EMBASA CONFIRMA PROPOSTA DE REVISÃO DO PLANO DE CARGOS

EM DEZEMBROPÁGINA 2

SIPAT TEM INÍCIO, MAS EMPRESA AINDA NÃO TEM POLÍTICA DE

SAÚDE E SEGURANÇAPÁGINA 2

PROCURADORIA DA REPÚBLICA TAMBÉM É CONTRÁRIA À

TERCEIRIZAÇÃO EM ATIVIDADE-FIMPÁGINA 6

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXVIII – Nº 41 – 24 de novembro de 2014

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Diálogo promovido no Sindae aponta Diálogo promovido no Sindae aponta fortes marcas da desigualdade racialfortes marcas da desigualdade racialDiálogo promovido no Sindae aponta fortes marcas da desigualdade racial

O som e a dança da Orquestra de Berimbaus Afi nados DX mostrou toda a beleza da cultura afro, mas não escondeu a força da discriminação ainda existente em nossa sociedade. A Mesa de Diálogo promovida pelo Sindae na última terça (18), em parceria com outros sindicatos, apontou os traços da discriminação e da desigualdade, mostrou o caminho per-corrido para combatê-las e o quanto ainda é preciso ser feito para elimi-ná-las. PÁGINAS 4 e 5

DIREITO AO EXTRATURNO É RECONHECIDO PELA CETREL S/A

E DACDebate sobre o PPR 2014 é iniciado na Embasa O reconhecimento desse direito dos

operadores aconteceu em reunião na se-mana passada, mas ainda falta um acordo sobre o tempo gasto na troca de turno: ela propôs 13 minutos, enquanto o Sin-dicato manteve a proposta de 20 minu-tos. Nova reunião está marcada para 12 de dezembro. PÁGINA 3

A partir desta semana o Sindicato esta-rá visitando os locais de trabalho na Emba-sa para discutir o Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2014. A Comissão para discutir o programa já foi formada e fez a sua primeira reunião na última sexta

(21), marcando outra para a próxima quinta (27). Já neste segundo encontro será apre-sentada uma proposta. O Sindicato, por sua vez, vai realizar as primeiras assembleias de discussão do PPR, por local de trabalho, a partir da segunda semana de dezembro.

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Com o tema “Segurança no trabalho, responsabilidade de todos!”, a Embasa re-aliza desta segunda até sexta (de 24 e 28) a Semana Interna de Prevenção de Aciden-te de Trabalho (SIPAT). Pela importância do assunto, o evento deve ser realizado diaria-mente, até para sensibilizar a diretoria, pois o que mais falta à empresa é uma efetiva política de saúde e segurança.

Denúncias e cobranças sobre ques-tões de saúde, segurança e condições de trabalho são frequentes, inclusive em nosso boletim. Recentemente a Embasa se viu obrigada a assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) por infringir diversas normas que tratam da questão. Ao todo, 72 itens foram acordados pa-ra que a empresa regularizasse a sua in-fraestrutura de trabalho de acordo com que está previsto nas leis que asseguram proteção ao trabalhador.

As Cipa’s (Comissões Internas de Prevenção de Acidente) promovem eventos, relatórios e até atividades lúdi-cas sobre o tema, fazendo o seu papel.

Mas, apesar desse trabalho, falta a parte da empresa: o Sindicato recebe com re-gularidade denúncias de condições pre-cárias no ambiente de trabalho e cons-tante descumprimento da legislação, tais como falta de EPI e fardamento, mobi-liário inadequado, falta de iluminação e guarda corpo nas estações de tratamen-to (água/esgoto), sinalização, segurança patrimonial defi citária, transporte irregu-lar, dentre outros.

O investimento da empresa nessa área ainda é insufi ciente, tal é a carência. A informação mais recente é da criação de um setor que irá tratar da gestão do TAC. Será de grande impor-tância que a SIPAT 2014 promo-va um verdadeiro engajamento no assunto, principalmente por parte da gestão da empresa. O Sindicato vai continuar fi scalizando e, junto com o núcleo FORUMAT, do Mi-nistério Público do Trabalho, con-tinuará denunciando e cobrando melhores condições no ambiente de trabalho para a categoria.

Além de ter enviado ofícios, o Sindica-to voltou a cobrar da Embasa, em reunião realizada na última quinta (20), a proposta de revisão do Plano de Cargos, Salários e Carreiras (PCSC). Como resposta, a em-presa a empresa manteve o prazo de en-trega da proposta até dezembro, indican-do que ela tratará, especialmente, sobre a correção dos desvios de função, e sobretu-do para os Assistentes de Serviço Adminis-trativo I e Operadores de Processo I, mas sem deixar de fora outros cargos.

As outras duas principais prioridades

Empresa promove SIPAT, mas ainda não tem uma política de saúde e segurança

Embasa mantém para dezembro apresentação da proposta de revisão do plano de cargos e salários

na revisão do plano serão: o reenquadra-mento dos técnicos contábeis e a recom-posição das trilhas de carreiras, visando acabar com a sobreposição de faixas en-tre elas. Ainda segundo a empresa, as ques-tões de ajuste salarial serão tratadas nessa proposta, mas só serão implementadas no próximo ano.

PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE – A empresa também informou na reunião de quinta passada que a matriz que servirá de base para o pagamento do adicional de peri-culosidade fi cou pronta e que seria analisa-

da pela diretoria executiva no dia seguinte, sexta (21). Caso aprovada, ela seria aplica-da de imediato. Contudo, até o fechamento desta edição não recebemos posição da di-retoria da empresa sobre o assunto.

Quanto ao adicional de insalubridade, ela informou que 12 unidades já fi nalizaram os laudos do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA), restando 10. De qualquer forma, está mantido para os me-ados de dezembro o prazo de conclusão dos trabalhos e, em seguida, a regularização do pagamento desse adicional.

Um caso específi co discutido na reu-nião foi o PPRA do Laboratório de Bolan-deira. Ficou acertado que uma equipe, com representantes da empresa e do Sindicato, irá conversar com os (as) trabalhadores (as) da unidade. Ali, o processo de avaliação não foi concluído porque o Sesi, que está elabo-rando o PPRA, entende que a análise de ca-lor no ambiente de trabalho deve ser feito no verão para estar próximo da realidade.

OUTROS ASSUNTOS – A empresa infor-mou que redirecionou para os gestores a avaliação de mérito dos (das) empregados (as), mas que até 19 de dezembro o traba-lho estará pronto. Além disso, a subordina-ção dos técnicos de segurança ainda está aguardando a contratação de um consultor para depois ser apresentada uma proposta ao Sindicato.

Cobramos, ainda, mais segurança em todas as unidades, sobretudo nas estações de tratamento e para o pessoal de campo, maiores vítimas da ação de marginais. O as-sunto fi cou de ser discutido na diretoria executiva. A empresa prometeu regularizar, conforme as normas de transporte, o mais rápido possível os veículos que transpor-tam operadores e equipamentos. Quanto ao vale cultura, será marcada uma visita de um técnico do Ministério da Cultura para apresentar o programa e esclarecer as for-mas de sua implementação.

ALOÍSIO ROCHA

EDMILSON BARBOSA

3Encarte da edição de nº 41/2014

Em reunião com o Sindicato na últi-ma sexta (21), a Cetrel S/A e a DAC reco-nheceram o direito de operadores ao ex-traturno, tal como já acontece em outras empresas do Polo Petroquímico. Contudo, ainda falta muito para se chegar a um acor-do até o pagamento: ela propôs o registro de 13 minutos para o tempo gasto na tro-ca de turnos, contra 20 minutos proposto antes pelo Sindicato.

As empresas disseram que elas mes-mas fi zeram a aferição do tempo, junto com líderes de turma, mas discordamos porque os 13 minutos deixa de fora o tempo gasto para colocação e retirada do fardamento, uso de EPI’s e higienização do corpo, uma vez que eles lidam com muitas substâncias químicas. O Sindicato entende que o tempo para todo esse processo gira em torno de 30 minutos, mas propôs para fazer acordo. Diante da discordância, nova reunião para discutir o assunto foi marca-da para 12 de dezembro.

Outro assunto discutido foi a Parti-cipação nos Lucros e Resultados (PLR). Ficou acertado que o programa de 2014 será no mesmo formato do ano passado, mas também agora deve ser discutida a eleição de representantes dos (das) traba-lhadores (as) para a comissão que vai ela-borar o programa de 2015.

Quanto à denúncia feita em nosso boletim, sobre o fi m da fi scalização sobre efl uentes lançados no sistema de tratamen-to por empresas do Polo Petroquímico, a Cetrel S/A informou que a fi scalização do tipo de efl uente agora é por equipamen-tos eletrônicos, enquanto os fi scais medem apenas a quantidade colocada no sistema. O Sindicato insistiu na necessidade da fi s-calização humana, especialmente como me-dida preventiva para a segurança de tra-balhadores e das comunidades vizinhas. A empresa fi cou de marcar uma visita de nos-sos dirigentes à sua unidade para dar mais detalhes técnicos do processo.

A Secretaria Estadual do Meio Am-biente (Sema) inaugura nesta quarta (25) a Biblioteca e Memorial do Meio Am-biente Milton Santos, que funcionará no térreo da Biblioteca Pública dos Barris. A inauguração está marcada para as 15 horas, no mesmo local, e será mais uma homenagem a esse geógrafo baiano de reconhecimento internacional. Produziu livros considerados clássicos mundiais, a exemplo de “Por uma Outra Globaliza-ção”, no qual critica o perverso processo de globalização na lógica do capital. Um processo que transforma o consumo em ideologia de vida, fazendo de cidadãos meros consumidores, massifi ca e padro-niza a cultura e concentra a riqueza nas mãos de poucos.

Falta o acordo sobre o tempo extra dos operadores

Milton Santos recebe mais uma

homenagem

O acesso da população negra ao en-sino superior aumentou 232% entre os anos de 2000 e 2010, conforme dados da publicação “Retrato dos negros no Bra-sil”, da Rede Angola. Apesar desse avanço signifi cativo, existe um desafi o enorme a vencer, quando se percebe que a popula-ção negra é maioria na população brasi-leira, mas apenas 26 em cada 100 alunos das universidades do país são negros.

Outro dado que mostra o quanto é preciso combater a desigualdade está no fato de que, de cada 100 formados, 2,66% são negros ou pardos. De qualquer for-ma, o maior acesso ao ensino superior se deve às políticas afi rmativas e programas adotados nos governos Lula e Dilma, co-mo o Prouni e as cotas.

Negros (as) têm mais acesso à universidade

CETREL S/A E DAC, ENFIM, RECONHECEM O EXTRATURNO

VELHO CHICOSindicato protesta contra lançamento

de esgoto e falta de plano de saneamentoA enorme quantidade de esgoto in na-

tura despejada ao longo do rio, em todos os municípios ribeirinhos, além da inexis-tência de planos municipais de saneamento, foram os principais impactos registrados pelo Sindae em audiência pública sobre o Rio São Francisco realizada na Câmara de Vereadores de Petrolina (PE), no último dia 14. O companheiro e diretor Ivan Aquino, também presidente do Comitê de Bacia do Entorno do Lago de Sobradinho, aler-tou que a falta de planos de saneamento impedirá o acesso das prefeituras às verbas federais para este setor a partir de dezem-bro do ano que vem.

Além da destruição da mata ciliar, que provoca o assoreamento do rio, o lança-mento de esgoto sem tratamento é um problema crônico no São Francisco. Dos municípios ribeirinhos, apenas Juazeiro está em processo de elaboração do plano mu-nicipal de saneamento, conforme exige a Lei Nacional de Saneamento Básico. Vere-adores de Petrolina pediram ajuda da Uni-versidade Federal do Vale do São Francisco para socorrer o Velho Chico, e cobram das prefeituras que proíbam construções pró-ximas às margens. O resultado da audiência será encaminhado ao Ministério das Cida-des e à presidente Dilma Rousseff.

ALOÍSIO ROCHA

DIVULGAÇÃO

Mesa de Diálogo mostra tamanho da desigualdade em nossa sociedade

NOVEMBRO NEGRO

O som mágico que saia da corda to-cada por Dainho Xequerê, acompanhando o solo de dança de Márcia Andrade, am-bos da Orquestra de Berimbaus Afi nados, mostrou toda a beleza da música e dança afro, mas não escondeu a força de núme-ros apontados na Mesa de Diálogo Sobre Igualdade Racial indicando o tamanho da discriminação que a população negra sofre no Brasil. Quem participou desse evento realizado no auditório do Sindae, na última terça (18), teve a certeza do tamanho do desafi o que é preciso superar no caminho da igualdade Brasil afora.

O advogado Cleivison Dias, represen-tante da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), criticou o pouco reconhecimento que ainda é dado a importantes guerreiros negros, a exemplo do baiano Luís Gama, a quem atribui gran-de artífi ce da liberdade. Gama, ex-escravo, se tornou advogado, jornalista e poeta e li-bertou diversos escravos. Mostrou ainda o quanto era ainda mais difícil a vida da popu-lação negra em tempos passados, lembran-do da escravidão, do Código Penal de 1890, que tipifi cava como crime a capoeiragem o curandeirismo, o candomblé e a vadiagem, tudo para atingir essa parcela da sociedade.

Lembrou de fi guras de destaque na so-ciedade baiana, como o médico Nina Ro-drigues, que “advogava o genocídio dos ne-gros, defendeu a redução da maioridade penal dos negros e estigmatizava a religião

africana”. Entre os intelectuais, destacou o sociólogo Florestan Fernandes, que em sua obra diz que o racismo estrutura a socieda-de brasileira, que no Brasil existe uma hie-rarquia de raça. Cleivison também lembrou que foi na década de 90 que o movimento negro se jogou com força na rua e que a Conferência de Durban, na África, em 2001, se cristalizou como outro marco na luta contra o racismo, a xenofobia e a intolerân-cia. “É nesse período que os negros enten-deram que fazer política é importante, pas-sando a exigir políticas de estado”.

Cleivison informou ainda que o Cen-tro de Referência Nélson Mandela, mantido pela Sepromi, já recebeu mais de 60 regis-

4 Encarte da edição de nº 41/2014

FOTOS: MANOEL PORTO

”“Respeitem meus cabelos, brancos.Chico César

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Com sua estrutura reformulada e ampliada, o novo Observatório Perma-nente da Discriminação Racial e Comba-te contra a violência LGBT, da Secretaria Municipal da Reparação, foi reaberto na última quarta (19) no Clube de Engenha-ria, na Rua Carlos Gomes, centro de Sal-vador. Além do acompanhamento de ca-sos de discriminação e violência, o órgão também vai realizar pesquisas que possam dar subsídios para políticas públicas e fará ações em conjunto com a Defensoria Pú-blica e Ministério Público da Bahia.

O Tribunal de Justiça da Bahia apro-vou na última quarta-feira (19) a criação da Comissão Temporária de Igualdade, Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos (Cidis). O obje-tivo dela é promover a democratização do acesso à Justiça aos grupos sociais vulneráveis da população, propondo a adoção de políticas públicas e progra-mas de ações afi rmativas no âmbito do Judiciário baiano. A comissão tam-bém receberá requerimentos e suges-tões sobre essas questões, realizando audiências públicas e interagindo com movimentos sociais e populares. Outra tarefa é coletar dados estatísticos e in-formações acerca dos processos judi-ciais relacionados a igualdade, discrimi-nação e direitos humanos.

tros de racismo. “A sociedade branca está mais incomodada, não aceitando a ascensão social da parcela negra com as políticas de afi rmação criadas nos últimos anos. Ela tem o sul como único espaço de riqueza. Mas nós sabemos onde queremos estar. Se an-tes a luta era corpórea, agora é ideológica”.

O economista Élder de Arimatéia, do Dieese, apresentou pesquisa realizada pelo próprio departamento, em parceria com outros órgãos, mostrando a inserção da população negra no mercado de trabalho na Região Metropolitana de Salvador. Ela faz um comparativo entre 2012 e 2013 e indica pequenos avanços, mas a realidade ainda é dura. Essa parcela populacional ain-da abriga o maior número de desemprega-dos, tendo passado de 92,6% para 94% en-tre os dois anos analisados. E o peso maior ainda recai sobre a mulher negra.

Apesar disso, tem alguns dados posi-tivos. Na geração de novos postos de tra-balho esse segmento foi benefi ciado, am-pliando sua participação em quase todos os setores da economia. Outro: após dois anos de declínio, o rendimento médio real do trabalho voltou a crescer, alcançando apenas os negros, o que contribuiu para reduzir as enormes distâncias entre rendi-mentos de negros e não-negros.

Outro traço importante da discrimi-nação racial foi registrado pelo cientista social Altair Lira, presidente da Federação Nacional dos Portadores de Anemia Falci-forme (Fenafal). Embora essa anemia seja uma das doenças genéticas mais frequen-tes no Brasil, e ocorra com mais frequên-cia na população negra, somente em 2005 o país fez a primeira política pública para o seu enfrentamento. O descaso com a saú-

de desse segmento populacional atraves-sa oceanos, informa Altair, ao lembrar que nos Estados Unidos, embora essa doença seja três vezes mais prevalente do que a fi brose cística, esta apresenta gastos com pesquisas e pacientes quase nove vezes maior do que a primeira.

A doença falciforme merece muito cuidado e atenção. Os principais sinto-mas são anemia crônica, icterícia, dores e úlceras (feridas) nas pernas, próximo ao tornozelo. Pode ser detectada no recém--nascido, através do “Teste do Pezinho”, e mesmo depois, pelo exame de sangue cha-mado eletroforese de hemoglobina. Em Salvador, o exame pode ser realizado em vários postos de saúde da rede municipal.

Na capital baiana, a cada 650 crian-ças uma nasce com essa doença. Ela atin-ge mais de 10 mil baianos e estima-se que no Brasil, por ano, cerca de 3.500 nascem com ela. Isso a coloca como a doença ge-nética de maior relevância em nosso país.

Ainda no evento houve uma apresen-tação do Comitê de Equidade da Embasa, através da companheira Patrícia de Jesus. A Mesa de Diálogo foi promovida pelo Sindae, em parceria com o Sindprev, Sint-sef e Sasb, em comemoração à Semana da Consciência Negra.

Observatório da discriminação é reaberto após

ampliação

Comissão de combate à

discriminação é criada no Tribunal

de Justiça

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: sindae@sindae-ba.org.brEXPE

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REPRESENTANTE SINDICALSerá iniciada nesta terça (25) e concluída

na quinta (27) a eleição para escolha de no-vos representantes sindicais na Embasa, Ema-sa (Itabuna) e Saae’s. Da relação de candidatos inscritos faltou incluir o nome de Mário Sabino dos Santos Júnior, que concorrerá na Embasa, em Eunápolis. Além disso, o nome correto de um dos candidatos na Emasa é Jeoadson Vas-concelos da Silva, e não Joadson, como errada-mente publicamos no boletim anterior.

PLENÁRIA SINDICALA CUT Bahia adiou da última quarta

(19) para a próxima quinta (27) a realização da Plenária Sindical que vai analisar o cenário político e econômico no próximo governo, a níveis estadual e federal. O evento será pela manhã, no auditório do Sindae. Entre os con-vidados estão o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, o deputado federal Vicentinho (PT-SP) e o governador Jaques Wagner. O ob-jetivo é antever as perspectivas sobre os ru-mos da organização social, sindical, popular e das políticas públicas nos próximos anos.

ASSALTOTrês empregados da Embasa (Pirajá)

passaram maus momentos na última quar-ta (19), quando realizavam uma manobra no registro que joga água para a comunidade de Bate Coração, em Paripe. Foram feitos reféns por um grupo de bandidos, sendo li-berados no CIA. A Kombi que usavam, per-tences e dinheiro foram tomados no assalto. É o império do crime que segue atormen-tando a vida dos baianos.

BOCA SUJAUm caso inusitado aconteceu dias atrás

na Cerb, em Salvador. Motoristas terceiriza-dos reivindicaram o pagamento do mesmo adicional pago aos geólogos que transportam em viagens ao interior. O chefe de Transporte da Cerb fez um comunicado (CI) solicitando o pagamento ao gerente e este repassou o ca-so para a diretoria. Lá chegando, um diretor negou proferindo palavras de baixo calão, al-go pra lá de impublicável. Mas tem outro la-do: a Cerb pagar adicional a terceirizado? Vá lá, já fornece EPI’s e outros penduricalhos, numa tremenda irregularidade.

VOZES DO SANEAMENTO IVVem aí o espetáculo Vozes do Saneamento.

O evento conta com apresentação dos grupos de coral das empresas de saneamento repre-sentadas pelo Sindae e convidados. Nas últi-mas edições, tivemos muita música, arte, teatro e poesia. Neste ano não será diferente. Desta vez queremos que você também faça parte da programação. Convidamos você trabalhador (a) que detêm algum talento artístico e que dese-ja fazer parte da programação, favor entrar em contato com o Sindae pelo e-mail: secretaria@sindae-ba.org.br ou através do telefone (71) 3111-1700 e falar com Edmilson Barbosa.

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A Procuradoria Geral da República (PGR) deu parecer contrário ao se mani-festar, em recurso que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a terceiriza-ção de atividade-fi m em empresas. Ela con-siderou que essa terceirização nada mais é do que uma fraude à legislação trabalhista, tal como pretende a empresa Celulose Ni-po Brasileira S/A (Cenibra).

Em trecho do parecer, está colocado que “a interposição da pessoa jurídica pres-tadora dos serviços na atividade-fi m é me-canismo de fraude”. O documento está assi-nado pelo subprocurador-geral da República, Odim Brandão Ferreira, e aprovado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Ja-not. É aguardada com muita expectativa a decisão a ser tomada no Supremo Tribunal, pois terá impacto direto na discussão sobre terceirização de mão de obra no país. É que a decisão terá repercussão geral ao tema, dela estando dependendo o julgamento de várias ações que tramitam naquela corte.

Ao se posicionar contra o recurso da Cenibra, a Procuradoria da República cita a súmula 331 do TST, que proíbe a terceiriza-ção de atividade-fi m, além de alguns artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que defi nem as relações entre empregador e empregado e a própria Constituição Federal. Diante dessas normas, cita que não há cabi-mento para o recurso da empresa.

Também menciona a legislação traba-lhista da França, Espanha e Alemanha como exemplos de critérios utilizados para o reco-nhecimento do vínculo de trabalho. Nos três países, a percepção é de que existe a relação empregatícia direta entre quem presta o tra-balho e quem se benefi cia dele.

A Cenibra entrou com um recurso ex-traordinário no STF numa ação civil públi-ca movida pelo Ministério Público do Tra-balho (MPT). Ela já foi condenada em todas as instâncias da Justiça do Trabalho. Ao re-

Procuradores da República dão parecer contrário à terceirização em atividade fim

O serviço Jurídico Itinerante, do Sin-dae, esteve na última sexta (21) na unida-de da Embasa, em Candeias, atendendo 22 trabalhadores (as). Na próxima sexta (28) nossa assessoria jurídica estará no Saae de Itapetinga e no começo de dezembro visi-tará Saae's na região Norte da Bahia.

Jurídico Itinerante atende em Candeias

correr ao Supremo, tenta derrubar decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que declarou a nulidade de recurso da empresa naquele tribunal.

SITUAÇÃO ATUAL - Não apenas a lei, mas também a jurisprudência, proíbe no Brasil a terceirização em atividade-fi m, aquela que é a atividade principal da empresa. No caso da Cenibra, as atividades relacionadas ao corte e manuseio da madeira são atividade-fi m, já que a empresa produz celulose. Foi por que isso que o Ministério Público do Trabalho moveu uma ação ao constatar que os traba-lhadores que atuavam nessas tarefas eram contratados por empresas terceirizadas.

A proibição da terceirização em ativi-dade fi m também está sendo questionada em projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e que pretende liberar a terceiri-zação para todas as atividades. É o PL 4330, de autoria do deputado federal Sandro Ma-bel (PMDB-GO), aprovado pelo relator do projeto, Artur Maia (PMDB-Ba). A proposta é duramente criticada pelas entidades que re-presentam os magistrados no Brasil.

HERMÍNIO DOS SANTOS