Aprovado acordo na Foz Jaguaribe.

FINALMENTE COMEÇA A DISTRIBUIÇÃO DO PROTETOR SOLAR AO PESSOAL DE CAMPO

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CERB DISCRIMINA E NÃO PAGA PARCELA DE REAJUSTE A UM GRUPO DE EMPREGADOS

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SINDICATO VISITA UNIDADES DO INTERIOR PARA DISCUTIR A

CAMPANHA SALARIALPÁGINA 3

EMASA ASSUME COMPROMISSO DE QUITAR EM SETEMBRO

O RESTANTE DO RETROATIVOPÁGINA 4

PREFEITURA DE XIQUE-XIQUE PEDE SOCORRO À EMBASA. RISCO

DE FALTAR ÁGUA AUMENTAPÁGINA 2

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXVIII – Nº 27 – 18 de agosto de 2014

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A empresa aumentou de 7%, depois para 7,3% e fi nalmente chegou aos 7,5% na proposta de reajuste salarial, garantindo um ganho real de 1,68%, o maior entre as grandes empresas de saneamento da Bahia este ano. Também houve reajuste em outros benefícios, a exemplo do tíquete refeição, que saiu de R$ 26,50 para R$ 29,50. O acordo foi aprovado por unanimidade na última sexta (15). PÁGINA 2

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Ele garante 1,68% de ganho real de salário

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Ele garante 1,68% de ganho real de salário

Aumenta o risco de faltar água em Xique-Xique. Prefeitura pede socorro à Embasa

Aprovado por unanimidade novo acordo coletivo na Foz Jaguaribe

A dragagem emergencial que a Co-devasf começou a fazer na semana passa-da, diante da estação de captação de água de Xique-Xique, está longe de garantir o abastecimento da população local. Como esse serviço deveria estar sendo feito ao longo do Canal do Guaxinim, que leva a água do Rio São Francisco até a estação, o risco de faltar água para consumo humano só fez aumentar. Nos últimos dez dias, a al-tura da água no canal (que estava em meio metro) baixou pela metade.

Alarmado com o problema, o prefei-to de Xique-Xique, Alfredo Ricardo, está tentando um socorro através da Embasa, querendo captar água através da Adutora de Irecê. Alegando falta de recursos para resolver o problema (o município é o res-ponsável pelos seus próprios serviços de água e esgoto, através do Saae), o prefeito tem essa alternativa como a principal para

impedir o desabastecimento da população, que ainda vem sofrendo os graves efeitos da mais severa seca dos últimos 47 anos.

O diretor do Saae, Edgardo Pessoa Fi-lho, também aposta numa ajuda da Emba-sa e lamenta que a dragagem iniciada pela Codevasf seja diante da estação de cap-tação. “A água na estação é garantida pe-lo canal. Por isso o importante é dragar o canal”, afi rma ele, alertando que é preciso correr contra o tempo para evitar o co-lapso no abastecimento.

Ainda na semana passada, a Secretaria de Portos, do governo federal, autorizou a dragagem de 21 pontos ao longo do Rio São Francisco, entre Ibotirama e Pilão Ar-cado. Edgardo disse que, mesmo se os ser-viços começassem agora, não resolveriam o problema em Xique-Xique: “É serviço para 100 a 120 dias. Não podemos espe-

Por unanimidade, os (as) emprega-dos (as) da Foz Jaguaribe aprovaram em assembleia realizada na última sexta (15), na Boca do Rio (sede da empresa), o no-vo acordo coletivo de trabalho. Ele asse-gura um reajuste de 7,5%, o que confere um ganho real de 1,68%, o maior entre as grandes empresas de saneamento da Bahia na campanha salarial deste ano. Além des-se reajuste, que é retroativo a primeiro de maio, outros benefícios tiveram aumentos.

O acordo foi possível depois que a em-presa saiu da proposta de 7%, passando pa-

ra 7,3% e, fi nalmente, chegando aos 7,5% para o reajuste salarial. O tíquete alimen-tação passou dos R$ 26,50 para R$ 29,50, com desconto de 5% para o (a) empregado (a). Já o auxílio funeral subiu dos atuais R$ R$ 3.600,00 para R$ 4.000,00, equiparando para cônjuge (companheiro ou companhei-ra) e dependente até 21 anos.

Ainda não foi desta vez que a empresa aceitou a implantação dos auxílios creche, educação, material escolar e fi lho especial. Ficou na justifi cativa de que sua receita é sempre a mesma, proveniente do contra-

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Cerb discrimina e não dá reajuste

a um grupo de empregadosPassado pouco tempo do fecha-

mento do acordo coletivo, um grupo de trabalhadores da Cerb já amarga o des-respeito da empresa e está revoltado, não sem razão. Os empregados que de-sempenham cargos que a empresa está querendo extinguir (motoristas, opera-dores de rádio e auxiliares de opera-ção) fi caram de fora dos 6,81% de re-ajuste à titulo da implantação do novo plano de cargos e salários, percentual retroativo a junho e que deveria ter si-do pago em julho.

Esse grupo só recebeu até agora os 2% relativos à primeira parcela do IPCA (6,28%) para o reajuste salarial e não entende porque a discriminação. O Sin-dicato já solicitou uma reunião para dis-cutir o assunto, desde a semana passada, mas até o fechamento desta edição a di-reção da empresa não havia respondido. Nessa reunião também vamos cobrar a criação da comissão que fi cará encarre-gada de acompanhar a implantação do plano de cargos e salários, além da en-trega de cópia do próprio plano.

rar tanto tempo. Nosso caso é urgente”, diz o gestor do Saae.

Além do grande risco de faltar água para os 35 mil habitantes da cidade, a po-pulação rural também está sofrendo. A se-ca já prejudicou centenas de famílias que dependem da agricultura familiar, assim co-mo a pesca e principalmente a locomoção, já que grande parte das famílias vive em ilhas e depende dos barcos para percorrer longas distâncias.

to de parceria público-privada (PPP) com a Embasa, mas esquece que essa mesma re-ceita é sempre garantida e que todo ano tem sua fatura reajustada pelo IPCA. O Sindicato alertou que no próximo ano não abrirá mão da implantação desses benefí-cios, mesmo porque as demais empresas do mesmo grupo, Odebrecht, já os tem ga-rantidos em seus acordos coletivos.

”

“O verdadeiro resultado de nossas lutas não é o êxito imediato, mas a união cada vez mais ampla dos trabalhadores.Karl Marx

3Encarte da edição de nº 27/2014

Sindicato também visita unidades do interior para discutir a campanha salarial

Após visitas aos parques da capital, na semana passada os dirigentes do Sin-dae estiveram nas unidades regionais da Embasa no interior fazendo, junto com os (as) trabalhadores (as), uma avaliação da última campanha salarial. O sentimento observado continua sendo de satisfação

com o novo acordo coletivo de trabalho. Muitas dúvidas foram colocadas, especial-mente sobre os avanços conquistados nessa campanha e sobre cláusulas novas e sociais, que foram bastante melhoradas. Outras questões debatidas se referem às condições de trabalho. Foram visitados diversos locais dos

polos de Santo Antônio de Jesus, Alagoi-nhas, Itaberaba, Paulo Afonso, Jequié, Se-nhor do Bonfi m, Feira de Santana, Caetité, Barreiras, Irecê e Vitória da Conquista. Ita-buna e Itamaraju serão visitadas nas próxi-mas semanas.

Aproveitando esses encontros, os diri-gentes do Sindicato têm discutido o perigo das parcerias público-privada, a ameaça da privatização sobre o saneamento e a neces-sidade do fortalecimento da nossa entidade, seja através da fi liação de novos (as) associa-dos (as), seja pela manutenção da contribui-ção assistencial prevista no acordo coletivo. Ela é fundamental para repor os gastos fei-tos pelo Sindicato na campanha salarial.

EMBASA – TUCANO

EMBASA – ESPLANADA

EMBASA – PAULO AFONSO

Cobrança funciona e protetor solar começa a ser distribuído na EmbasaDepois de muita cobrança da cate-

goria e até de uma ação ajuizada pelo Sindicato, devido ao descumprimento do acordo coletivo fi rmado no ano passa-do, a Embasa fi nalmente iniciou a distri-buição do protetor solar para o pessoal de campo. Esses trabalhadores já podem solicitar na sua unidade de trabalho o fornecimento do protetor solar, que se apresenta na forma de bisnaga.

O item não está sendo tratado co-mo equipamento de proteção individual (EPI) por razões que divergem de enten-dimento junto ao Ministério do Trabalho. As orientações para uso estão dispostas numa fi cha diferenciada à da distribuição de EPI. Cada trabalhador (a) tem direi-to até duas bisnagas por mês. Procurada pelo Sindae, a unidade de saúde e segu-rança informou que, por ser a primeira experiência na empresa, está sendo feito um monitoramento quanto à demanda e sobre outros aspectos.

Foram adquiridas 11 mil bisnagas. As localidades que não dispõe de almoxari-fado têm procedimento de solicitação di-ferenciado. A empresa divulgou maiores informações sobre o assunto na intranet

e o Sindicato vai continuar acompanhan-do de perto a distribuição do protetor.

PPRA EM ANDAMENTO – Em fase de conclusão, faltando apenas as unida-des de Irecê, Feira de Santana e Bolan-deira, a elaboração do Programa de Pre-venção dos Riscos Ambientais (PPRA). O trabalho agora está na etapa de avalia-ção quantitativa. O prazo previsto para a conclusão dos trabalhos é setembro, mas a empresa responsável pela sua elabora-ção está pedindo mais dois meses para tabular as informações. O pagamento do adicional de insalubridade está relaciona-do a esse programa.

Periculosidade – Fonte de gran-de passivo trabalhista, o não pagamento do adicional de periculosidade ainda está por se resolver na Embasa. Contudo, a empresa tem dado sinais de cumprir a legislação e informa que, numa etapa ini-cial, está identifi cando as unidades onde ainda não é feito o pagamento nas que tem funções, atividades e exposição aos riscos semelhantes às unidades onde o pagamento já é realizado. Numa segunda etapa, locais e funções específi cas serão tratadas gradativamente.

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: sindae@sindae-ba.org.brEXPEDIENTE

TOMENota

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ACIDENTEO diretor de base do Sindae, Or-

lando Pereira dos Santos, saiu ileso de um acidente dirigindo um caminhão "Hoots", próprio para serviços de es-gotamento sanitário, quando seguia de Salvador para Tucano, na última quinta (14). O veículo tombou e fi cou par-cialmente destruído, pendurado nu-ma ribanceira, próximo a Tucano, mas Orlandinho, como é conhecido, não sofreu qualquer escoriação.

DESIGUALDADENo Brasil, atualmente apenas

9,6% dos assentos no Congresso Na-cional são ocupados por mulheres e essa baixa representação política agra-va a desigualdade de gênero no Brasil, segundo avaliação constante do Re-latório de Desenvolvimento Huma-no de 2014, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvol-vimento (Pnud). Esse dado integra a pesquisa sobre Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) feito em 149 países e o Brasil fi cou em 85º lugar. A Eslovê-nia, no Leste Europeu, foi considera-do o país com menor desigualdade de gênero, seguida por Suíça e Alemanha. As últimas posições fi caram com Afe-ganistão, Chade e Iêmen.

EM MEMÓRIANa última sexta (15) foram com-

pletados 16 anos da morte do saudoso companheiro Aurino Reis, ex-diretor do Sindae, valoroso guerreiro que deu sua vida à causa dos (das) trabalhado-res (as). Deixou sua luta como exem-plo para a nossa categoria, assim como os guerreiros Paulo Jackson, Adilson Gallo e Hélio dos Anjos.

FALECIMENTOSAos 64 anos, o ex-companheiro

Domingos Ribeiro de Araújo, por mui-to tempo trabalhando como leiturista do Saae de Juazeiro, faleceu no último dia 7, vítima de um infarto. Era conheci-do como Domingão do Saae e já esta-va aposentado, mas sempre se manteve fi liado ao Sindicato. Já no último dia 14 também faleceu o ex-companheiro Re-ginaldo de Jesus Braga, que foi monitor de obras da Embasa na região de Ca-maçari. Estava aposentado.

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RECICLÁVEL

Emasa se compromete a pagar em setembro a segunda parcela do retroativo

Alegando problemas fi nanceiros, a Ema-sa (Itabuna) adiou de agosto para setembro o pagamento da segunda parcela do retroa-tivo do reajuste salarial assegurado no novo acordo coletivo. Ela foi cobrada pelo Sindica-to pelo não cumprimento desse prazo, bem como de outras cláusulas do acordo. O rea-juste é variável, de 5,82% a 17%, conforme a faixa salarial de cada empregado (a).

A reunião prevista para acontecer logo com a direção da empresa, visando resolver as pendências, foi remarcada para o próximo dia 27. No dia seguinte haverá reunião do Sin-

dicato com a categoria. Estamos cobrando da Emasa à indicação dos nomes de represen-tantes dela na comissão que tratará do pla-no de cargos e salários, correção dos desvios de função, plano de saúde, concurso público e gratifi cação de incentivo à produtividade.

Também enviamos ofício à empresa co-brando a discussão de regras para a escolha de um representante dos (das) trabalhado-res (as) no Conselho de Administração. Em novembro, conforme já decidido pela dire-ção do Sindae, haverá eleição para escolha dos representantes de base na Emasa.

Fórum termina cobrando do governo mudança na matriz

energética do país

Realizada entre os últimos dias 7 e 10, em Brasília, a etapa nacional do Fórum Te-mático de Energia, promoveu uma grande refl exão sobre os diversos usos de energia, quem dela se benefi cia ou deve se benefi ciar e como deve ser produzida. Representantes de diversas regiões e movimentos estiveram presentes, incluindo o Sindae, representado pela companheira e diretora Nadilene Sales.

Ela participou de vários debates, um deles com os atingidos por barragens, que criticaram os grandes projetos de cons-trução das hidrelétricas que terminam por causa do forte impacto no meio ambiente

e na população que habita o entorno des-sas grandes obras. Os moradores de áreas das barragens são deslocados para outros locais, deixando para trás toda uma cultura de vida e de identidade e nunca são devida-mente indenizados.

O Fórum, inclusive, tem por fi nalidade discutir uma política de transição da matriz energética atual em direção a um modelo com mais espaço para as fontes renováveis, incluindo a participação da sociedade na es-colha dessa política. Quer, enfi m, mudanças que garantam uma matriz que leve em conta os direitos humanos e a justiça social.