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Saúde Faculdade Santa Emília de Rodat ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010 ISSN 2177-9082 QUESTÕES ATUAIS SOBRE IMUNIZAÇÃO EM CRIANÇAS INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: MITOS E VERDADES

Revista InSaúde Nº 04 Outubro/2010

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Revista InSaúde científica da Faculdade Santa Emília de Rodat

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Page 1: Revista InSaúde Nº 04 Outubro/2010

SaúdeFaculdade Santa Emília de Rodat AN

O II

- Nº

4 -

OUTU

BRO/

2010

ISSN

217

7-90

82QUESTÕES ATUAIS SOBREIMUNIZAÇÃO EM CRIANÇAS

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA:MITOS E VERDADES

Page 2: Revista InSaúde Nº 04 Outubro/2010

Sum

ário Informe 01

QUESTÕES ATUAIS SOBRE

IMUNIZAÇÃO EM CRIANÇAS

PAG. 04

Artigo 02PAG. 15

CIRURGIA ORTOGNÁTICA NOTRATAMENTO DA APNÉIA DO SONO:DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREASPOR ROTAÇÃO DE PLANO OCLUSAL

Artigo 03 PAG. 21

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA:MITOS E VERDADES

ANÁLISE DA PROFUNDIDADE DE

DESGASTE NO ESMALTE NATURAL

HUMANO APÓS TÉCNICA

MICROABRASIVA COM DIFERENTES

AGENTES

PAG. 08

Artigo 01

Page 3: Revista InSaúde Nº 04 Outubro/2010

Asaúde de todos inicia-se na boca, seja através dos

alimentos, da bebida ou do ar, o cuidado com a saúde bucal

determina a saúde orgânica. Assim o conhecimento acerca

de procedimentos e medicamentos, bem como sua

utilização pelo profissional de saúde, independentemente

de sua área de atuação, é fundamental.

Assim trazemos nesta edição artigos que buscam fornecer

informações aos profissionais, estudantes e a população

em gera l sobre procedimentos e interações

medicamentosas que podem vir a ser importantes.

Boa leitura e bom proveito.

Prof Ms Pedro Marcos Carneiro da Cunha Filho

Editorial Direção AdministrativaProf Maria da Glória Uchôa dos Santos

Prof Ana Cristina de Oliveira Borba Paulino

Prof Maria Zilene Mendonça do Prado

a

a

a

EnfermagemMestra em Administração Sanitária eHospitalar (Suficiência Investigatória - UNEXEspanha)

AdministraçãoMestra em Administração Sanitária eHospitalar (Suficiência Investigatória - UNEXEspanha)

EnfermagemMestra em Enfermagem – UFRJ

Coordenação TécnicaProf Pedro Marcos Carneiro da Cunha Filhoo

Zootecnia – Mestre

Corpo EditorialAna Flávia de Oliveira Borba CoutinhoCíntia Bezerra AlmeidaElry Medeiros Vieira NetoFernandes Antônio Brasileiro RodriguesGlaydes Nely Sousa da SilvaGustavo Gomes AgripinoIdeltônio José Feitosa BarbosaIsabela Albuquerque PassosJaqueline Oliveira de Paiva FerreiraJosé Carlos da SilvaLuciana Teles CarneiroMaria Carmen de Araújo Melo JardimMaria Clemilde de SousaMaria de Fátima Gabino SiqueiraMaria de Fátima de Oliveira CoutinhoMaria do Carmo Braga AlvarizaMaria Eliane de Araújo MoreiraMarinei GrottaRovênia Maria de Oliveira ToscanoWilma Dias Fontes

Projeto GráficoGleryston Farias

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03

Informe 01

04 ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010

QUESTÕES ATUAIS SOBRE IMUNIZAÇÃO EM CRIANÇAS

Maria de Fátima de Oliveira Coutinho

Enfermeira, Mestre, Professora da UFPB

A história das vacinações é um dos mais belos e bem sucedidos capítulos da medicina. A descoberta e oaperfeiçoamento das vacinas foram impulsionados por muitos fatores, destacando-se os de natureza econômica(prejuízos na agricultura e na veterinária) e de natureza psicossocial (temor das epidemias).

Atualmente a imunização é entendida como um modificador no curso das doenças, devido ao acentuadodecréscimo da morbidade e mortalidade causada pelas doenças infecciosas evitáveis por vacinação. Logo, esta passa ase configurar como o procedimento de melhor custo/efetividade com vistas à promoção e proteção da saúde dosindivíduos.

Voltando ao passado, a história registra que desde a Idade Média, 45% das crianças morriam antes decompletar um ano de idade, das que sobreviviam 15% morriam antes de se tornarem adultas. No século XX, os paísesmais pobres da África e Ásia apresentavam taxa de mortalidade acima de 10%, enquanto nos países europeus modernosessa taxa era em torno de 1%. A vacinação em massa foi um dos fatores que mais contribuíram para essa redução donúmero de mortes.

A crescente prática da vacinação nas últimas décadas no Brasil levou o país a alcançar consideráveis índicesde redução da morbimortalidade por doenças imunopreveníveis. Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde(OMS), considera a produção de vacinas como uma das intervenções de saúde pública com maior impacto na prevençãode doenças infecto-contagiosas e, portanto, na saúde mundial.

Trata-se enfim de um processo fundamental para a prevenção de várias doenças transmissíveis em crianças,principalmente no primeiro ano de vida, e constitui importante fator associado à redução da taxa de mortalidadeinfantil. O termo vacinação, ou imunização, consiste em administrar antígenos, processados em laboratórios, nohospedeiro. Estas substâncias desencadeiam no organismo reações de imunidade, preparando as células para umaeventual invasão de microrganismos patogênicos. É importante esclarecer que "vacinar" é diferente de "imunizar".Vacinar consiste em induzir artificialmente o organismo a produzir anticorpos contra determinadas doenças, enquanto"imunizar" significa tornar imune, protegido, livre de adquirir doença

Portanto, vacinas são imunobiológicos que contém um ou mais agentes imunizantes (vacina isolada oucombinada) sob diversas formas: bactérias, vírus vivos atenuados, vírus inativados, bactérias mortas e componentes deagentes infecciosos purificados e/ou modificados quimicamente ou geneticamente. Além do agente imunizante, avacina possui componentes que servem como conservantes, veículos, estabilizadores e outras assim discriminadas

Líquido de suspensão: constituído geralmente de água destilada ou solução salina fisiológica, podendo

conter proteínas e outros componentes originários dos meios de cultura ou das células utilizadas no processo deprodução das vacinas;

·

CURRENT ISSUES IN IMMUNIZATION OF CHILDREN

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·

·

Conservantes, estabilizadores e antibióticos: pequenas quantidades de substâncias antibióticas ou

germicidas são incluídas na composição de vacinas para evitar crescimento de contaminantes (bactérias e fungos);estabilizadores (nutrientes) são adicionados a vacinas constituídas por agentes infecciosos vivos atenuados. Reaçõesalérgicas podem ocorrer se a pessoa vacinada for sensível a algum desses componentes;

Adjuvantes: compostos contendo alumínio que são comumente utilizados para aumentar o poder

imunogênico de algumas vacinas, amplificando o estímulo provocado por esses agentes imunizantes (toxóide tetânico etoxóide diftérico, por exemplo).

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), desenvolvido no Brasil, constitui peça importante no controledas doenças transmissíveis que podem ser prevenidas mediante a imunização, uma vez que o modelo tecnológicoadotado no controle dessas doenças combina uma série de elementos: a vacinação de rotina, os dias nacionais devacinação, as campanhas periódicas e a vigilância epidemiológica. A vacinação de rotina consiste no estabelecimentode um calendário nacional de vacinações que deve ser aplicado a cada indivíduo a partir de seu nascimento, visandogarantir, no âmbito individual, a prevenção específica de doenças imunopreveníveis e, no âmbito coletivo, a indução daimunidade em massa, responsável pela interrupção da transmissão.

Além do objetivo prioritário do PNI em contribuir para o controle ou erradicação da poliomielite, dosarampo, da difteria, do tétano e da coqueluche dentre outras doenças, e, subsidiariamente, da tuberculose, mediantea imunização sistemática da população exposta a essas doenças, este órgão coordena também, a utilização e osuprimento de alguns imunobiológicos indicados para situações ou para grupos populacionais específicos.

Nesse aspecto, podemos inferir que a dinâmica que envolve a parte técnica desse programa, se estabeleceprimeiramente no âmbito internacional, onde o PNI é parte integrante do Programa Ampliado de Imunizações (PAI), daOrganização Pan-Americana da Saúde, ajustando-se, assim, aos seus objetivos e diretrizes técnicas de atuação. O Fundodas Nações Unidas para a Infância (UNICEF) participa também do Programa com apoio técnico, operacional e financeiro.No âmbito das unidades federadas, as Secretarias Estaduais de Saúde são responsáveis pela coordenação do Programa,executando a programação estadual, a operacionalização, a supervisão e a avaliação das atividades, em articulação comas Secretarias Municipais de Saúde e com as demais instituições envolvidas com as ações de imunização.

O atendimento à saúde, no que diz respeito à vacinação, está dividido em Vacinação de Rotina e Vacinaçãode Campanha. A Vacinação de Rotina ocorre nas unidades de atendimento básico (Programa Saúde da Família), nestes,o próprio sistema oferece todos os subsídios e se concentra numa lista definida de vacinas a serem utilizadas conforme aidade do indivíduo. Já a vacinação de campanha, objetiva conter e erradicar doenças, tendo como alvo a saúde de umacamada da população ou um grupo específico (por exemplo, uma determinada faixa etária). Embora atinja osindivíduos, não é dirigida a pessoas, mas ao coletivo.

O Calendário Básico de Vacinação do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério passou a ter 13tipos de vacinas para proteger contra 19 doenças. Além disso, a oferta total do PNI, considerando as imunizaçõesespeciais, passa a ser de 28 tipos de vacinas (nacionais e importadas). O número é 30% maior que em 2002, quandoeram oferecidos 18 tipos. O crescimento deve-se principalmente ao investimento do país para desenvolver novasvacinas e ao aumento da capacidade de produção nos últimos anos.

Para se ter idéia, o investimento brasileiro em pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento devacinas aumentou mais de 1.216% em cinco anos. Em 2003, o governo federal investiu R$ 1,6 bilhão em estudos na área.Esse número saltou para R$ 21 bilhões em 2008. São recursos do Ministério da Saúde, com contrapartida de órgãos do

05

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governo de fomento à pesquisa como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),UNESCO e fundações estaduais de apoio à pesquisa.

Atualmente, o Calendário Básico de Vacinação da Criança, no âmbito do Programa Nacional de Imunizações– PNI visa o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis, instituído no segundo semestre doano corrente. Neste, de acordo com o quadro 1, podemos verificar as vacinas dirigidas às crianças.

06 ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010

IDADE VACINA DOSE DOENÇAS EVITADAS

Ao nascer

BCG-ID(1)

vacina BCGDoseúnica

Formas graves da tub erculose (principalmente nas formasmiliar meningea)

Hepatite B (2)

vacina hepatite B (recombin ante)1ª dose Hepatite B

1 mêsHepatite B

(2)

vacina hepatite B (recombin ante)2ª dose Hepatite B

2 meses

Tetravalente (DTP + Hib)(3)

vacina adsorvid a difteria, tétano, pertussis eHaemophilus influenzae b (conjugada)

1ª dose

Difteria, tétano, coquelu che, meningite e outras infecções por

Haemophilu s influenzae t ipo b

Vacina oral poliomielite (VOP)(4)

vacina poliomiel ite 1,2 e 3 (atenuada)Poliomielite ou paralisia infan til

Vacina Oral de Rota vírus Humano (VORH) (5)

vacina rotavírus humano G1P1[8] (atenuada)Diarréia por rotavírus

Vacina pneumo cócica 1 0 (conjugada) (6) Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas peloPneumococo

3 mesesVacina Meningocócica C (conjugada) (7)

vacina meningocócica C (conjugada)1ª dose Doença in vasiva causada por Neisseria men ingitidis do

sorogrupo C

4 meses

Tetravalente (DTP + Hib) (3)

vacina adsorvid a difteria, tétano, pertussis eHaemophilus influenzae b (conjugada)

2ª dose

Difteria, tétano, coquelu che, meningite e outras infecções porHaemophilus influenzae t ipo b

Vacina oral poliomielite (VOP) (4)

vacina poliomiel ite 1,2 e 3 (atenuada)Poliomielite ou paralisia infan til

Vacina oral de rotavírus humano (VORH) (5)

vacina rotavírus humano G1P1[8] (atenuada)Diarréia por rotavírus

Vacina pneumo cócica 1 0 (conjugada) (6)

vacina pneu mocócica 10- valente (conjugada)Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadaspelo Pn eumococo

5 mesesMeningocócica C (conjugada) (7)

vacina meningocócica C (conjugada)2ª dose

Doença in vasiva causada por Neisseria men ingitidis dosorogrupo C

6 meses

Hepatite B(2)

vacina hepatite B (recombin ante)

3ª dose

Hepatite B

Vacina oral poliomielite (VOP)(4)

vacina poliomiel ite 1,2 e 3 (atenuada)Poliomielite ou paralisia infan til

Tetravalente (DTP + Hib)(3)

vacina adsorvid a difteria, tétano, pertussis eHaemophilus influenzae b (conjugada)

Difteria, tétano, coquelu che, meningite e outras infecçõespor Haemophilus inf luen zae tipo b.

Vacina pneumo cócica 1 0 (conjugada) (6)

vacina pneu mocócica 10-valente (conjugada)

Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas

pelo Pn eumococo.

9 mesesFebre amarela (8)

vacina febre amarela (atenuada)Dose

inicialFebre amarela

12 meses

Tríplice viral (SCR)(9)

vacina sarampo, caxumba e rubéola (aten uada)1ª dose Sarampo, caxumba e rubéola

Vacina pneumo cócica 1 0 (conjugada)(6)

vacina pneu mocócica 10-valente (conjugada)Reforço

Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas peloPneumococo

15 mesesTríplice bacteriana (DTP)vacina adsorvid a difteria, tétano e pertussis

1 º reforço Difteria, tétano, coquelu che

Fonte: Ministério da Saúde (2010)

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Constata-se de acordo com o quadro acima, que duas novas vacinas foram incluídas no calendário básico devacinação disponível na rede pública de saúde: a pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C. A primeira, protegecontra a bactéria pneumococo, causadora de meningites e pneumonias pneumocócicas, sinusite, inflamação no ouvidoe bacteremia (presença de bactérias no sangue), entre outras doenças. A segunda imuniza contra a doençameningocócica.

Diante dessa realidade, podemos inferir que a vacinação das crianças no primeiro ano de vida é fundamental para aprevenção de várias doenças transmissíveis e é um dos fatores associados com a redução da taxa de mortalidade infantile que, as inclusões dessas novas vacinas são um grande avanço para a saúde pública brasileira, uma vez que osimunizantes irão proteger a população contra doenças graves e imunopreveníveis, contribuindo para a melhoria daqualidade de vida do cidadão brasileiro.

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08 ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010

ANÁLISE DA PROFUNDIDADE DE DESGASTE NO ESMALTE NATURALHUMANO APÓS TÉCNICA MICROABRASIVA COM DIFERENTES

AGENTESAnalysis of depth of erosion in natural human enamel after technical

microabrasiva with different agents

LIMA, J.M.C ; VIEIRA NETO, E.M. ; SOUSA, F.B. ; SALES, G.C.F. ;SANTOS, R.L.

1. Professor titular da UFPB2. Professor adjunto da UFPB3. Professor assistente da UFPB

3 3 2 3

1

Resumo

Abstract

Avaliar a profundidade de desgaste do esmalte dentário resultante da técnica de microabrasão na superfíciecoronária original de dentes humanos. Método: 40 terceiros molares humanos extraídos foram divididos em 4 grupos, de 10espécimes cada, de acordo com o material microabrasivo: AC - ácido clorídrico a 18% e pedra-pomes, AF - ácido fosfórico a 37% epedra-pomes, OP - Opalustre® e WRM - Whiteness RM®. Cada elemento teve as laterais da face vestibular protegidas para queapenas a área central fosse exposta aos agentes microabrasivos. Após o procedimento de microabrasão, cortes transversais nãodesmineralizados foram preparados e submetidos à análise em Microscopia de Luz Polarizada. Para obter a profundidade dedesgaste, traçou-se uma transversal sobre a superfície do esmalte microabrasionado e a 100 &#61549;m de distância do esmaltenormal. Os dados foram analisados com o teste ANOVA (p < 0,05). Resultados: O grupo AC foi o mais agressivo, apresentando a maiorprofundidade de desgaste. O grupo OP, por outro lado, foi o menos agressivo, apresentando uma profundidade de desgaste menorem relação aos grupos AC (p < 0,01) e WRM (p < 0,01). Conclusão: Ao empregar diferentes agentes microabrasivos na superfíciecurva do esmalte dentário humano, os mesmos não se comportaram de maneira semelhante em relação a profundidade dedesgaste. Mais estudos precisam ser realizados com o intuito de criar uma padronização metodológica, pois a medida daprofundidade de desgaste em um ponto isolado na área de desgaste pode não ser representativo da média de profundidade.

Descritores: Microabrasão, Esmalte dental, Erosão, Microscopia de Luz Polarizada

Evaluate depth of erosion produced by microabrasion technique in original coronary surface of human teeth.Methods: 40 extracted human molars were randomly spited in four groups, with 10 specimens each, in accordance with themicroabrasive treatment: AC- 18% hydrochloric acid and pumice, AF - 37% phosphoric acid and pumice, OP - Opalustre and WRM -Whiteness RM. Each specimens had buccal surface´s laterals isolated so that the central area received the microabrasion treatment.After this procedure, transverse slices not demineralized were prepared and submitted to analysis in Polarized Light Microscope.The depth erosion which it happened had analyzed by transverses plotted at equidistant points of the limit enamel normal-microabrasioned. The dates were analyzed with ANOVA test (p < 0.05). Results: The AC group was the most aggressive, with a greaterdepth of erosion. The OP group, on the other hand, was the less aggressive, presenting depth of erosion less than AC group (p < 0,01)and WRM group (p < 0,01). Conclusion: By employing different agents microabrasives about the surface originally curve of enameltooth human, they didn´t behave similarly with respect to depth of erosion. More studies are needed in order to create astandardized procedure, because the measure of the depth of erosion in a secluded spot in the area of erosion may not be

Artigo 01

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09

representative of the average depth.

Keywords: Microabrasion, Dental Enamel, Erosion, Polarized Light Microscopy

Introdução

Preparo das amostras

A estética dental vem ganhando maior importância na vida das pessoas, aumentando consideravelmente aprocura por tratamentos estéticos .

Problemas de alterações de cor nos dentes são uma das queixas estéticas mais freqüentes dos pacientes aoprocurar o dentista. Essas alterações podem ser extrínsecas ou intrínsecas .

Para remoção de manchas superficiais do esmalte, existem diferentes técnicas, entre elas encontra-se a técnicade microabrasão, que consiste no uso de diferentes substâncias abrasivas associadas a soluções químicas. Geralmente,utiliza-se o ácido hidroclorídrico associado à pedra-pomes ou partículas de sílica aplicados sobre a superfície dentária,com taça de borracha em baixa rotação . Durante o procedimento, a camada de esmalte com manchas é removidafisicamente pela ação de dois processos: abrasão e erosão ácida . É uma técnica considerada segura, rápida, efetiva esatisfatória .

Por meio de pesquisas in vitro, tem sido relatado que o tratamento microabrasivo pode remover uma espessurade esmalte superficial de 100 µm a 360 µm em dentes humanos . O conhecimento dos efeitos da técnica sobre oesmalte dentário é fundamental para embasar a sua aplicação segura , porém, a maioria das pesquisas nesta área nãosegue uma padronização metodológica, dificultando a comparação dos resultados .

A espessura de esmalte removida pela microabrasão é um dos dados mais importantes, se não o principal, noque se refere aos efeitos da técnica nos dentes. Em meio ao arsenal de metodologias disponíveis para medir o esmalteerosionado , a perfilometria é a técnica de eleição. Porém, pelo que se sabe, ela não é atualmente aplicável para assuperfícies naturalmente curvas de esmalte hígido. Para contornar essa limitação, duas alternativas têm sidoexploradas: trabalhar com superfícies planas, usando superfícies vestibulares de dentes bovinos ou mesmo induzindoum aplanamento artificial em dentes de animais e humanos ; e/ou analisar a profundidade de desgaste nasextremidades da área erosionada .

Diante do exposto acima, existe uma lacuna na literatura no que concerne à profundidade de desgaste causadapela microabrasão no esmalte original em superfícies naturalmente curvas de dentes humanos.

Com a finalidade de preencher esta lacuna na literatura, apresenta-se no presente estudo uma nova técnica deperfilometria, reproduzível, para avaliar os efeitos da microabrasão na superfície original do esmalte dentário humano.

Foi realizado um estudo in vitro e cego com 40 terceiros molares permanentes hígidos e inclusos, extraídos porindicação ortodôntica.

Após a limpeza, os dentes foram colocados em uma solução de azida sódica a 0,02% a fim de mantê-loshidratados e evitar o crescimento de fungos e bactérias.

Cada elemento foi submetido a uma limpeza na superfície vestibular com pedra-pomes de granulação extrafinae água, utilizando taça de borracha montada em peça de mão em baixa velocidade. Na seqüência, após serem lavados e

1-5

6

7

2,7

1,6-9

1,5,7,8,10-13

14

7,11,15

16

7,11,10,15

12,17

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10 ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010

secos, os espécimes foram divididos em quatro grupos, de acordo com o tipo de material utilizado para microabrasão,como se segue:

1. Grupo I (AC) (n=10) - aplicação de uma pasta composta por partes iguais, na proporção de 1:1, de ácidoclorídrico a 18% (em solução) e pedra-pomes de granulação extrafina (SSWhite).

2. Grupo II (AF) (n=10) - aplicação de uma pasta composta por partes iguais, na proporção de 1:1, de ácidofosfórico a 37% (em gel) e pedra-pomes de granulação extrafina (SSWhite).

3. Grupo III (OP) (n=10) - aplicação do Opalustre (Ultradent Products, Inc.), pasta composta por ácido clorídrico a6,6% e micropartículas de carbeto de silício.

4. Grupo IV (WRM) (n=10) - aplicação do Whiteness RM (FGM Produtos Odontológicos LTDA), pasta compostapor ácido clorídrico a 6% e carbeto de silício.

Todos os dentes, antes de serem divididos aleatoriamente nos grupos, tiveram a face vestibular dividida em trêspartes iguais no sentido mésio-distal, de modo a possibilitar a proteção dos dois terços laterais desta face para aobtenção de duas áreas controle. Em cada dente, as áreas controle foram protegidas com uma camada de selante desulcos e cicatrículas fotoativado (Alpha Seal, DFL Indústria e Comércio S.A.) e por resina acrílica quimicamente ativada(Duralay).

Na área central e não-protegida da face vestibular, os dentes receberam 15 aplicações do materialcorrespondente ao seu grupo durante 5 segundos em cada aplicação . Em todos eles, foi utilizada taça de borrachaadaptada em contra-ângulo em baixa rotação com velocidade reduzida de 10:1. Entre cada aplicação, os dentes foramlavados com água por 20 segundos .

Foi padronizada na face vestibular em cada dente uma linha a 2 mm da junção cemento-esmalte. Nesta linha osdentes foram seccionados transversalmente, com disco diamantado em baixa rotação e constante irrigação, de maneiraa obter uma secção que abrangia a área experimental e as duas áreas controle.

Após a secção, cada dente foi desgastado manualmente até uma espessura de aproximadamente 300 m comlixas d´água com diferentes granulações e um jig de lapidação.

Para a análise da profundidade de desgaste, fotomicrografias digitais das extremidades de todas as amostrasforam obtidas com Microscópio Óptico de Luz Polarizada, usando objetiva de 10x, filtro verde de interferência de 546nm (largura de banda de 10 nm) e câmera digital de 5 mega pixels (Moticam 500). Uma fotomicrografia de uma retículagraduada também foi realizada para as análises morfométricas. Um software livre de processamento e análise deimagens digitais (ImageJ) foi utilizado para realizar os testes. A profundidade de desgaste em cada fotomicrografia foimedida, em ambas as extremidades, a uma distância de 100 m do esmalte normal. Em cada amostra obteve-se aprofundidade média de desgaste. Por fim, obteve-se o valor médio da profundidade de desgaste em cada grupo.

Tratamento microabrasivo

Determinação da profundidade de desgaste

5,18

18

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Análise estatística

Resultados

Discussão

Os dados obtidos foram processados no programa estatístico para comparar os grupos em relação aosdiferentes parâmetros analisados através do teste ANOVA. O valor de significância foi de 0,05.

Os dados de profundidade de desgaste estão descritos na Figura 1. O grupo AC foi o mais agressivo em termos deremoção de material do esmalte, apresentando a maior profundidade de desgaste (45,97 ± 25,69 m). O grupo OP, poroutro lado, foi o menos agressivo. Os demais grupos apresentaram resultados intermediários para profundidade dedesgaste.

Ao comparar os grupos, a profundidade de desgaste foi menor no grupo OP em relação aos grupos AC e WRMcom diferença estatisticamente significante (Tabela 1).

Na presente pesquisa, realizada em dentes humanos e com a superfície originalmente curva, observou-se umaprofundidade de desgaste variando de 45 m a 21 m. Houve diferença significativa entre os grupos em que se utilizou oOpalustre e o Whiteness RM (p < 0,01), entre o Opalustre e o ácido clorídrico a 18% (p < 0,01).

Sundfeld et al. (1990)5 encontraram profundidade de desgaste de 140 µm após 15 aplicações, de 5 segundoscada, de ácido clorídrico a 18% misturado com pedra-pomes. Ao avaliarem a profundidade de desgaste causada peloOpalustre, Sundfeld, Briso e Mauro (2000)19 encontraram profundidades de 25 m a 200 µm correspondente a 1 e 10

11

Tabela 1 - Análise estatística entre os grupos para a profundidade de desgaste.

Grupos Grupos

Profundidade de desgaste

WRM OP AF AC

AC Ns p < 0,01 Ns

AF Ns Ns

OP p < 0,01

Ns = não significante

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12 ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010

aplicações de 1 minuto cada, respectivamente. Ao considerar que nesta pesquisa o Opalustre foi aplicado por 1 minuto e15 segundos, os valores, proporcionalmente, assemelham-se.

Waggoner et al. (1989) observaram uma profundidade de desgaste de 250 µm após 10 aplicações de 5segundos da mistura de ácido clorídrico a 18% com pedra-pomes. Tong et al. (1993)12 relataram que o ácido clorídrico a18% misturado com pedra-pomes produziu profundidade de desgaste de 360

ções de 5 segundos cada). Esta mesma mistura aplicada por 10 vezes de 5 segundos provocouprofundidade de desgaste de 160 µm (± 33 µm). Desta forma, a profundidade de desgaste foi maior nestas pesquisas,apesar do tempo de aplicação ter sido menor.

Considerando que os dentes anteriores permanentes têm uma espessura média de esmalte de 0,5 mm20, umaremoção de quase 400 µm é extremamente agressiva, mas este dado só pode ser considerado se uma terminologiareproduzível for aplicada.

Não existem pesquisas na literatura que quantifiquem a profundidade de desgaste provocada pelo WhitenessRM.

Um problema comum em todos os estudos é a maneira como a análise da profundidade de desgaste foirealizada. A perfilometria só permite a análise da profundidade em superfícies retas e, quando superfícies naturais dosdentes, sem aplanamento, são estudadas, a mensuração da profundidade de desgaste é determinada pela média devalores encontrados nas extremidades. No entanto, sabe-se que as extremidades apresentam áreas sem paralelismo àsuperfície do esmalte que possuem diferentes profundidades até chegarem à área com paralelismo. A mensuraçãoconcentrada apenas nesta região pode fornecer resultados equivocados, já que não considera esta diferença. Portanto,não se deve desprezar nem a área sem paralelismo nem a área com paralelismo à superfície durante a mensuração daprofundidade de desgaste após a microabrasão.

Os dados mostram que grandes variações na profundidade de desgaste são características das áreas semparalelismo, enquanto que uma menor variação é encontrada nas áreas com paralelismo, ainda que possam serencontradas variações significativas nestas últimas. Assim, o resultado de medidas em um ponto isolado na área dedesgaste pode não ser representativo da média de profundidade da mesma em cada amostra. Sabendo que a erosão é aprincipal alteração causada pela técnica de microabrasão no esmalte, é surpreendente que esta variável não tenha sidoavaliada de maneira reproduzível e padronizada até então. Ao tentar comparar os resultados da literatura, pode-seapenas partir para especulações sobre em que ponto foi feita a medida de profundidade de desgaste. Mesmo quandofotomicrografias da interface entre esmalte normal e microabrasionado são mostradas , a ausência da identificação dasáreas sem e com paralelismo dificulta, ou mesmo impede, uma comparação razoável.

Além disso, é preciso observar em que tipo de superfície (dente humano ou animal, com superfície aplanada ounatural) a microabrasão foi realizada nas pesquisas. O aplanamento da superfície do esmalte, que é naturalmente curva,pode remover camadas mais mineralizadas do esmalte, ou até mesmo toda a camada aprismática, e expor áreas queapresentam menos resistência à ação da microabrasão. Isto pode levar a uma progressão mais rápida da erosão, masnão se aplica na situação real, in vivo .

Pode-se concluir que:

Ao empregar diferentes agentes microabrasivos na superfície originalmente curva do esmalte dentário

13

12

21

μm (± 130 μm), quando aplicado por 100segundos (20 aplica

Conclusões

Page 13: Revista InSaúde Nº 04 Outubro/2010

13

humano, os mesmos não se comportaram de maneira semelhante com relação a profundidade de desgaste;

A medida da profundidade de desgaste em um ponto isolado na área de desgaste pode não ser representativoda média de profundidade;

A comparação dos resultados da literatura é difícil devido a falta de padronização metodológica;

É necessário realizar mais estudos com o objetivo de propor uma metodologia padrão e reproduzível para aanálise da profundidade de desgaste em dentes humanos naturalmente curvos.

Referências

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15

Artigo 02

CIRURGIA ORTOGNÁTICA NO TRATAMENTO DA APNÉIA DO SONO:DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR ROTAÇÃO DE PLANO

OCLUSAL

Orthognathic Surgery in the treatment of sleep apnea:Airway clearance for rotation of the occlusal plane

GUEDES, B.P. ; MESQUITA, B.S. ; CUNHA FILHO, P.M.C. ; SANTOS, T.L. ; SOBREIRA, T.1 - Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial - UFRJ, Mestre emDiagnóstico Bucal – UFPB / UFBA..2 - Acadêmico do curso de Odontologia, Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

2 2 2 2 1

Resumo

ABSTRACT

A Síndrome da Resistência das Vias Aéreas superiores e a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono sãoconsideradas transtornos respiratórios do sono que afetam a população geral com capacidade de fragmentar aarquitetura do sono. Como se trata de um assunto escasso na literatura, esse trabalho tem como objetivo demonstrar ainfluência da cirurgia ortognática no tratamento da apnéia do sono. Tratando-se de cirurgia ortognática para correçãode deformidades maxilo-mandibulares fundamentam-se seus objetivos em três pilares: estética facial, oclusão dentáriae estabilidade pós-operatória. Além de excelência estética e oclusal citadas por Pascual, atualmente, se requer amanutenção ou o aumento do espaço da via respiratória com procedimentos de cirurgia ortognática. É bem conhecidoque o comprometimento anatômico constitui-se em um dos determinantes primários para o fechamento das viasaéreas na síndrome da apnéia obstrutiva do sono. O uso da cirurgia ortognática para tratar a síndrome se iniciou no finaldos anos 70, desde então, este procedimento tem se tornado amplamente aceito. O tratamento ortognático dasíndrome pode envolver avanço da maxila, mandíbula e mento. Esses três procedimentos podem ser realizados emcombinação, contudo o avanço da maxila e mandíbula, com ou sem genioplastia, é o procedimento mais comum.

Descritores: Sono, Sindromes da apnéia do sono, Cirurgia

Key-words: Sleep; Sleep Apnea Syndromes ; Surgery

The syndrome of upper airway resistance syndrome and obstructive apnea and hypopnea Sleep are considered sleep disorderedbreathing that affects the general population with the capacity to fragment the sleep architecture. As this is a matter little in theliterature, this work aims to demonstrate the influence of orthognathic surgery to treat sleep apnea. In the case of orthognathicsurgery for correction of maxillo-mandibular deformities are based upon your goals on three pillars: facial aesthetics, dentalocclusion and postoperative stability. In addition to aesthetic excellence and occlusal cited by Pascual, currently, requiresmaintaining or increasing the airway space with orthognathic surgery procedures. It is well known that the anatomic constitutes oneof the primary determinants for the closing of the airways in the syndrome of obstructive sleep apnea. The use of orthognathicsurgery to treat the syndrome began in the late '70s, since then, this procedure has become widely accepted. The orthognathictreatment of the syndrome may progress to involve the jaw, jaw and chin. These three procedures can be performed in combination,but the advancement of the maxilla and mandible, with or without genioplasty, is the most common procedure.

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16 ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010

Introdução

Apnéia por obstrução das vias aéreas

O sono é definido como processo dinâmico e fisiológico de perda de consciência e inativação da musculaturavoluntária, sendo reversível frente a estímulos (tátil, auditivo, somato-sensitivo). Ele é essencial para obeter-se ahomeostasia, sendo por meio dele que todo o organismo, incluindo o sistema nervoso central, pode ter sua energiarenovada .

A Síndrome da Resistência das Vias Aéreas superiores (SRVAS) e a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutivado Sono (SAHOS) são consideradas transtornos respiratórios do sono que afetam a população geral com capacidade defragmentar a arquitetura do sono, devido aos recorrentes microdespertares noturnos e às pausas respiratórias que, porconseqüência, poderão acarretar alterações funcionais, neurocognitivas e psicossociais .

Em se tratando de cirurgia ortognática para correção de deformidades maxilo-mandibulares fundamentam-seseus objetivos em três pilares: estética facial, oclusão dentária e estabilidade pós-operatória .

Além de excelência estética e oclusal citadas por Pascual, atualmente, se requer a manutenção ou o aumento doespaço da via respiratória com procedimentos de cirurgia ortognática .

As vias aéreas têm como função principal conduzir o ar entre o meio ambiente e os pulmões (alvéolospulmonares), proporcionando a entrada de ar filtrado, aquecido e rico em oxigênio, assim como a saída de ar rico emdióxido de carbono do aparelho respiratório, participando assim do processo da respiração. Dividem-se em vias aéreassuperiores (cavidade nasal, cavidade oral e faringe) e vias aéreas inferiores (laringe, traquéia, brônquios e pulmões). Asvias aéreas superiores terminam e as inferiores têm início na laringe, com a epiglote, estrutura que protege a aberturadas vias aéreas inferiores, obstruindo-a durante o reflexo de deglutição e abrindo-a para a passagem do ar. Seu acesso evisualização dependem de procedimento médico denominado laringoscopia .

Sabemos que pequenas ou grandes alterações ósseas e ou dentárias podem interferir nas funções de mastigar,deglutir, falar e respirar. A saúde oral, a ATM e a digestão também podem estar comprometidas assim como a própriaaparência do indivíduo .

É bem conhecido que o comprometimento anatômico constitui-se em um dos determinantes primários para ofechamento das vias aéreas na síndrome da apnéia obstrutiva do sono5. Diversos fatores relacionados a anatomiacraniofacial, hipertrofia muscular, aumento dos tecidos moles por deposição de gordura podem predispor ao colapsodas vias aéreas durante o sono10. Nas desproporções maxilo mandibulares, sabemos que a ortodontia sozinha, podenão resolver de forma satisfatória a problemática do paciente. Nestes casos, indicam-se cirurgias ortognáticas. Nestascirurgias há a necessidade de trabalho muito próximo do cirurgião e do ortodontista. O ortodontista é responsável porreposicionar os dentes e o cirurgião por reposicionar as bases ósseas maxila e mandíbula .

A síndrome da apnéia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução completa ou parcial recorrente das viasaéreas superiores durante o sono, resultando em períodos de apnéia, dessaturação de oxihemoglobina e despertaresfreqüentes com conseqüente sonolência diurna. Os episódios de obstrução e apnéia ocorrem em todos os estágios dosono, especialmente no estágio 2 do sono não-REM e durante o sono REM, quando as apnéias tendem a ser mais longas

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e a dessaturação arterial mais acentuada. Os eventos respiratórios durante a noite, por definição, devem ter ao menos10s de duração, e podem ser do tipo: 1) apnéia obstrutiva - evento caracterizado pela completa obstrução das viasaéreas superiores; o fluxo de ar é interrompido a despeito de esforços respiratórios contínuos; 2) apnéia central - eventocaracterizado pela ausência completa de esforços respiratórios por alteração do estímulo proveniente do sistemanervoso central; 3) hipopnéia - evento caracterizado como uma redução transitória e incompleta do fluxo de ar em aomenos 50% do fluxo aéreo basal. Pode ser central ou obstrutiva em sua natureza .

Em decorrência da interrupção da respiração, pode ocorrer queda na saturação sanguínea de oxihemoglobina,arritmias cardíacas, hipertensão noturna, confusão durante a noite e comprometimento neuropsicológico. Odiagnóstico de apnéia obstrutiva do sono pela polissonografia é definido pela presença de cinco ou mais episódios deapnéia e/ou hipopnéia por hora de sono. A polissonografia é a monitorização do sono do paciente em ambiente calmo eapropriado, monitorizados o eletroencefalograma, eletrooculograma, eletromiograma, saturação de oxigênio, fluxo dear, esforço respiratório e freqüência cardíaca .

As modalidades de tratamento sempre buscam elevar a pressão na faringe acima da pressão obstrutiva, reduzira pressão obstrutiva, aumentar a atividade muscular das vias aéreas superiores para ampliar o conduto faríngeo epermitir uma ventilação adequada durante o sono. .

As medidas terapêuticas a serem tomadas vão variar de caso para caso e irão depender da gravidade dotranstorno diagnosticado, podendo variar desde: medidas comportamentais, utilização da máscara nasal – CPAP(Continuous Positive Airway Pressure = Pressão Positiva e Contínua nas Vias Aéreas superiores), utilização de AparelhosIntrabucais (AIOs), tratamento farmacológico, cirurgias terapias combinadas .

As medidas comportamentais podem envolver a posição corporal, a relação da obesidade com a SAHOS, o usode álcool e sedativos, e a higiene do sono, e buscam basicamente a reeducação comportamental com enfoque naotimização da qualidade do sono .

Existem alguns tipos de aparelhos de compressão de ar, tais como o CPAP, para tratar a SAHOS. Caracteriza-sepor um método físico-mecânico de injeção de ar comprimido, utilizando máscara nasal, que tem por princípio manter apressão positiva e contínua nas vias aéreas, desobstruindo a passagem de ar durante o sono. Apesar de eficiente, o CPAPapresenta baixa adesão a longo prazo .

Dispositivos intraorais promovem estabilização do queixo, língua e palato mole, resultando na abertura doespaço faríngeo e podem ser uma opção no tratamento da síndrome da apnéia do sono, principalmente nos casos levesa moderados .

Com relação a terapia farmacológica, sabe-se que a mesma tem um papel limitado no tratamento da síndromeda apnéia do sono. Embora diversos estudos tenham sido realizados, nenhum comprovou a eficácia de qualquermedicamento no tratamento da síndrome da apnéia obstrutiva do sono .

O tratamento cirúrgico da síndrome da apnéia do sono inclui: uvulopalatofaringoplastia, glossectomia a laser,osteotomia mandibular inferior, entre outras .

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Tratamentos para Apnéia do Sono

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O tratamento cirúrgico da apnéia do sono é baseado em alguns procedimentos cirúrgicos, os quais se destacama traqueostomia, cirurgia Nasal, uvulopalatoplastia e Uvulopalatofaringoplastia, cirurgia Ortognática, osteotomiamandibular, e canalização da língua .

O uso da cirurgia ortognática para tratar a síndrome se iniciou no final dos anos 70, quando o avanço mandibularfoi usado para reverter os sintomas da síndrome. Desde então, este procedimento tem se tornado amplamente aceito.O tratamento ortognático da síndrome pode envolver avanço da maxila, mandíbula e mento. Esses três procedimentospodem ser realizados em combinação, contudo o avanço da maxila e mandíbula, com ou sem genioplastia, é oprocedimento mais comum .

O avanço maxilomandibular é um método cirúrgico comumente usado no tratamento de pacientes acometidospela Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) e portadores de anormalidades anatômicas identificáveis nestecomplexo, que estreitam e/ou obstruem o espaço aéreo .

As modalidades de tratamento para apnéia sempre buscam reduzir a pressão obstrutiva, aumentar a atividademuscular das vias aéreas superiores para ampliar o conduto faríngeo e permitir uma ventilação adequada durante osono . Com a cirurgia ortognática essas modalidades são atingidas pois, com essa cirurgia se tem um avanço de maxilae/ou mandíbula o qual possibilita um aumento de espaço das vias aéreas superiores devido ao deslocamento vertical damusculatura da faringe, do genioglosso e do osso hióide, aumentando o conduto faríngeo e diminuindo a pressãoobstrutiva .

O tratamento de escolha na síndrome da apnéia obstrutiva do sono é o uso de pressão positiva contínua (CPAP)administrado durante à noite por máscara, porém para ITO essa alternativa é pouco tolerada pelos pacientes e não écapaz de normalizar a eficiência do sono .

As terapias comportamentais bem como a utilização de CPAP ou aparelhos intrabucais são opções detratamento de baixo custo e pouco invasivos para a apneia do sono, porém que demandam tempo e causa certodesconforto para o paciente, geralmente levando anos para um resultado definitivo e satisfatório. Para esses osprincipais sintomas clínicos relatados pelos pacientes são desconfortos dentário, articular e muscular, hipersalivação exerostomia. Com relação aos aparelhos intrabucais os principais efeitos colaterais oclusais encontrados foram reduçãodo overjet, redução do overbite, proclinação de incisivos inferiores, estabelecimento de mordida aberta lateral, porémna maior parte das vezes sem gerar grandes incômodos aos pacientes .

Segundo a literatura a cirurgia ortognática é encarada como sendo uma das ultimas opções de tratamento paraa apneia do sono, usadas também em casos mais complexos, mas quando comparada com os demais tratamentos acirurgia ortognática se mostra mais eficiente, atingindo os objetivos com confiabilidade e rapidez, demandando umbaixo tempo de recuperação, tendo como efeitos adversos possível prejuízo ma sensibilidade facial e na mobilidademandibular .

O objetivo desta cirurgia é avançar a mandíbula e/ou a maxila para se obter oclusão estável e perfil harmônico

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Cirurgia Ortognática na correção da Apnéia do sono

DISCUSSÃO

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em pacientes retrognatas. Entretanto, tal avanço possibilita o aumento do espaço posterior das vias aéreas superioresdevido ao deslocamento ventral da musculatura da faringe, do genioglosso e do osso hióide. Essa modalidade cirúrgicaapresenta bons resultados para casos de SAHOS grave (IAH>30) em que o sítio obstrutivo se localiza na hipofaringe.Devido a esse reposicionamento de tecidos moles no complexo bucomaxilofacial proveniente de cirurgia ortognática, sefaz necessário um tratamento com terapia combinada, buscando uma melhor adequação do paciente ao novo quadrofisiológico .

A utilização de CPAPs e AIOs são métodos de primeira escolha para o tratamento da apneia do sono, porém emcasos que essa utilização seja inviável pelas condições do paciente, a cirurgia ortognática se mostra como uma opçãoeficaz de tratamento

A cirurgia ortognática se mostra eficiente e segura no que se trata a correções de distúrbios dos espaços aéreos oque proporciona o combate à apneia do sono.

É indicado o uso de uma terapia combinada para a utilização da cirurgia ortognática ao tratamento da apneia dosono, uma vez que esse tipo de tratamento traz uma mudança imediata no posicionamento de estruturas ósseas etecidos moles, o que requer uma adequação para o paciente, podendo para tal, ser utilizado uma terapiacomportamental.

A utilização de fármacos para o combate da apneia do sono ainda não é indicado pois a literatura não mostrauma quantidade de estudos adequados nem resultados de pesquisas satisfatórios.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Efeitos da cirurgia ortognática sobre a sensibilidade e motricidade Orofacial.

Page 21: Revista InSaúde Nº 04 Outubro/2010

21

Artigo 03

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: MITOS E VERDADESDrug interactions: Myths and truths

Cunha Filho, P. M. C.¹, Almeida, N.B², Onofre, R.M.²

1. Prof Ms Imunologia FASER ([email protected])2. Discente de Enfermagem FASER([email protected]; [email protected]).

Interações medicamentosas são eventos clínicos em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco,alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, a umpaciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico outóxico de um ou de outro. De acordo com o que foi descrito anteriormente, este trabalho teve como principal objetivo, identificar apartir da literatura alguns mitos e verdades relacionadas às interações medicamentosas. Tratou-se de um estudo, com caráterbibliográfico, baseado na literatura pertinente ao tema, desenvolvido no acervo bibliográfico da Faculdade Santa Emília de Rodat(FASER), bem como em outras fontes, tais como revistas e sites indexados da internet, fundamentados á luz da literatura pertinenteao tema. A referida literatura aborda o fato que o desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando promoveaumento da toxicidade de um fármaco. Por exemplo, pacientes que fazem uso de varfarina podem ter sangramentos se passarem ausar um antiinflamatório não-esteróide (AINE) sem reduzir a dose do anticoagulante. A interação medicamentosa reduz a eficáciade um fármaco, podendo ser tão nociva quanto o aumento. Por exemplo, tetraciclina sofre quelação por antiácidos e alimentoslácteos, sendo excretada nas fezes, sem produzir o efeito antimicrobiano desejado ocorrendo o mesmo evento com a ingestão doálcool. É encontrada ainda redução da eficácia de um fármaco, na administração de anticoncepcionais juntamente com antibióticos,podendo promover o risco de gravidez indesejada. Dessa forma podemos concluir que uma grande variedade de mitos existentes nacomunidade geral não condizem com a verdade científica, exigindo assim grande conhecimento dos profissionais de saúde parasuprir dúvidas advindas destes mitos.

Palavras chave: Interação medicamentosa, mitos e verdades

Drugs interactions are clinical events in wich the drug effect are altered by the presence of another drug, food, drink or anyenviroment chemical agent. When two drugs are administered concomitantly, to a patient, they may act independently or Interactwith each other, increasing or decrasing the therapeutic effect of one or both drugs. According to what has been describedpreviously, this study aimed to identify from the literature, some myths and realities about drug interaction. This was abibliographical study based on literature relevant to the topic, developed on FAZER's(Faculdade Santa Emília de Rodat) library, aswell as others sources such as magazines and web sites, based in the light of the literature concerning the topic. Such literatureaddresses the fact that the outcome of a drug interaction can be dangerous when it promotes increased toxicity of a drug. Forexample, patients taking warfarin may experience bleeding if they start to use a nonsteroidal anti-inflammatory drug (NSAID)without reducing the dose of anticoagulant. Drug interaction can also reduce the effectiveness of the drugs, and can be as harmful asthe increasing. For example, tetracycline undergoes chelation by antacids and dairy foods and is excreted in faeces, withoutproducing the desired antimicrobial effect, the same event occurring with the ingestion of alcohol.It is also found the reduce of thedrug efficacy by the administration of contraceptives along with antibiotics, and may promote the risk of unwanted pregnancy. Thuswe can conclude that a wide variety of myths in the community generally not consistent with scientific truth, thus requiring

Resumo

Abstract

Page 22: Revista InSaúde Nº 04 Outubro/2010

22 ANO II - Nº 4 - OUTUBRO/2010

extensive knowledge of health professionals to address concerns stemming from these myths.

Keywords: Drugs Interactions, myths and truths

Introdução

Metodologia

Discussão

Interação medicamentosa pode ser definida como a influência recíproca de um determinado medicamento

sobre outro, Ou seja, quando um medicamento é administrado isoladamente, ele produz determinado efeito; porém,

quando é associado a outro medicamento, a alimentos ou, ainda, a outras substâncias, ocorre um efeito diferente do

esperado. Constitui causa comum de efeito adverso e são geralmente imprevistas e indesejáveis na farmacoterapia. .

Os medicamentos podem interagir durante o preparo; no momento da absorção, distribuição, metabolização,

eliminação ou na ligação ao receptor farmacológico. Desta forma, os mecanismos envolvidos no processo interativo são

classificados de acordo com o tipo predominante de fase farmacológica em que ocorre farmacêutica farmacocinética e

farmacodinâmica. As respostas decorrentes da interação podem acarretar potencialização do efeito terapêutico,

redução da eficácia, aparecimento de reações adversas com distintos graus de gravidade ou ainda, não causar nenhuma

modificação no efeito desejado do medicamento, portanto, a interação entre medicamentos pode ser útil (benéfica),

causar respostas desfavoráveis não previstas no regime terapêutico (adversa), ou apresentar pequeno significado

clinico .

De acordo como que foi descrito anteriormente, este trabalho teve como principal objetivo, identificar a partir

da literatura, alguns mitos e verdades relacionadas às interações medicamentosas.

Tratou-se de um estudo, com caráter bibliográfico, baseado na literatura pertinente ao tema, desenvolvido no

acervo bibliográfico da Faculdade Santa Emília de Rodat (FASER), bem como em outras fontes, tais como revistas e sites

indexados da internet, fundamentados á luz da literatura pertinente ao tema.

Interações medicamentosas são tipos especiais de respostas farmacológicas, em que os efeitos de um ou mais

medicamentos são alterados pela administração simultânea ou anterior de outros, ou através da administração

concorrente com alimentos. As Interações podem causar efeitos benéficos para o organismo quando utilizadas para

aumentar os efeitos terapêuticos ou reduzir a toxicidade de um determinado medicamento, ou podem causar efeitos

nocivos, diminuindo ou eliminando a ação dos medicamentos e, em alguns casos, provocando doenças. Portanto, a

interação entre medicamentos pode ser útil (benéfica), causar respostas desfavoráveis não previstas no regime

terapêutico (adversa), ou apresentar pequeno significado clinico .

O fenômeno das interações medicamentosas constitui na atualidade um dos temas mais importantes da

farmacologia, para a prática clínica dos profissionais da saúde. O uso concomitante de vários medicamentos, enquanto

estratégia terapêutica, e o crescente número destes agentes no mercado são alguns dos fatores que contribuem para

ampliar os efeitos benéficos da terapia, mas que também possibilitam a interferência mútua de ações farmacológicas

podendo resultar em alterações dos efeitos desejados. No mercado nacional existem atualmente cerca de 1.500

fármacos com aproximadamente 5.000 nomes comerciais, apresentados sob cerca de 20.000 formas farmacêuticas e

embalagens diferentes. Neste universo, ao contrário do que se pensa, a utilização de vários e novos medicamentos não

1,4, 5

5

1,5

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23

garante maior benefício ao paciente, pois junto com as vantagens das possibilidades terapêuticas surge o risco dos

efeitos indesejados e das interações medicamentosas .

Genericamente, as interações podem ser classificadas em: farmacêuticas, farmacocinéticas e

farmacodinâmicas. Interações farmacocinéticas são aquelas em que um fármaco altera a velocidade ou a extensão de

absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco. Isto é mais comumente mensurado por

mudança em um ou mais parâmetros cinéticos, tais como concentração sérica máxima, área sob na curva,

concentração-tempo, meia-vida, quantidade total do fármaco excretado na urina entre outros .

Como diferentes representantes de mesmo grupo farmacológico possuem perfil farmacocinético diferente, as

interações podem ocorrer com um fármaco e não obrigatoriamente com outro congênere. Interações

farmacodinâmicas ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos quais os efeitos

desejados se processam. O efeito resulta da ação dos fármacos envolvidos no mesmo receptor ou enzima. Um fármaco

pode aumentar o efeito do agonista por estimular a receptividade de seu receptor celular ou inibir enzimas que o

inativam no local de ação. A diminuição de efeito pode dever-se à competição pelo mesmo receptor, tendo o

antagonista puro maior afinidade e nenhuma atividade intrínseca. Um exemplo de interação sinérgica no mecanismo de

ação é o aumento do espectro bacteriano de trimetoprima e sulfametoxazol que atuam em etapas diferentes de mesma

rota metabólica. Interações farmacêuticas, também chamadas de incompatibilidade medicamentosa, ocorrem in vitro,

isto é, antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais deles numa mesma

seringa, equipo de soro ou outro recipiente .

O desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de

um fármaco. Por exemplo, pacientes que fazem uso de varfarina podem ter sangramentos se passarem a usar um

antiinflamatório não-esteróide (AINE) sem reduzir a dose do anticoagulante. Os efeitos de fármacos anticoagulantes,

como a varfarina e a heparina são aumentados pelos AINES, podendo elevar o risco de hemorragias. Além disso, o

ibuprofeno pode aumentar o risco de hemorragia gastrointestinal em pacientes que fazem terapia com fármacos

antiagregantes plaquetários, como o clopidogrel. A associação de antiinflamatório COX-2 seletivos, tais como o

celecoxibe, com a varfarina produz um aumento leve, mas não significante do sangramento gastrointestinal .

A dipirona pode interagir com algumas drogas. Esse analgésico pode potencializar a ação do álcool, não

devendo, portanto, ser administrado concomitantemente com bebidas alcoólicas; pode reduzir a ação da ciclosporina,

um imunossupressor utilizado em transplantes e indicado em doenças autoimunes resistentes aos corticosteróides ou

outra terapia convencional e pode, ainda, provocar o aumento das reações adversas da clorpromazina, um

antipsicótico, apresentando. Apresentando como principal efeito da interação a hipotermia, visão turva ou qualquer

alteração na visão, movimentos de torção do corpo por efeitos parkinsonianos extrapiramidais distônicos, hipotensão,

constipação, enjôos, sonolência, secura na boca e congestão nasal .

A administração concomitante de metronidazol com o álcool promove o acúmulo de acetaldeído no sangue do

paciente, podendo produzir, no organismo, uma reação conhecida como a reação tipo dissulfiram, que é caracterizada

por sintomas, como: rubor, suor, palpitações, dispnéia, hiperventilação, aumento da freqüência cardíaca, falha na

pressão sangüínea, naúsea, vômito e sonolência .

Há interações que podem ser benéficas e muito úteis, como na co-prescrição deliberada de anti-hipertensivos e

diuréticos, em que esses aumentam o efeito dos primeiros por diminuírem a pseudotolerância dos primeiros .

5

4, 14

4, 14

4, 6, 8, 9

6

6

4

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Algumas vezes, a interação medicamentosa reduz a eficácia de um fármaco, podendo ser tão nociva quanto o

aumento. Por exemplo, tetraciclina sofre quelação por antiácidos e alimentos lácteos, sendo excretada nas fezes, sem

produzir o efeito antimicrobiano desejado. Situação semelhante ocorre na ingestão do álcool com antibióticos. Esse

mecanismo ocorre porque o álcool estimula diretamente as membranas do aparelho digestivo, promovendo maior

produção de ácido clorídrico no estômago e também o aumento dos movimentos do intestino e do estômago, podendo

provocar diarréia e vômitos. Estes dois efeitos promovem uma passagem mais rápida e uma menor absorção do

medicamento pelo estômago e pelo intestino (especialmente o duodeno, onde a maioria dos fármacos é normalmente

absorvida), Assim, a ação do álcool não ocorreria diretamente sobre a substância antibiótica, mas sim na sua absorção.

Com uma absorção menor, o medicamento estaria em menor concentração na corrente circulatória, diminuindo sua

ação .

A pílula anticoncepcional é formada de estrógenos semi-sintéticos, como o etinilestradiol, e progesterona semi-

sintética, como o levonorgestrel. Da mesma forma que os outros fármacos, os contraceptivos orais não são fármacos

100% efetivos, mas, se utilizados corretamente, diminuem o risco de gravidez para menos de 1% .

Estudos clínicos entretanto, demonstraram que a rifampicina diminui os níveis sangüíneos do etinilestradiol e

da progesterona. A rifampicina é um potente indutor das enzimas do citocromo P450 presentes no fígado, o que

ocasiona em aumento do metabolismo de alguns fármacos, como os anticoncepcionais .

Dados da literatura demonstraram que os níveis plasmáticos de contraceptivos orais esteróides não são

modificados com a administração concomitante dos antibióticos, como: ampicilina, ciprofloxacina, claritromicina,

doxiciclina, metronidazol, ofloxacina, roxitromicina e tetraciclina. No entanto, alguns autores alertam que tetraciclina,

metronidazol, ampicilina e eritromicina podem reduzir a eficácia do contraceptivo oral, aumentando o risco de gravidez.

Alguns mecanismos têm sido propostos para explicar a possibilidade de diminuição da eficácia do anticoncepcional com

o uso dos antibióticos. Essas hipóteses incluem diminuição da circulação entero-hepática devido a uma redução na

microbiota intestinal bacteriana, responsável pela manutenção dos níveis plasmáticos constantes do contraceptivo oral

e o aumento da sua degradação enzimática no fígado .

A ingestão concomitante de anticoncepcionais com antibióticos, pode possivelmente diminuir a eficácia de

contraceptivos, em virtude da ação de interação negativa que ocorre entre ambas as drogas, ocasionando para a

mulher, uma gravidez fora de planejamento, ou seja, uma gravidez indesejada. O grande vilão da associação entre

anticoncepcionais e antibióticos é a Rifampicina, um antibiótico usado contra tuberculose, hanseníase e na profilaxia da

meningite. É o antibiótico que comprovadamente reduz a eficácia dos anticoncepcionais. Outras classes como as

tetraciclinas, metronidazol e derivados da penicilina como amoxicilina e cefalosporinas também podem diminuir a

concentração de estradiol. Esse efeito parece ocorrer apenas em um número reduzido de mulheres, mas como não há

como saber de antemão quem será mais afetado, devem-se usar métodos contraceptivos não hormonais durante o seu

período de uso. Ainda segundo Pinheiro, pode ocorre um aumento na taxa de hormônios na mulher quando a mesma

utiliza anticoncepcional juntamente com álcool, pois o consumo regular de álcool (etanol) causa aumento dos níveis de

estradiol, potencializando os efeitos colaterais dos anticoncepcionais como neoplasia de mama .

A aspirina é um medicamento rotineiramente utilizado devido ao seu efeito cardioprotetor. Esse fármaco reduz

a formação de trombos pela inibição da agregação plaquetária, sendo utilizado na prevenção de eventos

tromboembolíticos em pacientes com história de enfarto do miocárdio, angina instável ou trombose coronária. A

associação dos AINES à aspirina poderia potencializar os efeitos irritantes sobre a mucosa gástrica e, provavelmente, a

3, 4

6,10

6, 11

6, 12, 13

2

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inibição da agregação plaquetária .

Dessa forma podemos concluir que uma grande variedade de mitos existentes na comunidade geral não condizem com

a verdade científica, exigindo assim grande conhecimento dos profissionais de saúde para suprir dúvidas advindas

destes mitos.

6, 7

Conclusão

Referências

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