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Revista Nosso Setor Ceará - Edição 34 - Julho - Agosto

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Revista do segmento supermercadista, focada nas áreas de varejo e atacado no Estado do Ceará.

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PALAVRA COMERCIAL

Caros leitores

É com muita alegria em meu coração que, me dirijo a vocês pela primeira vez como Geren-te Comercial da Revista Nosso. Saibam que, sinto-me lisonjea-do por fazer parte desta famí-lia.

A vida realmente é uma cai-xinha de surpresa e eu lhes con-fesso que, fui surpreendi-do pelo

convite para assumir o car-go. Foi uma oportunidade ím-par que surgiu em minha vida, onde agarrei com todas as mi-nhas forças e pretendo exercer a função com muito esmero.

Ao longo dos últimos sete anos, a Revista Nosso Setor vem se firmando no mercado, como uma eximia fonte de di-vulgação de produtos e ser-viços, tornando-se referência junto a todas as associações de supermercados do Estado do Ceará e porque não dizer, do nosso Nordeste. A sua consoli-dação, deve-se a total dedica-ção de seu Diretor-Presidente, Sr. Vieira e a atuação implacá-vel de toda sua equipe.

Segundo explica o Marke-ting em sua expressão; “só é lembrado, quem é visto”, a propaganda ainda é com-provadamente uma das ferramentas de marketing mais eficazes, quando se trata de exposição de pro-dutos ou serviços e muitas empresas cearenses e na-cionais, já tiveram o privi-légio de expor seus pro-dutos na Revista Nosso Setor, o que fomentou um crescimento de suas vendas..

Vivenciamos um momento de desace-leração na economia, o que para muitos é motivo de desespe-ro, transformando a situação num caos, para os mais oti-

mistas, trata-se de um momen-to completamente diferente, pois, temos a oportunidade de: “ aprender, desaprender e rea-prender”. São nos momentos difíceis, que temos a chance de usar a nossa criatividade, ou-sar, acreditar quevai dar certo. Aquele que usar as ferramentas de marketing, fará o diferencial no cenário mercadológico,pois, enquanto uns recuam, os ousa-dos, seguem em frente firme e forte.

Quanto ocorre uma retra-ção no mercado, aumentam as possibilidades e quem tiver co-ragem, pulso firme e fizer uso das estratégias certas, colherá os frutos em maiores quantida-des, por isso, deixo aqui o meu recado, para todos os meus irmãozinhos empresários cea-renses. Lutem, não desistam, já passamos por momentos bem piores e vencemos. Reconheço que a cautela se faz necessária, mas, esse “ monstro” que estão desenhando que está lá na es-quina, pode não ser exatamen-te como imaginam os mais de-sesperados.

Desejo a todos, muito sucesso e paz espiritual.

William Bezerra Gerente Comercial da Revista Nosso Setor. Especialista em Marketing

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Executivos brasileiros es-tão adotando o sistema de cooperação e a doção da estratégia do compar-

tilhamento de cargas no mes-mo veículo. Isso é uma forma de facilitar a distribuição dos produtos em grandes centros urbanos, a exemplo da Capital Paulista, onde o valor compar-tilhado tornou-se um modelo estratégico e competitivo.

Algumas empresas continu-am submissasa uma aborda-gem de valor ultrapassada, ou seja, permanecem enxergando

LOGÍSTICA

Compartilhamento de frotas e de armazenagem: Uma das estratégias para superar crises

a geração de valor sem atinar para as mudan-ças e tendências - oti-mizando assim, o de-sempenho financeiro de curto prazo numa bolha e, ao mesmo tempo, ignorando as necessidades mais im-portantes e influências maiores que determi-nam o sucesso a longo prazo.

No Brasil, 15% do valor de qualquer car-ga correspondem ao frete, enquanto nos Estados Unidos, o nú-mero é de 6,5%. Uma alternativa muito utili-zada lá fora e que co-meça a ser vista com

bons olhos na América Latina é o sistema de cargas comparti-lhadas. Por meio dele, um mes-mo caminhão pode carregar produtos de marcas diferentes das fábricas ou dos centros de distribuição e levar às lo-jas, conforme dados da Revista Mercado Consumo (3ª Edição).

Além disso, a cultura do compartilhamento de rotas traz benefícios ambientais por dimi-nuir a emissão de gás carbôni-co (CO2) e o consumo de die-sel, melhorando o tráfego nas estradas. Importante frisar que,

na estrada cada centavo conta. E quanto mais economia, me-lhor o resultado. É um projeto ganha-ganha, todos usufruem, é uma maneira de reduzir cus-tos.

Um grande exemplo é o da fábrica AMBEV, ao criar o pro-jeto FROTA COMPARTILHADA, implantado pela matriz, em Jundiaí (SP), maiorcervejaria do Brasil. Caminhões que saem da unidade do Distrito Industrial com destinos às cidades do Rio de janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás voltam carregados com produtos de empresas parceiras do progra-ma. Ao implantar esse projeto, a AMBEV conseguiu reduzir seus gastos em 50% na logísti-ca de transporte.

Em determinadas situações, relações mais colaborativas em que compartilham informações e processos estratégicos, é ne-cessário que haja uma gestão de cadeias de suprimentos, com algum mecanismo gestor por trás das ações dos vários nós quegaranta ótima coorde-nação para acontecer o sucesso nos resultados desejados.

Por Edna Ramos ADM - Espe-cialista em Logística Integrada à Marketing

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Empresas de Sucesso: O Que Fazem?

ARTIGO

Uma das coisas que mais nos chama a atenção é como no mundo de hoje,

extremamente competitivo, há empresas que vencem os desa-fios e empresas que sucumbem frente à concorrência. Analisan-do o que fazem as empresas de sucesso, podemos enumerar algumas coisas fundamentais que elas fazem:

1. Não perguntam o que seus clientes querem surpre-endem seus clientes!

Uma das coisas que temos que lembrar é que as empresas de su-cesso não ficam perguntando o que seus clientes desejam. Nem sempre os clientes sabem o que querem. As empresas é que têm a obrigação de ouvindo o mercado desenvolver produtos e serviços que vão surpreender seus clientes, encantar seus clientes. Se você fi-car perguntando o que seu cliente quer, com certeza aparecerá al-guém que irá surpreender o seu cliente e tomá-lo de sua empresa.

2. Entendem que prestação de serviços é o novo nome do jogo.

Essas empresas entendem que

de nada adianta você ter o “melhor produto” ou o “maior estoque”. O importante é ter “o melhor ser-viço”. Assim, por exemplo, num supermercado de nada adianta ter as gôndolas cheias e bem apre-sentadas se a cliente demorar 50 minutos para sair no check out. De nada adianta ter tudo perfeito se a empresa não for ágil no tro-car produtos com defeito e não se comprometer com a solução dos problemas dos clientes.

3. Sabem que o maior capi-tal de uma empresa é o “ca-pital humano”.

Assim, essas empresas treinam, treinam e treinam seus funcioná-rios e fazem com que eles tenham empatia com os clientes (isto é – coloquem-se no lugar do cliente) quando com eles se relacionam. De nada adianta ter uma empre-sa muito bem apresentada, com instalações perfeitas, se as pessoas que compõem a empresa não sur-preenderem seus clientes.

4. Sabem que é preciso ter consistência e constância nos serviços.

Isto quer dizer que as empresas de sucesso têm normas e proce-dimentos que todos conhecem e

utilizam. São empresas que hoje, amanhã e depois prestam serviços de qualidade. O que mais irrita um consumidor é ver que a empresa é inconsistente – hoje faz de uma maneira, amanhã de outra, depois de outra mudando políticas a cada instante. Isso é muito comum num restaurante onde você vai hoje e a COMIDA é boa, amanhã ruim, de-pois mais ou menos, e assim por diante. A consistência é funda-mental e para isso são necessários procedimentos constantes que to-dos conheçam e obedeçam.

5. Têm excelente relaciona-mento com fornecedores.

Empresas de sucesso sabem da importância de um bom relaciona-mento com fornecedores. Empre-sas que não cultivam bom relacio-namento com fornecedores não podem ter sucesso. Assim, pagar em dia; respeitar contratos; respei-tar pedidos é fundamental.

6. Relacionam-se bem com a comunidade.

Essas empresas de sucesso compreendem a importância de ter uma boa imagem na comuni-dade. Assim, participam de pro-gramas sociais e culturais e estão sempre presentes na comunidade.

Estes seis fatores são alguns dos que mais nos têm chamado a atenção. É claro que existem outros que fazem o sucesso das empresas que precisam competir no mundo globalizado de hoje. As empresas têm que mudar. Mu-dar ou Morrer. A competição será a cada dia mais acirrada e a glo-balização um fato irreversível. Só mesmo com muita garra e compe-tência e fazendo as coisas certas, poderá a empresa vencer os desa-fios deste novo século.

Prof. Luiz MarinsAntropólogo e escritor

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Por que os shoppings populares dão certo?

ECONOMIA

custo menor”, afirma Luiz Al-berto Marinho, sócio diretor da GS&BW, unidade da consultoria GS&MD -Gouvêa de Souza, es-pecializada em shopping cen-ters.

São inúmeros os investimen-tos nesta categoria que tem gerado mais de 10 mil empre-gos diretor, somente na capital cearense, segundo a Secretaria Regional do Centro, em Fortale-za. A competitividade e os altos investimentos têm ampliado a qualidade e a conforto das lojas, visando o aumento de clientes e sua afetividade. Em vésperas de datas comemora-

tivas, como o Natal, Dias dos Pais, Dia das Mães, já é bastan-te comum que esses shoppings fiquem completamente toma-dos por uma multidão de pes-soas ávidas por fazer um gran-de negócio, que não têm medo de lá gastar grande quantias em eletrônicos e vestuário, por exemplo.

Os shoppings populares, muitas vezes localizados nos grandes centros comerciais das capitais têm disputado o cliente com novos pontos comerciais e novos shoppings centers. Nos últimos 2 anos, a capital cea-rense recebeu 4 novos grandes

Muitos consumidores, na grande vontade (e necessidade) de economizar, optam

por comprar em shoppings po-pulares, locais onde se vendem produtos de maior custo bene-fício, e muitas vezes, produtos de segunda linha. Com foco na Classe C, se tornaram alter-nativa de investimento para os pequenos e médios empresá-rios. Especialmente o conceito de lojas modulares tem permi-tido que muitos empreende-dores adquiram, pela primeira vez, pontos de venda dentro de um shopping. “O lojista tem a possibilidade de operar com

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aportes e novas oportunidades de compras e entretenimento.

Os shoppings oferecem con-

forto, segurança comodidade aos usuários, quando o custo eleva o valor do produto. O consumidor do shopping po-pular busca qualidade e prin-cipalmente, preço competitivo. “Procuro por peças para reven-der em meu bairro, por isso que vou ao shopping popular por encontrar roupas bem fei-tas e de perfeito acabamento e tenho a certeza que terá venda imediata”, disse uma vendedo-ra ambulante, Maria das Cha-gas, residente no bairro Barro do Ceará.

O sucesso do negócio exige uma série de precauções. O pri-meiro passo é fazer os cálculos de quanto o custo de ocupa-ção do shopping - a soma do condomínio, aluguel e ações de marketing -, vai representar no faturamento. “Se esse custo passar de 10%, o lojista come-çará a ficar apertado. Se supe-rar 15%, haverá dificuldade de operar no azul”, diz Marinho. O aluguel costuma ser cobra-do por metro quadrado e, em alguns casos, existe um gatilho sobre o percentual das vendas efetuadas.

De acordo com o consultor, é importante nunca subesti-mar o consumidor da classe C porque ele exige marca e quali-dade. Assim, a opção por uma franquia pode ser uma boa so-lução. “Se o comerciante não tem marca estabelecida, preci-sará construir uma.” Marinho

lembra que o consumidor po-pular também é mais sensível aos preços e realiza pesquisas.

“Ele vai sempre barganhar.

Descontos, brindes ou serviços gratuitos agregados são atrati-vos”, diz. Outro cuidado: o nível de exigência dos clientes dentro de um shopping é maior. Desta forma, é fundamental manter a loja sempre organizada e capa-

citar os funcionários para pres-tar atendimento.

Com a criação de novos sho-ppings populares os vendedo-res ambulantes que disputam espaço desordenado com pro-pagandas, letreiros, bancas, carros e pedestres, irão poder ampliar seus negócios ofere-cendo melhor seu produto a um público-alvo direcionado.

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CAPA CEARÁ

Com o objetivo de reu-nir o máximo de super-mercadistas dos bairros Barra do Ceará, Piram-

bu, Parquelândia, Autran Nu-nes, Antônio Bezerra, Quintino Cunha e bairros da adjacência, entre os associados à Rede de Supermercados Nova Rede, atualmente com 14 lojas filia-das, estão iniciando um deba-te sobre o não funcionamento dos supermercados aos domin-gos. Com o objetivo de oferecer aos funcionários e empresários, melhor qualidade vida, econo-

mia, e principalmente, o bem estar entre empresa e colabora-dores, foi promovido o primeiro encontro, no bairro do Piram-bu.

Para o empresário José Már-cio, proprietário do Cantinho das Frutas, no Pirambu, o mo-mento de discussão abre uma velha retórica de que o domin-go é para família e lazer. “Crian-do uma sistemática de trabalho no que permite as leis trabalhis-tas, é possível manter a loja sem funcionamento aos domingos

e economizar, visto que o volu-me de entrada não é suficiente para suprir as despesas de um domingo aberto”, disse Márcio.

Já o presidente da Nova Rede, Antônio Fabrício, dis-se que outros momentos irão acontecer para reunir os su-permercadistas de mais bairros e terem sua adesão. Segundo ele, a ideia é cogitada há mais de um ano, mas que alguém precisa dar o pontapé inicial. “É um pedido dos próprios co-merciantes. Hoje, estamos ten-

Supermercadistas pretendem não abrir aos domingos

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do uma grande dificuldade em manter funcionários por causa do trabalho aos domingos. O funcionário entra na empresa, cansa e acaba trocando de em-prego”, argumenta Fabrício.

Os empresários responsá-veis pela geração de emprego e renda nas periferias se queixam da falta de benefícios como se-gurança, a alta de impostos, os juros excessivos, e o não compromisso político com as lideranças empresarias nestas comunidades. Para Antônio Vieira, idealizador da Revista Nosso Setor, responsável por promover o encontro e abrir as discussões sobre o tema, ana-lisa que os supermercadistas criam um vínculo afetivo com sua clientela e de fácil acesso. “Com o apoio de associações, sindicatos e outras redes, é pos-sível fortalecer a cultura de não abrir aos domingos. Todos me-recem seu momento de lazer junto a família”, disse Vieira.

Proprietários e funcionários de supermercados aprovam a medida, como a operadora de caixa, Edna Oliveira. “Eu tenho um dia no meio da semana de folga, mas domingo é o dia que a gente tem para ficar com a família”. O proprietário da rede

de supermercados São Francis-co, Fabrício, concorda, mas faz ressalvas. “Eu queria ser igual a muitos donos de supermer-cados. Acho que domingo foi feito para descansar, mas, este fato está longe de acontecer, porque já se tornou uma cul-tura e precisamos disseminar a ideia para que volte a ser como antes”, fala Fabrício.

“É uma tradição cultural bra-sileira, até religiosa, de que o domingo é dia da família. Mas não para os comerciários, que têm folgas escalonadas. Ficam em casa quando a mulher está trabalhando, os filhos estão na escola, os comerciários é a ca-tegoria que mais trabalha no Brasil e vemos que as empresas estão bem à custa dos trabalha-dores”, afirma Antônio Vieira.

Exemplos que deram certo

Os empresários Danuzio de Paiva e Josefa Gicelia, proprie-tários do Supermercado Godô, em Messejana, em Fortaleza, participaram do encontro com o testemunho de que há mais

de 15 anos, mantém o super-mercado sem funcionar aos do-mingos, e consequentemente, obtiveram mais êxito e melhor rendimento dos colaborado-res. “Mesmo mantendo a loja fechada e gerando despesas, como é o caso de energia, não tivemos perdas em vendas, vis-to que a clientela passou a fazer as compras aos sábados e na segunda-feira. Éramos alvo de roubas e descuidistas, já que o quadro de funcionários era re-duzido. Foi uma das vantagens que tivemos e escolha para nós que administramos o negócio e leveza aos funcionários”, decla-ra Josefa.

“As necessidades são as mes-mas para quem faz compra aos domingos. É questão de cultu-ra e diálogo com o seu público alvo. Estamos muito próximo de nossos clientes fieis e podemos conversar olho no olho e expli-car os motivos do fechamento. É questão de qualidade de vida e todos entendem, já que o di-ferencial da loja é a fidelização dos clientes e o bem estar de todos”, completa Danuzio.

“Mantive o crescimento dos investimentos e continuei a criei uma escala de folgas na semana. É possível traçar no-vas estratégias junto a seus co-laboradores. Hoje, é escasso o profissional que queira abdicar seu domingo para trabalhar. Precisamos pensar de forma coletiva para que os grandes supermercados vejam o mode-lo e apliquem também”, disse Fernando Cesár, proprietário do Mercantil Minipop.

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Uma das maiores potências nas grandes cidades está nas periferias, devido o grande vo-lume de negócios gerados a partir do comércio local, no entanto, o empresariado está cada vez menos assistido e com maiores receios de manter seu negócio aberto aos domin-gos. Já é possível observar lojas como frigoríficos, moda, calça-dos, produtos veterinários e até lanchonetes, sem funcionar.

Na capital, como por exem-plo, bairros com grandes pólos comerciais como José Walter, Messejana, Barra do Ceará e Montese, adotaram mecanis-mos de funcionamento até às 17h de sábado, com exceções aos domingos, quando existe feira livre, funcionando até às 13h. As redes de supermer-cados estão buscando inovar e trazer esta realidade para a categoria, e com isso, buscam apoio dos sindicatos e associa-ções comerciárias.

O que pensam os funcionários

Maria Gracilene – Gerente “Antes não era possível estar

com a família, fazer passeios e ir até a igreja, devido o funcio-namento da loja. Com a não abertura passamos a ter melhor qualidade de vida e sem apego capitalista”.

Anderson Vieira – Repositor“Estávamos sujeitos a assal-

tos e violências, devido o pouco fluxo de clientes na loja. Com um dia a mais com a família, é possível estar com a família, re-pousar e fazer passeios. Lembro

que fizemos um acordo coleti-vo e nunca mais foi necessário retornar os trabalhos aos do-mingos”.

Ótica da Lei

Segundo o advogado, Silvio Vieira da Silva, que tem acom-panhado a trajetória desses su-permercadistas, aponta que a dificuldade é uma só, mas que pode ser revertido e trazer em favor do comércio e de que é beneficiado. “Existe uma crise instalada com uma inflação de mais de 7%, ameaçando au-mentar, e o momento é de criar estratégias. É possível fechar o

comércio e manter a clientela sem prejudicar as vendas do dia e ampliando durante a sema-na”, afirma Silvio.

O momento é necessário para girar a roda da economia e fortalecer o comércio nos bair-ros de periferia. Com a aproxi-mação de novos adeptos e am-plitude da discussão é possível levar até a Câmara Municipal de Fortaleza o pedido da criação de um Projeto de Lei de Inicia-tiva Popular, junto a vereadores que atuam na área e conhecem o cotidiano dos bairros. “Temos um poder social e de comércio fantástico dentro dessas comu-nidades. A transformação co-meça de dentro pra fora, visto o apoio e iniciativa do comércio em ajudar projetos e eventos de lazer em suas origens. Com a aproximação de seus clientes é possível utilizar das ferramen-tas de comunicação e informar a não abertura, e, certamente, todos irão entender e criar uma nova cultura de compra aos sá-bados ou na semana”, conclui o advogado Silvio.

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Já diz uma velha e conheci-da premissa que “uma imagem vale mais do que mil palavras”. E ela pode ser bem empregada quando o assunto é a exposi-ção de produtos nas vitrines e ambientes internos de lojas. Nos últimos anos, os varejistas passaram a dar a devida impor-tância às estratégias que envol-vem o ponto de venda, entre elas, a criação da identidade e da personalidade, por meio do design e da disposição dos pro-dutos nas gôndolas e acesso as lojas.

O psicólogo e consultor de empresas, Antônio de Pádua Bracioli, desenvolve o projeto Academia de Operações Vare-jistas e tem como objetivo, ensi-nar estratégias de forma lúdica e formação de líderes na práti-ca, com valores e foco no que se quer desenvolver. Entende-mos que o capital humano é o bem de maior valor de uma empresa. A economia brasileira segue a passos largos em dire-ção a uma economia de servi-ços e, portanto mão de obra capacitada é fundamental para a competitividade no mercado.

VAREJO

Empresas investem em projeto Academia de Operações Varejistas para obter melhores resultados

Esta rotina faz parte do dia a dia dos vitrinistas e visual mer-chandisers, funções cada vez mais exploradas e procuradas pelos varejistas. Para quem não sabe do que se trata, o vitrinis-ta é a pessoa responsável por cuidar apenas das vitrines. Já o visual merchandiser, além disso, também cuida da parte interna da loja. No escopo do projeto engloba a formação de líderes, formação progressiva, campa-nhas promocionais, workshop e modernização de layout. “En-tre os propósitos está a implan-tação de ideias que encaixe, prática, gestão e motivação de seus colaboradores”, completa Pádua.

Este novo pensamento ofe-rece informação e visibilida-de não apenas aos produtos, como também às marcas ou serviços. Não se trata apenas de expor o que a loja tem a vender, mas, principalmente, de enten-der o comportamento de quem poderá comprar e de como o consumidor se portará dentro do PDV. E isto motiva e influen-cia diretamente as decisões de compra destes consumidores.

Conceitos e valores da Academia da Estratégia

1. Energizar Pessoas: pesso-as são a parte mais importan-te de uma empresa e a gestão deve, portanto fazer o que for possível para mantê-las ativas, criativas e motivadas.

2. Empoderar Times: times devem auto organizar, mas para isso precisam empodera-ção, autorização e confiança da gestão.

3. Alinhar Restrições: auto--organização pode não fun-cionar, para diminuir esta pos-sibilidade dê às pessoas um propósito claro e metas com-partilhadas.

4. Desenvolver Competên-cias: times não conseguirão atingir as metas caso alguns de seus membros não forem sufi-cientemente capazes. Gerentes devem contribuir para o desen-volvimento de competências.

5. Crescer a Estrutura: mui-tos times trabalham dentro de um contexto organizacional complexo, portanto é impor-tante considerar estruturas que promovam a comunicação.

6. Melhorar Tudo: pessoas, times, e organizações precisa-mos melhorar continuamente para evitar falhas sempre que possível

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REFERÊNCIA

Empresários do Rio Grande do Norte fazem visita técnica ao Ceará

Empresários das Redes de Supermercados Rede 10 e Rede Ideal, do Es-tado de Rio Grande do Norte, estiveram em

Fortaleza, para visita técnica as práticas de negócios das Re-des Integrada, Uniforça e da empresa AGB Refrigerações. A visita guiada pelo empresário Antônio Vieira, que faz articu-lações de mercado entre os es-tados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, acompanhou o grupo e apresentou o formato de negócios desenvolvidos pe-las redes no Estado.

Os supermercadistas fica-ram muito entusiasmados com o que viram, principalmente com as tecnologias atribuídas aos espaços dos supermerca-dos que fazem parte das redes. Após a visita foi oferecido um almoço pelo proprietário da AGB Refrigerações, Rubenilson Bandeira, onde todos puderam

conversar sobre o que foi visto, e obter mais informações junto aos executivos. “Este momen-to de interação entre estados e redes de supermercados é positivo porque envolve conhe-cimento, troca de experiências e métodos de trabalhos. A em-presa atua em diversos estados e percebo o diferencial de cada marca, cada rede e de cada for-mato de negócio”, disse Ban-deira.

Sob a ótica dos presidentes das redes, eles apresentaram suas empresas, seu histórico, área de atuação, público e da-dos sobre vendas e crescimen-to, as dependências da loja, analisando e enfatizando a im-portância da padronização no atendimento e na operação da loja, além do conhecimento de seu real público-alvo. “O mode-lo de gestão das redes do Ceará é referência para muitos esta-dos e outras redes. Atualmen-

te, acumulamos uma expertise e um desenvolvimento rápido para gerar novos negócios e adquirir novas estratégias e as-sociados. Cada vez mais, estão fortalecidas e competitivas”, afirma Vieira.

Para os supermercadistas da Rede 10 e Rede Ideal, o apren-dizado é um dos pontos mais importantes durante a visita. A visita as redes cearenses foi muito importante para o apren-dizado e, com certeza, iremos levar ideias, sugestões e melho-rias para o pessoal em Mosso-ró, explicam.

“O Estado é um dos que mais se destacam por apresentar maior diferencial na qualidade de atendimento, das operações e nos preços.Nós temos muito que aprender, porque há um setor de supermercados com-petente”, conclui Vieira.

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Eliezio Martinz inicia carreia como Palestrante

Motivacional

“H2A – O DNA de um Ven-cedor”. Foi com esse tema que o empresário e então, pa-lestrante motivacional, Eliezio Martinz, consagrou em sua pri-meira palestra, para um públi-co de empresários, gestores e coordenadores das áreas de va-rejo e atacado. A palestra teve como objetivo, evidenciar as noções de motivação, liderança e sucesso profissional e pessoal.

“Acredito que todo empre-endedor é um sonhador. Então a pessoa tem que ter a capaci-dade de pensar grande, porém, começar pequeno. Dessa for-ma, eu creio que existe um ci-clo do sucesso, que é composto por estratégias, plano de ação,

PALESTRA

execução do plano, avaliação, correção do rumo, e finalmen-te comemorar os resultados al-cançados”, disse Eliezio.

No encontro o palestrante frisou a importância do empre-sário acreditar nos seus sonhos e ser otimistas com seus pro-jetos. Acreditando na frase de John F. Kennedy faça uma sín-tese no que se refere a sonhos. Somos do tamanho dos nossos sonhos. É claro que não basta sonhar alto e realizar baixo, mas tudo começa com um sonho. “O que sonhamos para nós é o primeiro passo para grandes re-alizações. Podemos formar em nossa mente imagens de algo que queremos, de um futuro

desejoso”, completa.

Para ele, este é um novo ciclo em sai carreira profissional, mas continuará dirigindo a Rede Su-per Varejo, o qual tem 17 lojas associadas, mas que também irá se dedicar ao novo proje-to. Eliezio antecipa que outro grande momento irá aconte-cer em setembro, em Fortaleza. “Precisamos acreditar em nos-sos mesmos. Somos capazes de enfrentar qualquer obstáculo e colocar em prática o que que-remos e sonhamos. Estou feliz por mais um projeto realizado e agora é levar minha experiência de vida para os demais que atu-am na área do varejo e vendas”, conclui Eliezio.

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DIA DOS PAIS

Pais solteiros superam preconceito e dificuldades de

criar seus filhos sozinhos

Nos dias de hoje encontramos uma significativa quantida-de de pais que participa ati-vamente na criação de seus

filhos e um número que cria seus fi-lhos sem a presença da mãe. Essa au-sência, pode ser por diversas razões. A mais comum delas é separação ou morte, mas hoje temos uma grande quantidade de homens solteiros que estão adotando crianças.

Trocar a fralda do bebê e levantar várias vezes à

noite para conferir a temperatura, preparar a lancheira da criança e voltar a estudar ma-temática para ensinar o filho. Esses e outros cui-dados, rotina das mães, agora são cotidiano de muitos homens que, sozinhos, criam seus filhos. O número de pais solteiros au-mentou 28% em pouco mais de uma década, se-gundo estudo sobre a desigual-dade de gênero e raça divulgado

pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA.

Os homens encontram dificulda-des em acompanhar os estudos, ta-refas diárias das crianças, questões de higiene e muitos tem dificuldades em lidar com as filhas mulheres.Mas vale a pena lembrar que o lado psicológico da criança tem que ser acompanhado, porque afinal de con-tas, tanto o pai quanto a mãe são muito importantes no processo de criação. Nenhuma das duas figuras é substituível.

Para o superpai, Luiz José Rabelo, conhecido como pai Hermann, diz que foram anos de dificuldades e sua mãe foi essencial no processo de cria-ção de seus dois filhos, Maria Teresa e Luiz Filho. “Não sabia nem fazer o mingau e eles sempre reclamavam que não estava gostoso, e tive que ouvir todos os dias. Nos primeiros cin-co anos de vida, tive que aprender e enfrentar os obstáculos dos afazeres que nunca passaram pela minha ca-beça, de um dia ser pai e mãe e ouvir todos os dias pela manhã, Bom Dia Papai, é saber que a cada dia apren-demos e construímos uma nova his-tória”, disse Hermann.

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Cuidar de filhos sozinhos é uma vida desafiadora. Com toda a responsabilidade de ser o principal responsável pela criança, pode haver uma so-brecarga muito grande sobre a pessoa. Existem muitos siste-mas de apoio que os pais que criam filhos sozinhos podem usar, como os membros da fa-mília, vizinhos e amigos da Igre-ja, mas tudo isso acaba no fim do dia e os pais ficam sozinhos para cuidar dos filhos.

O mecânico Marcelo Duarte Pereira, 40, perdeu a mãe quan-do criança e o pai teve que criá--lo. O que Duarte não esperava era que a história se repetisse com ele 20 anos depois. “Eu fui criado por meu pai e lido com um pouco de sentimento. Tento dar aos meus filhos o que não tive por parte de mãe”, disse.

Divorciado, Pereira cuida dos dois filhos -Thaís Regina Gattai e Lucas Gattai, que agora estão com 14 e 20 anos. De acordo com ele, amar não é só passar a mão na cabeça. “Às vezes é preciso ser chato, dizer não, ser insistente e corrigir”, afirmou. Mesmo morando em uma casa grande com três quartos, ga-ragem e cachorro para cuidar, as tarefas são divididas. “Aqui fazemos tudo juntos, a gente se ajuda de verdade”, declarou Thais.

“O núcleo familiar é fazer tudo junto, brincar, discutir. A opinião deles é muito impor-tante para o bom andamento da casa”, explicou.

Para a psicóloga Anaíza de Barros Ferreira, as figuras mater-na e paterna são fundamentais

para o desenvolvi-mento da criança. “O vínculo afetivo é muito grande. Na fase adulta, quando houver à ausência de uma das partes, a pessoa pode ter dificuldades. É raro um pai que substi-tui por completo o papel da mãe, mas toda regra tem a sua exceção”, disse.

A psicóloga escolar e do de-senvolvimento humano Eliza-beth Firma diz que o papel da figura paterna passou e está passando por mudanças mui-to significativas na sociedade, dentre elas a criação dos filhos. “A presença do pai na criação é que poderá facilitar para a criança a passagem do mundo da família para o da socieda-de”, afirmou.

A mãe de Hermann, avalia a posição do filho e afirma que ele desempenhou muito bem a função de pai solteiro. “Meu filho é um super pai: protetor, preocupado, e em busca de um futuro brilhante em prol do seu pequeno Heitor. Faria tudo o que estou fazendo por ele de novo, pois meu filho é digno de tudo isso”, disse.

“Quando vejo algum pai falando que só deu banho no filho com 6 meses porque ti-nha medo ou que quando ele começava a chorar mudava de quarto, me sinto orgulhoso de saber que sempre dei banho na Maria Teresa e Luiz Filho, passo todas as noites com ele, troquei fraldas, contei histórias, levei para brincar, a escola e super-

mercado... Sinto que faço tudo ao meu alcance e que meus filhos terão orgulho de mim”, completa.

Segundo Hermann, no início houve algumas resistências e re-voltas, por não aceitarem nada e faziam confusão por tudo, já que o papel da mãe deixou de existir e a saudade por parte dos filhos só aumentava. “Com o tempo eles foram entenden-do o motivo da separação e foram se entregando ao amor único de Pai, e atualmente, a minha nova companheira”. E diz ainda, “Faria tudo de novo, porque só assim aprendi que o amor de Deus é lindo e único, é possível construir quando acre-ditamos que não é o fim do tú-nel”, finaliza.

Como em todas as histórias de vida, esta relata o retrato de uma família unida que superou as dificuldades com os apren-dizados do dia a dia, e mesmo sem o papel da mãe, o super-pai desempenhou muito bem os dois papeis e não perdeu o foco da construção civil de seus filhos. Esta homenagem é para todos os pais pela comemora-ção de seu.

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EMPREEDEDORISMO

17 respostas práticas para as 17 maiores

dúvidas dos empreendedores

Ninguém nasce saben-do empreender. Claro, você vai demonstran-do uma aptidão aqui,

descobrindo uma habilidade ali e se equilibrando na corda bamba que é o caminho até abrir seu negócio. Mas nessa corda bamba, é um passo de cada vez: você se mexe com cautela, de desafio em desafio.

E como você sabe, eles são superados com bastante estu-do e prática. Por isso, nós le-vantamos as dúvidas mais co-muns dos empreendedores e reunimos suas respostas em um só lugar, para você dar mais al-guns passos em direção ao seu sonho grande!

1. Como fazer um planeja-mento estratégico?

Quem somos? Aonde que-remos chegar? De que forma?

Nesse artigo, você entende como fazer as análises e definir as coordenadas mais importan-tes para que seu negócio alcan-ce sua missão.

2. Como fazer uma matriz SWOT para meu negócio?

Analisar o ambiente interno e externo da sua empresa per-mitem uma visão mais sóbria de que direção seguir. Saiba como cruzar suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças com a matriz SWOT, para então defi-nir suas metas em planejamen-to. E por falar em metas…

3. Como fazer uma gestão de metas eficiente?

Há várias metodologias para acompanhar metas e indicado-res junto aos seus funcionários. Nessa matéria, a gestora de RH do Google conta como usa um método chamado OKR.

4. Como calcular o valor da minha empresa?

Conseguimos um investidor, maravilha! Agora como saber se o que ele está oferecendo está compatível com quanto a empresa vale? Nesse link, você pode conhecer melhor as eta-pas e baixar uma planilha mo-delo para calcular o valor da sua empresa.

5. Como ser um bom líder?As melhores empresas para

se trabalhar são também algu-mas das que mais crescem no Brasil. O que todas elas têm em comum é que prezam por uma liderança inspiradora. Saiba o que vai diferenciar você de um chefe comum, destacar sua em-presa e reter os melhores talen-tos.

6. Como fazer uma avalia-ção de desempenho de meus funcionários?

A avaliação de desempenho é uma ferramenta importan-tíssima em gestão de pessoas

18 | JULHO/AGOSTO 2015 « www.portalredebrasil.com.br

seu negócio. Veja como rea-lizar uma no artigo acima.

7. Como equilibrar minha vida pessoal com a rotina de empreendedor?

Ser feliz e ser empreende-dor não deveriam ser ideias tão conflitantes. Leia o depoimento de um Empreendedor Endeavor que se recusou a escolher.

8. Como se recuperar de um fracasso?

“Muitos dos fracassos da vida são pessoas que não per-cebem o quão perto estavam do sucesso quando desistiram”. Veja o primeiro vídeo da série de auto-conhecimento com Fa-bio DiGiacomo, da UM%.

9. Como dar e receber feed-backs?

O primeiro passo é deixar de encará-lo como crítica e passar

a vê-lo como uma oportunida-de de desenvolvimento. Confira algumas dicas nesse artigo para aproveitar melhor o feedback em sua empresa.

10. Como gerir meu fluxo de caixa?

O fluxo de caixa deve estar alinhado ao orçamento e a uma visão de longo prazo do negó-cio. 6 dicas nesse link e você vai poder gerir o seu bem melhor.

11. Como fazer uma boa gestão de custos?

Como controlar custos fi-xos e variaveis para manter sua margem de lucro em uma boa situação? Conheça algumas di-cas básicas neste texto.

12. Como gerir meu esto-que?

Saber como equilibrar o comportamento do consumi-

dor e o estoque é essencial para o seu negócio. Veja se você está cometendo um desses 5 peca-dos da gestão de estoque.

13. Como atrair clientes para meu negócio?

Uma prospecção de clientes bem feita significa metade da venda. Conheça 10 dicas para encontrar o cliente certo: aque-le que está procurando por você.

14. Como manter minha marca forte contra concorren-tes?

Ter uma marca forte depen-de muito da forma que você conduz seu negócio interna-mente. E quando a concorrên-cia começa a apertar? Leia as orientações de um mentor so-bre o assunto.

15. Como fazer meu planeja-mento tributário?

Não seja surpreendido! En-tenda neste artigo quais são os tributos que você deve pagar e inclua-os no seu planejamento financeiro.

16. Como fazer um acordo de acionistas?

Fazer um acordo de acionis-tas é tão necessário quanto fa-zer o seguro do seu carro antes que sofra um acidente ou um assalto. Entenda por quê neste link.

17. Como manter o cresci-mento em tempo de crise?

“Ficamos sabendo dessa tal de crise e decidimos não parti-cipar dela”. O que está dando dor de cabeça em muita gente pode ser oportunidade para o seu negócio decolar. Assista ao webinar e conheça as dicas de um dos maiores executivos do Brasil sobre a crise.

MULTINEGÓCIOS

Reinvenção que transformou o comércio varejista cearense

T odo grande negócio - ou pelo menos a maio-ria deles - nasce de uma inquietação empreende-

dora, como uma intuição que instiga percepções além do co-mum. A inspiração do empre-sário cearense Honório Pinheiro veio, contudo, acrescida de al-guns valores peculiares, como a necessidade de se reinventar e a preocupação em ter um bom relacionamento com a vi-zinhança, princípios que foram fundamentais não apenas para o sucesso do próprio negócio, o Pinheiro Supermercado, mas também para mudanças signifi-cativas no varejo do Estado do Ceará.

“Não tenho dinheiro, tenho ideias”, diz ele, que também

é presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), cargo assumido no iní-cio deste ano. Essa vocação de Pinheiro para o comércio come-çou a ser construída ainda na infância, vivida em Solonópole, no Interior do Estado, compar-tilhando a rotina de feirante do pai, Joaquim Honório Alves.

“Esse viés, essa ginga de co-mércio, eu absorvi dele”, conta. Aos 16 anos, Honório veio es-tudar na Capital, acompanhado do irmão, Bosco Pinheiro, que tinha 12 anos. Permeada de dificuldades, a vinda dos dois jovens representa também um momento de superação para os irmãos, que conseguiram seguir a rotina de estudos, entrar no mercado de trabalho e buscar

sempre novas oportunidades.

“Em paralelo ao nosso tra-balho, sempre fomos para as feiras; em dias de jogos, a gen-te colocava bar perto do está-dio. A gente era inquieto nessa questão de construir mais e ter o próprio negócio”, diz Honó-rio.

O início do super-mercado

Em 1979, os irmãos deci-diram trazer os pais para For-taleza e montar um pequeno negócio que ficaria sob a res-ponsabilidade do pai, no bairro Pan Americano. Das vendas no balcão, o mercadinho foi cres-cendo e ganhando a atenção

20 | JULHO/AGOSTO 2015 « www.portalredebrasil.com.br

de Honório, até que ele re-solveu abrir mão do emprego e enveredar, de vez, pelo ramo do comércio.

“Eu fui trabalhar com todas as realidade de um pequeno negócio, indo para a Ceasa (Centrais de Abastecimento do Ceará - S/A), fazendo compras”, relembra. Em seguida, foi o ir-mão que abraçou o mercadi-nho, que abandonou o diminu-tivo e se consolidou como rede de supermercados. A expansão começou em bairros vizinhos, como Vila Manoel Sátiro e Maraponga, e assim, a peque-na mercearia converteu-se em uma rede que hoje possui onze lojas, sendo cinco em Fortaleza e seis distribuídas pelo Interior.

A migração para outros mu-nicípios, segundo Honório, foi impulsionada, principalmente, pelas modificações do merca-do. “Com a chegada dos players internacionais na Capital, foi di-minuindo espaços para os me-nores. Foi então que tivemos a nossa primeira experiência, em Quixadá”, lembra, reforçando que o investimento foi alicerça-do na “velha intuição varejista”.

A inovação

A atuação do Pinheiro Super-mercado no Interior do Estado, aliás, é um capítulo importante na história de Honório. Pioneiro na migração para outros muni-cípios entre os supermercados cearenses, ele superou empe-cilhos comuns aos pequenos negócios, como a logística, o comportamento do público e

até o tipo de crédito usado pe-los clientes.

“Eles tinham o costume da caderneta, que nós não podía-mos praticar por conta da nossa estrutura. E até 14 anos atrás, no Interior, eles não conheciam certos produtos da linha de lac-tos, chocolates e comidas pron-tas”, resgata da memória.

Outro destaque é modelo comercial que Honório criou, implantando, junto das lojas, serviços como restaurantes, parques infantis e até cinemas próprios.

“Como varejistas, nós enten-demos que as pessoas buscam se deslocar para onde têm um melhor atendimento”, justifica o presidente da rede. A ideia de apostar nas salas de cine-ma, um dos investimentos mais emblemáticos e bem sucedi-dos ligados ao supermercado da rede, veio da necessidade dar uma característica única às lojas. Hoje, são sete salas de exibição dividas entre Sobral, Limoeiro do Norte, Quixadá e Itapipoca, com lançamentos do circuito nacional.

Expansão contínua

Ainda no primeiro semestre deste ano, a rede Pinheiro deve inaugurar mais um empreendi-mento, em Aracati, no Litoral Leste do Estado. Mas, desta vez, será um shopping, o qual vai contar, além do supermercado - negócio âncora de toda a rede -, um restaurante e duas salas de cinema, e mais outras 30 lojas e praça de alimentação.

Aliando a característica so-nhadora e desbravadora do ce-arense à criatividade necessária ao comércio varejistas, Honório Pinheiro promete ir ainda muito mais longe, sem esquecer das raízes e das ligações com seu público alvo. “Eu sempre tive um sonho de contribuir para o plural, e ainda estou acreditan-do que farei muito mais daqui pra frente”, garante.

Desafios dos cearen-ses

“Os desafios do varejo cea-rense são o reconhecimento, a capacitação e a aquisição de crédito”, lista, em ordem de prioridade. O reconhecimento, explica, passa pelos incentivos que ainda não chegaram e pela reformulação da legislação tri-butária, em nível federal, esta-dual e municipal, para a ativida-de que “mais produz resultados socio-econômicos”.

A dificuldade na capacita-ção dos profissionais, proble-ma sentido também em escala nacional, segundo Pinheiro, ganha maior peso devido aos custos exigidos para as melho-rias. “A tecnologia exigida para o varejo é muito cara. “Temos dificuldades enormes na aquisi-ção de crédito, porque detemos os juros mais caros do mundo”, pontua.

Fonte: Diário do Nordeste

POESIA E LIVROS

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NOVAS VANTAGENS AOS SEUS ASSOCIADOS

ACAD

A Associação Cearense dos Atacadistas e Distribui-dores (ACAD) realizou

um encontro para apresentar a parceria firmada entre a Ins-tituição e a Pamcary, empresa que também tem parceria com a Associação Brasileira de Ata-cadistas e Distribuidores de Pro-dutos Industrializados (ABAD). O evento faz parte do projeto do 1º Almoço de Negócios e serviu para os associados da ACAD conhecerem os serviços da Empresa de seguros e ges-tão de riscos que é líder de mer-cado no segmento.

O presidente da ACAD, Jocé-lio Parente, explica que essa e outras parcerias firmadas, den-tre elas com empresa jurídica e de educação, fazem parte dos

esforços para manter o merca-do aquecido e minimar os da-nos na atual conjectura. “Apos-tamos hoje na parceria com a Pamcary, que trabalha com seguros e prevenção de riscos, afim de precaver e minimizar o impacto no resultado final ao consumidor. É uma das nossas ideias, trabalharmos juntos, reunir esforços e buscar novos caminhos para controlar os custos sem afetar na dinâmica do processo de distribuição dos produtos aos consumidores”, afirma.

Um dos problemas que pode influenciar nesse resultado final é o transporte das mercado-rias. Atualmente as estradas do Ceará apresentam um risco de roubo de 20,2% de toda carga

transportada no Estado, repre-sentando um prejuízo de 14,5% para os empresários. O gênero alimentício é o mais visado, se-guido pelos eletrodomésticos e cosméticos.

Esses números foram apre-sentados pelo Consultor da Pa-mcary, Raul Caminha, na pales-tra proferida durante o Evento. O Consultor também apresen-tou os serviços da empresa, que com a parceria firmada, estão acessíveis aos 130 associados da ACAD. São eles: gerência de riscos; gestão de sinistro com um sistemas online que permite ao empresário saber exatamen-te qual a atual situação do mo-torista, carga e veículo; banco de dados de profissionais de transporte com o cadastro de

ASSOCIADOS

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motoristas por todo Brasil e o Pamcard, o pagamento eletrô-nico aos motoristas para cus-teio de despesas em viagem e que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. “A nossa ideia como empresa é oferecer seguros e serviços com preços competitivos e de qualidade, buscando a relação custo be-nefício e com diferencias mais tecnológicos e ágeis”, explica.

O assessor jurídico da ACAD, José Damasceno, ressaltou a importância dos serviços ofere-cidos, como o Pamcard, para a realização de um trabalho legal e regular. “O Governo Federal determina que os motoristas não podem mais receber di-nheiro em espécie no realização do transporte das cargas. Des-se modo é vital o uso de meios que mantenham a segurança das relações comerciais como essa opção de cartão apresen-tada pela Pamcary, “ pontua.

No encerramento do evento, o presidente da ACAD, Jocélio Parente, lembra que no final

do mês a entidade vai realizar o TreinaVendas 2015, nos dias 26 e 27 de junho. Esse ano, o evento tem como tema “De-senvolvimento Profissional em Vendas” e vai contar com a pre-sença do professor Jair Santos (apresentador da Rádio CBN de Santa Catarina). Informações e inscrições através do telefo-ne (85) 3452-5381 ou pelo site www.acad.org.br

Douglas Ribeiro – Assessoria de Imprensa - ACAD

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SEBRAE

Três em cada dez brasileiros adultos são empreendedores, aponta Sebrae

A taxa total de empreende-dorismo no Brasil atingiu, em 2014, o seu maior índice de to-dos os tempos. De acordo com a nova pesquisa Global Entre-preneurship Monitor (GEM), realizada no Brasil pelo Se-brae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), três em cada dez bra-sileiros adultos entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Em dez anos, essa taxa de empreen-dedorismo saltou de 23%, em 2004, para 34,5%. Metade da taxa corresponde aos empreen-dedores novos – com menos de três anos e meio de atividade – e a outra metade, aos donos de negócios já estabelecidos há mais tempo.

Quando comparado com os países que compõem o Brics, o Brasil é a nação com a maior taxa de empreendedorismo, fi-cando quase oito pontos per-centuais à frente da China, com uma taxa de 26,7%”. A Índia tem uma taxa de empreende-dorismo de 10,2%, a África do Sul de 9,6% e a Rússia de 8,6%. O número de brasileiros que já têm uma empresa, ou que estão envolvidas na criação

de uma, é superior, também, a países como Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Ja-pão (10,5%), Itália (8,6%) e França (8,1%).

Essa alta taxa de empreen-dedorismo demonstra que, além de mais empreendedores permanecerem no mundo dos negócios, mais pessoas veem no empreendedorismo uma oportunidade de vida e vêm trabalhando para conquistar o sonho de serem seus próprios chefes. Esse valor recorde pode ser atribuído, também, ao in-cremento do número de for-malizações que é presenciado nos últimos anos e às melhorias no ambiente legal, como por exemplo, a criação e ampliação do Supersimples.

Nessa última edição da pes-quisa GEM, ter o seu próprio negócio continua sendo o ter-ceiro maior sonho do brasileiro, mas pela primeira vez o núme-ro de pessoas que almejam se tornar o seu próprio chefe é praticamente o dobro das que desejam fazer carreira numa empresa. Enquanto 31% dos brasileiros querem montar um negócio, 16% querem crescer dentro de uma empresa. Os

primeiros sonhos dos brasilei-ros são comprar a casa própria (42%) e viajar pelo Brasil (32%).

A pesquisa ainda revela que a cada 100 brasileiros que co-meçam um negócio próprio no Brasil, 71 são motivados por uma OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS e não pela necessi-dade. O presidente do Sebrae, Luiz Barretto, explica que esse índice vem se mantendo estável nos últimos anos, mas que ele implica diretamente na qualida-de do empreendedorismo brasi-leiro. “O empresário atual abre uma empresa porque vê uma oportunidade e investe naquela ideia. Ter uma empresa porque não se tem uma ocupação não é mais o principal fator”.

“Muita gente acha que vai trabalhar menos quando na verdade vai trabalhar mais. En-tão são perguntas que o empre-endedor busca a solução para abrir a cabeça e entender que empreender é muito bom, mas que tem que risco”, esclarece o empreendedor e estudante, José Walter do Nascimento, criador da startup que desen-volve um aplicativo de leitura para android.

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Outra orientação é que o futuro empreendedor saiba en-frentar as derrotas. “Aprenda com os erros e bola para frente. A gente também tem pesquisa que mostra que quem insistiu no primeiro, no terceiro negó-cio, acaba tendo mais chance”, orienta Walter.

Em outra pesquisa, a consul-toria ETalent com mais de um milhão de brasileiros apontou que menos de 2% tinham ta-lento para empreender. A pes-quisa identificou quatro tipos de empreendedores. Veja abai-xo:

Influentes - 46,29%São grandes comunicadores

e apresentam facilidade para conviver socialmente. Além disso, são participativos e es-tão sempre em busca da troca de idéias. São também ótimos articuladores e possuem muita facilidade em integrar pessoas e principalmente, gerenciá-las.

Estabilidade 29,10%Os estáveis têm como prin-

cipais marcas de sua personali-dade, serem acolhedores e gos-tam de resolver problemas que levam para ele. Eles são bons conciliadores de uma maneira sempre bem equilibrada, além de serem prevenidos e organi-zados.

Conformidade - 15,62%Os conformes são caracteri-

zados como grandes analisado-res, especialistas em questões que outras pessoas achariam complexas. Seguem um estilo “orientado por regras”, ou seja,

alcançam o controle por meio de regras e códigos e para que possam alcançar seus tão dese-jados resultados mais perfeitos possíveis e com o mínimo de erros.

Dominantes - 9%Características: São desbra-

vadores e costumam solucionar tudo que se propõem a fazem. Tendem a ser mais empreende-dores e estrategistas na forma de estabelecer suas metas.

Com informações do Sebrae e G1

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Fieldmarketing: Uma nova abordagem de vendas

MARKETING

Durante muitos anos a orienta-ção estratégica do marketing seguia a visão da indús-tria, posteriormen-

te descobriu-se o mundo dos serviços e mais recentemente, o varejo define um novo posi-cionamento dos profissionais. A polarização entre a visão do produtor e a expectativa do cliente consumidor abrem uma nova perspectiva: Fieldmarke-ting ou marketing de campo.

O novo modelo busca a cria-ção de estratégias no ponto de venda, integrando tecnologias, indicadores de performance e a expertise de profissionais, ga-rantindo uma execução mais eficaz e o aumento da presença das marcas nos pontos de ven-da.

A entrega dos resultados é

mais consistente e trabalha com metas compartilhadas, entre a indústria e o canal de distribui-ção. As ações táticas de promo-ção de vendas e merchandising somam esforços às equipes de promotores, com uma estra-tégia de campo consistente e comprometida com o retorno dos investimentos realizados.

O Fieldmarketing envolve o trabalho de se conectar com o mercado e compreende todas as atividades de marketing que facilitem o contato face a face com o consumidor. Como área de atuação, a ferramenta é uti-lizada em uma grande varieda-de de segmentos de mercado e de atividades, onde os clientes estão fisicamente presentes, tais como alimentação, bebi-das, saúde, produtos de beleza, bens domésticos, dispositivos móveis e eletrônicos.

Uma das principais carac-terísticas do Fieldmarketing é identificar argumentos e dife-renciais que estimulem o im-pulso de compra e a análise criteriosa de fluxos de clientes, o aumento de conversão, o per-fil dos consumidores, a análise dos esforços de comunicação

e a otimização de espaços e mídias.

Como atividades do gerente de campo ou “Fieldmarketing manager” espera-se a capaci-dade de planejar ações, saber avaliar resultados de forma objetiva, coordenar ações com fornecedores, saber treinar equipes de vendas, criar ações promocionais de alto impacto e oferecer relatórios mercadoló-gicos com indicadores de resul-tado e de tendência.

O marketing de campo ou Fieldmarketing requer habili-dades de comunicação persu-asiva para os profissionais para envolver os consumidores em um nível pessoal, bem como profundo conhecimento de gerenciamento de categoria, participação de mercado, mer-chandising, margens de con-tribuição, trade marketing e de gestão operacional dos pontos de venda.

Abre-se uma nova frente de trabalho para quem se identifi-ca com resultados, velocidade e giro no ponto de venda.

Fonte: MeuSucesso.com

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Setor de serviços no Ceará tem segundo maior crescimento no Brasil

PESQUISA

O Ceará apresentou a segunda maior varia-ção positiva na receita nominal do setor de

serviços em abril deste ano, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo 4,5%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quinta¬feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE). Acima da média do País, o índice registrado no Ceará ficou atrás apenas de Rondônia, com 7,9%.

Dentre as 27 unidades da fe-deração, 13 apresentaram varia-

ções nominais positivas, como Mato Grosso do Sul (3,9%), São Paulo (3,30%), Bahia (3,10%), e 14 apresentaram variações ne-gativas, cujas maiores foram em Roraima (¬9,9%), no Ama-pá (¬9,8%) e no Maranhão (¬6,8%).

O setor de serviços, no Brasil, registrou um crescimento da re-ceita nominal de 1,7% no mês de abril, em comparação ao mesmo mês de 2014. O índice, inferior à taxa de março (6,1%), foi o se-gundo menor da série, iniciada em 2012, ficando atrás apenas da taxa de fevereiro, que regis-trou 0,9%. A taxa acumulada no

ano atingiu 2,6%, e em 12 me-ses, 4,3%.

Apesar do cenário de crise e instabilidade econômica no País, o setor de serviços prestados às famílias conseguiu registrar uma variação positiva em abril, apre-sentando alta de 1,2% em rela-ção a março. Dentro do setor, o aumento na receita dos serviços de alojamento e alimentação foi de 1,1% em abril ante março.

Segundo a Associação Brasi-leira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel¬CE), a expecta-tiva para o setor de alimentação fora do lar é de um crescimento de 1,1% a 1,5% para este ano. Paulo Solmucci Junior, presiden-te da Abrasel¬CE, acredita que o turismo pode ajudar a incremen-tar a receita do setor: “Podemos observar que locais com um for-te mercado turístico tiveram um início de ano relativamente me-lhor que outros sem essa fonte. Ao invés da baixa, registrada pela maioria, houve estabilização ou até mesmo um leve crescimento nestes mercados”, analisou.

Também houve crescimento dos Serviços profissionais, admi-nistrativos e complementares, com 6,7% e dos Transportes, ser-viços auxiliares dos transportes e correios, com 1,0%. Por outro lado, os Serviços de informação e comunicação e o segmento de Outros serviços ¬que abrange atividades imobiliárias, serviços de manutenção e reparação, ser-viços auxiliares financeiros, entre outros¬ apresentaram variação nominal negativa, registrando ¬0,1% e ¬2,2%, respectivamen-te.Fonte: Diário do Nordeste

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e a força do mercado no Estado

CENTRAIS DE NEGÓCIOS

O setor varejista no Brasil é altamente competi-tivo e vem se conso-lidando nos últimos

anos. Este crescimento continu-ará ocorrendo não somente nes-se setor, mas também nos outros segmentos. As marcas próprias vieram com o intuito de aumen-tar o leque de possibilidades do consumidor e melhorar a qua-lidade dos produtos oferecidos pelos supermercados. Embora as tendências de concentração na indústria varejista já estives-sem em curso nas décadas an-teriores, elas se intensificaram na década de 90, palco de nu-merosas fusões e aquisições de empresas do setor.

É nesse cenário que as micro e pequenas empresas do ramo varejista têm assistido a transfor-mações no seu ambiente com-petitivo. Pelo volume de suas compras, as grandes redes super-mercadistas possuem vantagens derivadas do poder de barganha junto aos fornecedores, vanta-gens estas que em grande medi-da acabam sendo repassadas ao consumidor em função da pró-pria concorrência entre as redes, resultando em preços finais mais baixos, quando comparado a lo-jas tradicionais e supermercados independentes. Além 3 disso, as grandes redes podem ter acesso a uma maior variedade de bens, ao transacionarem com maior

número de fornecedores.

O supermercado do futuro será mais fragmentado por es-pecialidades. Um dado impor-tante é que o tempo, como re-curso mais escasso das pessoas, sobretudo das grandes cidades, indica que a oferta de alimentos deverá ser cada dia mais elabo-rada. Os supermercados em de-terminados locais deverão atuar como verdadeiras praças de ali-mentação, com comida para ser degustada no local ou levar para casa ou ainda para entrega do-miciliar.

O novo varejo está ávido para conquistar o consumidor a qual-quer preço, ou melhor, por um preço competitivo por isso são lançadas marcas próprias para reduzir custos e manter uma po-sição no mercado. Caracterizado pelo auto-atendimento e possi-bilidade de compra de produtos em unidades, os supermercados respondem por mais de 85% dos alimentos adquiridos pelos bra-sileiros.

Entretanto, os supermerca-dos de pequeno porte, em geral, não possuem capacidade técni-co-financeira para efetuar tais

O papel das redesde supermercados

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ajustes. Ademais, por não terem escala operacional comparável a das grandes redes varejistas nem o mesmo poder de barganha, enfrentam dificuldades junto aos fornecedores para conseguir preços competitivos. Para supor-tar a concorrência das grandes redes, e buscando manter-se no mercado, os supermercados de pequeno porte – lojas de vizi-nhança – têm se articulado por meio de alianças estratégicas, na forma de redes de cooperação.

O objetivo dessas alianças é aumentar o poder de nego-ciação junto aos fornecedores, principalmente fabricantes, con-seguindo preços mais compe-titivos e prazos de pagamento maiores, por intermédio das compras conjuntas. Num segun-do momento, buscam a adoção de programas de marketing via rede de cooperação, permitindo aos associados acesso à propa-ganda em veículos de massa, pa-dronização das lojas (adoção de padrões estabelecidos pela rede), lançamento de produtos com a marca da rede, treinamento dos funcionários e profissionalização administrativa.

As forças das redes de super-mercados se encontram no fato de:

a) Estar próximo ao mercado que atende, detectando a cultu-ra local;

b) Conhecer seus consumido-res, oferecendo mais facilmente atendimento personalizado;

c) Conhecer os gostos dos clientes e saber o que eles que¬rem comprar, podendo su-prir as lojas de produtos mais adequados ao seu público;

cia e a lealdade do consumidor.

No caso dos supermercados, quando os consumidores reco-nhecem o quanto suas expecta-tivas são atendidas pelos atribu-tos de sua loja favorita, então, a bandeira supermercadista – que é marca de varejo – é valorizada e fortalecida, ganhando maior espaço no mercado e na mídia verbal.

Pequenas empresas, como supermercados de vizinhança, reconhecem o fator marca insti-tucional como uma necessidade para ser competitivo no vare-jo. Entretanto, empresas desse porte, muitas vezes, encontram dificuldades em desenvolver sua marca como diferencial.

REDES DE COOPERAÇÃO

EFICIÊNCIA OPERARIONAL

EFICIÊNCIA MERCADOLÓGICA

MUDANÇA CULTURAL

COMPRAS

GESTÃO D EPESSOAS

ECONOMIAS DE ESCALA

MARCA FORTE

PADRONIZAÇÃO VISUAL DA LOJA

LAYOUT

PROMOÇÕES

PROPAGANDA

FORMA DE CONDUÇÃO DOS NEGÓCIOS

VALORIZAÇÃO DA MARCA COLETIVA

DECISÕES COLETIVAS

RESPEITO ÁS REGRAS

d) Satisfazer o desejo de conveniência na hora da com-pra, visto que, muitas vezes, os consumidores da classe C apre-sentam um perfil de com¬pras fracionadas e mais frequentes.

Essa expansão aumenta a concorrência no setor do varejo de alimentos por auto-serviço. Por essa razão, o pequeno varejo de vizinhança precisa procurar seu desenvolvimento, aumentar a eficiência de operação, melho-rar o mix de produtos, oferecer um bom atendimento e in-vestir em marketing, na profissiona-lização da gestão e no treina-mento de pessoal, entre outros, tendo na formação de alianças estratégicas uma opção de de-senvolvimento e manutenção de sua competitividade.

O objetivo maior dos varejis-tas é aumentar a fidelidade do cliente à loja, ou seja, fazer com que os con-sumidores gostem ou dêem preferência à sua loja no momento das compras e que voltem a comprar. Visto que os clientes compram benefícios, o varejista procura oferecê-los por meio das características ou atributos da loja, por exemplo, uma lo-calização acessível, um sortimento completo, bom atendimento, e até a disponibilidade de wi-fi. Quando a empre-sa entrega, de forma consistente, um valor superior ao encontra-do no mercado, tende a ser mais lembrada e desenvolve a preferên-

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CAFÉ COM CONVIDADO

Rede Uniforça sob a ótica

de seu presidente

“Novos negócios são gerados dia a dia, como também, novas perspectivas, experiências, iniciativas e acima de tudo, aprendizado. Tenho a certeza que estamos no caminho certo”, afirma o presidente da Rede Uniforça, Nidovando Pereira

Com a missão de superar as expectativas dos clientes com produtos e serviços de qualida-de, ter responsabilidade social e proporcionar ao colaborador excelentes condições de traba-lho, o empresário, proprietário do NidoBox Supermercados e presidente da Rede de Super-mercados, Uniforça, Antônio Nidovando Pereira Pinheiro, concedeu entrevista a Revista Nosso Setor, durante o editorial do Café com Convidado para falar sobre o crescimento da Rede Uniforça; suas perspecti-vas de mercado; o novo forma-to de logística e ampliação da área de atuação.

Com 32 associados e 48 lo-jas, a Rede Uniforça tem em sua visão consolidar a liderança no mercado cearense e estar en-tre as melhores distribuidoras

do Brasil sendo socialmente responsável e contribuir com o desenvolvimento da região. Em um papo descontraído e sem-pre focado na geração de re-sultados concretos para a Rede, que Nidovando reforça a mis-são em comercializar produtos e serviços para o varejo super-mercadista, como qualificar e oferecer serviços de qualidade, superar as expectativas dos nos-sos acionistas, consumidores, fornecedores e colaboradores.

Nidovando sempre soube de sua responsabilidade, do quan-to a família precisa dele e que o caminho a seguir, sempre foi o de varejo, desde o ano de 1993, quando inaugurou sua primeiro loja o Supermerca-do Nidobox que busca investir e inovar no mercado varejista, proporcionando aos mais de

352 funcionários, em suas três unidades, bem estar social, se-gurança, comodidade e um cli-ma familiar entre empresa e co-laborador. Espírito de liderança e estrategista, a marca tem se consolidado no mercado e mantido como em seu slogan “Feito pra você”, durante os 22 anos de atuação e serviço.

Revista Nosso Setor: Há 20 anos a Rede fortalece o merca-do varejista e contribui para a mudança do cenário cearense. Quais as melhorias competiti-vas e benefícios aos associa-dos?

Nidovando Pereira: Atu-almente, a Rede Uniforça en-contra-se em um patamar de volume de negócio muito alto. Somos 32 associados com as

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principais lojas do Estado. A nossa união é resultado de um trabalho árduo que durante 22 anos tem se construído a marca e levando até os lares, produtos de qualidade e serviços diferenciados. Aos as-sociados, os principais pontos de benefícios são: 1- a força do co-mercial junto aos forne-cedores; 2- a troca de informações e experiên-cias, e por fim, 3- Ética, respeito e o trabalho em equipe. As decisões de respeito à Rede são sempre tomada de for-ma conjunta e analisa-da toda a conjuntura.

RNS: Como enxerga a força da Rede de Su-permercados e as pers-pectivas de mercado, visto a atual situação econômica que tem afetado o crescimento dos negócios e criado uma onda de demis-sões?

Nidovando: Sempre em nos-sas reuniões está na pauta o tema “Crise Econômica”, mas buscamos discutir e avaliamos até o momento sem atingir a evolução dos negócios da rede. É notório, o volume de com-

pras, a geração de empregos, a expansão de lojas e aumento do faturamento. Temos criado ações e estratégias de comu-nicação e marketing, além de

junto aos fornecedores pensar na melhor negociação, man-tendo a qualidade dos produ-tos. Na pirâmide da necessida-de familiar, o alimento está no topo. Apesar da oscilação dos preços de frutas e cereais, os supermercados ainda não fo-

ram atingidos pela crise que já desempregou milhares em ou-tras diversas áreas.

RNS: Nos últimos anos o va-rejo cresceu muito, em um ciclo favorável da economia, com inser-ção de novas classes no mercado consumidor. Agora, muitos econo-mistas dizem que esse modelo de política eco-nômica se esgotou, que não dá mais para cres-cer somente com con-sumo. O governo anun-ciou alguns ajustes e imagina-se que o con-sumo não deverá ser mais o motor da eco-nomia nacional. Como você enxerga o impacto dessa transição no se-tor supermercadista?

Nidovando: As pes-

soas falam que, como trabalhamos com ali-mentação, não senti-mos esse impacto. Mas

não é bem assim. Eu acho que a nossa rede supermercadis-ta aqui no Ceará também não quer participar dessa crise tão anunciada. O varejo vem se adequando a tendências após a ascensão econômica do con-sumidor. Ninguém vai parar de

forme o agendamento, visto que cada associado tem o dia para retirar sua mercadoria, po-dendo chegar a três vezes por semana. Temos trabalhado em recursos humanos na captação de profissionais para que tudo isso funcione bem e de forma linear. Nos preocupamos com a logística e este tem sido um diferencial da Rede, com isso, esperamos faturar neste ano, aproximadamente R$ 900 mi-lhões em volume de compras.

RNS: Sabemos que nas re-des existem casos de individu-alismo, auto estima elevada e dificuldades de concordâncias, podendo prejudicar a negocia-ção e o funcionamento. Como é feito o trabalho de preven-ção ao associado e como dar estabilidade?

Nidovando: Seria fácil se

consumir, mas é lógico que, se houver inflação muito alta com impactos grandes no poder de compra da população, vai ter redução. Existiu nos últimos anos um ganho de qualidade de vida para uma parcela grande da população que não acredito que será perdido. Não sentimos ainda essa redução e acho que não vamos sentir. Além do mer-cado grande, vivemos um pe-ríodo de emprego pleno e por isso não vejo o setor ameaçado. Vivemos um momento bacana, com dificuldades, mas ainda em crescimento.

RNS: Em relação à logís-tica. Como está o aporte da rede, o volume de compras, a distribuição de produtos e o funcionamento da Central de Distribuição? Como é possível articular uma logística para que funcione e não haja atra-sos e perdas?

Nidovando: Neste ano, ire-mos ampliar o CD para mais de 1 mil m², passando de uma estrutura de 1 doca de recebi-mento para 4 docas, saindo de 3 docas para um novo espaço com 10 docas no total. A nova estrutura ampliada terá capa-cidade para receber 10 a 12 caminhões por dia, e manter o cronograma de entrega con-

existisse um sistema que infor-masse o quantitativo e sinali-zasse a diminuição do poder de compra do associado. Todo ne-gócio existe dificuldade finan-ceira e como somos um grupo é traçado uma metodologia de abordagem e análise do super-mercado que demonstra declí-nio. A rede se preocupa, por-que reflete direto nos negócios do grupo e aos fornecedores, quando um está inadimplen-te, certamente irá refletir nos demais. Hoje, por não aceitar novas adesões, a taxa de liqui-dez é muito forte. Existem pa-râmetros e metas que devem ser cumpridas e seguimos a risco, para que não haja preju-ízos. O individualismo e a vai-dade atrapalham muito. Temos que aprender muito a conviver com isto e saber administrar. As pessoas nunca chegam e expõe totalmente ao grupo. Nós dis-cutimos e sempre enxergamos problemas e soluções para o associado que se encontra ne-gativo. Usa-se o slogan da rede a União faz a força.

RNS: Na visão da Nidobox Supermercados defende a bandeira da sustentabilidade, como defende a causa e quais iniciativas a empresa toma para contribuir com a preser-vação do meio ambiente?

Não existe crise para o setor supermercadista.

Estamos no topo da pirâ-mide e todos precisam de alimentos, caso aconteça, criaremos estratégias de

combate.

Nidovando: Somos uma empresa varejista sustentável. Durante anos criamos ações de preservação, conscientização e de estímulo com foco nas ques-tões ambientais. A coleta sele-tiva já é uma realidade nas três lojas, além da competição que fazemos entre elas, com o ob-jetivo de coletar maior número de material reciclável. A popu-lação e clientes têm respondido assiduamente as campanhas que promovemos com parti-cipação ativa. Mas, pensamos além, e futuramente estaremos com projetos para captação de água com reutilização e fontes de energia natural, como é o caso de placas de energia solar. Uma empresa sustentável pra atender melhor e dar exemplo ao próximo.

RNS: Com a expansão dos negócios e o avanço de tec-nologias, muitas marcas estão trocando o caminho da capital para o interior. Tem pretensão de futuros empreendimentos?

Nidovando: Já estou de-senhando novas perspectivas de negócios para o interior do Estado. Mas, fiz um levanta-mento de mercado e vejo um grande potencial na cidade de Maracanaú. Acredito que possa ser o meu primeiro passo. Em um futuro próximo, média de 5 anos, penso em ampliar para outros municípios, o qual já es-tou visitando algumas lojas no interior pra analisar o mercado e ver como funciona.

RNS: O papel do sociativis-mo é importante na conjuntu-

ra de uma central de negócio. Como enxerga a participação dos associados?

Nidovando: O papel do so-ciativismo é ampliar a atuação da marca nos mais diversos bairros e cidades. Hoje, pode ser a palavra de ordem para muitas centrais de negócios que buscam fortalecer suas marcas para garantir sua sobre-vivência e espaço no mercado. São muitos pontos que devem ser levados em conta quando falamos de sociativismo como exemplo: segurança, impostos, capacitação profissional, cap-tação de novos associados e fornecedores, etc. o papel bo-nito todas as redes sabem fazer muito bem sua cartilha, mas o lado mais difícil nem todos.

RNS: Com quase 22 anos de atuação no mercado, pode-mos falar de sucessão fa-miliar? Quem já está pre-parando pra receber os negócios da família?

Nidovando: O pre-paro de um membro da família para o papel de gestor deve envolver boa formação acadêmica. Trabalhar fora do negócio familiar é uma experiên-cia valiosa, pois

o herdeiro aprende a respeitar regras e hie-rarquia e, principal-mente, a conhecer a própria capacida-de; logo, conse-guirá enfrentar melhor as crises. A minha filha já

está inserida nos negócios e tem uma visão ampla e gerado bons resultados e investimen-tos, que neste ano pretende-mos atingir um faturamento de 60 milhões com as três uni-dades, em todo o ano. Tenho certeza que ela irá representar futuramente melhor do que eu os negócios da bandeira Nido-box Supermercados.

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Com o objetivo de reunir empresários, gestores e coordena-dores de segmentos diversos, o Grupo de

Negócios Nosso Setor, promo-veu o segundo encontro para discutir melhorias e novos me-canismos de negócios. Entre seus 100 associados, o grupo é fortalecido e gera negócios de compra e venda, diariamente. Para muitos o aplicativo ofere-ça oportunidade de apresentar seu produto ou empresa, en-quanto outros debatem o ce-nário econômico e as interfases do mercado.

A cada dia que passa, as pessoas estão mais dependen-

GRUPO DE NEGÓCIOS

Empresários e Gestores fazem negócios através de grupo no Whatsapp

tes das plataformas sociais e dos aparatos digitais. Isso não é ruim, pois estes dispositivos vieram para facilitar a vida e aperfeiçoar o tempo e tarefas. Mas nem todos têm utilizado as novas tecnologias de forma coerente e saudável. No caso do whatsapp, especialistas em Marketing e educação corpora-tiva em ambiente virtual, citam algumas formas de utilizar o aplicativo, que é considerado hoje a tecnologia da vez, de maneira produtiva.

Para o diretor do grupo, An-tônio Vieira, o whatsapp pode ser utilizado como ferramen-ta de relacionamento com os clientes e empresários, comu-

nicando sobre procedimentos, venda de produtos e fins de in-teresse. “Também pode ser usa-do como ferramenta de presta-ção de serviço. Ou seja, sempre que precisar realizar um agen-damento, sinalizar interesse em um novo negócio ou dúvidas sobre processos administrativos empresariais, é possível utilizar a plataforma para otimizar o tempo e adquirir conhecimen-to”, disse Vieira.

Em grupos corporativos e empresariais, especialistas do marketing digital aconselham evitar excessos de mensagens através do Whatsapp. Isso pode incomodar parceiro, que na maioria das vezes não tem tem-

po para leituras desnecessárias. Ele só deve ser incluído em um grupo se tiver autorização pré-via. Caso contrário, será invasão de privacidade.

Aqui no Brasil, a ideia de usar o Whatsapp para alavan-car os negócios tem cada vez crescido mais. Esse novo méto-do de marketing já é utilizado por muitas lojas, farmácias e supermercados que estão in-vestindo no aplicativo, como é o caso de uma loja de roupas de um shopping de Fortaleza. A proprietária da loja disse que

criou vários grupos para falar diretamente com os clientes, em sua maioria mulheres, e que recebe mais de 50 mensagens por dia, a maioria de perguntas a respeito de numeração de pe-ças de roupa, promoções, e etc.

No segundo encontro, o Conselho do Grupo, apresen-tou os pontos do regimento interno pensando na melhoria de uso da ferramenta sem que haja aborrecimentos e conges-tionamento de informações. Com as regras, é possível mo-derar e receber em tempo atu-

alizado as últimas informações. “Com o fluxo alto de informa-ções, muitos não tinham tempo de ler e acumulavam inúmeras mensagens, podendo perder informação que de fato agre-gue ao seu negócio”, completa Vicente Paiva, membro do con-selho.

Ainda no encontro, empre-sas expuseram seus produtos para degustação, em seguida, o diretor Antônio Vieira, falou sobre como administrar o tem-po e o fortalecimento do grupo no fechamento de novos negó-cios.

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Quem usa e como usa!!

Maurilio Reis, diretor na M Reis Logística.

“O formato do grupo pode ser pioneiro, por-que são perfis diferentes de empresas e profis-sionais com o objetivo de gerar negócios, dife-rente de outros grupos segmentados. É possível oferecer logística de dis-tribuição para quem é dono de farmácia e su-permercado. Assim, não precisa de atravessadores e não retarda a o fecha-mento do negócio”.

Edna Ramos, empresária. Especialista em gestão Inte-grada de Marketing e Logística

“Envio informações sobre os produtos e ser-viços, convites para even-tos, compartilho um conteúdo relevante da internet ou de outra rede social. A interação entre empresários usando o aplicativo tem que ser de forma consciente”.

Carlos Amorim, empresário na Rede Unidec

“Utilizo o Whatsapp como um canal de aten-dimento direito ao clien-te e parceiros, e respon-do a dúvidas, críticas ou sugestões, quando exis-tem. Além de aumentar a confiança do cliente, fortaleço a parceria com fornecedores”.

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MKTP

INTERNET

Como fazer networking usando as redes sociais

O uso das redes sociais mu-dou a forma como as pessoas se relacionarem, inclusive no plano profissional. Hoje em dia é possível se apresentar a qual-quer um do mercado usando a internet. Com a facilidade de acesso, porém, vieram muitas mudanças. As pessoas recebem uma série de convites de cone-xão no LinkedIn, por exemplo. Mas quantas delas são de fato

Tenha metas determinadasAo traçar um plano para ter mais conexões, o empreendedor deve determinar quantos passos deverá

dar até seu objetivo. Quem ele deve atingir e com quantas empresas será preciso falar? Além de estabe-lecer um cronograma, esse exercício vai ajudá-lo a entender quais são essas conexões, para que ele possa modular seu discurso de acordo com os interlocutores.

Tenha um bom perfil onlinePara se conectar com quem faz a diferença, o empreendedor precisa ser notado. Para isso, é funda-

mental ter um perfil sólido. Seja na página da empresa ou em redes sociais profissionais, como o LinkedIn, o perfil deve estar sempre atualizado e ter links para outras redes sociais, como Twitter e Quora, para ampliar o alcance do conteúdo publicado. Networking é muito mais que conhecer pessoas e está ligado à disseminação das mensagens de quem a pessoa é e o que ela faz.

Faça um blogPara construir um bom perfil online, é preciso que o público saiba o que o empreendedor pensa, quais

são as percepções sobre mercado, produto, indústria. O blog é a primeira ferramenta a usar. É preciso que ele seja atraente para o público com quem o empreendedor quer manter contato e que tenha a possibilidade de interação com os leitores e possa ser compartilhado em redes sociais. Assim a voz do empreendedor chega muito mais longe.

Use links e palavras-chaveQuando o blogueiro passa a gerar conteúdo constantemente deve entender que o uso de palavras-

-chave são ferramentas poderosas para fazer o blog ser notado – é objetivo primário de um posiciona-mento melhor nos resultados de buscas. Para ampliar o raio de ação, o empreendedor deve usar links para dirigir seu leitor para publicações e posts sobre assuntos similares.

Compartilhe e conecteConstruir relações online é a maior parte do networking, mas não a única. O empreendedor precisará

manter contato com pessoas e empresas que nunca ouviram falar dele. Por isso, é necessário cultivar o solo para uma nova relação. Ações simples, como retuitar algum conteúdo dessas conexões ou endossar as competências de alguém no LinkedIn sinalizam o interesse de trabalhar em conjunto.

úteis? Em uma era em que co-nhecer pessoas já não é o gran-de problema, a representação de cada um na internet se torna um elemento crítico.

Se um empreendedor quiser realmente tirar proveito dessas alianças, vai precisar ir além do contato. Precisa primeiro pen-sar no que pretende obter des-se networking, como se qualifi-

car para ser uma boa conexão para seus parceiros e como am-pliar sua base de forma estru-turada e com as pessoas certas. A agência americana Marketing Zen, especializada em startups, publicou um texto em seu blog com cinco passos elementares, mas nem sempre adotados pe-los empreendedores. Veja os principais pontos.

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HOMEM DO TEMPO

Como blindar sua carreira para as turbulências desse ano?

Começamos o ano com notícias econômicas bem complicadas, in-cluindo aumento da

luz, gasolina, do IOF, retirada de subsídios, empresas preocu-padas e o risco de desemprego rondando no ar. Com certeza teremos um 2015 complicado em vários aspectos.

Nunca foi tão necessário e realmente urgente você ter tempo para investir na sua car-reira ou em um plano B de vida. Em momentos de turbulência, sobrevivem os mais preparados, os que geram mais resultado e aqueles que sabem realmen-te agregar valor. Você não é pego de surpresa se está

preparado para eventuali-dades. Só que a maioria

das pessoas só pensa nisso na última hora ou quando já é tarde de-mais. Por isso, pense em algumas coisas para turbinar sua carreira nesse ano:

1 – Tenha clareza do que é importan-

te para você – Gente infeliz não consegue re-

sultados, engajamento e mo-tivação para fazer acontecer. Se não está legal para você, mude, busque alternativas, converse com seu gestor,

comece a pensar em uma vida empreendedora, etc. Pare e re-flita sobre o que que faz senti-do na sua vida e o que não faz, pois saber o que importa ajuda a tomar boas decisões quando se faz necessário.

2 – Aumente seu valor agre-gado – Como você pode agre-gar mais valor para a sua equi-pe? Para o seu trabalho? Para a sua empresa? Tem alguma coisa que possa ser melhorada na rotina? Uma nova forma de diminuir custos? Pense em es-tratégias para melhorar o seu “micro ambiente” com refle-xos no “macro ambiente”. Esse tipo de ação aumenta o valor que você gera para sua equipe, sua empresa.

3 – Pense dia e noite no seu Plano B – Se hoje você perder tudo que tem, o que faria? Se você não tem um Plano B, vai ficar desesperado. Esse pla-no inclui reservas financeiras, oportunidades de carreira a se-rem exploradas ou uma carrei-ra empreendedora. Pense em duas ou três possibilidades de uma segunda carreira e deixe na gaveta.

Não deixe para última hora. Carreira é uma tarefa constan-te, que precisa sempre de ajus-tes, mudanças e upgrades.

Christian Barbosa

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Rádio interna é um diferencial na hora das promoções

Uma pesquisa avaliou o papel das rádios cor-porativas no comporta-mento e na mudança de

atitude dos consumidores para os segmentos de mercearias, super-mercados e farmácias.

O sistema de rádio voltado para o varejo não é uma iniciativa tão nova. Os supermercados têm utilizado músicas para compras desde a década de 50. Nos dias de hoje, com a consolidação das grandes redes de supermercados, as rádios tem servido não somen-te como opção para proporcionar aos seus clientes agradáveis músi-cas, mas também como forma de anunciar os produtos e serviços de que disponibiliza e promocio-nais, além de centralizar e unifi-car as informações prestadas.

Os notáveis avanços da inter-net permitiram que esse modelo de marketing pudesse ser esten-dido também para pequenas e médias empresas, como super-mercados e farmácias, que tal como as grandes redes, podem ter a sua disposição um impor-tante instrumento de informação para seus clientes.

Audiência Potencial das Rádios Corporativas:

• 40% recordam de ter ouvido o áudio interno durante sua visita mais recente a esses estabeleci-mentos;

• 57% entendem que músicas combinadas com anúncios são uma forma aceitável de propa-

ganda;• 18% se lembram de ter ou-

vido músicas ou falas sobre pro-dutos ou serviços dentro dos es-tabelecimentos comerciais;

• 25% acham que a música e informações sobre produtos e serviços poderiam influenciar em suas decisões de investimento;

• 41% compraram algo que não estavam planejando depois de terem ouvido um áudio pro-mocional;

• 36% compraram produtos de marcas diferentes do que es-tavam pensando;

Isso significa que para cada 100 clientes que entram nos su-permercados, 18 ouvem e pres-tam atenção no som interno que está tocando na empresa. Pouco menos da metade desses consumidores, mais ou menos 7 pessoas, compraram algo a mais do que planejavam influenciados pelas informações que ouviram. E um terço, ou seja, 6 consumido-res mudaram a marca do produ-to que iriam comprar.

Para muitos o momento de compras estar mais pra lazer do que para compromisso. O am-biente favorável para melhor acomodação, iluminação, som ambiente e funcionários bem treinados ajudam a ter a satisfa-ção do cliente e seu retorno ao supermercado. “Sempre que vou ao supermercado, confiro o en-carte de produtos, ouço a rádio interna e ainda pechincho no caixa quando tenho preços com-petitivos. Cada vez mais somos alvos da concorrência, e pensan-do no melhor do cliente”, com-pleta a advogada e dona de casa, Margareth Alvares de Souza, re-sidente no bairro Messejana, em Fortaleza.

Note-se que 7% sobre o total de vendas de um estabelecimen-to comercial pode ser um gran-de diferencial na lucratividade dos negócios. E normalmente, o investimento para se implantar essa modalidade de marketing nas empresas não chega a 0,1% do total do faturamento.

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Glúten e lactose: tirá-los da dieta enxuga as medidas?

O glúten é uma proteína presente no trigo, no centeio, na cevada e na

aveia (em menor quantidade). É ele que confere aquela con-sistência fofa aos produtos in-dustrializados, sendo usado especialmente em pães, bolos e massas. Alimentos tão diferen-tes como cerveja, requeijão e sorvete também podem conter glúten. Não é simples assim, já que, em termos de troca caló-rica, o pão sem glúten, à base de fécula de batata ou polvilho, praticamente empata com o tradicional.

Então, como as celebrida-

des perdem peso ao retirar essa substância do cardápio?

“Apesar de o Brasil ter poucas pesquisas sobre glúten, sabe--se que boa parte da população tem alguma dificuldade com ele”, informa a médica nutró-loga Samantha Enande. Essa proteína pode não ser absorvi-da pelo organismo, causando distensão abdominal e descon-forto. Também é responsável por desacelerar o metabolismo, já que demora mais para ser processada. É por isso que, sem ela, a tendência é desinchar e reduzir medidas.

“A simples subtração do glú-ten pode render 3 quilos a me-nos em três meses”, calcula Sa-mantha. Porém, passado esse período, o organismo se habi-

tua à nova situação. De qual-quer maneira, passar um tempi-nho sem pão e massa funciona como um pontapé inicial para um corpo mais enxuto. Faça o teste: tire esses alimentos do cardápio por 30 dias e observe a resposta do seu corpo.

Só para lembrar: a obesida-

de é um processo inflamatório do organismo com múltiplas causas. “Quem tem um alto consumo de uma proteína di-fícil de ser digerida, como o glúten, está arriscado a desen-cadear uma inflamação nas pa-redes do intestino e, com isso, comprometer a absorção de micronutrientes importantes”, explica a nutricionista Denise

SAÚDE

Madi Carreiro, autora do livro Alimentação, Problema e Solu-ção para Doenças Crônicas.

A vida sem leite fica mais saudável?

Mesmo quem ama esse ali-mento e acha difícil viver sem ele deve prestar atenção nos si-nais do organismo. Segundo a Associação Americana de Gas-troenterologia e Nutrição, 85% da população adulta tem algum grau de intolerante à lactose, o açúcar do leite. “Não fomos feitos para consumir leite após os primeiros anos de vida”, afir-ma a médica Loraine Landgraf. A produção de lactase, enzima responsável pela quebra desse açúcar, diminui com os anos e, sem ela, a lactose, mal digerida, provoca distensão abdominal, retenção de líquido e sensação de estufamento - que diminui muito quando se tira o leite do dia a dia. “Não é garantia de que haverá perda de peso”, explica Loraine. “O que ocorre é que o organismo elimina me-lhor as toxinas. Com isso, a pes-soa desincha e tem a sensação de o corpo ficar mais sequinho. Cortar o leite pode melhorar até o aspecto da celulite.”

Também no caso do leite não

resolve trocar o integral pelo desnatado, pois o que se retira dele é a gordura, e não o açú-car. Se for impossível renunciar a esse alimento, então é melhor você buscar um tipo de leite sem lactose. E os derivados? Queijo e iogurte contêm muito menos lactose, e a maioria das pessoas intolerantes a ela con-

segue consumi-los, segundo o professor e especialista em nu-trição canadense Joe Schwarcz, autor do livro Uma Maçã por Dia - Mitos e Verdades sobre os Alimentos que Comemos (Zahar). De qualquer maneira, é bom fazer um teste: cortar até os derivados por um tempo (de 20 a 30 dias) e, quando voltar a incluí-los no cardápio, observe como seu organismo reage.

Alergia é o mesmo que intolerância?

São duas situações diferen-tes. Fala-se em alergia quando a reação adversa a um alimen-to desencadeia um mecanismo imunológico. “As reações po-dem ser leves, como uma co-ceira na pele, ou graves, como

o choque anafilático, em que a vida é colocada em risco”, explica a médica especializada em alergias Loraine Landgraf. Pode ser desencadeada por vá-rios alimentos, porém os mais comuns são: leite de vaca, ovo, trigo, peixe e crustáceo. Para re-verter o quadro alérgico, além de medicamentos específicos, é essencial suspender o consu-mo do alimento desencadean-te. Menos grave, a intolerância provoca mal-estar, desconforto, gases e distensão abdominal e pode ser tratada apenas com ajustes na alimentação.

Fonte: M de Mulher

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Balanço divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) mos-tra que em 2014 o setor

de franquias cresceu 7,7%, re-gistrando faturamento de R$ 127,331 bilhões. “A trajetória ascendente do faturamento do setor é uma demonstração clara do virtuoso ciclo de desenvolvi-mento do sistema de franquias brasileiro, amadurecido, regu-lamentado pela Lei do Franchi-sing, 8.955/94, que completa 20 anos”, avalia a presidente da ABF, Cristina Franco.

Quanto à geração de empre-

FRANQUIA

Setor de franquias cresce 7,7% em 2014 no país

gos diretos, o estudo da ABF aponta que o sistema de fran-quias aumentou em 6,5% o nú-mero de postos de trabalho ge-rados, passando de 1.029.681 para 1.096.859, em 2014.

De acordo com a ABF, em termos comparativos, do total de 396.993 empregos formais criados no Brasil em 2014, o franchising respondeu por 67.178 deles – o equivalente a 16,9% dos empregados regis-trados no período, enquanto a indústria reduziu as contrata-ções em 3,2%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de

Empregos e Salários do IBGE.

O levantamento da ABF re-gistrou uma expansão de 9,8% das unidades de franquia em operação no país. O número de pontos de venda das redes subiu para 125.641, o que re-presenta a abertura de 11.232 unidades.

O franchising manteve bai-xo índice de fechamento de negócios. De acordo com o le-vantamento, a mortalidade de empresas no sistema de fran-quias foi de 3,7% em 2014. O índice de mortalidade dos ne-

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gócios tradicionais, segundo o SEBRAE, é de 24,9% em dois anos.

De acordo com o levanta-mento da ABF, o índice de mu-nicípios brasileiros com opera-ções de franquias em 2014 é de 37,8%. São Paulo (16,5%), Rio de Janeiro (7,4%) e Belo Hori-zonte (2,4%) são os municípios com maior número de unida-des franqueadas. O movimento de interiorização do franchising é exemplificado pela presença de marcas em 2.108 municí-pios do país.

O lançamento de novas re-des de franquia no mercado nacional avançou 8,8% em 2014 comparado ao ano ante-rior. De acordo com o estudo, o número de marcas saltou de 2.703 para 2.942 no período, o que equivale à entrada em ope-ração de 239 redes no país, em todos os segmentos do franchi-sing.

Ranking mundialO número de 2.942 marcas

de franquia existentes no Brasil em 2014 posicionou o país em quarto lugar no ranking mun-dial do World Franchise Coun-cil (WFC). No topo da lista está a China, com 4.000 marcas; os Estados Unidos subiram do quarto para o segundo lugar, com 3.828 marcas, seguido da Coréia do Sul, com 3.691 redes.

Já em relação às unidades em operação, o Brasil manteve a sexta colocação no ranking do WFC, com 125.641 unida-des. O ranking é liderado pelos

Estados Unidos (769.683), com a China em 2º lugar (330.000), Japão em 3º (252.514), Coréia do Sul em 4º (203.349) e Fili-pinas na 5ª posição (130.000).

SetoresEm 2014, o segmento que

mais cresceu foi o de comu-nicação, informática e eletrô-nicos, com faturamento 27% maior do que em 2013. O au-mento do número de empresas prestadoras de serviço e agên-cias digitais, além da crescente venda de smartphones, com-putadores e aparelhos de TV favoreceram a expansão desse mercado.

Em segundo lugar está o segmento de acessórios pesso-ais e calçados, que cresceu 19% no ano passado. Fatores como o ingresso definitivo das mulhe-res no mercado de trabalho e a melhora do poder aquisitivo da classe média são os grandes im-pulsionadores desse segmento.

Na sequência, casa e cons-trução foi o terceiro segmento que apresentou maior variação de faturamento: 17% a mais de 2013 para 2014. A pesquisa re-vela que o mercado de manu-tenção doméstica, decoração, colchões e itens para pequenos reparos alavancaram esse cres-cimento, mesmo com o setor de construção civil apresentan-do sinais de desaquecimento.

Faturamento por setorNa composição do fatura-

mento, o setor de negócios, serviços e outros varejos res-ponde por 21% de participa-

ção. O segmento de Alimen-tação é responsável por 20,1% do faturamento do franchising nacional, ocupando o 2º lugar. O terceiro segmento mais re-presentativo do sistema é o de esportes, saúde, beleza e lazer, com 18,3%.

InternacionalizaçãoOs dados apurados pela ABF

indicam que dentre as 2.942 redes existentes no Brasil, cer-ca de 94,4% são originalmen-te nacionais. Desse total, 106 marcas possuem presença in-ternacional, sendo 96 com operações em 51 países e 10 redes que realizam exportação. Os segmentos com maior parti-cipação no exterior são espor-te, saúde, beleza e lazer, com 18,30%; acessórios pessoais e calçados, também com 18,30% e alimentação, 16,10%. Ainda de acordo com o estudo, a pre-sença de marcas estrangeiras no Brasil é de 5,6%.

Projeções para 2015Com base nos estudos tri-

mestrais da entidade e em da-dos macroeconômicos, a ABF estima que o crescimento do faturamento do setor em 2015 fique entre 7,5% e 9,0%. Já o número de marcas deve au-mentar 8% e o de novas unida-des, crescer entre 9% e 10%.

Fonte: Associação Brasileira de Franchising (ABF)

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Focados em oferecer qualidade, preço com-petitivo e um ambiente harmonizado, o Super-mercado São Francisco,

com duas lojas em Fortaleza, reinaugura sua loja no bair-ro Bom Jardim em 24 anos de atuação, tendo como foco o re-conhecimento e satisfação dos clientes. Com a expansão a loja passa a ter 985m² e corpo de 165 funcionários nas duas uni-dades. A segunda loja funciona no bairro Granja Portugal e em breve receberá uma ampliação de espaço e modernidade.

INAUGURAÇÃO

Os empresários Adelina Fer-nandes e Marcos Sousa, casa-dos e sócios no empreendimen-to, investem em comodidade e modernidade. As lojas são equipadas com tecnologia co-mercial e automação, gôndo-las amplas, sinalização de fácil acesso, layout moderno e acon-chegante, tudo para atrair com-pradores da região do Siqueira e bairros vizinhos. “Na região nosso maior competitivo é o preço e recebemos clientes de bairros distantes da capital, por isso mantemos a qualidade do produto e o preço acessível”,

disse Adelina. “Temos qualida-de, variedade e economia para atender nossa clientela que a cada dia se torna fiel”, comple-ta.

Na reinauguração, os proprie-tários recepcionaram os clientes promovendo ações de saúde, apoio ao projeto de ginásti-ca laboral para idosos e ações sustentáveis. “Realmente, não tenho nem palavras para tradu-zir meu sentimento agora! Que Deus continue nos abençoando e agora é ‘arregaçar as mangas’ e trabalhar ainda mais”, frisou Marcos.

Tomada por clientes e ami-gos, a inauguração contou com um expressivo número de pessoas: “Compro no São Fran-cisco desde quando abriu o su-permercado. Adoro os meninos (Adelina e Marcos) e estou mui-to feliz com a nova ampliação”, comentou a comerciante Ana Maria Silva Balde. “Achei muito bom, pois sou cliente de sem-pre e já percebi que aumentou muito a variedade de produ-tos”, ressaltou a cliente Nair Sil-va, enquanto percorria os cor-redores do supermercado.

Supermercado São Francisco amplia loja com mais modernidade e conforto

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O que pensam os clientes“Gosto dos preços, do es-

paço e do conforto. Moro em outro bairro e já faço minhas compras há 12 anos no mes-mo supermercado. Agora com estacionamento melhorou o acesso”. Nancy Soares, Maran-guape, 49 anos

“Com a reforma e amplia-

ção, é notória a variação dos produtos, capacitação dos funcionários e tem inúmeras opções e facilidades de paga-mento. Mas, o preço competi-tivo me atraiu”. Clevilson Freire Pontes, Siqueira, 47 anos.

“Tenho acompanhado este crescimento e geração de em-pregos com a reinauguração da

loja. Não existe crise, pelo con-trário, força de vontade de um casal inovador e cheio de ideias. Ainda lembro que iniciou com uma mercearia no bairro e hoje, com dois grandes supermerca-dos, mantendo assim, acessa a vontade de crescer e ajudar a centenas de famílias que re-sidem no bairro de atuação”. Wilson Freire, M Dias Branco.

João Marques - Adelina FernandesMárcio Adriano

Adelina Fernandes com Representantes da Itambé

Bitu Neto - Clebio Lemos - Daniel NascimentoHenrique Costa - Wilson Freire

Café da manhã

Dinha Lima - Adelina Fernandes Adelina Fernandes - Cilvia Sousa - Virgilho Sousa Nova Instalação Adelina Fernandes - Juciê

Proprietários Funcionários do Super Mercado São Francisco

Mario Elder - Kleiber Nogueira - Osvaldo Junior Adelina Fernandes - Marcos Sousa - José Walter

João da Paz - Adelina fernandesFelipe Douglas

Lidiana Gustavo - Adelina FernandesPaulo César

Marcos Sousa - Adelina Fernandes - Daniel Felício

Adelina Fernandes e representantes da JSB Distribuidora

Marcos Sousa - Adelina Fernandes - Vagner Tavares - Antônio Vieira - Daniel Felício - Rubenilson Bandeira

Antônio Vieira - Adelina FernandesMarcos Sousa

Sofhia Oliveira - Adelina Fernandes Wilson Freire - Adelina Nernandes - Bitu Neto

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ARTIGO

A gestão financeira é o pul-mão de uma empresa. Dizem por aí que o setor de vendas é o cora-ção, e realmente acredito. Mas a gestão financeira é tão importan-te que não é possível optar por uma ou outra.

Sem coração não há vida e sem pulmão também não. Se um dos dois estiver fraco o cor-po todo sofre. Conheci muitas empresas que fecharam as portas num momento em que as vendas iam muito bem.

Estas empresas vendiam sem lucro, pagavam os fornecedores antes de receber do cliente, to-mavam empréstimo todo mês e pagavam toneladas de juros. Elas vendiam muito, portanto tinham coração saudável. Mas como a gestão financeira era fraca, seu pulmão estava doente.

Tendo um coração em perfei-ta saúde, o resultado foi a morte por pneumonia.

Acredite, estamos vivendo um surto de pneumonia empresarial.

Poucos fazem uma boa ges-tão financeira, com ferramentas apropriadas priorizando a gera-ção de caixa. É exatamente isto que tenho ensinado nos cursos de Gestão Financeira pelos 22 estados brasileiro onde já tive a oportunidade de passar.

Se você pesquisar no Youtube o termo “coral de empresários” vai encontrar dezenas de vídeos dos meus alunos cantando esta

dica: “o empresário cui-da do dinheiro, e o resto é pra delegar”.

Este grupo de profis-sionais já descobriu que é preciso encontrar tem-po diariamente para se dedicar à gestão finan-ceira do seu negócio. Eles estão administrando a empresa de um jeito que privilegia o caixa.

No treinamento eu ensino as quatro soluções para a falta de dinheiro, como fazer previsões financeiras, como reduzir custos sem prejudicar a operação, como trazer o cliente de volta e tam-bém quebro os 3 mitos da gestão financeira:

- como calcular o valor de

sua empresa;- como calcular a lucrati-

vidade do seu negócio;- como sair da dependên-

cia de bancos. Meu conselho para você é:

pare de reclamar. A reclamação nunca trouxe dinheiro pra conta bancária de ninguém. Tome uma atitude. Melhore seus processos internos, cuide bem do seu ma-rketing, reduza seus custos e ad-ministre muito bem os recursos financeiros.

O mercado em baixa está fa-zendo uma seleção natural das empresas e o critério não é o

mais forte, e sim o mais rápido. Vai sobreviver a empresa quem se adaptar mais rápido, quem melhorar sua gestão mais rápi-do, quem entender que o caixa é fundamental e precisa de aten-ção urgente.

Quem fizer isto, estará cuidan-do do pulmão da empresa.

Na minha opinião, cuidar da Gestão Financeira é a verdadeira vacina contra a crise.

Eu espero que você venha to-mar sua dose de vacina nos dias 10 e 11 de Agosto na Fábrica de Negócios.

Currículo:

Samuel Marques é advoga-do de empresa, especialista na área financeira; Possui MBA em Administração e Finanças, e cer-tificação em Executive Coach pela Corporate U; Autor de livros e DVDs nas áreas de finanças e produtividade; Dirige o Instituto Samuel Marques, com sede na

capital de São Paulo.

A empresa com Pneumonia

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CAPA

ENTREVISTA COM JOSÉ

WILLAME DE ARAÚJO,

PRESIDENTE DA ASPB

Em entrevista para a revista Nosso Setor, o novo presidente da Associação de Supermercados da Paraíba, José Willa-mede Araújo, fala

sobre o trabalho para condução da entidade nos próximos dois anos e sobre os desafios para enfrentar o momento econômi-co complicado em 2015. Ape-

sar das dificuldades, o mercado ainda oferece possibilidades de desenvolvimento para os em-presários locais, especialmente aqueles que estão investindo na capacitação das suas equipes e profissionalização dos proces-sos de gestão.

Fale um pouco sobre sua trajetória como empresário do setor.

Fui durante 10 anos funcio-nário dos Correios no Rio Gran-de do Norte, o que me permi-tiu conhecer uma empresa de grande porte e sua estrutura de funcionamento. Mas sempre tive o desejo de empreender e voltar à minha terra natal, Jua-zeirinho (PB). Em 1992, realizei esse sonho e abri o meu pró-prio negócio, uma loja de 100 metros quadrados, mas sempre com muita vontade de crescer e mostrar o que poderíamos fa-zer no setor.

Desde o princípio buscamos as melhores práticas do seg-mento, cumprimento das re-gras e a participação nos even-tos de formação da Abras. Em 1993 já participava da minha primeira feira do setor, no Rio de Janeiro. Também nessa épo-ca fui me aproximando da As-sociação de Supermercados da Paraíba, integrando a direção da entidade e representando a ASPB no interior do Estado.

Hoje, temos uma loja de 500 metros quadrados de área de venda. Costumo dizer que vendemos de tudo, inclusive alimentos, já que temos bazar, têxtil, móveis, linha branca e

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marrom na nossa área de ven-das. Hoje, busco diversificar o investimento e estamos nos preparando para abrir, num fu-turo próximo, mais dois empre-endimentos no setor de confec-ção e móveis, que vão surgir na cidade de Santa Luzia, num ter-reno de 3 mil metros quadra-dos de área, sendo mil de área de vendas.

Qual sua principal missão à frente da ASPB?

Quero dar o melhor e con-tribuir para o desenvolvimento do setor supermercadista da Paraíba. Como temos limita-ções, escolhemos algumas ban-deiras principais. Uma delas é a aproximação e o melhor rela-cionamento com os órgãos de controle e fiscalização, como Procon, Ministério Público, Vi-gilância Sanitária, Inmetro, Su-dema, entre outros.

Nossa ideia é mostrar que estamos alinhados com o com-promisso das boas práticas nas nossas lojas. Que erros podem acontecer, mas que os empre-sários do setor, em sua grande maioria, não operam para bur-lar leis ou prejudicar o consumi-dor, que é o principal motivo de existência das nossas empresas.

Queremos construir juntos com os órgãos de controle a melhor experiência de compra nas lojas de supermercados. Sabemos da confiança que os consumidores depositam nas nossas empresas e queremos retribuir com a melhor qualida-de de serviços e produtos. Afi-nal, nossa existência depende da melhor relação com nossos

públicos alvo: clientes, parcei-ros, fornecedores, órgãos de controle e governo.

Qual a expectativa para o setor supermercadista da Paraíba nos próximos dois anos?

Estamos vivendo um mo-mento de recessão na econo-mia. Isso é inegável. Sou otimis-ta, mas é preciso encarar que trabalhamos hoje dentro de uma situação econômica bas-tante difícil, com diminuição do ticket de compras, inflação e desconfiança do consumidor. Como superar isso? Com muito trabalho e mantendo-se firme dentro dos objetivos da empre-sa.

A Abras trabalha com uma expectativa de crescimento de 1% nesse ano. Apesar de seguir o posicionamento da entida-de, acho que se conseguirmos repetir o resultado de 2014, já podemos entender como um ponto positivo.

Como estimular a capaci-tação e melhoria constante nas empresas do setor?

Estimulamos nossos asso-ciados a participar dos eventos de capacitação da Abras, fazer contatos e parcerias com enti-dades como o Sebrae, propor-cionar treinamentos e capaci-tação para a equipe, renovar e trazer novas tecnologias para o negócio e melhorar a eficiência das empresas por meio de um RH eficiente. Isso torna o cres-cimento das empresas susten-tável.

Como ASPB participa na fomentação de novos negó-cios e oportunidades?

Esse período de retração dei-xa os grandes investimentos em reformas e ampliação em stand by. Penso que é mais importan-te hoje arrumar a casa, investir em melhorias no sistema inter-no das lojas. O mercado vai rea-quecer e as empresas precisam estar preparadas e ajustadas para esse momento.

Quais os principais entra-ves do setor?

Há dois meses, participamos em Brasília de uma reunião para a formação da Frente Par-lamentar em Defesa do Varejo, que contou com a assinatura de mais de 42% dos parlamen-tares, entre deputados e sena-dores. Nossa objetivo é conse-guir, junto ao governo federal, a desburocratização da apura-ção de impostos que incidem sobre o setor.

Queremos que o governo nos veja como parceiros e com menos desconfiança. Somos um setor importante, gerador de empregos e renda e, em sua grande maioria, os supermer-cadistas contribuem de forma correta com arrecadação de im-postos. Buscamos uma discus-são permanente de melhorias para o setor, com a simplifica-ção tributária e estímulos para o crescimento econômico do varejo no país.

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CONVENÇÃO

Varejo, Atacado e Indústria se encontram em João Pessoa na Consuper 2015

Evento de negócios e rela-cionamento entre varejis-tas, atacadistas e indústria, a Consuper (Convenção Pa-

raibana de Supermercados) che-ga à sua décima primeira edição, este ano, como um dos eventos mais consagrados no segmento supermercadista de todo o país.

Com o tema “Operação de Loja: Planejar e Executar”, a fei-ra acontece entre os dias 20 e 22 de outubro, no Centro de Con-venções de João Pessoa, e deve reunir cerca de 50 empresas, re-presentando mais de 200 marcas regionais, que vão levar aos visi-tantes, novidades em produtos e serviços, além de criar ações de relacionamento com os varejistas.

Durante os três dias da con-venção de supermercados são esperados mais de 10 mil repre-sentantes do varejo da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, em sua maioria pequenos e médios empresários.

“Este tem sido um ano bastan-te difícil para os varejistas da nossa região. Enfrentamos desafios diá-rios para manter o nível de cres-cimento e a geração de emprego e renda, em meio às notícias de desaceleração da economia e in-flação. Apesar das dificuldades, o mercado ainda oferece muitas possibilidades de desenvolvimen-to e os empresários locais devem investir na capacitação das suas equipes, melhoria dos pontos de venda e profissionalização dos processos e gestão”, explica José Willame, presidente da Associa-ção de Supermercados da Paraíba (ASPB).

Para ele, o encontro anual da Consuper é uma maneira de for-talecer os laços entre os empresá-rios do setor, conhecer as novida-des e ainda participar de rodadas de negócio com vantagens dife-renciadas para os participantes. “O ambiente de feira é propício para que clientes e fornecedores

concretizem bons negócios, além de promover o relacionamento entre as marcas”.

Sobre a Consuper – A feira realizada na Paraíba chega a sua décima primeira edição e é apon-tada por especialistas e represen-tantes do segmento como uma das mais importantes do Norte/Nordeste, contabilizando, ano a ano, números cada vez mais po-sitivos.

SERVIÇO: CONSUPER 2015 – Convenção Paraibana de Super-mercados

Data: 20 a 22 de Outubro.Local: Centro de Convenções

de João PessoaPromoção: Associação de Su-

permercados da Paraíba (ASPB) em parceria com Associação Pa-raibana de Atacadistas e Distri-buidores (ASPAD).

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Sem chuvas suficientes para irrigar plantações há quase quatro anos e com açudes pratica-mente vazios, várias

economias locais no interior do Nordeste, fortemente depen-dentes da produção agrícola, entraram em colapso. A seca que assola o Nordeste e o norte de Minas Gerais é classificada pelo Ministério da Integração, como a pior dos últimos 30 anos e já atingiu mais de 10 mi-lhões de pessoas.

De acordo com o Depar-tamento de Meteorologia da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), as chuvas dos últimos anos não têm sido suficientes para en-cher os reservatórios, nem para recuperar as reservas de água no subsolo.

Os impactos, no entanto,

ESTIAGEM

Seca reduz produção, encarece produtos e gera escassez no varejo

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vão bem além dos prejuízos di-retos causados às populações do campo no Semiárido, que dependem da agricultura e da pecuária para sobreviver. Ao afetar a produção agrícola, a estiagem produz um efeito cas-cata, que se estende a toda a cadeia produtiva, da plantação ao supermercado.

A seca na Paraíba causou a perda de 40% do rebanho animal e 90% da safra agríco-la, de acordo com dados do governo paraibano. Segundo informações da Federação da Agricultura da Paraíba (Faepa), com chuvas abaixo do espera-do no Cariri e Sertão do Estado, a produção nestas regiões pra-ticamente não existe há quatro anos. Para se ter uma ideia,

num ano com precipitações dentro da média, a Paraíba pro-duz cerca de 300 mil toneladas de grãos no ano. Em 2014, o volume foi de pouco mais de 49 mil toneladas, uma queda de mais de 83%.

Com isso, o setor supermer-cadista tem amargado sérias dificuldades no Estado devido à estiagem. A falta de chuva no estado atinge cerca de 60 mil produtores e causa prejuízos também na hora de comprar: nos municípios em estado de emergência, produtos agrope-cuários, alimentos e água tive-ram quase 50% de aumento.

“A produção deficitária colo-ca menos produtos no merca-do, aumentando os custos dos distribuidores e, por consequ-

ência, os preços para o consu-midor final. Com a estiagem, cai a qualidade, aumenta o pre-ço e diminui o consumo”, res-salta José Willame, presidente da Associação de Supermerca-dos da Paraíba (ASPB).

A alternativa dos supermer-cadistas tem sido buscar em outros mercados o que falta no Estado. Mesmo assim, nem sempre é possível suprir todo o déficit.

Previsão nada animadora A estiagem na região do Se-

miárido do Nordeste é a pior registrada nos últimos 50 anos. De acordo com o governo fe-deral, 1.415 municípios sofrem com a falta de chuvas, que afeta a vida de quase 22 milhões de brasileiros. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (In-met), não há previsão de gran-des chuvas até o final do ano e, portanto, a seca continua.

Transposição seria solução A crise hídrica que assola a

Paraíba e atinge quase todos os setores da economia poderia ser amenizada, ou até não exis-tir, se as obras da transposição do rio São Francisco já estives-sem concluídas.

Com mais de três anos de atraso (a previsão inicial é que as obras estivessem concluídas em 2012), a transposição só deve beneficiar mesmo os pa-raibanos no final de 2017, isso de acordo com as estimativas do governo federal. Mas até lá, fica a pergunta: o que vai acon-tecer com os setores econômi-cos da Paraíba, já que a seca não deve dar trégua na região?

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A necessidade de buscar eco-nomia e qualidade nas compras do mês está refletindo no com-portamento de compra do con-sumidor, que vem optando por produtos de marca própria das redes varejistas. Estudo da con-sultoria Nielsen, divulgado no ano passado, aponta oportuni-dades para o setor. Segundo a pesquisa, o mercado brasileiro de marcas próprias registrou R$ 3,25 bilhões em faturamento em 2013 e teve crescimento anual de 11% no ano passado. A expectativa é que, com mais vantagens ao consumidor, o mercado continue crescendo este ano.

O GPA, responsável pelas ban-deiras Extra e Pão de Açúcar na Paraíba, já registra em 2015 um crescimento de vendas de 16% na categoria de marcas exclusivas no Nordeste, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Com qualidade igual ou su-

ECONOMIA

NA BUSCA POR ECONOMIA, CONSUMIDORES PROCURAM PRODUTOS DE MARCA PRÓPRIA

perior às grandes marcas da in-dústria por um preço mais baixo, os 100 produtos mais vendidos da marca Qualitá, por exemplo, tiveram crescimento em vendas superior a 10% entre janeiro e abril deste ano se comparado ao mesmo período de 2014.

Na Paraíba, os itens mais ven-didos das marcas Qualitá nas lojas Extra e Pão de Açúcar são frutas, legumes, verduras, ovos, óleo de soja, panetone, filé de polaca e açúcar. Já em perfumaria (marca Liss) estão: fio dental, hastes fle-xíveis, algodão em bola, aparelho de barbear, escova dental, remo-vedor de esmalte. Destaque ain-da, para a marca de não-alimen-tos Finlandek, que vem obtendo excelente aceitação de venda em todo o Nordeste.

“Para estimular, ainda mais, os clientes a conhecerem os produ-tos de marcas exclusivas, Extra e Pão de Açúcar promoverão mais

degustações em loja, principal-mente nas datas comemorativas. As redes também aumentarão os descontos em produtos e ofertas especiais para os clientes dos pro-gramas de fidelidade. Além disso, nossa área de Marcas Exclusivas trará mais lançamentos de pro-dutos para composição do mix das marcas, visando atender às necessidades dos clientes”, expli-ca Silvana Balbo, gerente geral de Marcas Exclusivas do GPA.

O Assaí Atacadista também reforçou a oferta de produtos exclusivos com o lançamento este ano da marca ‘Chef’ - espe-cializada em alimentação -, com foco no público alvo da rede: os micro e pequenos empresários. A Chef busca trazer um concei-to premium, para criar uma boa identidade de marca para o clien-te transformador, reforçando os conceitos do Assaí de entregar o melhor custo x benefício.

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EM QUEDA

SUPERMERCADOS SENTEM QUEDA NAS VENDAS E SETOR PLANEJA ANO COM BAIXO CRESCIMENTO

O setor supermercadista começa a sentir o peso da volta da inflação e da recessão econômi-

ca. Na região metropolitana de João Pessoa, apesar de fechar o primeiro trimestre de 2015 com aumento de 2,91% nas vendas, em relação ao mesmo período do ano passado, um dado cha-mou atenção e fez acender o si-nal amarelo: no mês de março, o setor registrou queda de 2,51%, a primeira queda do ano nessa comparação.

Os custos relacionados à ali-mentação, que respondem por um quinto do orçamento das famílias brasileiras, vêm subindo acima da renda há cinco meses seguidos. Em março, de acordo com o último dado disponível sobre rendimento, essa diferen-ça alcançou um novo patamar: dois pontos porcentuais.

Além de cortar gastos para readequar o orçamento e garan-tir o abastecimento da casa, o consumidor está gastando mais também para pagar as contas de luz e água - itens essenciais no dia a dia.

Esses dados dão uma pers-pectiva pessimista para o setor supermercadista na Paraíba. Se-gundo o presidente da Associa-ção dos Supermercados da Para-íba (ASPB), José Willame Araújo,

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a expectativa da Associação Bra-sileira de Supermercados (Abras) é que haja crescimento de 1% nas vendas dos supermercados do país em 2015, mas o pre-sidente da ASPB acredita que, pelo menos na Paraíba, isso não será possível.

Segundo ele, algumas di-ferenças nos hábitos dos con-sumidores já começam a ser observadas no supermercado. A primeira delas é que os con-sumidores têm ido à loja com uma frequência menor. Além disso, itens que não são consi-derados de primeira necessidade têm sido comprados em menor quantidade.

Na capital, a queda referen-te ao mês de março também foi sentida. O gerente de marketing da rede de supermercados Be-Mais, Joseci Pereira, afirmou que realmente houve uma retração nesse mês, o que ele julga com-preensível diante do atual cená-rio econômico.“Encaramos isso com naturalidade, mas, apesar

disso, nossa expectativa para o ano é de crescimento. Espera-mos crescer em torno de 10% incluindo a inflação”, contou. Segundo ele, no mês de abril as vendas foram normalizadas, o que reforça a ideia de que o crescimento é possível.

Inflação não recua Em maio, o grupo de ali-

mentos e bebidas teve a maior variação do IPCA. O avanço em 12 meses passou para 8,80% - acima do índice geral, que ficou em 8,47%.

As variações climáticas que afetaram a safra diminuíram a oferta de produtos como to-mate, cebola e outros legumes. Apenas em 2015, a cebola do-brou de preço e o tomate acu-mula alta de 80%. É comum que o preço de alimentos in natura suba no início do ano e passe a se recompor a partir de maio, mas até o momento isso não se confirmou.

Dicas para EconomizarAproveitar os calendários

promocionais, buscar produtos de marca própria e organizar, junto com amigos e familiares, compras em grande volume nas lojas de atacarejo. Eis algumas dicas para o consumidor econo-mizar em suas compras do mês.

Desde grandes redes varejis-tas até supermercados de mé-dio e pequeno porte, os super-mercados possuem calendários promocionais semanais, que propiciam ao cliente economi-zar nas compras, resultado de negociação com fornecedores e distribuidores. A rede Extra, por exemplo, mantém mecânicas de ofertas, promoções e opor-tunidadescomo a tradicional 4ª Extra, com descontos em itens de hortifrúti. A rede também lançou em 2014 o Clube Extra, que permite aos consumidores acumular pontos para trocar por vales compra, acesso a custo-mização de ofertas, produtos e serviços, além de descontos ex-clusivos e participação preferen-cial em todas as ações realizadas pela marca.

O hábito de estocar, um com-

portamento típico de momentos inflacionários, volta a fazer par-te da rotina dos brasileiros. De acordo com pesquisa feita com 3.500 pessoas no fim de março pelo instituto Data Popular, 32% dos consumidores de classe C que fizeram compras nos 30 dias anteriores ao levantamento foram a lojas de atacado ou dis-tribuidores com amigos ou vizi-nhos para economizar na com-pra coletiva.

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Uma nova articulação está co-meçando em prol da caprinocultu-ra no Cariri paraibano. Um grupo formado por entidades, sociedade civil e poder público discutiu polí-ticas públicas voltadas ao territó-rio. A primeira reunião ocorreu na cidade de Sumé.

O grupo traçou novas metas e

objetivos para uma das principais atividades econômicas do local. O próximo passo será um encontro dos secretários de Agricultura do Cariri, no município de Taperoá, no dia 20 de junho, com exposi-ção de caprinos.

O primeiro encontro da rede de cooperação foi organizado pela equipe do Sebrae em Monteiro e prefeitura de São João dos Cordei-ros, em parceria com a Emater do Cariri, Fórum do Cariri Ocidental e demais secretarias da Agricultura. Segundo a gerente do Sebrae em Monteiro, Madalena Arruda, hou-ve a formação da rede e já come-çou o planejamento das próximas ações.

“Essa é uma das alternativas para enfrentar as dificuldades do atual cenário sócio-organizacional da nossa região. Começamos a criar a estratégia para continuar o desenvolvimento e fortalecimento da cadeia produtiva da caprino-

SEBRAE

REDE DE COOPERAÇÃO É CRIADA no Cariri PARA potencializar cadeia produtiva da CAPRINOCULTURA

vinocultura. Entendemos ser esta uma das principais ativida-des sócio econômicas capazes de promover o desenvolvimento re-gional sustentável”, disse.

Durante a reunião, os assuntos abordados as parcerias a serem desenvolvidas para o segundo semestre de 2015 e para 2016, um diagnostico da produção para uma elaboração da cadeia pro-dutiva de leite e carne e a forma-tação de um plano de marketing para os derivados do leite de ca-bra, com o objetivo de contribuir para o aumento do consumo dos produtos.

O grupo ainda falou sobre a criação de eventos locais, houve uma apresentação da Usina Agu-bel, um debate sobre a reestrutu-ração do Fórum dos Secretários de Agricultura do Território do Cariri Ocidental e uma discussão sobre os projetos do Programa In-fraestrutura dos Territórios da Ci-dadania (Proinf). Através do Pro-grama estão sendo programadas feiras agroecológicas e aquisição de maquinários para agricultura familiar. Os projetos estão sendo licitados para serem entregues aos agricultores e às organizações do Cariri Ocidental.

O consultor do Sebrae, Aldo-

mário Rodri-gues, e o gestor

do pro- jeto Aprisco, José Edvânio, afirmaram que o desa-fio da economia no território está no fortalecimento desta cadeia produtiva. “Através das parcerias efetivas, integrando às ações das esferas estaduais e federais e as administrações municipais, pre-tendemos nos mover. Trata-se de uma reunião importante para a atividade. Estabelecemos funda-mentos para o fortalecimento do setor”, comentou.

Participaram da reunião, se-cretários municipais ou represen-tantes da Agricultura de São João dos Cordeiros, Livramento, Serra Branca, Sumé, Taperoá, Camalaú, Congo, Prata, Coxixola, Parari e Umbuzeiro. Outros participantes foram os parceiros da Coopagel, Cisco, ACCOP e AGUBEL, Centro Vida Nordeste e da Associação de Produtores de Caprinos.

SEBRAE

Gestores municipais paraibanos criaram o Fórum Estadual de Secretários e Di-

rigentes Municipais de De-senvolvimento Econômico, em Campina Grande. Cer-ca de 100 representantes dos municípios da Paraíba aprovaram por unanimi-dade a carta de criação do fórum, que tem por objetivo compartilhar experiências, discutir políticas públicas e fomentar o desen-volvimento econômico local. Durante o evento, o Sebrae Pa-raíba lançou o Prêmio Prefeito Empreendedor, que já está ins-crevendo projetos.

De acordo com o superin-

tendente do Sebrae Paraíba, Walter Aguiar, a criação do Fó-rum é o passo inicial para reunir a governança local. “O Sebrae vem trabalhando o desenvol-vimento econômico em todas as microrregiões do Estado. O Fórum é fundamental para agregar as forças do Estado e dos municípios. O desafio do

Nordeste é dobrado, porque te-mos secas e clima quente. Mas como disse Euclides da Cunha, ‘o nordestino é, antes de tudo, um forte”, disse.

Ele ainda ressaltou que uma

das propostas dessa nova união é fazer com que os convênios municipais ocorram com mais frequência. “Todos nós somos responsáveis pelo desenvolvi-mento, por isso, devemos criar pactos e firmar convênios”, fir-mou o superintendente.

Além da criação do Fórum,

o evento contou com a palestra “Desafios para a articulação da rede de secretários e gestores municipais de desenvolvimento econômico”, com o consultor da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Jeconias Rosendo Júnior. Ele explicou que o desenvolvi-mento não acontece por acaso e que precisa de pessoas envol-vidas com o mesmo propósito para dar certo.

“Precisamos buscar a união

nacional pelo desenvolvimento, unindo municípios, estados e o poder federal. Somos cerca de

PARAÍBA CRIA FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SEBRAE LANÇA PRÊMIO PREFEITO EMPREENDEDOR

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30 mil secretários de Desenvol-vimento no Brasil. Já consegui-mos criar o Fórum entre quase dois mil desses agentes munici-pais. Um dia, todos estarão uni-dos em rede, compartilhando experiências e conhecimento”, disse. Ao final da sua explana-ção, Jeconias distribui a carta de criação do Fórum, que foi aprovada com unanimidade, para a assinatura coletiva.

A Paraíba é o 13º Estado do

país a criar o Fórum. Dos doze já existentes, quatro estão na região Nordeste (Bahia, Ceará, Pernambuco e Sergipe). Para que o Fórum atue com vigor e todos consigam alcançar políti-cas públicas de desenvolvimen-to mais inclusivas, os prefeitos precisam implementar a Lei Geral 123/2006, da Micro e Pe-quena Empresa (MPE). Na Para-

íba, atualmente, são 91 cidades com a Lei implementada.

Prêmio Prefeito Empreendedor

Criado em 2001, o Prêmio Prefeito Empreendedor é um instrumento de incentivo à ges-tão pública municipal na prio-rização do desenvolvimento econômico dos pequenos ne-gócios. “Reconhecer a capaci-dade administrativa dos gesto-res que elaboraram os melhores projetos de desenvolvimento é o objetivo do Prêmio. Todos aqui presentes devem partici-par”, convidou o consultor do Sebrae Paraíba, João Peixoto Neto.

Serão premiados os gestores

que tenham implantado proje-tos com resultados comprova-dos de estímulo ao surgimento

e ao desenvolvimento de pe-quenos negócios e à moderni-zação da gestão pública, con-tribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento econômico do município.

Cada município poderá ins-crever até dois projetos na pre-miação, sendo um em cada uma das categorias: melhor projeto, implementação e instituciona-lização da Lei Geral, compras governamentais de pequenos negócios, desburocratização e formalização, pequenos ne-gócios no campo, inovação e sustentabilidade, municípios integrantes do G100, inclusão produtiva com segurança sani-tária.

Mais informações e inscri-ções pelo site: http://www.prefeitoempreendedor.sebrae.com.br.

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GESTÃO

Nos quatro primeiros meses desse ano, mais de 6.181 empresas fo-ram abertas no estado

do Piauí. A informação é da atual presidente da Junta Co-mercial do Piauí, doutora Alze-nir Porto. A Junta Comercial do Estado do Piauí (Jucepi) é uma das instituições mais antigas do Estado. Foi instituída pela Lei nº10 de 21 de junho de 1892 e, posteriormente, extinta em 1897. A Junta foi restabele-cida pela Lei nº1003 de 4 de julho de 1921 e transformada em autarquia estadual pela Lei nº4.541 de 28 de dezembro de 1992.

A Jucepi realiza o registro de empresas e atividades mercan-tis, habilitação e nomeação de tradutores públicos, intérpretes comerciais, leiloeiros e adminis-tradores de armazéns gerais. A junta é responsável ainda pelo arquivamento dos atos relati-vos às sociedades mercantis, declarações de microempresas,

além de prestar informações do cadastro de empresas e a autenticação de documentos arquivados, contribuindo para o desenvolvimento socioeconô-mico do Piauí.

Sobre a Jucepi, a presidente, faz uma análise do órgão nes-sa nova gestão e dos caminhos que estão sendo traçados para a modernização da autarquia

“Em primeiro lugar procu-ramos ajustar a Junta comer-cial ao empresariado, pois até então era o contrário, a junta com seus problemas o empre-sário tendo que se adaptar a es-ses problemas, procuramos ao logo desse período trazer uma situação mais favorável para que o empresário possa procu-rar a junta comercial e obter as respostas que as empresas es-tão buscando”.

De acordo com a presiden-te, parcerias estão sendo feitas para desenvolver novos proje-tos. “Estamos informatizando a casa, cuidando do arquivo e

acervo que até hoje não era di-gitalizado e estamos começan-do através de uma parceria com o Sebrae, a fazer a digitalização deste acervo, qualificar os fun-cionários, transferência de se-tores, procurando colocar cada um conforme as suas habilida-des. A gente já teve um ganho grande em termo de lotar as pessoas certas no local certo, trazer algumas ideias, passar a contornar alguns problemas graves aqui dentro como é do arquivo, pois o aquivo não di-gitalizado gera um atraso com relação a encontrar um docu-mento e dar uma celeridade no processo. Então procuramos neste período, pedir ao empre-sário que normalmente muito organizado, tenham seus atos constitutivos a trazer uma copia ou original, por exemplo.

Alzenir explica ainda as evo-luções do órgão com relação a rapidez do desenvolvimento dos trabalhos. “Hoje aquilo que passava seis meses para ser agi-lizado, está passando dez dias. Nosso objetivo é que se possa receber em um dia e devolver no máximo em dois ou três dias, para o empresariado. Um outro problema que tinha recorrente era a questão dos processos, que entravam com erros, mas na realidade não era um pro-cesso errado era um costume. Por exemplo, você tinha seu cliente ele dizia que tinha pres-sa e você pegava o documento e preparava mais ou menos sa-bia que estava faltando alguma peça, mas vamos dar logo en-trada na Junta porque na hora que voltar, volta em prioridade.

Junta Comercial do Piauí: mais agilidade com nova Gestão

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REDE DE SUPERMERCADOS

O Varejo cada vez mais fortalecido pelas Redes de Supermercados

Sr. Veloso, Presidente da Super Dez Teresina - PI

A Rede Super Dez atua no varejo e congrega 24 lojas nos bairros da periferia da capital do Piauí.

O presidente da marca no Piauí, Sr. Veloso, fala sobre o crescimento do mercado. “Te-mos buscado muita informa-ção, e realizado ações de mer-cado para que possamos ter um

crescimento sustentável para os nossos associados. A confecção de encarte, promoções conjun-tas e propaganda de tv, temos incentivado também os nosso comerciante a participarem de treinamento empresarial, pa-lestras e feiras do setor super-mercadista, aqui e em outros estados, onde nossos sócios sentem-se mais qualificados para o enfrentamento das difi-culdades encontradas no nosso dia-a-dia, tão concorrido neste

mundo globalizado”.

O presidente destaca tam-bém a marca própria em alguns produtos como ; parcerias com a Revista Nosso Setor, onde o esforço de manter atualizado o setor supermercadista é fun-damental para estabilidade do nosso segmento.

Manoel Carlos Higino, Presidente da Rede Piauí Teresina

Senhor Veloso Presidente da Rede Super 10 Reune Supermercadistas

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Atuando desde março 2015 como presidente da rede Piauí, em Teresina, Manoel Carlos Hi-gino, junto com os sócios estão buscando novos filiados para fortalecer o conjunto de super-mercadista no Estado.

De acordo com o presidente, a finalidade principal do grupo é a compra conjunta. Ele afir-ma ainda, que vai usufruir das parcerias com a conab (progra-ma refap), Ampm –Associação dos Merceeiros e Sebrae a fim de dar um novo rumo para o fortalecimento dos associados, e buscar espaços no mercado com maior intensidade. “Hoje ou você busca alternativas con-sistentes de crescimento, ou você está fora do sistema, pois a concorrência não perdoa”, afirma Higino.

Presidente da Rede Mais Francisco Vieira da SilvaFrancisco Vieira da Silva foi re-eleito em maio por unanimida-de, como presidente da Rede Mais no Piauí, através do voto direto e aberto de seus associa-dos.

O novo presidente pretende implantar mudanças significati-vas para o crescimento da Rede Mais, tendo em vista que pode contar com o total apoio dos empresários que formam este grupo.

Dentre as mudanças o grupo terá um endereço de fácil aces-so, a partir de junho foi contra-tada uma gerente de compras e de negócio, o presidente diz ainda que vai trabalhar pela a unidade do grupo para que te-nham mais sucesso nas nego-

ciações com os fornecedores, “ eu gosto de trabalhar em gru-po, confio nos meus sócios e prometo um esforço suficiente para retribuir a confiança que depositaram em min com a recondução do cargo de presi-dente”.

Francisco Vieira - Prsidente da Rede +

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COMÉRCIO

CONAB apoia o pequeno e médio varejo da capital

O Programa Refap-Rede de Fortalecimento do Comércio Familiar visa fortalecer e moder-

nizar as unidades varejistas de pequeno porte, localizadas nas periferias das grandes cidades, garantindo o abastecimento de produtos de qualidade a pre-ços compatíveis com o merca-do. Os pequenos varejistas que participam da Refap compram seus produtos diretamente das indústrias, em grande quanti-dade, e armazenam seus esto-ques nas unidades da Conab, sem custo, por até 30 dias.

O superintende da Conab-PI Dr. Alisson Pego falou sobre o desenvolvimento do Programa no Estado: A Conab vem traba-lhando com o programa.

Nos últimos meses teve uma queda no relacionamento, mas estamos priorizando essa área e fortalecendo pequenas mer-cearias e pequenos supermer-cados onde são originados de famílias, passando de pais para filhos e parentes. Com o avanço da grande rede de supermer-cado nas periferias da nossa cidade, Teresina notou o enfra-quecimento do setor por conta do governo federal, mas nós estamos retomando o projeto, pois esse programa é capaz de conseguir unificar e fortalecer os cooperados, e associados, fazer com que eles entendam que unidos são mais fortes para progredir, conseguir mais van-tagens e desenvolver mais.

O superintendente falou

ainda sobre ainda a relação do Programa com o Governo Fe-deral e parcerias com ralação ao Programa. “Futuramente a Conab vai participar com oferta de produtos, o programa não foi extinto e essa ideia entre Conab e Ministério da Agricul-tura de um tempo para cá trou-xe uma redução orçamentária muito forte e utilmente é per-cebido em todas as casas, em todo empreendimento e todos os negócios queda na receita na apuração dos lucros fazem com que tome as decisão mais cautelosa como assim o espaço da Conab seja um espaço de discursão capaz de que esses empreendedores decidam ou tomem uma decisão em con-junto em prol de não errar não falhar, não ter perca, não ter

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prejuízo, não ter entrada nes-ta recessão econômica no qual passa alguns setores como in-dústria, empresa de manuten-ção e indústria de construção civil. Todo mundo está com um pé atrás, referente a ampliação e variedade de negócio. Isso faz com que a gente assuma um pouco essa responsabilidade. O Governo Federal é importan-te, o Governo do Estado vem junto apoiar essa ideia. Vamos envolver o município para que a prefeitura de Teresina sinta a importância que é a geração de emprego e a manutenção da geração destes empregos”.

Dr. Alisson Pego falou tam-bém sobre a relação com a Associação dos Merceeiros de Teresina e o apoio da Refap. “A equipe vai continuar dan-do apoio e devemos ampliar a atenção, garantindo tarifa so-cial, armazenamento pelo perí-odo que for necessário. A Co-nab se sente muito feliz em ser

parte deste empreendimento. As vezes a pessoa calcula que a Conab não entrou com nenhum investimento, mas entrou sim, quanto custa um centro de dis-tribuição, espaço físico capaz de proporcionar logística para compras empresariais? Isso é importante fazer com que esse grupo se sinta forte para com-petir com a grande rede de su-permercado, atraindo preços e bonificações, além de indus-trias nacionalmente falando.

A Conab vem sempre fazen-do com que os pequenos mer-ceeiros possam concorrer com os grandes. A Conab vendeu um produto mais barato e isso era um chamamento para que despertasse um sentimento de cooperativismo e liderança. O governo Federal não é para estar competindo com grande indústria de alimentos, é para estar usando da informações que nós temos e da logística em prol de decidir políticas para que os empreendimentos tenha sucesso.

Sobre a compra e estoque de produtos, o superintendente ainda ressalta, “Existe um pro-cesso da compra de alimento da agricultura familiar, nós do Estado do Piauí não avança-

mos no tocante a fazer esto-que de produtos da agricultura familiar, no momento em que agricultura melhorar o seu pro-cesso de gestão em agro-indus-trialização e fornecer ou vender para o governo federal esse produto fracionado e classifica-do, vamos colocar à disposição do pequeno comércio varejista de mercearias e mercadinhos da nossa cidade que estejam relacionados ao Refap e organi-zado em central de negócios”, concluiu.

O palestrante Antônio Vieira, que em sua palestra o tema: “O novo conceito nas Redes de Su-permercados e a Gestão Comer-cial nas Centrais de Negócios”, argumenta que é necessário o fortalecimento das redes para ir além de apenas comprar, mas fortalecer a cooperativa como capacitar os profissionais, man-tendo uma visão de crescimen-to e organização dos negócios. “O papel de uma central de negócio ainda inclui reformas e padronização de lojas, qua-lificação dos colaboradores, compra em grande escala, am-pliação na divulgação da rede e atuação no mercado”, disse.

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