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Todos os detalhes da principal mostra da raça Circuito de Exposições Confira os eventos da raça realizados nos mais diferentes pontos do País. Arquearia Montada Mangalarguista representa a raça e o Brasil em competição no Oriente Médio. Copa de Andamento Competição realiza primeira etapa com apoio da Lei de Incentivo ao Esporte. 33 NACIONAL Mangalarga REVISTA Ano 1 - Nº 2 - setembro/2011 R$ 14,90

Revista Mangalarga nº02

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Revista Mangalarga nº02 Agosto de 2011

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Page 1: Revista Mangalarga nº02

Todos os detalhes da principal mostra da raça

Circuito de ExposiçõesConfi ra os eventos da raça realizadosnos mais diferentes pontos do País.

Arquearia Montada Mangalarguista representa a raça e o Brasil em competição no Oriente Médio.

Copa de AndamentoCompetição realiza primeira etapa com apoio da Lei de Incentivo ao Esporte.

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TAAno 1 - Nº 2 - setembro/2011 R$ 14,90

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Entramos no segundo semestre do ano com um cenário bastante

animador. Os eventos da raça vêm demonstrando força nos mais diferentes

pontos do Brasil. E as boas notícias chegam até mesmo de outros países,

como o Paraguai, onde nosso Diretor de Núcleos Paulinho Vilela esteve

divulgando a raça, e a Jordânia, no Oriente Médio, onde o mangalarguista

Fernando Almeida Prado tornou-se o primeiro brasileiro a participar de

uma competição internacional de arquearia a cavalo.

O Circuito de Exposições, por sua vez, realizou uma série de

concorridas mostras nos últimos meses. São João da Boa Vista (SP),

Guaratinguetá (SP), Araçatuba (SP), Jaú (SP) e Guaxupé (MG) comprovaram

a sólida presença da raça na região Sudeste, ao mesmo tempo em que o

sucesso dos eventos de Itapetinga (BA) e de Belém (PA) confi rmaram a

crescente presença do cavalo Mangalarga no Nordeste e Norte do País.

Já em terras do Centro-Oeste, além da tradicional força da Exposição de

Goiânia, o calendário da raça ganhou novas etapas em Palmeiras de Goiás

(GO) e Luziânia (GO), graças a uma importante iniciativa dos Núcleos de

Goiás e de Brasília. E no Sul do País, a expectativa agora é pela realização

da mostra mangalarguista da Expointer, feira em que a participação da raça,

além de bastante tradicional, é sempre expressivamente movimentada.

A 33ª Exposição Nacional é, sem dúvida, outro evento bastante

aguardado. A maior mostra da raça, que acontecerá no Haras Raphaela,

em Porto Feliz (SP), entre os dias 24 de setembro e 2 de outubro, irá

oferecer à comunidade mangalarguista uma infraestrutura diferenciada,

com pista principal, pista de aquecimento, paddock e arquibancada

cobertos. Dessa forma, tanto o público como os expositores, profi ssionais

e animais participantes poderão desfrutar do evento com mais conforto

e comodidade. A Nacional, além disso, contará com uma programação

movimentada, da qual farão parte julgamentos (que novamente poderão ser

acompanhados em tempo real pelo site da Associação), provas funcionais

e três aguardados remates: o 67º Leilão Ofi cial, o Leilão Gênesis e o Leilão

de Barrigas da ABCCRM.

Os negócios, aliás, também andam bastante animadores. No

mês de junho, dois eventos ultrapassaram a barreira de R$ 1 milhão de

faturamento: o Leilão da Feicorte, que exibiu as qualidades da raça em uma

das mais importantes feiras de negócios da pecuária nacional, e o 3º Leilão

Celebridades, no qual a pelagem pampa exibiu o bom momento que vive

na raça. Além disso, o Leilão Aliança, realizado em Orlândia (SP), berço do

nosso cavalo, iniciou uma promissora parceria entre o Mangalarga e a raça Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga

Sérgio Paiva

Cenário animador

bovina Nelore, estreitando os laços entre dois importantes elos da cadeia

produtiva da carne no País.

Por fi m, é importante ressaltar também a movimentada temporada

da Copa Matsuda Mangalarga, cujo calendário contou recentemente com

concorridas provas em Guaxupé (MG), São Sebastião da Grama (SP) e

Uberaba (MG). Proporcionada pela Lei de Incentivo ao Esporte, a inédita

premiação das etapas abertas - que inclui motos zero quilômetro e TVs

LCD – vem fazendo com que a competição atraia um interesse cada vez

maior. Além disso, este importante benefício, chancelado pelo Ministério

do Esporte, já proporcionou importantes avanços também na estrutura do

evento. E ainda deve trazer outros expressivos avanços no longo prazo,

propiciando o surgimento de um círculo virtuoso com a realização de mais

provas, a adesão de mais criadores, a participação de mais animais e o

incremento na preparação dos concorrentes e no nível de equitação dos

cavaleiros.

Agora, entretanto, é hora de trabalhar para o sucesso dos eventos

deste fi nal de ano. Vamos todos juntos demonstrar mais uma vez que

estamos unidos em torno daquela que é a nossa maior paixão, a raça

Mangalarga!

Grande abraço e pé no estribo!

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PREMIAÇÕES:Campeã de Andamento em Itapetininga (2011)

Campeã Geral em

/SP

Itapetininga/SP (2011)

Campeã de Andamento em Guaratinguetá/SP (2011)

Campeã Geral em Guaratinguetá/SP (2011)

Campeã de Andamento em Franca/SP (2011)

Campeã Geral em Franca/SP (2011)

2ª Reservada Campeã de Andamento em Guaxupé/MG (2011)

Campeã Geral em Guaxupé/MG (2011)

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Editorial

Caça à Raposa / Catedral

Cavalgada Aparecida/Extrema

A Colonização Europeia

Tropel / Agradecimento

Óleo na Alimentação

Arquearia

Exposição de Guaratinguetá

Exposição de Jaú

Exposição de Goiânia

Exposição de Palmeiras - GO

Eapic

Paraguai

Exposição de Guaxupé

Exposição de Itapetinga

Matéria da Capa - Nacional

Reginaldo Bertholino

Belém - PA / Sutianzada

Expo Taubaté

Copa Matsuda - Uberaba

Leilão Celebridades

Leilão Aliança

Copa Rancho Bigorna

Haras em Destaque

Fausto Simões

Leilão Feicorte

Expô Araçatuba / Shopping Feicorte

Participação Infantil

Social S. Sebastião da Grama

Copa Guaxupé

Social Itapetinga

Social S. João da Boa Vista

Social Guaxupé

Social Guaratinguetá

Fidelidade Mangalarga

Índice de Criadores

Diretoria Executiva - Triênio 2009/2011PresidenteSergio Luiz Dobarrio de Paiva1º Vice-Presidente ExecutivoNelson Antonio Braido2º Vice-Presidente ExecutivoFernando Raucci Neto1º Vice-Presidente OperacionalJoão Pacheco Galvão de França2º Vice-Presidente Operacional João Carlos Matta

Diretoria AdjuntaDiretoria de Cavalgadas: Paulo Pacheco SilveiraDiretoria de Comunicação: Gilberto Diniz JunqueiraDiretoria de Eventos: Antonio Carlos Pestili FonsecaDiretoria de Exposição: Fábio Alvim FerreiraDiretoria Financeira: Vital Jorge LopesDiretoria de Fomento: Eduardo Henrique Souza de FrançaDiretoria Jurídica: Fernando Tardioli Lúcio de LimaDiretoria de Marketing: Eduardo Rabinovich,João Luis Ribeiro FrugisDiretoria Nova Geração: Leonardo Novaes Figueiredo AugustoDiretoria de Núcleos: Eduardo Faria Finco,Paulo Roberto de Oliveira Vilela FilhoDiretoria de Pelagem: Marisa Iório Correa da CostaDiretoria de Tecnologia: Ricardo de Toledo Piza Ferraz

Conselho Superior de AdministraçãoMembros EleitosAdaldio José de Castilho FilhoAntônio Caetano Pinto Fernando Ferrucio RivabenJosé Luiz Junqueira Barros Luiz Cintra SutherlandMembros EfetivosCélio AshcarCelso Galletti MontalvãoClodoaldo AntonângeloEduardo Diniz JunqueiraÉlio SaccoFelipe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda FilhoFlávio Diniz JunqueiraFrancisco Marcolino Diniz JunqueiraGeraldo Diniz JunqueiraIvan Antônio AidarJoão Leite Sampaio Ferraz JúniorLuiz Eduardo BatalhaMário Alves Barbosa Neto - PresidenteOttorino MariniReginaldo BertholinoRenato Diniz Junqueira

Conselho Deliberativo TécnicoTécnicosAndré Fernando FreireAndré Fleury Azevedo CostaLuciano Pacheco de Almeida PradoMarcelo Leite Vasco de Toledo - PresidenteMarcos Sampaio de Almeida PradoPaulo Lenzi Souza LeiteNão TécnicosAdolpho Júlio Camargo de CarvalhoNilton BartoliPaulo Francisco Gomes Della TorreRoberto Antonio TrevisanSebastião de Assumpção Malheiro Neto

Serviço de Registro Genealógico - Stud BookSuperintendente do Serviço de Registro GenealógicoJayme Ignácio Rehder Neto

Revista MangalargaPublicidade: Norberto Câ[email protected] da Capa: Norberto CândidoMarketing: Karen Carolina Maezano [email protected]ção e Redação: Pedro Camargo Rebouç[email protected]ção e Projeto Gráfi co: Daniel [email protected]ão: Atrativa Gráfi cawww.atrativagrafi ca.com.br

ABCCR MANGALARGAAv. Francisco Matarazzo, 455

Pavilhão 4 “Dr. Fausto Simões” CEP 05001-300

Parque da Água Branca - São Paulo - SPFone: +55 (11) 3673-9400 Fax: +55 (11) 3862-1864

ABCCRMAssociação Brasileira de

Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga

Veja nesta edição

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Bons amigos reunidos, cavalos selados e mesa farta – essa

foi a III cavalgada do Haras Catedral, que aconteceu em 4 de junho no

município de Cocalzinho de Goiás, a 70 quilômetros de Brasília.

Café da manhã mineiro com biscoitos, bolos e diversas

quitandas recebeu os Mangalarguistas logo cedo, como que na “agonia”

de começar o “trem” com o pé esquerdo, no estribo é claro, porque esse

negócio de fi car “em cima das pernas não é para nós não”- já dizia meu

amigo Sergio desde o raiar do dia.

Turma chegando, uns atrasados, todo mundo envolvido ao

redor da mesa do café carinhosamente enfeitada pela anfi triã, a Dani.

Antes de principiar a movimentação, fomos explicar a novidade

deste ano para os participantes: a caça à raposa.

Antes que o Ibama me prenda, eu explico. Resolvi fazer uma

brincadeira que, segundo um amigo, é tradição no sul de Minas. É a

simulação da correria na caça à raposa. Só que aqui vamos usar um

cavaleiro com um lenço vermelho como raposa e, dez minutos atrás,

estarão os cavaleiros “caçando” e disputando quem o acha primeiro. Para

dar mais emoção, inventamos umas difi culdades em relação à edição sul

mineira. Aqui a raposa sai dez minutos na frente e existem duas trilhas

possíveis. Em cada bifurcação da trilha a raposa colocava um sinal (lenço

colorido) indicando a sua direção. Se fosse um lenço amarelo indicava

sentido à esquerda. Se fosse azul, à direita. Acontece que ela não precisa

3ª Cavalgada do Haras Catedral e 1ª Caça à RaposaEvento promoveu o resgate da antiga tradição da caça à raposa de forma

divertida e adaptada aos novos tempos.

Um grupo bastante animado marcou presença no evento promovido pelo Haras Catedral.

falar a verdade, como é próprio de sua espécie, e assim confundia os

caçadores. Foi muito divertido, uma correria só. No fi nal, a raposa, mais

esperta, chegou primeiro. Deixa ela, que ano que vem vou armado de

“porva, pimenta e sal”.

Ao mesmo tempo que os caçadores davam cabeçada, acontecia

a cavalgada. Tranquila... passando pelos vales, rios, pastagens e cerrado

da fazenda. No último ponto de encontro, lá na última sede da fazenda

(e isso no meio do percurso para os dois eventos), caçadores, raposa

e cavaleiros (cavalgada) se encontraram para um descanso e lanche à

base de farofa de tiú, queijo e cerveja. Pausa para umas fotos e logo

seguimos em direção à sede do Haras Catedral. Lá chegando, estava à

espera de todos o almoço; simples, mas com muita fartura e temperado

com esmero na cozinha de fogão à lenha, como manda a boa tradição do

evento.

Cavalgada do Haras Catedral é assim, se não for divertido tem

que ser gostoso! Deus desejando, ano que vem tem mais.

Observação fi nal: os organizadores do evento informam que

nenhum animal foi submetido a maus tratos. Peão só uns dois. E o

cachorro do Sérgio é que pegou uns carrapatos (coitados!), mas quem

pagou o pato mesmo foi o Tiú, meu patinho de estimação, que virou

farofa.

Cavaleiros “batem cabeça” atrás da ardilosa raposa.

CavalgadaPor Flávio Fernandes (Haras Catedral)

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Surpresas do clima não conseguiram tirar a animação dos integrantesda comitiva durante os seis dias de viagem.

Cavalgando de Aparecida a Extrema

pousada na periferia de Sapucaí Mirim.

O quinto dia amanheceu nublado e quente, preocupando

a gente. Após uma hora de cavalgada, começou a chover forte e sem

parar, quando muitos estrearam a sua capa de chuva que protege a

sela. Todo mundo devidamente protegido da chuva e com frio, fi zemos

o trajeto sem paradas e em marcha trotada, inclusive nas lindas trilhas

escorregadias e com muitas cachoeiras para apreciar. Chegamos mais

cedo que o esperado no fi nal do percurso e defrontamos molhados e com

frio uma pousada sem luz devido às árvores caídas nos dias anteriores

nos arredores de Monte Verde. A solução foi fi carmos agrupados ao redor

do fogão à lenha e tomarmos nossas últimas garrafas de vinho, enquanto

esperávamos sair um almoço não agendado. Felizmente à noite voltou

a luz e alguns corajosos puderam tomar o seu banho mais ou menos

quente.

O último dia da cavalgada amanheceu com garoa, neblina e

muito frio, nada que nos pudesse desanimar. Durante o trajeto o tempo

foi melhorado e terminamos a nossa aventura com lindo sol.

A tropa desta cavalgada foi composta por doze cavalos

Mangalargas (sendo um reserva), três Árabes e um Marchador. Durante

o percurso, claudicaram três cavalos, sendo um Mangalarga (8,3% dos

cavalos Mangalargas), um Árabe (33,3% dos Árabes) e um Marchador

(100 % do Marchador).

Brincadeira à parte, todos os cavaleiros curtiram bastante a

cavalgada. Porém alguns cavalgaram menos dias e um ex-criador de

Mangalarga teve que voltar às origens para terminar o percurso num bom

Cavalo Mangalarga!

Um grupo de cavaleiros (Rubra) que nos últimos 10 anos

realizava a cavalgada saindo de Bragança Paulista para Aparecida

resolveu este ano inverter o seu trajeto.

No dia 04 de junho à tarde foram inicialmente para a missa da

Basílica.

A cavalgada saiu no dia 5 de manhã do Haras Forsteck com

ótimo tempo e muita animação, passando inicialmente pelas plantações

de arroz e à tarde começando a pegar alguns morros na linda trilha do

Mosteiro, chegando no fi nal do dia em Pedrinhas.

No segundo dia, tínhamos um forte desafi o para os cavalos, pois

tínhamos de subir a Serra da Mantiqueira (Pedrinhas a 600 metros acima

do mar e no topo da serra passando os 2000 metros). O vento, apesar do

tempo ensolarado, ajudou a tropa encarar o desafi o. No período da tarde,

descemos parte das montanhas e pousamos em Campos do Jordão.

No 3º dia, tivemos repentina mudança no tempo com muito

vento, neblina e frio. Contornamos neste dia a cidade de Campos de

Jordão, a Pedra do Baú e descemos parte da serra em São Bento do

Sapucaí. Felizmente chegamos no nosso destino antes da chuva.

Esta noite choveu e ventou muito (ventos chegaram a 160 km/h

em Campos do Jordão, segundo noticiado pela televisão no dia seguinte).

Felizmente nós pousamos num vale protegidos das principais rajadas de

vento.

O quarto dia da cavalgada amanheceu com lindo sol e

encontramos muitas árvores derrubadas pelo vento do dia e sobretudo

da noite anterior. Neste dia o percurso era mais plano e pudemos apreciar

bastante a marcha trotada dos nossos cavalos. O descanso foi numa linda

Fot

os: D

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gaçã

o

Tropa da raça mostrou ótimo desempenho durante a viagem. Belas paisagens da Serra da Mantiqueira acompanharam os viajantes.

CavalgadaPor Dirk Kalitzki

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A Colonização europeiaa herança na criação de cavalos no Brasil e o modelo

brasileiro de produção de equinos.

O cavalo moderno resulta basicamente da mistura dos sangues

europeu (cavalos de tração), africano (Berbere) e asiático (formadores da

raça árabe). Dos ramos mais modernos temos como grandes geradores

de todos os cavalos, principalmente os brasileiros, os cavalos ibéricos

(Andaluz), Puro Sangue inglês e o Puro Sangue Árabe, destes, teve

notória influência nos plantéis brasileiros o cavalo ibérico trazido junto

aos portugueses com a vinda da família real e éguas autóctones, muito

provavelmente Berberes vindas das antigas colonizações espanholas e

portuguesas. Junto com esses cavalos da realeza veio toda uma tradição

europeia de criação de cavalos, onde o frio e as condições de alimentação

sazonais limitam o cavalo a passar grande parte de sua vida confinado,

dependendo totalmente do homem para sua alimentação e manutenção.

Mesmo os modelos de instalações tradicionalmente encontrados

em hípicas e haras por todo Brasil refletem grandemente a visão européia

que ainda se tem de como criar Cavalos. “Entidades sagradas” como feno

de alfafa, aveia e cocheira, ainda são inabaláveis na crença de alguns

criadores.

No Brasil não temos neve, as forrageiras tropicais verdejam

quase que o ano todo em abundância, ainda possuímos terras baratas e

em quantidade e nossas raças equinas são substancialmente mais rústicas

que seus parentes europeus, e tudo isso já foi percebido há varias décadas

por alguns pesquisadores brasileiros. Tive a honra de estudar com um

deles, o professor Cláudio Haddad. O professor Haddad, nos apresentou à

época a um sistema tropical de criação de equinos, onde o cavalo é criado

de maneira extensiva, a pasto e a intervenção do homem é minimizada e

otimizada, reduzindo custos e aumentando a qualidade de vida dos animais.

Com um pasto bem formado de uma boa gramínea a nutrição do cavalo

já esta em grande parte assegurada, a suplementação se reduz ao mínimo,

e está não pode deixar de considerar alimentos abundantes nos nossos

campos, como milho, sorgo, soja e mesmo capineiras de capins mais altos,

como o Napie, para o inverno. O grande inimigo dos alimentos alternativos

na alimentação de equinos, a cólica, em cavalos criados extensivamente

a pasto, desaparece quase que completamente e o balanço nutricional se

bem estudado pode ser conseguido com os alimentos mais inusitados.

Também o haras deve ter seu desenho arquitetônico revisto com uma

redução significativa das áreas cobertas e construídas em alvenaria. Os

cavalos são alimentados, escovados, vacinados, medicados e manejados a

pasto, em pequenas áreas centralizadas de serviço, as cocheiras só servem

para aquela pequena parcela de animais em exposição e potros em doma.

Isso sim pode realmente viabilizar muitas criações e democratizar

ainda mais a criação de cavalos.

Para quem quiser, segue referência do trabalho do professor

Cláudio Haddad: HADDAD, Claudio Maluf . Sistema Brasileiro de Produção

de Equinos. 1983

“(c)Tomo.Yun (www.yunphoto.net/pt/)”

ManejoPor Luiz Alberto Patriota

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Projeto Tropel Mangalarga “São Paulo – Brasília

1.400KM”

Transcrevo aqui os conceitos que o amigo e criador Ricardo

Bacelar relatou e faço coro com suas considerações.

“Eu vi este projeto como conquista, realização de uma missão

desafi adora, um ato de coragem, empreendedorismo, combinados

com planejamento profi ssional, utilizando recursos modernos, apoio

logístico, inteligência, preparação, esforço, grande empenho e sacrifício

pessoal em prol de um objetivo: Demonstrar as qualidades da Nobre Raça

Mangalarga”.

Meu compromisso com o grupo de éguas integrantes do projeto

Tropel Mangalarga foi de respeitar a integridade física e psicológica

durante todo o período em que estava aos meus cuidados, buscando

parcerias científi cas para embasar o evento.

Volto aqui a agradecer aos que diretamente acreditaram e

participaram do projeto Tropel Mangalarga:

Atenciosamente,

Sebastião de Assumpção Malheiro Neto

Dourado, agosto de 2011.

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Mangalarguista participa de evento no Oriente MédioFernando Almeida Prado representou a raça

Mangalarga e o Brasil em competição na Jordânia.

A raça Mangalarga vem aos poucos expandindo sua

participação no universo da arquearia a cavalo. Depois de bem-

sucedidas apresentações em eventos como a 32ª Nacional Mangalarga

e o 8º Encontro Internacional de Horsemanship da Universidade do

Cavalo, o grupo de arquearia da Chácara do Rosário esteve representado

recentemente na Al Faris International Horseback Archery Competition, a

primeira competição internacional desse esporte realizada na Jordânia,

no Oriente Médio.

O evento, promovido pelo rei Abdullah Ii Ibn Al Hussein,

aconteceu nos dias 9 e 10 de junho, na capital jordaniana: Amã. O Brasil

esteve representado, na ocasião, pelo mangalarguista Fernando Almeida

Prado. O jovem cavaleiro, que vem se destacando no grupo da Chácara

do Rosário, é filho de Raul Sampaio de Almeida Prado, idealizador do

projeto de arquearia realizado no município paulista de Itu e introdutor

da modalidade na raça Mangalarga.

As provas foram divididas de acordo com os estilos mais

praticados de arquearia a cavalo, como o turco (no qual o cavaleiro deve

acertar um alvo postado a sete metros de altura do chão durante um

galope circular à sua volta), o coreano (que é dividido em três etapas com

respectivamente um, dois e cinco alvos em cada uma delas) e o húngaro

(em que os competidores precisam disparar em três alvos, um a cada 30

metros de corrida). Trajados com vestimentas típicas de suas regiões e

próprias para a prática de arquearia, 36 cavaleiros de 15 países exibiram

muita destreza e habilidade na disputa da Al Faris International. Além

de representar bem o Brasil e a comunidade mangalarguista, Fernando

Almeida Prado aproveitou o evento para adquirir experiência internacional

e desfrutar da convivência com os melhores arqueiros do mundo.

Iniciado há cerca de um ano e meio, nas dependências da

Chácara do Rosário, o projeto de arquearia a cavalo com o uso do

Mangalarga começou de forma despretensiosa. O intuito era descobrir

uma nova modalidade para a prática cotidiana da raça e também unir

amigos e familiares dos organizadores em um gostoso momento de

confraternização. Aos poucos, no entanto, a iniciativa vem ganhando

espaço e despertando o interesse de muitos mangalarguistas.

A aptidão dos exemplares da raça para a modalidade também

já está mais que provada. Ágil, dócil e dotado de equilíbrio psicológico,

o Mangalarga tem demonstrado muita habilidade para a prática desse

esporte cuja origem é milenar. Raul Almeida Prado conta inclusive que a

raça já foi elogiada por um dos principais nomes da arquearia, o tcheco

radicado nos Estados Unidos Lukas Novotny, que em recente visita ao

Brasil pôde testar o Mangalarga na prática dessa exigente atividade.

Fernando participou do evento com montaria cedida pelo rei Abdullah.

EsporteFotos: Divulgação

18 |revista mangalarga

Page 19: Revista Mangalarga nº02

Reprodutor comprovado

iiwww.harasbraido.com.br

Estrada Municipal Oscar Pereira Dias Km 01,Estrada João do Porto - Bairro Barreiro

Santo Antônio de Posse / SPTel. Haras: (19) 3896-3078 / Escr. 4227 9500

Ademir: 7786-6152 / 86*101422Cristiano: 7823-4454 / 86*100100

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Muita qualidadenos julgamentos da Expo Guará 2011

Provas com participação infantil também encantaram o público presente

O cavalo mangalarga esteve novamente muito bem representado

na Expo Guará, a Feira Industrial, Comercial e de Agronegócio de

Guaratinguetá, cidade localizada na região do Vale do Paraíba, no interior

paulista. A raça, que este ano chegou à quinta participação consecutiva

no evento, foi um dos destaques da programação do fi m de semana dos

dias 14 e 15 de maio.

Segundo os organizadores, a mostra deste ano contou com

uma pequena redução no número de animais inscritos em decorrência

da realização de outra exposição da raça no mesmo fi nal de semana. O

evento, entretanto, contou com a presença de 80 exemplares de altíssimo

nível, que foram julgados pelo jurado Adáldio José de Castilho Filho, nas

categorias geral, pampa, tordilho e preto ou zaino.

Como nos anos anteriores, a Exposição de Guaratinguetá

incluiu uma ampla programação social. Além disso, o evento foi

abrilhantado pelo Estande da Mangalarga e pela prova funcional, que,

aliás, contou com premiação em dinheiro. A expressiva presença de

crianças nas provas mini-mirim, mirim e juvenil foi outro destaque da

mostra mangalarguista. Demonstrando muita habilidade na condução de

suas montarias, os pequenos cavaleiros emocionaram os pais e o público

presente.

O prestígio do evento foi comprovado também pela presença de

criadores de fora do estado de São Paulo, como os paranaenses Vinicius

João Curi e José Borges da Cruz Filho. Por sua vez, a disputa entre os

expositores da classe geral teve como principais destaques Dirk Helge

Kalitzki (326,7 pontos), Antônio Caetano Pinto (318 pontos) e Haras

Precioso (265,5 pontos). Já o ranking de expositores de andamento foi

liderado por Antônio Caetano Pinto, que somou 144 pontos, fi cando

à frente de Dirk Helge Kalitzki (88,5 pontos) e do Haras Precioso (66

pontos).

Nas categorias reservadas aos animais de pelagem pampa, o

Expo Guará contou com a participação de 80 exemplares da raça.

Participação infantil encantou o público do evento.

EventosFotos: Norberto Cândido

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melhor expositor foi Paulo Eduardo Corrêa da Costa (1106,10 pontos),

seguido de Marisa Iório Corrêa da Costa (297) e de Rodnei Pereira Leme

(233,70). Somando 298,50 pontos, Paulo Eduardo liderou também o

ranking de expositores de andamento da pelagem pampa, fi cando à frente

de Rodnei Pereira Leme (69 pontos) e de José Pavan (27).

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Expo Jaú 2011 reúne 201 animais

Sistema de avaliação do evento contou com três jurados ecom o descarte da nota discrepante

O cavalo Mangalarga foi um dos destaques do segundo fi nal de

semana da Expo Jaú 2011. A raça participou do evento, entre os dias 12 e

14 de agosto, com uma programação bastante movimentada, que incluiu

julgamentos, disputas funcionais e ainda um aguardado leilão.

A Exposição de Jaú (SP) testou também um novo método de

avaliação para as mostras da raça Mangalarga. Segundo Antônio Carlos

Pestili, organizador do evento ao lado do criador João Pacheco, o

julgamento foi realizado por três jurados (Marcelo Toledo, Luiz Ramos

Filho e Marcelo Birolli) com o descarte da avaliação discrepante. Já

quando não havia nota destoante, a menor delas era descartada. Assim, se

o animal recebesse, por exemplo, um 1º, um 3º e um 5º lugar, descartava-

se o 5º, já que não houve discrepância. E, em caso de empate, o juiz

Mangalarguistas das mais diversas regiões estiveram

no evento.

Mostra de Jaú recebeu o

maior número de inscrições

da temporada, excetuando-se a

Nacional.Fotos: Norberto Cândido

Núcleo de Jaú recepcionou a

comunidade mangalarguista.

EventosPor Pedro C. Rebouças

desempatador era aquele com mais tempo como integrante do quadro de

jurados da Associação.

Promovida pelo Núcleo de Jaú, a mostra jauense recebeu 201

animais, o maior número registrado pelo Circuito de Exposições 2011,

excetuando-se a Nacional. O Leilão Mangalarga de Jaú, por sua vez, foi

a principal atração do sábado 13 de agosto. O tradicional remate, cuja

organização esteve a cargo da Djalma Leilões, ofertou 21 lotes nessa sua

18ª edição. Além de cavalos e éguas de muita qualidade, o leilão negociou

potros, potras e coberturas de importantes reprodutores da raça.

O evento contou ainda com uma agitada programação social,

que incluiu o Churrasco dos Criadores e a Noite do Mangalarga Jovem,

ambos realizados no dia 12.

Fernando Rivabem Fabinho Rivabem e amigos

As mulheres também prestigiaram

Paulo Vilela de Londrina veio representar o Paraná.

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mostra a força da raça no Centro-Oeste O Núcleo Mangalarga de Goiás, presidido pelo criador Rogério

Teixeira, garantiu a participação da raça em um dos mais importantes

eventos do agronegócio da região Centro-Oeste: a ExpoAgro Goiás. O

cavalo Mangalarga participou do evento, entre os dias 18 e 21 de maio,

com uma variada programação, que incluiu julgamentos, provas de

andamento, disputas funcionais e um aguardado remate.

A programação mangalarguista foi aberta justamente com a

realização do Leilão Esmeralda Mangalarga, realizado na noite de 18 de

maio, nas dependências do Master Hall, em Goiânia. Transmitido para

todo o Brasil pelo Agrocanal, o evento contou com a participação de

criatórios de Goiás, Pará, Minas Gerais e São Paulo. O remate registrou

ainda uma participação recorde de criadores goianos, que contribuíram

com 19 lotes, mostrando a força emergente do Mangalarga no Estado de

Goiás.

Segundo Rogério Teixeira, o público do leilão foi excelente,

registrando a participação de compradores de todo o Brasil. “Outro

importante destaque foi a abertura do remate, realizada com os cavaleiros

das ‘Cavalhadas de Corumbá’, que, a exemplo das demais festas de

cavalhadas que acontecem em Pirenópolis, Santa Cruz e outras cidades

goianas, sempre promovem o evento montados exclusivamente em

animais da raça Mangalarga”, destacou Teixeira.

A Copa Regional de Goiânia, realizada no dia 19 de maio, sob

o comando do jurado Silas Eduardo Freire, foi outra importante atração

mangalarguista na Expoagro. A competição, que valeu pontos para a

classifi cação da Copa de Andamento Matsuda Mangalarga, teve sete

animais premiados com medalha de ouro: Alvorada da Canastra (de

Carlos Alberto Carrijo), Bandeira ZC (da ZCM Agropecuária), Raíssa da

Araxá (de Josiane Vidotti), Uno da Araxá (de Josiane Vidotti), Montreal

FL da Catedral (de Flávio Fernandes), Pensamento da Província (da ZCM

Agropecuária) e Urânio ACF (exposto por José Dias Araújo).

Por sua vez, a Exposição Mangalarga de Goiânia agitou a

ExpoAgro no dia 20 de maio. Conduzidos pelos jurados Silas Eduardo

Freire e João Quadros, os julgamentos tiveram a participação de cerca

de 90 animais, expostos por 23 tradicionais criatórios provenientes dos

Exposição de Goiânia

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EventosPor Pedro C. Rebouças

estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Pará, além do Distrito

Federal.

Exposta por Antonio Caetano Pinto, Namorada do Otnacer

(Premiado DL em Maratona da Santa Marina) sagrou-se Campeã e

Campeã de Andamento da categoria Égua Sênior, a mais concorrida da

exposição, com a participação de 14 concorrentes. Já a categoria Égua

Jovem, a segunda mais disputada do evento, teve como Campeã Ginga

NLB (Derviche DAM em Onda da Jauaperi), originária da seleção do

Haras Leni, e como Campeã de Andamento Nebraska ZC (Quitute da

Janga em Neblina do Mamão), da ZCM Agropecuária.

Por sua vez, o ranking de expositores da mostra goianiense

teve como principais destaques a ZCM Agropecuária (961,75 pontos), o

Haras Leni (848) e a mangalarguista Josiane Matta Vidotti (743,25).

Os criadores Marcelo Ranulfo, Antônio Carlos Vale, Ilair e Kleber Leite marcaram presença no evento.

A pista de julgamento de Goiânia recebeu 90 animais da raça.

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Page 26: Revista Mangalarga nº02

Público de Nacional em Palmeiras

Mostra pioneira no interior goiano surpreendeu pela grande adesão do público local .

O cavalo Mangalarga foi um dos

destaques da programação da 24ª Exposição

Agropecuária de Palmeiras de Goiás (GO). A

participação da raça no evento, que está entre

os mais movimentados do setor agropecuário

do estado de Goiás, aconteceu nos dias 30 e 31

de julho.

A mostra integrou também o

recém-criado Circuito Centro-Oeste da Raça

Mangalarga. Fruto de uma iniciativa conjunta

dos Núcleos de Criadores de Brasília e de

Goiás, o Circuito tem o objetivo de enriquecer

o calendário de eventos da região, criando uma

Prefeito de Palmeiras entrega premiaçãoa participantes do evento.

26 |revista mangalarga

Foto: Marcos Barbosa

Foto: Marcos Barbosa

Vista geral da pista de julgamento.

Foto: Kléber Leite

EventosPor Pedro C. Rebouças

série de opções - entre cavalgadas, exposições e provas - para os criadores

goianos e brasilienses.

Com ranking regional e provas com diversos prêmios, o Circuito

Centro-Oeste também busca fomentar a criação e o uso do cavalo Mangalarga

na região, além de fortalecer a agenda nacional de eventos da ABCCRM.

Pioneira no interior goiano, a Exposição de Palmeiras foi considerada

um sucesso absoluto pelo presidente do Núcleo Mangalarga de Goiás Rogério

Cruz Dias Teixeira. “Além de contar com a participação de criatórios de Goiás,

Distrito Federal e São Paulo, nós tivemos um público excepcional, semelhante

àquele presente em nossas Nacionais, como foi bem colocado pela juíza Aracy

Oliva”, ressaltou o dirigente.

O Circuito Centro-Oeste, que também passou pela Expoagro Luziânia,

no mês de agosto, já tem outros eventos agendados. Em setembro, antecedendo

a Nacional, acontecerá a Exposição Mangalarga de Brasília (DF), dentro da

programação da Expoabra. Já na segunda quinzena de outubro, ápós 11 anos

de ausência, o calendário da raça voltará a contar com a Exposição de Goiânia

do segundo semestre. De acordo com Teixeira, a programação do evento

contará também com provas funcionais com premiação e copa de andamento,

da mesma forma que a mostra realizada em maio durante a Expo Goiás.

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Page 28: Revista Mangalarga nº02

Mangalargaesteve entre os destaques da 38ª Eapic

Pista sanjoanense está entre as mais concorridas do Circuito.

O cavalo Mangalarga foi um dos destaques da programação

do fi nal de semana de encerramento da 38ª Exposição Agropecuária,

Industrial e Comercial de São João da Boa Vista (Eapic), no interior

paulista. Organizada pelos mangalarguistas Marcelo Bertoldo Motta e

Jairo Hamilton Domingues, com o apoio da Associação Brasileira de

Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a mostra da raça

aconteceu, nos dias 15 e 16 de julho, no Recinto de Exposições José Ruy

de Lima Azevedo.

Segundo os organizadores, a participação do Mangalarga é

bastante tradicional na Eapic, ocorrendo desde as primeiras edições do

evento. Além disso, a pista sanjoanense é considerada uma das mais

concorridas do Circuito de Exposições do Cavalo Mangalarga.

Expostos por 37 tradicionais criatórios da raça, os 147 animais

participantes foram avaliados pelos experientes jurados Eduardo Leite

Cintra, que foi o responsável pela análise do andamento dos animais,

e Marcelo Leite Vasco de Toledo, a quem coube a avaliação da parte

Exposição da raça esteve entre os destaques da Eapic.A pelagem pampa também participou dos julgamentos

28 |revista mangalarga

EventosPor Pedro C. Rebouças

Mario Barbosa na companhia de vários criadores.

morfológica dos participantes.

Exposta pelo Haras Precioso, Luminosidade da Jauaperi (Cristal

da Jauaperi em Palena OJC) sagrou-se campeã da categoria Égua Jovem,

a mais movimentada do evento com a participação de 17 concorrentes.

Já a Campeã Égua Jovem de Andamento foi Tiara do Mont Serrat (Regalo

JO em Pluma do Mont Serrat), exposta por Fernando Rivaben. Por sua

vez, Lara da Piratininga (Quartzo JES em Hilária da Piratininga), exposta

por Luiz Aparecido de Andrade, foi eleita campeã da categoria Potranca

Menor, a segunda mais concorrida da mostra com a presença de 13

concorrentes.

Entre os expositores, Luiz Aparecido de Andrade somou

319,05 pontos, fi cando com o primeiro lugar da exposição, à frente de

Eduardo França (283,25 pontos) e do Haras Precioso (256,35 pontos).

Os resultados completos da mostra sul mineira podem ser conferidos no

site da ABCCRM.

Page 29: Revista Mangalarga nº02

7 REVISTA MANGAL ARGA |www.cavalomangalarga.net.br

Mangalarga estreita laços com o Paraguai

Raça foi convidada a participar da maior feira do país vizinho .

O mangalarguista Paulo Vilela Filho marcou presença, no

mês de julho, em um dos mais importantes eventos agropecuários do

Mercosul, a Expo Paraguai. Realizada na cidade de Mariano Roque

Alonso, a feira recebeu aproximadamente 700 mil visitantes durante os

seus 15 dias de duração.

Paulinho, que esteve no evento integrando a comitiva da

Sociedade Rural do Paraná (SRP), entidade da qual é Diretor Internacional,

aproveitou a ocasião para promover o cavalo Mangalarga no país vizinho.

Durante encontro com os dirigentes da Associação Rural do Paraguai,

o mangalarguista, além de relatar as qualidades do Cavalo de Sela

Brasileira, presenteou o presidente da feira, Juan Nestor Núñez, com um

exemplar da Revista Mangalarga.

O encontro rendeu também o convite para que a raça seja

exposta e divulgada na próxima edição do evento. Segundo Paulinho, que

Foto: Paulinho Vilela

InternacionalPor Pedro C. Rebouças

também ocupa os cargos de diretor de Núcleos da ABCCRM e presidente

do Núcleo Mangalarga do Norte do Paraná, o país vizinho apresenta um

potencial de mercado bastante signifi cativo para a raça. “A pecuária é

muito forte no Paraguai, especialmente na região do Chaco. Por isso,

acredito que esta será uma ótima oportunidade para a raça expandir suas

fronteiras”, explica o criador.

Page 30: Revista Mangalarga nº02

Exposição de Guaxupé exibe a qualidade da raça no Sul de Minas

Mostra reuniu um plantel de qualidade na pista do Parque Geraldo Ribeiro

Um plantel de muita qualidade passou pela pista da mostra mineira

Animais de 33 criatórios foram expostos no evento. Evento é considerado por muitos uma importante prévia da Nacional

Fotos: Norberto Cândido

A Exposição Mangalarga de

Guaxupé levou toda beleza e versatilidade

do cavalo de sela brasileiro ao Sul de Minas

Gerais. O evento, que aconteceu entre os

dias 1º e 3 de julho, foi uma das principais

atrações da programação da 37ª Expoagro

Guaxupé.

Promovida pelo Núcleo Mangalarga

do Sul de Minas e Média Mogiana, com o

apoio da Associação Brasileira de Criadores

de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM),

a mostra aconteceu nas dependências do

Parque de Exposições Doutor Geraldo de

30 |revista mangalarga

EventosPor Pedro C. Rebouças

Souza Ribeiro. Expostos por 33 tradicionais criatórios da raça, os 121

animais participantes foram avaliados pelos jurados André Fleury, a

quem coube a tarefa de avaliar o andamento dos concorrentes, e Lourenço

de Almeida Botelho, que foi o responsável pela análise da morfologia

dos animais participantes. Segundo os organizadores, os concorridos

julgamentos e o plantel de elevada qualidade fazem da Exposição de

Guaxupé uma importante prévia da principal mostra da raça, a Nacional,

que este ano acontecerá no fi nal de setembro.

Com 13 participantes, a categoria mais concorrida da mostra

mineira foi a dedicada às potrancas maiores, que teve como vencedora

Samanta do Otnacer (Modelo do Otnacer em Vênus da Jauaperi),

exposta por Geraldo Zinato. Já a disputa entre as potrancas menores,

que foi a segunda mais concorrida com a participação de 11 animais,

teve como vencedora Batuta da Fazenda Onça (T.E.), uma fi lha de

Vermute ACF em Sandy Vargedo, exposta por Heloísa Freitas.

Entre os expositores, Luiz Aparecido de Andrade somou

233,70 pontos, fi cando com o primeiro lugar da exposição, à frente do

Haras Cerávolo Paoliello (196,95 pontos) e de Antônio Carlos Ferreira

(171,75 pontos). Os resultados completos da mostra sul mineira

podem ser conferidos no site da ABCCRM.

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Itapetinga recebe o melhor da seleção baiana

Cerca de 70 exemplares da raça passaram pela pista de julgamento

Fotos: Norberto Cândido

O cavalo Mangalarga foi novamente uma das principais atrações

da Exposição Agropecuária de Itapetinga, município considerado um

dos mais importantes polos agropecuários do interior da Bahia. Além de

receber a sétima etapa do Circuito de Exposições 2011, a programação da

raça no evento incluiu uma etapa regional da Copa de Andamento Matsuda

Mangalarga e o aguardado 3º Leilão Haras NJT e Convidados.

Promovida pelo Núcleo de Criadores do Sudoeste Baiano, entre

os dias 19 e 21 de maio, a Exposição de Itapetinga teve a coordenação dos

mangalarguistas Jivago Nascimento Queiroz e Henrique Brugni Saraiva

de Araújo. A mostra, além disso, levou a julgamento na pista central do

Parque Juvino Oliveira cerca de 70 exemplares da raça, expostos por 15

tradicionais criadores do Estado. A tarefa de julgar esses animais fi cou a

cargo do experiente jurado Leandro Canêdo.

A categoria Potranca, com oito participantes, e a categoria

Égua Jovem, também com oito concorrentes, foram as mais concorridas

A família Queiróz canta o Hino Nacional no início do Leilão NJT.

Participantes do evento baiano posam para foto num ambiente de muita alegria.

Animais de qualidade passaram pela pista de julgamento

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EventosPor Pedro C. Rebouças

do evento. Exposta por Marcelo Cintra Zarif, Xereta Z.F. (Patriarca RAT

em Marcela TA) sagrou-se Campeã Potranca, tendo como 1ª Reservada

Campeã Potranca Valentina da Sabaúna (Neleu OJC em Olinda da

Sabaúna), exposta por Tourinho de Abreu e Filhos.

Já a Campeã Égua Jovem foi Himalaia Pitanga (Verso OJC

em República RAT), originária da seleção de Pedro Seraphim Pitanga,

enquanto a 1ª Reservada Campeã Égua Jovem foi Universidade Z.F., de

Marcelo Cintra Zarif. Por sua vez, Mesclada NJT (Desenho OBC em Fada

NJT), exposta por José Marcos Ribeiro Costa, sagrou-se Campeã Égua

Jovem de Andamento, tendo como 1ª Reservada Campeã de Andamento

Égua Jovem Himalaia Pitanga, proveniente da seleção de Pedro Pitanga.

Por sua vez, a disputa entre os expositores teve como destaque os

mangalarguistas Nivaldo Batista Queiróz (371,25 pontos), Marcelo Cintra

Zarif (289,20), Tourinho de Abreu e Filhos (244,50), Maurício Pimentel

(169,50) e Pedro Seraphim Pitanga (156).

A Exposição Mangalarga de Itapetinga contou ainda com

momentos de muita emoção. Um deles foi a homenagem ao pioneiro

criador Tourinho de Abreu, realizada por seus fi lhos e pelos amigos da

comunidade mangalarguista. Outro momento marcante foi a abertura do 3º

Leilão Haras NJT, quando as centenas de pessoas que lotavam o recinto

acompanharam a família Queiróz, promotora do remate, no canto do hino

do Brasil.

Realizado na noite do sábado 21 de maio, o Leilão NJT ofertou 31

lotes da raça Mangalarga, entre os quais estava a primeira fi lha do Grande

Campeão Nacional Cavalo Havaí NJT.

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Page 36: Revista Mangalarga nº02

Matéria de CapaMatéria de Capa

acontece em setembro33ª Nacional Mangalarga

Principal exposição do calendário mangalarguista ocorrerá, entre os dias 24 de setembro e 2 de outubro, em Porto Feliz (SP). Julgamentos, leilões, provas funcionais e uma agitada

programação social estarão entre as atrações do evento.

Foto: Norberto Cândido

O Haras Raphaela, localizado no município de Porto Feliz (SP),

a cerca de 100 quilômetros da capital paulista, receberá no mês de

setembro um dos mais importantes eventos da equinocultura brasileira:

a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. Além dos aguardados

julgamentos, responsáveis por eleger os Grandes Campeões Nacionais

de 2011, o tradicional evento contará em sua programação com provas

funcionais, leilões e uma agitada programação social.

Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da

Raça Mangalarga (ABCCRM), cerca de 600 equinos participarão das

atividades desta 33ª edição do evento, que terá início no sábado 24 de

setembro e prosseguirá até o domingo 2 de outubro. Originários dos

principais criatórios do País, esses animais representam a elite de um

Por Pedro RebouçasPor Pedro Rebouças

plantel com cerca de 120 mil exemplares, cuja presença é marcante nas

cinco regiões do País.

“A expectativa para a Nacional deste ano é muito boa. A

raça, afi nal, vive um ótimo momento, com exposições concorridas e

leilões movimentados. Por isso, durante os nove dias de programação,

deveremos ter julgamentos bastante disputados com a participação da

nata da raça”, destaca o presidente da ABCCRM, Sergio Paiva.

O dirigente ressalta ainda a qualidade das instalações do

Haras Raphaela. “Além da pista coberta, o recinto oferece uma ótima

infraestrutura tanto para o público como para os expositores e para os

profi ssionais que participarão do evento. Por isso, acredito que todos

serão muito bem recebidos nesta 33ª Nacional”, explica o presidente.

36 |revista mangalarga

Page 37: Revista Mangalarga nº02

Programação movimentada

O primeiro fi nal de semana da Exposição Nacional será bastante

movimentado. Os julgamentos terão início às 8h da manhã do sábado

(24), prosseguindo até o meio-dia, quando acontecerá a cerimônia de

abertura do evento e o tradicional desfi le das bandeiras dos criatórios

participantes. Já na parte da tarde, acontecerá um dos mais aguardados

momentos da programação, o 67º Leilão Ofi cial. O remate, que contará

com a organização da Djalma Leilões, ofertará 40 lotes selecionados por

técnicos da ABCCRM, oferecendo uma diferenciada oportunidade para

quem deseja investir na raça.

Os julgamentos prosseguirão durante toda a semana. Além

das concorridas disputas da classe geral, o programa da Nacional

também incluirá categorias específi cas para as pelagens diferenciadas

da raça Mangalarga, como a pampa, a castanha, a tordilha, a alazã

amarilha, a baia e ainda a preta ou zaina. Os julgamentos, aliás, poderão

ser acompanhados em tempo real pela internet. A transmissão estará

novamente a cargo do site Horse Brasil, um dos mais prestigiados

veículos de comunicação do setor equestre nacional.

O segundo fi nal de semana de atividades também promete ser

bastante movimentado. Além do tradicional momento de confraternização

dos criadores, que este ano será realizado em formato de “Happy Hour”, a

programação incluirá outro aguardado remate da raça, o Leilão Gênesis

Mangalarga. O remate, organizado pela Djalma Leilões, acontecerá na

tarde do sábado, 1º de outubro, ofertando produtos de grande destaque

no plantel da raça. Já na parte da noite, o programa da Nacional abrirá

espaço para a disputa de provas funcionais, cujo principal destaque será

a competição de maneabilidade.

As maiores emoções do evento estarão reservadas, no entanto,

para o último dia da programação, o domingo 2 de outubro, quando a

raça conhecerá os Grandes Campeões Nacionais 2011. Além do prestígio

dos mais tradicionais títulos da raça, estarão em disputa os cobiçados

troféus transitórios da classe geral e também da pelagem pampa.

Mais informações sobre a 33ª Exposição Nacional do

Cavalo Mangalarga podem ser obtidas no endereço eletrônico www.

cavalomangalarga.com.br ou pelo telefone (11) 3673-9400.

O julgamento das categorias de pelagens diferenciadas será uma das atrações da Nacional.

Troféus do evento estão entre os mais desejados da raça.

As provas de andamento estão entre os momentos mais emocionantes da mostra.

As provas funcionais farão parte da programação do segundo fi nal de semana da Nacional.

Page 38: Revista Mangalarga nº02

O desfi le das bandeiras dos criatórios participantes será um dos destaques da programação do primeiro fi nal de semana do evento.

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Matéria de CapaMatéria de Capa

A disputa é sempre muito acirrada.

Detalhe da bandeira da raça Os mirins também vão participar

38 |revista mangalarga

Page 39: Revista Mangalarga nº02

67º Leilão Oficial será destaque a programação da

Nacional

Evento oferecerá uma diferenciada oportunidade para quem deseja

investir na raça

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça

Mangalarga (ABCCRM) promoverá, no dia 24 de setembro, no Haras

Raphaela, em Porto Feliz (SP), o 67º Leilão Ofi cial do Cavalo Mangalarga.

Considerado um dos mais tradicionais eventos da equinocultura brasileira,

o remate será um dos destaques da programação do fi nal de semana de

abertura da 33ª Exposição Nacional da Raça Mangalarga.

O leilão irá ofertar cerca de 40 lotes especialmente selecionados

pelo corpo técnico da associação. Entre eles, estarão desde animais

premiados em pista até animais para lazer e passeio, incluindo ainda

potros, garanhões, matrizes e barrigas.

Segundo a ABCCRM, o Leilão Ofi cial representa uma democrática

oportunidade para a comercialização e aquisição de produtos da raça,

possibilitando a participação de selecionadores com criatórios dos mais

diversos tamanhos. Além disso, o evento busca ampliar o mercado do

cavalo Mangalarga, funcionando como uma diferenciada oportunidade

para a entrada na raça de novos usuários e criadores.

Na opinião de Djalma Barbosa de Lima, diretor da Djalma Leilões,

o Leilão Ofi cial será uma excelente ocasião para aqueles que desejam

adquirir um cavalo Mangalarga de origem comprovada. “Quem investir na

aquisição de um animal neste remate terá a grande vantagem de adquirir

um produto com a assinatura da associação. Afi nal, a ABCCRM responde

pelo criterioso trabalho de vistoria realizado por seus técnicos na seleção

dos lotes que participarão do evento”, explica o leiloeiro rural responsável

pela organização do remate.

Os organizadores esperam que o leilão repita o bom desempenho

de sua edição anterior. Realizado em setembro do ano passado, dentro da

programação da 32ª Nacional Mangalarga, o 66º Leilão Ofi cial reuniu cerca

de 500 pessoas no recinto do Marco Zero Agronegócios, movimentando

uma receita de R$ 408,5 mil e alcançando a cotação média de R$ 13,6 mil.

Os cobiçados troféus transitórios da Exposição Nacional

Pista de aquecimento do Haras Raphaela.

Morfologia será um dos quesitos avaliados pelos jurados

Pista coberta do Haras Raphaela irá garantir o conforto dos presentes.

Page 40: Revista Mangalarga nº02

O criador Reginaldo Bertholino possui uma trajetória de muito

sucesso na raça Mangalarga. Em 41 anos de seleção, o criador obteve

muitas conquistas, inclusive sagrando-se por 14 vezes o Melhor Expositor

da Nacional. A receita deste sucesso parece reunir uma série de fatores. No

entanto, é a paixão pela raça que é apontada por parentes e amigos como o

principal ingrediente do êxito da seleção RB.

“A maior contribuição que o Reginaldo deu à Raça foi seu

exemplo de amor ao Cavalo Mangalarga. Várias vezes o ouvi dizendo que

o cavalo era sua fonte de energia e razão de vida”, comenta o amigo Nilton

Bartoli, titular do Haras Leni. O mangalarguista ressalta ainda que vários

fatores são responsáveis pelo sucesso de Reginaldo na criação. “Sua visão

empresarial, seu gosto pelas competições, sua equipe, sua visão... Mas o

que realmente fez dele um criador diferenciado foi, como já mencionei, seu

amor pelo Mangalarga.”

Rinaldo Bertholino, que, ao lado dos irmãos Tom e Rodrigo,

pôde acompanhar de forma privilegiada a trajetória do pai no universo

mangalarguista, conta que o cavalo representa tudo, isso mesmo, tudo na

vida do vitorioso criador. “A infância sempre nos traz boas recordações,

seja um doce, um brinquedo ou um bom momento com parentes e amigos.

Ele fez do passado a porta para o seu futuro. Realizou seu sonho, colocou

em prática seu amor incondicional ao cavalo. Certa vez, procurei refazer sua

trajetória, fui até sua cidade natal, São Carlos (SP), sentei-me na calçada

e fi quei imaginando como um garotinho, cheio de sonhos, via a sua maior

paixão, o cavalo, desfi lar aos domingos pelas ruas e praças. Essa foi uma

visão que lhe despertou tanta comoção que até hoje o atinge de forma

muito abrangente. Eu vivi os momentos mais intensos de sua vida, por

isso posso dizer que ele escolheu a perfeição do Cavalo Mangalarga para

realizar este sonho!”

Reginaldo Bertholino:Uma trajetória de sucesso

Tom Bertholino, por sua vez, ressalta que o pai transferiu para a seleção da

raça uma série de características pessoais, como dedicação, perseverância,

vitória e amor. O primogênito lembra ainda que a 14ª conquista consecutiva

(tetradeca) da Nacional foi o momento mais marcante que viveu ao lado do

pai durante esses 41 anos de envolvimento com o Mangalarga.

O criador Nilton Bartoli destaca também que Reginaldo e sua

equipe (Zequinha e os “meninos”) foram sempre uma referência de

criatório, manejo e apresentação em pista. “Como sou um criador que gosta

de participar dos eventos da Raça, tive sempre no Reginaldo Bertholino um

concorrente direto, muito difícil de ser ‘batido’, o que me levou a exigir

muito de meus funcionários e a me empenhar em criar e selecionar animais

competitivos e de melhor nível zootécnico”, explica o mangalarguista.

Para Rinaldo, pode parecer estranho, mas a maior contribuição

do pai à Raça foi o seu amor. “Sua intensa busca por uma criação distinta

fez o que ele é hoje, um criador de ponta. Mesmo vivendo a incompreensão

de muitos e a admiração de outros, ele em muitas vezes esteve no caminho

certo de sua criação, mostrou competência e adquiriu diversas matrizes de

pessoas de peso. Eu o acompanho nestes anos todos e tivemos o prazer

de conhecer homens de inestimável valor, como Celso Ribeiro, Fausto

Simões, Osvaldo Junqueira, Orpheu José da Costa, Francisco de Lucia,

Marchi, Badhi Aidar e Olinto Marques de Paula. Primeiro ele teve de

aprender, criar e acreditar, para só depois se colocar no mesmo nível deste

super time. Cada um a seu tempo merece ser respeitado. Não existiam e

ainda não existem livros sobre como criar cavalos vencedores. Somente a

busca genética, a prática de manuseio e a sorte defi nem uma jornada. Ele

não mudou sozinho as feições da criação, mas acompanhou a evolução.

Hoje, todos os criadores vivem na evolução da nova Fórmula 1! Cavalos de

qualidade, altos, defi nidos em seu conjunto, resistentes, bonitos e de um

andar característico! A maior falha que cometemos foi a perfeição.”

Rinaldo destaca ainda que a sorte também presenteou o trabalho

do pai com um excelente time. “Nossos queridos Zequinha e os hoje

doutores André e Silas ajudaram o Haras 3R e a raça a serem todos mais

ousados em suas apresentações, instalações e conquistas!”

Por fi m, Rina, como é chamado entre os amigos, ressalta que

o maior sucesso ainda está por vir e será a maior dor que um fi lho pode

sentir...a sua falta! “Seu legado servirá de base a novos sonhos e estarei

orgulhoso de poder ver esta obra nascendo em outros pastos, sem

fronteiras e sem rusgas. Por isso, aos amigos ou não, peço um minuto de

atenção... se quiserem tirar as diferenças, se é que elas existem, a hora é

esta, pois até o mais forte homem é sábio o sufi ciente para saber que sorrir

é o melhor que podemos cultivar e o RB por dentro é muito diferente do

que pensam! Sejam todos bem vindos à nossa casa e amem seus Cavalos

como extensão de si mesmos! Um viva à Raça Mangalarga, um viva aos

seus idealizadores e criadores! Pai, é duro falar de você! Te amo!”

Bia Meirelles e Reginaldo Bertholino acompanham evento da raça

HomenagemHomenagemPor Pedro RebouçasPor Pedro Rebouças

Foto: Modesto Wielewicki

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Page 42: Revista Mangalarga nº02

O cavalo Mangalarga vem ampliando constantemente sua

presença na região norte do País, em especial no estado do Pará. Prova

disso foi o grande destaque obtido pela raça na 3ª Expofeira de Inverno,

realizada no Parque de Exposições de Entroncamento, na cidade de

Belém.

Organizada pelos mangalarguistas Rodrigo Façanha e Joel

Bitar, a participação da raça teve como ponto alto a cavalgada de abertura

da Expofeira, que aconteceu no domingo 10 de abril. Contando com

cem animais, sendo cerca de quarenta Mangalargas, a comitiva partiu

da Estação das Docas com destino ao Parque de Exposições, passando

durante o trajeto por importantes avenidas da capital paraense, como a

Presidente Vargas, a Nazaré, a Magalhães Barata e a Almirante Barroso.

O público acompanhou atentamente o desfi le, que foi o primeiro

do gênero realizado em Belém. A cavalgada mangalarguista, além disso,

também despertou o interesse da imprensa local, sendo noticiada com

Desfile coloca oMangalarga em destaque nas avenidas de Belém

destaque por jornais como O Liberal e Amazônia.

Para Rodrigo Façanha, o desfi le pelas avenidas de Belém foi um

sucesso, com o Mangalarga se destacando com o seu porte avantajado e

seu andar macio. “Foi um momento bastante bonito, afi nal nunca houve

nada do gênero por aqui”, comentou o mangalarguista.

O “test-drive” de animais foi outro destaque da participação

da raça na Expofeira de Inverno. Afi nal , possibilitou que centenas de

pessoas experimentassem as diferenciadas qualidades do Cavalo de

Sela Brasileiro. Além disso, o público que compareceu ao evento também

pôde acompanhar a exibição de uma série de vídeos que mostravam a

raça em ação na lida com o gado e em provas como o team penning, a

maneabilidade, a vaquejada e o laço de bezerro.

A programação do evento paraense contou ainda com um leilão,

no qual foram ofertados equinos da raça Mangalarga, ovinos Texcel e

bovinos Guzerá.

As mulheres deram mais uma mostra de sua força no universo

do cavalo Mangalarga com a realização da 14ª Sutianzada. Exclusiva para

o público feminino, a tradicional cavalgada aconteceu nos dias 28 e 29

de maio, contando com a participação de 73 conjuntos.

O grupo percorreu cerca de 30 quilômetros na região da divisa

entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. Após partir da cidade

paulista de São João da Boa Vista, a comitiva atravessou o município

mineiro de Andradas e encerrou sua jornada na Estância de Águas da

Prata (SP). A jornada, que seguiu principalmente por trilhas e estradas

Sutianzada na Sapucaí

Belas paisagens acompanharam as participantes da Sutianzada.

Em sua 14ª edição, cavalgada exclusiva para mulheres percorreu 30 quilômetros e contou com a participação de 73 amazonas.

Pausa para foto durante a jornada de 30 quilômetros.

FomentoFomentoPor Pedro C. RebouçasPor Pedro C. Rebouças

FomentoFomentoPor Pedro C. RebouçasPor Pedro C. RebouçasFotos: Juliana CobrinhaFotos: Juliana Cobrinha

rurais, foi marcada também por belas paisagens, com destaque para o

imponente Pico do Gavião, que se destaca no cenário daquele ponto da

divisa entre os dois mais populosos estados do País.

Além de proporcionar uma oportunidade única de convívio com

a natureza e com o cavalo, o passeio contou ainda com uma programação

social movimentada. Tendo como tema “A Sutianzada na Sapucaí”, a

festa temática realizada na noite do dia 28 foi um dos pontos altos da

cavalgada, contando com fantasias, blocos e escola de samba.

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Raça estreia na pista de TaubatéCircuito de Exposições do Cavalo Mangalarga marcou presença,

pela primeira vez, na programação da Feicampo

A Exposição Mangalarga de Taubaté levou ao Vale do Paraíba, no

interior paulista, toda beleza e versatilidade do cavalo de sela brasileiro. O

evento - que aconteceu no sábado 11 de junho, dentro da programação da

9ª Feicampo - reuniu cerca de cinquenta animais, expostos por atuantes

criatórios do estado de São Paulo.

Além dos tradicionais julgamentos de morfologia e andamento,

conduzidos na ocasião pela jurada Maria Aracy Tavares de Oliva, a

programação da mostra mangalarguista contou com disputas funcionais

e campeonatos de progênie de mãe, progênie de pai e conjunto de raça.

As disputas mais movimentadas aconteceram, entretanto, nas categorias

destinadas às fêmeas mais jovens. Exposta por Joaquim Bento de Souza

Neto e produto do cruzamento entre York OJC e Nigéria da Sabaúna,

Serena da Sabaúna conquistou o Campeonato Potranca Maior (30 a

36 meses), o mais concorrido do evento paulista. Por sua vez, Jamaica

Forsteck (Picasso da Janga em Flórida DL), exposta por Dirk Helge

Kalitzki, sagrou-se campeã da categoria Potranca Menor (18 a 24 meses),

a segunda mais concorrida do dia.

Realizada nas dependências do Recinto de Exposições do

Sindicato Rural de Taubaté, com o apoio da Associação Brasileira de

Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a Exposição

Mangalarga de Taubaté foi organizada pelo criador Pedro Roberto de

Paula e pelo diretor de eventos equestres do Sindicato Rural Paulo

Botossi.

Segundo Botossi, a mostra mangalarguista engrandeceu a

Feicampo, cuja programação a raça integrou pela primeira vez. “Com

certeza, no próximo ano, ela terá um papel de maior destaque por ocasião

do evento”, prevê o diretor do Sindicato Rural. Já na opinião do criador

Dirk Kalitzki, cuja seleção está instalada no município de Guaratinguetá,

também no Vale do Paraíba, a exposição foi grandiosa. Primeiro colocado

no ranking de expositores da exposição taubateana, à frente do Haras

Precioso (2º) e do selecionador Armando Raucci (3º), Dirk sugere que

no próximo ano a mostra possa ser realizada em pelo menos dois dias

e que o número de baias seja aumentando, para dar oportunidade de

participação a outros importantes criadores que não puderam estar

presentes no evento em decorrência dessa limitação.

Para Pedro Roberto de Paula, esta primeira exposição foi um

marco importante para a divulgação da raça no Vale do Paraíba, região

considerada uma importante bacia leiteria do estado de São Paulo. O

criador destaca ainda que a mostra serviu também para conquistar

mais criadores e simpatizantes para o cavalo Mangalarga, que tem se

destacado pelo seu andamento cômodo e progressivo e por servir tanto

ao lazer como ao esporte e ao serviço.

Foto: Divulgação

EventosEventosPor Pedro C. Rebouças

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A Copa de Andamento Matsuda Mangalarga realizou com

grande sucesso sua quarta etapa aberta na temporada 2011. O evento,

promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça

Mangalarga (ABCCRM), aconteceu nos dias 30 e 31 de julho, em um dos

principais centros da agropecuária nacional, a cidade mineira de Uberaba.

Realizada nas dependências dos Ranchos Tânia, a etapa mineira

pode ser considerada um importante marco para a raça Mangalarga.

Afinal, essa foi a primeira disputa mangalarguista a contar com o apoio da

Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). A novidade garantiu um maior suporte

financeiro à prova, proporcionando uma estrutura melhor tanto para os

participantes como para o público. Além disso, permitiu que o montante

arrecadado com as inscrições fosse revertido para o aprimoramento da

premiação do evento.

Dessa forma, cada animal agraciado com medalha de ouro

foi premiado com um voucher com valor equivalente ao de uma TV

LCD de 32 polegadas. A premiação da prova incluiu ainda duas motos

zero quilômetro. A primeira delas foi sorteada entre as fêmeas com

medalha de ouro, tendo a égua Zazá ACF, de Antônio Carlos Ferreira,

como contemplada. Já a segunda moto foi sorteada entre os machos

com medalha de ouro, tendo como contemplado o cavalo Don Juan 42,

Copa Matsuda Mangalarga movimenta o Triângulo Mineiro

Primeiro evento a contar com o apoio da Lei de Incentivo ao Esporte, a Etapa Aberta de Uberaba marcou o início de uma importante fase para a mais tradicional competição da raça.

exposto por Eduardo França.

Segundo o presidente da ABCCRM, Sergio Luiz Dobarrio de

Paiva, diversos fatores levaram a etapa de Uberaba a ser escolhida para

receber o apoio da Lei de Incentivo ao Esporte. “A etapa de Uberaba já

faz parte do calendário da Copa de Andamento há alguns anos. Mas

desta vez, com o suporte financeiro da LIE, chegamos à conclusão de

que seria importante fazer uma prova com uma estrutura maior, pois esta

é uma forma de estimular o núcleo de criadores da região e também de

fortalecer e fomentar o uso e a criação da raça no Triângulo Mineiro, que

é um polo muito importante dentro da agropecuária nacional”, explica o

dirigente.

O presidente explica também que o apoio da Lei de Incentivo

ao Esporte é extremamente importante porque, além de proporcionar

resultados imediatos, gera reflexos positivos de longo prazo que ajudam

a aprimorar a competição. “Esse fato vai gerar um maior fomento da raça,

possibilitando a realização de mais eventos, atraindo pessoas, gerando

empregos e proporcionando melhores premiações. Dessa forma, surgirá

um círculo virtuoso que fará com que mais criadores participem das

provas, inscrevendo um maior número de animais e preparando de forma

cada vez melhor esses exemplares”, ressalta o dirigente.

EventosEventosPor Pedro C. RebouçasPor Pedro C. RebouçasFotos: Norberto CândidoFotos: Norberto Cândido

52 |revista mangalarga

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Próximas etapas

A Copa Matsuda Mangalarga 2011 terá neste

segundo semestre outras quatro provas beneficiadas pela

Lei de Incentivo ao Esporte. Além da final, programada

para acontecer no fim de novembro, a lista inclui as Etapas

Abertas de Amparo (SP), que ocorre de 26 a 28 de agosto,

São João da Boa Vista (SP), marcada para os dias 3 e 4 de

setembro, e Jaú (SP), que está prevista para os dias 29 e 30

de outubro.

Sergio Paiva ressalta ainda que o projeto de

inclusão das atividades da raça na Lei de Incentivo ao

Esporte poderá ser ampliado nas próximas temporadas.

“Nós optamos por começar este trabalho com um valor

relativamente modesto justamente porque passaremos por

um processo de aprendizado em 2011. Depois desta fase

inicial, acreditamos que será possível ampliar o projeto. No

entanto, o que é realmente importante é o fato da Associação

ter sido contemplada pela Lei de Incentivo ao Esporte, pois

isso demonstra que esta é uma entidade séria, gerida de

forma responsável”, ressalta o dirigente.

Considerada a mais tradicional competição

funcional da raça, a Copa Matsuda Mangalarga contará com

um total de 14 provas nesta temporada e passará por quatro

estados: São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Goiás. Mais

informações podem ser obtidas no endereço eletrônico www.

cavalomangalarga.com.br ou pelo telefone (11) 3673-9400.

Fernando Rivaben, Jayme Rehder, Ronaldo Bichuette e amigo acompanharam a prova.

A prova aconteceu nas dependências do Rancho Tânia.

CategoriaÉgua JovemÉgua JovemÉgua Égua SêniorCavalo JovemCavaloCavalo SêniorCavalo Castrado

Nome do animalZazá ACFBranca FrançaHortência da Piratininga T.E. Xica do MangabaiaDon Juan 42Hugo da PiratiningaBlumarine ACD T.E.Átila Mangabaia

ExpositorAntônio Carlos FerreiraEduardo FrançaLuiz Aparecido de AndradePaulo Pacheco SilveiraEduardo FrançaLuiz Aparecido de AndradeAntonio Carlos Pestili FonsecaPaulo Pacheco Silveira

Medalhas de ouro - 5ª Etapa Aberta

Sergio Paiva, Paulo Silveira, Camila Freitas e Antônio Carlos Ferreira estiveram em Uberaba.

Mangalarguistas de diversas regiões prestigiaram o evento.

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3º Leilão Celebridadescomprova a força do Mangalarga Pampa

As acirradas disputas entre novos e veteranos criadores deram o tom ao evento, cujos negócios novamente superaram R$ 1 milhão

Foi em 11 de junho que os mangalarguistas criadores da

pelagem pampa novamente surpreenderam o mercado com leilão de alto

nível. O Leilão Celebridades foi realizado nas dependências do Centro

Ippico Ítalo Brasiliano, em Atibaia (SP), e, consoante o sucesso do ano

anterior, esta edição foi aguardada com muita expectativa e, como já era

esperado, não decepcionou os criadores presentes.

A oferta foi capitaneada pelo Haras Lagoinha, de Marisa e Paulo

Eduardo Corrêa da Costa, ao lado dos criadores Eduardo Figueiredo

Augusto e Márcio Segalla. O evento contou ainda com oito convidados

especiais.

No recinto, mais de 600 pessoas originárias de diversos Estados

puderam presenciar animais de pelagem pampa de altíssima qualidade,

muitos deles campeões nacionais, como que comprovando de forma

inquestionável o grande aprimoramento na seleção que foi obtido nos

últimos anos por esse promissor segmento da raça mangalarga.

Quem lá compareceu, teve o privilégio de presenciar

animadíssimas comemorações dos arrematantes dos lotes vencedores,

uma demonstração autêntica a homenagear, a cada batida do martelo, o

grande crescimento do interesse pela pelagem pampa.

O Leilão Celebridades negociou 38 lotes por uma cotação média

de R$ 26,6 mil, movimentando uma receita total de R$ 1,010 milhão.

O lote mais valorizado do recinto foi a fêmea Tanzânia do PEC,

uma fi lha de Monteblanco do PEC e Ottawa do PEC, vendida por R$ 64

mil pelo Haras Lagoinha para os novos criadores Cláudia Regina dos

Santos e Guilherme Appel da Silva.

O segundo lote mais valorizado, também de propriedade do

Haras Lagoinha, foi a fêmea Zaragoza do PEC. Filha de Vanerão do HIC

e Ugalla do PEC (Monteblanco do PEC), Zaragoza foi arrematada por R$

56 mil pelo mangalarguista Rogério Câmara Nigro, criador já veterano da

Mangalarga investindo agora também na pelagem pampa.

Também mereceram destaque as vendas de Xambrê do PEC

(Monteblanco do PEC X França da Janga), vendida por R$ 48 mil,

Austrália do PEC (Monteblanco do PEC X Rochelle do PEC), negociada

por R$ 44,8 mil, ambas oferecidas pelo Haras Lagoinha, e o garanhão

Brilhante da Lua Nova, vendido por R$ 35,4 mil pelo Haras EFI, de Eduardo

Figueiredo Augusto, para o carioca José Carlos Coutinho Robert.

Tanzânia do Pec mereceu o maior investimento do remate.

Paulo Eduardo, Eduardo Figueiredo e Márcio Segala, os promotores do leilão.

NegóciosNegóciosFotos: Marisa Iorio

56 |revista mangalarga

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2º Leilão Aliança de RaçasEvento reuniu 400 pessoas na Fazenda Palmitos, em Orlândia (SP)

O 2º Leilão Aliança de Raças movimentou o mercado

mangalarguista no sábado 30 de julho. O remate, promovido pelos

criadores José Oswaldo Junqueira (Maninho) e Geraldo Diniz Junqueira,

aconteceu na Fazenda Palmitos, em Orlândia (SP), com o objetivo de

reunir dois importantes elos da cadeia produtiva da pecuária brasileira, a

raça bovina Nelore e o cavalo Mangalarga.

Os 25 lotes da raça Mangalarga movimentaram R$ 426 mil, 55%

A pequena amazona demonstra habilidade na apresentação do animal.

Geraldo e Maninho foram os promotores do leilão

Fotos: Norberto Cândido

do faturamento do remate, que contou com a organização da Marcelinho

Leilões. Foram negociadas 12 fêmeas pela cotação média de R$ 21,5

mil e 13 machos pelo valor médio de R$ 12,9 mil. Entre os lotes da raça

Nelore, as dez fêmeas alcançaram em média de R$ 25,2 mil, enquanto os

três touros negociados alcançaram média R$ 9 mil e as cinco prenhezes

foram comercializadas por uma cotação média de R$ 20,8 mil.

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O Rancho Bigorna, localizado na cidade paulista de São

Sebastião da Grama, recebeu a terceira etapa aberta da Copa de

Andamento Matsuda Mangalarga 2011. Realizada no sábado 18 de junho,

a prova contou com a participação de 46 exemplares da raça, expostos

por 21 tradicionais criatórios dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Já tradicional no calendário da raça, a etapa de São Sebastião

da Grama contou este ano com uma atração a mais, a premiação

diferenciada, que incluiu três motos zero quilômetro. A primeira

delas foi entregue a Fernando Tardiolli Lúcio de Lima, proprietário

de Tramela do Mont Serrat, que fi cou com o título de Melhor Égua

da competição, enquanto a segunda moto foi entregue a Fernando

Rivaben, que expôs Barcelos do Torquato, eleito o Melhor Cavalo

do evento. Já a terceira moto fi cou com o cavaleiro Bruno, do Haras

Origem, após sorteio entre os participantes dessa terceira etapa.

O evento de São Sebastião da Grama contou ainda com ótimas

apresentações de Milonga Mangalarga (Geraldo Diniz Junqueira),

Esperada do H.I.C. (Yunis Biagini), Sabatina do Mont Serrat (Sergio

Paiva), Celeste do TAJ (José Osvaldo Marques), Futura JOPJ (Luís

Augusto de Camargo Ópice), Xilindró MAB (Mário Barbosa), Boêmio

Vargedo (Luís Fernando Toledo), Gigante da Marazul (Moacir Aga

Filho), Pensamento de Jaci (Gilberto Milani), Turbante do Mont

Serrat (Sergio Paiva) e Zorro do Mangabaia (Paulo Pacheco Silveira).

Esses animais, assim como Tramela do Mont Serrat e Barcelos

do Torquato, foram classifi cados pelo jurado Marcelo Leite Vasco

de Toledo como primeiros prêmios em suas respectivas categorias.

Promovida pelos mangalarguistas Silvio Parizi e Dalva Marques,

a Copa de São Sebastião da Grama contou ainda com uma movimentada

programação social, que incluiu a venda de coberturas de renomados

garanhões (Topázio JO, Regalo JO, Café JO, Jambo da Sabaúna, Regalo

da São Roberto, Vanerão do HIC, Derviche DAM, Protegido do Otnacer,

Igor do Otnacer, Prêmio do Otnacer, Jaguari DA, Xangai ACF e Guará

Saint Clair JO) e a oferta de barrigas de conceituadas matrizes da

RANCHO BIGORNARECEBE ETAPA DA COPA MATSUDA MANGALARGA

Animais de 21 criatórios participaram do evento.

raça (Zafi ra ACF, Uiara MAB, Antuérpia HPDO e Casa Blanca VAT). As

aquisições foram feitas em dez parcelas ou à vista com desconto e toda

a receita arrecadada foi utilizada para fi nanciar a realização da prova.

Considerada a mais importante competição funcional da raça,

a Copa Matsuda Mangalarga contará com 13 provas nesta temporada

e passará por quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Goiás.

Além da fi nalíssima, marcada para os dias 27 e 28 de novembro,

acontecerão sete disputas abertas e outras cinco regionais. Para participar

da prova decisiva, no entanto, os concorrentes precisarão obter o índice

classifi catório exigido pela ABCCRM. Para isso, os animais terão que somar

pontos tanto nas provas abertas, que possuem um peso maior dentro do

sistema de credenciamento, como nas disputas regionais da competição.

O Rancho Bigorna foi novamente palco do evento.

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60 |revista mangalarga

Copa reuniu 46 animais em busca do credenciamentopara a grande fi nal.

EventosEventosPor Pedro C. Rebouças

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Haras Três Rios:

Além da boa morfologia e do bom andamento, a docilidade é um item imprescindível no plantel do criatório localizado em Itatiba (SP)

O Haras Três Rios possui uma longa trajetória na raça, cujo início

aconteceu há cerca de 34 anos, com a aquisição de matrizes e garanhões

de alguns dos mais tradicionais criadores de cavalo Mangalarga.

Titular do criatório, Armando Raucci revela que os equinos

foram sempre uma paixão em sua família. “Nossa relação com cavalos

vem de longa data. Meu pai, Fernando, possuía alguns animais, e meu

sogro, Newton, sempre gostou e até trabalhou com cavalos. O início na

criação, no entanto, ocorreu mesmo quando conheci o Mangalarga”,

destaca o criador.

“Em 1972, eu comprei uma propriedade em Jaguariúna, na

qual já havia alguns cavalos. Todos os fi nais de semana, nós saíamos de

manhã e voltávamos à noite, após percorrer as diversas trilhas da região.

Em 1977, com o crescente interesse da família e especialmente do meu

fi lho Fernando, resolvemos começar uma pequena criação e optamos

pelo Mangalarga, por ser o cavalo que todos nós brigávamos para

montar. Com todas as qualidades que constatamos que o Mangalarga

possuía, não foi nada difícil escolher a raça que iríamos criar”, relembra

o criador.

No fi nal da década de 1970 e início da de 80, o Mangalarga

vivia um momento de expansão, com os leilões começando a ganhar

espaço na raça. Raucci aproveitou então para reforçar o plantel com

animais originários de seleções tradicionais, como as comandadas

por José Oswaldo Junqueira, Fausto Simões, Geraldo Diniz Junqueira

e Orpheu José da Costa. Essa fase inicial foi marcada por importantes

aquisições, como a dos Reprodutores Sabido FM (Tibério) - Ouro Verde

(Abaré) - Confi ante J.O. (Tropical J.O.) e Hermos OJC (Cocar J.O.), além

de Indiano J.O. (Turbante J.O.), comprado de José Oswaldo Junqueira

quando tinha apenas um dia de vida e que mais tarde veio a fazer uma

bela campanha em pista, tendo como ponto alto o título de Campeão da

Expande, importante exposição que era realizada em São Paulo.

Em sua primeira fase, o Criatório investiu também na aquisição

de um forte grupo de matrizes, composto por Duplicata J.O. (Tropical J.O.)

- Fivela J.O. (Orçamento AJ) - Joia Rara J.O. (Turbante J.O) - Jangada

88 (Fulião AJ) - JV Fulia (Cocar J.O.) - Natasha da Cabreúva (Trovador

FS) - Prenda RN (Comanche RN) e Chalana J.O. (Turbante J.O.), que

naquela ocasião foi a recordista nacional de preço do mercado Equestre

brasileiro.

Após esse investimento, o Haras Três Rios se cercou de uma

série de profi ssionais competentes. E logo começou a colher resultados

na Seleção e também nas pistas de julgamento pelo país afora. O criatório

então incrementou sua participação no Circuito de Exposições e, entre

1985 e 1990, permaneceu entre os Cinco Melhores Expositores e

Criadores da Raça.

Em 1988, o plantel do Criatório chegou a ter aproximadamente

240 animais. No entanto, ciente de que quantidade não é sinônimo de

qualidade, o Haras partiu para uma rigorosa seleção com o auxílio de

técnicos da Associação, que com muita sabedoria mostraram o melhor

caminho a ser seguido pelo Criatório. Seis anos depois, em 1994, o

Criatório viveu outra importante mudança com a Aquisição de uma Sede

Nova em Itatiba (SP), dotada de uma estrutura mais moderna e projetada

exclusivamente para as necessidades dos animais.Armando Raucci seleciona a raça há 34 anos.

Entrada do Haras Três Rios na cidade de Itatiba (SP).

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Referência de qualidade

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Plantel de qualidade

“Nós sempre procuramos manter animais de ponta em nosso

Haras. Além disso, buscamos sempre renovar o plantel com animais de

outros criatórios”, explica Armando Raucci. O criador destaca ainda que

sempre procurou utilizar garanhões dóceis em suas matrizes. “Para mim,

cavalo tem que reunir Morfologia, Andamento e Docilidade. Esse último

item é muito importante porque você tem que confi ar no temperamento

da tropa”, ressalta o mangalarguista.

Seguindo os pré-requisitos que estipulou como essenciais para

a seleção da raça, o Haras Três Rios utiliza atualmente os garanhões:

Saturno OJC – que ostenta a maior pontuação da raça (99,5 pontos) e

os títulos de Grande Campeão Nacional Potro e Cavalo -, Bárbaro da

Jauaperi - Campeão Brasileiro de Morfologia e Andamento, Campeão da

Copa de Andamento e Reservado Campeão Nacional de Andamento -,

Triunfo Três Rios – Reservado Grande Campeão Nacional da Pelagem

Pampa – e Gênio Três Rios, animal eleito diversas vezes campeão de

Andamento e Morfologia. Além disso, possui 20 matrizes de classifi cação

Ótima, entre as quais estão a Campeã de Andamento Nacional e Campeã

da Copa de Andamento Romana ACF (Critério do HAB) – a detentora de

23 campeonatos Pamonha da Matta (Ouro F.S.I.) - a Reservada Grande

Campeã Nacional Alvorada RB (Nero RB) - a Campeã Brasileira Nuvem

Três Rios (Saturno OJC) – a Campeã de Umuarama Síria da Janga

(Topázio J.O.) – a várias vezes campeã Menina da Braido (Fator da Braido

I) – e também a Campeã Nacional de Andamento e Morfologia Hera do

Espinhaço (Premiado DL).

Armando Raucci destaca também que o Mangalarga foi sempre

muito importante para manter a união de sua família. “O cavalo e o

campo parecem ter o poder de aglutinar as pessoas. Este é um tipo de

atividade que torna a todos mais próximos. Meu fi lho Fernando, que hoje

é o responsável pelo Haras, sempre me acompanhou. E agora, apesar de

ainda não ter completado cinco anos, é o meu neto André quem gosta de

participar de tudo e já sabe os nomes de todos os animais”, destaca o

criador, lembrando ainda que a raça ampliou seu horizonte de amizades.

“Por meio do cavalo, você forma um relacionamento Nacional, com

pessoas das mais diferentes atividades e das mais diferentes partes do

País. Enfi m, o Mangalarga só me trouxe alegrias!”Fernando Raucci, atual responsável pelo Haras Três Rios, com a família durante a 32ª Nacional.

Vista geral das instalações do criatório.

Foto: Norberto Cândido

Fotos do arquivo Pessoal:

Armando Raucci montando Sabido FM, o primeiro garanhão do criatório.

Indiano JO, comprado com apenas um dia de vida do criador José Oswaldo Junqueira.

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Fausto Simões (1924-1988) pertence a uma antiga família de

fazendeiros paulistas. Natural de Jaú (SP), terra de sua mãe, passou a

sua primeira infância nesta região, onde seu pai possuía fazendas nos

municípios vizinhos de São Manuel e Barra Bonita.

O gosto pela criação de cavalos e pelas caçadas se manifestou

nele ainda em criança, produto da herança de seus antecessores.

Engenheiro Civil formado pela Escola de Engenharia da

Universidade Mackenzie em 1952, não exerceu a profi ssão, seguindo

para o interior, passando a administrar as fazendas de seu pai Agenor

Simões. Quando fi xou, juntamente com sua esposa Maria José,

residência na Fazenda Santa Virginia, encontrou ao lado do pequeno

plantel de Mangalarga que já possuía nesta data, 150 éguas pertencentes

a seu pai, também um entusiasta do bom cavalo.

Foi então que começou a desenvolver a sua criação de cavalos

Mangalargas, procurando estudar e aplicar os processos da equinocultura.

Como criador de cavalos da raça Mangalarga, foi repetidamente

premiado nas exposições de animais, culminando por, em 1974, receber

a Medalha de Ouro “Governo do Estado de São Paulo”, conferida ao

melhor criador do ano.

Fausto SimõesUm legado de paixão pelo cavalo Mangalarga

Fausto Simões montando Zinabre F.S, executando “espádua-a-dentro”. Capa do livro: Mangalarga – O cavalo de Sela Brasileiro, 3° edição.

De sua criação saíram inúmeros

campeões e campeãs, que em seu nome ou em

nome de terceiros se destacaram nas exposições

no Estado de São Paulo e em Estados vizinhos.

Fausto Simões foi presidente da

Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da

Raça Mangalarga por dois mandatos, entre 1978

e 1983, e leva seu nome o prédio que abriga a

Associação, justa homenagem que recebeu de

seus companheiros associados.

Contribuiu muito para o aprimoramento

da Raça, como hipólogo, juiz e criador de visão.

Foi um dos idealizadores das provas funcionais

e de marcha, para que o cavalo não fosse

Fotos: Divulgação

Pintura a óleo (110_x_90cm) de Hans Haudenschild, ao lado de Rodrigo Simões, neto do homenageado.

Homenagem

só analisado pela morfologia, mas também pelas suas aptidões de

docilidade , andamento e resistência, qualidades estas necessárias nas

antigas caçadas e também na lida com o gado nas grandes invernadas.

Autor do livro “Mangalarga – O Cavalo de Sela Brasileiro”,

escreveu muitos artigos e ensinamentos , deixou muitos seguidores que

ainda hoje perseguem o modelo de cavalo por ele preconizado.

Um dos grandes legados que deixou aos seus fi lhos, Agenor

Simões Neto e Carmita Simões Diniz Junqueira, e também aos seus

netos e amigos, foi a paixão pelo cavalo Mangalarga.

66 |revista mangalarga

Page 67: Revista Mangalarga nº02

Mangalarga da FeicorteEvento realizado durante a feira faturou mais de R$ 1 milhão

O 1º Leilão Mangalarga da Feicorte, que aconteceu na noite de

14 de junho, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), foi

considerado um sucesso de público e vendas. Afi nal, o evento realizado

dentro da programação da 17ª edição do maior evento indoor da cadeia

pecuária de corte no mundo, a Feicorte, negociou 21 lotes, alcançando

a expressiva cotação média de R$ 47,7 mil e movimentando uma receita

total de R$ 1,003 milhão. O remate registrou ainda a defesa de nove dos

30 lotes ofertados.

Aproximadamente 400 pessoas compareceram ao remate e

puderam conferir a qualidade dos animais retirados das cabeceiras de

criatórios de renome dentro do cenário nacional: Haras RB, Haras Otnacer,

Haras Cerávolo Paoliello, Haras HIC, Fazenda Morro Agudo, Haras Araxá,

Haras ACF, Haras Canto do Picharro, Haras Sabaúna, Haras Espinhaço,

ZCM Agropecuária, Haras R.A.A., Haras N.H., Haras EFI, Haras Origem,

Haras da Matta, Haras Corumbau, Fazenda da Nata, Haras Precioso e

Haras VAT.

As matrizes, aliás, mereceram os principais investimentos do

leilão, que ofertou também coberturas, embriões, barrigas, potrancas

e um cavalo, sob o comando do martelo do leiloeiro rural Marcelo

Junqueira. Negociada pelo Haras RB, a premiada matriarca Condessa

RB (Turbante J.O. em Inédita RB) obteve o maior lance da noite, sendo

arrematada por R$ 153, 6 mil pelo criador Marcelo Barbará, do Haras

Corumbau. Outro destaque foi a matriz Ópera da Sabaúna (Hércules da

Janga T.E. em Bandeira DL T.E.), negociada pela Fazenda Morro Agudo

com o Haras Cerávolo Paoliello por R$ 120 mil.

Com transmissão ao vivo do canal Terraviva, o leilão teve

lances, por telefone, do Acre, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul,

Bahia, Goiás, Rondônia, Brasília, entre outros estados. E visando atender

as exigências do mercado mangalarguista, todos os animais foram

selecionados através da assessoria técnica da D’Angieri Consultoria e

da Freire Mangalarga, o que foi um dos principais fatores para os ótimos

resultados do leilão.

De acordo com a Perphil Leilões, organizadora do evento, “o

sucesso do leilão foi resultado de um trabalho focado em um objetivo

Antes do remate, os animais realizaram um desfi le pela Feicorte.

Ana e Belarmino Iglesias, do Rubayat

Foto: Ruth Vilela de Andrade.

Foto: Ruth Vilela de Andrade.

Negócios

Sucesso no 1º Leilão

claro para todos os envolvidos. Os vendedores colocam seus melhores

animais à venda e sabem que os compradores pagarão o preço justo.” E

quanto à união com a equipe da assessoria técnica, a empresa leiloeira

pretende estender a parceria para seleção de animais em outras ocasiões.

(Com informações de Ana Paula Costa/Perphil Leilões)

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Mangalarga em Araçatuba

O público da região de Araçatuba (SP) pôde conferir, no dia 16

de julho, as qualidades que fi zeram do cavalo Mangalarga uma ferramenta

essencial para o dia a dia de muitas fazendas brasileiras. A raça, afi nal, foi

um dos destaques da programação da Expô 2011.

Promovida pelo Núcleo Mangalarga da Alta Noroeste, com

o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça

Mangalarga (ABCCRM), a Exposição Mangalarga de Araçatuba aconteceu

nas dependências do recinto Clibas de Almeida Prado. Segundo os

organizadores, cerca de 65 animais, provenientes dos principais criatórios

do País, passaram pelo julgamento do jurado Adáldio José de Castilho

Filho.

As fêmeas Camile da Bica (Urânio da Bica em Estiva do Pave),

originária da seleção de João Pacheco e exposta pela ZCM Agropecuária,

e Ginga NLB (Derviche Dam em Onda da Jauaperi), exposta pelo Haras

Leni, estiveram entre os principais destaques do evento, levando os

títulos das categorias mais concorridas da programação. Camile, além

de conquistar o Campeonato Égua, conquistou o Campeonato Égua

de Andamento, enquanto Ginga obteve o Campeonato Égua Jovem e o

Campeonato Égua Jovem de Andamento.

Entre os expositores, o destaque fi cou para a ZCM Agropecuária

(453,90 pontos), o Haras Leni (350,60) e José Eduardo de Souza

(339,75), classifi cados respectivamente com o primeiro, o segundo e o

terceiro lugar do ranking da Exposição de Araçatuba.

Segundo Maurício Galhanone, presidente do Núcleo da Alta

Noroeste, foi extremamente importante a participação da raça na Expô

Araçatuba, considerada a maior feira do gênero no estado de São Paulo.

“Esta é uma vitrine muito importante para o nosso cavalo, pois permite

que ele seja visto por um público ligado à pecuária e com grande

potencial para tornar-se usuário da raça. Desse modo, além de promover

o aprimoramento da seleção mangalarguista na região, a presença na

feira serve como uma importante ferramenta de fomento, ajudando a

desenvolver o Mangalarga na capital do boi gordo”, explica Galhanone.

Para conferir os resultados completos da exposição, visite o site

da ABCCRM.

Eventos

Mostra levou toda beleza e funcionalidade da raça à capital nacional do boi gordo

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Zequinha Lamartine.

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Garotada

Por todo Brasil, a garotada tem esbanjado talento nos eventos da raça, mostrando que a paixão pelo Cavalo Mangalarga nasce cada vez mais cedo.

Em Itapetinga (BA), os pequenos representantes do Haras NJT fi zeram bonito.

Jovem mangalarguista mostra sua técnica durante a 38ª Eapic.

A Eapic teve participação marcante de jovens cavaleiros.

Rancho Bigorna também foi palco de provas mirins.

Pequeno cavaleiro exibe muita concentração na apresentação de sua montaria.

As jovens amazonas do Haras Forsteck, sempre presentes aos eventos da raça, recebem a premiação na companhia dos pais Dirk e Ilda Kalitzki e do jurado Adáldio Castilho.

O Rancho da Bela Vista esteve representado na disputa infantil de São João.

A jovem amazona demonstra elegância na condução de exemplar da raça durante a prova do Rancho Bigorna.

O jovem representante do Rancho da Bela Vista exibe seu exemplar tordilho na pista de São Sebastião.

FomentoFotos de Norberto Cândido

brilha nas pistas mangalarguistas

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Etapa Aberta de São Sebastião da Grama (SP)Rancho Bigorna - 18 de junho

MomentosFotos de Norberto Cândido

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Copa de Guaxupé

O Núcleo Mangalarga do Sul de Minas e Alta Mogiana, presidido pelo criador Leandro Pasqualini,

promoveu no final de maio a 6ª Copa de Andamento de Guaxupé (MG). A prova, que também foi válida

como etapa aberta da Copa Matsuda Mangalarga, aconteceu nas dependências do Parque Doutor Geraldo

Souza Ribeiro, com a participação de 64 animais, expostos por 29 tradicionais criatórios da raça.

No total, devido ao nível elevado da competição, 16 medalhas de ouro foram distribuídas entre

os concorrentes. Com quatro medalhistas de ouro, a categoria Égua Jovem foi a mais concorrida da prova,

cujo julgamento foi conduzido pelos jurados André Fleury, Jorge Pires de Campos e Paulo Della Torre.

Já entre os expositores, o destaque ficou para Luiz Ópice, primeiro colocado do ranking do evento com

56 pontos, ZCM Agropecuária (54 pontos) e Sergio Paiva (43 pontos). O evento, além disso, premiou o

campeão de cada uma das sete categorias em disputa com uma moto zero quilômetro.

A programação incluiu ainda o 2º Leilão do Núcleo Mangalarga do Sul de Minas e Alta Mogiana.

Realizado na noite do sábado 28 de maio, o remate negociou reprodutores, matrizes, potros, potrancas e

muares.

Evento sul-mineiro distribuiu sete motos zero quilômetro

Animais de muita qualidade participaram da disputa.

Dirigentes do Núcleo do Sul de Minas com as motos distribuídas no evento.

Um bom público prestigiou o evento.Fotos: Norberto Cândido

MomentosPor Pedro C. Rebouças

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Exposição de Itapetinga19 a 21 de maio

MomentosFotos de Norberto Cândido

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Exposição de S. J. da Boa Vista (Eapic)15 e 16 de julho

MomentosFotos de Norberto Cândido

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Exposição de Guaxupé1º a 3 de julho

MomentosFotos de Norberto Cândido

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Exposição de Guaratinguetá (SP)14 e 15 de maio

MomentosFotos de Norberto Cândido

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Fidelidade Mangalarga

84 |revista mangalarga

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Para anunciar aquiligue: (11) 3866-9866 / (11) 9449-4341 - Norberto

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Mário Barbosa

Haras Zinato

Haras do Cedro

Haras HEF

Rancho Bela Vista

Haras Patriota

Haras Braido

Mangalarga Tarlim

ZCM Agropecuária

Haras Mont Serrat

Haras Araxá

Rancho Manamá

Haras Leni

Haras Jaó

Haras D. Rodrigo

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Haras NJT

Haras Alvorada

Haras Forsteck

Mangalarga Mangabaia

Haras Sparta

Haras Três Rios

Haras JSB

Haras Alô Brasil

Haras VJC

Haras Origem

Haras EFI

Haras Otnacer

Selas Brasil

Haras NC

Haras Cerávolo Paoliello

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