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TECNOLOGIA: E MAIS Elastômeros: utilização Adesivos e selantes Isolamento térmico www.tecnologiademateriais.com.br www.feipur.com.br Publicação da Editora do Administrador • Ano XII • Nº 57 • 2014 CALçADOS

Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações Ed.57

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Tecnologia: Calçados Elastômeros: Utilização Adesivos e Selantes Isolamento Térmico

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tecnologiA:

e MaiSelastômeros: utilização

adesivos e selantesisolamento térmico

www.tecnologiademater ia is .com.brwww.fe ipur.com.br

P u b l i c a ç ã o d a e d i t o r a d o a d m i n i s t r a d o r • a n o X i i • n º 5 7 • 2 0 1 4

caLçadOS

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2 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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3POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

índice

36 distribuiçãoA distribuição, no mercado de PU, mudou muito na última década. Cada vez mais abrangente e especializado, o trabalho das distribuidoras hoje vai além da simples venda e entrega dos produtos, e tende a por em risco empresas pequenas

44 Poliol poliéster

Enquanto o mercado de poliol poliéster cresce, no mundo, a taxas superiores à média do mercado de PU um todo, no Brasil as variedades disponíveis no mercado acompanham as taxas mais amplas para o poliuretano. Veja algumas distinções da tecnologia

42 AutomotivoO mercado automotivo anda a passos largos em busca de soluções mais convenientes em desempenho e custo, visando atender regulamentações nacionais e regionais no mundo todo. O PU não poderia ficar de fora nesses esforços

<<SeçõeS>>4 editorial6 e-mails e consultas7 info PU40 Sustentabilidade48 internacional 50 Visão atual

28 calçadosMatérias-primas vantajosas para uso em calçados, os poliuretanos termofixo e termoplástico vêm servindo como meio de diferenciar os produtos nacionais contra os commodities chineses e de atribuir maior valor agregado ao produto final.

46 Adesivos e selantesAs tecnologias em adesivos e selantes de PU estão em plena evolução, sendo aos poucos introduzidas no mercado para atender requisitos mais exigentes em resistência com o peso de um custo um pouco maior. Veja quais são as últimas tendências

24 isolamento térmicoA especificação de formulações de espuma rígida de PU para aplicações de isolamento térmico passa pela fabricação de novas matérias-primas, com investimentos ao redor do mundo em fábricas, e pela adaptação das formulações a demandas especiais

20 equipamentos

Menina dos olhos de quem deseja retirar mais produtividade na fabricação de peças em PU injetado, o sistema de alta pressão exige maior investimento que o de baixa e para compensar depende de se seguir vários cuidados.

34 Feicon Batimat 2014

Lançamentos, produtos da linha de adesivos e selantes, isolamento térmico em espuma rígida de poliuretano para coletores solares e outras aplicações, como painéis. Diversos produtos e soluções apresentados na Feicon Batimat 2014 fizeram amplo uso do poliuretano. Confira.

Air Products .................................... 11

BASF ............................................... 2a capa

Bayer ............................................... 4a capa

Embrapol......................................... 11

Evonik ............................................. 14 e 15

Feiplar Composites e Feipur 2014 .. 32

Flow Center ..................................... 5

Hennecke ........................................ 35

Huntsman........................................ 3a capa

Marintec .......................................... 29

MCassab ......................................... 9

Mecânica......................................... 41

Notícias ........................................... 4

Poliequip......................................... 23

Poliequip......................................... 31

Purcom ........................................... 26 e 27

Purcom ........................................... 5a capa

Química Anastácio .......................... 13

Sulpol ............................................. 21

TeCobI ............................................. 19

Guia de anuncianteS

16 Artigo técnico

Todo polímero tem suas próprias características de envelhecimento térmico, que dependem da base química e dos aditivos. A Lubrizol desenvolveu um novo TPU que permite aos fabricantes de cabos expandir suas soluções em cabos de alto desempenho, atingindo temperaturas mais altas de trabalho

Temperatura

T1 T2

Zona 1 171 182

Zona 2 176 188

Zona 3 182 193

Flange 188 199

Adaptador 188 199

Matriz - zona1Matriz - zona2

188188

199199

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4 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

editoriAl

Os membros da indústria sul-americana de plásticos de performance diferenciada (composites, poliuretano e plásticos de engenharia) podem acompanhar as notícias mais recentes sobre o mercado no site www.tecnologiademateriais.com.br Os jornalistas da Revista Composites & Plásticos de Engenharia, e da Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações atualizam o site com as novidades nacionais e internacionais sobre novos produtos, destaques de matérias-primas e processos, aplicações, eventos, mercado, entre vários outros temas.

Confira sempre.

Notícias em composites, poliuretano e plásticos de engenharia

Entre em Contato: Tel.: (11) 2899-6395 • [email protected]

plásticos de engenharia

matérias-primas e processos, aplicações, eventos, matérias-primas e processos, aplicações, eventos,

O site www.tecnologiademateriais.com.br apresenta as mais recentes novidades sobre os mercados de composites, poliuretano e plásticos de engenharia, em todo o mundo

Não faltam livros e autores a defenderem que o mundo está vivendo uma revolução. Segundo alguns deles, essa revolução envolve em seu fulcro a indústria digital. A argumentação central defendida por esses autores é de que o desenvolvimento dos meios digitais tornou exponencialmente mais ágil a criação e disseminação das informações e, ainda mais relevante para nossa indústria do poliu-retano, a transformação dessas informações em novos produtos e melhorias de processos.

Mas essa revolução pela qual o mundo passa para muitos não parece tão clara assim. Os produtos fabricados pelas indústrias parecem, grosso modo, os mesmos. Os processos utilizados para sua fabricação, também. O mercado não parece invadido por tantas novidades assim, novidades essas que possam colocar em risco as matérias-primas e os processos tradicionais de fabricação de novos produtos.

Mas - nisso não há a menor dúvida - a competição tem se tornado mais acirrada. Os transformadores lutam para manter seus produtos competitivos no mercado. Os responsáveis pelos custos são vistos diuturnamente fazendo contas na ponta do lápis e cada vez mais buscam fornecedores mais efi cientes com matérias-primas mais efi cientes - e se possível mais baratas.

Este exemplar da Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações mostra, em várias de suas matérias, de que forma o acirramento da competição vem mudando - por dentro -o mercado. No caso do ramo de distribuição, por exemplo, verifi ca-se que essa atividade, que antes estava restrita ao atendimento das demandas sempre mais específi cas do mercado - com preço e prazo adequados -, hoje engloba uma série de outras atividades antes inimagináveis de atendimento do cliente e prospecção do mercado. Isso, é claro, coloca em risco players de atuação mais tradicional. E pode transformar radicalmente a cadeia. Outro mercado em que as mudanças competitivas vem atingindo diretamente as empresas é o calçadista - matéria de capa desta edição. Mas pode-se verifi car situações similares também em outros nichos, como o de elastômeros e o de isolamento térmico. O tempo corre e a tecnologia faz com que ele corra cada vez mais rápido.

Boa leitura!Rodrigo Contrera

Editor técnico

O mercado às voltas com mudanças profundas

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6 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

eMAil e conSUltAS

A Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações é uma publicação da Editora do Administrador Ltda., uma empresa

do Grupo ArtSim, distribuída para fornecedores de matérias-primas e equipamentos para o setor de poliuretano,

fabricantes de peças em PU (transformadores) e indústrias usuárias

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303)

[email protected]

Rodrigo Contrera (editor técnico)

Marketing e EventosSusana Nonato

Representantes de VendasRosely Pinho

Tabatha MagalhãesRH

Giselle AlmeidaCirculação

Cristiane Shirley GuimarãesInternet

André Tavares de OliveiraProjeto Gráfi co, Diagramação

Carolina RicciardiRafael Pires dos Reis

Pré-impressão e impressãoArtSim Proj. Gráfi cos Ltda. - 11 2899-6359

www.artsim.com.brTiragem

8.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda.

Administração, Redação e Publicidade

R. José Gonçalves, 96

05727-250 – São Paulo – SP

PABX: (11)2899-6363

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Capa

Calçados: Shimano

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tM - tecnologia de Materiais Online

Mercado assuntocalçados Fórum de Inspiraçõesconstrução civil Pesquisa Secovi-SP aponta recuo no mercado de imóveis novosconstrução civil Sika fi rma parceria com Seconci no Rio de Janeiro para centro profi ssional equipamentos Fibermaq lança injetora para encapsulamento, colagem e vedaçãoequipamentos Poliureia – Equipamentos no Brasilensino Curso sobre os PoliuretanosFeiras e congressos Excelentes resultados da Cannon na última feira Kdistribuição Foam Supplies é nomeada distribuidora para equipamentos da SAIP nos EUA e Canadáempresas 11% do faturamento da Solvay em 2013 foram da América LatinaMoveleiro Venda de colchões cresce com a chegada do invernoconstrução civil Vendas de material de construção crescem 2% em marçoFeiras e congressos Fabricantes de equipamentos para construção e mineração participam da M&T Peças e Serviçoscalçados Fimec se encerra com índices positivoscalçados Assintecal renova convênio com Apex-Brasilconstrução civil AkzoNobel e Instituto Tomie Ohtake anunciam os vencedores do 1º Prêmio de Arquitetura AkzoNobelMeio ambiente BASF evolui com suas metas globais em meio ambiente, saúde e segurançaMercado Produção industrial sobe 2,9% em janeiro, mas recua 2,4% em 1 ano

Tenho recebido no trabalho e gosto muito do conteúdo da Revista Poliuretano.

Ela é bastante informativa e esclarecedora. Tenho como receber a revista online?

Edgar A. Ozório (Rio de Janeiro, RJ)

A Revista Poliuretano destaca-se no meio pela alta qualidade de suas matérias e de seus artigos técnicos e pelo critério na hora de fornecer informações - sempre úteis - ao mercado. Vocês estão de parabéns. Gostaria de saber como faço para adquirir números atrasados.

Eduardo Elias (São Paulo, SP)

Fico muito satisfeito com a premência dos assuntos tratados pela revista Poliuretano, mas tenho tido difi culdades em recebê-la. Por favor, gostaria de saber como faço

para fazer uma assinatura da revista e para adquirir números atrasados.

Roberto Costa (Itupeva, SP)

Têm sido muito interessantes os assuntos abordados pela revista Poliuretano em seus últimos exemplares. Gosto também de como vocês abordam empresas diversas, com diversos perfi s, e conseguem traduzir isso num conteúdo de qualidade. Posso saber como faço para assiná-la?

Flávia Camargo (Rio de Janeiro, RJ)

TECHNOLOGYin MATERIALS

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7POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Nobucado: acabamento para cabedal

McASSAB reFor-MUlA logotiPoO Grupo MCassab, importante

distribuidora de produtos quí-micos e com atuação em outros

ramos de atividades, reformulou sua logomarca com 85 anos de história recém-concluídos. O novo logo possui três anéis interli-gados que, segundo a empresa, reafirmam a atitude da organiza-ção nos variados ramos de atividade, conjugando a distribuição de produtos químicos, o consumo e as incorporações e participações, englobando 14 unidades de negócio.

AMAzonAS lAnçA o FixA tUdo MS PArA conStrUção ciVil

O grupo Amazonas acaba de lançar o vedante e selante Fixa Tudo MS, com base em silicone modificado (MS), que conjuga as melhores características dos silicones e dos selantes de PU (po-liuretano). Com resistência aos raios ultravioleta e alta rapidez de colagem, o Fixa Tudo MS é isento de solvente e tem composição base água. O produto cola, veda e sela peças em diversos mate-riais, tais como espelhos, cubas, pias, pedras em geral, galhas, ru-fos, vidro, concreto, madeira, alvenaria, pisos cerâmicos, azulejos, boxes para banheiros e áreas que necessitem de maior resistência à vibração. Outro destaque da empresa é o Fixa Tudo MS 85 em formato bisnaga. Mais informações – www.amazonas.com.br

cheM-trend deStAcA deSMoldAn-teS PArA MAior ProdUtiVidAde e

AgilidAde nA FiMecImportante fabricante de agentes desmoldantes para poliuretano

e outros polímeros, a Chem-Trend (Valinhos, SP) apresentou, na Fimec 2014, uma série de produtos, tradicionais e recém-lançados, para desmoldagem segura e de alta produtividade de formulações em poliuretano termofixo e termoplástico (TPU). Alguns dos desta-ques da empresa foram os desmoldantes base água para produção de palmilhas, de alta produtividade e baixa quantidade de uso na peça, além de amigabilidade ambiental e de trabalho, e os agentes

de purga da linha Lusin para solados em termoplástico, com des-taque para produção de peças em TPU, dentre outros produtos de sua linha tradicional. Mais informações – www.chemtrend.com.br

excelenteS reSUltAdoS dA cAnnon nA últiMA FeirA K

A fabricante de máquinas de origem italiana Cannon obteve ex-celentes resultados em seu estande na última feira K, a maior do mundo no ramo de plásticos. Segundo a empresa, estima-se em mais de 600 os contatos qualificados alcançados pela empresa no evento, mais de 35% a mais do que na edição anterior, em 2010. Desses contatos, mais de 37% foram não-europeus. A Cannon possui soluções em equipamentos para poliuretanos, composites e termoformagem, com especial destaque para equipamentos com eficiência energética. Mais informações – www.cannon.com

ciPAtex lAnçA nA FiMec coleção PriMAVerA-Verão 2015

O Grupo Cipatex (Cerquilho, SP), importante fabricante de re-vestimentos sintéticos para o mercado calçadista, dentre outros, apresentou diversas novidades em laminados de poliuretano e PVC na última Fimec. Em calçados femininos, os destaques foram lami-nados em cores intensas, estampas e metalizados. Os laminados de toque suave e aspecto de couro de cabra aparecem em 18 opções de cores. Em calçados masculinos e esportivos, a empresa levou a coleção Performance, além das tradicionais Imax e Sarja. Com aspecto mais nobucado, envelhecido, toque macio e acabamento similar ao corpo, a empresa apresentou os cabedais Sevilha Pull Up e Sevilha Sprit Leather. Nos esportivos, os laminados destacados foram o Legendary, Metrik e Twyster. Os laminados para aplique foram os Lunar, Metálico e Toronto, em diversas cores. Mais infor-mações – www.cipatex.com.br

Fixa Tudo MS: uso conjuga propriedades do poliuretano

Novo logo da MCassab

Feira K2013: participação de sucesso

inFo PU

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8 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

inFo PU

FiBerMAq lAnçA inJetorA PArA encAPSUlAMento,

colAgeM e VedAçãoA fabricante de máquinas para processamento de peças em

poliuretano e composites Fibermaq (São Paulo, SP) acaba de lançar um equipamento destinado à injeção de diversos tipos de materiais, tais como adesivos mono e bicomponente - a partir de poliuretano, epóxi ou resina acrílica - e plastisol. A máquina pode ser usada em encapsulamento, colagem e vedação de compo-

nentes de fi ltros automotivos, sistemas elétricos e cabos de fi bra ótica. O equipamento pode injetar, de maneira intermitente (ou seja, por batidas), de 20 g a 4 kg de material por minito. A máquina pode utilizar um braço escravo, o que torna a operação mais fl exível por permitir variar a relação do material injetado. Mais informações no site – www.fi bermaq.com.br

11% do FAtUrAMento dA SolVAy eM 2013 ForAM dA

AMéricA lAtinAO grupo Solvay (São Paulo, SP) anunciou que, do fatura-

mento anual da empresa em 2013 (por volta de 9,3 milhões de euros), cerca de 11% originaram-se de suas atividades na América Latina. Os dados foram divulgados no final de feve-reiro deste ano. Segundo o CEO da empresa, Jean Pierre-Cla-madieu, em 2013 da empresa acelerou sua transformação num grupo de mais forte crescimento, menos sujeito aos ciclos do setor químico e mais rentável.

tAKAtA Petri reconhece coMo ótiMo o reSUltAdo

dA PUrcoM nA FABricAção de VolAnteS

A tradicional fabricante de volantes em poliuretano Takata Petri (Jundiaí, SP) reconheceu como ótimo, pelo segundo ano consecutivo, o trabalho da casa de sistemas Purcom (Barueri, SP) no fornecimento de matérias-primas e formulações para a fabricação dos produtos da empresa. À empresa, a Purcom oferece o Ecomate, agente expansor de espumas que não agri-de o meio ambiente, para fabricação dos volantes. O Ecomate, produto validado pelo Protocolo de Montreal como alternativa aos HFCs, atende também o Protocolo de Kyoto, com ODPs (potencial de dano à camada de ozônio) e GWPs (potencial de aquecimento global) iguais a zero.

FoAM SUPPlieS é noMeAdA diStriBUidorA PArA eqUiPAMentoS

dA SAiP noS eUA e cAnAdáA norte-americana Foam Supplies foi escolhida, pela fa-

bricante italiana de máquinas para poliuretano SAIP, como distribuidora de equipamentos da empresa para as regiões dos Estados Unidos e Canadá. A intenção é contribuir no fornecimento de soluções de produção turnkey da empresa nos transformadores norte-americanos de ampla variedade de indústrias, dentre elas de refrigeradores, painéis isolantes e de teto, portas, tubulações isolantes, etc.

noVA inJetorA dA grAco, A reActor e-10hP é oPção PArA trABAlhoS

MédioS e PeqUenoSA fabricante de máquinas Graco lançou no mercado mundial a

Reactor E-10hp, segundo ela a primeira unidade independente de produção de poliureia em todo o mundo. Ideal para trabalhos pe-quenos e médios, além de pequenos reparos em obras de grande porte, a máquina possui aquecimento e pressão sufi cientes para tra-balhar com uma ampla gama de formulações de poliureia. Segundo a Graco, que no Brasil é distribuída pela Poliequip (São Paulo, SP), o equipamento, que é portátil, pode trabalhar com pressão máxima de 2500 psi (172 bar), possuindo vazão máxima de 3,8 l/min em temperatura máxima dos fl uidos de 77o C. A mangueira do equipa-mento possui comprimento máximo de 33m. O gatilho da pistola exige pressão de apenas 2 pcm de ar comprimido. Mais informa-ções – www.graco.com

Graco E-10hp: independente para poliureia

Nova injetora para diversos trabalhos

Equipamentos italianos: abrangência

Div

ulga

ção

Pol

iequ

ip/G

raco

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10 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

inFo PU

PoliUreiA, eqUiPAMentoS no BrASil

Desde 2013, a Flowcenter (São Paulo, SP) está trabalhando com uma nova linha de equipamentos da marca WIWA, empre-sa alemã com mais de 60 anos de atuação no mercado mun-dial. Esta nova linha de equipamentos destina-se à aplicação de tinta de dois componentes, tinta com alto teor de sólidos, poliureia e poliuretano, revestimento interno de tubos, PFP, pintura contra corrosão, adesivos, selantes e silicones 1K e 2K. A Flowcenter atua no mercado de instalações para pintura, selantes e adesivos e ceras de cavidade há 25 anos. Mais in-formações – www.flowcenter.com.br

noVA cASA de SiSteMA cUStA 42 MilhõeS à BASF

A alemã BASF investiu 42 milhões de dólares na criação e montagem de uma nova casa de sistemas para poliuretano na cidade de Geismar (Lousiana, Estados Unidos), de forma a ex-pandir o portifólio de aplicação e melhorar o serviço de atendi-mento aos seus clientes nessa região dos Estados Unidos. As atividades da casa de sistema consistirão também na criação de produtos customizados para clientes nos ramos de transporte, mobiliário e construção civil.

ForMUlAçõeS coM MAior grAU de

Proteção AMBientAlSempre que é avaliado o uso de revestimentos para aplicações

de manutenção industrial, um item primordial a levar em conta é a proteção do patrimônio. Ocorre que, dentre os fenômenos mais difíceis de ensaiar, está o comportamento dos revestimen-tos às condições ambientais. Utilizando métodos focados em entender como a química dos revestimentos é quebrada pelos fenômenos ambientais, a Bayer MaterialScience (Leverkusen) vem desenvolvendo revestimentos de poliuretano diferenciados que permitem proteger o patrimônio industrial por anos a fio. A empresa apresentou, em abril de 2014, uma palestra a respei-to na American Coatings Show and Conference, realizada em Atlanta, Estados Unidos.

cUrSo SoBre PoliUretAnoSO Curso Química e Tecnologia dos Poliuretanos (20 horas),

com valor de R$ 1.290,00, e carga horária das 8h às 17h, será realizado em duas datas: em São Paulo, de 11 a 13 de agosto, no CRQ4 (Rua Oscar Freire, 2.039 - Pinheiros - São Paulo), e no Rio Grande do Sul, de 28 a 30 de outubro, no Hotel Fenac (Rua Araxá, 755 - Ideal, Novo Hamburgo). O curso é destinado a todos os técnicos da área de PU. Neles são abordados tópicos como: matérias-primas (sistemas, polióis, isocianatos, aditivos, etc.), fundamentos, espumas flexíveis em bloco, poliuretanos moldados, espumas rígidas, elastômeros vazados e TPUs, ade-sivos & selantes, tintas & revestimentos, etc. Mais informações – e-mail: [email protected]

BUlBo de PoliUretAno é deStAqUe de

ArtiStA AleMãoDentre as várias obras

apresentadas pelo artista alemão Michael Sailstor-fer em março no Centro de Arte Contemporânea de Cincinatti, Estados Unidos, estava um bulbo em poliuretano fabricado pelo sistema de casting (derramamento) de cor preta. A obra, que traba-lha com os limites das noções de luz e escuri-dão, somava-se a deze-nas de outras, de outros materiais, apresentada nessa que foi a primeira mostra norte-americana do artista.

dow deSenVolVe SiSteMA de PU PArA ProdUção MenoS cUStoSA de grAMA SintéticA

A norte-americana Dow vem oferecendo no mercado o novo sis-tema de poliuretano de nome Enforcer para produção mais econô-mica e produtiva de grama artificial ou sintética. O sistema permite ser processado a temperaturas entre 85 e 100º C, ao contrário dos sistemas convencionais que requerem temperaturas de por volta de 150º C para o processo de cura. O novo sistema permite pro-duzir grama sintética de excelente visual e resistência aprimorada. Mais informações – www.dow.com

Bulbo de poliuretano

Div

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Flow

cent

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ePóxi e PoliUretAno, JUntoS eM SolUçõeS

PArA coMPoSiteSA norte-americana Dow apresentou, na última edição da JEC,

importante feira mundial de composites, em parceria com a joint--venture DowAksa, diversas soluções em composites (materiais compostos com fi bras como de carbono), para diversos processos e mercados. Em poliuretano, a empresa mostrou novidades de pro-cesso para fi lament winding com resina de poliuretano, no caso, a nova linha Dow Voraforce TW 1100, para fabricação de vasos de pressão, tubulações, etc.

noVA eStAção coMPActA de ArMAzenAgeM e

trAnSPorte qUíMicoA PPI (Polyurethane Process Industries) apresentou um novo siste-

ma de armazenagem e transporte compacto para fabricantes de peças em poliuretano. O novo sistema, de tipo modular, pode ser usado para abastecer tanques diária e automaticamente com componentes pré--condicionados de poliuretano. O sistema pode trabalhar com tam-bores plásticos para produtos químicos de 275 a 330 galões ou con-têineres intermediários (IBCs). Os novos equipamentos são vendidos em duas opções, otimizados para isocianatos ou aditivos de baixa viscosidade ou para polióis ou aditivos de alta viscosidade.

PriMeiro PAinel de Aerogel de PoliUretAno

O pesquisador Marc Fricke e sua equipe da BASF (Ludwigshafen, Alemanha) desenvolveram um novo material com excelente valor de isolamento de 16 mW/mK, bem superior aos tradiciona is, com por volta de 21 a 40 mW/mK. Consistindo de espuma de poliuretano com poros de 50 a 100 nm de grande dimensão, o novo material, chamado de Slentite, é facilmente produzido por um processo de produção por aerogel. A empresa começou a produzir o material em uma planta--piloto em Lemförde, próxima a Osnabrück. A produção comercial é estimada para a segunda metade de 2014.

Componente de pequenas dimensões: alta exigência de resistência

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12 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

inFo PU

Pá eólicA eM PoliUretAno reForçAdA coM nAnotUBoS

de cArBonoUma equipe do departamento de Ciências Macromoleculares

e Engenharia da Universidade de Case Western Reserve (Cle-veland, Ohio, Estados Unidos) desenvolveu as primeiras pás eólicas com resina de poliuretano reforçadas com nanotubos de carbono. A universidade vem fabricando, em baixa escala, pás feitas com esses materiais. As pás utilizando a resina de PU em combinação com seis camadas de mantas de fi bra de vidro laminadas pela técnica de vacuum bag. Na versão padrão, os na-notubos de carbono de multicamadas são adicionados ao poliol e dispersos pelas técnicas, simultâneas, de sonicação e mistura magnética por 30 minutos.

deStAqUeS dA cAnnon nA Utech

nort AMericA 2014Diversos serão os destaques da

italiana Cannon na edição de 2014 da UTECH North America, a ser re-

alizada em Charlotte, NC, nos dias 4 e 5 e junho. Dois cabeçotes de alta pressão serão destacados na ocasião, o Cannon JL 32 e o novo Cannon FPL SR, especialmente projetado para espumas rígi-das em refrigeradores domésticos e freezers. A tecnologia Cannon V.A.I. (Vacuum Assisted Injection) e soluções para os mercados automotivo e de transporte também serão destaques.

green UrethAneS trABAlhA nA eSPUMA MAiS Verde e

conForMe A cAl 117 do MUndoA inglesa Green Urethanes anunciou que está trabalhando com

polióis de origem natural e retardantes de chama de última gera-ção para encontrar soluções que lhe permitam criar a espuma de poliuretano fl exível com retardância à chama mais verde do mun-do (atendendo a conhecida norma California 117). A nova espuma deve ter, segundo a empresa, 33% aproximadamente de conteúdo vegetal e natural retardância à chama.

Dosadora ProMix PD2K

contitech APreSentA correiAde PU coM FiBrA de cArBono

A ContiTech apresentou, na última Hannover Messe, em abril deste ano, uma correia especial de poliuretano com reforço em fi bras de carbono, que lhe permitem, segundo a empresa, resistir às mais elevadas forças de puxamento. Com comprimento de 5 metros e largura de 22 cm, a correia reforçada da ContiTech é ideal para serviços pesados.

henKel inStAlA noVo SiSteMA hr-rtM coM PoliUretAno

noS eStAdoS UnidoSA alemã Henkel anunciou a instalação, em território norte-ame-

ricano, de um novo sistema de RTM (Resin Transfer Molding) de alta pressão (HR) que trabalha com resina bicomponente de po-liuretano. O equipamento, atualmente nas instalações da empresa em Madison Heights, deve estar inteiramente operacional ainda no primeiro semestre deste ano.

doSAdorA de coreS ProMix Pd2K PerMite ProPorçõeS PreciSAS

Equipamento para dosagem de cores extremamente precisa de componentes de poliuretano, a dosadora ProMix PD2K, da Graco, permite misturar o material bem próximo à pistola, reduzindo significativamente a área de fluxo, usando menos tinta e gastando bem menos em descarte. Segundo a empre-sa, o equipamento reduz em até 80% o desperdício em relação aos sis-temas tradicionais, otimiza o uso de ma-teriais com pequena vida útil, altera as cores rapidamente e gerencia até 30 cores e 4 cata-l i s a d o r e s com 2 ou 4 bombas dosadoras.

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16 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Artigo técnico

Todo polímero tem suas próprias características de envelheci-mento térmico, que dependem da sua base química e dos aditivos incorporados ao produto. Geralmente, o envelhecimento de um polímero implica na queda gradual de seu alongamento na rup-tura. Para aplicações em fios e cabos, considera-se normalmente que um mínimo de 50% de alongamento na ruptura do material utilizado para a fabricação da capa de um cabo é necessário para garantir o seu perfeito funcionamento. Muitos polímeros utiliza-dos para recobrimento de cabos se tornam flexíveis pela adição de plastificantes e/ou óleos. Exemplos incluem o PVC flexível e al-guns TPEs. Quando submetidos a envelhecimento térmico, estes compostos ganham resistência à tração e perdem alongamento devido à redução gradual no teor de plastificantes.

Os TPUs, por outro lado, comportam-se de forma completa-mente oposta com relação ao envelhecimento térmico. Compostos de TPU para fios e cabos são flexíveis por causa de sua natureza química. Nenhum tipo de óleo ou aditivo plastificante é acres-centado aos TPUs para obter dureza e flexibilidade mais baixas. Após envelhecimento de acordo com as normas para as classes térmicas de 90º C e 105º C, a resistência à tração da maioria dos TPUs base éter se reduz em mais de 25%. Entretanto, eles ainda mantêm resistência à tração absoluta bem acima dos requisitos funcionais para materiais utilizados para recobrimento de cabos. Por causa da perda de mais de 25% da resistência à tração ori-ginal, a maioria dos TPUs base éter não se enquadrava na classe térmica de 90º C ou em classes superiores de acordo com os critérios estabelecidos pela norma UL 1581 utilizando testes de curta duração.

Como resultado de uma iniciativa da Lubrizol, a última revisão da norma UL 1581, datada de 30 de janeiro de 2013, inclui duas novas tabelas – 50.227.1 e 50.227.2 – para TPUs de classe tér-mica de 90º C e de 105º C, respectivamente. Para a classe térmica de 90º C, a tabela estabelece a manutenção de 65% da resistência à tração original do material (material não envelhecido) e 70% do alongamento na ruptura original do material. Para a classe térmica de 105º C foi estabelecida a manutenção de 35% da resistência à tração original do material e 85% do alongamento na ruptura ori-ginal. Estes novos requisitos refletem o comportamento de TPUs base éter quando envelhecidos.

Poliuretanos termoplásticos para recobrimento de cabos

de altas temperaturasPor Chetan Makadia (Sr. Applications Engineer), Joe Vontorcik (Americas Application R&D Technology Manager)

e Viviana Wilson (Reginal Market Segment Manager, Industrial), Lubrizol Engineered Polymers

eStUdo exPeriMentAlMateriais - Os materiais utilizados no estudo experimental foram

grades de TPU Estane® comerciais, que atendem as regulamentações RoHS e REACH. O TPU-A e o TPU-B são poliuretanos termoplásticos baseados em poliéter, o primeiro com dureza de 85A (85 Shore A) e com retardante de chama, enquanto o segundo tem dureza 87A e não contém retardante de chama. O TPU-C é um poliuretano termoplásti-co recentemente desenvolvido para aplicações que trabalhem em altas temperaturas, capaz de alcançar um patamar de 125º C.

Preparação das Amostras e Método de teste - As amostras utilizadas para o envelhecimento térmico possuíam forma tubular, a menos que especificado em contrário. O diâmetro externo era de 6 mm, com espessura de aproximadamente 0,8 mm. As amostras foram produzidas por meio de uma extrusora de rosca simples, com diâmetro de 1,5”, com uma matriz do tipo cross-head, com um con-junto de telas de 20/40/20 mesh. As amostras utilizadas para os ensaios de tração foram corpos de prova do tipo “gravata”, cortadas por meio de prensa e matriz. O envelhecimento foi realizado num forno de circulação de ar forçada. O teste de tração foi conduzido segundo a norma ASTM D-412, com velocidade de separação das garras de 500 mm/min. A contração foi medida em amostras tubu-lares de 152 mm de comprimento. Os dados apresentados são uma média dos resultados dos testes conduzidos em cinco amostras.

reSUltAdoS & diScUSSãotPUs para as classes térmicas de 90º c e 105º c. A Tabela

1 mostra as propriedades de tração de amostras não envelhecidas e envelhecidas para o TPU-A e o TPU-B. Para a classe térmica de 90º C, o envelhecimento foi realizado numa temperatura de 121º C. Pode-se ver que ambos TPUs superaram facilmente os novos requi-sitos da UL 1581 com relação à resistência à tração. Os valores de alongamento na ruptura dos corpos-de-prova envelhecidos foram superiores aos dos não envelhecidos.

A tabela 2 mostra as propriedades físicas dos TPU-A e TPU-B para a classe térmica de 105º C. A UL 1581 requer a manutenção de apenas 35% da resistência à tração original após o envelhecimento térmico de TPUs para a classe de 105º C. Entretanto, os requisi-tos de alongamento na ruptura para materiais envelhecidos e não

Page 19: Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações Ed.57

17POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

envelhecidos são muito altos. Ambos os TPUs testados exibiram o comportamento típico de envelhecimento de TPUs base éter e atenderam os requisitos para a classe de 105º C. Pode-se observar que houve uma redução significativa na resistência à tração após o envelhecimento a 136º C, mas o alongamento na ruptura virtual-mente não foi afetado.

estudo de Processamento - Um pequeno estudo de processa-mento foi conduzido para mensurar os efeitos da velocidade de ro-tação da rosca e da temperatura de extrusão sobre as propriedades de tração dos TPUs aqui avaliados. Os parâmetros foram mantidos dentro da janela normal de processamento para estes materiais. A Tabela 3 mostra os perfis de temperatura, T1 e T2, utilizados neste estudo. As amostras foram extrudadas a 10 RPM para ambos os perfis, assim como a 30 RPM para o perfil T1.

TPU-A TPU-BRequisito de acordo com a UL 1581 para a classe de 90o C

Resistência à tração original (MPa) 23,5 44,5 Mínimo 12,9

Alongamento na ruptura original (%) 590 470 Mínimo 300

Resistência à tração envelhecido (MPa) 20 30 -

Alongamento na ruptura envelhecido (%) 650 557 -

Retenção da Res. tração original 85 67 Mínimo 65

% Retenção de alonga-mento original 110 120 Mínimo 70

TPU A TPU BRequisito de acordo com a UL 1581 para a classe de 105o C

Resistência à tração original (MPa) 23,5 44,5 Mínimo 17,2

Alongamento na ruptura original (%) 590 470 Mínimo 450

Resistência à tração envelhecido (MPa) 9,5 16,1 -

Alongamento na ruptura envelhecido 570 540 -

Retenção da Res. tração original (%) 40 36 Mínimo 35

Retenção de alongamento original (%) 95 115 Mínimo 85

TPU-A

Res

istê

ncia

à tr

ação

(MPa

) 35.0

25.0

30.0

20.0

15.0

10.0TI-10 RPM TI-30 RPM T2-10 RPM

Figura 1. resistência à tração do tPU-A em diferentes condições de processameto

Os efeitos dos parâmetros de processo sobre as propriedades de tração do TPU-A e do TPU-B são mostrados na Figura 1 e na Figura 2, respectivamente.

Como esperado, para ambos os TPUs avaliados, os valores mais altos de resistência à tração foram obtidos com baixo RPM e baixa tem-peratura de processamento. Com alto RPM, a resistência à tração foi marginalmente reduzida, mas ainda manteve-se num alto patamar para ambos os TPUs. A alta temperatura de processamento somente afetou a resistência à tração do TPU com retardante de chama. O TPU-B, sem retardante de chama, não sofreu qualquer efeito significativo na resis-tência à tração devido à alta temperatura.

contração pós-extrusão - A contração pós-extrusão do material de cobertura pode causar problemas na produção de cabos de fibras óticas. A contração pós-extrusão pode acabar gerando tensões nas fi-bras óticas, resultando em desempenhos abaixo do adequado. Ao con-trário de outros polímeros usados como material de recobrimento, os TPUs exibem contração pós-extrusão muito baixa. As normas de pro-jeto de cabos óticos normalmente especificam contração pós-extrusão máxima de 2%.

A contração pós-extrusão em diferentes condições de processamento é mostrada nas Figuras 3 e 4 para o TPU-A e o TPU-B, respectivamente. Pode-

-se observar que ambos TPUs apresentam contração extremamente baixa, bem inferior ao limite de 2%, após aquecimento a 85º C por 24 horas e sub-sequente condicionamento à temperatura ambiente por 4 semanas. A tempe-ratura de processamento teve efeito desprezível na contração dos TPUs estu-dados. O RPM mais alto resultou numa contração levemente superior para o TPU-A (com retardante de chama) em 24 horas, mas a contração final, após quatro semanas, foi similar para ambos RPMs. O TPU-B (sem retardante de chama) apresentou, por sua vez, contração extremamente baixa, praticamente desprezível, em todas as condições.

tabela 1. Propriedades físicas dos tPUs de acordo com os cri-térios de teste para a classe térmica de 90º c. temperatura de envelhecimento: 121º c; tempo: 168 horas.

tabela 2. Propriedades físicas dos tPUs de acordo com os cri-térios de teste para a classe térmica de 105º c. temperatura de envelhecimento: 136º c; tempo: 168 horas

Figura 2 resistência à tração do tPU-B em diferentes condições de processamento

tabela 3. temperaturas de processamento

Temperatura

T1 T2

Zona 1 171 182

Zona 2 176 188

Zona 3 182 193

Flange 188 199

Adaptador 188 199

Matriz - zona1Matriz - zona2

188188

199199

TPU-B45.0

35.0

40.0

30.0

25.0

20.0TI-10 RPM TI-30 RPM T2-10 RPM

Res

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ncia

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ação

(MPa

)

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18 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Artigo técnico

TPU C

Resistência à tração original (MPa) 47,2

Alongamento na ruptura original (%) 360

Resistência à tração após envelhecimento (MPa) 44,3

Alongamento na ruptura após envelhecimento (%) 400

Retenção da Res. tração original (%) 94

Retenção do alongamento original (%) 100

Retenção de resistência à tração (%) 95

Retenção de alongamento na ruptura (%) 105

Figura 6 – desempenho do tPU-c após hidrólise (longo prazo).

A Lubrizol desenvolveu um novo TPU que permite aos fabricantes de cabos expandir suas soluções em cabos de alto desempenho, atingindo temperaturas mais altas de trabalho.

O novo TPU tem excelente resistência à abrasão e ao corte, assim como alta resistência à fadiga por fl exão e fl exibilidade em baixas temperaturas típica dos TPUs padrão. Este material, entretanto, possui um desempenho signifi cativamente mais alto em termos de resistência química e térmica quando comparado a TPUs convencionais, o que o torna uma alternativa altamente con-veniente para aplicações submetidas a altas temperaturas, abuso físico e exposição a ambientes químicos severos.

A Tabela 4 mostra dados de envelhecimento para o TPU-C de acordo com os critérios para a classe térmica de 125º C. Os testes foram realizados em uma amostra tubular, extrudada por meio de uma matriz do tipo cross-head. Pode-se observar que a resistência à tração e o alongamento na ruptura do TPU-C virtualmente não foram afetados com o envelhecimento térmico. O TPU-C manteve mais de 90% da resistência à tração original após envelhecimento em uma temperatura de 158º C por sete dias.

Figura 3 – con-tração pós-ex-trusão do tPU-A em diferentes condições de processamento.

Figura 4 – con-tração pós-ex-trusão do tPU-B em diferentes condições de processamento.

tabela 4 – Propriedades físicas do tPU-c de acordo com os critérios para a classe térmica de 125º c. temperatura de envelhecimento: 158º c; tempo: 168 h.

tabela 5 – desempenho do tPU-c após envelhecimento térmico de longo prazo.

TPU-A

T1-10RPM

T1-30RPM

T2-10RPM

24h@ 85°C 0.07 0.26 0.01

4 semanas @23°C 0.26 0.26 0.01

Con

traç

ão (%

)

0.00

2.00

TPU-B

T1-10RPM

T1-30RPM

T2-10RPM

24h@ 85°C 0.00 0.00 0.00

4 semanas @23°C 0.00 0.13 0.07

Con

traç

ão (%

)

0.00

2.00

O envelhecimento térmico a longo prazo e a resistência à hidróli-se para o TPU-C são mostradas nas Figuras 5 e 6, respectivamente. As propriedades de tração foram medidas em amostras cortadas de um perfi l extrudado de 1 mm de espessura. Após 3.000 horas de envelhecimento, o TPU-C manteve o alongamento na ruptura bem acima de 50%.

Figura 5 – desempenho do tPU-c após envelhecimento térmico de longo prazo.0 6 12 18

Tempo (semanas)

250300350400

150200

100500

Envelhecimento a 150º C por 3.000 h

Resistência à tração (MPa)

Alongamento na ruptura (%)

Em comparação, o TPU base éter convencional perderia o alon-gamento na ruptura completamente e se tornaria quebradiço após 6 a 12 semanas de exposição à temperatura de 150º C.

Não houve efeito negativo no alongamento na ruptura e ocorreu uma queda marginal na resistência à tração do TPU-C após 3.000 horas de hidrólise a 85º C. A Tabela 5 mostra o excelente desempe-nho do TPU-C após envelhecimento em óleo a 100 º C.

conclUSõeSO TPU-A e o TPU-B são materiais adequados para recobrimento

de cabos com classes térmicas de 90° C e 105° C quando as apli-cações envolvem abuso físico e exposição a produtos químicos agressivos. No estudo de processamento realizado, altas rotações da rosca e altas temperaturas de extrusão resultaram em resistên-cias à tração levemente reduzidas nos TPUs avaliados.

Ambos TPU-A e TPU-B apresentaram contração pós-extrusão extremamente baixa, tornando-os materiais adequados para reco-brimento de cabos óticos. O novo TPU-C expande a gama de apli-cações de poliuretanos termoplásticos para recobrimento de cabos, permitindo a sua utilização em cabos com classe térmica de 125°C. Este material demonstrou excelente desempenho com relação a re-sistência a óleos, à hidrólise a longo prazo e de envelhecimento térmico a longo prazo. Para receber especifi cações técnicas e dados adicionais sobre o novo grade de TPU resistente à altas temperatu-ras, para aplicações com classe térmica de 125° C, visite o website da empresa listado a seguir: www.lubrizol.com

Hidrólise a 85º C e 85% RH por 3.000 h

0 6 12 18Tempo (semanas)

500600700800900

300400

200100

0

Resistência à tração (MPa)

Alongamento na ruptura (%)

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20 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

eqUiPAMentoS

injeção de alta pressão: cuidados para garantir maior produtividade

Embora a imensa maioria dos transformadores de peças injeta-das em poliuretano comece a trabalhar no mercado com máquinas de baixa pressão, mais econômicas mas também mais “sujas”, ou seja, que deixam boa quantidade de resíduos durante a produção, a utilização de máquinas injetoras de alta pressão quase sempre faz parte das expectativas da maioria dos transformadores. “Os equipamentos de alta pressão costumam ser, entre si, bastante si-milares, embora com diversas especificidades. Esses equipamen-tos normalmente contam com as mesmas pressões e temperaturas máximas, fatores determinados pelas próprias matérias-primas”, disse Ricardo L’Abbate do Valle, diretor da Poliequip (São Paulo, SP). “As maiores diferenças entre os equipamentos à disposição no mercado dizem respeito a desempenho, produtividade, tem-po de ciclo, etc.”, afirmou Anselmo Costa, gerente de vendas da Hennecke (São Paulo, SP). “As máquinas de alta pressão podem, em alguns casos, ultrapassar 200 bar de pressão, e seus siste-mas mecânicos e hidráulicos usados na construção de cabeçotes e bombas (além dos tanques pressurizados) podem chegar a 11 bar de pressão interna”, informou Márcio Nascimento, gerente da Cannon (São Paulo, SP).

Adoção“As últimas feiras do setor, inclusive a FEIPLAR COMPOSITES

& FEIPUR, mostram que o mercado vem mudando, sendo que as máquinas de alta pressão já são as preferidas dos transformado-res”, afirmou Alex Rocha, diretor da AS Rocha (São Paulo, SP), re-presentante, dentre outras empresas, da italiana RMPA, fabricante

Menina dos olhos de todo empresário interes-sado em retirar mais produtividade na fabrica-ção de peças em poliuretano injetado, o siste-ma de alta pressão exige maior investimento que o de baixa e depende, para dar retorno, de se seguir uma ampla gama de cuidados. co-nheça algumas propriedades, vantagens e pe-culiaridades desse sistema

de máquinas de alta e baixa pressão para transformação de peças em poliuretano. “Mas o desempenho das máquinas, tomadas uma a uma, é muito diferente entre elas, inclusive comparando as de baixa pressão”, concluiu. “O mercado brasileiro está adotando, cada vez mais, equipamentos de alta pressão, em busca de redu-ção de custos, melhor aproveitamento da matéria-prima, menor produção de resíduos e consequentemente aumento de produti-vidade e competitividade”, disse do Valle, da Poliequip. “Apesar de serem mais caros que os de baixa pressão, os equipamentos de alta possuem vantagens a médio e longo prazo que fazem com que esta solução seja cada vez mais adotada e procurada”, disse. “As máquinas de alta pressão são comprovadamente mais eficien-tes e menos sujas que as de baixa pressão, com grande precisão e repetibilidade, segurança, menores tempos de ciclo, melhores

Máquina de alta com cabeçote duplo: tendência

Alta pressão para aplicação de poliureia

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21POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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22 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

eqUiPAMentoS

controles de processo, etc.”, afi rmou Costa, da Hennecke. “As má-quinas de alta pressão não são mais caras ou mais baratas do que as de baixa, elas simplesmente são necessárias em determinados segmentos, pagando-se bem rapidamente”, explicou. “Vê-se ni-tidamente, nos segmentos em que a tecnologia de alta pressão pode ser empregada, a adoção desses equipamentos, estando os transformadores fi rmemente convencidos de suas vantagens”, afi rmou Nascimento, da Cannon. “Mas é bom pontuar que cada tecnologia possui sua aplicação, seja ela de baixa ou alta pressão, e que se deve antes entender onde aplicar cada uma para tirar o máximo proveito dela”, completou.

AUtoMAçãoOs equipamentos de alta pressão costumam já vir acompa-

nhados de sistemas de automação e controle, às vezes extre-mamente avançados. “Os equipamentos de alta pressão muitas vezes contam com diversos acessórios específicos para cada aplicação, a fim de aumentar e facilitar a produção, e como o equipamento acaba aumentando a produtividade é comum que ele apareça com sistemas de carrossel ou similares junto à má-quina, para otimizar a produção em escala”, disse do Valle, da Poliequip. Ele acrescentou também que esses equipamentos, por contarem com mais componentes eletrônicos e de controle, adaptam-se melhor, segundo ele, a processos automatizados do que os de baixa pressão. “Os sistemas interagem e o equipa-mento pode trabalhar sem a presença de nenhum operador ou

com mão de obra mínima”, explicou. “A automação de proces-sos hoje é questão de sobrevivência para as empresas em geral, sendo que com ela as empresas conseguem ganhar competiti-vidade, reduzir custos e ganhar escala de produção de forma rápida em caso de necessidade”, afirmou Costa, da Hennecke. “O empresário, então, se vê às voltas com um dilema bem pe-culiar: ganha escala para automatizar ou automatiza para ganhar escala? Minha solução é de que ele precisa automatizar para ganhar escala, situação que vejo constantemente inclusive em empresas de pequeno porte, sempre mais focadas em ganhar escala e baixar custos automatizando suas linhas de produção”, explanou Costa.

AdoçãoOs transformadores de poliuretano devem levar em con-

ta diversos fatores ao adquirir equipamentos de alta pressão propondo-se a substituir os de baixa. “Embora a questão am-biental esteja se tornando cada vez mais relevantes na hora do empresário adquirir um equipamento, o principal mote de com-pra continua sendo a equação preço x produção”, afirmou do Valle, da Poliequip. “Se o resíduo produzido pela máquina de baixa pressão vier em alta quantidade e se o descarte for caro, a máquina de alta pressão imediatamente passa a ser a melhor opção. Entretanto, se o resíduo vier em pequena quantidade e não tiver muita periculosidade, a questão ambiental fica em segundo plano”, explicou. Por outro lado, questões relativas à produção em si também são bastante relevantes. “O gestor mais técnico, que tende a colocar na mesa todas as questões relevantes na hora de comprar um equipamento (custo da má-quina, forma de pagamento, custo da peça produzida, tempo de amortização do investimento, economia em pessoal e em gera-ção de resíduos, etc.), acaba invariavelmente optando por uma máquina de alta pressão”, disse ainda do Valle. “Ao adquirir um equipamento de baixa ou de alta pressão, deve-se considerar

o custo-benefício de cada máquina e a automação

que cada processo exige. Por exem-

Maquinário avançado: ênfase na automação

Máquinas compactas: para todos os mercados

Lançamentos abrangem praticamente todos os mercados

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23POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

plo, se com o uso de determinado equipamento uma única peça não atender às especificações exigidas, e se o mercado atendi-do for, por exemplo, o automotivo, todo o lote produzido terá de ser devolvido”, disse Costa, da Hennecke. “Nesses casos, o barato pode sair muito mais caro. Daí a tendência a, em deter-minados mercados, usar mesmo equipamentos mais sofistica-dos, normalmente de alta pressão. Já o tempo de amortização dessa aquisição dependerá muito do ganho de escala alcançado por cada empresa. Há casos de empresas que amortizaram o investimento em apenas 1 ano, enquanto outras levaram até 5 anos para isso acontecer”, explicou.

econoMiAOs equipamentos de alta pressão podem, em muitos casos,

gerar economias significativas no processo de produção em re-lação à fabricação de peças por sistemas de baixa pressão. Es-sas economias variam muito, é claro. “Um de nossos clientes fez recentemente o upgrade de suas máquinas de baixa para alta pressão, no caso para injeção de poliuretano para isolamento térmico. Segundo ele, somente devido ao upgrade ele passou a economizar por volta de 20% em matérias-primas, além de praticamente não utilizar mais solventes na linha de produção”, disse do Valle. “Participamos de projetos com clientes em que o retorno da diferença do custo do investimento entre uma linha de

alta pressão em relação a uma de baixa foi recuperado em menos de dois anos somente com o valor poupado na compra e des-carte do solvente que seria utilizado na máquina de baixa, isso sem contar os demais ganhos e vantagens do processo de alta pressão”, disse Nascimento, da Cannon. Mas há também outras questões a levar em conta. “Que as máquinas de alta pressão são mais eficientes, isso é verdade, principalmente com a utili-zação de carrosséis e outros sistemas automáticos. Mas alegar que apenas com a troca de equipamento a empresa vai realmente economizar pode ser fantasioso, pois tudo irá depender também de fatores como limpeza do molde, aplicação de desmoldante, colocação de insertos metálicos, e outros fatores que influenciam em muito o tempo de ciclo”, ponderou Costa. “Alguns acessó-rios são também fundamentais para garantir que as vantagens dos equipamentos de alta sejam mesmo alcançadas, tais como prensas automatizadas para abertura e fechamento automático, sistemas de controle individual de temperatura por molde, robôs na injeção e na aplicação de desmoldante e sistemas de injeção interligados por servo para PCP e produção”, concluiu Rocha, da RMPA. “Máquinas menos complexas podem sofrer muito com parâmetros como temperatura, altitude, umidade, desmoldagem, etc. Seja como for, apenas com ausência de uso de solvente o custo do processo cai entre 7 e 10%, o que já justifica a diferença na compra de equipamentos de alta pressão”.

Page 26: Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações Ed.57

24 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

iSolAMento térMico

O uso de espuma rígida de poliuretano para fins de isolamen-to térmico passa continuamente por períodos em que as formula-ções orientadas a câmaras frigoríficas, geladeiras, freezers e outros produtos isolantes nunca parecem ser definitivos face os cada vez mais exigentes requisitos de isolamento, portabilidade, resistência e amigabilidade ambiental. É o que acontece hoje, com a busca de formulações mais eficientes e aptas a atender parâmetros ambien-tais cada vez mais severos.

deMAndAS“O mercado de isolamento térmico cresce em um ritmo conside-

rável, em função da busca de maior eficiência energética e da ele-vação dos padrões de qualidade de vida, traduzida, por exemplo, na maior exigência de conforto e crescente necessidade de conserva-ção de alimentos”, afirmou Mário Sérgio Avezú, gerente de vendas e marketing de Special Chemicals para a América Latina da Solvay do Brasil (São Paulo, SP). “O elevado custo da energia e o imperativo de minimizar a emissão de gás carbônico pressionam as empresas

Soluções de maior eficácia em busca de excelência na aplicação

do segmento a desenvolverem produtos cada vez mais eficientes em capacidade de isolamento e de menor impacto ambiental”, concluiu.

reqUiSitoS“No passado, muitos rígidos eram analisados apenas sob o prisma

do preenchimento. Mas hoje a adaptação das formulações ao aten-dimento de requisitos específicos por aplicação é extremamente im-portante”, afirmou Alysson Padovani, gerente comercial da Flexível (Jaraguá do Sul, SC). “Atualmente, se fazem necessários não apenas o rendimento mas também a comprovação da eficiência do isolamen-to e sua durabilidade”, afirmou. Esses requisitos passam então a ser atendidos com matérias-primas levemente distintas das tradicionais e novas formulações. “Nos últimos anos, os campos de evolução das espumas rígidas são em termos da estrutura química da fórmula com a introdução de polióis poliésteres, aditivos e silicones especiais e na eliminação do HCFC-141b como agente físico de expansão, sendo que os maiores fabricantes utilizam hidrocarbonetos”, afirmou Dani-lo Costa Minsoni, Coordenador de Desenvolvimento de Produto da MCassab (São Paulo, SP). “Muitos clientes, em suas demandas, são norteados pelo desempenho térmico, mas sabemos que as espumas não possuem somente essa função. Ao contrário, dadas as exigências estruturais acaba-se exigindo ainda mais da parte química do proces-so e dos processos de fabricação propriamente ditos”, afirmou Min-soni. “Apesar dos hidrocarbonos serem uma alternativa à eliminação

Telhado com núcleo isolante: solução para diversas indústrias

A especificação de formulações de espuma rígida de PU para aplicações de isolamento térmico passa pela fabricação de novas matérias-primas, com investimentos ao redor do mundo em novas

fábricas, e pela adaptação das formulações a demandas especiais para o cliente final. confira

Espuma rígida de PU: desempenho excepcional

Painéis em PIR: sanduíche à prova d’água

Painel isolante: material padrão ou sob medida

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do HCFC-141b, não são todos os usuários que podem adequar suas fábricas para trabalhar com produtos explosivos”, afi rmou Gerson Silva, diretor químico da Purcom (Barueri, SP). “Diferentemente da época em que o Freon (R-11) foi substituído pelo HCFC-141b (si-tuação em que, devido ao peso molecular similar, a substituição era praticamente de 1 mol por 1 mol), no momento atual as alternativas ao HCFC-141b possuem diferentes pesos moleculares e diferente sol-vência no polímero, necessitando a formulação assim de polióis com maior funcionalidade e menor viscosidade”, explicou.

MAtériAS-PriMAS

As matérias-primas têm sofrido transformações naturais pelo simples crescimento do mercado. “Devido ao aparecimento de no-vas plantas de fabricação de poliois mais modernas e produtivas, as propriedades do poliol base rígido de base éter sofreram mudanças signifi cativas”, afi rmou Padovani, da Flexível. “O mesmo acontece com os isocianatos, cujas plantas passaram por ampliações e inves-timentos, possibilitando o acesso, por parte do transformador, a no-vas tecnologias”, completou. Mas as mudanças não passam apenas pelo fornecimento de novas matérias-primas. “Além das mudanças

nas formulações, o mercado brasileiro também começa a receber in-vestimentos em equipamentos e processos, que tornam os produtos mais efi cientes e efi cazes”, afi rmou Padovani. “Pela minha percepção, as matérias-primas e formulações oferecidos no mercado brasileiro constituem o estado da arte, até porque as empresas que as fornecem investem consideravelmente em pesquisa e desenvolvimento e são reconhecidas por suas inovações”, afi rmou Avezú, da Solvay.

SegUrAnçA“Outro fator que vem direcionando os esforços de desenvolvimento

e melhoria dos produtos é a necessidade de disponibilizar produtos mais seguros do ponto de vista de sua utilização”, afi rmou Avezú. “Também nesse quesito o número relativamente amplo de produtos alternativos é indicativo da dimensão dos esforços de desenvolvimen-to dos agentes de expansão e também dos sistemas de poliuretano”, disse. “Nesses esforços, todos os atores envolvidos têm trabalhado intensamente”. A segurança vem acompanhada da busca de soluções em sustentabilidade. “Esse fator está longe de ser coadjuvante; ao contrário, ele hoje é fundamental, e podemos esperar a chegada de novos produtos nesse quesito em especial”, garantiu o profi ssional da Solvay. “Fica ainda um grande desafi o no descarte das espumas rígidas”, afi rmou Minsoni, da MCassab. “Nesse aspecto em especial, existem estudos para descartes mais adequados e controlados, e quem sabe um dia venhamos a ter uma espuma rígida biodegra dável”.

Espuma expandida de PIR: um dos melhores isolantes térmicos existentes Div

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11 A 13 DE NOVEMBRO DE 2014

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e

Plásticos de Engenharia

Expo Center Norte - São Paulo - SP - Brasil

Apoio estratégico

MEGAPATROCINADORES

INTRODUÇÃO À FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2014Os objetivos deste evento são:- levar novas soluções em matérias-primas, produtos auxiliares, equipamentos, processos, serviços e tecnologias aos fabricantes de peças em composites, poliuretano ou plásticos de engenharia da América Latina- mostrar, aos profi ssionais que especifi cam, indicam ou compram peças, nos mais variados segmentos industriais, que os composites, poliuretanos e plásticos de engenharia apresentam vantagens técnicas aprimoradas e superiores em relação a diversos materiais disponibilizados no mercado, possibilitando, assim, ganhos de produtividade e performance na grande maioria de projetos de peças e instalações/construções.

- homenagear os profi ssionais e empresas de grande atuação das indústrias de composites, poliuretano e plásticos de engenharia, e os novos desenvolvimentos de peças, através do Prêmio Excelência e Hall da Fama.

No dia 10 de novembro, um dia antes da abertura da exposição, serão realizadas as Ofi cinas de Composites e Poliuretano, com o objetivo de discutir e ensinar temas como moldes e prototipagem, processos, reparos, manutenção, substituição e aprimoramento das tecnologias atuais, aumento de produtividade e redução de resíduos, entre outros temas.

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28 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

cAlçAdoS

Pu termofi xo e tPu:participações crescentes

Um dos mercados nacionais de maior prestígio e força, o merca-do calçadista, em seus variados nichos, é um velho conhecido do poliuretano. O PU termofi xo e o TPU termoplástico, como se sabe, são materiais que proporcionam resistências elevadas e variadas a qualquer tipo de aplicação para esse mercado, resistências essas geralmente muito superiores às de outros materiais, além de pro-porcionarem algumas propriedades impossíveis de satisfazer sem eles (como respirabilidade, por exemplo). “Os materiais utilizados nos calçados têm se mantido os mesmos nos últimos anos, com as mesmas bases (PU, TPU, PVC, TR, etc.), mas sempre surgem novas formulações, em busca de menores custos e novas propos-tas para alcançar melhor resistência ao desgaste, maior conforto, maior leveza, etc.”, disse Valdemar Masselli, vice-presidente de inovação e sustentabilidade da Assintecal (Novo Hamburgo, RS).

Matérias-primas vantajosas em diversos aspectos para uso em calçados, os poliuretanos termofi xo e termoplástico vêm servindo como ferramenta de diferenciação dos produtos nacionais em relação aos commodities chineses e de atribuição de maior valor agregado ao produto fi nal. conheça as últimas tendências nesse sentido

conForto“O conforto é um quesito muito forte como demanda do consu-

midor brasileiro, e todas as marcas tentam colocar novos atributos em suas modelagens, de forma a atender essas necessidades do mercado”, afi rmou Ubiratan Mari, diretor da Dublauto (Bariri, SP). “Um dos requisitos que aumentam a demanda pelo uso de PU na indústria calçadista é a exigência de conforto, sendo que o conceito de bidensidade é um dos mais utilizados nesse sentido, assim como no caso de palmilhas de PU, que conferem excelente distribuição de pressão plantar”, disse Rudnei Assis, responsável técnico e co-mercial de materiais de performance da BASF para o sehgmento calçadista (São Paulo, SP). “Novos materiais, a maioria PU ou TPU e portanto materiais sintéticos, buscam melhorias de desempenho sem aumentar custo ou procuram manter as mesmas propriedades com custos menores”, disse Fernando Brandão, gerente de pesqui-sa e tecnologia da Cipatex (Cerquilho, SP). “A tendência em busca de coisas novas é o grande impulsionador do TPU, em particular, dada sua versatilidade e facilidade de colar (o que reduz em muito as operações e garante a adesão)”, afi rmou Masselli. “Não existem propriamente novos produtos para solados, mas alterações nos produtos convencionais, sendo que a maioria dos produtos ainda é baseada em materiais sintéticos, principalmente porque, em se tratando de produtos naturais, o custo é bem maior”, disse Uccelli. “Boa parte do trabalho direciona-se à busca de inovações em ter-mos de redução do consumo de energia, com materiais que dis-pensem a fusão antes do uso, e na redução do peso”, completou.

Divulgação

Solado em PU: versatilidade e durabilidade

Calçados esportivos: utilização intensiva de PU e TPU

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29POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

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30 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

cAlçAdoS

“Apesar das suas qualidades, o uso de PU em calçados, a nosso ver, tem caído bastante, abrindo espaço a materiais com caracte-rísticas similares em leveza mas com custos inferiores”, discorreu Odete Ody, gestora comercial da Herval (Dois Irmãos, RS). “Alguns componentes, como cabedais, entressola, palmilhas conformadas e dubladas ganham gradativamente mais importância dadas as novas necessidades de diferenciação entre calçados masculino e feminino”, afi rmou Alysson Padovani, gerente técnico da Flexível Soluções em Poliuretano (Jaraguá do Sul, SC). “Os cabedais em PU aumentam a produtividade e as resistências mecânicas, sendo fáceis de moldar, apresentando um tempo de taque melhor que os materiais tradicionais. Já espumas de maior suporte e alta resiliên-cia dubladas com fi lme de PU aumentam a produtividade e melho-ram a adesividade”, completou.

PeSqUiSASAs pesquisas no setor calçadista vão em múltiplas direções. “Os

fabricantes estão sempre pesquisando e encontrando matérias--primas que permitam agregar valor às aplicações já utilizadas. Essas matérias-primas são testadas em formulações já existentes, visando encontrar ganhos de qualidade ou custo”, disse Assis. Existe um movimento de expansão da produção do poliuretano como produto químico, e as fábricas de calçado perseguem au-mento da produtividade, ou seja, há investimentos”, disse Bran-dão, da Cipatex. “A busca por inovação é atualmente uma cons-tante no mercado calçadista”, disse Mari, da Dublauto, citando pesquisas em termos de tratamentos que incorporam propriedades funcionais aos tecidos (como para aumentar a absorção e dessor-ção da umidade, em termos bacteriostáticos, em repelência a água e óleos, etc.), assim como na incorporação de microcápsulas com liberação controlada de aromas e óleos essenciais, repelência a

insetos, etc. “Há cada vez uma maior necessidade por produtos específ icos

para cada tipo

de uso, como por exemplo com características isolantes, antiestá-ticas, com resistência a microorganismos, protetores ultravioleta, antigrip, etc.”, afi rmou Assis, da BASF. “Normalmente este mer-cado possui requisitos a cumprir e o poliuretano é sempre um dos materiais mais indicados”, disse Assis. “Em novos materiais, destacam-se as chamadas membranas acopladas aos tecidos para manterem a permeabilidade ao vapor, mantendo impermeabilidade com respeito à água”, citou Mari, acrescentando também tecidos de alta resistência para confecção de palmilhas antiperfurantes. “Substâncias antimicrobianas fazem muito sentido em palmilhas, embora o TPU seja mais usado em solados. Retardantes de chama não são muito usados”, afi rmou Padovani, da Flexível.

PArticiPAçãoSegundo Brandão, da Cipatex, o

poliuretano é um dos mate-riais que mais cres-ce no mercado calçadista. “O c r e s c i m e n t o do PU pode ser conferido nos sola-dos, nos sistemas de amortecimento, nos cabedais para injeção sem costura e nos TPUs para injeção total do cabedal e solado, juntos, numa só operação”, afi rmou. “Os aditivos mais utilizados são os antimicrobianos, especialmente na parte têxtil”. “O po-liuretano tem crescido muito na linha de adesivos tipo hotmelt, principalmente, pois, devido à grande variedade de novos tecidos com novos tratamentos e aplicações, os hotmelts de PU (termo-plásticos e termofi xos) têm sido uma solução técnica adequada para a acoplagem desses tecidos”, afi rmou Mari, da Dublauto. “Nessas aplicações, os poliuretanos aparecem como copolíme-ros sob a forma de fi lmes termoplásticos e poliuretanos reativos”, completou. “Os poliuretanos não crescem mais porque estamos limitados ao número de injetoras existentes, ou seja, o crescimen-to aqui é orgânico, ao contrário de no mercado asiático, em que o TPU para calçados vem sendo continuamente impulsionado pela demanda”, afi rmou Padovani. “Outro aspecto é que, no caso de PU e TPU, muitas vezes são indicados equipamentos de injeção especializados, enquanto o que existe são normalmente equipa-mentos generalistas”, disse.

MercAdoNos últimos anos, o mercado brasileiro tem se deparado com

uma forte invasão de calçados chineses e mesmo de componentes vindos desse que é o maior mercado mundial. Nesse sentido, os transformadores nacionais tiveram de se reposicionar no merca-do. “Devido à grande concorrência com a China, o transformador brasileiro busca desenvolver especialidades que lhe permitam al-cançar um maior valor agregado e fugir da briga desleal com os

Tecidos: o poliuretano cumpre diversas funções

Formatos exclusivos exigem versatilidade dos materiais

Modelos tradicionais de calçados já começam a usar materiais alternativos

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commodities chineses”, afirmou Mari. “O objetivo então passa a ser desenvolver soluções para maior conforto, maior durabilidade e maior valor agregado”, disse. “Com o mercado sendo afetado pelos produtos asiáticos, a proteção dos fabricantes nacionais se dá em diferenciações para os calçados e em se encontrar no-vos nichos para o material, como no caso de filmes de PU para dublagem, tacos para sapatos femininos e cabedais para botas femininas de cano longo”, disse Padovani. “No mercado de PU as matérias-primas evoluíram e permitiram ao país acessar novas tecnologias”, afirmou. “Em geral, o TPU é mais usado na estação de inverno”, disse Masselli.

tendênciAS

“O uso de novos materiais ou formulações inovadoras tem au-mentado em especial nas linhas esportivas”, informou Brandão, da Cipatex. “Para o uso de novidades, o custo é realmente sem-pre um limitante, mas como compensação conseguimos calçados mais leves e confortáveis, em que a combinação do poliuretano com os têxteis é imprescindível”, acrescentou, salientando que a tendência geral é para o uso de poliuretanos em solados com alta resistência à abrasão e leveza e de cabedais feitos em TPUs, mais fáceis de moldar. “No cenário atual, há um domínio, por exemplo, de sandálias com solados mais finos – as chamadas rasteiras –,

mas o PU, que é um material expandido, consegue espaço nas sandálias mais altas e, em conjunto com o TPU, nas mais baixas, por serem materiais extremamente versáteis”, afirmou Assis. “Mas os PU e TPU são especialidades”. “Os adesivos poliuretânicos são uma alternativa muito boa para garantirmos melhor performance aos tecidos acoplados, em que, aplicando-se pequenas quanti-dades, consegue-se um tecido final flexível, respirável e que não descola após as lavagens”, disse Mari, da Dublauto, para quem a questão custo é, sim, relevante, mas que pode, de forma racional, ser contornada com o uso de equipamentos para aplicação de pe-quenas quantidades de forma homogênea.

As tendências da moda exigem a adaptação dos materiais

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Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia

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Page 35: Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações Ed.57

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34 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Feicon BAtiMAt 2014

Versatilidade e qualidade em produtos de poliuretano

AFixEmpresa do grupo Artecola, a

Afi x (Campo Bom, RS) apresentou, dentre a sua variada linha de pro-dutos, a Afi x Espuma Expansiva de poliuretano, para preenchimento de cavidades e selagem de super-fícies, e o Afi x PUR 351, adesivo

estrutural a base de poliuretano para colagens de alto desempenho e excelente resistência a altas temperaturas, possuindo resistência D4 – DIN/EN 204. Outro produto em destaque foi a linha Afi x Selantes, consistindo de selante de PU com dureza 25 e selante de PU PRO com dureza 40, ambos disponíveis em cartuchos ou sachês.

BrAScolAA Brascola (Joinville, SC), importante fabricante de adesivos e se-

lantes para, dentre outros, o mercado de construção civil, apresentou sua linha tradicional de adesivos, selantes e produtos correlatos para esse mercado.

ciPlAKCom sede em Lençóis Paulista, SP, a Ciplak Imper-

meabilizantes possui, dentre sua linha de produtos, o selante Ciplak PU, de excelente desempenho em

juntas de dilatação e com propriedades tixotró-picas (não escorre), além de resistência a

intempéries e a raios ultravioleta. Outro produto da empresa de base poliuretano é a Espuma Calafetadora, adesivo de ótima

aderência em madeira, alvenaria e concreto e de fácil aplicação.

dÂnicAImportante fabricante de soluções em isolamento térmico para

grandes e médias construções, a Dânica (Joinville, SC) apresentou as telhas TermoRoof PUR/PIR com excelente vedação e acabamento, resistência a impactos e facilidade de limpeza e manutenção, e os pai-néis TermoWall PUR/PIR horizontais e verticais, passíveis de monta-

Selante Ciplak PU

lançamentos, produtos da linha de adesivos e selantes, isolamento térmico em espuma rígida de poliuretano. diversos produtos e soluções apresentados na Feicon Batimat 2014

fi zeram amplo uso do poliuretano. confi ra

gem e desmontagem para empresas que visam aumentar rapidamente suas plantas. Os produtos apresentados são também chamados de telhas e fachadas térmicas Dânica Turn-Key.

Pro-SolA Pro-Sol Solar (Mauá, SP) apresentou

seus sistemas de aquecimento solar, que in-cluem reservatórios para água termoaquecidos e isolados com espuma rígida de poliuretano.

SelenAEmpresa de origem polonesa, a Selena (Ponta

Grossa, PR) apresentou diversos produtos de sua li-nha Tytan Professional, que inclui a Espuma Portas e Janelas, espuma expansiva de poliuretano de bai-xa expansão, indicada para instalar portas e janelas. Com rendimento de 55 litros, o produto tem expansão controlada, curto tempo de corte (maior agilidade do trabalho) e proporciona baixo desperdício.

SiKAA multinacional de origem suíça Sika (Osasco, SP) apresentou

sua ampla linha de produtos para construção civil, dando destaque ao recente lançamento do Sikalastic 612, novidade em membranas impermeabilizantes à base de poliuretano puro monocomponente e de fácil aplicação para uso em substratos como concreto, manta as-fáltica, superfícies metálicas, fi brocimento e outros. O produto é uma membrana contínua sem emendas de alta elasticidade e resistente

TermoRoof PUR/PIR

Espuma expansiva Afi x

Com sede em Lençóis Paulista, SP, a Ciplak Imper-meabilizantes possui, dentre sua linha de produtos, o selante Ciplak PU, de excelente desempenho em

juntas de dilatação e com propriedades tixotró-picas (não escorre), além de resistência a

é a Espuma Calafetadora, adesivo de ótima

Selante Ciplak PUCiplak PU

Reservatório de água isolado com PU

Espuma Portas e Janelas

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35POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Versatilidade e qualidade em produtos de poliuretano

Solarmax PV

aos raios ultravioleta. O Sikalastic 612 incorpora a tecnologia MTC de cura rápida e resistentes à água da chuva.

SoletrolA Soletrol (São Manuel, SP) apresentou diversos lançamentos

em equipamentos para aquecimento solar, focando em especial o Aquecedor Solar Compacto Solarmax PV, com sistema de bombea-mento acionado por painel fotovoltaico e tecnologia Drain Back de drenagem de toda a água dos tubos do coletor. Nesse modelo, os coletores devem ser posicionados acima do reservatório térmico, preenchido com espuma rígida de poliuretano. Outros lançamentos incluíram coletores e controladores. A empresa mostrou também seus produtos tradicionais.

tBrA curitibana TBR mostrou seus produtos de linha em termos de

adesivos e selantes e produtos correlatos, como o selante de po-liuretano TBR PU Construção, a Espuma Expansiva Penosil, para instalação de portas e janelas, com cura em 24 horas, a Espuma para Pistola Penosil, para os mesmos serviços, e o Limpador de Espuma PU Penosil, de sistema por spray para remoção da espuma de PU não curada.

teKBondA Tekbond (Embu, SP) divulgou seu catálogo de pro-

dutos, que inclui, dentre outros adesivo Tekbond PUR monocomponente de facil aplicação e resistente à água, com cura rápida à umidade ambiente, a Espuma Expansi-va Tekbond, para preenchimento de espaços vazios com lixação, corte e pintura posteriores, e o Adesivo de Poliu-retano – PU Tekbond que cura com a umidade do ar na temperatura ambiente.

wAlSywAEmpresa nacional especializada em sistemas de fi xação, químicos

e mecânicos, a Walsywa (Louveira, SP) lançou, dentre vários produ-tos, o Selante de Poliuretano para construção civil.

Tekbond PUR

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Mercado em vias de especialização e com maiores exigências técnicas

O desenvolvimento do mercado de poliuretano, com as mais variadas tecnologias que o envolvem, não se dá apenas com base em novidades de matérias-primas, aditivos e equipamentos: novas também se tornam as estratégias de distribuição e atendimento dos clientes finais, que sempre buscam produtos de melhor qualidade e com custo reduzido.

eVolUção“O papel da distribuição no mercado de PU tem mudado bastante

ao longo dos últimos dez anos”, afirmou Luciana Santos da Silva, co-ordenadora de marketing da Univar Brasil (Osasco, SP). “Há alguns anos, o distribuidor era visto como um simples canal de revenda, mas com o tempo ele passa a ser visto como um braço de vendas do fa-bricante da matéria-prima e um prestador de serviço para o mercado em que atua”, completou. Segundo ela, agora o distribuidor funciona mais como empresa especializada e dedicada à venda dos produtos, oferecendo serviços técnicos, mercadológicos, logísticos, operacionais e de financiamento aos seus clientes. “Existem ainda revendas de ma-térias-primas que se preocupam somente em ter os componentes para os formuladores”, disse Allisson Martins dos Santos, dos serviços de marketing/distribuição da M.Cassab (São Paulo, SP). “Já o distribuidor completo tem soluções aos clientes com o apoio nas decisões técnicas, soluções nas formulações e capacidade de atender todos os componen-tes, incluindo soluções taylor-made”, acrescentou.

qUeSitoSEm linhas gerais, porém, o consumidor sabe bastante bem o

que é um bom distribuidor. “A boa empresa distribuidora pos-sui agilidade no atendimento e na entrega, contato contínuo com os fornecedores internacionais (com verificação das tendências internacionais de aplicação e mercado), assistência técnica es-

Distribuição de produtos químicos: ênfase em especialização

Indústria química: movimentações globais

A distribuição, no mercado de poliuretano, mudou muito na última década. cada vez mais abrangente e especializado, o trabalho das distribuidores hoje vai muito além da simples venda e entrega dos produtos, e tende a colocar em risco as pequenas empresas ou aquelas focadas em nichos de mercado. é o acirramento da competição

pecializada, conhecimento do sistema e do mercado do cliente e, também, uma estratégia bem definida”, afirmou Elton Nardo-to, executivo técnico de poliuretano da Química Anastácio (São Paulo, SP). “Além da qualidade e sustentabilidade, é importante a agilidade na entrega e a disponibilidade do produto conforme a programação”, afirmou Flávio de Camargo, gerente técnico e de marketing da Denver (São Paulo, SP).“Em qualquer caso, porém, o fator técnico é decisivo na boa condução do negócio”, explicou, exemplificando com a recente normatização de espumas flexíveis pelo Inmetro. “O trabalho técnico nesse caso foi fundamental para a certificação nas empresas colchoeiras”, citou.

ABrAngênciASegundo dados de mercado, as distribuidoras de matérias-primas

para poliuretano distinguem-se em grande medida pela diversidade de formulações e de opções que oferecem aos seus clientes e pelo

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diStriBUição

número de mercados que atendem. “Há um bom número de distribui-dores e de traders no mercado de poliuretano no Brasil, mas em sua maioria eles operam apenas numa região e poucos com um portifólio completo”, disse Luciana, da Univar. “Normalmente, as empresas do setor operam com 1 ou 2 commodities e com baixa oferta de ser-viços. Isso satisfaz, claro, apenas parte dos clientes e do mercado”, explicou. “Pelo que sabemos, a grande maioria das distribuidoras de matérias-primas para poliuretano foca somente o mercado de espuma flexível, sendo que, tirando as grandes empresas distribuidoras (que englobam todo o ciclo do produto e que atuam nacional), as outras, de médias a pequenas, atuam regional ou mesmo localmente”, afir-mou Nardoto, da Química Anastácio. “Em outras empresas, contudo, o trabalho vai desde a venda da matéria-prima até a criação de pro-dutos específicos, fazendo também uso de filiais de armazenagem e distribuição, independente do mercado de PU a ser atendido”, disse dos Santos, da M. Cassab. “Isso costuma às vezes fazer toda a dife-rença”. “Prioritariamente a ênfase é técnica para nosso segmento”, disse Camargo, da Denver.

conFiABilidAde“A somatória dos atributos faz grande diferença para o cliente, mas

ainda assim a confiabilidade na empresa parceira tende a ser o fator mais importante para sua escolha”, disse Luciana, da Univar. “O Brasil é um país continental, por isso muitas vezes faz toda a diferença a filosofia de atender a venda e o serviço técnico em âmbito regional, no que saem com vantagem as empresas que possuem estoques locais ou regionais das matérias-primas”, disse Nardoto. “Com atendimento regional, o cliente ganha em tempo (pois processará o material muito mais rapidamente) e em frete (pois a base estará mais próxima de suas fábricas)”, explicou.

SerViçoSOs serviços oferecidos pelas distribuidoras também são muito

importantes em seu relacionamento com os clientes, e de manei-ra geral são poucos os distribuidores que possuem instalações apropriadas para atendimento técnico especializado (normalmente os maiores). “Um diferencial importante que o distribuidor pode oferecer é a combinação da atuação das equipes da empresa, des-de a parte comercial e gerencial até a parte técnica e operacional, incluindo vendedores em campo e internos”, afirmou Luciana, da Univar. “Nesse trabalho, a existência de laboratórios específicos de desenvolvimento e aplicação para o mercado de PU é fundamental”, disse ela. “Clientes pequenos e mesmo médios muitas vezes não possuem estrutura técnica de desenvolvimento e acesso a novas tecnologias, e com instalações próprias pode-se, em conjunto, pro-ver tais serviços”, afirmou dos Santos, da M. Cassab. “Claro que quando o serviço não é reconhecido e quando o cliente só se foca em preço isso pode também gerar uma desvantagem. Mas para isso temos de convencer o cliente que comprar dessa forma pode ser uma armadilha”, explicou, destacando também o serviço, por parte de executivos de vendas, de visitas aos clientes para levar soluções diversas, a depender do mercado focado pelo cliente.

MercAdoPara o futuro, a tendência é no sendo da diversificação e atendi-

mento completo do cliente. Ou seja, o distribuidor que apenas vende e entrega matérias-primas tende a sofrer concorrência acirrada por parte de quem se propõe a fazer mais. “Cada vez mais o processo é dirigido à individualidade do cliente. Um ponto em especial merece destaque: o acesso mais rápido a novas tecnologias e aplicações,

Matérias-primas diversificadas: específicas para aplicações determinadas

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Armazenagem e transporte: dependência da logísticaque antes eram destinadas somente aos grandes clientes”, afi rmou Nardoto, da Química Anastácio. “Nós visualizamos um mercado em crescimento tanto no Brasil quanto no mundo, mercado esse em que a promoção de novas aplicações sem faz cada vez mais necessá-ria, ainda mais com o poliuretano, material que ganha espaço em diversos nichos, como o de adesivos e coatings, por exemplo”, dis-se dos Santos, da M. Cassab. “Criar demanda por meio de infor-mação e presença nos clientes, estimulando-os a investir, é a meta de todo distribuidor consciente e antenado com o que acontece de mais relevante no mercado”, concluiu. “Não existe, em poliuretanos, nenhum mercado em que a situação seja estável e que não requei-ra, por causa disso, de muito trabalho e foco. A distribuição deve, assim, aprimorar-se cada vez mais, com interação ainda maior das empresas multinacionais, o que deve, em consequência, colocar em difi culdade as pequenas distribuidoras assim como aquelas focadas em nichos de mercado”, afi rmou Luciana, da Univar. “Tudo isso sig-nifi ca mais profi ssionalismo e maior competição, com novas ideias e ações. Note-se que, nos mercados norte-americano e europeu, por exemplo, a distribuição exerce um papel mais aprofundado na cadeia como um todo”, exemplifi cou. Em termos de conjuntura, a situação é, para alguns players, um pouco complicada. “Com o fortalecimen-to do dólar e a alta de preços no mercado internacional, os custos tornaram-se difíceis, pois com a economia desaquecida os repasses não ocorrem e isso onera ainda mais o trabalho da distribuição”, disse Nardoto, da Química Anastácio.

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Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e

Plásticos de Engenharia

Expo Center Norte - São Paulo - SP - Brasil

Apoio estratégico

MEGAPATROCINADORES

AS NOVIDADES DA EDIÇÃO 2014

A Exposição de Peças Técnicas, presente nas edições de 2010 e 2012 da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR, dará lugar às Arenas de Peças, voltadas para três mercados: construção civil, automotivo e ambientes agressivos. Neste espaço, serão apresentados novas soluções e aplicações para os mercados mencionados. Também serão organizadas mesas redondas e reuniões individualizadas entre processadores (fabricantes de peças) e consumidores (especifi cadores de materiais/peças e compradores em geral), visando a geração de negócios.

Para está edição, a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR conta com o apoio estratégico das feiras Feicon Batimat, Automec, Automec Pesados e Comerciais, Febrava, Protection Offshore, Fenatran, Feicon Batimat Nordeste, Santos Offshore, Greenbuilding Brasil e Fenasucro (orga-nizadas pela Reed Exhibition Alcantara Machado) e, assim, planejou novas ações:

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40 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

SUStentABilidAde

novidades tecnológicas em busca de custos mais

compensadores

A preocupação com o meio ambiente vem afetando todas as áreas e mercados conhecidos. Indo desde setores de certa forma óbvios, como os ligados a atividades como agronegócio, saneamento básico, transpor-tes ou construção civil, mas atingindo também toda e qualquer atividade de fabricação de produtos com matérias-primas transformadas (desde derivados de minério até produtos resultantes do manuseio de matérias--primas petroquímicas, por exemplo), a sustentabilidade torna-se cada vez mais importante na hora de se escolher produtos de fabricação mais limpa ou ecológica ou que podem ser reaproveitados ou reprocessados, causando menos prejuízo ao meio ambiente.

“A sustentabilidade vem afetando de maneira defi nitiva todos os processos produtivos, principalmente no que diz respeito a commodi-ties como polióis e isocianatos, assim como quanto a aditivos como o MOCA, muito usado para elastômeros”, afi rmou Elton Nardoto, executi-vo técnico de poliuretano da Química Anastácio (São Paulo, SP). “Nos últimos anos, foram criadas diversas plantas químicas com processos integrados, utilizando matérias-primas de fontes renováveis e visando a produção zero de resíduos”, explicou. “A maior parte das soluções ditas sustentáveis fazem uso de pouca quantidade de solventes e substâncias voláteis, além de eliminarem o uso de componentes banidos na União Europeia ou agressivos/ tóxicos ao usuário”, afi rmou Flávio de Camar-go, gerente técnico e de marketing da Denver Impermeabilizantes (São Paulo, SP). “Apesar disso, e de alguns fornecedores de matérias-primas e aditivos terem mostrado desenvolvimentos com foco sustentável, ainda há pouco realmente disponível no mercado brasileiro”, disse Camargo.

Mas será que a sustentabilidade é uma tendência que veio para fi car? “Não acredito que os incrementos em sustentabilidade se dêem neces-sariamente em detrimento de outros fatores, e que posteriormente a si-tuação venha a se reafi rmar de forma conservadora”, afi rmou Nardoto. “A sustentabilidade é uma tendência do mercado mundial que veio para fi car, e posso garantir que todos os desenvolvimentos atualmente são defi nidos nesse sentido”, completou, notando contudo que o mercado ainda engatinha em todos esses esforços. “O quesito sustentabilidade

Meio-ambiente: critério importante nos negócios

irá certamente afetar o mercado nos próximos anos”, indicou. “Os de-senvolvimentos sustentáveis são importantes para atender as demandas para obras com certifi cação ambiental e para usos em áreas de indústrias alimentícias e de tratamento, armazenamento, reservação e distribuição de água potável, podendo esses esforços acarretar em um sensível au-mento de custo”, disse Camargo, da Denver.

Mas, para que as iniciativas em prol da sustentabilidade consigam se fi rmar no mercado, é necessário um esforço de conscientização forte e contínuo. “Precisamos de maior conscientização dos consumidores para que esse efeito se somatize”, afi rmou Nardoto, da Química Anastácio. E nesses esforços a questão do custo necessariamente acaba se impondo. “Em nosso mercado, o custo é fundamental, sendo que ele se constitui um critério defi nitivo na hora da escolha fi nal pelo consumidor”, afi rmou Nardoto. Isso acontece mesmo no caso de mercados em que a utiliza-ção de soluções sustentáveis derive de serem seguidas regulamentações específi cas. “O mercado automotivo é um dos poucos em que o critério de sustentabilidade é crítico na escolha de fornecedores”, disse Nardoto. “Um exemplo são as peças de carros que utilizam adesivos de PU deri-vados de fontes vegetais”, exemplifi cou.

Como as soluções em poliuretano com vantagens em sustentabili-dade normalmente acarretam uma certa elevação nos custos fi nais, al-gumas indústrias, apesar de pressionadas pelo seu uso, ainda relutam em aceitá-los de forma ampla e irrestrita. “Como o mercado automotivo, por exemplo, em geral não se dispõe a pagar por esse tipo de inovação, o panorama mostra as grandes empresas detentoras dessas tecnologias esforçando-se ao máximo para otimizar os seus produtos sem promo-ver aumento nos custos”, disse Nardoto. “Outros casos de tecnologias que se constituem como novidades no quesito sustentabilidade são os polióis produzidos a partir de CO2 e os selantes e tintas baseados em nanotecnologia”, observou. Mas numa perspectiva realista ainda há muito a fazer. “Os fabricantes de matérias-primas e das próprias peças esforçam-se continuamente em melhorar o desempenho das peças fi nais via melhorias nas formulações e novos desenvolvimentos em matérias--primas e aditivos”, explicou Nardoto. “Mas, no Brasil, estamos de 5 a 10 anos atrasados em tecnologias desse tipo em relação aos países mais avançados”, garantiu, considerando também nessa estimativa os esforços desenvolvidos em se garantir um melhor destino fi nal às peças após os ciclos de durabilidade.

O poliuretano, muito utilizado também no setor da construção civil, encaixa-se como uma luva, em suas variantes ambientalmente corre-tas, em obras com produtos de maior valor agregado. “O poliuretano geralmente é usado em projetos mais arrojados e de maior valor agre-gado e, por causa disso, sempre pode estar sujeito a preocupações reais quanto à sustentabilidade do empreendimento”, afi rmou Camargo, da Denver. “Claro que isso também se aplica aos outros produtos utilizados na fase de construção. O poliuretano é apenas mais um deles”. Nessas situações, a principal propriedade que caracteriza os poliuretanos mais amigáveis é a redução da emissão de compostos orgânicos voláteis nas formulações. “Mas o uso de aplicações a frio é também uma realidade no que diz respeito a poliuretanos para impermeabilização”, explicou o profi ssional da Denver.

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42 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

AUtoMotiVo

Buchas de poliuretano: elastômeros em alta opção

novidades em aditivos e matérias-primas para atender

maiores desempenhos

Os incessantes avanços do mercado automotivo vêm há dé-cadas motivando fabricantes de matérias-primas e aditivos de poliuretano, utilizados na transformação de peças para o setor, a desenvolver variantes otimizadas dos componentes tradicio-nais de forma a atenderem requisitos internos da indústria e variadas regulamentações, algumas delas de enfoque ambien-tal, que tornam os automóveis e outros veículos mais seguros, mais amigáveis ambientalmente e, na medida do possível, me-nos custosos.

diVerSiFicAção“Em linhas gerais, as aplicações de poliuretano não têm se di-

versifi cado com o tempo”, afi rmou Wander Pascini, responsável técnico e comercial de materiais de performance da BASF para o segmento automotivo (São Paulo, SP). “Já o desenvolvimento de novidades é focado, principalmente, em atingir desempenhos espe-cífi cos das montadoras”. Dentre essas novidades, estão matérias--primas oriundas de fontes renováveis. “No nosso caso, a linha Balance cumpre tais expectativas”. A marca Balance diz respeito a matérias-primas para poliuretano feitas a partir de fontes biológicas.

o mercado automotivo anda a passos largos em busca de soluções mais convenientes em termos de desempenho e custo, visando atender regulamentações nacionais e regionais

em todo o mundo. o poliuretano não poderia fi car de fora nesses esforços. conheça algumas novidades em tecnologia e aditivos

deSeMPenhoOs principais quesitos em que o poliuretano se desenvolve,

indo ao encontro das demandas da indústria automotiva, têm a ver com o uso de matérias-primas de origem renovável, de menor emissão de compostos orgânicos voláteis (VOCs), de melhor processamento (possibilitando a criação de peças de mesmo ou melhor desempenho com maior facilidade e menor custo) e de melhor desempenho. “Os transformadores sempre procuram atender as especificações das OEMs que criam nor-mas para traduzir a necessidade do mercado e dos consumi-dores”, disse Pascini. “Há décadas nós desenvolvemos novos aditivos que possam auxiliar no atendimento dos mais exigentes requisitos por parte das montadoras”, citou Rodrigo Bergoc Go-mes, Diretor técnico de poliuretanos da fabricante de aditivos Air Products (São Paulo, SP).

exeMPloSUma recente norma a estipular limites de emissão de VOCs é

a VDA278, que engloba ensaios de fog e de VOcs. “Essa norma, uma das mais desafi adoras do mercado como um todo, pode ser

Pintura automotiva de reparo: poliuretano é primeira opção

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Pintura automotive: especialidade

atendida com produtos (catalisadores) nossos recém-desenvolvidos”, ga-rantiu Gomes, da Air Products. Quanto a desempenho, a empresa tem outra variante de seus produtos tradicionais para aumento de produtivi-dade e melhoria das propriedades físicas da espuma de PU. “Auxiliadores de processo especialmente desenvolvidos por nós visam cumprir essa função”, afi rmou Gomes. “Sempre será fundamental a alta performance das espumas aplicadas em peças para o mercado automotivo”, completou Pascini, da BASF.

ModeloSNormalmente, a maior exigência por produtos de

melhor desempenho e maior amigabilidade ambien-tal e mesmo por produtos de poliuretano, simples-mente falando, depende do aumento do valor agre-gado do produto final. “A demanda por poliuretano em peças técnicas depende muito do tipo de auto-móvel que se quer oferecer no mercado e de quão exigente é esse mercado em relação à melhoria de performance”, explicou Pascini. “Nesses casos, não existem produtos, ou matérias-primas, que sejam superiores em todas as aplicações. O que há são produtos mais recomendados para preenchimento de requisitos determinados”, disse. “Bom é se ter em vista que existem matérias-primas e aditivos de alta performance para todas as aplicações e tecnologias, fazendo uso de MDI, TDI ou mesclas desses isocia-natos”, afirmou Gomes. “O aumento do consumo de poliuretano depende do tipo de projeto desenvolvido pelas montadoras. Mas existe uma tendência, sim, no desenvolvimento de automóveis com maior efi-ciência energética, o que acaba sendo fundamental na exigência de peças mais leves e de alto desempe-nho”, disse Pascini.

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Poliol PoliéSter

Maior resistência química e a óleospara aplicações específi cas

Da enorme lista de matérias-primas que podem ser utilizadas na fabricação de peças e aplicações em poliuretano, o poliol poliéster merece um destaque especial. Não sendo tão amplamente utiliza-do como o poliol poliéter – que sem sombra de dúvidas domina o mercado –, o poliol poliéster quase consiste numa especialidade. “Os polióis são componentes essenciais para produção de espu-mas fl exíveis de PU, e cada um deles – poliéter ou poliéster – tem aplicações e características específi cas, podendo ser usados sepa-radamente”, afi rmou Kelly Ayumi, do departamento de comunicação da Aboissa Óleos Vegetais (São Paulo, SP). “No caso, os polióis poliésteres conferem ao polímero de PU uma resistência a óleos muito superior à dos poliéteres, assim como, de maneira geral, uma excelente resistência à abrasão e ao rasgo”, afi rmou Bruno Nadai, cientista sênior da Chemtura (São Paulo, SP).

ProPriedAdeSPara algumas aplicações, em alguns mercados, o poliol poliéster é

a matéria-prima principal. “No caso do poliuretano moldado a quente, o poliol poliéster é a principal matéria-prima para muitos pré-polí-meros que fabricamos, assim como para várias aplicações”, afi rmou Bruna Mendonça, gerente técnica para poliuretanos da Chemtura. “Da mesma forma que com a espuma de PU, o poliol poliéster é basica-mente usado para conferir mais resistência química e mecânica aos materiais”, disse Bruna. “Os poliuretanos baseados em poliésteres

Poliol poliéster: matéria-prima básica para aplicações diferenciadas

enquanto o mercado de poliol poliéster cresce, no mundo, a taxas superiores à média do mercado de PU como um todo, no Brasil as variedades dis-poníveis no mercado acompanham as taxas mé-dias para o poliuretano. Veja algumas distinções da tecnologia e tendências

apresentam muitas vantagens interessantes, como resistência estru-tural a óleos, solventes e oxidação, resistência à tensão, rasgo, corte e abrasão, assim como adesão e estabilidade dimensional”, afi rmou Kelly, da Aboissa. “Dependendo do segmento, o poliol poliéster já é ou está se tornando um produto fundamental”, completou.

reSiStênciASEm linhas gerais, então, os polióis poliésteres são indicados para

aplicações em que as resistências químicas sejam mais requeridas, enquanto os de poliéter apresentam superiores resistências a hidróli-se. “As propriedades dinâmicas das espumas de poliéter também são superiores às dos polióis poliésteres”, afi rmou Nadai. “Já em mer-cados como equipamentos para agricultura, indústria de impressão e para algumas aplicações do mercado de mineração (como raspa-dores) os produtos base poliésteres contribuem de forma bastante signifi cativa para as peças, devido às suas propriedades físicas como alta resistência à abrasão e ao rasgo”, completou.

USoSO poliol base poliéster, que segundo empresas do mercado vem

passando por rápida evolução, vem sendo notado por vários distri-buidores e fabricantes de peças. “O mercado está em crescimento, mas é difícil compará-lo com outros mercados de maneira geral. O

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Poliol polyester de base biológica: fontes naturais

que dá para afi rmar é que muitas empresas vêm notando sua importância para fabricar diversos produtos”, disse Kelly, da Aboissa, segundo a qual alguns nichos em que o uso de PUs base poliéster é bem avançado são: elastôme-ros, adesivos, revestimentos fl exíveis, etc. “Os polióis poliésteres de nossa empresa também atendem mercados como de adesivos, pigmentos e outros”, acrescentou Nadai, da Chemtura.

creSciMentoO mercado para os polióis poliésteres acompanha, em

linhas gerais, o de poliuretano. “Globalmente falando, o mercado de PU base poliéster teve um crescimento ligei-ramente superior ao de base poliéter”, afi rmou Nadai. “Já no Brasil, essa evolução não é notada da mesma forma, permanecendo estável a proporção de vendas desses dois tipos de poliuretano”, explicou. “Há nichos em que o po-liol poliéster não era tão usado, agora ganhando partici-pação maior. Alguns deles são: lubrifi cantes, tintas, têxtil e até cosméticos”, afi rmou Kelly, da Aboissa.

AMigABilidAde AMBientAlNesse crescimento de mercado, a demanda por

produtos de fonte renovável também tem aumentado, assim como acontece com polióis base poliéter. “Uma tendência global no mercado de PU é a procura por polióis obtidos de fontes renováveis, como deriva-dos do óleo de mamona e a partir de óleos vegerais poliinsaturados e glicerinas”, afirmou Kelly. “Nesse sentido, tem se importado quantias bem maiores de produtos biodegradáveis”.

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AdeSiVoS e SelAnteS

utilização crescente com novidades em todas as indústrias de aplicação

De tão comum que é, hoje, a utilização de adesivos e selan-tes em diversos mercados (em construção civil, por exemplo), há quem imagine que isso sempre foi assim. Errado. “No pas-sado, quando as construções eram feitas de pedras ou outros materiais naturais, as movimentações térmicas e por carga eram baixas e os selantes flexíveis não eram muito importantes”, disse Wadson Marques, coordenador de selantes e adesivos da Sika Brasil (Osasco, SP). “Mas hoje, em que as construções e fachadas são multicompostas, ocorrem grandes movimentações térmicas e por carga, e mais do que nunca são necessários os chamados selantes elastoméricos, que acompanham as movimentações das edificações”, completou. Um dos materiais mais utilizados nesse tipo de adesivo e selante é o poliuretano.

eSPeciAlizAçãoOcorre que, apesar de ser matéria-prima tradicional para adesi-

vos e selantes, o poliuretano passa nos últimos anos por diversos movimentos de diversificação, especialização e ganhos de esca-la, a ponto de eles afetarem fortemente os diversos mercados em que são usados. “Nos últimos anos, as empresas de manutenção e construtoras em geral mostram-se mais preocupadas com o tipo de produto especificado para tratamento de juntas”, afirmou Marques, salientando que produtos inadequados, ou mesmo mal aplicados, podem comprometer a vida útil das edificações, bem como aumentar os custos com manutenção. “Mercados em ex-

As tecnologias em adesivos e selantes de poliuretano para diversos mercados estão em plena evolução, sendo aos poucos introduzidas no mercado na medida em que é necessário atender requisitos mais exigentes em resistência com o peso de um custo um pouco maior. Veja quais são as últimas tendências e novidades nesse tipo de produto

pansão, como o de construção civil, começam a atrair o interes-se de formuladores para aplicações especiais, assim como das próprias empresas em função de ganhos de escala”, disse Rafael Müssnich, diretor de operações da Artecola (Campo Bom, RS). “É possível formular um adesivo com diferentes níveis de resistência mecânica, indo desde um produto com características de selagem até produtos para adesão mais nobre”, afirmou. “Em mercados cada vez mais competitivos, torna-se sempre mais importante priorizar a relação entre custo e desempenho, pois o grande de-safio é conscientizar o usuário de que o custo de um adesivo ou selante não está ligado somente ao preço por quilo, mas princi-palmente ao custo do metro quadrado aplicado e à durabilidade do produto”, afirmou Alberto Hassessian, gerente da unidade de negócios CAS (Tintas, Adesivos e Especialidades) para a América Latina da Bayer MaterialScience (São Paulo, SP).

tiPoSSão diversos os tipos de adesivos e selantes de PU para

aplicação em mercados como o de construção civil. “Para fa-chadas, por exemplo, é ideal utilizar selantes flexíveis de baixo módulo, como nosso 25 LM, ou seja, selantes que sejam resis-tentes e também suficientemente macios para acompanharem

Aplicação de adesivo de PU curado com raios ultravioleta

PU hotmelt: em estado sólido para aplicação especiais

Aplicação do adesivo de PU: manual ou automatizada

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todos os movimentos das juntas sem que se rompam, garan-tindo assim a proteção e a impermeabilidade do sistema”, afir-mou Marques, da Sika Brasil. “Desde que a Bayer inventou o poliuretano em 1937 esta tecnologia segue em constante evolução. Entre os recentes desenvolvimentos da Bayer estão os polímeros de PU terminados em silano (linha Desmoseal) e as carbodiimidas (Desmodur XP 2802)”, disse Hassessian, da Bayer MaterialScience.

tendênciASA busca por produtos mais eficazes não passa, contudo, ao

largo de tendências que hoje se mostram impossíveis de evi-tar, como por exemplo no sentido de soluções ambientalmente corretas, com baixa emissão de VOCs e/ou baixo ou mesmo nulo uso de solventes, com altíssima quantidade de sólidos. “O poliuretano é apresentado de diversas maneiras, nos variados mercados, de acordo com os requisitos da aplicação: sob forma de dispersão, em sistemas de altíssimos sólidos (caracterizados por baixa emissão de VOCs), em sistemas 100% sólidos (sem solventes), etc.”, disse Hassessian. “Os adesivos e selantes de PU variam bastante em sua composição e isso permite grandes possibilidades quanto a suas características, contribuindo com soluções para montagem, colagem e vedação. Quanto às suas propriedades, os adesivos de PU podem ser formulados para suportar tensões elevadas, assim como para combinar coesão e elasticidade com excelente adesão a uma grande variedade de substratos”, acrescentou o especialista da Bayer. Mas muitas ve-zes é necessário importar matérias-primas para avançar nesses quesitos.“Para alcançar performances diferenciadas, às vezes é possível trabalhar com itens nacionais, mas a verdade é que ain-da há uma certa dependência de matérias-primas importadas”, afirmou Müssnich, da Artecola. “Mas no geral, independente da formulação, podemos dizer que o poliuretano apresenta boa re-sistência a bases fracas e pouca aos raios ultravioleta”, afirmou ele. “Os adesivos de PU fabricados com isocianatos alifáticos são resistentes aos raios ultravioletas, evitando o amarelamen-

to causado pela incidência solar”, disse Hassessian. “Compa-rado com outras tecnologias (alquídicas, acrílicas, epóxi), os adesivos e selantes de PU podem apresentar, em alguns casos, custos superiores, mas sempre apresentam vantagens em ade-são, resistências química e térmica e flexibilidade”, afirmou o especialista da Bayer. “Tecnologicamente e em performance os poliuretanos podem variar de acordo com o tipo de construção e também com o tipo de junta”, disse Marques, da Sika. “Nós podemos oferecer para o mercado da construção civil adesivos e selantes com diferentes tecnologias para as mais diversas apli-cações, sempre proporcionando alto desempenho e facilidade de aplicação sem agredir o meio ambiente”, completou.

noVAS tecnologiASAlém das tendências já conhecidas, há movimentos do merca-

do, em termos de adesivos e selantes de PU, em outras direções, totalmente novas. “Quanto a novas tecnologias, a de adesivos híbridos é recente e vem ganhando participação no mercado. Muito especialmente, os poliuretanos terminados em silano da Bayer combinam vantagens da cadeia de PU com a cura por silano, conferindo resistência mecânica, alongamento, flexibi-lidade, possibilidade de pintura, cura por umidade e ausência de formação de bolhas (normalmente causadas pela emissão de CO2)”, disse o especialista da Bayer, que indicou também a tecnologia de selantes de poliureia bicomponente, os quais, devido à rápida reatividade, curam em minutos, independente da umidade do ambiente. “A Bayer sugere para essa tecnologia as chamadas resinas poliaspárticas, mais utilizadas para pisos de alto desempenho, combinadas com isocianatos específicos da empresa”, especificou. Outros investimentos também merecem destaque, inclusive pela abertura de condições para ainda mais esforços de pesquisa. “Recentemente, a Sika inaugurou uma planta em Düdigen, Suíça, para a produção de selantes e adesi-vos de poliuretano e poliuretanos híbridos. Essa é a maior planta do mundo para esse tipo de produto, e abre todo um leque de possibilidades de pesquisa”, afirmou Marques, da Sika.

Aplicação automotiva: o adesivo de PU atende os requisitos das montadoras Pequenas peças: aplicação cuidadosa

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internAcionAl

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getzner creSce no MercAdo internAcionAl

Empresa especializada em proteção contra vibrações nos mer-cados de construção civil, ferroviário e industrial, o grupo aus-tríaco Getzner Werkstoffe (Buers) cresceu 9% no ano passado, alcançando em 2013 vendas ao redor do mundo da ordem de 65 milhões de euros e produção total de 7,8 t de materiais técnicos em poliuretano. Parcela da responsabilidade pelo elevado cres-cimento da companhia se deve a novos desenvolvimentos, como a Getzner Embedded Rail (Ferrovia Incorporada Getzner), solu-ção de eficiente proteção contra vibração em ferrovias de grande e pequeno porte. A Getzner Embedded Rail recebeu nomeação para uma premiação do setor. Outro produto lançado em 2013 foi o Sylomer FR, novo produto para proteção contra vibração em locais sob risco de incêndio.

reVeStiMento eM PU PArA PAinéiS AMAdeirAdoS e

reSiStenteS Ao Meio AMBiente

A alemã Assyx (Andernach am Rhein), em estreita parce-ria com a Bayer MaterialScience (Leverkusen), desenvolveu uma solução prática e sustentável para o revestimento de madeira com o sistema de espuma de poliuretano da Bayer Baydur. Batizada de DuroCONSTRUCT, a linha de revesti-mentos desenvolvidos pela Bayer e Assyx são resistentes ao intemperismo e livres de qualquer manutenção, sendo tam-bém muito mais leves que o aço. Uma recente aplicação do produto se deu no Forum Conflientes, um novo complexo artístico localizado na praça central da cidade de Koblens. O sistema da Assyx vem de desenvolvimento iniciado em 2004.

ledS FABricAdoS coM coMPonenteS Por cASting de Alto

grAU de trAnSPArênciAA alemã Bayer MaterialScience (Leverkusen) desenvolveu

compostos por casting de poliuretano, bicomponentes e de alta transparência para proteção e uso em LEDs (diodos emissores de luz). Especialmente indicado para sistemas de luz embutidos e outros elementos de iluminação, o composto da Bayer permite atribuir aos componentes uma efetiva proteção contra umidade, meio ambiente e agentes de limpeza. A empresa mostrou a novi-dade na última feira Light + Building, ocorrida em Frankfurt. Os compostos para LED da empresa foram formulados a partir de graus Desmophen e Desmodur, ambos alifáticos. Poliisocianatos alifáticos e polióis das duas linhas já são tradicionais matérias--primas para revestimentos brilhantes e de extrema resistência.

hyBrid coAting entrA no MercAdo de coUro Sintético

de PoliUretAnoA norte-americana Hybrid (São Francisco) acaba de informar

sua entrada na indústria de couro sintético de poliuretano norte--americano. Um dos motivos da entrada da empresa no setor é a crescente demanda por dispersões de poliuretano e por soluções de couro sintético no mercado local. Segundo dados de merca-do, a demanda por dispersões de PU nos Estados Unidos foi de 267 mil toneladas e deve atingir 369,3 mil toneladas por volta de 2018, numa taxa de crescimento de 5,5% entre esses anos.

ASPen conStrói PlAntA de FABricAção de SolUçõeS eM PU

A norte-americana Aspen (Michigan), fabricante de peças com base poliuretano, está ampliando, num projeto de 5,1 milhões de dólares, sua planta no Parque Industrial de Manchester (Tennees-see) com o intuito de dobrar sua capacidade de moldagem, acres-centando 161 empregos na iniciativa. A Aspen é especializada em moldados de segurança para veículos que precisam conseguir absorver impactos de colisões.

BrentAno diVUlgA linhA de coUroS SintéticoS

AMBientAlMente AMigáVeiSA norte-americana Brentano acaba de divulgar o lançamento

de uma linha ambientalmente amigável de couros sintéticos de base poliuretano. A linha inclui desde texturas suaves e neutras a versões gráficas de alta riqueza. Os novos couros sintéticos da empresa somam-se aos oito tradicionais.

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Poliuretano em revestimentos: resistência ao intemperismo

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coMiSSão SetoriAl

A Comissão Setorial de Poliuretanos da Abiquim reúne os maio-res fabricantes de matérias-primas e de componentes utilizados na produção de poliuretanos (PU) instalados no Brasil. Sua criação, em 2001, foi inspirada no crescimento do mercado de PU na Améri-ca Latina e na organização e representatividade do setor em âmbito mundial. Ela é formada pelas empresas Air Products, BASF, Bayer, Dow, Evonik, Hunstman, Purcom e Rhodia.

Respaldada pela Associação Brasileira da Indústria Quími-ca (Abiquim), a Comissão desenvolve ações para promover a indústria de PU no Brasil. Suas atividades estão alinhadas ao Programa Atuação Responsável, implantado pela indústria química local desde 1992. Dedica especial atenção ao ciclo de vida dos produtos químicos utilizados e à normalização dos produtos e dos aspectos envolvidos no processo de fa-bricação do PU, desde o transporte das matérias-primas até o armazenamento e a utilização por parte dos transformadores e usuários, para evitar qualquer risco aos trabalhadores, aos consumidores e ao meio ambiente.

Dentro desse princípio, a Comissão atuou de forma intensa na elaboração de normas técnicas para painéis de PU, sprays de PU, colchões de espuma e de molas, e continua trabalhando em prol do estabelecimento de normas para Poliureia, Painéis Metálicos e Espumas Flexíveis.

A Comissão Setorial de PU também acompanha atentamente a ampliação das aplicações dos poliuretanos. O material está cada vez mais presente no nosso dia a dia, nos calçados e roupas, nos colchões e travesseiros, nos artigos esportivos, nos edifícios e re-sidências, nos automóveis, nos adesivos e selantes e em indústrias essenciais: mineração, petróleo e gás.

Na construção civil, por exemplo, o PU desponta como uma solução econômica segura. Nesse setor, ele é utilizado na for-ma de placas, de painéis tipo sanduíche e de espuma moldada no local para isolamento térmico de pisos e outras partes do empreendimento, entre outras aplicações. O uso de painéis e sistemas de isolamento térmico tem se comprovado como uma alternativa segura e viável para redução do consumo de ener-gia elétrica.

Para o ano de 2014, a Comissão tem como Plano de Trabalho as seguintes ações:

• Participar da elaboração de demandas específicas do se-tor, quanto à qualificação de mão de obra, na parceria

estabelecida entre ABIQUIM/PRONATEC.

• Identificar as demandas do setor para o Observatório Tecnológico da Indústria Química.

• Acompanhar e atender a regulamentação do INMETRO referente às Normas para Espuma Flexível para Colchões NBR 13578 e NBR 13579.

• Acompanhar as reuniões do INMETRO da Comissão Téc-nica do Programa de avaliação da Conformidade para Colchões de Molas.

• Desenvolver na CE-10:501.09 – Comissão de Estudos de Poliuretano da ABNT a elaboração da Norma de Poliureia.

• Participar do subgrupo de trabalho de Isolamento Térmi-co do Programa PROCEL Edifica.

• Desenvolver Agenda de Reciclagem e Destinação de Resídu-os de Poliuretanos (Móveis, Colchões e Refrigeradores).

• Desenvolver material sobre inflamabilidade do Poliureta-no, com base nos documentos já elaborados por asso-ciações internacionais.

• Acompanhar questões relacionadas à Política Nacional de Resíduos Sólidos.

• Acompanhar estatísticas de importação de produtos (po-liuretanos) com o objetivo de buscar identificar distor-ções a serem encaminhadas aos órgãos competentes.

• Atualizar e dinamizar o canal da comissão no site da Abiquim.

comissão Setorial de Poliuretanos da aBiQuiM

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50 POLIURETANO - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Os HcFcs estão sendo progressivamento eliminados

Em setembro de 2007, o Protocolo de Montreal sobre Substân-cias que Destroem a Camada de Ozônio decidiu acelerar a elimina-ção progressiva da produção e do consumo dos Hidroclorofluorcar-bonos - HCFCs (R-141b, R-22 e demais HCFCs e suas misturas). Os prazos para países em desenvolvimento, segundo o Protocolo de Montreal, ficou assim definido:

Para viabilizar o cumprimento do cronograma estabelecido pelo Protocolo, o Governo Brasileiro instituiu o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs – PBH, que apresenta o diagnóstico do consumo de HCFCs e aborda a estratégia brasileira para a sua eli-minação, conforme compromisso assumido pelo Brasil perante o Protocolo de Montreal.

A implementação do PBH é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA e executada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), agência líder responsável pelos projetos de eliminação do HCFC-141b, pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, agência responsá-vel pelos projetos de eliminação do HCFC-22 no setor de serviços de refrigeração e ar-condicionado (RAC) e, mais recentemente, pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), agência responsável pelos projetos de eliminação do HCFC-22 no setor de manufatura de RAC.

O PBH prevê duas etapas de redução do consumo dos HCFCs. A primeira foi submetida e aprovada em 2011 pelo Comitê Exe-cutivo do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal - FML, com recursos de US$ 19.597.166,00. Esta etapa está em execução e se compromete a eliminar, até 2015, 16,6% do consumo de HCFCs em relação à linha de base brasileira, fixada em 1.327,30 toneladas PDO (Potencial de Destruição do Ozônio), o

que corresponde a 220,3 toneladas PDO. Para garantir a eliminação de 168,8 toneladas PDO de HCFC-141b utilizadas na produção de espumas de poliuretano, foram contemplados os subsetores de pele integral, espumas flexíveis moldadas e PU rígido: painéis contí-nuos, aquecedores solares, recipientes térmicos, revestimento de canos e embalagens.

Com a aproximação do final da primeira etapa de eliminação dos HCFCs, os países em desenvolvimento devem preparar nova es-tratégia para a execução da segunda etapa. Empresas dos setores de espumas de poliuretano ainda não contemplados que utilizam R-141b e dos setores de serviço e de manufatura de equipamentos de RAC que utilizam o R-22 serão afetadas e deverão buscar alter-nativas tecnológicas aos HCFCs. Os novos projetos, assim como na primeira etapa do PBH, poderão ser apoiados financeiramente pelo FML, auxiliando empresas de capital nacional no processo de migração para novas tecnologias.

No dia 20 de março deste ano, o MMA realizou reunião aberta do Grupo de Trabalho GT-HCFCs com o intuito de informar sobre o início da preparação da estratégia a ser adotada na segunda etapa do PBH, discutir e receber as contribuições dos setores envolvidos. Estiveram presentes representantes de empresas e associações dos setores de espuma e refrigeração, das agências que atuarão na im-plementação da Etapa 2 do PBH: PNUD, GIZ e ONUDI, de institui-ções e demais interessados. Para o setor de manufatura de espumas de PU, os projetos da segunda etapa serão voltados para aplicações ainda não contempladas no subsetor de PU rígido. Para tanto, uma equipe formada com consultores do PNUD e membros do MMA foi formada para a coleta de informações necessárias com intuito de montar um panorama geral sobre o mercado brasileiro e assim desenvolver a estratégia para o setor.

A colaboração de todos durante a preparação da Etapa 2 é essen-cial para que bons projetos sejam delineados, o que pode propor-cionar maior apoio às empresas no processo de substituição dos HCFCs por alternativas ambientalmente adequadas.

Mais informações sobre o tema podem ser encontradas nos sítios da internet www.mma.gov.br e www.protocolodemontreal.org.br ou pelos telefones 61 2028-2274/2604/2597.

linha de Base = Média de consumo nos anos 2009 e 20102013 Congelamento no valor da linha de base2015 Redução de 10% em relação à linha de base2020 Redução de 35% em relação à linha de base2025 Redução de 67,5% em relação à linha de base2030* Redução de 97,5% em relação à linha de base2040 Redução de 100% em relação à linha de base

* O consumo residual (2,5%) poderá ser usado apenas para o setor de serviços.

Sua empresa está se preparando?

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