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R. INTERESPE, n o 10. Jun. 2018. pp. 01-56 INTERESPE: Interdisciplinaridade e Espiritualidade na Educação ISSN 2179-7498 Número 10 | jun. 2018

REVISTA: INTERESPE - Interdisciplinaridade e ... · 7 REIKI NA COMUNIDADE (Herminia Prado Godoy, Telma Maria ... 8 PROCESSOS DE VIDA (Ana Lúcia Machado)..... 9 UMA INSPIRAÇÃO

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R. INTERESPE, no 10. Jun. 2018. pp. 01-56

INTERESPE: Interdisciplinaridade e

Espiritualidade na Educação

ISSN 2179-7498

Número 10 | jun. 2018

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R. INTERESPE, no 10. Jun. 2018. pp. 01-56

INTERESPE: Interdisciplinaridade e Espiritualidade na

Educação

ISSN 2179-7498

número 10 jun., 2018

=============================================================================

Publicação Oficial do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e

Espiritualidade na Educação (INTERESPE) – Educação: Fundamentos da Educação – Linha de

Pesquisa: Interdisciplinaridade e Espiritualidade: PUC/SP.

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INTERESPE: Interdisciplinaridade e Espiritualidade na

Educação

Publicação Oficial do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e

Espiritualidade na Educação (INTERESPE) - Educação: Fundamentos da Educação –

Linha de Pesquisa: Interdisciplinaridade e Espiritualidade: PUC/SP

Site: http://www.pucsp.br/interespe/

© Copyright 2016

INTERESPE: Interdisciplinaridade e Espiritualidade na Educação / Grupo de

Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e Espiritualidade na Educação

(INTERESPE) – Educação: Fundamentos da Educação – Linha de Pesquisa:

Interdisciplinaridade e Espiritualidade – no. 10 (jun. 2018) – São Paulo: PUCSP,

2018.

Periodicidade anual, com possibilidade de números eventuais.

ISSN 2179-7498

As opiniões emitidas nas matérias desta Revista são de inteira

responsabilidade dos seus autores. Qualquer parte desta obra pode ser

reproduzida, porém, deve-se citar a fonte.

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Revista 10

INTERESPE: Interdisciplinaridade e Espiritualidade na

Educação

Editor Científico Ruy Cezar do Espírito Santo ([email protected])

Editora Executiva Herminia Prado Godoy ([email protected])

Conselho Editorial Gazy Andraus ([email protected] ) Ivani Catarina Arantes Fazenda ([email protected]) Maria Regina Cerávolo ([email protected]) Simone Andrioli Andrade ([email protected]) Telma Teixeira Oliveira de Almeida ([email protected])

Pareceristas Ana Lúcia Machado ([email protected]) Elenice Giosa ([email protected]) Jaime Paulino ([email protected]) Marilice Pereira Ruiz da Amaral Mello ([email protected]) Rodrigo Mendes Rodrigues ([email protected]) Suely Aparecida Marqueis ([email protected]) Telma Maria Beneduzzi ([email protected])

Técnica Thaís Moret Maraccini ([email protected])

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SUMÁRIO

EDITORIAL (Herminia Prado Godoy)................................................

07-07

1 VIVER (Ruy Cézar do Espírito Santo)............................................

08-08

2 A TERRA SANTA (TelmaTeixeira de Oliveira Almeida)........ 09-21

3 A FORMAÇÃO HUMANA DESENVOLVIDA POR HUGO DE

SÃO VITOR (Francisco Weslley Fernandes Bezerra)....................

4 SOMOS EDUCADORES OU APRENDIZES? (Sueli Aparecida Marqueis)...................................................................................................

5 DESCOBRINDO O SER. A VOZ DO ALUNO (Ruy Cézar do

Espírito Santo)..........................................................................................

6 INTERESPE NAS ESCOLAS (Izilda Castellani)...........................

7 REIKI NA COMUNIDADE (Herminia Prado Godoy, Telma Maria Beneduzzi, Maria Isabel Campos e Maria Conceição Spinelli)........................................................................................................

8 PROCESSOS DE VIDA (Ana Lúcia Machado).................................

9 UMA INSPIRAÇÃO... (Simone Andrade)......................................

10 HOMO ETERNUS (Gazy Andraus e Jorge del Bianco).............

22-27

28-29

30-34

35-36

37-39

40-42

43-43

44-46

O GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA SOBRE

INTERDISCIPLINARIDADE E ESPIRITUALIDADE NA

EDUCAÇÃO – INTERESPE......................................

47-47

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EQUIPE EDITORIAL............................................

48-53

DIRETRIZES E NORMAS DE SUBMISSÃO E REVISÃO

TÉCNICA PARA AUTORES E PARCERISTAS.................

54-56

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EDITORIAL

A vida é o nosso bem mais precioso.

Uma vida com abundância de: amor, alegria, saúde, familiares e amigos

ao nosso redor é um presente dos Céus.

Um trabalho gratificante, um projeto a desenvolver e poder compatilhá-

los com um grupo de amigos de longa jornada é viver de uma maneira

muito gratificante.

No INTERESPE temos o privilégio de sentirmo-nos e reconhecermo-nos

vivos.

Neste número de nossa revista saudamos a VIDA!

Gratidão Prof. Ruy por nos proporcionar esta oportunidade!

Herminia Prado Godoy1

1 Herminia Prado Godoy – editora administrativa da revista INTERESPE. Contato:

[email protected]

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1 Viver! Ruy Cézar do Espírito Santo

Mergulhar fundo na respiração...

Saber que a Vida “existe”...

Desenvolver a consciência de si mesmo...

Perceber a beleza presente na eternidade do Agora...

Deixa a alegria despertar no “mais dentro”...

Alegria como sinal do sentido existencial...

Então a essência se faz presente: o Amor ...

Amor fruto de nossa profunda existência...

Amor presente na beleza de uma flor...

No olhar de uma criança, plena de Alegria...

Começamos então a entender o porquê da Vida...

E o mistério do Ser Humano...

Sim, Ele nasce pleno de beleza, alegria e Amor...

E ao “crescer” começa a perceber o “desafio” de sua liberdade...

Poderá desenvolver a beleza a sua volta...

A alegria que então surgirá...

E a “existência” do Amor nascido do “mais dentro” de si mesmo...

Começarão então suas “escolhas”...

Pintar uma “Monalisa”...

Fazer uma sinfonia...

Rir verdadeiramente de sua presença diante na Vida...

Descobrir, finalmente, que a beleza e a alegria significam o Amor vivido

Até Sempre!

Ruy2

2 Ruy Cezar do Espírito Santo – editor científico da revista INTERESPE. Contato:

[email protected]

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2 A TERRA SANTA

Telma Teixeira de Oliveira Almeida3

A busca pelo autoconhecimento, pelos entendimentos do porque estamos aqui, habitando este lugar no planeta e compreender o que é importante tem levado-me a uma constante busca. Estar no aqui e agora, sentindo e percebendo o nosso entorno faz uma grande diferença para nós, viajantes deste universo. O desejo de sentir a energia dos lugares e porque vamos em busca dos mesmos, tem sido uma constante neste processo. Hoje vivo mais em busca do sentir. Pensando nesta experiência que estou aqui na Terra Santa, nossa espiritualidade e ampliação dela independe de qual religião fazemos parte ou simpatizamos por algum ensinamento. Nossa fé torna-se inerente a alguma religião, mas é capaz de mover algo maior que desejamos. Conhecendo um lugar como este percebemos que a fé move sim o ser humano, as impressões deixadas neste lugar por seres iluminados como Jesus Cristo, são marcantes. Em cada olhar percebido sentia a alegria que cada um expressa em busca de sentir este presente. O sentido da vida torna-se mais próximo de nosso propósito, este entendimento é carregado dentro de nós pela própria experiência vivida. Os lugares sagrados despertam no meu entendimento a conexão com nosso mais interno, da pele para dentro, uma paz plena. As imagens aqui expostas revelam a importância de cada uma das religiões, embora o que deveria ligar as pessoas muitas vezes as separam, por muros, por vestes e por aparência. O todo revela o sentido da fé e isto é a expressão maior de pisar na Terra Santa.

Comecei a peregrinação caminhando a pé em torno do Muro

da cidade velha de Jerusalém.

3 1 Doutora em Educação: Currículo-Interdisciplinaridade – GEPI (Grupo de estudos e

Pesquisa em Interdisciplinaridade), PUC/SP, Pesquisadora do Grupo de Pesquisa INTERESPE

(Grupo de Estudos e Pesquisas em Interdisciplinaridade e Espiritualidade na Educação)

PUC/SP. CV: http://lattes.cnpq.br/1406608653225183. Contato: [email protected]

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Muro interno, ao lado direito fica a Torre de David

Catedral do Santo Sepulcro

Parte da igreja

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Esta é lápide é em que Jesus foi colocado após ser

retirado da cruz. Localizada logo na entrada

da igreja

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Ergueu-se neste local uma pequena capela, em que

ele ficou até a sua ressurreição. Está dentro da igreja do Santo Sepulcro.

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Templo Judáico reconstruído

Cúpula da Rocha do Duomo

Muro das Lamentações. Tanto os fiéis

judaicos como os cristãos fazem seus

pedidos nestes locais sagrados.

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Praça do muro das Lamentações

Igreja da flagelação, aonde inicia a via

dolorosa, local em que Jesus passou carregando a cruz.

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Túneis internos dentro da cidade velha.

Eles fazem as ligações entre um bairro e

outro, embora tudo seja emendado.

Monte das Oliveiras. Situa-se do

lado externo da cidade velha. Um dos pontos importantes, em que

Jesus esteve pela última vez

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Todo este lugar hoje é habitado e muito

visitado.

Cemitério judaico.

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Lado judaico da cidade velha

Catedral da Virgem Maria

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Parte interna onde Jesus

realizou a última ceia

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Menorá – símbolo sagrado do judaísmo.

Localiza-se no corredor onde e encontra o túmulo do Rei David

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Vista lateral da cidade velha

Depoimento de nossa colega Maria Isabel Campos que foi para a Terra Santa em maio deste ano:

A visita à Jerusalém, para mim, significou vida, porque deu um sentido concreto aos meus princípios religiosos, através do encontro com a origem de minhas crenças e a fé que orienta minha vida. O contato com os lugares onde Jesus viveu e evangelizou me possibilitou viver essa magia, alimentar a fé e a esperança que me faz me sentir mais perto de Deus.

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“A vida que sinto, é a vida eterna. O tempo vivido, é o tempo da eternidade do momento presente.

A sabedoria divina interage com nosso ser, mexe com nossas entranhas e nos faz crescer!

Os muros que nos cercam podem ser destruídos e no lugar plantarmos a semente do

amor e da alegria.

Nos corações podemos carregar a compaixão e a gratidão daquele que veio para nos salvar.

As energias circundantes nos fazem renascermos e a vibração compartilhada nos

elevam, em pensamento e compreensão.

Shalom, Namastê, Amém!”.

Telma Teixeira

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3 A FORMAÇÃO HUMANA DESENVOLVIDA POR HUGO DE

SÃO VITOR

The Humanity Education Culture Developed for Hugh of Saint-Victor

Francisco Weslley Fernandes Bezerra4

RESUMO: Este artigo tem como objetivo tratar sobre a educação desenvolvida por Hugo de São Vitor, professor e diretor da escola de São Vitor, no século XII, com a finalidade de apresentar novas concepções acerca da educação. Além disto, o artigo procura demonstrar a influência da religião e da Filosofia de vida, presentes em Hugo de São Vitor, para, a partir destes dados, obter o ideal de ser humano que Hugo de São Vitor propunha desenvolver com sua educação.

PALAVRAS-CHAVES: Hugo de São Vitor. Educação. Filosofia. Sabedoria.

ABSTRACT: This article has the object speak about the education, devoleped for Hugh of Saint Victor – teacher and director of school of Saint-Victor – in the 12th, with the finality to present new conceptions above of education. Beside this, the article search set forth the influence of religion and of Philosophy of life, being in Hugh of Saint-Victor, in order to, from these data, obtain the idea of person that Hugh of Saint-Victor purpose developed with his education.

KEY-WORDS: Hugh of Saint-Victor. Education. Philosophy. Wisdom.

INTRODUÇÃO

A investigação proposta por este artigo circunda em torno do ideal de formação humana desenvolvida pelo monge Vitorino do século XII: Hugo de São Vitor.

4 Francisco Weslley Fernandes Bezerra: Graduando do curso de História Licenciatura, pela Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL. Técnico em Informática e em eletromecânica pelo Instituto Federal do Maranhão – IFMA. Contato: E-mail: [email protected]

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Como toda educação está baseada em uma filosofia de vida (HOVRE, 1969, p. 30), ela, portanto, gira em torno de um ideal acerca do ser humano. Este ideal acerca do ser humano recebe por sua vez influência da época, da religião, da cultura e da Filosofia.

A relevância deste artigo se encontra, em primeiro lugar, em uma compreensão mais profunda sobre o funcionamento da educação, em segundo lugar, na compreensão mais ampla da educação do período medieval. Desta forma, o artigo procura evidenciar a filosofia de vida de Hugo de São Vitor e sua concepção ideal de ser humano.

MÉTODOS

A pesquisa se baseia no livro escrito pelo próprio Hugo de São Vitor: Didascalicon. Esta obra consiste num tratado acerca do estuda, em que se pode encontra, a concepção de ser humano, a finalidade para vida intelectual, o modo de estudar, as matérias a serem estudadas como também a ordem em que se deve estudá-las.

O documento analisado é uma obra traduzida e comentada por Tiago Tordinelle. Além da análise de conteúdo, realizada sobre o documento, o artigo conta com pesquisas bibliográficas acerca de Hugo de São Vitor como também acerca da obra.

RESULTADOS

Os resultados obtidos, com a análise do documento, podem ser descrita da seguinte forma: Hugo de São Vitor procurava desenvolver, a partir do modelo educacional proposto e descrito no Didascalicon, é místico intelectual. Uma pessoa que por meio do estudo e da pratica das virtudes restaura a semelhança divina que tinha perdido.

DISCUSSÃO

De acordo com Anísio Teixeira, “as relações que existem entre a filosofia e a educação são tão intrínsecas que John Dewey pôde afirmar que as filosofias, em essências, são verdadeiras teorias gerais de educação. Está claro que se referia à filosofia como filosofia de vida”. (TEIXEIRA, 1977, p.9). E segundo Frans de Hovre, as linhas de pensamento pedagógico seguem o fluxo e o refluxo das doutrinas filosóficas (HOVRE, 1969, p. 30). E isto significa que toda educação parte, portanto, de um ideal de vida, de uma concepção de vida.

John D. Redden e Francis A. Ryan, afirma o significado da Filosofia pode ser compreendia de três modos, a primeira como o estudo que orienta o homem na

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aquisição de uma concreta visão de mundo, seus valores e significados, seu fim próximo e seu fim ultimo e também sobre como deve ser a conduta humana; na segunda, a Filosofia apresenta uma concepção de vida, dando ao homem o conhecimento de que o mundo não é caótico, mas preenchido por uma ordem; a terceira esta ligada à conduta humana, no que tange aos valores das ações, e neste ultimo é que se fala de Filosofia da Econômia, Filosofia da Literatura etc. (REDDEN & RYAN, 1956, p. 21-22)

Ao primeiro contato com o Didascalicon de Hugo de São Vitor encontramos de inicio a seguinte frase: “Dentre todos os bens que aspiramos, é certo que a sabedoria ocupa o primeiro lugar” (DIDASCALICON, Livro I, cap. 1, p. 23). Hugo de São Vitor nesta frase manifesta o fim do homem: a sabedoria. Contudo não é apenas algo bom, um simples bem. Os escritos de Hugo estão influenciados pela Filosofia e Teologia de Santo Agostinho. Ele mesmo viveu em uma comunidade que seguia as regras de Santo Agostinho. Ele leu, releu e copiou textos deste mestre. A leitura e a escrita foram quase indistinguíveis ao lado do seu estudo. (ILLICH, 1996, p.9).

Segundo Antonio Machionni, Hugo de São Vitor afirma que a Sapiência deve ser a primeira a ser procurada, porque ela é a nossa origem, de modo que conhecendo-a, estamos também nos conhecendo. Por isto o autor afirma que encontra-se no texto do Didascalicon aquele pequeno trecho escrito na tripode do templo de Apolo em Delfos: “Conhece-te a ti mesmo”. E este conhecer a si mesmo não significa outra coisa se não conhecer a nossa origem, o lugar de onde viemos. (MACHIONNI, 2001, p.10).

Nas palavras de Hugo de São Vitor a procura pela Sabedoria gera, naquele que se propõe a buscá-la, um grande conforto, de modo que quem a encontra, diz ele, se torna feliz e quem a possui torna-se santo. (DIDASCALICON, I, 2, p. 26). De acordo com Jerome Taylor, a sabedoria a que Hugo de São Vitor tanto se refere advém da doutrina Agostiniana, que afirma não haver várias sabedorias, mas apenas uma é a Sabedoria que faz o homem ser sábio e esta sabedoria é o próprio Deus (TAYLOR, 1961, p. 14). O mesmo afirma Antonio Machionni, ao comentar que a tradução do termo Sapiencia para a língua portuguesa não consegue traduzir bem o significado que ela tem em latim e nem como é ela utilizada por Hugo de São Vitor e pela tradição patrística e pela tradição posterior, de modo que ela não representa um estágio do conhecimento, “mas a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Jesus Cristo” (MACHIONNI, 2001, p. 10).

No Didascalicon, Hugo de São Vitor se refere à sabedoria como um remédio para o mal do homem. Ele afirma que há dois exercícios que reparam a semelhança divina nos homens: a pratica da virtude e a investigação da verdade. Comenta também que o homem é semelhante a Deus, se comprazendo em ser sábio e justo. Esta investigação da verdade não é outra coisa se não a Filosofia. E a prática da virtude é o que ele definiu como disciplina. (DIDASCALICON, I, 8, p. 41)

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No segundo capítulo do I livro do Didascalicon, Hugo de São Vitor apresenta um comentário sobre a filosofia. Nesta parte o autor afirma ser a filosofia a procura, o amor, a amizade para com a sabedoria. Esta sabedoria, diz ele, não se trata do engenho na utilização de certas técnicas, ou seja, não é uma ciência direcionada para a fabricação de algo, ao contrário esta sabedoria é o do conhecimento ‘completo’, do qual não depende de tecnologia para sua concretização. É uma sabedoria que de nada carece, de espírito vivaz, a razão primeira e única de todas as coisas. (DIDASCALICON, Livro I, cap. 2, p.27)

Segundo Antonio Marchionni, a Filosofia presente em Hugo de São Vitor é a Filosofia Cristã, que tem como ponto de partida a existência do Ser Transcendente, que dá ao mundo a existência, a forma, a matéria e a finalidade e por isso é a causa agente, a causa formal, a causa material e a causa final de tudo que foi criado. Além disto, no documento Didascalicon, Deus é definido como Ratio (Razão), a Ratio ontológica de alguém que é independente da mente humana, é anterior a mente humana, e é causa e ordem desta, de modo que Deus é em si uma ordem, uma harmonia, uma inteligência racional que ao criar o mundo dota-o de sua própria racionalidade, de sua própria ordem. Assim, a Razão Divina encontra-se estendida e depositada em todo o universo e, sobretudo, no homem, de modo que o homem e o universo são espelho, semelhança e, portanto, o homem possui a capacidade de compreender o universo e a realidade (MARCHIONNI, 2001, p. 12).

Para compreender melhor a Filosofia de Hugo de São Vitor, faz-se necessário saber que esta é para o autor, uma ciência, pois como demonstra Flavien Abel Antoine Hugonin, a ciência, em Hugo, é o resultado natural do exercício das faculdades da alma, que se divide em duas partes principais, a Teologia propriamente dita e a Filosofia que compreende todas as artes. Estas duas partes da ciência se distinguem uma da outra pelo seu objeto. “Deus”, diz ele, “fez duas obras que liga o universo dos seres: a criação e a restauração. Pela criação as coisas que não existiam tem o seu nascimento; pela restauração, aquelas que existiam são devidamente melhoradas.” Se a Filosofia tem por objeto o conhecimento cientifico do mundo natural e a Teologia tem por objeto o conhecimento cientifico do mundo sobrenatural, há, portanto, nestas duas partes, que parecem ao mundo moderno tão distintas, o que os une e os que os distinguem. Eles são distintos, segundo Hugo de São Vitor, porque são dois mundos distintos, contudo eles são únicos porque os dois mundos foram criados pelo Verbo de Deus (HUGONIN, 1854: PL 175, LI- LII).

A natureza humana está ferida, segundo o pensamento de Hugo de São Vitor. Ela é constantemente abalada no corpo e no espírito pelas formas sensíveis e materiais que distraem o homem. O homem está desordenado. Então, como restaurar esta ordem? De acordo com Antonio Machionni, a resposta de Hugo de São Vitor para a pergunta feita seria a seguinte: a semelhança do homem com a Sapiência é restaurada mediante a atividade manual do trabalho e, sobretudo, pela atividade intelectual: “somos reparados pelo conhecimento”. É aqui que insere o ato de ler, cuja finalidade é introduzir o leitor e aquele que

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estuda naquele conhecimento que promove em nós a restauração da semelhança com a divindade. O que demonstra uma concepção grandiosa do saber humano (MACHIONNI, 2001, p. 12).

Para que serve a educação? Para onde ir mediante o estudo e a leitura? Para onde um professor de então e de hoje quer levar o aluno pelo ato de ensinar? A resposta é clara em Hugo de São Vitor. Fazer Artes, Teologia, Direito e Medicina tem a finalidade de, conhecendo as maravilhas da natureza, conhecer o Artífice dela. Em suma, o ler e o ensinar são um entretenimento com a Mente divina (MACHIONNI, 2001, p.).

Contudo esta resposta de AntonioMachionni não apresenta ser satisfatória, pois como já fora demonstrado de fato o estudo segundo o pensamento de Hugo de São Vitor tem como sua finalidade conduzir o homem ao encontro com a Sabedoria. Mas, a verdade é que o estudo em Hugo de São Vitor não pode estar dissociado da ação, da conduta humana. Além do mais, a concepção de homem para Hugo de São Vitor corresponde a uma dualidade: corpo e alma, onde a alma é a parte principal do ser humano (DIDASCALICON, Livro I, cap. 2). Por isto, Hugo de São Vitor acrescenta entre as matérias a serem estudadas por seus alunos as sete artes mecânicas: a medicina, a caça, a navegação, a arte de tecer, a agricultura, o teatro. Estas artes mecânicas se contrapõem às artes liberais, as primeiras têm com finalidade manter o corpo, sustentá-lo as ultimas a produzir o desenvolvimento da alma, do intelecto. Contudo, Santo Agostinho já apontava para a aprendizagem das artes mecânicas no seu De Doctrina Christiana. Neste livro, Santo Agostinho, aponta para como estas artes mecânicas podem ser úteis àqueles que querem estudar as Sagradas Escrituras, pondo-as assim a serviço da Teologia. Acreditamos, portanto, que sendo Hugo de São Vitor um grande agostiniano, tenha se servido do modelo de Santo Agostinho, contudo, inserindo novas características.

Como já foi demonstrado, o mestre Vitorino, concebia o estudo associado à prática moral, que por sua vez era baseada no cristianismo. Portanto, concluímos que Hugo de São Vitor tinha como ideal de homem um intelectual, ao mesmo tempo este intelectual deveria ser um perfeito cristão, cujo seu próprio ser está em harmonia, refletindo, novamente, aquela semelhança divina que Hugo de São Vitor diz termos perdida.

Diante deste ideal educacional, pode-se concluir que o modelo humano que Hugo de São Vitor procura desenvolver em sua escola, é a do místico, e tome-se aqui a aquela definição de místico que Etienne Gilson atribui ao próprio Hugo de São Vitor: “um místico instruidissimo e preocupado em tornar o seu saber contemplação”. Pois como reconhece Etienne Gilson, o modo de vida monástica que Hugo concebe, é preenchida por uma serie de exercícios que estão organizados de modo hierárquico: a leitura, a meditação, a prece, a ação e enfim a contemplação, na qual, “recolhendo de certa forma o fruto do que precede, prova-se nesta vida mesma qual será um dia a recompensa das boas obras.” (GILSON, 2001, p. 371).

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REFERÊNCIAS

GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

HOVRE, Frans De. Ensaio de Filosofia Pedagógica. São Paulo: Editora Nacional, 1969

HUGONIN, Flavien A. A. Essai sur la fondation de l’école de Saint-Victor de Paris. In:MIGNE, J.-P. Patrologia Latina: 175, Paris: Garnier Fratres, 1879.

ILLICH, Ivan. In the Vineyard of the text. Londres: The University of Chicago Press, 1993.

REDDEN, John D. & RYAN, Francis A. Filosofia da educação. Rio de Janeiro: AGIR, 1973.

MARCHIONNI, Antonio. Introdução. In: SÃO VITOR, Hugo de. Didascalicon. Tradução Antonio Marchionni. Petropólis: Vozes, 2001

TAYLOR, Jerome. Introdução. In: SÃO VITOR, Hugo de. Didascalicon. Tradução Jerome Taylor. Petropólis: Vozes, 2001.

SÃO VITOR, Hugo de. Didascalicon: A arte de ler. Tradução de Tiago Tondinelli. Campinas: Vide Editorial, 2015.

TEIXEIRA, Anísio: Filosofia e Educação. In: Educação e o mundo moderno; São Paulo, Companhia: Editora Nacional, 1977.

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4 SOMOS EDUCADORES OU APRENDIZES?

Sueli Aparecida Marqueis5

Outro dia, li em algum lugar uma frase interessante que dizia assim: “O melhor

modo de ensinar o filho a amar a vida é ser amado pelos seus pais”. Isso me

fez refletir sobre o assunto. Lembrei-me de vários momentos na infância dos

meus filhos, de como os dias eras corridos com tantos afazeres que pareciam

não ter fim e as noites nem sempre eram tão tranquilas assim, o que contribuía

ainda mais para o cansaço, fora as preocupações normais de uma casa como

conta para pagar, segurança, compromisso com horários, transito e a falta de

tempo para silenciar, meditar e interiorizar.

Apesar desse lado mais desafiador, me pus a pensar que educadores

saudáveis jamais desejam coisas ruins a uma criança, muito pelo contrário,

quantas vezes incentivamos seus talentos, vibramos com as pequenas

conquistas, como: brincar, fazer algo sozinho, praticar um esporte, aprender a

dançar, andar de bicicleta, tocar um instrumento, compartilhar, meditar, se

autoconhecer, entre outros. Tudo isso embasado em valores, como felicidade,

paz, liberdade, o que na prática, significa perdoar alguém, valorizar a união, a

família, as pessoas, ter autorespeito, autocuidado, respeitar o próximo, cuidar

do planeta e ter gratidão, entre tantas outras coisas.

Isso me fez perceber que o sentimento por um filho é o mais puro e próximo

exercício do amor que conseguimos sentir por alguém.

Lembro-me das inúmeras vezes que suas gracinhas me fizeram rir, suas

brincadeiras me faziam tanto bem que tudo se transformava em segundo!

Mesmo nos momentos mais difíceis da vida, fui contagiada pela alegria.

Quantas vezes, um tanto desanimada olhei para os seus rostinhos animados,

enfeitados com um sorriso tão puro! E, reaprendi na vida, o sentido do

entusiasmo. Ou ainda, cabisbaixa e envolvida em preocupações com os

problemas do dia a dia, levantei os olhos para o amanhã e pensando no melhor

para o seu futuro, retomei a fé. Sem falar, nas noites mal dormidas ou nas suas

malcriações, ocasiões em que mesmo sem saber, me ensinavam a

5 Sueli Aparecida Marqueis: Graduada em Comunicação Social pela Universidade Metodista,

Pós-Graduada em Psicologia Transpessoal pela Associação Luso Brasileira de Transpessoal -

Alubrat. Integrante do INTERESPE. Contato: [email protected]

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desenvolver a paciência. Quando começaram a viajar, sair com os amigos na

adolescência e a namorar, não foi fácil! Mas, tive que aprender o desapego. Já

mais crescidos e independentes, saíram pela noite a fora e também pelo

mundo, não teve jeito, tive que superar o medo e reaprender a confiança.

Penso que a divindade nos deu os filhos na Terra com o objetivo de nos fazer

refletir sobre assuntos essenciais na vida, como a espiritualidade. Ter crianças

por perto, sejam eles, filhos, sobrinhos, afilhados ou alunos, significa ter

recebido a missão de educá-los, sobre tudo amá-los, permitindo que também

cresçamos e possamos estar mais próximos da perfeição. Crianças, gratidão

por nos ensinarem a exercitar o amor!

É engraçado, no papel de pais, muitas vezes, reclamamos que os filhos não

nos ouvem. Mas, como filhos do planeta Terra, parece não nos recordarmos da

lição que nos foi ensinada há mais de 2000 anos atrás, e, que até hoje estamos

tentando aprender!

“Viemos como semente na Terra germinar,

trouxemos na bagagem a sabedoria de

amar” (Suely Marqueis).

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5 DESCOBRINDO O SER. A VOZ DO ALUNO...

Ruy Cezar do Espírito Santo

Já que estamos falando de vida e que existe uma maneira muito especial de viver junto do INTERESPE, e sem o Prof. Ruy não teríamos o INTERESPE, trazemos algumas falas de seus alunos para corroborarem com nosso trabalho de expressar gratidão pelo professor nos proporcionar a grande chance de viver nosso projeto de vida que é: a cada dia nos conhecermos mais e mais profundamente, nos desvelarmos e nos revelarmos melhores a cada dia.

“Durante o curso sempre esteve imbuída a questão da criatividade, no sentido de

incentivarmos aquilo que nos é próprio, que nos caracteriza de modo único. E assim

devo ser em meu ato pedagógico. Devo não só enquanto futura pedagoga, mas

enquanto ser humano, ter um real conhecimento da importância, que a minha presença

tem no mundo. Com o autoconhecimento podemos perceber essa importância, pois na

medida em que estamos no mundo e com o mundo, somos o mundo. Não o mundo

humano, mas o universo inteiro, pois somos componentes na sua evolução e

transformação”. “Hoje, posso dizer que sou uma menina-mulher, onde tenho

momentos mesclados desses dois papéis, acho que me encontro num momento de

dúvidas e incertezas, quanto ao que farei, mas considero esse meu estado como

necessário à minha existência e que é passageiro, pois sei que farei o que quero, já

que sou livre e autônoma no meu caminho, mas também dependo dos outros para agir

e reagir. Hoje sou a M. ser humano, menina-mulher, futura pedagoga, mas sou mais,

além disso: sou vida diante da beleza do universo” (M.C.E. - Pedagogia PUC – 2.000).

“Acredito ser esta palavra a síntese do meu caminho de aprofundamento na sua

disciplina: COMPAIXÃO. Esta palavra para mim possui um sabor novo, o de comunhão.

Realmente todos nós possuímos uma mesma essência, que nos leva a nos acolhermos

como diferentes. Eu agora digo não a um relacionamento de suportar um ao outro. Eu

parto agora com o desejo de conhecer a mim mesma partindo do outro, que é a ‘ visão

de nós mesmos’. É o amor, como você sempre nos repetiu o fundamento e o motivo do

nosso viver e que nos faz sempre livres, saboreando o gosto de viver” (R.B.X. –

Pedagogia PUC 2.002).

“O que mais pude desenvolver ao longo de nossas aulas foi a minha sensibilidade, que

estava perdida, ou talvez não fizesse parte, para mim, da didática. Didática, vai muito

além de modelos prontos e receitas. ”... “No meu estágio pude ter contato e ver como

tudo isto está perdido. Os professores tratam e agem com os alunos, como se todos

fossem iguais, com os mesmos sentimentos e expectativas. Já vem com uma receita

pronta (BA, BE, BI, BO, BU) e a passa para a lousa, para o aluno copiar e ela corrigir.

”...” Deve fazer parte da didática do professor a compreensão de que o aluno não é

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apenas um corpo, com um cérebro e sim um ser que possui também um espírito e que

ele é individual. Quando o professor possui esta compreensão de que cada ser é único

e aprender a respeitar esta individualidade, sua relação com o aluno fica mais

próxima e o ensino e a aprendizagem mais prazerosos. (R.E.C. – PUC Pedagogia 2.001).

“Os professores ainda acreditam que ‘sabem tudo’ e que os alunos ‘não sabem nada’,

assim não há ‘autotransformação’ nem para o professor, nem para o aluno. O primeiro

passo para a mudança interior é assumir que ‘nada sabemos’; essa afirmação trará a

humildade necessária ao educador, para ‘ouvir seus alunos’, o que trará a possibilidade

de conexão . Não posso querer obter conexão com o Outro sem primeiro conectar-me

com o Outro em mim mesma. Essa busca interior faz toda a diferença. Deveria

existir em todas as séries a disciplina do autoconhecimento, assim seria trabalhada

com os alunos a conscientização através de diários, de conversas em grupo , da arte...

Seria discutido o quanto criamos ilusões para nós mesmos , quanto poder existe em

nossos pensamentos e ações, como podemos destruir e criar.” (P.C.L. - PUC –

Pedagogia 2.003).

“È impossível voltar ao tempo passado para que possa resgatar algo perdido. O que

vale realmente é a consciência adquirida do que se perdeu e a criação de uma

disposição para mudar, ou seja, fazer com que minha auto-compreensão acorde, para

que a luz da consciência brilhe em mim. Dessa maneira, naturalmente eu resgato o

sentido de mim mesma, pois novos domínios de compreensão, como a investigação, a

observações e o olhar se fazem presentes; por isso é fundamental escrever, para que

eu registre meu pensamento e reescreva quando necessário a respeito de minhas

novas experiências. ”...” Pessoalmente o que foi mais importante, sem dúvida, são os

questionamentos que faço sobre mim mesma; os caminhos que estou escolhendo; se

são suficientes para que eu atinja meus objetivos; em que posso melhorar; se estou

lidando bem comigo e com as pessoas à minha volta...” (L.M. PUC – Pedagogia – 2.003).

“Assim como todas as criaturas afundadas em suas rotinas, o tempo ainda é um

dominante em tudo que faço. Admiro a R. por ter conseguido se abster do uso dos

ponteiros, que giram incansavelmente, noite e dia, dia e noite, nos tornando escravos

de seu funcionamento. Talvez por isso, não sou capaz de manter uma disciplina ao

longo da vida; encontro-me numa constante corrida contra os minutos que me

escapam dos dedos”. “Acorde, olhe para o céu , fale alto para que todos lhe ouçam ,

grite se for preciso, sorria para o homem enfezado, mesmo sem ser correspondido,

escolha um dia para não se importar com os comentários alheios, aproveite para dar

um abraço em quem você gosta e nunca teve coragem, elogie alguém, sem esperar que

seja recíproco, cumprimente o motorista vizinho, quando o trânsito for intenso , tome

sorvete, enquanto todos reclamam do frio, vista aquela sua blusa fora de moda, e se

alguém criticar, diga que o chique é ser autêntico e “démodé”, cante no corredor e

surpreenda-se com a beleza de seu próprio eco, estacione o carro a cinco quadras de

seu destino e contemple o caminho, mude o caminho e olhe o entorno , mantenha

calma quando todos arrancarem os cabelos, leia a coluna de fofocas sem a culpa de

um ato frívolo, tome suco ao cair da tarde, ligue para um amigo distante, não importa

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o motivo, apenas ligue, e diga que se lembrou dele hoje, coma um doce, dois se quiser,

deixe para amanhã os efeitos calóricos, desprenda-se das horas, oriente-se pela luz

nas janelas, roube um beijo, sem pedir desculpas, ouça aquele vinil velho e riscado,

resgate as memórias, emocione-se, volte ao presente, olhe para o céu novamente,

observe as cores, as nuvens, suas formas e movimentos, ouça mais e fale menos,

sente do lado esquerdo ao invés do usual direito, saboreie um “hot dog” no lugar do

arroz com feijão, por um breve momento aposente o celular, esqueça os

compromissos, mentalize um desejo, o céu mais uma vez, olhe, extasiante não é

mesmo ?! Pronto, mais um dia diferente de todos os outros” (F.I. PUC Pedagogia –

2.002).

“Educar, “Pantomima” em vários atos, bailado interpretado principalmente pelo

indivíduo agente do processo educativo. Figurino utilizado: a malha mais confortável

para viver o dia-a-dia plenamente e que melhor se adapte ao seu movimento interior.

Realmente, o artista em sua fantasia consegue vencer dragões, conquistar o amor

impossível e erguer máquinas e engenhocas incríveis, mas basta desfazer-se da

personagem, que volta novamente a ser aquele individuo frágil, inseguro e prisioneiro

da própria sombra, mortal como todos os outros mortais. Acredito que a arte está

totalmente ligada a educação, através da percepção, da expressão, da explosão de

idéias e da construção de características de uma determinada “personagem”... Pode

ser que quando eu termine o curso, não me recorde da teoria, dos filósofos ou dos

pensadores vistos no decorrer de todos esses anos, mas com certeza recordarei da

essência de suas aulas. Recordarei que nelas encontrei o que tanto procurava na

educação, e que por momentos pensava serem só coisas vistas na infância, com um

mestre querido e que ficaram guardadas na memória; encontrei nas suas aulas o que

as lembranças me fizeram tentar colocar em prática” (J.V.R. PUC – Pedagogia 2002).

(parte do relato de aluna que fez o exercício de olhar os olhos no espelho, e depois

buscou os olhos de um seu aluno)

“No começo me deu um certo pavor, depois percebi que existo e faço parte da minha

própria vida; isso me trouxe satisfação e ao mesmo tempo um certo medo por

conseguir me enxergar, como uma pessoa única e que faço parte de um mundo

enorme, que ao mesmo tempo é pequeno porque consegui me encontrar diante dele.

No dia seguinte resolvi fazer o exercício com um aluno que dá muito trabalho na sala

de aula. Na hora do recreio todos os alunos saíram e pedi para que ele ficasse.

Olhando nos seus olhos, coloquei a mão em seu ombro e perguntei: - O que está

acontecendo com você? Ele ficou assustado e não respondeu nada. Ficamos alguns

instantes em silêncio.

Novamente perguntei: - O que está acontecendo com você? Pode contar comigo,

estou aqui como amiga. Ele encheu seus olhos de lágrimas e me falou: - Não posso

falar, pois você vai contar ao meu pai. Respondi: - Sou sua amiga. Ele não agüentou e

começou a chorar e me contou toda a sua vida e suas mágoas. Comecei a entender

porque ele é bagunceiro; é uma maneira de sufocar sua dor e seus problemas que são

sérios.

Depois disso mudei minha postura com ele, por compreender e entender sua vida; ele

também mudou comigo. Hoje vejo que ele me vê como amiga e tem muita confiança,

pois tudo que precisa vem falar comigo. Todos os dias chega à sala e me dá um

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enorme abraço, senta e participa da aula. Olhei o tempo todo em seus olhos

fisicamente; foi como descobrir, que eu me “Amo” e posso transmitir esse amor. (E.C.

PUC – Pedagogia 2.003).

(outra experiência do exercício referido no item anterior)

“Ruy, em primeiro lugar quero lhe confessar que venho tentando fazer essa

experiência há muitos anos. Só que nunca consegui me olhar mais que um minuto. E

agora me deparava com um exercício que tinha que fazer, não poderia mais fugir.

Demorei uma semana para conseguir, foi muito difícil. Sentia medo, quando percebia

que alguma coisa estava mudando dentro de mim. Então parava de me olhar. Na sexta

feira sua aula mexeu muito comigo e pensei: vai ser hoje. Cheguei em casa a meia-

noite, tomei banho, jantei e quando percebi que só eu estava acordada resolvi fazer o

exercício do espelho. Primeiro voltei a sentir aquele medo como de costume, mas fui

forte e não parei de me olhar. Depois fui superando o medo e cada vez mais me

buscando de dentro de meus olhos.

Ruy.... Algo extraordinário aconteceu! Eu pude ver minha alma.

Senti uma emoção que jamais conseguirei lhe explicar em palavras. Chorei muito,

sorri muito, e o melhor de tudo: pela primeira vez eu me amei muito!

Sim, pode acreditar; em 26 anos de vida era a primeira vez que me amava de verdade.

Sempre me achei feia, sem graça e inferior às outras pessoas. Acho que deve ser por

isso que me tornei uma pessoa muito carente. Pensei tudo isso a meu respeito por

longos anos e de repente uma pessoa maravilhosa me aparece e o mais curioso é que

“ela” sempre esteve ali e eu nunca percebi...

Como pude demorar 26 anos para me amar e dizer isso com todas as letras, olhando

para os meus próprios olhos?!

Sempre vivi como se fosse incompleta, parecia que me faltava alguma coisa. Agora

não me falta nada, sou completa e sou feliz. Cheguei a conclusão de que ninguém tem

o poder de nos fazer felizes a não ser nós mesmos” (E.A.A.- PUC Pedagogia 2.003).

“Novamente dirijo-lhe a palavra (com muita alegria) e hoje digo que tudo é “conexão”,

aliás, essa palavra se tornou muito significativa para mim. É necessário conhecermos

a nós mesmos para agirmos na Educação com o outro, o que geralmente não ocorre.

Para muitos professores, os alunos são somente cérebros que devem receber

informações, esquecendo-se que existe o aluno que sente, percebe, tem Luz e pode

refletir essa Luz para o mundo. Não consigo perceber a Filosofia desprendida do

autoconhecimento. E novamente conexão! Tudo é conexão!!! Como é belo perceber

essa imensidão!! Essa amplitude, a dimensão!! Novamente tudo é importante, porque

aprendi a arte de viver a vida... REALMENTE! É desfrutar cada coisa, assim como

enxergar uma flor no meio do trânsito; enxergar o movimento dos carros como uma

dança; enxergar a beleza do olhar no outro, num ato de olhar sincero, um olhar com

carinho.

Não somente na Educação... A vida deve ser assim, vivida PLENAMENTE!! “(E.A.C. –

PUC – Pedagogia 2002).

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“O mais importante para mim, foi conhecer um pouco da C.. Andávamos tão distantes,

e embora estejamos sempre tão juntas não a via, não a ouvia, não a sentia há muito

tempo, foi um encontro muito significativo, que mudará as duas daqui para a frente.

Levamos um objeto significativo para nós, e se hoje a pergunta se repetisse: - Qual o

objeto mais significativo para você? Por quê? Minha resposta seria outra, com

certeza o desenho da “Ferida Aberta” e do encontro com o Graal. Nada jamais me

tocou em tal profundidade, aquele desenho “sou eu”, explica minhas atitudes,

virtudes, sentimentos... Foi a maior expressão que já fiz, expressei minha alma sem

saber, fazendo um desenho pensando mais no Rei do que em mim, e o Ruy, com sua

sabedoria suprema, relatou o que viu naquele desenho, e neste momento senti

arrepios, meu coração bateu mais forte e eu me encontrei por inteira. Senti vontade

de chorar, não nego, mas também senti alegria, pois foi a primeira vez que uma

pessoa falou das minhas atitudes sem crítica, e sim como uma razão, um sentido.

Assim como eu sempre digo, as pessoas têm atitudes que condizem com sentimentos,

com um motivo, por isso nunca julgue, pois você nunca esteve em seu coração para

sentir-lhe. Por mais que eu gostasse dos demais trabalhos, sei que aprendi com todos,

esse foi o melhor, o auge. É difícil uma pessoa sozinha, sem esse respaldo que as

aulas nos deram, conseguir ter esse nível de percepção de si mesma; percebo que

este é um processo, que no início foi difícil, tanto me “abrir” quanto me descobrir,

mas hoje vejo tudo diferente e claro. “(C.R.S. – PUC- Pedagogia 2003).

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6 INTERESPE NAS ESCOLAS

Izilda Castellani6

Continuamos com o projeto de realizarmos encontros e palestras nas escolas

levando a mensagem do INTERESPE.

Em maio o Prof. Ruy esteve na Escola Municipal Prof.ª Marina Melander

Coutinho. A presença do Prof. Ruy em nossa escola causou impacto suficiente

para nos convidar (desafia-nos) a dar continuidade nos trabalhos nesta unidade

escolar.

Quando fui solicitar espaço para ouvir os professores em relação a palestra do

Professor Ruy, a Coordenadora já havia feito este trabalho no formato

avaliação anônima. Com as seguintes perguntas: 1) Em sua opinião, quais

foram os aspectos mais interessantes durante a explanação do professor? 2)

Com base na proposta do professor Ruy, cite algumas ações e/ou atividades

que: a) Sejam possíveis de serem colocadas em prática na nossa escola; b)

Sejam difíceis de darem certo em nossa unidade escolar.

Na primeira questão citaram valorização do autoconhecimento, a importância

do olhar e da conversa individual com o aluno, afetividade abordada nas suas

experiências [do professor], clareza na exposição das ideias.

Uma profissional chegou a mencionar que a teoria do professor é interessante

no campo das ideias, isto é, “teoria e prática não se completando”.

Entendi que a maioria participou e ficou atenta a mensagem do professor,

porém nem todas tiveram a compreensão de que é possível sim a prática do

ato de amar. Mas será que elas/eles se conhecem o suficiente para ver estas

possibilidades neles próprios e nos alunos?

Na questão “2.a” mencionaram o diálogo como algo essencial, têm tentado

melhorar os relacionamentos com os alunos, questão do afeto e do toque,

conversas individuais, escuta aberta. Neste ponto a maioria novamente se

posiciona como possibilidades colocar em prática os exercícios propostos pelo

professor e até avançam mais. Todavia ao responderem à questão seguinte,

6 Izilda Castelani: Mestre em Educação pela Universidade Metodista _UMESP; Especialista

em Gestão Escolar pela UNICAMP; Graduação em Pedagogia pela OSEC. Atua em escolas

públicas desde 1978. Contato: [email protected]

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“2.b” a maior dificuldade encontrada por todos foi a questão, trazer os pais para

a escola. Chegaram a achar engraçado passar um vídeo no domingo.

Colocações como: “...acho muito difícil a presença dos pais, principalmente dos

alunos com mais dificuldades”. “Os pais para conversas ou discussões a partir

de filmes e palestras”. “A questão de trazer a família para a escola, passar um

filme num sábado...”. “Envolver a comunidade escolar em projetos que iniciem

e finalizem com os objetivos alcançados de fato”.

Observo que os professores até conseguem ver que há possibilidade de fazer,

mas têm receio de arriscar algo novo. Mesmo tendo utilizado palavras como:

difícil, várias vezes, não disseram impossível, inviável, que não fariam,

portanto, entendo que se continuarmos mostrando através de oficinas,

primeiramente com os professores, de modo que eles encontrem suas próprias

aberturas e sentimentos perceberão que é possível sim, chegarem até os

alunos.

Depoimento

Estiveram presentes cerca de 40 professores do Ensino Fundamental I e II para

apreciar a palestra do Prof. Ruy. O professor dialogou com os professores sobre

autoconhecimento, espiritualidade e educação interdisciplinar. Ele abordou ainda a

história da humanidade sob seu ponto de vista, falando que o mundo passou da

‘adolescência’ para a ‘maturidade’, no pós-guerra, elucidando que os valores devem

nortear a educação em todos os níveis.

A maioria dos professores considerou a palestra enriquecedora e coerente com a

filosofia da escola, teceram elogios no sentido haver na fala do professor uma grande

preocupação com a valorização das pessoas no ambiente escolar e social. Todavia,

alguns professores sinalizaram que é muito difícil aplicar os pressupostos trazidos

pelo professor Ruy na realidade da escola pública em que estamos inseridos, uma vez

que fazer com que os pais se interessem pela vida escolar dos filhos já é uma

dificuldade para a equipe escolar, sendo esse um obstáculo para outras ações que

envolvam a parceria com a comunidade, conforme proposto pelo ilustre convidado.

Em virtude de seu trabalho autoral sobre temáticas condizentes à esfera educacional

e humanística, a visita do Professor Ruy foi relevante ao momento, visto que ele nos

trouxe suas vivências e reflexões no campo da educação, a partir de um olhar

apurado para o ser humano. A Coordenação Pedagógica7 considera o discurso do

palestrante extremamente adequado e motivador, adotando inclusive o livro do

professor “Desafios na formação do Educador” como referência bibliográfica para

trabalhar com nossos grupos de estudo.

7 Larissa Farina Barragan e Fátima do Nascimento Campanella – Coordenadoras Pedagógicas da WMEF Profa. Maria Melander Coutinho.

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7 REIKI NA COMUNIDADE

Herminia Prado Godoy8 Telma Maria Beneduzzi9

Maria Izabel Campos10 Maria Conceição Spinelli11

Desde 2012 pedi ao professor Ruy sua autorização para que eu desenvolvesse

a pesquisa com o Reiki dentro da linha de Pesquisa do INTERESPE que diz

respeito: interdisiciplinaridade, espiritualidade e autoconhecimento.

Até 2016 nos dispusemos a verificar as possibilidades do uso das técnicas do

Reiki pelos professores e alunos nas salas de aula do Ensino básico e

fundamental como um instrumento de ensino do autocontrole,

autoconhecimento e equilíbrio dos alunos em sala de aula.

Em 2017 pudemos perceber que a utilização do Reiki como um instrumento de

suporte de equilíbrio, bem-estar, autoconhecimento tanto para a escola,

professores e alunos ainda se encontra em uma realidade muito distante. As

portas das escolas ainda se encontram fechadas para nos receber, bem como,

mesmo a oferta do curso gratuito aos professores ainda não estimulam os

mesmos a participarem do projeto.

Decidimos além de continuar a oferecermos anualmente a formação de

Reikianos e recebermos dois sujeitos de pesquisa ligados a escolas,

resolvemos levar o Reiki para a comunidade para que as pessoas pudessem

8 Herminia Prado Godoy - Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em

Interdisciplinaridade- GEPI e do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e

Espiritualidade – INTERESPE do Programa de Pós Graduação: Educação/Currículo da

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP. Mestre Reiki e Terapeuta

Consciencial. CV: http://lattes.cnpq.br/1130515834292714; E-mail:

[email protected]

9 Telma Maria Beneduzzi – Mestre Reiki; Mestre em psicologia (PUC/SP); Especialista em

Terapia Regressiva (CDEC/SP), Psicóloga, participante dos grupos de pesquisa sobre

interdisciplinaridade, espiritualidade e consciência (GEPI, INTERESPE e GEC). Contato:

[email protected]

10 Maria Isabel Campos – Professora aposentada e Mestre Reiki (GEC).

11 Maria Conceição Spinelli – Cientista Social e Mestre Reiki (GEC).

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ser beneficiadas pelas técnicas e pudessem conversar conosco sobre este

excelente recurso de equilíbrio energético espiritual.

Verificamos que em nosso próprio meio social e profissional as pessoas

solicitavam maiores explicações e demonstrações do que seria o Reiki. Sendo

assim resolvemos aceitar os convites e irmos até os locais solicitantes.

Realizamos dia 09 de junho no período das 11:00 as 15:30 h nosso primeiro

encontro Reiki na loja: Ohh de casa, situada na Vila Madalena - São Paulo.

Fomos gentilmente recebidas pelos proprietários da loja. Montamos nossa

maca no jardim existente no meio da loja e passamos a atender as pessoas

que entravam na loja. Pudemos reunir um grupo de 6 pessoas e explicamos a

elas o que significava o Reiki e quais eram os procedimentos e finalidades do

tratamento.

Sentimo-nos contentes e muito felizes deste contato que fizemos e já estamos

com outros encontros agendados.

Seguem algumas fotos de nosso trabalho e alguns depoimentos que

recebemos.

“Foi um momento de se conectar com energias boas de cura e de fluidez.

Receber a equipe do Reiki foi muito gratificante , é as clientes adoraram a experiência”

(Márcia- proprietária da loja).

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“Foi um trabalho inspirador. A recepção do pessoal da loja e das(os) clientes foi contagiante.

Aplicamos o Reiki e recebemos energia de amor. Saímos felizes com a sensação de que fizemos

o nosso melhor” (Maria Conceição)”.

“A experiência de ministrar o Reiki foi muito gratificante para mim. Fiz de coração e com

alegria. Senti-me muito em nessa troca de energia. Doar foi melhor que receber. Conte

comigo!” (Maria Isabel).

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8 PROCESSOS DE VIDA

Ana Lúcia Machado12

A história do homem sobre a terra é uma história de ruptura com processos

vivos. A sociedade atual “beneficiada” cada vez mais pelos avanços

tecnológicos, esqueceu algo tão salutar para o desenvolvimento humano: a

vivência de processos.

Hoje em dia entregamos a feitura de quase tudo para as máquinas, desde a

comida até a roupa, incluindo brinquedo e muitos outros artigos. As gerações

mais novas não imaginam como as coisas são realmente feitas, e com isso

hoje ninguém mais vivencia os processos de feitura das coisas.

Tudo vem pronto. Na alimentação apenas temos o trabalho de tirar das

embalagens e das caixinhas aquilo que consumimos. A indústria alimentícia

eliminou a alquimia encantadora da cozinha criando os enlatados, os

instantâneos - o fast food. Acabou com o processo de preparo das refeições,

as transformações químicas dos alimentos, e os aromas dos temperos.

No vestuário, com a proliferação das roupas produzidas em escala, em países

como a China, basta olhar as centenas de vitrines dos shoppings center,

escolher um modelo, vestir no provador, comprar e sair de roupa nova. A

indústria têxtil e da moda baniram os famosos ateliês de costura e os alfaiates.

A indústria do entretenimento embalou o lúdico num lindo pacote de viagens,

brincadeiras, jogos e brinquedos, garantindo diversão imediata para todas as

idades. Seu exemplo máximo é a Disney. Com seus simuladores, é capaz de

reproduzir as mais incríveis sensações de quase tudo, nos transportando a

diversas paisagens do mundo: Índia, África, muralhas da China, pinguins na

Antárctica, etc. Com direito a sentir até o cheiro da maresia ao simular um

sobrevoo no mar, a brisa gelada, vapor de cachoeira e muito mais.

12 Ana Lúcia Machado: Pós-graduando em Deficiência Intelectual pelo Instituto APAE de São

Paulo/Unifenas. Pós-Graduada em Transdisciplinariedade em Educação, Saúde, Liderança e

Cultura de Paz pela UNIPAZ, com curso em Pedagogia Waldorf pelo Centro de Formação de

professores Waldorf de São Paulo. Contato: [email protected]

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A imagem pronta dos filmes e desenhos animados nas pequenas, médias e

grandes telas, inibiu a imaginação, expressão do EU, que se inicia num

processo de criação das imagens internas de cada um.

As lembranças que carrego comigo são bem diferentes de tudo isso. Minha

avó, como boa mineira, cozinhava comidinhas deliciosas. Lembro que

acompanhava seus movimentos na cozinha, e me encantava com o trabalho

das suas mãos hábeis e ágeis. Ninguém fazia croquetes de carne como ela.

Nunca mais provei igual. Adorava seus bolinhos de arroz, era fã das suas

panquecas de carne, mas os doces eram sua especialidade: arroz doce, doce

de abóbora, e o famoso doce de leite.

Vovó colocava na panela o leite condensado, a manteiga, o cocô ralado, e o

açúcar. Misturava os ingredientes e mexia com a colher de pau durante um

tempão. Quando finalmente a massa ficava mais encorpada, ela retirava do

fogo e despejava sob a pia de mármore esticando-a. Humm! Aquele cheirinho

gostoso que se espalhava pela cozinha, aguçava as papilas gustativas e lá

corria eu para raspar a panela e lamber a colher de pau.

Depois de horas, quando a massa havia esfriado, vinha o momento que eu

mais gostava. Vovó virava uma artista. Com uma faca enorme, ela cortava o

doce em losangos, em tamanhos iguaizinhos! Eu ficava admirada! Depois

colocava num pote de vidro transparente e guardava no armário da cozinha.

Porém rapidamente aquele pote se esvaziava. Os netos, vovô, minha tia,

davam conta rapidamente de acabar com tudo.

Lembro também que ao completar 15 anos minha mãe preparou uma festa. Ela

que sempre foi uma mulher de muitos talentos, costurava, e foi quem

confeccionou meu vestido. Começamos pesquisando várias revistas de moda.

Depois de escolhido um lindo modelo, definimos a cor. Em seguida saímos

para comprar o tecido, e os aviamentos. O tecido que compramos era

esvoaçante e antes dela começar o trabalho, me enrolei nele várias vezes na

frente do espelho e imaginei como eu ficaria no vestido maravilhoso que

sonhei.

Mamãe copiou o molde no papel, recortou-o, e cortou o tecido com base no

molde. Alinhavou umas partes, outras, alfinetou para que eu pudesse fazer a

primeira prova do vestido. Foram várias provas e algumas alfinetadas, até que

o vestido mais lindo do mundo ficou pronto!

Enquanto mamãe foi costurando, eu fui sonhando com o vestido finalizado e

com o dia da festa. Cada etapa da confecção do vestido foi aos poucos me

preparando para o grande dia. Todo este tempo de espera que durou várias

semanas, teve grande importância para o amadurecimento dos meus

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sentimentos e emoções. Vibrei e saboreei essas semanas tanto quanto o dia

da festa, que foi inesquecível.

Recentemente ouvi de uma professora da Educação Infantil de uma escola na

cidade de Novo Hamburgo (RS), uma história interessante. Essa escola, com

um espaço verde muito pequeno, fez parceria com a igreja vizinha para que as

crianças pudessem desfrutar seu amplo gramado com laranjeiras e outras

árvores frutíferas. As crianças passaram a frequentar esse espaço para ler e

ouvir histórias, para fazer piqueniques, e brincar livremente. Como na ocasião

era o período final do ciclo das frutas, haviam muitas caídas de madura pelo

chão. A professora contou que as crianças ao verem as laranjas espalhadas

pelo gramado, ficaram indignadas e perguntaram:

-Quem fez isso com as laranjas?

Elas não fizeram relação entre o pé de laranja e a fruta caída no chão.

Será que chegamos ao ápice da desconexão com a vida?

Todas as coisas na natureza são processos de vida. O que caracteriza o

processo?

-desencadeamento de etapas que vão se sucedendo aos poucos

-formações, crescimento, transformações

-ações e reações

-movimento, dinamismo

-tempo de amadurecimento

Qual o grande aprendizado da vivência de processos?

Podemos dizer que a paciência, saber esperar, faz parte desse aprendizado. A

vivência de processos tem um sentido educativo e terapêutico. No decorrer

dela, vamos ganhando confiança, nos tornando mais seguros, superando

medos e angústias. Amadurecemos ideias e sentimentos. É durante o processo

que experimentamos, acrescentamos, lapidamos, cortamos arestas e

mudanças vão acontecendo.

Processo é vida, é como a beleza das paisagens de uma viagem – paisagens

que alegram e nutrem a alma. Com a eliminação de processos podemos até

chegar mais rápido ao destino final, entretanto tornamos o percurso mais

pobre. Vale a pena refletir sobre o que estamos ganhando e perdendo com

isso.

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9 UMA INSPIRAÇÃO ....

Simone Andrade13

Essa poesia foi ‘inspirada’ na Aula da Profª Dra. Maurina Passos G.

Oliveira ocorrida no Gepi (grupo de estudos e pesquisa em

interdisciplinaridade) no dia 31/08/2017.

Percepção da Vida no silêncio da alma...

Estar presente em nossa totalidade...

Para sentir, estar e escutar

O que vem mais de dentro...

Conecta com a nossa inteireza ...

Num Eterno Encontro...no silenciar da nossa alma...

Nos leva a revelar sem limites...

Nosso verdadeiro Ser...

Que resplandece na beleza com toda a magnitude

Na natureza...

Seja nos oceanos, nas flores, nas montanhas, nas matas e nas ventanias

Enfim, a Vida em sua plenitude...

Se revela na sombra e na luz.

Reverberando a nossa essência.

O grande mistério da existência ...

Com amor, gentileza e gratidão...

Para a essencial partilha....

Basta silenciar para poder ecoar A vida que pulsa

Em cada Coração

13 Simone Moura Andrioli de Castro Andrade: Doutoranda em Educação: Currículo- PUC/SP. Pesquisadora do GEPI, Membro da Aliança pela Infância e INTERESPE. Contato: [email protected]

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10 HOMO ETERNUS

Gazy Andraus14

Jorge del Bianco15

14 Gazy Andraus - Graduado em Educação Artística pela FAAP, e mestrado pela UNESP

versando sobre histórias em quadrinhos (HQ) com mensagens koânicas. Contado:

[email protected]

15 Jorge del Bianco (cor). Artista visual formado pela UFG e designer. Email: [email protected]

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O Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e

Espiritualidade na Educação – INTERESPE

O Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e Espiritualidade na Educação – INTERESPE, que teve seu início em 2005. Conta com profissionais das diversas áreas do saber. Sua linha de pesquisa: a interdisciplinaridade, a espiritualidade e o autoconhecimento pretende: buscar em todos os campos existenciais as transformações que ocorrem ou devem ocorrer a partir da consciência da espiritualidade presente em cada Ser Humano e que transcende simplesmente uma crença em direção ao universo do saber. Sim, o que se transforma em nossas vidas a partir da consciência de nossa realidade espiritual? Propõe que as suas reflexões caminhem para um dos campos: Sexualidade, Saúde, Alimentação, Brincar, Relacionamento, Tecnologia, Educação propriamente dita, Trabalho profissional, Propriedade, Religiosidade, Segurança e Medo, Política, Integração Racial e Meio Ambiente. Seus integrantes escrevem livros, artigos e realizam pesquisas e palestras. Em 2016 o grupo se apresentou no GEPI-PUCSP, no Fala Sampa e na Faculdade Anhembi-Morumbi. Lançou a revista INTERESPE número 6 em junho e agora em dezembro a número 7-ISSN 2179-7498. Site: http://www.pucssp.br/interespe

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EQUIPE EDITORIAL

Editores

Científico: Ruy Cezar do Espírito Santo - Professor Titular da

Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo- PUCSP e professor titular da Fundação Armando Álvares Penteado (FAP) e professor na UNIMESP, no programa latu-sensu denominado "Docência do Ensino Superior". Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e Espiritualidade – INPERESPE, e Colaborador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade- GEPI do Programa de Pós Graduação: Educação/Currículo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP. Doutor em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/1998). Mestre em Educação/Currículo pela PUCSP (1991). Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP/1957). CV: http://lattes.cnpq.br/7857468452892458; Contato: [email protected]

Administrativa: Herminia Prado Godoy - Pesquisadora do

Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade- GEPI e do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e Espiritualidade – INTERESPE do Programa de Pós Graduação: Educação/Currículo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP e Integrante do Grupo de Estudos de Hipnose – GEH da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Psicóloga Clínica. Pós-doutora em Interdisciplinaridade pelo GEPI/PUCSP (2011). Doutora em Educação/Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP/2011). Mestra em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie/1999). PhD em Regression Therapy em 2000 pela AAPLE (USA). Graduada em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP/1978). Especialista pelo CRP/06 em Psicologia Clínica e Forense. CV: http://lattes.cnpq.br/1130515834292714; Contato: [email protected]

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Conselho Editorial

Gazy Andraus - Graduado em Educação Artística pela FAAP, e

mestrado pela UNESP versando sobre histórias em quadrinhos (HQ) com mensagens

koânicas. Seu doutorado em ciências da comunicação pela ECA-USP enfatiza a

importância das HQ como arte e comunicação que podem e devem ser usadas no

ensino, inclusive o universitário, já que promovem uma inteligência sistêmica

(cartesiano/criativa), e sua tese foi premiada como melhor de 2006 pelo HQMIX. É

professor designado do curso de Pedagogia da Universidade estadual de Minas

Gerais (UEMG), unidade de Campanha-M; pesquisador do Observatório de

Quadrinhos da ECA-USP, autor de HQ autorais adultas de temática fantástico-

filosófica e editor independente de fanzines. Contato: [email protected] CV:

http://lattes.cnpq.br/0256950026952623. Contado: [email protected]

Ivani Catarina Arantes Fazenda - Professora titular do

Programa de Pós Graduação: Educação/Currículo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUCSP. Professora associada do CRIE (Centre de Recherche et intervention educative) da Universidade de Sherbrooke - Canadá, membro fundador do Instituto Luso Brasileiro de Ciências da Educação-Universidade de Evora - Portugal. Líder do GEPI (Grupo de Estudos e Pesquisas em Interdisciplinaridade). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade- GEPI e Colaboradora do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e Espiritualidade – INTERESPE. Livre docente em Didática pela Universidade do Estado de São Paulo (UNIVESP/1991). Doutora em Antropologia pela Universidade de São Paulo (UNESP/1984). Mestra em Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP/1978). Graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP/1963). CV: http://lattes.cnpq.br/9538159500171350; site: http://pucsp.br/gepi; E-mail: [email protected]

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Simone Moura Andrioli de Castro Andrade: Doutoranda em

Educação: Currículo- PUC/SP. Especializada em bases da Medicina Integrativa pelo Einstein. Possui Certificação Internacional de Coaching Mentoring & Holomentoring pelo instituto Holos. Especialista em psicoterapia de orientação Junguiana coligada às técnicas corporais no Instituto Sedes Sapientes. Graduada em Psicologia - PUC/SP. Desenvolve trabalho como orientadora profissional, em clínica, escolas, com atendimento individual ou em grupo. Psicoterapeuta de jovens, adultos e orientação de pais. Cocriadora do projeto: “Projeto terapêutico de orientação profissional”. Coordenou o Projeto social Integração Real durante cinco anos. Psicoterapeuta da Regressão pelo CDEC, Terapeuta da Consciência Multidimensional - Centro de Estudos e Pesquisas da Consciência. Pesquisadora do GEPI, Membro da Aliança pela

Infância e INTERESPE. CV: http://lattes.cnpq.br/0618029679833651. Contato:

[email protected]

Telma Teixeira De Oliveira Almeida - Doutora em

Educação: Currículo-Interdisciplinaridade - GEPI(Grupo de estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade), PUC/SP, Pesquisadora do Grupo de Pesquisa INTERESPE (Grupo de Estudos e Pesquisas em Interdisciplinaridade e Espiritualidade na Educação) PUC/SP. Mestre em Educação pela UNIMEP de Piracicaba/SP, Especialista em Docência pela UNIMESP/Guarulhos/SP, Graduada em Educação Física pelo Instituto Gammon Lavras/MG. Coordenadora e Profª do Curso de Pedagogia e Professora da Faculdade de Educação Física da FIG/UNIMESP/Guarulhos/SP. Professora da Pós-Graduação da UNIÍTALO/SP. Autora das obras Jogos e Brincadeiras no Ensino Infantil e Fundamental e Educação Física

no Ensino Fundamental com atividades de Inclusão pela Cortez/Editora. CV: http://lattes.cnpq.br/1406608653225183. Contato: [email protected]

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Pareceristas

Ana Lúcia Machado: Pós-graduando em Deficiência Intelectual pelo Instituto APAE

de São Paulo/Unifenas. Pós-Graduada em Transdisciplinariedade em Educação,

Saúde, Liderança e Cultura de Paz pela UNIPAZ, com curso em Pedagogia Waldorf

pelo Centro de Formação de professores Waldorf de São Paulo. Graduada em

Relações Públicas pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Autora do

livro Clarear – a pedagogia Waldorf em debate e do blog Educando Tudo Muda

www.educandotudomuda.com.br Coordenadora do projeto Playoutside - alegria de

brincar na natureza. Membro da Aliança pela Infância, Rede Nacional Primeira

Infância e INTERESPE. Contato: [email protected]

Elenice Giosa - Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano - USP.

Mestre em Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas - PUC/SP. Graduada em Letras: Tradutor e Intérprete. Docente em curso de graduação. Pesquisadora do GEPI e INTERESPE. Contato: [email protected]

Jaime Paulino - Pós-graduando em Docência no Ensino Superior. Bacharel em

Direito - FIG-UNIMESP. Graduado em Instrutor de Educação Física - Escola de Educação Física da Polícia Militar. Coordenador e Docente do curso de Educação Física - FIG-UNIMESP. Pesquisador do INTERESPE. Contato: [email protected]

Maria Regina Cerávolo – Graduada em Educação Artística – FAAP SP – Licenciatura

Plena; Mestra em Comunicação e Semiótica – PUC SP; Pós graduada em Arte Terapia – PUC SP; Curso de publicidade - Escola Pan-Americana de Artes. Coordenadora de cursos no campo empresarial, como Comunicação, Oratória e

Vendas. Estudante do Interespe. Contato: [email protected]

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Marilice Pereira Ruiz da Amaral Mello: Doutora em Educação: Currículo- PUC/SP.

Mestre em Gestão e Políticas educacionais- UNIMEP-Piracicaba. Graduação em

Pedagogia - UNIMEP- Piracicaba. Professora em cursos de graduação, pós

graduação lato sensu e stricto sensu. Orientadora de trabalhos em Educação especial.

Pesquisadora do GEPI, GP PAII e INTERESPE. CV:

http://lattes.cnpq.br/6494813013637401 Contato: [email protected]

Rodrigo Mendes Rodrigues – Mestre em Educação - Currículo (PUC - SP),

Especialização stricto-senso em Filosofia Contemporânea Ética (UFSJ), Especialização em Gestão Escolar (Educon) e Especialização lato-senso em Filosofia Clínica (Instituto Packter).Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal de São João del-Rei (2005) e Pedagogia (Faculdade Paulista São José). Atualmente é professor da Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista (FESB), professor efetivo da Rede Estadual do Estado de São Paulo e de instituições particulares. Contato: [email protected]

Sueli Aparecida Marqueis: Graduada em Comunicação Social pela Universidade

Metodista, Pós-Graduada em Psicologia Transpessoal pela Associação Luso Brasileira

de Transpessoal - Alubrat. Atua como terapeuta há 25 anos utilizando recursos da

Abordagem Integrativa Transpessoal. Orientadora profissional formada pela Colméia –

Instituição a serviço da juventude, desenvolve trabalho em clínica e escolas.

Facilitadora de oficinas e workshops. Cocriadora do “Projeto terapêutico de orientação

profissional” da Voccare – Desenvolvimento do Ser Integral. Estudante-Pesquisadora

do Grupo de Estudo e pesquisa em Interdisciplinaridade e Espiritualidade da PUCSP

(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). CV:

http://lattes.cnpq.br/1210438823060406 Contato: [email protected]

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Telma Maria Beneduzzi – Mestre Reiki; Mestre em psicologia (PUC/SP); Especialista

em Adminstração (FGV); Especialista em Terapia Regressiva (CDEC/SP), Psicóloga, participante dos grupos de pesquisa sobre interdisciplinaridade, espiritualidade e

consciência (GEPI, INTERESPE e GEC). Contato: [email protected]

Técnica

Thaís Moret Maraccini. Atualmente presta assessoria técnica e editorial à periódicos

científicos eletrônicos baseados na plataforma SEER/OJS. Consultoria e orientação para indexação de periódicos. Diagramação e outros serviços editoriais. (Contato: http://www.openjournalsolutions.com.br) Integrou de 2009 à 2015 a Equipe de Apoio às Publicações Digitais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde prestava suporte técnico aos editores científicos em questões referentes ao SEER (Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas), ministrando também oficinas às equipes editoriais sobre a utilização do sistema. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Comunicação Online. Lattes: http://lattes.cnpq.br/0002745456233746 Contato: [email protected]

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DIRETRIZES E NORMAS DE SUBMISSÃO E REVISÃO

TÉCNICA PARA AUTORES E PARCERISTAS.

INTERDISCIPLINARIDADE E ESPIRITUALIDADE NA EDUCAÇÃO é uma revista de periodicidade semestral, publicada em junho e dezembro e poderão ser realizadas edições extras. É uma publicação Oficial do INTERESPE- Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Interdisciplinaridade e Espiritualidade em Educação – Educação: Fundamentos da Educação – Linha de Pesquisa: Interdisciplinaridade e espiritualidade: PUC/SP. Tem por objetivo publicar textos e artigos nacionais e internacionais sobre a Interdisciplinaridade e Espiritualidade, bem como do campo da Educação, da Arte e da Cultura, dentre outros que contribuam para a ampliação do conhecimento sobre a Interdisciplinaridade e Espiritualidade.

OBJETIVOS: Investigar a relação entre Educação e Espiritualidade com a preocupação de explicitar e problematizar o lugar do Autoconhecimento nos processos de formação e gestão da Educação. Ser um canal para a transmissão de estudos e pesquisas sobre interdisciplinaridade. Estimular a escrita dos integrantes do INTERESPE e parceiros e ser um ponto agregador de trabalhos sobre a interdisciplinaridade Nacional e Internacional.

PALAVRAS CHAVES: Autoconhecimento- Interdisciplinaridade – Espiritualidade

PERIODICIDADE: semestral (junho/dezembro)- com eventuais edições especiais.

CATEGORIAS DE ARTIGOS: Serão publicados: Artigos Originais, Revisões, Atualizações, Artigos revisitados e Resultados de Pesquisas. Resumo e resenhas de livros, Filmes. Relatos e/ou Sugestões de Práticas e Vivências Interdisciplinares e Espirituais. Trabalhos de Expressões artísticas como: poesia, música, desenhos, dentre outras artes. Espaço aberto para: textos, depoimentos, entrevistas, comunicações breves. Cartas ao Editor, Notícias e Agenda.

Artigos científicos: são contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa original inédita, que possam ser replicados e/ou generalizados. Devem ter a objetividade como princípio básico. O autor deve deixar claro quais as questões que pretende responder. O texto deve conter de 2.000 a 4.000 palavras, excluindo tabelas, figuras e referências.

A estrutura dos artigos é a convencional: introdução, métodos, resultados e discussão. A introdução deve ser curta, definindo o problema estudado, sintetizando sua importância e destacando as lacunas do conhecimento que serão abordados no artigo. Os métodos empregados, a população estudada, a fonte de dados e critérios de seleção, dentre outros, devem ser descritos de forma compreensiva e completa, mas sem prolixidade. A seção de resultados deve se limitar a descrever os resultados

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encontrados sem incluir interpretações/comparações. O texto deve ser complementar e não repetir o que está descrito em tabelas e figuras. Deve ser separado da discussão. A discussão deve começar apreciando as limitações do estudo, seguida da comparação com a literatura e da interpretação dos autores, extraindo as conclusões e indicando os caminhos para novas pesquisas.

Revisões: Avaliação crítica sistematizada da literatura sobre determinado assunto devendo conter conclusões. Devem ser descritos os procedimentos adotados, esclarecendo a delimitação e limites do tema. Sua extensão é de no máximo 5.000 palavras.

Atualizações: São trabalhos descritivos e interpretativos baseados na literatura recente sobre a situação global em que se encontra determinado assunto investigativo. Sua extensão deve ser de no máximo 3.000 palavras.

Notas e informações: São relatos curtos decorrentes de estudos originais ou avaliativos. Podem incluir também notas preliminares de pesquisa. Sua extensão deve ser de 800 a 1.600 palavras.

Cartas ao editor: Inclui cartas que visam a discutir artigos recentes publicados na Revista ou a relatar pesquisas originais ou achados científicos significativos. Não

devem exceder a 600 palavras.

Observação: Trabalhos que ultrapassem as extensões acima estipuladas serão objeto de análise por parte do Conselho Editorial.

Demais categorias de trabalhos: serão definidos quanto a forma e tamanho pelos editores das referidas seções.

AUTORIA: O conceito de autoria está baseado na contribuição substancial de cada uma das pessoas listadas como autores, no que se refere sobretudo à concepção do projeto de pesquisa, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.

PREPARO DOS ARTIGOS: Os artigos devem ser digitados em letra arial, corpo 12, no Word, plataforma PC, incluindo página de identificação, resumos, referências, tabelas e numeração das páginas. Sugerimos que sejam submetidos à revisão do Português por profissional competente antes de ser encaminhado à publicação.

ENTREGA DOS TRABALHOS: Todo e qualquer trabalho a ser editado pela revista deve ser entregue no PORTAL DE REVISTA DIGITAL DA PUC para a Revista INTERESPE no site: http://revistas.pucsp.br/.

PROCESSO DE ESCOLHA DOS ARTIGOS: Os editores encaminharão os artigos para os pareceristas que procederão a análise obedecendo as normas da ABNT para a avaliação do material recebido e responderão ao autor do artigo avaliado de forma clara e objetiva no prazo máximo de 30 dias pelo Portal de Revistas Digitais da PUCSP: http://revistas.pucsp.br/

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Artigos recusados, mas com possibilidade de reformulação, poderão retornar como novo trabalho e devem ser reapresentados no site do portal.

Artigos aceitos sob condição serão retornados aos autores pelo site do portal para alterações necessárias e normatização solicitadas.

NORMAS DA ABNT UTILIZADAS NA ELABORAÇÃO DOS ARTIGOS CIENTÍFICOS:

• NBR 14724:2001 - Informação e documentação - Trabalhos acadêmicos - Apresentação.

• NBR 10520:2001 - Informação e documentação - Apresentação de citações em documentos.

• NBR 6022:2003 - Informação e documentação - Artigo em documentação periódica e científica impressa – Apresentação.

• NBR 6023:2002 - Informação e documentação- Referências- Elaboração.

• NBR 6024:2003 - Informação e documentação- Numeração progressiva das seções de um documento.

• NBR 6028:2002 - Informação e documentação- Resumos - Apresentação: noções básicas.

• NBR 12256:1992 - Apresentação de originais.

OBSERVAÇÕES GERAIS

1. As pesquisas que envolvam seres humanos devem mencionar a devida aprovação prévia pelo Comitê de ética da instituição de origem.

3. Caberá aos autores a total responsabilidade sobre o conteúdo dos artigos publicados.

4. Os artigos devem conter: nomes completos dos autores com suas titulações acadêmicas, instituição, departamento e disciplina a que pertencem, endereço para correspondência e, telefones, palavras-chaves em português e em inglês (NBR 12256 - 1992), resumo do artigo, (no máximo 250 palavras) em português e em inglês (NBR 6028 - 2002), e referências (NBR 6023-2002).

5. As tabelas, gráficos, figuras, desenhos feitos por profissionais e fotografias que permitam boa reprodução, devem ser citados no texto em ordem cronológica e, devem ser enviadas com título, legenda e, respectiva numeração. As ilustrações escanerizadas deverão ser enviadas na forma original e no formato .tif ou .jpg e ter no mínimo 270 dpi. As fotografias não devem permitir a identificação dos sujeitos, preservando assim o anonimato. Caso seja impossível, deve-se incluir uma permissão do sujeito, por escrito, para a publicação de suas fotografias. Deve-se também incluir a permissão por escrito para reproduzir figuras já publicadas, constando um agradecimento para a fonte original (NBR 12256 - 1992).