, por ai, harmoniza eu um direito próprio, todas as áreas do direito que alcançam o con-sumidor, trazendo novos conceitos, sob o prisma social para o Direito Civil e Comercial, graduando a boa-fé e extin-guindo renuncia prévias a direitos, esta-belecendo regras de hermenêutica para os contratos, estabilizando cláusulas através da declaração de nulidade plena daquelas que prejudicam o consumidor, enfim, trata-se de uma legislação de in-teresse público e social.

No mundo das ciências jurídicas é comum os operadores do direito dizerem que quando uma lei fica boa ela é revogada.

O Código é composto de seis títulos: TÍ-TULO I - Dos Direitos do Consumidor; TÍTULO II - Das Infrações Penais; TÍ-TULO III - Da Defesa do Consumidor em Juízo; TÍTULO IV - Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor; TÍ-TULO V - Da Convenção Coletiva de Consumo; e TÍTULO VI - Disposições Finais e, sua edição já fora prevista no artigo 48 das Disposições Transitórias da Constituição Federal de 1988.O artigo 48 das Disposições Transitórias da Carta Magna dispõe que, “ita lex di-xit”:

“Art. 48 - O Congresso Nacional, den-tro de cento e vinte dias da promulga-ção da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor.”

Não é preciso afirmar que este prazo não foi observado, já que referida legis-lação veio ao mundo no ano de 1990, passando a viger como Lei nº 8.078, de 11 de Setembro de 1990.Releve-se ainda que, a Constituição Federal estabeleceu uma obrigação ao Estado, que consideramos como cláu-sula pétrea, já que disposta na parte das garantias constitucionais: “O Estado promoverá, na forma de lei, a defesa do consumidor” (artigo 5º, XXXII da CF/88).Em consonância com esta norma e den-tro da lógica jurídica, pelo seu artigo 170 aa CF/88 dispõe no capítulo sobre a or-dem econômica que a mesma respeitará o princípio de defesa ao consumidor.Por seu artigo 2º o CDC conceitua que: “... o consumidor é toda pessoa física ou

Page 37: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 39

Jurídico jurídica que adquire e utiliza produto ou serviço como destinatário final”.Assim, resta estabelecida a diferença entre o consumo e a produção, já que aquele que adquirir ou utilizar de pro-duto ou serviço para repassar para ter-ceiros, como sua atividade fim, não será consumidor.Dentre as discussões mais notórias so-bre a aplicabilidade do CDC, encontra-se aquela que questiona se as institui-ções financeiras estão ou não sujeitas ao CDC, já que regulamentadas pelo Ban-co Central. Não só o Supremo Tribunal Federal ditou que estas instituições se submetem aos ditames da legislação consumerista, como também o Banco Central criou, com base no CDC, regras de proteção ao correntista, de obrigató-ria observância pelos bancos.Se o direito do consumidor ganhou pro-teção efetiva na CF de 1998, é certo que antes já ganhou respaldo legal com a edição da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1.985, que trata da Ação Civil Pública e, neste segmento, com projeção para o fu-turo, vem influenciando novas normati-zações legais ou administrativas.O certo é que a legislação consumerista veio para ficar e irá irradiar mais e mais seus efeitos sobre as demais normatiza-ções especiais, tanto no âmbito federal, estadual como municipal.Assim, quando se discute regras sobre estacionamento de um shopping, ou mesmo o uso ou não de sacolas plásti-cas pelo mercando, verifica-se a atuação do município em defesa do consumidor, porém já com abrangência em outros di-reitos especiais, no casa das sacolas es-tamos falando em proteção ao meio am-biente no que se integra com o direito do consumidor transportar mercadorias, porém, sem agredir o meio ambiente.Valores como ética, transparência, res-ponsabilidade e racionalidade econô-mica irão permear as normatizações

futuras dentro do quadro complexo das ações e necessidades de nossa socie-dade, passando por ai, um dos grandes desafios do CDC. Tais ações se desen-volvem no campo politico, econômico e social e, para tanto, é necessária a plena divulgação da legislação consumerista, bem como o seu debate.Cada vez mais se exige posturas da em-presa, que vão desde a observância das normas de proteção ao consumidor, de respeito aos direitos humanos, entre ou-tros, o que é reflexo de uma sociedade mais politizada.O aconselhável será a introdução do ensino dos direitos do consumidor nos primeiros anos de educação escolar.Já estamos no curso da era do “consu-mo sustentável”, que envolve regras da legislação consumerista com as de pro-teção do meio ambiente. As regras de consumo hoje já são sen-tidas nos meios de comunicação, nos serviços de saúde, demonstrando que o consumo faz parte de um sistema maior de regras legais.Neste sentido, criaram-se as agências reguladoras que controlam atividades monopolizadas tais como serviços de energia, telefonia, transportes, etc. Já se discute a fiscalização das agências reguladoras, sem ferir suas atuações que se pretendem independentes.Doutro lado vemos iniciativas particu-lares, com o o CONAR no campo pu-blicitário.Na prática, a nosso ver, a legislação con-sumerista será um dos grandes pontos de debate sobre direitos individuais e coletivos nos próximos 20 anos.Estamos há 20 (vinte) anos falando sobre direito do consumidor, sobre conquistas alcançadas e muito há por avançar e falar sobre o tema; porém, infelizmente, não se verifica a inclusão deste assunto nos programas de gover-

no de nossos candidatos e nos grandes debates nacionais.Na prática, em algum momento somos todos consumidores e, devemos estar atentos e provocar o debate sobre o di-reito do consumidor em face dos servi-ços públicos, tais como de vias de trans-porte, transportes, segurança, saúde, saneamento, etc. O artigo 4º do CDC informa como di-reitos básicos “...o atendimento das ne-cessidades dos consumidores, o respei-to à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo...”, sempre considerando o consumidor a parte mais frágil nesta relação. Questão pouco discutida é enquadra-mento do setor público nas regras con-sumeristas, porém, o artigo 22 do CDC, estende ao setor público a aplicação des-tas normas, “sic ut legibus”:

“Art. 22 - Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, per-missionárias ou sob qualquer outra for-ma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficien-tes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.Parágrafo único. Nos casos de descum-primento, total ou parcial, das obriga-ções referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste Código”.

Como se verifica, a muito que se falar, discutir, debater sobre a legislação con-sumerista e, cada um pode discutir os serviços que recebe da União, Estado e município sob os princípios desta nor-matização.

Page 38: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Jurídico Dr. Luiz Alberto Lazinho

AVISO-PRÉVIO INDENIZADO – NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES DA SEGURIDADE SOCIAL

40 • FORÇA • agosto de 2010

O aviso-prévio indenizado corresponde à remunera-ção de 30 (trinta) dias paga pelo empregador, quando

este decide unilateralmente demitir o empregado sem justa causa e sem o cumprimento do aviso prévio. Desta indenização, resulta também a projeção de 1/12 (um doze) avos de 13º salário indenizado e 1/12 avos de férias inde-nizadas previsto em lei, salvo maiores números de dias de aviso e de avos que possam estar assegurados por conta da convenção coletiva de trabalho.

Neste sentido, o aviso-prévio indeniza-do não é salário de contribuição previ-denciária, mas uma remuneração extra, pois não é retribuição ao trabalho, já que o empregado não está mais em ati-vidade. Contudo o Decreto nº 6.727, de 12 de janeiro de 2009, excluiu a alínea “f” do inciso V do § 9º do artigo 214 do Decreto 3.048/99, que trata da Organi-zação e Custeio da Seguridade Social.

A referida alínea “f” dispunha sobre a exclusão de base de incidência das con-tribuições previdenciárias e especial-mente sobre o aviso-prévio indenizado.

Ainda que autorizada nova fonte de custeio da seguridade social, a exigên-cia via decreto fere o disposto no § 4º do art. 195 da Constituição Federal, onde a lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obe-decendo ao disposto no art. 154, I que trata da exigência de lei complementar.

Convenhamos, as Instruções Normati-vas e os Decretos Regulamentadores do Executivo devem ater-se à explicitação do conteúdo de outras leis, para que es-tas sejam aplicadas de forma equânime, não podendo ter conteúdo inovador, estabelecendo uma determinada regra de incidência que não existe na Lei nº 8.212/91. Ora, no direito brasileiro, os decretos, regulamentos, portarias, ins-truções e outros atos normativos do po-

der Executivo têm o objetivo precípuo de dar fiel execução ao disposto na Lei, não sendo, sob hipótese alguma, meio hábil a fornecer distinções, obrigações e direitos naquele veículo não estabe-lecidos. Eis a essência da legitimidade normativa.

Nesse sentido, destacando-se a impos-sibilidade do administrador exercer a função integrativa da Lei, vale assinalar o magistério de Sacha Calmon Navarro Coelho : “Se a lei for omissa ou obs-cura ou antitética em quaisquer desses pontos, descabe ao administrador (que aplica a lei de ofício) e ao juiz (que apli-ca a lei contenciosamente) integrarem a lei, suprindo a lacuna por analogia ou interpretação extensiva”. (Comentário à Constituição de 1988, Sistema Tributá-rio, RJ, Forense, 4ª ed., 1992, p.285).

Ainda sobre o limite regulamentar a li-ção sempre oportuna do Professor Pau-lo de Barros Carvalho: “Por ser adstrito ao âmbito de lei ordinária determinada,

Page 39: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Jurídico

agosto de 2010 • FORÇA • 41

o decreto regulamentador não poderá ampliá-la ou reduzi-la, modificando de qualquer forma o conteúdo dos coman-dos que regulamenta. Não lhe é dado, por conseguinte, inovar a ordem jurídi-ca, fazendo surgir novos direitos e obri-

gações. Daí sua condição de instrumento secundário de introdução de regras tri-butárias”. (Comentário à Constituição de 1988, Sistema Tributário, RJ, Forense, 4ª ed., 1992, p.285)Ademais, o art. 99 do CTN também determina, expressamente, o alcance e o conteúdo dos decretos, limitando a matéria destes aos liames da Lei que regulamentam. Assim, a inclusão da base de incidência do aviso prévio in-denizado acabou por inovar no mundo jurídico, não encontrando fundamento de validade intrínseco ou extrínseco na própria Lei 8.212/91, em clara ofen-sa ao Código Tributário Nacional e à Constituição Federal, haja vista que a definição de obrigações e direitos atra-vés de atos do poder executivo fere o principio da separação de poderes, sendo prática repudiada no atual siste-ma legal, a se reger pelos princípios da legalidade e da tipicidade.O Tribunal Regional Federal da 3ª Re-gião, e o Superior Tribunal de Justiça tem decidido de forma reiterada a não incidência de contribuições destinadas à seguridade social sobre aviso-prévio indenizado.

WWW.HANIER.COM.BR

Page 40: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

42 • FORÇA • agosto de 2010

Espaços

OS 236 ANOS DE QUEM NÃO PARA DE CRESCER

Campinas tem economia equivalente a de países inteiros da América do Sul e espera ainda mais crescimento com o TAV

Page 41: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 43

Espaços

Com mais de um milhão de habitantes e uma frota que ultrapassa 500 mil veículos, Campinas se transformou

na metrópole do interior. Acumulou ri-quezas, superou a economia de países inteiros da América do Sul, se tornou referência mundial em tecnologia e pes-quisa científica. É hoje a 11ª cidade mais rica do Brasil, tem o terceiro maior par-

que industrial do País e se destaca pela infraestrutura e logística. Aos 236 anos, completados no dia 14 de julho, a Prin-cesa D’Oeste não para de crescer. Com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 27,1 bilhões, a cidade campinei-ra tem uma economia que equivale a de países inteiros da América do Sul, como por exemplo, Paraguai e Bolívia. É 11ª cidade mais rica do Brasil, concentran-do mais de 50 mil empresas e o terceiro maior parque industrial do País. Das 500 maiores empresas do mundo instaladas no território nacional, 50 delas estão município ou em sua região metropoli-tana, composta por outras 18 cidades.Com tantas empresas, a força economia de Campinas também se reflete na gera-ção de empregos. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam

que a cidade está entre as dez que mais contratam no país e é a melhores do In-terior para se trabalhar, segundo pesqui-sa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Por tudo isso, Campinas se transformou na quarta maior praça financeira do País. São mais de duas agências bancá-rias para cada 10 mil habitantes.Em seus 236 anos, não é só no campo econômico que a Princesa D’Oeste se destaca. Quando assunto é tecnologia, o pólo tecnológico de Campinas foi apontado, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como um dos mais im-portantes do Hemisfério Sul. No campo educacional, a presença de ao menos cinco renomadas instituições de nível superior faz de Campinas um dos mais reconhecidos pólos acadêmicos do Bra-sil e de toda a América Latina. Dentre elas destaque para a Unicamp, uma das 200 melhores instituições do mundo.Quando o assunto é infraestrutura ur-bana, Campinas abriga o Aeroporto In-ternacional de Viracopos, um dos mais importantes do país, e está pronta para continuar crescendo. Como metrópole que se preza, está em evidência. Tem seus pontos positivos, mas, também tem problemas como todas as outras grandes cidades do mundo. A Campinas do fu-turo tem a expectativa de crescer ainda mais, pois terá tecnologia de ponta com o sofisticado Trem de Alta Velocidade (TAV), que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro e que deverá ser implan-tado até 2014. Se, sem o TAV a metrópo-le do interior já é referencia no Brasil, há alguma dúvida do crescimento que terá com ainda mais infraestrutura?

Page 42: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

44 • FORÇA • agosto de 2010

Campinas é conhecida hoje como a cidade-fênix, por conta de seu renascimen-to depois da febre amarela

que devastou 25% da população no fim do século XIX, e como a Prince-sa D’Oeste, devido ao seu grande pro-gresso e por estar a oeste da capital do estado. Mas, a história mostra que Campinas só virou cidade e teve esse nome depois de 84 de sua fundação.O primeiro nome de Campinas foi Campinas de Mato Grosso, devido à floresta densa e inexplorada que ca-racterizava a região. A floresta era passagem obrigatória das Missões dos Bandeirantes que iam para as minas

A Praça Carlos Gomes, que em 1880 era utilizada por lavadei-ras que estendiam roupas pelo capinzal depois de lavá-las no chafariz, é um dos prin-cipais pontos turísticos da cidade. Outro patrimônio é o monumento-túmulo da estátua do maestro Carlos Gomes, que nasceu em Campi-nas em 1836. Bem como o monu-

de ouro no interior. O povoamento da Campinas do Mato Grosso teve início entre 1739 e 1744, com a vinda do fa-zendeiro Francisco Barreto Leme, de Taubaté. Em 14 de julho de 1774, numa cape-la provisória, foi celebrada a primeira missa oficializando a fundação da Fre-guesia Nossa Senhora de Conceição de Campinas. Em 1797 a freguesia foi elevada à categoria de vila e recebeu o nome de Vila de São Carlos. Somen-te em 5 de fevereiro de 1842, 84 anos depois de sua fundação, foi elevada à categoria de cidade e recebeu o nome de Campinas. A agricultura teve um papel de desta-

que na história da cidade de Campinas, que se aproveitou do solo fertil de terra roxa. A cana-de-açúcar foi a primeira cultura agrícola da cidade, logo suplan-tada pelas lavouras de café. Em pouco tempo, a economia cafeeira impulsio-nou um novo ciclo de desenvolvimento da cidade. Porém, com a crise da eco-nomia cafeeira, a partir da década de 1930, a economia de Campinas assu-miu um perfil mais industrial e de ser-viços, que persiste até hoje. A cidade então recebeu imigrantes provenientes de todo o mundo, principalmente ita-lianos, atraídos pela instalação de um novo parque produtivo.

CAMPINAS DE HISTÓRIA, PATRIMÔNIOS E PERSONAGENS

PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS E PONTOS TURÍSTICOS:

Page 43: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 45

Em Campinas nasceram grandes personagens brasileiros, como Guilherme de Almeida, es-critor, que criou a Canção do Expedicionário, a cantora Maria Monteiro, a Viscondessa de Cam-pinas, D. Maria Luzia de Souza e o militar republicano Benjamin Constant. Outra personalidade marcante foi Júlio Maria-no, também conhecido como “o homem que fez o jornal sozinho”. Era o primeiro jornalista ne-gro e sofria grandes preconceitos. Ao longo de sua vida publicou vários artigos e também dois livros – “Campinas de Ontem e de Hoje” e “Ba-dulaques”. Pelo sacrifício e persistência de Júlio as informações sobre as antigas guerras e como elas afetaram Campinas são conhecidas até os dias de hoje.

GRANDES PERSONAGENS

mento de Campos Sales, feito de granito cinza com colunas simbólicas e figuras em bronze, inaugurado

em 8 de agosto de 1934 no Largo do Rosário. Ou-tros pontos turísticos são a Lagoa do Ta-

quaral, Jo- ckey Club, a Tor-re do Castelo, o Mercadão, a

Academia Cam-pineira de Letras

e Artes e a Catedral Metropolitana, dedicada a Nossa Senhora da Conceição,

que pode ser admirada de longe por vários ângulos.

Page 44: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

46 • FORÇA • agosto de 2010

Espaços

Em pouco tempo a cidade de Santa Bárbara d’Oeste, na Região Metropolitana de Campinas, será referência

para o Mercosul no desenvolvimento de ar de refrigeração e climatização de ve-ículos. A empresa japonesa Denso está investindo R$ 65 milhões no municí-pio para instalar a matriz da Denso do Brasil – que hoje funciona em Curitiba (PR) - e um Centro de Pesquisas, que vai auxiliar o desenvolvimento de automóveis produzidos na Amé-rica do Sul. Os planos do grupo empresarial japonês são ainda mais ambiciosos. Eles pretendem expandir a produção da fábrica barbarense para o ramo de eletro-eletrônicos e dobrar o faturamento de 1,2 bilhões que tem no Merco-sul até 2015.Os planos da empresa em Santa Bárbara foram anunciados pelo presidente da Denso do Brasil, Hiroshige Shinbo, ao prefeito mu-nicipal Mário Heins e ao secreta-riado, no dia 15 de julho, quando esteve em visita à cidade. A esco-lha do município barbarense, se-gundo Shinbo, foi estratégica pelo fato de a empresa possuir muitos clientes (montadoras de veículos) na região e por terem conseguido se instalar numa área onde será possível atender as demandas da empresa – uma das maiores forne-cedoras de peças automotivas do mundo para grandes montadoras. “A meta é dobrar o faturamento da em-presa, de 1,2 bilhões, no Mercosul até 2015”, anunciou o dirigente japonês.

Santa Bárbara d’Oeste recebe matriz e Centro de Pesquisas da Denso do Brasil

MERCOSULREFERÊNCIA NO

Hoje, a Denso está presente em 30 paí-ses e exporta para mais de 60.A sede barbarense da empresa, que deve entrar em funcionamento no fi-nal deste ano ou no início de 2011, terá uma área de 300 mil metros quadrados, localizada no entroncamento das rodo-vias dos Bandeirantes com a Luiz de Queiroz (SP-304). Até o final deste mês deve ser finalizada a primeira fase da obra, a construção uma fábrica com 20

mil metros quadrados, orçada em R$ 65 milhões. Para o ano quem, a empresa deve expandir a planta em

Prefeito municipal Mário Heins e Paulo Ninomiya, diretor da Denso do Brasil

Page 45: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 47

50%. Ainda neste mês começam a che-gar os primeiros equipamentos usados na produção. Diz Paulo Ninomiya, diretor da Denso do Brasil: “Alguns equipamentos de injeção, usados para a produção, já saíram do Japão e estão chegando à cidade. São equipamentos

grandes e pesados”.A empresa afirmou que vai contratar 350 trabalhadores. Desse número, po-

“Meta é dobrar o faturamento de 1,2 bilhões no Mercosul até 2015”

rém, 100 virão da fábrica de Pinda-moiangaba, que será fechada. Alguns barbarenses já foram recrutados e estão em treinamento na sede de Curitiba. O prefeito Mário Heins destacou que a empresa “já é uma realidade no muni-cípio. Vai gerar muitos empregos e vai aumentar e muito a arrecadação do mu-nicípio”, comemorou. “É uma grande conquista para a nossa cidade e o nosso povo. É um investimento de porte que a cidade precisava há muitos anos”. Infraestrutura - O Distrito Industrial que vai abrigar a matriz da Denso do Brasil foi classificado como “um pro-jeto ousado” pelos representantes da

empresa. Na planta está previsto um terminal urbano e interurbano logo na entrada do distrito, uma área de esta-cionamento para caminhões e carretas e uma barragem de 150 mil metros qua-drados de lâmina d’água e capacidade de reservação de 500 mil metros cúbi-cos de água. Além disso, também está prevista a construção de uma ciclovia para atender moradores da região próxima, como meio de transportebarato e não poluente. Existe, ainda, a possibilidade de todo o distrito ser fechado como um condomínio, como forma de garantir maior segurança às empresas.

Prefeito municipal Mário Heins e Paulo Ninomiya, diretor da Denso do Brasil

Page 46: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Santa Bárbara d’Oeste recebe matriz e Centro de Pesquisas da Denso do Brasil

MERCOSULREFERÊNCIA NO

COMPOSIÇÃO DA CÂMARA DOS VEREADORES DE CAMPINAS

15ª LEGISLATURA 2009-2012

Mesa Diretora

Vereadores

Petterson Prado (PPS) 1º Secretario Sala: 07 Fone: 19 [email protected]

Aurélio Cláudio (PDT) PresidenteSala: 24 Fone: 19 [email protected]

Valdir Terrazan (PSDB)1º Vice-PresidenteSala: 27 Fone: 19 [email protected]

Rafa Zimbaldi (PP) 2º Vice-Presidente Sala: 12 Fone: 19 [email protected]

Angelo Barreto (PT) 2º SecretarioSala: 05 Fone: 19 3736.1480 Fax: 19 3736.1487angelopt@camaracampinas.sp.gov.brwww.vereadorangelobarreto.com.br

Sebá Torres (PSB) CorregedorSala: 31 Fone: 19 [email protected]

Antonio Flôres (PDT)Fone: 19 [email protected]

Antonio Francisco dos Santos O Politizador (PMN)Fone: 19 [email protected]

Artur Casseb Orsi (PSDB)Fone: 19 [email protected]

Biléo Soares (PSDB)Fone: 19 [email protected]

Campos Filho (DEM)Fone: 19 [email protected]

Cidão Santos (PPS)Fone: 19 [email protected]

Espaços

48 • FORÇA • agosto de 2010

Page 47: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Dário Jorge Giolo Saadi (DEM)Fone: 19 [email protected]

José Carlos do Nascimento OliveiraO Zé do Gelo (PV)Fone: 19 [email protected]

Francisco Sellin (PDT)Fone: 19 [email protected]

Leonice Alves da Paz (PDT)Fone: 19 [email protected]

Dr. Pedro Serafim Jr. (PDT)Fone: 19 [email protected]

José Carlos Silva O Zé Carlos (PDT)Fone: 19 [email protected]

Jairson Valério dos AnjosO Canário (PT)Fone: 19 [email protected]

Luiz Henrique Cirilo (PPS)Fone: 19 [email protected]

Dr. Sebastião dos Santos (PMDB)Fone: 19 [email protected]

Josias Lech (PT)Fone: 19 [email protected]

Jorge Schneider (PTB)Fone: 19 [email protected]

Miguel Arcanjo Monteiro Vicente (PSC)Fone: 19 [email protected]

Paulo Sérgio Galtério (PSB)Fone: 19 3736.1470

Sidney Lourenço (PSB)Fone: 19 3736.380

agosto de 2010 • FORÇA • 49

Page 48: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

50 • FORÇA • agosto de 2010

Câmara Municipal de CampinasAv. da Saudade n.º 1004

Ponte Preta - Campinas SPFone: 19 3736.1300 / Fax 19 [email protected]

Rafael Godeiro O Zé Cunhado (PDT)Fone: 19 3736.1340

Vicente Carvalho e Silva (PV)Fone: 19 [email protected]

Paulo Shinji Oya (PDT)Fone: 19 [email protected]

Tadeu Marcos Ferreira (PTB)Fone: 19 [email protected]

Sérgio Benassi (PCdoB)Fone: 19 [email protected]

Professor Alberto Alves da Fonseca (DEM)Fone: 19 [email protected]

Thiago de Moraes Ferrari (PMDB)Fone: 19 3736.1510thiagoferrari@camaracampinas.sp.gov.brwww.thiagoferrari.com.br

Espaços

�0

�5

�2�5

�7�5

�9�5

�1�0�0

�a�n�u�n�c�i�o�_�r�e�v�i�s�t�a

�s�e�g�u�n�d�a�-�f�e�i�r�a�,� �2�6� �d�e� �j�u�l�h�o� �d�e� �2�0�1�0� �1�4�:�1�4�:�1�2

Page 49: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 50: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

52 • FORÇA • agosto de 2010

Espaços

LOGÍSTICA ESTRATÉGIA PARA OBTER VANTAGEM COMPETITIVA

EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DE LOGÍSTICA (FGV-SP)

Assim como Marketing não é somente propa-ganda, Logística não é somente transporte. O

conceito de Logística originou-se da palavra francesa “loger”, que significa alojar. A Logística migrou da área mi-litar para o mundo dos negócios, ini-cialmente com o mesmo objetivo: “O produto certo, no lugar certo, na hora certa”. Atualmente ter um Departa-

mento de Logística não é somente adequar os processos com essa denominação, mas é uma questão de estratégia. Segundo Michael Porter, uma das maiores au-toridades em estratégia do mundo, Estratégia é fazer alguma coisa de diferente da concorrência, para obter vantagem competitiva. Portanto muitas Empresas estão utilizando a Logística e o Supply Chain Management (Gestão da Cadeia de Suprimentos), como principal diferencial em relação à concorrência. Segundo o autor Martin Christopher Logística é o processo de gerenciamento estratégico da compra, do transporte e da armazenagem de matérias primas, partes e produtos acabados (além dos fluxos de informação relacionados) por parte da organização e de seus canais de marketing, de tal modo que a lucratividade atual e futura seja maximizada mediante a entrega de encomendas com o menor custo associado.

Prof. Carlos Alberto Rocha

Page 51: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 53

Espaços O desenvolvimento da Logística In-tegrada e posterior evolução para o Supply Chain Management deve ser

uma estratégia da Empresa e ter um compromisso da Alta Administra-ção, pois outras tecnologias de gestão deverão ser incorporadas, portan-to uma profunda mudança cultural, principalmente em relação a migrar da mentalidade de produto, para uma mentalidade de mercado, com concei-tos de retenção e fidelização de clien-tes. As Empresas que pretendem ter a Logística como estratégia, tem que se nutrir de conceitos de Marketing, Gestão pela Qualidade Total, Lean Manufacturing, JIT, Benchmarking e certamente investir em Tecnologia de Informação. Porém qualquer investi-mento em TI deve ser acompanhado da mudança cultural, pois o ERP (En-terprise Resource Planning), Sistema Integrado de Gestão Empresarial, não muda o ambiente da Empresa e nem os comportamentos e atitudes das pessoas.Um conceito que acredito muito é a

vantagem competitiva de integrar as atividades, na mesma lógica da inte-gração dos processos propostos pelos

ERPs, e buscar com essa integração a possibilidade da incorporação de tec-nologias que possibilitam trabalhar de forma enxuta com um sincronizado planejamento interno e da cadeia de abastecimento, possibilitando uma re-dução de ativos permanentes (prédios, empilhadeiras, equipamentos, etc.) e ativos circulantes (estoques). A Em-presa precisa fazer a sua parte, e com os dados e indicadores obtidos através da TI, tomar decisões e ava-liar as ativida-des que agre-gam valor e o nível de serviço oferecido ao Cliente.Dentro desse conceito de to-mar decisões através de um Sistema Inte-

grado de Gestão Empresarial, o pro-cesso logístico utilizará os recursos do MRP I (Material Requirements Plan-ning), que se refere ao planejamento das necessidades dos materiais. O pa-pel do MRP I é dar suporte à decisão sobre a quantidade e o momento de co-ordenar o fluxo de materiais. Um bom funcionamento do MRP I apresenta uma boa redução dos níveis de esto-que, liberando capital de giro, espaço físico, flexibilidade e dinamismo para se dedicar e investir em novas linhas de produção, ou pesquisas e desenvol-vimentos de novos produtos e serviços com esses recursos. O objetivo é criar o seguinte círculo virtuoso: redução dos níveis de estoques, aumento da capacidade de produção, aumento dos lucros e maior capacidade de investi-mento. Pode ser utilizado como dados de entrada; pedidos em carteira ou previsões de demandas passadas pela área comercial e marketing da Empre-sa. Com essas informações é possível, pela estrutura do produto calcular os materiais de diversos tipos, bem como a verificação do momento que serão necessários, substituindo estoque por informação de tempo (lead-time).O MRP II (Manufacturing Resource Planning) se refere ao Planejamento de

Page 52: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Espaços Recursos da Manufatura. Esse módulo permite que a Empre-sa faça uma gestão global da produção. O ERP é uma evolução e mui-to mais abrangente que o MRP II, pois integra todos os pro-cessos mencionados aos pro-cessos administrativos e até mesmo aos sistemas de forne-cedores e clientes. Não é dese-jável a utilização do MRP II sem a implantação do MRP I.As utilizações desses sistemas exigem grandes investimentos e devem ser feitos gradativa-mente, junto com a evolução cultural dos recursos huma-nos. Os investimentos devem

ser feitos em hardware, software, e a constante preocupação com o treina-mento e desenvolvimento dos colabo-radores envolvidos.Os resultados são obtidos em médio prazo e muitas Empresas não conse-guem concluir a implantação, devido à incapacidade de evoluir no modelo de gestão proposto.É certo que uma Organização que deseja crescer e ter como vantagem competitiva a Logística Integrada e o Supply Chain Management deverá in-vestir em um ERP, mas não pode dei-xar de avaliar seus processos, avaliar a cultura da Empresa e suas implicações e principalmente avaliar as competên-cias de seus gestores e colaboradores dentro dessa estratégia.

ORGANOGRAMADA DO DEPARTAMENTO DE LOGÍSTICA

54 • FORÇA • agosto de 2010

Page 53: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 55

Page 54: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Espaços

Antes de ser inaugurada CTB já oferece vagas

235 NOVOS POSTOSDE TRABALHO EM SB

Antes mesmo de sua inauguração, a CTB (Casa do Trabalhador Barbarense) já é rea-lidade em Santa Bárbara d’Oeste. O projeto anunciado pelo prefeito Mário Heins (PDT)

no final de junho, durante o lançamento do programa Projovem Trabalhador, teve seu ponta pé inicial no dia 13 de julho quando foi utilizada para fazer a seleção de 235 pessoas para trabalhar na Tenda Atacados, que irá

se instalar na Zona Leste da cidade, em área próxima ao Tivoli Shopping. A CTB é um projeto desenvolvido pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, que visa dar total apoio ao trabalhador com vista à sua inserção, rein-serção ou permanência no mercado de trabalhoem condições dignas e de forma socialmente justa e, também aos empresários. Em um único espaço o trabalhador terá auxílio para elaborar o

56 • FORÇA • agosto de 2010

Page 55: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Espaços

currículo, terá orientações gerais, acesso às vagas disponíveis no município e po-derá se inscrever a elas e, terá ainda o en-caminhamento à vaga. Já o empregador poderá utilizar este espaço para divulgar as vagas, terá acesso aos currículos dos profissionais e poderá fazer a seleção de mão de obra.O trabalho da CTB será desenvolvido no prédio da Secretaria de Desenvolvimen-to, que está passando por uma reforma, com adequações físicas, construção de salas de treinamento e de reuniões, entre outras adaptações no imóvel. A Secreta-ria de Desenvolvimento, está localiza-da à Rua Riachuelo, 739, no Centro e a inauguração da CTB está prevista para o mês de agosto.

agosto de 2010 • FORÇA • 57

Page 56: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

PROJOVEM MOSTRA FORÇA

programa irá qualificar 2 mil jovens em Santa Bárbara

Espaços

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste por meio da Secre-taria Municipal de Desen-vol-vimento realizou no dia

30 de junho a aula inaugural do Progra-ma Projovem Trabalhador, que contou com a participação de aproximadamente 1200 pessoas, entre alunos e autoridades.O programa desenvolvido pelo Governo Federal em parceria com a Prefeitura, por meio do Ministério do Trabalho e do

Emprego, permite a inclusão dos jovens no mercado de trabalho ao ofere-cer qualificação profissional gratuita. Além da parceria com o Governo Federal, a realização do Programa Projo-vem Trabalhador no município, está sendo viável graças ao envolvimento de instituições como a FAC (Faculdade Anhanguera) e o Senai (Serviço Nacional da Indústria). Em Santa Bárbara d’Oeste são oferecidas duas mil vagas para jovens entre 18 e 29 anos nas área de meta-mecânica, vestuá-rio, beleza e estética, construção e reparos (revestimento e instalações) e administração. Os participantes do programa irão receber auxílio de R$ 100 por mês, durante seis meses, mediante comprovação de frequência nos cursos de qualificação, que terá duração de 350 horas/aula. O aluno recebe

58 • FORÇA • agosto de 2010

Page 57: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

CURSOS OFERECIDOS PELO PROGRAMA EM SANTA BÁRBARA

Espaços

• Assistente administrativo

• Operador de logística

• Operador de máquina injetora termoplástica

• Desenhista de edificações

• Desenhista de moda

• Assistente contábil

• Panificação

• Vendas

• Beleza e estética

• Marketing e comunicação social

ainda vale-transporte, alimentação, material didático e material de apoio. O prefeito Mário Heins classifica a parceria com o Governo Federal como uma grande conquista para o município. Para Heins o trabalho de-senvolvido por sua Administração é fruto do empenho de um grupo que defende os mesmos ideais.”Vamos qualificar dois mil jovens graças ao governo (municipal) voltado para os reais problemas de nossa cidade”.O programa também vai beneficiar os empresários do município, que po-derão recrutar os jovens qualificados pelo Projovem.A Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Labor Vita - Trabalho e Vida é a executora do programa no município. Ela venceu a licitação para realizar e fazer toda a gestão operacional e administrativa do programa, bem como desenvolver novas parcerias.

agosto de 2010 • FORÇA • 59

Page 58: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA

Pedagogia

60 • FORÇA • agosto de 2010

Imagine-se na situação de um solda-do que precisa defender seu país e para isso matar os inimigos usan-do armas, facas e bombas. Agora,

imagine-se líder de uma gangue que rou-ba carros em vias públicas, mata quem vê pela frente e ganha dinheiro para com-prar casas e ter mulheres. Indo mais além, imagine um adolescente que bate e mata em ambiente escolar, vandaliza o prédio do colégio e é capaz de bater na professo-ra a fim de roubar uma prova. Não é difí-cil identificarmos esses comportamentos na sociedade e, é ainda mais fácil, encon-trarmos essas cenas em jogos de videoga-me. Certamente, crianças e adolescentes conhecedoras do mundo virtual sabem identificar de qual jogo se trata cada uma dessas cenas e sabem executar todos os comandos para atingir o nível máximo de violência e de barbárie do jogo: a morte. Esses jogos mostram que a violência está cada vez mais presente na vida de crian-ças e adolescentes e o horroroso se torna

Jogos de videogame com conteúdo violento deflagram construção da personalidade de jovens e crianças e estimulam comportamento agressivo

banal e até motivo de di-versão no mundo da fan-tasia. A familiarização, cada vez mais cedo com a brutalidade, justifica a escolha por esse tipo de conteúdo. Mas, será que esses jogos podem influenciar no compor-tamento de quem ainda está desenvolvendo a personalidade? Embora não existam estudos que comprovem a reprodu-ção na vida real do com-portamento observado no jogo, especialistas do comportamento humano garantem que a banalização da violência pode, sim, esti-mular o comportamento agressivo quan-do existe pré-disposição à violência na própria personalidade da criança. Segundo a psicóloga Gisleine Vaz Sca-vacini de Freitas, especialista em ado-

lescência pela Unicamp, esses jogos são uma clara representação da sociedade competitiva. “Há jogos violentos de todas as formas, desde aquele que se joga sozi-nho como outros onde os jovens conver-sam com os demais e criam estratégias de como derrubar ou matar os inimigos. Esses jogos não são diferentes do que

Page 59: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Pedagogia

agosto de 2010 • FORÇA • 61

muitos grupos de empresas fazem para acabar com o seu adversário. Ou seja, os jogos violentos representam a vida na nossa sociedade competitiva”.Alguns dos jogos que fazem mais suces-so entre os jovens foram até proibidos de serem comercializados. É o caso do

jogo Manhunt, proibido de ser vendido em vários países e indicado pela mídia britânica como influência a um assassi-nato. Entre os jogos favoritos de crianças e adolescentes estão Call of Dutt, Grand Theft Auto, mais conhecido como GTA, e Bulling, cujos objetivos foram descritos no primeiro parágrafo desta reportagem, respectivamente. No jogo Call of Dutt, o jogador é um soldado que ajuda seu exér-cito a matar os inimigos. Dentro de seu arsenal, utiliza armas, facas e bombas para vencer a guerra. No GTA, o jogador é líder de uma gan-gue e tem como missão roubar veículos e matar quem passa pela rua. O detalhe é que, nem sempre, os alvos da morte são inimigos. É costumeiro matar inocentes que transitam pelas ruas, só pelo prazer de matar. Ainda neste jogo, o jogador ganha dinheiro, compra casas e se rela-ciona com mulheres. Inclusive há possi-bilidade de utilizar códigos e desbloquear cenas de sexo explícito. No jogo Bulling,

o jogador é um adolescente valentão que agride e mata colegas, professores e dire-tores do colégio onde se passa o jogo. O garoto também agride a professora ape-nas para colar ou roubar as provas. Diz Gisleine: “Se esse for o objetivo da nossa sociedade, desenvolver crianças e

adolescentes com esse tipo de conteúdo e repertório de comportamento, então eu vou dizer que tudo bem, esse brin-car está adiantando o desenvolvimento e estará preparando o seu pensar e sentir para uma sociedade agressiva. Mas, se o objetivo da sociedade for construir um mundo mais harmonioso, onde os direi-tos humanos sejam respeitados, então eu vou dizer que esse tipo de brincadeira vai à contramão desse mundo, pois se não tiver critérios estará estimulando a bar-bárie humanaProibidos ou não, esses jogos são vendi-dos sem nenhuma restrição, chegam às mãos de crianças e adolescentes, podem estimular o comportamento agressivo e os pais, na maioria dos casos, ou são co-niventes com a situação ou sequer sabem que os filhos têm esse tipo de jogo em casa. Como tudo o que é proibido agu-ça a curiosidade e a vontade dos jovens, a orientação é para que os pais sempre tenham bom senso e não deixem que os

jogos, violentos ou não, tomem conta da rotina dos filhos. Não é necessário proi-bir, mas é preciso ficar atento e conversar. É o que acontece com o adolescente Gus-tavo Ferreti. Aos 12 anos, há pelo menos dois ele joga diariamente videogame e, na maioria das vezes, os jogos escolhi-

dos ou são os de futebol ou os violentos. “Apesar de eu saber que ele tem esse tipo de jogo em casa, sempre estou em cima. Digo quando ele começa a alterar o com-portamento e fica agressivo, e não deixo que o videogame tome conta de sua roti-na. Ele estuda, joga futebol e brinca com os amigos do bairro de pipa”, diz a mãe, a dona de casa Maria Aparecida. Já o filho garante: “Gosto desses jogos violentos, porque são mais emocionantes. Meus amigos têm e eu empresto os meus para eles. Mas, minha mãe não me deixa fazer isso o tempo todo. Tem vez que prefiro jogar bola na rua com meus colegas” Orienta a psicóloga aos pais: “Escolham jogos onde os seus filhos possam pensar e construir estratégias em grupo para com-pletar alguma tarefa em comum. Conver-se com ele sobre os jogos, pergunte tudo sobre os jogos, como ganha, como perde, qual a melhor forma, qual a pior forma e quem joga”.

Page 60: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

62 • FORÇA • agosto de 2010

Para entender os impactos dos jogos, violentos ou não, na vida dos filhos e para alertar aos pais quando a diversão se tor-

na perigosa, a Revista Força estendeu a entrevista com a psicóloga Gisleine Vaz Scavacini de Freitas, especialista em ado-lescência pela Unicamp, e trás os princi-pais pontos do bate-papo:Revista Força: Por qual motivo os jo-gos com conteúdo violento são os que mais fazem sucesso entre os jovens? Dra. Gisleine Freitas: Muitas crianças e jovens utilizam esses jogos para extra-vasar a própria raiva e frustração diante das dificuldades da vida. Isso também pode acontecer pelo fato deles não de-senvolvem outros repertórios de compor-tamento para enfrentar a vida como, por exemplo, falar o que sente ou pensa para as pessoas que estão ao seu redor.RF: Quais os impactos dos jogos vio-lentos na vida de crianças e adolescen-tes?GF: O problema é o tempo que se fica jogando. Algumas crianças podem ficar muito estressadas com o jogo quando está ganhando ou perdendo. Isso eleva a pressão arterial e se essa criança passa uma grande parte do tempo sem fazer um exercício físico, se não come direito nas horas certas, se não tem rotina e nenhum adulto para retirá-la dessa situação, então es-tamos diante de uma situação bastante peri-gosa. Muitas dessas crian-ças têm pais

de que tem dificuldade de impor limites. Amar é também impor limites, para que seu filho não entre em rota de colisão. RF: E sobre os jogos com cenas explí-citas de sexo, quais os impactos dele na vida do jogador? GF: O sexo, assim como os conteúdos agressivos e mórbidos, atrai a atenção de todos nós. Mas, os adultos, na sua grande maioria, já têm os seus freios, a sua razão mais atuante. O que não acontece com a criança que precisa ser protegida dessas situações, pois ainda não tem corpo para realizar os desejos que serão mobiliza-dos por essas cenas. É como passar com um doce bem gostoso na frente de uma criança e dizer para ela ‘você não pode’. Essa situação provoca uma grande ten-são na vida mental da criança. No caso do adolescente, a libido, a atenção para os assuntos sexuais estão com um grande colorido e ele sofre por não saber muitas vezes como realizar e lidar com todo esse desejo. Os jogos podem aumentar ainda mais essa tensão e nem sempre resolvê-la. O jovem precisaria conversar e ter suas dúvidas divididas com outras pessoas e não resolver de forma solitária com com-putador. Isso poderá até atrapalhar, pois a realidade é sempre diferente da fantasia.RF: O comportamento desses jovens muda no convívio social? De que for-ma?

GF: Quando a vida da criança ou ado-lescente se estrutura em torno do jogo, ao ponto dele preferir jogar a sair com os pais ou amigos, então

o convívio social e o desenvol-vimento dos comporta-

mentos sociais ficarão prejudicados. Há crianças e adolescentes que chegam a ter crise de abstinência, ficam irritadas com os outros, brigam, ou então ficam depri-midos, ou apáticos. Alguns jovens ficam tanto tempo interagindo com o jogo que quando estão diante de uma pessoa não sabem sustentar um olhar, falam em rit-mo de jogo, e não modulam a fala. Isso traz muitos problemas, pois às vezes só se soltam quando o conteúdo da conversa é sobre jogo.RF: Quando os pais devem notar que o que era diversão tornou-se nocivo ao filho?GF: Se o game é a rotina, estamos diante de um vício e ele fica fácil de ser detecta-do exatamente por isso. A rotina de uma criança e de um adolescente deve estar a serviço da vida dela, do seu aprendizado e desenvolvimento social, afetivo, inte-lectual, da saúde mental e física, e para isso ela vai precisar de muitas formas de relacionamento. Ficar apenas no game é muito pobre e estressa demais, o que pode provocar vícios, surto, déficit de de-senvolvimento. RF: Quais as orientações aos pais?GF: Bom senso! Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. As rotinas do comer, dormir,

Pedagogia PAIS E FILHOS X VIDEOGAME E COMPORTAMENTO

Page 61: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Pedagogia

agosto de 2010 • FORÇA • 63

fazer esporte, lazer, estudar, não pode es-tar subordinado aos jogos. Escolha jogos onde os seus filhos possam pensar e cons-truir estratégias em grupo para completar alguma tarefa em comum. Converse com ele sobre os jogos, pergunte tudo sobre os jogos, como ganha, como perde, qual a melhor forma, qual a pior forma, quem joga. Faça dessa situação um momento de interação social com o seu filho, inclua os jogos para discutir as relações interpesso-ais, desenvolver a afetividade, a empatia, a linguagem.

A partir desta edição, a Revista Força traz neste espaço, dicas de livros com a colunista Ângela Carrascosa Storolli. Sabendo da importância da leitura para a vida, a mais nova colaboradora da revista é formada em Letras, colunista do jornal: “Corpo & Equilíbrio”, voluntária do Canal NET CIDADE – onde apresenta o quadro de entrevistas: Café Cultu-ral, do programa Circuito Net - e atua como palestrante sobre: “A importância da leitura”. Acredita que ler é essencial, estimulante e cita Rita Foelker: “Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida.”

“Einstein Sua Vida, Seu Universo”Autor: Walter Isaacson

O livro de Walter Is-sacson aborda assun-tos sobre a vida e as descobertas de Albert

Einstein. A biografia foi escrita baseada numa coleção de cartas divulgadas em 2006, vinte anos depois da morte de sua enteada, conforme ela determinara em testamento. Relata a vida do cientista des-de a infância até os últimos dias de sua vida revelando um menino curioso que imaginou como seria viajar ao lado de um raio de luz com a velocidade da luz, um estudante genial que se apaixonou por uma colega da Politécnica de Zurique, Mileva Maric, com quem teve dois filhos (Hans Albert e Eduard). O grande desa-fio era desfazer mitos em torno da vida e obra do gênio alemão.Revela um Einstein avesso a qualquer tipo de dogma e foi esse

A IMPORTÂNCIA DA LEITURARevista Força traz, a partir desta edição, dicas de livros

espírito rebelde que permitiu o nascimen-to da teoria que revolucionaria a física; um homem simples, mas ao mesmo tem-po impertinente e distante. Einstein dis-se: “Não tenho nenhum talento especial, apenas uma ardente curiosidade”. O autor é didático, tem senso de humor e tornou este tema acessível a um público leigo. Foi amplamente elogiado pela crítica. Walter Issacson foi presidente do Instituto Aspen e da CNN, além de editor da revista Time. Também é autor de “Benjamin Franklin: An American Life e Kissinger: A Biogra-fy” (1992). Em co-autoria com Evin Tho-mas escreveu: “Wise Men: Six Friends and the World They Made” (1986). Em 2007, tornou-se colunista da Time.

“Juventude & Drogas: Anjos Caídos”Autor: Içami Tiba

Segundo a editora este livro é resulta-

do de 40 anos de experiência clínica em consultório e hospitais e no combate às drogas. “Dá continuidade ao objetivo do Dr. Tiba: ajudar a família, a escola e o jovem a desenvolverem caminhos de controle ou de superação do uso das drogas. Nesta obra, o autor orienta sobre como prevenir o uso de drogas, identifi-car um filho usuário ou abordá-lo para iniciar tratamento. Faz com que adultos entendam o universo dos adolescentes, identificando e conhecendo as razões que levam seus filhos às drogas.Álcool, cigarro, inalantes e solventes, maconha, tranqüilizantes, anfetaminas, cocaína, crack, alucinógenos, esteróides e anabolizantes, sedativos e indutores do sono, heroína e morfina têm seus sinto-mas, usos e tratamentos explicados, um a um, em detalhes.”

Içami Tiba é psiquiatra e educador. Escreveu “Família de Alta Performance”, “Quem Ama Educa! E mais 26 livros.

Page 62: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

64 • FORÇA • agosto de 2010

Tecnologia

Em até três anos motoristas poderão optar por painéis reconfiguráveis. Tecnologia permite escolher cores de fundo e as informações mais importantes do veículo

Já pensou na possibilidade deixar o painel do seu carro com a sua cara, mudar a cor de fundo e, até mesmo, escolher as informações

que achar mais importante? Brasileiro que é Brasileiro já não se contenta mais com carros básicos e essa realidade está com os dias contados. A tecnologia dos painéis reconfiguráveis já equipa os mo-delos mais luxuosos do mundo e está

mais perto de chegar ao Brasil do que se imagina.Daqui a dois ou três anos, estimam os especialistas, motoristas brasileiros po-derão substituir o painel de instrumen-tos por um display de LCD reconfigurá-vel, que permite mudar a apresentação gráfica e escolher as informações que quiser ver – como, por exemplo, consu-mo de combustível, conta-giros, tempe-

ratura, tensão das baterias e o ângulo de inclinação. Além disso, também é pos-sível escolher as cores de fundo, dese-nho e até alterar a fonte das letras e dos números. Só não é possível tirar da tela o velocímetro, que é obrigatório por lei.Apesar de ser semelhante a uma tela de computador ou de celular, o painel re-configurável deve chegar ao mercado brasileiro custando até três vezes mais

TECNOLOGIA A SERVIÇO DO MOTORISTA

Page 63: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 65

SCARAZZATTISCARAZZATTISCARAZZATTIInformática

Rua Dos Antúrios 170, Jd. DulceSanta Bárbara d’Oeste - SP

Fone 19 3455-3339 / 9143-0420

[email protected]

ManutençãoNotebooks

Monitores LCDMicro Computadores

Scarazzatti.indd 1 2/10/2010 5:21:54 PM

Tecnologia

do que o convencional. O dispositivo é complexo de ser desenvolvido e precisa ser resistente a alta temperatura, vibra-ções e transmitir os dados em tempo real, o que encarece o preço final do produto. Mas, segundo contou o gerente de engenharia de desenvolvimento na área de painéis de instrumentos da Con-tinental, Iaran Gadotti, ao portal G1, “a tendência é que com a demanda, os pre-ços abaixem gradativamente até chegar aos modelos de entrada”.As empresas de desenvolvimento auto-mobilístico daqui já estão com os sof-twares desenvolvidos para atender a de-manda do mercado. A Magneti Marelli já tem um modelo pronto com quatro opções de configurações pré-definidas. Caso o motorista escolha a primeira op-ção, ela traz indicações analógicas do velocímetro, do conta-giros, do relógio, do marcador de temperatura e do nível de combustível que podem estar dispo-níveis em um fundo azul ou vermelho. Àqueles que não dispensam a espor-tividade, na segunda opção existe um

velocímetro digital e conta-giros expo-nencial e uma off-road, que- no lugar do conta-giros – trás as informações de inclinação frontal e lateral do veículo. Neste caso, imagens captadas pela câ-mera instalada na porta traseira são re-produzidas do lado esquerdo do painel quando o motorista engata a marcha à ré. A terceira opção permite mudar o fundo do quadro por uma figura ou uma foto, como acontece no desktop de um computador. Com mais opções de cores, este software promete ainda interagir com o sistema GPS e com o aparelho celular.Carros-conceitos e modelos luxuosos produzidos por grandes marcas, como a alemã BMW e as norte-americanas Ford e General Motors, já vêm equi-pados com a novidade há algum tem-po. A tecnologia, porém, só começou a crescer na indústria mundial agora. Com o software já desenvolvido no Brasil, agora, cabe as montadoras in-corporarem ou não esse novo conceito em seus modelos.

Software permite que motorista mude a cor de fundo do painel de intrumentos e escolha as informações que achar mais importantes (Foto: Milene Rios/G1)

Page 64: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

66 • FORÇA • agosto de 2010

Moda

O mundo da moda viu pela primeira vez as cores, tecidos e aviamentos que es-tarão nas vitrines, ruas e passarelas no outono/inverno 2011. Reforçando

a posição do Brasil como parte do cenário fashion, o país antecipou as novidades do hemisfério Norte para América Latina, na versão latino-americana do Première Vision - maior salão mundial do segmento têxtil , que também acontece em Paris, Xangai, Nova York, Moscou, Beijing e Tóquio.Firmando-se no calendário internacional do Pre-mière Vision, a segunda edição do Première Bra-sil aconteceu nos dias 21 e 22 de julho, na Tran-samérica Expo Center, em São Paulo, e reuniu 88 renomados expositores nacionais e internacionais. Em relação à primeira edição, realizada em janei-ro deste ano e que antecipou as novidades para a

BRASIL ANTECIPA PARA O MUNDO TENDÊNCIAS DO OUTONO/INVERNO 2011Premiére Brasil apresentou pela primeira ao mundo da moda as tendências de cores, tecidos e aviamentos para o outono/inverno do próximo ano

primavera/verão 2011, houve aumento de 30% no número de expositores e de 50% no espaço do evento.De acordo com o presidente do Sinditextil-SP, Rafael Cer-vone Netto, o evento coloca o país no circuito da moda. “A importância estratégica de trazer essa feira para o Brasil é colocar o país e São Paulo no circuito da moda. Somen-te neste ano as indústrias têx-teis do Brasil vão empregar oito milhões de pessoas. Vão faturar 50 bilhões de dólares e vão exportar 1,2 bilhões de dólares. Isso mostra a impor-tância do setor para o mun-do”. Os visitantes que passaram pelo evento puderam ver as tendências do setor de duas maneiras: pela exposição dos tecidos dos participantes e pela conferência de moda apresentada pela diretora de moda do salão parisiense, Pascaline Wilhelm, em que

foram abordadas as novidades para o inverno 2011. As tendências apresenta-das neste Première Brasil só serão mos-tradas na edição francesa em setembro deste anoSegundo o diretor-geral do Première Vision, Jacques Brunel , a escolha do Brasil para sediar o salão foi natural para o país, que segundo o IBGE (Ins-tituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica), tem a sexta maior economia têxtil do mundo. “É o país mais importante da moda na América do Sul e se apóia em uma indústria muito poderosa, com mais de 30 mil empresas entre confec-ção e têxtil”. Cerca de 40% dos expositores da fei-ra vieram do exterior, sendo de países como: Áustria, Bulgária, França, Ale-manha, Itália, Japão, Turquia, Inglaterra e Uruguai. “Os brasileiros trazem mais algodão e malharia, então, os outros pa-íses complementam essa oferta que falta aos expositores daqui com lã, seda, ren-das, bordados”, disse Brunel na coletiva de imprensa de abertura do salão.O ideal ecológico já se colocou como ca-racterística obrigatória do Premiére Bra-sil, em que muitos dos expositores mos-

Page 65: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Moda

tram novidades eco-friendly. Sob a temática “Feel It” as tendências para o Outono In-verno 2011 foram divididas em cinco universos que agru-pam os expositores em suas determinadas áreas, facilitan-do sua distribuição para visi-tantes e compradores:

Denim & Sportswear: apre-sentou as maiores novidades da moda em jeans, algodão e sarja, além de interessantes processos de lavanderia e acessórios têxteis fo-cados no universo do denim.

City & Glam: área dedicada es-pecialmente à moda formal e ur-bana que se uti-liza de alpacas, lãs, tricolines; e à moda mais re-finada e glamou-rosa, com seus tecidos elegantes como cetins, se-das, rendas, tafetás e bordados.

Yarns & Fibers: trouxe as últimas ten-dências em fibras e fios, especialmente as desenvolvidas por indústrias e desig-ners da América Latina.

Designs: focou exclusivamente o de-sign têxtil para estamparia.

Accessories: apresentou grandes possibilidades em aviamentos, como zíperes e botões.

A terceira edição do Première Brasil já tem data marcada: de 19 a 20 de janeiro de 2011. Novamente o mundo estará com os olhos voltados para o Brasil, desta vez,

para conhecer as tendências para a primavera/verão 2012.

“No ano que vem vamos fazer aqui no Brasil o primeiro lançamento da moda primavera/verão 2012. O mun-do vai ver as tendências no Brasil”, contou Cervone Netto.

www.covolan.com.br

Page 66: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Moda

68 • FORÇA • agosto de 2010

Page 67: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Moda

agosto de 2010 • FORÇA • 69

GLOW TECIDOS LANÇA COLEÇÃO OUTONO/INVERNO 2011Com foco na consciência ecológica, Glow investe em tecidos que imitam pele de animais. Aposta é em tecidos leves e fluidos

Com um dos estandes mais visitados durante os dois dias do 2º Première Vi-sion Brasil, a Glow Teci-

dos apresentou com exclusividade ao mundo da moda sua coleção outono/inverno 2011. Dentro do universo City&Glam – moda casual e refinada – a coleção vem com a proposta de tecidos leves e fluidos para invernos menos rigorosos e em co-res sóbrias. A empresa de Santa Bárbara d’Oeste – pertencente ao Grupo Covolan

Estamparia: Estampas discretas e românticas e o queridinho da estação: o xadrez

Page 68: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 69: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 71

- aposta sua coleção principalmente no público feminino, com diversas versões de vestidos, camisarias, alfaiatarias, ja-quetas e casacos.A coleção Glow, desenvolvida pela es-tilista Rosinha Castanheiras, agradou aos visitantes logo em sua estréia na versão latino-americana do maior salão mundial do segmento têxtil e alinhavou vários negócios e parcerias. A coleção

outono/inverno 2011 trabalha com ma-teriais como chambray, texturas, algo-dão encorpado, tricolines e, principal-mente, sedas e transparências, “Pelo clima tropical do Brasil, nada impede que tenhamos no inverno tecidos leves e fluidos, com peças como saias e ves-

tidos”, explica Ana Cláudia Caetano, representante comercial da marca. Para os dias mais frios, os vestidos le-ves pedem combinações com casacos feitos de tecidos estruturados, como os de base resinada, também desenvolvi-dos pela Glow. Outra aposta da marca é na tendência eco-friendly. Com foco na consciência ecológica, tecidos que imi-tam pele de animais e cascas de árvores

prometem fazer sucesso entre o público feminino. “Quando criei essa coleção pensei na moda utilitária, do dia a dia. Mas, nossos tecidos permitem que con-sigamos trabalhar tranquilamente com uma moda mais refinada e glamurosa”, conta a estilista Rosinha Castanheiras.

Outra vertente trabalhada pela coleção é a moda tecnológica, com um design mais esportivo. O tecido prada polia-mida com elastano permite a criação de legging com modelagem esportiva e confortável. Para quem não dispensa formas e cores, Rosinha Castanheiras baseou-se no minimalismo para criar estamparias xadrez, listras, florais esti-lizados e aquarelados, estilizações geo-

métricas, felinos e liberty.A Glow Tecidos também se destacou no evento, que aconteceu de 21 a 22 de ju-lho, no Transamérica Expo Center, por seu conceito de exclusividade e inova-ção. Além dos tecidos e estamparias pre-sentes na coleção, a empresa desenvolve

Leveza e fluidez: Transparências estarão em alta no próximo inverno em várias versões. Pode ser usada com sobreposição

Page 70: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

72 • FORÇA • agosto de 2010

aos clientes cartelas de cores e estampas exclusivas. Todo esse dinamismo só é possível pela produção verticalizada da empresa, isto é, todos os processos de produção – desde a produção ao acaba-

mento, passando pelo processo de tintu-raria e estamparia – são desenvolvidos dentro da própria empresa. Dentro do conceito de exclusividade, a cartela de cores apresentada pela Glow no Première Brasil foi desenvolvida ex-clusivamente para a coleção, com cores como: preto, mescla, cinza, bege, ca-melo, marrom, vermelho, pinho, verdes utilitários e azul. “O mercado é carente de empresas com esse tipo de produto (exclusivo e inovador). Temos um publi-co muito seletivo. Além disso, também fazemos uma pré-apresentação das co-leções aos nossos clientes. Nós antecipa-mos as tendências e isso facilita a vida

Dia-a-dia: Moda casual vem com proposta de tecidos leves e fluidos com xadrez discreto

Leveza e fluidez: Transparências estarão em alta no próximo inverno em várias versões. Pode ser usada com sobreposição

Page 71: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 73

Estamparia: listras estão presentes em várias cores. Também em tecidos leves

Conforto: Para quem não dispensa conforto, este modelo de legging é a escolha certa. Com visual tecnológico e confeccionado com po-liamida de elastano, a peça é esportiva e muito confortável

Page 72: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

74 • FORÇA • agosto de 2010

Tendência eco-friendly: tecidos que imitam pele de animais. Leve, tem caimento perfeito no corpo. Pode ser usado para confecção de blusas, batas e vestidos

Meio ambiente em alta: Tecidos que imitam cascas de árvores têm aspacto refinado. Glow desenvolveu tecido em várias cores

Moda refinada: Outra vertente da Glow Tecidos, a moda elegante e refinada tem espaço na coleção. Proposta é perfeito para uma ocasião noturna

Page 73: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 75

w .te a co . r

ww xp l. m b

Texpal, 30 anos de experiência e consolidação, alcançadas através

de uma química infalível, dedicação e muito trabalho.

A Texpal trabalha com cores,contrastes, resinas e

produtos para transformar o simples em sofisticado, mas

seu maior diferencial está na sua essência transparente. Transparência conquistada

através de muita dedicação da equipe e dos

parceiros durante estes 30 anos de trabalho.

dos clientes. A maioria das nossas cria-ções é para o público feminino, de 25 a 40. É para o pessoal mais ‘antenado’ na moda”, relatou Gilsele Molina, do de-partamento comercial da empresa.Criada em 2002, apesar de jovem a em-

presa já tem uma atuação de destaque no mercado de moda, tendo como prin-cipio a diferenciação, a qualidade e a ex-clusividade. Com tanto sucesso, a grupo Covolan pretende expandir sua partici-pação no Première Brasil de janeiro de

2011, que vai antecipar as tendências de moda para a primavera/verão 2012. “Vimos que nessa primeira feira obti-vemos resultados e o objetivo no ano que vem é trazer a Covolan”, antecipou à Revista Força Jair Covolan, diretor-superintendente da empresa.

Page 74: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

76 • FORÇA • agosto de 2010

Moda

COVOLAN: COMPROMISSO COM O MEIO-AMBIENTECovolan Indústria Têxtil trata e reusa cerca de 90% da água consumida por seu processo de produção

Compromissada com a preser-vação do meio ambiente e pre-ocupada com escassez de um dos mais importantes recursos

hídricos do planeta, a Covolan Indústria Têxtil deu um importantíssimo passo para a sustentabilidade, ao assegurar o uso racional da água em sua produção. A água captada pela empresa, depois de ser utilizada em todos os seus setores de pro-dução, passa pela Estação de Tratamento de Efluentes para voltar à sua qualidade inicial e, em seguida, é reaproveitada pela Indústria. Hoje, a Covolan reutiliza 90% da água que consome.O projeto de “Conservação e Reuso da Água” teve início no ano de 2004, quando a direção executiva da empresa investiu no tratamento da água. No ano seguinte, iniciou-se o projeto de reuso em escala laboratorial e, posteriormente, feito em escala industrial – projeto que vai além da Legislação Ambiental exigida atual-mente. Seis anos depois, o projeto desen-volvido pela empresa de Santa Bárbara d’Oeste é referência para Universidades e Escolas Técnicas e serve de lição para indústrias que despejam material tóxico no meio-ambiente.As propostas da Covolan para produzir jeans que preserva não param. A empresa mais uma vez inovou e implantou o proje-to de “Reuso do Insumo e sua Descolora-ção”. Com isso, a Covolan utiliza de sua Energia Térmica, gerada pela chaminé da caldeira, para secar o lodo úmido gerado e, após reduzir sua massa em 90%, enviar para o aterro industrial. Dessa forma, há uma significativa contribuição para a di-minuição do passivo ambiental.Os maiores beneficiados com os projetos são o meio-ambiente e a própria

Prêmio Fiesp

Água tratada para reutilização

empresa. Com o projeto de reutili-zação da água, por exemplo, hou-ve redução da captação de água de modo substancial e os resultados tem se mostrado satisfatórios. O consu-mo da Covolan Indústria Têxtil é de 35,0 m3/h. Antigamente era retirado 100% deste total de poços artesianos e devolvido o mesmo 100% tratado. Hoje, a empresa retira apenas 20% destes 35 m3/h, pois o restante fica em reciclo - dentro da empresa, onde se aplica o reuso. Desta forma reduziu-se a geração de efluentes líquidos em até 90%. Para coroar toda iniciativa, o projeto rendeu a Covolan Indústria Têxtil o Prêmio Fiesp de Conservação e Reuso da Água, em 2006. A meta agora é expandir o tratamento da água e reutilizar 95% de todo recurso usado na produção.

Tanque de sedimentação (c/ colméias de PVC)

Page 75: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 77

MANAGEMENT SERVICE

Rudolf - Sizing Amidos do BrasilRodovia Raposo Tavares, S/N, Km 408Água do Pau D'AlhoCEP 19940-000Ibirarema - SPTel/Faz (14) 3307-1534E-mail: [email protected]

Rudolf GmbH & Co. KG82532 GeretsriedAlemanhaTel: + 49 8171/53-0Fax: + 49 8171/53-191P.O.Box 749Email: [email protected]

Page 76: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

78 • FORÇA • agosto de 2010

Page 77: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 79

Moda

A linha completa de jeans da Covolan Indústria Têxtil atende, agora, ao padrão internacional de

segurança química. Preocupada não só com o meio-ambiente, mas com a saúde de seus consumidores, a Co-volan isentou o uso de substâncias tóxicas – que podem causar câncer ou alergias - de sua produção. Com a medida, recebeu no dia 29 de ju-lho o certificado Oeko-Tex Standard 100, um dos principais sistemas de Certificação Internacional para ma-térias-primas, produtos intermediá-rios e finais do setor têxtil em todas as fases do processamento. Das quase 40 empresas certificadas no Brasil, a Covolan obteve o rótulo Oeko-Tex em tempo recorde. Pouco mais de um mês, após ter enviado as amostras de seus produtos para o instituto de ensaio alemão, o certifi-cado já estava creditado à empresa de Santa Bárbara d’Oeste. A expli-cação para a rápida certificação é o fato de a Covolan exigir de todos os seus fornecedores certificações que garantem a qualidade e a segurança das matérias-primas e ao comprar produtos químicos somente de gran-des empresas. A empresa barbarense foi enquadrada na classe II da certi-ficação, destinada a têxteis que têm uma grande parte da sua superfície em contato direto com a pele, como roupa interior, camisas e blusas.

A lista dos critérios de certificação Oeko-Tex Standard 100 abrange tes-tes a cerca de 300 substâncias legal-mente proibidas e regulamentadas, substâncias químicas com efeitos nocivos para a saúde e outros pa-râmetros essenciais em termos de prevenção para a saúde humana. Com o certificado Oeko-Tex Stan-dard 100, as empresas do setor têxtil potencializam o surgimento de no-vas oportunidades globais e, ainda, conseguem penetrar nos mercados mundiais, pois o padrão dos produ-tos que têm este certificado atende a todas as demandas e legislações internacionais. Com a crescente preocupação em obter segurança química, o mercado nacional também começa a exigir a certificação. Grandes redes de vare-jo, por exemplo, só comercializam o produto final se o mesmo possuir a certificação. “A Covolan se destaca pela visão empresarial de sua dire-toria executiva. Está num segmento bastante concorrido e se diferencia pela qualidade de seu produto e por suas ações. O certificado contempla o trabalho que a empresa desenvol-ve de estar tão bem como empresas de países de primeiro mundo”, co-mentou Frits Herbold, Gerente Re-gional América Latina em consulto-ria pelo Instituto Hohenstein. Para a indústria e para o comércio as vantagens da certificação vão

desde a transparência na utilização de critérios inofensivos à saúde du-rante o processo de produção, até a redução de custos e a credibilidade do rótulo Oeko-Tex. Já as vantagens aos consumidores vão desde a se-gurança do produto até a qualidade para a saúde. Em todo o mundo 140 mil empresas possuem a certifica-ção Oeko-Tex Standard 100 e no Brasil a procura pela certificação cresce a cada ano. Em 1998, o país tinha quatro empresas certificadas. Em 2002, o número saltou para 14 e, em 2009, para 32. A expectativa é a de que o ano de 2010 termine com 40 empresas noticiadas.

POR QUE O OEKO-TEX 100?Na década de 90 os têxteis estavam

rotulados, principalmente na Eu-

COVOLAN CONQUISTA CERTIFICADO DE PADRÃO INTERNACIONALCovolan isenta uso de substâncias tóxicas em sua produção e recebe certificação Oeko-Tex Standard 100

Page 78: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

80 • FORÇA • agosto de 2010

Moda

ropa, como negativos e perigosos à saúde, por empresas utilizarem no processo de produção substâncias tóxicas. Jornais da época publica-vam manchetes como “Venenos nos têxteis”, em alusão ao uso de pigmentos nocivos que podem cau-sar alergia e câncer. Foi então que a segurança química começou a ser exigida por lei em países da União Européia; e a medida passou a ser adotada, também, por países como Estados Unidos e Canadá. A ex-portação de têxteis para esses paí-ses também precisavam se adequar as leis de segurança química e, por isso, a necessidade de um padrão de segurança uniforme para as empre-sas do setor têxtil e do vestuário.

Com isso, no início da década de 90 o Instituto Austríaco de Investi-gação do Têxtil (ÖTI) e o Instituto Alemão de Investigação Hohenstein elaboraram conjuntamente a Oeko-Tex Standard 100, com base nas nor-mas de ensaios existentes à época. ”O padrão Oeko-Tex diz que o pro-duto de fabricação têxtil está isento de todas as substâncias nocivas. Em média, existem de 150 a 300 subs-tâncias proibidas, depende da ma-neira que contamos as substâncias. O certificado está de acordo com a legislação de exportação européia”, explica Frits Herbold, Gerente Re-gional América Latina em consulto-ria pelo Instituto Hohenstein. O certificado Oeko-Tex é válido por um ano. Após esse período, novas

amostras de produtos ou matérias-primas devem ser enviadas para teste. Durante o período em que a certificação vigora 30 mil inspeto-res rastreiam a produção, compram peças que têm a certificação e tes-tam em laboratório para saber se as empresas estão seguindo as diretri-zes Oeko-Tex. Na América do Sul, o Brasil é o único país que tem toda sua cadeia têxtil certificada. Pelo menos um representante de cada parte da cadeia, em todos os proces-sos de produção, são certificados. O país também lidera o ranking sul-americano de certificação, com quase 40 empresas, seguido por Peru, com nove, e pelo México em terceiro, com cinco certificações.

Page 79: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 80: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Social

82 • FORÇA • agosto de 2010

REINAUGURAÇÃO LA’MECHE COIFFEUR, EM SANTA BÁRBARA D’OESTE

O salão de beleza e clínica de estética La’meche Coiffeur, lo-calizado no Centro Comercial Pin-guim, no centro de Santa Bárbara d’Oeste, foi reinuagurado por seus proprietários, Nathan e Ariane, no dia 30 de junho. Confira alguns click de quem esteve por lá. As fo-tos são de Soraya A. Teizen Borte.

1

2

3

Page 81: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 83

01 - Equipe de profissionais La’meche02 - Cleiton, Nathan, Ariane, Patricia e Dr. Marcelo Borges03 - Dj Bruno, os proprietário Nathan e Ariane, e Cleiton04 - Ariane, Nathan e Beth Carvalho05 - Nathan, Soraya e Arianen06 - Cleiton, Elaine, Rosangela, Ariane, Dulce, Val, Carol e Nathan07 - Ariane, Neusa e Nathan

4

6

5

7

Page 82: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

84 • FORÇA • agosto de 2010

Page 83: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 85

Page 84: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Social

86 • FORÇA • agosto de 2010

GLOW TECIDOS NO 2º PREMIÈRE VISION BRASIL

A Glow Tecidos, empresa de San-ta Bárbara d’Oeste, pertencente ao grupo Covolan, integrou o se-leto grupo de expositores do 2º Première Vision Brasil - a versão latino-americana do maior salão mundial do segmento têxtil. Com um dos estantes mais movimenta-dos do evento, que aconteceu de 21 a 22 de julho no Transamérica Expo Center, em São Paulo, a Glow Tecidos lançou sua coleção outono/inverno 2011. Confira que passou pelo estante nas fotos de Soraya A. Teizen Borte.

1

21 - Estande Glow2 - Ana Claúdia, Rosinha Castanheiras (estilista Glow) e Gisele Molina, representante comercial da marca3 - Ana Claúdia Caetano, representante comercial da Glow. Veste coleção outono/inverno Glow num vestido com efeito fitado em transparência4 - Ana Cláudia e Jair Covolan, diretor superintenden-te da Covolan5 - Rafael Cervone Netto, presidente Sinditextil-SP e Fernando Pimentel, Diretor-superintendente da ABIT

6 - Jair Covolan, Guila Becco, representante comercial Glow e Toninho Ferreira, gerente de vendas Glow7 - Elaine Rodrigues, representante comercial da Glow. Veste coleção outono/inverno Glow num vestido com textura de pele animal8 - Milton Longobardi, diretor SP Turismo, Cervone, Aguinaldo Diniz, presidente ABIT e Fernando Pimentel9 - Rosinha Castanheiras, estilista Glow Tecidos

Page 85: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 87

7

3

5

4

6

8

9

Page 86: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

88 • FORÇA • agosto de 2010

Social > Personalidades

JOVEM DESUCESSO

Aos 12 anos, abriu sua própria funilaria. Aos 15, já havia comprado três veículos e uma moto. Aos 18 anos, foi traba-

lhar nos Estados Unidos. Aos 29, voltou ao Brasil para gerenciar os bens em que investiu enquanto trabalhava no exterior. E aos 30 anos, é dono de quatro postos de combustíveis na Região Metropolitana de Campinas. O empresário Isaac Alves de Paula é jovem na idade, mas experiente como empreendedor. Nascido em Americana e criado em Santa Bárbara d’Oeste, o jovem empreendedor tem uma história de sucesso, que come-çou a construir desde criança. Com talen-to nato para assumir responsabilidades e poupar dinheiro, ainda criança começou a ajudar o pai a fazer lajes. Anos mais tar-de, entrou numa funilaria como ajudante. Todo mês guardava 90% do salário para investir em sua própria funilaria. Quando tinha 12 anos, Isaac já havia comprado todos os equipamentos que precisava e abriu sua própria funilaria, nos fundos de sua casa.Empreendendo desde os 12 anos, com a ajuda de familiares ganhava dinheiro com compra e venda de carros em leilão. Aos 15 anos, já possuía três veículos e uma moto. Aos 17 anos se casou e, aos 18, dei-xou Santa Bárbara para trabalhar na Cons-trução Civil nos Estados Unidos. Chegou lá com a promessa de emprego garantido e se viu desempregado. O emprego que, até então, estava garantido ao jovem não existia. O que fazer? Voltar pra casa? Não

para Isaac! Sem chances de emprego na Construção Civil, permaneceu nos Esta-dos Unidos trabalhando como funileiro. Enquanto trabalhava em outro continente, mandava dinheiro para que os familiares em Santa Bárbara investissem em terrenos da cidade. No período em que estava fora do país, o dinheiro mandado por Isaac foi suficiente para que ele adquirisse o primei-ro posto de combustível, na Avenida Norte Sul, uma das mais conhecidas e movimen-tadas de Campinas. Onze anos depois, Isaac voltou a Santa Bárbara e seu patri-mônio só cresce. Hoje, é dono de quatro postos de combustível. Um em Campinas e outros três em Santa Bárbara d’Oeste. Desses, três estão em funcionamento e um em reforma. A história de vida ainda curta, porém, emocionante e vitoriosa de Isaac é exem-plo para muitos jovens que sonham em se tornar um empresário, assim como ele sonhou um dia. “Eu sempre admirava os empresários, as pessoas bem sucedidas. Admiro e me inspiro em exemplos de pes-soas que alcançaram seus objetivos, como o presidente Lula (Luis Inácio Lula da Sil-va, presidente do Brasil) e o Obama (Bara-ck, presidente dos Estados Unidos). Quem imaginou que algum dia um presidente negro ia comandar os Estados Unidos?”, enfatiza. Os planos para quem começou a trilhar cedo os caminhos do empreendedorismo não podiam ser menos ambiciosos: “Pre-tendo ter uma rede de postos, com uns 25 postos. Quero investir principalmente

em Santa Bárbara, gerar mais empregos para a cidade que cresci. Não tenho duvi-das de que a cidade vai crescer cada dia mais. Sempre acreditei que tudo é possível quando se acredita em Deus”, conta. Sa-tisfeito com suas conquistas, Isaac deixa a dica para quem quer tem uma historia de sucesso. “A dica, em primeiro lugar, é con-fiar em Deus e depois ter determinação. Nada é impossível. O nosso limite é o céu. Enquanto houver vida, enquanto houver saúde a gente consegue correr atrás dos sonhos”, finaliza.

Dono de quatro postos de combustível da região, desde criança Isaac Alves de Paula já mostrava que teria um fu-turo brilhante

Page 87: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 89

CYMK

Page 88: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

90 • FORÇA • agosto de 2010

Histórias de minha vida

TALENTO INCANSÁVEL PARA CRIAR, INOVAR E EMPREENDERAntônio Hermínio Marin, proprietário da tecelagem H-Marin, desenvolveu no Brasil processo de preparação dos fios através de ar comprimido

Foi numa de suas muitas viagens de trabalho à Alemanha, na década de setenta, pela multinacional Hoechst, que o Engenheiro Químico Antônio Hermínio Marin conheceu o processo de injeção de ar comprimido nos fios. De volta ao Brasil, viu na idéia a possibilidade de inovar a Indústria

Têxtil do país. Desenvolveu o projeto adaptando-o à realidade brasileira e apresen-tou à Hoechst - que não aceitou. Graças a seu espírito empreendedor, terceirizou o processo de ar comprimido nos fios e criou caminhos para que o fio sintético atravessasse a crise do petróleo e expandisse o uso do Poliéster na era do jeans. Com talento para criar e inovar, Marin queria mais do que terceirizar sua ideia. Que-ria ter liberdade para criar e implantar seus projetos. Foi o que fez. No final da década de oitenta deixou a Hoeschrst, as viagens internacionais e, em 1990, resolveu rumar sua carreira para o empreendedorismo. Criou sua empresa de Consultoria Têxtil, na cidade de São Paulo. Nesse período vendeu sua idéia para diversas em-presas e adaptou-a em diferentes máquinas de tecelagem. Mais de três décadas depois Antônio Marin recebe pedidos de patentes do projeto.Em 1997 fechou o escritório na Capital e abriu sua primeira unidade fábril, a Fios Têxteis H-Marin Ltda., com sede em Santa Bárbara d’Oeste, na Região Metropolitana de Campinas. “Optei por San-ta Bárbara porque achei mais fácil abrir uma empresa e crescer nessa cidade do que nas outras da região”, explica. Na H-Marin adaptou os equipamentos de tecelagem para produzir fios es-peciais através da injeção de ar comprimido e teve um cresci-mento surpreendente. Em pouco tempo no mercado, a tecelagem já tinha parcerias sólidas com grandes empre-sas têxteis do Brasil e chegou a produzir 150 toneladas de fios.Hoje, a H-Marin é referência na criação e produção de fios diferenciados através das tecnologias Air Jet, Air Twist e Air Tex, promovendo inovação em toda a cadeia têxtil nacional. Atuante na área de malharia retilínea e circu-lar, decoração, tecelagem plana e fios para artesanato, a empresa tem o processo de injeção de ar comprimido nos fios implantado

Page 89: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 91

em toda a produção. No ano de 2000, o empresário deu mais um passo na vida profissional. Abriu a H-Marin Comércio e Marketing e voltou a fazer o que mais sabe: vender suas criações. “O empre-endedor nasce dentro da parte criativa. Sou mais criador, mas de vez enquanto sou vendedor. O espírito de vendedor é importante para quem cria”, conta.Com 45 anos dedicados a criar, inovar e em-preender, Marin se diz satisfeito com sua trajetória profissional: viu sua criação diversificar a produção de fios no Brasil,

e sua empresa consolidar a participação no mercado. Questionado sobre ser um empreendedor bem sucedido, diz que teve sorte. “Não planejei todo esse desenvol-vimento. A experiência, o dia a dia leva você nesse caminho. Quem cria tem que estar disposto a fornecer. Então, sorte é o cruzamento da linha da capacidade com a oportunidade. Paguei o momento cer-to e estava apto para produzir e criar e a atender o mercado”. Mas, Marin conta que teve uma ajudinha para alcançar seus objetivos: as crises econômicas. “Crise é

oportunidade. Vem uma crise e ‘ah! Que ótimo’! A crise de 2008 foi ótima pra gente. Porque ela vem e nós esta-mos preparados para enfrentar. Num primeiro momento vem a concorrência chinesa, mas num segundo momento vêm as oportunidades. Por isso que digo, crise é oportunidade. Tem que saber aproveitar. Foi aproveitando uma crise que abri minha própria sede, que estou no mercado com minha empre-sa”. Hoje, aos 65 anos, Antônio Marin

ainda tem projetos para continuar empre-endendo. “Estou projetando um trabalho, com um Engenheiro Têxtil, para asses-sorar novos empreendimentos da área”. Com talento incansável para dar vida a novas criações e empreender, Marin en-fatiza aos futuros empresários: “O empre-endedor tem que arriscar e sempre pensar diferente do que o mercado tem. Pensar no novo, desde que tenha experiência na área onde vai investir. Toda vez que vir o pensamento crie.”

Page 90: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

92 • FORÇA • agosto de 2010

Gastronomia

Boa dica para certo tipo de “confraria” é reunir uma turma e praticar o turismo gastronômico

AS CONFRARIAS E SUAS DELICIAS

Uma confraria não precisa ser exatamente uma so-ciedade constituída onde membros previamente es-

colhidos reúnem-se para comer e beber seguindo algumas regras, aliás, é isso que ela não precisa ser. Sou favorável as confrarias, mesmo essas cheias de requisitos, pompa e regras. Algumas

pessoas adoram isso e se sentem bem; comem, bebem, confraternizam e des-frutam bons momentos, e isso é que é importante. Muito me agrada também a idéia de pequenas confrarias - entre amigos, fa-mília ou uma mesca dos dois - e olha que isso tem bastante, é que, às vezes, não percebemos ou então não rotula-

mos como “confraria”. Mas, aquela reunião gastronômica nas sextas à noi-te, o encontro com os amigos na quarta na chácara ou, ainda, o almoço familiar de domingo tudo isso é ou deveria ser, confraria.Já observo em alguns encontros de ami-gos, onde outrora era apenas uma reu-nião para o futebol ou carteado e depois

Page 91: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 93

Gastronomia

o tradicional churrasquinho, que a coi-sa está mudando. Substituíram a chur-rasqueira por jantarzinhos mais elabo-rados, outros já arriscam uma “paella” ou um risoto. Já é muito comum os que trocaram a cerveja pelo vinho, e outros começaram por esse motivo a aprecia-rem mais ainda os vinhos. Isso é uma tendência, como diz um grande amigo meu: ”A vida é muito curta, então, co-mer e beber bem é fundamental.”Outra boa dica para certo tipo de “con-fraria” é reunir uma turma ou alguns casais, e praticar o turismo gastronômi-co. Não precisa ser exatamente viagens ou grandes passeios, apenas conhecer os novos points gastrô da cidade, da região, daqui ou dali. Também não é

* Butcha Giacomin é expert em vinhos e gastronomia. Apresenta o programa Clube do Gordinho, na Rede Bandeirantes de Televisão e no Canal Net Cidade, da TV a cabo Net.www.clubedogordinho.com.br

preciso que o destino seja sempre bons restaurantes, pode ser também bares temáticos, choperias, lanchonetes, pizzarias, tudo vale, desde que o ambiente seja digno e a indicação tenha procedência.Se a pedida for essa, é bem legal que al-guém tome a frente. Escolhido o lugar, procure saber os pontos altos e as espe-cialidades da casa, todo bom point gas-tronômico tem um site. Consulte, defi-na com os “confreis” o que irão comer e beber e faça as reservas, deixe claro que é uma turma muito exigente com serviço e apresentação. Com certeza a direção da casa dará atenção especial para vocês.

Page 92: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

94 • FORÇA • agosto de 2010

Gastronomia

NOVIDADE DE DAR ÁGUA NA BOCA!!!

A “realização de um dos maio-res sonhos da família Covo-lan”. É assim que se define a inauguração do Restaurante

Covolan Indústria Têxtil, no dia 28 de ju-nho, com a benção especial do Padre Ze-zinho. O empreendimento é uma prática opção para as refeições dos funcionários e oferece diariamente o que há de melhor na culinária. Possui os mais modernos equipamentos existentes no mercado e uma infra-estrutura capaz de atender a demanda de até mil refeições diárias.O prédio de dois andares, construído ex-clusivamente para receber o Restaurante Covolan, com um ambiente aconchegan-te e muito bem decorado, possui uma equipe altamente qualificada de 16 pro-fissionais, que se reveza em três turnos para servir os colaboradores no almoço, no jantar e na ceia.Com o cardápio variado todos os dias da semana, são oferecidos seis tipos de sa-ladas, quatro tipos de guarnições, sendo uma massa todos os dias, duas opções de carne, dois sabores de suco e sobre-mesa, tudo feito com amor, dedicação e excelente qualidade. A aprovação entre os funcionários é de 100%, todos estão satisfeitos e agradecidos por esse privilégio.

“PARABÉNS A TODOS OS CO-LABORADORES QUE CON-TRIBUIRAM POR MAIS ESSA CONQUISTA.A TODA FAMÍLIA COVOLAN INDÚSTRIA TEXTIL, E AOS DEMAIS MEMBROS DA DIRETORIA, QUE DEUS CONTI-NUE ABENÇOANDO OS NOSSOS CAMINHOS.”

Covolan Jeanswear inaugura restaurante para seus funcionários

Page 93: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 95

Page 94: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

Ingredientes1 kg de filé mignon150g de farinha de rosca3 ovosÓleo para fritar4 tomates médios e maduros2 cebolas médias 2 dentes de alho1 maço de tempero verde2 latas de molho de tomateSalPimenta do reino250g de queijo muzzarela200g de presunto magroOrégano100g de queijo parmesão ralado1 copo de requeijão cremosoAzeite de oliva

Modo de Preparo:Carne: tempere os filés com sal, pimenta do reino e o alho já amassado e reserve. Bata os ovos ligeiramente. Passe os filés nos ovos batidos e, em seguida, na farinha de rosca. Frite e reserve em um refratário.

Molho: em uma panela com óleo aque-cido acrescente a cebola, os tomates sem sementes já picados, um dente de alho amassado. Refogue e acrescente o molho de tomate já pronto. Junte o tempero verde e acerte o tempero com o sal, pimenta doreino à gosto.

Montagem do prato: No refratário

onde já estão os filés fritos, coloque por cima o molho de tomate em uma ca-mada bem generosa, em seguida o presunto em fatias, colheradas do requeijão cremoso. Cubra com a muzzarela, parmesão ralado e orégano a gosto. Leve ao forno pré aquecido para gratinar. Ao retirar do forno e antes de servir regue com o azeite de oliva.

Dicas de acompanhamento: arroz branco, purê de batatas e ervilhas frescas na manteiga.

96 • FORÇA • agosto de 2010

Gastronomia

FILE À PARMEGIANA Um dos pratos preferidos na mesa dos brasileiros, a Revista Força trás nesta edição uma receita deli-ciosa de File à Parmegiana. Ao contrário das típicas parmegianas, essa receita leva, além de queijo muzzarela, requeijão cremoso. É uma delícia! Prato ideal para reunir a família no final de semana. Rende cinco porções e o tempo de preparo é de 1h30.

Page 95: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 97

Page 96: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 97: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010
Page 98: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

A qualidade da alimentação foi substituída pela pratici-dade faz tempo. Na mesa de 34% dos brasileiros, segun-

do pesquisa Ibope, comidas industriali-zadas ou prontas são cardá-

pios diários. Na tentativa de coibir os excessos

e pensando no con-tingente de 46% da população brasileira

que, de acordo com dados do Ministério da Saú-de, sofrem com sobrepeso e obesidade, uma Resolução da Anvisa – Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária definiu novas regras para publicidade de alimentos e bebidas com baixo teor nutricional.As propagandas de alimen-

tos com elevadas quantidades de açúcar, de gordura saturada

ou trans e de sódio e de bebidas com baixo valor nutricional estão proibidas de utilizar figuras, desenhos ou símbolos que possam causar interpretação falsa, erro ou confusão quanto à origem, qua-lidade e composição dos alimentos. Tam-bém está proibido atribuir características superiores às que o produto possui, bem

Anvisa estabelece novas regras para publicidade de alimentos com baixo teor nutricional. Agora, propagandas terão que veicular alertas sobre os riscos desses alimentos à saúde

NOVAS REGRAS DE PUBLICIDADE

Saúde

como sugerir que o alimento é nutricio-nalmente completo ou que seu consumo é garantia de uma boa saúde.Além disso, as propagandas terão que alertar os riscos do consumo desses pro-dutos à saúde. O consumidor deve ser informado que a ingestão de alimentos com muita gordura trans, por exemplo, aumenta as chances de doença cardíaca, que alimentos com quantidade elevada de sódio aumentam o risco de hiperten-são e de problemas cardiovasculares, as-sim como no caso da gordura saturada, que aumenta os riscos de diabetes.Produtos como bolos prontos e biscoi-tos de chocolate, por exemplo, terão que alertar sobre os riscos à saúde, pois têm muita gordura, presença de gordura trans e muito açúcar. A regra também vale para o biscoito cream cracker e água e sal que possuem em sua composição a pre-sença de gordura trans. Achocolatado em pó, refrigerantes e gelatinas também te-rão que se adequarem a mudanças, todos esses produtos têm excesso de açúcar em sua composição. A Resolução- RDC 24/2010, que foi publicada no dia 29 de junho no Diário Oficial da União, tem o objetivo de “assegurar informações indisponíveis à

100 • FORÇA • agosto de 2010

Page 99: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 101

a cada 100g de produto. No caso dos refrigerantes, refrescos, concentrados e chás prontos, o alerta será obrigatório sempre que a bebida apresentar mais de 7,5 g de açúcar a cada 100 ml. Os alertas deverão ser veiculados, ainda, durante a distribuição de amostras grátis, de cupons de descontos e de materiais publicitários de patrocínio, bem como na divulgação de campanhas sociais que mencionem os nomes ou mar-cas de alimentos com essas características. Os fabricantes de alimentos, anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação têm até o final de dezembro para se adequarem e os que não cumprirem as exigências estarão sujeitos às penalidades da lei federal, com sanções que vão de notificação a interdição e multas entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão.

Saúde

preservação da saúde de todos aqueles expostos à oferta, propaganda, publici-dade, informação (...)” e de “coibir prá-ticas excessivas que levem o público, em especial infantil a padrões de consumo incompatíveis com a saúde e que violem seu direito a alimentação adequada”, diz a Anvisa na Resolução. O alerta, no caso de alimentos sólidos, deverá ser veicula-do quando houver mais de 15g de açúcar

agosto de 2010 • FORÇA • 101

Page 100: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

102 • FORÇA • agosto de 2010

Saúde Dr. Edson Soares

A SAÚDE DO HOMEMQUEM É O SEXO

FRÁGIL?

Recentemente o Ministério da Saúde lançou uma campanha para a promoção da saúde do homem, mais que isso, criou uma secretaria especial para cuidar deste assunto e está investindo muitos recursos, tanto em propaganda quanto em ações, para promover a saúde mas-

culina.Isso não está ocorrendo por acaso. Pesquisas na população brasileira revelaram que para qualquer fase da vida, tanto entre jovens, quanto entre adultos e idosos, o homem adoece e morre mais que a mulher. A chance chega a ser em média 50% maior, tanto que na faixa dos 20 aos 40 anos de idade - o período mais produtivo e de maior atividade dos indivíduos - de cada quatro mortes, três são de homens.Os homens têm mais doenças cardíacas, bebem mais, fumam mais, se envolvem mais em violências relacionadas ao trânsito ou à criminalidade, sofrem mais acidentes de trabalho, se expõem mais às doenças contagiosas e, se todo esse comportamento de risco não bastasse, são os que menos cuidam da saúde. A procura por serviços de saúde entre os homens é baixa e quando buscam, muitas vezes, a doença já se encon-tra numa fase avançada.Por não se cuidarem ade-quadamente, o envelheci-mento também é diferente entre os sexos. Os homens chegam à velhice com a saúde mais debilitada que as mulheres. Mais depen-dentes de cuidados. O re-sultado disso fica exposto na diferença da expectativa de vida entre os brasileiros. Hoje, em valores médios da população, a esperança de vida da mulher chega aos 78 anos, enquanto que entre os homens com toda dificul-

A cada quatro

mortes entre

20 e 40 anos,

três são

de homens

‘‘

‘‘

Page 101: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 103

dade a expectativa chega aos 72 anos de idade.Em toda essa situação, o que pesa mais não é a genética masculina ou as questões hormonais e, sim, o comportamen-to masculino. Como as escolhas feitas no dia-a-dia de não parar de fumar, o beber e comer em demasia, o não fa-zer exercícios, o agir de maneira violenta frente às questões mais corri-queiras (...). Atitudes que num primeiro momento podem até ser entendi-das como um comporta-mento típico masculino, aprendido e reproduzido de geração em geração, mas que em pouco tem-po cobram um preço muito caro do indivíduo e da sociedade.O hábito de ter uma ali-mentação saudável, de dirigir com segurança, de possuir uma atividade de lazer, de praticar exercícios e de desenvolver uma cultura de paz é mais

que um modismo, é uma necessidade para todos e, em particular, para que o homem tenha quantidade e qualidade de vida.Por estes motivos, as iniciativas de prevenção em relação à saúde estãovoltadas para as três principais causas de adoecimento e morte da população masculina: as doenças cardíacas, como e infarto e a hipertensão arterial; as doenças malignas, como o câncer de pulmão e de próstata; e as mortes de cau-sa violenta, como homicídios e acidentes de trânsito.Em relação às doenças cardíacas, o controle do peso, do colesterol e da pres-são arterial é fundamental e daí a im-portância de atividades físicas regulares. Lembrando da necessidade de uma ava-liação médica (clinica ou cardiológica) antes de qualquer exercício de maior intensidade.

Em pesquisa feita, entre indivíduos dos 18 aos 59 anos, na RMC - Região Metro-politana de Campinas foi constatada que até 30% da população está acima do peso desejável e é sedentária. Um retrato da modernidade e um reflexo do que acontece no resto do país que, de uma maneira geral, sofre mais com os problemas relacionados à obesidade que a desnutrição. No que se refere aos cânceres, o de pul-mão ainda é o mais frequente e o que mais mata entre os homens neste país, devido a sua relação com o cigarro. As campanhas contra o tabagismo e os tratamentos oferecidos para quem deseja parar com este hábito são os elementos mais importantes. Iniciativas como a lei que proíbe o fumo em ambientes públicos e estabelecimentos comerciais foi primeiramente implantada no Estado

Saúde

Page 102: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

104 • FORÇA • agosto de 2010

Saúde

de São Paulo e já surtiu efeito positivo. Por isso, passou a ser adotada em outras regiões do país.O segundo tumor mais frequente entre os homens é o de próstata. Responde pela terceira causa de mortalidade por câncer e tem a particularidade de manifestar poucos sintomas, passando despercebido nas fases iniciais, na maioria dos casos, o que o torna um inimigo silencioso e, por isso, a importância da prevenção.Apesar dessa ocorrência elevada, o câncer de próstata é uma das poucas doenças malignas em que a prevenção é eficiente e pode ser realizada a um baixo custo para o paciente. A prevenção é feita através de uma consulta anual ao urolo-gista, que realiza inicialmente o exame do toque e do PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico). Dependendo dos resultados, o próprio urologista pode orientar outras formas de investigação.Ainda há muito preconceito e anedotas

sobre o exame do toque retal que afasta muitos homens dessa avaliação de próstata. Felizmente, as campanhas vêm promovendo o esclarecimento sobre o assunto e as pessoas buscam cada vez mais o exame preventivo. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que para os homens acima de 45 anos essa avaliação seja anual. Nos casos de homens com parentes de primeiro grau com história de câncer de próstata (um pai ou um irmão, por exemplo) este exame deve ser iniciado a partir dos 40 anos.É preciso deixar claro que apenas o exame de sangue (PSA) não é suficiente e pode deixar de diagnosticar muitos casos. Também é preciso esclarecer que a ultrassonografia não substitui o exame do toque retal, pois não informa se a próstata está endurecida ou com aderências. Na avaliação do PSA é importante considerar a idade do paciente e o tamanho da próstata, daí a necessidade de ser avaliado por um

profissional médico na área de urologia. A sequência dos exames tem muito mais significado que um exame isolado.

Para mais esclarecimentos a respeitos deste e de outros temas relacionados à saúde do homem e para saber mais sobre iniciativas governamentais nessa área, recomendamos os sites da Sociedade Brasileira de Urologia (www.sbu.org.br) e do Ministério da Saúde do Brasil (www.saude.gov.br), com busca para “saúde do homem”.

*Dr. Edson Soares é médico Urologista (CRM 111132) e aten-de em seu consultório, na Rua Dante Tortelli, nº 38, no Centro de Santa Bárbara d´Oeste –SP. Telefone (19) 3463-5941.

Page 103: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 105

Page 104: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

106 • FORÇA • agosto de 2010

Caro Leitor, esta parte de nossa revista é destinada para que possamos sempre lembrarmos do exercício de nossa fé, ou seja, a todo momento, em qualquer lugar que es-tejamos devemos nos lembrar de agradecer a Deus por tudo que temos, vivemos e somos, e uma das maneiras de se fazer isso é estarmos em sintonia com a palavra de

Deus, encontrada em muitas orações. Caso você possua uma oração ou mensagem de paz e queira vê-la publica-da em nossas edições, nos envie através de cartas para rua XV de Novembro 935, piso 1, Centro, CEP 13450-044, Santa Bárbara D’Oeste, ou ainda, via nosso e-mail: [email protected]

Orações

sável por desprender energia em direção a autopreservação da espécie humana. Por sua vez, o instinto de morte é responsável por desprender energia em direção a destruição e a agressividade. Essa tensão dos opostos promove o desenvolvimento.Conhecemos a luz porque existe a escuri-dão, o frio porque existe o calor e assim por diante. Por isso, encontramos aos nossos redores homicidas, tiranos e destruidores, mas também anjos da guarda, profetas e santos. A ordem e o caos caminham lado a lado. “Mas por onde eu deveria começar? O mundo é tão vasto, portanto começarei pelo meu país, pois ele eu conheço melhor. Infe-lizmente meu país também é muito grande, vou pegar algo bem menor, começarei pela minha rua, ou melhor, começarei pela minha casa, pela minha família, mas isso não im-porta começarei por mim mesmo, pois a paz é uma construção que deve começar dentro de cada um de nós.” Não podemos arrancar o mal, mas podemos fortalecer o bem para com isso neutralizarmos o mal. De acordo com o Teólogo Leonardo Boff, há uma con-vicção - entre mestres espirituais e os sábios de todas as culturas - que a paz entre pes-soas, nação e movimentos sociais passa pela alma e pelo coração. Quem quiser estar bem com os outros esteja bem consigo mesmo.Deve pacificar sua alma, encontrar sua cen-tralidade e reunir as tendências dispersivas e destrutivas que conspiram contra a paz.

A PAZ QUE QUEREMOS E A PAZ QUE VIVEMOS

Como cristãos somos motivados a re-fletir sobre o tema da Paz buscando soluções para o alto índice de violên-cia que vem assustando a todos.

O dicionário define paz como tranquilidade, sos-sego e ordem. Porém, sabemos que em nenhuma instituição e nem no mais profundo do coração humano existe um Oásis de tranquilidade.Vivemos em meio a muitas contradições que, às vezes, temos vontade de deixar de lutar pela

paz. Mas o próprio Jesus em seu Evangelho nos diz que o joio e o

trigo crescem juntos e não há como separá-los definitiva-mente (Mt 13, 26-38). Se tentássemos arrancar a praga correríamos o risco de arrancar também o grão. Então, o que po-demos fazer é diferen-ciar o joio do trigo para orientar nossa vida optando pelo trigo, sem perder de vista a presença ameaçadora do joio.A psicologia pode nos ajudar a com-preender melhor os mecanismos que ameaçam a paz. O instinto de vida é respon-Padre Cláudio César de Carvalho

Page 105: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 107

SÃO JOÃO MARIAVIANNEY E A GRAÇA DO MINISTÉRIO SACERDOTALNo dia quatro de agosto, a Igreja celebra o dia de São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Arns, proclamado, pelo papa Bento XVI, padroeiro de todos os padres.São João Maria Vianney, nasceu no dia 08 de maio de 1786 na pequena aldeia de Dardilly, na França. Batizado no mesmo dia recebeu o nome de João e acrescentado Maria, devido à forte devoção a Maria Santíssima.Desde criança, apresentava intensa atitude orante e, depois de trabalhar no campo e ajudar os pais, com vinte anos ingressa no seminário Santo Irineu, em Lyon. Após sofrer grandes difi-culdades na formação, uma vez que não possuía grandes aptidões intelectuais, aos 29 anos foi ordenado padre. Justamente por não ser um intelectual, é enviado ao pequeno vilarejo de Arns, lugar onde a fé não era vista com seriedade. E foi lá, naquela cidadezinha que dedicou toda sua vida e ministério. É bem verdade que não era um excelente pregador, porém, sua atitude pasto-ral e sua disponibilidade em atender as ovelhas de seu rebanho, faziam dele um exímio pastor.Dormia em média de 2 a 4 horas por noite, pois passava horas dentro do confessionário, aten-dendo inúmeras pessoas, que vinham de toda França em busca do perdão e de palavras de conforto.Em comemoração aos 150 anos de sua morte, ou melhor, de sua entrada no céu, o Papa Bento XVI, no dia 19 de junho de 2009 – data que marca a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e dia mundial de orações para santificação do Clero -, inaugurou o Ano Sacerdotal, convocando toda a Igreja pra rezar pelos sacerdotes de todo o Mundo.Dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e cardeal Prefeito da Congregação para o Clero, disse em uma carta, enviada a todos os sacerdotes do mundo, por ocasião do ano sacerdotal, que a Igreja caminha com os pés dos padres.Podemos associar essa grande verdade, anunciada pelo Cardeal Hummes, com uma das mais célebres frases do Santo Cura d’Arns: “É o padre quem dá continuidade a obra da redenção na

OraçõesFaçamos da paz uma opção de vida. Para exercitarmos a paz recordemos a Oração de São Francisco de Assis:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz;Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; Compreender, que ser compreendido; Amar, que ser amado;Pois, é dando que se recebe;É perdoando que se é perdoado;E é morrendo que se vive para a vida eterna.Padre Cláudio César de Carvalho

Pároco da Paróquia Santo Antônio / Santa Bárbara d’Oeste

A PAZ QUE QUEREMOS E A PAZ QUE VIVEMOS

Page 106: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

108 • FORÇA • agosto de 2010

terra”.”Sem dúvida nenhuma, é impor-tantíssimo para a Igreja o ministério sacerdotal. São os sacerdotes que têm a faculdade, conferida pelo sacramen-to, da ordem de consagrar as espécies do pão e do vinho, tornados corpo e sangue de Cristo, Sacramento da Eu-caristia, que dá vida a Igreja.Porém, mesmo sabendo da importân-cia dos padres, a Igreja ainda precisa de vocações, e surge aí um grande pa-pel que deve ser assumido por todos os cristãos católicos: o de rezar pelas vo-cações sacerdotais. Numa sociedade, onde cada vez mais jovens se corrom-pem pela criminalidade, pelas drogas, é bonito ver aqueles que deixam tudo e se dedicam a construção do projeto de Deus: um reino de justiça, paz, de fraternidade e igualdade.

Orações

Por isso, no dia 04 de agosto, durante todo esse mês - dedicado as várias vo-cações - e por toda nossa vida, rezemos pelos sacerdotes e pelas vocações sa-cerdotais, afim de que tenhamos cada vez mais sacerdotes santos, homens capazes de abrir mão de tudo por causa maior, o reino de Deus. E rezemos também para que toda a Igreja, tomando o exemplo da Santís-sima Trindade - Comunidade de Amor por excelência - possa cada vez mais caminhar unida com suas ovelhas e pastores, anunciando o Evangelho até os confins de toda a Terra.

Seminarista Renan Augusto Gonçal-ves TeixeiraDiocese de [email protected]

“Quando rezo falo com Deus, quando leio a Bíblia Ele fala comigo”.Santo Agostinho

Page 107: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 109

Page 108: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

110 • FORÇA • agosto de 2010

Page 109: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

agosto de 2010 • FORÇA • 111

Page 110: REVISTA FORÇA AGOSTO 2010

112 • FORÇA • agosto de 2010