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Tema: Migração/ imigração
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1
ATUAL
P.13
XENOFOBIA: Causas,
consequências e o
porquê de tanto
preconceito.
ESTADOS UNIDOS: A NECESSIDADE
ALÉM DO QUERER
2
A migração existe desde o surgimento do homem, que sempre usou de tal
artifício para sobreviver. Atualmente as migrações têm outros motivos,
principalmente o econômico. Fizemos uma entrevista com a estudante Carolina
Quinete, que quando era bem pequena passou por esse processo de
migração. Ela mudou do interior de Minas Gerais, Ipatinga, Para o Espírito
Santo, Vitória. Esse tipo de migração é uma migração interna, que acontece
dentro do mesmo país, e nesse caso é intra-regional, pois ocorre na mesma
região, mas também existe o tipo inter-regional, que ocorre de uma região para
outra.
Essa migração também pode ser caracterizada como migração definitiva,
pois nessa migração a pessoa passa a residir permanentemente no local pra
que migrou, o que aconteceu no caso. Segue a entrevista:
Você sofreu algum tipo de preconceito quando mudou?
Não, apenas amigos diziam que eram nordestina por causa do meu sotaque
*risos*.
Adaptou-se rapidamente?
Com um ano comecei a me acostumar
Viu muita diferença de onde você morava pra cá?
Sim, morava numa cidade em minas e tinha menos opções de lazer etc., fora o
clima e as pessoas de lá eram muito bem humoradas, aqui eu percebi que as
pessoas são muito mais fechadas.
Você ainda faz algum tipo de migração frequentemente?
Não, só umas três vezes no ano que vou lá visitar. Ou menos7
Foi bem recebida quando morou aqui?
Não muito, como já disse o povo daqui e muito fechado e eu muito
extrovertida, então era difícil encontrar alguém "compatível”.
Migração inter-regional pendular é o que ocorre muitas vezes na vida de muitos
brasileiros e capixabas. Por exemplo, grande parte dos trabalhadores,
estudantes de Vitória moram na Serra e todos os dias se deslocam de suas
3
casas para a escola, por exemplo. Isso é migração pendular, simples fluxos
populacionais onde a transferência não é definitiva e sim, momentânea.
Grande parte desses migrantes sofre com o transito, pois no horário de pico.
esses migrantes estão voltando todos “juntos”, no mesmo tempo para suas
casas.
Além disso, esse tipo de deslocamento se deve pelo fato de ofertas de
empregos relativamente bons, escolas de bom ensino não existirem na sua
cidade. Outro problema enfrentado devido essa migração é a poluição, pois
muitos desses migrantes possuem carros e acabam queimando mais
combustíveis fósseis aumentando o efeito.
estufa.
Entrevista com Maria Luiza Carvalho, uma migrante pendular de Jacaraípe.
1. O que te levou a estudar em Vitória?
“Primeiro foi à busca por um ensino mais qualificado partindo da referência de
boas
escolas que tem pra esse lado. E porque minha irmã estudava em Vitória.
2. Quais dificuldades você enfrenta com o deslocamento de Jacaraípe para
Vitória?
“Saindo daqui eu tenho que acordar mais cedo do que se estudasse por aqui
mesmo,
então eu fico mais cansada. na hora de voltar da escola eu demoro mais a
chegar em
casa, e isso me atrapalham na organização de horário de estudo, já que eu
gasto um.
“bom tempo me deslocando de vitória à Jacaraípe e vice versa.”
3. Qual sua opinião sobre você estudar em outra cidade?
4
“Eu acredito que mesmo tendo algumas dificuldades futuramente eu vou ter
uma
recompensa e é isso que me faz levantar todos os dias pra "viajar" pra outro
município
até a escola, eu acho que vai valer a pena no futuro porque eu vou ter uma
formação.
“que pode influenciar na minha carreira.”
4. Você gostaria de estudar em outro lugar?
“Por enquanto não, eu acho que consigo levar até o final do ensino médio no.
“salesiano, estou satisfeita com a escolha da escola.”
5. Você gostaria de se mudar para Vitória? Que benefícios isso traria pra
você?
“Sim, muito”! Além da maioria das pessoas que convivem comigo morarem
em Vitória,
facilitaria na hora de ir à escola, no curso de inglês na reta da penha, no
horário de.
estudo, em visitas na casa de amigos, festas... “tudo melhoraria.”
Antigamente alguns povos viviam em constantes migrações, por vários
motivos, tal qual a busca por sobrevivência, pois migravam sempre em busca
daquilo que havia se esgotado por onde já tinham passado.
Hoje, na era da globalização também existe um grande número de
imigrações, principalmente por conta do fator econômico, que é a busca por
emprego, por melhores salários, por melhores condições de vida, etc.
Existem três variáveis para se classificar os tipos de migrações: o espaço de
deslocamento, o tempo de permanência do migrante, e como se deu a forma
de migração.
Se considerarmos o espaço de deslocamento, tem-se:
Migração internacional – que ocorre de um país para outro e migração interna
– que ocorre dentro de um mesmo país, subdividindo-se em inter-regional
(que ocorre de um Estado para outro) ou inter-regional (que ocorre dentro do
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mesmo Estado). Levando-se em consideração o tempo de permanência do
migrante, tem-se a migração definitiva – em que a pessoa passa a residir
permanentemente no local para o qual migrou e a temporária – em que o
migrante reside apenas por um período pré-determinado no lugar para o qual
migrou como é o caso dos boias-frias. Existem também formas como se deu o
deslocamento, tem-se a migração espontânea – quando o sujeito planeja,
espontaneamente, migrar para outra região, seja por motivo econômico,
político ou cultural e a forçada, que é quando o indivíduo se vê obrigado a
migrar de seu lugar de origem, geralmente ocorrendo por catástrofes naturais,
como, por exemplo, a seca que atingiu o nordeste brasileiro no final do século
XIX.
Existem também outros tipos de deslocamentos, como a migração planejada,
quando se dá de forma planejada a fim de cumprir um determinado objetivo,
como trabalho ou estudo, e a sazonal que é aquela feita por pessoas ou
animais devido às estações do ano. Os trabalhadores migram para outros
locais com a intenção de plantar produtos (que não poderiam ser cultivados no
lugar anterior por causa do clima em determinadas estações). No Brasil, ocorre
muito do Nordeste para o Sul. http://bloggeografiasalesianoro.blogspot.com.br/p/migracoes.html
Várias podem ser consequências das migrações, segundo COELHO e TERRA
(2001), podemos destacar as seguintes:
Contribuição e influência no processo de ocupação e povoamento, na
distribuição geográfica da população e, é claro, no próprio desenvolvimento
econômico; no processo de miscigenação étnica e na ampliação e difusão
cultural entre povos; quando a emigração significa perda de mão de obra
qualificada (fuga de cérebros), os prejuízos para o país emigratório são
enormes, ao passo que para o país imigratório as vantagens são muito
grandes. Podem acarretar mudanças de costumes, concorrência à mão de
obra local e problemas políticos ideológicos, raciais, etc. Vantagens
econômicas para os países que não tem condições de atender as
necessidades básicas de suas populações.
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Dentre as migrações internas temos o êxodo rural, que é um tipo de migração
que se dá com a transferência de populações rurais para o espaço urbano.
Esse tipo de migração em geral tende a ser definitivo. As principais causas dele
são: a industrialização, a expansão do setor terciário e a mecanização da
agricultura. O êxodo rural está diretamente ligado ao processo de Urbanização;
êxodo urbano, tipo de migração que se dá com a transferência de populações
urbanas para o espaço rural. Hoje em dia é um tipo de migração muito
incomum; migração urbana - urbano que se dá com a transferência de
populações de uma cidade para outra. Tipo de migração muito comum nos dias
atuais; diária ou pendular: tipo de migração característico de grandes cidades,
no qual milhões de trabalhadores saem todas as manhãs de sua casa em
direção do seu trabalho, e retornam no final do dia. Os momentos de maior
aglomeração de pessoas são chamados de rush Isso se dá em virtude da
periferização dos trabalhadores que muitas vezes moram a vários quilômetros
de distância de seu trabalho, em alguns casos até mesmo em outras cidades
que passam a ser chamadas de cidades dormitório. Nesse tipo de migração
está incluído o commuting, movimentação diária de pessoas que moram em
um país e trabalham ou vão buscar serviços em outro, os chamados
transfronteiriços ou commuters e o nomadismo, que se caracteriza pelo
deslocamento constante de populações em busca de alimentos, abrigo, etc.
Esse tipo de migração é típico de sociedades primitivas e por conta disso se
encontra em extinção.
No Brasil, os movimentos migratórios sempre foram muito intensos, as
primeiras migrações podem ser consideradas as feitas pelos europeus, e
negros africanos que foram forçados a virem para cá. De lá para os dias de
hoje tivemos muitas migrações de importância fundamental para o país, como
por exemplo, a dos migrantes italianos no século XlX, assim como de
espanhóis, eslavos, japoneses, árabes, portugueses, dentre outros.
O fundamental nesse processo, além da contribuição dada ao país por esses
cidadãos, é o fato do enriquecimento cultural, com a grande variação étnico-
cultural com a qual o país passou a conviver. Mas, em alguns casos, formaram-
se os chamados "quistos culturais", ou seja, comunidades que preservam seus
hábitos costumes e língua, sem se integrarem de forma plena a cultura
nacional.
7
Até meados do século XX, o Brasil era um país típico de imigração, a partir da
2ª Guerra Mundial, passa a haver uma inversão nos fluxos, de imigratório o
país torna-se de emigração. Hoje são milhões os brasileiros que vivem fora,
principalmente em países como os EUA, Japão, Paraguai, etc. Os principais
motivos que contribuem com isso são de ordem sócia econômica, ou seja, a
imensa maioria dos brasileiros que daqui saem vão em busca de melhores
condições de vida, emprego, salários, etc.; acontece que na maioria das vezes
não são bem recebidos aonde chegam, e passam a ocupar em geral os postos
de trabalho relegados pelas populações dos países para onde imigraram.
As migrações internas também sempre foram muito intensas, como por
exemplo, a de habitantes do Nordeste que migraram em massa para o Centro-
sul do Brasil com o declínio da cana de açúcar e o desenvolvimento da
mineração, ou a de nordestinos que migraram para a Amazônia no chamado
"Boom da borracha" no final do século XlX.
Com a industrialização nas décadas de 60 e 70, passamos a viver de forma
mais intensa migrações internas no território nacional, como a de nordestinos
em direção das grandes metrópoles brasileiras, Rio e S. Paulo, e o intenso
êxodo rural, que fez o Brasil se tornar um país predominantemente urbano em
um espaço de menos de 30 anos.
Na década de 70 os fluxos migratórios se direcionaram para a Amazônia, fruto
da política de ocupação do território nacional imposta pelos militares, chamada
"integrar para não entregar".
Atualmente, as antigas metrópoles industriais não são mais os locais preferidos
por migrantes, por conta do processo de desconcentração industrial, novas
áreas do país passam a ser polo de atração desses cidadãos, como o interior
de S. Paulo, do Paraná, etc. As migrações continuam a ser muito comuns no
Brasil, tanto do campo para a cidade, assim como as urbano-urbano.
São comuns também nas grandes metrópoles brasileiras, as migrações
pendulares, assim como a migração sazonal em regiões como o Nordeste.
http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t132.asp
Por 322 anos, diversos povos colonizaram a colônia brasileira ao chegarem ao
Brasil, porém, os portugueses foram os que mais exerceram certa influência na
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formação da cultura brasileira. No decorrer de todo o processo de colonização,
cidadãos portugueses foram transportados paras as terras sul-americanas,
determinando influências não só na sociedade que se formaria, mas também
nas culturas dos povos que já habitavam esse território.
A herança mais evidente da colonização portuguesa para a cultura brasileira é
o idioma, a língua portuguesa. Porém, outros legados como a religião católica,
folguedos populares, figuras folclóricas, pratos típicos da culinária e a
introdução de movimentos artísticos como o renascentismo, intensificado na
Europa durante os séculos XV e XVI e marcado por conquistas marítimas e
expansão do contato mercantil com o continente asiático, causando acúmulo
de riqueza aos europeus e o neoclassicismo também se enraizaram no Brasil a
partir da influência portuguesa.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira
aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato,
tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se
tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam.
Neste período, era muito comum às famílias nobres encomendarem pinturas
(retratos) e esculturas junto aos artistas.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período,
dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística.
Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um
expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a
ser conhecida como o berço do Renascimento.
Características Principais:
- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista,
os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao
contrário dos homens medievais;
- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência,
o conhecimento e o dom artístico;
- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus
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(teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal
personagem (antropocentrismo);
- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O
homem renascentista, principalmente os cientistas, passa a utilizar métodos
experimentais e de observação da natureza e universo.
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova,
Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do
comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas, começaram a
investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por
isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo. Porém, este
movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros
países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França,
Polônia e Países Baixos.
http://www.sppert.com.br/Brasil/Cultura/A_influ%C3%AAncia_portuguesa/
http://www.suapesquisa.com/renascimento/
Poucos sabem, mas uma das grandes paixões brasileiras veio do exterior. O
futebol chega ao Brasil no final do século XIX e início do século XX. Os
contornos do contexto social brasileiro dessa época podem ser delineados
tomando como referência algumas características: A sociedade está se
urbanizando e o poder político nacional se concentra de forma mais intensa
nas mãos da elite de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, representada
pelos grandes empresários da agricultura, da indústria, do comércio e do
sistema financeiro. Em 1889, o Rio de Janeiro era o maior centro manufatureiro
do país, sendo responsável por 57% do capital industrial brasileiro. Já na
década de 1920, São Paulo se consolidou como o Estado mais forte,
dominando a política econômica do Brasil graças ao acúmulo de capitais e ao
grande enriquecimento dos cafeicultores. A construção de ferrovias facilitou a
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distribuição de produtos e, também, a crescente presença de trabalhadores
imigrantes, acostumados com o trabalho nas fábricas. Neste contexto, os
estrangeiros se tornaram mão de obra especializada e, em alguns casos, os
donos das empresas. Há o encontro de culturas diferentes. O fim do trabalho
escravo favorece o aumento da imigração e uma série de mudanças que
acarretam a ampliação de ações no sentido de um redirecionamento ao estilo
europeu de vida. A elite brasileira se associa aos imigrantes em decorrência da
diversificação dos seus negócios, que não se limitavam ao cultivo do café,
investindo também em casas comerciais, bancos e indústrias.
Um dos marcos da chegada do futebol ao Brasil, mais especificamente em São
Paulo, ocorre em 1894, quando Charles Miller, um estudante, filho de ingleses
radicados em São Paulo, chegou de seus estudos na Inglaterra trazendo na
bagagem duas bolas de futebol, um livro de regras e uniformes, além dos
conhecimentos sobre o jogo aprendido na Banister Court School. Ele foi o
divulgador do futebol no Estado de São Paulo, assim como dos costumes
relativos à sua prática.
Em 1900, Oscar Cox, também estudante e praticante de futebol na Europa,
vindo da Suíça, incentivou a prática do esporte no Rio de Janeiro. Os primeiros
treinamentos de futebol foram realizados nos clubes do Paysandu, Rio Cricket
e Rio Team, porém, sem nenhuma atração, já que nesses clubes o forte estava
na prática de outros esportes como a ginástica, o remo e o boliche. Charles
Miller foi o responsável pela organização das primeiras partidas de futebol no
Brasil. Elas ocorriam na chácara de propriedade de uma família de ingleses
que viviam na capital paulista. Os primeiros clubes de futebol no Brasil eram de
colônias de imigrantes, sendo a colônia inglesa a responsável pela realização
dos primeiros jogos.
DIFICULDADES MUITAS VEZES ENCONTRADAS POR ESTRANGEIROS.
Algumas pessoas sofrem com a xenofobia, quer dizer aversão a outras raças e
culturas. Muitas vezes é característica de um nacionalismo excessivo. A
xenofobia é um medo intensivo, descontrolado e desmedido em relação a
pessoas ou grupos diferentes, com as quais nós habitualmente não
contatamos.
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.
A partir da xenofobia dão-se outros tantos problemas e preconceitos, como a
discriminação racial. Entende-se por discriminação racial qualquer distinção,
exclusão, restrição ou preferência em função da raça, origem, cor ou etnia, que
tenha por objetivo ou produza como resultado a anulação ou restrição do
reconhecimento, fruição ou exercício, em condições de igualdade, de direitos,
liberdades e garantias ou de direitos económicos, sociais e culturais.
Uma das formas de descriminação racial é a intolerância, a falta de respeito
pelas práticas e convicções do outro. Aparece quando alguém se recusa a
deixar outras pessoas agirem de maneira diferente e tiver opiniões diferentes.
A intolerância pode conduzir ao tratamento injusto de certas pessoas em
relação ás suas convicções religiosas, sexualidade ou mesmo à sua maneira.
de vestir. Está na base do racismo, do antissemitismo, da xenofobia e da
discriminação em geral. Frequentemente, pode conduzir à violência. A
intolerância não aceita
Todo o tipo de discriminação é crime, por isso existem meios jurídicos para
combatê-los. Legislação que proíbe as descriminações no exercício de direitos,
por motivos baseados na raça, cor nacionalidade ou origem étnica: Lei nº
134/99, de 28 de Agosto; Decreto-Lei nº 111/2000, de 4 de Julho.
- A igualdade é a característica do que é igual. O que significa que nenhuma
pessoa é mais importante que outras quaisquer que sejam os seus pais e a sua
condição social. Naturalmente, as pessoas não têm os mesmos interesses e as
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mesmas capacidades, nem estilos de vida idênticos. Consequentemente, a
igualdade entre as pessoas significa que todos têm os mesmos direitos e as
mesmas oportunidades. No domínio da educação e do trabalho, devem dispor
de oportunidades iguais, apenas dependentes dos seus esforços. A igualdade
só se tornará uma realidade quando todos tiverem, em termos idênticos,
acesso ao alojamento, à segurança social, aos direitos cívicos e à cidadania.
- O Inter culturalismo consiste em pensar que nós enriquecemos através do
conhecimento de outras culturas e dos contatos que temos com elas e que
desenvolvemos a nossa personalidade ao encontrá-las. As pessoas diferentes
deveriam poder viver juntas apesar da sua diferença cultural. O Inter
culturalismo é a aceitação e o respeito pelas diferenças.
Os Estados Unidos estão precisando de trabalhadores mexicanos, mas ao mesmo tempo não querem
aceitar imigrantes mexicanos.
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A Europa, tal como os restantes continentes, vive sob o impacte da
globalização, de uma maior mobilidade internacional e do incremento dos
fluxos migratórios. O aumento da intolerância política, religiosa e étnica bem
como o desencadear de vários conflitos armados, dentro e fora do espaço
europeu, provocaram a saída de inúmeros contingentes populacionais das
suas terras, refugiados nem sempre bem acolhidos em ambientes que lhes são
pouco familiares. Carências económicas, a par de problemas sociais vividos
pelos cidadãos de determinado Estado, têm contribuído para o surgimento de
tensões evidenciadas sob formas de racismo "flagrante" e "subtil" contra
determinados grupos, entre os quais comunidades migrantes e minorias
étnicas ou religiosas (por exemplo, os ciganos, os judeus, os muçulmanos).
Tais ressentimentos têm sido agravados pelo fomento de doutrinas xenófobas
por parte de partidos políticos, designadamente os de extrema-direita, que não
só deles se aproveitam para justificar períodos de maior vulnerabilidade
económico-social no seu próprio país, como ainda, através dos nacionalismos
exacerbados patentes nos seus discursos, adicionam às ideologias já
enraizadas novas ondas de intolerância. Embora tendo presentes os maus
exemplos do passado (Holocausto, apartheid, etc.), a verdade é que
sentimentos desta natureza persistem na Europa, em prejuízo de indivíduos ou
coletivos segregados, independentemente do seu nível económico e da partilha
ou não dos valores, princípios e matrizes fundamentais da sociedade de
acolhimento. Em todo o caso, os níveis e expressões de racismo variam muito
de país para país, espelhando não só diferentes posturas e modos de lidar com
a presença de imigrantes, minorias étnicas e estrangeiras, como também
políticas mais ou menos consistentes de combate à discriminação (saliente-se
a atenção depositada pela Holanda e Reino Unido a estas questões).
«A Europa é uma sociedade multicultural e multinacional que se enriquece com
esta variedade”. No entanto, a constante presença do racismo na nossa
sociedade não pode ser ignorada. O racismo toca toda a gente. Degrada as
nossas comunidades e gera insegurança e medo.»
Pádraig Flynn, Comissário Europeu.
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Para amparar as pessoas que sofrem com preconceitos O SOS RACISMO foi
criado em 10 de Dezembro de 1990. A sua criação partiu da iniciativa de um
grupo de pessoas que, assim, se propôs lutar contra o Racismo e a Xenofobia
em Portugal, contribuindo para a formação de uma sociedade em que todos
tenham os mesmos direitos.
O SOS RACISMO constitui uma associação sem fins lucrativos, tendo-lhe sido
atribuído o estatuto de utilidade pública em 1996. Desde data da sua criação, o
SOS RACISMO tem vindo a desenvolver atividades diversificadas, que
abrangem cada vez mais áreas de intervenção, de forma a tornar possível uma
ação conjunta nos vários sectores da sociedade portuguesa.
Há igualmente um esforço no sentido de colaborar com outras associações
antirracistas e de imigrantes a nível nacional. O SOS RACISMO desenvolve,
igualmente, atividades e ações em conjunto com outras associações de países
europeus, estando atualmente ativamente envolvido na criação de uma rede
antirracista europeia, em conjunto com vários países da Europa. A associação
tem vindo a crescer e, apesar de a maioria do trabalho realizado seja efetuado
por voluntários, dispõe já, de um número significativo de núcleos espalhados
por diversos pontos do país.
Propõe-se trabalhar no sentido de contribuir para a criação de uma sociedade
justa, igualitária e multicultural, sem racismo e xenofobia.
Também há a intervenção da ONU (Nações Unidas) já que o preconceito gera
violência e guerras, assim como vai de encontro aos ideais da Organização,
como manter a paz em todo o mundo, fomentar relações amigáveis entre
nações, trabalhar em conjunto para ajudar as pessoas a viverem melhor,
eliminar a pobreza, a doença e o analfabetismo no mundo, acabar com a
destruição do ambiente e incentivar o respeito pelos direitos e liberdades dos
outros e ser um centro capaz de ajudar as nações a alcançarem estes
objetivos.