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CAMPO DE GOLFE OBSTÁCULOS NATURAIS DESAFIAM OS PRATICANTES DESSE SOFISTICADO ESPORTE MODERNIDADE REFORMA EM APARTAMENTO EXPLORA PINTURA EM LISTRA PARA UNIFICAR AMBIENTES PRÁTICO E DESPOJADO LOFT PROJETADO NA DÉCADA DE 90 POR JOÃO ARMENTANO GANHA NOVO LAYOUT MAURÍCIO KARAM Arquiteto reúne o melhor dos estilos rústico, clássico e contemporâneo em casa de campo no interior paulista Luxe. Arquitetura & Design Junho 2012 Edição 4 - R$ 9,00

Revista Luxe - Junho 2012

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Revista Luxe - Junho 2012

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CAMPO DE GOLFEOBSTÁCULOS NATURAIS DESAFIAM OS PRATICANTES DESSE SOFISTICADO ESPORTE

MODERNIDADEREFORMA EM APARTAMENTO EXPLORA PINTURA EM LISTRA PARA UNIFICAR AMBIENTES

PRÁTICO E DESPOJADOLOFT PROJETADO NA DÉCADA DE 90 POR JOÃO ARMENTANO GANHA NOVO LAYOUT

MAURÍCIO KARAMArquiteto reúne o melhor dos estilos rústico, clássico e contemporâneo em casa de campo no interior paulista

Luxe.Arquitetura & Design

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Luxe.

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Opinião

Após pesquisas sobre casas de fazenda, o arquiteto paulistano Mau-rício Karam criou um projeto que reuniu o melhor dos estilos rústico, clássico e contemporâneo. O cenário é Bragança Paulista, cidade do interior paulista reconhecida pelo clima agradável. Usada como

casa de campo, traz elementos que enriquecem o conceito originariamente simplista e rudimentar: traduz uma linha mais refi nada, com formas elabo-radas e conteúdo nobre que remetem ao estilo europeu.

Boa parte da casa é acompanhada por varandas e pilares aparentes, que ajudam a conferir a identidade campesina. Projetada em ‘L’, a imponente moradia dispensa pavimentos para concentrar todos os seus diferenciais em um único piso térreo. Além de estar em sintonia com a proposta de casa de campo, a solução de evitar pavimentos foi uma maneira de manter a casa prática e funcional. E o tamanho generoso do terreno contribuiu para reforçar essa ideia.

Com espaço disponível para construção de 3.500 metros quadrados, o projeto baseou-se na setorização da planta, dividindo os 980 metros quadrados de área construída em três grandes volumes: social, serviços e íntimo. Com isso, a área interna da casa valorizou o pé-direito ao invés de pavimentos. E a vantagem de contar com um gigante terreno, fez surgir equipamentos de lazer e o belo jardim criado por Gilberto Elkis, que trans-formou o projeto paisagístico em uma obra de arte com árvores frutíferas, horta e paisagismo inspirado nos campos franceses de Provence.

Nesta edição apresentamos ainda outros três projetos: uma reforma que explorou a pintura em listras nas paredes de um apartamento pro-jetado por Ruy Ohtake; o layout do campo do Terravista Golf Course idealizado pelo arquiteto norte-americano Dan Allen Blankenship, que aproveitou os obstáculos naturais das falésias e fl oresta nativa de Tran-coso (BA) para desafi ar praticantes desse sofi sticado esporte e, por último, a nova proposta decorativa do arquiteto Diego Revollo para um loft criado na década de 90 por João Armentano em São Paulo.

Também entrevistamos Luiz Eduardo Índio da Costa, que escreveu seu nome na história da arquitetura ao criar construções modernas repletas de beleza e funcionalidade, e publicamos um ensaio fotográfi co de ambientes decorados com papéis de parede –um recurso que está em alta no Brasil. Boa leitura.

editorial

Marcelo Clareteditor-chefe

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Luxe. Conteúdo

8 Identidade campestreProjeto de Maurício Karam reúne o melhor dos estilos rústico, clássico e contemporâneo em casa de campo

18 Linhas modernasReforma em apartamento projetado por Ruy Ohtake explora pintura em listras para renovar e unifi car espaços

24 Rústico Estilo transmite sensação de acolhimento que ajuda aquecer a casa nesta época do ano, quando caem as temperaturas

26 Charme e competição Projeto Terravista Golf Course aproveita obstáculos naturais das falésias de Trancoso para desafi ar praticantes do esporte

38 TexturasPapéis de parede nunca estiveram tão em alta no Brasil.Diversidades de estampas dão personalidade aos ambientes

52 Prático e despojadoApartamento duplex projetado por João Armentano é reformado. Nova proposta decorativa moderniza o loft

66 EstiloNacionalista convicto, Arthur Casas revela suas preferências em mobiliário, obras de arte e projetos arquitetônicos

68 ÍconeConheça Luiz Eduardo Índio da Costa, o arquiteto que cria construções modernas que aliam beleza e funcionalidade

SUMÁRIO

CAMPO DE GOLFEOBSTÁCULOS NATURAIS DESAFIAM OS PRATICANTES DESSE SOFISTICADO ESPORTE

MODERNIDADEREFORMA EM APARTAMENTO EXPLORA PINTURA EM LISTRA PARA UNIFICAR AMBIENTES

PRÁTICO E DESPOJADOLOFT PROJETADO NA DÉCADA DE 90 POR JOÃO ARMENTANO GANHA NOVO LAYOUT

MAURÍCIO KARAMArquiteto reúne o melhor dos estilos rústico, clássico e contemporâneo em casa de campo no interior paulista

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Leia online a edição anterior.

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DECORAÇÃO

A atmosfera de paz e des-canso é amplifi cada por projetos repletos de con-ceito. Nos recantos que

remontam ao passado, o encon-tro nostálgico traz à tona lem-branças dignas dos contos rurais de Monteiro Lobato. Aspectos que fazem dos refúgios campes-tres morada de recordações.

O cenário é Bragança Paulista, a menos de 100 quilômetros de

São Paulo, reconhecida pelo clima agradável e por preservar a placidez interiorana. Apesar da aparência pacata, o município cultiva um lado high design instigado pelo charme sofi sticado de parte da população abastada e dos moradores sazonais.

Inspirado, após pesquisas so-bre casas de fazenda, o arqui-

IDENTIDADE CAMPESTREPROJETO DO ARQUITETO MAURÍCIO KARAM REÚNE O MELHOR DOS ESTILOS RÚSTICO, CLÁSSICO E CONTEMPORÂNEO EM CASA DE CAMPO CONSTRUÍDA NO INTERIOR PAULISTA

Por Daniela BorgesFotos Sergio Israel

teto paulistano Maurício Karam, desenvolveu um projeto para a pequena cidade, que reuniu o melhor dos estilos rústico, clás-sico e contemporâneo. O peso de cada um deles foi equilibrado com maestria pelo profi ssional e o resultado foi a origem de uma propriedade elegante, acolhedora e carregada de personalidade.

Utilizada como casa de campo, a imponente residência traz ele-

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SALA DE ESTARParede revestida com madeira do piso ao teto serve de fundo para estante

desenhada por Maurício Karam para ocupar o posto de a grande estrela do ambiente

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mentos que enriquecem o con-ceito originariamente simplista e rudimentar. Traduz uma linha mais refi nada, com formas ela-boradas e conteúdo nobre, que remetem ao estilo europeu.

A fachada discreta evidencia o estilo rústico, com o uso de tijolos aparentes e pedras nas chaminés. Boa parte da casa é acompanhada por varandas e pilares aparentes, que ajudam a conferir a identidade campesina. Entretanto, as molduras e venezianas das janelas, em tom pe-tróleo, ditam o caráter mais clássico. Já, ao acessar ao interior da casa, a harmonia de estilos propõe contem-poraneidade e despojamento.

O resgate do passado está na es-colha dos materiais que remetem à época em que o tempo parecia andar mais devagar. Para preservar as características de uma autêntica casa de fazenda, Karam projetou um sistema simples e convencional de construção. Utilizou pilares e vi-gas com telhado apoiado sobre a estrutura defi nida, tudo em função da planta. “Somente foram previstas superestruturas para vencermos os grandes vãos existentes”, declarou o arquiteto. Os recursos deram origem ao grande vão da área social, com incrível pé-direito livre de 10 metros.

A amplitude cinematográfi ca do projeto se dá pelo excesso de ho-rizontalidade. Projetada em ‘L’, a casa dispensa pavimentos para con-centrar todos os seus diferenciais em um único piso térreo. Além de estar em sintonia com a proposta de casa de campo, a solução de evi-tar pavimentos foi uma maneira de manter a casa prática e funcional.

TerrenoO tamanho generoso do terreno contribuiu e reforçou essa ideia. Com espaço disponível para cons-trução de 3.500 metros quadrados, o projeto baseou-se na setorização da planta, dividindo os 980 metros quadrados de área construída em três grandes volumes: social, servi-ços e íntimo. Com isso, a área in-terna da casa valorizou o pé-direito ao invés de pavimentos. “A casa tér-rea, além de agradável, proporciona o pé-direito alto, deixando-a impo-nente e bem ventilada”, explica o arquiteto. De fato, a casa não utiliza refrigeração em nenhum cômodo.

A arquitetura mostra seu vigor

de todos os ângulos de observa-ção. Mas, ao ter acesso ao living, a mágica acontece. Ou seja, tudo aquilo que o arquiteto imaginou, até mesmo a conotação do estilo “galpão”, concretiza-se em for-mas e objetos.

O piso em limestone Mont Char-mot paginado, com peças de 1,20 metros, sugere o que se pode esperar do restante do projeto. Nada menos do que esplêndido. O cuidado com detalhes fi ca evi-dente no rodapé alto, feito em madeira amasseada e pintada de branco, que simula uma espécie de moldura para as paredes.

O pé-direito excepcional destaca

DESIGNProjetada em L, casa concentra todos os ambientes em pavimento térreo para ficar mais funcional e prática

VARANDABoa parte da casa é

acompanhada de pilares aparentes e varandas para

favorecer a identidade campestre ao projeto

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ESTILOTijolos aparentes e pedras

nas chaminés conferem estilo rústico, mas molduras

e venezianas nas janelas ditam caráter mais clássico

o madeiramento aparente do teto, caiado de branco, e o forro em madeira pintada de branco abaixo dos caibros. Recursos estruturais amplamente decorativos.

A lareira revestida de pedras bru-tas desempenha papel fundamen-tal na composição da área de estar. Suntuosa e monumental, indica o tipo de utilização da casa, ideal para a temporada mais fria do ano.

Apesar do interior predomi-nantemente contemporâneo, o projeto não se inclina à monoto-nia. As versões diferenciadas das paredes garantem uma dinâmica excepcional. Ora, revestida com textura Terracor limestone, ora

pelas pedras da lareira, ou ainda pelo painel que sustenta a TV. Há também a parede revestida de madeira do piso ao teto que serve de fundo para a estante. O móvel desenhado pelo arquiteto, aliás, é a grande estrela do ambiente.

Feita em madeira laqueada de branco e ocupando boa parte da parede, a estante ganha projeção graças ao contraste criado pela di-ferença de cor, entre o fundo de madeira escura e as prateleiras brancas. Objetos repletos de me-mórias afetivas estão ali estrate-gicamente posicionados. A escada fi xada ao conjunto dá um charme à composição estonteante.

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LivingPara preencher os espaços genero-sos do living e manter a harmonia entre decoração e arquitetura, fo-ram escolhidos móveis de grandes proporções. A intenção de Karam foi criar ambientes singulares e úni-cos. Com composições marcantes.

Todos os atributos típicos de uma casa de fazenda podem ser encon-trados no projeto do arquiteto, só que em versões estilizadas, adequa-das ao perfi l de seus moradores.

O fogão a lenha, por exemplo, está presente na cozinha gour-met, anexa à sala de jantar. Mas até mesmo este símbolo da cultura caipira ganhou nova roupagem. Revestido em textura Terracor em tom de lilás, o ícone chama a atenção também pela coifa em cobre, que confere vi-sual mais elegante.

A sala de jantar, apesar de es-paçosa, é aconchegante, graças aos materiais de acabamento que ‘esquentam’ o ambiente que esbanja romantismo. A mesa de madeira guarda espaço para 12

LAZERÁrea da churrasqueira criada

aos momentos de descontração recebe mesas e confortáveis cadeiras; no chão, cerâmica

com motivos em azul imita tapete

SALA DE JANTARMesa de madeira com 12 lugares exibe belas cadeiras com encosto de palhinha; lustre de ferro completa o cenário com ares provençal

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SALA DE TVPainel de madeira sustenta

a TV no aconchegante ambiente da área social

da casa de campo de Bragança Paulista

COZINHAFogão a lenha na cozinha gourmet, anexa à sala de jantar, ganha coifa de cobre, que confere visual mais elegante ao símbolo caipira

lugares e exibe belas cadeiras com encosto de palhinha. O lus-tre de ferro e parede de madeira completam o cenário com ares do estilo provençal.

O projeto contempla ainda uma charmosa cozinha de apoio. Com formato estreito, o cômodo ganha amplitude graças ao farto pé-di-reito. Ali,o piso de ladrilho hidráu-lico branco indica a habilidade do arquiteto na especifi cação dos materiais. As paredes receberam textura Granfi no e sobre o fogão, Karam brincou com a paginação de ladrilhos hidráulicos coloniais de cores sortidas. As bancadas são de silestone New Zen. O re-sultado foi um ambiente divertido, prático e muito funcional.

A área íntima possui quatro su-ítes, com closets independentes. O banheiro da suíte master é re-vestida por limestone Mont Doré e tem a parede frontal da bancada forrada por canjica de limestone 2x2 centímetros, em formato mais bruto. Os detalhes foram feitos com pastilhas jatobá branca.

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JARDIMVantagem de contar com

o gigante terreno fez surgir equipamentos de lazer e o belo jardim criado pelo paisagista Gilberto Elkis

Área íntimaA sensação do banheiro é a porta balcão com vista para o jardim. O recurso foi necessário para manter o alinhamento externo das jane-las. A necessidade deu origem ao diferencial, que manteve a priva-cidade com a instalação de vidro jateado. Para completar o acon-chego da área íntima foi instalado piso de madeira de demolição canela em toda a extensão dos quartos, com rodapés de 40 cen-tímetros de madeira amasseada pintada de branco.

Se a residência exalta as boas qualidades das casas de fazenda, a área externa confi rma a vocação para promoção do relaxamento. A vantagem de contar com um gigante terreno remanescente, fez surgir equipamentos de lazer e o belo jardim criado por Gilberto Elkis.

O projeto paisagístico é uma obra de arte. Uma pintura que re-úne pinceladas da alegria tropical

das árvores frutíferas e da horta, à beleza delicada dos jardins eu-ropeus, inspirados nos campos franceses de Provence. Integração realizada com muita harmonia.

O jardim é inspirador, mas acima de tudo contemplativo. Ciente dessas características, Karam pre-viu SPA, piscina, sala de jogos, churrasqueira e lounges ao longo da área avarandada. Tudo isso co-nectado naturalmente com a casa, de forma prática e muito funcional.

Para separar as áreas, foram cria-dos tapetes de ladrilhos hidráulicos especiais, desenhados especial-mente para o cliente. No centro do “L” formado pela casa, está a piscina, revestida com pastilha verde antigo jatobá. Estrela-mor da área externa, ela reina sobe-rana ao contribuir para a formação estética do espaço. As cores esco-lhidas para estampá-la remetem aos lagos das propriedades rurais e à calmaria de suas águas. Nas

bordas, o arquiteto utilizou pedra Castelato branca que combina bem com piso de mosaico por-tuguês cor areia que decora boa parte da varanda ao redor da casa.

Já no espaço determinado para a ducha, piso e paredes revestidas de seixos brancos causam boas sen-sações e ainda permitem contato revigorante com a natureza –outra vantagem irrefutável das casas de campo. Ter a sorte de desfrutar de um eloquente reduto bucólico no inverno é o sonho de quem anseia por tranquilidade e descanso, sem abrir mão do conforto.

O desejo por uma casa no campo povoa o imaginário coletivo, ao ponto de inspirar o cancioneiro po-pular, seja na voz de Elis Regina ou na pincelada agreste de Elpídio dos Santos. A verdade é que está no inconsciente das pessoas essa von-tade de ter para onde ir quando o momento pede refl exão e trégua das atividades cotidianas. •

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DECORAÇÃO

Apintura em listras é um dos pontos altos desta reforma elaborada pela arquiteta Crisa Santos no

apartamento, localizado em um edifício projetado nos anos 80 por Ruy Ohtake no Real Parque, em São Paulo. O imóvel, claro, contava originalmente com as curvas tão características do arquiteto. Ape-sar de formalmente interessante, a parede curvilínea, entre as salas de jantar e de estar, trata-se do poço do elevador que, de certa forma não contribuía para a integração dos ambientes. “As faixas foram cria-das para unir os espaços“, conta a arquiteta. As dimensões das faixas pintadas nas paredes repetem-se na marcenaria da porta do hall social e

do móvel multiuso da sala de jantar. E para acompanhar o motivo, Crisa distribuiu sobre o piso de madeira recuperado os tapetes By Kamy.

No espaço entre a sala de jantar e estar, o projeto previu uma área intermediária para leitura, onde também está exposta a coleção de discos vinis do proprietário (um apaixonado por aparelhos de som antigos), e a poltrona Charles Ea-mes, que se adequa perfeitamente à audições de música, e se integra a qualquer bate papo que possa ocor-rer tanto na sala de jantar quanto da sala de estar. O móvel do home theater foi trazido do antigo apar-

Na linha da modernidadeREFORMA EM APARTAMENTO PROJETADO NOS ANOS 80 PELO ARQUITETO RUY OHTAKE EXPLORA PINTURA EM LISTRAS NAS PAREDES PARA RENOVAR E UNIFICAR OS AMBIENTES

Por Silvana Maria RossoFotos Lucas Fonseca

tamento, projetado pela própria arquiteta, que os clientes quiseram mantê-lo por ainda ser novo e por se adaptar ao imóvel atual.

Um sofá com chaise (Dpot) e duas poltronas vermelho e laranja (Fer-nando Jaegger) compõe o canto do estar. Para as mesas laterais e de centro, o projeto adotou o mesmo modelo, com tampo serigrafado em vidro marrom e pés de metal, porém em tamanhos diferentes. A ideia era que ”as peças de decora-ção, como vasos e telas, pudessem ser as principais atrações, aliadas aos móveis, ora mais neutros ora coloridos e agindo como peças de destaque”, enfatiza Crisa.

Na sala de jantar, o segredo está marcenaria, executada sob

LAREIRAAs dimensões das faixas pintadas nas paredes se repetem na marcenaria que decora alguns ambientes do apartamento reformado

ESTARPela proposta do projeto, as peças de decoração são as principais atrações ao lado dos móveis, ora mais neutros ora coloridos

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SALA DE MÚSICAPoltrona Charles Eames,

acomodada à parede curvilínea entre as salas

de jantar e estar, se adequa a audições de música

projeto pela Mobília Brasil, que serve de apoio para bebidas, com adega climatizada, cristais, copos e louçaria. O móvel é pra-ticamente invisível aos olhos, pois sua superfície canelada e branca insere-se ao contexto da pintura, escondendo as portas de correr e abraçando a lareira, que ganhou roupagem nova com o recurso adotado. A peça forma um con-junto harmonioso com a mesa e as poltronas, ideal para um cafe-zinho após jantar ou um chocolate quente nos dias de inverno.

Cores estratégicasAs cores adotadas nos ambientes sociais partiram da cartela usada para a pintura das faixas. Até as obras de arte, como a tela de So-rensen sobre o sofá, consagram a sala com harmonia e integração compartilhando as cores do apar-tamento. Facilidade de limpeza e manutenção priorizaram a esco-lha dos revestimentos: camurça sintética e couro nas poltronas, cadeiras da sala de jantar e sofá, e pintura automotiva branca nos móveis combinam com madeiras para equilibrar a composição.

Para garantir a claridade com conforto e privacidade, o projeto especifi cou rolos com fi ltro solar, que ao mesmo tempo conectam o ambiente externo a todo o con-texto, pois é visível a área externa.

Como iluminação, planejada pela Interlight, spots embutidos destacam os elementos de deco-

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ração, como quadros, telas e ob-jetos. Na sala de jantar um pen-dente (Yamamura) para dar uma quebra na linearidade deste am-biente. Na mesa lateral do sofá, o abajur com cúpula quase preta dá o clima intimista ao estar.

Na cozinha, o projeto ampliou a área, reaproveitando a bancada em granito andorinha existente, e incrementando com a marcena-ria. O revestimento foi substituído por pastilha Colormix nas paredes e porcelanato Portobello no piso. Para a inclusão da coifa, placas de gesso acartonado fecham uma das janelas. Acabado com pintura, o gesso não interferiu na fachada, mas acrescentou a nova superfície.

No quarto do casal, cama mais baixa, criados mais intimistas e com um toque de romantismo. A bancada de estudo e trabalho serve de apoio para um momento mais reservado. A cabeceira é em couro para fácil limpeza e manutenção e o requadro foi realizado em gesso acartonado para redução de custos.

O jogo de espelhos renovaram e ampliaram os banheiros e o la-vabo. No lavabo, rodapés em ma-deira evidenciam a pastilha da Ja-tobá hexagonal dando um ar retrô. Enquanto no banheiro de casal, uma grande intervenção: o espelho cobre grande parte da janela exis-tente, para melhor aproveitamento da área. A principal ideia era criar um ambiente simples e prático. •

SALA DE JANTARSegredo do ambiente está na marcenaria do móvel invisível aos olhos e que serve de apoio para bebidas, copos e louçaria

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Da sua origem campestre, muita coisa foi herdada. Desde a predominância da madeira natural e do

couro, até os objetos artesanais e as fl ores, muitos elementos foram trazidos do estilo rústico tipica-mente rural para a conveniência funcional dos ambientes urbanos.

Com texturas e revestimentos ca-racterísticos, o estilo rústico é res-ponsável por transmitir sensações de acolhimento e conforto que ajudam a aquecer os ambientes domésticos. Efeitos muito bem-vin-dos nessa época do ano em que as temperaturas caem rigorosamente.

“O piso pode ser de pedra natural ou madeira, de demolição ou não. As cores de paredes geralmente são claras para contrastar com o mobi-liário, cujos tons terra predominam, como marrom, alaranjados e areia”, defi ne a arquiteta Daniella de Bar-ros, do escritório Daniella e Priscilla de Barros, de São Paulo.

Outros parceiros importantes do estilo são os tijolos aparentes e os ladrilhos hidráulicos, que estão com tudo nas decorações. “Ge-ralmente, o ladrilho é utilizado na cozinha e dá um toque de acon-chego e cor”, completa Daniella.

Para equilibrar a força do estilo rústico às propostas mais con-temporâneas, a dica da arquiteta Priscilla de Barros, é combinar com materiais mais suaves. “O rústico pode pesar na decoração quando não combinado com materiais que suavizem sua brutalidade”, explica. Nesse caso, vale compor com itens de design mais elaborado dentro de uma proposta mais clean.

O bom gosto está justamente nesse equilíbrio. Para Daniella, a beleza e a harmonia nascem da união de todas as características do rústico, com seus elementos natu-rais, sem pesar para um único item. “Mau gosto é ser exagerado. Estilo rústico combina com ‘ser simples’, sem perder a funcionalidade e o re-quinte”, comenta a arquiteta.

Revestidos de naturalidade sin-gela, os elementos que compõem esse estilo campesino, se valem, muitas vezes, do artesanal, feito a mão, para imprimir sua personali-dade rústica. “Os objetos aparecem em estantes, como centros de me-sas e aparadores. Na maioria das

TEXTURAS E REVESTIMENTOS CARACTERÍSTICOS DESSE ESTILO TRANSMITEM SENSAÇÕES DE ACOLHIMENTO QUE AJUDAM A

Por Daniela BorgesFotos Cortesia

O aconchego dos móveis e objetos rústicos

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M A AQUECER OS AMBIENTES DOMÉSTICOS NESSA ÉPOCA DO ANO, QUANDO OS TERMÔMETROS CHEGAM REGISTRAR MÍNIMAS PRÓXIMAS DE ZERO GRAU

1. Pendente assinado pela artista plástica Roxanne Duchinn, estrutura em alumínio fosco e cúpula trançada com barbante de algodão marrom café e sedas (Bertolucci) Preço sob consulta. 2. Aparador de madeira de demolição (Armando Cerello) Preço sob consulta. 3. Sofá Metropolitan dois lugares, estrutura em chapa multilaminada e madeira maciça e assento com molas de aço e espuma (Sierra) R$ 11.390 4. Difusor Cuisine, em cravo, canela e alecrim (Blue Gardenia) R$ 192 5. Pendente com haste de aço corten e resíduo de canela despigmentada (Monica Cintra) Preço sob consulta 6. Divino de raios coloridos em madeira de demolição, com 80 centímetros de diâmetro (Ofi cina de Agosto) R$ 747 7. Cômoda Harlekin seis gavetas, peça única, em madeira com puxadores em cobre (Kare), Preço sob consulta 8. Poltrona Pingalle Recliner, 100% couro vintage na cor cigar (By Kamy) R$ 6.700 9. Bandeja em madeira, com toalha de linho e conjunto de ágata (Hips Retrô) R$ 840

vezes, recebem fl ores para adorná--los”, completa Daniella.

O rústico-chique tornou-se uma forte tendência, largamente aceita, graças a sua autenticidade, que alia requinte sem afetação, atri-buto perseguido pelos amantes do design. “É uma tendência aos que buscam a simplicidade sem perder a elegância”, aponta Priscilla.

EquilíbrioO rústico-chique é, de acordo com Daniella, a dosagem certa entre as peças de estilo marcante, tais como poltrona de couro, mesas de madeira e tapetes de pele, e o espaço em que predomina a cor off-white das pa-redes, com detalhes de pedras ou tijolos, e paisagismo exuberante.

A diferença está na leveza. “O predomínio da madeira por vezes escura do rústico convencional é suavizado pelo uso dos pisos de pedras naturais, pela leveza dos revestimentos das paredes e ma-deira de cor mais clara no rústico--chique”, completa. Comprovando que chique é não ser esnobe, o rús-tico traduz o valor da simplicidade em favor da criatividade. •

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PROJETOTerravista Golf Course foi projetado pelo arquiteto norte-americano Dan Allen Blankenship, nascido no Colorado e radicado no Brasil

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ARQUITETURA

Há esportes que extra-polam os limites da competitividade para tornarem-se verdadeiros

estilos de vida. Em ascensão no Brasil, o golfe é um bom exemplo de desporto que assume o charme peculiar dos hobbies, dita com-portamentos e instiga um número cada vez maior de apreciadores.

Para atender com toda elegância o estilo sempre sofi sticado de seus praticantes, os campos de golfe buscam a perfeição técnica e es-trutural, privilegiando, sobretudo, as características visuais e estéti-cas, possíveis apenas com projetos arquitetônicos especializados.

Nos últimos anos, o Brasil pas-sou a se destacar no cenário mun-dial dos circuitos de golfe, muito em virtude de sua natureza exube-rante e clima agradável, atributos ideais para atividades ao ar livre. Com competidores cada vez mais assíduos e espaços profi ssionais qualifi cados, os campos brasilei-ros começam a chamar a atenção para suas paisagens idílicas.

O litoral nordestino reúne todos esses predicados. Logo, seu visual paradisíaco foi determinante para que ali se instalasse um elaborado campo de golfe, considerado um

dos três melhores do Brasil. O Ter-ravista Golf Course, em Trancoso, na Bahia, ganhou destaque mun-dial ao estampar a capa da revista americana Golf Digest, respeitada publicação do setor, em 2009, que apresentava, em edição especial, os melhores campos do mundo.

Instalado em 700 mil metros quadrados, foi projetado para tirar proveito dos obstáculos naturais propostos pelas falésias e pela floresta nativa, sem agredi-los. Para o arquiteto norte-americano responsável pelo projeto, Dan Al-len Blankenship, o programa do Terravista é original, em virtude da espetacular beleza da região.

“Os penhascos vermelhos forma-dos pelas falésias, a fl oresta tropi-cal e o clima baiano apresentou--nos um desafi o muito incomum. Tive a oportunidade de entregar um campo de golfe especial, tanto técnico, quanto visualmente. O trabalho com o meio ambiente era nossa principal preocupação e provou ser o maior atributo para o produto fi nal”, disse.

Com desenho moderno, formado por greens ondulados e fairways

Golfe: charmee competiçãoPROJETO DO TERRAVISTA GOLF COURSE APROVEITA OS OBSTÁCULOS NATURAIS DAS FALÉSIAS E FLORESTA NATIVA PARA DESAFIAR PRATICANTES DO SOFISTICADO ESPORTE

Por Daniela BorgesFotos Terravista Golf Course

amplos, o Terravista Golf Course vale-se de diferentes tees de saída para contemplar a todos os níveis de jogadores. Assim como os me-lhores campos do mundo, possui 18 buracos, dos quais nove estão em meio à Floresta Atlântica e ou-tros nove junto ao mar.

Conforme os critérios internacio-nais, o campo possui 7.212 jardas de distância –quase 7.000 metros, bunkers generosos e desafi adores, que tornam o jogo mais estratégico e paisagisticamente mais bonito. De acordo com o diretor de golfe do Terravista, Glauco Doebeli, o campo tem infraestrutura especia-lizada e dispõe de driving range de 300 jardas, putting green e chip-ping green, além dos característicos carrinhos de golfe para locação.

O campo de golfe integra um audacioso complexo formado por dois condomínios de alto padrão: Villavista Golf e Terravista Vilas, ambos com casas de veraneio assinadas pelos mais importantes arquitetos do Brasil. O lugar con-templa ainda aeroporto de última geração destinado a aeronaves de pequeno e médio portes, com pista asfaltada de 1.500 metros, que opera com equipamentos mo-dernos e permite pousos noturnos.

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DESAFIOSCom desenho moderno, formado por greens ondulados e fairways amplos, campo de golfe é considerado um dos três melhores do país

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MARÇO /2012

NATUREZAPenhascos formados pelas falésias e floresta tropical

são um espetáculo à parte no complexo instalado em Trancoso, na Bahia

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Há ainda o Resort ClubMed e um heliporto, que completam a sofi sticada estrutura. No entanto, o projeto arquitetônico do campo é sem dúvida o seu maior diferencial. Com o máximo aproveitamento das belezas naturais da região integradas para criar um campo estimulante, o arquiteto agregou os princípios técnicos ditados pelos melhores percursos do mundo.

“O projeto respeitou a vegeta-ção local, adequando o traçado do campo às recomendações dos órgãos reguladores ambientais com todo o carinho que a nossa exube-rante natureza merece”, menciona Doebeli. A manutenção do conjunto é um ponto importante para a vi-talidade do campo. Desempenhar esse trabalho com qualidade ajuda a oferecer excelentes greens e per-feitas condições de jogo.

O golfe é um esporte desafi ador e ao mesmo tempo contemplativo. Paciência e silêncio são atributos inerentes ao jogo e integram o có-

PARAÍSOProjeto arquitetônico é, sem dúvida, maior diferencial do

Terravista Golf, com o máximo de aproveitamento das

belezas naturais da região

digo de etiqueta do sofi sticado en-tretenimento. Por essas razões, o vislumbre decorrente da mudança de cenário na partida é tão valori-zado no projeto. Logo, o trabalho arquitetônico deve contemplar a paisagem. Imbuído dessa ideia, Blankenship inseriu o Terravista no mapa dos melhores do mundo.

Entre os pontos exaltados, e que devem integrar um bom percurso de golfe, está a presença de um ou dois drivable par fours, dois re-achable par fi ves e dois long par fi ves. Deve contemplar também grandes e dramáticos bancos de areia, uma variedade de formas e tamanhos de greens, além de mui-tos buracos que oferecem oportu-nidade de recompensa pelo risco.

Método ConstrutivoOs projetos para campos de golfe costumam ser muito diversifi cados. Cada percurso reúne suas próprias especifi cidades, e o Terravista não foge dessa premissa. Sem abrir

mão, contudo, das atribuições téc-nicas necessárias a todos eles.

Segundo Blankenship, os passos para construir um campo de golfe englobam a fase de planejamento, licenciamento ambiental e a mais complexa, a fase da construção. “Nesta etapa estão previstos estaqueamento, compensação, estocagem do solo, modelagem, drenagem, irrigação, construção dos greens e tees e colocação do solo”, cita o arquiteto. O projeto paisagístico dá vida ao campo.

“Estes passos requerem conhe-cimento e experiência do esporte, arquitetura, gestão da construção, drenagem, hidrologia, agronomia, e um olhar artístico que traz todos estes aspectos juntos em perfeita harmonia”, afi rma.

A paixão pelos campos de golfe é o que move o arquiteto na sua busca incessante pela perfeição. “A entrega de um campo de golfe é um processo muito complicado, mas bonito. Considero-me uma

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PAISAGEMTrabalho com meio ambiente foi principal preocupação e provou ser o maior atributo para o produto final

ALTO PADRÃOCampo de golfe integra um audacioso complexo

formado por condomínios de alto padrão, ambos com casas de veraneio

pessoa de muita sorte porque faço dessa indústria exclusiva meu meio de vida. Imagino o campo de golfe como uma obra de arte exibida em uma tela muito grande”, desabafa.

A concepção de um campo deve levar em consideração a planta to-pográfi ca da área, para checagem sobre a viabilidade de instalação. Depois disso, o arquiteto visita o local para sentir o lugar e identifi -car suas características e funciona-lidades especiais. A partir daí, cria a rota preliminar do campo.

Nenhum campo de golfe é igual ao outro e, apesar das diferenças, existem entre eles vários aspectos em comum, que proporcionam o status de ofi cial. Como a presença de 18 buracos, mais de 7.000 jardas dos tees profi ssionais, nor-malmente quatro ou mais teeing para atender a todos os tipos de jogadores, lagos e bunkers.

Os principais desafi os de se criar campos de golfe no Brasil estão relacionados às rígidas leis de

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licenciamento ambiental e o mer-cado ainda incipiente do esporte no Brasil. “As leis, muitas vezes, atrasam os projetos durante anos e o mercado pequeno difi culta a via-bilidade dos campos. Simplesmente ainda não há um número sufi ciente de jogadores brasileiros para apoiar o crescimento do golfe”, opina.

Para quem pensa que o golfe é um esporte difícil de ser pra-ticado, inatingível, uma imersão na cultura do jogo pode ser ins-pirador. Imagine você passando um fi nal de semana descobrindo o universo do golfe?

Condomínios residenciaisO estilo de vida vinculado ao es-porte pode ser vivido em todas as suas nuances em Trancoso. Junto ao Terravista Golf Course, os no-vatos têm a possibilidade de se hospedar no Resort ClubMed e, quem sabe, começar praticando um pouco da fl exibilidade exigida pelo esporte. Aos iniciados, há a opção

ESTILOArquitetura destaca o estilo rústico-chique,

com projetos arejados e iluminados, que destacam a beleza e a sofisticação

de construir sua casa de veraneio frente ao mar, em um dos condo-mínios de alto padrão do complexo.

“Sem o campo de golfe, Terra-vista Vilas seria apenas mais um condomínio frente a uma linda praia, e sem o condomínio o campo de golfe jamais teria sido constru-ído. Eles possuem verdadeiramente uma relação de dependência um com o outro”, explica o arquiteto.

Formado por projetos residên-cias estonteantes, a arquitetura no Terravista Vilas, destaca o estilo rústico-chique. Projetos abertos, arejados e iluminados formam um verdadeiro show room de ideias que aliam aspectos naturais, beleza e sofi sticação. Todas as propostas dão ênfase à madeira. Grandes e iluminadas piscinas criam visuais paradisíacos. O paisagismo é um show à parte e cria a ilusão de não haver “vida” fora do condomínio. “O campo está aberto para rece-ber jogadores durante o ano todo”, conclui Doebeli, diretor do campo. •

Glossário do golfeBunker: Banco de areia que serve como obstáculo.Chip: Tacada curta normalmente jogada perto do green. Driving range: Campo de treinamento e aprendizado usado pelos golfi stas.Fairway: Campo mais ou menos limpo, regular, do tee para o green.Green: Área de grama especial, onde está situado o buraco.PAR: Número de tacadas estimado para completar o buraco.Putting green: Área de treinamento destinada à prática do putter Putter: Taco utilizado no greenTee: 1. Suporte de madeira ou plástico para a bola na saída do buraco. 2. Área de saída do buraco.Drivable par four: buracos de par 4 que tenham boas condições de serem alcançados ou estar próximos após a primeira tacada (drive)Reachable par fi ves: chegar próximo ao green dentro das tacadas previstas para o par. Long par fi ves: dois buracos de par 5 longos (em golfe os buracos podem ser de par 3, 4 ou 5 este número representa a média de tacadas que um profi ssional faria para fechar o buraco) Several holes: buracos em que se deve avaliar a estratégia ‘risco e recompensa’ para uma determinada tacada.

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Luxe.

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Ensaio

ESPAÇO COM ESTILOPAPÉIS DE PAREDE NUNCA ESTIVERAM TÃO EM ALTA NO BRASIL. COM UMA DIVERSIDADE DE ESTAMPAS E ALTA RESISTÊNCIA, ESSES REVESTIMENTOS GARANTEM AMBIENTES DIFERENCIADOS E REPLETOS DE PERSONALIDADE

Fotos Cortesia

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MISTURASPadrões florais e geométricos convivem em harmonia neste ambiente temperado por tonsquentes e frios. Da coleção Lofty, da K&G, traz material emborrachado, lavável e vinilizado

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Luxe.

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Ensaio

ROMANTISMOEstampas florais e tons de rosa

e vinho ditam os encantos do quarto com papéis de parede da Bucalo. Composição de diferentes

padronagens mostra que essa tendência veio para ficar

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JULHO /2011

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Luxe.

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Ensaio

AVELUDADOTextura e elegância nas tonalidades fortes e encorpadas. O olhar contemporâneo dá o toque de originalidade no modelo vinílico da grife Casamance, na coleção Horizons, da Wallpaper

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JUNHO /2012

RUSTICIDADEOs elementos naturais ganham força nesta composição que traz a naturalidade

da madeira em sintonia com a suavidade dos tons neutros do revestimento vinílico Zoom

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Luxe.

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Ensaio

SOFISTICAÇÃOAs folhas douradas ganham vida no papel de parede da

linha Signum, da Think Surface. A impressão digital exalta a

vivacidade das estampas, que destaca o acabamento texturizado

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JUNHO /2012

CLÁSSICO & MODERNOÀ esquerda, Estampa clássica da coleção Belle De Jour, da Orlean, não entra em conflito com a cor; ao lado, padronagem moderna deixa ambientes mais divertidos, como nesse modelo da K&G

RETRÔEmbora a decoração inspire ares retrô, o papel de parede é atual com estampas inspiradas no cerrado brasileiro, da coleção Origem da Bobinex, assinadapor Marcelo Rosembaum

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Luxe.

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Ensaio

REQUINTEA arte de ‘vestir’ as paredes e causar impacto. De origem inglesa, o papel de parede Identity, da Celina Dias, feito em celulose é simplesmente um luxo

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JUNHO /2012

NATUREZA E VIDANo alto, Marcelo Rosembaum

buscou nas sementes do cerrado a inspiração para criar o desenho. acima, cantinho transformado com

papel de parede da Celina Dias

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Foco

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1AromaEsse aromatizador de ambiente é feito em porcelana com reprodução do famoso quadro “Danse à la ville”, de Renoir.Lampe Berger ParisPreço sob consulta

285 Lamps LedLuminária usa apenas os artifícios neces-sários para criar a luz: bulbos, arames e conectores. Tem 70 cm de diâmetro.DecameronPreço sob consulta

3AgamographObra do artista palestino Yaacov Agam, com a técnica de gravação polimórfi ca, mede 42 por 37 centímetros.ArterixR$ 7.400

4TaçasCaixa com conjunto de duas taças de champagne com detalhe grego na cor dourado. Tem 30 centímetros de altura.Versace HomeR$ 2.330

5BarbeiroCadeira de barbeiro rara em madeira maciça, da década de 30, com assento e encosto em palha sintética.DesmobiliaR$ 2.200

6Set de Jantar Desenho traz a natureza representada por pássaros e frutas tipicamente bra-sileiros. São 12 pratos em porcelana.Tania Bulhões HomeR$ 2.300

7Tapete MarakatúDo designer Sérgio Matos é confeccio-nado com cordas de nylon entrelaçadas manualmente. Feito sob medida. By KamyPreço sob consulta

8CatalanMesa lateral com 51 centímetros de diâ-metro por 60 de altura. Feita em madeira com acabamento fi nal em microtextura.ArtefactoR$ 4.750,87

9Banheira Réplica das banheiras vitorianas do sé-culo 19. Em ferro fundido esmaltado, tem 1,70 metro de comprimento. Doka Bath Works Preço sob consulta

10Poltrona Luiz FelipeCom estrutura em madeira e trama em junco natural, mede 60 centímetros de largura por 91 de altura.Armando CerelloR$ 1.859,19

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Luxe. Vitrine

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A B C D E F G HPrateadaTimer de cozinha com design da marca alemã Kare em plástico. Torradinhas saltam e alertam para o tempo marcado.KareR$ 21

Caneca GizKit com uma caneca em porcelana mais o giz. Revestimento permite a escrita com giz de lousa.Sergio K HomeR$ 49

LaranjaPossui três camadas recortadas que criam vários tons de cores. Tem capacidade para três lâmpadas. Mede 60 cm por 35 cm.Art MaisonR$ 3.192

ConjuntoFaqueiro com assinatura do arquiteto Arthur Casas. Com produção da Riva, tem 130 peças. BEA Casa e PresentesR$ 4.700

Pote cozinha Em cerâmica pintada a mão, mede 22 cm de diâmetro por 13 cm de altura. São quatro peças.Secrets de FamilleR$ 1.048

RomeroJogo de Chá Tea for One Cat, em porcelana, da linha Romero Britto.OrnatoR$ 298

Molheira SeixosAssinada pela designer Baba Vacaro é feita em prata. Tem 10 centímetros de diâmetro e capacidade para 0,5 litro.Saint JamesPreço sob consulta

Set Bandejas NgamÉ fabricada artesanalmente com bambu prensado e laqueado. Mede 35 por 35 centímetros. Origem: Vietnã.Espaço TilPreço sob consulta

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I J K L M N O PCaféJarra Kaguya Hime para café em prata com capacidade para 1,6 litro. Um trabalho do designer Jun Sakamoto. Tem 21 centímetros de altura.Saint JamesR$ 800

FondueJogo de fondue em cerâmica. Acompanha quatro garfos com cabo plástico. Base em metal.Divino EspaçoR$ 125

LiangConjunto de chá produzido em cerâmica chinesa com sete peças pintadas a mão.Espaço TilR$ 206

Taça de águaEm estanho, tem sete centímetros de diâmetro e 15 centímetros de altura.Secrets de FamilleR$ 180

BrindeConjunto com seis taças de vinho em cristal Italiano, seis taças de licor e seis taças de champagne.Casa Vostra R$ 396 (vinho)R$ 204,94 (licor)R$ 348 (champagne)

Linha OuroJarro bola Ana e Boleira Ana com detalhes em dourado.Daslu CasaR$ 218 (jarro)R$ 610 (boleira)

Bandeja CaveiraBandeja importada D.L & Co. Em acrílico preto com caveira em madrepérola, precisamente cortada e colocada a mão. Tem 50 cm diâmetro.Sergio K HomeR$ 498

Jogo de cháEm porcelana, sua origem é francesa.Saint JamesR$ 223

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ARQUITETURA E DECORAÇÃO

Loft: práticoe despojadoAPARTAMENTO DUPLEX PROJETADO POR JOÃO ARMENTANO É REFORMADO PELO ARQUITETO DIEGO REVOLLO; TROCA DOS REVESTIMENTOS E DOS PISOS, ALÉM DA NOVA PROPOSTA DECORATIVA, MODERNIZAM O ESPAÇO

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A história dos lofts no Bra-sil começou no fi nal da década de 1980, quando surgiram as primeiras uni-

dades na capital paulistana, inspi-radas nos edifícios nova iorquinos que reciclavam o uso de galpões industriais. O conceito introduziu, na verdade, um novo estilo de vida –moderno, prático e despojado– adequado a pessoas que moravam sozinhas e, portanto, apreciavam espaços integrados, livres de quaisquer barreiras físicas.

A ‘febre’ dos lofts teve seu auge nos anos 1990, quando foram

construídos vários prédios com essa proposta. Como este, situ-ado no Morumbi, em São Paulo, projetado pelo arquiteto João Ar-mentano e, depois de vários mo-radores, reformado pelo arquiteto Diego Revollo. O proprietário, um jovem advogado solteiro, alme-java uma residência ágil, prática e esteticamente bela.

Assim, o apartamento duplex, com imenso pé-direito de cinco metros ganhou novo layout, de

DESTAQUELuminária Diesel com

refletor articulável traz uma atmosfera agradável ao

elegante e confortável estar do apartamento duplex

Por Ledy Valporto LealFotos Alain Brugier

acordo com a personalidade do morador e com o estilo de vida atual. A primeira providência do arquiteto foi manter o grande pano de vidro, responsável pelo fechamento da fachada, que se prolonga até o mezanino, onde forma um arco. A intensa lumi-nosidade natural e a insolação podem ser aproveitadas em todo o interior do apartamento.

Para fi ltrar a luz natural foram instaladas delicadas persianas au-tomáticas com trama de tela solar controladas por comando elétrico. “É possível fechá-las totalmente

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SALA DE ESTARPara filtrar a luz natural, foram instaladas persianas automáticas com trama de tela solar controladas por comando elétrico

ou deixá-las abertas e ter o prazer de visualizar o céu, dos dois pa-vimentos”, conta Diego Revollo.

Novo layoutPara modernizar os espaços, todos os revestimentos foram trocados. A começar pelos tijolos aparentes das paredes do living que antes eram vermelhos e agora ganharam cimento queimado aplicado com brocha, de tal modo que o formato dos tijolos continuou visível, porém, numa tonalidade clara que conce-deu grande leveza aos ambientes.

As lajes originais foram preserva-das sem forro de gesso para man-ter a altura dos espaços e algumas estruturas como as vigas metálicas foram deixadas aparentes, assim como toda a tubulação e conduítes fi caram expostos e entraram em sintonia com o conjunto despo-jado, mas de muita elegância.

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COZINHAIntegrada ao estar, armário em laca preta acomoda todos os eletrodomésticos e combina com marcenaria instalada sobre a pia

O piso ganhou assoalho de ma-deira de demolição ebanizada, uma técnica que deixou o material preto e com alguns relevos, apli-cado no primeiro pavimento (estar e cozinha). No mezanino, onde está o dormitório, o revestimento de piso é o cimento queimado, ideal tanto para o espaço de dor-mir quanto para o banheiro.

Sala de estarNo estar, o conforto e a simpli-cidade elegante são as marcas do loft. O sofá em linho da cor areia chama atenção pela pro-fundidade de 1,20 metro, o que sugere grande acolhimento inclu-sive para quem quer se deitar e ver um bom fi lme.

A luminária Diesel com refl etor articulável traz uma atmosfera agradável ao conjunto. A parede em frente ao sofá foi ocupada por

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Luxe. Reportagem

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DESIGNPrincipal atração do living e única cor do espaço é o bufê-aparador amarelo, emlinhas arredondadas, que serve também de mesa-bar

um móvel de laca preta brilhante contrastando com os tijolos cla-ros da parede. Na lateral uma es-tante de alumínio acomoda livros e objetos decorativos.

A principal atração do living e o único toque de cor do espaço é o bufê-aparador amarelo, em linhas arredondadas, um compo-nente forte e ousado, servindo também como mesa-bar.

Integrada ao estar fi ca a cozi-nha, onde impera a praticidade. Um grande armário de laca preta acomoda todos os eletrodomés-ticos e combina com a marcena-ria desenhada pelo arquiteto e instalada sobre a pia. A bancada ligada à mesa cria uma divisão entre estar e cozinha e sustenta pia e fogão. Com base em inox, ela é integrada à mesa de jantar e suspensa por uma estrutura metálica vazada.

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Luxe. Reportagem

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DORMITÓRIOAlém de uma coluna de espelho, apenas uma

bancada separa as áres do banheiro e do quarto,

que fica no mezanino

PraticidadeO mesmo conceito da área social, no pavimento inferior, foi aplicado ao dormitório, no mezanino. Des-pojamento e funcionalidade são palavras-chave para quem mora sozinho em um loft. Os antigos closet e banheiro foram eliminados dando lugar a um ambiente único, com tudo integrado.

Além disso, a maior de todas as ousadias: não há portas, nem na entrada do quarto nem no ba-nheiro, deixando livre inclusive o espaço do vaso sanitário. “Esse é o ideal para quem não precisa dividir o espaço e pode ter total privacidade, já que no pavimento inferior há um lavabo para visi-tas”, afi rma o arquiteto.

Apenas uma bancada separa as áreas do banheiro e do dormitório, além de uma coluna com espelho. O closet também ganhou apenas uma porta com espelho. No mais, tudo é liberdade. Como nos lofts. •

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Luxe. Design

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Delgado é fabricada em MDP com acabamento

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F

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G

Planète É uma criação do estúdio do design françês Tous Les Trois. Esfera da lamparina é em estanho polido e mede 22 centímetros. Há apenas cinco modelos no Brasil.Lampe Berger ParisR$ 3.360

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I

CobraLamparina com o corpo feito em metal de estanho polido do designer Pascal Morabito. Mede 16 centímetros e tem capacidade de 265 ml.Lampe Berger ParisR$ 3.990

J

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K

Banqueta KingEm multilaminado com impressão em laminado fórmica, desenho Gustavo Engelhardt. Tem 47 centímetros de largura, 42 de profundidade e 45 de altura.DesmobíliaR$ 890

L

Sticky Lamp Com fi xação auto-adesiva, pode ser grudada no teto, na porta, na parede ou no piso. Em PVC é uma criação de Chris Kabel para a marca Droog.DecameronPreço sob consulta

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Dicas

• Escolha o melhor ambiente para montar o home offi ce. Procure por um espaço próximo à área social da residência, se possível, isolado da área íntima. O ideal é que tenha iluminação e ventilação naturais.• A área deve contemplar uma mesa confortável, espaço para guardar o que vai ser utilizado, como prateleiras, estante, armário ou gaveteiros e ca-deira ergonômica, ajustável e confortável.• Determine as suas necessidades pessoais com o home offi ce, cada uso tem seu programa específi co de itens. Deixe à mão aquilo que será mais usado.• Seis metros quadrados são sufi cientes para comportar o home offi ce pessoal e íntimo. Caso tenha que receber pessoas, o espaço deve ter nove metros quadrados.• No caso de residências que não possuem am-bientes sobrando, o home offi ce pode ser integrado a espaços já existentes, como em um corredor de circulação, quando houver espaço.• Outra boa opção é montá-lo em um canto da sala, quando for possível criar um espaço que não deixe a área social da casa desarrumada. Também pode ser no quarto, se o uso for restrito e exclusivo.• O quarto de empregada, quando não utilizado, pode ser integrado à área social ou à circulação e dar origem ao ambiente de trabalho.• Utilize revestimentos para o piso com bom desem-penho acústico como madeiras, PVC, carpetes ou ta-petes, eles são ótimos para deixar o ambiente mais confortável e acolhedor. Nas paredes, utilize tecidos, papéis de parede ou pintura diferenciada.• Cortinas ou persianas são úteis de acordo com a incidência solar ou se o ambiente é devassado ou não. De qualquer forma, esse item é bom para que se possa controlar o nível de iluminação natural. • Não se esqueça de verifi car detalhes como o refl exo da janela na tela do computador, excesso de luz natu-ral no ambiente, vento direto de ar condicionado, luz direta para tarefa e indireta para o ambiente.• Para a escolha das cores, opte por tons relacionados à atividade exercida: se precisa estar “ligado”, ama-relo e laranja são indicados. Se o trabalho é mais zen, o azul e o verde caem bem. Pode-se utilizar cores em pequenos trechos e então ousar com fúcsia ou berin-jela. Escritórios sóbrios e tranquilos pedem paredes brancas ou com um tom fendi de cinza quente.• Para a fi ação, o ideal são as portas sob a bancada, recuadas junto à parede, com espaço para os fi os pas-sarem. Portinhas de duplo toque abrem este espaço, facilitam o manuseio e mantém os fi os escondidos.

“Eleger um estilo e ser fi el a ele ajuda evitar erros. Se for ousado e confi ante, mes-clar itens de estilos diferentes pode dar charme e personalidade ao home offi ce. A

dica é ter cuidado. É melhor ir devagar, testar e se achar que exagerou, volte atrás”De Paula Neder, arquiteta

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Luxe. Estilo

Um carro: Triumph Spitfi re, de 1967. O carro esportivo europeu habita o imaginário coletivo. Com seu desenho ele-gante, fi cou conhecido principalmente na sua versão na cor vermelha. “Quase do tamanho de um ‘sapato’”, comenta o arquiteto. Para Casas, durante os anos 60 foram desenhados os melhores conversíveis, especialmente na Europa.

Uma casa: Glass House, de 1949, do arquiteto norte-ameri-cano Philip Johnson, considerado um dos pais da arquitetura moderna. “Acho essa casa a mais incrível de todas porque é 100% transparente”, afi rma. Nacional, simples e econômica no uso de materiais, a residência é uma inspiração.

Uma cidade: São Francisco. Para o arquiteto, trata-se de uma cidade com o tamanho certo, onde tudo acontece. “Não chega a ser superpopulosa como São Paulo e Nova York”, explica. Além de manter intacta sua arquitetura vitoriana, a ci-dade tem muitas qualidades, segundo Casas, como a presença de belos parques e esportes náuticos. O arquiteto destaca também a proximidade entre o Napa Valley (região vinícola) e Carmel, com seus restaurantes românticos e charmosos.

Um designer: Jean-Michel Frank (1895-1941). Conhecido por suas peças sóbrias e sofi sticadas, o designer francês, que também era decorador, desenvolveu estilo muito particular. Apesar da infl uência modernista, suas peças possuíam riqueza de detalhes, sendo atribuídas como exemplares fi éis de art déco, como pode ser conferido em algumas peças feitas em osso, pergaminho e marfi m. “Até hoje fartamente copiado”.

Um mobiliário: Luminárias Serge Mouille. “Um clássico criado para a eternidade”, afi rma Casas. Design minimalista, beleza plástica e funcionalidade são qualidades das luminárias criadas pelo designer francês, a partir da década de 50.

Um estilo arquitetônico: Arthur Casas defi ne-se como modernista convicto. O estilo tem sua gênese nas criações de arquitetos como Le Corbusier e Frank Lloyd Wright, que passaram a utilizar inovações técnicas para atribuir cada vez mais funcionalidade às formas simples e geométricas, deixando de lado o excesso de ornamentação. Segundo ele, falta à arquitetura brasileira um olhar mais atento para as suas raízes. “E ao mesmo tempo não ter medo de ousar e nem de errar”, defi ne o arquiteto.

ArthurCasasNACIONALISTA CONVICTO, ARTHUR CASAS É APAIXONADO PELAS LINHAS ORTOGONAIS E SEUS PROJETOS CARACTERIZAM-SE PELA TRANSPARÊNCIA, CONFORTO E USO DE MATERIAIS NATURAIS. PARA ELE, LOCALIZAÇÃO, ENTORNO E DESEJO DO CLIENTE DETERMINAM SUA ATUAÇÃO. CONHEÇA MAIS SOBRE AS PREFERÊNCIAS DESSE CONSAGRADO ARQUITETO PAULISTA.

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Luxe.

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Ícone

Luiz Eduardo Índio da Costa é arquiteto na mais ampla defi nição da palavra. Autor de projetos residenciais, co-

merciais e urbanísticos marcantes, este gaúcho radicado no Rio de Janeiro, deu origem a criações que transformaram o meio onde estão inseridos, sem jamais agredi-lo.

O respeito pela natureza, aliás, vai muito além da conservação: suas obras são projetadas para colocar as belezas naturais sempre em evidência. E nesse aspecto, a

capital carioca é o cenário perfeito para a concretização de sua arte.

Um dos maiores arquitetos do Brasil na atualidade, Índio da Costa segue colocando em prática seu objetivo principal ao conceber um projeto: emocionar. Com êxito, completou 50 anos de carreira no ano passado, e escreveu seu nome na história da arquitetura brasileira com projetos como do Rio Cidade

Com todo respeito à natureza

Por Daniela BorgesFoto Cortesia

do Leblon, que recuperou o bairro mais nobre do Rio, as unidades do Sesc Nova Iguaçu, Madureira e Barra, a reforma do Jockey Clube carioca e o Píer Mauá.

Em entrevista exclusiva à Luxe., o arquiteto de 73 anos ganhador de prêmios importantes diz que ainda sonha ver alguns de seus projetos realizados, como o Rio Panorâ-mico, que pretende ligar os mor-ros cariocas através de teleféricos, além da revitalização do Pão de Açúcar e do morro da Urca.

LUIZ EDUARDO ÍNDIO DA COSTA ESCREVEU SEU NOME NA HISTÓRIA DA ARQUITETURA AO CRIAR CONSTRUÇÕES MODERNAS EM QUE A BELEZA ANDA LADO A LADO COM A FUNCIONALIDADE

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“Aprendi a respeitar a topografi a, a orientação solar, a dominância do vento, a vizinhança e demais condicionantes, quando da concepção inicial dos projetos. Procuro não contrariar e agredir estes elementos, tiro o maior proveito deles”

Como o senhor conceitualiza seu trabalho como arqui-teto? E quais elementos não podem faltar em suas obras?« Busco um trabalho de excelên-cia, através de sucessivas supera-ções. E não podem faltar funcio-nalidade e beleza.

Podemos dizer que a arqui-tetura aplicada pelo senhor trafega entre a poesia e a ra-cionalidade. Como o senhor consegue promover essa combinação e por que é tão importante emocionar?« Se um projeto não emocionar pela forma, pelo ineditismo ou por alguma outra razão, na minha opi-nião não chega a ser um trabalho de arquitetura. Pode ser um excelente trabalho de engenharia, mas não faz aquele ‘algo mais’ que se espera de um trabalho arquitetônico.

Por que é importante que ci-dades tenham instalações ins-piradoras e admiráveis como a Escola Sesc, Jockey Club, sede do Inmetro, ou seja, ricas em atributos estéticos?« Por que a busca da beleza é uma necessidade natural da natureza hu-mana. A beleza do pensamento, das atitudes e da forma, fez da cultura grega um exemplo e nos deu uma diretriz que sobrevive ao tempo. A verdadeira beleza é atemporal.

Acredita que, com a Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil, seja possível que as cidades e comércios invistam mais na estética projetual e urbana, e que a demanda dos arquite-tos aumente? Quais são as re-comendações do senhor aos colegas de profi ssão?« Acredito e espero que sim. Eu re-comendaria aos meus colegas que se empenhem na melhor qualidade possível para que não percamos esta oportunidade tão rara.

Seu trabalho possui caracte-rísticas próprias, como inte-gração com a natureza, linhas retas, transparência e leveza. Qual a importância de criar projetos com identidade?« A personalidade de cada profi s-sional se refl ete no seu trabalho criando uma identidade própria.

Essa busca é uma preocupa-

ção, meta ou consequência?« Uma consequência da preocupa-ção de ser fi el a si mesmo.

Quais são as suas maiores fontes de inspiração?« Meu trabalho começa pelo racio-nal e a inspiração é uma consequên-cia natural e imprevisível, mas acre-dito que a maior fonte de inspiração, seja a observação da natureza, na sua beleza em eterna transformação.

Depois de 50 anos de car-reira, o que o senhor pode dizer sobre a importância da tecnologia na arquitetura? É possível fazer hoje e que há 50 anos era inimaginável?« A evolução tecnológica da huma-nidade, tão evidente nestes últimos 50 anos, nos abre novos caminhos e alternativas que se multiplicam a cada dia. Aprendemos que a realiza-ção dos sonhos aparentemente im-possíveis é apenas uma questão de tempo. Eu sonho com uma arquite-tura cada vez mais dinâmica e adap-tável a novas situações, tirando cada vez mais proveito de uma evolução tecnológica, em ritmo vertiginoso.

O Rio de Janeiro é o principal cenário de seus projetos, o que a topografi a da cidade maravilhosa lhe ensinou e como tira proveito disso?« Aprendi a respeitar e considerar a topografi a, a orientação solar, a dominância do vento, a vizinhança e todos os demais condicionantes, quando da concepção inicial dos projetos. Procuro não contrariar e agredir estes elementos, mas ao con-trário, tirar o maior proveito deles.

De que maneira a natureza infl uencia em seus projetos?« De forma subliminar e inconsciente.

Seu escritório coleciona prê-mios importantes. Qual deles o senhor tem mais orgulho?« Sem dúvida a Comenda Oscar Niemeyer, concedida pelo conselho superior do IAB, no 18 Congresso Brasileiro de Arquitetos, “por sua exemplar contribuição para a pro-dução da melhor arquitetura no Brasil” e o prêmio da Asbea pelo conjunto da minha obra, foram os dois prêmios mais tocantes.Entretanto, os prêmios são apenas uma forma de reconhecimento que gratifi cam, mas são uma consequên-

cia, não meu objetivo e não mudam a vida do premiado, apena estimu-lam a continuar no mesmo caminho e se esforçar cada vez mais.

Seu escritório também se consagrou como vencedor de concorrências para gran-des obras públicas e privadas. Qual é o segredo do sucesso?« Não há nenhum segredo. Há per-sistência, persistência e persistência.

Se o senhor pudesse esco-lher um projeto para reali-zar, qual seria ele?« Gostaria muito de ver alguns pro-jetos meus realizados. Assim como o Rio Panorâmico, que liga os mor-ros cariocas através de teleféricos e a revitalização do Pão de Açúcar, especialmente o morro da Urca.

Como enxerga a arquitetura brasileira na atualidade?« Acho que a arquitetura brasileira teve um momento especialmente rico, durante o modernismo. A este momento, se seguiu um período

sem maior expressão, no entanto hoje vejo surgirem arquitetos jo-vens e talentosos com uma pers-pectiva animadora. Eu apostaria numa arquitetura brasileira de qualidade para os próximos anos.

O que um projeto não pode deixar de ter?« Qualidade e preocupação ecológica.

Qual dos projetos executados por seu escritório pode ser considerado seu preferido?« Meu preferido é sempre o pró- ximo, mas enquanto ele não vem, estou muito empenhado na (re-forma) da Marina da Glória, no Rio.

O senhor atua com desen-voltura tanto na arquite-tura, quanto no urbanismo. Qual área é a sua preferida?« Gosto das duas, mas os projetos arquitetônicos são de implanta-ção mais rápida. A transformação dos projetos urbanísticos em re-alidades e implantadas depende

de muitos fatores principalmente de vontade política, o que nem sempre acontece.

Qual é o maior desafi o do ur-banismo nas grandes cidades e por onde driblar as difi cul-dades comuns a todas elas, como trânsito?« O maior desafi o é o transporte coletivo. Como sugestão para a solução deste problema, temos um projeto interessante, chamado TEX (Transporte Expresso), que é de au-toria do meu fi lho Guto que atua nas áreas de design e transportes.

O que mais compromete o ur-banismo nas grandes cidades?« As grandes cidades, em especial as brasileiras e de alguns países emergentes, crescem de vertigino-samente, o que torna difícil o plane-jamento para atender as demandas que crescem de forma galopante.

Qual é o conselho do senhor para as cidades que estão em expansão mais ainda

não atingiram os problemas comuns das metrópoles?« Planejar e induzir o desenvol-vimento destas cidades de forma correta. O planejamento deve con-duzir o mercado e não o contrário, como acontece muitas vezes.

Pode adiantar em que traba-lha no momento?« Além de diversas casas com proje-tos em andamento, dois projetos de maior porte estão ocupando grande parte das nossas energias: O desen-volvimento do projeto do Museu da Imagem e do Som em parceria com o escritório Diller Scoffídio + Renfro, que ganhou o concurso coordenado pela Fundação Roberto Marinho.Segundo: O projeto da Marina da Glória, que ganhamos num con-curso internacional de carta convite, em que concorreram mais de vinte escritórios nacionais e internacio-nais da melhor qualidade. Além disso, estamos estudando a conve-niência de entrar em um concurso público nacional pela Firjan. •

Nome:Luiz Eduardo Índio da Costa

Idade:73 anos

Naturalidade:Rio Grande do Sul

Estado Civil:Casado

Formação:Faculdade de Arquite-tura da Universidade do Brasil, atual UFRJ

Carreira:Completou 50 anos de trabalho no ano passado

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SERVIÇO

expedienteDIRETOR RESPONSÁVEL FERDINANDO SALERNO

DIRETORA ADMINISTRATIVA SANDRA NUNES

EDITOR-CHEFE MARCELO CLARET

EDITOR-ASSISTENTE ADRIANO PEREIRA

EDITOR DE FOTOGRAFIA FLÁVIO PEREIRA

DIAGRAMAÇÃO DANIEL FERNANDES

COLABORADORESTextos: DANIELA BORGES, LEDY VALPORTO LEAL,

E SILVANA MARIA ROSSOFotos: ALAIN BRUGIER, LUCAS FONSECA,

SERGIO ISRAEL E TERRAVISTA GOLF COURSE

CARTAS À REDAÇÃ[email protected]

PUBLICIDADECRISTIANE ABREU, LUCIANE CARVALHO, MELLISE CARRARI,

TATIANA MUSTO E VANESSA [email protected]

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A revista Luxe. é uma publicação trimestral da empresa Jornal O Valeparaibano Ltda. Todos os direitos reservados. É proibida a sua reprodução total ou parcial.

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Tel.: (12) 3202-4000

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