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Representatividade Representatividade e valorização e valorização profissional: profissional: o SENGE dá o SENGE dá a resposta Publicação do SENGE-RS Publicação do SENGE-RS nº 102 | Dezembro de 2010 nº 102 | Dezembro de 2010 PÁGINA 6 PÁGINA 11 Plano de Saúde SENGE/Unimed alcança 7000 usuários PÁGINA 12 Engenheiros em ação

Revista O Engenheiro - 102

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Representatividade e valorização profissional: o SENGE dá a resposta

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Representatividade Representatividade e valorização e valorização profi ssional: profi ssional: o SENGE dá o SENGE dá a resposta

Publicação do SENGE-RSPublicação do SENGE-RS nº 102 | Dezembro de 2010nº 102 | Dezembro de 2010

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Plano de Saúde SENGE/Unimed alcança 7000 usuários

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Dezembro 2010 | O ENGENHEIRO 3

EDITORIAL

SUMÁRIO

Desde a fundação do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul (SENGE-RS) em 1942, a expressão “valorização profi ssional” tem lugar de destaque nos discursos, nas atas, no Estatuto e, principalmente, nas ações levadas a efeito pelas sucessivas diretorias da nossa entidade. Como bandeira de luta, objetivo de gestão, atribuição básica, pauta reivindicatória, o termo vem sendo utilizado de muitas maneiras, mas sempre com o mesmo signifi cado: conquistas.

Ao longo dos anos, a busca de valorização avançou muito além da luta por remuneração, apesar de ser esta sem dúvida de vital importância. O reconhecimento da profi ssão, a regulamentação do seu exercício, as questões de representatividade e unifi cação do movimento sindical das engenharias em todo o país, os desafi os técnicos e profi ssionais impostos a cada habilitação, são pautas históricas e permanentes, das quais podemos nos orgulhar, mas que nos mantém em permanente mobilização.

Esta é a força que nos conduz ao futuro à frente do SENGE-RS: lutar pela valorização pro-fi ssional em todas as suas formas, levando o Sindicato até os colegas, individual ou coletivamente, mantendo e aprimorando nossa invejável estrutura de atendimento, criando e disponibilizando serviços de qualidade, investindo em qualifi cação e comunicação, a partir de decisões colegiadas e do planejamento estratégico.

O trabalho pela implantação do Piso Salarial da categoria ocupa lugar de destaque em nos-sa atual gestão, e está contemplado com destaque nas páginas deste jornal. Seja na mobilização dos engenheiros, nas negociações diretas com empresas e gestores, nos contatos com órgãos de fi scalização, o SENGE não mede esforços, e os resultados já estão acontecendo. Liderada pelo Sindicato, a mobilização dos engenheiros, arquitetos, geólogos e geógrafos da Prefeitura Mu-nicipal de Porto Alegre pela incorporação aos seus vencimentos da Verba de Responsabilidade Técnica, encontra-se em fase decisiva, mas já pode ser considerada como um marco histórico tanto para os profi ssionais quanto para a entidade. Colegas de Canoas e de outros municípios já se mobilizam em torno do projeto que já é realidade em Passo Fundo, por exemplo. Pretendemos estender nossa atuação as demais administrações municipais, bem como ao Estado e à União.

Aliado ao papel desempenhado nas inúmeras rodadas de acordos e negociações coletivas, o SENGE também vem atuando com vigor em pautas de grande interesse dos profi ssionais. Podemos destacar nossa participação nos debates das renovações de concessões da Corsan e da CEEE. Na defesa da extensão rural pública, ampliamos ainda mais as diretrizes defi nidas no Seminário Nacional de ATER de 2009 participando do Movimento SOS Emater, e obtive-mos vitórias na justiça que restabelecem direitos subtraídos dos colegas por sucessivas admi-nistrações. Da mesma forma, a defesa de um modelo de desenvolvimento sustentável, da ética na política, de um plano diretor efi ciente para a Capital, da diminuição de prazos de aprovação de projetos na Prefeitura, projetos levado a efeito a partir de um revigorado Conselho Técnico Consultivo, são bandeiras erguidas pelo Sindicato, em nome, em defesa e pela valorização de toda a categoria.

Por esses e tantos outros motivos que pretendemos destacar nesta edição, podemos considerar 2010 como um ano de consolidação de um projeto proposto pela atual diretoria da entidade, e para o qual todos os profi s-sionais estão convidados a participar. Boa leitura.

Entrevista ..............................

Qualifi cação ........................

Plano de Saúde SENGE/Unimed ..................

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Transparência e Inovação .......................... 14

Homenagem aos fundadores ................... 16

Publicação do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul

DIRETORIAGestão 2008 - 2011

Diretor PresidenteJosé Luiz Bortoli de AzambujaDiretores Vice-PresidentesFermin Luis Perez CamisonJoel FischmannNelson Antônio BaldassoValery Nunes PugatchJosé Claudio da Silva SiccoPaulo Ricardo Castro OlianoDiretor AdministrativoJorge Luiz GomesDiretor Administrativo AdjuntoFlávio Abreu CalcanhottoDiretor FinanceiroNilo Antônio RigottiDiretor Financeiro AdjuntoNelso Volcan Portelinha

DIRETORESMiguel Antonio Pompermayer, Jorge Afonso Souto Severo,Rodrigo Zanella, Elton Luiz Bortoncello, José Homero Finamor Pinto, Julio Cesar Volpi, Lino Geraldo Vargas Moura, Marcos Fernando Uchôa Leal, Francisco Carlos Bragança de Souza, Pedro Augusto Loguércio Bittencourt.

REPRESENTAÇÃO JUNTO À FNEMarcos Newton Pereira e Córdula Eckert.

CONSELHO FISCALLuiz Inácio Camargo Gré, Rogério Corrêa Fialho, Lino Iva-nio Hamann, João Carlos Felix, Gilberto José Capeletto e Cléo José Tessele.

CONSELHO TÉCNICO CONSULTIVO Miguel Jorge Palaoro, Pedro Silva Bittencourt, Augusto Cesar Correa Franarin, Carmem Lúcia Vicente Níquel, Cló-vis Santos Xerxenevski, David Borile, David Turik Chazan, Jayme Tonon, Lilian Bercht, Jairo Antonio Karnas, Jorge Silvano Silveira, Mário Luiz Gerber, Marco Antonio Kappel Ribeiro, Rui Dick e Vinícius Teixeira Galeazzi.

DIRETORIAS REGIONAISRegião CentralJosé Vilmar Viegas, Luiz Antônio Rocha Barcellos e Wa-shington Luis Marques Lencina.Região Alto UruguaiGilberto Rodrigues Jaenisch e Luiz Pedro Trevisan.Região PlanaltoEdival Silveira Balen e Nildo José Formigheri.Região NoroesteLuis Carlos Cruz de Melo SerenoRegião SerraCedamir Poletto e Orlando Pedro Michelli.Região SulCláudio Marques Ribeiro, José Antônio Nunes Torrescasana Filho, José Francisco Lopes e Jorge Luiz Saes Bandeira.Região MetropolitanaArmando Luiz Rezende Junior, Augusto Portanova Barros, Carlos Carpena de Coitinho, Cezar Henrique Ferreira, Janice Ariane Heineck, João Carlos Bicca, Jorge Luiz Giulian Mar-ques, Luiz Alberto Schreiner, Luiz Carlos Dias Garcia, Mo-acir Fischmann, Paulo Carvalho Laydner e Roberto Arpini.Região LitoralAlceu Kras DimerRegião Fronteira SudoesteLeopoldo Pires Porto Neto, Lulo José Pires Corrêa e Mário Cezar Macedo Munró.Região Fronteira OesteMaria Rosane Renck

Jornalista ResponsávelSilvio Mezzari – MTb/RS 10.028

EstagiáriaKennya Brum

Projeto Gráfi coMartins+Andrade

DiagramaçãoCarlos Ismael Moreira - MTb/RS 15.021

FotosRené CabralesSilvio MezzariCentro de Documentação SENGE-RS

ImpressãoContgraf

Tiragem40.000 exemplares

SENGEAv. Erico Veríssimo, 960CEP 90160-180Porto Alegre/RSFone: (51) 3230-1600Fax: (51) [email protected]

Capa: Valorização Profi ssional 6

Engenheiros em ação

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Temos trabalhado muito, movidos pela participação e pelo momento favorável à engenharia como um todo. A valorização ocorre de diversas formas, e a questão sala-rial é aquela que expressa, sem dúvida o va-lor e a importância do profi ssional no mer-cado de trabalho. Passamos a atuar com vigor também no setor privado, enquanto na Administração Direta, em que a legisla-ção do Piso Salarial não se aplica, conso-lidamos nossa presença nas negociações e na defesa dos interesses da categoria, prin-cipalmente nos municípios, mas também no DAER, na Cientec, entre outros.

Se a legislação não garante o Piso para todos, o que garante?

Existe um valor de mercado que deve ser observado na remuneração dos pro-fi ssionais. Uma pesquisa feita pela Catho indicou que em algumas áreas da enge-nharia os salários pagos pela iniciativa privada se elevaram em até 17% nos úl-timos meses. O governo ou gestor público que desejar manter os melhores nos seus

Nos contatos com a categoria, com empresários, lideranças políticas, o retor-no obtido indica que o SENGE está viven-do um novo momento. O que aconteceu?

Estamos no terceiro ano de mandato, com uma proposta muito clara em rela-ção à condução da entidade, que consiste em estimular e ampliar a participação efetiva de todas as instâncias, dos dire-tores, representantes e dos próprios asso-ciados na vida do sindicato. Os mais de 90 mil acessos contabilizados no Portal comprovam que estamos tendo sucesso. Colocar o SENGE no centro dos deba-tes dos temas de interesse da sociedade e da engenharia bem como a participa-ção direta dos profi ssionais na defi nição de diretrizes orçamentárias da entidade também fazem parte do nosso projeto. O resultado deste posicionamento faz com que os diversos públicos, principalmente os colegas, ao perceberem o valor da nos-sa atuação, aproximem-se do sindicato, gerando uma espiral crescente de atuação e representatividade.

Esta postura é inovadora?Eu diria que é certamente um modelo

que estimula a abertura, a participação, que nos desafi a ao crescimento, ao apri-moramento e à qualifi cação dos nossos serviços, o que consolida e fortalece a en-tidade cada vez mais.

A valorização profi ssional é uma luta permanente de todas as catego-rias. O que o Sindicato vem fazendo neste sentido?

Próximo de completar três anos na presidência do SENGE-RS, José Luiz Azambuja contabiliza para sua gestão a conquista de novos espaços de atuação e o aumento da representatividade do Sin-dicato a partir da aproximação com seto-res da categoria que antes orbitavam ao redor de outras entidades. No percurso que o conduzia para Passo Fundo, onde tratou da valorização profi ssional com o prefeito municipal e com colegas, Azam-buja concedeu a seguinte entrevista.

ENTREVISTA

Avançando cada vez mais na valorização e representatividade

Azambuja: “Temos trabalhado movidos pela participação e pelo momento favorável à engenharia”

quadros vai ter que viabilizar uma parida-de com os vencimentos do setor privado, até porque isso tem a ver com a qualidade dos serviços, hoje bastante ameaçada. A outra questão que também é importante relacionada com a valorização profi ssio-nal diz respeito aos cargos e funções de competência que exigem conhecimento e formação adequada, o que nem sempre é observado, principalmente na área pública.

Oferecer serviços de qualidade, opor-tunidades de qualifi cação profi ssional e benefícios como faz o SENGE são for-mas de valorização profi ssional, certo?

Sem dúvida. A qualifi cação é uma im-portante linha de atuação do Sindicato por oferecer aos profi ssionais o que muitas vezes não foi visto na graduação e que o mercado não vai deixar de exigir. A tecno-logia evolui mais rápido que a atualização dos currículos universitários, mas também outros desafi os se apresentam como, por exemplo, os aspectos de gestão ligados à administração das empresas, orçamento,

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etc, até aqui distantes das abordagens téc-nicas da engenharia. E o Sindicato atua com força oferecendo dezenas de cursos ministrados diariamente na sede. É de se destacar também na área de serviços ter-mos alcançado a marca de 7000 benefi ci-ários no Plano de Saúde SENGE Unimed, numa demonstração de qualidade e con-fi ança no serviço. Oferecemos aos sócios em dia um seguro de acidentes pessoais inteiramente grátis, devolução da Contri-buição Sindical, vantagens materiais no SENGE Previdência, convênio com a Dell Computers para a compra de computado-res e acessórios com descontos extras e cinema pela metade do preço. Vantagens e benefícios que revertem ao bolso do pro-fi ssional. Isso também é valorização.

O SENGE tem atuado em discussões de questões importantes, como por exemplo, o Plano Diretor de Porto Ale-gre, a destinação do terreno da Fase, Re-novação das Concessões dos Serviços Públicos e no Comitê de Bacias Hidro-gráfi cas. Como isso foi possível?

Na prática, o Conselho Técnico Con-sultivo do SENGE não vinha funcionan-do. Precisávamos estruturá-lo e oferecer incentivo à efetiva atuação. E isso tam-bém foi feito. O CTC é constituído de pro-fi ssionais com relevantes conhecimentos em diversas áreas da engenharia, aptos a analisar e formular soluções e ofere-cer subsídios à diretoria na tomada de decisões e de posicionamentos públicos. Nos debates sobre as renovações das con-cessões trabalhamos em parceria com as associações de engenheiros tanto da CEEE quanto da Corsan.

O que precisa ser mais bem expli-cado na afi rmação, muito repetida, de que faltam engenheiros no país?

Realmente há muita informação, mas devemos evitar a generalização. Existe carência sim em alguns setores específi -cos. A engenharia naval, por exemplo, de-mandada pelos investimentos no Pólo de Rio Grande, ligado à questão do Pré-Sal. No entanto, em outras áreas, o fenômeno não se repete. A própria questão salarial é um indicativo. Na construção civil e no setor industrial, o fato de muitas empre-sas descumprirem o piso, demonstra que se houvesse uma situação de demanda reprimida, provavelmente as faixas sa-lariais seriam outras, independente da questão da legislação. O que verifi camos é a ocorrência de uma série de irregula-ridades contra as quais o Sindicato vem

atuando, como por exemplo, intermináveis contratos de treinées, profi ssionais regis-trados realizando funções exclusivas mas contratados como operadores, importa-ção de engenheiros da China, entre outras precariedades. Cabe a nós aproveitarmos o momento econômico e avançar. Consi-dero fundamental que a falta ou não de engenheiros seja analisada setor por se-tor com participação de todas as partes envolvidas, sob pena de prevalecer uma visão distorcida da realidade, o que bene-fi cia interesses divergentes da visão dos profi ssionais e até mesmo da sociedade.

EM 2010, a luta pela recomposição da Emater avançou muito. Qual o pa-pel do SENGE neste movimento?

O seminário que promovemos em 2009 foi uma atitude concreta para resgatarmos a importância da extensão rural para os agricultores, para o esta-do, para a sociedade gaúcha. A empresa vem sofrendo ao longo do tempo com a perda de qualidade dos seus serviços, em decorrência basicamente da demissão de 400 servidores em 2007, entre eles cerca de 100 engenheiros, e do congelamento orçamentário desde então, que inviabili-za não apenas a recomposição, mas até mesmo a própria operação. O SENGE e entidades como a Associação de Servi-dores da Ascar/Emater, se mantém mo-bilizado participando da Frente Estadual de Defesa da Extensão Rural, movimento que assumiu maiores proporções a partir de 2010, notadamente no período pré-eleitoral, quando os principais candidatos ao governo do estado assumiram com-promissos públicos com a extensão rural num evento que lotou o Auditório da As-sembleia Legislativa. É uma questão ain-da longe de ser resolvida, mas que já não pode ser deixada de lado na agenda de desenvolvimento de Tarso Genro.

“O Governo ou gestor público que desejar manter os melhores

profi ssionais nos seus quadros vai ter que

viabilizar uma paridade com vencimentos do

setor privado”

E o que pode se esperar da nova ad-ministração neste sentido?

Haverá certamente uma mudança, pois quem assume representa uma outra corren-te política que defende investimentos públi-cos no setor, especialmente na agricultura familiar. Nossa expectativa é de restabele-cermos o diálogo visando a recuperação e o fortalecimento da Emater, a partir de prio-ridades já detectadas que são a recomposi-ção dos quadros, a questão orçamentária e os aspectos institucionais da empresa.

A responsabilidade técnica dos pro-fi ssionais do serviço público também vem movimentando o Sindicato. Que novidade é esta?

Foi uma bandeira para qual o Sindicato foi convocado a atuar, o que comprova que nossa representatividade está crescendo. Diante da particularidade do tema, os en-genheiros, arquitetos, geólogos e geógrafos da Prefeitura de Porto Alegre preferiram acionar o SENGE e não o sindicato dos servidores do Município. Quando a gente olha para o setor público em geral, especial-mente as prefeituras, o quadro em termos de remuneração é bastante preocupante porque é aí que se verifi cam aviltamentos salariais que chegam a ser degradantes, principalmente nos pequenos e médios mu-nicípios. Por outro lado, esses profi ssionais assumem um conjunto de responsabilida-des técnicas que os leva a responder até mesmo com seu próprio patrimônio pessoal na ocorrência de problemas que acarretem indenização a terceiros, sendo que o execu-tivo nem mesmo oferece apoio jurídico. E esta responsabilidade não se extingue nem mesmo na aposentadoria. Defendemos uma complementação nos vencimentos que compense os riscos inerentes da função, o que no caso de Porto Alegre já contempla outras categorias profi ssionais.

Quais são os planos do sindicato?Para o futuro pretendemos qualifi car

ainda mais os serviços prestados, entre eles a ampliação ainda maior do programa de cursos e palestras oferecidos aos associados em condições privilegiadas. Para tanto, além de buscarmos novas parcerias, estamos ou-vindo a categoria para identifi car áreas de conhecimento que atendam às demandas. O aprimoramento e ampliação das negocia-ções coletivas também são fundamentais. Conduzir nossa atuação para todos os seto-res e acrescentar novas opções de convênios e serviços às vantagens e benefícios já ofere-cidos aos sócios, são pautas permanentes da diretoria e colaboradores do Sindicato.

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Representatividade, salá-rios, vantagens, benefícios, melhores condições de tra-balho, qualifi cação, serviços e estrutura de atendimento compõem o projeto do SENGE construído nos últimos anos e que vem atraindo para a entidade um número cada vez mais signifi cativo de profi ssionais. alcance

Se fosse possível sintetizar as atri-buições de um sindicato numa só expressão e defi nir ao mesmo tempo os objetivos e pautas da

entidade, bem como as expectativas da categoria quanto ao desempenho da insti-tuição, “valorização profi ssional” seria o termo mais apropriado. Simplifi cações à parte, cada uma das ações, procedimen-tos, declarações, atitudes, projetos, en-fi m, toda a gama de atividades levadas a efeito pelo SENGE no âmbito da política sindical, na operacionalização diária dos serviços oferecidos na sede ou nas instân-cias deliberativas, deve estar direcionada e vocacionada para acrescentar valor ao trabalho dos engenheiros.

Este acréscimo se apresenta sob inúme-ros aspectos e a remuneração é sem dúvida o mais importante, mesmo que esteja inva-riavelmente acompanhada de outros fato-res. Neste sentido, as funções e os objetivos do Sindicato são ampliados muito além da representatividade nas negociações salariais, na melhoria das condições de trabalho e da conquista de vantagens nos acordos coletivos, quesitos, aliás, em que o SENGE tem obtido importantes avanços.

Atendendo anseios da própria cate-goria, das demais entidades co-irmãs, da mídia e de amplos setores da sociedade, o Sindicato dos Engenheiros vem ocupan-do com determinação os espaços de ação abertos à participação. Na esfera política, na defesa do interesse público, na discus-são de projetos estruturantes, na recom-posição de empresas públicas e fundações do Estado, nos programas de qualifi cação, na relação com as administrações muni-cipais, estadual e federal, na mídia, onde quer que a presença dos engenheiros seja demandada, nossa entidade se faz cada dia mais presente, contribuindo na busca de soluções e elevando o nível dos debates.

Representatividade

O ano de 2010 representou para o SENGE uma signifi cativa diversifi cação e conseqüente ampliação das suas áreas de atuação. Além da já consolidada represen-tatividade conquistada nas negociações na esfera pública e nos acordos assinados com sindicatos patronais como Sinduscon, Sice-pot, Sinaenco e Sindhospa, entre outros, a entidade passou a ser requisitada para atu-ar como representante dos engenheiros que atuam em parcelas da categoria até então identifi cadas com outros sindicatos, numa evidente demonstração de confi ança.

Nesta nova fase, a atual gestão do

MATÉRIADE CAPA

SENGE lidera movimento dos engenheiros, arquitetos, geólogos e geógrafos da Prefeitura de Porto Alegre por melhores condições de trabalho e remuneração

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Dezembro 2010 | O ENGENHEIRO 7

Valorização Profi ssional ao do engenheiro

SENGE vem construindo uma estrutura capaz de oferecer resposta imediata e contundente às demandas dos profi ssio-nais, associados ou não. A partir de di-retrizes defi nidas pelo planejamento es-tratégico, do trabalho dos seus diretores, advogados e colaboradores, da platafor-ma de serviços e de comunicação e das constantes melhorias na sede da Avenida Erico Verissimo, o Sindicato vem forta-lecendo sua imagem institucional e con-quistando relevantes espaços de atuação junto à categoria, empresas, governo, de-mais entidades, mídia entre outros.

Piso Salarial

A Lei 4950-A de 1966 estabelece a obrigatoriedade de que o valor de nove salários mínimos sirva como remuneração básica dos engenheiros. Desde sua vigên-cia, as entidades sindicais vêm trabalhan-do no sentido de fazer prevalecer a legis-lação, com avanços e recuos. Por sua vez, no setor privado, o entendimento de todas as instâncias judiciais até aqui acionadas, vêm dando razão à demanda dos traba-lhadores. Cada dia fi ca mais difícil aos empregadores imporem restrições à pre-tensão imposta pelo Sindicato nas mesas de negociações, já havendo diversas sen-tenças e acordos favoráveis ao piso.

No sentido de ampliar o alcance da lei, o SENGE criou a partir do portal www.senge.org.br uma estrutura de aten-dimento específi ca para receber, analisar e atuar nos casos de empresas reticentes ao pagamento do piso aos seus engenhei-ros. Partindo de denúncias encaminhadas por colegas do setor industrial, aeroviário, construção civil, projetos, entre outros, o Sindicato vem promovendo contatos dire-tos com as companhias e, quando necessá-rio, acionando a mediação da Superinten-dência Regional do Trabalho e Emprego do MTE, a fi scalização do CREA-RS e até mesmo a Justiça.

Nos setores públicos e privados, nos casos em que os vencimentos, principal-mente iniciais, ainda estão aquém dos valores referenciais, a adoção do piso é defendida como uma ferramenta contra a evasão de talentos, realidade que compro-mete a qualidade dos serviços prestados e desmerece o exercício da profi ssão.

Neste sentido, as negociações com a Maxiforja e a Thyssenkrupp são exemplos da evolução nas relações de trabalho e de valorização das carreiras, já que nestas empresas, nenhum colega ganha menos que o piso.

Segue

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Em maio de 2010 o Sindicato foi pro-curado por um grupo de colegas da Pre-feitura de Porto Alegre, que buscavam apoio para uma mobilização que então começava a tomar forma na categoria, visando a melhoria da remuneração dos engenheiros, arquitetos, geólogos e ge-ógrafos do serviço público, a partir da instituição da Verba de Responsabilidade Técnica como mecanismo de compensa-ção aos riscos que caracterizam o traba-lho destes profi ssionais.

Assim, o SENGE liderou a realização de uma assembleia geral em 19 de maio no auditório do DEMHAB que contou com a participação de cerca de 150 ser-vidores e que já faz parte da história. Na oportunidade, motivados pela signifi cativa adesão, diversas lideranças manifestaram

Verba de Responsabilidade Técnica: mobilização histórica

Colegas da Prefeitura de Canoas mobilizados pelo Sindicato Movimento pela VRT mobiliza a maioria dos cerca de 450 profi ssionais da PMPA

suas posições em defesa de um Projeto de Lei que, a exemplo do que já contempla outras categorias de municipários da Ca-pital, estabeleça justa equiparação.

São inúmeros os casos em que cole-gas do serviço público de todos os níveis comprometem seu patrimônio pessoal, sua reputação e até mesmo sua própria carreira com indenizações devidas a ter-ceiros provocadas por acidentes, erros de projeto ou de avaliações advindas da res-ponsabilidade técnica assumida em suas funções. Se for considerada a morosida-de e até mesmo a falta de interesse das administrações em repor seus quadros técnicos a partir da aposentadoria ou morte dos servidores, é fácil calcular o aumento do risco que o acúmulo de tra-balho pode causar, sem falar na queda da

qualidade dos serviços públicos oferecidos à população.

Depois de algumas manifestações realizadas em frente à Prefeitura, ca-racterizadas invariavelmente pela sig-nifi cativa participação da categoria, o Sindicato e as lideranças do movimento foram recebidas em audiência pelo Pre-feito José Fortunatti no dia 19 de se-tembro. Atento à reivindicação, o chefe do Executivo manifestou sua preferên-cia pela defi nição de um novo Plano de Carreira que viesse a estabelecer justi-ça a todo o funcionalismo. No entanto, ao reconhecer a enorme barreira a ser transposta neste sentido, encaminhou a questão da VTR ao Secretário de Go-verno César Busato para que atue como coordenador da comissão criada para

Interesses da sociedade e da categoria

A valorização profi ssional também pode ser construída pela participação qualifi cada da categoria na discussão, elaboração e defi nição de projetos de interesse público, em que a con-tribuição técnica dos profi ssionais estabelece o necessário parâmetro de avaliação que norteia a tomada de decisões. Muitas vezes, a posição do Sindicato, alinhada com outros setores da sociedade, constitui uma barreira frente às im-precisões, incoerências, falta de critérios e de transparência eventualmente contidas nas pro-postas. Por outras, a partir da absoluta obser-vância de critérios técnicos e éticos, a postura

favorável da entidade contribui para a credibili-dade e viabilização do projeto.

Além de participar como membro efetivo do Conselho Municipal de Defesa do Consumi-dor de Porto Alegre e do Fórum das Entida-des de Infraestrutura criado pela Assembléia Legislativa, o Sindicato assumiu importante papel quando ofereceu resistência ao plano do Governo do Estado de permutar com a iniciati-va privada o terreno da Fundação de Assistên-cia Sócio-Educativa (FASE) no Morro Santa Teresa, valorizadíssima área da Capital e de grande importância ambiental, social e histó-rica. Na oportunidade, o SENGE reconheceu a importância do projeto de descentralização

MATÉRIADE CAPA

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Dezembro 2010 | O ENGENHEIRO 9

A luta em defesa da extensão rural pública mantém o Sindicato em per-manente mobilização e foi ampliada de maneira acentuada a partir do corte de recursos do Estado a partir de 2007 e das centenas de demissões ocorridas. De lá pra cá, atuando em parceria com to-das as demais entidades representativas do setor, o SENGE vem trabalhando no sentido da recomposição da Emater no nível institucional, orçamentário e acima de tudo pelo necessário e urgente resta-belecimento dos seus quadros técnicos, notadamente de engenheiros agrônomos.

Iniciativas como a realização do Semi-nário Nacional em setembro de 2009 em Gramado, a publicação do documento “O Futuro da ATER no Rio Grande do Sul” e a atuação decisiva do Sindicato na Frente Estadual de Defesa da Extensão Rural (que conta com a participação de deputados de diferentes partidos da Assembleia Legislati-va), comprovam a determinação com que a categoria e sua entidade encaram a questão.

Quanto ao direito dos profi ssionais, vale ressaltar as sucessivas vitórias até aqui obtidas na Justiça que reconhecem como obrigatória a adoção do piso sala-rial da categoria na Emater. Mesmo que ainda dependa de decisão defi nitiva, a situação demonstra o grau de irrespon-sabilidade adotado ao longo dos anos pe-los diversos gestores da empresa, que ao apostar na incapacidade de mobilização dos profi ssionais em torno do seu Sindica-to, contribuíram para a formação de um passivo trabalhista que torna ainda maio-res as difi culdades a serem superadas.

No fi nal do mês de novembro, o SEN-GE e demais entidades da Frente de De-fesa da Extensão Rural, em reunião no Sindicato, decidiram manifestar-se con-juntamente ao Governador Tarso Genro, antes mesmo da sua posse, reiterando as posições manifestadas no seminário com os candidatos ao Piratini em 1º de julho na Assembleia Legislativa. Além de desta-car o papel dos serviços prestados pela As-car/Emater, que atua há mais de 50 anos em favor do desenvolvimento econômico, social e ambiental no Estado, o texto da manifestação deve oferecer proposta con-creta para a inadiável mudança jurídica e transformação institucional da empresa.

No seminário, o então candidato Tarso Genro defendeu a recomposição da Emater

Seminário da Frente Estadual de Defesa da Extensão Rural debateu os programas dos candidatos ao Piratini

estudar a viabilidade do projeto, que conta com a participação do SENGE e representantes dos servidores.

A valorização profi ssional a partir da adoção da Verba de Responsabilidade Técnica é uma realidade ao alcance de todos os profi ssionais do Serviço Público, notadamente das prefeituras onde as re-munerações são mais aviltantes. Seguin-do o exemplo de Porto Alegre, os colegas de Canoas já iniciaram seu movimento, tendo o SENGE como representante dos seus interesses. Procurando ampliar sua atuação e experiência na questão, o Sin-dicato esteve em Passo Fundo para uma audiência com o Prefeito Municipal. Ao propor e promulgar lei específi ca em 2007, Airton Dipp assumiu o pioneirismo na implantação da verba entre os mais de 500 municípios do Estado, apesar de con-siderar imperiosa a necessidade de atuali-zação do dispositivo legal.

da antiga Febem contido na proposição, mas fez restrições à forma, à velocidade e à falta de consistência técnica da proposta encami-nhada ao Legislativo. Como se sabe, o próprio Piratini retirou o projeto, mas a mobilização das diversas entidades gerou a criação de um movimento favorável à criação de um parque municipal no local, idéia originada no posicio-namento inicial do SENGE sobre a questão.

Programas de Qualifi cação

O SENGE assume papel cada vez mais re-levante nas questões relacionadas com a qua-lifi cação profi ssional. A partir de uma sólida

A luta pela recomposição da Emater

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estrutura ope-racional e de parcerias, a entidade ofe-rece alterna-

tiva às lacunas existentes na gra-

duação universitária e nas especializações, muitas vezes em função do grau de especifi -cidade das abordagens e da velocidade das transformações tecnológicas. A energia eó-lica é um exemplo. Já foram realizadas três edições de um curso específi co que aborda desde os aspectos técnicos de planejamento e execução de projetos até questões legais e administrativas para obtenção de fi nancia-mentos públicos. Note-se que esta amplitu-de ainda não está contemplada nos progra-mas das faculdades, pelo menos não de um só curso. Outro exemplo refere-se à Gestão Estratégica. Através de enquete para co-nhecer as demandas da categoria, o SEN-GE fechou convênio com a PUCRS para a realização de um pós-graduação com 360 horas voltado para os profi ssionais, sejam eles empreendedores ou executivos das em-presas, visto que cada vez mais lhes é exigi-do o domínio de técnicas de administração, tais como orçamento, fi nanças, legislação, marketing. Já em pleno andamento, o cur-so de especialização Gestão Estratégica encontra-se em fase de estruturação da sua segunda turma, com previsão de início das aulas para o primeiro semestre de 2011. Para informações, os interessados devem procurar o Sindicato ou consultar o Portal e o Boletim Online.

Estrutura de atendimento e serviços

Valorizar o profi ssional é também ofe-recer a eles uma estrutura de atendimento e serviços de acordo com suas expectativas e necessidades. O SENGE trabalha para que isto seja uma realidade no dia-a-dia da ope-ração do Sindicato, e vem obtendo índices crescentes de satisfação nas avaliações re-alizadas entre os associados e participantes dos cursos e palestras promovidos na sede. Por outro lado, buscando uma qualifi cação cada vez maior dos seus recursos humanos, a entidade adotou no fi nal de 2010 o Sis-tema Integrado de Gestão de Pessoas por Competências, visando alinhar os salários dos colaboradores à realidade de mercado e estabelecer perspectivas de carreira a par-tir de promoções e méritos.

Também em 2010 a sede da entidade foi brindada com a remodelação da área de estacionamento, que a partir de agora pode ser ocupada simultaneamente por

mais de 50 veículos com total segurança e conforto aos visitantes. Na parte inter-na, os corredores e áreas de circulação receberam nova sinalização adaptada à programação visual adotada em 2009.

Entre os novos serviços e convênios fi rma-dos, destaque para o ingresso do SENGE no Employee Purchase Program da Dell Compu-ters. O programa confere aos associados des-conto cumulativo de 7% aplicado aos preços praticados no site da empresa nas compras de computadores, notebooks, minis e periféricos feitas pelo telefone 0800-970-0246.

Outra novidade de 2010, e já assegurada

para 2011, garante aos sócios em dia com a Contribuição Social a cobertura de uma apólice coletiva de seguro de acidentes pes-soais no valor de R$ 5.000,00 sem nenhum custo adicional, que contempla também a participação em sorteios mensais de R$ 10.000,00. Somando tudo isso aos valores diferenciados praticados nos planos de saúde e odontológicos, aos descontos em ingres-sos de cinema, as facilidades na quitação da Contribuição Sindical Obrigatória e na parti-cipação nos planos do SENGE Previdência, o resultado é um verdadeiro plano de benefí-cios revertido diretamente ao associado.

Ação e participaçãoA atual gestão tem atuado no senti-

do de identifi car as diversas situações de descumprimento da legislação relativa ao piso salarial e a responsabilidade técni-ca, circunstâncias cuja não-observância contribui de forma decisiva para o des-prestígio e desvalorização do exercício da profi ssão. Através de uma forte campa-nha na mídia e do portal www.senge.org.br, a entidade recomenda aos colegas o envio de informações que favorecessem a ação sindical, tendo recebido mais de uma centena de denúncias.

Como resultado destas manifestações e com apoio da Superintendência Regio-nal do Trabalho e Emprego (SRTE – ex DRT), mais de vinte empresas já foram convocadas a negociar com o SENGE por melhores condições de trabalho. São exemplos: Randon, Taurus, RGE, AES Sul, Cooplantio, Oi/Brasil Telecom, TMSA, Gio-vanelli, Metal Work, Construtora Viero,

Fator Engenharia, Projectus Consultoria, Air Products, APS Engenharia e Ambev.

Temos resultados concluídos e acordo re-alizado na Maxiforja. Com a ThyssenKrupp estamos redigindo o acordo. Na Funda-ção IRGA, foi implantado o piso de R$ 4.590,00 para todos, restando entretanto paralisada a negociação coletiva e o cum-primento de outros aspectos da Legisla-ção do Trabalho, o que pode gerar passivo trabalhista para a instituição. Na empre-sa Sulport foram atendidos os requisitos para o cumprimento da legislação.

Com algumas empresas, entretanto, por falta de interesse das mesmas, as ne-gociações foram interrompidas unilate-ralmente, o que provocou a necessidade do SENGE acionar a Justiça do Traba-lho contra a TAP, Digicon, Perto e Meda-bil. Quanto a Pirelli, o SENGE requereu fi scalização especial por parte da SRTE.

O Sindicato está preparado para a magnitude deste desafi o tanto pelo que já foi feito, quanto pelo que ainda temos pela frente. Como sempre, a soma dos esforços nos dará condições de alcan-çarmos conquistas importantes para todos, que virão, sem dúvida, fortalecer e valorizar a atuação dos profi ssionais.

SENGE recorreu à mediação da SRTE pela vigência do Piso

MATÉRIADE CAPA

Todas as Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho encontram-se à disposição

no portal www.senge.org.br

Negociações concluídas em 2010

Convenções Coletivas- Sinduscon- Sindihospa- Sinaenco

- Sicepot- Sescon/Fundações- Secraso

Acordos coletivos- Trensurb- Sulgás- Corsan

- CRM- CGTEE- CEEE- Ascar/Emater

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Dezembro 2010 | O ENGENHEIRO 11

EDITORIA

Desde 1996, o Sindicato vem ofe-recendo aos seus associados, em parce-ria com a Unimed, a melhor opção em plano de saúde do mercado. Qualidade, estrutura operacional, disponibilidade, segurança, tranquilidade, são alguns dos benefícios que, somados às condições especiais de contratação, tornam o Pla-no de Saúde SENGE/Unimed a opção mais vantajosa para os profi ssionais e seus familiares. Prova disso foi que em julho de 2010, alcançamos a signifi ca-tiva marca dos 7000 benefi ciários. Esse número não pára de crescer, o que com-prova a confi ança e credibilidade que os engenheiros depositam no serviço pres-tado pela sua entidade.

É importante destacar que o chamado equilíbrio econômico-fi nanceiro contra-tual, que num “plano fechado” como o nosso representa o cálculo que confronta

Plano SENGE/Unimed alcança 7000 benefi ciários

os valores arrecadados pela cooperativa com o custo total dos atendimentos pres-tados, encontra-se razoavelmente estável. Este indicador, positivo ou negativo, será sempre o ponto de partida para as nego-ciações dos percentuais do reajuste anual das mensalidades.

Atingir o expressivo número de 7000 benefi ciários é muito signifi cativo. Isso só foi possível graças à qualidade dos serviços administrativos e da rede con-veniada. Para tanto, o SENGE vem in-vestindo na qualifi cação do atendimento oferecido na sede da Avenida Erico Ve-ríssimo, o que vem refl etindo tanto no aumento das adesões quanto na redução das evasões ao plano.

A destacar também o importante crescimento no número de benefi ciários do Plano SENGE Uniodonto e do serviço SOS Unimed.

64002005

6525 6503

66566715

6821

7056

2006 2007 2008 2009 Outubro2010

6600

6800

7000

7200 Número de benefi ciários Plano SENGE Unimed

Inclusão Exclusão

700

575

450

325

200

686

584546

568594

441

520

461

539

433

516

265

2005 2006 2007 2008 2009 Outubro2010

Inclusões x exclusões de 2005 a 2010

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12 O ENGENHEIRO | Dezembro 2010

Engenheir01 – Profi ssionais da Caixa Econômica Federal de todo o País, participantes da terceira edição do curso de Energia Eólica promovido pelo SENGE, em visita técnica ao parque de Osório

02 – José Azambuja discursa na cerimônia comemorativa dos 25 anos da Trensurb

03 – Imagem histórica da Assembleia Geral para Ajuizamento de Dissídio Coletivo, faz parte do acervo de mais de 1000 fotos e vídeos digitalizados em 2010, agora preservados e incorporados ao Centro de Documentação do SENGE

04 – Homenageados com o Mérito SENGE brindam os 68 anos do Sindicato

05 – Diretoria promove encontro com colegas em Passo Fundo

06 – Deputado Adão Vilaverde entrega homenagem da Assembleia Legislativa aos presidentes do SENGE, CREA e SERGS pela passagem do Dia do Engenheiro

07 – SENGE participou dos debates sobre as renovações de concessões dos serviços de saneamento em diversos municípios do Estado

08 – Liderados pelo SENGE, profi ssionais da Prefeitura Municipal de Canoas iniciaram movimento pela Verba de Responsabilidade Técnica

09 – Posição do Sindicato foi decisiva na inviabilização da permuta e pela preservação do terreno da FASE no Morro Santa Teresa em Porto Alegre

10 – Prefeito Airton Dipp recebe a diretoria do SENGE para tratar da experiência da administração de Passo Fundo, pioneira na adoção da Verba de Responsabilidade Técnica

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os em ação11 – Sob liderança do SENGE, a Assembleia Geral realizada em maio no auditório do Demhab defl agrou o movimento dos engenheiros, arquitetos, geólogos e geógrafos da Prefeitura de Porto Alegre pela Verba de Responsabilidade Técnica

12 – A atual gestão estabeleceu nova dinâmica ao Conselho Técnico Consultivo do Sindicato

13 – Cerimônia de posse dos Conselheiros do SENGE no CREA/RS

14 – Assinatura do convênio entre SENGE e PUCRS que criou o curso de pós-graduação de Gestão Estratégica de Negócios dirigido aos profi ssionais

15 – Vinícius Galeazzi do Conselho Técnico Consultivo do SENGE participa dos Debates do Rio Grande da Rádio Gaúcha e TV Com

16 – Compromisso de Gestão assinado por toda diretoria e representantes

17 – A remodelação do estacionamento externo trouxe mais conforto e segurança aos sócios e demais visitantes da sede

18 – José Azambuja participa da III Jornada Gaúcha de Engenheiros Agrônomos promovida pela SARGS

19 – Luiz Alberto Schreiner discursa no seminário realizado pela AECEEE e patrocinado pelo SENGE que tratou da Renovação das Concessões do Setor Elétrico

20 – Senge e demais entidades participantes da Frente Estadual de Defesa da Extensão Rural promoveram seminário que lotou o Auditório da Assembléia Legislativa em 1º de julho

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14 O ENGENHEIRO | Dezembro 2010

Em 2008, ao assumir o comando do Sindicato, a atual diretoria percebeu que teria que desenvolver um intenso traba-lho, superando paradigmas com criati-vidade, investimentos, modernização e ampliação da participação dos direto-res, das reuniões de trabalho, e de todas as instâncias do SENGE, incluindo a Assembleia Geral.

Na época, uma pesquisa foi encomen-dada ao Centro de Estudos e Pesquisa em Administração da UFRGS. O resultado in-dicou, entre outras coisas, um grau de re-levância extremamente baixo atribuído ao SENGE pela própria categoria. O relatório fi nal deste estudo serviu de base aos objeti-vos defi nidos no Planejamento Estratégico 2008/2011 elaborado pelo Conselho de Re-presentantes do Sindicato (diretoria, Repre-sentantes Sindicais e Delegados Regionais). Este plano estabeleceu de forma participa-tiva cinco eixos de atuação: representativi-dade, ampliação e melhorias nos processos negociais, interiorização, expansão dos ser-viços e comunicação institucional.

Vencida a primeira etapa, o caminho estava traçado. Nesta trajetória, o SENGE já acumula exemplos que comprovam que inovação e transparência são atribu-tos adotados de forma defi nitiva na vida

do Sindicato. O desenvolvimento do Por-tal de Serviços em 2009 e as sucessivas atualizações feitas em 2010, bem como a revitalização da logomarca, a contratação de agência de publicidade e a criação da Coordenação de Comunicação, represen-tam o marco desta nova postura liderada pelo presidente José Luiz Azambuja. Tais iniciativas permitiram uma maior efi ciên-cia no diálogo com os diversos públicos, principalmente com os associados e os profi ssionais.

Pela internet, foi possível disponibili-zar aos engenheiros a possibilidade de in-teração direta com o SENGE. Na Campa-nha pelo Piso Salarial centenas de colegas têm participado, denunciando situações de desrespeito à legislação, o que provocou iniciativas do sindicato junto a dezenas de empresas ao longo do ano. Em resposta ao relatório enviado posteriormente a cada um dos colegas participantes, o Sindicato recebeu com satisfação mensagens de re-conhecimento de diversos deles. Os profi s-sionais da Prefeitura Municipal de Cangu-çu, por exemplo, agradeceram “o empenho do SENGE-RS na luta pela valorização da categoria” e se colocaram à disposição para “qualquer ação que vise o fortaleci-mento de todas as demandas propostas”.

Outras mensagens foram recebidas, entre elas a que dá “parabéns pelo empenho de cada vez mais fortifi car a nossa categoria e votos de muito sucesso”, o que demons-tra a objetividade da iniciativa.

Da mesma forma, via Portal SENGE e também de maneira inédita, o Sindicato solicitou aos associados que estabeleces-sem interativamente graus de prioridades orçamentárias para diversas possibilida-des sugeridas pela diretoria para o ano de 2011, ampliando tanto o nível de partici-pação da categoria quanto a transparência aplicada na gestão. Neste caso, também foi verifi cada uma expressiva manifes-tação dos colegas, gerando um interesse ainda maior pela questão, manifestado na presença recorde de mais de 80 associados na Assembleia Geral de 29/11/2010 que retifi cou o orçamento 2010 e aprovou o Planejamento Financeiro para 2011.

O SENGE inova com transparência também na política de comunicação, dire-cionada às lutas da categoria, à valorização profi ssional, captação e manutenção de só-cios, divulgação de serviços, defesa do inte-resse público, utilizada até mesmo na convo-cação para assembléias da entidade através de mensagens nas principais emissoras de rádio, Portal SENGE e Boletim Online.

No fi nal de 2010 o Sindicato comemo-ra os resultados obtidos no crescimento do número de sócios em dia com a Contribui-ção Social e dos benefi ciários dos Planos de Saúde SENGE/Unimed. Registra-se tam-bém uma drástica redução nas evasões ao quadro associativo. Fechando o ciclo inicial, a Assembleia Geral do dia 29 de novembro sugeriu a realização de nova pesquisa nos moldes da aplicada em 2008, oportunidade em que serão verifi cados os resultados par-ciais do Plano de Comunicação.

EDITORIA

Transparência e inovação

Presença expressiva de associados na Assembleia Geral Ordinária que aprovou Relatório Anual de Atividades e Prestação de Contas da Diretoria referente a 2009

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Dezembro 2010 | O ENGENHEIRO 15

EDITORIA

Valorizando pela qualifi cação

A velocidade das transformações tec-nológicas e os impactos provocados pela multiplicação das especialidades na atua-lização curricular são motivos de preocu-pação para universidades, educadores, go-vernos, investidores, empresas, sindicatos e, claro, para próprios profi ssionais. Apesar de não serem exclusivas das engenharias, são nelas que tais circunstâncias se mani-festam com signifi cativa materialidade.

Mesmo considerando o elevado grau de excelência das universidades gaúchas, o quadro indica, por outro lado, que eventu-ais lacunas curriculares devem e estão sen-do preenchidas com iniciativas promovidas pelos diversos grupos de interesse. O SEN-GE faz sua parte gerando conhecimento a partir de programas de qualifi cação dis-ponibilizados aos associados e à categoria através de diversas parcerias. Neste sentido, o Sindicato realizou em 2010 nada menos do que 30 cursos, qualifi cando quase 500 profi ssionais, superando em 80% e 78% respectivamente os números de 2009.

Na opinião de Solange Rossetti, ge-rente da área no SENGE, o êxito dos pro-gramas foi alcançado basicamente pelo alto nível de atualização das abordagens, qualidade dos orientadores e pela confi an-ça manifestada pelos profi ssionais. Se-gundo ela, os desafi os para 2011 incluem a ampliação ainda maior no número de cursos a partir do atendimento de áreas até então não contempladas, como a ar-quitetura, por exemplo. Sustentabilidade, automação, produção, eletroeletrônica,

petróleo e gás, todas com forte demanda tecnológica, deverão ser intensifi cadas.

Também estão na pauta do Sindicato a promoção de cursos “in company”, e a realização de “programas fechados”, em que as empresas encomendam atividades dentro de um objetivo específi co. Foi o caso da Caixa Econômica Federal que em mar-ço de 2010 formou no SENGE uma turma de 15 técnicos na análise e deliberação de pedidos de fi nanciamento para projetos de energia eólica, provenientes do Ceará, Ser-gipe, Goiás, Brasília, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Reconhecimento

O papel do SENGE como promotor de conhecimento e valorização profi ssional vem sendo reconhecido através do resultado das pesquisas de avaliação aplicadas a to-dos os participantes dos cursos e palestras (veja gráfi cos abaixo). Para o engenheiro mecânico Tiago Ferret, participante do pós-graduação de Gestão Estratégica de Negó-cios PUCRS/SENGE, a parceria do Sindi-cato com a Universidade permitiu “agregar conhecimento e ampliar a visão” dos pro-fi ssionais em temas da administração não contemplados nos currículos da graduação.

Da mesma forma, ao proporem a com-binação de abordagens técnicas com as questões mercadológicas, os programas de qualifi cação tornam-se decisivos para a viabilização e sucesso de novos proje-tos. Foi esta possibilidade que atraiu o interesse de Douglas Finger de Lemos para o curso de Energia Eólica. Enge-nheiro da Gheller Engenharia, empresa que desenvolve alternativas para bases e torres de aerogeradores e que atualmen-te desenvolve estudos de um novo modelo de turbina em fase de testes no norte do Brasil, Lemos considera sua participa-ção “extremamente proveitosa”, já que a oportunidade de estreitar relacionamen-tos entre os diversos participantes é um complemento indispensável ao curso.

Em 2010, a engenheira Camila de Sou-za Dahm Smiderle do Departamento de Segurança de Barragens da CEEE parti-cipou na sede do Sindicato dos cursos de Gerenciamento de Projetos e Excel Avan-çado, que, segundo ela, “auxiliaram para melhorar o dinamismo do meu trabalho”. Ao lado dos valores diferenciados ofereci-dos pelos organizadores e dos horários ade-quados a quem trabalha o dia todo, Camila destaca a excelente estrutura disponibiliza-da aos participantes pela entidade.

Tiago Ferret da Epcos do Brasil

é associado do Sindicato e

participante do pós-graduação

SENGE/PUCRS

Pesquisa de Satisfação com participantes dos cursos realizados no SENGE

Domínio de conteúdo dos instrutores (plenamente satisfeitos)

2007 2008 2009 2010

76%

84%

75%

80%

70

73

76

79

82

85 Cortesia e profi ssionalismo(plenamente satisfeitos)

2007 2008 2009 2010

53%

65%

69%

83%

50

57

64

71

78

85 Organização(plenamente satisfeitos)

2007 2008 2009 2010

62%

66%

70%

81%

60

65

70

75

80

85

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A celebração dos 68 anos do Sindicato foi marcada pela homenagem prestada a 18 profi ssionais, entre eles dois dos fundado-res da entidade, que receberam das mãos do presidente José Luiz Azambuja e do diretor administrativo Jorge Gomes, a medalha e o certifi cado do Mérito SENGE.

Dois dos integrantes da primeira diretoria, os engenheiros Flávio da Rosa Rondelli e Ary Fagundes Pavão, receberam suas distinções in memoriam. Outros 16 colegas foram home-nageados por serem aqueles sócios com mais tempo de efetiva associação ao Sindicato, man-

tendo-se em dia com as anuidades desde então.Foi um momento de grande emoção tanto

dos agraciados e seus familiares, quanto por parte dos diretores e colaboradores presentes na cerimônia realizada na tarde do dia 18 de junho, no Hotel Deville, durante o seminário técnico que marcou o aniversário da entidade.

Em sua manifestação, o presidente Azambuja destacou o papel dos pioneiros que acreditaram e mantiveram-se convictos quanto ao futuro do Sindicato dos Enge-nheiros, agora muito perto de contemplar 70 anos de fundação.

Homenagem aos pioneirosMEMÓRIA

Av. Erico Veríssimo, 960CEP 90160-180Porto Alegre/RS

Assembleia Geral defi ne valores das anuidades para 2011

Para mais informações ligue para (51) 32301600 ou acesse www.senge.org.br.

Contribuição SocialVencimento em 31/jan/2011Sócio Efetivo: R$328,00Sócio Estudante e Afi nidade: R$32,80Sócio Pensionista: R$164,00

Contribuição Sindical 2011 – Obrigação legalValorize sua profi ssão, fortaleça seu Sindicato e par-ticipe da organização da sua categoria. Pague até 28/fev/2011. Caso não receba o boleto de pagamento, acesse o Portal SENGE e imprima.

O Estatuto do Sindicato dos Engenheiros em seu pa-rágrafo quarto do Artigo 7º garante aos associados da ca-tegoria Aposentado a possi-bilidade de gozar de desconto especial do valor da anuidade do sindicato, o que na prática, representa um jubilamento.

Para requerer esta condição, o colega que tenha se aposenta-do por tempo de serviço deverá ter idade superior a 65 anos,

restrição inexistente nos casos de aposentadoria por invalidez. Em ambas as possibilidades, no entanto, será respeitado um prazo mínimo de cinco anos de vínculo associativo, bem como que os requerentes estejam em dia com suas obrigações sociais.

Os interessados deverão comparecer na sede do Sindica-to, munidos de documento hábil do INSS ou similar que com-prove sua aposentadoria.

Jubilamento

Engenheiros homenageados:

Engº Flávio da Rosa Rondeli in memoriam

Engº Ary Fagundes Pavãoin memoriam

Engº Adolfo Steiner

Engº Altamiro Amadeu Suzim

Engº Celso Alcaraz Gomes

Engº Ennio Celso Flores de Souza

Engº Henrique Gutfreind

Engº José Irany Frainer

Engº Lelio Soares Araújo

Engº Lúcio Fonseca de Araújo

Engº Luiz Carlos Gonzagade Sant’anna

Engº Luiz Carlos Tubino da Silva

Engº Manoel dos Santos Fernandes

Engº Mozart de Araújo Guterres

Engº Nelson Arrue Lemos

Engº Newton Lemos Vianna

Engº Nicolau Jorge Ache Waquil

Engº Ruy Brossard Souza Pinto

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Homenageados com o Mérito SENGE durante celebração do 68º aniversário do Sindicato