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Revista QI Nº 6 - Rio de Janeiro

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A Revista Quiosque de Ideias tem a pretensão de ser um veículo de publicidade e marketing completo. Uma fonte de informação para estudantes, empresários e profissionais do meio. Por isso, o nosso conceito é muito mais do que fazer uma revista para o mercado, mas fazer uma revista com a participação do mercado. Por isso, contamos com o apoio e ajuda de vocês para melhorar e crescer a cada edição. Essa revista é de vocês.

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O valOr da criaçãO

c riatividade é uma palavra muito ampla que pode ser facilmente inserida em vários contextos, ações e profissões. Já virou até commodite, uma obrigação, lugar-comum, enfim, quem não

tem está um passo atrás do mundo.

Mas, ainda existem muitos que pensam que só se encontra um criativo dentro das agências de publicidade. Em um mercado que vive de novidades, inovação e busca, todos os dias, surpreender, seria ingenuidade pensar que segmentos como marketing promocional, direto, digital, design, entre outros, não contam com profissionais desse porte. Novamente, detesto dizer, mas existem sim, e muitos, os que acham que a criação é um acessório intrínseco ao trabalho dessas empresas e, até mesmo, dispensável.

Não é preciso ir muito longe. Em entrevista, várias agências de marketing promocional reclamaram das empresas não pagarem pela criação ou acharem que isso faz parte somente do circuito publicitário. Na matéria de capa desta edição você verá os absurdos que acontecem diariamente em concorrências de eventos e promoções.

Também voltamos ao assunto de Mobiliários Urbanos. Isso por que, com o Rio Limpo, esse segmento tem ganhado cada vez mais força e não, não vai acabar.

Convidamos os leitores a conhecer também a pesquisa Riologia, que vai apresentar, até o final do ano, vários perfis dos cariocas. A proposta é trazer visões inéditas que surgiram ou se reinventaram no contexto atual vivido pela cidade. Riologia é um estudo dessa “fauna” carioca.

Tem muito mais nesta edição. É só conferir!

Boa leitura!

Foto: André Macedo

EXPEdiENTE EdIToRA ChEFE:Samantha Schmitz

[email protected](21) 7860-6572 / id.: 10*17487

GERENTE dE NEGóCIos:Gustavo Almeida

[email protected](21) 7848-7742 / id.: 81*46427

GERENTE dE PUBlICIdAdE:luciana Antunes

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Williann [email protected]

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EsTAGIáRIA:Mayara Almeida

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dEsIGNER, PRoJETo GRáFICo E dIAGRAMAção:Tati Piqué

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JoRNAlIsTA REsPoNsávEl:samantha schmitz (MTB sC 02110 – JP)

JoRNAlIsTAs ColABoRAdoREs:Chico Canindé

Lia [email protected]

REPREsENTANTE EsGuará Promoções

Rua Castelo Branco, 2.126olaria - vila velha / Es

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IMPREssão:Walprint

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Tel.: (21) [email protected]

dIsTRIBUIção:QI Comunicação

Av das Américas 7897Barra da Tijuca - Rio de Janeiro

Tel. (21) 4141-3884

TIRAGEM:10.000 exemplares

Parceria com:

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riologia

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Gradiente

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urbano

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a ssim dizia um provérbio chinês: ‘Me diga, eu vou esquecer. Me mostre, eu talvez me lembre. Me envolva, e eu vou entender’. Essa é a real razão de ser do marketing promocional, que usa de muita criatividade para fazer os sonhos

acontecerem.

Não desmerecendo qualquer outra ferramenta de comunicação, mas são eles que vendem a emoção, geram o impacto e nos fazem vivenciar uma experiência muitas vezes única. Não a toa é um mercado que vem crescendo em um ritmo acelerado. segundo Tony Coelho, diretor da Integra - holding da qual fazem parte a Conceito, smartbox e Ideal - e da AMPRo-RJ, a perspectiva de investimento nesta área está na casa dos R$ 48 milhões.

Mas, para chegar a este resultado, uma peça é fundamental: o criativo. sem ele, literalmente nada se cria, os sonhos não acontecem e a marca não se destaca em meio a essa enxurrada de mensagens que impactam diariamente o consumidor. se engana quem pensa que só as agências de publicidade contam com este profissional. No marketing promocional, ele é determinante para qualquer ação ou evento de sucesso. Eles são os responsáveis pela criação que ninguém não vê, mas que todo mundo sente.

Infelizmente, a valorização desses criativos está bem distante do glamour em que vivem seus coleguinhas da publicidade. É um preconceito que permeia os arredores do mercado em geral, marketing, mídia especializada, passa pelas empresas (leia-se clientes), até chegar ao consumidor. “os publicitários questionam a nossa capacidade criativa, porém esquecem que todos nós viemos de publicidade - porque marketing promocional se aprende no campo”, destaca Tony Coelho.

Coelho reforça o coro de um grupo deste segmento formado por débora Tenca, da Fino Trato; Marcio Formiga, do Grupo Adma Eventos; léo Pontes, da Ideia Real; e Alan James, da Biruta Ideias Mirabolantes, que se reuniram para discutir o mercado e ceder esta entrevista para a Quiosque de Ideias. Para eles, existe um gap enorme entre o trabalho de um criativo de publicidade e um marketing promocional. de acordo com léo Pontes, é um processo muito mais complexo. “o criativo de promo não vai simplesmente criar, ele tem que ter a noção de produção, logística e funcionalidade, ou seja, se aquilo que ele cria vai dar certo ou não. detalhe importante, na publicidade, se um anúncio der problema, você ainda tem tempo de corrigir. Já em uma ação ou evento isso não é possível. Não podemos errar. o grande problema é que o cliente não vê isso”, afirma.

a criaçãO QuE NiNGuém vê,

mas QuE TOdO muNdO sENTE

Pouco reconhecidos pelo mercado e discriminados pelos clientes, os criativos de marketing promocional querem seu lugar ao sol. unidos,

eles criaram o Grupo de criação em comunicação e pretendem debater e lutar por condições melhores de trabalho

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um lEãO POr diaBarreiras é o que não faltam para as agências de marketing promocional, principalmente por muitas empresas não conhecerem a sua real função e, mais ainda, a importância dentro da comunicação em geral. Para Coelho, isso se dá em função da “juniorização” dos departamentos de marketing. segundo o diretor da Integra, as pessoas não entendem muito bem o papel do criativo nesta área, basta ver nos orçamentos, quando boa parte pede para tirar a “Criação” dos custos. “outro problema é a definição do escopo das nossas atividades. A diversidade de agências (eventos, promoção, 360°) é tão grande que nos torna vulneráveis. os clientes se confundem”, explica.

Tony ressalta também outra dificuldade. A concorrência entre agências de promo, fornecedores e ‘similares’. “Agora, todo mundo faz marketing promocional. você disputa um job com uma empresa que monta stand ou com um buffet, mas será que eles estão aptos para resolver determinados problemas? o evento e/ou ação vai ser bem-sucedido e gerenciado?”, alerta. Para ele, além de isso confundir de vez, ainda prejudica o mercado como um todo, pois levam os valores lá pra baixo. “o cliente não tem a percepção que nós temos uma agência, uma infraestrutura, que gerenciamos e que isso tem um custo! Bom, às vezes eles não querem entender, mas em outras é porque o responsável é muito Junior. Isso é culpa deles? Não, eles simplesmente têm uma visão mais financeira ou institucional do que de comunicação, porque isso não é a praia dele”, ressalta.

Márcio Formiga, diretor de criação do Grupo AdMA Eventos, concorda e comenta que outro grande entrave no processo é o departamento de compras e suprimentos. “Eles querem economizar R$ 100, por exemplo, em equipamento ou serviço, mas esquecem que isso pode prejudicar a qualidade e, até, a realização do evento”, alerta. débora Tenca, vP de Criação da Fino Trato Eventos, completa: “Temos os nossos fornecedores de confiança. o cliente tem que entender que se for colocar outro para reduzir custos pode comprometer todo o trabalho. Não posso avalizar quem eu não conheço, muito menos assumir a responsabilidade por eles caso haja algum problema”.

OrçamENTO aPErTadOA remuneração é o principal reflexo do relacionamento entre as agências promo e os clientes. o corte da criação na planilha orçamentária citada por Tony Coelho acima ilustra bem isso. de acordo com débora Tenca, o cliente não quer pagar a criação desde sempre, seja em propaganda ou em promo. “A diferença é que a propaganda é contratada por fee e não por job como nós. o valor acaba vindo mascarado, aí quando um cliente olha a nossa planilha – completamente aberta e detalhada, diga-se de passagem – e vê criação discriminada como custo, a primeira coisa que ele diz é ‘Se a nossa agência de publicidade não nos cobra, porque vamos pagar para vocês?’”, lamenta.

Para Formiga, tem que se pagar a criação, sim. “É a nossa ideia que está ali e ela deve ser remunerada. Para um projeto bem feito, inovador e digno de ganhar uma concorrência é preciso planejamento, pessoas que pensem e trabalhem nele. Esse valor não tem que sair de honorário, pois ele é o lucro, senão a agência não sobrevive”, afirma.

Coelho ressalta detalhes ainda mais constrangedores. “Já entrei em concorrências onde apresentei um projeto maravilhoso e uma planilha orçamentária – com a criação incluída -, e ganhei. lá na frente, eles mandaram tirar este item porque eles iriam criar. Como assim? Alguém interno da empresa “chupa” a minha ideia, cria as peças e não me paga por isso?”, desabafa.

o grupo afirma que não são raros os casos como esse em que a ideia é “aproveitada” por outra agência ou pelo próprio cliente. “o marketing de uma companhia já pegou um projeto nosso e passou para a agência contratada. Mandamos uma carta, através da AMPRo, para o presidente da empresa pedindo providências ou todos os associados tomariam ciência e não participariam mais daquela concorrência”, conta Tony Coelho.

Nas concorrências públicas, as empresas de marketing promocional têm que passar por três etapas – documentação, proposta técnica e a comercial. segundo Formiga, esse é um formato de muitos anos e que, agora, começa a ser implantado pelas

privadas. “Eles pedem a sua vida toda, se bobear até tipo sanguíneo. só para tirar toda a documentação você gasta mais ou menos uns R$ 2 mil. A empresa que tirou o primeiro lugar na proposta técnica, por exemplo, ficou em quinto na comercial. Aí, eles pedem que você aceite o valor de quem ficou em primeiro na proposta comercial”, desabafa. “ou seja, você ganha na criação, mas acaba não executando porque o cliente não tem a verba necessária, ou pior, você tem que aceitar o valor inferior ao seu”, completa léo Pontes, diretor da Ideia Real. Nem sempre vale a pena.

Por essas e outras, o grupo defende que as concorrências sejam remuneradas. “Temos um trabalho enorme para criar o projeto, perdemos tempo, gastamos dinheiro e ainda corremos o risco de ter nossa ideia roubada”, explica débora Tenca.

Porém, Coelho ainda levanta uma questão ainda mais complicada. “se você não ganhar, perdeu dinheiro. Mas se vencer, além de baixar o preço, ainda é obrigado a aceitar o pagamento em 30, 60 e 90 dias. Portanto, nós pagamos o evento deles. Isso é o que mais me revolta”, alerta.

Para débora, a principal vulnerabilidade, além de não ter contrato – eles trabalham por job -, é não estar unido. “É uma batalha diária, cada concorrência, cada trabalho, vendemos o almoço pra comprar a jantar. Em uma concorrência de publicidade, a agência ganha uma verba de milhões para tocar a comunicação durante um ano, dá pra se planejar tranquilo. No marketing promocional não é assim. se você não tiver o tempo todo se estressando nos processos de concorrência, você não tem trabalho”, afirma.

Alan James, sócio-fundador da Biruta – Mídias Mirabolantes, concorda. “Em um mundo onde o consumidor mudou e os anunciantes mudaram (para o bem e para o mal), o mercado de comunicação, no geral, também se modifica. Agora, só falta o marketing promocional também se adaptar, ou melhor, se transformar. Independente dos esforços da AMPRo em fortalecer o setor, o nosso meio precisa se unir para combater as atitudes predatórias que já se tornaram comuns no dia a dia do segmento e que dificultam cada vez mais o trabalho das agências de promo. E, nesse processo, que sai perdendo é o consumidor”, reforça.

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uNiãO faz a fOrçaA falta de espaço para os criativos de promo é sentida até mesmo nas associações. segundo os profissionais, a AMPRo representa o segmento em ações burocráticas do meio, mas existe uma carência de um grupo que represente a classe criativa. “Eu entendo que quando você se organiza fica mais fácil defender uma causa. Em são Paulo eles reagem rapidamente a qualquer coisa que se faça com a criação, eles são ouvidos e participam de todos os prêmios e discussões. A nossa classe merece ser respeitada”, afirma Coelho.

de acordo com Tony, está mais do que na hora desses profissionais terem a sua representatividade. Por isso, foi criado o Grupo de Criação Carioca (GCC), que tem por finalidade estabelecer uma relação competitiva, porém ética e harmoniosa entre os criativos de todos os setores - design, promo, digital, marketing direto, publicidade, entre outros. Criado por nomes de grande relevância do marketing promocional, o GCC já começou a ser definido e pretende atrair mais adeptos. A ideia inicial é que esses encontros sejam mensais e que, a partir daí, surjam maneiras e oportunidades em que o mercado e seus profissionais sejam reconhecidos, respeitados e valorizados pelos trabalhos que desenvolvem.

“Acho que o Grupo de Criação tem que ser algo do exercício da profissão, não faz sentido ter alguém que nunca passou por criação ou não seja criativo”, diz Tony. débora Tenca completa: “Existem as associações das agências, dos publicitários, de planejamento, mídia etc. Com o de criação não é diferente. Queremos juntar quem fala a mesma língua e trabalha na mesma coisa”.

segundo Alan James, há 10 anos o cenário é o mesmo e, para mudar, união é a palavra-chave. “Temos que definir quais regras achamos justas e batalhar para conquistar isso. ou, então, nada vai mudar e nós vamos ficar aqui nos lamentando”, destaca.

Foto: André Macedo

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Para resolver pelo menos um dos problemas abordados, a

AMPRo lançou a campanha “4 or Pay”. A ideia é combater

as concorrências predatórias e aumentar a qualidade do

relacionamento cliente-agência.

o conceito sugere que as empresas contratantes de

serviços de marketing promocional convoquem, no máximo,

quatro agências para participar de concorrências ou, caso

queiram convocar um número maior, que as remunere pela

participação e apresentação da proposta. o valor proposto,

presente na carta enviada a empresas contratantes, é de 1%

do montante do projeto, até o limite de R$ 5 mil. o movimento

de concorrência consciente prevê também que as empresas

deem preferência para a contratação de associadas AMPRo.

“o esforço da AMPRo já começou. As agências associadas

começaram a receber o comunicado sobre a campanha e é

importante que elas nos apoiem nesta decisão, que foi tomada

a partir dos problemas que elas enfrentam, levantados em

uma pesquisa com pequenas, médias e grandes agências

do setor. dentre os cinco maiores problemas enfrentados

na área de Marketing Promocional, o campeão é justamente

a concorrência. É fundamental ter uma concorrência ética”,

afirma o presidente da AMPRo, Kito Mansano.

Por meio dessa campanha, a entidade pretende sensibilizar as

empresas que contratam serviços de Marketing Promocional,

incentivar as boas práticas de mercado e a Governança

Corporativa. “o processo de concorrência é desgastante

e custoso, principalmente na segunda fase. Por isso, esse

nosso esforço na busca pela qualificação do mercado como

um todo. As empresas precisam ter responsabilidade social

sobre o seu fornecedor, elas são diretamente responsáveis

pela saúde financeira das agências. É a aplicação do conceito

de governança corporativa”, afirma Kito Mansano.

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a lguns livros a gente lê uma vez e nunca mais esquece. outros, a gente relê inúmeras vezes, sem cansar da trama e do estilo. há também aqueles livros que você

vai deixando para ler depois e o depois nunca chega.

Mas, pela primeira vez, me vejo diante de um livro que me provoca e me deixa ansioso para reler cada um de seus capítulos com sofreguidão. Um livro que, com certeza, vai ficar para sempre na minha lembrança. Apesar de um pequeno detalhe: o livro ainda não está pronto, nem tão cedo estará nas livrarias.

Como gostar tanto assim de um livro que nunca li? simples. Interessam-me imensamente três aspectos da obra: o assunto, o personagem principal e o autor. Não necessariamente nesta ordem, podendo mesmo ser embaralhados e sortidos. o livro me agrada em cheio sem que eu jamais tenha tido a oportunidade de colocar os olhos em nenhuma linha de suas 600 páginas. Aliás, até o número de páginas ainda não é informação confiável. Mas o assunto e o personagem central dariam mais de mil páginas, fácil.

Trata-se do livro que o meu querido amigo João Renha está preparando sobre o Washington olivetto e a sua importância para a publicidade no Brasil e no mundo. É bem provável que se chame: A Propaganda Antes e depois de Washington olivetto.

Na verdade, o livro acaba contando uma boa parte da história da publicidade no Brasil, até mesmo para estabelecer um quadro mais amplo e fiel. Mostrando, de quebra, muita coisa boa que andava acontecendo antes daquele dia em que o Fusquinha do jovem Washington furou o pneu justo em frente de uma agência de publicidade.

só isso já seria suficiente para me grudar ao novo livro. Porque entrei na publicidade um pouquinho depois deste período em que as coisas começavam a mudar. Ainda estagiário, na l&M Propaganda, ouvia falar de um jovem que estava aprontando mil e uma coisas em são Paulo, já na dPZ.

Meus contemporâneos também aprenderam na cartilha de grandes mestres como Claude hopkins, Edward McCabe, david ogilvy. E admiravam os mestres locais José Fontoura da Costa, Ercílio Tranjan e Neil Ferreira, entre outros.

No Rio de Janeiro, havia alguns gurus que faziam a cabeça da minha geração: Carlos Pedrosa, Mauro Matos e José Montserrat, por exemplo.

E aí, aparece aquele rapaz lá em são Paulo, fazendo parecer tudo tão leve, tão

simples, tão divertido.

Então, tudo no livro do Renha interessa. É sobre a nossa profissão, é sobre a geração de que faço parte e é sobre um personagem que, inegavelmente, mudou as nossas vidas.

Além disso, é um livro escrito por um amigo adorável. dono de um estilo e um humor tão próprios que muitas vezes parecem brotar da sua dificuldade de se enquadrar ao mundo formal e lógico.

o João Renha era o cara que trazia sua própria bisnaga de cobertura de chocolate no bolso da jaqueta levi’s surrada para o caso de resolver tomar um sorvete numa lojinha de conveniência. E que usava óculos escuros a qualquer hora do dia. ou da noite.

Ele mantinha o seu senso de humor inacreditável, usado nas horas menos convenientes que você possa imaginar. Por isso, acredito que o Renha é o cara certo escrevendo o livro certo. Irreverente, diferenciado e brilhante.

Espero ansioso que este livro vá para as prateleiras das livrarias.

Não dá pra não ler. Como diria o próprio biografado numa de suas tantas campanhas.

Toninho Lima Supervisor de criação da Artplan, no Rio de Janeiro

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Mentor Muniz Neto, Adriana Ribeiro,

Luiz Calainho e Fernando Figueiredo.

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Prestes a completar cinco meses, a agência já possui importantes clientes e comemora o

sucesso de seus trabalhos

a partir da sociedade entre o Grupo Talkability, liderado por Fernando Figueiredo e Mentor

Muniz Neto, e a l21 Participações, holding que reúne os negócios do empresário de mídia e entretenimento Luiz Calainho, nasceu a Inflama Rio.

A empresa carioca, especializada em conteúdo, produção de eventos proprietários e promoções para grandes empresas, foi inaugurada em março de 2012, e surgiu da percepção de que os anunciantes cariocas estavam buscando agências deste tipo em são Paulo. “Não era um ou dois, mas vários. Percebemos duas coisas: que o mercado estava acelerado novamente e que as empresas de serviço não estavam estruturadas para atender esta demanda”, afirma Fernando Figueiredo, presidente do Grupo Talkability. Ele conta que o objetivo não era ser mais uma no Rio, mas sim, uma empresa carioca de alma. “A agência surgiu com o dNA da Bullet de são Paulo, mas com o jeito de pensar do carioca. Ela será completa e integrada como uma agência precisa ser, mas com a pegada de entretenimento e conteúdo que o Calainho traz na bagagem. Confesso que não vi nada assim no mercado do Rio, e olha que a gente rodou bastante”, diz.

o mercado nacional está em alta em todos os setores, o que reflete diretamente no mercado publicitário, e a cidade maravilhosa, como cartão postal do país, se beneficia dessa efervescência disparada por conta dos eventos que o Rio irá sediar. “A cidade vive hoje um novo momento de grande agitação cultural que tem impulsionado os negócios de maneira geral, do turismo, passando por infraestrutura, até o varejo. Existe uma clara demanda de clientes que querem focar em ativação, entretenimento e esportes. E isso está ocorrendo em diversos centros, não apenas no Rio, mas o Brasil voltou a ser a bola da vez, e o Rio a sua principal vitrine. A cidade voltou a brilhar. o orgulho próprio veio com tudo e, hoje, ela é o melhor exemplo de investimento para receber os dois maiores eventos do planeta. Enquanto muitas cidades estão dormindo no ponto, o Rio engatou a segunda”, afirma Figueiredo.

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EsPEcialidadEsA Inflama Rio é uma agência de comunicação com foco em marketing promocional. Eles são responsáveis por fazer desde ações no Pdv, operação no trade, até eventos, lançamentos de produto, passando por promoções e estratégias de conteúdo e entretenimento.

A integração, estrutura e os profissionais são os grandes trunfos da empresa. segundo Figueiredo, a agência não tem apenas 15 profissionais, ela está associada com cerca de 240 profissionais das 17 empresas dos dois grupos - l21 e Talkability. “o anunciante terá a sua disposição um network de empresas especializadas em ativar as marcas, utilizando ferramentas específicas. Mídia através das rádios da l21, Marketing Promocional por meio da Bullet, Trade Marketing pela Bullet Trade etc.”, garante.

A agência é composta com o jeito de pensar do carioca e a estrutura do paulista, o que, na visão do grupo, é um forte diferencial. Além disso, os profissionais que trabalham na Inflama são locais e especializados. A diretoria geral ficou a cargo de Cristina Cadore. Após oito anos de experiências nas áreas de pesquisa de mercado, produto, promoções, estratégia de patrocínios e propriedade de marca para todo o portfólio Coca-Cola Brasil, a executiva comanda a empresa e aposta em propostas inovadoras.

segundo Figueiredo, a Inflama Rio está preparada para inovar. “Trazer conteúdo para ativação e ações de marketing promocional é inédito. Isso é a essência de integração. se uma marca patrocina um show, um espetáculo, um filme, ela tem que investir na ativação para “usar” a propriedade que ela comprou. E justamente por ser uma propriedade, a marca tem que se apropriar do momento. Mais do que ser um patrocinador, ela tem que ser a dona do show. E é nisso que a Inflama vai ajudar. vamos usar conteúdo como nossa principal ferramenta para levar as marcas até os consumidores e vice-versa”, garante.

mETasA agência contou com um investimento de R$ 1 milhão e meta de crescimento na ordem de 30% ainda no primeiro ano. “Mais do que isso, queremos pagar o investimento em um ano. E vamos! Mas a meta não é apenas numérica, queremos encantar, queremos conquistar o anunciante mostrando a ele que temos talento para fazer a marca aparecer e vender. E isso já virou realidade. A Inflama está sendo chamada para grandes projetos e briefings e, atualmente, já atende a clientes como danone, Petrobrás e Mobil, além de estar em processos junto a outros cinco anunciantes.

Apesar do pouco tempo de mercado, a Inflama Rio pensa grande e pretende repetir o sucesso das outras empresas do Grupo Talkability e da l21. “Queremos ser reconhecidos como a maior e mais encantadora agência de ativação do mercado carioca. seja lá onde esta ativação precisar ocorrer: no Pdv para vender, dentro da empresa para contaminar, ou em um show, para fazer a marca aparecer”, finaliza Figueiredo.

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off PrimEira camPaNha Para Tv

dO muNdO vErdE

A Ciranda Filmes foi responsável pela primeira campanha na televisão da Mundo verde, maior rede focada em bem-estar da América latina. o roteiro divertido, desenvolvido pela criação do Grupo Rai, se passa dentro

de uma das lojas da rede e conta com personagens que vão de hindu a cartomante, passando pelo índio e pelos clientes da empresa. “Trabalhar com caracterização é

sempre bem gostoso e gratificante para toda a equipe”, afirma donato Ramos, diretor de marketing da rede.

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ficha TécNica:Cliente: Mundo verde

Agência: RAI

Criação: Fábio Burg, Mauricio Cavalcanti e Luciana Lima

Produção RTv: luana Trentin / Adriano Gomes e daniella Manunta

Produtora: Ciranda Filmes

direção: João Jardim

direção de Fotografia: Flavio Zangrandi

direção de Arte: Kiti duarte

Figurinos: Claudia Montenegro

Maquiagem: Ana Gangemi

Produção de Elenco: Carla Chueke

Trilha: Ritmika

Pós-produção: Ciranda Filmes

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Os fuTurOs cariOcas

riologia apresenta visões inéditas sobre os perfis cariocas. a pesquisa vai ajudar as marcas a entender o consumidor e

aproveitar as oportunidades que estão surgindo

c omo diria Gilberto Gil, não é que o Rio de Janeiro continua lindo mesmo!! Mudanças no cenário fazem a cidade um lugar ainda mais encantador, cheio de culturas, raças, cores e gostos.

Com objetivo de trazer visões únicas sobre os “grupos cariocas” que surgem a cada momento na Cidade Maravilhosa, a agência QUÊ e a Casa 7 desenvolveram o Riologia, um estudo com foco totalmente nas pessoas, hábitos, pensamentos e espaço.

Segundo a diretora de atendimento e planejamento da QUÊ, Tatiana Soter, a cidade está se transformando e, junto com ela, os moradores. o Rio é um catalisador de tendências para todo o Brasil e ter dados e análises sobre o povo carioca é um ativo imprescindível para a agência. Até para propor aos clientes e marcas as melhores formas de aproveitar

as oportunidades que estão surgindo. “Precisamos estar preparados para o Rio do futuro. Estamos vivendo uma época em que as marcas precisam abrir canais de diálogo, precisamos aprender a ouvir os consumidores. o Riologia é um estudo importante para entender esse novo carioca e mapear suas aspirações”, diz.

A proposta do projeto é trazer visões inéditas sobre perfis especiais de cariocas

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que surgiram ou se reinventaram no contexto atual vivido pela cidade, que é muito dinâmico, um verdadeiro ecossistema. Riologia é um estudo dessa “fauna” carioca.

o primeiro perfil apresentado falou sobre a geração A, de ativos, autônomos e de agora. dentro deste conjunto se encontram 62% dos cariocas de 60 a 75 anos das classes A,B e C, sendo que 85% deles consideram a saúde como fator extremamente relevante. “hoje em dia escutamos falar de geração X,Y e Z, porém cadê a geração A? Grupo cheio de cultura, disposição e informação, a maioria da sociedade vê todos os mais velhos como incapazes de atividades como os mais jovens, mal sabem eles que nessa idade para muitos é onde começa a parte mais bem aproveitada, amada e focada da vida, afinal é o momento em que coisas pequenas se tornam extremamente importante e as

que mais valem a pena”, afirma a diretora.

Este público representa 62% dos cariocas e não querem perder tempo, têm uma vida ativa, trabalham, se divertem e são grandes consumidores, ás vezes muito mais que os jovens. “Esta é uma geração antenada, que se preocupa com a saúde, seu bem-estar, vida social e pensa mais em “curtir a vida””, enfatiza soter.

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Ia Os cONsTruTOrEs dO fuTurOA última pesquisa realizada pelo Riologia mostrou dados sobre os “CdFs – Construtores do futuro”, perfil está ligado à classe C, que representa mais da metade da população brasileira e faz girar cada vez mais a economia da cidade e do País. A geração foi definida por meio de um estudo feito com homens e mulheres, entre 24 e 38 anos. Ao todo, foram 531 questionários de segmentação, aprofundados por outros 410 de hábitos e atitudes somente com representantes do perfil, para revelar suas especificidades.

o perfil encontrado interage com tecnologia, relacionamentos, consumo, publicidade, corpo e saúde, moda e estilo, educação, música e dança e Rio de Janeiro. os reflexos desse crescimento também podem ser vistos nas atitudes dos integrantes deste grupo que estão, estiveram ou pretendem estar na universidade. No entanto, eles desejam muito mais do que consumir. Querem construir um futuro, uma história bem sucedida e que os diferencie do próprio meio. são pessoas que se tornam mais admiradas pela família e têm consciência de que a formação é um facilitador para a entrada no mercado de trabalho, além de ser um fator de incentivo para aprimorar o conhecimento, como pós-graduação e outros cursos de extensão. A pesquisa ainda mostra que eles são obstinados, disciplinados, focados, batalhadores, ocupados.

“o Jovem construtor do futuro só tem uma certeza na vida, a de que muitas incertezas virão pela frente, afinal são os primeiros passos na carreira ou em um projeto empreendedor. Nesta fase é preciso consumir de maneira sustentável, por exemplo, visando seu planejamento financeiro, não deve se pensar no futuro, tirando do presente, isso significa ter qualidade de consumo e o jovem de hoje sabe bem o que é isso. Equilíbrio é a palavra-chave para um bom planejamento financeiro e para quem quer investir no início de uma carreira”, diz o consultor financeiro Gustavo Cerbasi.

Até o final do ano, o projeto vai apresentar perfis sobre “teens de famílias não tradicionais”

- como vivem nessa cidade os adolescentes de famílias não tradicionais, ou seja, que não são simplesmente pai-mãe-filhos? o que muda na relação com os amigos, com as atividades, com o dinheiro? E sobre “esportistas e solteiros convictos” - quem são essas pessoas que superam desafios em meio à bela natureza carioca.

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uma jOvEm sENhOra Em

TraNsfOrmaçãOaos 75 anos, a aBP se renova e

não pára de surpreender

c onsiderada a mais antiga entidade do setor no país, a Associação Brasileira de Propaganda (ABP) completa 75 anos com um fôlego cada vez mais jovem. Em busca de valorização da atividade da propaganda no Brasil,

aperfeiçoamento dos profissionais e qualificação ainda maior das empresas, a ABP se renova a cada ano para se tornar atraente, atual e relevante.

As mudanças que transformaram os rumos da entidade ao longo dos quatro anos de mandato de Cyd Alvarez, agora são aperfeiçoadas por Ronaldo Rangel. o publicitário, diretor geral da dPZ Rio, comemora seu primeiro ano de mandato já com transformações significativas. A primeira delas foi a mudança de sede, do Centro para Ipanema. “Foi uma decisão estratégica. Precisávamos de um espaço maior para as reuniões e, ao mesmo tempo, um lugar mais prazeroso de estar e longe do trânsito do Centro. Foi coincidência estamos no mesmo prédio da dPZ Rio”, comenta.

Na diretoria há mais de 10 anos, Rangel ressalta que o trabalho realizado nos últimos anos favoreceu a sua gestão, que preza por uma continuidade, mas de forma repaginada. “o Cyd Alvarez conseguiu ordenar, qualificar os eventos e fazer uma arrumação em termos de metas e formato, tornando mais fácil dar seqüência ao que vinha sendo feito”, afirma Ronaldo.

segundo o presidente da ABP, além de dar continuidade, os eventos que já eram bem sucedidos e que fazem parte da história da ABP ganharam um tipo de avanço, seja ele qualitativo, de formato, evolução no conceito ou aprimoramento na forma. “ou seja, algum tipo de mudança que acompanhe uma tendência ou uma situação para podermos ir ajustando aos novos tempos”, explica.

o Prêmio Comunicação 2011 foi um exemplo. o evento deixou de acontecer tradicionalmente no Copacabana Palace e migrou para o Gávea Golf Club. “Estamos fazendo mudanças conceituais. se podemos pode fazer em um lugar diferente, sem deixar de lado a importância do prêmio, façamos então. Essa é uma característica que a ABP está sempre buscando. Essas pequenas mudanças - local, logomarca e o jeito de mostrar os eventos - são detalhes que valorizam e revitalizam o premiado”, diz.

Mas a grande mudança está por vir. Para encerrar o ano com chave de ouro e, claro, comemorar seu aniversário com categoria, o Festival Brasileiro de Publicidade - que acontece de 8 a 12 de novembro – aporta este ano em Búzios, no Ferradura Resort. Com um ar de “Festival de Cannes”, o evento reforça a preservação da comunicação através da ideia criativa. Em um local e formato novo, o Festival contará com palestras que irão contribuir ainda mais com o segmento. “o grande foco é essencialmente é a matéria-prima de criação e da ideia, é isso que o festival quer valorizar”, destaca Ronaldo.

Para ele, Búzios foi uma escolha natural. Inspirado no Festival de Cannes, Rangel acredita que, com o público concentrado e isolado nesse local, será possível uma maior participação, sem os desvios do dia a dia e da rotina maçante.

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fOcO NO EsTudaNTEA preocupação com os futuros profissionais também continua na pauta das atividades da ABP. Tanto que existe um movimento crescente da entidade junto às universidades para estimular o processo da ideia criativa desde o início. o concurso cultural do Festival Brasileiro de Publicidade, em parceria com o Instituto Endeavor, premia a criatividade sempre com um tema ligado a empreendedorismo. Já o objetivo do Road Show (caravana) é levar conhecimento prático para os alunos de Comunicação e Marketing em mais de 15 instituições do Rio e são Paulo, por meio de 18 palestras ministradas por diretores da ABP. “Esse envolvimento da matéria-prima de base é um dos pilares de hoje, além do principal, que é a valorização da ideia criativa do próprio mercado”, explica.

Ronaldo complementa: “É importante para o universitário ter essa referência e dentro do Festival existe a possibilidade no mercado como um todo, o estudante vai ver ícones de todos os tipos e tamanhos. Mas, o mais importante é que ele saia do “mundo teórico” e experimente o mundo competitivo, mais real”, conclui o presidente.

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mais sOm Na PONTE aérEa

O músico carioca lucas duque, sócio da produtora de som Sonido Na Cena, divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e são Paulo, cidades que a sonido

tem estúdios e equipes de produção. A ponte aérea inspira lucas a criar peças publicitárias para grandes clientes. Ao som das cores do Rio ou apertando o passo por causa da garoa de são Paulo, lucas trabalha para colocar a sonido em posição de destaque no mercado.

Em dezembro de 2011, a sonido, até então sediada somente no Rio, firmou parceria com o Na Cena, de São

Paulo, o que marcou a chegada da produtora à terra da garoa. A parceria rendeu também sociedade com o músico Max de Castro e o empresário hebert Mota.

Em entrevista à Revista Quiosque de Ideias, lucas duque, sócio e produtor musical da Sonido Na Cena, fala de carreira, parceria e mercado.

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QuiOsQuE dE idEias - Quando aconteceu seu primeiro contato com a música?lucas duQuE - Ah, difícil precisar. Meus pais ouviam muita música, desde Milton Nascimento e Clube da Esquina até simon & Garfunkel. Mas as músicas que me remetem demais a infância são Frevo Mulher, de Zé Ramalho, e Conversa de Botequim, de Noel Rosa.o primeiro contato com um instrumento musical foi aos 13 anos. Eu e alguns amigos resolvemos montar uma banda. Juntei umas latas de sorvete e pronto: minha primeira bateria estava montada.

Qi - havia uma segundo opção a seguir?lucas duQuE - Por ter começado na música muito cedo, foi natural seguir esse caminho. Mas resolvi cursar publicidade paralelamente. Tive uma banda, toquei

com alguns artistas, mas entendi que poderia juntar música e minha facilidade de compor com a publicidade, outra profissão que me fascina.

Qi - Quando decidiu entrar para o mercado?lucas duQuE - Cursei publicidade na PUC do Rio. Trabalhei em uma produtora de áudio logo que saí da faculdade. Três anos depois montei a sonido. Fiz estágio no estúdio Mega, que contava com um

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braço de áudio para publicidade. lá tudo começou a fazer sentido na minha cabeça.

Qi - Como era o lucas antes da sonido? E depois?lucas duQuE - lá se vão 10 anos. E o tempo traz mais experiência e segurança. Aprendemos com os erros. Antes da produtora, até pela idade, minhas preocupações eram outras. hoje, tenho a preocupação do negócio como um todo, mais responsabilidades, obviamente. sou casado e tenho uma filha linda.

Qi - Fale um pouco sobre a trajetória da Sonido?lucas duQuE - A sonido começou há 10 anos. Eu trabalhava numa produtora e meu ex-sócio, daniel lopes, em outra. Estudamos a melhor maneira de abrir a sonido e ficamos bem focados no mercado carioca. Fomos crescendo aos poucos, fazendo bons trabalhos, e ganhando espaço. há um ano e meio, resolvemos seguir caminhos diferentes e nos separamos. Foi nesse momento que os trabalhos em são Paulo começaram a evoluir. hoje, a sonido está trilhando um caminho muito interessante.

Qi - E o atual momento - expansão para sP, nova sociedade?lucas duQuE - o momento é muito bom. Entramos bem em são Paulo, com estrutura, estúdio e uma excelente equipe. Estou realmente bem empolgado com as possibilidades. E o novo quadro de sócios foi muito bem pensado. Tive uma parceria

com o estúdio Na Cena por dois anos. E só depois resolvemos assumir a sociedade propriamente dita. Com isso, veio o dia a dia com hebert Mota, que trouxe o grande Max de Castro.

Qi - Como é trabalhar ao lado de Max de Castro e hebert Mota?lucas duQuE - o Max sempre foi uma referência artística muito forte pra mim. de verdade. Tenho todos os discos dele. Agora que trabalhamos juntos, a admiração cresceu. Ele é um cara muito inteligente, tem uma cultura musical muito vasta, super alto-astral, e sempre traz soluções diferentes. Comecei minha parceria com o hebert quando levei a sonido pra dentro do Na Cena, estúdio de música que ele é um dos sócios. Fiquei muito impressionado

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com os planos e metas dele, e a estrutura do estúdio, o maior da América latina. o hebert não para. sempre em busca das melhores oportunidades, muito focado e determinado. hebert, além do estúdio e da produtora, é agente do atleta Anderson silva.

Qi - Quais as diferenças de produção entre sP e Rio?lucas duQuE - Todo mercado tem suas particularidades. Mas não vejo muita diferença. Talento, profissionalismo e vontade de fazer bem feito há no Rio, são Paulo, ou qualquer lugar do mundo.

Qi - Qual a sua opinião sobre o mercado? lucas duQuE - A sonido mantém uma curva de crescimento ascendente. Portanto, não tenho saudade do passado nem espero a chegada do futuro, porém me preparo pra ele. Fizemos bons trabalhos, mas o que fazemos hoje é sempre mais importante. Acho que a chave é se manter atualizado e com uma equipe motivada e profissional. É importante um ambiente propício pra que todos cumpram suas funções da maneira mais plena. A sonido já nasceu numa fase difícil, num mercado retraído. Acredito que o trabalho consistente e com soluções criativas nos trouxe até aqui.

Qi - Quando não está na produtora, seja no Rio ou em são Paulo, onde é mais fácil encontrá-lo?

lucas duQuE - Tenho alguns projetos musicais, uma banda, toco com uma cantora do Rio chamada Lia Sabugosa; jogo minha bola; mas meu lugar preferido é minha casa.

Qi - Que artistas fazem parte de sua formação?lucas duQuE - Pergunta difícil... mas vou tentar resumir: Zé Ramalho, Noel Rosa, MPB4, Elis Regina, Ultraje a Rigor, Paralamas, Banda Bel, henry Mancini, Police, daniel lopes, Max de Castro, Incognito, Beatles, Rufus Wainwright, e mais um monte de gente que esqueci de escrever!

Qi - Um recado ao mercado?lucas duQuE - Tenham mais carinho com o rádio!

da esquerda para a direita - Max de Castro, Aghata Mendes, hebert Mota e lucas duque.

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Gradiente volta ao mercado com força total e se compromete a manter a

inovação e a qualidade que fizeram a marca tão querida pelos brasileiros

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c omo a fênix, pássaro da mitologia grega tido como o símbolo do ressurgimento, a Gradiente volta ao mercado. Forte e segura, a marca - que estava fora das prateleiras há seis anos - teve seus direitos arrendados pela CBTd

(Companhia Brasileira de Tecnologia digital), e passou a atuar no mercado brasileiro de Tablet, home Entertainment, Telefonia Móvel e Eletrônica Infantil. A estratégia é ter uma linha de produtos rentável e de alto valor agregado, com forte projeção de crescimento para os próximos anos.

A retomada aconteceu após pesquisas revelarem que a maioria dos consumidores ainda mantinha vínculos afetivos e lembrava da marca. Muitos deles nem

sabiam da saída dos produtos assinados pela Gradiente do mercado. “A CBTd surgiu de um esforço de investidores e players de mercado

que acreditaram na força da marca Gradiente. os investimentos crescentes e o bom desempenho da economia colocam o Brasil

no foco das atenções globais”, afirma Eduardo Toni, diretor de Marketing da CBTd.

iNOvaçãO é aPOsTa da marca

Quem passou pela infância nos anos 80/90 lembra com alegria do “Meu Primeiro Gradiente”, um gravador colorido, com toca fitas e microfone, que era a sensação e o sonho de consumo de todas as crianças.

Responsável por toda a estratégia de comunicação da marca, a NBS aposta no resgate desse apelo emocional, mas sempre com muita inovação. As ações de marketing, neste primeiro momento, serão direcionadas aos canais digitais. o lançamento das campanhas na Tv e mídia impressa só

deve ser feito em agosto ou setembro.

“Nosso primeiro foco é mesmo o digital, mas esperamos atingir tanto o público mais refinado quanto a classe média. A Classe C é um importante mercado para a Gradiente, já que, como todos sabemos, trata-se de uma parcela da população que busca, cada vez mais, a tecnologia”, explica Eduardo Toni.

Por isso mesmo que, para conquistar os antigos e novos consumidores, a marca resolveu (re)lançar uma linha de produtos “Meu Primeiro Gradiente”, que conta com diversos produtos pensados com muito cuidado para facilitar o uso do público infantil, como uma câmera fotográfica digital que possui acabamento emborrachado, um fone de ouvido com controle de decibéis, e o Tablet que possui um aplicativo exclusivo (Parental Control), que possibilita aos pais selecionar quais os conteúdos seus filhos poderão acessar. “A linha MPG permite a introdução no mundo da tecnologia de forma responsável, comprometida com a saúde e o desenvolvimento das crianças. os produtos da Gradiente têm como objetivo sempre oferecer um diferencial”, garante Toni.

Para o final do ano está previsto o lançamento da versão digital do lendário “Karaokê Meu Primeiro Gradiente”, produto ainda muito lembrado pelo consumidor. Este será um dos carros-chefe da empresa nesta nova fase, justamente por falar diretamente com a emoção e as lembranças de quem desfrutou de bons

momentos com o produto. Modernizado, em versão digital, com entrada USB e acesso à internet, o aparelho ganhará o frescor das novas tecnologias, porém e conservará as cores vivas que dão ar divertido ao produto. “o mesmo designer que o projetou na década de 80, Michael Pimentel, criou o design da nova versão. o produto deve chegar ao mercado no Natal”, diz.

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Além da linha infantil, a marca disponibiliza Tablet’s, Blue Ray’s, Celulares, smartphones e Acessórios para o público adulto. “A estratégia da CBTd é ter uma linha de produtos enxuta, de alto valor agregado e com forte projeção de crescimento para os próximos anos. Nosso objetivo é participar de todas as etapas da vida das pessoas, oferecendo produtos que facilitem o dia a dia de nossos clientes”, conta o diretor de marketing.

de acordo com Toni, a Gradiente tem tradição em investir em inovação e a CBTd manteve essa característica para todos os projetos que envolvem a marca. “o consumidor busca produtos que ofereçam o melhor em tecnologia, design e, é claro, preço. Nosso portfólio foi desenvolvido buscando atender às necessidades dos brasileiros. Acreditamos que essas linhas proporcionarão grandes experiências”, diz.

“A NBs venceu a concorrência por apresentar um time reconhecidamente diferenciado, ter muitos cases de sucesso e também pela expertise em projetos na fase de start-up que contribuirão para a reconquista da marca no mercado”, conta Eduardo Toni, diretor de marketing da CBTd.

Para Cyd Alvarez, presidente da NBs: ”A NBs tem em seu dNA uma forte vocação para trabalhar estratégias para marcas em fase de lançamento ou reposicionamento. Estamos bastante motivados com o desafio. Temos muito a contribuir com a nova Gradiente e seus produtos”.

Para Alexandre Grynberg: “A chegada da Gradiente nos dá a certeza de que estamos no caminho certo, onde nossa filosofia de trabalho, focada no que interessa, sem bullshit e com 100% do olhar direcionado nos resultados para os clientes, é vitoriosa”.

Já dedé Eyer, acredita que “sermos escolhidos como parceiros para um relançamento desta importância demonstra como a nossa filosofia e formato operacional (ágil e integrado) tornam a NBs a agência ideal pra marcas que têm ambições e desafios grandiosos.”

fOcO NO E-cOmmErcEo consumidor gasta cada vez mais tempo no computador, seja no trabalho ou em momentos de lazer, e assim tem acesso a marcas, produtos e serviços. “As ferramentas atuais nos ajudam a estreitar o relacionamento com o nosso público, pesquisando e

ouvindo suas necessidades, além de representar uma grande ferramenta de negócios. hoje, a internet funciona como um elo entre empresas, fornecedores e consumidores”, garante.

Segundos estudos realizados pela Braspeg, empresa do ramo de pagamentos em e-commerce, o número de compras em lojas pureplayers, que atuam apenas no mundo virtual, cresceu 127% no primeiro quadrimestre deste ano. Este é um excelente sinal para a Gradiente, que apostou, inicialmente, apenas nas vendas online, apesar de reconhecer que ter uma loja própria abre a possibilidade de um relacionamento maior e direto com o consumidor. “desenvolvemos uma plataforma própria de e-commerce que poderá ser acessada para comprar qualquer produto da marca Gradiente. A CBTd enxerga que a plataforma da loja virtual é também uma forma de expor melhor e de forma mais completa seus produtos, oferecendo o sortimento completo da marca em um único lugar”, garante o diretor.

Apesar de apostar no sucesso desta escolha, a empresa já está em negociação com diversas redes varejistas. “No momento oportuno, comunicaremos nossos novos parceiros”, finaliza.

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NEGóciOscom as novas regras de

veiculação em mídia exterior e os crescentes investimentos em tecnologia, o mobiliário urbano consolida cada vez mais o seu espaço no mercado publicitário

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O Rio de Janeiro promete ficar cada vez mais “limpo”. Pelo menos na paisagem. Inspirado no projeto paulista Cidade limpa, o prefeito carioca Eduardo Paes assinou, em abril, um decreto que cria a Zona de Preservação Paisagística e

Ambiental 1 (ZPPA-1), que proíbe anúncios que cubram fachada, anúncios em outdoors, em letreiros em cobertura de prédios, em empenas cegas, em tapumes e em redes de proteção de obras em 22 bairros do Centro e Zona sul da cidade. segundo o decreto 35507/2012, a intenção é diminuir a poluição visual e a degradação ambiental, além de promover uma melhor gestão do espaço publicitário.

Esta determinação desagradou o mercado publicitário, e algumas entidades questionaram a constitucionalidade da nova determinação. A ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) chegou a enviar uma carta ao prefeito, demonstrando sua preocupação em relação às proibições.

Para a entidade, o decreto elimina e não apenas regula ou restringe a maioria das modalidades da publicidade ao ar livre. Rafael sampaio, vice-presidente executivo da associação, também destaca a recusa permanente de diálogo do prefeito e seus auxiliares com o setor de publicidade, “ao contrário do que acontecia no início da administração”. Ao mesmo tempo, o texto também critica os danos materiais, morais e as perdas pecuniárias durante a suspensão de campanhas em execução, pela forma abrupta da retirada dos engenhos e da publicidade neles afixada.

Já o sepex (sindicato de Empresas de Mídia Exterior) entrou com um mandado de segurança contra o decreto. segundo Waldir Pereira de souza, da empresa satélite

e presidente do sindicato, o decreto do prefeito é ilegal.”o correto teria sido o prefeito criar uma nova lei, que teria de ir à Câmara e ser aprovada. Um decreto é normativo, não pode aumentar ou diminuir o que diz a lei. Não pode revogá-la”, diz.

Porém, um burburinho maior ainda foi causado por conta de interpretações erradas, que sinalizavam a extinção, inclusive, dos objetos de mobiliário urbano. Mas de acordo com a lei, fica proibida a veiculação de peças publicitárias em empenas de prédios e outdoors. o tamanho de letreiro dos bares, restaurantes e lojas foram redefinidos e também fica vetada a propaganda ao lado do nome de estabelecimentos, muito comum em bares que costumam ter nomes e logomarcas de empresas de bebidas. Porém, o mobiliário urbano - como abrigo de ônibus, banca de jornal, entre outros - não foi atingido pelo novo decreto.

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cidadE maravilhOsa Para NEGóciOs segundo o último censo, realizado em 2010 pelo IBGE, o Rio de Janeiro tem aproximadamente sete milhões de habitantes, e este dado, por si só, já é um sinal da eficiência das publicidades veiculadas nas peças de mobiliário urbano, já que elas ficam expostas em locais privilegiados e atingem tanto o fluxo de carros quanto o de pedestres.

o sucesso deste tipo de mídia na cidade é tão grande que o Rio foi a primeira cidade a receber as duas maiores empresas voltadas para este mercado. A Cemusa e a Clear Channel, presentes no Brasil desde 1999.

Para Paloma Gonzalez, diretora comercial e marketing da Cemusa, o Rio é uma cidade privilegiada por sua beleza natural e, sendo assim, já entrega um cenário majestoso para as peças de mobiliário brilharem. “A população anda muito pelas ruas, cidade de praia e de temperaturas amenas, ideal para o constante impacto com as campanhas veiculadas nos abrigos de ônibus, relógios, totens, bancas, etc.”, garante.

Sandra Giorno, gerente comercial nacional da Clear Channel, reforça que a cidade é geograficamente propícia a este tipo de mídia. “o Rio de Janeiro, recém-intitulado patrimônio da humanidade, tem alto fluxo de pessoas, tanto das que moram na cidade quanto dos turistas de diversas nacionalidades. Isso gera um alto potencial de consumo, que vem aumentando conforme os esperados eventos da Copa do Mundo e olimpíadas vão se aproximando”, garante.

muiTa TEcNOlOGia E alTO imPacTOCom as mudanças do Projeto Rio limpo é, justamente, o mobiliário urbano que ganha uma força ainda maior no mercado publicitário. Mas, para conquistar ainda mais seu target é preciso apostar na criatividade e tecnologia.

Além da certeza de alto impacto, as empresas responsáveis pelas publicidades em mobiliário urbano oferecem cada vez mais possibilidades de interação com seu público-alvo. Proporcionar experiências através das novas tecnologias é uma tendência, e utilizar isso nas peças que estão espalhadas pela cidade é um diferencial competitivo.

segundo Paloma Gonzalez, a Cemusa a possibilidade de uma mídia com cobertura de 86%, perdendo apenas para Tv aberta, além da prestação de serviços à comunidade e da possibilidade de impactar os consumidores com interatividade. “devido ao fato de as peças publicitárias estarem próximas aos usuários de transporte público, dos motoristas e pedestres, as campanhas podem ter além dos posteres impressos, som, iluminação diferenciada com movimento, tecnologias como Bluetooth, transformar os espaços em vitrines, enfim, todo tipo de utilização que os criativos possam querer quando pensada a campanha para o meio”, garante.

Já a Clear Channel garante impulsionar as marcas ao inspirar e motivar pessoas com fortes campanhas externas baseadas em uma abordagem flexível e única em termos de criatividade e planejamento. A empresa investe no desenvolvimento profissional do meio com o uso de pesquisas, novos formatos e, principalmente, demonstrando a capacidade criativa da mídia out of home. “Nós possuímos uma grande capacidade em associar nossa mídia a outras plataformas, apliques 3d, Bluetooth, jogos interativos, códigos QR, MMs e sMs. Utilizamos a tecnologia como grande aliada. Nossa cobertura coloca marcas onde elas querem estar. Nós estamos presentes nas principais cidades do Brasil, temos produção nacional, variedade nos formatos, serviço com garantia, experiência e apoio internacional”, afirma sandra Giorno.

visiBilidadE é OurOQue o Brasil é a bola da vez no cenário internacional todos já sabem. Que sediar eventos tão importantes quanto a Copa do Mundo e as olimpíadas vai alavancar a economia brasileira e fazer a publicidade ter uma grande participação neste processo também. Mas Paloma Gonzalez acredita que a mídia exterior será a grande estrela desses eventos. “As cidades estarão lotadas de estrangeiros que não assinam revistas, jornais ou até mesmo veem Tv brasileira, mas eles estarão nas ruas obrigatoriamente para assistir aos jogos e conhecer as cidades sedes. Nossa ideia é oferecer ao mercado os melhores circuitos próximos aos estádios, hotéis, aeroportos, nas cinco cidades que operamos, as quais são sedes da Copa e o Rio das olimpíadas”, diz.

Sandra Giorno confirma o evidente crescimento do Brasil devido à realização de grandes eventos, e garante que eles contribuirão muito para o crescimento da mídia out of home. “Essa é umas das mídias mais abrangentes do meio publicitário. Ela nos possibilita criar projetos especiais que, além de eficazes, interagem com o público através da criatividade e, nesse sentido, estamos à frente, e o nosso desafio é nos mantermos assim”, assegura. Giorno, ainda reafirma seus principais diferenciais. “Nós ajudamos as marcas encontrarem as pessoas. Isso é o que somos. É por isso que somos diferentes, e é o que nos torna singulares. Impulsionamos marcas, fazendo conexões na hora certa entre elas e seu público, contando com mídias e inovações que esclarecem, entretêm, encantam, desafiam e influenciam, criando novos caminhos para marcas começarem a dialogar com as pessoas. Ao ajudar os anunciantes construírem laços duradouros com as pessoas, podemos ajudá-los no crescimento de seus negócios”, finaliza.

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“ Amigo oubinte, aqui quem fala é o Megatério Nababo de Alicerce, que juntamente com otelo Trigueiro, a voz mais sulfanilamídica das ondas sonoras brasileiras, anuncia o lançamento livresco mais deslabadamente importante dos últimos

tempos passados e futuros”. Quem já tem mais de quarenta anos reconhece nesta abertura a imitação do estilo inconfundível do mais engraçado programa de rádio brasileiro de todos os tempos: o PRK – 30. E é exatamente sobre o PRK-30 que Paulo Perdigão fez um magnífico livro, acompanhado de 1 hora de gravações em C, que não pode deixar de estar na sua biblioteca, amigo leitor.

Para quem não sabe – e muita gente nasceu depois que o programa saiu do ar – a PRK 30 foi o mais engraçado, inteligente, e revolucionário humorístico da história de nosso rádio. Feito por lauro Borges e Castro Barbosa e interpretado exclusivamente pelos dois, fazia sátira dos outros programas, dos políticos do dia-a-dia, como se fosse realmente uma emissora, com os mais variados programas.

Lauro Borges e Castro Barbosa faziam todas as vozes: locutores, cantores, atores, entrevistados. E a interpretação era tão perfeita que ao ouvinte parecia mesmo que uma emissora estava no ar, cada voz com sua entonação própria, sempre com muito bom humor. o texto, inteligentíssimo, ironizava tudo que pudesse ser exposto ao ridículo, que é como sabemos, a maioria do que acontece na nossa vida.

Não resisto em reproduzir o programa da estréia na Rádio Mayrink veiga. lauro Borges inicia os trabalhos: Meus estimados admiradores, boa noite. A voz que vocês estão tendo o prazer de ouvir neste momento é a voz penicilínica, veludosa e afiambrada do maior espicler da presente atualidade: otelo Trigueiro. (Palmas) Iniciando hoje o princípio do início de uma nova fase, a PRK -30 vai trazer ao seu microfole famouso astros e ostras de primeira, segunda e até terceira grandeza... E ouçam/leiam esta obra-prima non-sense: otelo Trigueiro: “No ar otelo Trigueiro, o delicioso espicler-chefe da estação que estão ouvindo, hoje falando para vocês por especial gentileza das pastilhas Maiorativas. Cai-lhe o Cabelo? Use Pastilhas Maiorativas, uma delícia para dor de dentes”. ouve-se um espirro. Entra Magatério Nababo de Albuquerque: “Este magnífico espirro acabaram de oubire foi uma delicada oferta da Casa Bode, especialista em guarda-chuvas para solteiros. E vamos oubire um quarto de hora de anúncios abariados, uma seráfica oferta de Cera

Mica, a melhor cera para encerar cerâmica. E prosselguindo com o segundo capítulo de nosso programa carnavalesco, uma pranteada oferta da Casa Funerária vou Ali e Já volto, vamos passar a palavra ao dr. Abranges Totum da silva, o Rei da saúde, que em homenagem ao Rei Momo, vai fazer uma palestra médico-enciclopédica.”

E assim ia a PRK-30, trazendo tipos imortais como a fadista Maria Joaquina dobradiça da Porta Baixa, o locutor esportivo gago ou o inebriante otelo Trigueiro, a voz de veludo das fãs de todo o Brasil.”E se o povo adora otelo pra que discutir com o povo?” A PRK-30 ficou 20 anos no ar (de 1944 a 1964) e teve mais de 800 apresentações. dava mais Ibope relativo do que um final de novela da Globo. Era moderno, surreal e inteiramente ousado para a época, sem jamais chegar ao licencioso ou indelicado. “Amigo ouvinte, com perdão das palavras, muito good night, muito buona sera e muito I love you, frases que trocando em miúdos querem dizer “boa tarde” em francês”. Quem quiser conhecer um dos momentos mais criativos do nosso rádio, este é o livro. Foi editado pela Casa da Palavra e tem como brinde uma hora de PRK-30, o que significa que estamos diante de uma prosperidade.

Lula VieiraDiretor de Marketing do Grupo Ediouro

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