16
LEIA MAIS: O sucesso do cooperativismo de leite na Nova Zelândia. PÁGINA 6 DESTAQUE: Itambé come- mora certificação ISO 9000. Confira os detalhes. PÁGINA 5 E AINDA: Entenda por que Belo Horizonte está cercada por um“cinturão branco”. PÁGINAS 8 e 9 Revista Produtor Itambé ano 1 número 1 janeiro de 2010 SILAGEM Cuidados para reduzir perdas e garantir qualidade Cuidados para reduzir perdas e garantir qualidade FOTO: GILSON DE SOUZA

Revista Produtor Itambé

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Publicação Mensal da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR/Itambé)

Citation preview

Page 1: Revista Produtor Itambé

LEIA MAIS: O sucesso do cooperativismo de leite naNova Zelândia.PÁGINA 6

DESTAQUE: Itambé come-mora certificação ISO 9000.Confira os detalhes.PÁGINA 5

E AINDA: Entenda por queBelo Horizonte está cercadapor um“cinturão branco”.PÁGINAS 8 e 9

Revista Produtor Itambé � ano 1 � número 1 � janeiro de 2010

SILAGEMCuidados para reduzir

perdas e garantir

qualidade

Cuidados para reduzir

perdas e garantir

qualidade

FO

TO

: GIL

SO

N D

E S

OU

ZA

Page 2: Revista Produtor Itambé
Page 3: Revista Produtor Itambé

Revista Produtor Itambé – Publicação mensal daCooperativa Central dos Produtores Rurais deMinas Gerais (CCPR/Itambé).

DiretoriaPresidente: Jacques Gontijo ÁlvaresVice-presidente Administrativo: Marcos EliasVice-presidente Comercial: Valdinei Paulo de OliveiraVice-presidente de Abastecimento: Carlos Batista Alves de Souza

Equipe ResponsávelPaulo MartinsMônica SalomãoPriscila Martins

ColaboradoresMarne MoreiraFlávio FazenaroFernando PinheiroLeandro SampaioAlexandre Cota Lara Thiago Magalhães

Jornalista responsávelMônica Salomão - MG 10543/JP DiagramaçãoOrozimbo Machado de Souza Júnior – MG 10654/JPTiragem / Impressão13.775 mil exemplares / Log PrintPublicidadePriscila Martins - Tel: (31) 2126-3417

E-mail: [email protected]: proditambeTelefone: (31) 2126-3418

3Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Curtas04

05

05

06

07

08

10

11

12

Giro Itambé

Aonde Seu Leite Chega

Análise

Com a Palavra, o Ténico

Cooperativa em Destaque

Nossa Gente

Produção Sustentável

Informativo da Qualidade

.....

.....

.....

.....

.....

.....

.....

.....

.....

14 Balaio Cultural.....

O Professor Falconi é grande amigoda Itambé e é parte do nosso sucesso.Por meio da consultoria do INDG, im-plantamos em 2001 um novo sistemade gestão e, desde então, temos pro-movido melhorias neste sistema quefazem toda a diferença. Essa parcerianos coloca no primeiro time das em-presas brasileiras, quando o assuntoé nível organizacional.

No seu novo livro, intitulado “O Ver-dadeiro Poder”, o Professor Falconidedicou o capítulo 7 para abordar a

necessidade de se investir em comu-nicação nas empresas e nós concor-damos. Até porque, desde o iníciodesta Administração priorizamosações nesta área. Assim que assumi-mos, fechamos uma parceria paraque cada um dos nossos cooperadospassasse a receber, todo mês, umexemplar da Revista Balde Branco – amelhor revista do setor leiteiro.

Além disso, de outubro de 2008 adezembro de 2009, junto com aBalde Branco circulou o encarteProdutor Itambé, com notíciassobre as cooperativas e os nossoscooperados. Também dinamizamosas reportagens produzidas por nósque são publicadas todos os mesesno Caderno Agropecuário do JornalEstado de Minas, distribuído aosnossos cooperados.

Em um ano, ficou evidente a necessi-dade de se criar uma forma de fazerchegar notícias com maior freqüência

aos cooperados. Por isso, lançamos oinformativo Produtor Itambé Online,que circula todas as sextas-feiraspara cerca de 2.600 endereçoseletrônicos, com informações curtassobre as 31 cooperativas vinculadas àCCPR/Itambé. Também criamos oRadar Técnico Itambé, que traz arti-gos e informações técnicas de inte-resse de todos.

Mas, a CCPR/Itambé é um Universogrande demais e precisamos investirna plena integração dos nossos co-ope rados. Por isso, o encarte deuorigem à Revista Produtor Itambé quevocê está recebendo. Ela já nascecomo a principal revista mensal dosetor em número de exemplares, de-pois da Revista Balde Branco.

Para o sucesso desse novo desafio,precisamos da sua participação, comcríticas e sugestões.

Boa Leitura!

Mensagem da DiretoriaFOTO: DIVULGAÇÃO

Esquerda para direita: Valdinei de Oliveira, Jacques Gontijo, Marcos Elias e Carlos Batista

Page 4: Revista Produtor Itambé

Receba os informativos eletrôni-cos Produtor Itambé Online e

Radar Técnico Itambé, e fique pordentro de tudo o que acontece naItambé, em suas Cooperativas Singu-lares e no agronegócio. Cadastre-sepelo e-mail:[email protected]

De 25 a 30 de janeiro, a Capul,Cooperativa Singular da

CCPR/Itambé em Unaí/MG, realizacursos de Aplicação de Agrotóxicosem fazendas da região. Mais infor-mações (38) 9914-0864.

Todas as quartas-feiras, das 6hàs 6h45, a Cooperativa

Agropecuária de Bom Despachotransmite pela Rádio Difusora Bon-despachense, frequência 1540 AM, oPrograma Cooperbom em Campo.

Estamos no Twitter. Acompanheos bastidores da redação, acesse

nossa página no endereço: www.twitter.com/proditambe

O ano começou cheio de novidades para os leitores da RevistaProdutor Itambé. No novo formato, reservamos esse espaço es-pecialmente para que você envie perguntas, comente a matériaque mais gostou e sugira os assuntos que quer ver nas próximasedições.

Sua participação é fundamental para o resultado do nosso tra-balho. Mande sua carta ou e-mail.

Revista Produtor ItambéCooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas GeraisRua Itambé, 40 – Bairro FlorestaCEP 30150-150Belo Horizonte – MG

Telefone: (31) 2126 3418Endereço eletrônico: [email protected] Twitter: www.twitter.com/proditambe

@

Page 5: Revista Produtor Itambé

O leite captado pela CCPR/Itambéé industrializado nas cincounidades fabris – Goiânia, Gua-nhães, Pará de Minas, Sete Lagoase Uberlândia - e depois entregueem vários pontos de venda de todoo país e também do exterior.

Na Paraíba, o campeão de vendas éo leite em pó em embalagem pa-cote. Processado nas fábricas deGoiânia, Guanhães, Sete Lagoas eUberlândia, o produto é trans-

portado até João Pessoa e de lásegue até o município de Patos paraabastecer o Guedes Supermercados.No estabelecimento, o leite em pó ésinônimo de boas vendas.

Patos fica a 310 km de João Pessoa,capital da Paraíba, possui cerca de100 mil habitantes e é a terceiracidade mais importante do estado.Quem veste a camisa da Itambé paranos representar lá é a BrasilNordeste Representações.

Leite em pó, campeão devendas na Paraíba

FOTO: PAULO MELO

Guedes Supermercados / Patos-PB

5Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

A Itambé, maior cooperativa de leitedo Brasil, conquistou, em novembropassado, a certificação internacionalISO 9000. Isso significa dizer que aCCPR/Itambé possui um sistema efi-ciente e padronizado de gestão daqualidade, orientado para satisfazeras necessidades do cliente e do con-sumidor final. Com essa certifi-cação, as possibilidades de novosnegócios aumentam consideravel-mente no país e no exterior.

Para se ter idéia da importânciadesse reconhecimento, vale regis-trar que o processo de certifi-cação envolveu cerca de 3 milcolaboradores e a elaboração demais de 1,5 mil documentos, alémde aproximadamente 4,5 mil re-gistros de anotações dos controles

de procedimentos realizados emtoda a Itambé.

Esse intenso trabalho teve início emsetembro de 2007, quando foi im-plantado na indústria o ProgramaItambé para Qualidade, Segurança eMeio Ambiente (QSMA). Segundo ocoordenador do QSMA, Maurício Pe-

tenusso, a primeira ação foi alinharas unidades industriais de forma quefossem seguidos por todas elas osmesmos padrões de qualidade, res -peito ao meio ambiente e cuidadocom as pessoas.

No último ano, as atividadestiveram como foco a preparaçãopara a auditoria e o conseqüentereconhecimento externo, o que en-volveu também o trabalho rea -lizado no Escritório Central. Em2010, os projetos do QSMA conti-nuam a todo vapor. “Encerradoesse ciclo, agora vamos trabalharpara conquistar a ISO 14000, acre-ditação do sistema de gestão ambi-ental, e a OHSAS 18000, certificaçãodo sistema de gestão de saúde esegurança do trabalho”, adi-anta Petenusso.

Itambé conquista certificação ISO 9000

Programa Itambé de Qualidade,Segurança e Meio Ambiente

Page 6: Revista Produtor Itambé

6 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Por Rafael Villela Bastos Junqueira*

Apesar de ocupar um pequeno es-paço territorial, aproximadamente ametade do Estado de Minas Gerais,a Nova Zelândia é o oitavo maiorprodutor de leite do mundo e omaior exportador de produtoslácteos, com mais de 30% do mer-cado internacional. Cerca de 95% daprodução é captado pela Coopera-tiva Fonterra, cuja importância paraa economia da Nova Zelândia é in-questionável, pois representa 7% doProduto Interno Bruto (PIB), e maisde 25% das exportações.

A primeira cooperativa de laticínios daNova Zelândia foi fundada em 1871,com o objetivo de produzir queijos.Igualmente às cooperativas de váriaspartes do mundo, a cooperativaneozelandesa foi criada com o intuitode possibilitar, através da união deforças, uma vida melhor ao produtor.Em 1930, o número de cooperativasde leite tinha aumentado para mais de400 cooperativas singulares, operandoem diversas regiões do País.

Nas três décadas seguintes, impul-sionado principalmente por avançostecnológicos na área de transporte erefrigeração - como o uso de tanquede expansão nas fazendas - as em-presas lácteas visualizaram grandesoportunidades de redução de custos,caso aumentassem o volume de pro-dução. Neste panorama de mu-danças, as cooperativas começarama se unir com o objetivo de setornarem mais eficientes e eficazespara melhor atender ao mercado in-ternacional. Esse processo de con-solidação foi bastante acentuado. Asmais de 400 cooperativas existentesna década de 30 foram reduzidas a168 na década de 60.

Durante essa época, as várias coope-rativas apresentavam dificuldadepara transacionar seus produtos compaíses que muitas das vezes estavamlocalizados do outro lado do mundo.Neste contexto, os laticínios, emparceria com o governo, criaram aNew Zealand Dairy Board (NZDB), em-presa responsável por toda a parte decomercialização dos produtos lácteosdo País no mercado internacional. Aunião das cooperativas em tornodessa empresa proporcionou ganhosde escala, o que favoreceu o acessodos produtos neozelandeses em novosmercados e aumentou o retorno fi-nanceiro para as cooperativas.

Entretanto, apesar da união das co-operativas na parte de exportação,era visível que economias de escala eescopo poderiam ser maximizadas.Nesse sentido, várias fusões ocor-reram e, em 1996, eram apenas 12cooperativas leiteiras atuantes noPaís. A consolidação da indústrialáctea continuou ocorrendo, e, no ano2000, as duas principais cooperativasneozelandesas, New Zealand DairyGroup e Kiwi Co-operative Dairies,eram responsáveis pela captação deaproximadamente 95% de todo o leiteproduzido no País (duas outrasmenores captavam os outros 5%).

Acompanhando a tendência de conso-lidação, igualmente visível na indús-tria alimentar e no varejo mundial, asduas principais cooperativas do País -ao lado do seu braço de exportação(NZDB) - decidiram se fundir com oobjetivo de somar suas forças paraatuar no mercado que cada dia setorna mais exigente e veloz. Foi entãoque surgiu a Coope rativa Fonterra:maior processadora de produtoslácteos do mundo. A formação dessagigante do setor lácteo, controlada

por aproximadamente 10.500 produ-tores de leite, colaborou para: 1) re-duzir a intensa competição que haviaentre as co-operativas; 2) gerar ga-nhos em eficiência que culminaramem redução do custo de produção ecaptação; 3) ganhar capacidade paraexploração de novos mercados; 4)permitir a formação de alianças es-tratégicas em países chaves; 5) viabi-lizar maiores investimentos na área dePesquisa e Desenvolvimento.

Atualmente a Fonterra se encontra emmomento ímpar na sua história. Emjulho de 2009 completou um ano que acooperativa revelou ao mundo umanova modalidade de transação de pro-dutos lácteos no mercado interna-cional, a plataforma GlobalDairy Trade.Outro tema que seguramente marcaráa história da cooperativa é a possívelalteração da sua estrutura de capital,atualmente em processo de discussão.

As mudanças que ocorreram na indús-tria láctea da Nova Zelândia desde seusprimórdios até os dias atuais con-tribuíram para que o País hoje seja con-siderado referência quanto àorganização de sua cadeia produtiva doleite. O modelo coope rativista en-raizado na cultura do setor é visto comoum dos grandes trunfos neozelandês.Como afirma uma professora da Univer-sidade Massey, da Nova Zelândia, “umacooperativa de sucesso significa produ-tores de leite de sucesso”.

Cooperativismo na Nova Zelândia

FO

TO

: MÔ

NIC

A S

AL

OM

ÃO

*Rafael Junqueira é Administrador, Técnico em laticínios, MBA em logística empresarial eMestrando pela Massey University (Nova Zelândia).

Page 7: Revista Produtor Itambé

7Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

FOTO: DIVULGAÇÃO

Por Francisco Ferreira Sobrinho Médico VeterinárioGerente de Suprimento de Leite

Em mais de 30 anos de exercícioprofissional, sempre observamos adificuldade dos produtores em ado-tar ferramentas de gestão que fa-cilitem o gerenciamento da atividade.Quando se fala em custo de pro-dução, boa parte deles alega que opreço do leite é o responsável pelasua ineficiência e que, portanto,seria perda de tempo calcular ocusto da atividade. Bastaria verificarse a folha de leite deu ou não parapagar as despesas do mês.

Afirmativas como essa mostram quemuitos produtores ainda não enten-deram que, ao proceder assim,avaliam a atividade apenas no curtoprazo, deixando o médio e longo pra-zos totalmente vulneráveis. Falta,nesse caso, enxergar a atividadecomo um negócio que visa ao lucro eque, portanto, precisa de visão defuturo. E que, para ter uma visão defuturo, com o estabelecimento de

metas e boa gestão do negócio, énecessário medir e acompanhar osprincipais indicadores da atividade.

A título de exemplo, podemos citar aimportância de dois indicadores parao controle de custos da produção deleite. O primeiro é o Intervalo entrePartos (IP), que exige apenas a ano-tação da data do parto das vacas,mas significa muito para a gestão daatividade. Quando se mede esse in-tervalo e se constata que é longo,situando-se, por exemplo, na casados 18 meses, há prejuízos decor-rentes da menor produção de leite,de mais vacas secas no rebanho e domenor número de bezerros nascidos.

O outro indicador é o Controle Lei-teiro (CL), a ser feito pelo menos umavez ao mês. Ao medir o volume deleite de cada vaca, é possível esta-belecer dietas diferenciadas para gru-pos de maior e menor produção,fundamental na medida em que a ali-mentação do rebanho é um dos itensde maior peso no custo de produção. Exemplos como esses mostram que a

boa gestão da atividade depende demedidas simples, mas de grandevalia na redução de custos. Por-tanto, o recado é um só: não percatempo, entre em contato com umtécnico da CCPR/Itambé, que podeorientá-lo sobre como administraresses e outros indicadores impor-tantes no custo da produção deleite. Bom trabalho!

A importância da gestão

Francisco Ferreira Sobrinho

PASSANDO O BASTÃO

Depois de 30 anos de dedicação àCooperativa Central dos ProdutoresRurais de Minas Gerais (CCPR/Itambé),o gerente de Suprimento de Leite,Francisco Ferreira Sobrinho, passa obastão a partir de fevereiro para oengenheiro agrônomo Armindo JoséSoares Neto.

Na última reunião de 2009, a equipeda Gerência de Suprimento de Leiteentregou a Sobrinho uma placa emreconhecimento ao importante tra-balho que ele desempenhou ao longo

de todos esses anos junto à Coope-rativa Central e seus cooperados.Leia a mensagem na íntegra:

Francisco,“O líder não é alguém que nasce paraser líder, mas aquele que trabalhapara que todos se transformem emlíderes” (autor desconhecido).

Sua experiência, compromisso ededicação ao longo dos anoscontribuíram de forma expres-siva para o desenvolvimento dapecuária leiteira nacional. Paranós, que tivemos o privilégio de

fazer parte da sua equipe,ficam as lições de comprometi-mento, ética, profissionalismo eamor ao trabalho.O nosso muito obrigado!

Equipe de Suprimento de Leite eAmigos da Itambé.

Belo Horizonte, 16 de dezembro de 2009.

Page 8: Revista Produtor Itambé

8 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Quem olha para Belo Horizonte, asexta cidade mais populosa do país,100% urbana e detentora do quartomaior Produto Interno Bruto (PIB)entre os municípios do território na-cional, segundo dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), não imagina que seu entornoé formado por um “cinturão branco”quando o assunto é produção deleite. E mais, que grande partedesse processo se deve ao impor-tante trabalho da CooperativaAgropecuária da Grande Belo Hori-zonte (COOPAGBH), Cooperativa Sin-gular do Sistema Itambé há 41 anos.

Fundada em 1968, a partir da fusãoda Cooperativa de Vale das Areiascom produtores das regiões de NovaUnião e Bom Jesus do Amparo, aCOOPAGBH abrange hoje 25 municí-pios, num raio de 150 km da capitalmineira. Administrada pelo presi-dente, Artur Eduardo Vilela, pelo Di-

retor Comercial, Gumercindo Gual-berto Parreiras, e pelo diretor Adminis-trativo-Financeiro, José Mauro daSilva, diariamente a coope rativa, queconta ainda com mais cinco fun-cionários, capta 42 mil litros de leiteadvindos de 130 cooperados ativos.

A produção média por produtor é de350 litros/dia. A fidelidade dos co-operados da COOPAGBH à Coopera-tiva Central dos Produtores Rurais deMinas Gerais (CCPR/Itambé) chega aquase 100%. Do total de leite cap-tado pela cooperativa, mais de 60%do volume atende as determinaçõesda Instrução Normativa 51 e cercade 60% preenche os requisitos exigi-dos pela Cooperativa Central para opagamento por qualidade.

Tamanha é a representatividade daCOOPAGBH, que ao cruzar os índicesdo Censo Agropecuário do IBGE em2006, referentes à “quantidade pro-

duzida de leite de vaca no ano nosestabelecimentos agropecuários”,constatamos que ¼ do volume cap-tado nos municípios de sua base éentregue para ela.

Os dados que mostram o bom de-sempenho da cooperativa são mo-tivos de orgulho para toda adiretoria quando recordam os mo-mentos difíceis vividos no pas-sado. Para o presidente daCOOPAGBH, Artur Vilela, quecumpre seu primeiro mandato nocargo, mas há seis anos é membroda diretoria, as dificuldades en-frentadas ao longo da históriaserviram para fortalecer a coope-rativa e unir ainda mais as pessoasque acreditam no cooperativismo.“Na década de 80, a COOPAGBHquase foi fechada e em meadosdos anos 90 voltou a enfrentarsérias dificuldades. Nesse período,a captação diária era de apenas4,5 mil litros entregues por cercade 50 cooperados”, conta.

Fortalecida e com as dívidas regu-larizadas, hoje a Cooperativa daGrande Belo Horizonte é respon-sável por cerca de 40% das vendasdo Armazém da CCPR/Itambé emBH, já que não possui serviçopróprio, e 95% dos negócios sãofechados por telefone. “Temosuma sala no Armazém da Itambé,onde ficam dois funcionários res-ponsáveis pelo atendimento aosnossos cooperados e por toda alogística de entrega, trabalhadapor região para que os produtorespossam ratear o frete”, explicaVilela. Os produtores associadoscontam com o desconto dos impos-tos federais e facilidades no paga-mento, que pode ser descontadona Folha do Leite.

Cinturão Branco na Grande BH

Equipe de trabalho da Cooperativada Grande Belo Horizonte

FOTOS: PRISCILA MARTINS

Page 9: Revista Produtor Itambé

9Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

A assistência técnica prestada aoscooperados da COOPAGBH acontecede duas formas. A primeira, por meiode visitas às propriedades realizadaspor uma equipe formada por cincomédicos veterinários e umagrônomo. Como são profissionaisliberais contratados, 50% dos custossão arcados pelo produtor e a outrametade custeada pela cooperativa,que oferece ainda os serviços gratui-tos de um técnico da CCPR/Itambé.

A outra forma de assistência é feitapor meio do convênio com duas em-presas especializadas em consultoriapara gerenciamento de pro-priedades, o que inclui orientaçõessobre custos, reprodução, manejo,

controle da qualidade do leite e re-cria, entre outros pontos. Nessecaso, a cooperativa também arcacom 50% dos serviços contratadospelo cooperado. Da mesma formacomo ocorre na compra de insumos,os custos que cabem ao produtortambém podem ser descontados naFolha do Leite.

Além desses serviços, a COOPAGBHtrabalha com o aprimoramentocontínuo de seus cooperados pormeio da realização de Dias deCampo. De abril a outubro, pro-move cerca de cinco encontros coma presença de renomados profes-sores e técnicos das áreas debovinocultura e administração de

fazendas. “Como a abrangência dacooperativa é extensa, às vezeschega a 300 km de uma ponta aoutra, temos feito Dias de Camporegionais, com temas escolhidos apartir da demanda dos produ-tores”, ressalta o presidente.

Com faturamento mensal de R$ 2,2milhões, a diretoria da cooperativafaz questão de divulgar suaprestação de contas aos cooperados.Todos os resultados de captação,preço do leite e vendas de rações einsumos estão à disposição dos pro-dutores na sede da COOPAGBH deforma “explicativa e facilitadora”,como gosta de frisar o gerente Car-los Eduardo Duarte Motta.

Assistência aos cooperados

Diretoria (esq. para dir.):Gumercindo Parreiras, ArturVilela e José Mauro da Silva

Page 10: Revista Produtor Itambé

10 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Ofício passado de pai para filhoNascido e criado na Fazenda Cha-pada de Ipoema, em Ipoema, distritode Itabira-MG com os nove irmãos,quatro já falecidos, o produtor deleite Enio Lage começou a ajudar opai na “lida” do leite ainda pe-queno. Concluiu apenas o primárioporque, segundo ele, “não gostavamuito de estudar e os pais tambémnão cobravam”.

Aos 26 anos e noivo de Luiza AugustaFigueiredo Lage, o produtor com-prou a Fazenda Morro Vermelho, a10 km da propriedade da família.Um ano depois veio o casamento,mas a pedido do pai ele e a esposapermaneceram na Chapada de Ipo-ema para ajudar nos negócios.

Dividido entre o trabalho na pro-priedade do pai e a reforma de suafazenda, na década de 80, atravésde um programa de incentivo à pro-dução de leite, decidiu pegar umempréstimo no banco para investirna Morro Vermelho. “Com esse di- nheiro, consegui construir o silo eestruturar as instalações para iniciarminha produção”, diz Enio.

Em 2000, depois do falecimento dospais e com os quatro filhos já enca-minhados, três mulheres e um homem,Enio e a esposa decidiram se mudarpara a propriedade de 222 hectares.Com a ajuda do filho e de mais quatrofuncionários, além da produção deleite, complementa a renda com re-cria de gado. A ordenha das 60 vacasem lactação, que produzem média de600 litros/dia, é manual.

Para o produtor, trabalhar com leitefoi uma escolha acertada porque, como importante apoio da esposa, a ativi-dade lhe deu condições de estudar osfilhos e garantir o sustento da casa.

Orgulhoso, ele conta que a filha maisvelha é formada em matemática. A se-gunda fez curso técnico em contabili-dade e foi vereadora por doismandatos no município mineiro deOuro Branco. O filho, único a seguirseus passos, por opção só estudou atéo 2º grau e a caçula fez duas facul-dades, de fisioterapia e enfermagem.

Dos nove netos, Lucas, de 11 anos, jádisse ao avô que quer ser veterinárioquando crescer. “Ele é apaixonadocom roça, quando chega aqui colocabota, chapéu, dois canivetes e saipor aí a cavalo. Fica o dia inteirocom os empregados e acompanhatudo, conhece as vacas pelo nome”,alegra-se Enio com o desempenho deseu possível sucessor.

Nos momentos de lazer, o produtorgosta de assistir futebol na TV e ouvirmúsica caipira. Ele diz que não éfanático e por isso consegue dividir

sua torcida entre o Cruzeiro e oBotafogo. Como a esposa adoradançar, o casal está sempre presentenas rodas de viola promovidas peloMuseu do Tropeiro, centro cultural deIpoema. Cooperado da CCPR/Itambéhá sete anos, desde o fechamento daCoope rativa Agropecuária Cauêonde foi filiado por várias dé-cadas, Enio Lage diz que a fideli-dade é algo que sempre priorizouem sua vida e, por isso, enquantoproduzir leite vai entregá-lo aoSistema Itambé.

“Claro que o desejo de todo produ-tor é que o preço do leite aumente,mas isso eu sei que não é culpa daItambé e sim do mercado. Estoumuito satisfeito com o atendimento,os técnicos são excelentes profis-sionais, o pagamento é sempre emdia, temos facilidade de acesso à di-retoria e o poder de compra nos ar-mazéns é muito bom”, elogia.

FOTO: GILSON DE SOUZA

Enio Lage, cooperado do Sistema Itambé há sete anos

Page 11: Revista Produtor Itambé

11Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Para garantir uma silagem de boaqualidade, passados os períodos deplantio e condução da cultura, o tra-balho sequencial deve ter foco nacolheita, fragmentação, transportee armazenamento do volumoso.

De acordo com o engenheiroagrônomo e coordenador de cap-tação de leite da CCPR/Itambé,Flavio Luis Fazenaro, o primeiropasso para garantir o sucesso da pro-dução é planejar a colheita para evi-tar que problemas como a quebra oua falta de máquina disponível, paraquem contrata serviço terceirizado,provoque perda do valor nutritivo daplanta devido ao atraso na colheita.

O ponto ideal de corte ocorrequando a forragem se encontra coma máxima produção de matéria secasomada à máxima qualidade nutri-cional, mas seu tempo de maturaçãovaria de acordo com a cultura culti-vada: milho – em torno de 35% deMatéria Seca (MS), ou quando a linhado leite atingir ½ grão; sorgo – cercade 30% de MS, ou quando os grãosforem perfurados com os dedos (as-pecto farináceo); cana-de-açúcar –em média, um ano e meio após oplantio; capins tropicais – de 30 a 60dias depois do plantio.

Quanto mais rápida for realizada acolheita para ensilagem, melhoresserão os ganhos e, portanto, é impor-tante ficar atento às condições dosequipamentos que serão utilizados.“Durante esse processo, o uso deequipamentos é intenso. Por isso,devem estar regulados e com amanutenção em dia. Além disso,para obter cortes homogêneos e notamanho correto, é necessário que asfacas da colhedora sejam afiadas di-ariamente”, recomenda o agrônomo.

Segundo Fazenaro, o corte deve sercontínuo, aproveitando ao máximo operíodo de trabalho, principalmentepor coincidir com o período chuvosopara a maioria das culturas. Esseprocedimento permite que a col-heita da área termine em menostempo, de forma a gerar uma massamais homogênea dentro do silo,mantendo a silagem com qualidadesnutricionais padronizadas.

Como a degradação começa a partirdo momento em que a planta é cor-tada, o cuidado com o transporte tam-bém é essencial, devendo o silo serfeito o mais próximo possível do localde colheita para facilitar o seu descar-regamento no período de utilização.

Seguidas essas etapas, é hora deabastecer o silo. A forragem deve serdistribuída em camadas uniformes,com aproximadamente 30 cm de ma-terial picado que deve ser imediata-mente compactado. O mesmo processodeve ser repetido até que o silo estejacompletamente preenchido. Após 30dias do fechamento, a silagem já podeser utilizada para alimentar os animais.“A maior vantagem da silagem é con-servar o alimento sem perdas significa-tivas do teor de proteína da matériaseca por vários anos”, diz o agrônomo.Há 12 anos, o cooperado da CCPR/Ita-

mbé Marco Antônio Nogueira trocou asilagem de cana pela de milho e estáfeliz da vida com os resultados de suaprodução. Premiado por duas vezes no“Concurso Regional de Produtividade deMilho”, promovido pela Emater emparceria com a Embrapa, o produtor dePará de Minas/MG explica que o apri-moramento é conquistado ano a ano.“No primeiro ano plantei cinco hectarese consegui apenas 33 toneladas/ha.Para a produção deste ano, utilizamos40 hectares para o plantio e, se nãohouver contratempo, espero produzir2.500 toneladas de silagem”.

Para diminuir a margem de erros,Nogueira vai a campo para fazer oplantio do milho. “Há vários anos,planto, adubo e na época da co-lheita estou junto com os empre-gados. Esse é o trabalho da gente,vivemos disso e por isso prefironão delegar”, diz.

A propriedade Córrego do Pião tem134 vacas em lactação, que pro-duzem 2.600 litros/dia, e cada vacaconsome de 35 a 40 kg de silagem demilho diariamente. Para o produtor,o investimento valeu à pena.“Quando começamos com a silagemde milho a produção era de 12 litrospor vaca e agora estamos com 22litros”, conta animado.

Silagem: época de preparativos para a colheita

FOTO: GILSON DE SOUZA

Marco Antônio Nogueira trocou asilagem de cana pela de milho

Page 12: Revista Produtor Itambé

12 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Por Fernando Ferreira PinheiroMédico Veterinário e Analista de Captação de Leite da CCPR/Itambé

Prezado produtor, A partir de agora, o Informativo daQua lidade passa a fazer parte da re-vista Produtor Itambé, o que permi-tirá que todos os meses você recebainformações e dicas para melhorarcada vez mais a qualidade do leiteproduzido em sua propriedade.

O tema abordado nesta edição será aimportância da qualidade da água nomeio rural. Preservar a qualidade daágua é hoje um dos principais de-safios enfrentados por todos os se-tores produtivos.

Em todas as etapas da produçãode leite é importante estar atentoà qualidade da água, desde a ali-mentação dos animais, passandopela limpeza de utensílios eequipamentos de ordenha até ahigieni zação das instalações. Éimportante lembrar que depen-dendo do volume de leite pro-duzido e do sistema de produção,a necessidade de ingestão de águade uma vaca pode variar de 40 a120 litros/dia.

A qualidade da água começa peloscuidados em sua fonte. A águadeve proceder de um manancialprotegido de contaminações elivre da poluição ambiental. Por-

tanto, a escolha do ponto de cap-tação de água é muito impor-tante, levando em conside-raçãoa possibilidade de conta minaçãoexterna, principalmente no perí- odo chuvoso.

O objetivo deste informativo émostrar os dois principais tipos defonte de água, superficial e subter-rânea. Dentro de cada tipo serãodemonstrados os exemplos de fontede água, suas vantagens, pontos ne-gativos e cuidados a serem toma-dos. Cada propriedade tem a suafonte de água e, portanto, é impor-tante saber quais os cuidadosdevem ser tomados para manter aqualidade da água.

Qualidade da água no meio rural

Fonte Vantagens Pontos Negativos Captação,Tratamento e Cuidados

Rio, Córrego,açude erepresa

Geralmentepermiteobtergrandes vo-lumes deágua;

Possibilitaatender de-mandas ex-tras de água(irrigação,crescimentodo rebanho).

Presença dematériaorgânica, mi-crorganismos dosolo, sujeita àpoluição ambiental(principalmenteno período chuvoso).

Requer bombeamento para a sua captação.

Fazer a captação distante das margens e acerta distância do fundo do manancial uti-lizado.

Verificar riscos, potenciais de contaminação ede poluição em torno do local de captação.

Usar telas, caixas de decantação simples,tanque de decantação para fazer a clarifi-cação preliminar da água

Usar filtro lento em camada de areia e desin-fecção com cloro (0,4mg/L).

Page 13: Revista Produtor Itambé

13Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Fonte: Manual da Qualidade da Água, Processos de captação e tratamento, CCPR-MG Itambé.

Fonte Vantagens Pontos Negativos Captação, Tratamento e Cuidados

Poço Artesiano

Água de boa quali-dade, não neces-sita de tratamentopreliminar.Pode apresentarvazão elevada.

Alto custo da cons -trução;

A vazão pode serbaixa (menos de 5mil litros/hora);

Requer bombeamento para a captação,por meio de tubos de aço;Concretar em volta da tubulação;Aplicar cloro (0,2 a 0,4 mg/L) paramanter a qualidade da água nas caixasde armazenamento e nas canalizações.

PoçoRaso (cisterna,cacimba)

Água de boa qua-lidade, não neces-sita de tratamentopreliminar.

Baixo custo daconstrução

Maior risco de con-taminação em casosde falhas na cons -trução do poço;

A vazão é geral-mente baixa (menosde 2 mil litros/dia).

Requer bombeamento para a captação;Não construir próximo à fossa, cur-ral, esterqueiro e pomar;Impermeabilizar o interior do poçocom tijolos ou manilhas de concreto;Tampa de cimento, protegida emvolta contra enxurradas;Fazer uma desinfecção com cloro (1-2mg/L) por 12h logo após a cons -trução do poço;Aplicar cloro (0,2 a 0,4 mg/L) paramanter a qualidade da água nas caixasde armazenamento e nas canalizações.Observar regularmente as condiçõesde construção da tampa de concretoe da proteção em torno do poço;

Nascente(mina dee encostae minadifusa)

Água de boa qua-lidade;

Baixo custo decaptação;

Maior risco de con-taminação se hou-ver falhas nacaptação ou notratamento danascente;

Captar preferencialmente do interiordo lençol d’água (mina de encosta).Acumular a água em uma caixa oupoço (mina difusa) para possibilitar obombeamento.Aplicar cloro (0,2 a 0,4 mg/L) paramanter a qualidade da água nascaixas de armazenamento e nascanalizações.Em casos de mina difusa recomendam-se os processos de clarificação, filtraçãoe desinfecção pelo cloro (0,4mg/L)

Page 14: Revista Produtor Itambé

14 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Por Ângela Resende LadeiraCorrespondente da Capal

Nascido em Araxá e criado na “roça,o produtor rural, economista e ad-ministrador de empresas Fausto deÁvila, hoje aos 67 anos, está vivendosua primeira experiência como es-critor, com o livro infantil que contaa história do seu time do coração:Cruzeiro Esporte Clube.

A vida profissional de Fausto de Ávilafoi construída numa trajetória demuitas lutas e conquistas desde seuprimeiro emprego de carteiro dosCorreios; depois em Belo Horizonte,onde trabalhou em grandes empre-sas; até o início da década de 80,quando voltou para Araxá e ingressoupara valer na atividade agropecuária.

Nesse processo, nos últimos 20anos, pode-se destacar sua atuaçãona Cooperativa Agropecuária deAraxá (Capal), onde foi presidentee atualmente é diretor comercial;no Sindicato Rural de Araxá, ondeexerceu os mesmos cargos; além deser diretor da Faemg há vários anos.

Mas essa história muitos já co-nhecem. A novidade agora é queFausto se tornou escritor! O livro falado Cruzeiro, time do qual é torcedorfanático. Entretanto, quando aindavivia na fazenda, seu time do coraçãoera o Botafogo e Fausto faz questãode justificar por quê. “Naquela épocaas rádios de BH não chegavam à nossaregião, daí a influência dos times ca-riocas”, explica.

Ele lembra com emoção da épocaem que seu saudoso pai, Carlos deÁvila Júnior, flamenguista fanático,tentava, em vão, influenciar os fi-lhos a seguir sua paixão pelo rubro-

negro. Saía da fazenda e viajava detrem com eles para assistir aos jogosdo Flamengo em Uberaba e tambémaos treinos da seleção brasileira, nasCopas de 50 e 58, que estava con-centrada em Araxá.

Fausto se tornou um cruzeirenseconvicto quando, em 1964, mudou-se para BH para estudar. “Naquelaépoca o time, preparando-se para ainauguração do Mineirão, montouuma grande equipe, revelandocraques como Dirceu Lopes, Tostão,Raul e outros, tornando-se campeãobrasileiro em 66, diante do Santosde Pelé. E desde então, o Cruzeirosó vem me proporcionando grandesalegrias”, ressalta.

E como seu irmão Eduardo recusou-se a produzir o livro do Cruzeiro,apesar de ter escrito sobre váriasgrandes equipes brasileiras, inclu-sive o Atlético Mineiro (time para oqual, ainda criança, tornou-setorcedor em troca de uma balachita), Fausto conta que resolveu“empatar” o jogo, assumindo o de-safio de escrever. “Mas não tenho apretensão de ser considerado umescritor. Sou apenas um torcedorque conhece a história do seu timee tem o sonho de compartilharcom os colegas cruzeirenses, espe-cialmente o público infantil, paraque venham a ter alegrias, comotenho vivido durante todo esteperíodo”, enfatiza.

Paixão transformada em letrasFOTO: JOÃO LIMA

Fausto de Ávila, produtor de leite e escritor

Page 15: Revista Produtor Itambé
Page 16: Revista Produtor Itambé