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NÚMERO 3 • ANO 2 Especial ENEM Artigo de Luis Carlos de Menezes Muito mais aula Projetos pedagógicos do 6º ao 9º ano Monkey Business Images/ Shutterstock Um novo jeito Um novo jeito de educar e de educar e aprender aprender Projeto Pipa do Sesi: Projeto Pipa do Sesi: ensino da Matemática ensino da Matemática de forma criativa de forma criativa CALENDÁRIO DE MESA 2013

Revista LeYa na Escola

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A 3ª edição da Revista LeYa na Escola chegou! LeYa na Escola é uma publicação da editora LeYa, distribuída para 20.000 instituições de ensino brasileiras. Boa leitura!

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Page 1: Revista LeYa na Escola

NÚMERO 3 • ANO 2

Especial ENEMArtigo de Luis Carlos de Menezes

Muito mais aulaProjetos pedagógicos do 6º ao 9º ano

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Um novo jeito Um novo jeito de educar e de educar e aprenderaprender

Projeto Pipa do Sesi: Projeto Pipa do Sesi: ensino da Matemática ensino da Matemática de forma criativade forma criativa

CALENDÁRIO

DE MESA 2013

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Le Ya. Conectad@ com você para escrever o futuro.

O desafio da LeYa é oferecer à crianças e jovens um novo jeito de aprender.Unir o conteúdo educacional aos mais avançados recursos tecnológicos.Sistema de ensino, livros didáticos, literaturas infantojuvenis e uma série de iniciativas educacionais são apoiados por uma plataforma digital inovadora. Ela está mudando a forma de educar nas escolas de todo o país.Só uma editora que já nasceu digital pode dar esse passo e sair na frente.Aguarde. Você vai se surpreender!

Le Ya. Muito mais que editora.

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Trabalhar em cada edição da revista LeYa na Escola é sempre uma grande satisfação. Percebemos que os educadores estão se identificando com nossos conteúdos, contribuindo, e muito, para uma revista de educação de qualidade.

Esta edição está bem especial, recheada de matérias com te-mas da atualidade, como ética e cidadania, Enem, empreen-dedorismo para crianças, projetos pedagógicos e muita infor-mação para auxiliar no dia a dia dos educadores.

A tecnologia em sala de aula é um tema que há muito se discu-te, e nesta edição não será diferente. A LeYa nasceu com DNA digital e preocupa-se em mostrar como a tecnologia pode fa-cilitar a vida dos professores. Na matéria “Precisa-se de DNA digital” abordamos a importância de os educadores conhece-rem os recursos tecnológicos disponíveis para acompanhar o novo momento educacional que vive o país. Os educadores precisam se renovar se não quiserem virar dinossauros da educação. As escolas já estão se modernizando, com lousas e plataformas digitais, tablets, entre outras ferramentas, e a equipe docente precisa acompanhá-las.

Outro tema, e este virou matéria de capa, é o novo jeito de educar e aprender. Contamos a história de Suely Aparecida de Arruda Saraiva, professora de Matemática do Ensino Fun-damental II, no Sesi de Carapicuíba, que desenvolveu o Proje-to Pipa para ensinar conceitos geométricos para seus alunos. O resultado foi muita aprendizagem e diversão. Nesta matéria mostramos que Suely inovou e trabalhou a disciplina de uma maneira diferente. Este é o tipo de perfil de educadores que se espera para ensinar esta nova geração de alunos. Mostra-mos ainda nesta matéria que o acompanhamento dos pais no dia a dia do filho é essencial para o seu bom rendimento escolar. No Brasil, infelizmente, muitos pais ainda colo-cam na escola a responsabilidade integral pela educação de seus filhos.

Portanto, deixamos nesta edição uma reflexão sobre os novos rumos que a educação está tomando e a nossa preocupação em abrir os olhos dos educadores para acompanhá-los ime-diatamente. Professores, pais, alunos e escola devem estar co-nectados uns aos outros para que juntos possam construir um futuro de sucesso.

Helena Poças LeitãoEditora

EXPEDIENTE

Editora e jornalista responsávelHelena Poças Leitão (Mtb 44375/SP)

ColaboraçãoAdriana Maria Soares, Amanda Borges, Carolina Bessa Villafranca, Elaine do Amaral, Lucas Nykiel, Luis Carlos de Menezes, Marcos Rocha, Marana Borges, Monica Weinberg, Samanta Camargo, Silvia Lacerda

FotografiaAldridge Neto, Augusto Ratis, Davi Santana Fotografias, Luiz Berenguer, Rômulo e Eliana Prado Fotografias

IlustraçõesEstúdio Ilustranet

Projeto gráficoJuliana Carvalho, Matheus Zati, Renné Ramos, Thais Ometto e Thais Pedroso

DiagramaçãoBlog Propaganda

RevisãoBeto Celli, Graziela Marcolin e Miriam de Carvalho Abões

Conheça o site da revista www.revistaleyanaescola.com.br

Entre em contato com a [email protected]

Rua Dr. Olavo Egídio, 266 – SantanaCEP 02037-000 – São Paulo – SPwww.leya.com.br

LeYa na Escola é uma revista da editora LeYa destinada aos educadores e distribuída nas instituições de ensino brasileiras.

Tiragem: 20 000 unidades

LLeYaeditorial

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ENEM

36 Capa 6Um novo jeito de educar: co-nheça o Projeto Pipa, do Sesi, que inovou no ensino da Mate-mática, e confira uma matéria sobre a importância do incenti-vo dos pais para o desempenho das crianças nos estudos.

Atualidade 14Entenda a importância de estimular crianças empreen-dedoras.

LeYa na minha escola 18Educadores de escolas de todo o país contam as razões pelas quais adotaram os livros da LeYa.

Escola Nota 10 20Conheça a história do colégio Moderno, de Belém (PA). Com quase 100 anos, é referência em sua região.

Mural 24A escola estadual Professor Francisco de Paula Conceição Júnior criou um projeto dife-rente de incentivo à leitura.

Meu Brasil 32Pernambuco: efervescência cultural e turística.

Fala, professor! 40Educadores respondem à pergunta: como sua escola trabalha ética e cidadania?

Carreira 42Precisa-se de DNA digital: entenda por que cada vez mais os educadores precisam respirar tecnologia em sua profissão.

Fique de olho 44Leitura eficiente e os desa-fios de uma prática avaliativa inovadora.

LeYa Mais 46Dicas de literatura infantil e juvenil e um projeto pedagógi-co sobre o ciclo da água.

Muito mais aula 52Projetos pedagógicos para aplicar em salas do 6.º ao 9.º ano.

Cinema PlayArte 64A PlayArte preparou uma lista de filmes imperdíveis.

Estante 67Confira algumas dicas de leitura da editora LeYa.

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HELENA POÇAS LEITÃO

CAPA

UM NOVO JEITO DE EDUCAR E APRENDER

Conheça o Projeto Pipa, do SESI de Carapicuíba,e entenda por que cada vez mais as escolas

precisam criar novos meios de educar.

educação no Brasil apresentou

melhorias significativas nos últi-

mos anos: queda na taxa de anal-

fabetismo, aumento regular da es-

colaridade média e da frequência

escolar. No entanto, a qualificação do ensino prati-

cado no país ainda não é satisfatória.

Mas não vamos falar, nesta matéria, de índices

governamentais, nem a

respeito da desigualdade

social, e sim sobre com-

portamento institucional:

as escolas brasileiras de-

moraram muito para apli-

car novas metodologias de

ensino. Talvez ainda agora

muitas estejam ensinando

conteúdos de Matemática,

Língua Portuguesa e outras

disciplinas da mesma for-

ma que há 50 anos.

Ou seja, não há como isso

dar certo – a nova geração de alunos tem fácil

acesso a qualquer tipo de informação; portanto,

pedir que fique atrás de uma mesa repetindo a

tabuada dez vezes até memorizar não funcionará

como antigamente. E também de nada adiantará

a escola modernizar a sala de aula com tablets e

lousas digitais sem antes formar adequadamente

seus professores, além de planejar a efetividade

da utilização dessas ferramentas.

Outra grande e atual questão que envolve a edu-

cação brasileira é a atitude dessa nova geração

de pais. Se antes questionavam seus filhos em ra-

zão das notas que tiravam, nos dias de hoje fazem

a mesma pergunta, porém para a escola – os pais

defendem seus filhos como

se a escola não estivesse

cumprindo seu papel: o de

educar. Nessa novela, cada

um dos personagens tem sua

parcela de responsabilidade;

no entanto, queremos aqui

dirigir nossos olhares para a

realidade escolar.

Da mesma maneira que há

uma nova geração de alunos

e de pais, é preciso urgente-

mente de uma nova safra de

educadores. E não estou fa-

lando de professores recém-formados, e sim de

profissionais já atuantes no mercado, mas que de-

sejam mudar seu modo de pensar e agir, para que

acompanhem e possam compartilhar da evolução

alcançada nessa área do conhecimento humano,

encontrando novos meios de educar e, com isso,

Da mesma maneira que há uma nova geração de alunos e de pais, é preciso urgentemente de uma nova safra de

educadores.

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conquistando o respeito de seus alunos. Conse-

quentemente, também dos pais.

Mas como isso é possível?

Suely Aparecida de Arruda Saraiva, professora de

Matemática do Ensino Fundamental II, no SESI de Ca-

rapicuíba, desenvolveu o Projeto Pipa para ensinar

conceitos geométricos – por meio da confecção de

pipas, os alunos tomaram gosto pelo assunto. Depois

de prontas, as crianças foram ao campo de futebol do

SESI de Osasco para soltá-las e empiná-las. Confira a

entrevista com a professora Suely e inspiri-se.

LeYa – Como funciona o projeto?

Suely – Pesquisei novos métodos para ensinar Ma-

temática, e li artigos e teses que falavam sobre a

construção de pipas e o ensino na Matemática. Po-

rém, não vi essa metodologia aplicada em nenhu-

ma escola e resolvi criar uma sequência de aulas

com as informações que coletei.

LeYa – O Projeto Pipa trabalha somente a Matemá-

tica?

Suely – Ele trabalha mais a Matemática, mas envol-

ve também um pouco de História, pois a primeira

etapa do trabalho propõe uma pesquisa na inter-

net sobre a pipa. Quem a criou? Por que foi criada?

Quando surgiu? A maioria dos meus alunos nunca

empinou uma pipa na vida, e fazer uma pesquisa

sobre o assunto aguçou sua curiosidade – eles aca-

baram descobrindo coisas que nem eu mesma sa-

bia. Além disso, a cada descoberta eles acabavam

debatendo sobre o tema.

LeYa – Quais conceitos da Matemática foram

ensinados por meio do projeto?

Suely – Os principais foram perpendicularismo e

paralelismo. Com a construção de pipas, o aluno

tem a oportunidade de estudar brincando e colo-

car em prática o que já foi ou está sendo desenvol-

vido em aula. Isso ocorre porque, ao construir as

pipas, cada aluno teve a oportunidade de verificar

as noções geométricas aplicadas e associá-las ao

que estava sendo visualizado.

LeYa – Hoje as crianças preferem os games,

Alunos do Sesi de Carapicuíba empinando as pipas produzidas por meio de conceitos geométricos aprendidos em sala de aula.

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assistir à televisão, ficar atualizando as redes

sociais. Como foi a reação dos alunos ao saber que

iriam empinar pipa?

Suely – Eu os chamo de crianças-tapete, pois

realmente não sabem o que é brincar na rua e

preferem sempre fazer alguma coisa dentro de

casa. Porém, sempre que invento projetos como

esse, eles se divertem muito. Descobrem outro

universo, ampliam seus horizontes. As escolas

precisam levar esse novo jeito de educar aos seus

alunos, pois eles desejam isso também.

LeYa – Em sua opinião, como deve ser esse novo

jeito de educar?

Suely – Os jovens de hoje precisam entender

que não existe liberdade total, estamos sempre

vinculados a algumas regras que precisam ser

percebidas e seguidas.

As escolas não podem formar alunos somente

para que façam um bom vestibular. Precisam criar

projetos que estimulem, nos jovens, conhecimen-

tos que efetivamente farão a diferença no futuro.

Numa prova de Geografia, por exemplo, aparece

uma questão: quais são os afluentes do Rio Amazo-

nas? Daí eu te pergunto: qual foi a utilidade dessa

informação para a minha profissão? Na disciplina

de Matemática é a mesma coisa: em vez da famo-

Professora Suely e seus alunos: juntos descobriram uma nova forma de apremder Matemática.

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sa “decoreba”, por que não colocar em prática

os conceitos matemáticos, para que a criança en-

tenda a importância daquele aprendizado na sua

vida? Fiz um trabalho com meus alunos sobre pro-

porcionalidade, pedi que fizessem entrevistas com

pessoas que utilizam a proporcionalidade em seu

dia a dia.

Foto

: Lui

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CAPA

Muitos alunos entrevistaram pedreiros e entende-

ram a importância da proporção na construção de

um prédio.

Com isso, você oferece significados concretos às

disciplinas estudadas.

Os jovens de hoje precisam entender que não existe liberdade total, estamos sempre vinculados a algumas regras que

precisam ser percebidas e seguidas.

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LIÇÃO DE CASA PARA OS PAIS

Pesquisas mostram que nada é tão decisivo para um bom desempenho escolar quanto o incentivo dos pais para os

estudos. Já se sabe até como eles podem dar esse empurrão

MONICA WEINBERG E MARANA BORGES

A volta às aulas traz à tona uma das questões mais incômodas para pais de estudantes em todos os ní-veis de ensino: como ajudar a despertar nos filhos a curiosidade intelectual e fazê-los cultivar o apre-ço pelo estudo? Para tarefa tão complexa, não existe uma fórmula mágica que, apli-cada à risca pela família, resultará num aluno exemplar. A excelência, afinal, é produto de muitas variáveis, tais como o talento individual e os estímulos providos pela pró-pria escola – e não apenas de um ambiente favorável ao aprendizado em casa. O que já se sabe, no entanto, é que a participação dos pais é fundamental, se não decisiva, para um bom ren-dimento escolar. “Nenhum outro fator tem tanto impacto para o progresso de um alu-no quanto a interferência adequada da família. E isso se faz sentir, po-sitivamente, por toda a vida adulta”, diz o economista Naércio Menezes, coorde-nador do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e autor de um recente trabalho sobre o assun-to no Brasil. O conjunto de medidas que surtem resultado, uma vez ado-tadas com persistência em casa, chama a aten-ção pela simplicidade.

Apenas incentivar o filho a fazer a lição de casa e ir à escola todos os dias, providenciar um lugar tranquilo onde ele possa estudar e comparecer às reuniões de pais têm o efeito de elevar as notas

em torno de 15%, segundo a pesquisa do Insper.

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CAPA

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As boas práticas que se originam desse e de outros estudos não fogem muito do que sugere o senso co-mum. Tome-se o exemplo da lição de casa. Muitos pais se angustiam porque não têm a menor ideia de como responder a dúvidas de Matemática ou Física. Mesmo quando dominam um assunto, ficam na dúvida: até que ponto prestar ajuda quando são requisitados? Na verdade, tudo o que é necessário é incentivar uma leitura mais atenta do enunciado, indicar fontes de pesquisa ou estimular uma nova reflexão sobre o problema. Jamais dar a resposta certa, procedimento cuja repetição está associa-da à queda no rendimento do aluno. “Participação exagerada só atrapalha. A independência nos es-tudos deve ser cultivada, e não tolhida”, diz Maria Inês Fini, doutora em educação. Os especialistas

concordam que não cabe aos pais agir como professores em casa – confusão

comum, e sem nenhum reflexo positivo. O que sempre ajuda, aí sim, é demonstrar, desde cedo e de forma bem concreta, quanto se valoriza a educação, essa talvez a maior contribuição possível

da família. Daí a re-levância de montar uma biblioteca em casa ou de manter o hábito de con-

versar com os filhos sobre o que se pas-

sa na escola. De acordo com uma compilação de 29 estudos sobre o tema, esse tipo

de ambiente se traduz numa série de

indicadores positivos, como mais vontade de

ir à aula, um comporta-mento melhor na escola e

expectativas mais elevadas sobre o futuro.

Os pais brasileiros estão longe de figurar entre os mais participativos na rotina escolar. Enquanto nos países da OCDE (organização que reúne os países mais ricos) 64% deles se dizem atuantes, no Brasil esse dado costuma variar entre 20% e 30%, dependendo de quem dá o número. Parte do flagrante desinteresse se deve à baixa escolaridade de uma enorme parcela dos pais, que não permaneceu na escola tempo suficiente para aprender a ler, tampouco para consolidar o hábito do estudo de modo a passá-lo adiante.

Outra explicação para a distância que separa os pais da vida escolar está numa ideia incrustada no pensamento do brasileiro: a de que a escola deve se encarregar, sozinha, do processo educativo. Na relação entre pais e filhos, o conceito de liberdade passou a ser confundido com permissividade. Tania Zagury, educadora e autora do livro Escola sem conflito: parceria com os pais, avalia “A inabilidade das famílias em estabelecer limites em casa faz com que deleguem à escola tarefas que deveriam ser delas também”.

As pesquisas não deixam dúvidas quanto à eficácia de uma boa relação entre a escola e a família, ainda que ela não precise ser assídua nem tão intensa. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas mostra que os efeitos da presença dos pais na vida escolar, ainda que mínima, se fazem notar por toda a vida adulta. Na infância e na adolescência, a participação da família não está associada apenas às notas mais altas, mas também a uma considerável redução nos índices de evasão. Para ter uma ideia, o risco de que crianças egressas de um ambiente favorável aos estudos abandonem a escola cai, em média, 64%. É uma diferença gritante – e decisiva para o sucesso, bem mais tarde, no mercado de trabalho. Basta dizer que cada ano a mais na escola faz subir o salário, em média, 15%. O impacto aumenta à medida que se progride nos estudos. Um ano de pós-graduação, por exemplo, significa um aumento de quase 20% no salário. “Quanto mais educação, maior será o retorno”, resume o economista Marcelo Neri, autor da pesquisa. É razão suficiente para que os pais brasileiros comecem a prestar mais atenção à rotina escolar.

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As dez principais descobertas dos especialistas sobre quando e como os pais podem ajudar a despertar nos filhos a curiosidade intelectual e fazê-los alcançar um desempenho melhor nos estudos são: 1. Ter livros em casa

E, no caso de filhos pequenos, ler para eles. O hábito, cultivado desde cedo, faz aumentar o vocabulário de forma espantosa. Segundo estudo do americano James Heckman, prêmio Nobel de economia, uma criança de 8 anos que recebeu esse tipo de estímulo a partir dos 3 domina cerca de 12 mil palavras – o triplo de um aluno sem o mesmo empurrão. A diferença se faz sentir na assimilação de conhecimento em todas as áreas. Ao analisar o fato de a Finlândia aparecer sempre na primeira posição nos rankings de educação, um estudo da OCDE confirma: o incentivo precoce à leitura em casa tem um papel decisivo. 2. Reservar um lugar tranquilo para os estudos A ideia é cuidar para que o ambiente ofereça o mínimo necessário: mesa, cadeira, boa iluminação e distância da televisão. Já na pré-escola, os pais podem definir o local e incentivar seu uso diário. Os benefícios, já quantificados, são os esperados: concentrado, o aluno aprende mais e erra menos.

3. Zelar pelo cumprimento da lição Ainda que a criança seja pequena, e a tarefa, bem fácil, é importante mostrar a relevância dela com gestos simples, como pedir que olhe o dever pronto ao chegar em casa. Até cerca de 10 anos, monitorar diariamente a execução da lição não é excessivo. Ao contrário, esse é o momento de começar a sedimentar uma rotina de estudos, com horário e local, mesmo que seja mais uma brincadeira. Um relatório da OCDE não deixa dúvidas quanto às vantagens. Os melhores alunos no mundo todo levam a sério o dever de casa. 4. Orientar, mas jamais dar a resposta certa Solucionar o problema é uma tentação frequente dos pais quando são acionados a ajudar na tarefa de casa. Não funciona. O que dá certo, isso sim, é recomendar uma leitura mais atenta do enunciado, tentar provocar uma nova reflexão sobre o assunto e, no caso de filhos mais velhos, sugerir uma boa fonte de pesquisas. Se o erro persistir, deixe-o lá. Já se sabe que a correção do professor é decisiva para a fixação da resposta certa.

5. Preservar o tempo livre Muitos pais, ávidos por proporcionar o maior número de oportunidades aos filhos, lotam sua agenda de atividades fora da escola. O resultado é que sobra pouco tempo para brincar, esse também um momento sabidamente precioso para o aprendizado. Na escola, por sua vez, crianças com rotinas atribuladas demais costumam demonstrar cansaço, o que frequentemente compromete o próprio rendimento.

O DEVER DA FAMÍLIA

Ilustração: Ilustranet

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CAPA

6. Comparecer à reunião de pais Mesmo que seja muitas vezes enfadonha, ela proporciona no mínimo uma chance de sentir o ambiente na escola, saber da experiência dos demais alunos e tomar contato com a visão de outros pais. A ida a esses encontros tem ainda um efeito colateral menos visível, mas já bastante estudado: a presença dos pais é uma demonstração de interesse que contribui para o envolvimento dos filhos com a escola.

7. Conversar sobre a escola A manifestação de interesse, por si só, é um indicativo do valor dado à educação pela família. Os efeitos são ainda maiores quando o estudo é tratado como algo agradável e aplicável à vida prática, e não um fardo. Uma recente com-pilação de estudos, consolidada por um centro de pesquisas do governo norte-americano, mostra que um pai que consegue produzir esse tipo de ambiente em casa aumenta em até 40% as chances de o filho se tornar um bom aluno.

8. Monitorar o boletim No caso de um resultado ruim, o melhor a fazer é definir um plano para melhorar o desempenho – mas não sem antes consultar a escola e avisar o filho de que está fazendo isso. O objetivo aí é estabelecer, com o colégio, uma estratégia para reverter a situação e saber qual será, exatamente, sua participação. Está mais do que provado que castigo, nesse caso, não funciona. Só diminui o grau de autoconfiança, já baixa, e agrava o desinteresse pelos estudos. 9. Procurar o colégio no começo do ano É a ocasião em que cabe perguntar, pelo menos em linhas gerais, o que a escola pretende ensinar em cada matéria. Trata-se do mínimo para poder acompanhar tais metas e, se preciso, cobrar sua execução. 10. Não fazer pressão na hora do vestibular O excesso de pressão por parte da família só atrapalha no momento mais tenso na vida de um estudante. À mesa do jantar, os pais darão uma boa contribuição ao evitar falar apenas disso. Mas podem ajudar mais, principalmente zelando para que o ambiente de casa na hora do estudo não fique barulhento demais e para que o filho não se comprometa com muitas atividades. O lazer, no entanto, não deve ser suprimido. É o que dizem os especialistas e os próprios campeões no vestibular: em 2008, os mais bem colocados em dez áreas mantiveram uma pesada rotina de estudos, mas, pelo menos no fim de semana, preservaram algum tempo livre.

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Ilustração: Ilustranet

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Nos tempos modernos, a palavra empreende-dorismo vem sendo cada vez mais ouvida. Evo-luímos. Em um futuro não muito distante, ser um empreendedor será fundamental para o desen-volvimento e sobrevivência do homem como um ser sustentável. Cabe ressaltar que ser empreen-dedor (ao contrário do que muitos imaginam) não significa necessariamente ser milionário, mas sim ser alguém com uma visão mais ampla, com capa-cidade de propor novas soluções para problemas recorrentes e, é claro, de encontrar novas oportu-nidades. Em síntese, o empreendedor é alguém

ATUALIDADE

EMPREENDEDORISMO: A ESPERANÇA DE UM

FUTURO MELHORMARCOS ROCHA

que vai fazer a diferença: alguém de quem o mun-do vai precisar.

Mas ser empreendedor não basta. É necessário ser criativo e inovador, principalmente porque habitamos um mundo globalizado onde encantar

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as pessoas tornou-se um desafio di-ário em qualquer área. Temos tudo e ao mesmo tempo não temos nada. É preciso inovar, criar novas fórmu-las, reinventar os desejos, é preciso despertar o espírito empreendedor desde cedo. Precisamos de pessoas mais sonhadoras, sem medo de pen-sar diferente, sem medo de trilhar novos caminhos, pessoas que bus-quem novas soluções, indiferentes às críticas, dispostas a errar para ex-perimentar o novo.

Diante dessa reali-dade, não é difícil concluirmos que o melhor momen-to para iniciarmos esse processo é na escola. O pa-pel do educador é de fundamental importância para isso, é preciso in-centivar nossas crianças a pensa-rem sem medo, a experimentarem e, principalmen-te, a começarem a ver o mundo atra-vés de diversos olhares. A escola, diferentemente do que muitos pensam, não é o lu-gar onde se deve apenas acertar, é o lugar onde devemos dar liberdade para nossos alunos errarem. Na es-cola, tem-se a oportunidade de reco-meçar sem riscos, no mundo não.

O desafio é grande, principalmen-te por sabermos que, muitas vezes, o excesso de organização e de bom senso atrapalha a criatividade e a

inovação, e nós, os professores, somos seres dotados de extremo bom senso e organização (pelo menos, acreditamos nisso). Como educadores, o futuro des-sas crianças, nossos alunos, está em nos-sas mãos, e o futuro do mundo está nas mãos delas. Cada um de nós sonha em ver seu aluno construindo uma história de sucesso, contribuindo para o desenvolvimento da nação. Sonhamos em formar empreendedores. Hoje, mais que nunca, é o momento de nos aplicar-

mos nessa tarefa. Vamos arregaçar as mangas e, sem medo, ajudar nossos alunos a se tornarem ver-dadeiros empre-endedores.O futuro está em nossas mãos. A hora é esta.

Marcos Rocha

graduou-se em

Administração

de Empresas

com ênfase em

comércio exterior,

especializou-se em

marketing estratégico

e relationship marketing pela Fundação Getúlio

Vargas, onde também concluiu o programa

MBA em marketing. Concluiu o curso de

negociação estratégica pela Harvard University

e EAD Docência pela Fundação Getúlio Vargas.

Mestre em comunicação, é professor da área de

estratégia da Universidade Anhembi Morumbi

(GEX). Atua há mais de 15 anos na área de

administração empresarial, e é diretor da área

de operações do grupo LeYa Brasil.

O empreendedor é alguém que vai fazer a diferença: alguém

de quem o mundo vai precisar.

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1. Deixe a criança sonhar

A essência do empreendedorismo está em

conceber um futuro e torná-lo real. A criança

tem que sonhar e ser motivada a agir para

que seu sonho aconteça. É essa motivação

que desperta outras capacidades latentes no

ser humano, como perseverança, criatividade,

protagonismo, iniciativa, autoestima e autonomia

– principais atributos do empreendedor.

7 DICAS PARA ESTIMULAR CRIANÇAS EMPREENDEDORAS

[16]Bowie15/ Dreams me.com

2. Errar é humanoEm nossa cultura, a virtude está em acertar sempre. Porém, quem não arrisca não inova. E arriscar-se pode levar ao sucesso ou ao fracasso. É importante que o fracasso seja aceito como um resultado possível e essencial ao desempenho do empreendedor, não como um indicador de que é preciso desistir do sonho.

3. Emoção à flor da peleO empreendedor é um apaixonado, e é essa emoção que dá sentindo à sua vida. A imaginação das crianças pode ser estimulada com histórias de pessoas que realizaram seus sonhos e se dedicaram na busca daquilo que amam. Crianças tendem a copiar quem elas admiram, até porque elas não têm que ser necessariamente originais.

4. Mudar o mundoA criança deve ser estimulada a acreditar

que é capaz de agir pelo bem dos outros, que

pode interferir e mudar o mundo. É importante

que incorpore essa capacidade de produzir

mudanças.

5. Estimular a criatividadePara exercitar a criatividade é preciso ter um ambiente favorável, onde o erro seja permitido e a autoestima das pessoas seja elevada. Estimule a criança a ouvir sua voz interior, sua intuição. Em qualquer área, a capacidade de inovar é condição para o sucesso profissional.

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Fonte: Livro Quero construir a minha história, de Fernando

Dolabela, editora Sextante.

ATUALIDADE

6. Ser éticoO sucesso profissional não pode mais ser rela-

cionado apenas às conquistas financeiras, ou

seja, o melhor profissional não é aquele que

sabe fazer mais dinheiro. Este conceito está pra

lá de ultrapassado. Sustentabilidade e ética são

obrigatórias numa sociedade desenvolvida. Es-

timule a criança a oferecer algo de bom à co-

letividade, porque ela certamente colherá bons

frutos desta ação.

7. Aprender sempre – e com os outrosUm empreendedor de sucesso precisa gerar co-nhecimento permanentemente e criar seus pró-prios métodos de aprendizagem. Isso significa ir além do que está nos livros. O empreendedor tem que construir uma rede de relacionamentos, buscar novas informações. Os pais podem ajudar a ampliar os horizontes dos filhos, estimulando--os a estarem sempre em contato com o mundo.

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Page 18: Revista LeYa na Escola

LEYA NA MINHA ESCOLA

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POR QUE SUA ESCOLA ADOTOU OS LIVROS DIDÁTICOS DA LEYA?

“A editora LeYa vem ao mercado com uma proposta inovadora, atual e com estratégias pedagógicas envolventes. O livro Geografia nos dias de hoje apresenta atividades lúdicas e mais exercícios para o aprofundamento, além de experiências que podem ser feitas em sala de aula, ampliando as condições de aprendizado e interagindo mais com o aluno.O livro também traz recursos que podem ser acessados pela internet, por meio da “10 Aula Digital”, uma plataforma que oferece mapas, exercícios, gráficos, fotos com questionamentos que convidam o aluno a posicionar-se de maneira mais crítica e humana. A linguagem é bem acessível, e o material contextualiza diversos assuntos, associando-os à realidade do Brasil e promovendo uma leitura de mundo. Enfim, o livro resgata os paradigmas da Geografia na escola, apontando o papel da nossa disciplina nos dias de hoje.”Leonardo Moreira, professor e chefe do Departamento de Geografia do Ensino Fundamental.

“A editora LeYa, associando o livro didático ao recurso virtual (CD contendo o livro digitalizado e atividades diversificadas), veio atender às necessidades de profes-sores e alunos.O aluno exige muito mais do que uma aula pautada no livro, na lousa e em explicações orais; a interatividade passou a ser um componente importante no processo de ensino e aprendizagem e, a partir daí, na apreensão de conteúdos, bem como no desenvolvimento de compe-tências e habilidades. Além disso, as coleções da edi-tora LeYa A aventura do saber e Jogo da História nos dias de hoje possibilitam ao professor o uso de recursos e a criação de atividades mais envolventes, motivadoras e dinâmicas.Acreditamos nessa nova experiência, que, se bem con-duzida, poderá aperfeiçoar nosso trabalho pedagógico, promovendo a construção do conhecimento, ajudando a formar seres críticos e atuantes na sociedade contem-porânea.”

[18]

LIVROS ADOTADOS:

A aventura do saber(Ciências, História e Geografi a)

e Nos dias de hoje (História)

ColégioEspírito Santo(São Paulo, SP)

Clarice A. M. P. Cavalcanti, coordenadora pedagógica de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, e Maria Cristina, professora de História.

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LIVROS ADOTADOS:

Nos dias de hoje (Geografi a)

Colégio Antônio Vieira(Salvador, BA)

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Foto: Davi Santana

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“Estamos sempre pesquisando novidades para acrescentar à nossa proposta pedagógica, que prima pela inovação e por desafios. Quando nos foi apresentada a proposta da editora LeYa, com livros interativos, escritos em linguagem clara e investigativa, logo percebemos que era o que buscávamos.Atualmente trabalhamos com os livros de História, Geografia e Ciências no Ensino Fundamental I, e tem sido bastante produtivo, tanto para os educadores quanto para os estudantes.A plataforma “10 Aula Digital” também é um excelente recurso. Nela, os educadores encontram muitas possibilidades para agregar aos conteúdos abordados, além de ser uma ótima fonte de pesquisa!” Eliana Pinheiro, coordenadora geral de Educação Infantil

e Ensino Fundamental I.

[19]

Colégio La Salle(Águas Claras, DF)

LIVROS ADOTADOS: A aventura do saber(Ciências, História e

Geografi a)

LIVROS ADOTADOS: A aventura do saber(Língua Portuguesa)

Colégio Marista de Natal(Natal, RN)

“Trabalhamos com uma perspectiva de letramento, buscando a interação dos gêneros textuais com os conteúdos elencados para cada ano por meio das mais diversas situações didáticas. Durante a análise que realizamos para a escolha do nosso livro didático, observamos nos volumes de Língua Portuguesa da editora Leya a possibilidade da complementação do trabalho que já desenvolvemos para o aprimoramento da leitura e da escrita, pois, além dos textos que a coleção apresenta como estratégias de construção da compreensão leitora, ela ainda propõe um trabalho intertextual, o que contribui para a ampliação do repertório de leitura dos alunos. Observamos que o estudo da gramática está bem contextualizado, com atividades contínuas e variadas. Outro detalhe que nos chamou a atenção é a forma como os conteúdos vão se organizando, perpassando pelos capítulos e trazendo oportunidades de retomadas e revisões do que já foi estudado.No que corresponde à produção escrita, destacamos a seção A hora da produção como

uma excelente ferramenta para o professor trabalhar as características de cada gênero durante o processo de produção de textos, com base nas leituras e temáticas aborda-das no livro ou nas discussões acerca da vivência dos alunos sobre o assunto em destaque.” Washington Barros, assessor pedagógico, Ada

Oliveira de Araújo, coordenadora pedagógica

do 2.º ao 5.º ano e Maria Ester Yglesias Lamela

Cabrini Costa, coordenadora pedagógica do 6.º

ao 9.° ano.

Foto: Augusto Ra s

Foto: Rômulo e Eliana Prado Fotografi as

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Page 20: Revista LeYa na Escola

COLÉGIO MODERNO, RUMO AOS 100 ANOS

HELENA POÇAS LEITÃO

ESCOLA NOTA 10

Conheça a história da escola referência em Belém que conseguiu unir tradição, qualidade de ensino e muita cultura

[20]

O Colégio Moderno foi fundado em 1914, em Belém, no Pará, com o nome Curso Preparatório Moderno, pelos professores Adolfo e Clotilde Ferreira. A partir de 1926 os educadores Augusto de Oliveira Serra e João Nelson dos Santos Ribeiro dirigiram a escola, oferecendo o curso primário e o curso preparatório para exames finais.

O colégio foi crescendo em número de alunos, sendo necessária a ampliação de seu espaço

físico. Em 1945 foi constituída a Sociedade Colégio Moderno. A professora de História Maria Anunciada Ramos Chaves passou a integrar a direção no cargo de diretora pedagógica, com o professor Oswaldo Serra, diretor presidente, no ano de 1953.

Em 1964, o professor Carlos Albuquerque, ex- -aluno do Colégio Moderno, e o professor de Espa-nhol e Desenho Clodomir Colino, também do colé-gio, passaram a integrar a direção, nos cargos de

Um dos projetos mais importantes do Colégio Moderno é o FESPO - Festival de Poesia que tem como objetivo estimular a produção poética entre os alunos.

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Page 21: Revista LeYa na Escola

Os alunos participam do evento por meio de dança, poesia e teatro.

[21]

diretor administrativo e diretor secretário, respec-tivamente. A entrada dos dois professores possibi-litou a regularização das áreas físicas e a consoli-dação da Sociedade Colégio Moderno. Neste perí-odo, ocorreram fatos importantes para a educação no estado que devem ser ressaltados, como a criação das turmas mistas, a implan-tação do Grêmio Estudantil, além de brilhantes partici-pações em desfiles escolares no Dia da Raça e festivais de música. Eles permaneceram na direção da sociedade até dezembro de 1981, quando transferiram as funções para os professores Antônio Vaz de Carvalho Pereira, Maria da Graça Landeira Gonçal-ves, Marlene Coeli Vianna e Maria de Nazaré Cavaleiro de Macedo Mendonça, todos do colégio.

Em 1999, com 84 anos de exis-tência e prestando importan-tes serviços à educação do estado do Pará, o Colégio Moderno oferecia Edu-cação Infantil (Maternal, Jardim e Alfabetização);

Ensino Fundamental (1ª a 8ª série) e Ensino Médio. Contava com 2319 alunos, e funcionava predomi-nantemente no turno da manhã.

Ainda em 2002, a partir de um grupo de antigos alunos, fundou-se, de forma independente, a Companhia Moderno de Dança, que, ao longo da história, tornou-se a Companhia mais premiada do estado do Pará. Foi criado também o maior festival de dança escolar do Pará, o FE-DAP (Festival Escolar de Dan-ça do Pará).

Em 2004 foram comemorados os 90 anos do Colégio Mo-derno no belíssimo Teatro da Paz, com muita energia para o início do projeto Rumo aos 100 Anos.

O projeto Rumo aos 100 Anos

teve início em 2009, quando o professor Luiz Olavo Vianna

Mat- tos assumiu a Direção Pedagó-gica. Foi criado o Sistema Educacional de Inovação e implantado o ensino bilíngue na Educação Infan-

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As crianças aprendem a admirar a arte literária, passando a relacionar-

se de maneira prazerosa com os textos poéticos.

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Page 22: Revista LeYa na Escola

[22]

til e no Ensino Fundamental, além da revitalização do Pro-jeto Desportivo, classificando nos últimos 10 anos 11 equi-pes nas Olimpíadas Escola-res Brasileiras.

É iniciado, então, um conjun-to de obras de modernização que se estenderia pelos pró-ximos anos.

Um dos projetos mais im-portantes da instituição é o Festival de Poesia do Colé-gio Moderno, o FESPO, que tem como objetivo estimular a produção poética entre os alunos e divulgá-la para toda a comunidade. Vitória Lúcia Costa da Silva, coorde-nadora pedagógica do Ensino Fundamental II, fala, em entrevista, sobre o projeto de maior sucesso na escola:

LeYa - Como funciona o Festival?

Vitória - Durante as aulas de Língua Portuguesa Redação, as professoras apresentam po-emas aos alunos, analisam e interpretam diversos textos poéticos, mostrando esse gê-nero de maneira atraente e prazerosa. A partir desse con-tato, os alunos são orientados e estimulados a iniciar sua própria produção poética. Os poemas produzidos no decor-rer do ano passam por um pro-cesso de seleção a fim de que os melhores sejam publicados no livro Coisas de estudante,

editado anualmente no colégio. Dois poemas por turma são escolhidos para serem declamados no Fespo.

Toda a comunidade escolar é convidada a prestigiar o evento, que, além da declamação de poemas selecionados, conta também com o lançamento do livro Coisas de Estudante.

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Os prêmios podem ser câmera digital, DVD player portátil,

microsystem, entre outros.

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LeYa - Desde quando o projeto existe?

Vitória - Neste ano comemoramos 15 anos de Fespo.

LeYa - O que as crianças aprendem?

Vitória - As crianças aprendem a admirar a arte literária, passando a relacionar-se de maneira prazerosa com os textos poéticos.

LeYa - Como os alunos se preparam?

Vitória - Os alunos escolhidos para a declamação de poemas decidem como querem apresentar os seus textos, isto é, utilizando vídeos, fazendo performances ou como a criatividade permitir.

LeYa - Quais são as disciplinas envolvidas?

Vitória - O Fespo é de responsabilidade da equipe de professores de Língua Portuguesa e de Redação, mas todas as outras disciplinas podem ser envolvidas. Já tivemos produções de poemas nas aulas de Matemática, por exemplo, abordando temas dessa disciplina. Neste ano, tivemos a participação da professora de História do 6º ano, Marilia Santos, que levou seus alunos para conhecerem uma comunidade quilombola

e, depois, propôs a eles que transformassem essa experiência em poemas. O resultado foi muito bom e constitui um dos capítulos do livro.

LeYa - Quem pode assistir à apresentação?

Vitória - Toda a comunidade escolar é convidada a prestigiar o evento, que, além da declamação dos poemas selecionados, conta com o lançamento do livro Coisas de estudante, que é autografado pelos alunos/autores, e com apresentações da Companhia Moderno de Dança e outras manifestações artísticas de nossos alunos.

Vale resaltar que, neste ano, pedimos às famílias do alunos que escrevessem poemas especialmente para esta edição comemorativa do Fespo. Fomos atendidos e recebemos textos belíssimos. Alguns deles também serão declamados no evento.

LeYa - Como funciona a premiação?

Vitória - Dos textos declamados, são premiados os três primeiros colocados na categoria melhor texto e os três primeiros colocados na categoria melhor declamação.

Os prêmios podem ser câmera digital, DVD player portátil, microsystem, entre outros.

ESCOLA NOTA 10

[23]

Marlene Vianna (Diretora do Colégio Moderno e professora de Língua Portuguesa), Maria da Conceição Mendes (Professora de Artes), MÁRCIA DANTAS (ex-aluna do Colégio Moderno e repórter da Record em Belém) e Luiz Olavo Mattos (Diretor pedagógico entregando prêmio para aluna).

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Page 24: Revista LeYa na Escola

MURAL

Conheça um projeto diferente de incentivo à leitura que promove também a interação entre pais, alunos e professores

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A SACOLA PEDAGÓGICA E O RESGATE DA LEITURA EM FAMÍLIA

SAMANTA CAMARGO

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A Escola Estadual Professor Francisco de Paula Conceição Júnior, no bairro do Campo Lim-po, em São Paulo, desenvolve a Sacola Pedagógica, um projeto de incentivo à leitura junto aos alunos do Ensino Fundamental I, dentro e fora do ambiente escolar. Os professores das séries iniciais trabalham como contadores de histórias e criam, conjuntamente, estratégias de incentivo ao gosto pela leitura. O apoio da família, que atua como mediadora entre o livro e a criança, é fundamental neste processo, e a parceria entre a família e a escola ajuda na for-mação de um leitor autônomo.

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[24]

Professores e alunos ficaram animados com o projeto.

A professora do 1.º ano, Andréia Cândido

Rodrigues, com seus alunos.

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Fotos de divulgação da escola

O apoio da família, que atua como mediadora entre o livro e a criança, é fundamental no projeto.

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A Sacola Pedagógica foi criada em 2010 para o resgate da leitura em família. Dentro dela há gibis, livros, revistas e CDs, para que o aluno tome contato com diferentes estilos de linguagem e desenvolva o gosto pela leitura, ilustração e música. Além disso, há uma ficha na qual o aluno e sua família registram comentá-rios, mensagens, sugestões ou opiniões.

Como a Sacola Pedagógica funciona:• Um aluno é sorteado para ficar com a sacola

durante um final de semana.• Com a família, esse aluno vai explorar o

material e compartilhar experiências lúdi-cas, reforçando, assim, os laços familiares.

• Na segunda-feira, ao retornar à escola, o aluno compartilha suas experiências com a classe por meio de relato pessoal, desenhos, cartazes, fotos etc.

O objetivo do projeto é, além de incenti-var a leitura, despertar a curiosidade e a criatividade, criar momentos de troca entre os alunos e promover a integração do aluno com sua família, de modo que fique claro que a prática da leitura não está restrita à pesquisa e à consulta, mas satisfaz também necessidades mais amplas, do âmbito cultural, afetivo e cognitivo.

Maria Aparecida da Costa, professora e coordenadora pedagógica da escola, é a criadora do projeto e acredita que o desafio do novo educador é persuadir todos os seto-res compromissados com a educação, como a família, o professor, a escola e o Estado, a programar ações voltadas para a formação do futuro cidadão, e o hábito da leitura é o instrumento ideal para essa conquista. “Os futuros cidadãos estão em nossas salas de aula e nós devemos ajudá-los desde já”, afirma.

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SEI na minha escola

ESCOLAS CONVENIADAS DA SEI: PARCERIA DE SUCESSO

[28]

Escola de Ensino Fundamental Monte Sinai (Maceió, AL)

Centro Educacional Novo Milênio (Maceió, AL)

As escolas conveniadas da SEI – Solução Educa-cional Integrada são presenteadas com certifi-cados e placas de aço escovado para enfeitarem sua recepção. Além disso, recebem uma campanha de marketing personalizada para ajudar a escola a captar e fidelizar alunos. A SEI desenvolve a arte do material de divulgação com o logotipo da esco-la como banners, faixas, camisetas, entre outros.

Isso tudo porque a SEI é muito mais que um sistema de ensino. É uma empresa que leva soluções di-ferenciadas para que a escola cresça cada dia mais.

Confira algumas das escolas que usam os serviços da SEI e deram um salto de qualidade na educação de seus alunos.

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Escola Nova (Aracaju, SE)

Escola IBV (Tobias Barreto, SE)

Instituto de Ensino de Conhecimento e

Progresso (Aracaju, SE)

Colégio Novo Terra (São Paulo, SP)

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Escola Arco-Íris (Bom Despacho, MG)

Centro Pedagógico Criança Feliz

(Belo Horizonte, MG)

Centro Educacional Amadeus

(São Gonçalo, RN)

Colégio Essencial (Natal, RN)

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Centro Educacional Inácio Medeiros

(Angra dos Reis, RJ)

Escola Construindo o Futuro (Recife, PE)

Escola Bioclass Turma da Mônica

(Goiânia, GO)

Escola Pinguinho de Gente (Goiânia, GO)

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Page 32: Revista LeYa na Escola

MEU BRASIL

Conhecido por belas praias, como a do Porto, e por outras maravilhas naturais, como Porto de Galinhas, Boa Viagem ou pelo arquipélago de Fernando de Noronha, Pernambuco tem hoje entre

suas maiores fontes de renda o segmento de servi-ços – correspondendo a mais de 70% da receita es-tadual. Com tantas atratividades, é um dos principais destinos no Brasil. Além disso, segundo dados divul-gados este ano pelo Ministério do Turismo, é o oitavo estado do país que mais recebe estrangeiros.

Quem visita a região, ainda que não saiba em de-talhes, pode entender melhor a rica história per-nambucana e sua pujante cultura. Com aproxima-damente 98 mil km2 de área, 185 municípios e uma população de aproximadamente 8,8 milhões de ha-bitantes (dados do censo de 2010), o estado tomou forma quando, em 1534, após o descobrimento do Brasil, o rei de Portugal, Dom João III, instaurou o sistema de capitanias hereditárias – que consistia na doação de um lote de terras a um donatário, para que fosse explorado e nele se fundassem po-voados, além de servir para o controle da região.

Dessa forma, o português Duarte Coelho herdou a capitania Nova Lusitânia, que posteriormente receberia o nome de Pernambuco – rebentar ou

estourar em tupi, uma alusão ao encontro dos rios Beberibe e Capibaribe, que banham as principais cidades do estado.

Doce prosperidadeSe atualmente o eixo Rio-São Paulo é ainda o mais próspero, no Brasil Colonial, Pernambuco era uma grande potência comercial – o estado cresceu por conta da economia açucareira, tornando-se durante muitos anos o responsável por metade da exportação do produto no país. Com isso ganhou a atenção dos holandeses, que entre 1630 e 1654 ocuparam a região sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, cujo representante, o conde Maurício de Nassau, incendiou Olinda e se estabeleceu em Recife, fazendo dela a capital do Brasil holandês.

Lutas e mudanças sociaisA Insurreição Pernambucana (1645) trouxe novos ares para o estado – o movimento de luta contra o domínio holandês durou quase dez anos, com destaque para as Batalhas dos Guararapes. Até que, em janeiro de 1654, eles se renderam.

No ano de 1710, a região seria marcada pela Guerra dos Mascates, na qual os habitantes de Olinda, descontentes com a demarcação de novas

EFERVESCÊNCIA CULTURAL E TURÍSTICACAROLINA BESSA VILLAFRANCA

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Page 33: Revista LeYa na Escola

[33]

vilas, invadiram Recife. No episódio, Bernardo Vieira de Melo, líder da ocupação, entrou para a história quando sugeriu que o Brasil se tornasse independente de Portugal – a primeira vez que se falou em república no país.

Já no século XX, Pernambuco incentivou o desen-volvimento industrial e investiu em infraestrutura, e hoje conta com uma intensa vida cultural e tu-rística.

Carnaval e São João: festa para todos os gostosConstruída pela mescla de muitos povos – índios, portugueses, holandeses, judeus e africanos –, a cultura pernambucana tem uma diversidade ímpar. Para quem quer folia, o Carnaval e as Festas Juni-nas são ótimos momentos para experimentar esse mosaico artístico. No Carnaval, ganham destaque várias danças típicas da região, como o maracatu (de origem africana, com grande força nessa região devido à antiga presença de engenhos de cana-de-açúcar), o caboclinho, o coco de roda, a ciranda e, claro, a mais conhecida de todas: o frevo.

Surgido no final do século XIX nas ruas de Recife e Olinda, o frevo é considerado Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro desde 2007, e agora Patrimô-nio Cultural Imaterial da Humanidade (título con-cedido em dezembro de 2012).

Os foliões e brincantes podem aproveitar, ainda, as ladeiras de Olinda e os muitos pontos do Recife Antigo para se divertir, além de participar do maior

bloco de rua do mundo, segundo o Guinness Book: o Galo da Madrugada.

Pernambuco também é a terra do São João – o período junino no estado é um dos mais tradicionais do país. A cidade de Caruaru, no agreste, abriga os 30 dias de festa. Forró, xaxado e até o maracatu são as principais expressões musicais do período. Isso prova que nem só de praia o estado é feito.

Belezas naturais: litoral e sertãoEmbora o litoral do estado seja mais visitado e conhecido, ou pelo menos mais aclamado, há boas opções turísticas também na serra pernambucana – mesmo sendo Recife a cidade de maior importância histórica, além de principal centro cultural e de lazer do nordeste brasileiro e uma das cidades mais visitadas do Brasil –, o município de Gravatá, por exemplo, é um ótimo destino.

Distante 85 quilômetros da capital, a cidade conta com infraestrutura arrojada: hotéis, restaurantes, charmosos condomínios e chalés. Considerada ótima opção para o inverno, é uma das mais disputadas do interior do estado. Outras opções que valem a visita ao estado:

Caruaru – situada no coração do agreste pernambucano, Caruaru é conhecida como a capital do forró e abriga a popular festa de São João. Localizada a cerca de 130 km do Recife, a cidade também é polo industrial e comercial de

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grande importância econômica para o Estado;

Petrolina – é a maior cidade do sertão. Localizada às margens do Rio São Francisco, na divisa com o estado da Bahia, é conhecida como a Encruzilhada do Progresso, por ser o maior núcleo agroindustrial de Pernambuco e também como a cidade das carrancas;

Bonito – possui imensa diversidade de rios, ca-choeiras, lagoas e piscinas naturais. Vários turistas procuram o local para contemplar as belas paisa-gens, aventurar-se nas trilhas ecológicas ou fazer rapel nas cachoeiras. Entre os locais mais procura-dos, destacam-se a bica do engenho Barra Azul, as cachoeiras Pedra Redonda, da Corrente, Humaitá, Tomada do Mágico, além das furnas da Pedra Oca e do Rodeadouro;

Garanhuns – situada no planalto da Borborema, 842 metros acima do nível do mar e a 230 quilôme-tros do Recife, Garanhuns é uma das cidades mais frias de Pernambuco. A paisagem verde e a beleza das flores espalhadas pelas praças lhe conferem o título de “Cidade das Flores”. Tais características propiciam um clima de montanha e dão charme ao seu perímetro, que conta com sete colinas, entre as quais, as do Monte Sinai e do Triunfo.

História e vida noturnaAlém das belas paisagens do interior, o estado possui diversas cidades inspiradoras, tanto pela importância histórica como pelo agito social. Recife e Olinda são dois desses exemplos.

A capital do estado destaca-se por possuir o maior parque tecnológico do Brasil, o Porto Digital, e conta também com importantes construções como a Casa da Cultura (originalmente a Casa de Detenção da cidade), que abriga lojas de artesanato – é o maior centro de cultura e arte do estado. Há ainda a Fundação Gilberto Freyre – casa-museu onde é possível ver objetos pessoais do sociólogo e várias peças de arte popular. E também o Museu do Estado de Pernambuco – que possui um grande acervo de peças relacionadas à história local. À noite, Recife é pura agitação, especialmente nos arredores da Rua do Bom Jesus, no centro histórico.

Como é possível perceber, torna-se impossível esgotar as curiosidades de Pernambuco em um único texto, pois são muitas as opções. Agora, apenas para dar um gostinho de quero mais, não podemos deixar de dizer que Olinda tornou-se por duas ocasiões capital do estado, e desde 1982 é considerada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco. São somente sete quilômetros que a separam de Recife, portanto, não deixe de conhecer os mercados da Ribeira, do Varadouro, o Mirante do Alto da Sé, o Seminário, o Museu de Arte Sacra, entre outras construções que levam o visitante ao passado. O circuito das igrejas também é destaque, já que muitas são dedicadas aos mais diferentes santos, com diversas imagens e altares, inclusive revestidos em ouro. Como exemplo: a capela Dourada; a Igreja do Rosário dos Homens Pretos de Olinda e a Igreja de São Sebastião.

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Fonte: Viagem gastronômica através do Brasil

Fontes eletrônicas:www.pe.gov.br

www.infoescola.comwww.historiabrasileira.com

www.fundarpe.pe.gov.br/www.suapesquisa.com/estadosbrasileiroswww.economiadoturismo.wordpress.com

www.brasilescola.com.br

Referências bibliográficas: LODY, Raul. Brasil bom de boca. São Paulo: Senac, 2008.FERNANDES, Caloca. Viagem gastronômica através do

Brasil. São Paulo: Senac, 2001.

Receita:

Bolo Souza Leão Grau de dificuldade: FácilTempo de preparo: Mais de uma horaRendimento: 1 bolo

Ingredientes:• 1 kg de açúcar• 2 colheres (sopa) de manteiga• 18 gemas• 1 kg de massa de mandioca• 6 xícaras de leite de coco• 1 colher (chá) de sal

Modo de preparo:

Unte com manteiga uma fôrma de pudim (com furo) e reserve.Em outra vasilha, coloque a manteiga e as gemas. Misture bem. Junte a massa de mandioca e, depois, o leite de coco e o sal.Passe a mistura por uma peneira fina várias vezes. Despeje a massa na fôrma untada e asse no forno, em banho-maria, por cerca de 50 minutos. Desenforme e deixe esfriar.

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GastronomiaUm caldeirão colorido, diverso e perfumado, essa é a marca da culinária do estado, pois agrega influên-cias indígena, africana e portuguesa. São vivências culturais e históricas misturando-se à mesa, por isso os ingredientes mais utilizados nos pratos típicos re-gionais são: coco, camarão, macaxeira, milho, feijão verde, charque, entre outros.

Não à toa, Gilberto Freyre deixou marcado em sua obra o valor cultural da mesa brasileira, nota-damente a gastronomia pernambucana. No livro Açúcar, por exemplo, Freyre conta que conseguiu várias receitas do famoso bolo típico pernambuca-no Souza Leão (consumido até hoje e cuja receita

era tida por anos como segredo de família), cada qual com sua particularidade, a ponto de ficar em dúvida sobre a “existência de um bolo Souza Leão ortodoxo”, confidenciou o sociólogo. “Consegui-as quase como quem violasse segredos maçônicos”, escreveu.

Ainda nas festas, como a de São João, por exemplo, não faltam pratos como arroz de coco, angu, cocada, mugunzá, canjica e pé-de-moleque. Na Semana Santa, são os peixes e os frutos do mar, acompanhados de bredo, arroz e feijão cozidos no leite de coco, as principais iguarias consumidas. É também de origem pernambucana um doce muito apreciado no Brasil: o bolo de rolo.

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O ENEM E A EDUCAÇÃO BÁSICA

ENEM

LUIS CARLOS DE MENEZES

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O Enem – Exame Nacional do Ensino Médio – está em processo de constru-ção. Mesmo sem estar em um formato ideal, já se transformou em uma im-portante prova nacional. Em seu pro-

jeto inicial, o Enem trazia uma matriz de referên cia muito mais compacta, com cerca de cinco compe-tências e 21 habilidades, o que é bastante diferente do exame atual. Com algu mas alterações, a matriz do antigo ENCCEJA – Exame Nacional para Certifi-cação de Competências de Jovens e Adultos – foi in-corporada ao novo Enem, que passou a ter também uma vocação certificadora.

Quando foi pensado, o Enem verificava competên-cias desenvolvidas ao longo da Educação de Base, e também po deria, em princípio, certificar. A meu ver, acabará certificando também. Como o Exame da Ordem dos Advogados certifica a profissão, este certificará a conclusão da Educação de Base. A maior parte das nações desenvolvidas possui

provas des sa natureza, nacionais, como o Maturità italiano, o Baccalauréat francês e o Scholastic Aptitude Test norte-americano; ou regio nais, como os Abitur alemães.

Os vestibulares competitivos para as universidades públicas marcavam uma forte segregação no acesso ao Ensino Superior de qualidade. Hoje, o novo Enem tor nou-se a mais importante porta de entrada em termos nacio nais, razão pela qual mais de 5,5 milhões de jovens se inscrevem para fazê--lo. Ainda que esteja em processo de construção, não tenha adotado um formato ideal e seja muito diferente daquilo que nós concebemos – e eu fui um dos autores da matriz origi nal –, olho com simpatia a evolução do país ao promover uma prova nacional e estabelecer ou consolidar parâmetros.

Quando se passa a ter uma pauta relativamente clara do que se pretende, essa orientação não é pouca coisa em um país do porte do Brasil, da

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extensão territorial, com variedades regionais etc. É função do Estado promover verificações desse tipo, mas temos de olhar com mais atenção ao chamado ranking das escolas. Isso produz uma competição de mercado, e a educação deve estar acima dessas disputas. Provas dessa na tureza são importantes porque fazem uma sinalização neces sária, mas é preciso olhar com ressalvas alguns de seus usos.

Uma boa escola não é aque-la com o melhor resultado olímpi co, é aquela que, de acordo com a circunstância e com o pú blico-alvo, execu-ta o melhor serviço. Fazer um belíssimo trabalho de construção de cidadania, de desenvolvimento de habilidades e competên-cias, é um serviço maravilhoso, mas não é preciso colocar seus alunos em um pódio. É preciso olhar o resultado da escola de forma comparada – de onde partiram e aonde chegaram os seus alunos

– e não simples mente o resul-tado final. Ainda mais grave é quando a escola começa a selecionar seus alunos para ter resultados que depois vai ostentar no jornal, nos muros ou na TV.

É preciso, sim, haver um exame bem elaborado e democra-tizar formas de acesso ao Ensino Superior. A democra-tização ab soluta não acontece porque as fragilidades na for-mação básica acabam se re-velando em qualquer tipo de exame, até mesmo no Enem. Portanto, isso só vai ocorrer quando melhorar o nível da escolaridade, de escolariza-ção, e não simplesmente por um exa me. Mas ele caminha

na direção correta.

Luis Carlos de Menezes é físico e

educador da Universidade de São Paulo (USP).

Texto extraído da coleção Enem Nota

Máxima, editora LeYa

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“Uma boa escola não

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LeYa nas redes sociais:

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FALA, PROFESSOR!

Como sua escola trabalha ética e cidadania?

Quando falamos de ética e cidadania na edu-cação, temos como ob-jetivo que nosso centro educativo busque ser re-ferência de conduta. Que respeite as regras sociais, a ética propriamente dita, os princípios cristãos e a filosofia de Santo Agosti-

nho, nosso patrono.É nosso desejo que todos se envolvam e se

comprometam com o exercício de uma cidadania que garanta os direitos civis e políticos. Assim, faz parte de nosso processo educacional e de nosso projeto político-pedagógico a temática da ética e da cidadania.

Na Educação Infantil e no 1.º ano, os projetos ob-jetivam contemplar o mundo circundante da criança, destacando o papel da família, das comunidades, dos brinquedos, das brincadeiras, da natureza e das criações divinas na formação da identidade e da au-tonomia de cada criança. São desenvolvidas ativida-des na escola e com as famílias para que o resultado seja satisfatório, reforçando o compromisso de todos que estão envolvidos no processo educativo.

Nossa escola valoriza muito a questão da ética e o resgate de valores desde os primeiros anos da vida escolar da criança, pois eles contribuem para a formação do cidadão de amanhã. É na faixa etária entre os três e os seis anos que a criança começa a construção de sua identidade.

Ao trabalhar ética e valores em sala de aula, o professor se depara com a questão dos choques entre valores familiares. Por-tanto, buscamos desenvolver um trabalho voltado à construção de sua identidade e autonomia, contribuindo para a formação de indivíduos solidários e cooperativos.

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Já do 2.º ao 5.º ano, com o tema geral Integran-do Cultura e Formação, enfocamos nos projetos as vi-vências humanas, a preservação do meio ambiente, a diversidade cultural e a construção da cidadania. Fa-zemos questão de continuar a parceria com as famí-lias, reforçando com estes projetos o compromisso de todos que estão inseridos na comunidade educativa.

Por fim, do 6.º ano à 3.ª série do Ensino Médio, continuamos com o tema geral Integrando Cultura e Formação e intensificamos os projetos que trabalham as relações humanas, a sustentabilidade e o meio ambiente, a diversidade cultural e a construção da cidadania em um mundo globalizado.

Em todo esse processo, destacamos sempre os valores do evangelho vividos por Jesus e deixados para cada cidadão cristão e, também, a filosofia agos-tiniana, que tem como tripé a interioridade, a busca da verdade e vida comunitária.

Precisamos educar nossos alunos não somente para a cultura dos livros, mas também para a cultura do ser. Portanto, acreditamos na ética, na cidadania e num mundo onde o evangelho de Jesus tem voz e tem vez.

Raquel Aparecida Tolêdo, professora de História, Ética e

Ensino Religioso no colégio Agostiniano (GO)

A troca de experiências e a inte-ração social vivenciada pela criança em brincadeiras, atividades lúdicas e dramatizações fazem parte da primei-ra etapa de trabalho em sala de aula. Quanto às turmas iniciais do Ensino Fundamental, o trabalho com ética e cidadania se dá por meio de histórias, fábulas, filmes e desenhos, trazendo-os para uma reflexão em paralelo com sua vivência diária.

Sônia Regina dos Santos, coordenadora pedagógica da escola

Pinguinho de Gente (GO)

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Em nosso colégio, ética e cidadania emba-sam toda a vivência escolar dos nossos alu-nos e educadores desde as séries infantis até o Ensino Médio. Nossa missão educa-tiva visa preparar social e pessoalmente, na construção de uma sociedade de reciproci-dade e de justiça.No Ensino Médio, de maneira mais espe-cífica, ética e cidadania se distribuem por todas as disciplinas (embora sejam estu-dadas mais a fundo nas aulas de Filosofia e Sociologia) e na vivência pessoal dos edu-cadores e educandos. Procuramos trabalhar as noções de ética e cidadania por meio de iniciativas como:• Um olhar atento ao contexto, que nos per-

mita não apenas percebê-lo como objeto de estudo teórico (distante), mas como re-alidade fundamental de vivência na qual estamos inseridos. Uma tentativa resoluta de superar a ética tradicional (rigidamen-te antropocêntrica) e incluir temáticas que envolvam a responsabilidade com as gerações futuras e com os animais.

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Desenvolvemos junto aos nossos alunos a ética e a cidadania levando-os a discernir entre o certo e o errado, entre o bem e o mal, a respeitarem os direitos de todos, a reconhecerem seus direitos e cumprirem seus deveres e a desenvolverem o senso crítico por meio de expedientes como:• Nas aulas Literatura, Redação, História e Ge-

ografia proporcionamos aos alunos debates, discussões e reflexões sobre fragmentos de li-vros que abordam a ética e a cidadania, como também notícias de jornais e revistas, textos que levam à discussão da ética e cidadania nas questões sociais, familiares e políticas, toman-do cuidado para não induzir o aluno a aceitar a posição do professor como uma verdade a ser seguida, mas conduzindo-o a desenvolver o seu senso crítico e a capacidade de analisar o que é o bem e o mal.

• Estimulamos o diálogo entre os alunos e entre alu-nos e professores, abordando assuntos políticos, econômicos, sociais, religiosos e ambientais re-lativos ao nosso país e ao mundo, analisando-os e refletindo em que medida falta ética e cidada-nia nas ações humanas.

• Orientamos os alunos a reconhecerem situa-ções, como o cumprimento das regras de fun-cionamento da classe e o respeito aos horários

Os alunos aprendem a identificar empre-sas que promovem a destruição do meio ambiente e cometem crueldade contra os animais. Após a identificação eles en-tram em contado com essas empresas, apresentam seus posicionamentos e boi-cotam seus produtos.

• Projetos de pesquisa sobre cidadania planetária.

• Inserção política teórica e prática. Em trios, os alunos fazem o monitoramento das atividades de todos os parlamentares da assembleia legislativa do Paraná (2.º ano) e da câmara dos vereadores de Curitiba (1.º ano). Frequentemente eles entram em contato com os parlamentares perguntando sobre faltas, omissões em votações, votos contra o interesse popular. Esse trabalho rendeu uma reportagem no jornal Gazeta do Povo.

Jerson Darif, professor de Filosofia no Colégio Medianeira (PR)

de aula, e o uso do uniforme e da carteira de identificação, de modo que compreendam a importância das normas que definem os deve-res e direitos da escola e dos alunos.

• Diante das atitudes que revelam indisciplina, aproveitamos para promover o diálogo entre coordenação, professor e alunos, ensinando-o a refletir sobre amizade, responsabilidade, jus-tiça, respeito, honestidade, mentira, verdade.

Ângela Maria de Souza e Maria das Graças C. Desidério, respectivamente, diretora e coordenadora

pedagógica da escola Pinguinho de Gente (GO)

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CARREIRA

Os alunos já nasceram com o DNA digital e não querem

mais aprender da mesma forma que

seus pais.

Se você não nasceu com o DNA digital, é necessário que esteja, pelo menos, conectado às novas tecnologias para acompanhar os novos rumos da educação.

O que observamos hoje nas escolas brasi-leiras é a busca incessante por plataformas e lousas digitais, TVs de plasma, tablets, entre outras ferramentas que facilitam o aprendizado dos alunos e deixam a escola mais moderna. Apesar disso, o uso de tecnologia no ambiente educacional encontra em-pecilhos, já que os educa-dores não estão acompa-nhando essa evolução. O relato a seguir exemplifi-ca bem essa situação.

Em visita a uma escola privada de São Paulo, notei que em todas as salas de aula havia uma lousa digital. Ao pergun-tar a uma professora se ela poderia me mostrar o funcionamento da lousa, ela me olhou tí-mida e disse que ainda estava aprendendo a operá-la (na verdade, ela nem sabia como ligá-la) e solicitou a uma aluna de oito anos que a ajudasse.

PRECISA-SE DE DNA DIGITAL

Cada vez mais os educadores precisam estar por dentro das novas tecnologias se quiserem

acompanhar esta nova geração digital

HELENA POÇAS LEITÃO

Não há nada de errado em admitir a falta de conhecimento, mas, para continuar firme na carreira, o educador precisa se reciclar e ser proativo na busca de informações, por meio de cursos, pesquisas e leituras, para adequar-se à nova realidade educacional, não podendo depender exclusivamente da

escola para obter treina-mentos, por exemplo. No entanto, isso não elimina a responsabilidade da es-cola de orientar seu corpo docente. Cada um precisa desempenhar o seu papel.

Os alunos de hoje já nas-ceram com o DNA digital e não querem mais aprender da mesma forma que seus pais. Eles querem navegar na internet durante as au-las, aprender por meio de recursos animados e ani-mações em 3D, fazer lição de casa on-line, assistir a vídeos, ou seja, utilizar a tecnologia a seu favor.

Os educadores precisam estar em sintonia com a tecnologia, pois ela já é uma realidade nas escolas. Ao usar os re-cursos dominados por sua geração, será muito mais fácil e prazeroso para o aluno aprender o conteúdo.

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EDUCADOR: CONQUISTE SEU DNA DIGITAL1. Não tenha medo da tecnologia Coisas novas geralmente nos assustam, pois nos provocam insegurança. Como acontece com seus alunos quando es-tão aprendendo uma nova matéria.Porém, a tecnologia não morde. As novas ferramentas usadas em sala de aula, como a lousa digital, são fáceis de operar, e você encontra muitas infor-mações sobre elas pesquisando na in-ternet. A curiosidade é o ponto de par-tida para quem quer aprender a mexer nos aparelhos: apertar um botão ali e outro aqui, explorando todas as possi-bilidades que eles oferecem. Reserve um tempo do seu dia para isso.

2. PesquiseConforme mencionado acima, a inter-net é uma das principais fontes de pesquisa atualmente. O site de buscas Google raramente nos deixa na mão. Porém, é preciso sempre verificar se o site pesquisado tem credibilidade.Outra ferramenta indispensável, esta tradicional e sempre bem-vinda, é o livro. Uma boa livraria, geralmente, oferece centenas de opções de leitura. Pesquise com calma o melhor tipo de livro sobre o assunto e preste atenção no tipo de linguagem adotada: quanto mais simples, mais rápida será a apren-dizagem.

3. Alunos: uma boa fonte de informaçõesVocê passa muito tempo com seus alunos, mas sabe interagir com eles? Quando eles estão explorando algo na internet, no tablet ou até mesmo no ce-

lular, isso aguça sua curiosidade? Você pergunta sobre o que estão falando ou fica irritado e pede para que desliguem e parem o que estão fazendo? Faça um teste: tente participar mais e descobrir com eles as novidades tecnológicas. Você vai aprender bastante e os alunos vão adorar compartilhar o que sabem.

4. Respire tecnologiaNão é exagero! Enxergue o mundo à sua volta: tudo gira em torno da tecnologia. Seus alunos estão nas redes sociais e você também precisa estar lá para sa-ber o que pensam, do que gostam, o que fazem e, assim, entendê-los melhor. Os e-books, livros digitais, já são uma realidade. Para tornar a aula mais praze-rosa, use recursos digitais, testes on-line, jogos educativos, animações em 3D etc. Você encontra tudo isso na 10 Escola Di-gital (www.10escoladigital.com.br), uma plataforma de última geração já presente em muitas escolas brasileiras.

5. Tecnologia e métodos tradicionais: uma parceria de sucesso em sala de aulaTente mesclar métodos tradicionais de ensino com tecnologia. Na disciplina de Língua Portuguesa, por exemplo, cada aluno pode escrever uma redação; após corrigi-las, você compila todas e as transforma em um livro que poderá ser acessado pelo tablet. Nas disciplinas de Geografia e História, durante a explica-ção das matérias, acesse a internet para encontrar imagens de lugares ou de pes-soas mencionados. Use a criatividade. Faça da tecnologia uma aliada.

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LEITURA EFICIENTEE OS DESAFIOS DE UMA PRÁTICA AVALIATIVA INOVADORA

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FIQUE DE OLHO

Há muito se sabe que a leitura é funda-mental para o desenvolvimento social e intelectual do ser humano. Ler não é apenas um lazer, um mero passa-tempo, mas uma maneira de formar

cidadãos críticos, conscientes e participativos na sociedade em que estão inseridos.

Desde o nascimento, a criança já faz sua leitura de mundo: sabe que chorando sua fome será saciada, suas fraldas serão trocadas e o aconchego do colo materno virá. Segundo Paulo Freire, a leitura de mundo precede a leitura da palavra, e alfabetizar--se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo em uma relação dinâmica entre linguagem e realidade.

Os benefícios da leitura são inúmeros: ampliação do vocabulário, desenvolvimento da criatividade, aprimoramento da comunicação e do raciocínio, melhoria no desempenho escolar, estímulo à reflexão, além de ser fonte de cultura e de conhecimento. Mas, se os benefícios da leitura são muitos, os desafios são incontáveis.

Formar e manter leitores desde a mais tenra idade tem sido um desafio para pais e educadores.

SILVIA LACERDA

O hábito da leitura deve nascer e se desenvolver em casa. Os livros precisam fazer parte do cotidiano da criança tanto quanto os brinquedos, mas cabe à escola um papel fundamental, o de desmistificar a imagem de vilã que a leitura acabou por adquirir ao longo dos anos.

Ler deve ser uma atividade prazerosa, não algo imposto, mais uma tarefa a cumprir. O educando deve entender que ler é descobrir um mundo novo, encantado, que deve se deixar seduzir pela magia das palavras.

Cabe aos educadores, portanto, desenvolver proje-tos criativos e diferenciados que envolvam a leitu-ra, principalmente dos paradidáticos, estimulando e mantendo o hábito de ler. Está na hora de aca-

bar de vez com a famosa “prova do livro”, ou “atividades para verificação de

leitura”, substituindo este ultra-passado processo avaliativo

por ações lúdicas e atraen-tes, que estimulem o gosto pela leitura, de modo que

ela passe a ser vista como uma fonte de informação e de

lazer.

Muitos colégios já substituí-ram as “provas do livro” por outras atividades pedagógi-cas mais atrativas, como “a

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professor assume o papel de mediador, orientador e observador, tendo oportunidade de avaliar a tur-ma de uma maneira menos formal.

Dividir os alunos em grupos e propor que recontem a história lida em um curta-metragem pode ser um novo e grande desafio para a turma, pois implicará, entre outras coisas, a elaboração da síntese do texto. É importante que o professor observe o desempenho de cada aluno no processo de elaboração do filme, principalmente na produção do roteiro, para melhor avaliá-los.

Outro projeto interessante é o “Conversa com o autor e/ou ilustrador”. Conhecer e conversar com o autor e/ou ilustrador do livro que está sendo lido torna-o muito mais atraente. Diversos autores, como Lya Luft, Marina Colasanti, Marcelo Coelho, Luiz Ruffato, entre outros, costumam fazer esse trabalho. Avaliar a leitura depois de uma mesa-redonda com o próprio autor do texto torna-se uma atividade fácil para o professor. É bom lembrar que ela deverá continuar em sala de aula, em forma de conversa, para que o professor possa fechar sua avaliação.

Mas, como estamos vivendo em um mundo virtual, por que não, logo no início do ano, os professores de Literatura, Língua Portuguesa e Técnica de Redação proporem a criação de um blogue literário? Os alunos poderão escolher um nome para o blogue, alimentar diariamente esse espaço com dicas de leituras, divulgação de textos produzidos por eles (resenhas, crônicas, poemas, contos), eventos literários e muitas outras atividades em que a classe estiver envolvida. Os professores despertarão o interesse da classe lançando mão de mais uma ferramenta pedagógica diferenciada.

E que tal, aproveitando a atual moda das redes sociais entre os jovens, formar um grupo no Facebook com os alunos e utilizar o espaço para descontraídas avaliações de leitura?

SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Criação de um grupo no Facebook

Público-alvo: alunos do 8.º ano do Ensino Fundamental

Disciplinas: Literatura, Língua Portuguesa, Técnica de Redação e Informática

Duração: 2 bimestresAvaliação: verificação de leitura

Sequência didática• Proponha no início do bimestre a criação

de um grupo no Facebook formado apenas pelos alunos de sua sala de aula para trocarem informações pertinentes às aulas de Literatura,

Língua Portuguesa e Técnica de Redação.• Faça uma votação para a escolha do

nome do grupo.• Escolha com a turma o tipo de privacidade

(aberto, fechado, secreto). É interessante que seja um grupo fechado para que só os alunos da

sala participem e você controle os acessos.• Comece a trocar mensagens, postar imagens,

vídeos, informações.• Utilize o espaço “eventos” para comunicar

datas de entrega de trabalhos, apresentações, seminários ou avaliações.

• Proponha uma discussão sobre o livro lido no momento, de uma maneira informal, através de

reflexões, enigmas, charadas e questionamentos instigantes, que levem os alunos a se

interessarem por buscar respostas cada vez mais completas, o que implicaria a leitura atenta do texto. Assim, você, professor, fará verificações

de leitura periódicas, sem papéis, traumas, tradicionalismo, sem data nem hora estipulada.

• Lembre-se de que é fundamental que você conheça a nova ferramenta pedagógica que

utilizará com os alunos.

Está na hora de a escola acompanhar os novos tempos e trazer os modernos meios de

comunicação liderados pela internet para a sala de aula!

ALMEIDA, Marco Antônio (Org.) Ciência da informação e literatura. Editora Alínea.

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Page 46: Revista LeYa na Escola

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LEYA MAISLeYa Mais é um projeto dedicado aos livros de literatura infan-

til e juvenil da LeYa. Você encontrará em todas as edições da revista LeYa na Escola boas dicas de leitura para seus alunos, além de uma lista dos temas abordados e indicação de datas comemorativas para trabalhar em sala de aula. Além disso, apresentamos um projeto pe-dagógico exclusivo para você trabalhar com sua classe.

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SAMBURÁ DE LENDASde Blandina Franco e ilustrações de José Carlos Lollo

Personagens folclóricos que simbolizam a cultura do norte do Brasil fazem parte desta história divertida.Ao procurar seu peixe roubado, um menino pescador participa de uma aventura bem no meio da Floresta Amazônica com personagens folclóricos das principais lendas do norte do Brasil.Quem será que roubou o peixe do menino? Será que o peixe está escondido na floresta? O que acontecerá com o menino nesta divertida aventura?

Tema: lendas da região Norte

GUGA E LÉO EM BUSCA DA POÇÃO FANTÁSTICAde Shun Izumi e ilustrações de Benson Cesar Di Chin, Breno Ferreira e Shun Izumi

A simples tarefa de buscar remédios para mãe acaba se tornando uma grande aventura para os irmãos Guga e Léo.

No caminho que percorrem para cumprir sua missão, além de conhecerem melhor a paisagem urbana e alguns pontos turísticos de São Paulo, os dois irmãos vão se deparar com seres

fantásticos, como gatos gigantes, beringelas sábias e um mundo de personagens surpreendentes, e enfrentar grandes desafios, como encontrar o caminho certo no meio da imensidão da cidade.

Uma história em quadrinhos ricamente ilustrada, que mostrará muitos aspectos da metrópole e de seus habitantes, bem como valores humanos necessários para uma vida fraterna e a coragem dos

pequenos protagonistas, dedicados em cumprir sua missão.

Temas: relações familiares estruturantes, afetividade, cumplicidade, solidariedade, imaginário infantil, ética, diversidade cultural

O PRIMEIRO DIA DE ESCOLAde António Mota e ilustrações de Paulo Galindro

Amanhã é o primeiro dia de aula de Inês e ela está com medo das surpresas que pode encontrar. Uma história deliciosa e divertida!O primeiro dia de escola é uma viagem ao início de uma etapa singular na vida de qualquer criança. É a entrada para um mundo novo e diferente, com experiências e vivências tão fortes que nunca serão esquecidas.Uma história contada por três gerações: netos, pais e avós.Confira um trecho do livro: Amanhã é o primeiro dia de escola da minha irmã Inês. Há mais de uma semana que ela anda muito irrequieta e não para de me fazer perguntas, sempre me amolando.Às vezes, eu me divirto respondendo. Invento respostas estranhas, que é para ela ficar muito assustada, com os olhos arregalados. Hoje, antes do jantar, a conversa foi assim:

– Antônio, a comida da cantina é boa?E eu, depois de pensar um pouquinho, respondi:

– É ótima, você vai adorar.Toda a comida da cantina é servida em pratos comestíveis. Não é como aqui em casa.

– O que quer dizer “comestíveis”?

– Quer dizer que, depois de comer o arroz, as batatas, o macarrão, a carne, o peixe e a salada, você também tem que comer o prato.

Temas: relacionamento entre irmãos, lembranças familiares, solidariedade, cumplicidade

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Page 47: Revista LeYa na Escola

Esses conteúdos e muitos outros você encontra no blogue do projeto LeYa Mais

(www.leyamais.com.br).

Confira essas grandes dicas de literatura para sua escola!

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A partirde

9 anos

EU QUERO SABER: O MEIO AMBIENTETexto e ilustrações: Texto Editores

As crianças vão aprender sobre conceitos importantes sobre o meio ambiente de maneira fácil e divertida.

Este livro aborda de maneira ágil e acessível alguns dos mais importantes conceitos relativos à vida no planeta,

principalmente sob o ponto de vista da Geografia, da Biologia, da Física e da Química. Pode ser usado como

apoio ao aprendizado de Ciências, com ênfase na educação ambiental.

Temas: ecossistema, diferenças climáticas, animais em vias de extinção, educação ambiental, fenômenos

naturais, reciclagem, destinação do lixo, fontes de energia renováveis

Conheça os outros livros da coleção: O corpo humano e Os alimentos

O MEU PRIMEIRO FERNANDO PESSOAde Manuela Júdice e ilustrações de Pedro Proença

Uma minibiografi a de Fernando Pessoa que vai encantar alunos e professores. Por meio deste livro, as crianças poderão conhecer um pouco da obra e da vida do poeta português Fernando Pessoa. Indicado para quem quer iniciar-se na linguagem em versos, neste livro são reproduzidos muitos poemas, de fases distintas da obra de um dos maiores poetas do século XX.

Temas: memória social, história cultural

UMA AVENTURA NA CIDADEde Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada e

ilustrações de João Luiz Alves de Castro

Duas irmãs e seus amigos iniciam uma investigação e vivem grandes aventuras.

As gêmeas Teresa e Luísa são muito espertas e sempre prestam muita atenção em tudo. Um dia, quando passeiam com o cãozinho Caracol, percebem movimentos

estranhos numa velha garagem e ficam logo curiosas para descobrir os mistérios que ali se escondem.

Para fazer a investigação, as meninas contam com a ajuda dos colegas de escola Chico, forte e corajoso, Pedro, um garoto muito inteligente, e João, ágil, atrevido

e dono de Faial, um cachorro bem grande. Os amigos se unem para enfrentar perigos e tornam-se inseparáveis nessa grande aventura.

Temas: relações fraternas e de amizade, lembranças familiares, solidariedade, cumplicidade

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LEYA MAIS

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6 anos

Autoras: Cristina Quental e Mariana MagalhãesIlustrações: Sandra Serra

O CICLO DA ÁGUA

IntroduçãoIndispensável para a vida, a água é fundamental não só para o bom funcionamento do corpo como para a criação de animais e o cultivo de alimentos.Apesar de 70% da superfície do nosso planeta ser composta de água, somente 4% dela é própria para o consumo. Por isso, é importante conhecer seu ciclo e desenvolver estratégias de bom uso.Bem-vindo ao projeto Ciclo da Água, que permitirá que seus alunos conheçam esta fonte de vida com um olhar sustentável.

– Bom dia! – saudou a professora Tita.– Bom dia? Com essa chuva toda? – lamentou-se Leonor.– Por que está chovendo tanto? – disse Mário.– Pois é, ainda ontem estava sol... – completou Sofi a.E você? Sabe de onde vem a chuva? Sabe por que ela é tão importante? A professora Tita e seus alunos vão descobrir o ciclo da água, saber de onde ela vem, para onde vai, para que serve e por que é tão importante para todos.

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Projeto PedagógicoAMANDA BORGES

Objetivo geralReconhecer a água como um recurso indispensável para a sobrevivência do ser humano, analisando seus estados e favorecendo seu uso com responsabilidade.

Objetivos específi cos• Buscar qualidade de vida consumindo a água de forma sustentável.• Conhecer formas de recuperação da água.• Difundir informações sobre o uso consciente da água.• Usar o senso investigativo para conhecer o ciclo da água, suas formas de uso e reúso.• Aprender o processo de purificação da água.• Reconhecer o cuidado com a água como parte da educação ambiental.

Sugestões desequência didática1. Converse com seus alunos sobre a água no planeta Terra, sua quantidade e formas de uso. Leve-os a refletir sobre a poluição dos rios e proponha que se faça a maquete de dois rios: um limpo, com animais e plantas aquáticas, e outro sujo e sem vida.

2. Depois de construídas as maquetes, proponha uma reflexão sobre formas sustentáveis de utilizar água dentro da escola, como armazenar água da chuva para irrigar a horta e para a descarga sanitária etc.

3. Crie um terrário para visualizar o ciclo da água.

Material:• 1 vidro (a partir de 8,5 cm de diâmetro) ou

garrafa PET• 1 muda de planta• 1 pedaço de plástico transparente maior que a

boca do recipiente escolhido acima• fita crepe• 1 xícara de carvão (para churrasco)• 1 xícara de pedras para aquário• 4 xícaras de terra adubada

Modo de fazerColoque os seguintes materiais no recipiente, nesta ordem: pedras, carvão e terra.Plante a muda e faça pequenos furos na terra. Molhe a terra e prenda o plástico em cima deixando bem vedado.Permita que os alunos acompanhem o ciclo da água e peça que façam um relatório do processo com desenhos ou palavras escritas. Aproveite para conversar sobre os estados físicos da água.

AvaliaçãoFaça experiências que demonstrem os estados físicos da água (sólido, líquido e gasoso) e a passagem de um para o outro. Em seguida promova um desafio para os alunos. Eles devem criar uma melodia para o texto “Os estados físicos da água”, que se encontra no livro.

Acesse www.leyamais.com.br e confi ra este projeto pedagógico completo!

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Conheça o centro socioeducacional que leva educação de qualidade a famílias baianas em situação de vulnerabilidade social

SAMANTA CAMARGO

ESCOLA CENTRO DO MENOR SANTA MARCELINA

GENTE DO BEM

O Instituto das Irmãs de Santa Marce-lina, com representação em diver-sos países, criou a Escola Centro do Menor Santa Marcelina em 1994 no município de Terra Nova (BA). A

instituição, sem fins lucrativos, ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade social e é mantida por subvenções mensais da Associação Santa Marce-lina e pela colaboração de órgãos públicos e da sociedade, por meio de doações, rifas, bingos e

participação em eventos. “O centro tem capacida-de para acolher 336 crianças e o objetivo é realizar, além da educação infantil e do Ensino Fundamen-tal I, trabalhos socioeducativos que intensifiquem a aprendizagem escolar, o resgate e o fortalecimento de vínculos familiares, a ampliação do universo cul-tural, o desenvolvimento da sociedade, da comuni-cação, da autonomia e da autoestima, a melhoria da renda familiar e a inserção social, a melhoria nos cuidados pessoais, no respeito a si e ao próximo e

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Page 51: Revista LeYa na Escola

o combate ao trabalho infantil”, conta irmã Alenita Nora, coordenadora do centro. Nesse sentido, são oferecidas diversas atividades, como encontros de formação para os pais, responsáveis e colaborado-res, dia da família na escola, projeto de literatura infantil, projeto esportivo, programa educacional de resistência às drogas, campanha da fraternida-de, entre outros.

Essas atividades, que vêm apresentando resultados significativos, acontecem no período escolar e, quando necessário, em períodos extras. E para que sejam realizadas a escola conta com uma grande infraestrutura, com sala de artes, biblioteca, sala de leitura, sala de informática, salão de beleza, capela, refeitório, sala de costura, parques infantis, quadra esportiva com cobertura, salão de reuniões e ainda uma horta que ajuda a fornecer uma alimentação mais saudável e balanceada aos alunos. A escola ainda incentiva a leitura, em espaços equipados com diversos livros e a presença de profissionais qualificados atuando de maneira didática.

Além dessa unidade, o centro socioeducacional tem outra unidade na Bahia, uma em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. Qualquer criança pode estudar em uma das quatro unidades, basta atender aos pré-requisitos que garantem a concessão da gratuidade integral, aferidos por meio de um estudo da situação social e econômica de seu grupo familiar.

A irmã Alenita Nora aponta que a escola ainda tem muito o que fazer pelas crianças. Eles pretendem, por exemplo, incluir aulas de música, dança e capoeira junto com os demais componentes curriculares, ampliando o repertório de linguagens dos alunos e permitindo a descoberta de novos caminhos de aprendizagem.

É possível visitar a Escola Centro do Menor Santa Marcelina e conhecer de perto esse grande projeto, além de ajudá-lo com doações.

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A alegria e a beleza das crianças enfeitam o Projeto Primavera.

Alunos do Ensino Fundamental contam e apresentam as suas narrativas em sala de aula.

Muita cor e animação marcam os trabalhos de Arte da Educação Infantil

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Page 52: Revista LeYa na Escola

Público-alvo: Tempo estimado:

Disciplina:Avaliação:

6.º e 7.º anos6 aulasMatemáticaProdução de gráficos; habilidade de comparação; habilidade de cálculos; reconhecer os efeitos negativos do trânsito na vida da população

A MATEMÁTICA DO TRÂNSITO

MUITO MAIS AULA

MATEMÁTICA

ELAINE DO AMARAL

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O trânsito é sem dúvida um dos

maiores problemas das grandes

cidades e afeta a vida de todas as

pessoas, independentemente da

idade ou da classe social.

Discutindo a questão do trânsito, podemos propor

atividades e situações-problema com dados reais,

que fazem parte do nosso dia a dia.

Abaixo, vamos mostrar um exemplo de atividade

com dados sobre o trânsito de São Paulo que, além

de aperfeiçoar os cálculos matemáticos, motivará

os alunos a refletirem sobre práticas saudáveis

no trânsito.

DADOS

• O trânsito matou, em 2011, 1.382 pessoas, contra

1.301 vítimas de assassinato.

• Segundo a Cetesb – Companhia de Tecnologia

de Saneamento Ambiental – , os veículos despejam

todo ano 1,7 milhão de toneladas de substâncias

nocivas na atmosfera.

• Os paulistanos perdem em média 2h42 por dia

nos engarrafamentos.

• Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima

que as perdas que o trânsito gera para a economia

do país em um ano chegam a R$ 33,5 bilhões, o

equivalente a 9,4% do Produto Interno Bruto

(PIB) do município de São Paulo, sendo que R$ 27

bilhões são do que deixamos de produzir enquanto

ficamos parados e R$ 6,5 bilhões são gastos com

combustível.

• O Detran emplaca em média 1.184 novos carros

por dia.

• A cidade de São Paulo tem aproximadamente

7 milhões de veículos.

• A população paulistana cresceu 32% desde 1980

e o número de veículos quadriplicou no mesmo

período.

• A velocidade média dos carros na cidade de São

Paulo é de 32 km/h no horário de pico da manhã

e 18 km/h no horário de pico à tarde. Os ônibus

circulam a uma velocidade média de 20 km/h.

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1) Elaboração de um gráfico com o nú-mero de mortos vítimas de acidente de trânsito no Brasil nos últimos 10 anos e de um gráfico comparativo com o núme-ro de vítimas de assassinato no mesmo

período.

2) Construção de um gráfico que de-monstre o crescimento da frota de car-ros na cidade de São Paulo nos últimos 10 anos e de um gráfico que demonstre o crescimento da população da cidade

no mesmo período.

3) A cada 4 km que um carro abastecido com gasolina percorre, ele emite 96 g de monóxido de carbono, 8,4 g de hidro-

carbonetos e 8 g de óxido de nitrogênio.

Quanto esse veículo emite desses

gases a cada 100 km percorridos?

4) Se todos os carros da cidade de São Paulo (7 milhões) estiverem na rua ao mesmo tempo e cada um per-correr 4 km, qual seria a quantidade

de poluentes despejada no ar?

5) Com base nos dados fornecidos, proponha atividades utilizando um estudo sobre casas decimais, por-centagens, velocidade média e o que mais achar pertinente ao assunto.

COM BASE NESSAS INFORMAÇÕES, PROPONHA AS SEGUINTES ATIVIDADES:

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Page 54: Revista LeYa na Escola

HQ E A PRODUÇÃO DE TEXTOS

MUITO MAIS AULA

ELAINE DO AMARAL

Público-alvo:Tempo estimado:

Disciplina:Avaliação:

6. º e 7.º anos 5 aulasLíngua PortuguesaReconhecer os gêneros textuais propostos; estabelecer intertextualidade; produzir texto conforme orientado

LÍNGUA PORTUGUESAABC

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Na aprendizagem de leitura e escrita, tornou-se fundamental saber reconhecer os gêneros textuais que circulam em nossa sociedade. Do bilhete ao artigo de opinião, os gêneros textuais estão presentes em nosso dia a dia e é necessário que os alunos estejam familiarizados com eles, uma vez que este conhecimento é muito útil no momento de produzir textos. A produção de texto não deve ser trabalhada apenas como uma atividade que virá a ser corrigida pelo professor: o texto produzido pelo aluno reflete, entre outras coisas, a forma como ele concebe o mundo e o reproduz.

Só se aprende a escrever escrevendo, mas, para que a atividade escritora atinja seus objetivos, é necessário dar suporte ao aluno. Não se escreve sem um assunto, sem objetivos e sem um interlocutor previamente definidos, e isto tem que ficar muito claro quando o professor planeja uma atividade de produção de texto.

A seguir, apresentamos uma sugestão de atividade que trabalha o gênero textual história em quadrinhos como base para a produção de um texto de outro gênero (conto, crônica, fabula etc.). A HQ é um texto narrativo, dividido em quadros ilustrados.

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SUGESTÃO DE TRABALHO

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Etapa 1: Primeiramente o professor deve trabalhar com a turma as características do gênero textual história em quadrinhos, como estrutura, tipos de balões, onomatopeias, interjeições, metáforas visuais.

Etapa 2: Quando os alunos estiverem familiarizados com o gênero, escolha uma HQ e distribua para eles (a escolha deve ser feita com base no domínio que os alunos têm de leitura, escrita e interpretação de textos). Leia a história com a classe e proponha uma discussão sobre seu tema.

Etapa 3: Agora, vamos discutir as especificidades da HQ lida, como personagens, características físicas e psicológicas, a representatividade das onomatopeias e interjeições (se houver), o enredo e o desfecho.

Etapa 4: Escolha e explique sobre outro gênero textual. A partir das conclusões da classe, proponha que contem a mesma história usando este outro gênero.

Dica: os diálogos da HQ poderão ser reutilizados.

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MUITO MAIS AULA

ELAINE DO AMARAL

Público-alvo:Tempo estimado:

Disciplina:Avaliação:

8.º e 9.º anos10 aulasHistóriaReconhecer a herança da escravidão em nossa sociedade; entender o pre-conceito como uma construção histórica

[56]

UMA HERANÇADA ESCRAVIDÃO...

HISTÓRIA

A escravidão marcou diversos aspectos da cultura e da sociedade brasileira e fixou um conjunto de valores em relação ao trabalho, às relações entre as pessoas e ao preconceito racial.

Apesar do fim da escravidão, a abolição não foi acompanhada por nenhuma ação para integrar o negro à sociedade brasilei-ra. A discriminação racial e a exclusão econômica persistem

até os dias de hoje. Apesar de várias ações governamentais, que atualmente querem atenuar o peso dessa “dívida histórica”, ainda há muito o que se fazer para coibir as atitudes e situações excludentes.

É desse reconhecimento de exclusão e de pre-conceito e da ideia de educação como es-tratégia para a modificação de atitudes que propomos este trabalho.

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SUGESTÃO DE TRABALHO

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1.ª etapa Em duplas, na sala de informática, pro-ponha aos alunos que pesquisem sobre o período de escravidão no Brasil se-guindo o seguinte roteiro:– O que motivou a escravidão? (fatores

políticos e econômicos)– Como ela ocorreu? (modo de vida dos

escravos)– O que eram os quilombos?– Leis abolicionistas.

Distribua os assuntos entre as duplas (pode ser um assunto para cada duas duplas, por exemplo).

Peça aos alunos que compartilhem com os colegas o resultado da pesquisa.

2.ª etapa Este é o momento de tratar do período pós--abolição. Em duplas, os alunos devem responder às seguintes questões:– Como ficou a situação dos negros após a abolição?– Houve algum apoio do governo?– Qual é a ligação de tais fatos com a si-

tuação atual do negro em nossa socie-dade?

– Que heranças culturais foram herdadas dos africanos?

Promova uma discussão sobre os resul-tados da pesquisa.

3.º etapa Nesta etapa será proposta uma pesquisa sobre os movimentos atuais de combate ao racismo, sobre a lei de cotas, o dia

da consciência negra e as polêmicas geradas em torno desses assuntos.Finalize o trabalho sugerindo que os alunos respondam à seguinte indagação:

• As leis que garantem a igualdade são suficientes para acabar com o preconceito racial em nosso país?

Proponha aos alunos que criem uma campanha de conscientização na escola, divulgando tudo que eles aprenderam com a pesquisa proposta.

Bom trabalho!

Obs.: Professor, durante as discussões deixe claro que o preconceito é uma construção cultural e que somente as leis ou os princípios religiosos de igualdade não irão transformar nossa sociedade nem deixaríamos de ser preconceituosos automaticamente. Há uma dimensão afetiva e emocional em que são cultivadas as crenças, os este-reótipos e os valores que justificam as atitudes. É preciso superar esses limi-tes usando uma linguagem capaz de tocar o imaginário. Esta é uma ótima oportunidade para trabalhar os prin-cípios de pluralidade cultural e res-peito às diferenças, temas propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacio-nais (PCN).

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MUITO MAIS AULA

ELAINE DO AMARAL

Público-alvo:Tempo estimado:

Disciplina:Avaliação:

9.º ano5 aulasGeografiaIdentificar os efeitos negativos e positivos da construção da hidrelétrica de Belo Monte

GEOGRAFIAAMAZÔNIA EM FOCO:BELO MONTE E O MEIO AMBIENTE

[58]

Em 2010 a Amazônia atraiu muitos olhares em razão da construção da que promete ser a terceira maior hidrelétrica do mundo: a de Belo Monte, no Pará

Existem vários protestos contra a constru-ção da usina de Belo Monte, porém as ne-cessidades energéticas do país são con-sideradas prioridade pelas autoridades. Essa usina deverá entrar em operação

em 2015 e, atualmente, encontra-se em processo de construção. Apesar de todas as mudanças e ajustes feitos no projeto original, a previsão é que sejam des-matados quase 12 mil hectares da floresta amazônica. Segundo ambientalistas, os índígenas e a população ribeirinha serão drasticamente afetados.

A maior parte do potencial energético do Brasil está na bacia amazônica. Por isso, a construção da hidrelétrica de Belo Monte esbarra em uma questão que envolve o bioma da floresta: como conservar o patrimônio natural e, ao mesmo tempo, fazer dele uma alavanca para o desenvolvimento do Brasil?

Vamos juntos pesquisar este assunto?

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Page 59: Revista LeYa na Escola

SUGESTÃO DE TRABALHO

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1. Primeiramente, é importante que o professor apresente aos alunos a questão da hidrelétrica de Belo Monte. Mostre imagens, dê a localização (uma boa opção é usar o Google Earth) e faça um apanhado histórico sobre o assunto.

2. Mostre o vídeo Gota d’água: hidrelé-trica de Belo Monte (disponível em www.youtube.com) e acesse o site www.blo-gbelomonte.com.br para obter informa-ções sobre o assunto.

3. Na sala de informática, divida os alunos em grupos e proponha que pesquisem sobre a hidrelétrica de Belo Monte. Cada grupo ficará responsável por um tema:

• biodiversidade da Amazônia• impactos ambientais• impactos sobre as populações indíge-

nas da região• conservação e desenvolvimento• efeitos que já estão sendo sentidos com

o início da obra

4. Peça aos alunos que compartilhem com os colegas os resultados desta pesquisa por meio de uma apresentação com cartazes, PowerPoint, Movie Maker.

5. Proponha um debate sobre os prós e contras da construção da hidrelétrica de Belo Monte encontrados na pesquisa e faça a divulgação na escola.

Altamira (PA) - Sítio Canais e Diques, a maior frente de trabalho nos canteiros de obras. Canal de 20 quilômetros ligará a represa do Sítio Pimental ao reservatório intermediário do Sítio Belo Monte. 20/04/2012

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Page 60: Revista LeYa na Escola

RIO + 20: UM GRANDE RESULTADO

MUITO MAIS AULA

ELAINE DO AMARAL

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Disciplina:Avaliação:

8.º e 9.º anos10 aulasCiênciasReconhecer os problemas ambientais apresentados na conferência; propor soluções pertinentes aos problemas apresentados

CIÊNCIAS

[60]

Em junho de 2012 aconteceu no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre o desenvol-vimento sustentável, a Rio + 20. Participaram 193 países, que dis-

cutiram sobre “o futuro que queremos”, uma oportunidade valiosa para que se refletisse, no Brasil e no mundo, sobre a sustentabilida-de do planeta Terra.

O documento final foi assinado com a anuência de todos os países representados, mas os

resultados foram pouco ambiciosos, e assuntos considerados graves foram omitidos, isso por causa da resistência de países ricos, que são os que mais poluem. Assim, muitas decisões foram adiadas para os próximos anos, e a boa notícia ficou por conta da ênfase dada no documento final para a erradicação da pobreza.

Os resultados da conferência são temas impor-tantes para desenvolver em sala de aula, pois, como diz o documento final, “o futuro está a car-go das gerações mais jovens”.

Ban Ki-moon, secretário geral, fala durante a Conferência em sessão fechada. 22 de junho, Rio de Janeiro

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SUGESTÃO DE TRABALHONa sala de informática, divida os alunos em grupos e peça que cada um pesquise um dos seguintes assuntos relativos à Conferência Rio + 20:

• pontos de convergência dos países participantes• erradicação da pobreza• princípios da Declaração da Rio + 20• objetivos do desenvolvimento sustentável• economia verde• resultados obtidos e decisões adiadas

Cada grupo deverá apresentar o resultado de sua pesquisa e responder à seguin-te questão: como podemos colaborar para uma possível solução dos problemas tratados na conferência?Proponha aos grupos que debatam e divulguem os resultados das pesquisas.

Nota: É importante despertar nos alunos a consciência de que eles estão inseridos na sociedade e que também têm responsabilidades pelo planeta.

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CINEMA PLAYARTE

Um fi nal de semana em Hyde Park

Do mesmo diretor de Um lugar chamado Notting Hill e Fora de controle, Um final de semana em Hyde Park conta a história de uma visita, em 1939, do Rei George VI e sua es-posa, a Rainha Elizabeth, à propriedade do pre-sidente estadunidense Franklin D. Roosevelt em Hyde Park, Nova York. Enquanto isso, ele se

apaixona cada vez mais por sua prima e amante eventual, Margaret Suckley. Nenhum monarca bri-tânico havia visitado os EUA antes, e Roosevelt es-pera unir forças com o Reino Unido às vésperas da II Guerra Mundial.

Com Bill Murray (Encontros e desencontros, Ed Wood, Flores Partidas), Laura Linney (Sobre meni-nos e lobos, Simplesmente amor, O óleo de Lorenzo),

Olivia Williams (Edu-cação, X-Men: o con-fronto final).

A fuga

Dois irmãos roubam um cassino e se sepa-ram ao fugir por uma floresta nevada, mas planejam se encon-trar posteriormente, na fronteira com o Canadá.

CONFIRA OS LANÇAMENTOS DE 2013

DA PLAYARTE E DIVIRTA-SE!Enquanto Liza tenta pegar carona com um rapaz que simpatiza com ela, o irmão Addison deixa um rastro de morte e a polícia em seu encalço.

Com Eric Bana (Troia), Olivia Wilde (musa da série House e estrela do novo Tron) e Sissy Spacek (Carrie – a estranha, Terra de ninguém, Terra fria).

O acordo

A trama segue um pai suburbano que é pego de surpresa quando seu filho adolescente é condenado a 30 anos de cadeia por envolvimento com drogas. Para diminuir a sentença do filho, o pai se disfarça e incrimina um traficante de alto escalão. A trama tem base em uma história real, uma reportagem veiculada nos EUA no programa Frontline, da rede pública PBS.

Com Dwayne “The Rock” Johnson (Velozes e furiosos, O retorno da múmia e O fada do dente), Susan Sarandon (Lado a lado, Thelma e Louise), Jon Bernthal (The Walking Dead), Benjamin Bratt (Traffic).

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Fogo contra fogo

Após presenciar um crime brutal, o bombeiro Jeremy Coleman auxilia o detetive Mike Cella a identificar o agressor. Mas o assassino prova que sabe quem ele é e o ameaça. Forçado a abandonar sua carreira e integrar o programa de proteção às testemunhas, Jeremy tenta reconstruir sua vida. Mas uma inesperada virada judicial coloca o criminoso de volta às ruas e o ex-bombeiro precisa proteger a si mesmo e às pessoas que ama.

Dirigido por David Barrett, de séries como Castle, O mentalista, Sobrenatural, NCIS, Diários de um vampiro, CSI: NY entre muitas outras. Com Bruce Willis (Duro de matar, A fogueira das vaidades, Pulp fiction), Josh Duhamel (Transformers, Noite de ano novo, Juntos por acaso), Rosario Dawson (Rent, Sin City, Alexandre).

Um gladiador em apuros

Na Roma antiga, um jovem órfão da tragédia do vulcão de Pompeia, Timo, é adotado pelo general Chirone e cresce na famosa academia de gladiadores. Ele tinha tudo para se tornar uma lenda, porém Timo não é propriamente um gladiador... Mas, graças à chegada de uma nova garota na cidade, ele resolve dedicar-se de corpo e alma ao treinamento para ser um grande guerreiro.

Do ganhador do Oscar, Michael J. Wilson, roteirista de animações consagradas como Era do Gelo 2 e O Espanta-Tubarões.

/grupoplayarte @grupoplayarte www.playarte.com.br

Para saber mais sobre os lançamentos da PlayArte conecte-se:

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Mão que conta história

Literatura infantil e juvenil

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LANÇAMENTO

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ESTANTE

GONZAGUINHA E GONZAGÃO, UMA HISTÓRIA BRASILEIRAAutora: Regina Echeverría Editora: LeYa

Esta obra procura apresentar a relação entre Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, com base na audição de fitas que registraram mais de 20 horas de conversa entre os dois. Pretende mostrar diferenças de personalidade, postura política e comporta-mento e como o entendimento entre pai e filho só se daria após anos de traumas, dores e enfrentamentos. Mostra ainda a importância do show Vida de viajante, de 1979, quando se apresentaram juntos e selaram uma amizade que duraria até o fim de suas vidas.

Os grandes filósofos que fracassaram no amor relata de forma bem-humorada a vida amorosa de 37 filósofos, de Sócrates a Tolstói, mostrando que philein (amar) e sophia (sabedoria) não andam tão juntas assim. A obra conta diversas histórias, como o estrangulamento acidental da esposa de Louis Al-thusser, a obrigação imposta a São Tomás de Aquino de divi-dir uma cela com uma prostituta por causa de sua concepção religiosa e a castração de Pedro Abelardo após mandar a es-posa para um convento a pedido da própria.

UMA BREVE HISTÓRIA DO CONHECIMENTOAutor: Charles Van DorenEditora: Casa da Palavra

Esta obra faz um resgate histórico que analisa o rumo de várias civilizações, as condições sociais e os contextos políticos em que estavam inseridas. O livro é um apanha-do de tudo que o homem já pensou, criou e aperfeiçoou, desde as civilizações antigas até a cultura tecnológica do século XXI. As criações e realizações foram documentadas em ordem cronológica, exemplificadas por meio de feitos de pessoas como Einstein, Leonardo da Vinci, Shakespea-re, Freud, Picasso, Aristóteles e outros. Uma obra que pre-tende esclarecer a origem do conhecimento humano e o sentido lógico de suas decisões.

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OS GRANDES FILÓSOFOS QUE FRACASSARAM NO AMORAutor: Andrew SchafferEditora: LeYa

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EVENTOS

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FESPOColégio Moderno (Belém, PA)

O Festival de Poesia (Fespo), realizado pelo Colégio Moderno anualmente, é um evento que estimula a produção poética dos alunos. “Durante as aulas de Língua Portuguesa e Redação, os professores analisam e interpretam diversos textos poéticos, apresentando o gênero aos estudantes de maneira atraente e prazerosa. A partir desse contato, os alunos são orientados e estimulados a iniciar sua própria produção. Os poemas elaborados no decorrer do ano passam por um processo de seleção, e os melhores são publicados no livro Coisas de estudante, editado anualmente no colégio. “Dois poemas por turma são escolhidos para serem declamados no Fespo”, explica a coordenadora pedagógica Vitória Lúcia Costa da Silva. Dos textos declamados, são premiados os três primeiros colocados na categoria melhor texto e os três primeiros colocados na categoria melhor declamação. Em 2012, o festival comemorou 15 anos.

FEIRA DO LIVRO DIGITALColégio Santa Cruz (São Paulo, SP)

Desde 2011, o Colégio Santa Cruz organiza a Feira do Livro Digital, coordenada por Moisés Zylbersztajn. No evento, o visitante pode conhecer produtos e serviços de diversas editoras e empresas, além de assistir a palestras e debates com a participação de renomados especialistas na área. Mais de 300 pessoas, entre elas educadoras de importantes colégios de São Paulo, participam todos os anos dessa feira, que vem se tornando referência no mercado digital.

Alunas sendo premiadas ao final do Fespo de 2012.

Nas aulas de Língua Portuguesa e Redação, os alunos analisam e interpretam diversos textos poéticos.

Flavio de Campos, autor da coleção Jogo da História nos dias de hoje (editora LeYa), participou do debate “Do aluno ao autor – impactos da mudança na produção e no consumo de conteúdo digital”.

Carlos Faraco, autor da coleção Língua Portuguesa nos dias de hoje (editora LeYa), visitou a Feira.

No estande da LeYa, os visitantes puderam conhecer de perto a plataforma 10 Escola Digital.

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JORNADA CIENTÍFICO-CULTURALComplexo de Ensino Noilde Ramalho ED/HC (Natal, RN)

A Jornada Científico-Cultural ED/HC é um evento que acontece anualmente e vai além da simples exposição de experimentos, abrangendo diversos temas e abordagens relacionadas ao conhecimento científico. Sua finalidade é apresentar as vivências compartilhadas pelos alunos durante os estudos do ano letivo, principalmente aquelas que mais marcaram suas aprendizagens.

“O objetivo da Jornada Científico-Cultural é inte-grar o conhecimento científico, elaborado duran-te os estudos, a temas como cultura, política, tec-

EDUCAR/EDUCADORCentro de Exposições Imigrantes (São Paulo, SP)

Entre os dias 22 e 25 de maio de 2013, a capital paulista terá novamente o privilégio de receber a maior feira e congresso educacional da América Latina, a Educar/Educador, que está em sua 20.ª edição. O evento será realizado no Centro de Exposições Imigrantes, onde milhares de profissionais diretamente ligados ao segmento educacional terão acesso a cem atividades e a uma grande variedade de produtos e serviços voltados para a educação.

A SEI – Solução Educacional Integrada participará do evento. Em seu estande, ela apresentará as últimas novidades em conteúdos impressos e digitais.

nologia, meio ambiente, literatura e ética, em um contexto significativo para o mundo infantojuvenil. Essa integração tem seu ápice no dia da exposi-ção, quando alunos e professores apresentam e re-tomam passagens das diversas aprendizagens do ano letivo”, conta Daliane Fernandes Torres Luiz, coordenadora pedagógica da escola.

A organização do evento se inicia no começo do ano letivo. A partir daí, são escolhidos os temas e os materiais que serão produzidos.

Após o recesso do meio do ano, os alunos come-çam a trabalhar, efetivamente, na produção dos elementos que farão parte da exposição.

Os alunos apresentam seus trabalhos.A jornada abrange temas como meio ambiente, tecnologia e política.

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COMEMORAÇÃO DOS 20 ANOS DO COLÉGIO PRUDENTE DE MORAESColégio Prudente de Moraes (Salto, SP)

Uma sessão solene foi realizada na noite de 23 de novembro de 2012, no Colégio Prudente de Moraes, em Salto (SP), celebrando seus 20 anos de atividade. Estiveram presentes a secretária de educação Fernanda Noronha Ribeiro, a mantenedora Rosmarie Castro, da primeira diretora do colégio Sueli Meante, além de alunos e ex-alunos, pais, professores e funcionários, bem como ex-professores e ex- funcionários.

Na mesma ocasião, a escola homenageou diversas pessoas que contribuem ou contribuíram para que ela seja reconhecida como uma das mais importantes da região.

Foi organizado um concurso com o objetivo de levar os alunos a reconhecerem a escola como um espaço de criação, participação e interação das diferentes áreas do conhecimento. Denominado “Comemorando 20 anos: registrando vivências e construindo história”, o concurso, dividido em diversas modalidades (como cartaz, desenho, poesia e redação), estimulou a todos os participantes a produzirem textos sobre o universo escolar, contando experiências que marcaram suas relações, suas conquistas e os desafios do ambiente do Colégio Prudente de Moraes.

EVENTOS

As comemorações tiveram início com exposições de projetos desenvolvidos pelos alunos sob orientação dos professores e colaboradores.

Nilcimar Mazetto, diretora pedagógica do colégio: “É difícil externar a satisfação que sinto em estar a frente deste colégio, não pelo cargo que ocupo, mas por poder desfrutar diariamente de uma equipe competente e comprometida, da parceria e confiança dos pais e do convívio com os “meus” alunos”.

O colégio recebeu para um café da manhã pessoas especialmente queridas, que vieram prestigiar as comemorações dos 20 anos

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