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41 Associação Brasileira do Aço Inoxidável Agosto/Outubro de 2012 SEMENTE PARA O MERCADO CRESCER INOX 2012 O ANALISTA AUSTRÍACO MARKUS MOLL COMENTA O MERCADO MUNDIAL DO INOX KRISTINA OSTERMAN VÊ O AÇO INOXIDÁVEL MAIS PRESENTE NA INDÚSTRIA DO ETANOL ENTREVISTA ARTIGO

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41Associação Brasileirado Aço Inoxidável

Agosto/Outubro de 2012

SEMENTE PARA O MERCADO CRESCER

INOX 2012

O ANALISTA AUSTRÍACOMARKUS MOLL COMENTA O MERCADO MUNDIAL DO INOX

KRISTINA OSTERMAN VÊO AÇO INOXIDÁVEL MAIS PRESENTE NA INDÚSTRIADO ETANOL

ENTREVISTA

ARTIGO

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sumário

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Num cenário de crescimento expressivo como o dos últi-mos anos, com o consumo aparente de aço inoxidável atin-gindo 345 mil toneladas no ano passado, acontece a FEINOX – Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável, nessa quinta edição.

Essa será uma excelente oportunidade para que os pro-fissionais, técnicos e empresários da cadeia do aço inox dis-cutam caminhos para acelerar o crescimento do consumo, com o objetivo de alcançar, a médio prazo, os níveis de pa-íses desenvolvidos, reconhecidos como superiores aos do mercado local.

As recentes medidas de apoio à indústria nacional ado-tadas pelo governo brasileiro poderão servir de estímulo à indústria de transformação do aço inoxidável, contribuin-do para o crescimento do consumo. Mas serão necessá-rias medidas adicionais nas áreas de divulgação, promo-ção, formação e de tecnologia e, nesse sentido, o papel da ABINOX, como associação de fomento será fundamental. Não é por outra razão que a entidade inclui, nesse even-to, a discussão de temas importantes, como o futuro do mercado, as ações para estimular o consumo, as oportu-nidades da política de conteúdo local e como os projetos de infraestrutura dos eventos esportivos podem estimular

OS MELHORES CENÁRIOSa indústria brasileira do inox. Esses e outros temas serão debatidos nos painéis programados para o CONINOX – Con-gresso Brasileiro do Aço Inox.

Os novos avanços, o estudo dos processos de transfor-mação e tecnologia do aço inoxidável serão apresentados no XI Seminário Brasileiro do Aço Inoxidável que, nessa edi-ção, alcançou um número expressivo de contribuições dos meios acadêmico e empresarial.

As oportunidades econômicas e tecnológicas abertas ao Brasil ajudam a “entender” a feira como um território fértil para colher novos negócios. A cadeia do aço inoxidável vem fazendo a lição de casa para identificar com clareza onde estão localizadas as oportunidades em setores como o pré-sal e as usinas de biocombustíveis, para dar dois exemplos.

Na produção de objetos de consumo, arquitetura e trans-portes – setores com grande potencial de expansão – a ex-pertise brasileira está fundada nas premissas da leveza e originalidade do design brasileiro. E a ABINOX vai continuar trabalhando para difundir o conceito da qualidade do inox, por meio de pesquisas, estudos, trabalhos técnicos e mer-cadológicos.

Arturo Chao Maceiras, diretor executivo da ABINOX

entrevista .............................................................. 6A inteligência mercadológicaO analista de mercado austríaco Markus Moll da SMR gera e vende previsões de negócios com aço inoxidável para clientes que queiram con-juntos de recomendações para tomar decisões estratégicas. Ele fala sobre o mercado mundial do inox

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artigo ....................................................................................................................... 10Inox para a indústria do etanolConsultora do Nickel Institute, Kristina Osterman, disseca as aplica-ções do inox e os tipos utilizados nas usinas de etanol; aços inoxidá-veis especiais e ligas de níquel fazem parte da análise da consultora

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A G O / O U T 2 0 1 2

Publicação da Associação Brasileira do Aço Inoxidável – ABINOXAvenida Brigadeiro Faria Lima, 1234 – conjunto 141 – CEP 01451-913São Paulo-SP – Telefone (11) 3813-0969 – Fax (11) [email protected]; www.abinox.org.brConselho Editorial: Celso Barbosa, Francisco Martins,Marco Aurélio Fuoco, Maria Carolina Ferreira e Osmar Donizete José Coordenação: Arturo Chao Maceiras (diretor executivo)Circulação/distribuição: Liliana BeckerEdição e redação: Ateliê de Textos – Assessoria de ComunicaçãoRua Desembargador Euclides de Campos, 20, CEP 05030-050,São Paulo-SP, telefone (11) 3675-0809; [email protected];www.ateliedetextos.com.brDiretora de redação e jornalista responsável: Alzira Hisgail (MTb 12326)

Editor: Renato SchroederRepórteres: Adilson Melendez, Renata Rosa e Eduardo Gomes

Comercialização: Sticker MKT PropagandaAlameda Araguai, 1293, conjunto 701 – Centro Empresarial AlphavilleBarueri - SP – CEP 06455-000 – www.sticker.com.brDiretor: Antonio Carlos Pereira - [email protected] anunciar: (11) 4208-4447 / 4133-0415 - DulceJosias Nery Junior (11) 9178-0930 - [email protected]ção de arte/diagramação: Vinicius Gomes Rocha (Act Design Gráfico)Capa: interior do edifício da Federação do Comércio de São PauloImpressão: Van Moorsel

A reprodução de textos é livre, desde que citada a fonte.

ABINOX............................................................. 24Cadeia do inox conta com apoioA entidade que representa o setor presta as-sessoria para que empresas e consumido-res percebam o valor do material, a melhor performance com o menor custo e a correta especificação sempre visando o aumento do consumo

FEINOX, CONINOX e Seminário .................... 14Mundo inoxNum cenário de crescimento expressivo como o dos úl-timos anos, com o consumo aparente de aço inoxidável atingindo 345 mil toneladas no ano passado, acontece a FEINOX - Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável

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seção...................................................................... 28Notícias InoxInox no celular; a hegemonia do aço inoxidável nos equipamentos da cozinha; AngloAmerican ajuda jornalistas que cobrem mineração

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guia da feira ................ 22Conheça os expositoresUniverso de empresas in-clui produtoras, distribuido-ras, prestadoras de serviços, indústrias de máquinas, fabri-cantes de produtos químicos, de equipamentos, produtores de abrasivos e consumíveis de soldagem22

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entrevista

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Um farol na tempestadeMarkus Moll atua como diretor e analista de mercado sênior na SMR, Steel and Metals Market Research, desde 1994.A SMR – com sede em Pflach, na Áustria, e escritório em Viena – gera e vende previsões de negócios com aço inoxidável por região, produtos e perfis de produtos até 2030. Essa inteligência mercadológica advém de um extenso esforço da SMR que compila bases de dados atuais e históricas sobre produção, importação e exportação, estoques e demanda por produtos em inox em várias partes do mundo.“Nossos clientes querem conjuntos de recomendações para que possam tomar decisões estratégicas”, explica ele. Markus Moll esteve no Brasil em 2008 para palestrar na Feinox e, em junho deste ano, quando realizou a

primeira Conferência Latino Americana do Aço Inoxidável e Suas Ligas, no Rio de Janeiro. Nas entrelinhas de tudo o que ele fala nesta entrevista habita uma discussão que vai até a presidente Dilma, o Mercosul e as políticas de resolução da crise econômica nos países ricos.

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Nesse ambiente desfavorável, a própria Petrobras viu alguns planos irem por água abaixo.

Minhas previsões de 2008 se confirmaram. Quando você compara os investimentos anuncia-dos pela Petrobras em 2008, para os próximos cinco anos, com o que se materializou em 2012, você per-cebe que estamos atrasados em relação ao plano. Mas, também, outros projetos mundiais de investi-mentos em petróleo e gás foram adiados e alguns fo-ram cancelados em silêncio. No entanto, a demanda global por aço inoxidável no setor de petróleo e gás excedeu os níveis pré-crise em 2012.

Os brasileiros estão muito otimistas com as opor-tunidades de negócios que o pré-sal pode gerar no setor petrolífero. O que a indústria do inox pode esperar para os próximos anos? Um cresci-mento forte?

Não temos dúvidas, o pré-sal oferece oportuni-dades significativas para os componentes de aço inoxidável. Equipamento de perfuração (ferramen-tas de completação, tubing hangers, válvulas de sub-superfície de segurança, colares de perfuração direcional), OCTG (oil country tubular goods), equi-pamentos de fundo do mar (válvulas, conectores, BOPs (bottom of pipe), risers e umbilicais, articu-lações topside bem como equipamentos de plata-forma (sistemas de separação e componentes de segurança) são todos feitos de aços inoxidáveis pa-drão ou especiais (dúplex, 6-Mo etc.) ou mesmo de ligas de níquel. A questão chave é que parte desses componentes será fabricada no Brasil? Os altos pre-ços do aço nacional falam contra isso mas as “regras de conteúdo local” são a favor.

“O pré-sal oferece oportunidades para os componentes de aço inoxidável: equipamentos de perfuração, ferramentas de completação, tubing hangers, válvulas de sub-superfície de segurança, colares de perfuração direcional, tubular goods, válvulas e conectores ”

Ainda em 2008, o senhor previu que, por volta de 2014, a China abrigaria o primeiro mercado de consu-mo de aço inox com 11 milhões de toneladas e, para o Brasil, sua expectativa era de um número próximo de 300 mil toneladas. Considerando que o Brasil chegou a 345 mil toneladas no ano passado, como ficam as suas estimativas em relação ao Brasil?

Bem, de fato, eu subestimei a dinâmica do mer-cado chinês e o fato de que a crise global de 2009 não teve efeito sobre o mercado de aço lá. Mas, no final de 2008, a incerteza era maior do que nunca. E, com base nisso, nossa previsão, em especial para o Brasil foi muito boa. Agora, eu estimo que o mercado de produtos longos e planos pode chegar a 407 mil toneladas em 2014. Se o mercado atingiu 345 mil to-neladas em 2011, esse nível seria realista para 2014. Mas, tendo em conta as novas medidas protecionis-tas, é questionável se será atingido.

Quais são as diferenças entre 2008 e a situação atual do mercado de aço inox? A dinâmica de longo prazo fundamental para um crescimento de 5% ao ano continua intacta?

A crise financeira internacional afetou a indús-tria de aço inoxidável de formas diferentes, depen-dendo do mercado. Enquanto a Europa e os Estados Unidos perderam mais de 30% do volume, o merca-do chinês não foi abalado. Pelo contrário: 2009 foi um bom ano para a indústria chinesa de aço ino-xidável. O Brasil também perdeu cerca de 30% do volume de mercado. Entretanto, essas quedas re-ferem-se ao “consumo aparente” e foi consequên-cia, num certo sentido, resultado de uma massiva redução dos estoques. A demanda real caiu numa faixa de 10 e 15%.

Mas qual é a principal diferença entre os dois momentos?

A principal diferença é que todos mantém um controle rígido sobre os níveis de estoque. Essa é a lição mais importante aprendida a partir de 2008 e também a diferença fundamental de que um co-lapso como o de 2009 não será repetido. A taxa de crescimento global está projetada por nós para de-sacelerar para cerca de 4% ao ano em 2020. O motivo são sinais de saturação, primeiro na China, que não podem ser compensados por qualquer outro país. E pela Índia também não.

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O Brasil e a indústria trabalham para manter a com-petitividade e aumentar o consumo per capita. O que joga contra isso?

O Brasil, é claro, tem um potencial para alcançar taxas de consumo per capita similares às de outros mercados emergentes. Mas, para tanto, será neces-sário que os produtores brasileiros de aço inoxidável, de produtos e de equipamentos, sejam competitivos em escala global, o que não ocorre neste momento. Restrições à importação de produtos de aço inoxidá-vel, burocracia e um regime tributário desfavorável criam condições para a consolidação de um merca-do doméstico confortável e protegido mas impede os fabricantes brasileiros de exportar produtos para fora da região do Mercosul. Todo o mundo culpa o real forte por essa situação mas isso é apenas uma parte da verdadeira história.

O governo local tem agido certo no caminho de in-crementar o papel do Brasil no cenário global?

O Brasil tem uma base industrial muito diversi-ficada. Há fabricantes que produzem uma grande

“A substituição de níquel atingiu o pico no rescaldo da

explosão dos preços de 2007. Desde então, tem diminuído

porque os produtos de “fácil” substituição já foram trocados

para materiais com baixo ou sem conteúdo de níquel”

Unused capacity by region

Quarterly Profitability by Mill, Q1/08 - Q1-12

Top Ten 2011

Top Ten 2016

Gráficos abaixo mostram a capacidade ociosa por regiões do planeta em milhões de toneladas, entre 2005 e 2012; os dez mais do mercado em 2011 e a previsão para 2016 (top ten 2011 e top ten 2016); a lucratividade por empresa, por

quadrimestre entre 2008 e 2012 (fonte: SMR)

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variedade de produtos feitos de aço inoxidável, em conformidade com as normas internacionais e mui-tas dessas empresas são subsidiárias de grupos globais. No entanto, estão vendendo produtos no mercado interno ou em países vizinhos mas não são – pelas razões mencionadas – competitivos no plano global. Na China e na Turquia, mais de 25% dos produtos fabricados a partir de aços inoxidáveis são exportados.

No ano passado a SMR detectou uma tendência à saturação na faixa dos produtos de consumo. Que tipo de mudança poderia dar uma chacoalhada nesse mercado?

Produtos de consumo nos quais a matéria-prima (como o aço inoxidável) é o principal fator no custo final – tais como parafusos, talheres, panelas e fri-gideiras – que viajam com facilidade em containers, tendem a serem produzidos em países onde os pre-ços do aço inoxidável e os custos trabalhistas sejam baixos. Marcas famosas costumam terceirizar a pro-dução e, depois, basta colocar o nome e o logotipo sobre o produto. O preço do aço inoxidável no Brasil, comparado com o preço do chinês, é muito alto para tornar os fabricantes desses produtos competitivos contra os concorrentes asiáticos. Esses segmentos de mercado serão transferidos para fora do Brasil, a menos que medidas protecionistas (por exemplo, taxas mais altas de importação de talheres) sejam impostas. Mas onde isso vai acabar?

Refletindo sobre o mercado do níquel, o senhor ainda acredita que a substituição do material vai continuar, a despeito dos preços atuais? Na sua opinião qual será o break-even point do preço do níquel que evite a substituição? Se continuar o processo de substituição, quais seriam as pers-pectivas para a série 200?

A substituição de níquel atingiu o pico no rescaldo da explosão dos preços de 2007. Desde então, tem diminuído, também porque os produtos de “fácil” substituição já foram trocados para materiais com baixo ou sem conteúdo de níquel. Mas, enquanto a volatilidade do níquel continuar significativa, algu-mas indústrias ainda vão procurar novos materiais que proporcionem maior estabilidade de preço. Este é o caso de produtos em que parte do custo, o aço inoxidável do componente acabado, é significativo

e em que o componente do preço de venda teve de ser fixado muito antes de o aço ser comprado. Exem-plos: equipamento para foodservice como cafeteiras ou baixelas.

Quais são as áreas de maior sucesso na aplicação de aço inoxidável?

Há muitas áreas de mercado onde o aço inoxidá-vel oferece vantagens sobre materiais alternativos. Alguns exemplos são a arquitetura, em especial no mobiliário urbano. Outras áreas que estão crescen-do são os tanques de água, piscinas, o vergalhão e sistemas de fixação de vidro. Na indústria, temos vários equipamentos para processar alimentos, ferramentas de perfuração na indústria de petróleo e gás como colares não magnéticos de brocas de perfuração direcional. No setor de bens de consumo, os produtos ligados ao lifestyle está com o mercado aquecido. Em transportes temos sistemas de exaus-tão de caminhões (incluindo tanques de uréia ou amônia), vagões ferroviários urbanos e componen-tes de gestão de combustível como o etanol.

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artigo

AÇOS INOXIDÁVEIS PARAA INDÚSTRIA DE ETANOL

s aços inoxidáveis são utilizados na indús-tria de etanol, proporcionando uma longa vida útil às usinas, livre de manutenção. Com

novos processos em fase de comercialização, o em-prego do inox tende a aumentar. Uma vez especifica-dos e fabricados, os aços inoxidáveis serão os mate-riais padrão para as gerações vindouras. O aço inox atende a inúmeras aplicações nas usinas de etanol e tem um excelente histórico. Oferece excelente resis-tência à corrosão, boa resistência mecânica, ductili-

dade e tenacidade elevadas. Os aços inoxidáveis são de fácil manutenção, possuem uma superfície lisa e higiênica, aparência moderna e atrativa. Sendo 100% reciclável, o aço inoxidável contribui para os objeti-vos e metas de sustentabilidade da indústria de bio-combustíveis, no longo prazo.

Um número crescente de empresas de engenha-ria de processos de biocombustíveis tem especifica-do o aço inoxidável, para uma parte considerável dos equipamentos de produção. Essas empresas estão

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Principais tipos de aço inoxidável utilizados em usinas de etanol

Tipo UNS EN Atributos

304 S30400 1.4301 boa resistência à corrosão em meios ácidos e em soda cáusticanível de resistência mínimo, superior ao do tipo “L”

304L S30403 1.4307

idem ao item acima mas os tipos “L” são utilizados em construções soldadasmaterial pode ser comprado com “dupla certificação”, atendendo os requisitos de ambos 304 e 304L

316 S31600 1.4401 / 1.4436 resistência à corrosão melhorada nas condições de maior acidez, em altas temperaturas na presença de cloretos.

316L S31603 1.4404 / 1.4432

idem ao item acima mas os tipos “L” são utilizados em construções soldadasmaterial pode ser comprado com “dupla certificação”, atendendo os requisitos de 316 e 316L

conscientes de que os custos de manuseio, cons-trução e fabricação podem ser menores, quando os aços inoxidáveis são utilizados, em substituição ao aço carbono, mais pesado.

Há, ainda, uma percepção de que os aços inoxidá-veis são materiais “caros” e que deveriam se limitar a aplicações mais corrosivas, no entanto, as múlti-plas vantagens dos aços inoxidáveis fazem com que possam ser utilizados de forma rentável. Isso tem sido demonstrado o sucesso do inox em usinas de etanol nas principais regiões produtoras.

Os aços inoxidáveis são também utilizados no sistema integrado nas usinas de açúcar e etanol no Brasil. O aço carbono é mais usado nas usinas de açúcar, enquanto as destilarias utilizam o aço ino-xidável. O aço carbono em usinas de açúcar sofre desgaste frequente e problemas de corrosão. Muitas usinas têm resolvido esse problema, mudando para os aços inoxidáveis.

Nas mesas alimentadoras onde a cana é trans-portada para ser moída, o aço de carbono sofre ero-são e desgaste. Os chute donnelly são muitas vezes feitos de inox tipo 304 (L) ou S20400. O aço inox contendo 12% de crômio (S41003), denominado no Brasil 410D, tem sido utilizado com maior frequên-cia, pois tem melhorado as resistências à erosão e abrasão, se comparado ao aço carbono e com um custo menor, se comparado aos de aços inoxidáveis mais ligados.

Para várias outras áreas das usinas de açúcar,

onde a corrosão é mais grave, o tipo 304 (L) deve ser usado. Na América do Sul, os aços inoxidá-veis ferríticos S43932 (uma versão modificada do tipo 439) e 444 (S44400) estão disponíveis, em chapas com espessuras finas e são, portanto, muito utilizados.

Os aços inoxidáveis 304L, S43932 ou 444 são adequados para a maioria das aplicações nas usinas de açúcar, tais como a do processo de extração de suco da cana (dutos, topo do difusor), do processo de geração de vapor, tratamento do caldo de cana e nos processos de evaporação e moagem. Os ti-pos 444 e 439 não são recomendados na fase de sulfitação (adição de SO2), onde as colunas são de 316 (L). As colunas de destilação são também feitas dos tipos 304 (L) ou (L) 316.

OUTRAS APLICAÇÕESOs numerosos misturadores utilizados nas

usinas de etanol são feitos de aço inoxidável tipo 304 (L) mas também do tipo 316 (L) ou liga 20. Es-pera-se que a utilização do tipo 316 (L) deva aumen-tar, quando as plantas de etanol celulósico forem construídas, em escala comercial. Centrífugas de decantação são fabricadas com o tipo 316 (L) mas também com o tipo 317L, (S31703) e dúplex 2205. As numerosas bombas de processamento presen-tes nas plantas de etanol são fabricadas a partir de aço inoxidável fundido tipo 316 (ACI CF8M) ou 316L tipo (CF3M) mas também a partir de ligas fundidas

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Kristina OstermanÉ consultora do Nickel Institute. A autora agradece o

apoio do Nickel Institute na preparação desse artigo.

dúplex, tais como a ASTM 1B grau 890 (CD4MCuN), 3a (CD6MN) ou 4A (CD-3MN).

Usinas de etanol também utilizam válvulas de aço inoxidável, filtros, reguladores, canela, com-pressores térmicos, ejetores de vapor, telas, outras peças e componentes, tipos 304 (L) e 316 (L). A liga 20 é também usada em ambientes com áci-do sulfúrico. Aplicações do aço inoxidável tipo 304 (L) também podem ser encontradas em equipa-mentos de controle de emissões utilizados por usi-nas de etanol para controlar os poluentes do ar e emissões de odores. Tanques para etanol de grau alimentício são construídos utilizando aços inoxi-dáveis, do tipo 304 (L). Alguns dos novos tipos de alta resistência lean-duplex, tais como S32101 são

adequados para tanques grandes que utilizam cha-pas mais grossas.

Mais informações: ABINOX, Associação Brasileira do Aço Inoxidável (www.abinox.org.br), uma associa-ção sem fins lucrativos que congrega os integrantes da cadeia brasileira do aço inoxidável; Nickel Institu-te (www.nickelinstitute.org), uma associação inter-nacional sem fins lucrativos da indústria, envolvida com o desenvolvimento do uso sustentável e res-ponsável de aço inoxidável e outros materiais que contêm níquel.

Aços inoxidáveis especiais e ligas de níquel, utilizados nas usinas de etanol

Tipo UNS EN Atributos

316Ti S31635 1.4571 resistência à corrosão similar ao 316, maior resistência mecânica em temperaturas elevadas

317L S31703 1.4438 resistência à corrosão superior ao 316L

904L N08904 1.4539 excelente resistência à corrosão em ácido sulfúrico

Alloy 20 N08020 2.4460 excelente resistência à corrosão em ácido sulfúrico

6% ligas Mo vários vários S31254, N08367 – usados em condições muito ácidas ou alta concentração de cloretos

N30 S20400 --- melhores propriedades de abrasão e desgaste por deslizamento do que o 304

2101 S32101 1.4162 um dos vários tipos lean-duplex com alta resistência, adequado para grandes tanques

2205 S32205 1.4462 liga dúplex, maior resistência e melhor resistência à erosão e corrosão do que as ligas da série 300

2507 S32750 1.4410 uma das várias ligas superdúplex, maior resistência à corrosão do que o 2205

410D S41003 1.4003aço inoxidável de baixa liga, resistência ao desgaste melhorada em relação ao aço carbono, utilizado em chute donnelly

439-modificado S43932 1.4510 semelhante ao 304 na resistência à corrosão, muito

utilizado no Brasil

444 S44400 1.4521 semelhante ao 316 na resistência à corrosão, muito utilizado no Brasil

Alloy C-276 N10276 2.4819 liga à base de níquel, utilizada em condições de alta corrosividade

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12 INOX • AGOSTO/OUTUBRO 2012

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VITRINE PARA O MUNDO DO INOXDurante três dias, o universo brasileiro do inox será transferido para o Centro de Exposições Imigrantes. O evento contempla mercado, oportunidades de negócios e pesquisas

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14 INOX • AGOSTO/OUTUBRO 2012 AGOSTO/OUTUBRO 2012 • INOX 15

uando, no dia 23 de outubro, o Centro de Expo-sições Imigrantes, na zona Sul de São Paulo, abrir as portas para receber a V Feira de Tec-

nologia de Transformação do Aço Inoxidável (FEINOX 2012) – que ficará por três dias em exposição – o meio técnico profissional e empresarial da cadeia do aço inox terá a oportunidade de conhecer novidades em produtos e tecnologias que as empresas vão exi-bir. No entanto, tão importante quanto conhecer as inovações e produtos, é “entender” a feira como ter-reno fértil onde podem ser colhidas oportunidades para novos negócios.

“A FEINOX e os eventos que, nessa edição, acon-tecem simultâneos à exposição, servem como semente para o crescimento do mercado e para a ampliação dos campos de aplicação do material”, argumenta Arturo Chao Maceiras, diretor executivo da Associação Brasileira do Aço Inoxidável (ABINOX), entidade que articula e viabiliza a realização da FEINOX 2012, do Congresso Brasileiro do Aço Inox (V CONINOX) e do XI Seminário Brasileiro do Aço Ino-xidável. “Especialistas e integrantes da cadeia irão

identificar empecilhos e apontar ações que podem ser implementadas para melhorar o consumo”, an-tecipa Maceiras.

É preciso, porém, acuidade e sabedoria para ob-servar abaixo da superfície. “Notar, por exemplo, que é possível integrar a cadeia de suprimentos de óleo e gás, mesmo não fornecendo à Petrobras”, exemplifi-ca o diretor da ABINOX. Em agosto passado, ao anun-ciar ações da ordem de R$ 3 bilhões do Programa Brasil Maior, para estimular a cadeia de petróleo e gás, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior, Fernando Pimentel, comparou a im-portância desse segmento para o Brasil à influência que, no século passado, a corrida espacial teve para a economia americana.

Especialistas e integrantes da cadeia irão identificar empecilhos e apontar ações que podem ser implementadas para melhorar o consumo

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CONTEÚDO LOCALAs ações do governo visam melhorar a competiti-

vidade da indústria nacional nesse setor. Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Pesqui-sas (Finep) assinaram acordo de cooperação técni-ca para fomentar projetos de inovação tecnológica na cadeia nacional de fornecedores de petróleo, gás e naval, atividades consideradas fundamentais pelo governo federal para o desenvolvimento do país. A meta, conforme divulgou o governo, é estimular investimentos privados para ampliar, de forma sus-tentável, o conteúdo local em projetos da indústria desses setores.

O lançamento do edital para selecionar empresas interessadas em participar do acordo, que recebeu o nome de Inova Petro, estava previsto para meados

de setembro. “Uma das condições para obter acesso aos recursos é que os projetos sejam desenvolvidos em território nacional. Não são passíveis de apoio aqueles que prevejam internalização de tecnologias já desenvolvidas pelas matrizes ou controladoras das empresas proponentes no Brasil”, informou por meio de nota o BNDES.

O Inova Petro abre, portanto, espaço para a parti-cipação da indústria nacional na cadeia de óleo e gás – a palestra que a representante da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Michelle Maximiano Steenhagen irá fazer no CONINOX, tendo como tema “Conteúdo Local: Ferramenta para Desenvolvimento de Política Industrial”, abordará aspectos dessa temática. No entanto, não se deve esperar que a especialista da ANP indique oportunidades específicas para que as indústrias transformadoras de inox possam tornar-se fornecedoras no segmento de óleo e gás.

DO TUBO À FLANGEO diretor executivo da ABINOX recorre a um exem-

plo efetivo de como indústrias e fornecedores de ser-viços podem inserir-se nessa cadeia. Maceiras conta que uma indústria de origem alemã com unidade fa-bril instalada no interior do Estado do Rio de Janeiro, fornecia tubos de aço inoxidável sem costura para a Petrobras. A matéria-prima utilizada na fabricação era adquirida no exterior, até a empresa acertar uma parceria com um grande fornecedor que ficaria in-cumbida de desenvolver, no Brasil, o aço inoxidável

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Queremos mostrar experiências práticas para comprovar que as indústrias de menor porte podem e devem participar desse processo de produção

com as características técnicas necessárias à pro-dução dos tubos.

As uniões desses tubos, continua Maceiras, são realizadas por meio de flanges. Não existia, porém, fornecedor local desse componente até que uma fá-brica, na Grande São Paulo, se habilitasse a produzir as peças. No caso, a empresa não é fornecedora di-

QUEM VAI CONSUMIR INOX“O aumento do poder aquisitivo da população demandará mais aço inox, uma vez que esse metal está ligado

ao bem estar”. A previsão é do engenheiro Celso Barbosa, diretor da Villares Metals, que aponta como setores que darão sustentação a esse aumento as indústrias de bens de consumo e os produtores de alimentos e bebidas. “Outro movimento previsto é a expansão dos aços inoxidáveis especiais em virtude do grande desenvolvimento dos setores de óleo e gás e de energia, além da modernização tecnológica dos nossos automóveis”, afirma.

No que trata do consumo de aço inox em aplicações do cotidiano da população, a expectativa do presidente da ABINOX, Marco Aurélio Fuoco, também é positiva, em especial para alguns segmentos de bens de consumo duráveis que empregam o inox em larga escala: linha branca, indústria automotiva, utilidades domésticas e cons-trução civil. Fuoco aponta ótimas perspectivas de consumo nos setores onde estão sendo realizados importantes investimentos como as áreas de óleo e gás, papel e celulose, bioenergia e bebidas.

O presidente da ABINOX observa que o cenário de boas perspectivas é motivo de certa apreensão, porque vem se observando o efeito negativo na cadeia brasileira do inox, em razão do incremento nas importações de equipa-mentos. “Acreditamos, porém, que o aumento do consumo terá impacto positivo devido aos esforços dos produ-tores de aço inox e dos demais atores da cadeia no sentido de investir no desenvolvimento de novos produtos e novas soluções, na divulgação e incremento do conhecimento técnico”, argumenta o presidente da Abinox. Nesse aspecto, Fuoco comenta a otimização de custos para ganho de competitividade. “Sem isso, assistiremos a uma avalanche de produtos importados”, pondera.

reta da Petrobras mas toma parte na cadeia de su-primentos. “Com a FEINOX e os eventos concomitan-tes, queremos mostrar experiências práticas, como essa, para comprovar que as indústrias de menor porte podem e devem se inserir na cadeia de forne-cimento de óleo e gás, mesmo sem ser fornecedoras diretas da Petrobras, contribuindo e se beneficiando do aumento de conteúdo local”, afirma Maceiras.

Precederá à palestra Conteúdo Local (tema do segundo painel do CONINOX), uma análise do mer-cado do aço inoxidável no Brasil (no painel Mer-cado). Quais providências devem ser tomadas e os desafios para elevar o consumo do material no país é o tema central dessa exposição. Na média, o Brasil ainda apresenta consumo de inox inferior ao de países desenvolvidos e de alguns em desen-volvimento mas o mercado nacional de aço inoxi-dável passou por uma expansão na última década. “O consumo entre os brasileiros cresceu acima da média mundial e a ABINOX teve papel decisivo nes-

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se crescimento”, argumenta o diretor da entidade.“Em 2006 estabelecemos metas para a expan-

são, porém nem todas foram atingidas”, reconhece Maceiras, que pretende aproveitar o CONINOX para identificar com o público participante quais são as áreas onde a associação deverá reforçar a atuação nos próximos anos para estimular esse crescimen-to. Nesse painel, a ABINOX irá contar com a partici-pação de representantes dos produtores e distribui-dores de aço inoxidável, que irão discutir estratégias para viabilizar o aumento do consumo de inox.

INOX ALÉM DO VISÍVELO terceiro painel do CONINOX terá como tema os

dois maiores eventos que o país acolherá nos próxi-mos anos: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olím-picos de 2016. De novo, reforça Maceiras, a partici-pação das indústrias da cadeia transformadora do aço inox nesses eventos poderá ir além do que será possível observar. Nos estádios, além de corrimãos, áreas de cozinhas e fachadas (no Castelão, em For-taleza, o projeto do escritório Vigliecca especificou o material no revestimento externo do estádio), o inox poderia ser empregado, por exemplo, no sistema de fixação dos assentos nas arquibancadas, especula o diretor da ABINOX.

O Rio de Janeiro, cidade sede da próxima Olimpí-ada, conta com pelo menos uma obra de infraestru-tura onde o aço inox está presente. Nas estações do Transoeste – um dos quatro corredores do sistema BRT (Bus Rapid Transit) que integra as obras de mo-bilidade urbana que preparam a capital fluminense para receber a competição –, o transporte público por ônibus que conecta a Barra da Tijuca a Santa

Nas cidades onde serão realizadas as competições, no que se refere às obras

onde o aço inox estiver presente, essa “herança” permanecerá por mais tempo

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Cruz, bairros da zona oeste, o escritório JC&S Arqui-tetos determinou que parte do mobiliário fosse pro-duzido com o metal.

Se ainda existem incertezas sobre o legado que ambos os eventos deixarão às cidades onde serão realizadas as competições, no que se refere às obras onde o aço inox estiver presente, essa “herança” per-manecerá por mais tempo – essa é a situação das estações do BRT carioca.

ALAVANCAR O CONSUMOO engenheiro Celso Barbosa, diretor de Tecnolo-

gia e Pesquisa & Desenvolvimento da Villares Me-tals, considera a feira e os eventos agregados uma oportunidade para alavancar o consumo do material no país. “Nada melhor do que uma feira e um fórum para apresentarmos e discutirmos novas soluções e idéias para promover o maior uso do aço inoxidável”, avalia. Barbosa diz que os eventos programados irão permitir uma grande troca de experiência entre os profissionais que atuam no segmento de aço ino-xidável. “Para o mercado será uma chance única de entrar em contato com as empresas que oferecem produtos e serviços para o segmento de aço inox”, acrescenta.

A análise do diretor de Tecnologia e P&D da Villares Metals coincide, em vários aspectos, com a de Marco Aurelio Fuoco, presidente da ABINOX e consultor de negócios e relações institucionais da Aperam South America. Fuoco chama a atenção para a abrangência do evento. “A apresentação de produtos, serviços e inovações tecnológicas repre-senta uma ocasião importante para as empresas, uma vez que a feira é visitada por um público di-versificado, onde se incluem empresários e execu-tivos em busca de novas oportunidades de negó-cios, pesquisadores e técnicos divulgando o que há de mais recente em desenvolvimento tecnoló-gico”, argumenta.

Ele também observa que estudantes de diversas áreas visitam a FEINOX, tanto em busca de apren-dizado técnico como para conhecer, de perto, as empresas do setor. “Temos, ainda, com o CONINOX um importante momento, uma vez que empresá-rios e executivos apresentam cenários e propostas de como expandir o consumo do aço inoxidável no Brasil”, lembra. Os temas do congresso foram esco-lhidos para demonstrar casos que contribuíram para

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o aumento do consumo aparente do material no Bra-sil, bem como as aplicações e segmentos avaliados como de grande potencial de crescimento no médio e curto prazos.

Para o presidente da ABINOX a feira tem, acima de tudo, o objetivo de gerar novas oportunidades de negócios mas deve ser observado o aspecto de compartilhamento com os atores da cadeia as inova-ções do setor. “Como nas edições anteriores, a feira receberá um grande público querendo identificar e desenvolver fornecedores de produtos ou serviços que tragam algo de novo e que possam levar ao mer-cado resultados competitivos à cadeia do aço inox. Estamos certos que haverá, ainda, a presença de muitas empresas que desejam introduzir o aço inox no portfólio de negócios”, antecipa.

VERTENTE CIENTÍFICAAlém dos aspectos de negócios, a FEINOX 2012

possui uma vertente que abrange as pesquisas com o material, que serão expostas no XI Seminário Bra-sileiro do Aço Inoxidável. Comentando os trabalhos

enviados para a avaliação, o consultor da ABINOX, Marcelo Castro-Rebello, avalia o nível como de ótima qualidade técnica. “Alguns são dignos de publicação nos mais renomados periódicos internacionais”, afirma. A expectativa de Castro-Rebello era de su-perar, em quantidade, os 48 trabalhos apresentados em 2008.

A maior parte dos artigos enfoca o tema da corro-são, seguidos de soldagem e metalurgia física. “Mui-tos dos artigos representam trabalhos de pesquisa na fronteira do conhecimento sobre a aplicação dos aços inoxidáveis e são possíveis respostas aos de-safios da atualidade como, por exemplo, a explora-ção e produção de petróleo e gás natural na camada do pré-sal”, argumenta o consultor da ABINOX. A Uni-versidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de São Carlos são algumas das escolas às quais estão vinculados os autores dos trabalhos que serão apresentados no seminário.

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - Na FEINOX, a ABNT oferece informações sobre a importância da

normalização técnica e divulga dois sistemas: o ABNTCatálogo, que permite a pesquisa de normas via internet e a ABNTColeção, com acesso unificado ao acervo e gerenciamento das normas, com rapidez e segurança.

AÇOTUBO - Distribuidora de aços e tubos.Atua em cinco divisões: tubos e aços, conexões, trefilados e peças, aços inoxidáveis e pelo sistemas de ancoragem Incotep. Na FEINOX, apresenta toda linha de aços inoxidáveis, como tubos com ou sem costura, chapas, fitas, bobinas e blanks.

FERBASA - A Companhia de Ferro Liga da Bahia - Ferbasa é a maior fabricante de ferro ligas do Brasil e única

produtora integrada de ferro cromo das Américas. Exerce atividades de mineração, reflorestamento e metalurgia.

ELETROINOX - Empresa prestadora de serviços no ramo de tratamento de superfícies de aço inoxidável. Realiza eletropolimento; decapagem

e passivação; limpeza química; lixamento e polimento mecânico; inspeção de rugosidade; inspeção de endoscopia e teste LP.

D&D - Na FEINOX, lança a marca D&D Company, uma fusão de duas empresas

- D&D Manufatureira e D&D Tubos, que são reconhecidas no ramo do aço inoxidável, trefilação de aço inox, tubos trefilados e microtubos capilares.

CORDOB - A empresa atua no segmento metalúrgico. Fabrica equipamentos para corte e dobra: guilhotinas, viradeiras excêntricas e hidráulicas, slitter.

APERAM SOUTH AMERICA - Produtora integrada de aços planos inoxidáveis e elétricos da América Latina. Tem capacidade de 2,5 milhões de toneladas de inoxidáveis na Europa e no Brasil e é líder em nichos de alto valor agregado – aços ligados e especiais.

ANGLOAMERICAN - Uma das maiores companhias de mineração do mundo. Seu portfólio abrange empresas de mineração de metais e minerais, diamante e platina; metais básicos, como cobre e níquel; minério de ferro, carvão metalúrgico e carvão térmico.

AL-STRIP - A empresa oferece soluções tecnológicas em corte e laminação de aços e metais. Atua com centro de serviços conceituados no segmento, como o corte transversal e o longitudinal, correção de empeno lateral e aplainamento de tiras, laminação, embalagem e aplicação de PVC.

AIR LIQUIDE - Líder mundial em gases para a indústria, saúde e o meio ambiente, está presente em mais de 80 países. Oxigênio, nitrogênio, hidrogênio e gases raros estão no centro das atividades da empresa.

AÇO CEARENSE - Com 30 anos de mercado em todo o cenário nacional, a Aço Cearense é a uma distribuidora independente de aço do Brasil. Distribui, desde 2007, aço inoxidável em bobinas, chapas, barras redondas, chatas e cantoneiras, além de tubos redondos, quadrados e retangulares.

ABSOLUTA - Atua no segmento de comércio de máquinas para arames de aço e não ferrosos. Fabricante de equipamentos para torção de cabos e trefilas.

GRIPS - A Grips Editora é responsável pela publicação da revista Siderurgia Brasil, da revista Agrimotor e o Guia de Compras da Siderurgia Brasileira. As revistas mensais são publicadas e distribuídas na cadeia siderúrgica e na cadeia do agronegócio em todo o Brasil.

FEITAL / INOX-TECH - Fundado em 1946, o grupo Feital / Inox-Tech distribui produtos fornecidos pelas

principais indústrias nacionais e internacionais. Com essa experiência de mercado, oferece aos clientes atendimento na comercialização de produtos e serviços.

HIDRAL-MAC - Fabricantes de prensas hidráulicas seriadas e especiais. Na FEINOX,

apresenta a prensa hidráulica da família C de 40 toneladas, que é indicada para substituição das prensas mecânicas (excêntricas) com grandes vantagens, tais como maior produtividade e vida útil da ferramenta.

A CADEIA DO INOXAPRESENTA NOVIDADES

ENERGYARC - Fornece consumíveis, tochas e equipamentos de solda e corte para caldeirarias, fundições e metalúrgicas e matérias-primas minerais para indústria cerâmica, de fluxante para siderurgia, entre outras.

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WELD-INOX - Uma empresa dedicada à produção e comercialização de consumíveis de soldagem, fornecendo para todo Brasil e exterior. Atende os segmentos de usinagem, caldeiraria, metalúrgico, sucroalcooleiro, siderúrgico, petrolífero e petroquímico.

WALTER - Atende às necessidades do setor metalúrgico há quase meio século e é líder mundial no fornecimento de produtos e soluções em abrasivos de alta produtividade para corte, desbaste, limpeza e acabamento; além de ferramentas químicas de alta qualidade para limpar, proteger e lubrificar superfícies metálicas que não agridem o meio ambiente.

VILLARES METALS - A empresa leva para a FEINOX o portfólio de produtos direcionados para o mercado de óleo e gás, como inoxidáveis dúplex e super dúplex. Fornecem produtos em forma de barras e peças forjadas sob encomenda. Todos os materiais contêm propriedades específicas para atender as exigências do mercado.

SELTA - A Selta, que completa 20 anos em 2012, apresenta a divisão industrial da empresa, uma distribuidora de alumínio e aço inox (além de outros metais ferrosos e não ferrosos).

REVISTA DO AÇO - Uma mídia empresarial segmentada, com o objetivo de informar o setor metal-mecânico, seja o siderúrgico ou metalúrgico, sobre os acontecimentos recentes do mercado, com matérias especiais, artigos técnicos, perfis empresariais, entrevistas, novidades e lançamentos.

PERSICO PIZZAMIGLIO - Fundada em 1952, a empresa produz tubos de aço com solda longitudinal. Fabrica tubos para atender a diversos setores, tais como sucroalcooleiro, petroquímico e petrolífero, naval, construção civil, automotivo, alimentício, moveleiro, saneamento básico, postes e iluminação pública e de telecomunicações.

NOVAMETAL - Produz e comercializa arames e barras de aço inoxidável, de alumínio e de alta liga para solda, estampagem a frio; molas; correntes; esteiras; cestos; grampos; raios para rodas, arruelas, cordoalhas e cabos; esponjas de aço; usinagem e laminação; telas metálicas; aplicações especiais; indústria da construção civil, automotiva e alimentícia.

NITTO DENKO - A Nitto Denko América Latina, empresa global de origem japonesa e especialista em produtos adesivos, com sede em São Paulo, apresenta sua linha de filmes de proteção para o universo do aço inox.

METALINOX - Distribuidora de aço inox. Comercializa barras redondas, sextavadas, retangulares, cantoneiras e chatas; tubos redondos, retangulares e quadrados; além de chapas de alta qualidade nas linhas 300 e 400, nos mais diversos formatos.

MECANOCHEMIE - Fabricante de produtos químicos para tratamento de superfícies metálicas,

ligas especiais e aços inoxidáveis. Na FEINOX, mostra uma nova geração de produtos, com menor impacto ao meio ambiente.

MAFRA - A empresa desenvolve máquinas e ferramentas para soldar. Faz solda a topo, ponto, projeção, costura, solda fria e castanhas, solda para cabos, para serra de fita, chapas, tubos e mola.

INOXPLASMA - Fornece e presta serviços em aço inoxidável desde 1992. Atende às indústrias químicas, petroquímicas, petrolíferas, alimentícias, bebidas, farmacêuticas, de tratamento de água e esgoto, celulose, transportadoras, envasadoras, empacotadoras, seladoras, caldeirarias, usinagens e montagens industriais.

A CADEIA DO INOXAPRESENTA NOVIDADES

SCHMOLZ+BICKENBACH - Maior fabricante e distribuidor de aços especiais do mundo. Está entre os dez maiores produtores do mundo de aços de construção mecânica, ligas especiais e altas-ligas. Fornece soluções em aços e ligas especiais, com um estoque de cerca de 7 mil toneladas de materiais produzidos em usinas próprias.

VOTORANTIM METAIS - Maior fabricante de níquel eletrolítico da América Latina. Tem capacidade de produção de 25 mil toneladas de níquel eletrolítico e 19 mil toneladas de níquel contido em mate de níquel por ano. Os principais segmentos atendidos pelo produção são o de aço inoxidável, superligas, fundição, galvanoplastia e químicos.

INSTITUTO AÇO BRASIL - Tem como objetivo congregar e representar as empresas

brasileiras produtoras de aço e promover seu desenvolvimento. Realiza estudos; colabora na normalização de produtos; entre outras atividades.

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om o objetivo de promover a divulgação das propriedades, atributos e aplicações do aço inoxidável, o uso correto do material, a capa-

citação técnica das empresas e dos profissionais e a melhoria na competitividade da cadeia produtiva, foi criado, em 1986, o Núcleo Inox, antiga denominação da ABINOX – Associação Brasileira do Aço Inoxidável.

A associação sem fins lucrativos – formada por empresas e profissionais que fazem parte de toda a cadeia produtiva do aço inox – congrega fornecedo-res de insumos, produtores, reprocessadores, distri-

buidores, fabricantes e prestadores de serviços em aço inoxidável.

Segundo o diretor executivo da ABINOX, Arturo Chao Maceiras, o grau de conhecimento das vanta-gens e benefícios do aço inoxidável ainda é restrito no Brasil. Por isso, a associação visa incrementar o uso desse material, difundindo o conceito da quali-dade do inox, mostrando a relação favorável entre custo e benefício do produto e elaborando pesqui-sas, estudos e trabalhos técnicos e mercadológicos.

A união das empresas que constituem o segmen-

ABINOX: REPRESENTAÇÃO NACIONAL DA CADEIA PRODUTIVADO AÇO INOXIDÁVEL

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to do aço inox promove atividades que auxiliam o mercado na percepção do valor agregado ao aço. São essas empresas que podem diagnosticar problemas e propor soluções.

Para isso, a ABINOX realiza cursos, seminários, exposições, workshops e encontros técnicos. Conta com publicações, como a revista Inox – dedicada à divulgação de inovações tecnológicas, movimentos de mercado, técnicas de aplicação e transformação do aço inox –, o site da ABINOX (www.abinox.org.br), o guia Inox, um catálogo de produtos e serviços que ajuda a promover o contato entre as empresas da ca-deia produtiva e os consumidores de produtos e ser-viços em aço inoxidável.

A ABINOX é responsável pela divulgação de infor-mações em publicações nacionais e internacionais, além de desenvolver atividades para a propagação do aço inox. Criou e desenvolveu o programa Aplica Inox, em parceria com o SENAI (Serviço Nacional da Indústria), a Aperam e a rede de distribuição, com o objetivo de levar para dentro das empresas transfor-madoras do aço inoxidável, informações sobre as boas práticas de trabalho, com o objetivo de aumen-tar sua competividade; projetos para a capacitação de empresas desenvolvidos com o SEBRAE de São Paulo e de Minas Gerais; palestras em universidades e escolas técnicas; o prêmio Inovinox, que tem o in-tuito de estimular os futuros especificadores a pen-sar no material como uma das alternativas viáveis para o desenvolvimento de projetos futuros; e parti-cipação em comitês de normalização e legislação de produtos com aço inoxidável.

“Essas ações são importantes para a ampliação do conhecimento do aço inoxidável e das vantagens que o material pode oferecer para o desenvolvimen-to de produtos. Além de contribuir para a formação de mão de obra capacitada, para a melhor forma de manuseio e estocagem do produto e para o aumento do consumo do aço inoxidável no mercado brasilei-ro”, diz Arturo Maceiras.

ASSESSORIA ESSENCIALO diretor executivo da ABINOX acredita que as em-

presas da cadeia produtiva percebem o trabalho da entidade como essencial para disseminar o conhe-cimento do aço inoxidável no mercado brasileiro. “Mas uma dificuldade que enfrentamos se refere aos resultados, que só podem ser notados a médio

e longo prazos. Em contrapartida, temos percebido que a associação vem recebendo o reconhecimento como uma fonte confiável de informações a respeito do aço inoxidável.”

De acordo com Maceiras, um dos serviços que contribuem de forma significativa para uma percep-ção de valor por parte das empresas e consumidores é a assessoria prestada pela ABINOX para todos os que procuram a entidade em busca de orientações na especificação do material. “Isso ocorre de diver-sas formas: por e-mail, telefone, envio de material técnico, pareceres técnicos emitidos pela entidade ou pelos associados. Sempre oferecemos, aos que nos procuram, a solução em aço inoxidável, em ter-

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mos de melhor performance com o menor custo. Sa-bemos que uma correta especificação, além de evi-tar custos futuros, contribui para o reconhecimento do aço inoxidável como o material com melhor custo e benefício para um grande número de aplicações. Esse reconhecimento e a percepção de valor a longo prazo são essenciais para o aumento do consumo do aço inoxidável no mercado”, ressalta o diretor.

Maceiras acredita que a comunicação pode de-senvolver o consumo do aço inox. “O mercado criou conceitos errados e dogmas que rotulam o produto com falsas afirmações como, por exemplo, o custo do aço inox, considerado mais caro em comparação com outros produtos. Essa análise conduz ao erro, pois não leva em consideração a relação entre cus-to e benefício do produto.” Mas, na visão da associa-ção, esses mitos, aos poucos, serão derrubados e as qualidades do produto vão aparecer: durabilidade, versatilidade, maleabilidade e conformabilidade, bai-xo custo de manutenção e facilidade de limpeza.

Para Maceiras, o crescimento do consumo do aço inoxidável está ligado ao desenvolvimento da ativi- Renata Rosa

dade industrial do país. “Embora, nos últimos anos, a indústria tenha mostrado um desempenho pouco expressivo, entendemos que as perspectivas para o aço inoxidável são favoráveis, pois em importantes setores da economia brasileira, o consumo do mate-rial deverá crescer de forma expressiva. Entre esses setores estão as indústrias de petróleo e gás natu-ral, açúcar e etanol, além das obras de infraestrutura para atender a demanda dos eventos esportivos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos, como a Copa de 2014 e as Olímpiadas 2016”.

A ABINOX conta com 55 empresas associadas. To-das contribuem para a divulgação do material, visan-do aumentar o consumo. “Em termos de visibilidade junto ao público e aos consumidores, a Tramontina, uma das associadas, tem promovido uma grande ex-posição do aço inoxidável nos veículos de comuni-cação de massa, por meio de inserções publicitárias que divulgam os produtos da empresa fabricados com aço inoxidável”.

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posSem inox, clientes reclamam do iPhone 5

A Apple, empresa reconhecida no mundo pela produção de aparelhos ele-trônicos que unem design e tecnologia avançados, após ter substituído o aço inox do estojo do telefone celular iPhone 4 e 4s, por alumínio anodizado prata ou ardósia, no iPhone 5, vem receben-do inúmeras reclamações de clientes insatisfeitos com a fragilidade do novo material. O aço inox debutou no templo de design da Apple na primeira versão do tocador de música portátil iPod, em novembro de 2001.

O fato foi verificado em uma discus-são, com quase 800 comentários, no site comercial MacRumors, criado na Virgínia, Estados Unidos, em 2000 para comentar produtos. Relatos diziam que

a antiga estrutura de inox era mais re-sistente e imagens do iPhone 5 com ar-ranhões e amassados foram postadas, colocando em dúvida a resistência do novo aparelho.

“Eu amo meu iPhone 5 mas tenho visto alguns arranhões, riscos e mar-cas em toda a faixa ao redor do telefo-ne, o que devemos fazer?”, afirma uma das reclamantes no portal. Logo abaixo veio a resposta do vice-presidente de marketing da Apple, Phil Schiller, “qual-quer produto de alumínio pode arranhar com o uso, expondo a cor prata natural. O que é normal”. O iPhone 5 mal entrou no mercado e o caso promete esquen-tar a cabeça dos designers da empresa mais valiosa do mundo.

sas reconhece que nenhum dos novos acabamentos conseguiu atingir o mes-mo nível de sofisticação estética e que boa parte dos consumidores continua

A hegemonia do inox na cozinhaDesde que o inox conquistou espaço

nas cozinhas domésticas, há 25 anos, nunca sofreu ameaças. Agora, a indús-tria de eletrodomésticos americana pre-tende explorar outros visuais, com cores e materiais. Mas o reinado do inox nas cozinhas segue soberano e não se aba-la nem um pouco.

A americana Whirlpool, maior fabrican-te mundial de eletrodomésticos, dona da brasileira Brastemp, lançou a linha de refrigeradores Ice Collecction, com a cor branca. A sueca Electrolux, fora dos Esta-dos Unidos, arriscou ao colocar no mer-cado o refrigerador com acabamento em aço na cor preta. Outras indústrias, como a alemã Miele e as americanas Viking e Wolf, seguem a mesma tendência, do preto, branco e, no caso da General Ele-tric, até um cinza opaco ou ardósia.

Mesmo com esses lançamentos, a maioria dos designers dessas empre-

preferindo o acabamento em aço ino-xidável, como sinônimo de higiene e modernidade, seja nas Américas ou em boa parte do mundo.

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A AngloAmerican realizou o I Workshop de Mineração para Jornalistas, no final de agosto, no Hotel Mercure Lourdes, em Belo Horizonte, com o objetivo de contribuir para a formação técnica de jornalistas e com-partilhar dados e informações sobre o setor de mineração. O evento contou com a presen-ça de 41 jornalistas, de 32 ve-ículos e foi mediado pelo con-sultor José Mendo Mizael de Souza (foto). Com sede em Londres e origens históricas na África do Sul, a AngloAme-rican completa 40 anos de presença no Brasil no ano que vem.

Durante o workshop, gestores da mi-neradora abordaram aspectos técnicos de quatro dos principais ramos de ativida-

AngloAmerican ajuda mídia que cobre mineração

de da empresa: minério de ferro, fosfato, nióbio e, um dos principais insumos para a produção de aço inox: o ferro-níquel. Se-gundo Vicente Fortes, gerente de Proces-so da unidade de negócios níquel, 62% do

ferro-níquel – produzido pela AngloAmerican nas minas de Barro Alto e Codemin, em Ni-quelândia, interior de Goiás, em Loma de Níquel, na Vene-zuela e vendido em shots – vai como elemento de liga para a produção de aço inoxidável.

“Parte dessa produção se-gue como escória para cimen-teiras e substrato de concreto para estradas”, explica For-tes. A Açominas consome um volume considerável do que é produzido e o resto vai para exportação. A AngloAmerican

planeja colocar em operação o projeto Minas-Rio que inclui o maior minerodu-to do mundo com 525 km de extensão para levar o minério de ferro até o porto de Açu, no Rio de Janeiro.

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