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A PROFECIA DO ARCO-IRIS contada pelos Navajo “Quando o Tempo do Búfalo estiver para chegar, a terceira geração das crianças de olhos brancos deixará crescer os cabelos e começará a falar o Amor que trará a Cura para todos os Filhos da Terra. Estas crianças buscarão novas maneiras de compreender a si próprias e aos outros. Usarão penas, colares de contas e pintarão os rostos. Buscarão os anciãos da nossa raça vermelha para beber da fonte de sua sabedoria. Estas crianças de olhos brancos servirão como sinal de que nossos ancestrais estão retornando em corpos brancos por fora, mas vermelhos por dentro. Elas aprenderão a caminhar novamente em equilíbrio na superfície da Mãe Terra, e saberão levar nossas idéias aos chefes brancos. Estas crianças também terão de passar por provas como acontecia quando ainda eram Ancestrais Vermelhos... A Roda do Arco-Íris surgirá sob a forma de um Cachorro do Sol para todos aqueles que estiverem prontos para vê-la. O Cachorro do Sol forma um círculo de arco-íris apontando para as quatro direções... Esta será a linguagem que o céu usará para nos dizer que já chegou o momento de compartilhar os ensinamentos secretos e sagrados entre todas as raças. Muitos Filhos da Terra despertarão para assumir a responsabilidade dos ensinamentos e o processo de cura Planetária começará a tomar novo impulso.” Houve muita magia no passado, que foi quebrada pelos fundamentalistas monoteístas banais e depois pelos racionalistas-materialistas sem imaginação. Há novamente magia no presente, há magia no ar, trazendo o infinito ao céu da boca, pois o mundo está sendo reencantado! E o futuro é arcaico, pois o tempo é circular e espiralado. Os desdobramentos da fisíca quântica, redemonstrarão a reaplicação da magia natural. Através da ponte, pinguela do riacho para a grande síntese de tecnologia, filosofia,imaginação criativa e magia. O Futuro é arcaico, o homem do futuro será um tecno-xamã utilizando o recurso da "realidade aumentada" para estudos, meditando com enteógenos, morando em uma casa viva, uma casa árvore. Seremos todos primitivos tecnizados, da tribo humana da Mãe Terra habitando a nossa "pequena" Aldeia Global do terceiro pequeno planeta azul , a preciosa safira viva de pele vegetal reverdejante. Seremos "novos índios cósmicos" a observar com curiosidade a passagem dos navegantes interestelares em nosso defendido territorialmente sistema solar. A magia perpassa todo o tempo, pois não há tempo isolado, somente espaço- tempos, lugares para se visitar e caçar! Se divertir, viver e se alegrar! ! Kushe Há! Ahooou!!! Mogly Hekura y Coletivo Editorial FLAUTA DE Pã A LISTA VERMELHA A Lista Vermelha é considerada a avaliação mais conceituada e séria sobre o estado das espécies que habitam o planeta. Além dos anfíbios, apontados neste ano como o grupo mais ameaçado, o documento sugere ainda que entre os mamíferos, a situação também é preocupante. Do cerca de 5,5 mil mamíferos presentes na Lista, 79 estariam extintos ou extintos no habitat natural e 188 estariam "seriamente ameaçados". Entre os répteis, dos 1,6 mil animais listados, 22 já estão extintos e cerca de 460 estariam ameaçados. "A prova científica de uma crise séria de extinção está se acumulando", disse Jane Smart, diretora da IUCN."Já chegou a hora dos governos começarem a agir com seriedade para salvar as espécies e garantir que isso estará no topo das prioridades porque estamos ficando sem tempo”. "Na nossa vida, nós mudamos de nos preocuparmos com um número relativamente pequeno de espécies seriamente ameaças para o colapso de ecossistemas inteiros", disse Jonathan Baillie, diretor dos programas de conservação da Zoological Society, de Londres. "Em que ponto a sociedade vai realmente responder a essa crise crescente?", disse. www.iucnredlist.org http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_Vermelha_da_IUCN Editorial ““Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele” Claude Lévi-Strauss (1908-2009) Nº 7-Ano VII- Primavera de 2009 E.C.-Território Tamoio -RJ PRANTO da terra d d Wicca e Ecologia a K O

Revista PRANTO DA TERRA #07

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"Handfasting vêm do verbo handfast, que na era medieval era a denominação do contrato de casamento. Daí ser conhecida também como “Atamento de Mãos”, pois tradicionalmente o casal pode amarrar seus pulsos com fitas, cordas ou cabos enquanto fazem suas juras (curiosamente, handfast hoje em dia é um termo para “mão-amarrada”, ou “pão-duro”). Os votos significam um compromisso com a outra pessoa e consigo mesmo. No final da cerimônia, as mãos são soltas, simbolizando que o casal está junto por sua própria vontade. Também são trocados anéis, que simbolizam uma aliança. A troca de alianças é um costume que tem origem no Paganismo, inclusive."

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Page 1: Revista PRANTO DA TERRA #07

A PROFECIA DO ARCO-IRIScontada pelos Navajo

“Quando o Tempo do Búfalo estiver para chegar, a terceira geração das crianças de olhos brancos deixará crescer os cabelos e começará a falar o Amor que trará a Cura para todos os Filhos da Terra.

Estas crianças buscarão novas maneiras de compreender a si próprias e aos outros. Usarão penas, colares de contas e pintarão os rostos. Buscarão os anciãos da nossa raça vermelha para beber da fonte de sua sabedoria.

Estas crianças de olhos brancos servirão como sinal de que nossos ancestrais estão retornando em corpos brancos por fora, mas vermelhos por dentro.

Elas aprenderão a caminhar novamente em equilíbrio na superfície da Mãe Terra, e saberão levar nossas idéias aos chefes brancos. Estas crianças também terão de passar por provas como acontecia quando ainda eram Ancestrais Vermelhos...

A Roda do Arco-Íris surgirá sob a forma de um Cachorro do Sol para todos aqueles que estiverem prontos para vê-la. O Cachorro do Sol forma um círculo de arco-íris apontando para as quatro direções... Esta será a linguagem que o céu usará para nos dizer que já chegou o momento de compartilhar os ensinamentos secretos e sagrados entre todas as raças.

Muitos Filhos da Terra despertarão para assumir a responsabilidade dos ensinamentos e o processo de cura Planetária começará a tomar novo impulso.”

Houve muita magia no passado, que foi quebrada pelos fundamentalistas monoteístas banais e depois pelos racionalistas-materialistas sem imaginação. Há novamente magia no presente, há magia no ar, trazendo o infinito ao céu da boca, pois o mundo está sendo reencantado! E o futuro é arcaico, pois o tempo é circular e espiralado.Os desdobramentos da fisíca quântica, redemonstrarão a reaplicação da magia natural.Através da ponte, pinguela do riacho para a grande síntese de tecnologia, filosofia,imaginação criativa e magia.O Futuro é arcaico, o homem do futuro será um tecno-xamã utilizando o recurso da "realidade aumentada" para estudos, meditando com enteógenos, morando em uma casa viva, uma casa árvore.Seremos todos primitivos tecnizados, da tribo humana da Mãe Terra habitando a nossa "pequena" Aldeia Global do terceiro pequeno planeta azul , a preciosa safira viva de pele vegetal reverdejante.Seremos "novos índios cósmicos" a observar com curiosidade a passagem dos navegantes interestelares em nosso defendido territorialmente sistema solar. A magia perpassa todo o tempo, pois não há tempo isolado, somente espaço-tempos, lugares para se visitar e caçar! Se divertir, viver e se alegrar!

!Kushe Há! Ahooou!!!

Mogly Hekura y Coletivo Editorial

FLAUTA DE Pã

A LISTA VERMELHAA Lista Vermelha é considerada a avaliação mais conceituada e séria sobre o estado das espécies que habitam o planeta.Além dos anfíbios, apontados neste ano como o grupo mais ameaçado, o documento sugere ainda que entre os mamíferos, a situação também é preocupante.Do cerca de 5,5 mil mamíferos presentes na Lista, 79 estariam extintos ou extintos no habitat natural e 188 estariam "seriamente ameaçados".Entre os répteis, dos 1,6 mil animais listados, 22 já estão extintos e cerca de 460 estariam ameaçados."A prova científica de uma crise séria de extinção está se acumulando", disse Jane Smart, diretora da IUCN."Já chegou a hora dos governos começarem a agir com seriedade para salvar as espécies e garantir que isso estará no topo das prioridades porque estamos ficando sem tempo”."Na nossa vida, nós mudamos de nos preocuparmos com um número relativamente pequeno de espécies seriamente ameaças para o colapso de ecossistemas inteiros", disse Jonathan Baillie, diretor dos programas de conservação da Zoological Society, de Londres."Em que ponto a sociedade vai realmente responder a essa crise crescente?", disse.

www.iucnredlist.org

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_Vermelha_da_IUCN

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Page 2: Revista PRANTO DA TERRA #07

A ODISSÉIA DE UM JOVEM PAGÃO URBANO EM BUSCA DE UM PEDACINHO DE TERRA PARA PRATICAR SEUS RITUAIS

OuADAPTANDO SEUS PULMÕES

Esse é um relato de minha última viagem para o local onde nosso coven se reúne no nosso aniversário de formação, uma tradição recém adquirida, e gostaria que fosse um relato cômico, porque a situação foi ridícula, pelo menos para mim. Mas é complicado fazer graça com algo sério, sobretudo em um informativo sério como esse (pelo menos é nossa intenção; se você, caro leitor cativo, já deu boas risadas conosco, ou é porque você é de fato espirituoso, ou porque não tá entendendo nada do que a gente tá falando!). Então precisei buscar o cerne da questão, a moral da história, pra realmente transmitir a mensagem relevante pra essa dissertação. Enfim, agora você pode rir conosco!

Somos, como boa parte dos pagãos que usam esse meio de comunicação em suas mãos, urbanos. O que quer dizer: cultuamos uma religião que é intrinsecamente voltada para uma vida e sobrevivência no campo; mas não moramos nem no campo nem dependemos diretamente de nossas plantações ou colheitas para subsistir, de modo que relegamos nossos pedidos sazonais ou ao campo metafórico ou nos lembramos que dependemos daqueles moradores e trabalhadores das áreas rurais para viver, porque ninguém aqui sabe quando nasce o pé-de-trigo, ou como é que se ordenha a vaca. Então como nós, pagãos, verdadeiros deuses solares caçando nossas presas nas Sendas ou na lojinha de macumba, nos relacionamos com uma prática real? Ou melhor, como nos portamos quando mudamos de habitat?

Vou falar apenas de mim, porque não tenho autoridade para falar de meus irmãos, e porque é mais engraçado fazer chacota de mim mesmo. Diferente de uma significativa parcela de 60% de nosso coven (o que dá um expressivo número de três!), eu não me aventuro, pelo menos para longas distâncias, nas costas de uma magrela arrumada. Não, tapados, estou falando de bicicletas... Meu meio de locomoção ou é a sola gasta de meu All-Star, ou o clássico Mercedes, Ciferal, entre outros... E como tenho a desgraça de morar e trabalhar no Rio, não tive a malandragem de curtir o feriadão de aniversário de São Gonçalo, que praticamente coincide com nosso aniversário. Assim sendo, fui o último a ir para o local do camping (que não posso dizer onde fica porque esse é um dos Mistérios de nosso coven, e se você ficar sabendo deverá ser sacrificado, e não é isso que queremos, já que o filme da bruxaria já anda meio queimado por aí). O ritual seria realizado no sábado, e no domingo teríamos compromissos no Rio, então eu basicamente iria para ****** (como falei, sigilo...) realizar o ritual, e voltar no mesmo pé. O que ia ser bom, não teria os problemas habituais de se acampar, como a noite fria, a fogueira apagando e ficando sem lenha, a comida, aquela ida ao banheiro gostosa que a gente só dá em casa, o xampu no cabelo, ou seja, todas aquelas comodidades que nos acostumamos a ter na cidade grande.

Então começaram os imprevistos: aquele sábado foi de uma semana cansativa na faculdade e no trabalho, de modo que seria difícil levantar cedo. Minha namorada tava com faringite e um febrão de 38°. E para arrebatar os problemas, saí sem saber onde pegar o ônibus, e qual seria. Assim sendo, saí do Catete, fui pra Carioca, de lá pra Praça Mauá, e de lá pra Central, tudo a pé. Divertido, não? Aí está uma lição para vocês, jovens gafanhotos: uma viagem que se preste deve ter uma boa parte realizada pelos seus próprios pés, de modo que seu corpo se adapte gradativamente ao mundo à sua frente, para que seu espírito reconheça a trilha adiante e se integre à Terra. É claro que na hora não pensei em nada disso. É difícil ser poético quando se anda no asfalto quente com a mochila pesada nas costas e a virilha queimando. Eu tava é furioso mesmo, achando que não ia chegar a tempo que ia lá pra onde o vento faz curva só pra molhar o pé no rio e voltar pra casa. Ia dar bronca em geral, e o

coven ia ter que escutar. Lembre-se que o coven é sua família, e que barracos são permitidos, de vez em quando...

Enfim, achei o ônibus, e descobri que ele passava praticamente em frente à trilha que desembocava no rio, e onde o povo tava acampado. Fiquei feliz, então comi um biscoitinho, pus meu discman (coisa de pagão urbano mesmo...) e rumei pro caixa-prego. E lá chegando – vejam só! – tinha esquecido de onde era o ponto. Desci do ônibus estrada acima, entrei numa trilha estranha, me perdi, a virilha já tava me maltratando (maldição de gordo), tinha sede, o pé cheio de bolha, suado, nojento... E nada de achar a trilha. Sabe, quando a gente está perdido, mas tem uma referência mínima – “o número da casa é cento e alguma coisa” – a gente se vira. Mas nem isso eu tinha! Então fui confiando em minha memória visual de artista plástico e fui encontrando o lugar até que finalmente cheguei e – para minha “vitória” – o ritual já tinha começado! Entrei no finalzinho, sem minhas vestes, meus instrumentos, mas ao menos compartilhei da energia daquele lugar, da felicidade com meus irmãos. E tive um merecido banho de cachoeira depois!

Então crianças, a moral da história: o campo é um lugar inóspito, estranho, o ar puro “ataca” nossos pulmões e os insetos destroem nossas pernas. Nos perdemos, nos faltam as referências, a malandragem natural da cidade praticamente some, e a viagem é cansativa e por vezes cara. Mas tenham certeza que estar debaixo de um céuzão azul, com os pés nas pedras, o cabelo molhado pelo riacho, e descobrindo o que nossas cargas, músicas e ritos realmente querem dizer vale qualquer bolha na sola do pé.

Terra Molhada

OS TRÓPICOS FICAM MAIS TRISTES

Claude Levi-Strauss nasceu em Bruxelas (Bélgica), 28 de novembro de 1908 e faleceu em Paris (França), 30 de outubro de 2009, grande antropólogo e pensador do ser humano, faria cento e um anos, mas que teve que deixar este mundo terreno dos vivos para estudar tribos de outros planos. Todo o desenvolvimento das obras antropológicas outro rumo ou nem nascido sem a passagem do jovem Levi-Strauss em nosso país dos anos trinta do século passado. Podemos dizer que o Brasil foi o grande caldeirão fervente que cozinhou o inexperiente e socialista Levi-Strauss e vomitou de volta para a Europa um promissor etnólogo e sagaz intelectual. Nós brasileiros indígenas antropofagizamos mais um europeu, de novo! Putz!Apesar do tom um tanto quanto melancólico e pessimista, foi com a sua obra maior, Tristes Trópicos, que Levi-Strauss se tornou etnólogo na marra. Coletou o seu material etnológico sobre as tribos indígenas do Centro-Oeste brasileiro como Kadiwéu, Bororo, Nambikwara e visitou a extinta tribo dos Tupi-Kaguahib. Ele afirmou: "Um ano depois da visita aos Bororos, todas as condições para fazer de mim um etnógrafo estavam satisfeitas” (1957). A nós neopagãos, Lévi-Strauss nos ensina a importância da persistência, perseverança, do aprendizado no peito e na raça no meio do mato. E de relativizar, compreender e pluralizar a condição humana, aprendendo que o ser humano não é um instrumento monocórdio, único que o modelo ocidental judaico-cristão e capitalista pode sim encontrar contraposições ou sobreposições mais interessantes que investem mais no ritualístico e no social, e não apenas na acumulação, depredação do meio, da exploração dos semelhantes, da hierarquia e do militarismo. O projeto industrialista-ocidental de humanidade está tão falido e carcomido que ameaça hoje a própria vida na Terra como nos faz lembrar muito bem, nosso sábio ancião etnólogo belgo-francês de tempero e cozimento tipicamente brasileiro (no improviso criativo).O nosso neopaganismo emergente brasileiro é uma demonstração prática e atávica do novíssimo ressurgir indígena que vaza e brota das fissuras da rachadura do velho projeto moribundo em destruição.Nós brasileiros agradecemos os seus ensinamentos e honraremos a sua memória.Levi-Strauss: sem ti os Trópicos ficam mais tristes!

Mogly Hekura

LIVRO DAS SOMBRAS

Como uma espiritualidade baseada no amor, e como religiosidade legítima, o neopaganismo também possui sua cerimônia de casamento. Conhecida como handfasting, celebra e afirma para a comunidade e para os Deuses a união entre duas pessoas que se amam e no perfeito amor e perfeita confiança decidem fazer seus votos diante de todos.

Handfasting vêm do verbo handfast, que na era medieval era a denominação do contrato de casamento. Daí ser conhecida também como “Atamento de Mãos”, pois tradicionalmente o casal pode amarrar seus pulsos com fitas, cordas ou cabos enquanto fazem suas juras (curiosamente, handfast hoje em dia é um termo em inglês para “mão-amarrada”, ou “pão-duro”). Os votos significam um compromisso com a outra pessoa e consigo mesmo, e geralmente incluem amor, respeito, honra e proteção à família.. No final da cerimônia, as mãos são soltas, simbolizando que o casal está junto por sua própria vontade. Também são trocados anéis, que simbolizam uma aliança. A troca de alianças é um costume que tem origem no Paganismo, inclusive.

Tradicionalmente, os handfastings tem uma duração de um ano e um dia. Ao contrário do “que sejam felizes para sempre” ou “até que a morte os separe”, no neopaganismo há referência à liberdade e o respeito ao outro com um “que fiquem juntos enquanto houver amor”. Após o tempo previsto, normalmente na primavera seguinte, o casal retorna diante dos deuses e dos sacerdotes e renova (ou não) seus votos. E assim, ano após ano, o casal reafirma seu amor e união.

Realizada ao ar livre e comumente no Beltane, no handfasting estão presentes todas as pessoas que desejam boas energias ao casal. Não existe qualquer restrição com relação ao sexo das pessoas que celebram este ritual, assim como não há restrição quando pessoas se amam. Não existe uma única maneira de celebrar um handfasting bem como não há casais ou tradições iguais. Consulte seu coven ou vertente, ou mesmo seu autor preferido, para uma idéia interessante para seu casamento, e crie: celebrar o amor é festejar as eternas possibilidades, a alegria e o inusitado!

Assim como acontece nas demais religiões, considere também a idéia de trazer um juiz de paz ou consultar um cartório para o “casamento civil”, apenas para oficializar burocraticamente a união.

youtube.com/watch?v=yx8rlwO7-KE&feature=player_embeddedyoutube.com/watch?v=BfteHKgRJRE&feature=rec-LGOUT-exp_fresh+div-HM

youtube.com/watch?v=JlbgOA60e3U&feature=fvw